Jornal das Oficinas 163

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junho 2019

PERIODICIDADE | MENSAL ANO XIV | 3 EUROS

DETALHE E VALETING

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bp celebra 90 anos

expomecânica PÁG. 10

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Reportagem da melhor edição de sempre da feira, onde o Plateau TV voltou a ser protagonista

Petrolífera está presente no nosso país desde 1929. Cronologia dos momentos mais marcantes

chema rodríguez PÁG. 68

carros autónomos PÁG. 90

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Administrador da Recalvi está convencido que, dentro de poucos anos, o mercado será ibérico

Saiba em que estado se encontra esta tecnologia e qual vai ser o seu percurso até chegar às oficinas

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contribuem para uma melhor experiência de condução. Por essa razão, não surpreende que nove em cada dez automóveis sejam equipados de origem com peças DENSO. Produtos como as nossas velas de iridium, que melhoram a acelaração e evitam falhas de incandescência. Se os princi

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Editorial

DIRETOR

João Vieira joao.vieira@apcomunicacao.com EDITOR EXECUTIVO

Bruno Castanheira bruno.castanheira@apcomunicacao.com REDAÇÃO

Jorge Flores jorge.flores@apcomunicacao.com Joana Calado joana.calado@apcomunicacao.com DIRETOR COMERCIAL

Mário Carmo mario.carmo@apcomunicacao.com GESTOR DE CLIENTES

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António Valente MULTIMÉDIA

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assinaturas@apcomunicacao.com © Copyright Nos termos legais em vigor, é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS IMPRESSÃO

Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, S.A. - Estrada Consiglieri Pedroso 90 2730 - 053 Barcarena Tel.: 214 345 400 N.º de Registo na ERC: 124.782 Depósito Legal n.º: 201.608/03 Tiragem – 10.000 exemplares

.es Parceiro em Espanha

EDIÇÃO

AP COMUNICAÇÃO Propriedade/Editor João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda. Contribuinte 510447953 Sede Bela Vista Office, Sala 2.29, Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A, 2735 - 336 Cacém - Portugal GPS 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W Tel. +351 219 288 052/4  |  Fax +351 219 288 053 Email geral@apcomunicacao.com Consulte o Estatuto Editorial no site www.jornaldasoficinas.com

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BEM-VINDO AO NOVO JO

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ais moderno, mais arrojado, mais atraente, mais fácil de ler. O Jornal das Oficinas que, hoje, vos chega às mãos, é o reflexo de uma nova aposta gráfica e editorial, no ano em que o título celebra 14 anos de existência. Num mundo cada vez mais digitalizado, ultrapassar uma década de publicação regular é, também, sinónimo de que, do lado de lá, estão milhares de leitores e parceiros que nos preferem e que se reveem no produto que fazemos. Que nos escrevem a incentivar. Que nos obrigam a fazer mais e melhor. Quero, por isso, agradecer a todos, sem exceção, a preferência que têm dado ao Jornal das Oficinas ao longo destes anos de profundas mudanças, o que constitui um motivo de orgulho para a equipa que produz este órgão de comunicação social especializado. Mas esta mudança é, também, uma enorme responsabilidade, pois obriga-nos a trabalhar arduamente, a inovar em todos os domínios e a nunca desistir daquele que é o nosso principal objetivo: valorizar o setor com as publicações que editamos e os eventos que realizamos. Nascemos num tempo em que os profissionais do pós-venda procuravam informação que lhes desse uma perspetiva sobre o aftermarket em Portugal e no mundo. Queriam artigos sobre as empresas, as marcas e as novidades lançadas no mercado. Rever as primeiras edições do Jornal das Oficinas, é como fazer uma autêntica viagem no tempo. São “só” 14 anos, mas muita coisa mudou desde 2005. É, hoje, tão diferente a forma como comunicamos e interagimos com o mundo graças às novas tecnologias... A informação chega-nos, agora, ao segundo. E é preciso ter grande capacidade de síntese e de seleção para publicarmos o essencial. Nos dias que correm, não basta dar as últimas notícias. É cada vez mais importante apoiar quem nos segue a mover-se no imenso mar de informação que rodeia este setor. Por detrás de cada edição, há muitas horas de trabalho investidas por uma equipa empenhada em trazer a informação mais completa e atual do aftermarket em Portugal e no mundo. Por isso, criámos um jornal mais fácil de ler, com um design mais atrativo e com artigos especialmente desenvolvidos para os profissionais da manutenção e reparação automóvel. Comunicar melhor os artigos que, mensalmente, publicamos na edição impressa foi, pois, o ponto de partida para desenvolvermos este novo layout. Considerámos importante criar para cada uma das secções um ambiente gráfico diferenciado e imediatamente reconhecível, para que o leitor tenha uma perceção imediata da área em que se encontra. Esperamos, pois, que esta nova abordagem seja do agrado de todos.  l

João Vieira Diretor

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FOLHA DE SERVIÇO

IPSIS VERBIS A CRIÓN É A NOSSA APOSTA DE FUTURO. PERMITE À OFICINA GANHAR TEMPO, UMA VEZ QUE OS PROCESSOS ESTÃO TODOS INTEGRADOS CARLOS NASCIMENTO DIRETOR-GERAL DA CREATE BUSINESS

O CONCEITO DE ‘IBERIZAÇÃO’ ENTRE OS MERCADOS PORTUGUÊS E ESPANHOL NÃO SE COLOCA. NEM SEQUER EXISTE

JO EM RITMO ACELERADO

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hegámos a meio do ano com um ritmo intenso de presenças nos principais eventos do aftermarket nacional, ibérico e europeu. Começámos em março, na Motortec Automechanika Madrid, onde partilhámos um stand com o nosso parceiro em Espanha, a revista Autopos. No mês de maio, estivemos em dois salões, nomeadamente expoMECÂNICA, em Matosinhos, e Autopromotec, em Bolonha. Embora tratando-se de certames diferentes no que toca a conceitos e dimensões, não deixámos de estar presentes com o mesmo empenho. Sempre atenta às novidades e atividades que trazem valor ao setor, a equipa do JO fez uma cobertura completa dos acontecimentos, com mais ênfase na expoMECÂNICA, onde o nosso stand, com o Plateau TV, voltou a merecer a atenção dos visitantes, que procuravam mais informação. Foram três dias de debates, entrevistas e reportagens, que ficam registadas nas páginas desta edição, no site e no Facebook. Mas até acabar o ano, vamos estar ainda no Salão Equip Auto, em Paris, na MECÂNICA, em Lisboa, nos concursos “Melhor Mecatrónico” e “Challenge Oficinas” e, por último, mas não menos importante, na Gala TOP 100, que, pelo sétimo ano consecutivo, irá premiar as maiores empresas do aftermarket em Portugal.

SEMÁFORO

JOSÉ PIRES DIRETOR-GERAL DA KRAUTLI PORTUGAL

SABEMOS QUE AS COISAS VÃO MUDAR, MAS O DIESEL NÃO IRÁ ACABAR. OS MOTORES A GASÓLEO AINDA SÃO UMA BOA SOLUÇÃO MÓNICA GONÇALVES DIRETORA DE MARKETING DA LD AUTO

FILTROS DE PARTÍCULAS

DIESEL vs ELÉTRICO

EXPOMECÂNICA 2019

Condenável do ponto de vista ético e legal, retirar ou desativar o filtro de partículas quando este se avaria continua a ser uma “praga” à solta no mercado. Os motivos são evidentes. O preço de um filtro novo é muito elevado e a limpeza também é cara, não oferecendo garantias de ficar sempre bom. Por outro lado, os centros de inspeções não têm equipamentos para detetar se o filtro de partículas foi ou não retirado do veículo. O nosso Semáforo Vermelho, de indignação, tem dois destinatários: quem procura este “serviço” e quem o realiza.

Inimigo número um de vários governos e proscrito de várias gamas de muitos fabricantes, o gasóleo parece ser um “alvo a abater” na indústria automóvel. Mas será ele merecedor de tal perseguição? O nosso Semáforo Amarelo convida à reflexão. Um estudo recente do Instituto IFo, de Munique, revela que, se considerarmos as emissões de CO2 provenientes da produção de baterias e o mix de energia da Alemanha (onde o carvão domina), os veículos elétricos emitem entre 11% e 28% mais CO2 do que os modelos a gasóleo.

De ano para ano, a expoMECÂNICA continua a afirmar-se no panorama do aftermarket nacional. Cumprida a edição de 2019, a 6.ª da sua história, foram vários os recordes batidos em relação à feira realizada no ano passado: mais um pavilhão (três), mais empresas (254) e uma área de exposição superior. O nosso Semáforo Verde, de aplauso, é endereçado a José Manuel Costa, a Sónia Rodrigues e a toda a equipa da Kikai Eventos, que tem conseguido elevar o nível do certame, que nada fica a dever a outras feiras ibéricas e europeias do setor.

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Destaque

DETALHE E VALETING

RELAÇÃO DE AMOR O DETALHE E O VALETING SÃO DUAS ÁREAS QUE ESTÃO A GANHAR EXPRESSÃO NO NOSSO PAÍS. UNEM-SE EM VÁRIOS PONTOS, MAS DIVERGEM NOUTROS TANTOS. PRINCIPALMENTE, NA “RELAÇÃO DE AMOR” COM QUE SÃO REALIZADAS AOS AUTOMÓVEIS Joana Calado por

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s próprios nomes explicam o conceito das áreas de atuação. No entanto, é necessário aprofundar o tema para perceber de que forma se unem as duas áreas e de que forma se separam. O Valeting está incluído no Detalhe, na medida em que faz a manutenção do tratamento já realizado. Mas enquanto o Detalhe devolve ao automóvel o seu aspeto inicial, o Valeting ajuda a mantê-lo. Confuso? Leia as linhas que se seguem. Detalhe: o que é e como surgiu

O conceito surgiu nos EUA no mundo dos veículos de exposição, onde qualquer pormenor poderia dar a vitória a um preparador em detrimento de outro. Desde a sua utilização em showcars até passar a ser utilizado pelos apaixonados dos automóveis, foi um pulo. O Detalhe passou, assim, a ser utilizado, não para ganhar prémios,

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mas para permitir ter um automóvel novo. Para sempre. Desde 2004 que os apaixonados pelo Detalhe em Portugal reúnem-se num fórum online chamado detalhe.net. José Viegas, da Loja do Detalhe, não hesita: “Foi deste fórum que saíram os primeiros detalhistas”. Lá, debatem desde a técnica à ferramenta, passando pelos produtos”, revela. Nessa altura, pouco se falava de Detalhe Automóvel. O período ideal para se realizar a intervenção no veículo eram dois dias. Hoje, subiu para uma semana. Muitos detalhistas profissionais começaram por realizar este trabalho como uma segunda fonte de rendimento, optando por ele apenas aos fins de semanas e feriados. Denominavam-se “Weekend Warriors”. Pedro Pinto, da Tom Detail, afirma que “muitas vezes, somos confundidos com lavagem automóvel. Mas de lavagem, fazemos muito pouco”. Em média, um veículo que entre neste tipo de

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DETALHE E VALETING

espaços demora entre uma a duas semanas a ser preparado para ser entregue ao cliente. Mas é garantido que o veículo fica como novo. É esta a premissa das empresas que trabalham na área do Detalhe. Daí levarem a limpeza do veículo ao extremo. Tanto por dentro como por fora, são desmontados componentes para garantir que o veículo fica totalmente limpo e com um aspeto fantástico. Desde a pintura aos pequenos pormenores de interior, tudo é limpo, protegido e, se necessário, reparado. “Chegamos a andar com cotonetes a limpar grelhas e pequenos orifícios”, explica Pedro Pinto. Produtos específicos

Para além das adversidades naturais a que os veículos estão expostos, como é o caso do sol e da chuva, a forma como se trata da limpeza dos mesmos também condiciona a vida útil da pintura.

Futuro problemático?

para o efeito, a fim de manter o investimento do cliente nos mais elevados níveis de qualidade” explica, Bruno Reis, da Auto Shine. Entrega total

“Todos nós temos um carro de sonho. Ou um carro novo que nos traz felicidade. São estas as pessoas que nos procuram”, explica Sérgio Carneiro, da Minúcia Garagem. Se, por um lado, são procurados por pessoas com uma forte ligação emocional a um veículo, seja porque é o da família ou porque era de algum familiar próximo, por

O desapego que se começa a sentir em relação ao veículo poderá condicionar esta área de negócio. Pedro Pinto, da Tom Details, revela: “Já me entraram aqui pessoas que gostavam muito de trabalhar connosco. Mas daqui a três ou quatro anos, o veículo é para devolver e não justifica o investimento”. No entanto, Pedro Pinto também já conheceu o reverso da medalha. Um cliente com um veículo que, à partida, não valeria o investimento, mas cujo valor sentimental do proprietário pelo mesmo é tão elevado, que o cliente não pensa duas vezes. “Existe um pou-

Estamos a falar de uma área com grande expansão em Portugal. No entanto, esta expansão desmesurada poderá estar a trazer problemas aos verdadeiros detalhistas. “Podemos encontrar várias lojas que se autointitulam Detalhistas, em que poderemos encontrar trabalhos com resultados menos satisfatórios Assim, como consequência, esta arte poderá não ter o crescimento que queríamos”, adverte Sérgio Carneiro, da Minúcia Garagem. São poucas as pessoas que, neste momento, se dedicam à área do Detalhe a tempo inteiro, o que dificulta as empresas que estão, hoje, já integradas no mercado para encontrar mão de obra qualificada. Pedro Pinto, da Tom Details, alerta: “Houve um crescimento muito acentuado nesta área. A tendência, agora, passa por diminuir

O DETALHISTA CRIA UMA FORTE LIGAÇÃO EMOCIONAL COM O AUTOMÓVEL. CUIDA DELE COMO SE TRATASSE DE UMA RELAÇÃO AMOROSA

“São necessários produtos e ferramentas especificas para cada secção do veículo, panos e acessórios de microfibra de qualidade, polidoras orbitais, ceras, selantes... São muitos os produtos necessários para um detalhista fazer o seu trabalho corretamente”, assegura José Viegas, da Loja do Detalhe. Não são só os produtos utilizados que são importantes para a realização de um bom serviço. A própria luz que envolve o ambiente em que os veículos são mantidos durante a realização das ações de Detalhe, é um fator importante. O espaço deverá estar bem iluminado e com lâmpadas que se assemelhem o mais possível à luz do dia, uma vez que alguns micro riscos são apenas visíveis com esse tipo de luz. “O Detalhe investe na recuperação e manutenção atempada, bem como na prevenção dos estragos. Oferece um tratamento exclusivo ao veículo para que o seu proprietário possa transmitir a melhor imagem de si próprio através do seu automóvel. Valeting só fazemos em veículos detalhados por nós ou por colegas de profissão certificados

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outro são visitados por pessoas que acabam de comprar um veículo novo e querem protegê-lo para que se conserve o seu aspeto imaculado durante o máximo de tempo possível. Não é só o amor dos clientes pelos veículos que alavanca este negócio. Também os próprios profissionais afirmam ser necessário ter um grande amor à profissão. “Para se fazer detalhe, tem de ser-se apaixonado. Só assim conseguimos passar 20, 30, 40 ou até 300 horas no mesmo veículo. Tratamos um automóvel como se estivéssemos a trabalhar no nosso”, afirma Bruno Reis, da Auto Shine.

co a ideia de que nós só trabalhamos com modelos da Ferrari. Claro que é o cliente tipo, até porque é o que tem mais posses, mas temos muitos clientes que compraram o seu ‘simples’ Peugeot e que se esforçaram para adquiri-lo. Por vezes, são os que têm mais amor ao automóvel”, frisa. Os próprios detalhistas criam uma relação forte com os automóveis que tratam. Bruno Reis completa: “Passamos horas e horas para pô-los impecáveis, dentro do nosso padrão de qualidade. E dói quando vêm fazer uma manutenção após um detalhe e já trazem um arranhão ou vem mal cuidado”.

repentinamente. Não há mercado para tanta oferta”. Parcerias com empresas de renting não serão uma opção para os verdadeiros detalhistas, uma vez que a forma de trabalhar de uns e outros não combina. O Detalhe pressupõe um trabalho minucioso e de longas horas. E as empresas de renting querem fazer a entrega de um veículo para ir buscá-lo uma hora depois. De há dois anos para cá que Pedro Pinto nota uma alteração no seu negócio. O número de veículos novos acabados de sair do stand que lhe entram pela loja, subiu consideravelmente. “Tenho aqui uma carrinha que nem matrícula traz. Os veículos saem do stand diretamente para nós para que possamos aplicar, desde logo, as proteções de pintura. São viaturas para manter durante algum tempo e as pessoas querem tratar delas desde início”, explica Pedro Pinto. A opinião dos intervenientes neste artigo é, de resto, unânime: as alterações na mobilidade vão condicionar o próprio negócio do Detalhe automóvel.  l

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SALÃO

EXPOMECÂNICA 2019

ORGULHO NACIONAL ELOGIADO POR MUITOS, RECONHECIDO POR TODOS. O 6.° SALÃO DE EQUIPAMENTOS, SERVIÇOS E PEÇAS AUTO CONSEGUIU O QUE PARECIA IMPOSSÍVEL: SUPERAR A EDIÇÃO DE 2018. DE 3 A 5 DE MAIO, PASSARAM PELOS TRÊS PAVILHÕES DA EXPONOR 16.035 VISITANTES PROFISSIONAIS, QUE ENCONTRARAM 254 EXPOSITORES AO LONGO DOS 16.000 M2 DE ÁREA. ALÉM DE SER UM ORGULHO NACIONAL, A EXPOMECÂNICA HÁ MUITO QUE SE TORNOU NUMA REFERÊNCIA ENTRE AS FEIRAS DEDICADAS AO AFTERMARKET por

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Bruno Castanheira

oi o segundo ano consecutivo que a expoMECÂNICA adicionou um pavilhão da EXPONOR – Feira Internacional do Porto à sua área expositiva. Organizado pela Kikai Eventos, o Salão de Equipamentos, Serviços e Peças Auto estreou-se em 2014. E rapidamente se afirmou no panorama nacional de eventos automóveis, figurando entre os certames ibéricos de referência dedicados ao aftermarket. O evento tem vindo a crescer, consecutivamente, desde que foi criado. Há cinco anos, o arranque fez-se com 105 empresas e entidades expositoras, que demonstraram a vitalidade do aftermarket luso pelos 7.000 m2 de área. Este ano, a exposição dividiu-se por três pavi-

lhões (3, 4 e 5), totalizando 16.000 m2, e contou com a presença de 254 operadores de peças e sistemas, reparação e manutenção, tecnologias de informação e gestão, estações de serviço e lavagem, acessórios e customização. Sem mãos a medir

Os indicadores (positivos) acima mencionados traduzem um crescimento

13% de crescimento no número de inscritos face a 2018

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EXPOMECÂNICA 2019

EXPOMECÂNICA 2019 EM NÚMEROS

3 16.035 16.000 254 66% dias de feira

visitantes profissionais

68 m2 de área expositiva

empresas expuseram pela primeira vez na feira (27% do total)

de 142% no número de expositores e de 129% em área desde a primeira edição, há cinco anos. Tal permite cimentar a importância da expoMECÂNICA na dinâmica do aftermarket nacional, com as empresas expositoras a reforçarem a sua confiança na Kikai Eventos, em particular nas pessoas de José Manuel Costa, diretor-geral, e Sónia Rodrigues, diretora comercial, entidade organizadora que não poupou esforços na altura de investir na renovação de conteúdos e estruturas de várias iniciativas complementares à feira, já que esta vive de novidades, necessidades, negócios e oportunidades, não se esgotando nas relações comerciais puras e duras, nem nos momentos de reflexão, debate e, formação e informação. Durante três dias (3 a 5 de maio), o certame fervilhou de conversas, negócios, atividades lúdicas, ações de formação, palestras, apresentações e demonstrações. A equipa do Jornal das Oficinas não teve mãos a medir. Para mais, com a iniciativa Plateau TV (ver páginas 16 a 24 da presente edição), que acolheu, de braços abertos, 17 oradores divididos por cinco painéis de uma hora cada, onde foram abordadas diversas temáticas que estão na ordem do dia e que preocupam os players do aftermarket nacional. Quer se percorresse o pavilhão 3, 4 ou 5 da EXPONOR, havia sempre um denominador comum: o sucesso do certame. Depois de um primeiro dia

(sexta-feira) ameno em termos de visitantes (o período da tarde teve maior afluência), a expoMECÂNICA registou uma boa moldura humana no sábado e no domingo. Elogiado por muitos e reconhecido por todos, o 6.° Salão de Equipamentos, Serviços e Peças Auto gerou entusiasmo, confiança e otimismo junto dos expositores. E demonstrou que está para lavar e durar. Tanto mais, que a edição de 2020 já tem data marcada: 17 a 19 de abril. Agenda preenchida

A organização da expoMECÂNICA trouxe para dentro da feira soluções e respostas eficientes para o impacto tecnológico, cultural e identitário do automóvel. Nas oficinas e na sociedade. Daí a aposta no projeto Oficina 4.0, que contou com o know-how da Create Business. Mas toda a programação do salão foi forte. E a dinâmica imparável. Atividades paralelas que ocorreram em simultâneo com o certame foram mais de 100, distribuídas por vários formatos. A saber: DEMOTEC – Espaço de Demonstrações by CEPRA; expoTALKS - Ciclo de Conferências by Schaeffler; Plateau TV by Jornal das Oficinas; 15.° Encontro da Reparação Automóvel da ANECRA; workshops da ARAN (Associação Nacional do Ramo Automóvel); Sessão Técnica da ANCIA (Associação Nacional de Centros de Inspeção Automóvel) sobre equipamento de diagnóstico eletrónico via

700 takes tirados pelo JO TV

3

pavilhões alocados ao certame (3, 4 e 5)

associações setoriais do aftermarket automóvel envolvidas no evento (cinco delas espanholas - Galiza)

expositores presentes

dos 50 mais representativos operadores económicos nacionais do setor, em volume de negócios, estiveram presentes

16%

de empresas internacionais presentes

100

11 40 atividades paralelas inseridas na feira superaram este número

14% 5 15

expositores estrangeiros: 26 espanhóis, 11 italianos, um holandês, um alemão e um polaco

de crescimento na área expositiva face a 2018

número de demonstrações técnicas no espaço DEMOTEC

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países representados: Portugal, Espanha, Itália, Alemanha, Holanda e Polónia

128

gigabytes de fotos tiradas pelo Jornal das Oficinas

debates realizados pelo Plateau TV

elementos do Jornal das Oficinas

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palestras no espaço expoTALKS

900 número de participantes na Convenção da Create Business, inserida na iniciativa Oficina 4.0

2

convenções setoriais incluídas no programa da feira

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EXPOMECÂNICA 2019

A EXPOMECÂNICA MOSTROU A FORÇA E A DINÂMICA DO AFTERMARKET NACIONAL, IBÉRICO E EUROPEU “On Board Diagnose (OBD)”; 1.ª Mostra de Miniaturas da expoMECÂNICA; Desafio Mecatrónica Online; Jogos Mecânicos patrocinados pelos fabricantes de peças da DPAI/ACAP. No balanço da 6.ª edição da expoMECÂNICA, José Manuel Costa, diretor da feira, acredita estar no caminho certo. “A qualidade da exposição esteve bem patente no seu todo e em cada um dos stands. A Kikai Eventos limitou-se a dar o exemplo e até nós ficá-

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entrevistas em vídeo realizadas pelo JO TV

mos surpreendidos com a qualidade das apresentações e a dinâmica de alguns espaços. É caso para dizer que a feira se vestiu a preceito, preenchendo as medidas de tudo e de todos”, disse. Quem, como nós, acompanha a feira desde a sua primeira edição, está habituado a ser positivamente surpreendido. Mas quem lá esteve pela primeira vez, ficou, simplesmente, rendido. A expoMECÂNICA alcançou este ano a sua maior projeção de sempre e foi

considerada a melhor edição de que há memória. Até onde pode ir o Salão de Equipamentos, Serviços e Peças Auto organizado pela Kikai Eventos na EXPONOR? Só o futuro o dirá. l

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PARALELO PELO TERCEIRO ANO CONSECUTIVO, O JORNAL DAS OFICINAS ESTEVE PRESENTE, DURANTE OS TRÊS DIAS DA EXPOMECÂNICA, COM O PLATEAU TV, INICIATIVA ÍMPAR CUJA RECETIVIDADE E INTERESSE POR PARTE DE VISITANTES E EXPOSITORES SUPEROU AS EXPECTATIVAS. DE 3 A 5 DE MAIO, ACOLHEMOS, DE BRAÇOS ABERTOS, 17 ORADORES E INÚMERAS PERSONALIDADES DO PÓS-VENDA. FORAM CINCO HORAS DE MESAS REDONDAS, DEBATES E ENCONTROS   por

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MESA REDONDA

OS DESAFIOS DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL CRISTINA CARDOSO, ALIDATA PAULO TOMÁS, AUTO DIESEL MIGUEL FRANCO, STRATIO AUTOMOTIVE PEDRO BARROS, TIPS 4Y

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o painel subordinado à evolução tecnológica, Cristina Cardoso, chief sales officer da Alidata, foi a primeira a usar da palavra. “Para a Alidata, que tem 35 anos de atividade, a antecipação das necessidades dos clientes é primordial. Por isso, oferecemos um leque de soluções, softwares já existentes, interfaces com o TecDoc e soluções próprias, que são mais-valia para o cliente. O universo de soluções da Alidata é tão vasto, que o cliente pode personalizar tudo aquilo que

pretende”. A responsável garantiu que “a solução taylor made é a mais procurada, uma vez que cada gestor tem a sua forma particular de gerir a informação da empresa”. E que “o futuro do negócio passa pelo envolvimento de todos os departamentos das empresas. O processo da digitalização não ocorre só na oficina”. Paulo Tomás, da Auto Diesel, garantiu que a empresa que gere já é uma “Oficina 4.0 reconhecida pela Jaltest”, pois consegue acompanhar, ao minuto, qualquer camião de qualquer cliente de qualquer marca onde quer que ele esteja. “A telemática está sempre a compilar dados para enviá-los para a cloud, permitindo a todos os players verificar as avarias dos camiões ou até antecipá-las”. Mas o melhor da sua intervenção estava guardado para o fim, quando anunciou uma novidade mundial: “A partir da cloud, iremos propor ao mercado um produto que permite ter acesso ao estado do veículo, descarregar dados do tacógrafo e analisar o tipo de terreno onde se presta o serviço. Trata-se de um produto abrangente, que tem módulos específicos de formação para motoristas, por exemplo E que tem um preço muito razoável: 1,3 cêntimos por km para um veículo que percorra 100 mil km ano”. A TIPS 4Y já nasceu em plena era digital. E a evolução ao longo dos seus sete anos de existência tem sido gigante. Pedro Barros, fundador e CEO, assegura que “ao longo desse tempo, os veículos e os clientes mudaram completamente. Os veículos

têm cada vez mais tecnologia. Nos últimos anos, foram colocados no mercado cerca de 6.000 veículos novos, ou seja, milhões de inputs de informação, que foi preciso absorver. Surgiu um conjunto de desafios que não existia quando a TIPS 4Y nasceu”. Transformação digital é a palavra da década. Acompanhar o processo, envolver os clientes e transformá-los. “Depois, existe todo um leque de transformações de processos de negócio. As exigências, a tecnologia e todas as realidades fazem com que se pense na melhor forma de ganhar dinheiro. E, isso, é provocado por determinado modelo de negócio”, explicou. Já a Stratio Automotive, quer mudar a indústria da manutenção automóvel, antecipando uma avaria para que o cliente posssa planear melhor a sua ida à oficina e reduzir o impacto na operação. A empresa quer ser líder na área da manutenção preditiva e na inteligência artificial. “Quando começámos, em 2015, eram os Diesel, mas, depois, surgiram os elétricos, o gás natural e o hidrogénio. A nossa empresa, através da sua box, recolhe toda a informação de sensores. Lê a informação do veículo e envia para a cloud. Recolhe um gigabyte de dados por mês de cada veículo e, com eles, previne as avarias”, revelou Miguel Franco, diretor comercial. A digitalização é a primeira fase do processo de tabalho da Stratio Automotive. Primeiro, digitaliza-se a frota. Depois, entrega-se o histórico. l

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DEBATE

COMO GERAR UMA EXPERIÊNCIA INESQUECÍVEL RAQUEL MARINHO, BOSCH CAR SERVICE JORGE CANCELLA DE ABREU, TEAM-UP DÁRIO AFONSO, ACM

O

painel dedicado ao relacionamento entre oficinas e clientes, a conversa foi divertida e animada, como se de encontro de amigos se tratasse. E, isso, refletiu-se nas intervenções dos oradores. Para Raquel Marinho, responsável da Bosch Car Service, “a era digital está a mudar a forma como as oficinas

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se relacionam com os clientes, mas, também, lhes traz oportunidades de negócio. As oficinas devem tornar-se digitais porque isso vai permitir-lhes gerar proximidade com o cliente. Antigamente, as oficinas estavam confinadas ao seu espaço, a quem as conhecia ou a quem passava na rua. Hoje, essas barreiras derrubam-se e as oficinas ganham a possibilidade de ter uma presença na net muito grande. A oficina está logo ali e o cliente vai escolher a mais atrativa, aquela que for mais simpática e que responder às suas dúvidas de forma rápida”. Jorge Cancella de Abreu, responsável da Team-Up, acredita que “a era digital traz uma responsabilização à oficina. A rede social vai permitir difundir pelo mundo se gostamos ou não de determinada oficina, se o serviço foi bom ou não. Através dos instrumentos digitais, é possível arruinar o nome de uma oficina. E elas têm de estar conscientes disso. Por isso, precisam de ter cuidado com a forma como tratam este novo método de passar a palavra. Se uma oficina não responder aos problemas, deixa de ter clientes”, alertou. Dário Afonso, diretor-geral da ACM, defende o princípio de que a oficina deve estar onde o cliente está. “Se ele está online, a oficina deve estar com

ele. Por outro lado, as oficinas utilizam as plataformas de forma menos correta. É importante que as oficinas percebam que, agora, o patamar é outro. Estamos, atualmente, noutro nível e é preciso aprender a trabalhar nessas plataformas. As pessoas preocupam-se em fazer bem mas não se preocupam em comunicar o que fizeram bem. Hoje, é indiscutível que as pessoas tem de ter experiências positivas. É possível recuperar um cliente através de uma reclamação bem tratada”. As novas gerações de clientes e o que esperam elas da oficina, foram outros temas em debate Raquel Marinho disse que a mescla de gerações que existe, velhos e novos, têm interesse distintos, que têm de ser geridos pela oficina. Um cliente de 75 anos valoriza que o tratem pelo nome. Um mais novo quer valorizar o que a oficina tem para lhe oferecer”. Jorge Cancella de Abreu frisou que “é importante a oficina ouvir o cliente. E elas esquecem-se disso. Tem de haver comunicação fácil entre oficinas e clientes. As gerações podem parecer distantes, mas contagiam-se”. Já Dário Afonso, acredita que é preciso customizar o cliente. Ir ao encontro das suas expectativas é primordial. “Para a Bosch Car Service, este assunto é tratado pela rede. Têm canais de comunicação que representam a rede como um todo e que são geridos pela própria Bosch. É preciso ter alguém específico para este trabalho. A oficina não tem competência para dar respostas no Facebook, porque irá reagir negativamente ao cliente e passará uma imagem negativa sobre si”. l

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ENCONTRO

REPINTURA AUTOMÓVEL JOÃO CALHA, AXALTA COATING SYSTEMS PORTUGAL TIAGO RIBEIRO, AUDATEX RICARDO FERREIRA, HERTZ

V v

isto por muitos como o “patinho feio” da oficina e que não se pode distanciar de tudo o que é a digitalização, a repintura esteve na ordem do dia. João Calha, da Axalta Coating Systems Portugal, começou por referir que “a evolução nesta área acontece em vários níveis. Começa logo pela qualidade dos acabamentos dos au-

tomóveis e pelas várias tipologias de cor, que obrigam a diferentes tipos de abordagem na hora de reparar. A evolução deste mercado é visível pelas cerca de 1.000 novas cores que são lançadas anualmente”. Assim sendo, “é preciso saber evoluir a oficina ao mesmo ritmo das cores”, alertou. João Calha abordou, também, a orçamentação como “a melhor forma de rentabilizar uma oficina, seja ela de pintura ou de mecânica”. E, no final, falou da importância da formação no crescimento do pintor: “É uma profissão pouco valorizada quando comparada, por exemplo, com a de mecatrónico. Há trabalho de fundo que tem de ser feito para se poder valorizar a profissão de pintor. A Axalta aposta forte na formação, criando módulos para ensinar os jovens”. Tiago Ribeiro, da Audatex, reforçou a ideia das oficinas, em conjunto com os fornecedores de tinta, procurarem soluções para utilizarem as novas tecnologias e rentabilizarem o negócio. ”É preciso acompanhar estas novas tendências. Um dos maiores desafios da repintura, que está relacionado com as oficinas, prende-se com a gestão. O nível de gestão na oficina tem de ser elevado. Este nível tem de ser exigente. É preciso perceber o encadeamento da oficina. A gestão da pintura tem de estar organizada e saber quais os tipos de produtos que se vão utilizar”. E deixou um alerta: “Há quem veja a orçamentação como um custo e não como um investimento.

É preciso mudar o mindset”. Para Ricardo Ferreira, da Hertz, “a repintura automóvel é um mercado em transformação, com tudo o que envolve a Oficina 4.0 e a Internet of Things (IoT)”. Como fez questão de frisar, “o desafio que temos entre mãos é, de facto, generoso. É preciso que as empresas se adaptem ao mercado. Para a Hertz, que tem oficinas própria que ‘arranjam’ os seus veículos, a formação é necessária com a chegada das novas tecnologias. A questão da informação e da formação é fundamental, mas tem de haver investimento por parte da empresa para adquirir tecnologia e equipamentos”. Segundo acrescentou, “tudo começa num orçamento. Se este for bem feito, a empresa está a ganhar dinheiro. A orçamentação é o ponto de partida para uma correta gestão oficinal. Começámos por fazer uma standardização de processos. Um bom BMS (Body Management System), que contenha uma integração completa entre o software de orçamentação, é essencial”. l

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MESA REDONDA

TENDÊNCIAS DA DISTRIBUIÇÃO RICARDO LIMA, SOULIMA SAULO SACO, LEIRILIS JOSÉ PIRES, KRAUTLI PORTUGAL PEDRO MOURA, HUMBERPEÇAS

A

final, o mercado espanhol é igual ao português ou apresenta tendências muito distintas, numa altura em que se fala, cada vez mais, de realidade ibérica? O futuro dos distribuidores de peças esteve em cima da mesa. Para Saulo Saco, “o conceito de ‘iberização’ não existe. Existe, sim, um conceito de globalização”. O responsável da Leirilis disse que se nota a tendên-

cia das empresas em fazer parcerias e sinergias. Mas não crê que exista uma “iberização”. Quanto à perda de margem na venda de peças no nosso país, Saulo Saco também não acha que exista. “As empresas têm de ser dinâmicas, têm de ser mais eficazes. É preciso fazer as coisas de forma diferente e, por isso, gastar mais dinheiro. Mas as peças vendem-se sempre”. Já no que toca ao custo logístico das entregas, afirmou que, “se olharmos para o mercado europeu, ainda não há overservice em Portugal. As empresas ainda não estão a fazer as seis/ sete entregas por dia, como acontece lá fora”. Pedro Moura da Humberpeças, também referiu que a ideia de “iberização” é exagerada. Garante que aquilo que as empresas procuram são parcerias. “Espanha e Portugal são diferentes e vão continuar a ser”. No tema da perda de margem, acredita que aquilo a que se está a assistir não é propriamente uma perda, mas um aumento de custos. “Tudo o que as marcas precisam para estar presentes no mercado está a aumentar de custos, desde o ponto de vista logístico ao digital. Atualmente, é mais caro ter uma empresa”. Questionado sobre a mobilidade e os veículos elétricos, o responsável acredita que, provavelmente, “vamos ter de começar a chamar Casa de Recambios, como em Espanha, a uma loja de peças para automóveis, porque eles não se dedicam apenas às peças mas a tudo o que são veículos”. Já José Pires, da KRAUTLI Portugal, acredita que à medida que a evolução vai chegando, tudo se vai encaixando de forma a funcionar quase na perfeição. Segundo disse, “o conceito de

‘iberização’ não se coloca. Nem sequer existe”. E explicou: “Os mercados são muito diferentes e não faz qualquer sentido falar num mercado único”. Quanto à perda de margem, “depende sempre do ponto de vista ou da forma como ocorrer a distribuição. Quando se fala de importadores que vendem às oficinas, não há perda de margem. Se se falar de importadores que vendem à revenda, a perda de margem é significativa”, assegurou. Em relação aos custos logísticos, “presta-se ao cliente um serviço que é mais do que o necessário. “Nós, na KRAUTLI Portugal, temos entregas quatro vezes por dia, o que é um exagero. A oficina não precisa desse serviço, que acaba por ser feito por alguém se não o fizermos”, frisou. Ricardo Lima, da Soulima, fez questão de salientar que a tendência do mercado aponta para a globalização. “O mercado espanhol é muito diferente do português. O próprio mercado espanhol é diferente entre si. Existe aproximação dos dois países, existem contactos de procura de sinergias, da busca de modelos e de práticas dos dois mercados, sim, mas são diferentes”. No campo das inovações técnicas, a posição da Soulima passa pela formação como ferramenta muito importante, de modo a estar sempre dentro de um mercado em constante mutação. Quanto aos novos contornos da mobilidade, Ricardo Lima tem uma posição bem definida, que remete para os hábitos do consumidor, que estão a mudar. l

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DEBATE

CRISE NO DIESEL MÓNICA GONÇALVES, LD AUTO DIOGO BORDALO, SERVIDIESEL RICARDO RAMOS, GRUPO GAMOBAR

E

stará o Diesel a atravessar, de facto, um período de crise? Ou estaremos perante um manifesto exagero? Mónica Gonçalves, da LD Auto, abriu este painel. “Não há crise no Diesel. O que está é a acontecer uma mudança, que não é de hoje. A LD Auto trabalha no Diesel desde sempre e tem observado várias alte-

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rações ao nível do negócio da reparação e da otimização de processos”, começou por dizer. A responsável acredita que este tipo de combustível não vai acabar. Até porque “os motores a gasóleo ainda são uma boa solução. A questão é que podem não ser uma boa solução para todos, uma vez que não temos todos as mesmas necessidades”, acrescentou. A LD Auto tem investido na variação de serviços e negócios para diversificar riscos e estar atenta às realidades que vão surgindo. “A limpeza do filtro de partículas é um negócio interessante, no qual se investiu tempo e dinheiro, área onde a LD Auto tem sido feliz. Mas esta diversificação não teve nada a ver com qualquer crise no Diesel. Sabemos que as coisas vão mudar, mas o Diesel não vai acabar”, frisou Mónica Gonçalves. Ricardo Ramos, do Grupo Gamobar, também foi perentório em relação ao futuro deste combustível: “O Diesel é a principal fonte de faturação da nossa empresa, tanto na venda de viaturas novas como usadas. A gasolina começa a surgir, mas para clientes que têm uma utilização mais urbana. Não há crise nenhuma no Diesel. Ainda há, aliás, muito para crescer nesta área”. Convidado a pronunciar-se sobre as palavras do Ministro do Ambiente, em janeiro passado, sobre os veículos Diesel, Ricardo Ramos respondeu que “teria sido mais correto se ele tivesse apresentado um plano para reduzir as emissões de CO2 ou uma estratégia para renovar o parque automóvel nacional. O ministro ‘condenou’ o gasóleo porque está na moda ‘condená-lo’. Nada mais”. Sem nunca deixar de defender os motores Diesel, Ricardo Ramos insistiu no facto de estarmos a entrar numa nova fase de transição

para algo. “O veículo elétrico é uma realidade, mas ainda não existe parque circulante suficiente para tirar conclusões, até porque a rede de postos de carregamento ainda é escassa”, completou. Já Diogo Bordalo, da Servidiesel, achou que “é uma injustiça o que estão a ‘fazer’ ao Diesel”. E acrescentou: “Ao contrário do que se diz, estes motores não vão acabar. O que se fará aos veículos pesados de transporte de mercadorias e passageiros? Na distribuição urbana, o veículo elétrico faz sentido. E em longo curso? Mesmo ao nível das fábricas, ainda há muita coisa a ser desenvolvida com o Diesel. Neste momento, a questão da poluição continua a beneficiar os veículos a gasóleo”. Diogo Bordalo é da opinião que deve existir aconselhamento ao consumidor antes de este comprar a viatura, para perceber qual a melhor opção, seja ela Diesel, elétrica ou gasolina. “A Servidiesel atua na área do Diesel e, também, na da gasolina. Mas como 70% do parque automóvel circulante é a gasóleo, é normal que a empresa faça jus ao seu nome”, enfatizou. Confrontado com a questão da “eletrificação”, Diogo Bordalo recordou os 35 anos de história da Servidiesel, explicando que, atualmente, consegue fazer de tudo. “A evolução tem sido gigante em todos os aspetos. A ‘eletrificação’ não nos assusta. Só precisamos de evoluir e de nos adaptarmos a ela”. l

Veja o vídeo em jornaldasoficinas.com

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Evento

ECAR SHOW

“ELETRIFICAÇÃO” CHEGOU À CAPITAL O CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOA, LOCAL ICÓNICO DA CAPITAL, CONHECIDO COMO A “ANTIGA FIL”, RECEBEU, ENTRE OS DIAS 3 E 5 DE MAIO, O ECAR SHOW - SALÃO DO AUTOMÓVEL HÍBRIDO E ELÉTRICO. O JORNAL DAS OFICINAS, MEDIA PARTNER DO CERTAME, MARCOU PRESENÇA NESTE EVENTO “ELETRIFICADO” por

O

paradigma da nova mobilidade esteve no centro das atenções em Lisboa, durante o primeiro ECAR SHOW realizado na capital. Depois do sucesso alcançado no Porto, o salão dedicado aos automóveis híbridos e elétricos teve lugar em Lisboa. Às muitas novidades do setor automóvel, juntaram-se experiências ao volante e seminários, tendo sempre a mobilidade como pano de fun-

Ricardo Carvalho

do. A importância deste evento para o aftermarket também foi uma evidência, graças aos vários seminários que foram acontecendo durante o fim de semana, que focaram temas relacionados com a “eletrificação” do automóvel. O pavilhão principal do Centro de Congressos de Lisboa acolheu 60 veículos, entre duas e quatro rodas, tendo contado com a presença de 18 marcas de automóveis. Contudo, o objetivo

não foi apenas mostrar as novidades. A ideia foi, ao mesmo tempo, criar uma feira dedicada à mobilidade, que juntou um pouco dos muitos serviços que podem complementar este “novo mercado automóvel”, que, para já, ainda é um nicho. Ligado à corrente

Desde marcas que se dedicam à comercialização de carregadores para

veículos elétricos e híbridos plug-in a empresas de carsharing (representadas pela emov e pela primeira empresa em Portugal que só aluga veículos elétricos, a Watts On Wheels), houve de tudo um pouco no ECAR SHOW. Mas o espaço da Tesla foi um dos mais concorridos. Também a empresa pioneira na comercialização de veículos elétricos em Portugal, ZEEV, não faltou à chamada e exibiu os Fisker Karma e

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“TEMOS, AQUI, UM SALÃO PARA O FUTURO” JOSÉ OLIVEIRA, DIRETOR DO ECAR SHOW

José Oliveira, diretor do salão, explicou a essência do certame e as suas expectativas. Até porque a Zest – Marketing e Eventos, organizadora da feira, já tem experiência nesta área, nomeadamente através da realização das duas edições do Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, que recebeu, em cada uma, 30 mil visitantes. José Oliveira afirmou ao Jornal das Oficinas que o ECAR SHOW realizado em Lisboa superou as expectativas. “O grande objetivo do evento foi poder trazer novos clientes para esta forma de mobilidade. Pessoas que estão abertas a alterar o seu próprio paradigma. Há muito trabalho a ser desenvolvido neste campo. O público está ainda muito pouco informado. Por vezes, até confuso. Por isso, pretendemos dar respostas, esclarecer dúvidas e fazê-lo com base na experiência. Trazer as pessoas até aos veículos e levá-los a experimentar esta realidade”, explicou o diretor do salão. “O mercado de Lisboa é de grande dimensão. E não tinha salões nesta área. Como havia vontade por parte das marcas de automóveis, das empresas de carsharing e dos fornecedores de energia, reunimos as condições necessárias para a realização do primeiro ECAR SHOW na capital”, concluiu.

Fiat 500 elétrico (este último não é vendido no nosso país pela Fiat). Destaque mereceram, também, as empresas que se dedicam à comercialização de carregadores, wallboxes e painéis solares, como a EV Chargers e a NRG Kick. A ABB também deu nas vistas ao desvendar os carregadores rápidos domésticos de 25 kWh e os supercarregadores de 150 kWh. Já as empresas petrolíferas Galp e Prio, cada vez mais focadas neste conceito de mobilidade, mostraram a sua oferta de serviços para veículos elétricos. José Sá Fernandes, vereador de Energia e Ambiente da Câmara Municipal de Lisboa, visitou o certame e participou no encerramento

do seminário Cooler World. O edil fez um balanço do trabalho desenvolvido pela autarquia na área da mobilidade sustentável e abordou, com algum detalhe, os projetos em curso no âmbito da eleição de “Lisboa Capital Verde Europeia 2020”. A avaliar pelo que se viu no Centro de Congressos de Lisboa, o futuro dos veículos híbridos e elétricos parece ser promissor, com as marcas a apostarem em modelos e soluções mais inovadoras e as entidades a desenvolverem as infraestruturas necessárias para serem disponibilizados pontos de carregamento aos cidadãos. A União Europeia estima, aliás, que existam 40 mil pontos de carregamento públicos em 2020. l

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OPINIÃO

PEDRO NASCIMENTO, DIRETOR-GERAL DA PNEUIMPEX

OFICINA AUTO VS ESPECIALISTA DE PNEUS O FUTURO ESTÁ AÍ. E AGORA, O QUE FAZER? OS GESTORES MAIS ASTUTOS NÃO PERDEM TEMPO E OPTAM PELA SOLUÇÃO QUE MELHOR SE ADAPTA ÀS SUAS NECESSIDADES E À ESTRATÉGIA DA SUA EMPRESA

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endencialmente, o especialista de pneus opta por oferecer um serviço mais amplo ao implementar “mecânica rápida”. Em sentido oposto, as oficinas estão, cada vez mais, a disponibilizar o serviço de pneus. A curto prazo, um misto destes serviços será uma realidade. No entanto, irão manter a sua génese, visto que ambos os negócios detêm algumas especificações técnicas muito próprias. É o caso dos “puros” especialistas de pneus (vulgo casas de pneus ou retalhistas de pneus), que, além do serviço de pneus ligeiros (75%), contam, também, com as áreas de pneus de camião, industrial e agrícola (25%). Por outro lado, existem oficinas com um know-how forte, especializadas nas áreas Diesel, elétrica e de turbos. Extrapolando, se somarmos as 7.500 oficinas legalizadas do mercado nacional com a totalidade dos 2.200 especialistas de pneus, chegamos a uma soma de quase 10.000 operadores na área dos serviços oficinais. Atualmente, quase todos oferecem os mesmos serviços. Visto que a quantidade de

veículos circulantes continua a ser a mesma, pergunto: iremos ter serviço para todos os operadores? O maior desafio desta fusão dentro de cada organização, são os recursos humanos. Aqui, as oficinas levam vantagem, pois é mais fácil formar um técnico em pneus do que uma casa de pneus formar ou contratar um bom mecatrónico. Se juntarmos todo este

AINDA EXISTEM CASOS EM QUE A OFICINA REENCAMINHA O SEU CLIENTE PARA O ESPECIALISTA DE PNEUS, SEMPRE QUE ELE NECESSITA DE COLOCAR PNEUS NO SEU VEÍCULO

cenário, com a evolução tecnológica dos veículos atuais, o único caminho é a integração numa rede. E, mesmo assim, a tipologia de rede a integrar terá de ser muito bem analisada. As redes atuais têm na sua génese várias origens. Umas nascem de fabricantes e distribuidores de pneus, outras de fabricantes e distribuidores de peças. Aqui, uma vez mais, as redes com origem nas peças levam vantagem, pois um especialista em pneus encontrará muito mais benefícios em agrupar-se a uma rede que lhe traga know-how técnico e imagem oficinal, que uma rede de pneus não lhe dará. Quanto às oficinas, dificilmente se agruparão a uma rede de pneus, pois veem um pneu como mais uma peça. O mais caricato de tudo isto, é que ainda existem casos em que a oficina reencaminha o seu cliente para o especialista de pneus, sempre que ele necessita de colocar pneus no seu veículo.  l

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CONCEITOS DE MOBILIDADE

CÁPSULAS AUTÓNOMAS… E RURAIS Q

uando se fala de veículos autónomos, por norma, associamos esta forma de mobilidade às grandes cidades. Mas esta solução poderá fazer ainda mais sentido em zonas rurais ou industriais, longe das grandes metrópoles, servindo, de forma eficaz, como transportes públicos. Essa é, pelo menos, a ideia do Ministério dos Transportes de França, que se encontra, neste momento, a testar 16 modelos autónomos, com estas funções, em vários pontos do país. Estas cápsulas autónomas e elétricas da Navya têm superado, com sucesso diga-se, toda a fase experimental, prevendo-se que venham a alargar o seu espaço de ação. Numa segunda fase de testes, as duas

DUAS CÁPSULAS AUTÓNOMAS E ELÉTRICAS DA NAVYA ENCONTRAM-SE EM TESTES EM VÁRIAS REGIÕES FRANCESAS. O OBJETIVO É SERVIREM DE TRANSPORTE PÚBLICO NAS ZONAS RUAIS E INDUSTRIAIS, LONGE DAS GRANDES METRÓPOLES por

Jorge Flores

cápsulas da Navya, cada uma delas com cinco lugares, prestarão serviços na comunidade de Coeur de Brenne, no centro de França, onde o ministério analisará a eficácia destes modelos autónomos no transporte de uma população espalhada pelo território. Regra geral, as distâncias entre casa e trabalho obrigam os locais a dispor de viatura própria, uma vez que não existe um serviço centralizado de transportes públicos, disponível num circuito a qualquer hora do dia. Com esta solução, tudo poderá mudar. Transporte público

Os testes não ficarão circunscritos à comunidade francesa de Coeur de Brenne. Em Nantes, na zona oeste, serão realizadas várias experiências

com as cápsulas da Navya. Ambos os modelos circularão no espaço de uma linha férrea (desativada), onde está previsto o transporte de perto de 300 pessoas por hora durante o período de maior afluência de tráfego. Também em Sophia-Antipolis, n o ponto oposto do país, junto à fronteira com a Itália, as cápsulas autónomas serão colocadas à prova. O objetivo, aqui, será fazer a ligação entre as várias indústrias dispersas na região, como se fossem veículos de trabalho, substituindo, uma vez mais, o automóvel particular. Numa terceira fase de testes, prevê-se que estes modelos sejam utilizados para o transporte de mercadorias, entre o comércio local e os restaurantes de Montpellier.  l

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empresas

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RELAÇÃO DE CONFIANÇA FERNANDO RIESCO, DIRETOR-GERAL DA DIPART, E SAULO SACO, ADMINISTRADOR DA LEIRILIS, SABEM QUE, NOS NEGÓCIOS, COMO NA VIDA, A BASE DO SUCESSO ESTÁ NA CONFIANÇA. FOI, POR ISSO, COM TODA A NATURALIDADE QUE A EMPRESA PORTUGUESA SE JUNTOU AO GRUPO ESPANHOL, QUE, POR SEU TURNO, É SHAREHOLDER DA GLOBAL ONE AUTOMOTIVE   Bruno Castanheira por

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undada em 1986, a Leirilis desde cedo apresentou um crescimento no mercado português. No ano de 2005, a empresa mudou de instalações, em Leiria, conseguindo aumentar, exponencialmente, a sua gama de produtos, tendo alargado a sua oferta para a área da mecânica. Desde 2010 que a Leirilis tem expandido a sua cobertura geográfica, abrindo novos armazéns e balcões de atendimento em Coimbra, Lisboa e Porto. Em 2016, a PneuImpex, empresa sediada na ilha da Madeira, passou a integrar o grupo português, tendo este alargado ainda mais a sua área de abrangência. Em 2017, a Leirilis tornou-se sócia do grupo ibérico Dipart que, por seu turno, é shareholder da Global One. 10 anos de atividade

Ao tornar-se sócia da Dipart, a Leirilis fortaleceu a sua posição no mercado através do au-

mento do know-how, do poder negocial com os fornecedores e da notoriedade dentro e fora de portas. Decisão esta que foi tomada em virtude de ser necessário crescer de forma sustentada e tendo o aumento da quota de mercado em mente, chegando, assim, a todas as zonas de Portugal, o que se consegue com a integração de novos associados. Fernando Riesco, diretor-geral da Dipart, recorda ao Jornal das Oficinas como tudo começou: “A Dipart surgiu no início de 2009. Quando arrancámos com a nossa atividade, nunca nos assumimos como um grupo de compras, mas como uma empresa que oferece serviços aos seus franchisados e clientes, o que condiciona toda a nossa forma de atuar no mercado, sobretudo no espanhol”. A Dipart arrancou, há 10 anos, com seis distribuidores e 35 pontos de venda em Espanha. Hoje, dispõe de 29 distribuidores e 110 pontos de

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DP AUTOMOTIVE BY LEIRILIS

AO TORNAR-SE SÓCIA DA DIPART, A LEIRILIS FORTALECEU A SUA POSIÇÃO NO MERCADO ATRAVÉS DO AUMENTO DO KNOW-HOW, DO PODER NEGOCIAL COM OS FORNECEDORES E DA NOTORIEDADE venda a nível ibérico. “Temos uma cobertura bastante razoável de todo o território espanhol, onde chegamos a cerca de 80% do parque automóvel. A integração na Global One Automotive fez com que tivéssemos de nos expandir, numa lógica de conceito ibérico. Foi assim que estabelecemos contacto com a Leirilis, empresa que cumpria perfeitamente todos os nossos requisitos e expectativas. Tanto mais, que a nossa filosofia de negócio não é vender diretamente às lojas de peças nem às oficinas”, explica Fernando Riesco. Para entrar em Portugal e poder crescer, era preciso encontrar um parceiro de grande envergadura. Que desenvolvesse o conceito DP Automotive. “Iniciámos a nossa parceria com a Leirilis no final de 2017. O ano de 2018 serviu, acima de tudo, para nos estabelecermos no mercado português e para enraizarmos os conceitos da Dipart, integrando-os nos da Leirilis”, dá conta Fernando Riesco. Em 2019, a Dipart celebra 10 anos de atividade. E fez questão

de assinalar a efeméride na Motortec Automechanika Madrid e, também, na expoMECÂNICA. Rota de crescimento

Em Espanha, a Dipart aposta na exclusividade por zona. Em Portugal, o conceito é o mesmo. “A Leirilis está encarregue de desenvolver o negócio e de criar uma rede dentro do país, de modo a que as oficinas possam ter bem próximos os seus fornecedores de peças”, assegura Fernando Riesco. Acrescentando, de seguida, que, “em Portugal, o único sócio da Dipart é (e será) a Leirilis, que tem a missão de assegurar toda a cobertura do território nacional. O desenvolvimento do conceito em Portugal implica aproximar a peça à zona onde está localizada a oficina. E, para tal, existem duas formas. Primeira: fazê-lo com os próprios meios da Leirilis, investindo na abertura de pontos de venda em determinadas zonas. Segunda: procurar parceiros que ajudem a alcançar esse objetivo num conceito de master franchising”. O

conceito DP Automotive será, também, lançado em Espanha, mas, para já, o grupo decidiu não mudar ainda de nome. Já Saulo Saco, administrador da Leirilis, não esconde que poderão existir mais empresas em Portugal a ser integradas na Dipart. “A ideia é termos mais organizações a trabalhar connosco, mas num conceito de associado e não numa perspetiva de sócio da Dipart. O nosso objetivo é procurar parceiros para desenvolvermos o negócio e fazê-lo crescer. A nossa ideia é que os parceiros tenham uma imagem exterior uniformizada (DP Automotive by....), sendo a plataforma de vendas a mesma, a gama de produtos muito similar, o nível de serviços igual e a forma de trabalhar os conceitos uniformizada”, explica ao Jornal das Oficinas. Todos os parceiros da Leirilis terão de estar alinhados e ter a sua atividade homogeneizada. E todos terão melhores condições de compra e acesso à informação de todo o grupo através de novos softwares. E quanto

aos conceitos? Saulo Saco explica: “O DP Service, que existe há quatro anos em Espanha, será, brevemente, implementado em Portugal. No fundo, consiste numa hotline técnica que presta às oficinas assessoria telefónica no momento em que o veículo está a ser intervencionado. O que existe, neste momento, no nosso país, ao nível do DP Service, são formações e apoio técnico na área dos equipamentos. Já o DP Gold (DP Oro em Espanha), é um serviço de excelência que contempla, por exemplo, o DP Service e a pesquisa de peças por matrícula (a informação técnica está toda disponível online). Este estatuto é atribuído em função do volume de compras. Em Portugal, existem 30 oficinas DP Gold. Quanto ao DP Ambiente (que não existe em Espanha), consiste num serviço de gestão de resíduos e de consultoria ambiental criado para as oficinas. Finalmente, o DP XPoint, que é um programa de fidelização com pontos, podendo estes ser trocados por brindes ou serviços”.  l

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ENTREVISTA

RUI LOPES, SÓCIO-GERENTE DA RPL CLIMA

ESTOU NO NEGÓCIO CERTO NA ÁREA DA CLIMATIZAÇÃO AUTOMÓVEL, HÁ UMA PERSONALIDADE QUE TEM SEMPRE A TEMPERATURA BEM REGULADA: RUI LOPES. NÃO “FERVE EM POUCA ÁGUA” NEM É DEMASIADO CONDESCENDENTE. MAS RECONHECE QUE SE “TRANSFORMA” DE MAIO A OUTUBRO, PERÍODO EM QUE O NEGÓCIO ESTÁ NO AUGE. NESTA ENTREVISTA, O SÓCIO-GERENTE DA RPL CLIMA ABRE O CORAÇÃO E REVELA O SEU LADO MAIS INTIMISTA   Bruno Castanheira por

E

xistem pessoas com as quais nos identificamos. Rui Lopes é uma delas. Bem disposto, afável e de uma honestidade rara, o sócio-gerente da RPL Clima, que, juntamente com Rui Pedro, gere os destinos da empresa localizada na Reserva Nacional da Qualidade de Vida, ou seja, em Vilamoura, no Algarve, recebeu o Jornal das Oficinas de braços abertos. Nesta entrevista, recordou o passado, analisou o presente e projetou o futuro. Sempre com um sorriso rasgado e no tom cordial que o caracteriza. Rui Lopes abriu o coração e revelou o seu lado mais intimista. Uma conversa entre dois amigos que, aqui, publicamos na íntegra. O que levou dois homens de Leiria (Rui Pedro e Rui Lopes) a abrir uma empresa de climatização no Algarve? A pergunta é curiosa e muitas pessoas fazem-na. Como diz o adágio popular, “Quem não está bem, muda-se”. Foi o que fizemos. Eu o Rui Pedro trabalhávamos, na altura, numa empresa de climatização situada em Leiria e, com o passar do tempo, percebemos que não teríamos grande futuro se lá continuássemos. O nosso desagrado virou oportunidade.

Procurámos os fornecedores que existiam no mercado e anunciámos que queríamos dar o salto. Como o Algarve era uma região que, na altura, não estava abrangida pelo fornecedor com quem falámos, este decidiu apoiar-nos incondicionalmente no nosso novo projeto. Havia um nicho de mercado no Algarve na área da climatização automóvel. E como não existiam distribuidores no sul do país, estavam reunidas as condições para eu e o Rui Pedro criarmos a RPL Clima. Como foram os primeiros 19 anos de atividade da RPL Clima? Sente que o negócio se desenvolveu à temperatura ideal? O negócio da climatização automóvel está intimamente relacionado com as condições meteorológicas. A RPL Clima não tem uma equipa de vendedores que anda no terreno. O nosso principal vendedor é o tempo. Anos de muito calor são anos de muito trabalho. E de muitas vendas. Em anos mais amenos, as vendas não são tão fluidas como nos anos quentes. O que é certo é que a temperatura na RPL Clima tem vindo a subir todos os anos. 2018 não fugiu à regra. Estamos num período de crescimento de vendas. O que é fantástico.

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RUI LOPES

Considera que a climatização automóvel é um negócio sazonal, ou seja, que há um pico de maio a outubro e, depois, um abrandamento de outubro a abril? Absolutamente. Mas nós, especialistas nesta área, temos um pico durante 12 meses, por incrível que possa parecer. Isto é, dividimos os 12 meses em metades iguais. Seis meses são dedicados intensivamente à compra e nos outros seis meses não temos mãos a medir com as vendas. Nos meses de inverno, também temos crescido. Claro que o que baliza o negócio são os meses de verão, mas é curioso como temos crescido também nos meses mais frios. De que forma se pode contrariar essa sazonalidade? Com outros produtos e áreas de negócio? Ou dando o máximo nos meses de maior pico? O que nos faz crescer anualmente é a especialização que temos, a dedicação que nos caracteriza e o facto de abraçarmos a 100% a área da climatização automóvel. Não querendo ser presunçoso, que, aliás, é característica que não me assiste, a verdade é que isto faz a diferença relativamente a todas as casas de peças e a todos os players que estão no mercado. E repare-se que, hoje, todas as casas de peças vendem compressores, sejam eles novos ou reconstruídos. O que é certo é que temos vindo a crescer. Portanto, não faz sentido nenhum começarmos a vender baterias, escovas limpa-vidros ou pastilhas de travão. Isso não faz, de todo, parte do nosso objetivo. A mudança, em janeiro de 2017, para as instalações onde nos encontramos, permitiu à RPL Clima aumentar o seu stock e trouxe-lhe novos argumentos... Sem dúvida. Deixámos de comprar contentores de 20 pés para passar para os de 40 pés. E, isto, faz logo a diferença a nível de armazenagem e de negociação perante os fabricantes. Fica-nos mais barato mandar vir contentores de 40 pés do que vários de 20 pés. Portanto, ganhámos em todas as frentes.

Considera-se um “patrão” exigente com os colaboradores? O que não tolera a nível profissional? Exigente, não. Extremamente exigente. Se assim não fosse, a RPL Clima não teria chegado onde chegou. Contra tudo e contra todos. Num mercado cada vez mais concorrido e inundado de grupos. Nós, pé ante pé, continuamos a crescer. Devagarinho, é certo, mas a crescer. E a atingir patamares interessantes fora de Portugal. Não tolero a nível profissional a falta de honestidade, de compromisso e de pontualidade. Sou extremamente exigente com a pontualidade. Não tolero que os colaboradores cheguem às 9h. Têm de chegar antes. A partir das 9h, não gosto de cumprimentar ninguém da empresa, o que demonstra bem a minha exigência dentro da RPL Clima. Além de representar fabricantes de topo, a RPL Clima dispõe da gama, própria RPL Quality, que assume particular relevância na vossa atividade... É verdade. Há mais de 10 anos que representamos, a nível nacional, os três maiores fabricantes de compressores do mundo em primeiro equipamento

HÁ MAIS DE 10 ANOS QUE REPRESENTAMOS, A NÍVEL NACIONAL, OS TRÊS MAIORES FABRICANTES DE COMPRESSORES DO MUNDO EM PRIMEIRO EQUIPAMENTO

(Sanden, Denso e Delphi). E reparámos que havia na RPL Clima uma lacuna: a inexistência de uma segunda linha de produtos. Em 2013, fomos os últimos a adotar no mercado da climatização automóvel uma linha alternativa. E os últimos porquê? Porque não nos sentíamos confortáveis em apresentar compressores a qualquer custo, a qualquer preço e sem qualquer qualidade. Preferimos estudar a questão e visitar fabricantes (sobretudo na Ásia, que é o “mundo” do ar condicionado). Tínhamos de escolher os parceiros certos. E foi assim que surgiu a RPL Quality, uma marca que está patenteada e registada, apresentando preços competitivos. Tudo para dar ao cliente a opção de uma segunda linha de produto novo de qualidade elevada. Como analisa o mercado da climatização automóvel em Portugal, circunscrevendo à área de atuação da RPL Clima? Já estamos no mercado há 19 anos. No início, vendiam-se muitos equipamentos. Mas a RPL Clima surgiu com uma visão um pouco mais à frente. Se existiam tantos equipamentos a ser vendidos, então vamos agarrar-nos aos acessórios. E é aqui que, neste momento, fazemos a diferença. Somos líderes inquestionáveis de mercado nesta área. Por mais players e grupos que venham. Continuamos a ter uma visão de futuro. E quanto à RPL Automotive Parts (anterior RPL Clima 2), que é o braço de exportação da RPL Clima? Como têm corrido as coisas? A mudança de nome deveu-se à facilidade de pronunciar RPL Automotive Parts em qualquer idioma. Passámos a ser vistos por outros mercados com outros olhos. Em 2017, a nossa área de exportação faturou €350.000 e, em 2018, subimos para €650.000. Para este ano, o nosso objetivo é chegar a €1.000.000. A RPL Clima considera-se uma empresa digital? Costuma dizer-se que na relação profissional/

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pessoal, a empresa sai sempre beneficiada. No percurso na RPL Clima, não há nenhuma decisão que se arrependa de ter tomado? Há. Em 2007 ou 2008, tive a infeliz ideia de trazer o franchising de uma oficina para o Algarve. A ideia era boa mas os tempos é que não eram os mais apropriados. Ao fim de cinco anos, a coisa não correu assim tão bem como estávamos à espera. Hoje, se pudesse voltar atrás, não tomaria essa decisão. Como gostaria que fosse o negócio da RPL Clima nos próximos 20 anos? Gostava que o portal de vendas passasse a assegurar 80% do nosso volume total de faturação em vez dos atuais 20%. Penso que num espaço de cinco ou 10 anos podemos consegui-lo, atendendo às novas gerações de mecatrónicos, de gestores de oficinas e de líderes de empresas, bem como à cada vez maior formação do setor. Creio que o futuro vai passar por aí.

O MAIS DIFÍCIL PARA AS EMPRESAS É A GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS. GERIR PESSOAS, É GERIR PROBLEMAS Fala-se muito de “eletrificação”, de conectividade, de condução autónoma... O que é facto é que a RPL Clima está numa das melhores áreas de negócio, nada tendo a temer com essa realidade... Concordo a 100%. Considero-me, aliás, um afortunado nesta área. Quando abrimos a empresa, em janeiro de 2000, sem pensar no que poderia vir a acontecer dentro de 19 anos, tivemos a sorte de calhar num negócio onde os veículos híbridos e elétricos precisam de ar condicionado para funcionar. Já não estamos a falar apenas de conforto, mas de um elemento essencial para os veículos circularem, uma vez que é o ar condicionado que vai permitir arrefecer as baterias desses veículos. Estou no negócio certo. Em 10 novos compressores que a Sanden planeia introduzir no mercado a breve trecho, oito serão para veículos híbridos e dois destinados a veículos elétricos. É preciso estar sempre a regular a temperatura dos colaboradores ou eles interiorizam diariamente os valores que fazem parte do ADN da RPL Clima? O mais difícil para as empresas é a gestão dos recursos humanos. Isto está cada vez mais difícil. A todos os níveis. O compromisso, a pontualidade, a responsabilidade... É duríssimo gerir pessoas. Gerir pessoas, é gerir problemas. Quanto mais colaboradores

existem na nossa estrutura (neste momento, são 13 contando comigo), mais problemas há para resolver. Contudo, a temperatura dos colaboradores nos meses de inverno é muito idêntica ao trabalho. É amena e mais descontraída. Tudo flui. Mas eles já sabem que, a partir de maio, o Rui Lopes vai transformar-se. Vai falar alto, vai exigir mais, vai olhar para o relógio e vai estar em cima deles permanentemente. Não há tempo para pausas a meio da manhã nem a meio da tarde. O que mais sai são compressores e condensadores. Que balanço faz dos 17 anos de presença em salões do aftermarket? Para mais, tendo a RPL Clima estado, por duas vezes, presente como expositora na Motortec Automechanika Madrid? A parte dos salões ajudou-nos a crescer. Sem dúvida. Já estivemos em Lisboa e fomos presença assídua na Batalha, quando não havia expoMECÂNICA no Porto... Há que dar mérito à Exposalão, que reuniu o setor a nível nacional e, durante 10 ou 12 anos, conseguiu fazer uma feira de referência em Portugal. Depois, apareceu uma entidade organizadora com um pouco mais, digamos, de know-how e de visibilidade. Neste momento, estamos com a expoMECÂNICA e estamos bem. É a feira de referência a nível nacional. E uma vez que o mercado de exportação está a crescer (começámos a virar-nos para fora do país em 2013 com a RPL Clima 2, hoje RPL Automotive Parts), faz cada vez mais sentido a nossa presença em Espanha. Este ano, fomos com mais visibilidade e com outras armas para o certame de Madrid. No entanto, os 19 anos da RPL Clima foram feitos de visitas aos clientes. Todas na minha pessoa. A presença nos salões é extremamente importante, mas sempre associada às visitas. Percorro entre 10 a 15 mil km em cerca de dois meses. Faço-o desde que a empresa nasceu.  l Veja o vídeo em jornaldasoficinas.com

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A MELHOR FORMA DE PROPORCIONAR A TERCEIROS UM ACESSO SEGURO AOS DADOS DO VEÍCULO, É ATRAVÉS DE UMA PLATAFORMA EXTERNA

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EM FOCO

EXTENDED VEHICLE

COMPREENDER O CONCEITO OS VEÍCULOS GERAM UMA PANÓPLIA DE INFORMAÇÃO. E EMBORA OS DADOS GERADOS SEJAM, NA SUA MAIORIA, DE NATUREZA TÉCNICA, CERTOS TIPOS PODEM SER UTILIZADOS PARA PRESTAR SERVIÇOS. O EXTENDED VEHICLE PERMITE A PARTILHA DE ALGUNS DESTES DADOS COM TERCEIROS

O

s fabricantes de veículos estão a desenvolver os seus próprios modelos de acesso a dados, incluindo o conceito Extended Vehicle, o qual prevê o acesso a dados no interior do veículo apenas através de um servidor externo sob o seu controlo. Contudo, esta abordagem suscitou sérias preocupações nos últimos anos devido a lacunas identificadas no que toca ao âmbito técnico e legal, bem como à legislação relativa à concorrência. Entidades diversas analisaram a posição e os argumentos dos protagonistas chave - as oficinas independentes - e os elementos reunidos confirmam que o tratamento do acesso a dados no interior do veículo - semelhante ao acesso a dados gerais - não segue um roteiro claro partilhado por todas as partes interessadas. E não tem em consideração desenvolvimentos regulamentares europeus, tais como o mercado único digital. Embora os consumidores estejam recetivos a novos serviços baseados em dados, continuam a demonstrar um forte interesse em manter a liberdade de escolha no que toca ao prestador de serviços em vez de serem orientados com base em dados que não controlam ou que não consideram totalmente transparentes. Servidor neutro e seguro

A melhor forma de proporcionar a terceiros um acesso seguro a dados do veículo, é através de uma plataforma externa, ou seja, de um servidor neutro e seguro a partir do qual os prestadores de serviços podem aceder aos dados em vez de acederem diretamente ao veículo, sem qualquer controlo. Esta plataforma externa proporciona acesso aos dados do veículo em conformidade com regras técni-

cas de concorrência e proteção de dados, claramente definidas através de várias interfaces e meios externos de armazenamento de dados, reduzindo, por conseguinte, os riscos de segurança, fiabilidade e responsabilidade. Para assegurar a interoperabilidade em todo o globo, é necessário padronizar estes meios de acesso externo a dados e as respetivas interfaces. Para este efeito, foi desenvolvida uma norma ISO (20077-1), mais conhecida como conceito de “Extended Vehicle”. Trata-se de um veículo com extensões externas de software e hardware que são desenvolvidas, implementadas e geridas pelo fabricante do veículo. Os servidores neutros podem ser implementados para disponibilizar dados a prestadores de serviços de terceiros interessados, sem envolver a assinatura de contratos com fabricantes de automóveis. Estes servidores são totalmente “neutros”, o que significa que não são operados nem financiados pelos fabricantes, mas sim por um terceiro independente. Naturalmente que estes operadores de servidores neutros são obrigados a implementar medidas de segurança e proteção de dados de última geração. Várias empresas já se mostraram interessadas em desenvolver estes servidores geridos independentemente. A IBM, por exemplo, lançou, recentemente, um serviço para tornar acessíveis os dados dos veículos através da sua plataforma em “nuvem” a terceiros que pretendam desenvolver serviços novos e inovadores. Porquê partilhar dados automóveis?

Atualmente, os veículos são cada vez mais “conectados”, no sentido em que podem trocar uma panóplia

de informação com outras viaturas, utentes da estrada, fabricantes de veículos e prestadores de serviços de terceiros. Com o aumento do volume dos dados gerados por veículo, os terceiros estão cada vez mais interessados no seu acesso e utilização com vista à prestação de serviços. Estes prestadores de serviços incluem, por exemplo, oficinas e soluções de assistência, companhias de seguros, operadores de parques de estacionamento, prestadores de serviços financeiros e de frota e operadores de infraestruturas rodoviárias, entre outros. Também podem incluir protagonistas não tradicionais do setor automóvel, tais como entretenimento, viagens e turismo, redes sociais e operadores de motores de busca. A partilha de dados de veículos com estes intervenientes poderá melhorar a experiência de condução, aumentar o conforto do condutor, otimizar produtos e contribuir para a concretização de metas sociais, tais como a melhoria da segurança rodoviária e a redução do consumo de combustível. em benefício do condutor

Eis alguns exemplos de como os dados gerados por veículos podem ser utilizados em benefício do condutor: l Recomendações relativamente aos percursos mais fáceis e seguros, evitando “engarrafamentos” e perigos rodoviários; l Informações relativamente a “estacionamento inteligente”; l Capacidade para contactar serviços de emergência em caso de acidente; l Possibilidade de “prever” períodos de manutenção ou reparação para evitar avarias;

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EXTENDED VEHICLE

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Liberdade para reparar

Dados partilhados Os tipos de dados que os automóveis geram – e que podem ser utilizados para prestar determinados serviços – variam de marca para marca. E, inclusivamente, nas próprias marcas, de modelo para modelo. Vários tipos de dados gerados pelos veículos podem ser utilizados para melhorar a experiência de condução, aumentar o conforto do condutor, otimizar produtos e para contribuir para a concretização de metas sociais, tais como a melhoria da segurança rodoviária e a redução do consumo de combustível: pressão dos pneus; velocidade do veículo; quilometragem; consumo de combustível; nível do óleo; estado do motor; estado de carga da bateria; ângulo da

Os consumidores são livres de escolher onde querem que o seu automóvel seja reparado. Através de um servidor neutro, os utilizadores dos veículos têm liberdade para obter serviços do fabricante do mesmo, da sua rede de reparadores autorizados ou de qualquer outro prestador de serviços à sua escolha. Portanto, o servidor neutro garante a liberdade de escolha do consumidor. Os prestadores de serviços têm acesso justo, razoável e não discriminatório aos dados de que necessitam para oferecerem os seus serviços aos utilizadores de veículos. Este universo inclui oficinas de reparação independentes, operadores de frota e companhias de seguros, só para citarmos três exemplos. Quaisquer informações disponibilizadas para a rede de reparadores autorizados do fabricante do veículo serão disponibilizadas nas mesmas condições a terceiros independentes que ofereçam serviços concorrentes: o mesmo tipo, a mesma quantidade, a mesma qualidade de dados e, ao mesmo tempo, igual preço. Este conceito para a transferência de dados gerados por veículos assegura acesso de forma totalmente não discriminatória e anónima, contribuindo, desta forma, para a inovação e permitindo uma concorrência aberta e justa.   l

Pagamento automático de estacionamento ou portagens; l Para permitir que companhias de seguros ofereçam prémios de seguro personalizados e com valores mais baixos (por exemplo, com base na distância percorrida, estilo de condução e itinerários); l Capacidade de proporcionar informação local relevante instantaneamente; l Capacidade de proporcionar entretenimento e outros serviços personalizados; l Acesso a música, canais de redes sociais, emails.

direção; temperatura exterior do veículo. Os dados gerados por veículos não incluem dados importados por utilizadores de veículos (tais como listas de contactos de telemóvel e destinos selecionados para navegação), nem dados recebidos a partir de fontes externas (por exemplo, informações transmitidas por unidades fixas de comunicação ou outros veículos e utentes das estradas vulneráveis). Na sua maioria, os dados gerados pelo automóvel são de natureza técnica. Existem temporariamente apenas, são utilizados localmente nos sistemas do veículo e nunca são armazenados.

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Empresa

GRANLOURES

DEZ ANOS A DIZER CRIADA HÁ 10 ANOS, EM LOURES, A GRANLOURES HABITUOU-SE A DIZER SEMPRE “SIM” AOS PEDIDOS DOS SEUS CLIENTES. “NÃO TEMOS” É EXPRESSÃO PROIBIDA NA EMPRESA DO GRUPO GRANMOTOR por

Jorge Flores

“SIM” “N

esta casa, não se diz que não há ou que não se arranja”. João Garcia, responsável da Granloures, não é pessoa de meias palavras. A empresa, pertencente ao Grupo Granmotor, comemora 10 anos e orgulha-se de ter uma resposta afirmativa para os clientes. Ao Jornal das Oficinas, João Garcia conta como tudo começou, no final de 2008: “Depois de dois anos de prospeção e estudo de mercado, na região de Loures, verificámos que as vendas e as solicitações manifestadas pelos clientes justificavam a abertura de uma loja na zona”. Nascia, assim, a Granloures, na rua Avelar Brotero, num espaço com 200 m2, em abril de 2009. Uma data que coincidia com um longo período de crise do país. “Na altura, todos diziam que estávamos a arriscar de mais. Sempre tivemos noção das nossas limitações, mas, acima de tudo, das nossas capacidades. Sabíamos que o caminho não seria fácil, tal como não foi quando abrimos em Rio de Mouro. O Grupo Granmotor tomou a decisão de abrir esta loja em Loures porque sabia que conseguiríamos fazer a diferença”, revela.

“Lojas de peças à volta de Lisboa, já existiam muitas. Contudo, tenho um lema que repito assiduamente aos meus colaboradores e clientes: nesta casa, não se diz que não há ou que não se arranja”, frisa. “Procuramos sempre responder afirmativamente. Prova disso, é o aumento da crescente carteira de clientes e do volume de vendas, que, em 2013, levou-nos a procurar e a adquirir um novo espaço. Mudámos em fevereiro de 2014 para o local onde, hoje, nos encontramos. A loja tem 800 m2 e excelentes condições de estacionamento, localização e visibilidade”, assegura.

disponibilidade de stock, pelo nosso compromisso nas entregas bi-diárias e, acima de tudo, pela qualidade dos nossos produtos”, afirmou. Sem tudo isto, é ponto assente que não haveria fidelidade dos clientes. Bons parceiros

A Granloures não vende produtos

Qualidade de serviço

Desde a constituição da Granloures, João Garcia tem ouvido dizer que a empresa deve fidelizar os clientes. Mas, de certa forma, o responsável discorda. “Acho que sim, que são os clientes, no dia a dia, que se auto-fidelizam com o fornecedor de peças que melhores condições lhes dá. Não vêm apenas pelos descontos, mas, sobretudo, pela qualidade do serviço prestado pelos nossos técnicos, pelos orçamentos em tempo útil, pela

GRANLOURES Sede  Rua Marechal Carmona, n.° 3 A, Quinta Nova de S. Roque, 2670 - 513 Loures Telefone   219 847 050 email geral@granloures.pt Site  www.granmotor.pt

“baratos, cuja qualidade possa ser colocada em causa e que possam vir a criar problemas”, explica João Garcia, acrescentando, de seguida, que “problemas, evito-os!”. Entre o stock da empresa de Loures, encontram-se várias marcas premium: Valvoline, Ate, Galfer, SWF, LuK, INA, FAG, ContiTech, SWAG, Blue Print, Bilstein, Purflux, MANN e TRW. Preocupação para João Garcia é que os clientes estejam sempre informados. Para isso, “pontualmente”, são realizadas ações de formação nas instalações da empresa. E o facto de a Granloures contar com “bons parceiros de negócio”, permite-lhe oferecer “melhores condições aos clientes”. Neste momento, a empresa tem uma posição “consolidada” no mercado, mas João Garcia continua focado numa “perspetiva de continuidade e crescimento”. No fundo, “como resposta às necessidades e exigências do mercado” onde operam. “Em 2009, éramos apenas quatro elementos. Hoje, somos uma equipa composta por 14 pessoas empenhadas em servir bem os clientes, respeitando os nossos parceiros de negócio”, conclui.  l

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A INAUGURAÇÃO DO ESPAÇO NA MAIA FOI O DESTAQUE DA EMPRESA NA SUA PRIMEIRA PRESENÇA COMO EXPOSITORA NA EXPOMECÂNICA

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Empresa

ALECARPEÇAS

REGRESSO AO NORTE A ALECARPEÇAS VOLTA A COLOCAR O NORTE NO CENTRO DA SUA ATIVIDADE. COM A INAUGURAÇÃO DO ESPAÇO NA MAIA, A EMPRESA PASSA A CONTAR COM ARMAZÉNS NOS DOIS POLOS DO PAÍS E VINCA A SUA PRESENÇA NACIONAL   Jorge Flores por

A

AlerCarPeças está de regresso ao norte. E em força. Cumpridos 20 anos sobre o encerramento da sua delegação no Porto, a empresa inaugura, agora, um armazém na cidade da Maia. Um investimento que coincidiu com a primeira presença na expoMECÂNICA. Uma oportunidade aproveitada para dar a conhecer a nova casa ao mercado da região. Pedro Rodrigues, responsável da AleCarPeças, está convicto de que este era o momento para avançar, uma vez que a dimensão do negócio e a abrangência dos clientes já justificavam uma presença a norte. Acabou por ser uma “estratégia coincidente”, como explica o responsável ao Jornal das Oficinas. “Os timings foram perfeitos. E conseguimos fazer, durante a expoMECÂNICA, a apresentação do nosso armazém na Maia. Foi uma espécie de dois em um”, acrescenta. Presença nacional

Pedro Rodrigues e Paulo Agostinho,

o primeiro administrador, o segundo responsável de marketing, receberam o nosso jornal a poucos dias da abertura de portas do novo espaço. E deram conta de como tudo aconteceu muito depressa. “A decisão foi tomada em janeiro. Não passaram nem cinco meses”. Para Pedro Rodrigues, a nova aposta nada tem a ver com o passado. Desde logo, a empresa passa a dispor de armazéns nos dois polos do país, a norte e a sul. “Fechámos há 20 anos. Mas este regresso ao norte é muito diferente. Nessa altura, tínham um espaço mais local, regional. Com este novo armazém, passamos a estar mais próximos de um mercado que tem algum peso. Assumimos, também, uma estratégia nacional. A geografia nunca será um pormenor na atividade. “Para um setor, como o nosso, que faz seis entregas diárias, ainda mais tem relevância”, completa Paulo Agostinho. Por outras palavras, a proximidade é a única forma de res-

ponder, de forma eficaz, às exigências do mercado atual. Investimento humano

O investimento mais relevante, para Pedro Rodrigues, foi o realizado em termos “humanos”. E explica o mo-

Administrador Pedro Rodrigues Sede  Estrada de Manique, 1610, Armazém 2/3, 2645 – 550 Alcabideche Telefone  214 602 465 Email geral@alecarpecas.pt Site www.alecarpecas.pt

tivo: “Pode parecer um chavão, mas não é! Foi primordial. Foi por aí que começámos a construir os alicerces do projeto. O resto veio depois”, afirma. Neste momento, alocados ao novo espaço, estão cinco colaboradores. Mas aumentar a equipa está nos planos. “Temos perfeita noção de que, a curto prazo, a estrutura vai aumentar”, frisa. No total, entre a loja e o armazém, a AleCarPeças, na Maia, dispõe de um espaço próximo dos 800 m2. E o stock contemplará de tudo um pouco. “Vamos tentar ser o mais abrangentes possível. Essa tem sido a nossa filosofia. Caso contrário, seríamos apenas mais um”, refere o responsável. Sobre o crescimento a norte do país, Pedro Rodrigues dá conta que acontece de uma forma orgânica. “Não queremos andar atrás de objetivos. Não é isso que nos guia”, garante. Mas será possível, um dia, a faturação de ambas as lojas, nos dois pontos do país, se equipararem? “Sim, é bem possível”, reconhece o administrador.  l

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ENTREVISTA

MARCELO SILVA, DIRETOR DE OPERAÇÕES DA AUTO DELTA

QUEREMOS SER A PRINCIPAL PORTADORA DE SOLUÇÕES AUTOMÓVEIS

DINÂMICA E DEFENSORA DE RELAÇÕES DE PROXIMIDADE COM OS PARCEIROS, A AUTO DELTA PREPARA UMA NOVA ÁREA DE NEGÓCIO PARA FECHAR O CICLO E DISPOR DE TODAS AS SOLUÇÕES AUTOMÓVEIS DO MERCADO NACIONAL   Jorge Flores por

entram, cientes da dimensão da empresa e da responsabilidade que significa poder contribuir para os seus resultados. Por outro lado, desde a primeira hora que perseguimos estratégias de mercado que sejam dinamizadoras e aumentem a dimensão da Auto Delta, procurando, também, manter a equipa satisfeita, ponto essencial para este comportamento bastante ativo.

A Auto Delta não olha para trás. Mas para a frente. E para quem caminha consigo no negócio, lado a lado. A empresa de Leiria continua a valorizar a relação de proximidade com os parceiros e clientes. Em entrevista ao Jornal das Oficinas, Marcelo Silva, diretor de Operações, revela a intenção de abrir uma nova área de atividade que permita passar a contar com todas as soluções do ramo automóvel aos seus clientes. A Auto Delta conserva uma energia notável no mercado. Qual é o segredo deste dinamismo? O segredo passa pela dedicação que toda a equipa coloca em cada dia de trabalho. A energia e o dinamismo são transversais a todos aqueles que aqui

Um dos trunfos da empresa tem sido a relação de grande proximidade que tem com clientes e parceiros. Concorda? Sem dúvida. Todos os nossos clientes e parceiros são valiosos para a Auto Delta, sejam eles de Leiria e nos visitem todos os dias, ou estejam localizados a norte, a sul ou nas ilhas. Essa proximidade apenas é possível através do acompanhamento permanente que a nossa equipa comercial faz, atendendo sempre às especificidades de cada cliente e parceiro, quanto às suas preferências e expectativas sobre o que a Auto Delta pode fazer pelo seu negócio . Que ações e campanhas têm sido desenvolvidas nesse sentido? Desde há alguns anos que procuramos desenvolver

um trabalho estruturado e adaptado à medida do cliente, oferecendo os produtos que este necessita e prefere, com condições melhoradas, situação que é perfeitamente conjugada com um apoio comercial personalizado, o que demonstra que a proximidade ainda faz a diferença. Com a nova sede, a Auto Delta aumentou a capacidade de stock e não tem parado de aumentar as suas linhas de produto. Que novidades destaca? O grande destaque vai para, já no ano passado, o início da comercialização de pneus. Assim, ficou mais uma vez demonstrado que a Auto Delta procura ir no sentido de ser uma empresa que disponibiliza ao mercado todo o tipo de soluções para o automóvel. Importa, também, destacar que a entrada no Grupo CGA permitiu a disponibilização de linhas de produto exclusivas, como lubrificantes, iluminação, motores de arranque e alternadores. Quais as marcas mais relevantes na atividade da empresa? Todas as marcas têm um peso importante na atividade da empresa e representam muito para nós.

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MARCELO SILVA

O CAMINHO DA AUTO DELTA CENTRAR-SE-Á NA ATENÇÃO AO CLIENTE E NA DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DE QUALIDADE Ainda assim, importa salientar o trabalho que tem sido desenvolvido com empresas como a MEYLE, Federal Mogul, Schaeffler, Continental e Motorservice, todos parceiros muito importantes (entre outros). Alguns deles de longa data, que permitem que a Auto Delta disponibilize as melhores gamas com o melhor serviço. Como vê o mercado atual, nomeadamente numa região tão competitiva como a de Leiria? Extremamente exigente, sem dúvida. Mas, também, muito gratificante por este motivo, pois verificamos que o trabalho por nós desenvolvido numa região como Leiria, ajudou a criar novos posicionamentos, algo sempre bem-vindo pela Auto Delta, quando o objetivo passa pelo aumento da capacidade do mercado. Estaremos sempre atentos às variáveis do mercado, nesta e noutras regiões, por forma a melhor responder aos estímulos que surgem. Que obstáculos encontram neste mercado? Se a exclusividade do fator preço é um obstáculo que tem sido identifi-

cado, desde a primeira hora, importa salientar o comportamento das lojas exclusivamente online e o fenómeno das peças falsificadas. Se o primeiro pode ter um impacto minimizado, fruto de uma estratégia de pós-venda mais atenta e eficaz, ganhando cada vez mais a confiança dos clientes, o segundo é um fenómeno que tem sido combatido em estreita articulação com os fabricantes, os outros principais visados. O número de clientes tem crescido? Tem crescido em linha com o projetado. Apesar de este ser um critério muito importante, a qualidade dos clientes ainda é mais decisiva. Clientes com maior visão, capacidade de adaptação, resiliência e desenvolvimento de linhas de produto são aqueles que procuramos, que querem qualidade a excelentes condições e que servem o seu cliente de forma rápida, competente e profissional. E a faturação? O ano passado foi mais um exemplo de que a estratégia de crescimento delineada e que tem sido seguida nos últimos anos está totalmente correta.

Atingindo um volume de negócios de, aproximadamente, 25 milhões de euros, demos mais um passo no sentido de tornar a Auto Delta um player cada mais forte e com maior presença no mercado nacional.

samos: clientes de qualidade elevada, que estão focados no crescimento de mercado, através de produtos e serviços de valor acrescentado, com um comportamento ético e respeitador das regras estabelecidas.

Qual tem sido o esforço da Auto Delta em matéria tecnológica? Temos feito um esforço gradual na adaptação tecnológica da empresa em todas as suas dimensões. Fomos pioneiros na criação de uma loja online, bem como de um portal de devoluções e garantias, aos quais os nossos clientes estão perfeitamente adaptados. Mas continuamos a procurar sempre a melhor qualidade no nosso serviço de apoio ao cliente. Assim, ainda durante este ano, a nossa loja online será relançada, com mais e melhor informação, permitindo ao cliente servir cada vez melhor a oficina.

Como encara o futuro e o que podemos esperar da Auto Delta nos próximos tempos? O caminho futuro da Auto Delta será em muito semelhante ao que tem vindo a ser trilhado até aqui. Centrado na atenção ao cliente e na distribuição de produtos de qualidade e sempre atentos a novas oportunidades, bem como às inovações tecnológicas mais recentes, procurando responder mais cedo às eventuais necessidades de mercado. Olhando mais para cenários concretos, iremos avançar, durante este ano, com um programa de fidelização bastante atrativo, bem como trabalharemos para desenvolver uma nova área de negócio de onde até aqui estávamos arredados pois, como já foi mencionado, o nosso objetivo passa por afirmar a Auto Delta como a principal portadora de soluções automóveis no mercado português.  l

Considera que os clientes estão cada vez mais informados? Cada vez mais informados e exigentes, no que toca ao seu negócio e ao mercado numa perspetiva geral. Na verdade, é exatamente isso que preci-

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AS FORÇAS POLICIAIS (COMO A PSP E A PJ) ESTÃO ENTRE OS CLIENTES MAIS ANTIGOS DA OFICINA. A GRANDE MAIORIA DOS SERVIÇOS É REALIZADA EM FROTAS EMPRESARIAIS

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Oficina do Mês

A OFICINA DO MÊS É PATROCINADA POR TOTAL ROC (RAPID OIL CHANGE)

UM PASSO À FRENTE

ESPECIALIZADA EM VEÍCULOS DA PSP E DO INEM, A A. GOUV PROCURA ANTECIPAR O FUTURO E ESTÁ A FORMAR A SUA EQUIPA PARA INTERVENCIONAR MODELOS ELÉTRICOS. EM BREVE, A OFICINA LIDERADA POR ANDRÉ GOUVEIA, EM LOURES, IRÁ ADERIR À REDE MOTRIO   Jorge Flores por

O

percurso da oficina A. GOUV tem sido marcado pela vontade de André Gouveia (que empresta o seu nome à sigla da empresa) em vencer num mercado competitivo como nunca. Com apenas 32 anos, o responsável tem dado passos seguros, mas determinados, procurando, sempre que possível, jogar em antecipação. E contando com o apoio incondicional da sua mulher, Tanya San Roman (na área administrativa) e do seu pai, Pedro Ferreira, como faz questão de explicar ao Jornal das Oficinas. Basta ver que, apesar de trabalhar no ramo da contabilidade, o pai optou por tirar um curso de mecânico para melhor conseguir entender e acompanhar o investimento do filho. A A. GOUV nasceu há 10 anos. Uma consequência natural do trabalho iniciado por André Gouveia. Primeiro, durante as suas noites de juventude, ainda na garagem da sua mãe, onde realizou os primeiros serviços de reparação. Depois, através da sua carreira profissional, ao serviço

permite fazer reparações em todas as marcas, sem perder as garantias dos fabricantes.

da BMW. Tudo apontava para uma aposta em nome próprio. A oficina mudou-se, há cinco anos, para a Flamenga, em Loures.

Futuro elétrico Serviço completo

Desde a primeira hora que a A. GOUV beneficiou de uma carteira com perto de 200 clientes da BMW, graças ao seu trabalho na marca. Mas o grande boom do negócio aconteceu com a conquista do mercado estatal: INEM, PSP, PJ e Bombeiros foram apenas algumas das instituições e corporações que confiaram as suas viaturas a André Gouveia. As frotas das empresas continuam a representar a fatia maior do negócio da oficina, apesar de esta dispor de quase 1.000 registos de entradas de clientes particulares. Num espaço de 1.000 m2, a oficina disponibiliza todos os serviços relacionados com automóveis: mecânica geral, eletricidade, chapa e pintura (subcontratada). Nem podia ser se outra forma, dado que a casa obteve, em 2018, um certificado que lhe

A. GOUV – REPARAÇÃO DE MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS, LDA. Gerente  André Gouveia Morada  Rua Almirante Gago Coutinho n.° 96 B, Flamenga, 2660 - 038 Loures Telefone  211 379 882 Email ag.andregouveia@gmail.com Site: www.agouv.pt

André Gouveia acredita no poder de antecipação. E gosta de estar preparado. Razão pela qual tem apostado na formação da equipa (11 colaboradores) em veículos elétricos. Uma área onde “ainda muito poucos estão preparados”, mas cuja realidade é cada vez mais presente. “São investimentos consideráveis”, admite André Gouveia, com a concordância de Tanya San Roman, “mas temos de acompanhar as tendências do mercado”. Em breve, a A. GOUV passará a fazer parte da rede Motrio. “Já assinámos tudo. Falta apenas tratar da imagem”, revela André Gouveia, que não deixa de realçar a importância de parceiros como a Granloures e a JAP Automotive no percurso de sucesso já efetuado. “Sem eles, não teríamos aguentado os primeiros tempos”, conclui.  l

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NOTÍCIAS  //  DINÂMICA DO SETOR ESCREVE-SE DE A A Z

Empresas

CREATE BUSINESS

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CRIÓN EM MEGA CONVENÇÃO

empresa liderada por Carlos Nascimento aproveitou a expoMECÂNICA 2019 para realizar uma mega convenção, onde reuniu mais de 900 clientes oficinais, aos quais apresentou a Crión. Trata-se de uma plataforma completamente inovadora no mercado, que consegue agregar tudo o que uma oficina necessita para prestar um serviço mais eficiente e rentável. Tem quatro módulos de gestão completamente diferenciados em todas as áreas das operações que um veículo tem numa oficina. O processo começa com a receção da viatura e a sua identificação através da matrícula.

No caso do veículo já ter estado na oficina, consegue-se consultar o histórico das intervenções. Segue-se o processo de orçamentação para o cliente e a integração desse orçamento com a folha de obra, numa plataforma completamente integrada, que termina na conectividade com o cliente. Ou seja, a plataforma vai permitir manter o histórico e, com ele, criar alertas para o regresso do veículo à oficina. A plataforma Crión resulta de uma parceria com a empresa Guisoft, que dá formação e presta apoio de gestão às oficinas que utilizarem a plataforma, sejam elas de pequena ou grande dimensão.

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NOVO WEBSITE CORPORATIVO

DRiV | Empresa lançou a primeira fase do seu novo website

corporativo (www.driv.com). O conteúdo inicial do espaço cibernauta apresenta uma introdução sobre a empresa, os seus produtos e marcas. Também incluirá um novo vídeo em HD que conta a história da DRiV Incorporated. Com o tempo, o novo website será expandido para se tornar num espaço cibernauta corporativo completo, com informações financeiras, uma sala de notícias, um centro de oportunidades, um portal e muito mais, fruto da evolução tecnológica que se faz sentir.

MEYLE DISTINGUIU 14 REVENDEDORES OMD EM PORTUGAL COM A DISTINÇÃO OFFICIAL MEYLE DEALER (OMD), O FABRICANTE DE HAMBURGO FORTALECE A SUA RELAÇÃO COM OS CLIENTES NO ÂMBITO DA ESTRATÉGIA CONCEPTUAL QUE DEFINIU E AMPLIA A SUA REDE DE DISTRIBUIÇÃO. A AÇÃO DECORREU NO STAND DA AUTO DELTA, EM PLENA 6.ª EDIÇÃO DA EXPOMECÂNICA. O FABRICANTE CONCEDEU O ESTATUTO EXCLUSIVO DE OFFICIAL MEYLE DEALER (OMD) A 14 REVENDEDORES NACIONAIS ESPECIALIZADOS, EM COOPERAÇÃO COM O SEU PARCEIRO DE LONGA DATA, AUTO DELTA, QUE É UM DISTRIBUIDOR ESTRATÉGICO PARA A MEYLE.

PRESENTE NO SALÃO NACIONAL DO TRANSPORTE

Visoparts | No ano em que comemora o 15º Aniversário, a empresa viseense vai estar presente como expositor no Salão Nacional do Transporte, que decorre de 28 a 30 de junho, no Centro Municipal de Exposições de Pombal. A Visoparts convida todos os clientes, amigos e parceiros a fazerem uma visita ao seu stand. José Carlos Oliveira, gerente da Visoparts, considera que estas participações são uma grande mais-valia para entender as necessidades de cada um e encontrar clientes localizados por todo o país.

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Notícias Empresas

SECRETÁRIO-GERAL DA ANECRA

ZF AFTERMARKET

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CONSELHOS PARA EMBRAIAGEM

Roberto Gaspar | Desde o dia 1 de maio que a ANECRA conta com um novo secretário-geral. Roberto Saavedra Gaspar é licenciado em Gestão de Empresas e tem profundo conhecimento do setor automóvel. Ao longo dos últimos 10 anos, foi responsável a nível nacional e internacional pela comercialização de serviços especializados, realçando-se o seu posicionamento como parceiro/ fornecedor de serviços para alguns dos principais operadores do mercado automóvel, casos da BMW, Ford, Nissan, Kia Motors, Fiat, Seat, Mercedes-Benz, SIVA, LeasePlan, Arval e ALD Automotive, entre outros. Anteriormente, exerceu funções na direção-geral e direção comercial e marketing em alguns dos principais players a operar no mercado português da gestão de frotas. A estrutura organizacional da ANECRA passa a estar ainda mais reforçada, passando o anterior secretário-geral, Jorge Neves da Silva, a desempenhar funções de assessor da direção.

nstalar a embraiagem é uma tarefa extremamente exigente, pois requer uma separação entre a transmissão e o motor. Para evitar uma substituição desnecessária e dispendiosa de toda a unidade, é fundamental efetuar uma avaliação prévia. Para tal, a ZF Aftermarket oferece a sua opinião profissional às oficinas, ajudando a evitar a ocorrência de erros no que respeita à instalação de discos da embraiagem. Há muitos fatores que podem causar defeitos na embraiagem. Por exemplo, a embraiagem é, muitas vezes, sujeita a cargas pesadas devido à condução frequente com atrelados ou a um sistema de gestão do motor defeituoso. Os especialistas da ZF Aftermarket recomendam que se verifique sempre os componentes adjacentes em caso de avaria da embraiagem, incluindo o seu acionamento e os vedantes do motor, do volante do motor e da transmissão.

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WORKSHOP COM ATLANTIC PARTS

PRO4MATIC AIR SUSPENSION CENTER

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GRANDE FORMA

ovo edifício, novos mercados, novo conceito. A Pro4matic, empresa portuguesa especialista (e exclusiva) no nicho das suspensões pneumáticas, está preparada como nunca para o futuro. A ronda de investimentos da empresa liderada por Nuno Durão vai permitir alargar a gama de produtos e investir mais em stock, de forma a disponibilizar ainda mais opções aos clientes. O crescimento sustentado, todo o esforço, dedicação e reconhecimento no decorrer destes quase 10 anos de atividade, por parte de clientes e fabricantes, estão, agora, a ser refletidos positivamente. Para celebrar esta nova mudança, a Pro4matic Air Suspension Center está a desenvolver uma rede de distribuição e uma rede de oficinas, com intuito de reforçar a presença das marcas e o apoio técnico especializado, que deverá estar finalizado no decorrer de 2019. Ms_Motor.pdf

Tudévora | Uma dezena de profissionais da reparação automóvel, entre gerentes, chefes de oficina, rececionistas e técnicos, juntaram-se durante a tarde de sábado, dia 27 de abril. As instalações da Tudévora acolheram mais uma ação de gestão oficinal promovida pela Atlantic Parts, no âmbito do projeto RecOficial. A intervenção dos vários participantes enriqueceu este workshop, que visou acrescentar valor às oficinas.

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FORMAÇÃO DA SCHAEFFLER ATM | No dia 25 de abril, realizou uma formação/convívio com a Schaeffler para os seus colaboradores, que decorreu no Kartódromo do Montijo. A equipa comercial da ATM participou na ação, que decorreu durante o período da manhã, sobre novas tecnologias e novos produtos. Depois de um almoço convívio, realizou-se uma prova de karting por equipas. A ATM considera que este foi “um dia bastante agradável pela diversão e convívio”.

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Notícias Empresas

CENTRO TÉCNICO É SERVIÇO OFICIAL

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RedeInnov | O Centro Técnico RedeInnov é, agora, um Serviço Técnico Oficial da CTR, naquele que é um sinal da confiança demonstrada pelo prestigiado fabricante de estações de carga de ar condicionado na estrutura do Centro Técnico da RedeInnov. Esta certificação da marca vem acrescentar valor ao centro, pois permite trabalhar com técnicos que têm formação constante ministrada pela CTR, dispondo, assim, de todos os conhecimentos e competências sobre produtos e serviços disponibilizados por este fabricante, nomeadamente nas mais recentes tecnologias incorporadas nas máquinas de ar condicionado. As peças utilizadas para a manutenção são originais e dispõem de garantia da CTR. As intervenções realizadas pelo serviço oficial permitem manter a garantia do fabricante no que diz respeito aos seus equipamentos.

NOVO CATÁLOGO TECDOC 3.0

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isponível desde abril de 2019, o novo catálogo TecDoc 3.0 destaca-se por exibir um design mais atual e um novo ambiente de navegação mais intuitivo e funcional, em que o utilizador obtém resultados precisos com maior rapidez e eficiência no processo de identificação de peças auto. A integração mais funcional dos dados de manutenção e reparação (RMI - Repair and Maintenance Information), permite que os utilizadores acedam, de forma mais direta, a esta informação técnica quando identificam peças auto. Trata-se de um sistema modular com uma estrutura interativa muito funcional. O TecDoc Catalogue é considerado o catálogo mais utilizado no mercado do pós-venda automóvel, contendo mais de 110.000 modelos de veículos e 6,6 milhões de artigos de mais de 700 marcas de peças auto, 254 milhões de ligações e 48 grupos de produto.

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Notícias Empresas

SIEGEL AUTOMOTIVE DISTINGUIDO COMO FORNECEDOR CERTIFICADO HÁ QUASE DOIS ANOS QUE OS PRODUTOS DA MARCA SIEGEL AUTOMOTIVE APARECEM LISTADOS NO CATÁLOGO ELETRÓNICO TECDOC, DA TECALLIANCE. PARA FORNECER AS MELHORES INFORMAÇÕES POSSÍVEIS AOS UTILIZADORES DO CATÁLOGO, É NECESSÁRIO DAR MUITOS DADOS DETALHADOS DE PRODUTOS E APLICATIVOS, OS QUAIS SÃO VERIFICADOS REGULARMENTE. PARA ISSO, A TECALLIANCE CONCEDEU À SIEGEL AUTOMOTIVE O TÍTULO DE “FORNECEDOR DE DADOS CERTIFICADO”, DEMONSTRANDO QUE OS CRITÉRIOS TAMBÉM SE APLICAM À EMPRESA DISTINGUIDA.

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JAPANPARTS GROUP

SUSPENSÕES PNEUMÁTICAS

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grupo italiano já fez saber que dispõe de novos catálogos de suspensões pneumáticas e de controlo eletrónico para as marcas Japanparts, Ashika e JapKo. O Japanparts Group amplia a sua gama com a adição de novas suspensões pneumáticas e de controlo eletrónico para todos os automóveis em circulação que utilizam esta tecnologia, bem como a nova gama europeia de amortecedores de mala de acionamento elétrico. Cada componente é projetado com cuidadosas operações de engenharia reversa em amostras originais e respeitando as rigorosas especificações do fabricante no que diz respeito à montagem. As ligas metálicas utilizadas, bem como os materiais plásticos e as borrachas vulcanizadas, estão sempre em conformidade com o projeto dos componentes OE, com especial atenção à melhoria dos pontos críticos já demonstrados durante os anos de circulação das peças do equipamento original.

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“FOCUS GROUP” COM OFICINAS DE LEIRIA DAYCO | Com a Europeças e a José Monteiro de Sousa, realizou, no passado dia 11 de abril, um “Focus Group” com oficinas de Leiria. Segundo Ricardo Caldas, diretor comercial da DAYCO, apesar da “companhia ser líder mundial no fabrico de componentes de transmissão de potência, é muito importante continuar a ouvir os clientes finais, que são os aplicadores das nossas peças, as oficinas independentes. Foi uma conversa informal, seguida de jantar, com 10 oficinas, num dos mais antigos restaurantes de Leiria”. A Europeças e a José Monteiro de Sousa deram um feedback muito positivo e oportunidades de melhoria a partilhar com as Direções Técnica e Industrial da DAYCO.

MEWA

LIMPEZA INDUSTRIAL EM OUTSOURCING

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ue panos e quantos? Quem os arranja e quantas vezes? Quem os descarta e quais os requisitos legais? Quanto queremos investir? Como vamos organizar a disponibilidade dos panos dentro das nossas instalações? Cada uma destas perguntas já é complexa por si só. Quem consegue manter aqui uma visão global? A MEWA. Há mais de um século que a marca disponibiliza panos de limpeza específicos para indústria e oficinas com um sistema de serviço completo. Isto significa que a MEWA assume toda a logística de limpeza industrial. Quem escolher a MEWA como parceira, já não precisa de recear perguntas, uma vez que o cliente recebe o sistema inteligente “chave na mão” nas suas instalações. A MEWA identifica as necessidades específicas da fábrica ou oficina e aconselha a qualidade. Com o sistema de panos de limpeza da MEWA, a oficina apresenta-se de forma bem organizada, profissional e amiga do ambiente.

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Notícias Empresas

MEMBRO DO GRUPO TRUSTAUTO Auto JALEMA | Fundada em 1976 é, atualmente, uma das mais

respeitadas empresas da região de Vila Real e Mirandela. São duas lojas que oferecem um elevado nível de serviço aos clientes, apostando na fiabilidade, na confiança e na qualidade. Sendo membro do Grupo TRUSTAUTO, a Auto JALEMA é, portanto, sinónimo de inovação, dispondo de parcerias com fabricantes de primeira linha, tais como SKF, HELLA, HENGST, OCAP, TRW, BUGATTI e AUTOPART, só para citarmos alguns. Neste processo de inovação, a Auto JALEMA oferece às oficinas um programa de trabalho VALOR TRUST, o qual, objetivamente, alicerça a componente do serviço de peças à assessoria da reparação. Nomeadamente, por via da plataforma de e-commerce que disponibiliza aos clientes, webshop integrada com HAYNES Pro, programa de Formação TRUSTAUTO e serviço de call center (também TRUSTAUTO) para apoio técnico.

IV ROADSHOW VISITOU NORTE DE PORTUGAL KYB | Depois dos bons resultados obtidos na Extremadura, Madrid e Lisboa, o fabricante japonês de amortecedores lançou uma nova edição do roadshow, desta vez no norte de Portugal. Durante os meses de abril e maio, foram visitadas mais de 200 oficinas no Porto e arredores. Passando, também, por Coimbra, Aveiro, Guimarães, Braga e Viseu. O principal objetivo do promotor da KYB foi divulgar o programa de soluções para suspensão automóvel, bem como as ferramentas de interação e fidelização comercial que o compõem e que a KYB coloca à disposição. O grande destaque vai para a aplicação “Suspension Solutions”, com novas funcionalidades, que permite uma comunicação simples, clara e objetiva com o cliente e para o Caderno de Verificação do estado dos amortecedores, com o qual a oficina poderá fazer chegar ao cliente um relatório de diagnóstico, com a respetiva solução. A KYB disponibiliza ainda aos seus parceiros cartazes informativos para serem colocados na oficina, de forma a que esta possa interagir com os clientes e dar a conhecer a importância dos amortecedores.

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CAMPANHA DIGITAL Bosch Car Service | A era digital e a rápida incursão de novas tecnologias na vida quotidiana estão a mudar estilos de vida e hábitos de consumo, mas, também, geram novas oportunidades de negócio para aqueles que podem adaptar-se a esta alteração. É, por isso, que a rede de oficinas Bosch Car Service desenvolve, continuamente, novas soluções digitais de comunicação para oficinas e clientes. Sob essa premissa, lançou uma nova campanha que visa melhorar o posicionamento da marca digital e colocá-la como líder na digitalização do setor, tendo sido a mensagem principal escolhida “Na rede de oficinas Bosch Car Service, solicite uma consulta num CLICK e ligue-se à sua oficina”. Esta frase irá ser transmitida em diferentes banners e adaptações locais para a rede de oficinas na web e em MiBoschCarService (plataforma própria).

ZF [PRO]POINTS

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PRIMEIRO ANIVERSÁRIO

programa de fidelização para oficinas ZF [pro]Points está a revelar-se uma história de grande sucesso em termos de fortalecimento das relações com as oficinas. Com a aproximação do seu primeiro aniversário, a empresa anuncia que cerca de 5.500 membros irão receber um presente especial como forma de lhes agradecer pela sua fidelização. A surpresa será enviada diretamente para as oficinas participantes no programa na newsletter especial de aniversário. O programa ZF [pro]Points está disponível, gratuitamente, para todas as oficinas na Alemanha, Áustria, Espanha, França, Grã-Bretanha, Polónia e Portugal. Os pontos são atribuídos por cada compra de produtos, com a qualidade do equipamento original, das marcas da ZF Aftermarket: Lemförder, Sachs e TRW. É extremamente fácil aderir ao programa e todos os novos membros recebem 50 pontos de boas-vindas quando efetuam o registo. Até 30 de junho de 2019, os participantes podem receber o dobro dos pontos (100). Para aderir ao programa, as oficinas devem registar-se em www.zf-propoints.com.

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Notícias Empresas

difícil. Mas mesmo que considere o comentário injusto, a forma como gere estas interações é determinante, já que é isso que os potenciais clientes vão avaliar acerca da sua empresa. comentários de clientes satisfeitos

CONSELHOS TRW

COMO LIDAR COM COMENTÁRIOS NEGATIVOS NAS REDES SOCIAIS

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uer se queira quer não, as avaliações online são, agora, parte fundamental de qualquer negócio. Um estudo recente sugere que 60% dos clientes lê regularmente os comentários de outras pessoas. E, desses, 93% afirma que os comentários que leem online têm impacto nas suas decisões de compra. “Todos os empresários sabem que o seu defensor mais autêntico e impactante é um cliente feliz e a tecnologia tornou a voz do cliente extremamente poderosa”, disse Eric Rea, CEO da Podium, a empresa que realizou o estudo. “Os nossos dados demonstram a confiança que os consumidores depositam uns nos outros e como estes defensores podem afetar as decisões de compra e fazer crescer o reconhecimento da marca através de comentários online”, acrescentou. A forma como a oficina encara um comentário negativo pode ser potencialmente mais prejudicial do que o comentário em si. Se a oficina ignorar um comentário negativo ou responder de forma inapropriada ou pouco profissional, podem soar sinais de alarme para potenciais clientes. Todas as empresas recebem comentários negativos de vez em quando. O que importa é a forma como lida a organização com esses comentários. Os potenciais clientes sabem disso e vão analisar a forma como a oficina responde aos comentários negativos. É um exemplo real de como a oficina processa as reclamações. primeira coisa a fazer

Antes de mais, não fique chateado nem se deixe afetar demasiado pelo comentário. A dada altura, todas as empresas, por mais que se esforcem, vão encontrar quem faça um comentário negativo.

segunda coisa a fazer

Não responda imediatamente. Pense bem na resposta para evitar dizer algo de que possa vir a arrepender-se. Não vai querer inflamar a situação. Durma sobre o assunto se tiver de ser. terceira coisa a fazer

Quando se sentir calmo e objetivo, está na altura de responder. Comece por agradecer o comentário. O facto de terem deixado uma opinião, mesmo que negativa, significa que pode fazer alguma coisa acerca do assunto. Responda educadamente. O seu tom irá refletir-se na sua marca e na sua empresa. Se acha que a reclamação é justificável, explique brevemente os passos que a sua oficina está a dar para resolver o problema. Se não acha que seja justificável, explique brevemente a sua política para demonstrar que acredita ter cumprido os termos do contrato de boa fé. Se quiser e puder, pode oferecer ao cliente um produto ou serviço adicional. Não como pedido de desculpas, mas por uma questão de cortesia. Encare críticas e explique como resolveu

Se oferecer ao cliente insatisfeito um produto ou serviço adicionais, como um gesto de boa vontade e ele mantiver o comentário negativo, certifique-se de que faz menção disso na sua resposta. Um potencial cliente ao ler o comentário vai ver a sua oficina de forma positiva. É fácil descartar comentários negativos como resultado de uma experiência má pontual ou das exigências excessivas de um cliente

Uma ótima maneira de responder a um comentário negativo é evitar entrar num debate online com um cliente sobre o problema que causou a reclamação. Em vez disso, abafe as más notícias com boas notícias, procurando comentários positivos de clientes que sabe estarem felizes com o seu serviço. Se os conhecer bem, peça-lhes ajuda. Outra boa maneira de recolher comentários positivos é enviar um simples email, algo do tipo: Olá [nome do cliente], É bom tê-lo como cliente e a julgar pelo seu último serviço, acreditamos que também está satisfeito com a nossa empresa. No momento, estamos a pedir aos clientes para nos deixarem um comentário breve em [link para o site com os comentários]. Pode ajudar-nos? Não precisa de ser uma mensagem longa. Uma ou duas linhas basta. Obrigado pelo seu tempo e pelo apoio. É um prazer tê-lo como cliente. Atentamente, [o seu nome] Muitas empresas evitam relacionar-se com os clientes e pedir-lhes para deixar comentários. Mas um pequeno esforço pode proporcionar grandes recompensas. O estudo da Podium mostrou que 77% dos clientes não se importa de deixar um comentário online mediante o pedido de uma empresa local. No entanto, apenas 13% das empresas locais pede para os clientes deixarem comentários, deixando por explorar uma potencial ferramenta de vendas de fácil acesso e poderosa. “Essencialmente, os clientes felizes são a sua melhor ferramenta de marketing e fazem-no de graça”, referiu Eric Rea. “O potencial para ampliar as vozes dos clientes online é tremendo para empresas de todos os tamanhos”, acrescentou. experiência negativa vira positiva

Ninguém deseja receber um comentário negativo. Mas pode inverter essa situação. Gerir comentários negativos de uma maneira profissional pode dar-lhe a oportunidade de criar uma impressão muito positiva em potenciais clientes. NOTA: Para saber mais sobre este tema, consulte o site www.trwaftermarket.com/oficinasoriginais

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produto

OS NOVOS PRODUTOS COBREM A ESMAGADORA MAIORIA DAS CAIXAS DE VELOCIDADE AUTOMÁTICAS QUE SE ENCONTRAM EM CIRCULAÇÃO

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AISIN PREMIUM AT FLUIDS

APOSTA FLUIDA DEPOIS DO ANTICONGELANTE PREMIUM DE LONGA DURAÇÃO (G12/G12+), A JAPOPEÇAS LANÇA A SEGUNDA APOSTA FLUIDA DA AISIN: PREMIUM AT FLUIDS. COM OS NOVOS LUBRIFICANTES ATF 6, ATF 6+ FE E CVTF PARA CAIXAS AUTOMÁTICAS, O FABRICANTE NIPÓNICO MANTÉM-SE NA VANGUARDA DA PERFEIÇÃO E NO TOPO DA QUALIDADE   Bruno Castanheira por

O

fabricante e fornecedor número um de caixas de velocidades automáticas OEM, AISIN, lança em Portugal, através do seu distribuidor, Japopeças, os Premium AT Fluids. Desenvolvida para cumprir as especificações e atender às necessidades do mercado europeu, com uma solução concreta para cada tipo de caixa automática, a nova gama de lubrificantes contempla os produtos ATF 6 (seis velocidades), ATF 6+ FE (acima de seis velocidades, com economia de combustível) e CVTF (variação contínua).

Base sintética

Adequada para transmissões automáticas de fabricantes asiáticos, europeus e norte-americanos, esta linha de produtos sintéticos é composta pela nova geração de aditivos e faz uso dos mais avançados óleos de base sintética. A AISIN, que é o sexto maior fabricante e fornecedor mundial OEM, sendo membro do Toyota Group, faz a sua segunda aposta fluida nos novos Premium ATF Fluids. Com a introdução destes três produtos, a Japopeças passa a oferecer

a linha completa de fluidos AISIN, após ter lançado, em 2018, o anticongelante premium de longa duração (G12/G12+), projeto que, de resto, está já consolidado. O aumento de popularidade das transmissões automáticas conduziu a melhorias e desenvolvimentos enormes nestes sistemas nas últimas décadas. As transmissões automáticas oferecem maior suavidade nas mudanças de velocidade e permitem que o motor faça menor esforço, alcançando uma economia de combustível difícil de reproduzir nas caixas manuais. Esta é uma das razões pelas quais as vendas de veículos equipados com caixas automáticas tem vindo a aumentar significativamente na Europa. Os lubrificantes das caixas automáticas têm um papel fundamental nos veículos modernos, desempenhando várias funções. A saber: função hidráulica que opera no sistema; lubrificação; refrigeração; controlo de fricção; limpeza; vedação; proteção contra corrosão; economia de combustível. A qualidade do produto é indispensável para garantir a perfor-

mance do veículo e para cumprir todas as funções que o fluido desempenha nos sistemas de transmissão automática. Timing certo

A AISIN e a Japopeças alertam para as consequências de se usar um lubri-

5 FUNÇÕES PRIMÁRIAS DE UM FLUIDO DE QUALIDADE PREMIUM • Lubrificar o trem epicicloidal, assim como engrenagens e vedantes • Transmitir o binário do motor para a transmissão (no interior do conversor de binário) • Controlar a mudança de velocidades através de pressão hidráulica (no corpo da válvula) • Refrigeração do sistema de transmissão • Transportar impurezas e limalhas metálicas para os filtros do cárter

ficante inadequado ou que não cumpra as especificações OEM, uma vez que se trata do segundo sistema mais dispendioso de um veículo, logo atrás das reparações no motor. E que consequências são essas? Redução da vida útil da caixa de velocidades; performance de arranque e mudança de velocidades ineficiente; aumento da vibração, ruído e dureza; formação de depósito e oxidação geradas nos componentes internos, causando desgaste prematuro; perda de controlo de fricção e capacidade de lubrificação, criando níveis de desgaste acelerados; falha prematura do sistema automático. Estes três novos produtos (ATF 6, ATF 6+ FE e CVTF) cobrem a esmagadora maioria das caixas de velocidade automáticas em circulação. Após o primeiro passo dado com o anticongelante premium de longa duração (G12/G12+), é agora o timing certo para desenvolver este produto no mercado português. A Japopeças mantém a sua aposta e a sólida parceria com a AISIN, comercializando todas as linhas de produto deste prestigiado fabricante nipónico.  l

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OS MELHORES ANOS PARA A RECALVI FORAM 2012, 2013 E 2014. O MERCADO DE VEÍCULOS NOVOS PAROU, MAS VENDÍAMOS INÚMEROS COMPONENTES DE SUBSTITUIÇÃO

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Em foco

CHEMA RODRÍGUEZ, ADMINISTRADOR DA RECALVI

EM BREVE,

O MERCADO SERÁ IBÉRICO

CORRIA O ANO DE 1980 QUANDO CHEMA RODRÍGUEZ ABANDONOU O DESPORTO MOTORIZADO PARA ABRIR CAMINHO NO MUNDO DAS PEÇAS DE SUBSTITUIÇÃO. PRATICAMENTE 40 ANOS VOLVIDOS, CRIOU UM IMPÉRIO QUE DOMINA A PENÍNSULA IBÉRICA E A AMÉRICA DO SUL, ATUANDO EM VÁRIAS ÁREAS, TODAS LIGADAS AO SETOR AUTOMÓVEL   João Vieira por

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esde a sua fundação, em 1984, até ao presente, a Recalvi passou de uma pequena empresa de distribuição de peças para automóveis a um importante grupo especializado neste setor. Com 40 centros, mais dois entrepostos logísticos (Vigo; Madrid) e cerca de 400 colaboradores, a “marca” gerida por Chema Rodríguez sempre foi fiel ao princípio de oferecer um serviço completo aos clientes. Cobre, atualmente, toda a Península Ibérica e tem ainda sete centros na América Central e do Sul, República Dominicana, Cuba, Panamá, Costa Rica, Equador, Miami e, agora, abrirá lojas na Argentina. Foi aumentando as suas sociedades até formar uma grande cadeia que participa, em boa parte, nos negócios do setor automóvel. Desde peças à venda de veículos e motores, passando pelo merchandising oficial de equipas e marcas de competição, sem esquecer a distribuição de lubrificantes e pneus. Um império que fechou o ano de 2018 com 93 milhões de euros faturados. “Começámos com uma loja pequena nos anos 80. Correu bem e fomos abrindo mais lojas a nível regional, na Galiza. Depois, pouco a pouco, fomos inaugurando outros espaços em várias províncias de Espanha. Atualmente, estamos presentes em todas as comunidades”, revelou Chema Rodríguez. O sucesso foi tão grande que a Recalvi não parou de crescer. “Os melhores anos foram 2012, 2013 e 2014. O mercado de veículos novos parou, mas nós vendíamos inúmeros componentes de substituição. Foram anos de enorme crescimento. Talvez o salto mais importan-

te nestas quatro décadas. Andámos em contraciclo”, acrescentou. Portugal e Espanha

Sobre o mercado sul-americano, a Recalvi admite que tem problemas com os pagamentos por causa da falta de segurança, bem evidente nos países da América do Sul. “Há muita procura, mas os pagamentos... Como muitas empresas estão vinculadas ao Estado, há sempre interesses extra. As margens são boas, mas o pagamento é péssimo. Em Cuba, por exemplo, chegámos a vender num ano 22 milhões de euros. Agora, o que vendemos não chega a um milhão. A queda foi gigante, mas queremos continuar, porque sabemos que assim que houver abertura dos governos, o negócio das peças de substituição voltará a crescer. E como já estamos presentes, será mais fácil começar a faturar”, deu conta Chema Rodríguez. A conversa com o responsável, tendo a expoMECÂNICA como pano de fundo, prosseguiu a bom ritmo. Mas mudou o azimute. Em Espanha, onde a Recalvi é muito forte, a empresa chega a todas as áreas do automóvel e trabalha com grande parte dos fabricantes mais importantes. Tem marcas exclusivas, acessórios, opera ainda a área das carroçarias e a pintura. Mas um dos negócios que mais “gozo” dá a Chema Rodríguez é o merchandising oficial da Fórmula 1, que a empresa vende em lojas de renome, como o El Corte Inglés, entre outras. A logística e a distribuição são totalmente diferentes

entre Portugal e Espanha, refere o responsável. Portugal é um país de importação de produtos. Por isso, estabelecem-se grandes empresas de importação. Em Espanha, compram-se peças diretamente aos fabricantes através de acordos nacionais. A Recalvi não pertence a nenhum grupo internacional e tem-se conseguido manter praticamente independente. Mas existem vários interessados na sua aquisição. A própria Aliança Renault-Nissan, com a qual a Recalvi mantém acordos de distribuição na Península Ibérica, está interessada na compra de uma parte da empresa. Chema Rodríguez fala abertamente sobre o tema, mas não desvenda tudo. “Estamos em conversações”, garantiu. Rede RecOficial

Deu para perceber pela forma como falou que o responsável não está preocupado com a venda da empresa. E que está perfeitamente seguro da sua capacidade como gestor e do potencial da marca. Por isso, enumerou as mais-valias da Recalvi. “Somos a única empresa de peças de substituição em Espanha que detém uma marca de veículos elétricos 100% espanhola, chamada Little, já lá vão oito anos. E temos outra marca, a Movelco, que se dedica a vender o que produzimos, porque também vendemos para as marcas de veículos elétricos. Ainda através da Movelco, comercializamos carregadores e veículos elétricos de outras marcas, como Renault ou Nissan”, revelou o administrador.

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CHEMA RODRÍGUEZ

A dimensão da Recalvi é reforçada pela rede de oficinas RecOficial e pela gama de produtos que comercializa. Só dispõe de produtos de qualidade e não pensa sequer em vender produtos chineses. A empresa trabalha com marcas de primeira linha, sempre com preços muito competitivos. Se não tem o produto oficial, apresenta um equivalente, de marca própria, com a mesma qualidade. Ora, isto representa números. E, uma vez mais, Chema Rodriguez faz contas de cabeça, mas tem os algarismos bem presentes. “Os componentes da nossa marca contabilizam, atualmente, 15% do total da vendas de peças, mas o nosso objetivo é que dentro de três ou quatro anos, represente 30 ou 40% do total das

mesmas”, projetou. Apesar dos muitos anos que está no ativo, a rede de oficinas RecOficial ainda é jovem. A ideia é não massificar, para que se diferencie do que já existe no mercado. Todas têm de saber dar assistência a veículos elétricos e híbridos plug-in. Em Portugal, por

NÃO É FÁCIL INTEGRAR A NOSSA REDE OFICINAL. TEM DE SER UMA OFICINA DE MÉDIA DIMENSÃO E JÁ COM ALGUNS ANOS DE TRABALHO

exemplo, a rede tem seis oficinas, todas preparadas para negociar com as gestoras de frotas, todas qualificadas e com formação. “Não é fácil integrar a nossa rede”, alertou Chema Rodríguez. “Tem de ser uma oficina de média dimensão e já com alguns anos de trabalho no mercado”, completou. Sempre pronto para abordar os mais variados temas, o responsável máximo da Recalvi falou, também, sobre a entrada de distribuidores espanhóis de peças em Portugal. “Estou convencido que, dentro de poucos anos, se vai falar de mercado ibérico e não de Espanha e Portugal. Pouco a pouco, seremos um mercado único, que tem de ser equiparado. Desde os preços à quantidade e ao tipo de produto”, concluiu.  l

ATLANTIC PARTS: O PARCEIRO PORTUGUÊS Recalvi está em Portugal há cinco anos, através de uma parceria estabelecida com a Atlantic Parts. As mais-valias para ambas são visíveis. A Atlantic Parts ganhou dimensão e passou a poder comercializar em toda a Península Ibérica.

A

Além disso, beneficiou com a introdução de mais produtos e acabou por alargar os seus serviços. Se não tiver os artigos em stock, pode sempre comprar a partir da webshop da Recalvi. Esta união foi ainda a melhor forma de a empresa lusa, liderada por José Alves Pires, entrar

numa rede de oficinas, pois, assim, a fidelização é mais simples. A Atlantic Parts aproveita ainda o know-how da Recalvi na área da mobilidade elétrica. Em suma, esta junção trouxe inúmeras vantagens para a empresa portuguesa.

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MÁQUINA D0 TEMPO

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Fotografia BP

Fotografia BP

Surge no nosso país como Companhia Portuguesa dos Petróleos Atlantic

Fotografia BP

1955 Abre a primeira estação de retalho de combustíveis em Portugal Companhia de Petróleos Atlantic cede a sua posição à Companhia de Petróleo Britânica e nasce a Companhia Portuguesa de Petróleos, BP

Começa a operar no aeroporto de Lisboa como Air BP

1957 – Cria serviços de fornecimento de óleos lubrificantes à Marinha

90 ANOS DA BP EM PORTUGAL

INOVAÇÃO & DESCOBERTA A BP FAZ PARTE DAS NOSSAS VIDAS. E É MUITO MAIS DO QUE UMA GASOLINEIRA. QUEM NÃO SE LEMBRA DE IR AO POSTO TROCAR PONTOS PELOS TÃO AMBICIONADOS BRINDES? EM 2019, A MARCA COMPLETOU 90 ANOS EM PORTUGAL E 110 ANOS DESDE A SUA FUNDAÇÃO.   Joana Calado por

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undada em 1909, um ano depois da descoberta de um poço de petróleo na Pérsia, a BP tinha, na altura, o nome de Anglo-Persian Oil Company, fa-

zendo jus ao local onde tinha sido encontrado o poço e à nacionalidade (britânica) do seu fundador: William D’ Arcy. Apenas 20 anos depois, a BP (Bri-

tish Petroleum) chega ao nosso país, com o nome de Companhia Portuguesa dos Petróleos Atlantic. Nessa altura, a sua principal atividade era a comercialização e distribuição de

lubrificantes, tendo sido a primeira multinacional a operar em Portugal. Há 90 anos que a BP Portugal tem vindo a destacar-se como pioneira nas mais diversas áreas. l

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Fotografia

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Fotografia BP

1967 – Inaugura as instalações de Faro 1986 – Abre o primeiro posto de abastecimento self-service

1987

Implementa o conceito de loja no local de abastecimento, BP Shop, combinando combustível, lavagens e loja com bens de primeira necessidade, como artigos de mercearia, congelados e bebidas

1993 – Pioneira na introdução da gasolina sem chumbo 98 1996 – Anuncia uma joint venture com a Mobil 1998 – Patrocina a Expo’98 Início do século XXI – Lança combustíveis de 2.ª e 3.ª gerações 2001 – Adquire a Castrol e passa a comercializar esta marca 2002 – Nova sede no Lagoas Park, em Oeiras 2003 – Adota, oficialmente, o nome de BP Portugal

Fotografia BP

1964 Fotografia BP

BP passa a disponibilizar Gás de Petróleo Liquefeito (GPL)

2004 Lança a nova geração de garrafas de gás, mais leves e fáceis de manusear. Distinguida com o 1.º lugar no ranking das “Melhores empresas para trabalhar”

2011

Lança os combustíveis Invigorate, sendo pioneira na comercialização desta linha Lança a nova gama de lubrificantes Castrol Edge

2012 – Criação do programa BP Segurança ao Segundo 2014 – Comemora 85 anos em Portugal com o lançamento do Protocolo de Empregabilidade BP/CAIS 2015 – Lança o novo conceito de lojas de conveniência, em parceria com o Pingo Doce

2016 Fotografia

BP

Distinguida com o “Prémio Cinco Estrelas” Air BP comemora 60 anos em Portugal Hoje, está presente nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Ponta Delgada e Pico, bem como nos aeródromos de Tires e Évora

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2018 – Recebe, novamente, o “Prémio Cinco Estrelas” Miguel Oliveira torna-se embaixador da BP para a Segurança Rodoviária 2019 – BP comemora 90 anos em Portugal

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Evento

VI MEETING ANUAL VALVOLINE

À CONQUISTA DE NOVOS MERCADOS A VALVOLINE REALIZOU, NO PASSADO MÊS DE MAIO, A 6.ª CONVENÇÃO DE DISTRIBUIDORES OFICIAIS PARA FAZER O BALANÇO DOS ÚLTIMOS DOIS ANOS E PERSPETIVAR OS PRÓXIMOS. A GRANDE APOSTA VAI SER NA GAMA DE CAR CARE E NOS LUBRIFICANTES PARA O SETOR AGRÍCOLA   João Vieira por

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ealizada nas Caves Aliança, em Sangalhos, a convenção contou com a presença da maioria dos distribuidores e foi uma ocasião para os responsáveis da marca prepararem a rede para as iniciativas que serão levadas a cabo nos próximos dois anos. A nível de novidades, foi lançada uma renovada gama de car care, na qual a

marca deposita elevadas expectativas para os anos de 2019 e 2020. Esta gama ficou bastante mais completa e conta, agora, com 33 referências, divididas por seis famílias, para além de uma imagem renovada. Para Paulo Santos, brand manager da Divisão de Vendas Valvoline, “o objetivo da realização desta VI Convenção

Valvoline foi plenamente atingido. Fizemos uma retrospetiva do que realizámos nestes últimos dois anos e propusemos fazer em 2017, por altura da anterior convenção. Conseguimos concretizar mais de 90% dos projetos anunciados, o que foi muito positivo. Quisemos, também, fazer uma prestação de contas aos nossos distribui-

dores em função dessa mesma realidade e o que perspetivamos fazer para os próximos dois anos”. alargar território

Um dos grandes motes desta convenção foi a procura de novos mercado, conforme referiu Paulo Santos. “Para continuarmos a crescer, temos de pro-

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curar novos mercados. O setor agrícola vai ser a nossa grande aposta para os próximos dois anos. Vamos fazer um investimento significativo na Feira Nacional da Agricultura, que vai ter lugar em Santarém, no próximo mês de junho. É uma das feiras agrícolas mais importantes do país, onde iremos estar presentes

não estavam antes. Neste momento, procuramos, efetivamente, novos mercados e encontrar soluções para que os nossos distribuidores e o negócio da Valvoline continue a crescer em Portugal”, disse Paulo Santos. Nos próximos anos, a estratégia para aumentar as vendas e continuar a crescer vai centralizar-se no fortale-

UM DOS MOTES DESTA CONVENÇÃO FOI A PROCURA DE NOVOS MERCADOS, COM ÊNFASE PARA OS SETORES AGRÍCOLA, PRODUTOS QUÍMICOS E CAR CARE

com um stand, em parceria com o nosso distribuidor Orcopeças. Para Paulo Santos, “os maiores desafios que encontramos no imediato passam pelo mercados agrícola, de produtos químicos e car care. A nossa gama de produtos e soluções nestas duas áreas de negócio estão bastante ajustadas as reais necessidades do mercado e vamos intensificar a comercialização ao longo do ano. As oportunidades estão diretamente relacionadas com o potencial do mercado e a nossa capacidade de adaptação irá ditar o nosso sucesso”, explicou o responsável ao Jornal das Oficinas. Quota consolidada

No aftermarket automóvel de ligeiros e pesados, a Valvoline tem uma quota de mercado consolidada e equilibrada, não havendo oscilações na estrutura da distribuição. “As situações que têm acontecido estão relacionadas com a integração de alguns distribuidores em zonas onde

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cimento da imagem local da marca e dos distribuidores oficiais Valvoline, assim como atingir uma performance que permita ter uma posição melhorada no setor da agricultura”, concluiu. No final do meeting, foram oferecidos prémios aos distribuidores que mais se destacaram nos dois últimos anos em diferentes aspetos, nomeadamente no volume de vendas, promoção da marca e revelação. ELPS, Paulo & Daniela, Phaarmpeças, Granloures e Centralbat, foram as empresas premiadas. Seguiu-se um almoço no ambiente típico das caves e uma visita guiada ao Aliança Underground Museum, muito apreciado por todos os participantes.  l

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NOTÍCIAS  //  PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO

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MÓDULOS DE ARREFECIMENTO EGR

MS Motorservice International GmbH ampliou o seu portefólio de produtos com três novos módulos de arrefecimento EGR, que cobrem uma vasta gama de modelos da Volkswagen AG para veículos ligeiros com motores Diesel. Os novos módulos de arrefecimento EGR, com qualidade de fabricante de equipamento original, abrem um potencial de mercado de mais de oito milhões de veículos. Oferecem uma solução pro-

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fissional, correspondendo exatamente à tendência atual de módulos compactos com válvula EGR integrada e válvula de bypass. Para além disso, convencem através de uma funcionalidade fiável e carcaça de aço inoxidável de alta qualidade. Afinal de contas, estão expostos a condições extremas com condensação de gases de escape agressiva, temperaturas de até 700ºC e até 3 bar de pressão.

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DETETOR DE FUGAS H2N2 Bombóleo | O distribuidor da Magneti Marelli lançou para o mercado mais

um equipamento para verificar a pressurização do sistema de ar condicionado. Verifica fugas de gás; utiliza uma mistura de gás (nitrogénio – 95%; hidrogénio – 5%), ecológico e não inflamável, para análise do circuito; capta e recolhe todas as moléculas de hidrogénio. Estas são apenas algumas das características do H2N2..

PCC

GAMA DPF DO GRUPO VW veneporte | Empresa disponibiliza ao aftermarket uma gama de referências

de filtros de partículas Diesel ovais do Grupo Volkswagen (Audi, Seat, Volkswagen, Škoda), demonstrando, uma vez mais, estar atenta às evoluções do mercado e às suas necessidades, solidificando o seu posicionamento como um dos líderes no setor dos sistemas de controlo de emissões. Esta gama de filtros de partículas conta com aplicações que respeitam as normas Euro 4 e Euro 5, bem como os mais elevados standards a nível técnico e tecnológico. Gama é 100% homologada.

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ELEVADORES RAVAGLIOLI

empresa especialista em equipamento oficinal dispõe de novos elevadores de colunas independentes da Ravaglioli, adaptados para tratores agrícolas. Respondem pelas designações de RAV262AGR (versão eletromecânica) e RAV308H.2AGR (versão eletrohidráulica sem fios) os novos equipamentos comercializados pela PCC. Os novos elevadores da Ravaglioli adaptados para veículos agrícolas são compostos por duas colunas independentes com 8.500 kg de capacidade cada. Este sistema permite ao utilizador um perfeito acesso ao trator, facilitando, assim, os serviços em travões e pneus.

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Notícias produto

CARREGAMENTO DE A/C texa | KONFORT 712R é a nova estação de carregamento de ar condicionado, que apresenta características típicas dos modelos topo de gama, como a gestão do serviço de manutenção totalmente automático e a medição da quantidade de óleo recuperado com uma balança eletrónica. Pode ser adquirida na versão R134a ou R1234yf, com a possibilidade de se alterar, posteriormente, a configuração por meio de um kit opcional. Outras características são a possibilidade de instalar o Kit Identificador de Refrigerante e o uso em conjunto com o REC+, dispositivo para a recuperação de refrigerantes contaminados.

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PARCERIA

ORGANIZAÇÃO

APOIO FUNDAMENTAL

INTERESCAPE E BAHCO REITERAM A SUA CONFIANÇA NO CONCURSO MELHOR MECATRÓNICO 2019, ORGANIZADO PELO JORNAL DAS OFICINAS EM PARCERIA COM A ATEC, DEMONSTRANDO QUE O APOIO DOS PATROCINADORES É FUNDAMENTAL PARA A REALIZAÇÃO DESTA INICIATIVA

MIGUEL IVO, BAHCO o lado da Bahco, habitual parceira do concurso (desde a primeira edição), o seu responsável deu conta da visão da marca em relação ao concurso. “A Bahco, enquanto fabricante de classe mundial, com ferramentas criadas com e para os utilizadores finais, sempre alicerçou a sua posição com produtos inovadores, como forma de promover um contacto direto com o profissional que necessita de ferramentas no seu dia a dia. Assim, torna-se natural aliarmos a marca Bahco a iniciativas que visam promover o melhor da classe a utilizadores que valorizam as ferramentas de cariz profissional, como as nossas”, sublinha. No seu entender, “estamos perante uma profissão por onde passa, obrigatoria-

D

JORGE CARVALHO, INTERESCAPE mente, o futuro do ramo automóvel”. Para Miguel Ivo, “enquanto fabricante de ferramentas, o maior desafio da marca passa por ser capaz de entender as necessidades dos mecatrónicos e de ser capaz de continuar a criar soluções/ ferramentas que venham a facilitar/ simplificar o seu trabalho”. Quanto ao futuro, para um fabricante com mais de 150 anos, “o maior desafio prende-se com a capacidade de resposta a um mundo cada vez mais rápido, onde a inovação se processa a uma velocidade nunca vista antes”, afirma. “Nesse sentido, a Bahco tem vindo a investir, nos últimos anos, num reforço das suas equipas de desenvolvimento de produto e desenvolvimento industrial, de forma a dar resposta, em tempo útil, às novas solicitações do mercado”.

responsável da Interescape não hesita quando questionado sobre o motivo de a empresa voltar a associar-se ao concurso Melhor Mecatrónico. “A Interescape, como líder de mercado ibérico na sua área de atuação, até pelo seu ‘ADN de inovação’ na área, associa-se, mais uma vez, a esta iniciativa, que procura dar visibilidade aos melhores recursos humanos que o mercado oficinal tem para oferecer ao consumidor final”. Na sua perspetiva, “tendo a Interescape sido pioneira a introduzir no mercado ibérico um serviço de limpeza de filtro de partículas e catalisadores certificado pela TÜVRheinland e estando na linha da frente na comunicação ao mercado, através da campanha #SEJAORIGINAL, que aconselha as ofici-

o

nas e o consumidor final a manter o filtro de partículas original, acreditamos que quanto melhor formado estiver o mecatrónico, mais facilmente poderá ser um interveniente ativo na tomada das melhores decisões no que toca aos filtros de partículas”, acrescenta. De acordo com Jorge Carvalho, a profissão de mecatrónico é essencial para o futuro do setor. “A Interescape, ao longo dos seus 34 anos de existência, viu evoluir o parque automóvel em geral, mas, também, a linha de escape de forma substancial, onde a complexidade é cada vez maior. Isso obriga a termos profissionais mais competentes e mais informados acerca das constantes inovações tecnológicas dos veículos, como é o caso dos filtros de partículas”.  l

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ORGANIZAÇÃO

PARCERIA

CONHECIMENTO À PROVA COM AS INSCRIÇÕES PARA O CONCURSO CHALLENGE OFICINAS 2019 A DECORRER, AUSCULTÁMOS A OPINIÃO DE CARLOS SILVA. O RESPONSÁVEL DA YUASA, MARCA PATROCINADORA DO CONCURSO, CONSIDERA QUE A EFICIÊNCIA E A FORMAÇÃO SÃO TÃO IMPORTANTES, HOJE, COMO O CONHECIMENTO TÉCNICO DAS PEÇAS E A CORRETA APLICAÇÃO DOS PRODUTOS CARLOS SILVA, YUASA

“A

YUASA reconhece um elevado profissionalismo das oficinas em Portugal. E daí a importância e quota de mercado que o aftermarket tem no nosso país”. As palavras pertencem a Carlos Silva, responsável da YUASA, marca que patrocina, uma vez mais, o Challenge Oficinas, concurso organizado, pela terceira vez, pelo Jornal das Oficinas, em parceria com a Polivalor. Conforme sublinha, “a YUASA é uma das marcas líder mundial no setor de fornecimento de energia, designada-

mente das baterias de arranque, e fornecedor OE nos principais fabricantes de veículos”, refere. “Com base nesse know-how e presença, a YUASA está muito empenhada em colaborar, ativamente, com todos os profissionais para poder responder a todas as necessidades relacionadas com a evolução do setor automóvel. As Oficinas são elementos essenciais no sucesso do nosso negócio”, explica Carlos Silva ao nosso jornal. Refira-se que a “distribuição da YUASA é feita no canal profissional, ga-

rantido que a marca chega às oficinas pela distribuição tradicional dos retalhistas. Temos a confiança de um conjunto de distribuidores locais, que nos permitem ter uma cobertura no continente e ilhas e, assim, chegar às melhores oficinas do nosso país”, acrescenta. Mas será que a eficiência e a formação são tão importantes, hoje, como o conhecimento técnico das peças e a correta aplicação dos produtos? “Plenamente de acordo com a afirmação. E, esse, é um dos nossos desígnios na distribuição da marca YUASA. A im-

portância da formação e a melhoria do conhecimento de todos os players é essencial para o sucesso de marcas. E, dessa forma, reforçam a sua posição de líderes. A KRAUTLI Portugal, na qualidade de distribuidor da YUASA, tem efetuado, regularmente, formações e roadshows técnico-comerciais, que nos permitem transferir conhecimento para os intervenientes neste negócio. Para, dessa forma, aumentar a eficiência e produtividade de todos os profissionais”, remata Carlos Silva. l

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Evento

AFTERMARKET FORUM 2019

VOLTA AO MUNDO NUM DIA

A EQUIPA DA WOLK AFTER SALES EXPERTS E OS ORADORES CONVIDADOS PARA O AFTERMARKET FORUM 2019 LEVARAM OS 160 PARTICIPANTES NUMA JORNADA PELO AFTERMARKET MUNDIAL, VISITANDO CINCO CONTINENTES EM APENAS UM DIA   João Vieira por

A

terceira edição do Aftermarket Forum (as anteriores tiveram lugar em Bonn e Essen, nos anos de 2017 e 2018, respetivamente) decorreu no Hotel Marriott em Frankfurt, nos passados dias 16 e 17 de abril, mesmo em frente aos pavilhões da Messe onde se realiza a feira Automechanika. O Jornal das Oficinas foi media partner para Portugal deste evento. “Desde a primeira edição do Aftermarket Forum, em 2017, que o nosso objetivo é oferecer aos participantes informações relevantes para os seus negócios e uma boa oportunidade de networking”, começou por explicar Zoran Nikolic, diretor-geral da Wolk After Sales Experts. Por isso mesmo, o Aftermarket Forum 2019 começou com um evento: “Come Together”. O convidado especial daquela noite foi Jack Walsh, vice-presidente da Jefferies Automotive Aftermarket, uma companhia de investimento norte-americana especializada no mercado automóvel. O responsável analisou o aftermarket do ponto de vista financeiro (baseado no índice JEF de capital de risco, cotado em bolsa), referindo que “o mercado do pós-venda continua a ser uma boa aposta para

os grandes grupos investidores, uma vez que os distribuidores tradicionais continuam a abrir delegações e a crescer, existindo bastante capital à espera de oportunidade para ser investido. O que é, hoje, a realidade nos EUA, pode muito bem ser a realidade na Europa amanhã, já que a consolidação ainda está longe de terminar”. Visão intercontinental

O grande objetivo da edição de 2019 foi oferecer uma visão intercontinental do negócio de aftermarket, para conseguir ter uma fotografia do pós-venda mundial o mais completa possível no seu conjunto. “É necessário conhecer estas realidades para operar nos mercados de forma correta. Informação é poder, no sentido de ser necessária para tomar as decisões certas. Mas nem toda a informação é importante nesta era de excesso de dados a que temos acesso. O que é realmente necessário é poder contar com os Smart Data, saber com toda a certeza quais são os dados mais importantes para otimizar o tempo de análise e conseguirmos ser mais eficientes e eficazes na estratégia que escolhemos para as nossas empresas”, disse Zoran Nikolic.

América do Sul

O segundo dia do evento começou com a apresentação de Marcelo Gabriel, diretor de Pesquisa de Mercado e Business Intelligence da CINAU, sobre o mercado sul-americano. 70% dos veículos deste continente estão no Brasil e na Argentina. Por um lado, significa que esses dois países são suficientes para estabelecer uma forte presença no continente, mas, ao mesmo tempo, apresentam desafios únicos. “63% dos veículos no Brasil são flex fuel, ou seja, podem ser abastecidos com gasolina ou bioetanol. Como a origem do etanol está prontamente disponível, os veículos elétricos não estarão presentes antes de 2035”, disse Marcelo Gabriel. China e Rússia

Mike Yu, diretor-geral da iRM eCommerce, assumiu a tarefa de explicar ao público o complexo sistema de distribuição de peças na China, que é fortemente influenciado por grandes empresas locais de tecnologia. Entre a China e a Europa, há a Rússia. Sergey Udalov, diretor-geral e coproprietário da Autostat, uma empresa de análise de dados automotive, explicou aos participantes a influência da moeda

local, que perdeu, significativamente, valor desde 2014. E como esta perda está a afetar as vendas de peças e o facto de 80% do parque automóvel russo ser produzido internamente. Atualmente, as grandes oficinas independentes na Rússia têm 53 % do mercado de pós-venda, os reparadores oficiais 27%, as pequenas oficinas independentes 16% e as redes de oficinas 4%. A tendência aponta para uma diminuição das oficinas independentes e para um crescimento das oficinas de marca em 2024. Índia e EUA

Na Índia, a estrutura do aftermarket é diferente de qualquer outra. “Existem equipas de mecânicos que trabalham nas ruas e são bastante competentes naquilo que fazem. Ao mesmo tempo, existem cerca de 3.000 oficinas independentes de veículos de topo, com três, quatro ou mais elevadores, algumas com uma área de pintura. No total, existem 570.000 oficinas e 430.000 retalhistas, que estão ansiosos por dispor de aparelhos de diagnóstico, formação técnica, software de identificação de peças e muito mais. É um mercado com grandes oportunidades para o negócio do pós-venda,

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O GRANDE OBJETIVO DA EDIÇÃO DE 2019 FOI OFERECER UMA VISÃO INTERCONTINENTAL DO NEGÓCIO DE AFTERMARKET, PARA CONSEGUIR TIRAR UMA FOTOGRAFIA DO PÓS-VENDA MUNDIAL

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AFTERMARKET FORUM 2019

O AFTERMARKET FORUM 2019 FOI, TAMBÉM, UM TRAMPOLIM PARA A WOLK AFTER SALES EXPERTS CRIAR UMA REDE DE ESPECIALISTAS, COM O OBJETIVO DE FORNECER AOS CLIENTES DADOS DE MERCADO que representa, na atualidade, 2.700 milhões e euros para o setor independente e 1.800 milhões para a origem”, explicou Dirk Schlage, presidente de Hemps, uma consultora que opera na Índia desde 2014. O Aftermarket Forum 2019 revisitou os EUA, analisando mais de perto os processos de consolidação que estão em andamento há décadas. O objetivo é a integração vertical total, como referiu Bill Burns, CEO do distribuidor independente LLC. Os fenómenos de concentração vão continuar a acontecer durante os próximos anos, incluindo entre empresas especializadas em peças para veículos ligeiros e as que são especializadas em veículos industriais, estando previsto o crescimento de oficinas multimarca independentes. África e Médio Oriente

Marc Zander, diretor de Africon, destacou o aumento da classe média africana, o que faz prever interessantes

oportunidades de crescimento para as companhias que decidam investir em África, como já fizeram Bosch e MANN+HUMMEL. Com um parque de 52,5 milhões de veículos e onde existe um claro domínio dos modelos europeus, a média de idade é de 11,5 anos. O responsável deu como exemplo o caso da Nigéria, onde a reparação está, maioritariamente, nas mãos da origem, embora existam grandes redes independentes, como a Auto Expert, cujo mercado ainda está organizado com base nos importadores, sendo uma boa oportunidade para a instalação de armazéns. O Médio Oriente, por seu turno, é uma região onde as grandes mudanças do pós-venda estão a acontecer de forma muito rápida (condução autónoma, presença forte nas redes sociais, muito comércio eletrónico) e onde determinadas famílias de produto, como as baterias e pneus, têm grande rotatividade devido ao clima. “Nem toda a gente sabe que 88,5% das pessoas que,

atualmente, vivem nos Emirados Árabes Unidos são exilados”, disse Ralf Zimmermann, diretor-geral do Al-Futtaim Group. Além disso, os operadores do pós-venda automóvel são empresas familiares com quase 50 anos e três gerações de história. Sudeste asiático

A jornada terminou no sudeste da Ásia. De acordo com Devindran Ramanathan, diretor executivo e consultor principal da ACS ASIAPAC, a Malásia destaca-se nesta região como um país altamente motorizado e com um mercado de pós-venda bastante desenvolvido. “Muitas vezes, o acesso rápido a informações de reparação e manutenção é fornecido por freelancers europeus remotamente, mas ainda existe uma grande procura por conhecimento especializado e apoio a oficinas independentes. Existem grandes oportunidades para empresas estrangeiras que desejam ter uma plataforma de lançamento para a re-

gião mais populosa do mundo”, disse Devindran Ramanathan. O próximo Aftermarket Forum acontecerá em abril de 2020. “Com o tema e o local a serem divulgados em breve, estamos já ansiosos por futuras edições do nosso evento, que já garantiu o seu lugar nos calendários das conferências europeias dedicadas ao aftermarket. Em três anos, conseguimos concentrar a atenção dos principais operadores independentes do mercado de pós-venda e, isso, é um testemunho da nossa experiência como fornecedores de dados compreensíveis, num mundo inundado por todo o tipo de informações”, concluiu Antti Wolk, diretora-geral da Wolk After Sales Experts. O Aftermarket Forum 2019 foi, também, um trampolim para a Wolk After Sales Experts criar uma rede de especialistas, com o objetivo de fornecer aos clientes dados de mercado, estudos e insights numa escala verdadeiramente global.  l

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A BOSCH, ENQUANTO PRINCIPAL FORNECEDOR DE COMPONENTES PARA AUTOMÓVEIS, É UM IMPORTANTE PARCEIRO PARA AS OFICINAS, REFERE MÓNICA ALVES

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Técnica &Serviço

JORNADA TÉCNICA AUTOCREW

HÍBRIDOS, DIESEL E PASSTHRU

UMA SALA, TRÊS FORMADORES, SEIS FORMANDOS E MUITA MAQUINARIA HÁ MISTURA. FOI ASSIM QUE, NO DIA 30 DE ABRIL, DECORREU A JORNADA TÉCNICA AUTOCREW, DIRECIONADA PARA OFICINAS INDEPENDENTES QUE FORAM CONVIDADAS HÁ UM ANO. VEÍCULOS HÍBRIDOS E ELÉTRICOS, SISTEMAS DIESEL E DIAGNÓSTICO PASSTHRU FORAM OS TEMAS ABORDADOS   Joana Calado por

A

AutoCrew surgiu há seis anos e assume-se como uma aposta da Bosch, um dos principais fornecedores de componentes automóvel em Portugal. A rede oferece, hoje, um grande número de mais-valias às oficinas independentes que queiram fazer parte do conceito. Atualmente, a rede AutoCrew tem cerca de 60 oficinas em Portugal, espalhadas de norte a sul (são mais de 100 em Espanha). Adotando uma política de crescimento que aposta, acima de tudo, na consolidação da própria marca, Mónica Alves, responsável da rede AutoCrew em Portugal e Espanha, afirma que o evento realizado “serviu para mostrar que a Bosch, enquanto principal fornecedor de componentes para automóveis, é um importante parceiro para as oficinas”. Ser uma oficina AutoCrew oferece diversas vantagens, não só em termos de suporte técnico, através da Bosch, como, também, “a nível de formação, ferramentas de marketing, gestão empresarial e programa de qualidade”, acrescenta a responsável. Formação especializada

Todas as oficinas AutoCrew dispõem de uma imagem unificada, de forma

a que possam utilizar as ferramentas oferecidas pela Bosch, que as ajudarão a comunicar com os clientes e a angariar novos, desenvolver o seu negócio e melhorar a qualidade de atendimento e do serviço, o que, muitas vezes, não é contabilizado nem tido em conta. A Jornada Técnica AutoCrew consiste num pequeno e condensado exemplo do que a rede oficinal e a própria Bosch oferecem no que diz respeito a formação. Já em 2018, a AutoCrew tinha realizado um evento onde foi apresentado o próprio conceito oficinal e onde se falaram de temas bastante importantes para as oficinas, como, por exemplo, a reparação conectada. No ano passado, foram convidadas algumas oficinas, todas elas independentes, a deslocarem-se a Lisboa, não só para conhecerem as instalações da Bosch, como, também, para frequentarem a formação técnica da marca, que apesar de ter sido condensada em apenas um dia, foi bastante enriquecedora. Mário Maia, responsável pela Área Técnica, não hesita em destacar a formação altamente especializada que foi oferecida no dia 30 de abril. “Arrisco dizer que, centros de formação como o nosso, deverão existir muito poucos em Portugal”, assegura.

Learning by doing

Esta formação, inserida na Jornada Técnica AutoCrew, foi direcionada para o Diesel, nomeadamente injeção e gases de escape. Mas abordou, também, motores híbridos e elétricos e sistemas de diagnóstico PassThru. Para além de uma parte teórica, os formandos tiveram, também, uma vertente prática, onde puderam colocar “as mãos na massa” e experimentar diversos equipamentos Bosch disponíveis na zona de formação. Sendo toda a formação vocacionada para o learning by doing, ou seja,

dando grande ênfase à componente prática, o responsável da Área Técnica frisa que “a Bosch tem todos os equipamentos necessários para mostrar, na prática, como se faz”. Acrescentando de seguida: “Queremos que os nossos formandos experimentem e saiam daqui totalmente esclarecidos”. A Bosch aposta numa formação abrangente, que vai desde o sistema elétrico e eletrónico do veículo, passa pelo diagnóstico, pelos sistemas de injeção e, também, sendo esta uma área em expansão, pelos sistemas de propulsão alternativos.  l

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Técnica &Serviço

VEÍCULOS AUTÓNOMOS

MUDANÇA DE PARADIGMA FALAR DE VEÍCULOS AUTÓNOMOS, TAL COMO DE DRONES, YOUTUBERS OU INFLUENCERS, ESTÁ NA MODA. NO ENTANTO, NÃO É TÃO COMUM SABER REALMENTE EM QUE ESTADO SE ENCONTRA ESTA TECNOLOGIA E QUAL VAI SER O SEU PERCURSO ATÉ CHEGAR ÀS OFICINAS

A

s mudanças que se avizinham no setor automóvel nos próximos anos vão transformar completamente a forma de fabricar, de comercializar e de reparar veículos. A condução autónoma será um dos grandes desafios que o setor vai enfrentar, com implicações para todos os players que intervêm na cadeia de valor e com consequências inclusivamente para o último elo da mesma: o condutor. No entanto, até que todas essas mudanças que se avizinham estejam im-

plementadas no dia a dia do condutor e da oficina, ainda há um longo caminho a percorrer, pelo que a adaptação a todas essas alterações será gradual. Ainda que a adaptação exija um esforço no que respeita à formação e transformação dos negócios de reparação, essas mudanças serão viáveis, tal como as alterações que o setor experienciou nos últimos 15 ou 20 anos. A chegada dos veículos autónomos vai implicar uma mudança de paradigma na mobilidade, na conceção dos espaços urbanos e na proprieda-

de do veículo, visto que a utilização tende a ser partilhada. Os veículos autónomos serão, por certo, movidos a novas energias, fundamentalmente eletricidade (nem sequer tecnologia híbrida), devido à facilidade que estes veículos proporcionam para automatizar a condução e graças à sua eficiência de funcionamento. Perante o novo conceito de mobilidade eficiente, seria um paradoxo continuar a contaminar a população com os gases tóxicos que libertam os veículos de combustão interna.

Tecnologia complicadíssima

Um veículo autónomo necessita de três “camadas” diferentes de tecnologia: perceção, decisão, atuação: 1. Perceção do espaço envolvente e interpretação do que é percecionado; 2. Decisão sobre qual a melhor opção; 3. Atuação sobre o controlo do veículo. Das três, a última é a que se consegue alcançar. Já se pode atuar sobre um veículo “convencional”, ou seja, pode ser “teledirigido”. Isto é possível porque o controlo do veículo há muito

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Colaboração

tempo que passou a ser gerido pela electrónica: acelerador eletrónico, travões com ESP (eletrónico) e direção elétrica. E, de facto, os sistemas ADAS já assumem o controlo do veículo em qualquer circunstância, sem problemas de maior. O problema surge com a perceção do espaço envolvente. Não é fácil para um sistema informático ler com clareza o espaço envolvente e interpretá-lo. Atualmente, utilizam-se câmaras, sensores LiDAR (o mais famoso é conhecido como Velodyne) e radares cujo preço é elevadíssimo. No entanto, a imagem composta está muito longe de ser perfeita e a análise da mesma é muito complexa. Hoje, um veículo autónomo ainda não é capaz de traduzir o espaço envolvente e todos os seus parâmetros. O ser humano é muito difícil de imitar. A tecnologia de perceção ainda tem muito caminho a percorrer até ser completamente fiável, mas há muitos profissionais especializados a tentar melhorá-la. De facto, fazem-no, mas o horizonte continua a estar ainda distante. Se ao problema da perceção acrescentarmos o da decisão, elevamos à enésima potência a casuística de funcionamento de um veículo autónomo. Quem programa as decisões e com base em que critérios? Contemplam-se todos os cenários? De quem será a responsabilidade em caso de acidente? E o que ainda é mais inquietante: pode um veículo autónomo, perante a máxima avaliação de risco, optar por matar o seu ocupante? O mal menor? Onde estamos?

A norma internacional SAE J3016 define o que é um veículo autónomo e quais são os níveis de automatização

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necessários para chegar ao mesmo. Assumindo que o nível 0 é um veículo “convencional” e o 5 um veículo autónomo, vejamos as características de cada um: NÍVEL 1: veículos equipados com ADAS capazes de realizar alguma função automaticamente (como, por exemplo, a manutenção na faixa ou o controlo adaptativo da velocidade de cruzeiro). NÍVEL 2: automatização em certas condições, sempre sob a supervisão do condutor e sendo sempre este responsável pelo que se passa. Pode soltar o volante durante pequenos períodos de tempo, mas não feche os olhos. NÍVEL 3: veículo que pode circular, automaticamente, em determinados ambientes, mas que, em certas circunstâncias, pedirá ao condutor que intervenha, pelo que o mesmo tem de estar preparado para tal. Por exemplo: obras e saídas na autoestrada. Nos restantes ambientes para os quais não está programado, ocorrerá uma condução manual ou parcialmente assistida. Baseiam-se neste nível os testes científicos que são, atualmente, realizados. Os ambientes controlados podem ser autoestradas e parques de estacionamento. Na Europa, é necessária uma permissão especial da autoridade correspondente para se poderem fazer testes em estrada aberta. NÍVEL 4: trata-se do mesmo veículo, mas nos ambientes para os quais esteja programado, não perguntará ao condutor, tomando a opção que considere. Nos restantes ambientes, continuará a ocorrer uma condução manual ou parcialmente assistida. NÍVEL 5: o condutor não é necessário. O automóvel irá levá-lo ao trabalho e, depois, estacionará sozinho. C

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VEÍCULOS AUTÓNOMOS

Dando uma vista de olhos às vendas de veículos, não estando a maioria ainda equipada com ADAS (nível 1), parece impossível que tenhamos um veículo autónomo já em 2020. Talvez um nível 3 (que já anda em testes) ou um nível 2 com um preço de generalista. Para onde vamos?

Um dos desafios que as oficinas de colisão vão ter de enfrentar no futuro, é a redução da sinistralidade derivada das novas tecnologias aplicadas aos veículos autónomos. Segundo o estudo “Self driving cars”, da KPMG, em 2040, a incidência de colisões terá uma redu-

tura mantenham os seus negócios. Em primeiro lugar, as câmaras, os sensores e todos os sistemas de ajuda à condução (ADAS) que já são instalados e vão sê-lo ainda em maior número nos automóveis nos próximos anos (montados tanto na carroçaria como no para brisas e restantes vidros), requerem (e vão requerer mais ainda) calibragem, manutenção e reparação. Por conseguinte, dispor de equipamento específico (como um de diagnóstico e uma ferramenta de calibragem de câmaras e radares, os quais funcionam de forma combinada e inseparável), é e será cada vez mais importante na oficina.

Conceito smart repair

Obstáculos autónomos

Ao impacto da conectividade e da condução autónoma no setor, há que somar a crescente tendência de personalização das carroçarias, com o surgimento de veículos cuja configuração pode ser concebida segundo os gostos e as necessidades do condutor. Estas deverão tornar-se populares nos próximos anos e irão requerer manutenção. E, se necessário, reparação numa oficina especializada. Em suma, existem inúmeros argumentos que permitem antever que os condutores continuarão a necessitar dos serviços das oficinas de chapa e

Existe um consenso unânime em relação à teoria que defende que, se todos os veículos fossem simultaneamente substituídos por autónomos, seria muito mais fácil a mobilidade. Complicado será a transição. A convivência de veículos autónomos com condutores humanos e a interação dos veículos autónomos com peões. A quem é cedida a passagem? Haverá faixas dedicadas? Como entrarão nas rotundas? Saberão interpretar gestos dos ciclistas? Além do mais, esta tecnologia precisa de grandes redes de comunicação entre os próprios veículos e, também,

A CONVIVÊNCIA DE VEÍCULOS AUTÓNOMOS COM CONDUTORES HUMANOS E A INTERAÇÃO DE VEÍCULOS AUTÓNOMOS COM PEÕES NÃO SERÁ TAREFA FÁCIL ção de até 80% no que respeita a danos materiais. Contudo, o referido estudo também indica que quando os acidentes ocorrerem, os custos serão mais elevados. No entanto, na condução autónoma em si, nem sequer no seu nível 5 (o de maior autonomia) o fator humano será eliminado, visto que os automóveis terão sempre a alternativa de passar à opção “manual”, na qual o ocupante passará a ser o condutor, tal como existe hoje. Embora a conectividade implique uma maior interação dos veículos entre si (V2V - Vehicle to Vehicle), com as infraestruturas (V2I - Vehicle to Infrastructure) e, inclusivamente, com as pessoas (V2P - Vehicle to Pedestrian), existem inúmeras variáveis que vão permitir que as oficinas de chapa e pin-

De igual modo, a estrada continuará a criar situações nas quais, independentemente da “decisão” do automóvel autónomo, a colisão será inevitável, ainda que os efeitos da mesma sejam minimizados. Por outro lado, enquanto as carroçarias não evoluírem, continuarão a estar expostas às condições climatéricas e aos fenómenos atmosféricos (chuvas de granizo, incidência do sol, poeiras). De igual forma, também não será possível evitar a queda de objetos devido a fortes rajadas de vento, os efeitos do salitre, insetos, excrementos de pássaros ou a passagem do tempo. Por conseguinte, os veículos também continuarão vulneráveis a atos de vandalismo ou a “acidentes” provocados por outros humanos, sem que exista a intervenção de outro veículo.

pintura quando os automóveis autónomos já circularem nas nossas estradas. Algo que, além do mais, só acontecerá depois de superados todos os obstáculos legais que os governos terão pela frente nos próximos anos. Uma vez solucionadas estas questões, os automóveis autónomos continuarão a coexistir com os automóveis “tradicionais” durante vários anos, já que a renovação total do parque e o desaparecimento por completo dos automóveis “tradicionais” (a acontecer) demorarão décadas. O automóvel autónomo poderá reduzir a procura pelas reparações mas implicará o aumento de outro tipo de manutenções. Por exemplo, uma das tendências que, provavelmente, terá crescimento relevante nos próximos anos, será a conhecida “smart repair”).

com a infraestrutura para lidar com enormes fluxos de informação (estão em desenvolvimento as redes 5G). Em 2018, entrou em vigor a obrigatoriedade do sistema eCall para novas homologações, mas ainda há muito caminho a percorrer. Por outro lado, impera a grande preocupação sobre a possibilidade de serem pirateados os veículos autónomos. Imagine-se o que alguém pode fazer se tomar o controlo do veículo? As famosas palestras de “Safety & Security”. Já há conferencistas que falam de 2050 como data crucial. Veremos. O que parece evidente, é que lá chegaremos. E quem sabe se haverá lugar para aqueles que gostam de conduzir. Talvez nessa época já não restem amantes das quatro rodas, mas apenas utilizadores de eletrodomésticos que transportem gente.  l

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Técnica &Serviço

TEMPO DE CICLO

NO REDUZIR É QUE ESTÁ O GANHO UM DOS FATORES QUE MAIS INFLUENCIA A FIDELIZAÇÃO DO CLIENTE DA OFICINA É O TEMPO QUE O VEÍCULO PASSA NAS INSTALAÇÕES. QUANTO MAIS BREVE FOR A ESTADIA, MAIOR SERÁ A SATISFAÇÃO DO CLIENTE. E MAIS PROBABILIDADES DE ELE VOLTAR EXISTIRÃO

É

aqui que entra em jogo o famoso termo «tempo de ciclo», sobre o qual a maioria dos profissionais do setor já ouviu falar, mas cujo significado e implicações poucos conhecem. De que se trata?

O tempo de ciclo não é mais do que o tempo associado a cada reparação. É composto por diversas perspetivas: financeira, de gestão, de administração, de processamento de pedidos, de produção. No que diz respeito ao tempo de ciclo ligado à produção, podemos dizer que este é o tempo que decorre desde que o veículo chega à oficina até ao momento em que é devolvido reparado ao cliente. Por isso, não devemos confundi-lo com o tempo que decorre enquanto se trabalha no veículo (tempo produtivo).

O tempo de ciclo inclui pré-produção, produção e pós-produção, bem como o trabalho administrativo associado. Toda a reparação contém os diferentes processos pelos quais passa o veículo: preparação do orçamento, peritagem (se for o caso), gestão da peça de substituição, carroçaria, pintura, mecânica de apoio, preparação para a entrega. Cada qual com o correspondente tempo de processo associado. Indicador de rapidez

O tempo total de ciclo é um indicador de rapidez, que mostra quanto tempo demoramos a entregar o veículo reparado. Está diretamente relacionado com a capacidade do processo (volume de produção da oficina), utilizando os recursos ao máximo, ou seja, quantos automóveis podem ser reparados num intervalo de tempo

determinado (por exemplo, um dia). O tempo de ciclo é, essencialmente, uma relação matemática entre o trabalho a decorrer (quantos veículos estão a ser processados na oficina) e a capacidade do processo (quantos veículos são reparados por dia). Por conseguinte, cada vez que o número de veículos no processo aumenta, o tempo de ciclo médio também sobe. Assim, para otimizar os tempos de ciclo, têm de ser controladas as entradas. Vantagens de tempos curtos

Visto que reparações mais rápidas resultam em clientes mais satisfeitos, o objetivo de qualquer oficina será reparar os veículos no período de tempo mais curto possível, já que a celeridade traz vantagens relevantes. Por um lado, otimiza a utilização de todos

os recursos disponíveis, simplificando as intervenções. Além do mais, aumenta a capacidade da oficina, reduz despesas, diminui ineficiências e constrições, aumenta a rentabilidade. Por outro lado, melhora os índices de crescimento e a capacidade de aproveitar as oportunidades do mercado, amplia o retorno sobre os ativos, otimiza o fluxo de caixa, desenvolve a moral e o nível de compromisso dos funcionários, reduz a possibilidade de danos no veículo em reparação e, por último, ajuda-nos a permanecer competitivos. Quanto mais rapidamente for concluída uma reparação, mais depressa a oficina estará em condições de iniciar a seguinte. Contudo, a agilidade necessária requer planificação e uma integração completa no negócio e nos processos de gestão.  l

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repintura

O ENCONTRO REALIZADO EM COIMBRA EVIDENCIOU A ENERGIA POSITIVA QUE EXISTE NA RELAÇÃO ENTRE A PORTEPIM E A CROMAX

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REUNIÃO DE DISTRIBUIÇÃO CROMAX

BALANÇO AFIRMATIVO A PORTEPIM FEZ UM BALANÇO “AFIRMATIVO E IMPRESSIVO” DOS TRÊS ANOS DE APOSTA NA MARCA CROMAX. O ENCONTRO COM A REDE DE DISTRIBUIDORES NACIONAIS TEVE UMA ADESÃO A 100% E SERVIU PARA APRESENTAR MUITAS NOVIDADES   Jorge Flores por

“A

firmativo e impressivo”. Albertino Santos, responsável da Portepim, não hesitou na escolha das palavras para descrever o balanço dos primeiros três anos de aposta na marca Cromax. Uma mudança estratégica para uma marca premium de “grande prestígio” e que permitiu conquistar perto de 160 novos clientes. Exemplo da energia positiva na relação entre a Portepim e a Cromax foi o encontro realizado, em Coimbra, com a rede de distribuidores nacionais. “O encontro serviu para fazer um balanço, que não é apenas positivo. É afirmativo e impressivo, dado que os resultados alcançados excederam, em muito, aquilo que eram as previsões mais otimistas há três anos”, garantiu. A adesão a 100% dos distribuidores foi uma mensagem de peso. “É muito importante e significa o compromisso total da rede de distribuição para com a nossa empresa. Significa que os nossos serviços são compreendidos e que a nossa atuação, junto dos distribuidores, é bem aceite. Daí esta adesão massiva de toda a nossa rede de distribuição no país”, acrescentou. Em apenas três anos, a Portepim conseguiu assegurar a segunda posição no ranking das marcas mais vendidas no mercado. Algo apenas possível graças ao crucial papel “dos distribuidores e total adesão das oficinas de repin-

tura automóvel, que reconheceram a alta qualidade dos produtos da marca Cromax, associado à alta competitividade dos seus preços e tão ou ainda mais importante que estes fatores, reconheceram o ímpar nível do serviço pós-venda prestado em permanência às oficinas e rede de distribuiçao, pela direção técnica da Portepim SA”, disse Albertino Santos, sublinhando a importância da Portepim e da Carsistema “funcionarem como um grupo”.

paz de obter um “maior rendimento, utilizando menos energia”. Por outras palavras, proporciona tempos mais rápidos dos processos, o que representa mais veículos pintados, funcionando a 60°C, 40°C e mesmo a 20°C. Gestão digital

Por último, mas não menos importante, o ChromaConnect, uma solução digital e flexível para a gestão de cores. Neste último caso, João Calha fez questão de fazer uma demonstra-

ção, in loco, das virtudes do programa. Uma ferramenta que proporciona às oficinas o controlo total sobre todos os aspetos de gestão de cores e inclui: espectrofotómetros para uma medição digital e precisa das cores, ChromaWeb, a base de dados de fórmulas na “nuvem” para resultados sempre atualizados, conexão sem fios a periféricos, como impressoras ou balanças e acesso remoto ao stock da oficina, gestão da secção de pintura e encomendas online, entre outras virtudes.  l

Soluções Cromax

Durante os trabalhos, acompanhados pelo Jornal das Oficinas, Virgílio Maia e João Calha, da Axalta Coating Systems Portugal, trataram, respetivamente, de explicar o “conceito e o valor da marca” e de dar a conhecer as “soluções Cromax” aos presentes. Novidades também não faltaram ao evento. Exemplos? O verniz CC6500 High Performance VOC, um produto ideal para quando o profissional dispõe de prazos apertados para a realização do trabalho. De aplicação bastante fácil (bastam duas demãos), garante uma secagem rápida e uma excelente resistência, características que prometem melhorar a produtividade dos serviços. O sistema de Ultra Desempenho Energético também esteve em destaque no encontro de distribuidores da Cromax. Trata-se de um sistema inovador, ca-

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NOTÍCIAS  //  A ÁREA MAIS COLORIDA DO AFTERMARKET

repintura

IMPOESTE

A

NOVIDADES WALCOM

Impoeste apresentou, na sua sede, dois novos produtos da marca Walcom: pistola Slim Kombat e sistema de pintura Termodry Technology TD3 pro. Luigi Gambin, diretor de vendas e marketing da Walcom, esteve nas instalações da Impoeste a fazer a apresentação destas novidades para a equipa técnica e comercial da empresa portuguesa. A Slim Kombat não é apenas uma nova pistola de pintura, mas representa um novo conceito. A marca começou há dois anos com uma nova filosofia de produção, utilizando novos materiais, como fibra de carbono, kevlar e magnésio. A nova Slim Kombat utiliza magnésio na construção do corpo,

o qual é revestido por fibra de kevlar. Esta foi a forma de obter não apenas a pistola de pintura mais leve do mercado, mas, também, a mais robusta, derivado às características do kevlar, que é muito resistente e leve. Quanto ao equipamento TD3 pro, a sua finalidade é conseguir melhores resultados na repintura. Está dividido em duas partes. Uma para filtrar o ar, outra para aquecer. Define a temperatura que necessita para aplicar a tinta e um termóstato mantém a temperatura constante. Trata-se de um conceito único no mercado, que está patenteado e pode oferecer melhorias significativas no trabalho de repintura.

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“Seja onde for, vamos juntos.”

NOVA PÁGINA DE FACEBOOK EM PORTUGUÊS

E DAD

NOV I Glasurit | Com base na sua estratégia de digitalização, continua a trabalhar para colocar à disposição dos clientes e seguidores toda a informação sobre as últimas novidades e eventos no mercado português, através de novos canais de difusão. Desta forma, a Glasurit lançou a sua própria página de Facebook para Portugal. Através da conta @glasurit.pt, os seguidores portugueses da marca alemã podem estar a par das últimas novidades e de tudo aquilo que acontece em torno da marca a nível global mas, também, local. “Estamos muito felizes por lançar este canal social, que nos permite comunicar as últimas novidades, mas, acima de tudo, estar mais próximo dos nossos clientes e seguidores, trocando facilmente informações, opiniões e inquietudes através da conhecida rede social”, referiu o responsável da marca.

QUER EVITAR MANCHAS INDESEJADAS? Spies Hecker | A base bicamada é aplicada. Quando começa a secar, as irregularidades tornam-se lentamente visíveis. No entanto, este problema pode ser evitado. A Spies Hecker utiliza a base bicamada Permahyd Hi-TEC 480 para evitar esses efeitos indesejados na reparação de cores metalizadas. A tinta deve ser aplicada com o gatilho totalmente premido para que os pigmentos possam ser distribuídos de forma uniforme numa película homogénea. A base bicamada Permahyd Hi-TEC 480 é aplicada, primeiro, numa cabina de pintura fechada a uma distância normal. Em seguida, a passagem do efeito é aplicada sobre a tinta molhada a uma distância ligeiramente maior do substrato para ser possível obter um efeito uniforme e uma ocultação total. Logo após a aplicação da base bicamada, a película de tinta deve parecer uniforme.

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Composição: - 9 gavetas (8 frontais e 1 lateral). - 1 prateleira para colocar o portátil. Medidas do carro: 890x675x1085mm. Medidas gavetas: - (5x) 725x400x70mm. - (2x) 725x400x140mm.

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Notícias repintura

NOVIDADES PARA LAVAGEM AUTO Mota & Pimenta | A empresa sediada em Vila Nova de

SINNEK

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ESTREIA NA AUTOPROMOTEC

marca de repintura de Bernardo Ecenarro esteve, pela primeira vez, na feira Autopromotec, em Bolonha. O principal objetivo foi consolidar a sua presença no mercado italiano, dando continuidade ao intenso trabalho de expansão que vem sendo realizado desde o seu lançamento. O plano da marca tem sido bem sucedido, até porque tem já grande presença nos mercados espanhol, francês, alemão, escandinavo e belga, para mencionarmos apenas alguns. Entre os produtos, a marca apresentou a série W6000, um sistema de base de água de alta cobertura, secagem rápida, fácil aplicação e combinação perfeita. Anuncia-se como uma solução tecnológica abrangente, ágil e muito eficiente.

Famalicão dispõe de diversas novidades para o mercado de lavagem automóvel. Tornador de lavagem e tornador de espuma são os últimos produtos que a Mota & Pimenta adicionou ao seu portefólio para o segmento em causa. O tornador de lavagem destina-se a uma limpeza mais rápida e potente. Anuncia ser eficaz em manchas persistentes e áreas muito sujas. As sujidades são imediatamente eliminadas de tecidos, carpetes e superfícies sólidas. Já o tornador de espuma, transforma qualquer zona de limpeza numa “nuvem” de espuma espessa e de longa duração. Torna o lavador ou champô auto preferido mais espesso e faz com que a espuma tenha longa duração. A pistola de espuma pneumática trabalha com um compressor de produto espumoso e uma espuma rica com elevada aderência. Pode ser utilizado em detalhes interiores e exteriores.

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UM MUNDO DE EXCELÊNCIA AO SERVIÇO DO AUTOMÓVEL

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VERMELHO CENTENÁRIO r-m | Para assinalar os 100 anos da marca premium da BASF, fãs e clientes de todo o mundo votaram entre três tons de vermelho definidos pelos designers de cores da América do Norte, EMEA e Ásia-Pacífico o que melhor a define. ZOOMING RED foi a cor vencedora, que representa, na perfeição, a imagem que o cliente tem da marca. Para que os clientes da R-M consigam reproduzir com exatidão as cores, especialistas trabalham em laboratórios de cor em todo o mundo, analisando as últimas tendências do mercado automóvel. As fórmulas de mistura são atualizadas no banco de dados para os sistemas de correspondência de cores, como o COLORTRONIC 12/6. A ZOOMING RED foi formulada pelos especialistas de cor em Clermont de l’Oise e, agora, encontra-se online no banco de dados de cores em todo o mundo.

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ZAPHIRO

NOVO CATÁLOGO 2019

A

empresa de produtos non paint adicionou ao seu catálogo de 2019 um grande número de novos artigos, importantes, não só, para aumentar o portefólio da empresa, mas, também, porque envolvem a renovação do seu compromisso de oferecer às oficinas soluções da mais elevada qualidade ao melhor preço. Recentemente, foram apresentadas a nova pistola DeVilbiss DV1 e a lâmpada IRT SpotCure UVA manual. No catálogo de produtos da empresa, entre outras inovações, destacam-se discos com esponja, almofadas adesivas para colar as placas, polimento Heavy Cut Plus, em embalagens de 250 ml e 1 litro, e discos de polimento fácil, Easy Pad (150x12mm), Classic Pad (150x20mm) e Easy Pad Mini (90x12mm), todos em três durezas. O novo catálogo da Zaphiro dispõe de um grande número de programas para dar resposta às necessidades das oficinas de repintura.

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Mundo automóvel

MERCEDES-BENZ E 300D STATION

DIESEL POWER NUMA ALTURA EM QUE SE ESTÁ A LEVANTAR MUITO “FUMO” SOBRE A TEMÁTICA DO DIESEL, A MERCEDES-BENZ RESPONDE COM A E 300D STATION. EQUIPADA COM MOTOR 2.0 DE QUATRO CILINDROS, COM 245 CV, QUE TRAZ ACOPLADA CAIXA AUTOMÁTICA DE NOVE VELOCIDADES, ESTA CARRINHA DEMONSTRA QUE, NA MARCA, AS OPÇÕES A GASÓLEO NÃO TÊM OS DIAS CONTADOS   Bruno Castanheira por

O

s motores de combustão estão para lavar e durar. Mas a avaliar pelos últimos acontecimentos, que dão conta do anúncio do abandono dos motores a gasóleo por parte de alguns construtores, o Diesel parece viver um período de grande indefinição. Realidade ou exagero, não é, de todo, o caso da Mercedes-Benz, que, na oferta do Classe E, das 10 motorizações disponíveis, seis são Diesel. Para mais, sabendo-se que, atualmente, mais de metade das matrículas de veículos ligeiros de passageiros e comerciais na Europa são asseguradas por versões a gasóleo. No segmento das frotas, então, a proporção atinge dois terços. Quem acha que a reputação do Diesel se deteriorou junto do consumidor, ponha os olhos na Mercedes-Benz E 300d Station.

Sensualidade germânica

Face à mais conservadora limousine, a station, mesmo não estando tão descomprometida como as carroçarias coupé e cabrio, é mais elegante e, sobretudo, mais consensual. Sem perder um certo “certo nipónico” que caracteriza esta geração, a carrinha consegue despertar muita curiosida-

de e reunir bastante admiração. Essencialmente, por dois motivos. Primeiro: um Mercedes-Benz é sempre um Mercedes-Benz, estando, por isso, a sua imagem associada a estatuto elevado e pertencendo a uma classe à parte. Segundo: a opcional linha de design AMG (€1.900), que, ao incluir jantes de 19” com cinco raios duplos e para-choques mais desportivos, tem bastante influência no resultado final. O sistema de luzes inteligente de LED, as discretas barras no tejadilho, os vidros traseiros escurecidos (óculo posterior incluído) e as duas saídas de escape retangulares, são outros elementos que resultam bem, tal como a pintura metalizada azul “Cavansite” (outro extra, este disponível por €1.100) que reveste a carroçaria. Por dentro, dificilmente a E 300d Station podia agradar mais. Os acabamentos em madeira de freixo preta porosa (€300) são elegantes e o Pack Premium (€3.400) oferece uma panóplia de itens. A saber: assistente de ângulo morto; cockpit panorâmico; bancos dianteiros aquecidos; Pack Espelhos; Pack memória do condutor; COMAND Online; carregamento wireless para smartphones; Multibeam LED; Pack Parking com câmara 360°.

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A PRESENÇA VISTOSA É APENAS UM DOS INÚMEROS ATRIBUTOS DA MAIOR CARRINHA DA MERCEDES-BENZ. A LINHA DE DESIGN AMG E A PINTURA METALIZADA (DOIS OPCIONAIS) FAVORECEM-NA

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MERCEDES-BENZ E 300D STATION

MOTOR

Tipo 4 cil. linha Diesel, long., diant. Cilindrada (cc) 1950 Diâmetro x curso (mm) 82,0x92,3 Taxa de compressão 15,5:1 Potência máxima (cv/rpm) 245/4200 Binário máximo (Nm/rpm) 500/1600-2400 Distribuição 2 v.e.c., 16 válvulas Alimentação injeção common rail Sobrealimentação turbo VTG + intercooler TRANSMISSÃO

Tração Caixa de velocidades

Motor Diesel de 2,0 litros com 245 cv, caixa automática de nove velocidades, suspensão Agility Control, cinco modos de condução

traseira com ESP automática de 9+ma

DIREÇÃO

Tipo pinhão e cremalheira Assistência sim (eletromecânica) Diâmetro de viragem (m) 11,6 TRAVÕES

Dianteiros (ø mm) Traseiros (ø mm) ABS

discos ventilados (305) discos maciços (300) sim, com EBD+BAS

SUSPENSÕES

Dianteira Traseira Barra estabilizadora (diant./tras.)

Multilink Multilink sim/sim

PERFORMANCES ANUNCIADAS

QUALIDADE ELEVADA, ESPAÇO À DESCRIÇÃO, EQUIPAMENTO DE TOPO, FORTES MEDIDAS DE SEGURANÇA. NADA FALTA NESTA CARRINHA O posto de condução é simplesmente ótimo. O volante oferece uma pega muito boa, todos os comandos estão bem localizados e são de fácil leitura, o banco dispõe de múltiplas regulações, proporcionando um apoio lateral e lombar de grande nível. A qualidade merece não menos do que a nota máxima, tal como o amplo espaço para ocupantes e bagagem e as fortes medidas de segurança. Já no que ao equipamento diz respeito, embora bem apetrechada, esta unidade eleva ainda mais a fasquia ao incluir os opcionais acima mencionados. Aos quais se juntam os assentos rebatíveis incorporados na bagageira (€1.550), o que faz com que esta carrinha ofereça sete lugares, e o Pack Night (€600). Rainha do prazer

Equipada com suspensão Agility Control, dotada de afinação desporti-

va, opcionais jantes de 19”, montadas em larguíssimos pneus Michelin Primacy 3 (de medida 245/40 R 19 98 Y no eixo dianteiro e 275/35 R 19 100 Y no eixo traseiro), direção comunicativa, rápida caixa automática de nove velocidades (9G-Tronic), travões potentes e cinco modos de condução (“Eco”, “Comfort”, “Sport”, “Sport+” e “Individual”, por ordem ascendente), a E 300d Station prima pela elevada eficácia dinâmica que proporciona, sendo, por isso, a rainha do prazer. Tudo com um invejável nível de conforto. Mesmo no modo mais “agressivo”, segurança, facilidade e homogeneidade são as palavras de ordem numa carrinha que eleva a condução a outro patamar. Exibindo um pisar sólido e uma estabilidade acima da média, a E 300d Station transmite a sensação de que nada (nem ninguém) a pode desestabilizar.

Apesar dos 1.840 kg de peso e dos 4,93 metros de comprimento desta carrinha, as prestações alcançadas pelo motor 2.0 de quatro cilindros, com 245 cv e 500 Nm, demonstram porque continuam os motores Diesel a ser uma boa opção. Sobretudo, os de elevado gabarito, como é o caso do que equipa esta versão. Se dúvidas houvesse, atente-se nos 250 km/h de velocidade máxima e nos 6,5 segundos que são necessários para cumprir o arranque dos 0 aos 100 km/h (dados anunciados pela Mercedes-Benz). Os consumos de gasóleo situam-se em níveis perfeitamente apelativos. Tendo em conta a tecnologia que integra e as prestações que oferece... Para o final, deixámos o preço. O que é bom, paga-se. Para mais, com extras. Assim, em vez de €72.100, a unidade ensaiada está avaliada em €81.306. Não é para todos.  l

Velocidade máxima (km/h) 250 0-100 km/h (s) 6,5 Cons. extra-urb./comb./urb. (l/100 km) 4,6/5,2/6,1 Emissões de CO2 (g/km) 156 Euro 6 Nível de emissões DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES

Cx 0,26 Comp./larg./alt. (mm) 4933/1852/1475 Distância entre eixos (mm) 2939 Vias frente/trás (mm) 1600/1609 Capacidade do depósito (l) 50 Capacidade da mala (l) 640 a 1820 Peso (kg) 1840 Relação peso/potência (kg/cv) 7,51 Jantes de série 7 1/2Jx17” Pneus de série 225/55 R 17 Pneus de teste (diant./tras.) Michelin Primacy 3, 245/40 R 19 98 Y – 275/35 R 19 100 Y GARANTIAS

2 anos 2 anos Até 30 anos

Mecânica Pintura Anticorrosão ASSISTÊNCIA

1.ª revisão 1 ano ou 25.000 km Custo 1.ª revisão (c/ IVA) €500 Intervalos 1 ano ou 25.000 km PREÇO (s/ despesas) €72.100 Unidade testada €81.306 Imposto Único de Circulação (IUC) €227,65

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Mundo Automóvel

EM ESTRADA

SUVMANIA por

Jorge Flores

MITSUBISHI OUTLANDER PHEV

EVOLUÇÃO SUAVE

A

um primeiro olhar, o novo Mitsubishi Outlander PHEV em pouco ou nada se distingue da anterior geração. A evolução, pode dizer-se, foi suave e discreta. Registem-se, no entanto, uns retoques na secção dianteira e umas jantes com novo desenho, no exterior. Por dentro, também pouco haverá a mencionar. Já no “miolo”, ou seja, no seu sistema híbrido, foram efetuadas alterações consideráveis. Continua a manter a lógica de dois motores elétricos, um por eixo, como auxiliares de um propulsor de combustão interna (gasolina). O “velho” e conhecido motor de 2,0 litros, porém, foi, agora, substituído pelo novo bloco de 2,4 litros com 135 cv de potência e 211 Nm de binário máximo. Por sua vez, o motor elétrico dianteiro (82 cv) continua idêntico, mas a potência do traseiro aumentou, “libertando”, agora, 95 cv. O gerador ganhou, nesta evolução, 10% de capacidade, enquanto as baterias passaram a dispor de 13,8 kWh. Disponível por €53.000, o Mitsubishi Outlander PHEV tem uma autonomia de 54 km, quando circula em regime, exclusivamente, elétrico.

Motor 4 cil. linha, transv., diant.  Cilindrada (cc) 2360  Potência máxima (cv/rpm) 135/4500  Binário máximo (Nm/rpm) 211/4500 Motor elétrico dianteiro 82 cv  Motor elétrico traseiro 95 cv  Velocidade máxima (km/h) 170  0-100 km/h (s) 10,5 Consumo combinado (l/100 km) 1,8  Emissões de CO2 (g/km) 40  Preço €53.000  IUC €197,69

NISSAN QASHQAI 1.3 DIG-T TEKNA

BEST-SELLER A GASOLINA

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Nissan continua a apostar forte nas motorizações a gasolina de última geração, “cavalgando”, de certa forma, as tendências europeias de “perseguição” aos Diesel. Desta feita, trata-se do novo bloco de quatro cilindros, 1.3 DIG-T, desenvolvido em conjunto pela Aliança (Renault-Nissan-Mitsubishi) e a Daimler, aplicado, neste caso, à gama Qashqai: uma proposta que procurará engrossar os números deste best-seller de origem japonesa. Com 140 cv de potência, disponíveis entre as 5000 e as 5500 rpm, é competente para proporcionar bons momentos de condução, primando sempre por uma enorme suavidade de rolamento e por uma excelente insonorização. Segundo valores da marca nipónica, o Nissan Qashqai 1.3 DIG-T é capaz de atingir uma velocidade máxima de 193 km/h e consome 5,3 l/100 km em regime combinado, apesar de os valores comprovados, na prática, durante o ensaio, terem sido ligeiramente superiores. Na versão de equipamento Tekna, o preço ascende aos €26.900. Mais um argumento a ter em conta, sobretudo atendendo à vocação familiar deste crossover.

Motor 4 cil. linha, transv., diant.  Cilindrada (cc) 1332  Potência máxima (cv/rpm) 140/5000-5500  Binário máximo (Nm/rpm) 240/1600-2000 Velocidade máxima (km/h) 193  0-100 km/h (s) 10,5  Consumo combinado (l/100 km) 5,3  Emissões de CO2 (g/km) 130  Preço €26.900  IUC €158,92

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U S E A I S I N AT F 6 + , P R E M I U M AT F 6 , P R E M I U M C V T F PA R A AU M E N TA R A V I DA Ú T I L DA S UA T R A N S M I S S ÃO A AISIN é o 6º maior fabricante mundial de peças auto devido à sua tradição no equipamento original. Membro do grupo Toyota, a AISIN produz qualidade há mais de 50 anos. A base de óleo é o fluido transportador que assegura a qualidade intrinseca do produto através da sua viscosidade e poder de lubrificação. Com a passagem do tempo pode ocorrer oxidação devido ao contacto do óleo com o ar quente dentro da transmissão. O óleo oxidado em combinação com as impurezas, fazem com que se verifique acidez que provoca a corrosão interna das peças metálicas da transmissão. As tolerâncias das transmissões fabricadas têm diminuido, ao mesmo que os indices de resistência à pressão e perda de viscosidade têm aumentado, resultando num aumento da proteção dos componentes da transmissão.

AISIN EUROPE, SA - 21, avenue de l’industrie - 1420 Braine lÁlleud - Belgium - +32 2 387 01 36 - www.aisinaftermarket.eu

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tecnologia

PORSCHE 911 HYBRID BY VONNEN

TRANSFORMAÇÃO AMBIENTAL

A PORSCHE NÃO COMERCIALIZA (AINDA) NENHUM 911 HÍBRIDO. MAS SAIBA QUE PODE TER UM. BASTA CONTACTAR A NORTE-AMERICANA VONNEN, QUE ESTÁ HABILITADA A COLOCAR UM SISTEMA HÍBRIDO NUM PORSCHE. VEJA COMO FUNCIONA ESTE SISTEMA E QUANTO CUSTA ESTA TRANSFORMAÇÃO AMBIENTAL   Ricardo Carvalho por

S

ão várias as empresas de aftermarket que desenvolvem kits de propulsão híbrida para serem adaptados em automóveis “convencionais”. O objetivo é converter em híbridos veículos que nunca o foram ou que nunca tiveram qualquer versão equipada com este tipo de propulsão, na tentativa de obter melhores prestações e consumos mais reduzidos. Há vários exemplos no mercado, incluin-

do modelos mais desportivos, como, por exemplo, a conhecida ABT e o seu meteórico Audi RS6 Avant, que é capaz de debitar 1.000 cv com um kit deste género. O mais recente exemplo da transformação de desportivos é dado pela empresa norte-americana Vonnen Performance, que apresenta um kit híbrido que pode ser montado nos Porsche 911, Cayman e Boxster, com o qual estes modelos conseguem

“ganhar” mais 175 cv, sem desvantagens absolutamente nenhumas. Porsche mais antigos

A Vonnen Performance consiste numa spin-off da Elephant Racing, um preparador especializado em suspensões para a Porsche. O sistema híbrido desenvolvido pela Vonnen adapta-se perfeitamente a qualquer 911, Boxster ou Cayman produzido entre 2012 e 2016.

Trata-se de um sistema simples, praticamente plug&play, ou seja, montar e andar. O protagonista é um motor elétrico, que substitui o volante de inércia de origem do veículo. Os outros componentes chave do módulo são um inversor de corrente e uma bateria, que é montada na bagageira dianteira existente neste tipo de modelos. O seu funcionamento é idêntico ao de qualquer

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VONNEN PREPARA STAGE II Animada pela recetividade ao 911 híbrido, a Vonnen está a ultimar uma versão mais potente para condutores mais exigentes, que, essencialmente, pretendem ter mais potência do que um 911 Turbo ou GT2, mas sem incrementar as emissões. Nesta versão, denominada Stage II, a empresa norte-americana monta uma bateria com o dobro da capacidade e um motor com o dobro da potência, o que vai permitir ao mais “anémico” dos 911 de 2016 elevar os 370 cv originais para uns bem mais entusiasmantes 724 cv, fruto dos 354 cv adicionais fornecidos pelo motor elétrico de grandes dimensões

INVERSOR

MÓDULO DA BATERIA

Comunicação através da CAN Bus Peso: 7,5 kg Refrigerado a líquido

Potência: 145 kW Voltagem: pico a 400 VDC Corrente: 400 Amps

O inversor converte a corrente DC em AC para alimentar a bateria e o MGU. Tem eletrónica e autonomia para escolher entre o modo “força” ou o modo gerador

MOTOR GENERATOR UNIT (MGU) Potência: 175 cv Tipo: Magneto permanente AC Binário máximo: 203 Nm

Corrente: 400 A Peso: 17 kg Refrigerado a líquido

O MGU funciona como gerador e motor. É montado no local do volante de inércia. O rotor é montado imediatamente a seguir à cambota e o estator fica posicionado entre o motor e o eixo de transmissão. O MGU tem menos de 70 mm de comprimento e fica no espaço anteriormente ocupado pelo volante de inércia. O motor e o eixo de transmissão estão separados por apenas 25 mm para conseguirem acomodar o MGU. Em modo força, o MGU fornece potência. Em modo regeneração, funciona como um gerador que carrega o módulo da bateria. O MGU é utilizado para ligar o motor. Assim, o motor de arranque é removido, tal como o volante de inércia. Desta forma, é possível substituir a bateria de 12V por uma unidade mais leve

outro sistema mild-hybrid moderno. É compatível tanto com versões de caixa manual como com as de caixa automática, sem “arruinar” o carácter do motor. Disponibiliza um extra de potência em todos os regimes. Modo de funcionamento

O motor elétrico não movimenta o veículo por si só, mas disponibiliza o já mencionado extra de 175 cv de po-

tência e 203 Nm de binário ao eixo primário da caixa de velocidades. Mediante um módulo de controlo ligado à ECU do veículo, o motor elétrico junta a sua força ao motor térmico, criando mais potência sempre que se pisa o pedal do acelerador. A energia é recuperada através das travagens e das desacelerações, sendo armazenada numa bateria de 1 kWh montada na parte dianteira do veículo. O melhor de todo

Armazenamento de energia: 1.000 Wh Células: 144 Peso: 29,5 kg

A bateria é montada na bagageira dianteira do 911. É de grande densidade e foi desenhada para carregar e descarregar simetricamente a mais de 400 amps. Como benefício suplementar, a parte química desta bateria é uma das mais seguras que está disponível no mercado, porque é de titanato de lítio e não perde propriedades térmicas

GESTÃO TÉRMICA

VONNEN CONTROL UNIT (VCU)

Tal como acontece num veículo “convencional”, o motor elétrico da Vonnen e o módulo de baterias são refrigeradas por líquido. Tal permite que mantenham, constantemente, a temperatura ideal tendo em conta as condições meteorológicas exteriores

Velocidade: 65 Mhz Input/Output: 2x Can BUS, Bluetooth, USB, 16 digital É o cérebro do sistema. O VCU assume toda a lógica de controlo e os algoritmos. Monitoriza e faz a gestão de toda a operação. O software do VCU é atualizado através dos smarthpones iPhone ou Android

este sistema é que pesa apenas 50 kg e não interfere com as prestações originais anunciadas. Antes pelo contrário. Como é possível, então, que o sistema pese apenas 50 kg? Em primeiro lugar, porque o motor elétrico substitui o volante de inércia instalado de origem no modelo. Para além disso, já não é necessário um motor de arranque para o veículo, pois o motor elétrico cumpre essa tarefa e coloca em movimento o

motor térmico. Por fim, a bateria dianteira elimina a necessidade de uma pesada bateria de 12V, substituindo-a por uma mais pequena de iões de lítio, suficiente para o consumo de todos os componentes acessórios. É, também, impressionante o facto de tanto o motor elétrico como a bateria serem refrigerados a líquido. O preço deste módulo custa 75 mil dólares, o suficiente para comprar um 718 Cayman.  l

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Mundo Automóvel

NOTÍCIAS

por

Bruno Castanheira

PORSCHE CAYENNE S COUPÉ DESDE €137.334

AUDI RS 4 AVANT

JÁ CHEGOU A PORTUGAL quarta geração do Audi RS 4 Avant já está disponível em Portugal. Equipado com o motor V6 TFSI de 2,9 litros, com 450 cv e 600 Nm, é proposto desde €110.330. Anunciando uma velocidade máxima de 250 km/h (280 km/h com o opcional pacote Dynamic RS), esta supercarrinha cumpre o arranque dos 0 aos 100 km/h em 4,1 segundos. Se o motor biturbo de injeção direta de gasolina é um dos seus ex-líbris, já a tração integral permanente quattro e a caixa tiptronic de oito velocidades contribuem para um desempenho dinâmico de cortar a respiração. As jantes de 20”, pintadas de preto antracite brilhante, os faróis Matrix LED e as opcionais maxilas de travão lacadas em vermelho brilhante, são outros atributos.

a

A Porsche lançou uma nova variante do Cayenne Coupé, que já pode ser encomendada e chega a Portugal no final de julho. Equipado com o motor V6 a gasolina biturbo de 2,9 litros, com 440 cv e 550 Nm, este arrojado SUV acelera dos 0 aos 100 km/h em 5,0 desde que através do Pacote Sport Chrono, proposto de série. Valor este que desce para 4,9 segundos com um dos três opcionais pacotes desportivos de peso reduzido. A velocidade máxima cifra-se nos 263 km/h. O Cayenne S Coupé, cujo preço começa nos €137.334, junta-se aos Cayenne Coupé (340 cv) e Cayenne Turbo Coupé (550 cv), que chegam no final de maio. Com proporções mais vincadas e uma secção lateral única, o Cayenne Coupé dispõe de um spoiler traseiro adaptativo, dois tipos de conceito de tejadilho e um banco traseiro com as características de bancos individuais, com uma posição 30 mm mais baixa comparativamente ao Cayenne “convencional”.

OPEL APRESENTOU

GRANDLAND X HYBRID4

PRIMEIROS VOLKSWAGEN ID.3

ESTÃO ESGOTADOS

m pouco mais de 24 horas, todas as unidades da série limitada ID.3 First disponíveis para Portugal esgotaram na pré-reserva. Os clientes que se registaram no site da Volkswagen e depositaram €1.000, serão os primeiros a receber o novo elétrico da marca alemã, em meados de 2020. A série limitada ID.3 First conta com uma bateria de 58 kWh, que lhe confere uma autonomia de 420 km (WLTP). O ID.3 é o primeiro membro da nova família de veículos 100% elétricos da Volkswagen. Quando chegar ao mercado, este compacto contará com três níveis de bateria, que assegurarão autonomias entre 330 e 550 km (WLTP). Os preços da gama ID.3 para Portugal começarão nos €30.000. Após o lançamento do ID.3, a gama será alargada com outros modelos, conhecidos até agora por ID. CROZZ, ID. VIZZION e ID. ROOMZZ.

E

O novo Grandland X Hybrid4 é uma das peças chave com as quais a Opel dá corpo à estratégia de “eletrificação” da sua gama de produtos. O novo híbrido plug-in, que dispõe de tração às quatro rodas, posiciona-se no topo da oferta SUV da marca alemã, que é composta, também, pelos modelos Crossland X e Mokka X. O Grandland X Hybrid4, que poderá ser requisitado, em opção, com pintura preta no capot, alia o motor a gasolina 1.6 Turbo a dois motores elétricos. A potência oferecida pelo conjunto é de 300 cv O valor de consumo de combustível, em ciclo misto, de acordo com a mais recente norma WLTP, é de 2,2 l/100 km, com as emissões de CO2 a estarem afixadas nos 49 g/km. Equipado com uma bateria de iões de lítio que pode recarregar em apenas uma hora e 50 minutos, quatro modos de funcionamento (“Elétrico”, “Híbrido”, “AWD”, “Sport”) e travagem regenerativa que converte desaceleração em eletricidade, o Opel Grandland X Hybrid4 começará a ser entregue aos clientes no início de 2020.

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Mundo Automóvel

USO PROFISSIONAL  RENAULT EZ-FLEX

MICRO MACHINE DE TRABALHO

A RENAULT MOSTROU O CONCEPT EZ-FLEX, UM PEQUENO FURGÃO ELÉTRICO QUE JÁ ESTÁ MUITO PERTO DA REALIDADE. A IMAGEM É APELATIVA E AS DIMENSÕES SÃO AS DE UM TWINGO. COM UM VOLUME DE CARGA DE 3 M3, PROMETE CHEGAR AO MERCADO DENTRO DE UM OU DOIS ANOS  Ricardo Carvalho por

I

nspirado no EZ-PRO, protótipo autónomo de distribuição de mercadorias, a Renault apresentou o seu mais recente projeto no âmbito dos veículos comerciais. Chama-se EZ-FLEX e é um veículo de distribuição 100% elétrico. Trata-se de um mini furgão (tem dimensões comparáveis às de um Twingo) e foi desenhado tendo o máximo de aproveitamento do espaço de carga em mente. E quais são os planos da Renault para este concept? Será que vai chegar à comercialização um veículo como este EZ-FLEX?

Dimensões compactas

Este é um furgão realmente pequeno. Mede apenas 3,86 m de comprimento, 1,65 m de largura e 1,88 m de altu-

ra. O seu formato, praticamente quadrado, tem um objetivo: aproveitar ao máximo o espaço disponível. A caixa de carga tem 3 m3 de volumetria, com uma forma totalmente regular. Idealizado para a chamada distribuição do “último quilómetro”, tem um design simpático, é simples e futurista. Toda a sua zona inferior está coberta com plástico negro e tanto os faróis como os farolins estão convenientemente protegidos. O interior do EZ-FLEX foi desenhado para que a entrada e saída seja muito fácil de realizar. É possível aceder ao habitáculo pela porta do condutor, mas é permitido entrar, também, pelo lado do acompanhante. O tablier tem vários espaços porta-objetos e um só ecrã central, que agrupa toda a infor-

mação do veículo. O volante exibe um desenho novo e atrás de si há espaço para pastas e documentos. Na zona de carga, a altura do bocal é de 76 mm. Ótima a nível ergonómico, de acordo com os engenheiros. O EZ-FLEX é um furgão 100 elétrico, cuja potência e capacidade das baterias ainda não é conhecida. Não obstante, a Renault afirma que este concept pode percorrer 150 km numa utilização real. A marca francesa vai iniciar um programa de testes piloto com vários profissionais de toda a Europa, equipando o furgão com sensores que enviam informação detalhada acerca da sua utilização. O objetivo é aperfeiçoar o EZ-FLEX, adaptando-o às necessidades reais dos transportadores europeus.  l

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