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O bilstein group Portugal mudou de casa no início deste ano. Umas instalações grandiosas, do tamanho da sua ambição

TÉCNICA

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As cabines de pintura são fundamentais nas oficinas de colisão

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FOLHA DE SERVIÇO 03

EDITORIAL

João Vieira Diretor

Planear o futuro

Revista PME Aftermarket 2018

Ser referência a nível nacional

A

equipa do Jornal das Oficinas já está no terreno a contactar as empresas que receberam os estatutos de PME Líder e Excelência referente ao ano de 2017. O resultado deste trabalho poderá ser visto na 6.ª edição da Revista PME Líder e Excelência Aftermarket, que será lançada, como encarte, na edição de junho do Jornal das Oficinas. Rigor, qualidade, disponibilidade, proximidade, confiança e responsabilidade social são os valores que definem a forma de estar no mercado das empresas que receberam os estatutos de PME Líder e Excelência. Nunca é demais divulgar os exemplos de boas práticas e boa gestão destas empresas, que são referência no mercado. Por isso, iremos, pelo sexto ano consecutivo, voltar a editar a Revista PME Aftermarket. Para além das listagens com os nomes das empresas e a sua classificação por critérios, a edição terá, como habitualmente,

muitos outros artigos de interesse para os profissionais do pós-venda. A forte resiliência destas empresas e os resultados obtidos em termos de reforço da sua capacidade competitiva, são importantes sinais de forte motivação deste segmento empresarial e da sua relevância como motor da economia e do emprego nacionais. São empresas de perfil superior que souberam reforçar a sua capacidade competitiva, contribuindo, ativamente, para a economia, para o emprego e para as exportações nacionais, com sinais claros de crescimento em praticamente todos os indicadores de desempenho, factos que as colocam muito acima da média nacional. Se a sua empresa é PME Líder ou Excelência, não perca a oportunidade de estar presente nesta edição especial, onde iremos premiar o mérito, a qualidade e a gestão dos melhores players do aftermarket nacional.  ✱

DIRETOR João Vieira – joao.vieira@apcomunicacao.com EDITOR EXECUTIVO Bruno Castanheira – bruno.castanheira@apcomunicacao.com REDAÇÃO Jorge Flores – jorge.flores@apcomunicacao.com DIRETOR COMERCIAL Mário Carmo – mario.carmo@apcomunicacao.com | GESTOR DE CLIENTES Paulo Franco – paulo.franco@apcomunicacao.com  | IMAGEM António Valente | MULTIMÉDIA Catarina Gomes | ARTE Hélio Falcão | SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E CONTABILIDADE financeiro@apcomunicacao.com PERIODICIDADE Mensal | ASSINATURAS assinaturas@apcomunicacao.com © Copyright Nos termos legais em vigor, é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS

Impressão – FIG, Indústrias Gráficas, S.A. Rua Adriano Lucas, 3020 - 265 Coimbra Tel.: 239 499 922

N.º de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal n.º: 201.608/03 Tiragem – 10.000 exemplares

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Parceiro em Espanha

Edição

AP COMUNICAÇÃO Propriedade João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda. | Sede Bela Vista Office, Sala 2.29 – Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A, 2735 - 336 Cacém - Portugal GPS 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W | Tel. +351 219 288 052/4 | Fax +351 219 288 053 | Email geral@apcomunicacao.com

Consulte o Estatuto Editorial no site www.jornaldasoficinas.com www.jornaldasoficinas.com

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Terminámos o ano de 2017 com muitas incertezas em relação ao futuro do pós-venda automóvel e iniciámos o novo ano ainda com mais dúvidas e apreensões. A agitação comercial e tecnológica na qual o setor está envolvido poderá ser avassaladora, a não ser que se consiga adaptar e aprender a navegar neste novo ambiente. Somos, diariamente, “bombardeados” com notícias de inovações tecnológicas que inundam a indústria automóvel, como os combustíveis alternativos (fuel cell, elétricos e híbridos e Plug-in), conectividade, autonomia, propriedade partilhada, pagamento em função da utilização. A lista é longa. E tudo isto tendo como pano de fundo um cenário de incerteza relativamente ao acesso continuado a dados dos veículos ou a informações sobre manutenções e reparações. A soma de todos estes elementos, equivale a um futuro incerto e provoca ansiedade. Mas, antes que a situação se descontrole, devemos, em primeiro lugar, identificar os fatores subjacentes que influenciam as mudanças na indústria. Em seguida, a partir dos seus efeitos combinados, teremos maior probabilidade de conseguir prever o futuro e saber qual o caminho a seguir. Na posse de toda a informação já divulgada, podemos planear alguns cenários com suficiente detalhe para perceber como o nosso modelo de negócio talvez tenha de evoluir para se adaptar. O sucesso deste processo depende, claramente, de identificarmos os fatores de crescimento apropriados. Podemos verificar que existem alguns que influenciam a mudança: inovação tecnológica, centralização das vendas, propriedade de veículos, soluções de acesso a dados de veículos. A adaptação à inovação tecnológica não é novidade para o pós-venda. Por conseguinte, este fator, em si mesmo, não é, necessariamente, uma ameaça. Em suma, o planeamento do cenário que mais se identifique com o seu negócio pode ser uma ferramenta útil para contrariar os desafios enfrentados dentro do pós-venda automóvel em rápida mudança. Apesar de não eliminar a incerteza pode, certamente, ajudar uma empresa a identificar modelos de negócio vantajosos que lhe permitam sobreviver ou prosperar no futuro.  ✱ Fevereiro I 2018

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3.º Concurso Melhor Mecatrónico

Aceite o desafio

› O Jornal das Oficinas, em parceria com a ATEC, volta a desafiar os mecatrónicos de Portugal a concorrerem à iniciativa Melhor Mecatrónico. Ponha à prova os seus conhecimentos e habilite-se a ganhar a terceira edição desta competição

O

resultado da segunda edição do concurso Melhor Mecatrónico, realizado no ano passado, superou as expectativas da organização e patrocinadores. Foram mais de 300 participantes que, durante o ano de 2017, acompanharam o desenrolar desta iniciativa, respondendo aos questionários publicados nas edições impressas do Jornal das Oficinas e, também, no site do evento. A grande final, realizada nas instalações da ATEC, decorreu durante dois dias intensos de provas e com muita animação, graças às várias ações de formação e divulgação realizadas pelos patrocinadores. Este ano, queremos melhorar ainda mais o concurso, que é já um evento incontornável no panorama do aftermarket em Portugal. Além da publicação dos questionários, que vão servir para selecionar os finalistas, iremos organizar um programa de eventos para a Grande Final do concurso, onde o grande protagonista será a profissão de mecatrónico automóvel e todas as atividades que giram à sua volta. Vai ser um acontecimento com muitos motivos de interesse e que deve ser visi-

tado por todos os que se interessam pela reparação automóvel e gestão oficinal. O setor está a atravessar uma fase de mudança, quer no que diz respeito aos veículos que visitam as oficinas, muito mais evoluídos tecnologicamente, quer no que se refere ao modelo de negócio das próprias empresas de manutenção e reparação. E o mecatrónico é uma peça fundamental nas oficinas que querem evoluir num mercado em mudança, onde já não chega ser bom. Agora, é necessário ser excecional. Em competência técnica e nas relações com clientes e colegas. Os mecatrónicos que já participaram nas finais dos anteriores concursos, são o melhor testemunho da mais-valia desta experiência única, que valoriza quem participa e informa o mercado sobre a importância desta profissão, imprescindível nas modernas oficinas e com um nível de exigência altíssimo, pois, para além dos conhecimentos mecânicos, o mecatrónico tem de dominar outras áreas, como a eletrónica e a informática. São profissionais cada vez mais completos e, por isso, o seu trabalho deve ser mais

valorizado, quer pelas instituições oficiais, quer pelas empresas onde trabalham. Não se aceita que um mecatrónico, com formação e experiência, aufira, na maioria dos casos, o valor do ordenado mínimo nacional. Como se podem motivar estes profissionais se o valor que recebem pelo seu trabalho é baixo e as perspetivas de evolução são poucas? Com a realização do concurso Melhor Mecatrónico, queremos divulgar esta profissão mas, também, valorizá-la, porque é imprescindível na oficina, traz mais-valias e aumenta a rentabilidade do negócio. Estamos convictos que, com a realização de iniciativas deste género e com a sensi-

Vale a pena mostrar e partilhar a paixão pela mecatrónica automóvel e ajudar a valorizar esta profissão com futuro

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bilização dos operadores, o mecatrónico vá tornar-se numa profissão cada vez mais valorizada. Teremos de sensibilizar os diretores e administradores para esta situação. A competência, disciplina e organização, ajudam a encontrar melhores níveis de rentabilidade. E, esse, é o caminho. Com a realização deste concurso, queremos dar a importância e o relevo que a profissão de mecatrónico automóvel merece e, com isso, incentivamos o mercado a fazer o mesmo. Além de que a competição entre os indivíduos é a forma de evoluir as competências. Este tipo de concursos fazem com que as pessoas que querem ser melhores se evidenciem e influenciem as outras. Além dos prémios que os finalistas irão receber, a sua valorização pessoal e o seu reconhecimento público são mais-valias imediatas que todos os que participarem neste concurso podem ter. A partir do mês de março de 2018, vamos começar a publicar os questionários que irão servir para selecionar os oito finalistas. Entretanto, se quiser saber mais informações sobre o concurso, basta visitar o site www.melhormecatronico.pt.  ✱

Para mais informações sobre este desafio, visite o site:

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Para mais informações sobre este desafio, visite o site: www.challengeoficinas.pt

Elevar a fasquia › Se a gestão oficinal é o seu foco, então não pode faltar a este concurso. Coloque à prova as suas competências e as da sua equipa e demonstre que é a Oficina do Ano, perante um júri de especialistas. Mas prepare-se bem, porque nesta edição vamos elevar a fasquia

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concurso Challenge Oficinas, organizado pelo Jornal das Oficinas em parceria com a Polivalor, volta, este ano, a desafiar as oficinas de Portugal a participarem numa competição, cujo objetivo, para além de vencerem, é, também, poderem partilhar conhecimentos e experiências com outras oficinas, bem como ganharem novas competências e uma visão estratégica diferente sobre os modelos de gestão oficinal que, atualmente, existem no mercado. Se é uma oficina organizada, bem equipada e com recursos humanos competentes e atualizados, aproveite esta oportunidade para participar num evento único e desafiante, onde apenas os melhores conseguem chegar à final. Com a realização desta iniciativa, pretendemos fomentar entre as oficinas um espírito competitivo são, o trabalho em equipa e a sua criatividade, através da realização de provas em diversas áreas relacionadas com o pós-venda automóvel, nomeadamente gestão oficinal, marketing, peças, receção e técnica. Este é um concurso que vai permitir cada oficina tomar consciência daquilo Fevereiro I 2018

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que vale em termos de recursos humanos e enquanto organização. No fundo, consiste num processo de autoavaliação, ao mesmo tempo que se trata de uma competição lúdica. Desta forma, entusiasmam-se os colaboradores para um desafio onde as oficinas têm todo um caminho para evoluir. A exemplo do que aconteceu no ano passado, o concurso terá três fases. l 1.ª Fase: inscrição da oficina, com indicação da sua denominação, morada, contactos e nomes dos membros da equipa e respetivas áreas de atividade. Após validação da inscrição, a oficina está apta a participar, respondendo ao questionário publicado na edição impressa do

Para elevar a qualidade, precisamos de fazer uma autoavaliação, saber onde podemos melhorar e onde somos, de facto, bons

Jornal das Oficinas e no site www.challengeoficinas.pt. A avaliação das oficinas finalistas será feita com base nas respostas ao questionário e no tempo despendido a responder. Quem tiver mais respostas corretas e menos tempo despendido na avaliação das competências funcionais, será selecionado. l 2.ª Fase: avaliação das seis oficinas finalistas pelos membros do júri. A avaliação consistirá numa visita presencial às instalações, onde serão verificados itens importante, como organização das instalações, equipamentos disponíveis, processos de gestão e recursos humanos, entre outros. Das seis oficinas avaliadas, apenas três serão selecionadas para a Grande Final. l 3.ª Fase: consistirá na execução das provas na Grande Final, que, este ano, irá ser disputada no stand do Jornal das Oficinas, na 8.ª edição do Salão MECÂNICA, no Parque das Nações, em Lisboa. Com esta mudança de local para a realização da Grande Final, o concurso ganhará nova visibilidade e maior dinâmica, pois estarão envolvidas mais entidades e várias ações paralelas, que incluirão um workshop sobre novos modelos de gestão oficinal.

O concurso está aberto a todas as oficinas independentes e de marca a operar em Portugal Continental e Ilhas. As inscrições e respostas ao questionário terão de ser efetuadas entre os meses de abril e agosto. A avaliação das oficinas melhor classificadas será feita nos meses de setembro e outubro. A Grande Final realizar-se-á nos dias 23 e 24 de novembro, no stand que o Jornal das Oficinas terá instalado no Salão MECÂNICA, em Lisboa. Serão oferecidos diplomas de participação a todas as equipas e entregues troféus aos primeiros classificados. As marcas patrocinadoras do Challenge Oficinas irão, também, oferecer prémios a todos os participantes. A filosofia deste concurso é que cada oficina tome consciência daquilo que vale em termos de recursos humanos e enquanto organização. No fundo, fazer-se uma autoavaliação, ao mesmo tempo que se entra numa competição lúdica. Desta forma, entusiasmam-se os colaboradores para um desafio onde as oficinas têm todo um caminho para evoluir. Este concurso está aberto a todas elas, sem exceção, independentes e de marca.  ✱

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DESTAQUE 08

Marketing digital

Existência virtual, mas muito real... › O marketing digital é uma ferramenta que permite às empresas ter uma existência virtual, mas crucial para comunicar com o mundo. Para Hélder Pinto, da Digital Sapienz, o setor oficinal está atento a esta realidade

Por: Jorge Flores

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“constante aceleração do ritmo de vida”, lhe permite chegar à conclusão de que a “tendência passa por procurar soluções online: no dia, hora, canal e local que for mais conveniente para o consumidor”, garante Hélder Pinto. Por outro lado, “o digital veio introduzir uma nova dinâmica, possibilitando às PME ombrearem com empresas de maior dimensão, porque, no campo digital, é o nível de competência que dita o sucesso. Com montantes reduzidos de investimento, é possível gerar resultados muito interessantes em pouco tempo”, acrescenta.

No mundo dos negócios (e não só), a realidade está a tornar-se, cada vez mais, em matéria virtual. Não há empresa que, atualmente, nos “tempos que voam”, consiga ter uma existência de sucesso se não estiver ciente das regras do jogo e da importância do marketing digital para o desenvolvimento da sua atividade. De acordo com a revista Briefing, citando um estudo da Interactive Advertising Bureau (IAB), “o investimento em publicidade digital tem tido um crescimento imparável”. Um aumento, em termos de valores investidos pelos marketeers, correspondente, todos os anos, em média, a perto de 20%. Mas qual o papel do marketing digital na vida das empresas? Que benefícios lhes assegura? “O marketing digital é cada vez mais importante, acima de tudo, porque permite dar resposta ao comportamento de compra, que é

n  DEFINIR CANAIS O marketing digital é uma ferramenta em crescimento. “Acredito que a pai-

cada vez mais digital”, começa por explicar Hélder Pinto, da Digital Sapienz, agência “boutique”, especializada em projetos 360° e em vincar a existência online das empresas. Para si, a sociedade, de um modo geral, “está cada vez mais hiperconectada”, facto que, associado à

sagem digital, em Portugal, vá mudar bastante nos próximos anos, devido ao elevado número de empresas que começam a despertar para esta realidade. Alguns casos, por iniciativa própria e, outros, por perda de quota de mercado para concorrentes que usam

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O marketing digital ganha, cada vez mais, expressão nas empresas, visto que permite dar respostas a um comportamento de compras, também ele, tendencialmente mais digital

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DESTAQUE Marketing digital

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o Marketing Digital para alavancar o negócio”, adianta Hélder Pinto, para quem o “investimento em marketing digital é uma aposta segura e uma inevitabilidade para qualquer empresa”. Sem mais. “Quanto mais tarde iniciarem esta jornada, maior será o investimento necessário para conseguirem uma presença digital relevante”, sublinha a mesma fonte ao Jornal das Oficinas. Para o responsável da Digital Sapienz, é fundamental as empresas “definirem uma estratégia de marketing digital, para

Hélder Pinto, da Digital Sapienz, acredita que as empresas que iniciarem tarde esta jornada digital poderão perder terreno importante face à concorrência mais atualizada

que possam investir os seus recursos com o menor risco possível”. Por outras palavras: “Recomendo que procurem um consultor de marketing digital experiente ou uma agência de marketing, para que ajude a empresa a definir os canais a trabalhar e o orçamento necessário”.

Investimento seguro

Vantagens da publicidade online

n  ILITERACIA DIGITAL Na opinião de Hélder Pinto, as empresas continuam a cometer muitos erros na forma de trabalhar esta área virtual. “Existem alguns aspetos que são recorrentes mas, de uma forma geral, diria que a falta de perceção sobre o marketing digital é o maior problema com que nos deparamos em Portugal. O elevado nível de iliteracia digital faz com que alguns empresários tenham dificuldade em perceber o valor que Fevereiro I 2018

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De acordo com a Digital Sapienz, o investimento das empresas em publicidade online é terreno fértil para o negócio, esclarecendo, no entanto, que não defende a opção pelo tráfego pago em detrimento do orgânico, mas, antes, a conciliação estratégica entre os dois canais. São várias os motivos para uma empresa investir neste canal, conforme explica a agência. Desde logo, pela segmentação. Com as campanhas patrocinadas, as empresas podem alcançar até milhares de pessoas. E não se trata de um alcance indiscriminado. A mensagem chegará apenas aos potenciais clientes. Se esta tiver definido a sua buyer persona, os Facebook Ads serão uma excelente opção. Se, por outro lado, a empresa não consegue definir o seu potencial cliente, enquanto perfil de uma pessoa, deverá definir os termos de pesquisa associados aos seus produtos/serviços, utilizando o Google Adwords (rede de pesquisa) para o efeito. A capacidade de alcance é outro dos benefícios. A publicidade online permite às empresas chegarem a milhares de pessoas, em qualquer lugar do mundo. Será ainda de ter em consideração o remarketing. “Provavelmente, já terá reparado que após visitar certas lojas ou web-

sites, fica com a sensação que os produtos que viu andam atrás de si pela Internet fora”, ilustra o estudo da Digital Sapienz. Significa isto que o remarketing será das estratégias de publicidade online que mais conversões gera, criando o top-of-mind no consumidor perfeito. Mais importante ainda é o acesso aos dados analíticos em tempo real. A quantidade de informação e conhecimento subtraída das campanhas patrocinadas é enorme. Assim sendo, as empresas poderão aceder a métricas, como o custo por conversão, o número de cliques, o alcance, o número de vezes que os anúncios foram mostrados e ainda qual o dispositivo com maior sucesso. Além disso, a publicidade online permite obter resultados a curto prazo e não obriga a investimentos avolumados. Comparativamente com os canais de marketing tradicionais, o investimento necessário para avançar com campanhas patrocinadas é baixo. Da parte da Digital Sapienz, a recomendação é a de um plafond mensal entre €250 a €300, sendo que os resultados, como seria lógico, estão “proporcionalmente relacionados” com o próprio investimento direto realizado pela empresa.  ✱

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esta área pode gerar para o negócio e, por essa razão, não se sentem confortáveis em investir. É fundamental que os empresários se informem sobre os princípios básicos dos diferentes canais de marketing digital”, sustenta o mesmo

possam melhorar a sua perceção sobre o digital e colocarem as suas dúvidas e anseios. Com esta formação, o nível de compromisso aumenta e é uma forma de nivelar expectativas”, explica ainda Hélder Pinto.

lhar com o setor automóvel (aftermarket incluído). De uma forma geral, os empresários do setor reconhecem que precisam de ajuda para implementarem uma estratégia digital e, como tal, ficam bastante recetivos quando reconhecem

n  OFICINAS ATENTAS Mas será que o setor oficinal tem as contas em dia nesta matéria? “Sim, para mim foi uma enorme surpresa quando, há cerca de dois anos, comecei a traba-

que a pessoa que têm pela frente já conseguiu ajudar outras empresas, como a sua. Este é o melhor momento para investirem em marketing digital”, garante. Porquê? “Atualmente, a quantidade de empresas que compete neste espaço é

Os empresários do setor oficinal, de um modo geral, estão cientes da importância desta ferramenta para a sua atividade. Muitos recorrem a parceiros especializados para desenvolvê-la

responsável ao Jornal Oficinas. Existem formas de tornar esta ferramenta mais eficaz. “Quando inicio uma consultadoria em Marketing Digital, procuro realizar uma formação com o corpo de gestão da empresa, para que

ainda muito reduzida, o que encurta o tempo necessário para gerar resultados. Por outro lado, nunca, como agora, as pessoas pesquisaram serviços oficiais”. E exemplifica: “Para ilustrar o que refiro, vou dar dois exemplos. A palavra chave, ‘oficina Porto’ tem cerca de 590 pesquisas mensais no Google, enquanto a palavra ‘oficinas motos Lisboa’ tem cerca de 480 pesquisas mensais. Não tenho dúvidas que existem players de mercado, como Norauto, Feu Vert e Midas, com apostas fortes no digital e que este canal é das principais fontes de atração de novos clientes”. Trabalhar bem esta ferramenta traz benefícios evidentes. “No digital, é possível alcançar resultados expressivos com montantes de investimento relativamente reduzidos. Em muito pouco tempo, conseguimos gerar resultados que permitem ter uma ideia do potencial instalado. Diria ainda que a elevada capacidade de segmentação e mensurabilidade, são fatores críticos de sucesso”, afirma. A Digital Sapienz, de resto, tem desenvolvido um trabalho consolidado junto da empresa Domingos & Morgado. “Fomos apresentados por um parceiro comum, a Asserbiz – empresa especializada em tecnologia para eventos, com quem colaborávamos no campo do marketing digital. Na altura, a Do-

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Tendência de futuro

Consumo de vídeos aumenta Não há margem para dúvidas. O consumo de vídeos tem aumentado todos os anos e continua a ser uma das grandes tendências de marketing digital. Contas feitas apenas ao YouTube, o segundo maior motor de busca do mundo, são perto de um bilião de visitantes únicos por mês. Mais: todos os anos regista um aumento de 100% em consumo de vídeo mobile. Segundo a Cisco, em 2017, o vídeo terá sido responsável por 69% de tráfego de Internet entre os consumidores. No fundo, todos os estudos apontam para uma trajetória ascendente da produção de conteúdos em vídeo, sendo esta uma forma eficaz de envolver os clientes atuais das empresas. A Digital Sapienz explica que o marketing digital assenta em dois grandes pilares: atração e conversão. “Todos temos um bocadinho de preguiça e quando somos fisgados por um título atraente, não há nada pior do que aterrar numa página com texto, texto e mais texto. Com o elevado ritmo de vida atual, a forma como gastamos o nosso tempo é, cada vez mais, criteriosa. Com certeza já deu por si a procurar um determinado termo. Por exemplo: como fazer rabanadas no Google e preferiu clicar no vídeo do que nos links mostrados”, explicam os responsáveis da agência. Outro exemplo da importância dos vídeos? São processados pelo nosso cérebro até 60.000 vezes mais rápido do que o texto, permitindo entregar muita informação em pouco tempo e de forma envolvente. Mas não só. Potencia o aumento do nível de conversão (vendas). De acordo com a Unbounce, incluir um vídeo numa landing page pode aumentar o rácio de conversão até 80%, além do tempo de permanência no site, do engagement e das partilhas em redes sociais, ao mesmo tempo que humaniza a imagem da marca e melhora o posicionamento mobile da mesma. Segundo o Relatório de Mobilidade da Ericsson, até 2020, o consumo de vídeo mobile representará 50% de todo o vídeo consumido.  ✱

Email marketing em números

69% 40

vezes é quanto o email marketing consegue ser mais efetivo na aquisição de clientes face às redes sociais

81%

dos marketeers consideram a automação de marketing como a melhor ferramenta de aquisição de novos clientes e 50% consideram a melhor ferramenta para retenção de clientes

95%

das pessoas que subscreveram uma lista de uma marca reconhecida, consideram os seus emails úteis

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n  EMAIL MARKETING Ao contrário do que muitos responsáveis de empresas consideram, o designado email marketing está muito longe de estar morto. O avanço das tecnologias como forma de divulgação dos produtos e serviços é evidente, mas isso não torna, necessariamente, obsoleta esta ferramenta. Segundo um estudo revelado pela Digital Sapienz, esta forma de comunicação não deve funcionar em massa, mas, antes, focar-se nas vantagens do “um para um”. Basta ver que, em média, um profissional consulta o seu email 74 vezes por dia. Tal não significa que grande parte das empresas

dos utilizadores de smartphones afirma que a leitura de email é a atividade que fazem com mais regularidade no seu equipamento

54% 61%

de todos os emails são abertos em dispositivos móveis

mingos & Morgado estava a dar os primeiros passos nesta área e procurava ajuda para implementar uma estratégia adequada aos seus objetivos. Existiu, de imediato, uma grande empatia entre as partes e, hoje, tenho a sorte de colaborar com a Domingos & Morgado enquanto parceiro de negócio e de poder contar com a sua confiança e amizade”, sublinha Hélder Pinto.

dos consumidores deseja receber, semanalmente, campanhas promocionais. 28% prefere recebê-las ainda com maior frequência

não esteja satisfeita com os resultados obtidos pelo email marketing. Mas tal poderá explicar-se pela ausência de estratégia e de conteúdos relevantes. “Ao contrário do que se possa pensar, o email marketing não morreu. Muito pelo contrário, está vivo e recomenda-

-se! Existem vários estudos que indicam que este canal é o que mais retorno traz sobre o investimento. Por exemplo, no Reino Unido, por cada libra investida, o retorno obtido é de 38 libras, o que é, absolutamente, fantástico. Continua a ser das melhores formas de comunicar com

O regulamento da proteção de dados, que entrará em vigor a 28 de maio de 2018, tem aplicabilidade direta em todos os países da União Europeia e é válido para todas as empresas e para todos os cidadãos que neles operem os clientes, porque todo o processo se baseia em permissão, ou seja, o cliente autoriza ser contactado previamente”, adianta Hélder Pinto, que acredita que esta será uma das tendências do marketing digital. “É, também, o canal ideal para fazer nutrição de leads, que consiste em capturar contactos numa fase inicial da sua jornada de compra e através da entrega do conteúdo certo, via email marketing, convencer o consumidor de que a empresa é a melhor solução para o seu problema”, sustenta o responsável. Refira-se, a propósito, que o email marketing é supervisionado pela Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) e que se torna necessário ter autorização expressa dos contactos da base de dados (salvo algumas exceções) para proceder ao envio de campanhas.  ✱

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CitNOW

Ver para crer › Presente no nosso país há um ano, a CitNOW (lê-se “see it now”) é uma empresa pioneira no desenvolvimento de tecnologia de vídeo para o setor automóvel. O Jornal das Oficinas esteve à conversa com Hugo Morgado, country manager para Portugal, que nos explicou a importância desta evoluída ferramenta para o pós-venda nacional Por: Bruno Castanheira

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CitNOW foi criada em 2006, no Reino Unido, tendo nascido durante uma “conversa de corredor” com o diretor de marketing da Honda UK, que mostrou interesse em explorar a oportunidade de os seus clientes terem a possibilidade de ver automóveis sem serem obrigados a deslocar-se fisicamente ao showroom. Tendo em conta este desejo e esta oportunidade, faltava, na prática, encontrar uma solução para uma realidade evidente: a visita cada vez menos frequente dos consumidores aos stands.

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De acordo com Hugo Morgado, country manager para Portugal, “foi neste contexto que a CitNOW decidiu desenvolver uma solução tecnológica inovadora para o setor automóvel, que permite comunicar com os clientes, onde quer que estes se encontrem, através de vídeo”. Segundo o responsável, “a rápida evolução tecnológica e a disseminação de smartphones criaram o habitat ideal para o crescimento desta ideia de negócio. 11 anos depois, a CitNOW ultrapassou a meta dos 17 milhões de vídeos na sua plataforma – que é utilizada para

gravar mais de 35 mil vídeos por dia –, está presente em mais de 40 países e disponível em 22 idiomas”. n   PROCESSO DE EXPANSÃO A CitNOW chegou a Portugal no início de 2017, como parte do processo de expansão europeia e global da empresa. E, ainda, como forma de acompanhar os programas centrais de algumas marcas que começaram a chegar aos concessionários portugueses. “Percebemos, rapidamente, o fit estratégico existente entre a nossa ferramenta e os

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clientes em Portugal, um público muito tecnológico e disposto a utilizar este tipo de tecnologia em todos os processos relacionados com o automóvel, desde o momento da escolha e compra até todo o processo de manutenção”, explica Hugo Morgado. A CitNOW assume-se como uma plataforma de comunicação que leva a experiência do concessionário ao cliente, através do uso de smart videos. A partir das apps CitNOW, é possível criar e partilhar um vídeo numa questão de minutos, aumentando a proximidade com o cliente e, consequentemente, a sua satisfação. O country manager para Portugal dá conta que “a personalização da comunicação – one-to-one –, a segurança e proteção de dados e o registo e mensurabilidade das atividades, são

algumas das nossas mais-valias, assim como a eficiência (o cliente está à distância de dois ou três cliques e de um minuto) e a integração e adaptação da tecnologia em cada marca. Podemos afirmar, contudo, que a fácil utilização é a pedra angular da tecnologia”. Em Portugal, a CitNOW trabalha com BMW e Mini no segmento de vendas (que foram as primeiras marcas a incorporar a tecnologia da empresa no nosso país), às quais se juntam Ford, Mercedes-Benz e smart, Citroën, Peugeot e Volvo (todas na área do pós-venda). A CitNOW colabora, ainda, com outros concessionários que representam múltiplas marcas, como LeasePlan Usados, CarPlus ou Nacionalcar. “Estamos, neste momento, em fase de negociação e planeamento com outras, prevendo-se que, a curto prazo, o portefólio de marcas com as quais colaboramos aumente significativamente”, revela Hugo Morgado ao Jornal das Oficinas.

n   RELAÇÕES DE CONFIANÇA Transparência e confiança são, na opinião do nosso interlocutor, as palavras-chave que melhor definem o potencial dos smart videos CitNOW e são, simultaneamente, os requisitos essenciais no que diz respeito à compra e manutenção de um veículo. “Um automóvel é, possivelmente, o segundo maior investimento realizado na nossa vida e, por isso, os consumidores querem sentir-se seguros com as suas escolhas, não só no momento da compra, mas ao longo de toda a vida útil do veículo”, refere o country manager da CitNOW para Portugal. Que acrescenta que “o vídeo, formato que complementa os benefícios da familiaridade com o efeito wow, tem a capacidade de transmitir a segurança que o cliente necessita, permitindo construir e solidificar

Hugo Morgado, country manager da CitNOW em Portugal, não tem dúvidas que a tendência da digitalização do setor automóvel veio para ficar. E afirma que a CitNOW não só representa esta revolução digital, como está atenta e preparada para acompanhar as mudanças

relações de confiança entre a marca e o consumidor. Por acrescentar valor a cada uma das etapas do processo de compra, o vídeo tem a capacidade de impactar, de forma muito positiva, a gestão da relação com o cliente: chamamos-lhe Video Relationship Management (VRM)”. A tendência da digitalização no setor automóvel veio para ficar. Hugo Morgado não tem dúvidas e afirma que a CitNOW não só representa esta revolução digital, como está atenta e preparada para acompanhar as mudanças que se avizinham. “Para tal, trabalhamos, diariamente, nas atualizações das apps e das funcionalidades da tecnologia, de modo a responder sempre às necessidades mutáveis dos nossos clientes”. A título de exemplo, o responsável refere que a empresa está, neste momento, a lançar “uma solução

de vídeo. Após uma visita ou pedido de informação, os consultores de venda passam a enviar um vídeo pormenorizado aos clientes, gravado em poucos minutos e com toda a informação. Também nas alturas de revisão em oficina, o técnico consegue gravar um vídeo, em que faz um apanhado geral das necessidades de intervenção, partilhando, de seguida e em escassos minutos, esse relatório com o proprietário do veículo. Mais do que o fator comodidade, uma vez que o cliente tem acesso a um relatório de vídeo no seu computador, tablet ou smartphone, a aplicação CitNOW promove uma transparência total. Destaca-se, aqui, o facto de o potencial comprador ou proprietário conseguir visualizar a condição do veículo, percebendo o estado geral, as revisões que

web que permite aos concessionários, de uma forma integrada, partilhar imagens e vídeos dos veículos em stock nos seus sites de usados, sempre com simplicidade e adequação aos processos que são a base da CitNOW”. A concluir, Hugo Morgado reforçou a importância deste suporte: “Não tenho dúvidas que o futuro da relação das marcas com os seus clientes passará pela maximização do potencial do vídeo”.

são, efetivamente, necessárias realizar e dando-lhe o poder de, à distância, mas com uma imagem real, decidir com mais segurança. Não admira, pois, que mais de 35 marcas do setor automóvel já utilizem tecnologia da CitNOW.  ✱

n   TRANSPARÊNCIA TOTAL A CitNOW (lê-se “see it now”) é uma empresa pioneira no desenvolvimento de tecnologia de vídeo para o setor automóvel, disponibilizando os seus serviços a um conjunto alargado de marcas e concessionários presentes no mercado nacional. A tecnologia da CitNOW, que detém a liderança de mercado nesta área, facilita o acesso do cliente às informações relativas às vendas e aos procedimentos de pós-venda, através

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FORMAÇÃO 16

Como, onde e porque motivo é ela necessária?

Profissionais de topo

› Para que uma oficina atinja o sucesso, é necessário que um grande número de fatores confluam numa sinergia positiva. No entanto, um há que tem uma importância capital. Referimo-nos, como não podia deixar de ser, ao fator humano

ontar com os melhores profissionais é indispensável para proporcionar um bom serviço aos clientes e manter a reputação. Apenas um profissional preparado saberá enfrentar qualquer tipo de reparação, como atuar perante situações imprevistas ou o que fazer para solucionar problemas urgentes. Mas o que é ser trabalhador ideal de uma oficina? Basicamente, deve ser um Fevereiro I 2018

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profissional que tenha a atitude, aptidões e conhecimentos (tanto teóricos como práticos) necessários para desempenhar o seu trabalho com garantias. E, para isso, é básico contar com a formação adequada. Apenas um profissional preparado saberá enfrentar qualquer tipo de reparação, como atuar perante situações imprevistas ou o que fazer para solucionar problemas urgentes. n  FORMAÇÃO PROFISSIONAL IMPRESCINDÍVEL NA OFICINA Os fabricantes procuram implementar novas tecnologias e soluções nos seus veículos que os destaquem da concorrência e lhes confiram uma vantagem

competitiva. Nesta conjuntura, é indispensável que os profissionais das oficinas evoluam e desenvolvam os seus conhecimentos teóricos e práticos, para poderem estar preparados para as inovações que chegam ao setor. Por isso, a necessidade de formar os profissionais de oficina ganha, cada vez mais, importância. É indispensável que os profissionais das oficinas evoluam e desenvolvam os seus conhecimentos teóricos e práticos, para poderem estar preparados para as inovações que chegam ao setor. n  O QUE ESTUDAR PARA TRABALHAR NUMA OFICINA? Neste capítulo, abordamos a dúvida

com que se deparam muitos entusiastas dos automóveis, por não saberem que formação escolher face à dificuldade em encontrar uma oferta formativa adequada para trabalhar numa oficina de automóveis. Existem diferentes possibilidades de formação para profissionais de oficina. Em primeiro lugar, destacamos a opção de realizar um curso de Formação Profissional. Estes cursos costumam oferecer conteúdos específicos e práticos. Com eles, aprender-se-á a desenvolver todo o tipo de tarefas dentro da oficina. Dentro dos cursos de formação profissional encontramos, por um lado, cursos de mecatrónica automóvel e pintura, que permitem inscrição a partir dos 15

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anos. Por outro, cursos de nível superior, nas universidades e politécnicos. Os ciclos costumam ter uma duração de 2.000 horas, incluem a realização de estágios e estão divididos em dois módulos de estudo. Outra possibilidade é realizar cursos de duração reduzida e com um objetivo ainda mais concreto. Podemos encontrar vários cursos de mecânica ou relacionados com a manutenção de veículos, tanto em entidades privadas como em organismos públicos. Quer presenciais como online. Se nos focarmos em cursos superiores, há Politécnicos que implementaram cursos específicos para os profissionais de oficina. No caso do Instituto Politécnico de Leiria (IPL), conta com um curso de Engenharia Mecânica, pioneiro em Portugal. Trata-se de um curso superior de quatro anos que permite, também, a realização de estágios em empresas externas e que abrange tudo o que está relacionado com montagem, alteração, reparação, funcionamento e manutenção de todo o tipo de equipamentos e instalações mecânicas. Outros cursos que podem expandir competências para trabalhar no âmbito do setor automóvel são a Engenharia Aeroespacial (sobretudo no que se refere a motores e físicas), o curso em Tecnologias Industriais (anteriormente Engenharia Industrial) ou Design Industrial, mais focado na parte “artística” do que na mecânica. n  A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTÍNUA O profissional de oficina deve estar em constante formação para se conseguir adaptar a novos rumos que a indústria possa tomar ou fazer frente a mudanças

mentas inovadoras relacionadas com a gestão da oficina e a adaptação dos trabalhadores aos novos processos e à utilização de sistemas informáticos. - Facilitando a adaptação de profissionais que, pela sua idade ou formação, estão menos familiarizados com as novas tecnologias no que respeita a mecânica ou eletrónica de veículos ou no que respeita aos procedimentos da empresa. n  FORMAÇÃO FORA DA OFICINA O ideal é que um profissional mostre paixão pelo seu trabalho e vontade de continuar a aprender. Existem diferentes opções para realizar formação contínua fora da oficina: CURSOS: Já nos referimos a eles como formação de base, mas, também, nos permitem prosseguir com a nossa especialização em algum ramo da mecânica. Uma das principais vantagens dos cursos é que alguns podem ser realizados

que ocorram na organização. A própria oficina deve fomentar as iniciativas necessárias para que os seus profissionais estejam preparados. Por seu lado, os trabalhadores devem envolver-se nas ditas iniciativas e tirar proveito profissional das mesmas. n  FORMAÇÃO DENTRO DA OFICINA Por um lado, a oficina deve proporcionar aos profissionais as ferramentas necessárias para estes aprenderem tudo o que está relacionado com o funcionamento e com a manutenção de maquinaria e equipamentos. Por exemplo, através da realização de cursos internos. - Promovendo a utilização de ferra-

A oficina deve fomentar as iniciativas necessárias para que os seus profissionais estejam preparados para as tarefas

à distância (online) ou de forma semipresencial, pelo que podem ser conciliados com o trabalho na oficina. WEBINARS: Dentro da formação online,também é necessário fazer referência aos Webinars. Trata-se de seminários online em direto que podemos assistir a partir do conforto da nossa casa ou no trabalho. Existem diversas páginas web que ministram estes seminários. MOOC: É a abreviatura de “Massive Online Open Courses” (em inglês, cursos abertos online para todo o mundo). São realizados por instituições que oferecem cursos gratuitos de diversos âmbitos, partilhados por universidades de todo o planeta e acessíveis a todos. FORMAÇÃO AUTODIDATA: Existem muitas outras maneiras de continuar com a nossa formação que não implicam a frequência de cursos formais. Neste caso, esta formação está relacionada com a nossa própria atitude e com o interesse que mostramos relativamente à profissão: www.jornaldasoficinas.com

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FORMAÇÃO Como, onde e porque motivo é ela necessária?

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l  Visitar oficinas ou profissionais muito reputados; l  Estar a par das novidades do setor; l  Ler manuais técnicos de veículos; l  Ler livros relacionados com mecânica ou gestão de oficinas; l  Realizar projetos por conta própria (externos à oficina); l  Assistir a seminários, concentrações de automóveis, demonstrações e salões automóveis para estarmos atualizados sobre o setor e interagirmos com outros profissionais que tenham experiências com as quais possamos aprender; l  Visitar páginas web e blogs do setor, interagir em fóruns ou nas redes sociais.

n  AGORA, UM CONSELHO A Internet está repleta de vídeos tutoriais, páginas web e fóruns de “especialistas” em mecânica. A rede pode ser uma grande fonte de conhecimento e formação autodidata, mas é preciso saber onde procurar. O recomendável é procurar sempre fontes fiáveis e com reputação comprovada, páginas web de marcas oficiais, regulamentações técnicas e tutoriais de mecânicos profissionais. n  FORMAÇÃO COMPLEMENTAR PARA O PROFISSIONAL DE OFICINA Para ser o melhor da oficina, não basta ter formação no âmbito da mecânica ou reparações/modificações de carroçaria. Também os conhecimentos têm de ser mais amplos e transversais a todos os processos da oficina. Em primeiro lugar, no que respeita a Fevereiro I 2018

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segurança. É obrigação do centro formador ou da própria oficina proporcionar ao profissional uma formação contínua no âmbito da prevenção de riscos laborais (sinalização de perigos, atuação em caso de incêndios, utilização de maquinaria perigosa) e disponibilizar-lhe as ferramentas necessárias para cumprir a regulamentação. Mas é obrigação do trabalhador aprender a dita regulamentação e cumprir a mesma, bem como assinalar possíveis falhas operacionais. Isto também se aplica às normas de higiene que devem ser seguidas pelo profissional de oficina, bem como a tudo o que se refere à utilização, manutenção e armazenamento de equipamentos. Também é fundamental que o profissional conheça a regulamentação relativa às obrigações ambientais da oficina, que inclui tudo o que se refere ao tratamento e armazenamento de resíduos perigosos e não perigosos. Por último, convém destacar que, atualmente, a tecnologia, a Internet, o marketing e as redes sociais são fatores vitais para o desenvolvimento de qualquer negócio. E uma oficina não é exceção. As oficinas ou lojas de peças de substituição de maior envergadura contam com profissionais específicos nas áreas de marketing ou comunicação. No entanto, na maioria das oficinas do nosso país, o profissional costuma ser mecânico, vendedor e relações públicas. Uma espécie de one man show. Neste caso, para tirar partido da Internet e das redes sociais, não é necessário ter formação

“formal”. Basta ter conhecimentos básicos sobre estas ferramentas.

Na maioria das oficinas do nosso país, o profissional costuma ser mecânico, vendedor e relações públicas. Uma espécie de one man show

n  OUTROS CONSELHOS PARA SER UM PROFISSIONAL DE “TOPO” NA OFICINA Para além de toda a formação referida anteriormente, há vários conselhos que nos podem ajudar a aumentar os nossos conhecimentos e contribuir para o nosso desenvolvimento enquanto profissionais de oficina. Aqui deixamos alguns, que nunca é demais lembrar:   Aprender a partir do mais básico, contar com uma base sólida para, a partir daí, ir crescendo enquanto profissional; l  Rodear-se com os melhores, ouvir os seus conselhos, observar a sua forma de trabalhar; l  Nunca desvalorizar o valor e a experiência dos mais veteranos; l  Sermos ambiciosos. Não nos conformarmos com qualquer tipo de trabalho. Por exemplo, trabalhos rotineiros de manutenção do automóvel; l  Admitir as nossas lacunas de conhecimento e tratar de colmatá-las. Reconhecer os erros e aprender com eles; l  Mostrar interesse em tudo o que estiver relacionado com o funcionamento da oficina: gestão, manutenção, funcionamento da maquinaria e equipamentos; l  Ser proativo, estar sempre disposto a ajudar e a aprender. Propor melhorias e soluções ou comunicar possíveis falhas. Envolver-se no desenvolvimento da oficina.  ✱ l

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CONHECER 20

O J2534 e a Programação Pass-Thru

Mais próximo do fabricante › O J2534, também conhecido como Pass-Thru, assegura que as oficinas de reparação independentes possam trabalhar em automóveis modernos e, quando necessário, ter acesso à informação técnica dos fabricantes de veículos para reprogramação da UCE, ou seja, da Unidade de Controlo Eletrónico

A

norma Euro 5 obriga os fabricantes de veículos (OEM) a proporcionarem informação técnica sobre reparações e manutenções nos seus portais online. De igual modo, devem disponibilizar a reprogramação de Unidades de Controlo Eletrónico (UCE). Esta informação poderá ser acedida, não só por distribuidores autorizados, mas, também, por oficinas independentes. A norma Euro 5 aplica-se a todos os modelos homologados na Europa desde setembro de 2009. As oficinas poderão realizar todos os serviços e reparações de todas as marcas de automóveis, desde a mais simples mudança de óleo à leitura de códigos de avaria, bem como a configuração e reprogramação das UCE. Nesse sentido, surge a Pass Thru, uma interface de ligação entre o portal do fabricante e o veículo, que permite a realização de programações sem que seja necessário dispor de um equipamento de diagnóstico do fabricante. n  REPROGRAMAÇÃO DE UCE Os procedimentos para a reprogramação das UCE encontram-se estabelecidos nas normas J2534 e ISO22900. Os fabriFevereiro I 2018

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cantes de equipamentos de diagnóstico, como Hella, Texa, Bosch, entre outros, já lançaram as suas Pass Thru compatíveis com estas normas. Nesse sentido, a norma Euro 5 quer dar às oficinas a possibilidade de terem uma interface de comunicação (VCI) com o veículo única, que possa ser utilizada pelos diferentes pacotes de software dos construtores de automóveis para comunicar e reprogramar as unidades dos veículos. Deste modo, além dos construtores de veículos, os fabricantes de equipamentos têm a possibilidade de fornecer esta interface de comunicação. A reprogramação de uma unidade de controlo eletrónico UCE, em conformidade com a norma Euro 5, requer um computador, o software do respetivo fabricante do veículo, a interface Pass Thru e uma interface de comunicação com o veículo através da ficha OBD. Basicamente, o primeiro passo para a programação é transferir a interface Pass Thru para um computador. Em seguida, transferir a aplicação específica do fabricante do veículo a partir do respetivo portal online e instalá-la no computador. Em ambos os casos, é necessário seguir as instruções específicas de transferência e

instalação proporcionadas por cada um destes fabricantes. A oficina tem, assim, a oportunidade de realizar mais reparações sem a necessidade de depender de terceiros, obtendo uma redução nos tempos e uma poupança económica. A utilização de portais OEM de países externos à Europa não é viável ou não é permitida pela maioria dos fabricantes. Estes portais impossibilitam o início de sessão e impedem o registo por parte dos utilizadores. Uma vez instaladas as transferências, é possível estabelecer a ligação entre o portal do fabricante e o computador. E, por sua vez, através da Pass Thru, por meio da VCI e da ligação OBD, transferir para o veículo os dados pertinentes. Esta ação será realizada quando for necessário efetuar uma atualização de uma ou mais UCE ou em caso de funcionamento incorreto das mesmas. n  FUNCIONAMENTO DO SOFTWARE O primeiro obstáculo com o qual se depara a oficina é o desconhecimento do funcionamento do software posto à sua disposição por parte do fabricante de veículos. O funcionário deverá ter as competências necessárias para distinguir

as funções requeridas para realizar a reparação, já que, por vezes, não são suficientemente evidentes. Adicionalmente, é recomendável aceder sempre às páginas web dos fabricantes de veículos com vista a assegurar a receção das últimas notificações, uma vez que os pacotes de software vão mudando ao longo do tempo. Por outro lado, um fator a ter em conta são os requisitos do computador para a interface Pass Thru. Regra geral, serão os seguintes: l  Ligação à Internet com cabo ou wi-fi estável; l  Sistema operativo não inferior a Windows 7; l  Desativação das firewalls ou dos servidores PROXY; l  Desativação do modo em repouso, suspensão, espera ou inativação de disco rígido; l Memória RAM superior ou igual a 2 GB; l  Um disco rígido com, no mínimo, 40 GB de capacidade; l  Portas com uma USB 2.0. De qualquer forma, é recomendável ler os requisitos do fabricante de veículos, uma vez que podem variar e ser incompatíveis com alguma versão do Windows. Não obstante, e para terminar, a oficina

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terá a oportunidade de realizar mais reparações sem necessidade de depender de terceiros, obtendo uma redução nos tempos e uma poupança económica. n  DIFERENTES TARIFAS DE ACESSO Os fabricantes de automóveis disponibilizam acesso à informação por horas, dias, semanas ou para todo o ano, sendo as tarifas diferentes para cada fabricante. O acesso é controlado pelo fabricante e este recebe o pagamento diretamente da oficina, visto que esta tem de efetuar um registo para aceder a determinadas unidades, como, por exemplo, as de segurança. Além do mais, por vezes, é solicitada a realização de cursos de formação como condição para realizar os trabalhos de programação.

acesso à informação. Esta taxa permite usufruir de uma consulta praticamente sem restrições durante o tempo de contratação. Contudo, se considerarmos a questão, para pequenas e médias empresas esta solução seria o equivalente à aquisição de um novo equipamento ou ferramenta, que, a longo prazo, seria amortizada com uma boa reparação e poupança de tempo, assegurando a conformidade do cliente e fidelizando-o. Uma característica a ter em conta é o idioma no qual a informação é disponibilizada para não sermos surpreendidos, já que nem todos os conteúdos estão disponíveis no idioma da nossa preferência. Como orientação (uma vez que os valores variam em função da marca), a maior parte dos fabricantes permite acessos por hora, dia, semana, mês ou ano. Com a seguinte média de preços: l  Acesso por hora: €5 a €15 l  Acesso diário: €10 a €80 l  Acesso semanal: €50 a €200 l  Acesso mensal: €150 a €500 l  Acesso anual: €1000 a €3000 n  PORQUE É A PADRONIZAÇÃO IMPORTANTE? As regulações forçam os fabricantes de equipamentos para automóveis a cumprir com dois tipos de normas: A SAE J2534 ou a ISO 22900. Quando os fabricantes declaram compatibilidade

O que é disponibilizado ao mecânico? REPROGRAMAÇÃO A regulação fornece a possibilidade de reprogramar as UCE de todos os veículos. Em muitos casos, esta função não é recomendada, mas sim obrigatória (por exemplo, a BMW verifica o SW das várias UCE e, caso seja necessário, obriga o utilizador a atualizá-las). A reprogramação também é possível em automóveis sem uma tomada para o sistema de autodiagnóstico, de acordo com o protocolo suportado (J2534-1 ou J2534-2). Os fabricantes disponibilizam o seu software específico e, portanto, a primeira dificuldade que o utilizador final encontra é perceber como é que o software do fabricante funciona. O utilizador tem de ser capaz de selecionar (funções de diagnóstico). E a seleção nem sempre é clara. DIAGNÓSTICO O Euro 5 não força o fornecimento de diagnósticos online, mesmo que alguns o façam. A maioria dos fabricantes dá a oportunidade de utilizar o seu software de duas maneiras. A primeira, só para reprogramar. A segunda, permite um diagnóstico completo. Por exemplo: reprogramação e diagnóstico - GM, Mercedes-Benz, Grupo VAG , Toyota/Lexus. Só reprogramação - Renault, Hyundai. Só diagnóstico - Volvo. Atenção: Os fabricantes de veículos atualizam, regularmente, o seu software e funções. Com o tempo, a informação pode mudar. Consulte sempre o website do fabricante para a informação mais recente. INFORMAÇÃO A informação respeitante à identificação do veículo, manuais técnicos de manutenção, informação e dados exigidos para diagnosticar um componente, diagramas elétricos, códigos de falha, calibrações de software e procedimentos relativos, bem como informação sobre ferramentas especiais de reparação e informação sobre a reprogramação J2534 ou ISO22900 CE, é, normalmente, disponibilizada (verifique o fabricante individual).

A oficina independente poderá realizar reprogramações visto que a regulamentação torna possível a atuação sobre a memória das unidades de controlo do veículo. Algumas marcas não recomendam a realização desta ação sobre as unidades. Pelo contrário, para outras é obrigatório. Por outro lado, num reduzido grupo de veículos, a reprogramação também pode ser realizada em viaturas sem ficha OBD, dependendo do protocolo disponível. Outro termo é o diagnóstico online, que não é obrigatório segundo a Euro 5, embora seja incluído por alguns OEM. Para aceder a informação mais específica, é necessário pagar uma taxa que varia conforme o fabricante e o tempo de

com estes padrões, os detalhes do padrão referido têm de ser especificados. O padrão quer fornecer às oficinas a possibilidade de ter apenas um ICV (Interface de Comunicação de Veículos), que pode ser utilizado pelos vários softwares dos fabricantes de veículos para comunicar/reprogramar as UCE dos veículos. Deste modo, podem ser comprados ICV de terceiros e não só os oficiais para o veículo do fabricante. O acesso é controlado pelo fabricante do veículo. É necessário adquirir autenticação e acreditação. E, em alguns casos, acesso a sistemas de segurança de níveis superiores. O fabricante fornece um custo calculado em diferentes maneiras: à hora,

REPROGRAMAR OU DIAGNOSTICAR A oficina adquire acreditação no website do fabricante. O mecânico instala, localmente, no seu computador, o software do fabricante. Normalmente, este software é descarregado a partir do website do fabricante, mas, às vezes, o CD ou DVD precisa de ser encomendado. O software do fabricante pode precisar de ser ativado por códigos específicos fornecidos pelo departamento de apoio do fabricante. A oficina paga para aceder aos serviços oferecidos pela SW, de acordo com o que precisa (dia, mês, sessão). Os custos de funcionamento variam de acordo com o fabricante de veículos de referência e vão desde €10 a €80 por dia a uma subscrição anual de €1.000 a €3.000. De modo geral, a oficina aceita uma exoneração ou responsabilidade por todas as operações que serão realizadas no automóvel. Normalmente, o fabricante rejeita este tipo de responsabilidade. Durante estas fases, o software do fabricante comunica com um servidor central através da Internet, portanto a ligação deve ser eficiente. De facto, o servidor do fabricante gere a informação de autenticação de acesso, verifica, em tempo real, a existência de qualquer atualização ao software do fabricante a ser instalada localmente, descarrega qualquer informação técnica que diga respeito à identificação do veículo, componentes, diagramas elétricos (de acordo com o que o fabricante disponibiliza) e descarrega, também, quaisquer mapas novos de reprogramação. A LIGAÇÃO À INTERNET É VITAL Durante esta fase, deve ter-se cuidado, porque existe interação direta com o veículo. Preste muita atenção ao utilizar os procedimentos do fabricante. Alguns pontos são particularmente importantes: O fornecimento de energia ao veículo deve ser constante (o alimentador eletrónico Power Assist deve ser utilizado). l  O sistema elétrico do veículo tem de ser eficiente; l  A ligação à Internet deve ser estável; l  As instruções fornecidas pelo software do fabricante devem ser seguidas passo a passo; l  Aceda ao website do fabricante para obter informações diferentes. Normalmente, há várias secções sobre o assunto. Por exemplo, a BMW oferece diagramas ou secções de boletins técnicos dedicados ao DTC. Isto também se aplica a outras marcas. O Grupo VAG dispõe de métodos diferentes de pagamento e acesso à informação ou métodos de diagnóstico separados.

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CONHECER O J2534 e a Programação Pass-Thru

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ao dia, à semana, ao mês, ao ano ou por sessão. Por vezes, é exigida a participação em cursos de formação, de modo a ser-se capaz de realizar as funções de reprogramação mais “sensível”. n  QUANDO TEM O PASS-THRU DE SER USADO? As funções Pass-Thru podem ser utilizadas sempre que o SW de uma ou mais UCE tiver de ser atualizado devido a um mau funcionamento. Sem utilizar o Pass-Thru, o mecânico é obrigado a pedir ao concessionário ou à oficina autorizada para intervir. Com o Pass-Thru, isto já não é necessário. NOTA: Para realizar a reprogramação ligada aos sistemas de segurança (por exemplo, imobilizador e/ou dispositivos antirroubo), o fornecedor do Pass-Thru está autorizado a solicitar a mecânicos independentes documentos especiais, tais como certificado de registo da empresa e certificado do registo criminal.

15 factos a reter sobre J2534 e Pass-Thru O QUE É O J2534 ?

J2534 é um padrão de interface desenhado pela SAE (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade) e exigido pela US EPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos da América) para a reprogramação de UCE. O seu objetivo é criar um API (Interface de Programação de Aplicações), que seria adotado por todos os fabricantes de veículos, dando ao pós-venda independente (IAM) a capacidade de reprogramar as UCE sem necessitar de uma ferramenta especial do concessionário. A legislação europeia e norte-americana exige que os fabricantes de veículos criem aplicações de diagnóstico e de reprogramação pala eles que sejam compatíveis com os dispositivos J2534. Agora, os automóveis modernos podem ser reprogramados usando o padrão J2534.

O QUE SIGNIFICA PASS-THRU (J2534-22900)?

As regulações Pass-Thru J2534 e ISO22900 definem os interfaces de reprogramação padrão das UCE (Unidades de Controlo Eletrónico), assim como para os componentes SW e HW exigidos pela legislação europeia a partir do Euro 5 para veículos ligeiros e a partir do Euro VI para veículos comerciais. De modo geral, os fabricantes são obrigados a fornecer a informação técnica para manutenção e reparação, que pode ser obtida com a tecnologia de sistema de autodiagnóstico.

O QUE É J2534-1 E J2534-2?

O SAE J2534 dispõe de duas partes: -1 e -2. l  O SAE J2534-1, define as funcionalidades para um dispositivo que realiza a reprogramação de uma UCE de emissão (e, também, se podia aplicar às UCE sem emissão). l  O SAE J2534-2, define as funcionalidades opcionais para um dispositivo que realiza a reprogramação de emissão UCE em outras UCE sem emissão. Também oferece uma maneira para que os OEM reprogramem todas as UCE nos seus veículos “usando o J2534”, ao lançar e publicar a informação de protocolo necessária sobre UCE sem emissão.

QUE VEÍCULOS SÃO AFETADOS?

n  O QUE É EXIGIDO PARA UTILIZAR ESTES SERVIÇOS? Um computador ou outro dispositivo ligado à Internet; um computador padrão, equipado com USB, serial, LAN e wi-fi. De modo geral, todos os fabricantes pedem hardware e requisitos de sistema operativo específicos. O nterface de Comunicação de Veículos (ICV) suporta J2534 (1 ou 2) ou J22900 (1, 2 ou 3), de acordo com as especificações técnicas declaradas. NOTA: O interface tem de ser do tipo aprovado pelo fabricante específico. Alguns fabricantes autorizam a utilização de interfaces não aprovados, mas, neste caso, não assumem responsabilidade pelas operações realizadas no veículo. O software específico deve ser descarregado a partir do website do fabricante ou dado pelo mesmo em formato CD/DVD. n  CONCLUSÕES A enorme complexidade dos sistemas integrados no automóvel exige do profissional conhecimentos de eletrónica e redes, mentalidade aberta e disposição para a aprendizagem diária, para formação e para atualização contínua de sabedoria. O conhecimento de idiomas também é um fator importante, visto que muitos materiais se encontram na língua original, fundamentalmente em inglês e, além do mais, técnico. Efetuar um diagnóstico acertado é a chave.  ✱ Fevereiro I 2018

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A regulação US EPA dita que os OEM de automóveis devem cumprir com a reprogramação SAE J2534 Pass-Thru, desde o ano de modelo 2004 em diante para a sua UCE com cadeia cinemática. Se um OEM não cumpre com o J2534 pelo ano de modelo 2004, pode pedir uma extensão adicional de um ano para cumprir o J2534. Adicionalmente, a especificação inclui uma provisão, que permite que os OEM utilizem o método de reprogramação J2534 em veículos do ano de modelo de 1996 até 2003, desde que os OEM disponibilizem ao pós-venda todo o hardware adicional necessário (como, por exemplo, cabos de ligação de veículos para a utilização com o dispositivo e/ou o seu pin). Se um OEM não consegue implementar retroativamente a solução de reprogramação J2534 Pass-Thru, com ou sem cabos especiais, têm de disponibilizar às empresas de equipamentos e ferramentas qualquer informação necessária para desenvolver equivalentes de pós-venda do seu hardware e software de reprogramação OEM específico.

POSSO REPROGRAMAR AS UCE DE TODOS OS VEÍCULOS?

A reprogramação J2534 Pass-Thru só é exigida para as CE baseadas em emissões (cadeia cinemática, motor, transmissão, controlador de aceleração) e é obrigatória em todos os veículos desde do ano de modelo 2004 em diante. O suporte adicional da reprogramação de CE de chassis e corpo, estarão dependentes das capacidades de cada software de aplicação de reprogramação de cada fabricante individual.

POSSO REPROGRAMAR QUALQUER UCE COM CADEIA CINEMÁTICA?

Cada OEM é obrigado a disponibilizar o seu software de Aplicação de Reprogramação de UCE nos seus próprios websites de informação de assistência. Se a reprogramação da UCE é realizada no concessionário, então é da responsabilidade de cada OEM em manter e atualizar o seu próprio website, bem como manter as atuais aplicações disponíveis para o descarregamento. Note que o OEM pode aplicar uma taxa.

ONDE ADQUIRIR AS CALIBRAÇÕES DE REPROGRAMAÇÃO DE UCE?

Cada OEM é obrigado a disponibilizar as suas calibrações de UCE nos seus próprios websites de informação de assistência. Se a reprogramação da UCE é realizada no concessionário, então é da responsabilidade de cada OEM em manter e atualizar o seu próprio website, assim como manter as atuais calibrações disponíveis para descarregamento. Note que o OEM pode aplicar uma taxa.

AS CALIBRAÇÕES DE DESCARREGAMENTO DA UCE SÃO GRÁTIS?

Normalmente, cada OEM cobra uma taxa para utilizar o seu website e/ou descarregar a calibração da UCE. Estas taxas variam de OEM para OEM.

A REPROGRAMAÇÃO DA UCE UTILIZA A MINHA FERRAMENTA DE ANÁLISE?

Um dispositivo de reprogramação da UCE compatível com a J2534 é considerado interface de veículo. Um dispositivo necessita de um computador com o Windows (no qual o software de aplicação de reprogramação opera), com uma entrada USB ou Ethernet e uma ligação à Internet (para obter software de aplicação de reprogramação e ficheiros de calibração).

IREI PRECISAR DA MINHA FERRAMENTA DE ANÁLISE?

Sim. Normalmente, o software de aplicação de reprogramação J2534 não incorpora as funções de ferramenta de análise de diagnóstico que têm de ser utilizadas para realizar as tarefas de pós-reprogramação (limpar o DTC ou reaprender procedimentos). Isto depende da marca e do modelo do veículo.

QUANTO TEMPO DEMORA UMA REPROGRAMAÇÃO DA UCE?

O tempo de reprogramação varia entre veículos, estando baseado na velocidade de comunicação do protocolo usado, no tamanho do ficheiro de calibração, no número total de ficheiros de calibração, no número de UCE a reprogramar e na ligação à Internet (o último está dependente do OEM). Em veículos mais recentes com protocolo CAN, pode demorar dois minutos, enquanto em veículos com CAN que disponham de muitos dados para descarregar, pode demorar mais de uma hora. Em veículos antigos sem CAN, pode demorar entre 15 a 60 minutos.

É NECESSÁRIA UMA LIGAÇÃO DE ALTA VELOCIDADE À INTERNET?

É altamente recomendado uma ligação de alta velocidade à Internet. Ser-lhe-á exigido que descarregue os ficheiros de calibração diretamente dos websites OEM. Portanto, descarregamentos curtos equacionam em tempos de reprogramação mais rápidos. Frequente em marcas de automóveis europeias, em alguns casos o OEM exigirá uma ligação direta entre o veículo, o computador na oficina (a correr o software de aplicação de reprogramação) e o servidor OEM. É esta última condição que necessita de uma rápida ligação à Internet. Consulte o website do OEM para obter orientações sobre os requerimentos de especificação de ligação mínima à Internet.

O QUE É IMPORTANTE PARA UMA REPROGRAMAÇÃO COM SUCESSO DA UCE?

Só as UCE com cadeia cinemática que estão relacionadas com emissões e são reprogramáveis através do Flash podem ser reprogramadas. Adicionalmente, o OEM também terá de realizar a reprogramação, no seu concessionário, da UCE com cadeia cinemática em específico.

A J2534 AFETA TODOS OS OEM?

ONDE POSSO ADQUIRIR O SOFTWARE DE APLICAÇÃO DE REPROGRAMAÇÃO?

Sim, todos os OEM que vendam veículos na Europa e que suportem a reprogramação da UCE nos seus concessionários para sistemas relacionados com emissões devem cumpri-la. Todos os OEM têm as suas calibrações da UCE disponíveis desde junho de 2005.

Há três pontos que precisam de ser seguidos para a reprogramação ter sucesso: Ponto 1: A voltagem do sistema do veículo tem de permanecer constante (especificada pelo OE) durante a reprogramação. Ponto 2: O sistema elétrico da bateria tem de estar a funcionar corretamente (por exemplo, estado de carga da bateria, estado de condição, as ligações dos cabos e o desempenho da carga do alternador). Nota: Os aparelhos de teste de bateria podem ser uma adição importante para assegurar que estes sistemas conseguem concretizar a tarefa de reprogramação. Ponto 3: Siga as instruções de reprogramação passo a passo.  ✱

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OBSERVATÓRIO 24

Conceitos de Mobilidade (Parte II)

Abastecimentos à distância › A Volvo desenvolveu uma aplicação, compatível com os smartphones, que permite aos clientes reservar serviços de abastecimentos e lavagens do veículo à distância. Mais um passo no futuro da mobilidade Por: Jorge Flores

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olocar a tecnologia ao serviço dos clientes, de modo a facilitar-lhe a vida, o mais possível, é a grande aposta dos grandes construtores mundiais da indústria automóvel. A Volvo é exemplo disso mesmo. A marca sueca desenvolveu uma inovadora aplicação que poderá ser utilizada em qualquer smartphone e que pretende ser um auxiliar de peso para quem conduz um modelo das suas gamas. Com esta aplicação, um abastecimento ou um serviço de lavagem automóvel poderá ser requisitada online, à distância. No fundo, trata-se de um novo conceito de mobilidade, de certo modo invertido, uma vez que concilia, de modo harmonioso, a tecnologia e o ecossistema. Numa primeira fase, apenas os clientes da Volvo, em Seattle, nos EUA, po-

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derão reservar e agendar estes serviços de abastecimento e/ou lavagem para o dia, a hora e o local que lhes seja mais favorável. Mas a ideia da marca sueca será alargar o raio de atuação a outros destinos. Segundo a Volvo, a aplicação permitirá aos clientes, de modelos não anteriores a 2015, marcar estes serviços de acordo com as suas conveniências, mesmo em períodos em que estejam a trabalhar, a dormir ou fora do próprio país. A ideia é, justamente, otimizar o tempo disponível. n   PARCERIA COM A UBER A demanda do construtor nórdico pelos caminhos da mobilidade sustentável levou-o ainda a estabelecer uma parceria com a Uber, com vista à exploração da sua tecnologia aplicada aos

veículos autónomos. Um acordo que prevê a circulação de modos sem condutor. “Primeiro, São Francisco e, agora, Seattle. Dentro em breve, muito mais clientes da Volvo terão acesso a um catálogo de serviços via app”, afirmou Anders Gustafsson, presidente da Volvo Car nos EUA, não escondendo a ambição da marca em explorar todas as potencialidades desta tecnologia. “Estamos a utilizar as tecnologias conectáveis do automóvel para tornar a vida menos complicada para os nossos clientes”, acrescentou o mesmo responsável. A marca sueca está determinada em reinventar a relação dos seus clientes com os automóveis, focando-se na sincronização da tecnologia presente nos seus modelos e nos smartphones, sendo ambos indissociáveis.

n   PARTILHA DE VEÍCULOS Outras das soluções avançadas pela Volvo, em termos de mobilidade, foi a criação de uma nova unidade de negócio dedicada aos serviços de partilha de automóveis. O carsharing ganha expressão própria na marca sueca. O novo programa utilizará algumas soluções da Sunfleet, uma das primeiras empresas de carsharing, a nível mundial, e que, desde 1998, é parceira da Volvo. A Sunfleet conta, atualmente, com 50.000 subscritores dos seus serviços de partilha de veículos, em 50 cidades suecas. Com a criação desta nova área de negócio, além de expandir estes serviços a outros mercados globais, o objetivo será ainda novas propostas de mobilidade, capazes de responder às expectativas dos clientes.  ✱

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TECNOLOGIA 26

Condução autónoma

Conhece os seis níveis?

› Muito se fala de condução autónoma e automatizada. Uns dizem que está para breve, outros que já está na estrada. Mas o que define, afinal, um veículo autónomo? Conhece os seis níveis de autonomia definidos internacionalmente? Por: José Silva

A

SAE (Sociedade dos Engenheiros de Automóveis) atualizou, recentemente, a norma que define os seis níveis de condução autónoma para veículos. Como sempre, o objetivo passa por criar um léxico comum, que, neste caso, vai do nível 0 ao nível 5. A SAE tem em conta o papel de três“atores”principais: condutor; sistema de condução autónoma; outros sistemas do automóvel. Os fatores primordiais que regem a utilização de um automóvel são a velocidade, a geografia, o tipo de estrada, o ambiente, o tráfego e a medição do tempo. A divisão do controlo destas variáveis entre o condutor e os sistemas autónomos de condução, definem os seis níveis. Mas esta é só uma parte da questão, pois resta ainda a adaptação da legislação do lado de cada país. Tendo em conta os benefícios que a condução autónoma poderá trazer em termos de segurança rodoviária, congestionamento de tráfego e conforto da utilização, é de esperar que a harmonização das leis aconteça num futuro próximo. Do lado dos construtores de automóveis, o desenvolvimento desta tecnologia nunca foi tão intenso, prometendo estar Fevereiro I 2018

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pronta a ser utilizada dentro em breve. Na verdade, em algumas tarefas já existe um certo nível de condução autónoma, como poderemos observar na tabela que publicamos neste artigo. Resta esperar pela altura em que o primeiro automóvel com nível 5 chegue ao mercado.  ✱

Nível 0: sem automação Condutor controla o veículo a todo o momento. No máximo, pode receber alertas de sistemas de auxílio à condução para fazer algumas correções. A responsabilidade do condutor é total

Nível 1: assistência ao condutor Sistemas de assistência intervêm na direção ou na aceleração/travagem, mas nunca nas duas ao mesmo tempo. Continua a ser o condutor a ter a responsabilidade de conduzir o automóvel

EXEMPLOS: Aviso de saída de faixa, aviso de colisão frontal

EXEMPLOS: Cruise control ativo, auxílio de estacionamento (só direção)

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Nível 3: automação condicional

Nível 2: automação parcial Sistemas de assistência intervêm na direção e, simultaneamente, na aceleração/travagem com base em informações das condições de tráfego, na expectativa de que o condutor continue a controlar o automóvel

O sistema de condução autónoma executa algumas tarefas específicas completas, mas sempre na expectativa de que o condutor intervenha sempre que tal lhe for solicitado EXEMPLO: Auto Pilot em autoestrada com função Stop & Go em filas de trânsito

Nível 5: automação total

EXEMPLOS Cruise control ativo com centragem de faixa; estacionamento autónomo

O sistema de condução autónoma toma conta de todos os aspetos da condução, em todo o tipo de estradas em que um ser humano pode cumprir tal tarefa. Condutor só intervém na condução se quiser EXEMPLO: Condução autónoma depois de definido um destino pelo utilizador

Nível 4: alta automação O sistema de condução autónoma toma conta de todos os aspetos da condução em percursos definidos de acordo com as condições de condução, mesmo se o condutor não intervir quando tal lhe for solicitado EXEMPLO: City Pilot - condução autónoma em circuitos delimitados, como autoestradas

Alemanha está na linha da frente Graças à nova legislação criada pelo Governo de Angela Merkel, a Alemanha tornou-se no primeiro país do mundo a legalizar o automóvel autónomo. A medida foi recebida com natural entusiasmo pelo setor, não só por se tratar do principal mercado europeu, mas por ser grande a esperança de que esta iniciativa do Executivo alemão possa motivar os seus congéneres da União Europeia a assinar normativas semelhantes nos respetivos países. Até para que os modelos dotados das mais evoluídas soluções neste domínio não tenham de ter os seus sistemas desativados quando vendidos fora do território germânico ou quando cruzarem as fronteiras alemãs. Ainda nem tudo é permitido, é certo, mas este não deixa de ser um passo decisivo no sentido de introduzir esta tecnologia nos automóveis do quotidiano. Ao abrigo da nova lei, que deverá tornar-se efetiva dentro de poucas semanas, a priori, qualquer forma de condução autónoma será permitida desde que o condutor encartado esteja atrás do volante, pronto a assumir o controlo do automóvel sempre que necessário. Ao invés, ainda não será possível homologar veículos capazes de operar sem condutor a bordo e muito menos desprovidos de pedais e/ou volante (Nível 5 da condução autónoma).

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Bahco: uma história com 168 anos

Pedro Azevedo, responsável de marketing e vendas da Bahco, acredita que o sucesso da marca tem a ver com a qualidade e ergonomia das suas ferramentas

Onde a falha não é opção › As origens da Bahco remontam a 1850, na Suécia. A história é rica e vasta e foi contada ao Jornal da Oficinas por Pedro Azevedo, responsável de marketing e vendas da empresa desde 2015, ano em que conseguiu levar a Bahco ao patamar que merece Por: João Vieira

A

o longo de 168 anos de história, tem havido muitos desenvolvimentos e inovações na Bahco, que continua a ser a marca de ferramentas manuais premium a um nível quase global. Bahco é o nome bandeira da SNA Europe, a divisão europeia da Snap-on. Iniciou a produção de aço, patenteou a primeira chave inglesa, introduziu o primeiro serrote Sandflex e apresentou, em 1982, a primeira chave de fendas er-

gonómica do mundo. Sempre simpático, com grande interesse e vontade de falar na marca que conseguiu “ressuscitar” em 2015, Pedro Azevedo acedeu ao convite do Jornal das Oficinas para comentar a situação da marca em Portugal e no mundo, falar das suas origens, mas, também, na forma como aproveitou a eficiência e o serviço que presta ao cliente para conseguir colocar o nome Bahco no panorama nacional

das ferramentas de mão. E não deixou de abordar ainda o vasto leque de produtos comercializado pela marca. Pedro Azevedo resume a história da empresa com detalhe. “Nasceu em 1850, na Suécia. Integrava uma multinacional, Sandvik, que, entretanto, comprou a Bahco, uma outra empresa que nasceu em 1862, também na Suécia. A Bahco e a Sandvik mantiveram-se unidas até ao ano 2000, quando a Snap-on adquiriu à

Sandvik toda a sua divisão de ferramentas. A Sandvik já havia obtido um grupo espanhol chamado Eurotools, que juntava as marcas Irimo, Palmera, Acesa e Irazola. Tratavam-se de empresas bascas, todas concorrentes umas das outras, mas o próprio governo basco induziu uma reestruturação que levou à sua junção, criando uma única com muito potencial”, conta Pedro Azevedo. Esta empresa já não é local e assume um nível mundial.

História da Bahco: datas mais relevantes

1862

Göran Fredrik Göransson fundou a Högbo Stål e a Jernwerks AB na Suécia para a produção de aço da mais alta qualidade, pioneira no processo de Bessemer Fevereiro I 2018

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1891

Johan Petter Johansson patenteou a primeira chave “inglesa” ajustável, que serviu de base para a chave ajustável: uma invenção sueca encontrada em todo o mundo

1916

Berndt August Hjorth comprou a Enköpings Mekaniska Verkstad na sua totalidade a Johan Petter Johansson, que encurtou o seu nome para se tornar conhecida como Bahco

1930

A marca Irimo foi criada em Urretxu, Espanha. Oferecendo “Honestidade em Qualidade, Honestidade em Garantia”

1954

B.A. Hjorth & Co. tornou-se na sociedade anónima AB Bahco

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A Snap-on, que é o maior fabricante de ferramentas americano, comprou, então, a Eurotools e, depois, adquiriu à Sandvik a divisão de serras e ferramentas. A partir da junção da Bahco e da Eurotools, é, então, criada a SNA Europe, que é a divisão europeia da Snap-on. Ao longo de todos estes anos, fruto

Espanha ou França. Esta passa a ser uma marca generalista, com posicionamento de qualidade ligeiramente inferior à marca Bahco, mas dirigida, também, ao segmento profissional. Com o desaparecimento da Irimo como marca do aftermarket automóvel e depois de algumas mensagens erradas passadas

Ferramentas personalizadas Chama-se Bahco Ergotool Management e permite personalizar ferramentas, fornecendo mais uma opção de produtividade ao mecânico. Não é uma solução cara, antes permite ganhar tempo à oficina, sobrando mais minutos para atender outros clientes. A marca também vende produtos padrão, sem personalização, mas a solução Ergotool começa a ganhar fãs e os pedidos são muitos. Pedro Azevedo dá como exemplo as ferramentas específicas para bloqueio de motor, que já produziram para várias marcas e que se revelaram um sucesso.

de fusões e aquisições, quando a SNA Europe é constituída, tem nas mãos 14 marcas diferentes. Todavia, é incomportável fazer desenvolvimento de produto e marketing para 14 marcas distintas. Estrategicamente, foi tomada a decisão de ficar com duas: a Bahco, para onde migraram várias marcas, e a Irimo, que sempre foi uma marca muito dedicada ao automóvel, especialmente nos mercados do sul da Europa, como Portugal,

1967

A introdução da lâmina bimetálica de serrote Sandflex anunciou uma nova era na tecnologia de lâminas de corte de metal

ao mercado pelo seu distribuidor principal, foi necesssário fazer o trabalho de apresentação da marca Bahco ao setor e mostrar aos profissionais as vantagens que a marca mais forte do grupo pode trazer em termos de apresentação de soluções de qualidade e produtividade. Parece que o mercado assimilou a ideia de que “a marca Irimo, tão querida entre os mecânicos, já não fazia parte do mercado”. Por isso, o trabalho de Pedro Azevedo foi ainda mais desgastante. “Tentar fazer esquecer a Irimo e trazer a Bahco para a ribalta. A estratégia mudou e começou-se a trabalhar uma marca mundial que tem sabido vingar. “Não digo que não se lembrem da Irimo, mas a Bahco já conquistou o seu espaço”, assegura Pedro Azevedo. n   LEAN MANAGEMENT ELEVA PATAMAR DE QUALIDADE A Bahco é a maior fabricante de ferramentas a nível europeu. Não existe outro fabricante no Velho Continente

1982

A Bahco apresentou a primeira chave de fendas ergonómica do mundo. As ferramentas ERGOTM da Bahco passaram a ganhar muitos prémios internacionais

Bahco na competição Desde 2013 que a Bahco é patrocinadora oficial de ferramentas para a equipa Signatech-Alpine, que alinha no Campeonato Mundial de Resistência e alcançou a vitória na Classe LMP2 nas 24 Horas de Le Mans em 2016. Esta colaboração implica muito mais do que colocar apenas autocolantes nos carros. Os engenheiros e os técnicos da Bahco fazem tudo para assegurar que os mecânicos nos pit stops disponham das melhores ferramentas. A Bahco marca presença em corridas na Suécia, em Espanha, nas motos, Moto2, Moto3 e Superbikes, onde tem ganho uma experiência tão grande que lhe permite transpor vários desses conhecimentos para desenvolver as ferramentas do dia a dia da oficina. A nível das motos, destaque para o patrocínio a Mário Patrão, piloto português que, habitualmente, corre no Dakar na equipa KTM FACTORY RACING.

1995

Palmera, Irimo e Acesa fundem-se para formar a Herramientas Eurotools, S.A.

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2005

Bahco Group AB e Herramientas Eurotools, S.A. unem-se para dar corpo ao Grupo Europe SNA

2013

O Sistema de Gestão da Ferramenta Ergo da Bahco é lançado na feira Equip Auto, em Paris, ganhando uma Medalha de Prata pela Inovação

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MÁQUINAdoTEMPO Bahco: uma história com 168 anos

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que produza tanto quanto a Bahco. A sua filosofia assenta em três pilares fundamentais: reconhecimento de marca, qualidade do produto e satisfação do cliente. “Quem quiser comprar preço, não faltam marcas mais baratas. Quando falamos de qualidade, falamos da Bahco”, frisa Pedro Azevedo. A empresa dispõe de 11 fábricas, logo controla 80% de tudo o que vende. Também tem equipamentos que são produzidos junto de um determinado fabricante, mas dentro de uma linha de produção da Bahco e com design específico. Há alguns produtos que são importados da Ásia, por exemplo, mas sempre com produção gerida e supervisionada pela Bahco, pelo que a qualidade está sempre salvaguardada. A distribuição é feita por dois centros, um em Espanha, para toda a zona sul da Europa, outro na Holanda, que encaminha os produtos para toda a zona norte. Para a América do Sul, onde a presença da Bahco também é forte, a distribuição dos equipamentos é feita a partir de um centro de distribuição na Argentina. A matriz de produção é igual para todas as fábricas, mas com processos diferentes, até pela característica do produto. Todas as fábricas são certificadas por segurança e higiene e em todas foi instituído o Lean Management, que se expandiu a todos os processos da empresa, desde a produção à venda. É possível fazer, por exemplo, uma análise ao que é um dia de trabalho de um comercial. O objetivo passa por maximizar o tempo de contacto com o cliente. Isso é o que, de facto, acrescenta valor ao negócio. Relativamente à constituição da equipa comercial, Pedro Azevedo é responsável

de marketing e vendas, existindo mais dois comerciais e uma terceira pessoa que se divide entre as duas áreas. Há ainda um elemento que trabalha no serviço ao cliente e gestão de garantias, entre outras questões mais administrativas. Todas as encomendas que forem pedidas até às 14h, saem no próprio dia. Se forem pedidos urgentes, a empresa tenta remediar. Quanto a novidades, Pedro Azevedo garante que serão apresentadas por períodos (abril e setembro) para que tenham maior impacto no mercado.

Os novos produtos são carregadores, arrancadores de baterias e novas chaves dinamométricas. Mas os carros de ferramentas são o equipamento mais completo que comercializam. Tanto em termos de eficiência, como de qualidade. A empresa não tem plataforma online, até porque a ideia não é vender ao público em geral, mas tem em stock cerca de 250 milhões de euros correspondentes a 13.000 referências, nem tudo para automóveis. O responsável acredita que o sucesso tem a ver com a qualidade e ergonomia

Porquê um peixe e um anzol? Depois de Göran Fredrik Göransson ter estabelecido a sua fábrica de aço, em 1862, a indústria siderúrgica europeia assistiu, em 1870, a uma longa depressão, com preços baixos para o aço, em geral, e para produtos de aço bruto, em particular. Os preços para o aço processado eram mais vantajosos, o que criou maior interesse em processá-lo. Em 1876, a laminagem do aço existente foi alterada para produzir o chamado “milled steel”.

das ferramentas. Estas características permitem que se trabalhe sem lesões e sem cansaço. Este tipo de ferramentas torna-se mais rentável para as oficinas, permite-lhes trabalhar melhor, colocá-las em lugares específicos onde só elas cabem. “Por exemplo, há carros de ferramentas que só fecham se determinado utensílio estiver lá e bem arrumado”, explica Pedro Azevedo ao Jornal das Oficinas. O crescimento de 2015 para 2016 foi grande e, para 2018, continua, sendo a ideia replicar o que se fez no automóvel para os segmentos agrícola e industrial. Com a presença em feiras, vai ser possível conquistar mercado e a própria eficiência da marca e de quem nela trabalha vai permitir crescer exponencialmente.  ✱

Quando a produção de lâminas de serra começou, em 1886, houve a necessidade de mostrar a resistência e fiabilidade do aço utilizado para produzir anzóis. Todos compreenderam que este aço era perfeito para as serras e para outras ferramentas de corte. Foi uma grande vantagem. Um logótipo da marca sem letras, língua ou figuras sofisticadas, tornando-se num símbolo fácil de reconhecer. No final dos anos 50, ainda se podia ouvir alguns trabalhadores florestais a pedir uma serra “com o pequeno peixe”. Um anzol de pesca deve ser duro e forte. Nunca frágil. Naquela época, produzir a combinação “duro, mas resistente” era uma tarefa metalúrgica inconsistente e complicada. Mas o “aço de Bessemer” da fábrica de aço de Göransson evidenciava uma qualidade ótima.

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ENTREVISTA 32

CARLOS SILVA Diretor de Vendas e Marketing da Krautli Portugal

A Yuasa é uma das grandes marcas da Krautli Portugal om 50 unidades de produção espalhadas por diferentes localizações e uma rede de distribuição à escala global, a GS Yuasa Corporation, criada, em 2004, pela união da Japan Storage Battery (GS) com a Yuasa Battery Corporation, assume-se como fabricante líder na produção de baterias a nível mundial. Em 1918, pelas mãos de Shichizaemon Yuasa, era criada a Yuasa Storage Battery Co., Ltd., ao passo que, um ano antes, em 1917, Genzo Shimadzu fundava a Japan Storage Battery (GS). Hoje, a GS Yuasa Corporation, com sede no Japão, dispõe de diversas filiais na Europa (Yuasa Battery Europe, Ltd.), tendo sido a primeira criada no Reino Unido, corria o ano de 1981. Distribuída, desde 2011, pela Krautli Portugal para o canal automóvel, a Yuasa tem registado um crescimento exponencial no nosso país e é reconhecida no mercado como uma marca premium de inegável qualidade. Carlos Silva, diretor de vendas e marketing da Krautli PortuFevereiro I 2018

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gal, explicou ao Jornal das Oficinas, no tom simpático e afável que o caracteriza, as razões que estão na génese do sucesso da marca japonesa. Há quanto tempo é a Yuasa distribuída pela Krautli Portugal? A Krautli Portugal distribui a Yuasa desde 2011. Como a marca não tinha uma distribuição organizada no nosso país, estabelecemos um acordo com a Yuasa Iberia para assegurar a distribuição da marca no canal automóvel (veículos ligeiros e pesados). Funcionamos de forma seletiva. Existem, depois, outros players que se encarregam da distribuição nos canais moto e industrial. A Yuasa Iberia é quem tem a responsabilidade do mercado português. Como nasceu a oportunidade de representar a Yuasa? A marca foi recomendada por um fornecedor nosso, até porque a Yuasa procurava um distribuidor exclusivo para o

canal automóvel no nosso país naquela altura. O acordo foi feito sem grande demora. São desafios que gostamos e com os quais nos identificamos: distribuir marcas de qualidade e de valor, que sejam reconhecidas internacionalmente. A Yuasa não foge à regra. É uma marca premium que encaixa dentro daquilo que é a nossa filosofia enquanto empresa. Portanto, foi devido à conjugação destas situações que surgiu a parceria. A Yuasa é, sem dúvida, uma das grandes marcas da Krautli Portugal. E queremos continuar a potenciá-la, sabendo, de antemão, que é um produto que concorre numa área onde o fator preço é importante e onde existe muita massificação em termos de mercado. Costumo dizer que há muitas marcas, mas poucos fabricantes. Na realidade, no que às baterias diz respeito, não existem tantos fabricantes quanto isso. A Yuasa é um deles. Para nós, enquanto fornecedores globais que somos, é extremamente importante estarmos associados a empresas que estão presen-

tes no primeiro equipamento e que são tecnologicamente muitíssimo evoluídas, com soluções de energia para diferentes requisitos e vários tipos de veículos. O core business da Yuasa são baterias. E, isto, é algo que nos diz muito. Gostamos de trabalhar com empresas que são líderes no seu setor e que estão na vanguarda. A Yuasa dá-nos, de facto, garantias de continuidade no negócio das baterias. Como se pode definir a marca Yuasa? A Yuasa é uma marca que está presente, também, no segmento do primeiro equipamento, pertencendo a um dos maiores fabricantes mundiais de baterias. Tem um posicionamento premium, dispondo, por isso, de produtos de altíssima qualidade, e identifica-se com aquele que é o nosso ADN, o nosso pedigree, enquanto organização: ter marcas premium e artigos de topo. É isso que gostamos de fazer na Krautli Portugal: distribuir marcas de valor posicionadas no segmento premium. Temos vindo a fazer um trabalho de credi-

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bilidade e de credibilização desta marca, que tem registado um crescimento muito significativo ao longo dos anos. Temos tido, de facto, um aumento expressivo em termos de vendas com a Yuasa. E quanto ao canal de distribuição propriamente dito? Temos uma distribuição muito seletiva da marca a nível nacional, o que nos permite ter um nível de ligação, de compromisso e de cumplicidade com os nossos parceiros bastante global. E que faz com que a marca não seja “canibalizada” em termos de mercado pelos diferentes players. O que temos, também, é uma segmentação de condições para os nossos principais distribuidores, de forma a que possam ter a melhor rentabilidade possível com a marca. Dispomos, neste momento, de uma cobertura nacional (continente e ilhas). Operamos, essencialmente, no canal de retalho, mas estamos, também, presentes em redes oficinais, fruto das ligações que temos com especialistas elétricos, que acabam por ser parceiros na distribuição da marca e que nos permite trabalhar com esses operadores na qualidade de especialistas. Que importância tem a Yuasa para a Krautli Portugal? A Yuasa tem um peso considerável no volume de faturação global da Krautli Portugal. É, sem dúvida, uma das marcas

de uma quota expressiva. A Yuasa já tem o seu espaço próprio a nível de distribuição, quer seja no segmento dos ligeiros quer seja no dos pesados. Em termos de cobertura e de portefólio, é uma marca completa. No que se refere à gama, dispõe desde baterias convencionais (cálcio/cálcio) até baterias com tecnologias EFB e AGM para veículos equipados com sistemas start/stop. Além disso, dispõe de baterias auxiliares e aposta numa segmentação em baterias para ligeiros, onde propõe a convencional (gama 3000, com 30.000 ciclos de arranque, sendo a mais abrangente em termos de parque circulante), a de maior prestação (gama 5000, com 50.000 ciclos de arranque) e, depois, as dotadas de tecnologias EFB e AGM, que registam, neste momento, um crescimento exponencial. Nestas, oferecemos uma cobertura praticamente total das necessidades do parque automóvel nacional. Mas a gama 3000 é a que assume a maior cobertura do parque circulante e a que maior expressão tem na nossa organização em termos de volume de vendas. Além da Yuasa, a Krautli Portugal dispõe de uma marca própria de baterias... Correto. Trabalhamos, também, com marca própria, através da qual entrámos na categoria das baterias, dois anos antes da Yuasa. Tem um preço mais acessível, mas garante todos os níveis de qualidade exigidos pela Krautli Portugal. Não colide

principal em termos de baterias passa pela Yuasa. Aliás, 70% das baterias que vendemos são Yuasa. Comercializamos muito mais uma marca de valor do que uma marca de preço. Como classifica o crescimento que a Yuasa tem alcançado no nosso país? Em sete anos, a Yuasa cresceu exponencialmente. Representa, hoje, dois dígitos do volume de faturação global da Krautli Portugal. Com seria o negócio da nossa organização sem a Yuasa? O percurso da nossa empresa tem sido feito da elétrica para a mecânica. Éramos muito “elétricos”. E tínhamos a noção de que não ter baterias quase não fazia sentido. Algumas gamas de produtos foram sendo relegadas para mais tarde, uma vez que tínhamos outras prioridades em termos de categorias de artigos que queríamos introduzir. As baterias foram, porventura, dos últimos produtos que colocámos no nosso portefólio. Primeiro, tínhamos a consciência que existia muita oferta em termos de mercado. Depois, porque sabíamos que era um produto com margens bastante sofridas, ainda que fosse um artigo de grande consumo em termos de quantidade e de volume de faturação. Não termos, hoje, baterias, não faria sentido, uma vez que a Krautli Portugal é um fornecedor global do setor automóvel (one stop shop) e, em termos de volume, as baterias têm, de facto, um

› Distribuída, desde 2011, pela Krautli Portugal para o canal automóvel, a Yuasa assume-se como fabricante líder na produção de baterias a nível mundial. Em entrevista ao Jornal das Oficinas, Carlos Silva, diretor de vendas e marketing da empresa sediada na Póvoa de Sta. Iria, explicou as razões Por: Bruno Castanheira que estão na génese do sucesso da marca japonesa

peso importante naquilo que é a nossa faturação. A entrada no segmento da baterias foi, claramente, uma aposta ganha, sobretudo a partir do momento em que estabelecemos acordo com a Yuasa. Para nós é, seguramente, uma mais-valia trabalhar a distribuição de uma marca como a Yuasa. O nível de satisfação da Yuasa Iberia é bastante significativo, uma vez que está deveras satisfeita com o trabalho que está a ser feito em Portugal, que é consistente e está em crescendo. Temos uma simbiose de sentimentos positivos, quer do lado da Krautli Portugal quer do lado do nosso fornecedor.

mais importantes em termos de faturação dentro da nossa organização. E tem, neste momento, uma visibilidade bastante interessante no mercado, onde dispõe de um nível de reconhecimento elevado e

com a gama da Yuasa, visto tratar-se de uma oferta complementar para aplicações muito específicas e que permite, também, servir as necessidades de veículos mais antigos. Mas a nossa oferta

Existe margem para a Yuasa crescer em Portugal? A marca tem ainda margem de progressão em Portugal. Obviamente que temos consciência que, sendo uma marca premium, o espaço de que dispõe é muito próprio, uma vez que o mercado é dominado por marcas privadas (low cost). Dentro do segmento premium, onde nós

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operamos com a Yuasa, sentimos que há cada vez mais clientes a procurar qualidade, até porque os níveis de exigência dos veículos recentes em termos elétricos são muito superiores aos dos veículos mais antigos. As baterias com tecnologias EFB e AGM são cada vez mais uma realidade, tendo vindo a registar um crescimento significativo. A própria Yuasa teve até situações de rutura de referências devido à elevada procura, muito acima daquilo que era expectável. O mercado está a tornar-se menos sensível ao preço e mais sensível à qualidade tecnológica do produto. Temos, inclusivamente, a nível de Yuasa, um catálogo de identificação por matrícula e VIN, que nos permite identificar a bateria correta para cada veículo. Antigamente, identificavam-se as baterias por 45 Ah ou 60 Ah. Não havia uma catálogo de identificação. Hoje, a bateria é um componente específico do veículo e obedece a uma determinada referência. Não se pode substituir uma bateria AGM por uma convencional de cálcio/cálcio, por exemplo. Assim como se tem de respeitada a especificação de origem. O mercado e os clientes estão muito mais sensíveis à qualidade do produto, até porque a bateria é um produto “vivo”, químico, que exige correto conhecimento e manuseamento. Hoje, existe outro tipo de preocupações para que a bateria dure o ciclo de vida preconizado pelo fabricante. Que ações estão previstas realizar em 2018 com a Yuasa? Temos uma dinâmica constante com a marca Yuasa, que faz parte da estratégia de crescimento da Krautli Portugal. Elaboramos um plano de atividades que realizamos ao longo do ano com os clientes. Designadamente, ações de marketing, com campanhas dirigidas aos profissionais e temos, também, numa lógica de formação, vários roadshows que fazemos com o fabricante. Contamos com a presença regular de um técnico da marca, que nos permite fazer ações de formação juntamente com os nossos parceiros de negócio (oficinas incluídas). Sendo um produto químico e ativo, a bateria requer cada vez mais formação, até pela tecnologia empregue para servir as necessidades dos veículos atuais. A bateria tem cada vez maior complexidade dentro de uma viatura. Portanto, é deveras importante a qualidade da que é colocada. Para 2018, temos previstas diversas ações de formação e demonstração com a marca Yuasa.  ✱ Fevereiro I 2018

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bilstein group Portugal

Ano novo, casa nova › O bilstein group Portugal entrou em grande estilo no ano de 2018. Com as novas e majestosas instalações, situadas na Malveira, ganha estrutura para otimizar o negócio e dimensão para crescer ainda mais Por: Jorge Flores

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a cabeça para o papel. E do papel para o terreno. Desde que o bilstein group Portugal chegou à conclusão de que necessitava de uma maior amplitude para desenvolver a sua atividade, não perdeu tempo até torná-lo real. Tudo aconteceu em tempo recorde. Analisada a situação e estudadas as possibilidades, em 2016, a filial portuguesa do bilstein group tomou a decisão de arrancar para a construção das suas novas instalações. A necessidade de crescimento e expansão era premente. Era tempo de agir. Não demoraria mais de um ano até erguer as suas novas e majestosas instalações, na Malveira. A mudança de uma casa para outra, com todo o material e logística, ocorreu em apenas duas semanas. Uma operação apenas possível graças ao empenho

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de toda a equipa. O Jornal das Oficinas teve oportunidade de visualizar um vídeo de todo o processo da mudança e de comprovar a boa disposição com que todos encararam a empreitada. “Muitos iam apenas dormir oito horas a casa e voltavam de manhã cedo. E outros ainda queriam continuar”, contou Joaquim Candeias, responsável da filial portuguesa do bilstein group. A dedicação de toda a equipa vingou. E no passado dia 2 de janeiro de 2018, tal como previsto, a empresa funcionava já, a plenos pulmões, na sua nova casa. n  OTIMIZAR PROCESSOS Para Joaquim Candeias, trata-se de uma conquista notória. “A mudança traz-nos grandes benefícios. Umas novas instalações, um espaço maior, dá-nos uma

perspetiva de futuro. De facto, é um grande passo para o bilstein group em Portugal. Foi algo programado, estudado e cá estamos a iniciar 2018, conforme tinha sido projetado”, adiantou.

Entre as principais valias do novo espaço, o responsável destaca, desde logo, a sua dimensão. “Para já, uma capacidade completamente diferente daquela que tínhamos. Já evidenciávamos dificuldades de espaço, apesar de isso não ser visível no mercado. Continuávamos a manter os níveis de serviço como sempre demonstrámos, mas já começávamos a sentir algumas dificuldades. Com esta nova unidade, a perspetiva é totalmente diferente. Temos um armazém que permite, hoje, fazer picking em altura, não na horizontal, tal como fazíamos no passado. E, isso, traz-nos uma perspetiva muito diferente. Vai notar-se, garantidamente, a todos aqueles que trabalham o nosso produto e o nosso mercado”, sustenta Joaquim Candeias. Ou seja, “tornámo-nos mais

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Novas instalações em números

2018

foi o ano da inauguração das novas instalações, na Malveira, no dia 2 de janeiro

12 31.000 3 m² de área de intervenção

cais de carga para camiões

100.000 2,7 m² de terreno disponíveis nas imediações da nova casa

eficazes. Temos outras perspetivas e outras capacidades, temos outros métodos e, por isso, penso que otimizaremos a atividade. Seremos inovadores em muitas situações. E, isso, será notório a muito breve trecho”, refere. n  ESPAÇO PARA CRESCER As novas instalações dispõem de um terreno com perto de 100.000 m² e uma área de intervenção de 31.000 m². A estrutura, de identidade bem vincada mesmo do exterior – de noite, as letras do seu nome são luminosas – conta ainda com 12 cais de carga para camiões e para receção e expedição de mercadorias e, no limite máximo de ocupação, haverá espaço para 150 pessoas. Para o grupo, esta mudança tem como principal objetivo conseguir garantir, não só, o crescimento contínuo de todas as marcas no mercado português (febi,

milhões de peças previstas para o ano de 2022

semanas foi quanto demorou a mudança de instalações

7.000

m² é a área disponível do edifício

SWAG e Blue Print), mas, essencialmente, a possibilidade de encarar o futuro no mercado português de outra forma. Ou seja, com espaço para crescer, não apenas em termos operacionais e de capacidade de armazenagem, como, também, de recursos humanos. A possibilidade de um crescimento estrutural. Para se entender a dimensão da obra, basta referir que, durante 90 dias, foram movidos 78.370 m3 de terra para poder dar início aos trabalhos. O edifício tem 7.000 m2, que serão extensíveis até aos 14.000 m2. Além dos 7.000 m2, 2.164 m2 estão ocupados com escritórios. Além disso, existem vários espaços destinados a apresentações, ações de formação e reuniões, com capacidade para 100 pessoas. De estilo vanguardista, o edifício tem inúmeras zonas de reciclagem, de forma a cumprir com o compromisso ambiental do grupo, existindo, ainda, uma

Joaquim Candeias, administrador da filial portuguesa do bilstein group, está otimista com as novas instalações

sala de refeições comum, com 83 m2, e uma outra zona de convívio, com 37 m2, ambas para utilização dos colaboradores. Acresce a estes espaços outros três coffee spots, também para colaboradores e visitantes. n  RUMO A 2022 Com a motivação de abraçar um ano novo numa casa nova, a ambição do bilstein group Portugal dificilmente poderia

ser maior. 2018 deverá, portanto, ser um ano de crescimento para a empresa e para as suas marcas, acreditando Joaquim Candeias que esta evolução, também a nível tecnológico do próprio mercado, venha a refletir-se nos parceiros e colaboradores. Por agora, o foco da empresa está centrado nos próximos cinco anos. “Esta unidade foi estudada e planeada numa projeção, no mínimo, para 2022. Temos uma previsão de gasto de 2,7 milhões de peças. Neste momento, temos uma projeção para dois milhões de peças para este ano. A perspetiva de crescimento até 2022 é muito considerável. E pensamos que esta unidade nos vai ajudar a crescer, juntamente com as nossas três marcas”, enfatiza Joaquim Candeias.  ✱

bilstein group Portugal Administrador  Joaquim Candeias  |  Morada  Estrada do Jerumelo, n.° 863, Casais Carriços, 2669 - 908 Venda do Pinheiro Telefone 219 663 720  |  Fax 219 663 729  |  Site www.bilsteingroup.com/pt www.jornaldasoficinas.com

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NOTÍCIAS Pesados

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Motorbus ampliou oferta de pneus e jantes Desde o início de janeiro de 2018 que a Motorbus passou a ter uma oferta mais variada no que diz respeito a pneus e jantes. Representante da Alcoa desde 2016 em jantes de alumínio, a empresa especialista em pesados passa, também, a disponibilizar jantes de ferro. Paralelamente, é possível aceder a um catálogo completo de pneus da marca Continental, completando, desta forma, a oferta que a Motorbus disponibiliza para autocarros, camiões e reboques.

Visoparts estabeleceu parceria com a Schaeffler A Visoparts ampliou a sua gama de produtos com as marcas do Grupo Schaeffler, nomeadamente INA, FAG e LUK. A empresa representa alta qualidade, tecnologia de ponta e elevado grau de inovação. Com componentes de precisão e sistemas para motores, transmissões e chassis, assim como com soluções de rolamentos e mancais para uma variedade de aplicações industriais. Com as suas três fortes marcas, o Grupo Schaeffler equipa, de origem, praticamente todos os fabricantes de veículos e apresenta uma enorme variedade de produtos, sendo um dos maiores na área dos rolamentos.

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Fuchs apresentou TITAN CYTRAC TD SAE 75W-90 A Fuchs apresentou ao mercado o TITAN CYTRAC TD SAE 75W-90, um novo óleo de performance premium para eixos hipóide e transmissões manuais, altamente solicitadas, de veículos comerciais. Os veículos comerciais modernos estão equipados com motores de potências cada vez mais elevadas. Ao mesmo tempo, o custo do transporte continua a subir, pelo que é necessário otimizar o espaço de carga útil. Como resultado, os eixos e as caixas de engrenagens estão sujeitas a cargas mais elevadas do que alguma vez já estiveram no passado. Para proteger efetivamente contra o desgaste, os lubrificantes de elevada qualidade são necessários para cumprir as exigências e cargas solicitadas aos rolamentos, bem como garantir a estabilidade oxidante e térmica do produto. As questões relacionadas com a eficiência também desempenham um papel importante, devido aos requisitos ambientais cada vez mais rigorosos. Estas são razões pelas quais a Fuchs desenvolveu o TITAN CYTRAC TD SAE 75W-90, que é um óleo para engrenagens “Total Driveline” de performance premium, adequado, como referido acima, para eixos hipóide altamente solicitados, bem como para transmissões manuais de veículos comerciais.

CLAS tem novos amortecedores para cabines Tal como fora anunciado por altura do Salão Solutrans, a marca CLAS persegue o desenvolvimento da sua gama dedicada aos camiões. O melhor exemplo é o lançamento dos amortecedores pneumáticos para cabines específicas. Especialmente concebidos para modelos Volvo e Renault, estes compressores estão equipados com parafusos para segurar as molas em cada batente, com o objetivo que o operador possa agir com toda a segurança. Robustos e com um curso de 150 mm, estão equipados com mandíbulas cuja abertura pode chegar aos 215 mm. São adequados para trabalhar em todas as molas com um diâmetro máximo de 8 mm.

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NOTÍCIAS Pesados

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Preços Sempre Baixos

CARROS COM HISTÓRIA

Honda N360

TEM TUDO

Grande variedade de peças para todos os modelos

Iniciamos, neste espaço, um ciclo de apresentações onde iremos falar de automóveis que fizeram história e contribuíram para o que disfrutamos hoje. Para além dos componentes técnicos revolucionários e evolutivos de cada modelo, abordaremos alguns aspetos ímpares que os caracterizaram

Venda de peças a particulares, oficinas e revenda

O primeiro desta lista foi o automóvel citadino japonês mais importante no mundo nos anos 70. Apresentado no Japão em 1966 e comercializado a partir de março do ano seguinte, o Honda N360 tornou-se, rapidamente, num sucesso de vendas. Inserido numa gama ainda hoje existente no Japão, denominada kei, que engloba automóveis de baixa cilindrada e baixo consumo, que gozam de benefícios fiscais, registo fiscal, impostos anuais e prémios de seguro reduzido, este modelo foi, desde logo, ao encontro de muitas aspirações no Japão e no mundo. No país de origem encontrou concorrentes como o Suzuki Fronte, o Mitsubishi Minica, o Subaru 360, o Mazda P360 Carol ou o Daihatsu Fellow, mas não em detalhes onde o N360 tinha realmente um sério rival, o Mini 850. O modelo arquitetado por Sir Alec Issigonis, em 1959, podia, sem esforço, pertencer à classe kei se circulasse no Japão, mas nenhum dos seus opositores nesse mercado dispunha de uma particularidade comum ao N360: tração e motor dianteiros. O N360 foi o primeiro citadino japonês com estas características, uma solução mais tarde adotada pela maioria dos modelos nipónicos deste segmento. Soichiro Honda fabricava motores de moto, uma vantagem face aos outros concorrentes, sendo, precisamente, uma unidade dessas que montou no primeiro modelo N360.Fruto de uma escolha acertada nos materiais, leves no interior e em componentes, como a tampa da mala, fabricados em plástico, o N360 era uma opção válida para quem pretendesse um utilitário agradável, rápido e de estacionamento fácil, hoje comparável a um smart fortwo. Face ao seu rival inglês, menos acolhedor e mais duro, apresentava vantagens, como melhor manobrabilidade, menor consumo, acabamentos mais cuidados, mas era, também, mais frágil e menos potente, solução mais tarde contornada com a introdução do motor 600 cc. Os «N» eram bicilíndricos. O 360 atingia 115 km/h e levada 22 segundos dos 0 aos 400 m. Tinha 31 cv às 8.500 rpm e consumia 4,5 litros de gasolina aos 100 km. O 600 chegava aos 135 km/h, precisava de 19,7 segundos para atingir 400 metros, tinha 45 cv às 6.600 rpm, gastava 5 litros a cada 100 km. O carro inglês de quatro cilindros e mais capacidade chegava aos 116 km/h, debitava 34 cv às 5.500 rpm e consumia mais do que qualquer um dos nipónicos. A robustez e a fiabilidade, se não chovesse, pendia para os britânicos, mas se a viagem fosse rápida, só com duas pessoas a bordo, o Mini perdia para o Honda. O aumento da capacidade nos «N» para 600 cc levou à montagem de um sistema de refrigeração a ar forçado movido por uma ventax de acionamento mecânico por correia que ligava dois veios a 90º. Os técnicos instalaram para que esta contornasse o motor, polies nas esquinas do cilindro transformando uma transmissão de correias trapezoidais numa verdadeira obra de engenharia. Algumas unidades vendidas do N600 tiveram um bónus: na mala vinha uma Honda mini monkey 50 de oferta. Portugal recebeu muitos veículos Honda destes dois modelos nos anos 70, vindos das ex-colónias, que circularam durante anos pelas estradas lusas, espalhando mística e um ruído característico.

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Corcet é o novo distribuidor oficial da Prema A Corcet, empresa conhecida pela importação dos equipamentos Corghi, acrescentou ao seu portefólio a marca Prema, que se caracteriza pela sua vasta gama de produtos para reparação de pneus, com qualidade premium a preço competitivo. Os destaques dos produtos Prema são: manchão laminado com borracha cinza, de fácil aplicação e que equaliza as tolerâncias na área reparada; construção com tela especial; tempo de secagem extremamente rápido com cola de secagem rápida Prema PFC; excelente aderência do manchão/remendo quando usado com a cola PFC; adequado para vulcanização a frio e quente. A gama Prema Softgum pode ser usada em câmaras de ar, pneus de ligeiros, camião e agrícolas.

Volvo Trucks oferece dois anos de garantia em peças genuínas A Volvo Trucks e a Volvo Buses oferecem, agora, dois anos de garantia em Peças Genuínas fornecidas e instaladas pela rede de concessionários autorizados, uma novidade que abrange o mercado português e que se traduz num claro reforço da confiança de todos os clientes na qualidade dos serviços de pós-venda prestados pela Auto Sueco Portugal e por toda a rede de concessionários da marca. A garantia de dois anos em Peças Genuínas fornecidas e instaladas pela rede de concessionários oficiais Volvo abrange reparações, substituições e até possíveis danos colaterais, tendo entrado em vigor no início de 2018. gradoil(HD).pdf

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Novo catálogo DT Spare Parts para veículos MAN O novo catálogo de peças de reposição da DT Spare Parts contém cerca de 550 novos produtos e mais de 3.200 peças de reposição adequadas para veículos MAN F/M/L 2000, F/M/G 90, F 7/8/9 e CLA, que substituem os 7.750 números de referência da marca de veículo. A DT Spare Parts oferece uma gama completa, com mais de 35.000 peças de reposição com qualidade garantida. Para os clientes de oficina, existem, atualmente, mais de 30 catálogos de produtos específicos para veículos em formato digital, disponíveis imediatamente. Os catálogos impressos podem ser obtidos através dos parceiros de distribuição locais.

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NOTÍCIAS Produto Empresas

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Eni dispõe do maior computador da indústria Instalado no Green Data Center da Eni, o novo supercomputador HPC4 irá garantir um nível muito alto de processamento de dados e capacidade de armazenamento. O sistema é capaz de hospedar todo o ecossistema de algoritmos desenvolvidos internamente pela Eni, sendo o mais poderoso no mundo da indústria. O HPC4 tem um desempenho máximo de 18.6 Petaflops, que, combinado com a supercomputação do sistema já em operação (HPC3), aumenta a capacidade de pico computacional da Eni para 22,4 Petaflops. Os supercomputadores da Eni Green Data Center (o HPC3 e o novo HPC4) fornecem suporte estratégico ao processo de transformação digital da empresa em toda a cadeia de valor, desde a fase de exploração e desenvolvimento de reservatórios de petróleo e gás até a gestão dos grandes dados gerados em fase operacional por todos os ativos produtivos da empresa (upstream, refinação e petroquímica). O novo sistema funcionará ao lado de um subsistema de armazenamento de 15 Petabytes de alto desempenho.

Continental ampliou portefólio de kits PRO Até agora, para substituir a correia de distribuição, o mecânico precisava de comprar um kit de correia de distribuição ou o complemento, incluindo uma bomba de água. E, além disso, outra correia de distribuição adicional individual. Isso era trabalhoso e exigia tempo. Com os novos kits PRO, recebe, confortavelmente, tudo de uma só vez. Com esta solução, a Continental dá continuidade à sua filosofia empresarial, que há décadas oferece soluções personalizadas e serviço técnico de confiança. As variantes de kits já existentes até aqui foram um modelo de sucesso e estão fortemente estabelecidas no mercado. Os novos kits PRO contêm todas as correias de distribuição necessárias para o respetivo motor numa única embalagem. E outros componentes também estão incluídos no kit. Também existem, por exemplo, embalagens com uma bomba de água. A garantia de cinco anos do fabricante também se aplica a estes kits, assim como a todos os kits anteriores.

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MOOG “guia” campeões da NASCAR Whelen Euro Series Recrutamento Formadores Externos O CEPRA pretende reforçar a sua equipa de formadores externos em todo o país, com realce para as instalações da Sede (Prior Velho) e Delegação (Pedrouços, Maia). Se tem apetência para a formação e gosta de trabalhar em equipa, candidate-se a formador externo do CEPRA nas seguintes áreas:

Mecatrónica Automóvel Mecânica de Motociclos Reparação de Carroçarias Pintura Automóvel

Depois do emocionante desenlace da temporada de 2017 das NASCAR Whelen Euro Series, os pilotos Alon Day e Thomas Ferrando venceram os campeonatos nas respetivas categorias e acabaram por celebrá-los na NASCAR Champions Week, em Charlotte, no estado norte-americano da Carolina do Norte. A Federal-Mogul Motorparts é fornecedor oficial de componentes de direção e suspensão para as NASCAR Whelen Series, proporcionando a cada piloto componentes à altura da competição em cada corrida. A Federal-Mogul e a MOOG estão muito entusiasmadas por fazerem parte das NASCAR Whelen Euro Series, oferecendo os seus componentes de direção e suspensão a todos os participantes. Estar ligados à competição automóvel de alto nível dá capacidade de demonstrar os resultados da investigação exaustiva e dos testes realizados na produção de componentes MOOG.

Podem candidatar-se os profissionais que possuam: - Experiência/formação comprovada na área da candidatura - 12 º ano como escolaridade mínima, - CCP - Certificado de Competências Pedagógicas (antigo CAP) - Conhecimentos de informática ao nível do utilizador. As candidaturas, incluíndo CV detalhado, devem indicar a disponibilidade e ser enviadas para rh@cepra.pt, ou ser submetidas on-line em:

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Car Academy reconhecida pelo IMT para formar técnicos de autogás Sede (Loures): Rua Francisco Salgado Zenha, 3 - 2685-332 Prior Velho - Tel: 21 942 78 70 Delegação (Maia): Rua Alves Redol, 370 - 4425-613 Pedrouços - Tel: 22 906 92 90

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A Car Academy foi, recentemente, reconhecida como entidade formadora certificada pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I.P. (IMT), para ministrar cursos de formação para obtenção dos títulos profissionais para o exercício da atividade de mecânicos e técnicos de autogás (GPL). Os cursos e os respetivos horários podem ser conhecidos junto da academia de formação e consultoria. www.jornaldasoficinas.com

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Samiparts distribui Facom A Samiparts começou 2018 com mais uma marca no seu portefólio. A Facom, que comemora, este ano, o seu centenário, é uma marca especializada no design e desenvolvimento de soluções funcionais de ferramentas, com o intuito de auxiliar a produtividade e a segurança no trabalho. Para garantir a qualidade dos seus produtos, é a primeira marca na Europa a dar garantia vitalícia nas suas ferramentas manuais contra defeitos de fabrico. Com mais de 8.000 referências, a empresa sediada em Pombal está confiante que esta será a marca de ferramentas indicada para que os seus profissionais desempenhem com mestria a sua atividade.

Bosch desenvolveu novas referências de velas de ignição No sentido de acompanhar a evolução da frota automóvel, a Bosch atualiza, continuamente, o seu portefólio, lançando novos componentes de ignição. Como resultado do investimento na Bosch Automotive Aftermarket nos últimos dois anos, surgem 30 novas referências de velas de ignição. Considerando estes elementos essenciais para um arranque fiável e um funcionamento seguro do motor, a empresa alemã procura incorporar tecnologia avançada no seu desenvolvimento. Os 115 anos de experiência no desenvolvimento e fabrico de componentes deste tipo levaram a que se desenvolvesse, entre outras patentes, o processo de soldadura por laser de onda contínua das velas de ignição, no qual o elétrodo central é estabilizado para evitar a formação de fissuras, permitindo, simultaneamente, um aumento significativo da sua vida útil e a exposição a altas pressões na câmara de combustão. meia_baixo_MGM.pdf

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Neocom anunciou campanha de produtos Mapco Até dia 31 de abril de 2018, a Neocom tem uma campanha de 25% de desconto em todos os produtos da Mapco que comercializa. Esta campanha é limitada ao stock existente e está sujeita às condições da Neocom. Os produtos Mapco são vendidos com grande sucesso há mais de 30 anos em toda a europa. A marca tornou-se especialista em componentes de travagem, mas, atualmente, dispõe de uma gama muito diversificada, onde se incluem as peças de direção (assistida e mecânica) e suspensão. A qualidade, preço e disponibilidade dos seus produtos estabeleceram novos padrões no mercado.

Mercedes-Benz Portugal aprovou produtos LIQUI MOLY A Mercedes-Benz e a LIQUI MOLY Iberia estabeleceram um acordo de parceria para uso de produtos deste fabricante nas oficinas oficiais da marca de automóveis em Portugal. Este acordo junta as duas empresas alemãs, posicionadas no segmento premium. Esta é uma parceria que vai crescer de forma progressiva, através da análise no terreno das necessidades e da apresentação das soluções LIQUI MOLY. As duas marcas procuram o mesmo: garantir a máxima qualidade no serviço que prestam aos seus clientes. Do acordo, faz parte um pack inicial de produtos LIQUI MOLY aprovados pela Mercedes-Benz, muitos deles já autorizados, inclusive, pela sede da marca da estrela prateada, na Alemanha. “O objetivo é começar a trabalhar algumas referências importantes, que fazem a diferença no dia a dia de uma oficina, e ir adaptando e aumentando a gama de produtos disponível ao longo do tempo”, explicou Matthias Bleicher, diretor-geral da LIQUI MOLY Iberia. Já Niels Kowollik, CEO e managing director da Mercedes-Benz Cars em Portugal, acrescentou: “Acreditamos que esta parceria com a LIQUI MOLY vem, certamente, reforçar a nossa atual oferta de produtos de alta qualidade. A nossa rede de Oficinas Autorizadas tem, assim, mais uma oportunidade de servir os nossos clientes com o melhor para os seus automóveis”.

Tenneco fornece tecnologia de suspensões à Suzuki

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A Tenneco vai fornecer a tecnologia de suspensões MTV (Multi Tuned Valve) para o Swift Sport produzido no Japão e, também, para o sedan Dzire produzido pela Maruti Suzuki India Limited. A Tenneco tem vindo a trabalhar com a Suzuki há mais de uma década, fornecendo suspensões dianteiras OE e amortecedores traseiros para a última geração dos Swift e Swift Sport. A empresa desenha e desenvolve uma gama de amortecedores e molas passivas e adaptativas, que vão ao encontro das necessidades dos clientes OE em todos os segmentos e mercados. Oferece extensas opções de modificações, redução de ruído e mais durabilidade face aos designs convencionais. A tecnologia MTV é uma opção líder numa vasta gama de aplicações.

ARF Peças lançou campanha para ligeiros de mercadorias Sempre em sintonia com as necessidades dos seus clientes, a ARF Peças, localizada em Santarém, aposta forte nos motores e caixas de velocidade para ligeiros de mercadorias em 2018. A empresa renovou todo o seu stock e conta, agora, com preços muito competitivos. Com mais de 15 anos de presença no mercado de peças auto, a ARF tem crescido de modo consolidado, de forma a satisfazer, da melhor forma e o mais rápido possível, os seus clientes. Para além dos motores e caixas de velocidade para ligeiros de mercadorias, a empresa comercializa e distribui todo o tipo de componentes mecânicos usados e reconstruídos (motores, caixas de velocidade, turbos, bombas, diferenciais, eixos, airbags e catalisadores) com garantia. Mais informações, poderão ser obtidas pelo telefone: 243 579 097.

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AZ Auto começou 2018 com toda a gama Schaeffler A Schaeffler dispensa apresentações, sendo um grupo mundialmente reconhecido e aceite como sinónimo de qualidade no mundo automóvel. Inseridas neste grupo estão as marcas INA, LUK, FAG e Ruville. Na AZ Auto, já era possível encontrar toda a gama Ruville. Mas, a partir de agora, pode ter-se acesso a todas as marcas do Grupo Schaeffler. Depois de, em 2017, ter apresentado duas novas marcas (Galfer e DRI), é agora a vez destas três insígnias entrarem para o cada vez mais completo portefólio da AZ Auto, que passa, assim, a contar com 15 marcas da melhor qualidade aftermarket, que garante abrangência aos seus clientes e que, para além de reforçar a posição da AZ Auto enquanto “Especialista de Referência”, torna-a no verdadeiro “Especialista Schaeffler de Referência”. Com um portefólio de marcas cada vez mais abrangente, uma equipa altamente especializada e profissional e um serviço de logística de referência, a AZ Auto disponibiliza, num único contacto – telefone, equipa comercial, email, Skype ou www. azauto.pt – uma oferta de alta qualidade, acompanhada de uma compreensão e especialização que fazem a diferença no mercado.

MANN+HUMMEL aposta em filtros inteligentes Um estudo realizado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) estabelece que 92% da população mundial vive em zonas nas quais a contaminação do ar está acima do nível permitido. Esta crescente contaminação face ao aumento da consciência sobre a saúde da população e a evolução a digitalização fazem com que o filtro de ar do habitáculo seja um produto muito importante para a MANN+HUMMEL, com um excelente potencial de crescimento, pois é utilizado em automóveis, camiões, autocarros, máquinas de construção e agricultura, em comboios, em veículos com ou sem motor de combustão e, também, se pode utilizar na filtragem de ar em edifícios particulares e comerciais. O amplo conhecimento da filtragem, o desenho de sistemas inteligentes e a experiência em I&D oferecem uma possibilidade única no desenvolvimento de conceitos de filtros de ar de habitáculo inovadores. O futuro dos filtros caminha para uma filtragem cada vez mais fina. Nos últimos anos, a procura de filtros de partículas de alta eficiência (filtros HEPA) aumentou. Estes produtos permitem a retenção de mais de 99,95% de todas as partículas.

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Sparkes & Sparkes comercializa anilhas sincronizadoras para caixas BMW A Sparkes & Sparkes, empresa sediada em Santo Tirso, especialista em caixas de velocidade manuais, que tem vindo a disponibilizar uma ampla gama de peças, acrescentou à sua lista de produtos anilhas sincronizadoras compatíveis com as caixas de velocidade manuais ZF que equipam veículos da marca BMW. Com estas anilhas, até agora indisponíveis, que se juntam aos carretos e luvas que a Sparkes & Sparkes já comercializava, torna-se possível a reparação de grande parte destas caixas de velocidade. Encomendas e esclarecimentos podem ser obtidos através dos contactos habituais: geral@sparkes.pt; 229 685 416; www.sparkes.pt.

JRDiesel abriu oficina Auto Crew em parceria com a Bosch A JRDiesel - Soluções Auto, inaugurou, no passado dia 6 de janeiro, numa parceria com a Bosch, uma oficina Auto Crew, num espaço contíguo às suas instalações na zona Industrial de Vila Nova de Sande. Assim, para além dos serviços que já prestava aos seus clientes na área dos sistemas de Injeção (bombas injetoras, Injetores Diesel e turbos) e sistemas elétricos (motores de arranque, alternadores e baterias), entre outros, a JRDiesel passa a dispor de um espaço de oficina para qualquer reparação, com peças de substituição com a qualidade Bosch e uma gama completa de ferramentas e equipamento oficinal. Todos os serviços são prestados por técnicos altamente qualificados e devidamente formados. A administração da JRDiesel quis assinalar o momento com a realização de uma breve apresentação deste novo conceito junto dos seus clientes e amigos contando, para isso, com a presença de altos responsáveis da Bosch Portugal, do município vimaranense e de entidades locais.

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Solera/Audatex Portugal lançou novo site A Solera/Audatex Portugal lançou o seu novo site institucional, uma plataforma totalmente renovada alinhada com a visão e posicionamento corporativo Solera. Disponível em www.solera.pt, o novo site incorpora as melhores práticas de usabilidade e navegação, procurando refletir a postura inovadora e disruptiva que caracterizam a marca Solera. Com imagens e conteúdos dinâmicos, o novo espaço cibernauta da Solera Portugal proporciona uma experiência de navegação mais apelativa e acessível, onde, de forma clara, é possível consultar os serviços e soluções tecnológicas Solera por área de intervenção, a partir de qualquer lugar e dispositivo.

BorgWarner fornece Fuso eCanter A BorgWarner é fabricante do motor elétrico HVH250 e da transmissão eGearDrive, que equipam, de origem, o Fuso eCanter, o primeiro camião ligeiro elétrico de produção em série, construído em Portugal, na fábrica do Tramagal. Segundo a Fuso, já estão a ser testadas cerca de 200 unidades da terceira geração em áreas urbanas. Este sistema da BorgWarner dispõe de binário e potência elevados. Com um design compacto e mais leve, bem como com uma transmissão ligeira, esta caixa utiliza menos bateria, permitindo aumentar a autonomia. Este motor da BorgWarner utiliza tecnologia HVH já patenteada, que permite que o motor produza 425 Nm e 408 cv a 700 Volt. De dimensões reduzidas para facilmente ser integrado na cadeia cinemática, o HVH250 oferece uma eficiência de 95%. Já a caixa compacta eGearDrive, também foi desenvolvida, especificamente, para lidar com binários mais elevados, utilizando menos energia da bateria.

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DDS comercializa produtos Bremi A DDS, que já comercializa velas e bobines de ignição, acrescentou à sua oferta de produtos da prestigiada marca Bremi medidores de massa de ar e sensores de ABS. A Bremi é conhecida por ser uma marca premium, fornecedora de equipamento original para marcas de automóveis, encontrando-se, entre elas, BMW e Mercedes-Benz. Os medidores de massa de ar e os sensores de ABS Bremi são produtos com certificado de qualidade de Equipamento Original, que são testados e que funcionam com elevada precisão. Com uma oferta bastante abrangente, garantindo cobertura superior a 95% do parque automóvel, estas duas novas linhas de produto, já disponíveis na DDS, são um complemento importante na sua oferta de produtos. Assim, a DDS dá mais um passo na sua estratégia de crescimento, alargando a oferta de produtos e a melhoria de serviço ao cliente.

Qualidade e Rapidez Nós fazemos a diferença

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Salão Nacional do Transporte 2018 já “mexe”

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A ANTRAM promove, de 1 a 3 de junho, uma nova edição do Salão Nacional do Transporte. O evento, dedicado, exclusivamente, ao setor rodoviário de mercadorias, promove o encontro de profissionais da área (empresários, motoristas, fornecedores e clientes), dando a conhecer as novidades do setor. A iniciativa assume-se, ainda, como um importante momento de networking e de convívio associativo. Refira-se que a terceira edição da feira, que decorre no Pavilhão Expocentro, em Pombal, integra um conjunto de eventos, nomeadamente a demonstração e o manuseamento de equipamentos, bem como a apresentação de veículos pesados, equipamento oficial, pneus e software para gestão de frota, entre outros.

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pcc com nova máquina de lavagem manual GEICOS

Tire-as com o especialista em ar condicionado

A GEICOS, marca representada em Portugal pela Pinto da Costa & Costa (pcc), dispõe de uma nova máquina de lavagem manual de alta pressão, à base de água. Esta máquina conta com uma bomba elétrica de aquecimento da água (2 KW a 3,3 KW) e uma regulação de 0 a 60ºC. O reservatório tem uma capacidade de 100 litros e suporta 50 kg de carga.

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RPL Clima lançou novos catálogos para 2018 A RPL Clima, especialista na comercialização de peças para climatização e ar condicionado automóvel, lançou dois novos catálogos para 2018: um dedicado ao Ar Condicionado Automóvel; outro ao Frio de Transporte. Ambos inlcuem as mais recentes novidades ao nível das peças que comercializam para veículos ligeiros, miniautocarros, furgões, camiões, máquinas de obras e agrícolas. Os catálogos estão disponíveis em papel e online, bastando os interessados visitar o site da RPL Clima, em www.rplclima.pt.

LÍDERES NA QUALIDADE DE EQUIPAMENTOS ORIGINAIS

MGM dispõe de acessórios para compressores Puska A MGM – Manuel Guedes Martins, dispõe de toda a gama de acessórios para compressores de parafuso da marca Puska. Estes compressores, muito resistentes e fiáveis, são indicados para qualquer tipo de aplicação profissional ou industrial que necessite de ar comprimido de alta qualidade, de modo intermitente ou contínuo. A gama destes compressores de parafuso está disponível de 2,2 a 175 Kw, em diferentes formatos que se adaptam às necessidades dos clientes.

Os kits de corrente de distribuição premium da BG Automotive incluem mais de 250 referências com aplicação em mais de 2.800 modelos mais populares. Os kits incluem vários componentes, como tensores, guias e juntas. São todos desenvolvidos e verificados nas instalações da BG Automotive, pela equipa de engenharia técnica, sendo fabricados usando materiais de origem especial e as últimas técnicas de construção. Cada kit de corrente de distribuição é embalado contendo as instruções de montagem específicas do modelos e todos os componentes são embalados individualmente e selados com blister para proteção.

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R-M lançou Primerflash A2100 no mercado Mercado automóvel cresce 7,7% em relação a 2016 No total do ano de 2017, foram matriculados, pelos representantes oficiais de marca em Portugal, 266.386 veículos novos, o que representou um crescimento homólogo de 7,7% em relação ao ano anterior. Todavia, o mercado registou um claro abrandamento no mês de dezembro em todos os setores. No total do ano de 2017, as matrículas de veículos ligeiros de passageiros totalizaram 222.134 unidades, o que se traduziu numa variação positiva de 7,1% relativamente a 2016. Quanto ao mercado de veículos pesados, no total do ano de 2017, as matrículas ascenderam a 5.732 unidades, o que representou um acréscimo de 10,7% relativamente ao período homólogo de 2016.

Agora, as oficinas de colisão podem aumentar a produtividade sem terem de efetuar novos investimentos. O segredo está no Primeflash A2100 da R-M. Com este produto, as oficinas podem acelerar o processo de secagem ao ar. Combinados com o aditivo inovador e fácil de usar, os primários aparelhos Perfectfiller black, white e grey secam ainda mais rápido, mesmo a 20°C. Permite poupar energia, reduzir o tempo dos processos e aumentar a taxa de transferência. São apenas necessários 20 a 30 minutos de secagem e após 40 minutos já podem ser lixados. Este produto ajuda a libertar a cabine de pintura para novos trabalhos muito mais rapidamente. E em comparação com a secagem na estufa, também permite economizar energia. O problema de deformação das peças de plástico também não se põe com as baixas temperaturas.

Lusilectra realizou 10.º Encontro Distribuidores Jonnesway A Lusilectra realizou, no passado dia 19 de dezembro, o seu 10.º Encontro de Distribuidores Jonnesway. Desta vez, foi eleito o Museu Automóvel de Vila Nova de Famalicão, projeto em desenvolvimento e para o qual a Lusilectra e a Jonnesway têm contribuído para a realização deste evento. Após estes anos de evolução positiva e sustentada, o binómio Lusilectra/Jonnesway tem vindo a alargar a sua área de atuação em todos os mercados onde estão ativos. A convicção de que estão a seguir um “bom caminho”, é reforçada pelo apoio constante da sua representada e evidenciada pela sua rede de agentes, sendo tudo isto confirmado pelos excelentes resultados obtidos. Mais uma vez, as empresas aproveitaram este dia para realizar uma retrospetiva dos anos anteriores, com foco na análise de 2017 e apresentação dos objetivos e estratégias para 2018, que, de forma expectável, focam a consolidação e o crescimento. Foram ainda agraciados os distribuidores que mais se notabilizaram quer na área das vendas quer no crescimento, sem esquecer a antiguidade, tendo sido dado, também, destaque especial aos aspetos sociais que se consideram essenciais para a manutenção e motivação da sua rede de agentes. Publicidade

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Atlantic Parts inaugurou armazém no Porto No seguimento da sua estratégia de crescimento, a Atantic Parts adquiriu um novo espaço na cidade do Porto, localizado na Rua das Cancelas, Armazém 4, Ermesinde, S. Pedro de Fins (Tel: 229 734 546). José Alves Pires, da direção da Atlantic Parts, deu conta que “o grande objetivo desta nova aquisição é a descentralização logística e a proximidade com o cliente. Somos cada vez mais competitivos. O que estamos a fazer na Atlantic Parts visa, precisamente, o aumento dessa competitividade por parte dos nossos retalhistas. Por outro lado, é também muito importante estarmos unidos, reforçando, cada vez mais, essa ligação entre todos os fornecedores, clientes, parceiros, acionistas e demais pessoas que trabalham na Atlantic Parts”. Neste momento, a Atlantic Parts conta com 28 acionistas, que representam 87 pontos de venda (balcões de peças), o que, no entender de José Alves Pires, permite uma excelente cobertura geográfica do país, pelo que “temos de nos concentrar em ter mais vendas, sendo nisso que a Atlantic Parts tem vindo a trabalhar”, conclui.

LIQUI MOLY reforçou posição com integração no Grupo Würth A LIQUI MOLY tem um novo proprietário desde o dia 1 de janeiro de 2018. Na viragem do ano, Ernst Prost, sócio-gerente da LIQUI MOLY, vendeu todas as suas ações ao Grupo Würth.”Ao fazê-lo, asseguro a continuidade da LIQUI MOLY e da Méguin para o momento em que não puder continuar aos comandos do leme”, explicou Ernst Prost, de 60 anos, que continuará a ser o CEO da empresa. Existe, há muitos anos, um longo relacionamento com o Grupo Würth. Durante os últimos 20 anos, o Grupo Würth tem sido um parceiro “silencioso” da LIQUI MOLY, até mesmo um apoio contra imponderáveis. Embora o Grupo Würth, com mais de 70 mil funcionários e um volume de negócios de 12,5 mil milhões de euros, seja, consideravelmente, maior do que a LIQUI MOLY, também é um negócio familiar. Ernst Prost acrescentou que “é por isso que sei que a LIQUI MOLY e a Méguin estão em boas mãos no Grupo Würth”.

RedeInnov terminou 2017 com entrada de mais um membro Para a RedeInnov, o crescimento sustentado sempre fez parte da sua estratégia de negócio e a prova disso é a crescente abrangência geográfica. Para encerrar o ano de 2017 com chave de ouro, a RedeInnov anunciou a entrada da Silvas AP como novo membro, com efeito no dia 1 de janeiro de 2018. Fundada por Carlos Silva, a Silvas AP iniciou a sua atividade em 2005, nas Caldas da Rainha, com loja e armazém bastante amplos. Para Carlos Silva, este foi um passo estudado e analisado ao detalhe, que culminou na união de estratégias quer para a Silvas AP quer para a RedeInnov, que trará, certamente, vantagens de negócio bastante interessantes. Para Nuno Reis, responsável da RedeInnov, “a entrada da Silvas AP irá, em primeira instância, aumentar a nossa abrangência geográfica, mas, também, trará grandes vantagens a nível de competição no mercado”.

Japanparts Group festeja 30 anos de atividade Este ano, o Japanparts Group festeja três décadas de atividade com os seus clientes, uma meta importante para a empresa que, ao longo destes anos, cresceu de forma exponencial. Em Itália e no estrangeiro. O ano de 2018 será para a empresa rico em eventos, não só para celebrar os sucessos alcançados, mas, também, pelo preenchido calendário de ações, que inclui a participação nos principais eventos do setor, nomeadamente as feiras Automechanika de Istambul, Birmingham, Moscovo e Frankfurt. Além disso, a empresa prevê, também, em colaboração com os clientes, participar em várias feiras locais para poder estar sempre em estreito contacto com o mercado e com os clientes de referência.

Krautli tem novas instalações no Porto O aumento expressivo do portefólio de produtos da Krautli Portugal nos últimos anos tem-se traduzido numa crescente necessidade de espaço para a empresa poder dar uma resposta adequada em termos de disponibilidade de stock aos parceiros de negócio. Neste sentido, a Krautli Porto mudou de instalações, para um novo espaço, com uma área total de cerca de 1.600 m2, representando, em volumetria, mais de três vezes a capacidade de armazenagem das instalações anteriores. Esta decisão permite solucionar a necessidade de espaço atual, garantindo que é assegurada a cobertura de entregas necessária e que existe o stock apropriado, no sítio certo, no momento certo. A nova morada da Krautli Porto é a seguinte: Rua Carlos Alberto Taipa Teles Menezes, n.° 70, Zona Industrial da Maia, Sector IV, 4470 - 557 Maia. www.jornaldasoficinas.com

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MEWA estreia panos de limpeza e esteiras de retenção reutilizáveis A MEWA oferece panos de limpeza e esteiras de retenção de óleo com serviço integrado, o que contribui para reduzir, significativamente, os acidentes de trabalho. Com uma história de mais de 100 anos, a empresa alemã é líder mundial em gestão têxtil desde 2011. Pequenas e grandes empresas fabris dos mais diversos setores, como, por exemplo, as indústrias automóvel, gráfica, têxtil, metalúrgica, da construção e alimentar, confiam no sistema inteligente, económico e amigo do ambiente da MEWA. Todos os dias, 2,6 milhões de profissionais em 23 países usam panos MEWA. Para assegurar que os panos e esteiras são guardados de forma segura e organizada, a MEWA disponibiliza o Safety Container SaCon, um contentor com tampa hermética, especificamente desenvolvido pela empresa para este fim. Este contentor contribui, também, para uma maior segurança nas fábricas. Para além disso, possibilita uma boa organização e ajuda a poupar tempo, uma vez que panos e esteiras estão sempre à mão e têm um lugar fixo na oficina, tanto antes como depois da utilização.

StarLite é a cor para automóveis de 2018 da Axalta A Axalta anunciou o lançamento da StarLite, a sua Cor para Automóveis do Ano de 2018. A StarLite é uma cor moderna, inovadora e premium para veículos atuais e futuros. Criada a partir da linha de tintas de cor ChromaDyne da Axalta desenvolvida para OEM’s da indústria automóvel, a StarLite é uma cor clara e reflexiva que usa o processo tricamada da Axalta e foi formulada com flocos de pérola sintéticos para criar um efeito perolado atrativo. É uma cor sofisticada que foi concebida para ter bom aspeto nos veículos de todas as dimensões, ao mesmo tempo que proporciona benefícios funcionais.

Auto Recto reuniu colaboradores em jantar de fim de ano No ano em que comemorou o 40.º Aniversário de atividade, sempre dedicada ao comércio de peças e acessórios, a Auto Recto reuniu os colaboradores da empresa num jantar de confraternização e convívio. Durante o encontro, Alcino Ferreira de Sousa e Paulo Rodrigues, sócios-gerentes da empresa, agradeceram o contributo de todos os funcionários para o sucesso alcançado pela empresa em 2017 e reforçaram o desejo de continuarem a crescer a nível de referências em stock e volume de vendas. A Auto Recto tem, atualmente, três lojas/armazéns (Porto, Ermesinde e Viseu), bem como uma rede de vendedores que cobre todo o país. Com uma equipa de 20 colaboradores e mais de 20.000 referências em stock, a Auto Recto tudo faz para servir cada vez mais rápido e com a melhor relação preço/qualidade, para total satisfação do cliente.

Krautli Portugal é distribuidor oficial Brembo A empresa liderada por Markus Krautli e José Pires celebrou um acordo para distribuir a marca de travagem Brembo, passando a disponibilizar os seus “icónicos” discos e pastilhas de travão. A Brembo é líder mundial de discos de travão e dispõe de uma gama com mais de 3.800 referências, que cobre mais de 98% do parque automóvel europeu. Para garantir uma excelente taxa de serviço aos seus parceiros, garantindo elevada disponibilidade de stock, a Krautli Portugal efetuou um importante investimento inicial em componentes de travagem Brembo. Com esta importante incorporação, a Krautli Portugal reforça a sua posição de fornecedor do aftermarket, garantindo aos seus principais parceiros de negócio um dos mais vastos portefólios de marcas de referência, presentes no equipamento original dos principais fabricantes de automóveis. Fevereiro I 2018

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Imprefil incorpora Parker no catálogo de produtos Continuando com a estratégia de desenvolver o seu negócio na Península Ibérica, a Imprefil anunciou a incorporação da gama de produtos de filtragem do reconhecido fabricante Parker Hannifin ao seu já amplo catálogo. Trata-se de um fabricante com mais de 100 anos de história e está há 50 anos na Península Ibérica fornecendo produtos de qualidade comprovada. De entre a ampla gama de produtos oferecidos pela Parker, a Imprefil, focada em satisfazer a procura dos seus clientes, selecionou e incorporou ao seu catálogo os produtos de filtragem para hidráulica e os separadores purificadores de fluidos. A incorporação dos produtos Parker ao catálogo da Imprefil ajuda os seus clientes a alcançar maiores níveis de produtividade e rentabilidade, diminuindo o tempo de inatividade em todas as suas operações, graças ao sistema de distribuição lançada no início de 2016 pela Imprefil.

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Grupo Beirauto fez primeira formação com CEPRA e ISEC C

O Grupo Beirauto realizou, no dia 13 de Janeiro, em parceria com o CEPRA e o departamento de mecânica do ISEC, a primeira formação inserida no conceito recentemente criado “Grupo Beirauto Academia”. A mesma incidiu sobre o atual tema start&stop. As expectativas para esta primeira ação de formação foram superadas pela elevada adesão registada. O Grupo Beirauto tem planeado um programa de formações para o ano de 2018, em Coimbra, para abranger os clientes das empresas Beirauto e Mondegopeças, bem como, em Aveiro, potenciando os clientes das lojas Mondegopeças de Águeda e Aveiro. Todos os temas serão atuais e relacionados com a atividade oficinal, tendo a componente de certificação do formando. O Grupo Beirauto inova através da aposta nestas formações e em outras ações, que serão levadas a cabo no decorrer do ano de 2018. Fevereiro I 2018

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OFICINAdoMÊS OFICINA DO MÊS

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Verde certificado › Reclama o estatuto de primeira oficina independente autorizada a fazer reparação e manutenção de veículos elétricos e híbridos. Criada em dezembro de 2017, promete fazer escola na sua especialidade Por: Jorge Flores

Pedro Borges gostava que, no futuro, a oficina fosse 100% elétrica. Até março, está projetado colocar um posto de carregamento elétrico

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naugurada em dezembro do ano passado, a Carveepe é uma oficina pensada e concebida, de raiz, para a manutenção de veículos elétricos e híbridos. “Somos a primeira oficina independente autorizada”, explica Pedro Borges, gerente e fundador da empresa “Até agora, quem fazia esse serviço eram os concessionários. E, nós, conseguimos essas certificações todas. Somos a primeira oficina autorizada a fazer manutenção de veículos elétricos e híbridos”, explica. Estamos focados nesses dois tipos de conceito de mobilidade, principalmente, de marcas premium: Mercedes-Benz, BMW e Porsche”, acrescenta o responsável, cuja formação profissional remonta à eletrónica da Força Aérea. “A base é essa. Estive lá seis anos. Depois, fui para a Mercedes-Benz, dois anos e pouco, tirando formações, tudo na parte elétrica e eletrónica. A seguir, emigrei para Angola, também para a Mercedes-Benz. E, aí, já existem muitos veículos topo de gama e muitos híbridos. Fui tirando essa formação. Estive lá 10 anos”, revela. Quando regressa a Portugal, em 2017,

Pedro Borges já tem em mente a criação da Carveepe. Um projeto que obrigou a um investimento considerável, sobretudo ao nível das “certificações, espaços vedados, chão próprio, equipamento de proteção individual específico”, conta. Sim, porque uma oficina que lida com veículos destas características particulares necessita de condições especiais. “Sou certificado até Nível 2. O Nível 3 ainda não está disponível, que é a reparação da bateria elétrica do veículo. Fazemos tudo. Tiramos o motor, colocamos a bateria, reparamos avarias em alta tensão. A certificação é para isso mesmo. Não permite um erro. Ao mínimo, apanho um choque e fico ali. Tem de se utilizar o equipamento de proteção individual apropriado”, explica Pedro Borges, avisando que se trata de uma área extremamente perigosa para quem não tenha formação.

BMW ou Renault, por exemplo. A programação é toda com a fábrica. Fazemos a ponte para ela. Pagamos as anuidades. Eles veem a certificação e, estando tudo certo, dão acesso a essa ponte. Assim, trabalhamos com o suporte da fábrica. Com os softwares todos originais”, sublinha Pedro Borges. A interligação com os clientes é essencial. O gerente realça o dispositivo que liga à ficha OBD. “Dou um número de série ao cliente. Ele vai embora, mas a qualquer momento pode saber onde está o veículo. Aliás, a viatura também não sai das nossas instalações sem uma sms a dizer que este vai fazer testes por algum motivo. Mas se o cliente quiser saber, na hora, é só agarrar no telemóvel e aceder à app. Além disso, vou dar acesso às câmaras para poder ver-nos a trabalhar no seu automóvel”, avança Pedro Borges.

n   SOFTWARE ORIGINAL Em termos de equipamento, a Carveepe dispõe de alguns trunfos. “Uma mais-valia que eu tenho é o software ligado às marcas. Quase todas. Seja Mercedes-Benz,

n   CLIENTES EMPRESARIAIS Quando arrancou para a criação da Carveepe, Pedro Borges já dispunha de uma carteira de clientes, nomeadamente junto de algumas câmaras municipais. “São obri-

gadas a ter veículos elétricos”, explica o gerente, dando conta do apoio que têm tido da autarquia do Montijo, onde estão situados. “Depois, há aqui umas empresas de recolha de lixo, cujas frotas já são 50 ou 60% elétricas”, reforça. Ou seja, embora esteja preparado para atender clientes particulares (trabalha veículos equipados com motor de combustão e tem área de pneus), a Carveepe pisca o olho, muito em particular, às empresas. “São clientes muito informados, mas colados às marcas, ao representante. Não têm a noção de que vindo cá fora continuam a manter as garantias”, diz. Parte da missão é espalhar a mensagem de que existe um protocolo assinado em que “se utilizar determinado material, que uso, não se perde a garantia”. No futuro, Pedro Borges gostava que a oficina fosse 100% elétrica. “Totalmente verde”, afirma. “Até março, está projetado colocar um posto de carregamento elétrico para os meus clientes saírem com o veículo na ‘carga máxima’. Já estou registado na MOBI.E. Só estou à espera da certificação – não do espaço nem minha – mas da instalação elétrica”, remata.  ✱

Carveepe Gerente  Pedro Borges  |  Morada  Rua Baltazar Manuel Valente, n.° 22, 2870 - 103 Montijo  |  Telefone  964 758 154 Email carveepe@gmail.com |  Site www.carveepe.pt Fevereiro I 2018

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EMPRESA Triauto

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Dina Santos garante que a nova loja da Av.ª do Brasil, em Lisboa, disporá de estafetas, em scooters, capazes de garantir entregas de hora a hora

Start-up com 50 anos › Mais tecnológica, flexível, ecológica e com os olhos focados na sua expansão internacional, a renascida Triauto é uma start-up com... 50 anos! O novo espaço de que dispõe, no Cacém, “iluminou” esta mudança de paradigma Por: Jorge Flores

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uando a experiência adquirida ao longo de 50 anos e o dinamismo e a inovação de uma start-up se encontram numa empresa, o futuro só poderá parecer luminoso. É esse o caso da Triauto - Importação e Comércio de Acessórios para Automóveis, Lda., empresa de referência no mercado de peças e acessórios para veículos ligeiros, que acaba de mudar-se para umas novas instalações, no Cacém, a dois passos de Lisboa, que promete ser uma autêntica lufada de ar fresco no setor. Uma “mudança estratégica” e adaptada a um novo plano de negócios, consoante explica Dina Santos, general manager, que abraçou o projeto, em junho, justamente, com o objetivo ambicioso de modernizar, catapultar as Fevereiro I 2018

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vendas e expandir a empresa, depois da experiência acumulada como advogada da mesma. “A Triauto tinha de crescer. Dispúnhamos de uma empresa obsoleta a nível de instalações. Eram as mesmas há 40 anos. Não conseguíamos crescer mais. Tínhamos um armazém completamente assoberbado de material. E não conseguíamos trazer novos produtos e novas marcas”, recorda. “Foi necessário encontrar estas instalações para dar resposta às nossas necessidades atuais e futuras”, acrescenta. No novo espaço, a área de armazenamento é quatro vezes maior e permite cinco níveis de altura. “Agora, temos um armazém com 1.000 m2. Mas vamos crescer, até porque temos espaço para isso.

Existe um armazém gémeo, por trás, já negociado, para quando necessitarmos”, sustenta Dina Santos, que reconhece ter muito “orgulho” no facto de o produto estar, hoje, “geo-referenciado e interligado com o stock”. Um investimento de 200 mil euros e que marca a diferença. n TEORIA E PRÁTICA A partilha de conhecimento será uma área crucial para a Triauto. “Temos uma área de formação com 150 m2. Estamos a instalar tudo o que é necessário. Desde o som ao suporte de vídeo-digital, para dispormos de uma área de formação tecnológica. Vamos ter representantes dos nossos fornecedores, como Hella, Magneti Marelli e Valeo, por exemplo, que virão a

Portugal sempre que há um produto novo, para lançá-lo na Triauto. Vão explicar como funciona e instalá-lo. A parte teórica vai decorrer toda no andar superior. Poderão visualizar como funciona o equipamento e, depois, no piso inferior, temos uma área para fazermos a montagem diretamente no veículo. Portanto, os mecânicos e os nossos clientes e funcionários poderão ver, não só, como funciona o produto na teoria, como, depois, instalá-lo, na prática. É a parte mais importante. É a área deles”, reforça Dina Santos. n STOCK PERMANENTE Um dos fatores distintivos da Triauto em relação aos concorrentes é o facto de “ter sempre produto em stock”, garante

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a responsável da empresa que dispõe, atualmente, de cerca de 32 mil referências. “Isso também se paga. Não é por sermos mais baratos. É por sermos competentes, por termos sempre material e por darmos uma resposta técnica imediata. Temos vários vendedores, que não são apenas comerciais. São, também, técnicos e engenheiros mecânicos. Em caso de dificuldade de instalação de um farol, de um motor de arranque ou de um alternador, vão lá e resolvem”, adianta. “Mas o mais importante, na Triauto, não é o nosso stock. É a nossa matéria-prima humana. É excecional. Temos pessoas a trabalhar aqui há 30 e 40 anos. Fazem a diferença. Quando é preciso, todos arregaçam as mangas”, diz. “Todos vestem a camisola”. Literalmente, até porque, recentemente, passaram a ter uma nova farda. Trunfo da Triauto é, ainda, a qualidade do produto que comercializam. Não apenas no segmento da iluminação eletrónica, o seu core business natural, mas ao nível de baterias para veículos elétricos (a empresa quer ser mais “verde”), de filtros, de pastilhas e discos de travão. “Quero satisfazer o meu cliente de A a Z, em caso de colisão. Resposta total. De uma só vez”, assegura Dina Santos. O universo de clientes, de resto, é vasto e diversificado: oficinas, casas de peças e concessionários de marca. Ao longo das suas cinco décadas de mercado, a Triauto assegura um vasto conjunto de acessórios: iluminação auto (Hella, Magneti Marelli, ULO e Vignal), climatização/ar condicionado (Behr Hella),

Vamos passar a estar representados, diretamente, no Porto, Braga e Valença. Vamos abrir em Faro. Temos Castelo Branco, Leiria e Lisboa. Para o início de fevereiro, Setúbal, Beja e Évora. A ideia é, em todos os distritos, ter um representante direto da Triauto a vender o nosso material e a dar acompanhamento”, explica a responsável ao nosso jornal. Fundamental para a empresa é a aposta na componente ambiental. “Estamos a fazer uma parceria com o maior produtor de veículos elétricos do mundo. Vou estar nos EUA com esse intuito. Queremos comercializar, em exclusivo, peças de uma marca de veículos elétricos nas áreas da iluminação e eletrónica. Estamos deter-

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minados em acompanhar o mercado”, enfatiza Dina Santos. n MARCA PRÓPRIA Outra novidade? “Vamos passar a ter produtos de componentes automóveis com marca Triauto. Desde espelhos, elevadores de vidros, baterias, óleos, líquidos. Materiais de desgaste e consumíveis. Passaremos a vender no retalho, em Portugal, com a nossa marca”, afirma. Trata-se de um projeto previsto para 2019, mas que levará a responsável a visitar várias fábricas em Itália e na China, a fim de encontrar um parceiro que responda aos requisitos necessários. “Só colocaremos o nome num produto que dê garantias

sistemas de segurança (Gemini e Alarm System), entre muitos outros. A empresa tem estado mais dedicada ao mercado de ligeiros, mas, graças à recente parceria com a Galucho, a tendência será para um maior “peso” das gamas para pesados. Um maior equilíbrio entre automóveis e camiões, portanto. n APOSTA MÚLTIPLA Os próximos tempos prometem ser agitados no quotidiano da empresa. A renovação (até da imagem) a tal obriga. Desde logo, porque o objetivo é alimentar uma filosofia de “porta aberta”. Como? “Queremos que as pessoas venham ter connosco. Além disso, vamos ter, também, uma loja que está a acabar de ser montada”, conta Dina Santos. “A equipa está a crescer. Triplicou desde que entrei. prévias de qualidade”, avisa. Para meados de fevereiro, está prevista a estreia da loja online. “É completamente inovadora. Não tem nada a ver com a realidade do mercado. Estará associada a uma app, mas será mais user friendly. As pessoas não são obrigadas a ter formação para pedir um farol. A ideia é que a minha filha de oito anos, se quiser, consiga encomendá-lo na app. Queremos facilitar a vida aos nossos clientes. Dar mais resposta às encomendas. E permitir uma maior fluidez no negócio. Deixo de vender em Portugal, para passar a vender no mundo. Vai ajudar na nossa expansão internacional e na nossa exportação”, sublinha. “A nossa componente de exportação vai passar, também, a ser uma realidade. Até agora, tínhamos o conceito de importação. Aliás, faz parte da designação comercial da empresa. Agora, vamos passar, igualmente, a ter a exportação. Tenho contactos com vários mercados no exterior e vamos enviar as peças que trabalhamos para mercados exteriores. Essencialmente, para os do Médio Oriente. É uma nova vertente”, conclui a general manager da Triauto.  ✱

A Triauto tem como objetivo aumentar a faturação de um milhão de euros, alcançada em 2017, em cerca de 25%

Triauto - Importação e Comércio de Acessórios para Automóveis, Lda. General Manager  Dina Santos  |  Morada  Alto da Bela Vista, EN 249-3, A4, 2735 - 307 Agualva (Cacém) Telefone  217 786 026/7  |  Email dcs@triauto.pt  |  Site www.triauto.pt www.jornaldasoficinas.com

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EMPRESA Fersa Bearings

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Espírito inovador

› A Fersa Bearings é uma multinacional espanhola que se dedica ao desenho, desenvolvimento, produção e distribuição de rolamentos de elevada performance. O espírito inovador faz parte do ADN desta empresa, que forma, desde 2016, com a NKE, o Grupo Fersa Por: Bruno Castanheira

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história da Fersa começou a escrever-se em 1968, quando duas empresas familiares da indústria automóvel se uniram para criar a A&S Fersa, levando, mais tarde, à criação da Fersa Bearings. Os elevados padrões de que dispõe, aliada à qualidade comprovada e à modernização do seus processos de produção, bem como ao contínuo investimento em pesquisa e desenvolvimento, permitiram a esta multinacional espanhola tornar-se fornecedora quer dos fabricantes de equipamento de origem (OEM) quer dos fabricantes de sistemas de transmissão. Facto que lhe permite estar entre as marcas líderes no aftermarket. A presença internacional da Fersa Bearings cresce dia após dia, chegando, hoje, a mais de 85 países. A extensa rede de

distribuição global de que dispõe, bem como a presença dos seus próprios centros de produção e escritórios de engenharia e vendas em mercados estratégicos, permitem à marca continuar a crescer em todo o mundo. No ano de 2016, foi criado o Grupo Fersa, através da fusão de dois fabricantes de rolamentos europeus: Fersa Bearings, em Espanha; NKE, na Áustria. Ambos são globalmente ativos no desenho, produção e distribuição de rolamentos de elevada qualidade para os mercados automóvel e industrial globais. O grupo está presente nos cinco continentes, com quatro fábricas de última geração, cinco centros de distribuição e três centros de pesquisa e desenvolvimento (dois na Europa; um na Ásia).

n 10 ANOS EM PORTUGAL A Fersa Bearings está presente no nosso país há uma década, sendo o mercado português considerado muito importante para si. Em 2014, a marca decidiu mudar de estratégia. Passou a focar-se mais nas necessidades das oficinas, realizando ações de formação, desenvolvendo ferramentas especiais e produtos auxiliares, dando especial apoio aos mecânicos. A partir daí, o seu volume de vendas triplicou em Portugal. E, para 2018, as previsões apontam para um crescimento de 20%. No início deste ano, a Fersa Bearings mudou-se para umas novas instalações, depois de adquirir um novo armazém. Com esta aquisição, as linhas de produção aumentaram, o espaço de armaze-

namento cresceu para 3.200 m² e foram unificados os escritórios comerciais. “Aumentámos a nossa capacidade de armazenamento em 8.000 locais”, afirmou Dionisio Ríos, diretor da cadeia de suprimentos da Fersa Bearings, que acrescentou que “o armazém está desenhado para maximizar a capacidade de armazenamento e realizar operações de picking em qualquer altura”. A expansão das instalações deveu-se à necessidade de dotar a empresa do espaço necessário para fazer frente ao crescente aumento do negócio nos mercados nacional e internacional. A empresa espanhola terminou o exercício anterior com vendas na ordem dos 73 milhões de euros. Além disso, fechou vários contratos no mercado asiático, onde espera

Fersa Bearings Gestor de distribuição ibérico  Crescencio Martínez  |  Sede  Calle Bari, 20, Polígono Industrial Plaza, 50197 Zaragoza (España)  Telefone  +34 976 333 850  |  Email comercial@fersa.com  |  Site www.fersa.com Fevereiro I 2018

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quintuplicar, na China, a sua faturação. Para 2020, têm apalavrados contratos a nível mundial que lhe permitirão alcançar um volume de negócios de 110 milhões de euros. n PROCESSO DE DIGITALIZAÇÃO A Fersa Bearings está a levar a cabo um importante processo de digitalização, de modo a implementar o conceito Indústria 4.0 na sua produção. O que a levou a desenvolver novas linhas 100% automatizadas, a digitalizar o seu controlo de produção de forma total através de sistemas próprios e a monitorizar os seus processos em tempo real. Graças a isso, a empresa conseguiu um aumento significativo da sua capacidade de produção nos últimos dois anos, como faz disso prova a subida de 40% no fabrico e a melhoria da eficiência do processo produtivo superior a 20%. “A implementação de processos digitais exige um perfil de colaborador cada vez mais especializado”, frisou Fernando Cebrián, diretor de produção da fábrica de Saragoça. “A Fersa Bearings reforçou a formação dos seus colaboradores da linha de produção de modo a fornecer-lhes ferramentas técnicas que os ajudem

ramentas específicas para cada aplicação, bem como informações completas sobre referências cruzadas. Este serviço completo nasceu sob o conceito de espírito inovador, baseando-se em quatro pilares fundamentais que, a seguir, serão mencionados. Primeiro: Academia Fersa (formação especializada sobre a marca e os seus produtos para distribuidores e oficinas, podendo as ações ser realizadas na sede, em Saragoça, ou nas instalações do cliente, além de existir um programa de assistência mecânica online, com vídeos de suporte e informações que visam a promoção de boas práticas nas intervenções). Segundo: Garantia Fersa (serviço de garantia alargada para as oficinas aprovadas pela marca, recebendo estas uma certificação oficial a confirmar que cumprem os padrões de qualidade exigidos, além de que, em caso de falha de um rolamento, estarem cobertos todos os danos colaterais associados a uma falha hipotética do componente). Terceiro: Acessórios Fersa (itens especialmente desenhados e fabricados pela marca para garantir o melhor desempenho e aumentar a vida útil dos rolamen-

Datas mais marcantes 1968

Criação da A&S Fersa em Saragoça, Espanha

1971

Desenho e fabrico das séries de rolamentos de roletes cónicos métricos e de polegadas

1981

Definição das normas de qualidade Fersa de matérias-primas, processo de retificação e tratamento térmico

1985

Desenho e desenvolvimento dos primeiros cones especiais (F 1500)

1991

Produção de rolamentos com flange

1995

Desenvolvimento de rolamentos de roletes cónicos de dupla carreira para rodas de veículos leves

2001

Lançamento de rolamentos cónicos da Série U e de direção. Aumento da gama de produtos: rolamentos de esferas standard, rolamentos especiais para embraiagens, rolamentos axiais de esfera e roletes cilíndricos com gaiolas de bronze

2003

Primeiros kits de roda para veículos leves: retentores, anéis de segurança e porcas

2005

Inauguração da nova fábrica em Saragoça, Espanha

2006

Desenvolvimento de rolamentos de esferas de dupla carreira

2008

Lançamento de rolamentos axiais de roletes (tipo “T”) e de rolamentos especiais de esfera

2009

a progredir quer a nível profissional quer pessoal”, deu ainda conta o responsável. Além disso, a empresa também aumentou, significativamente, a sua força de trabalho. Em 2017, a Fersa Bearings aumentou em 6% o pessoal direto e em 25% o pessoal técnico indireto. Para 2018, a empresa prevê alargar em 4,6% a atual equipa. Para a Fersa Bearings, a ampliação das instalações coincide com um momento muito especial para si, uma vez que comemora 50 anos desde que foi fundada, em 1968. A empresa nasceu após a união de duas oficinas familiares para criar A&S FERDSA (Fabricantes Especiales de Rodamientos, S.A.). Meio século depois, a Fersa Bearings está presente em mais de 85 países e dispõe de centros de produção em Saragoça (Espanha), Steyr (Áustria), Jiaxing e Shenyang (China). n FERSA CARE Em 2015, a multinacional espanhola criou o Fersa Care, serviço completo para o aftermarket que inclui educação de marca e formação para oficinas com fer-

Desenvolvimento de novas linhas de produtos, Hi Pro, que incorporaram melhorias na performance do produto. Estabelecimento de um escritório de vendas e engenharia no Brasil

2010

Desenvolvimento de rolamentos especiais para veículos pesados: rolamentos de cubo de camião (F 15000), kit de rolamentos de camião (F 200000) e rolamentos compactos de camião (F 300000)

2011

Lançamento de rolamentos de esfera com quatro pontos de contacto. Desenvolvimento de rolamentos especiais para o setor agrícola. Abertura de uma nova fábrica em Jiaxing, na China

2012 tos, como são os casos das graxas de Lítio, das ferramentas de rolamentos e dos kits com tudo o que é necessário para prolongar a vida útil do rolamento sem ter de substitui-lo). Quarto: Soluções Fersa (informações técnicas completas sobre rolamentos e aplicações para uma substituição perfeita; catálogo online de aplicações; cruzamento online de referências; informações sobre as principais aplicações das marcas mais importantes do mercado).  ✱ www.jornaldasoficinas.com

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Criação do centro logístico de distribuição da Fersa Iberia para os mercados de Espanha e Portugal

2014

Abertura de um centro logístico na China, em Jiaxing. Introdução da nova geração de rolamentos: Smart Bearing Demonstrator

2015

Abertura de dois centros logísticos nas “Américas”: um em Ohio (EUA), outro em Curitiba (Brasil)

2016

Fersa adquire fabricante austríaco de rolamentos NKE, o que levou à criação do Grupo Fersa Fevereiro I 2018

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EMPRESA Hispanor

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A crescer desde 1980

› Sediada em Braga e muito virada para a exportação, a Hispanor, que comemora, no próximo mês de abril, 38 anos de existência, comercializa produtos para manutenção automóvel no ramo da chapa e pintura. Só não dispõe de tintas. O pós-venda reúne, hoje, 75% da sua faturação, ficando os restantes 25% a cargo da indústria Por: Bruno Castanheira

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ispanor, NewCar, GestGlass, Wetor, Huplex. Do universo da Hispanor, fazem parte todas estas empresas. Mas sendo cada uma delas independente e não tendo as contas consolidadas, ainda que os produtos fluam de umas para as outras e elas acabem por ter relações comerciais próprias do negócio, não se trata de um grupo. A Hispanor, que comemora, no próximo mês de abril, 38 anos de existência, iniciou a sua atividade em 1980, ainda sob o nome de Liñares, Lema, F.R., Lda., como importador de anticorrosivos da marca DINOL para veículos e aviões. Por razões contratuais, foi criada, em 1990, outra empresa, esta já com a denominação de Hispanor (que até então era apenas Fevereiro I 2018

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o nome da loja situada em Braga), que comercializava outros produtos para os mesmos clientes, maioritariamente nos setores da indústria e da reparação e manutenção automóvel. A Hispanor acabou por absorver a Liñares, Lema, F.R., Lda. Nuno Mendonça, que é, a par de Luís Oliveira, administrador da Hispanor, conta a história ao Jornal das Oficinas: “Começámos com uma gama de anticorrosivos de uma marca apenas, a DINOL, com quem estabelecemos uma relação de exclusividade. Tinha 21 anos quando abri a empresa. E comecei a constatar, depois, que os meus colegas de profissão de outros países criaram outras empresas paralelas para poder comercializar outro tipo de produtos. Foi o que fizemos mais

Nuno Mendonça foi quem fundou, em 1980, a Liñares, Lema, F.R., Lda. Em 1990, foi criada a Hispanor, que, hoje, integra no seu universo mais quatro empresas: WETOR, Huplex, NewCar e GestGlass

tarde. Eu e o Luís Oliveira”. A Liñares, Lema, F.R., Lda. já era conhecida, na altura, como Hispanor, ainda que esta fosse apenas uma loja. “Quando formámos a nova empresa (a Liñares Lema, F.R., Lda. continuou a comercializar anticorrosivos), resolvemos atribuir-lhe o nome de Hispanor. Quando a marca DINOL foi vendida a outro grupo suíço, estabeleceram-se novos contratos, com novas cláusulas, onde se acabou com a exclusividade. Pouco tempo depois, decidimos encerrar a Liñares Lema, F.R., Lda. Até porque a Hispanor começou a crescer cada vez mais e acabou por ficar maior do que a empresa original, que atuava mais na indústria do que no setor automóvel”, diz Nuno Mendonça.

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n RELAÇÕES SÓLIDAS A Hispanor comercializa produtos para manutenção automóvel no ramo da chapa e pintura. Só não dispõe de tintas. O pós-venda reúne, hoje, 75% da sua faturação, ficando os restantes 25% a cargo da indústria. A inovar desde 1980, a organização de Nuno Mendonça e Luís Oliveira dispõe, entre as empresas Hispanor, NewCar e WETOR, visto alguns elementos serem comuns, de 25 colaboradores. E são 800 os clientes que lhes adquiriram artigos nos últimos seis meses. Contabilizando os das restantes empresas, o número ascende a 1.600. A missão da Hispanor assenta em quatro vetores. Primeiro: satisfação dos clientes, através da introdução permanente de novos e originais produtos, da oferta de uma gama integrada de materiais e sistemas de qualidade e da melhoria contínua do desempenho técnico, logístico e formativo. Segundo: satisfação dos colaboradores, pelo aumento contínuo do seu nível motivacional, independentemente do departamento a que pertençam. Ter-

ceiro: satisfação dos sócios, pela melhoria da imagem da empresa e da retribuição do capital investido. Quarto: satisfação da sociedade, através da geração de emprego e riqueza. Tendo como principais marcas as ABNET, AUTOSOL, AUTOMAGIC, DINOL, INTEC, MOBACC, PLAST-PT, PROSPERO, Q-OIL, Q-BOND, TITE-REACH e WETOR, só para citarmos algumas, a Hispanor dis-

tribui várias em regime de exclusividade no nosso país e, nalguns casos, também na Europa. A relação com os seus parceiros de negócio é sólida, duradoura e de continuidade, não sendo efémera nem ocasional. Para darmos um exemplo, basta referir que a marca DINOL está com a empresa bracarense desde 1980. n VIRADA PARA A EXPORTAÇÃO Com cerca de 35% do seu volume de faturação a ser assegurado pelas operações de exportação, a Hispanor tem uma forte presença no país vizinho com a marca própria WETOR. “Adquirimos produtos de marca branca (ou sem marca) e colocamos-lhes o nosso rótulo. A WETOR é uma marca forte em Portugal, mas mais ainda em Espanha, o que não deixa de ser curioso”, dá conta Nuno Mendonça. “A WETOR surgiu no início dos anos 90. Por volta do ano 2005, quando demos o salto para Espanha (onde estamos presentes com uma empresa, desde 2008, chamada Huplex, que distribui e comercializa os produtos, ainda que a

exportação seja feita pela Hispanor), a nossa marca começou a crescer. Todos os dias temos um fluxo muito grande de e para Espanha. A WETOR tem uma gama completa e está, hoje, presente em todo o mundo. Não apenas em Espanha”, acrescenta o responsável. A Hispanor também expede mercadoria, diretamente, para os clientes espanhóis, se tal for necessário. Em todo o

caso, os produtos são faturados à Huplex. “Espanha, sabe, ainda está um pouco à frente de Portugal. Já não é um ou dois anos, como no passado, mas alguns meses. Apesar de existir Internet, os espanhóis sabem primeiro das coisas do que nós. Ou seja, os produtos e as soluções aparecem primeiro em Espanha e só depois em Portugal. As novidades a nível ibérico estão em Espanha. Normalmente, tirando algumas exceções, aquilo que “pega” em Espanha também “pega” em

Portugal”, confidencia Nuno Mendonça. Mas as operações fora de Portugal não se limitam a Espanha. Bem pelo contrário. “Quando decidimos avançar para a exportação a nível europeu, criámos uma empresa chamada... WETOR. Apesar de ser o nome da marca própria da Hispanor, é, também, uma empresa. Com capital português e espanhol. A empresa exporta para todo o mundo, exceto para Espanha,

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onde existe a Huplex”, frisa o responsável. n EVOLUÇÃO CONSTANTE Mas a história da Hispanor não ficaria completa sem mencionar duas outras empresas que fazem parte do seu universo: NewCar e GestGlass. “No final dos anos 90”, conta Nuno Mendonça, “a Hispanor ‘aventurou-se’ e criou uma rede de franchisados que fazia serviços rápidos, a NewCar, que, em 2001, começou a fazer substituição de vidro automóvel, sendo, na altura, um departamento da Hispanor”. Mais tarde, “começámos com a importação de vidros para a NewCar. É, aqui, que entra a GestGlass. A NewCar, que já tinha crescido bastante, passou a tornar-se numa empresa 100% independente. E ainda tivemos, durante ano e meio, a Hispanor Brasil. Mas acabámos com ela”, explica o nosso interlocutor. Tendo o seu portefólio em constante expansão, uma vez que a sua política passa por introduzir produtos novos, até para compensar o decréscimo de algum possa evidenciar, a empresa da cidade dos ar-

cebispos tem crescido todos os anos. Como aliás, as restantes insígnias que fazem parte do seu universo, ainda que a WETOR obedeça a ciclos específicos. Em equação, está a criação de uma dependência da Hispanor em Lisboa, visto que a GestGlass já dispõe de um polo na capital portuguesa. Ao invés, definida está já a forte presença que a companhia quer ter nas redes sociais. Novos produtos? “Lançaremos vários sim, quer a nível nacional quer internacional”, revela Nuno Mendonça. A equipa? “Vai aumentar em breve”, acrescenta. A concluir, o responsável assegura que a exportação é o grande objetivo para 2018. “Será a nossa grande aposta, onde prevemos crescer 20%. É, aliás, onde existe a maior margem de progressão”. E que a presença nos salões é para continuar. “Nas feiras nacionais e internacionais. De 20 a 22 de abril, teremos um espaço na expoMECÂNICA. De 11 a 15 de setembro, iremos estar como expositores na Automechanika Frankfurt. E, agora em 2019, teremos um stand na Motortec Automechanika Madrid”.  ✱

Hispanor – Produtos Industriais, Lda. Administradores  Nuno Mendonça e Luís Oliveira  |  Morada  Rua das Indústrias, Lote 12, Parque Industrial de Frossos, Apartado 293, 4700 – 110 Braga  |  Telefone  253 300 340  |  Email info@hispanor.pt  |  Site www.hispanor.pt www.jornaldasoficinas.com

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EMPRESA Quimirégua

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Trajeto colorido

› A Quimirégua, que forma, com a Quimidouro, o grupo que é gerido pela dupla Armando Musqueira e José Manuel Magalhães, tem tido um trajeto colorido ao longo dos seus quase 14 anos de atividade, sendo dos parceiros mais importantes da Spies Hecker em Portugal Por: Bruno Castanheira

T

udo começou em 1982, quando Armando Musqueira e José Manuel Magalhães fundaram a Quimidouro. Com sede em Caldas do Moledo, a empresa, a partir de umas instalações com apenas 50 m2, produzia e comercializava detergentes para os setores automóvel, industrial, hoteleiro e da construção civil. “Dois anos mais tarde, face ao aparecimento de diversas Fevereiro I 2018

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empresas multinacionais no mercado português e devido ao facto de ter saído nova legislação, decidimos abandonar o fabrico de produtos químicos. Nessa altura, já tínhamos identificado uma lacuna no setor da repintura automóvel na região e decidimos abraçar um novo ramo de negócio, sem nunca abdicarmos, contudo, da comercialização de produtos químicos”, começa por revelar Armando

Musqueira ao Jornal das Oficinas. Acrescentando, de seguida, que “a nossa relação com as tintas já vem dos tempos da Valentine Portugal, que, em 1989, foi inserida no Grupo Spies Hecker. n PLAYER DE REFERÊNCIA Com cerca de 700 clientes ativos no conjunto das duas empresas e uma equipa composta por 23 colaboradores,

a Quimirégua tem a exclusividade da Spies Hecker nos distritos de Vila Real e Bragança. Além disso, dispõe de forte presença na região do Grande Porto e em várias zonas dos distritos de Braga e Viseu. “A zona que concentra o nosso maior volume de faturação? Sem dúvida, a região do Grande Porto”, refere Armando Musqueira, frisando, depois, que “a Spies Hecker é a marca que assume

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maior expressão dentro da nossa organização, à frente de 3M, Indasa e Norton”. Além da Spies Hecker, a Quimirégua dispõe da marca própria 8K, que disponibiliza produtos específicos que a marca premium da Axalta Coating Systems não tem, ou seja, as duas insígnias não colidem minimamente. “O nosso core business é o setor automóvel, tanto a nível de tintas Spies Hecker como de consumíveis e equipamentos (cabinas de pintura, por exemplo)”, reforça o nosso interlocutor. Criada, em 2004, na Maia, a Quimirégua é um player de referência nas regiões onde desenvolve a sua atividade, tendo registado um forte crescimento ao longo dos anos. Sempre focada na repintura automóvel. Exemplo de sucesso gerado por um excelente trabalho comercial aliado a uma boa gestão administrativa e financeira, a empresa foi distinguida com o estatuto de PME Líder 2013 e 2014 e com o estatuto de PME Excelência 2014 e 2015. Além do atual espaço em Custóias, que dispõe de 2.000 m2 de área, dos quais 1.500 m2 são cobertos, o grupo conta ainda com infraestruturas na Régua (2.000 m2) e com uma delegação em Bragança (250 m2), que abriu em 1995. “Na região do Grande Porto, trabalhamos mais as tintas e os consumíveis. Na zona da Régua, são os equipamentos que assumem maior expressão”, esclarece Armando Musqueira. Das duas empresas do grupo, a Quimirégua é a que reúne o maior volume de faturação. n ASSISTÊNCIA DE TOPO Tendo milhares de referências em stock (assegurando este entre mês a mês e meio de atividade), a Quimirégua assume-se como a empresa que melhor assistência técnica presta no setor da repintura automóvel, dispondo de quatro técnicos que andam sempre no terreno. Além disso, distingue-se pelo rigor naquilo que faz e pela boa qualidade

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Armando Musqueira (à esq.ª) e José Manuel Magalhães (em baixo) criaram, em 1982, a Quimidouro. No ano de 2004, foi a vez da Quimirégua

comercial, sempre acompanhada por um bom suporte financeiro. Ambos os fatores permitem-lhe desenvolver uma atividade direcionada para as necessidades

dos clientes, estando o grupo sempre atento às novidades do mercado. Não será por acaso que conta com parcerias há mais de 30 anos. Em 2017, a empresa de Armando Musqueira e José Manuel Magalhães registou um crescimento de 15,9% em relação a 2016. Para 2018, as previsões apontam para uma subida 18% em relação a 2017. O ano que há pouco se iniciou será, aliás, bastante atarefado para a Quimirégua. Armando Musqueira explica porquê: “Estamos a reduzir o nosso centro de treino e a ampliar em 200 m2 o espaço de armazenagem, de modo a ficarmos com 800 m2 de stock. O novo centro de treino terá duas cabines de pintura (atualmente são quatro) e contará com duas áreas de preparação e mais uma para peças. Deverá estar tudo operacional no início de 2019”. A ideia, de resto, passa por dar mais formação nas instalações de Custóias, de modo a evitar que os profissionais se desloquem tantas vezes

a Lisboa. “Queremos fazer formação diariamente a partir das 18h”, frisa o responsável. Obras de melhoramento está, também, a sofrer o exterior do edifício, que exibirá uma imagem renovada. De Armando Musqueira quisemos saber o que pensa ele sobre o negócio que lidera e o setor no qual opera. “Dispomos de quatro anos para crescer. Penso que teremos uns bons quatro anos pela frente. Mas o futuro a Deus pertence. E é incerto. Até lá, não estou muito preocupado. Depois, creio que o setor da repintura automóvel estagnará ou irá mesmo regredir”, afirma. Para, em jeito de conclusão, assegurar que “os veículos autónomos, que tenderão a reduzir os acidentes, irão fazer baixar o consumo de tinta. Nessa altura, encontraremos, seguramente, outra forma de reinventar o nosso negócio. Fizemo-lo em 1984, quando nos ‘virámos’ para o setor da repintura, sem deixarmos, contudo, os produtos químicos”.  ✱

Quimirégua – Detergentes Químicos da Régua, Lda. Administradores  Armando Musqueira e José Manuel Magalhães  |  Morada  Rua Teixeira Lopes, 460, 4460 – 833 Custóias MTS Telefone:  229 619 470  |  Email quimiregua@mail.telepac.pt  |  Site www.quimidouro.pt www.jornaldasoficinas.com

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EMPRESA ECR

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Albino Moreira é quem lidera os destinos da ECR, empresa especialista no conceito Smart Repair, que assenta em três premissas: mais rápido, mais barato, mais localizado

Reparação inteligente › Criada há pouco mais de um ano, a ECR (Express Car Repair) aposta na reparação inteligente de veículos e importa, em regime de exclusividade para o nosso país, as marcas HBC System, CARHEAL e Swissvax. Além disso, dispõe do único centro de formação Smart Repair existente em Portugal Por: Bruno Castanheira

N

ascido e criado na Suíça, Albino Moreira é o rosto mais visível da ECR, iniciais que resultam das palavras Express Car Repair. Criada no final de 2016, a empresa de Fafe aposta na reparação inteligente de veículos (interior e pequenas secções da carroçaria), sem esquecer a chamada big repair (“pega” num veículo, desmonta-o todo e torna-o novo). Nas instalações de 380 m2, que aumentarão para 780 m2 dentro de pouco tempo, existe uma oficina de reparação e o único centro de formação Smart Repair em Portugal. A venda das três marcas que a ECR representa em regime de exclusividade para o nosso país Fevereiro I 2018

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é feita através do Facebook, de email ou por intermédio da ação dos comerciais no terreno. Brevemente, haverá uma loja online. Ainda que tenha operações de revenda de alguns produtos fora da exclusividade, a empresa de Albino Moreira representa em Portugal as marcas dinamarquesas HBC System (componentes para Smart Repair) e CARHEAL (estruturas para Smart Repair). A primeira, desde setembro de 2016. A segunda, desde março de 2017. Às quais se juntou, em outubro do ano passado, a marca suíça Swissvax (manutenção e tratamento de automóveis). Todas se completam.

n  NO INÍCIO, ERAM PELÍCULAS Existem histórias interessantes e férteis em detalhes. Como a de Albino Moreira, que começou, em 2001, com apenas 16 anos, a sua atividade profissional na Suíça. “Percorria, diariamente, duas horas de comboio para cada lado para colocar películas numa empresa de tuning. Gostava mesmo daquilo”, revela ao Jornal das Oficinas. “Mais tarde, vim para Portugal, onde já tinha estado uns anos antes a estudar, para acabar o ensino secundário. Comecei, em simultâneo, a trabalhar em part time em casa, onde colocava películas, fruto da minha experiência e formação obtidas na

Suíça”, acrescenta. “Quando entrei para a Universidade Lusíada de Vila Nova de Famalicão, apareceu-me o contacto (nem me lembro bem como) de uma empresa que colocava películas em viaturas dos jogadores do FC Porto. Nessa altura, até às 17h, ia todos os dias à cidade do Porto colocar películas nas viatura, uma vez que tinha aulas sempre depois dessa hora. Comecei a ter muito trabalho”, conta o diretor-geral da ECR. Albino Moreira criou, em 2008, andava ainda na faculdade, a sua primeira empresa, F Design, junto à zona industrial de Fafe, onde dispunha de um colaborador. “Quando acabei o curso, em 2010,

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decidi abrir uma loja no centro da cidade e alterei o nome para FD Películas. Passei a ter um espaço mais físico e mais bonito, junto à estrada. Depois, em 2011, começaram a surgir as películas de arquitetura para edifícios. Decidi investir nesse ramo. Mais tarde, quando criámos o novo site, alterámos o nome da empresa novamente para F Design, uma vez que, além de colocarmos películas, fazíamos intervenções Smart Repair”, explica o responsável.

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n  CONCEITO SMART REPAIR Com uma equipa composta por oito colaboradores, a ECR dá formação em restauração de interiores de veículos no âmbito do conceito Smart Repair, que consiste em reparações inteligentes num prazo máximo de uma hora. “O conceito é efetuar pequenas reparações até ao tamanho de uma folha A4, ou seja, reparar apenas aquilo que está estragado, como, por exemplo, uma secção do tablier que apresente um furo proveniente do kit de mãos livres. Neste caso, elimina-se apenas o furo em vez de intervencionar todo o tablier”, explica Albino Moreira. Situação que, na reparação dita “tradicional”, implica a substituição de todo o tablier. “No caso de um para-choques que deu um toque numa parede, repara-se apenas a zona do estrago. O conceito Smart Repair assenta em três premissas: mais rápido, mais barato, mais localizado”, acrescenta o nosso interlocutor. A ideia de apostar neste conceito de reparação surgiu em 2011, quando a F Design enveredou pela arquitetura. “Acabou por ser uma simples coincidência. Comecei a perceber que 80% dos clientes eram provenientes do comércio automóvel. Posso afirmar que 50% das viaturas importadas para o nosso país têm problemas. Achei que devia explorar essa área, até porque tinha algumas bases do tuning. Comecei a investir em Smart Repair e o trabalho começou a chegar”, afirma. Em 2016, quando começou a importar para Portugal a marca HBC System, Albino Moreira sentiu necessidade de criar uma nova empresa para vender os

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A cera e suficiente para 10-20 aplicações. Intervalo de aplicação para veículos usados diariamente: 3 meses

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site em Portugal. “A Swissvax, que nasceu em 1930, é uma marca famosa pela sua gama de ceras, feitas artesanalmente na Suíça. Dispõe de uma linha completa de produtos de car care, como massas de polir e champôs, por exemplo. As ceras são desenvolvidas para proteger a pintura do veículo e puxam pelo brilho da cor da carroçaria. A marca também dispõe de ceras para jantes e madeiras”, explica o responsável. Que frisa que a marca que maior expressão assume dentro da ECR e aquela em que mais aposta é a A HBC System, embora seja ainda pouco conhecida, ao contrário da Swissvax, que é uma marca premium de renome. “A HBC System é uma marca virada para

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a Smart Repair, que é uma área pouco explorada ainda no nosso mercado. Portugal não está muito desenvolvido em termos de Smart Repair, existindo, por isso, muita margem de progressão nesta área”, assegura Albino Moreira. Este conceito pode ser conhecido na edição de 2018 da expoMECÂNICA, onde a ECR marcará presença de 20 a 22 de abril. “A primeira feira nacional em que participei? Na Exponor, em 2007, quando colocava películas em automóveis de jogadores do FC Porto”, conta. Neste momento, a ECR fornece a BMW Portugal com a HBC System. E tem uma forte presença no setor independente. “Pretendemos chegar a empresas de rent-a-car. O maior mercado de Smart Repair é assegurado pelos operadores de aluguer de veículos, que são os maiores consumidores da marca CARHEAL. Até porque 17% do orçamento destas empresas (os dados são conhecidos) é gasto com tempo e pessoal”, assegura Albino Moreira. Em estudo, está um possível acordo com a Carglass Portugal, a viabilidade das operações de exportação para os PALOP e a possibilidade de representação da HBC System no Brasil. Certo, certo, é que, em 2018, a ECR, que dispõe de cerca de 500 clientes em Portugal (continente e ilhas), alargará as suas instalações (no piso superior existirá um showroom; em baixo ficará o armazém e a zona de atendimento),

equipamentos. “Não podíamos juntar tudo. E, então, ficou a F Design para os serviços de reparação de automóveis, a FD Películas para a colocação de películas e a ECR para a venda de equipamentos. Acabamos por ser, de facto, um grupo de três empresas: FD Group. n  NOVIDADES PARA 2018 No ano passado, a ECR participou nas feiras expoMECÂNICA (Exponor) e MECÂNICA (FIL). Nesta última, que decorreu, em Lisboa, no final de novembro, Albino Moreira apresentou ao aftermarket nacional a Swissvax, que já está disponível e que, dentro em breve, contará com um

aumentará a equipa comercial até julho com dois elementos, terá um novo site e, a partir de março, entrará em funcionamento um centro de formação Smart Repair nas Caldas da Rainha para abranger os clientes do sul do país. A partir de abril, serão disponibilizadas ações com a marca Swissvax. Este ano, a ECR prevê duplicar o seu volume de faturação face a 2017. E, em 2019, Albino Moreira gostaria estar presente como expositor na feira Motortec Automechanika Madrid.  ✱

ECR (Express Car Repair) Diretor-geral  Albino Moreira  |  Morada  Rua de Cavadas, 28, cave, fração T, 4820 – 588 Quinchães (Fafe) Telefone  253 591 262  |  Email geral@ecr.pt  |  Site www.ecr.pt www.jornaldasoficinas.com

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TÉCNICA&SERVIÇO Acesso à informação técnica do fabricante

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Imprescindível para a oficina › A oficina deve apostar no acesso à informação técnica do fabricante para estar na vanguarda do negócio e distinguir-se da concorrência. Sem esta informação, o futuro é incerto

P

arte fundamental da reparação é a informação da qual dispõem as oficinas independentes e outros profissionais do setor no que respeita a novas tecnologias, condicionada pela exigência do cliente, que quer o seu veículo reparado e em perfeitas condições o mais rapidamente possível. Os veículos incorporam novas tecnologias para reduzir a sinistralidade e para tornar a vida a bordo mais fácil, confortável e segura. Inúmeros sensores, radares, câmaras, motores elétricos, caixas de velocidade automáticas, baterias de alta tensão, equipamentos multimédia e climatizadores, entre outros, ajudam na condução mas, por outro lado, aumentam a dificuldade das reparações na oficina, uma vez que é necessário saber abordar todos estes elementos convenientemente. É um facto que, até há pouco tempo, existiam especialistas mecânicos/bate-chapas que sabiam reparar o veículo sem dificuldades, apenas com a sua experiência, os seus conhecimentos e algumas ferramentas. Contudo, com a chegada da Fevereiro I 2018

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eletrónica ao mundo automóvel, os tempos mudaram. Esta realidade requer um técnico de eletrónica/informática, ou seja, um eletromecânico com conhecimentos de informática (mecatrónico) que saiba manusear todo o tipo de equipamentos eletrónicos cada vez mais especializados (alinhadores, ferramentas de diagnóstico, estações de carregamento de A/C, equilibradoras de rodas, medidores eletrónicos, verificadores de baterias, osciloscópios, regloscópios), conhecimentos que se somam aos da mecânica pura e dura de sempre. n  PROCESSO DE ADAPTAÇÃO Mas por muito bom mecatrónico que se possa ser e por muito bom que seja o equipamento à disposição, um fator importantíssimo, hoje, é o acesso à informação. Quem tem informação, tem poder. De pouco lhe vale saber muito de eletrónica ou ser muito bom eletromecânico se, por exemplo, não souber como funciona o sistema ou que tolerâncias admite. Ou os ajustes e as configurações do mesmo. Face a esta realidade, resta-

-lhe apenas reinventar-se e avançar sem medo para as evoluções tecnológicas do automóvel (motores com novas tecnologias, mais componentes eletrónicos, mais informática e telemática). A conclusão é que é necessária uma adaptação constante dos conhecimentos e da utilização de equipamentos. É, aqui, que entra em jogo uma nova ferramenta, tão imprescindível como a chave 10/11 ou o equipamento de diagnóstico: a informação técnica dos fabricantes. A mesma informação que as marcas de automóveis dão aos seus concessionários e oficinas oficiais para que possam fazer frente a todas as dificuldades de reparação dos seus serviços, assegurando a satisfação dos clientes e a fidelização dos mesmos. As marcas de automóveis não partilhavam, facilmente, este tipo de informação com as oficinas independentes e dificultavam o acesso, por vezes com restrições administrativas. Noutras situações, não permitindo a escolha de idioma e, ocasionalmente, através de um mau acesso à página web, afetando a livre prestação

de serviços e a liberdade para escolher uma oficina, que é um direito do cliente. Mas, graças ao Regulamento 715/2007, esta realidade mudou: regula o acesso à informação relativa à reparação e manutenção dos veículos, sendo que esta informação deve ser proporcionada a todos os operadores independentes que tenham competências, conhecimentos e formação técnica e profissional suficientes (não só a eletromecânicos mas, também, a bate-chapas, pintores, rececionistas, eletricistas, peritos). n  OBJETIVOS DEFINIDOS Que exista uma concorrência real no setor do pós-venda da reparação automóvel. Agora, o reparador profissional pode contar com esta informação através do acesso online de forma rápida e simples, através de funções de busca fáceis de utilizar; poderá aceder à informação técnica mais precisa, original e completa do mercado, obtendo, assim, inúmeras vantagens para o seu trabalho ou negócio. Por um lado, o profissional pode intervir corretamente e

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CESVIMAP

Colaboração

www.cesvimap.com meia_alto_Jaba.pdf

Regulamento (CE) 715/2007

Regulamento (UE) 566/2011

CAPÍTULO III Acesso à informação relativa à reparação e manutenção dos veículos. Artigo 6 Obrigações dos fabricantes: Os fabricantes darão aos agentes independentes acesso sem restrições e normalizado à informação relativa à reparação e manutenção dos veículos, através de endereços web com formato normalizado, onde a referida informação será de fácil e rápido acesso e será apresentada de forma não discriminatória, comparativamente à informação ou ao acesso disponibilizado aos concessionários e oficinas de reparação autorizadas. Para melhor atingir este objetivo, a informação deve ser proporcionada de forma coerente.

MODIFICAÇÃO DO REGULAMENTO (CE) 715/2007 No artigo 71, a secção 2 é substituída pelo texto seguinte: Os fabricantes darão acesso anual, mensal, diário e horário à informação relativa à reparação e à manutenção dos veículos, incluindo serviços transacionais, tais como a reprogramação ou a assistência técnica, com taxas para acesso a esta informação que variarão conforme os períodos acordados para a cedência de acesso.

Endereços web de fabricantes

realizar uma reparação de acordo com as especificações do fabricante, uma vez que consegue proceder de forma específica e trabalhar corretamente. Por outro, há uma redução dos tempos de mão de obra proporcionada pela informação detalhada sobre os passos a realizar, o que resulta numa melhoria da produtividade e da rentabilidade. Para o efeito, dispõe de manuais de manutenção, manuais técnicos, informação sobre componentes, diagramas de cablagem, códigos de erros, boletins técnicos de serviço, informação sobre ferramentas e equipamentos, tempos de trabalho, soft-

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Nós damos uma mãozinha

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Não fazemos manutenção automóvel, mas fazemos a manutenção da sua terminologia!

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ware e formação técnica, entre outros, para além das respetivas atualizações para restituir e reprogramar sistemas e unidades de controlo eletrónico do veículo (característica aplicável a todas as viaturas de turismo homologadas na Europa a partir da norma Euro 5 do ano 2009, sendo, regra geral, necessário ter acesso a níveis superiores que são pagos e, em certos fabricantes, participar em cursos de formação). Por outro lado, por vezes precisamos de ajuda para encontrar o problema/avaria apresentado pelo veículo. Neste caso, os fabricantes oferecem várias soluções: tratamento de sintomas standard; métodos guiados para encontrar a avaria, seja por efeito cliente ou por código de erro. Ou ainda dar assistência técnica online mediante o cumprimento de certas condições (pagamento adicional deste serviço e largura de banda são apenas dois exemplos). Sem esta informação, e devido ao desconhecimento de como reparar alguns sistemas incorporados no veículo, uma reparação poderá provocar danos. Situação, de resto, nada agradável.   ✱

TRADUÇÃO E DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA Criamos e traduzimos manuais técnicos à melhor relação qualidade/preço do mercado. Temos profissionais especializados em várias áreas da indústria e uma tecnologia que nos permite criar projetos à medida de cada cliente. CONHEÇA O PROGRAMA PARCEIRO JABA Através da identificação e alinhamento de todas as traduções antigas do parceiro JABA, é criada uma base de dados que permite detetar todas as repetições em novos projetos e baixar consideravelmente o valor final do documento, mantendo a terminilogia e o estilo de comunicação já existentes. Um programa criado a pensar em si!

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TÉCNICA&SERVIÇO Cabines de pintura

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Condições ideais de aplicação e secagem › A cabine de pintura é um equipamento fundamental nas oficinas de colisão para a obtenção de um trabalho com alta qualidade de acabamento e tempos de execução eficientes

A

instalação de uma cabine de pintura numa oficina deve reunir as condições ideais para aplicação e secagem da pintura. Este ambiente ideal permite melhorar a qualidade do acabamento, visto permitir ajustar a temperatura e humidade adequadas, sem turbulências e num ambiente limpo, diminuindo o tempo de evaporação e secagem das pinturas, reduzindo a contaminação ambiental e protegendo a saúde e segurança dos funcionários. A grande maioria das oficinas de chapa e pintura dispõe de uma cabine para a aplicação e secagem das pinturas, embora também seja possível dispor de uma cabine para aplicação da pintura e, em seguida, passar para outra cabine (forno) para a secagem, seja em paralelo ou em linha (tipo túnel). Sendo possível utilizar ambas ao mesmo tempo, embora esta opção exija mais espaço e implique mais despesas.

no interior, normalmente lã de rocha, fibra de vidro ou poliuretano injetado. Tanto a superfície exterior como a interior, são revestidas para proteção contra corrosão e contra fogo com produtos ignífugos. No interior, as paredes devem ser de cor branca para não interferirem na perceção da cor e lisas para evitar a acumulação de restos de pulverização e facilitar a limpeza.   PORTAS – Geralmente, dispõem de dois tipos de portas: uma grande para o acesso de veículos ou peças, com sistema de abertura rápida; uma ou duas portas de serviço mais pequenas para o acesso de pessoas, de forma a não ser necessário abrir a porta grande sempre que o pintor sair ou entrar na estufa, reduzindo, assim, o risco de entrada de pó, correntes de ar ou variações de temperatura. Estas portas têm uma parte envidraçada para permitir a visualização do interior da estufa. l

ILUMINAÇÃO – Na estufa é importante dispor de luz suficiente para controlar a aplicação das tintas, de forma a ser possível ver facilmente se a zona a pintar foi bem coberta, se o esbatimento foi realizado corretamente, se o verniz foi aplicado homogeneamente. Esta iluminação é composta por lâmpadas fluorescentes ou, atualmente, por luzes de LED para menor consumo e maior duração. Em ambos os casos, devem resistir às temperaturas atingidas na estufa e proporcionar a quantidade e qualidade de luz apropriadas (luz do dia, fluxo luminoso mínimo de 1000 l

n  COMPOSIÇÃO A cabine é um espaço estanque que isola as operações de pintura das restantes operações da oficina. Esta deve ser resistente, segura, fiável e fácil de utilizar. Existem diferentes designs e tamanhos de estufa, mas, basicamente, são compostas pelos seguintes elementos:   PAREDES – São modulares para adaptação às diferentes necessidades e tipo sandwich, compostas por dois painéis de aço inoxidável com isolamento térmico l

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lux). Estas lâmpadas estão protegidas, em instalações estanques, ao longo da estufa e em ângulo entre as paredes laterais e o teto da estufa. Opcionalmente, algumas estufas incluem, também, ao longo das suas laterais luminárias a média ou baixa altura para iluminar a parte inferior dos veículos. Estas luminárias devem cumprir a norma ATEX de atmosferas explosivas e facilitar a sua manutenção para a substituição das lâmpadas.   PISO – O solo da estufa pode incluir piso em grelha em toda a sua extensão ou apenas parcialmente com vista a permitir a saída de ar. Este piso em grelha é composto por grelhas de aço galvanizado ou eletrozincado muito resistentes, com capacidade para suportar o peso dos veículos. Debaixo destas grelhas, são colocados os filtros e, em seguida, o ar passa para o fosso de extração para canalizar o ar para o exterior. Este espaço é escavado no solo da oficina para que a cabine fique ao mesmo nível do piso, de modo a permitir facilmente a entrada e saída de veículos

ou peças para pintar. Se esta obra de engenharia civil não for realizada, o fosso é situado acima do nível do piso da oficina e são colocadas rampas no exterior da cabine para acesso do veículo. Também existe a possibilidade de montar rampas pneumáticas no interior da cabine para maior aproveitamento do espaço.

l

Rampa pneumática no interior da cabine

Cabine para pintura de veículos de grandes dimensões l  TETO – O teto da cabine também tem uma cavidade para facilitar a entrada de ar devendo estar isolado para evitar perdas de calor. Toda a sua superfície está coberta por painéis com filtros (plenum) para a distribuição do ar na estufa. Estes painéis deverão ser concebidos para facilitar a mudança dos filtros durante a sua manutenção.

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Centro ZARAGOZA

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FILTROS – Em geral, as cabines dispõem de vários: l  Pré-filtro: situado na entrada de admissão do ar, realiza uma primeira filtragem do ar que entre na estufa. l  Manta filtrante plenum: situada no teto da cabine, realiza uma filtragem das partículas mais finas que passaram o primeiro filtro. Tem a tarefa de assegurar uma boa qualidade do ar que entra na cabine e de permitir uma distribuição uniforme do ar com um fluxo sem turbulências. l  Paint-stop (filtro de solo): situado sobre o fosso de extração, por detrás das grelhas, tem a tarefa de reter as partículas de tinta antes da saída do ar para o exterior. l  Filtro de carbono ativo: opcional, situado na conduta de saída de ar para o exterior. Estes filtros, compostos, principalmente, por carbono ativo, eliminam os compostos orgânicos voláteis (COV) gerados na aplicação das tintas para evitar a contaminação do meio ambiente. Para um bom funcionamento da cabine, é necessário levar a cabo uma manutenção correta destes filtros e proceder à substituição dos mesmos periodicamente. A periodicidade dependerá do tipo de filtro e das horas de funcionamento. A saturação das mantas filtrantes pode gerar uma pressão excessiva superior à recomendada e um aumento no consumo energético. Atualmente, existem cabines que incluem sistemas automáticos de controlo l

Cabine “móvel” com fluxo horizontal, paralelo ao solo

de pressão que indicam quando os filtros devem ser substituídos, facilitando a sua manutenção.   GRUPO VENTILADOR – Tem como finalidade aspirar o ar do exterior, impulsioná-lo para o plenum e extrair o ar da cabine. A introdução e extração de ar pode ser realizada através de um grupo motoventilador, em cabines de pequenas dimensões, ou através dos grupos motoventiladores, um responsável pela impulsão e outro pela expulsão do ar. Estes grupos criam uma corrente de ar que arrasta a nuvem de pulverização gerada durante o processo de pintura, garantindo uma renovação adequada do ar no interior da cabine. O mais habitual é um fluxo de ar vertical descendente, com impulsão de ar pelo teto e saída pelo piso, embora existam, também, designs com fluxo paralelo ao solo ou uma combinação l

de ambos. O importante é que, na circulação de ar, não se produzam turbulências. Estas poderiam resultar na aderência dos restos de pulverizações ou contaminantes à superfície recém-pintada. Existem cabines que incorporam o sistema inverter, que regula a velocidade de rotação dos motores, ajustando-se às necessidades de cada fase de trabalho, permitindo um arranque mais suave e evitando picos de consumo durante o mesmo.   SISTEMA DE AQUECIMENTO OU SECAGEM – O sistema de secagem mais habitual nas estufas é por convecção, através de ar quente gerado graças a um queimador e a um permutador de calor. Estas estufas de combustão indireta, funcionam com gasóleo ou gás (natural, propano ou GPL). Também existem estufas que dispõem de um queimador de chama direta ou em veia de ar, nos quais é gerada uma chama ao queimar o combustível (gás), que aquece, diretamente, o ar que entra na cabine sem necessidade de um inter-permutador. Estes sistemas permitem um melhor controlo da temperatura da estufa, um aquecimento mais rápido e uma menor manutenção. Outros sistemas que as cabines podem incorporar para a secagem da pintura são painéis infravermelhos, fixos ou móveis, ou painéis endotérmicos nas paredes e teto da cabina. l

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PAINEL DE COMANDOS – Situado no exterior da cabine, permite controlar e selecionar as diferentes funções e parâmetros de tempo e temperatura para as diferentes fases de trabalho. As cabines também podem incorporar um controlador ou autómato programável PLC, através do qual é possível aceder aos elementos da instalação para conhecer o seu estado e visualizar os dados dos sensores: temperatura, pressão, humidade. De acordo com o programa selecionado, ajustará, de forma mais eficiente, a combustão do gás, a velocidade de ar na estufa e a pressão. Se além do PLC a cabine dispuser de inverter e veia de ar, é possível obter poupanças energéticas significativas.  ✱ l

Painel de comandos

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MUNDO AUTOMÓVEL 72

AVALIAÇÃO OBRIGATÓRIA

Ouro sobre azul › Equipado com motor 2.0 TSI de 300 cv, transmitidos às rodas dianteiras por intermédio de uma caixa DSG de seis velocidades, o Leon Cupra de cinco portas é dos melhores Seat de produção em série de que há memória. Tal e qual como, aqui, se apresenta, custa, não €46.553, mas €50.837 Por: Bruno Castanheira

Seat Leon Cupra DSG

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inco portas, três portas (SC) ou carrinha (ST). Seja qual for o figurino, a musculada variante Cupra proporciona emoções fortes. Enquanto as carroçarias de cinco e três portas dispõem de tração dianteira com diferencial autoblocante, a carrinha aposta no sistema de tração integral 4Drive. Com 9.000 unidades vendidas a nível mundial em 2016 (os últimos dados a que tivemos acesso), das quais 8.300 foram entregues na Europa, o sucesso do Leon Cupra é inegável. Números que colocam o mais desportivo modelo da marca espanhola no top 5 do seu segmento de mercado. De acordo com a Seat, o Leon Cupra assegura versatilidade graças à disponibilização de três carroçarias diferentes. A de cinco portas permite adicionar intensidade ao dia a dia; a de três portas representa o design e a performance na sua forma mais pura; a carrinha combina Fevereiro I 2018

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versatilidade e dinamismo com perfeição. Revisto e atualizado, no âmbito do MY’18, este desportivo é um cocktail explosivo que apela aos sentidos. ■  TRABALHO DE GINÁSIO Musculado, mas não em demasia, o Leon Cupra submeteu-se a um trabalho de ginásio que lhe confere uma aparência vistosa e respeitável, sem entrar em exuberâncias. Os para-choques desportivos, as jantes de 19” maquinadas, o spoiler traseiro específico, os vidros posteriores escurecidos, os faróis de LED à frente e atrás, o escape duplo com saídas ovais e cromadas, as capas dos retrovisores pintadas de preto, as pinças de travagem dianteiras de cor vermelha e os letterings (grelha e quinta porta), são os adereços que compõem a embalagem atraente. O azul que cobre a carroçaria resulta muito bem.

Por dentro, a mesma tónica. Desportivo sem ser espalhafatoso, o habitáculo prima pela boa qualidade geral, pelo espaço de bom nível para ocupantes e bagagem, pelo nível de segurança elevado e pelo posto de condução simplesmente ótimo. O volante, de três braços, multifunções, que integra as patilhas da caixa, oferece uma pega perfeita. O banco, revestido a Alcântara, proporciona um encaixe lateral perfeito. Os dois pedais e apoio para o pé esquerdo, que dispõem de inserções em alumínio, têm uma colocação perfeita. Tal como todos os botões, que são, ainda, de fácil leitura. Os mostradores do painel de instrumentos são escuros, com a escala do velocímetro a terminar nos 300 km/h e a do conta-rotações nas 8.000 rpm. A iluminação nos estribos de proteção das portas, na mala, na zona dos pés, na área do carregador sem fios e nas áreas de

leitura, recorre à tecnologia LED. Pese embora a lista de equipamento de série ser bastante recheada, a unidade ensaiada disponha de diversos extras que tornam deveras agradável a estadia a bordo. Nada faltava, por isso, a este Leon Cupra. A saber: airbags laterais traseiros (€344); carregador sem fios - connectivity box (€176); pacote conforto & condução avançado II inclui pacote de assistência à condução II + cruise control adaptativo até 210 km/h com sistema de assistência em trânsito + assistência de emergência (€652); bancos dianteiros tipo baquet com aquecimento e sem regulação lombar (€1.189); sistema de som Seat com 10 altifalantes (€253); Digital Audio Broadcasting (€202); pacote exterior cromado - moldura cromada nas janelas laterais (€159); pacote de segurança - aviso de colocação dos cintos de segurança + sistema de deteção de fadiga (€132);

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MOTOR 4 cilindros em linha, Tipo transversal, dianteiro Cilindrada (cc) 1984 Diâmetro x curso (mm) 82,5x92,8 Taxa de compressão 9,3:1 Potência máxima (cv/rpm) 300/5500-6200 Binário máximo (Nm/rpm) 380/1800-5500 Distribuição 2 v.e.c., 16 válvulas injeção multiponto + Alimentação injeção direta turbo + intercooler Sobrealimentação

Quem procura um desportivo compacto para se divertir em família e, no final, pretende voltar para casa com as peças todas, o Seat Leon Cupra DSG MY’18 é, sem dúvida, a opção certa

TRANSMISSÃO Tração Caixa de velocidades

dianteira com dif. autoblocante + ESC automática de 6+ma DIREÇÃO

pinhão e cremalheira Tipo sim (elétrica) Assistência Diâmetro de viragem (m) 10,5 TRAVÕES Dianteiros (ø mm) Traseiros (ø mm) ABS

discos ventilados (340) discos ventilados (310) sim, com EBD + BAS SUSPENSÕES

Dianteira McPherson Multilink Traseira Barra estabilizadora frente/trás sim/sim PERFORMANCES ANUNCIADAS

teto de abrir elétrico (€798); pacote inverno bancos dianteiros aquecidos + lava faróis + jato de água do limpa para-brisas aquecido (€379). ■  POTÊNCIA COM CONTROLO Face ao anterior, o novo Leon Cupra ganhou 10 cv de potência e 30 Nm de binário. Só não é o Seat de produção em série mais potente de sempre, porque existe um tal de Cupra R, que propõe 310 cv. Seja como for, os 380 Nm de binário máximo estão disponíveis num leque alargado de rotações, desde as 1.800 às 5.000 rpm. Com esta amplitude de regime, o resultado só podia ser uma poderosa resposta do motor praticamente desde o ralenti até ao corte de injeção. Este comportamento deve-se, essencialmente, ao variador de fase das válvulas na árvore de cames, combinado com injeção direta e indireta. As duas tecnologias resultam na extração ótima de potência do motor, alcançando resultados excecionais de performance. Feito que, contudo, não teria sido possível sem a presença de um turbocompressor e de um intercooler.

Exibindo uma sonoridade possante (e viciante), o Leon Cupra anuncia uma velocidade máxima de 250 km/h (limitada eletronicamente), sendo o arranque dos 0 aos 100 km/h cumprido em 5,7 segundos. Números que, só por si, traduzem as aptidões deste desportivo. Mas, se dúvidas houvessem, aqui ficam mais alguns dados técnicos: potentes travões Brembo de discos ventilados nas quatro rodas; rápida caixa automática de dupla embraiagem com seis velocidades (DSG); sistema de direção progressiva; excelentes pneus Michelin Pilot Sport Cup 2, de medida 235/35ZR19 91Y XL; cinco modos de condução selecionáveis (Eco; Comfort; Sport; Cupra; Individual); suspensão desportiva com controlo adaptativo. Equilibrado, fácil de controlar e com elevada estabilidade, o Leon Cupra dispõe de um diferencial autoblocante Haldex VAQ no eixo dianteiro, que se diferencia pela ação hidráulica através de controlo eletrónico. Refira-se que as suas funções são muito mais ativas do que as de outros sistemas que utilizam os sensores do ESP para travar a roda interior da curva, de forma a transferir potência para a roda exterior. Neste caso, depois de analisar a aderência de cada pneu, os discos de embraiagem Haldex abrem e fecham de forma a concentrarem 100% do binário numa única roda. Funcionamento que é perfeitamente coordenado com a restante atuação dos sistemas de assistência eletrónica, aplicando e repartindo a potência de forma a eliminar os “safanões” à saída das curvas apertadas. O que permite, na prática, utilizar menos os travões e reduzir as interrupções na entrega de potência. Tal nota-se pelo desaparecimento quase total da subviragem e pelo desempenho extraordinário do motor em qualquer situação. O Seat Leon Cupra é dos melhores desportivos de tração dianteira que jamais conduzimos. Vale bem o preço que custa.  ✱ www.jornaldasoficinas.com

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Velocidade máxima (km/h) 250 0-100 km/h (s) 5,7 CONSUMOS (l/100 km) Extraurbano/combinado/urbano 5,8/6,8/8,5 Emissões de CO2 (g/km) 156 Euro 6 Nível de emissões DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES Comprimento/largura/altura (mm) 4281/1816/1435 Distância entre eixos (mm) 2631 Largura de vias frente/trás (mm) 1536/1510 Capacidade do depósito (l) 50 Capacidade da mala (l) 380 Peso (kg) 1421 Relação peso/potência (kg/cv) 4,73 Jantes de série 8Jx19” Pneus de série 235/35R19 Michelin Pilot Sport Cup 2, Pneus teste 235/35ZR19 91Y XL GARANTIAS Mecânica Pintura Anticorrosão

2+2 anos ou 80.000 km 3 anos 12 anos ASSISTÊNCIA

1.ª revisão 2 anos ou 30.000 km Custo 1.ª revisão (c/ IVA) €274,72 2 anos ou 30.000 km Intervalos Imposto Único de Circulação (IUC) €224,98 €46.553 Preço (s/ despesas) €50.837 Unidade testada Fevereiro I 2018

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MUNDO AUTOMÓVEL NOTÍCIAS

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Nissan revelou tecnologia Brain-to-Vehicle A Nissan revelou uma tecnologia única no mundo, que vai permitir aos automóveis interpretar sinais do cérebro do condutor, redefinindo a forma como as pessoas interagem com os seus veículos. A tecnologia Cérebro ao Automóvel (B2V, de Brain-to-Vehicle), promete diminuir os tempos de reação dos condutores e vai levar a automóveis que se adaptam, constantemente, para tornar a condução mais divertida. A tecnologia B2V é o mais recente avanço para a Mobilidade Inteligente da Nissan, cuja visão pretende transformar a forma como os automóveis são conduzidos, alimentados e integrados na sociedade. Esta inovação é o resultado de uma investigação sobre a utilização de tecnologia de descodificação da atividade cerebral para prever as ações do condutor ou detetar desconforto. A tecnologia B2V da Nissan consiste no primeiro sistema no mundo do seu género. O condutor utiliza um dispositivo que mede a atividade das suas ondas cerebrais, as quais são analisadas por sistemas autónomos. Ao antecipar os movimentos pretendidos, os sistemas podem iniciar ações, como, por exemplo, rodar o volante ou abrandar o automóvel, entre 0,2 a 0,5 segundos mais rápido do que o condutor, mantendo-se, no entanto, maioritariamente impercetíveis.✱

Opel Insignia GSi já pode ser encomendado Já é possível encomendar em Portugal o novo Opel Insignia GSi. A expectativa em torno da versão de elevada performance da nova geração deste modelo tem vindo a aumentar desde a estreia mundial, no Salão de Frankfurt, no mês de setembro de 2017. No seu novo topo de gama, a Opel promete uma máquina “para conhecedores”, com dinâmica referencial, sem perder de vista o conforto e a utilização familiar. Os preços da nova versão GSi têm início nos €55.680 da variante Grand Sport e nos €57.030 da carroçaria Sports Tourer. As primeiras entregas a clientes ocorrerão no início do próximo mês de março. A opção Diesel do Insignia GSi assenta no novo motor 2.0 BiTurbo D de altas prestações, que debita 210 cv. Já a alternativa, a gasolina, é constituída pelo bloco 2.0 Turbo de 260 cv, que permite a este modelo cumprir o arranque dos 0 aos 100 km/h em 7,3 segundos e alcançar 250 km/h de velocidade máxima. Todos os Insignia GSi estão dotados de chassis com afinação dinâmica. Em destaque, está a suspensão, com novas molas mais curtas e amortecedores especiais com controlo eletrónico, a par do sofisticado sistema de tração integral com vetorização de binário, da caixa de oito velocidades com comandos no volante e dos pneus Michelin Pilot Sport 4 S. ✱

Pós-venda da Mercedes-Benz cresceu 6,6% Em Portugal, as receitas da Mercedes-Benz, provenientes do pós-venda, continuam a aumentar. Em conferência de imprensa, realizada, no passado dia 8 de janeiro, no restaurante Eleven, em Lisboa, a filial portuguesa da marca alemã fez o balanço da sua atividade em 2017, onde revelou que a faturação, neste ramo de negócio, subiu 5,5% face a 2016. Para este crescimento, contribuíram as 127.830 unidades assistidas pelos concessionários da marca (+9%), números que correspondem a 38,7% do parque circulante. Segundo adiantaram os responsáveis, na conferência, um em cada dois modelos da marca da estrela é financiado pela Mercedes-Benz Financiamento, o que corresponde a uma taxa de penetração média total na ordem dos 53,35%. Ainda no ano passado, no nosso país, a Mercedes-Benz comercializou 16.273 unidades (+6,3%), das quais 151 modelos foram da sua ala desportiva AMG. De referir que os modelos plug-in e híbridos da marca obtiveram um aumento de vendas significativo, cifrado em 89,5%. Por sua vez, a smart também teve, em 2017, um ano positivo, tendo registado uma subida de 3% face a 2016, espelhado na venda de 3.126 unidades. Em 2018, as grandes apostas da Mercedes-Benz passarão, sobretudo, pelo o lançamento do novo Classe A e pela comunicação da primeira abordagem da marca aos compactos elétricos, com o projeto EQ. ✱

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Alpine A110 Première Edition custa €66.000 O novo A110 Première Edition assinala o regresso da Alpine. Fiel ao ADN da marca, este coupé desportivo privilegia a agilidade e o prazer de condução, sem sacrificar o conforto. Dotado de dois lugares, o novo Alpine, equipado com motor central colocado em posição traseira, é construído em alumínio para minimizar o peso e recorre a uma sofisticada suspensão de triângulos duplos. O A110 Première Edition é animado por um motor turbo de quatro cilindros a gasolina de 1,8 litros com 252 cv, que são transmitidos às rodas posteriores por intermédio de uma caixa automática de dupla embraiagem com sete velocidades. Limitado a 1955 exemplares, numa alusão ao ano em que a Alpine foi fundada, o A110 Première Edition foi totalmente reservado em apenas cinco dias depois de abertas as encomendas (existem vários clientes portugueses). No nosso país, este modelo custa €66.000, sendo a sua única opção a cor da carroçaria. Sendo o primeiro modelo da marca desde há duas décadas, o A110 Première Edition, que pesa apenas 1.080 kg, assinala o renascer da Alpine. Equipado com travões Brembo, bancos Sabelt, jantes de 18” com pneus Michelin Pilot Sport 4 e três modos de condução (Normal, Sport, Track), só para citarmos algumas características, este coupé desportivo atinge os 250 km/h de velocidade máxima (limitada eletronicamente) e cumpre o arranque dos 0 aos 100 km/h em 4,5 segundos.✱

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MUNDO AUTOMÓVEL EM ESTRADA Novos modelos lançados no mercado

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Kia Stonic 1.0 T-GDi EX

Seat Arona 1.0 TSI Xcellence

Separado à nascença Certificadodequalidade O Kia Stonic é o irmão gémeo do Rio, mas foi separado, logo à nascença. Disputa o mesmo segmento (B), recorre à mesma plataforma, apesar de ser um pouco maior (4,14 metros de comprimento, 1,76 metros de largura e 1,52 metros de largura), mas destina-se, neste caso, ao mercado dos SUV. Existem bons motivos para a marca sul-coreana entrar nesta batalha dos SUV de pequenas dimensões. A começar pelo próprio Stonic, que dispõe de valências interessantes para um crossover. A estética do Kia Stonic é um dos seus pontos fortes. Robusto e apelativo, assume um exterior de cores garridas, com as barras no tejadilho em cromado. De resto, a carroçaria poderá ser personalizada em 20 combinações diferentes. A posição de condução é elevada e os acabamentos são de qualidade muito razoável. A bagageira tem capacidade de 332 litros. O motor que

anima o Stonic ensaiado pelo Jornal das Oficinas é o propulsor de três cilindros com 1,0 litros com 120 cv, bem conhecido da marca, que traz acoplada caixa manual de seis velocidades. Não se trata de um modelo particularmente fogoso, é certo, mas não compromete em nenhum ritmo de circulação, consumindo apenas 5,0 l/100 km em regime combinado. Com o nível de equipamento EX, o Kia Stonic está disponível por €17.210 e traz barras de tejadilho, jantes em liga leve e ecrã tátil de 7” com sincronização móvel e sistema ISG (start&stop), só para citamos alguns itens. MOTOR 3 cil. linha, transv. diant. Cilindrada (cc) 998 Potência máxima (cv/rpm) 120/6000 Binário máximo (Nm/rpm) 172/1500-4000 Velocidade máxima (km/h) 184 0-100 km/h (s) 10,3 Consumo combinado (l/100 km) 5,0 Emissões de CO2 (g/km) 115 Preço €17.210 IUC €93,27 Fevereiro I 2018

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O Arona responde pelo nome de um município espanhol, situado na província de Santa Cruz de Tenerife, comunidade autónoma das Canárias. E é o segundo modelo da Seat a recorrer à plataforma MQB do Grupo VW, seguindo o exemplo do Ibiza. Compacto por natureza (1780 mm de largura, 1543 mm de altura e uma altura ao solo de 190 mm), exibe um visual de crossover que capta a atenção. Não apenas pela grelha expressiva e pelos faróis triangulares, em

LED, mas, sobretudo, pelas barras do tejadilho, que convidam a outro tipo de viagens. O habitáculo é espaçoso e poderá ser personalizado, tal como o exterior, que permite 68 combinações de cores possíveis. Pouco faltará em matéria de tecnologia de segurança e conforto, com destaque para o front assist, função hill hold, detetor de fadiga, sensores de chuva e luz, travagem multi-colisão, alerta de trânsito na traseira, cruise control adaptativo (ACC) com função stop&go, aviso de ângulo morto e park assist, sistema que atua tanto numa manobra de estacionamento paralelo como longitudinal. Também tem as contas em dia quanto à conectividade: Apple Car Play, Android Auto, MirrorLink e Seat DriveApp são apenas alguns exemplos neste capítulo. A unidade ensaiada pelo Jornal das Oficinas estava equipada com o motor a gasolina 1.0 de 115 cv (associado ao nível de equipamento Xcellence), desenvolvo em vários regimes de condução, estando disponível por €22.505.

Por: Jorge Flores

Mitsubishi Outlander PHEV

Nissan Qashqai 1.6 dCi Tekna

Fórmula híbrida

Ícone eterno

Qualidade, economia e ambiente. O Outlander PHEV reúne estas três qualidades, que, hoje em dia, são sinónimos. E é a aposta segura da Mitsubishi em matéria de tecnologia híbrida plug-in, valendo-se de um sistema que concilia, eficazmente, vários modos de condução. O sistema PHEV é composto por um propulsor a gasolina (2.0 DOHC MIVEC com 121 cv de potência), sendo apoiado por dois motores elétricos, um dianteiro e outro traseiro, ambos com 82 cv (60 kW). As unidades elétricas são alimentadas por baterias de iões de Lítio (12 kWh). Trata-se de um SUV de grande porte, com tração integral permanente, com bons níveis de segurança e com consumos ponderados muito apreciáveis: 1,7 l/km. Em modo EV, a velocidade máxima é de 120 km/h e a autonomia alcança os 54 km. Já em modo híbrido, a velocidade aumenta para 170 km/h e a autonomia total ascende aos 870 km. De mencionar que o carrega-

O Nissan Qashqai é um modelo icónico no mercado automóvel. Quando se fala em SUV, grande parte do público pensa, de forma imediata, nas suas linhas. Um estatuto que se explica pelo segmento que criou e pelas qualidades que evidencia desde que foi lançado, em 2007, obrigando o construtor nipónico a uma enorme contenção sempre que renova a sua estética. Neste ponto, a mais recente evolução deixou a frente do Qashqai mais

mento normal (completo) pode ser feito em três ou cinco horas, consoante se recorra a uma tomada AC 230 V 16 A ou AC 230 V 10 A. Ou de forma rápida. Neste caso, em 25 minutos, carregará as baterias em, aproximadamente, 80%. O preço não é o principal argumento deste SUV “verde”, mas com tanta tecnologia presente a bordo, outra coisa não seria de esperar. Espaço e equipamento é coisa que também não falta.

MOTOR 4 cil. linha + elétrico Cilindrada (cc) 1998 Potência máxima a gasolina (cv/rpm) 121/4500 Potência elétrica (frente) 82 cv (60 kW) MOTOR 3 cil. linha, transv., diant. 82 Potência elétrica (traseira) cv (60 kW) Cilindrada (cc) 999 Binário máximo (Nm/rpm) 190/4500* Potência máxima (cv/rpm) 95/5000-5500 Velocidade máxima (km/h) 170 Binário máximo (Nm/rpm) 175/2000-3500 0-100 km/h (s) N.D. Velocidade máxima (km/h) 173 Consumo híbrido (l/100 km) 5,5 0-100 km/h (s) 11,6 Emissões de CO2 (g/km) 41 Consumo combinado (l/100 km) 4,9 Preço €51.550 Emissões de CO2 (g/km) 112 IUC €195,41 Preço €22.505 *Motor a gasolina IUC €93,27

atual no desenho da grelha e dos grupos óticos e para-choques. De referir que, no caso dos faróis de halogéneo, a assinatura em forma de boomerang das lâmpadas de presença é nova, sendo composta por nove LED e por uma lente mais espessa, que lhe confere um visual mais contemporâneo e premium. No interior, o volante tem um novo desenho e regista-se uma maior atenção na qualidade dos materiais. Equipado com o motor 1.6 dCi de 130 cv, que traz acoplada caixa manual de seis velocidades, o Nissan Qashqai é um modelo com quem se convive muito bem, nomeadamente em regimes mais elevados de condução. Os consumos anunciados são de 4,4 l/100 km em ciclo combinado, mas podem, rapidamente, aumentar, caso se procure extrair um pouco mais de energia nas recuperações e acelerações. O nível de equipamento Tekna acrescenta ao SUV itens como a função Autohold, assistência inteligente ao estacionamento e estofos (parcialmente) em pele. MOTOR 4 cil. linha Diesel, transv. diant. Cilindrada (cc) 1598 Potência máxima (cv/rpm) 130/4000 Binário máximo (Nm/rpm) 320/1750 Velocidade máxima (km/h) 183 0-100 km/h (s) 11,1 Consumo combinado (l/100 km) 4,4 Emissões de CO2 (g/km) 116 Preço €37.050 IUC €127,44

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USO PROFISSIONAL

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Tesla Semi Truck

Gigante elétrico › Elon Musk não tem falhado muito nas previsões que faz. Os seus automóveis são um sucesso, tal como as vendas. Depois de mostrar ao mundo o Model 3, que será o Tesla mais acessível de todos, a marca enveredou pelo caminho do transporte rodoviário, com o Semi Truck. Por enquanto ainda concept, tem como objetivo entrar no segmento dos veículos de trabalho Por: José Silva

A

Tesla desvendou o Semi Truck 2019, modelo que foi alvo da maioria dos flashes durante a sua apresentação, que decorreu, em simultâneo, com o Tesla Roadster. Por muito que este úlitmo prometa uma aceleração brutal e deslumbre com os seus 10.000 Nm de binário, o trator de camião pressupõe a abertura do mercado de veículos comerciais à marca de veículos elétricos. Esteticamente futurista, até porque é um camião de nariz, logo mais preparado para a legislação norte-americana, já que na Europa este tipo de solução não agrada, o Semi Truck aposta numa secção dianteira inovadora com uma fina tira de LED, que se estende, praticamente, por toda a largura do veículo. Outro ponto chave é o facto de, atrás da cabina, as rodas surgirem completamente carenadas, o que se traduz numa melhoria aerodinâmica.

por quilómetro do mercado. Sem reboque, tem uma autonomia de 800 km. Com uma só carga, consegue acelerar dos 0 aos 100 km/h em 5,0 segundos, números nada comparados com os de um camião “convencional”, que necessita de cerca de 15 segundos para realizar o mesmo teste. Assim, o Tesla Semi Truck acelera quase como um superdesportivo equipado com motor de combustão. Com uma carga completa de 36 toneladas, este gigante elétrico acelera dos 0 aos 100 km/h em 20 segundos, tarefa que um camião tradicional pode levar um minuto a realizar. Quanto à velocidade máxima, o Tesla Semi Truck é capaz de circular a 105 km/h

subindo uma pendente com 5% de inclinação, enquanto um Diesel equivalente não supera os 72 km/h em circunstâncias semelhantes. De acordo com a empresa de Silicon Valley, o Tesla Semi Truck “aumenta a segurança, reduz, significativamente, o custo do transporte comercial e integra-se da forma mais segura com o trânsito quotidiano”. Para reservar um Tesla Semi Truck 2019, é necessário fazer um depósito de 20 mil dólares (pouco mais de €16.000), variando o preço do modelo em função da autonomia disponível: 150 mil dólares (€126.000) para a versão de 480 km; 180 mil dólares (€150.000) para a variante de 800 km.   ✱

■  NÚMEROS FALAM POR SI De acordo com Elon Musk, diretor executivo da Tesla, o Semi Truck é “o camião mais seguro do mundo e o mais cómodo da história”, sendo alimentado por quatro motores elétricos independentes e anunciando o menor custo de energia www.jornaldasoficinas.com

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SERÁ O SEMI TRUCK VIÁVEL?

Elon Musk, patrão da Tesla, revelou o Semi Truck como um camião que é capaz de transportar mercadorias ao longo de todos os EUA. O anúncio do lançamento deste gigante elétrico foi feito com uma lista de detalhes interessantes, como a autonomia ou o arranque dos 0 aos 100 km/h, este último pouco relevante. Todavia, a empresa parece ter-se “esquecido” do mais importante num veículo desta natureza: o peso. Num camião, o peso do veículo sem carga (tara) é de extrema importância. Nos EUA, os camiões estão limitados a um peso bruto de 36 toneladas ou menos. Ou seja, quanto mais pesado for o veículo, menos carga pode ele transportar. Construir um camião com pouco peso é um desafio para qualquer fabricante de veículos. Mas é ainda mais complicado para a Tesla, uma vez que as baterias não têm a mesma densidade dos combustíveis fósseis. Logo, será preciso mais peso para que um camião destes tenha uma autonomia semelhante à de um camião tradicional. Fevereiro I 2018

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MUNDO AUTOMÓVEL PESOS-PESADOS

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MAN Portugal tem novo country manager Licenciado em Engenharia Industrial pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, David Carlos dispõe, também, de um vasto conhecimento na área de vendas e marketing, adquiridos através de diversas formações especializadas ao longo dos anos. O novo country manager da MAN Portugal iniciou a sua carreira numa empresa ligada à área das máquinas e equipamentos, desenvolvendo, desde 2006, a sua atividade profissional no ramo dos transportes, tendo assumido diversos cargos de direção nas empresas por onde passou. No início deste novo capítulo no seu percurso profissional, David Carlos comprometeu-se a “fortalecer o espírito de equipa e a reforçar a presença da marca no mercado nacional dos veículos comerciais”. Em comunicado, a MAN Truck & Bus adianta que “o conhecimento profundo do mercado de pesados em Portugal, a experiência e a polivalência serão, com certeza, mais-valias que David Carlos traz para a MAN Truck & Bus Portugal e que permitirão que guie a empresa para o sucesso e crescimento”.  ✱

Scania elegeu os melhores mecânicos A Scania Ibérica colocou em marcha a 7.ª edição do Top Team, concurso onde são colocadas à prova as capacidades dos seus mecânicos. A equipa composta pelos profissionais da Cica Sevilla S.L. ganhou o Top Team 2017 e irá representar Espanha e Portugal na final regional, que se realizará, em Trento (Itália), no mês de abril de 2018. Desta prova, sairão 12 equipas, classificadas para a Grande Final Internacional, que terá lugar em Södertälje (Suécia), durante o mês de dezembro de 2018. O Scania Top Team consiste num concurso que se caracteriza por ser um programa de formação para os seus técnicos de serviço e peritos em peças de substituição, visando uma melhoria contínua das capacidades, conhecimentos, profissionalismo e trabalho em equipa nas oficinas Scania de todo o mundo. Todo este esforço e estímulo repercute-se, de forma direta, no cliente, que recebe um serviço rápido, eficaz e de grande qualidade. Nesta edição, participaram 51 equipas, provenientes de diversas oficinas da rede Scania Ibérica. Após uma primeira prova teórica, seis finalistas disputaram, no passado dia 2 de dezembro, em Madrid, a final nacional ibérica, realizando uma série de provas teóricas e práticas. A vitória acabou por sorrir à Cica Sevilla (“Sun Team”), que levou a melhor sobre Cica Huelva (“Colombino”), Cica Mérida (“Extremeños Team”), SH Madrid (“Scania Hispania Madrid”), SH Madrid 2 (“Scania Hispania Madrid 2”) e Cica Cádiz (“Sherry Team”).  ✱

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Tesla Semi Truck já tem rival de peso Os rivais da Tesla são apresentados a um ritmo quase diário, seja eles veículos ligeiros ou camiões. Depois da primeira apresentação do Semi Truck, o primeiro camião elétrico da marca norte-americana que pode conhecer em detalhe nas páginas anteriores da presente edição do Jornal das Oficinas, era óbvio que seriam lançados alguns concorrentes. O curioso é que o rival mais recente a mostrar um concorrente acredita que vai conseguir seguir em frente com os seus planos. Referimo-nos ao Thor Trucks ET One, que deverá chegar à estrada em 2019, na Califórnia. Produzido pela start-up Thor Trucks, o camião elétrico ET One vai ter uma capacidade de carga de 40 toneladas, idêntica ao Tesla Semi. A versão de série contará com uma autonomia elétrica de 480 km a partir de bateiras LG, que carregam em 90 minutos. A marca pretende lançar, também, uma versão com menor autonomia (160 km), que será mais acessível: €126.000 contra os €210.000 da variante de 480 km. A Thor Trucks dispõe de 18 colaboradores oriundos de outras empresas, como a Faraday Future, a Boeing, a BYD ou a US Hybrid, estando a planear uma demonstração deste camião em 2018, de forma a tentar comercializá-lo a partir de 2019.  ✱

Mercedes-Benz tem autocarro escolar sem emissões O mítico autocarro escolar amarelo norte-americano vai passar a ter uma versão elétrica, modelo que a Daimler apresentou recentemente. A clássica imagem que nos habituámos a ver em filmes e séries dos EUA, com o “yellow bus” a recolher as crianças para levá-las ao colégio, será, agora, mais silenciosa e livre de qualquer emissão poluente. A Thomas Built Buses, empresa encarregue de construir os míticos veículos amarelos, inclui, em alguns dos seus modelos, a propulsão elétrica. Desenvolvidos pela Daimler, as novas motorizações elétricas contam com 160 km de autonomia e passam a ser montadas nos novos Saf-T-Liner C2 (Jouley), designação que será aplicada aos novos modelos construídos pela Thomas Built Buses, que terão capacidade para transportar até 81 crianças. Espera-se que os novos veículos comecem a recolher os primeiros passageiros em 2019, em viagens mais seguras, silenciosas e livres de emissões, tal como fez questão de frisar a própria Daimler em nota informativa. O grupo já fez saber, de resto, que podem ser acrescentadas mais baterias de forma a aumentar a autonomia dos autocarros, caso os clientes assim o desejem.  ✱ www.jornaldasoficinas.com

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Conduz a tua vida: Tem presente a energia Tudor

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