Jornal das Oficinas 144

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Jornal independente da manutenção e reparação de veículos ligeiros e pesados

144 Novembro 2017 ANO XIII |  3 euros

Perfil de clientes Conceitos de rutura Modelos de negócio TENDÊNCIAS DO AFTERMARKET

DESTAQUE

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Pág. 18

O quarto capítulo do tema “Como abrir uma oficina”, aborda os princípios básicos de segurança a ter em conta

SALÃO

Pág. 24

A edição de 2017 do Equip Auto superou a realizada há dois anos

TECNOLOGIA

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A Mercedes-Benz regressou aos motores de seis cilindros em linha depois de duas décadas de V6

1927-2017 SKF Portugal 90 anos sempre a rolar

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REPORTAGEM

Pág. 44

Depois da aliança histórica, estabelecida em abril, o Grupo Hella Hengst anunciou a sua estratégia comercial para Portugal e Espanha

TÉCNICA

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Saiba como as baixas temperaturas têm influência na repintura automóvel

ENSAIO

Pág. 88

O Audi A5 Sportback é um modelo que está na vanguarda da técnica

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Revolução em curso

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FOLHA DE SERVIÇO 03

EDITORIAL

João Vieira Diretor

“Dados automóveis”

1.ª Conferência Internacional de Pneus

Marque na agenda: 25 de novembro › No próximo dia 25 de novembro, realizar-se-á a 1.ª Conferência Internacional

de Pneus (CIP 2017). O evento, organizado pela Revista dos Pneus, será uma oportunidade única para debater o presente e o futuro do setor

O

palco deste encontro será o Auditório do Centro de Congressos da FIL, no Parque das Nações, em Lisboa, que abre as portas pelas 09h00 para os participantes fazerem a sua acreditação e visitarem o espaço onde patrocinadores e entidades ligadas ao setor dos pneus irão expor as suas novidades e serviços. A conferência vai promover um amplo debate sobre o presente e o futuro do setor dos pneus, tendo como principais protagonistas oradores especialistas em diversas áreas, que irão mostrar os seus pontos de vista sobre cada um dos temas em análise. O lema da conferência, “Futuro em movimento”, evidencia o propósito do evento, que pretende mostrar as

tendências do comércio de pneus nas diversas vertentes do negócio: distribuição, retalho e oficinas. O objetivo da CIP 2017 é criar um espaço comum onde oradores e participantes possam discutir interesses mútuos, conhecer tendências e partilhar experiências pessoais com outros profissionais presentes. Para os participantes, esta será uma oportunidade única para aprofundar os conhecimentos sobre o presente e o futuro do comércio de pneus na Europa e no mundo, bem como as ferramentas que podem ser utilizadas para garantir a longevidade das suas organizações. Para fazer a inscrição, basta entrar no site www.cip2017. com e clicar em “Inscreva-se aqui". ✱

DIRETOR João Vieira – joao.vieira@apcomunicacao.com EDITOR EXECUTIVO Bruno Castanheira – bruno.castanheira@apcomunicacao.com REDAÇÃO Jorge Flores – jorge.flores@apcomunicacao.com DIRETOR COMERCIAL Mário Carmo – mario.carmo@apcomunicacao.com | GESTORES DE CLIENTES Paulo Franco – paulo.franco@apcomunicacao.com Rodolfo Faustino – rodolfo.faustino@apcomunicacao.com | IMAGEM António Valente | MULTIMÉDIA Catarina Gomes | ARTE Hélio Falcão SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E CONTABILIDADE financeiro@apcomunicacao.com | PERIODICIDADE Mensal | ASSINATURAS assinaturas@apcomunicacao.com © Copyright Nos termos legais em vigor, é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS

Impressão – FIG, Indústrias Gráficas, S.A. Rua Adriano Lucas, 3020 - 265 Coimbra Tel.: 239 499 922

N.º de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal n.º: 201.608/03 Tiragem – 10.000 exemplares

.es

Parceiro em Espanha

Edição

AP COMUNICAÇÃO Propriedade João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda. | Sede Bela Vista Office, Sala 2.29 – Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A, 2735 - 336 Cacém - Portugal GPS 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W | Tel. +351 219 288 052/4 | Fax +351 219 288 053 | Email geral@apcomunicacao.com

Consulte o Estatuto Editorial no site www.jornaldasoficinas.com www.jornaldasoficinas.com

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Os “dados automóveis” são um tema fulcral da agenda de prioridades da indústria automóvel. Novos players da área da comunicação estão a entrar neste mercado competitivo, uma vez que estas empresas estão familiarizadas com a recolha de enormes quantidades de dados e com o processamento dos mesmos, combinando-os com diferentes fontes com vista a implementar funcionalidades e serviços pelos quais os clientes estão dispostos a pagar. Os “dados automóveis” detêm um valor significativo para os clientes, como tem sido evidenciado pela disponibilidade, cada vez maior, para partilhar dados e, em simultâneo, para pagar por funcionalidades e serviços de conectividade. As tendências em torno da conectividade, da autonomia e da mobilidade partilhada, vão otimizar os tempos de viagem dos clientes e serão desencadeadas pelos proprietários de automóveis mais jovens. O automóvel irá tornar-se num ambiente que permite que os utilizadores realizem e desfrutem de atividades para além da condução durante as viagens. Poderão ser oferecidos serviços de mobilidade a clientes em troca da visualização de publicidade direcionada e estes poderão fornecer feedback de produtos ou efetuar compras enquanto se viaja de automóvel. Esta realidade poderá transformar o automóvel num “ponto de controlo” para inúmeras experiências de compra e expandir largamente o potencial de influência no cliente e de compras efetuadas a partir do veículo. A partir de uma perspetiva comercial, os modelos de negócio ativados por “dados automóveis” poderão desencadear uma nova vaga de oportunidades, as quais serão determinadas por escolhas de âmbito tecnológico e comercial, que deverão ocorrer dentro dos próximos três a cinco anos. O novos players da indústria automóvel vão começar a explorar o potencial da monetização dos “dados automóveis”, principalmente através de três abordagens: gerando receitas através da venda de serviços relacionadas com automóveis aos consumidores; rentabilizando dados para reduzir custos e/ou riscos; explorando benefícios de segurança adicionais (por exemplo, melhorando a resposta de segurança a um acidente. Atualmente, muitos players já se encontram envolvidos na cadeia de valor da conectividade automóvel e é previsível que este número venha a aumentar, dada a probabilidade de as oportunidades de crescimento atraírem novas empresas. As oficinas têm de estar atentas a esta evolução e à mudança do mercado, de modo a assegurarem procedimentos económicos viáveis para os novos modelos de negócio ativados por “dados automóveis”. Novembro I 2017

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04 Grande final realiza-se a 9 de dezembro

Finalistas no pódio › Já são conhecidos os três finalistas da primeira edição do Challenge Oficinas. O pódio está completo com Castelo Branco, Loulé e Lisboa. A final do concurso realiza-se a 9 de dezembro, nas instalações da Polivalor

A

primeira edição do Challenge Oficinas caminha para o seu final, excedendo todas as expectativas iniciais, tanto em termos de número de concorrentes, como no que diz respeito à própria qualidade dos mesmos. Uma competição renhida, desde a sua fase inicial, e que, agora, conhece os três finalistas: as oficinas João Carlos Pinheiro, Lda. (de João Carlos Pinheiro), Cavaco e Pina, Lda. (de Paulo Cavaco) e Auto C. Borges, Lda. (de António Augusto Santos). Um trio de oficinas que abrange o país inteiro: Castelo Branco, Loulé e Lisboa, respetivamente. As suas localizações geográficas são o espelho da abrangência deste evento e demonstram bem a qualidade do tecido oficinal português, bem como o alcance da iniciativa, sem paralelo no setor, organizada pelo Jornal das Oficinas, em parceria com a Polivalor, sem esquecer o apoio dos patrocinadores. No dia 9 de dezembro, nas instalações da Polivalor, ficaremos a conhecer a melhor oficina de Portugal.

1.º JOSÉ CARLOS PINHEIRO, LDA. (Responsável: JOSÉ CARLOS PINHEIRO) “Não tivemos 100% por duas pequenas falhas”

2.º CAVACO E PINA, LDA. (Responsável: PAULO CAVACO) “Candidatei-me por ser uma experiência nova”

3.º AUTO C. BORGES, LDA. (Responsável: ANTÓNIO A. SANTOS) “Queremos sempre ganhar, como o Cristiano Ronaldo”

Há 15 anos que José Carlos Pinheiro gere uma oficina com o seu nome, em Castelo Branco. Uma casa que, desde 2006, pertence à rede Bosch Car Service. Segundo o responsável, o negócio tem corrido a preceito. Começou a trabalhar a solo e, hoje, conta já com uma equipa de 16 pessoas. Tal a procura dos clientes, a oficina está a laborar com duas semanas de avanço. A José Carlos Pinheiro, Lda. assegura todos os serviços auto (mais uma área dedicada aos pneus) e subcontrata tudo o que sejam trabalhos relacionados com pintura. A classificação obtida no Challenge Oficinas – que o coloca em primeiro lugar – não é garantia de vitória, mas o responsável está ciente de que apenas dois pormenores o separam dos 100% das regras do concurso.

A Cavaco e Pina, Lda. foi fundada, em Loulé, há apenas três anos e meio, mas tem feito o seu caminho com bastante sucesso. Antes de avançar para a criação de um negócio próprio, Paulo Cavaco, 41 anos, já trabalhara como mecatrónico na Opel, juntamente com aquele que seria o seu sócio na “aventura, Ricardo Pina, que, por sua vez, assegurava os serviços na receção. Até que, um dia, num jantar entre os dois, nasceu a ideia: “Porque não abrirmos uma oficina juntos?” Assim pensaram, assim concretizaram o projeto. A participação no concurso Challenge Oficinas também surgiu. digamos, meio por acaso. “Por ser uma experiência nova e poder aprender alguma coisa”, afirma. E confessa que, ganhar, é difícil, mas o segundo lugar é objetivo”.

A Auto C. Borges, Lda. é uma oficina que opera há 21 anos, em Lisboa. Quando abriu um negócio por conta própria, numa sociedade, António Augusto Santos já trazia, na bagagem, nove anos de experiência. “O nos distingue, além do bom serviço que prestamos, é a nossa diversidade. E o facto de sermos nós a fazer tudo”, conta o responsável. Admite que não foi sua a ideia de concorrer ao Challenge Oficinas, mas sim do seu sócio (filho de um antigo sócio, entretanto falecido), que avançou para a inscrição no concurso. Mas, uma vez que se encontra entre os três finalistas, não tem dúvidas quando ao seu desejo. “Queremos sempre ganhar, como o Cristiano Ronaldo, embora tenhamos muito respeito pelas capacidades dos outros”. ✱

Para mais informações sobre este desafio, visite o site: www.challengeoficinas.pt

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PRÉMIOS

Challenge Oficinas 2017 TecRMI

VENCEDOR Catálogo TecDoc Online com Dados Técnicos TecRMI. O Catálogo TecDoc é a solução ideal para quem procura de forma rigorosa e rápida identificar as peças de um veículo. A versão online oferece maior flexibilidade, porque acede à sua sessão por LOGIN em qualquer computador. Pode ainda adicionar módulos extra como a pesquisa por matrícula.

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FINALISTAS Oferta de uma muda de óleo de motor para a viatura de cada um

TecRMI é o especialista de informação à escala europeia para o mercado do pós-venda automóvel. Informação conforme OE + Qualidade + Simples + Detalhada + Apelativa. Integração modular em solução cliente ou TecDoc

6 SEMI-FINALISTAS Oferta de 1 serviço de reparação de filtro de Partículas (a ser utilizado até à Final) 3 FINALISTAS Oferta de 1 serviço de reparação de filtro de Partículas + 1 Combutec 2 (a ser utilizado até 31 de Dezembro 2017) VENCEDOR Oferta de um Filtro de particulas CATS & Pipes - FDF162 FORD FOCUS 1.6TDCI 109CV + 1 Combutec 2 + 20 Litros de AdBlue

Valor da Oferta: 530€ Validade da oferta: 365 dias após ativação

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VENCEDOR Ferramenta SKF VKN para montagem e desmontagem de rolamentos de roda

3ª CLASSIFICADO Oferta de portes em todos os produtos que nos adquirir durante 3 meses após o resultado do concurso. 2ª CLASSIFICADO Oferta dos portes e do Kit de distribuição em todos os Motores Novos e Reconstruidos com 1 ou 2 anos de Garantia durante 6 meses após o resultado do concurso. VENCEDOR Oferta de crédito em compras no valor de 500€ sem IVA na compra de Motores e Caixas de Velocidades Manuais Novas e Reconstruidas para valores superiores a 2000€ sem IVA. O vale deverá ser utilizado no prazo de 12 meses.

6 SEMI-FINALISTAS Software GTA EVE 100 que inclui: 20 orçamentos ou 500 pesquisas de referencias; Inclui tempos da marca (Tempo e substituição, reparação e pintura). PVP 308€ 3 FINALISTAS Software GTA EVE 100 que inclui: 100 orçamentos ou 2500 pesquisas de referencias; Inclui tempos da marca (Tempo e substituição, reparação e pintura). PVP 585€ VENCEDOR Software GTA EVE limitado que inclui: Orçamentos ilimitados; Pesquisas de referências ilimitadas; Modulo de Aftermarket; Modulo de Valorização; Modulo de encomenda de Peças auto; Inclui tempos da marca (Tempo e substituição, reparação e pintura). PVP 1415€

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3ª CLASSIFICADO Carregador de bateria CTEK 3.6 2ª CLASSIFICADO Carregador de bateria CTEK 5.0 VENCEDOR: Carregador de bateria CTEK start & stop

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06

Classificação geral

Grande final realiza-se a 3 e 4 de novembro

Após a publicação dos cinco questionários para apuramento dos oito finalistas ao Concurso “Melhor Mecatrónico Automóvel 2017”, a classificação dos 50 primeiros foi a seguinte:

A hora da verdade

› Quando o leitor estiver a ler a presente edição do Jornal das Oficinas, já foi encontrado o vencedor da final do Concurso “Melhor Mecatrónico Automóvel 2017”, que se realiza a 3 e 4 de novembro, nas instalações da ATEC. Na próxima edição (dezembro), destacaremos tudo o que de mais importante se passou nos dois dias da Grande Final, bem como o nome do vencedor

D

urante cinco meses (de abril a agosto deste ano), cerca de três centenas de mecatrónicos responderam aos questionários publicados no Jornal das Oficinas para poderem participar no Concurso “Melhor Mecatrónico

Automóvel 2017”. O interesse suscitado por esta iniciativa excedeu, uma vez mais, as expectativas da organização, pela grande adesão e entusiasmo de todos quantos participaram. Com as respostas do 5.º (e último) questionário, chegou ao

fim o processo de seleção para apurar os oito melhores profissionais que irão disputar a grande final do concurso. A seguir, indicamos as respostas corretas às questões que serviram de base para a seleção dos finalistas.

Respostas corretas aos questionários do Concurso “Melhor Mecatrónico Automóvel” Confira abaixo as respostas corretas aos questionários publicados nas edições do Jornal das Oficinas (abril a agosto de 2017): 1 b) Marcar a posição do disco em relação ao volante do motor 2 c) O perfil do bordo da jante 3 b) É a oscilação lateral da roda em relação ao eixo de direção, o que provoca uma forte vibração da direção 4 a) São todos aqueles sinais constantes no tempo deferindo a sua amplitude e frequência 5 d) Memória ROM 6 a) O sistema binário 7 b) Oito 8 c) Bit 9 c) Evitar perturbações nas mensagens emitidas 10 a) ... microprocessador, controlador e transmissor-recetor 11 c) Evitar que os dados transmitidos sejam afetados por fenómenos de reflexão 12 b) Proporcionar informação à unidade de controlo do motor para calcular a carga do mesmo 13 c) Reconhecer o PMS dos cilindros e registar as rotações do motor 14 d) Introduzir os vapores do depósito de combustível no coletor de admissão 15 d) Permite determinar, com maior exatidão, a quantidade de ar aspirado pelo motor ao reconhecer as correntes de refluxo 16 c) Reduzir a emissão de gases poluentes durante os primeiros momentos do funcionamento do motor 17 a) Controlar os elementos relacionados

com a emissão dos gases de escape 18 a) O circuito de alimentação de combustível está formado por uma parte de baixa pressão de combustível e por outra de alta pressão 19 d) Diretamente na câmara de combustão 20 b) Em caso de avaria do sistema, a árvore de cames mantém-se em posição básica e provoca uma diminuição do binário do motor 21 b) Metano 22 b) 130 Octanas 23 d) Todas as afirmações anteriores são corretas 24 c) Existe o equilíbrio estático e o equilíbrio dinâmico 25 b) Das moléculas de oxigénio no escape a fim de saber a mistura estequiométrica 26 c) É um sistema que a pressão está sempre presente num alimentador comum e que, por via de uma excitação elétrica, permite que os injetores façam a sua abertura 27 d) O aditivo AdBlue permite uma reação química no catalisador de oxidação, para redução do teor de oxigénio no escape 28 c) Efetuar a recirculação dos gases escape, com o objetivo de diminuir a temperatura de combustão e, assim, reduzir a oxidação do Azoto e consequente de NOx 29 c) É um sinal de onda quadrada, com

frequência fixa, que servirá para obter um valor médio de tensão variável 30 c) No condensador para o estado líquido, e no evaporador para estado gasoso 31 d) 107,25 mm 32 a) Diminuir o atrito e arrefecer as peças móveis do motor 33 b) A saída dos gases resultantes da queima 34 c) Densidade do eletrólito da mesma 35 b) Radial ou diagonal 36 c) Criam a faísca necessária para a queima da mistura de ar e combustível 37 c) Cilindro mestre, disco, tambor 38 c) Sim 39 a) Aspira o fluido no estado gasoso e envia o fluido no estado gasoso 40 b) Em série com o circuito elétrico 41 c) Do pólo positivo para o negativo 42 c) 0,012 A 43 a) …para proteger os consumidores e os cabos contra correntes de curtocircuito 44 b) 85 e 86 45 a) Diminuem a tensão e a corrente no consumidor 46 c) Ligando o terminal (+) ao ânodo e o terminal ( - ) ao cátodo 47 c) Linhas K e L 48 a) Uma resistência variável com a temperatura 49 d) Uma sonda Lambda 50 b) CAN-BUS, Bluetooth, Byteflight e FlexRay

Class. Pts 1 47 2 45 3 45 4 44 5 44 6 44 7 41 8 41 9 40 10 40 11 39 12 39 13 38 14 37 15 36 16 35 17 -18 -19 -20 -21 -22 -23 -24 -25 -26 -27 -28 -29 -30 -31 -32 -33 -34 -35 -36 -37 -38 -39 -40 -41 -42 -43 -44 -45 -46 -47 -48 -49 -50 --

Empresa Lubrigaz Miguel & Luísa JSRacing Luís Marques Magalhães & Irmãos Auto Canada Particular Garagem 21 Cândido Silva ISEP Conficar PRPeças Auto Ind. Coimbra MSCar Cavaco e Pina NRS Technik Auto Industrial MCoutinho Auto Espírito Santo Auto Pinto GermanCarShop Auto Rep. Guedes Rolauto RC Azores Travel Axa Assistance Albano Pedrosa Auto Santos Audi Vítor Anastácio Ascendum ICF Reparações Autoeuropa Grelhacar Ladeira & Gregório Nuno Cristovão Bruno Pais Particular GSVI Tavarede Car J3Maurício Rodo Pereira Midas Paços Station José Henriques C. Santos MileneCar Robert Bosch Fórmula 1 Autosantos TDA

Nome Davide Brito João Luís Jorge Simões Luís Marques Luís Magalhães João Canada José Araujo Hélder Pereira Artur Silva José Magalhães Rui Fernandes Paulo Tomé Ricardo Albino Radu Holban Paulo Cavaco Nelson Sousa Gustavo Dias Bruno Cação Paulo Espírito Santo Amílcar Pinto Tomé Gomes José Guedes António Rolo Brian Melo Ricardo Lopes Bruno Pedrosa Jorge Santos Jorge Soares Filipe Nobre Hugo Guerra Marcelo Fernandes Luís Marques João Dias Luís Nascimento Nuno Cristovão Bruno Pais João Melo Sérgio Dias Pedro Costa Cristian Ferreira Tiago Pereira Carlos Teixeira Mauro Guimarâes José Henriques Tiago Rita Fernando Franco João Bernardo Alberto Silva Jorgen Santos Marco Alvarenga

Para mais informações sobre este desafio, visite o site: www.melhormecatronico.pt

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soluções para o seu negócio

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PRÉMIOS

Melhor Mecatrónico 2017

1º CLASSIFICADO Carro de ferramentas com 215 peças com ferramentas premium 2º CLASSIFICADO Chave dinamométrica digital para Torque e Ângulo com memória, USB

A quem respondeu aos primeiros 4 questionários: Oferta de 1 serviço de reparação de filtro de Partículas (a ser utilizado até 15 de Setembro de 2017)

3º CLASSIFICADO Chave dinamométrica digital para Torque e Ângulo VALOR TOTAL 2500€

A quem respondeu na totalidade dos questionários: Oferta de 1 serviço de reparação de filtro de Partículas (a ser utilizado até 31 de Outubro de 2017)

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FINALISTAS Oferta de 1 serviço de reparação de filtro de Partículas (a ser utilizado até 31 de Dezembro de 2017)

FINALISTAS Pack merchandising MEYLE

VENCEDOR Oferta de um Filtro de particulas CATS & Pipes FDF162 FORD FOCUS 1.6TDCI 109CV + 1 Warm Up Combutec 2 + 2x10L Litros de AdBlue

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K soluções para o seu negócio

VENCEDOR Desenvolvimento do Web Site. Domínio e Alojamento do site por um ano. Email e Manutenção do site por um ano. VALOR 2.000€

FINALISTAS Coletes e batas de trabalho

FINALISTAS Oferta de formação incluinda no plano de formação Autozitânia 2017/2018

Melhor Mecatrónico 2017 VENCEDOR Ferramenta SKF VKN trancadora para distribuição

1º prémio:

Cheque oferta + Pack de merchandising oficina (valor 400€)

2º a 7º prémios:

Pack de merchandising oficina (valor de 100€/cada)

VENCEDOR Cheque oferta+Pack de merchandising oficina VALOR 400€ RESTANTES FINALISTAS Pack de merchandising oficina VALOR 100€ (cada)

FINALISTAS Oferta de uma muda de óleo de motor para a viatura de cada um

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DESTAQUE 08

Tendências do aftermarket internacional

Conheça as novas oportunidades

› Durante os próximos cinco a 10 anos, assistiremos a grandes mudanças no aftermarket. Para compreender o que vai realmente alterar-se e conhecer as novas oportunidades que vão surgir, aconselhamos a leitura atenta deste artigo, baseado no relatório realizado pela consultora McKinsey

O

mais recente relatório realizado pela McKinsey sobre o aftermarket contou com a colaboração da CLEPA (Associação Europeia de Fornecedores Automóvel) e avalia as tendências e o potencial impacto das mesmas no “equilíbrio do poder” e nos “resultados”, assim como prevê as implicações para os fornecedores do setor automóvel. No geral, é previsível que a indústria do pós-venda, a nível global, cresça a uma média de 3% ao ano até 2030. Mas é provável que os contornos desse crescimento mudem de três formas importantes: Região. A China irá tornar-se na principal “força motriz” (8,1% ao ano), com a restante Ásia a crescer 6,5%, ao passo que o modesto contributo da Europa e da América do Norte não deverá ultrapassar os 1,5%. Modelo de negócio. É de esperar uma mudança rumo a parcerias através de empresas de comércio eletrónico e oficinas. Produtos e serviços. É previsível que os serviços e diagnósticos cresçam mais rapidamente (cerca de três pontos percentuais) comparativamente às peças sujeiNovembro I 2017

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tas a desgaste e às peças relevantes em acidentes. As receitas relacionadas com meios digitais vão triplicar, atingindo um volume de vendas de quase 20%. No que respeita aos fornecedores do setor automóvel (fabricantes de peças), é previsível que seis tendências principais mudem a dinâmica do mercado do pós-venda: 1  Consolidação entre distribuidores de peças; 2  Expansão agressiva das marcas de automóveis em direção às atividades do pós-venda; 3  Digitalização de canais e interfaces; 4  Acesso a dados gerados por automóveis; 5  Crescimento da influência dos intermediários (digitais); 6  Maior transparência nos preços e maior diversidade de fornecimento para clientes. Apesar de todas as evidências da natureza revolucionária destas tendências no mercado do pós-venda – que se manifestam, por exemplo, pelo seu impacto

nas receitas, nos lucros e na estrutura da indústria – 80% dos players afirma não estar bem preparada atualmente, principalmente devido à falta de orientações e competências estratégicas e aos recursos insuficientes na área da digitalização. O derradeiro impacto destes fenómenos nos lucros dos fornecedores vai depender da forma como estes conseguirem minimizar os impactos negativos, capitalizando as oportunidades que se lhes apresentarem. Para superarem o desafio e beneficiarem das oportunidades resultantes, os fornecedores do setor automóvel terão de avaliar o impacto provável destas tendências de rutura nas suas atividades. Em especial, os fornecedores de peças terão de compreender os cenários mais prováveis para a indústria no futuro – cenários nos quais poderão ser beneficiadas as categorias com vários players ou nos casos mais extremos, cenários nos quais seja previsível que um tipo de player, como os OEM ou distribuidores, domine o panorama do pós-venda. Em seguida, terão de definir um caminho a seguir que tenha em conta as suas aspirações estratégicas,

a forma como se apresentam no mercado, as suas parcerias e a posição na cadeia de valor, bem como as ferramentas que fomentam e aprofundam as suas relações com os consumidores. n  ALTERAÇÕES DRAMÁTICAS O pós-venda no setor automóvel está a passar por alterações dramáticas com expectativas de clientes em constante evolução, inovações tecnológicas aceleradas e mudanças ao nível da competitividade. Estas alterações vão reformular a forma como os clientes, os fornecedores do setor automóvel e outras empresas do pós-venda encaram os automóveis e a condução, a forma como os negócios são realizados no pós-venda automóvel e a forma como o valor é criado. Além do mais, os mercados emergentes vão criar novas necessidades e aumentar a pressão na tomada de ações na indústria do pós-venda. Simultaneamente, os players da indústria vão enfrentar desafios resultantes do ritmo cada vez mais elevado de consolidação da indústria, especialmente na América do Norte e na

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QUADRO I

O mercado do pós-venda é composto por cinco grupos de partes interessadas e dois modelos de fornecedores. Este estudo analisa este mercado a partir da perspetiva dos fornecedores de automóveis Fabricantes de peças

Distribuidores de peças

Intermediários

Oficinas

Clientes finais

OE OEMs: VW, BMW, Daimler, etc Pós-venda independente (IAM)

Unidades de vendas OEM e distribuidores

Oficinas OEM e concessionários

Seguradoras:

Centros automóvel e serviços rápidos:

Fornecedores de automóveis: Bosch, Hella, ZF

Grupos de Compras: ATR, Temot

Distribuidores Independentes: Stahlgruber, LKQ, Mekonomen

Fabricantes genéricos

A.T.U., pitstop

Clubes automóveis:

ADAC

Empresarial

Redes de oficinas:

Leasing:

Pequenas Oficinas

Portais de Routing:

AutoCrew, Meisterhaft

Distribuidores online: Amazon,

Particulares

Allianz, HUK-Coburg

LeasePlan

Frotas

FairGarage

eBay, kfz-teile24

Fonte: McKinsey

Europa. Adicionalmente, players como os fornecedores de automóveis que há muito exercem as suas atividades num ambiente relativamente estável, vão enfrentar um novo tipo de pressão competitiva de players em diferentes etapas da cadeia de valor do pós-venda, bem como de novos players, com modelos de negócio digitalmente otimizados. Novas tecnologias e grandes mudanças na indústria do pós-venda serão fatores revolucionários aos quais todos os players terão de reagir agora de forma a assegurarem posições fortes no futuro. Para serem bem-sucedidos no novo mercado do pós-venda, os fabricantes de peças automóvel precisam de tomar medidas desde já. Esta abordagem começa com uma avaliação do impacto da tendência na organização individual e com a definição da estratégia para o futuro. Neste relatório, a McKinsey tem como objetivo esclarecer o dinamismo do mercado do pós-venda e proporcionar respostas às seguintes questões chave a partir da perspetiva dos fornecedores do setor automóvel na Europa: l  Qual é o panorama atual do pós-venda automóvel e qual será a sua trajetória (crescimento) até 2030? l  Quais serão as tendências com maior impacto no pós-venda e de que forma poderão as movimentações estratégicas resultantes dos players envolvidos mudar a dinâmica da indústria? l  Como poderão os fornecedores do setor automóvel tirar total partido das mudanças previstas e aproveitar as novas oportunidades resultantes? n  ESTRUTURA DO AFTERMARKET O aftermarket é a parte do setor da indústria automóvel composta por serviços automóveis e comercialização de peças. A atividade dos serviços (manutenção e reparação de veículos), gera cerca de 45% das receitas totais do pós-venda na Europa, ao passo que a venda de peças de

veículos, por grosso e a retalho, representa os restantes 55%. Em conjunto, ambas as atividades são uma parte importante da indústria automóvel em geral, uma vez que proporcionam receitas substanciais de, aproximadamente, 760 mil milhões de dólares americanos (2015) ou seja, cerca de 20% das receitas automóveis totais e uma rentabilidade superior à da maioria dos restantes subsetores da indústria. No que respeita às partes interessadas, o pós-venda divide-se, geralmente, na rede de fabricantes de equipamento original (OEM) e no pós-venda independente (IAM). Ao longo da cadeia de valor, podemos verificar interação entre os múltiplos tipos de interessados. A estrutura de mercado e o grau de consolidação variam ao longo das regiões. E embora os níveis de poder dos players variem ao longo da cadeia de valor de acordo com a geografia, o pós-venda automóvel é composto por cinco grupos distintos de interessados (Quadro I): l  Fabricantes de peças tais, como OEM, fornecedores de automóveis e fabricantes genéricos que produzem peças para o pós-venda e proporcionam serviços; l Distribuidores de peças, incluindo grupos de compras, distribuidores independentes, retalhistas online e OEM com a sua rede de distribuidores afiliados; l  Oficinas, incluindo as redes de oficinas OEM, centros automóvel, sistemas em cadeia e pequenas oficinas; l  Intermediários, em particular seguros, clubes automóveis, empresas de leasing e portais de encaminhamento; l  Clientes finais, compostos por privados, empresas e mercado de frotas; l  Dimensão do mercado e perspetiva de crescimento global. O modelo de análise do pós-venda automóvel da McKinsey foi desenvolvido para projetar o crescimento da indústria global. O modelo representa valores a nível de

preço do cliente final, incluindo peças, mão de obra, manutenção e receitas com peças relevantes em acidentes, com uma diferenciação por região. Engloba um valor global total para o mercado em 2015 de, aproximadamente, 760 mil milhões de dólares americanos. Mais especificamente, três regiões foram responsáveis por mais de 75% deste valor: mais de um terço teve origem na América do Norte (35% ou, aproximadamente, 267 mil milhões de dólares americanos), seguindo-se

n  DE REGIÃO PARA REGIÃO O crescimento não terá uma distribuição equitativa por região, apresentando diferenças significativas entre mercados consolidados e mercados emergentes (Quadro II). Impulsionada, em grande parte pela China, a Ásia será o motor de crescimento do mercado global nos próximos anos. Com a expansão económica do país por detrás do crescimento da taxa de propriedade de automóveis, é previsível que a China se aproxime do parque automóvel de veículos ligeiros da Europa até 2020, representando cerca de um quinto dos 1.196 mil milhões do pós-venda automóvel a nível global em 2030. Em particular, o mercado dos serviços vai registar um forte crescimento na China, principalmente devido à idade média

QUADRO II

Após um período de elevado crescimento, é previsível que as receitas na Europa e na América do Norte estagnem, ao passo que as da Ásia vão aumentar significativamente Crescimento por ano

Receitas totais do pós-venda em milhares de milhões de dólares americanos*

Percentagem 2010 - 14  2015 - 30

Focus do estudo América do Norte ** +3,5

+1.6 337

267 2015

2030

Global +3.9

2015

Europa

Resto da Ásia ***

+2.1

+1.5

237

295

2015

2030

+6.4

+3.1 1.196

2030

+6.5 197

77 2015

Resto do mundo ****

759

2030

China

+5.5

+1.6

+6.4

106

134

72

2015

2030

2015

+8.1 233 2030

Mais de 80% dos especialistas aftermarket concordam com esta perspetiva * Incluindo peças, mão de obra, manutenção e receitas relacionadas com acidentes ** Incluindo os EUA, Canadá e México *** Incluindo Índia **** Incluindo América do Sul, África e Oceânia FONTE: Modelo de mercado McKinsey. Estudo realizado com membros CLEPA (n = 27; fevereiro de 2017)

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a Europa com, aproximadamente, 237 mil milhões de dólares americanos (31%) e a China, com cerca de 72 mil milhões de dólares americanos, registando 10% do valor global. Nos últimos cinco anos, o pós-venda automóvel evidenciou um crescimento e uma rentabilidade saudáveis. É previsível que esta tendência se mantenha e que o pós-venda venha a aumentar para cerca de 1.200 mil milhões de euros até 2030, com uma taxa de crescimento global subjacente de cerca de 3% ao ano. Isto representa um ligeiro decréscimo de quase um ponto percentual comparativamente a taxas de crescimentos anteriores. É interessante notar que são previsíveis mudanças nas fontes de crescimento, em particular no que respeita a região, modelo de negócio e grupos de produto e serviços.

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DESTAQUE Tendências do aftermarket internacional

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QUADRO III

As peças sujeitas a desgaste representam, atualmente, a maior quota das receitas de pós-venda dos fornecedores, mas é previsível que os serviços e produtos de diagnóstico impulsionem o crescimento Quota de receitas atual do aftermarket Percentagem

Peças de desgaste

53

Peças relevantes em acidentes

12

Crescimento vs média aftermarket *

Lógica (exemplos)

= 0 pp

A qualidade das peças está a melhorar, mas a idade média dos veículos está a aumentar Pressão sobre o preço dos fabricantes asiáticos

-1 pp

O aumento de segurança nos veículos e nas estradas vai diminuir as taxas de acidentes

Seviços

6

+3 pp

Surgimento de novos serviços, por exemplo, gestão de frotas e serviços acionados digitalmente

Produtos de diagnóstico

9

+3 pp

Dados automóvel e novas tecnologias dão origem a “Diagnósticos 2.0” (um novo mercado que pode ser conquistado pelos OEM)

Outro **

20

* Crescimento de receitas esperado do segmento vs média total do aftermarket nos próximos 10 anos ** Incluindo motores, transmissões, motopropulsores, turbos Fonte: Estudo realizado com membros CLEPA (n = 27; fevereiro 2017). Entrevistas com 20 especialistas do mercado do pós-venda

crescente do parque automóvel. Embora, atualmente, a idade média dos veículos na China seja baixa comparativamente, registando cerca de 4,5 anos, é previsível que esta aumente significativamente e em breve. Contudo, é previsível que o ritmo de crescimento da Ásia diminua no futuro, em grande medida devido a um abrandamento geral do crescimento económico da China nos próximos anos. Simultaneamente, o relatório indica apenas crescimento moderado no pós-venda automóvel em mercados consolidados apesar do aumento na densidade de veículos. Ao longo dos últimos 10 anos, os mercados consolidados da Europa e América do Norte registaram taxas de crescimento no parque automóvel inferiores a 2% ao ano. Simultaneamente, a idade média dos veículos aumentou de 10,5 para 11,5 anos nos EUA e de 8,4 para 9,7 anos na Europa. Estas tendências realçam a crescente necessidade de lidar com os segmentos dos veículos mais antigos. No geral, é previsível receitas do pós-venda automóvel de, aproximadamente, 337 mil milhões de euros na América do Norte e de, aproximadamente, 295 mil milhões euros na Europa em 2030 – com taxas de crescimento anual, em ambos os mercados, em torno dos 1,5% até lá. n  MODELO DE NEGÓCIO O negócio do pós-venda é realizado através de vários modelos, incluindo peças originais e de qualidade equivalente,

pós-venda independente, oficinas e uma variedade de outros modelos de negócio ou canais (por exemplo, comércio eletrónico). Embora a maioria dos fornecedores do pós-venda esteja, hoje, a operar no mercado do pós-venda independente através do canal de equipamento de origem e peças de substituição, é previsível que a evolução do pós-venda seja caracterizada por uma mudança rumo a parcerias e modelos de distribuição direta (particularmente negócios de comércio eletrónico e oficinas). Atualmente, apenas um em cada três players está a utilizar um dos dois últimos modelos de negócio, mas muito especialistas preveem que estes se tornem mais importantes num futuro próximo. n  PRODUTOS E SERVIÇOS No lado do produto, os fabricantes de componentes indicam que, atualmente, cerca de metade das receitas provêm das peças sujeitas a desgaste, seguindo-se as peças relevantes em acidente, os produtos de diagnóstico, serviços e outras peças. No futuro, é previsível que o crescimento das peças sujeitas a desgaste abrande devido ao aumento da qualidade das peças, à mobilidade elétrica e à pressão exercida nos preços. De igual modo, as taxas de acidentes vão diminuir como resultado do aumento da segurança. Embora a maior utilização de sensores possa aumentar o custo médio de cada acidente isolado, no geral, é esperada uma diminuição. Por outro lado, os diagnósticos e servi-

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DESTAQUE Tendências do aftermarket internacional

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Fonte: Estudo realizado com membros do CLEPA (n = 27; fevereiro 2017). Entrevistas com 20 especialistas do mercado do pós-venda. McKinsey

QUADRO IV

Os especialistas creem que seis tendências específicas relativas aos fornecedores do setor automóvel apresentam um elevado potencial de rutura nos próximos cinco a 10 anos Avaliação de tendências com base em entrevistas e inquéritos

Linha cronológica

Principais tendências Crescimento da influência dos intermediários

5

A curto prazo (0 – 5 anos)

1

Aumento da transparência nos preços e da diversidade de fornecimento para clientes

7 A médio prazo (5 – 10 anos)

6

Aumento da competição entre os fabricantes de peças

2

Consolidação entre os distribuidores de peças

Expansão agressiva das atividades no pós-venda por parte dos fabricantes OEM

Acesso a dados gerados pelos automóveis

3

4

Digitalização dos canais / interfaces

8 Profissionalização das oficinas

Decréscimo no número de automóveis adquiridos por particulares, mais soluções de mobilidade e frotas

A longo prazo (> 10 anos)

Mobilidade elétrica

n  TENDÊNCIAS REVOLUCIONAM DINÂMICA DO AFTERMARKET A indústria do pós-venda no setor automóvel no seu conjunto é afetada por Novembro I 2017

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Conectividade

12

Condução autónoma

Elevado

várias grandes ruturas, em particular a digitalização, a dinâmica concorrencial em transformação e as alterações nas preferências do consumidor. No que respeita à digitalização, por exemplo, a utilização de smartphones deu origem a novos serviços de mobilidade, tais como o “e-hailing”, ao passo que a pesquisa de informações relacionadas com automóveis e as compras passaram a ser realizadas online. Relativamente à transformação da concorrência, estão a surgir duas dinâmicas paralelamente à consolidação dos distribuidores de peças e a outras tendências que se tornaram percetíveis há já algum tempo. Primeiramente, novos players começam a entrar no mercado automóvel e as empresas estabelecidas começaram a mudar os seus modelos de negócio – uma tendência que se continuará a verificar no futuro. No que toca às preferências dos consumidores, as gerações mais jovens estão menos interessadas na propriedade de automóveis e a implementação de regulamentações mais rigorosas está a estimular o aumento de veículos elétricos. Através de uma análise abrangente com base em dados da indústria e ao complementar estes resultados com pareceres de especialistas líderes no pós-venda, a McKinsey identificou 12 tendências específicas do pós-venda com provável impacto significativo na indústria, especialmente a partir da perspetiva dos fornecedores do setor automóvel. Em conjunto com especialistas e membros da CLEPA, classificou estas 12 tendências com base no impacto, utilizando duas dimensões:   Linha cronológica – avaliando a probabilidade da iminência do impacto de uma tendência, ou seja, a curto prazo (dentro de cinco anos), médio prazo (entre cinco a 10 anos), ou a longo prazo (mais de 10 anos). l

10

11

Médio

Reduzido

ços vão gerar um crescimento à medida que surgirem novas ofertas, muitas das quais ligadas à digitalização e aos dados automóveis. É previsível que as taxas de crescimento deste último elemento sejam, aproximadamente, três pontos percentuais mais elevadas do que a média do pós-venda na sua totalidade. Além do mais, os produtos e serviços digitalmente otimizados vão ser responsáveis por uma quota crescente do valor geral (Quadro III). É previsível que a sua quota das receitas do pós-venda triplique passando dos atuais 6% para quase 20% nos próximos 10 anos. O crescimento nestas ofertas digitais vai resultar do hardware (por exemplo, dispositivos de telemática, sensores ou ecrãs), software (por exemplo, rastreio de veículos, custo total da propriedade ou software de monitorização de condutor) e dos serviços (por exemplo, gestão de frotas, proteção contra roubo ou serviços de atualização por via aérea). Em muitos casos, serão os novos players a utilizar a via digital para oferecer estas novas soluções. Contudo, algumas tendências de rutura terão influências fortes e de oposição (bem como efeitos compostos bastante complexos) no desenvolvimento deste mercado e na distribuição ao longo dos players. Com vista a proporcionar mais orientações sobre os motivos pelos quais algumas tendências específicas vão ter um elevado impacto e sobre a forma como estas tendências podem ser tidas em conta na trajetória de mercado e no planeamento estratégico dos players (acima de tudo, no caso dos fornecedores de automóveis), vamos abordar a seguir a natureza dinâmica do mercado do pós-venda.

9

Potencial de rutura

Potencial de rutura – avaliando a dimensão do impacto da tendência nas receitas, na rentabilidade e na estrutura da indústria (Quadro IV). l

Entre as 12, seis tendências – consolidação, expansão OEM, digitalização, dados, intermediários e transparência – terão o maior impacto de rutura nos próximos cinco a 10 anos. Contudo, dependendo da região, do segmento de mercado e dos players, estas tendências poderão variar na sua manifestação e importância. Seguidamente, começamos por descrever estas seis tendências do pós-venda e abordamos os seus efeitos nas receitas e na rentabilidade dos principais players, bem como na estrutura do mercado. Tendo em conta este panorama, apresentamos, em seguida, três cenários do pós-venda que nos ajudam a avaliar as implicações de um conjunto complexo de potenciais medidas estratégicas e ilustramos a vasta gama de potenciais resultados.

n  SEIS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS DE RUTURA 1 Consolidação entre distribuidores de peças À medida que o pós-venda continua a evoluir, podemos esperar uma maior consolidação. Entre os vários players do pós-venda, são os distribuidores de peças que sentem a maior pressão no que respeita a consolidação, uma vez que precisam de atingir uma massa crítica e potencializar economias de escala (por exemplo, dimensão do acesso do consumidor e do volume de compras). Em contrapartida, os players do pós-venda automóvel estão a tomar várias medidas relacionadas com a consolidação para assegurarem e expandirem as suas posições no pós-venda. Os distribuidores de peças, bem como os grupos de compras, procuram fusões e aquisições para aumentarem a sua dimensão e estabelecerem uma presença internacional. É previsível que o nível de consolidação na Europa siga o exemplo do mercado americano, onde os quatro principais distribuidores já dispõem de uma quota de mercado de cerca de 40%. Na verdade, a consolidação na Europa já começou. Nos últimos anos, apenas o cenário de distribuição de peças na Europa assistiu a grandes transações, por exemplo, a aquisição da Trost pela Wessels + Müller em 2015. Nesse sentido, houve um forte investimento por parte de empresas de capital privado no mercado do pós-venda (Quadro V). Atualmente, os players com capital privado investiram em cinco dos 10 principais distribuidores na Europa, incluindo Alliance Automotive, Euro Car Parts e Rhiag. Além do mais, os distribuidores norte-americanos procuram, de forma agressiva, novas oportunidades de crescimento na Europa, intento que, provavelmente, gerará maior consolidação na indústria. Embora a LKQ, com sede em Chicago, invista há anos em distribuidores de peças europeus, a empresa canadiana Uni-Select Inc. iniciou, recentemente, a sua expansão para a Europa com a aquisição da The Parts Alliance no RU. 2 Expansão agressiva das atividades no pós-venda por parte dos fabricantes de automóveis À medida que a idade dos veículos au-

Abranger a totalidade da cadeia de valor do pós-venda: o exemplo da PSA Um exemplo recente do enfoque estratégico por parte de um OEM no mercado do pós-venda é o da PSA. O fabricante de automóveis francês está a introduzir-se de forma arrojada no pós-venda independente do setor automóvel, tornando esta medida uma parte significativa da sua estratégia de crescimento a cinco anos “Push to Pass”. Além de uma série de aquisições, a PSA lançou várias marcas próprias ao longo da totalidade da cadeia de valor. O fabricante de automóveis detém participações na distribuição com as marcas Distrigo e Mister Auto e estabeleceu-se como uma cadeia de oficinas multimarca com a Euro Repar. Além do mais, com a Aramisauto e a Autobutler, a empresa francesa também está ativa no espaço dos intermediários do pós-venda. Através desta abordagem holística, a PSA pretende abranger todos os consumidores, independentemente da marca do veículo, da idade ou do canal de distribuição. Embora a PSA continue a liderar o setor OEM no que respeita à expansão das atividades no pós-venda, outros OEM começaram a seguir-lhe o exemplo, dada a atratividade da indústria.

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QUADRO V

O cenário no setor grossista na Europa mudou devido a várias atividades relacionadas com fusões e aquisições, incluindo as de protagonistas com capital privado Vendas* dos maiores distribuidores de peças para automóveis na Europa

Milhões de euros

Envolvimento capital privado

Wessels + Müller

811

Stahlgruber

859

679 343

Alliance Automotive 922 858

LKQ

W + M comprou Trost em 2015, integração a decorrer Stahlgruber comprou PV Automotive em 2013 Blackstone assumiu controlo da Alliance Automotive em 2014, pagando 440 milhões de euros Parte da LKQ Player do pós-venda LKQ (EUA) comprou a Rhiag ao player de capital privado Apax

737

Inter Cars Inter-Sprint Banden

674 604

The Parts Alliance

EUROPART

1.202 1.200

Euro Car Parts

Micheldever

1.490

446 405

Uni-Select adquiriu a HgCapital em 2017 Sumitomo adquiriu a Micheldever à Graphite Capital Adquirida pela Alpha Private Equity

* Desde 2015 ou ano fiscal mais recente disponível, estimativas parciais

Fonte: Orbis; contabilidade da empresa; imprensa; McKinsey

de decisão relacionada com manutenção e reparação. 3 Digitalização de canais e interfaces Os canais digitais vão começar a ganhar cada vez mais influência nos processos de pesquisa e compra dos clientes – tanto em mercados desenvolvidos como nos emergentes. Os clientes recorrem às comunidades e às avaliações online, entre outras plataformas digitais com o intuito de melhorarem as suas decisões de compra. Já existem múltiplas plataformas para venda de peças online. Fornecedores, OEM, distribuidores e cadeias de oficinas vão continuar a aumentar a sua participação digital e lançar novas plataformas. É previsível que a quota do comércio eletrónico no que respeita à venda de peças venha a aumentar para 20 ou 30% até 2035, nível em que, provavelmente, estabilizará. Em contrapartida, peças com logística complicada, por exemplo, para-brisas e airbags, devido às dificuldades envolvidas no seu transporte ou porque fazem parte de processos de oficina complexos, vão continuar a ser vendidas principalmente através dos canais grossistas tradicionais OEM ou IAM. A digitalização vai permitir que os players do aftermarket incrementem o valor do pós-venda automóvel, uma vez que a conectividade permite que se aproximem do cliente final e gerem macrodados. Contudo, à medida que o automóvel se torna numa plataforma para software e aplicações, os lucros poderão passar para gigantes tecnológicos ou para novos parti-

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menta, o negócio de pós-venda dos OEM é sujeito a uma pressão crescente, porque a sua quota de mercado no pós-venda em segmentos com idades mais elevadas diminui e outros players reivindicam o seu quinhão. Embora mais de 50% dos veículos de passageiros norte americanos com menos de dois anos recebam manutenção na rede OEM, este número diminui para cerca de 15% no que respeita a veículos com mais de oito anos. Para os OEM nos mercados emergentes, os números são ainda menos positivos devido a uma média de idade dos veículos mais elevada. Embora o pós-venda tenha sido uma das áreas de enfoque estratégico de muitos OEM durante largos anos, o nível de atividade e a ênfase no pós-venda aumentaram recentemente. Alguns OEM estão a começar a ocupar, de forma sólida, um ou mais espaços dentro da cadeia de valor do pós-venda. Por exemplo, através da criação das suas próprias redes de oficinas generalistas de reparação automóvel (ver caixa). Outros estão a responder à diminuição das quotas de mercado resultantes da idade dos veículos, introduzindo formatos de segundo serviço e segundas marcas (por exemplo, VW Direkt Express) ou peças recondicionadas para competir com players independentes e manter os clientes nas suas redes mais tempo. Os OEM também estão a investir na otimização da experiência do consumidor e na introdução de ofertas de serviço diferenciado, por exemplo otimizando a conectividade do veículo para “fidelizar” os seus clientes e “automatizar” a tomada

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DESTAQUE Tendências do aftermarket internacional

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dados e recursos provenientes do veículo e quem manterá o contacto do cliente no futuro? O nível de controlo ou de acesso aos dados conferido aos diferentes players dependerá das diretrizes regulamentares criadas no futuro. Estas diretrizes ainda têm de ser desenvolvidas e será necessário determinar que tipos de dados são de utilização proprietária para um player específico e que tipos de dados podem ser utilizados por vários players do pós-venda ou, ,inclusivamente, que tipos de dados têm de ser disponibilizados publicamente.

cipantes no setor do software. Fabricantes de peças, distribuidores e oficinas tradicionais poderão potencialmente sentir alguma pressão uma vez que OEM, intermediários e fornecedores online poderão tentar aumentar a sua influência sobre os clientes finais, reduzindo as margens dos players habituados a ter a total atenção dos clientes finais. Por outro lado, dada a cadeia de valor mais curta devido à omissão de certas etapas comerciais, alguns players têm uma perspetiva otimista e esperam que as margens permaneçam estáveis ou aumentem, uma vez que a margem de distribuidores e intermediários será dividida entre clientes, fabricantes de peças e lojas online. Além do mais, distribuidores de peças e oficinas poderão aproveitar a oportunidade e aumentar a sua presença individual no mercado através da consolidação, colaboração e profissionalização. Os intermediários, que ligam clientes e serviços, vão criar novas fontes de lucro e novas oportunidades. 4 Acesso a dados gerados por automóveis Estamos a assistir à formação de uma onda gigantesca de novos dados. O veículo conectado atual já dispõe de cerca de 40 microprocessadores e gera 25 GB de dados por hora, incluindo telemática e dados de comportamento do condutor. À medida que os processos para lá do automóvel forem digitalizados, esses dados adicionais serão, também, captados. Os especialistas do pós-venda preveem que os macrodados e a análise de dados avançada se tornem mais-valias indispensáveis no futuro. Contudo, atualmente prevalece a perspetiva geral de que a maioria dos players do pós-venda não está adequadamente preparada para tirar partido da oportunidade apresentada pelos macrodados. Aqueles que tiverem capacidade para agir de forma rápida e eficaz neste âmbito terão de se diferenciar da concorrência. No ponto de interseção entre os macrodados e a análise de dados avançada, existem várias oportunidades com potencial para aumentar as receitas dos fornecedores e/ou tornar as suas operações mais eficientes: l  Perspetivas de clientes aprofundadas. Para beneficiarem das informações Novembro I 2017

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sobre comportamento, preferências e necessidades do cliente, os fornecedores precisam de assegurar o acesso aos clientes e aos dados relevantes, seja diretamente (por exemplo, por meio de tecnologia no interior do automóvel ou de plataformas CRM através de canais de comércio eletrónico) ou indiretamente (por exemplo, através de parcerias com OEM, oficinas ou intermediários, tais como as seguradoras). l  Excelência operacional. A recolha digital de dados por meio de, por exemplo, um inventário de peças/armazenagem e atividade automóvel e de frota, poderá ajudar os players do pós-venda a aperfeiçoarem as suas operações, a gerarem contactos e a impulsionarem as vendas. l  Recomendações de resposta e disponibilidade. A solicitação de assistência rodoviária ou a recomendação de estações de serviço através de serviços de assistência na estrada estão a tornar-se procedimentos (legais) comuns em muitos países. Com uma cadeia de fornecimento digital integrada e através da parceria com outros players envolvidos (por exemplo, oficinas, seguros, distribuidores), os fornecedores têm capacidade para fornecer peças e componentes corretos de forma atempada, reduzindo ciclos de reparação. l  Manutenção preventiva e diagnóstico a bordo remoto. Os dados relativos ao estado operacional enviados continuamente pelos veículos conectados facilitam a análise e a verificação instantânea do veículo. Esta possibilidade de manutenção preventiva também permite a melhoria contínua do funcionamento do automóvel (para além de reparações agendadas) e uma melhor distribuição do volume de trabalho nas oficinas. l  Novos serviços digitais. A conectividade permite uma nova gama de serviços digitais, os quais podem ser adquiridos conforme necessário pelos clientes. Embora tenhamos vindo a assistir a uma entrada de novos players neste campo, há muito potencial para fornecedores no que respeita a novos serviços, tanto a nível de hardware como de software. A conectividade permite que o automóvel se torne num sistema para os players do pós-venda. As questões que esta realidade coloca são: quem dispõe de acesso e qual o tipo de acesso concedido aos

5 Crescimento da influência dos intermediários (digitais) Recentemente, assistimos ao surgimento de uma variedade de novos modelos de negócio intermediários. Por um lado, players estabelecidos – tais como as seguradoras, que há vários anos disponibilizam contratos de seguro com base na utilização nos EUA e no Reino Unido – começaram a tirar partido de novas tecnologias, tais como a telemática. Por outro, novos players principalmente com modelos de negócio ligados digitalmente, entraram no pós-venda. Fornecedores de soluções de telemática e de sistemas de gestão de frota surgiram nos polos de startu-ps desde Silicon Valley a Tel Aviv, direcionados aos negócios B2C - empresa ao consumidor (por exemplo, telemática para proprietários de automóveis, leasing ao cliente final) e aos B2B - empresa a empresa (por exemplo, frotas de partilha de automóveis, logística profissional). Tendo em conta este cenário, os especialistas acreditam que os intermediários vão expandir a sua presença na cadeia de valor tornando-se mais poderosos no futuro, uma vez que têm acesso direto aos clientes (tanto empresas como condutores) e, por conseguinte, a dados relevantes. É previsível, por exemplo, que até 2020 o seguro com base na utilização obtenha uma quota de mercado de 20 a 25% nos EUA e 15 a 35% na Europa (onde existem amplas diferenças nas taxas de adoção por país). Outro tópico pertinente é a gestão de frota, tanto em contexto de empresa como na frota de um cliente. O aumento do número de utilizadores da partilha de

automóvel e de frotas profissionais cria novas oportunidades para direcionar e otimizar serviços de manutenção e reparação. É provável que surjam novas parcerias entre intermediários e cadeias de oficinas, o que permitirá automatizar totalmente o fluxo de trabalho e a logística das peças. Embora exista a ameaça de que os novos players ganhem acesso direto aos clientes, os fornecedores podem formar parcerias com intermediários disponibilizando peças e serviços de elevada qualidade como análise de dados, explorando vastos números de veículos de frota e assegurando o acesso a dados relevantes de automóveis e de clientes. 6 Maior transparência nos preços e maior diversidade de fornecimento para clientes Os canais digitais estão a ganhar cada vez mais influência nos processos de pesquisa e compra dos clientes – tanto em mercados desenvolvidos como nos emergentes. É provável que evolução de clientes preparados e informados pela Internet mude o pós-venda automóvel de duas formas fundamentais: n  TRANSPARÊNCIA DE PREÇO Os canais online dão aos clientes acesso rápido a informação sobre os preços das peças. Na Alemanha, em França e no Reino Unido, 25 a 30% dos clientes finais avaliam as oficinas utilizando canais online e 20 a 30% dos clientes finais utilizam estes canais para determinar que peças automóveis devem comprar. De igual modo, os fóruns online proporcionam aos clientes opiniões dos seus pares sobre a qualidade/ valor das oficinas. Atualmente, a digitalização do processo de compra é focada nas peças, mas a compra de serviços online irá tornar-se cada vez mais importante. Para os fornecedores, o efeito da transparência de preços poderá significar uma diminuição nos preços e uma maior transparência de preços através do comércio eletrónico e os macrodados poderá representar um desafio para as margens atuais. O comércio eletrónico já estimulou transações transfronteiriças no interior da Europa, o que resultou em quedas de pre-

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DESTAQUE Tendências do aftermarket internacional

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QUADRO VI

A vasta maioria dos especialistas afirma que a rentabilidade é sólida presentemente, mas 42% prevê que as margens diminuam no futuro Percentagem de respostas

Quão rentável é o seu pós-venda comparativamente à atividade não pós-venda?

Qual será o desenvolvimento da rentabilidade do pós-venda nos próximos 10 anos?

Superior em 5 pp ou mais

Diminuição

53

Superior em 0 a 5 pp

29

Ao mesmo nível

12

Inferior em 0 a 5 pp Inferior em 5 pp ou mais

42

Sem alteração

29

Aumento

29

6 0

ços nos países nos quais, anteriormente, existia pouca concorrência e/ou preços geralmente elevados. Adicionalmente, a comparação de preços online proporciona às marcas privadas a oportunidade de rentabilizarem a sua vantagem ao nível dos preços relativamente aos produtos de marca. n  VENDAS ONLINE Atualmente, os distribuidores tradicionais dominam as vendas a oficinas, ao passo que cerca de 85 a 95% das encomendas de oficinas são realizadas em plataformas B2B ou canais físicos de distribuidores tradicionais ao longo dos mercados analisados. Menos de 5% das encomendas são realizadas através de players especializados ou de grandes comerciantes online na Alemanha, no Reino Unido, em França e apenas 10 a 15% na Polónia e na Rússia. A quota de comércio eletrónico das encomendas de oficina através de plataformas B2B independentes de distribuidores também continuará a aumentar, ao passo que a quota de encomendas de oficina através dos canais puramente físicos de distribuidores de peças irá tornar-se menos importante. Até 2035, 20 a 30% das vendas do mercado do pós-venda serão realizadas online, nível no qual a quota online deverá estabilizar devido, em parte, ao facto de os players online não conseguirem satisfazer as necessidades dos instaladores no que respeita a entregas rápidas e a condições comerciais flexíveis. A solução online poderá ser uma oportunidade para os fornecedores iniciarem a sua própria presença digital ou para estabelecerem parcerias com plataformas bem-sucedidas. Alguns players já criaram os seus próprios canais online, como, por exemplo, a Hella. Por fim, o modelo de vendas digitais poderá ser a chave para obter uma cadeia de valor mais reduzida e mais eficiente que beneficie os fornecedores. Através da eliminação da necessidade de intermediários e da otimização da cadeia de distribuição, os fornecedores poderão obter margens e Novembro I 2017

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Fonte: Estudo com membros do CLEPA (n = 27; fevereiro 2017). Entrevistas com 20 especialistas do mercado do pós-venda

poupanças maiores e poderão decidir refletir as mesmas nos clientes. Implicações destas tendências nas receitas e na rentabilidade dos fornecedores e na estrutura do mercado Agora, já temos uma noção de cada uma das seis principais tendências e compreendemos por que motivo têm elevado potencial para revolucionarem o mercado do pós-venda a curto ou médio prazos. O passo seguinte consiste

em compreender qual será o potencial impacto de cada tendência nas receitas e nos lucros dos fornecedores do setor automóvel, bem como na estrutura da indústria do pós-venda. Na sua maioria, os executivos do pós-venda (53%) afirmam que, presentemente, a rentabilidade dos seus negócios é muito sólida (Quadro VI). Contudo, daqui a 10 anos mais de 40% prevê que a mudança será para pior. Para investigar melhor esta perspetiva interessante, analisámos o efeito de cada uma destas seis tendências principais relativamente aos três aspetos de rutura: receitas, rentabilidade e estrutura da indústria (QUADRO VII). Analisando as receitas, o impacto das seis tendências é relativamente neutro a partir da perspetiva dos fornecedores. Especificamente, a expansão agressiva dos OEM poderá provocar uma diminuição no volume para fornecedores se os fabricantes de automóveis se centrarem em competir por volume de serviços e diagnóstico e combinarem estes com a venda de peças. Para fornecedores puramente focados no mercado do pós-venda independente, isto poderá representar uma redução nas receitas. Como compensação a esta redução, novas oportunidades vão surgir a partir dos dados automóveis; novos serviços e produtos geradores de receitas já estão a surgir com base na utilização de dados de condução e condutor. No que respeita a rentabilidade, é pre-

visível que a digitalização de canais e interfaces bem como o acesso a dados automóveis tenham um impacto positivo, revolucionando a cadeia de fornecimento e introduzindo oportunidades de negócio completamente novas. Estas duas tendências proporcionam a possibilidade de novas fontes de receitas associadas a margens elevadas e, provavelmente, vão impulsionar a rentabilidade dos fornecedores a médio prazo. Serviços, tais como o diagnóstico remoto, encontram-se entre as oportunidades com margens elevadas do que os dados gerados pelos automóveis apresentam. Naturalmente, as parcerias com novos players em várias áreas, bem como melhoramentos operacionais contínuos através da fixação de preços e da promoção de marcas, também podem elevar as margens. Por outro lado, é provável que as outras quatro principais tendências tenham um impacto negativo na rentabilidade dos fornecedores: a expansão dos OEM aumenta a concorrência; a consolidação dos distribuidores aumenta a pressão ao nível dos preços; a transparência reduz as margens; a crescente influência dos intermediários poderá resultar na agregação da procura e na diminuição dos preços. É importante notar que o efeito líquido destas tendências no fornecedor a nível individual depende da capacidade de reação às alterações discutidas no mercado. Apesar da rutura, existem oportunidades para que players do pós-

QUADRO VII

As seis principais tendências de rutura vão ter um impacto negativo nas receitas e na rentabilidade dos fornecedores do setor automóvel e vão provocar mudanças significativas no panorama da indústria IMPACTO A PARTIR DA PERSPETIVA DO FORNECEDOR AUTOMÓVEL

Principais tendências de rutura

Receitas

Rentabilidade

Estrutura do mercado *

CONSOLIDAÇÃO ENTRE DISTRIBUIDORES DE PEÇAS

Sem efeito na dimensão da procura

Distribuidores têm capacidade O poder do mercado de distribuidores para alterar preços alavancando aumenta o poder de negociação Médio

EXPANSÃO AGRESSIVA DAS ATIVIDADES DO PÓS-VENDA POR PARTE DOS OEM

As receitas provenientes de serviços e diagnósticos poderão ser captadas por OEM

OEM têm capacidade para controlar muitas etapas na cadeia de valor e alterar margens

DIGITALIZAÇÃO DOS CANAIS/ DAS INTERFACES

Sem efeito na dimensão da procura

As cadeias de valor tornam-se mais Margens mais elevadas devido curtas, alguns protagonistas poderão ser a cadeias de valor mais curtas Elevado excluídos (vendas diretas)

ACESSO A DADOS GERADOS POR AUTOMÓVEIS

Os dados automóveis são cruciais para a venda de serviços existentes e proporcionam potencial para novas

Receitas acrescidas com margens mais elevadas

CRESCIMENTO DA INFLUÊNCIA DOS INTERMEDIÁRIOS (DIGITAIS)

Sem efeito na dimensão da procura

Intermediários têm capacidade para alterar preços rentabilizando o poder de negociação

O poder de mercado dos intermediários aumenta através do acesso direto aos Médio clientes

AUMENTO DA TRANSPARÊNCIA NOS PREÇOS E DA DIVERSIDADE DE FORNECIMENTO

Sem efeito na dimensão da procura

O aumento da concorrência e a transparência de preço reduzem as margens

O poder de mercado dos consumidores e Médio dos intermediários aumenta para clientes

Os OEM introduzem-se nos IAM e noutras Médio áreas da cadeia de valor

Novos produtos e serviços podem ser Elevado oferecidos por todos os players

* Indica mudanças no poder de mercado ao longo de diferentes players ou rutura de atividades da cadeia de valor tradicional Fonte: McKinsey

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QUADRO VIII

São vários os fatores com efeitos positivos ou negativos na rentabilidade dos fornecedores. O efeito líquido dependerá da capacidade de reação dos protagonistas Rentabilidade atual (EBIT)

~ 5 - 10%

Consolidação de distribuidores

Exemplos (também de outras indústrias) Um aumento de 16 pp na quota de mercado dos quatro principais distribuidores na AN melhorou as suas margens em 3 pp

Aumento da transparência de preço Intensidade concorrencial de players existentes e de novos

As receitas na indústria musical caíram > 60% devido a MP3 e à tecnologia de streaming

Serviços digitais

Os serviços da Apple equivalem a 11% das receitas e estima-se que tenham uma margem bruta de 60%

Excelência da cadeia de valor

É previsível que a Amazon tenha margens superiores 1 - 2 pp comparativamente a outros retalhistas online devido a uma excelente cadeia de fornecimento

Potencial de parcerias Outros fatores operacionais Rentabilidade no futuro

?

O efeito líquido na rentabilidade dependerá da dimensão do impacto dos desenvolvimentos negativos no negócio e da capacidade da empresa para beneficiar das novas oportunidades

Fonte: Estudo com membros do CLEPA (n = 27; fevereiro de 2017). Capital IQ; Relatório anual da Apple 2016. Inquérito Consumidor 2015 McKinsey, Piper Jaffray, RIAA

-venda – fornecedores em particular – sejam bem-sucedidos na obtenção de rentabilidade. Tal como indicado anteriormente, o pós-venda continuará a ser uma indústria atrativa no seu conjunto, com um crescimento sólido e uma rentabilidade positiva. Contudo, é evidente que as empresas que não se adaptarem às mudanças no mercado vão perder terreno rapidamente. Para ilustrar este facto, resumimos os principais efeitos que poderão influenciar as margens de forma positiva ou negativa (Quadro VIII). Como é natural, é previsível que tendências como uma maior consolidação dos distribuidores ou a entrada de novos players reduzam as margens. Não obstante, existem várias oportunidades que poderão ser vantajosas para os fornecedores e que ajudarão a melhorar a rentabilidade. Além de novos serviços digitais, há muito potencial nas melhorias operacionais ao longo da cadeia de valor, incluindo a fixação de preços e a otimização operacional. De igual modo, as parcerias com novos participantes ou players de outras atividades da cadeia de valor poderão proporcionar oportunidades atrativas para melhoria das margens. Ao observar a estrutura da indústria, a digitalização dos canais irá revolucionar a cadeia de fornecimento com potencial para reduzir a sua dimensão e para excluir players específicos que, atualmente, lidam com o transporte de bens (principalmente) dos fabricantes aos clientes. Ao abordar uma cadeia de fornecimento totalmente digital e interligada, o papel e o valor acrescentado de algumas funções grossistas terão de ser completamente repensados. Tal como referido anteriormente, o aumento e o maior acesso a dados gerados

por automóveis irá fomentar a surgimento de serviços e produtos completamente novos. E a digitalização irá permitir que novos participantes ou players de setores adjacentes desenvolvam e ofereçam estes produtos e serviços. Por exemplo, o diagnóstico automóvel remoto e o planeamento de rota não estão necessariamente ligados a empresas que tenham efetivamente produzido uma peça física de um automóvel, tais como os OEM ou os fornecedores. Poderão surgir novos modelos de negócio que mudem completamente a lógica da cadeia de valor tradicional do pós-venda. As restantes quatro tendências estão todas ligadas a players específicos na cadeia de valor. Por conseguinte, cada uma delas poderá mudar a indústria à medida que o papel de cada desses players mudar. Três cenários do aftermarket apresentam futuros altamente divergentes Durante as entrevistas aprofundadas que a McKinsey fez a líderes da indústria e especialistas, foram debatidas as potenciais movimentações estratégias de cada

um dos cinco tipos de players ao longo da cadeia de valor. Com base na visão geral detalhada mas não exaustiva de potenciais movimentações estratégicas, desenvolveu três cenários do futuro da indústria para apresentar o vasto espectro de como o pós-venda poderá mudar dependendo, principalmente, das movimentações estratégicas de cada um dos players envolvidos (Quadro IX). Em seguida, apresentamos uma breve descrição dos três cenários: uma perspetiva “equilibrada” e dois cenários mais extremos, com consequências bastante sérias para os fornecedores do setor automóvel. n  “MUNDO DO PÓS-VENDA DIGITAL EQUILIBRADO” Nesta perspetiva relativamente otimista, em 2030 os players nos diversos níveis da cadeia de valor do pós-venda automóvel lucram com a digitalização de processos e de interfaces de cliente: l  OEM, fornecedores e distribuidores colhem os benefícios de digitalizarem os processos internos, adicionando va-

QUADRO IX

Dos três cenários possíveis do futuro da indústria, dois apresentam um resultado desfavorável para os fornecedores do setor automóvel EXTREMO “Os distribuidores assumem o controlo” Os distribuidores expandem-se de forma agressiva, abrangendo muitas áreas da cadeia de valor e captam quotas de mercado

EQUILIBRADO “O mundo do pós-venda digital equilibrado” Muitos players lucram com a digitalização à medida que os processos e as interfaces de cliente se tornam completamente digitais

Fonte: McKinsey

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EXTREMO “Os OEM conquistam o pós-venda” Os OEM expandem atividades e ganham poder no mercado através do acesso a dados dos proprietários

lor através dos dados automóveis e do enfoque no comércio eletrónico. l  Intermediários ganham visibilidade à medida que se tornam no “rosto do pós-venda” para os clientes da indústria. Neste cenário, o poder do mercado permanece relativamente equilibrado uma vez que as categorias dos players mantêm as suas posições no mercado. Apesar de novos participantes se estabelecerem, os players estabelecidos mantêm o controlo das maiores parcelas do pós-venda. Como é natural, apesar destas situações, relativamente equilibradas, nem todos os players ficam a ganhar. À medida que os intermediários ascendem, as oficinas vão perdendo, gradualmente, a sua ligação direta ao cliente. n  “DISTRIBUIDORES ASSUMEM CONTROLO” Em 2030, poderemos assistir a uma expansão agressiva dos distribuidores, semelhante ao que aconteceu na América do Norte, abrangendo muitas áreas da cadeia de valor e captando novas quotas de mercado, através de três recursos principais: l  O acesso direto ao cliente e o acesso aos dados através de colaborações com oficinas otimizam as capacidades de análise de dados dos distribuidores e as competências ao nível gestão da relação com os clientes. l  Uma forte consolidação na Europa permite que os cinco principais distribuidores controlem a maioria do mercado. l  O controlo do negócio relacionado com as frotas torna-se numa mais-valia devido às capacidades de logística superiores dos distribuidores e estes beneficiam de uma cadeia de valor interligada do início ao fim. n  “OEM CONQUISTAM PÓS-VENDA” Esta perspetiva prevê que os OEM expandam as suas atividades e aumentem o seu poder no mercado em 2030 – através do acesso aos clientes e da capacidades de análise de dados: l  Interface de cliente no automóvel. Os OEM controlam a interação com os clientes cara a cara através da sua rede de oficinas de serviço e têm capacidade para excluir outros players de uma grande parte da interação direta com o cliente. l  Análise de dados. Os OEM têm capacidade para desenvolver excelentes capacidades de análise de dados, introduzindo-se cada vez mais na cadeia de valor dos diagnósticos remotos e otimizando a cadeia de valor. Muitos OEM seguem o exemplo da PSA e introduzem-se rapidamente noutras etapas da cadeia de valor através de parcerias e novas iniciativas. Se abordarmos estes cenários a partir da perspetiva de um fornecedor, torna-se evidente que é necessário agir. Não só nos dois cenários mais extremos mas, também, no exemplo que descreve um mundo mais equilibrado, a posição dos distribuidores de peças no futuro é muito diferente daquela que ocupam atualmente, incluindo novos modelos de negócio, competências e parcerias. ✱ Novembro I 2017

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DESTAQUE 18

Como abrir uma oficina (Capítulo IV)

Conselhos de segurança › O trabalho oficinal acarreta vários riscos para a saúde dos funcionários. No quarto capítulo de “Como abrir uma oficina”, revelamos os maiores perigos e quais os princípios básicos de segurança a reter Por: Jorge Flores

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ma oficina de mecânica automóvel, pelas suas características intrínsecas, é um espaço de trabalho onde os funcionários estão em constante contacto com equipamentos complexos, pesados, substâncias químicas, peças cortantes e maquinaria diversa que, facilmente, poderão provocar queimaduras ou feridas. Algo semelhante a um teatro de guerra, quando não são assimilados e colocados em prática alguns princípios básicos de controlo de riscos. Não será necessário um “Concelho de Segurança”, mas importa respeitar alguns “conselhos de segurança”. Antes de mais, os funcionários devem ser especializados no manuseamento dos instrumentos e equipamentos com que lidam diariamente, de modo a garantir a sua própria segurança. Esta será a regra número um. Depois, a oficina também deverá proporcionar ao colaborador toNovembro I 2017

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dos os elementos de segurança necessários. Neste quarto capítulo de “Como abrir uma oficina”, procuraremos abordar os muitos fatores que podem afetar a saúde e as medidas de segurança existentes, com vista a minimizar os riscos de ocorrência de acidentes (ver caixa, nestas páginas). Por vezes, a solução poderá será algo tão simples como a disposição dos elementos, o equipamento utilizado ou mesmo a própria higiene no local. n  ELEMENTOS DE SEGURANÇA Os responsáveis de uma oficina têm a obrigação de proporcionar todas as condições necessárias para garantir tanto a saúde dos funcionários como a segurança e o bom funcionamento dos seus equipamentos e ferramentas. Existem vários requisitos a cumprir, em diversas vertentes. Desde logo, em relação ao ambiente, importa reter que a oficina

deverá tê-lo apto para o desempenho das funções dos funcionários. Nesse sentido, terá de proporcionar determinadas condições de temperatura, humidade e luminosidade. Começando pela primeira, a oficina deverá mantê-la entre os 17 e os 27° C. Já a humidade, deverá oscilar entre os 30 e os 70%. Em relação às condições de luminosidade mínimas para a zona de reparação, estas deverão ter 500 lux - medida da intensidade da iluminação, sabendo-se que 400 lux equivalem a um dia de céu limpo e 1.000 lux a um estúdio fotográfico ou de televisão – ao passo que, na zona de pintura da oficina, é obrigatório ter 1.000 lux. Significa isto que não poderão existir condições que perturbem a saúde ou o conforto do funcionário. Exemplos? Maus odores, deficiências na ventilação, exposi mudanças bruscas de temperatura, entre outras. Todos os equipamentos de

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trabalho e maquinarias disponíveis na oficina deverão estar homologados e ter a declaração de conformidade CE, segundo o disposto no Decreto-Lei 12/15/97, de 18 de julho. Uma declaração que confirma que a maquinaria cumpre as condiExiste outro aspeto fundamental a ter em consideração. A manipulação e conservação de produtos químicos, que poderá ser prejudicial para a saúde ou, inclusivamente, inflamável em contacto com outros produtos. Devem, por isso, ser usados por quem conheça os diferentes tipos de produtos químicos que possam existir numa oficina, conforme disposto no Regulamento CRE, que podem ser divididos em nove categorias, cada uma delas correspondente a um pictograma que o profissional deverá conhecer: gás comprimido, explosivos, corrosivos, comburentes, irritantes, inflamáveis, cancerígenos, tóxicos e perigosos para o meio ambiente. Os resíduos, de resto, têm de estar corretamente armazenados. Para o efeito, é necessário criar um inventário com todos os produtos tóxicos e conhecer as suas entradas e saídas do armazém. As regras de segurança ditam ainda que se separe os ditos produtos em diferentes zonas e ter um controlo rigoroso sobre todos, de modo a minimizar os riscos de fugas ou de incêndios e para detetar a origem do problema com mais rapidez, caso ocorra algum incidente na oficina. De modo a garantir a segurança no

trabalho e a assegurar que cada funcionário dispunha do equipamento e das ferramentas necessárias para realizar a sua função específica, é necessário organizar a oficina de acordo com as respetivas áreas de trabalho. Desta forma, é possível evitar que os profissionais se atrapalhem entre si e se confundam ao utilizar alguma ferramenta. Ou ainda que sofram algum acidente inesperado. As áreas que a oficina deverá ter são as seguintes: mecânica; carroçaria; armazém; acessos; atendimento ao cliente. E ainda sinalização variada: advertência de um perigo; obrigação (de proteção, por exemplo); proibição (como a de fumar) e prevenção de incêndios (local onde está o extintor). n  EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Os principais equipamentos que os funcionários de uma oficina deverão utilizar para sua própria segurança são vários. Antes de mais, os óculos de proteçcoberturas laterais para evitar o impacto de aparas nos olhos durante as operações de limpeza, lixamento ou polimento de metais. As máscaras de proteção são, também, imprescindíveis. São semelhantes aos óculos, mas consistem numa máscara transparente, que, além dos olhos, protege o resto da cara. Ass de soldar são essenciais para evitar lesões nos olhos, provenientes das faúlhas e reflexos produzidos durante essa operação. Trata-se de um capacete

escruto de uma peça que incorpora um visor transparente. Podem ser fixas ou de segurar com a mão. A propósito de máscaras, refira-se ainda que estas são elementos que protegem as vias respiratórias durante os trabalhos de lixamento, pintura ou mascaramento, bem como dos pós ou vapores. Mas há mais. Os auriculares protetores, por seu turno, são importantes para respeitar as exigências

relativas ao ruído na oficina e proteger o sistema auditivo dos funcionários. A propósito, o n nas oficinas é de 140 com auriculares protetores e 87 sem os mesmos. As luvas são parte indispensável do equipamento nos serviços de soldadura, decapagem com pistolas de areia, bem como quando o funcionário utiliza produtos químicos ou corrosivos ou manipula metais a elevadas temperaturas. Ainda

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DESTAQUE Como abrir uma oficina (Capítulo IV)

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nos trabalhos de soldadura: o peitilho! Trata-se de uma espécie de avental de couro que protege o funcionário de faúlhas ou radiação durante esta tarefa. A bata ou fato-de-macaco têm como função a limpeza e a higiene, evitando que a roupa fique suja. Já o capacete de segurança, esse, é obrigatório quando se trata de trabalho em fossos, para evitar pancadas na cabeça provocadas pela queda de peças ou de ferramentas de trabalho. Por fim, as botas servem para minimizar os danos por queda de peças e diminuir os riscos de escorregões ou cortes nos pés. Devem ser constituídas por materiais resistentes, como o couro, impermeáveis e com boa transpiração. Idealmente, as solas das botas devem ser anti-deslizantes e as palmilhas anti-perfuração. Por outro lado, existem elementos que nunca devem marcar presença numa oficina: anéis, pulseiras, colares e qualquer tipo de acessório que fique “pendente”. O mesmo acontece com o cabelo comprido, que deverá estar apanhado ou coberto por um chapéu para evitar complicações. Porquê? Porque os acessórios (e o cabelo) podem cair ou prender-se em mecanismos ou fazer com que o funcionário fique preso em algum equipamento. Em última instância, se outros prejuízos mais graves

não ocorrerem, poderá “apenas” atrasar o serviço. n  HIGIENE NO TRABALHO A falta de higiene numa oficina pode provocar o aparecimento de infeções respiratórias resultantes da inalação de gases e partículas - ou problemas de pele

Riscos para a saúde

9 perigos à espreita numa oficina A lista de processos e tarefas que representam riscos para a saúde, numa oficina, é ampla. Eis as principais ameaças. Operações com ferramentas não portáteis para tratar metais a frio: máquinas como fresadoras, tornos ou mandris. São suscetíveis de provocar cortes, lesões por esmagamento ou outras consequências para o estado físico do funcionário. l  Operações com ferramentas para tratar metais através da aplicação de calor: instrumentos como maçaricos, que representam risco de queimaduras na roupa e na pele ou danos nos olhos. l  Operação com instrumentos destinados ao lixamento, limpeza na selagem ou selagem de peças metálicas: por exemplo, as pistolas de areia de silício. Sem a proteção adequada, provocam problemas respiratórios e podem dar origem à incrustação de partículas nos olhos. l  Operações com instrumentos que trabalham com substâncias químicas: podem danificar o aparelho respiratório, por exemplo, durante as operações de pintura nas estufas da oficina. l  Manuseamento de instrumentos pesados: pode criar lesões musculares ou ósseas, devido a esforço excessivo ou outros riscos para a saúde, em caso de queda ou desmontagem acidental dos instrumentos. l  Manuseamento de instrumentos/instalações elétricas: suscetíveis de provocar eletrocussões e/ou queimaduras no corpo. l  Tarefas em bancadas de trabalho com motores térmicos: neste caso, os riscos são muito variados, já que consiste num espaço de trabalho mais complexo, no qual existe contacto direto com cabos, instalações elétricas, baterias, ruído, gases produzidos pela combustão ou líquidos refrigerantes. Operações que geram ruído: uma tarefa em concreta, ou a própria atividade da oficina, também pode causar riscos para o sistema auditivo, pelo que é necessário cumprir a norma relativa aos decibéis máximos permitidos na área de trabalho. Outros riscos derivados da atividade na oficina: A inalação contínua de gases produzidos pela combustão de motores devido a uma má ventilação, pancadas e quedas. l

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– ao entrar em contacto com substâncias corrosivas, entre outros efeitos adversos. Para evitar estes riscos de saúde, importa ter a oficina bem organizada e atentar em algumas condições básicas de higiene. Em primeiro lugar, o posto de trabalho deve permanecer limpo. Não devem existir vestígios de sujidade, pó ou partículas nas áreas de trabalho, nem objetos esquecidos no chão ou amontoados em locais inadequados. O piso deverá estar limpo (e ser anti-deslizante), uma vez que as manchas de óleo e outros produtos são suscetíveis de provocar escorregões e quedas. As ferramentas deverão estar arrumadas no seu devido lugar e em perfeito estado de conservação, conforme o estabelecido na norma 12/15/97, de 18 de julho. O armazém deve ainda estar organizado. A limpeza e a organização andam de mãos dadas. Por isso, é fundamental guardar cada elemento no local certo e não sobrecarregar as estantes, evitando, deste modo, fugas, derrames ou a presença de produtos tóxicos fora de validade e longe da vista. Por último, por motivos de higiene, é proibido comer, beber ou fumar na área destinada ao trabalho. n  EFICIÊNCIA ENERGÉTICA O armazenamento e tratamento de óleos e lubrificantes obriga a oficina a

dispor de um sistema integrado de gestão de resíduos para a recolha e reciclagem de óleos usados. O mesmo sucede com o anticongelante, líquido de travões, baterias usadas, embalagens vazias de pintura, dissolvente, entre outros. A oficina é uma organização que gera diferentes tipos de resíduos, sejam eles sólidos, líquidos, gases e resíduos sólidos urbanos, como embalagens, sacos, papel e cartão. Para a reciclagem destes resíduos urbanos, a oficina deve usar as mesmas vias do que qualquer cidadão comum (contentores fixos ou móveis, pontos de recolha). Mas, para os restantes resíduos, a própria oficina deverá responsabilizar-se pela contratação de uma empresa de gestão de resíduos licenciada. n  PLANO DE EMERGÊNCIA A oficina ainda deve dispor de um plano de emergência elaborado para implementação em caso de incêndio, um dos principais riscos desta área. Além disso, tem de dispor de todos os elementos necessários para a extinção do fogo e todos os trabalhadores devem conhecer o procedimento a seguir. É essencial que existam saídas de emergência visíveis e que se encontrem livres de obstáculos. Além do plano, em caso de incêndio, os funcionários devem conhecer os diferentes tipos de fogos que existem (de sólidos, líquidos, gases ou metais) e como atuar perante cada um deles. Outra das obrigações da oficina em matéria de segurança é proporcionar as ferramentas necessárias para prestar cuidados básicos ao funcionário em caso de acidente. Entre os instrumentos necessários, encontra-se o estojo de primeiros socorros, produto para lavagem de olhos, desfibrilhador portátil e duches de emergência. Os trabalhadores devem ter conhecimentos mínimos de primeiros socorros para saber como atuar em caso de hemorragias, fraturas, intoxicações, queimaduras, feridas ou outras lesões ou acidentes que possam ocorrer na oficina. ✱

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SALÃO 22

MECÂNICA 2017

Sinal de vitalidade › Se dúvidas houvesse acerca da vitalidade do Salão MECÂNICA, atente-se na sétima edição, que decorrerá, de 24 a 26 de novembro, na FIL, em Lisboa. Mais de 170 expositores marcarão presença no certame da ExpoSalão, que contará com a 1.ª Conferência Internacional de Pneus, organizada pela Revista dos Pneus Por: Bruno Castanheira

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ste ano, a 7.ª edição da MECÂNICA - Salão de Equipamento Oficinal, Peças, Mecânica, Lubrificantes, Componentes e Acessórios para Veículos Ligeiros e Pesados, não só estreará uma localização como decorrerá, em simultâneo, com a Expotransporte - Salão Ibérico de Veículos Pesados e Ligeiros de Mercadorias e de Passageiros e Logística. De 24 a 26 de novembro, o aftermarket nacional (e ibérico) estará “reunido” na capital portuguesa. Por outras palavras, todos os caminhos irão dar à FIL, no Parque das Nações. A cerca de um mês da realização deste(s) certame(s), o Jornal das Oficinas revela-lhe a lista de expositores e o mapa onde os mesmos estarão localizados. No passado dia 26 de junho, em comunicado enviado à nossa redação, a ExpoSalão dava conta que o espaço de exposição estava praticamente ocupado na sua totalidade, contando, até então, com 132 expositores. Hoje, sabe-se que são mais de 170 as empresas que aderiram

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à sétima edição, que foi deslocalizada da Batalha para Lisboa. “Com esta nova localização, ao longo de 10.000 m² de espaço irá ser possível encontrar na MECÂNICA e na Expotransporte/Logística mais expositores, que respondem a todas as áreas de interesse dos visitantes profissionais”, pôde ler-se na mesma nota de imprensa. ✱

CIP 2017 será a 25 de novembro

Evento sem paralelo no setor dos pneus A data de 25 de novembro de 2017 ficará para sempre “gravada na memória” do setor dos pneus como o dia em que representantes do mercado português e internacional debateram, em conjunto, temas comuns da atualidade. O palco deste megaencontro será o auditório do Centro de Congressos da FIL, no Parque das Nações, em Lisboa, que abrirá as suas portas às 09h00 para acolher os participantes, que farão a sua acreditação e visitarão o espaço onde patrocinadores e entidades ligadas ao setor dos pneus irão expor as suas novidades e serviços. Durante todo o dia, diversos oradores e mais de 300 participantes irão encher o auditório do Centro de Congressos da FIL. A par da 1.ª Conferência Internacional de Pneus (CIP 2017), o Jornal das Oficinas e a Revista dos Pneus, os principais títulos da AP Comunicação, serão media partners da 7.ª edição da MECÂNICA - Salão de Equipamento Oficinal, Peças, Mecânica, Lubrificantes, Componentes e Acessórios para Veículos Ligeiros e Pesados, bem como da Expotransporte - Salão Ibérico de Veículos Pesados e Ligeiros de Mercadorias e de Passageiros e Logística. Para consultar o programa e inscrever-se na 1.ª Conferência Internacional de Pneus, deverá visitar o site www. cip2017.com.

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SALÃO 24

Equip Auto 2017 Veja o vídeo em www.jornaldasoficinas.com

Savoir-faire

› Durante cinco dias, Paris não foi apenas a capital de França, mas a “meca” do aftermarket internacional. Com uma nova localização e um novo layout, a edição de 2017 do Salão Equip Auto contou com mais de 1.400 expositores e rondou os 100.000 visitantes profissionais, demonstrando todo o savoir-faire da entidade organizadora: Comexposium Por: Bruno Castanheira e João Vieira

A

inda que se tenha realizado num ano onde ocorrem três importantes feiras europeias dedicadas ao aftermarket internacional, uma vez que, em março, teve lugar a Motortec Automechanika Madrid e, em maio, a Autopromotec, em Bolonha, a edição de 2017 do Salão Equip Auto, que decorreu de 17 a 21 de outubro, em Paris, superou a edição de há dois anos e demonstrou todo o savoir-faire da organização: Comexposium. As razões para tal, são diNovembro I 2017

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versas. Desde logo, a localização do certame, que deixou o Parc des Expositions de Paris (Nord Villepinte) e passou para o Paris Expo (Porte de Versailles). Uma zona mais central, com mais glamour e bem servida por uma eficaz rede de transportes. O facto de estar bem no coração da capital francesa ajudou, também, a criar uma atmosfera de maior convívio durante os cinco dias do evento, tendo facilitado tanto expositores como visitantes na realização de atividades

paralelas no centro da cidade, como foi disso exemplo a Gala de entrega dos Grandes Prémios Internacionais de Inovação Automóvel, que decorreu no majestoso Espace Cambon perante uma plateia de 300 profissionais da indústria automóvel, jornalistas e líderes de opinião (ver caixa, nestas páginas). Depois, o novo layout. Para esta 24.ª edição, depois de recolhidas as opiniões de expositores e visitantes profissionais, bem como da imprensa e de várias persona-

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Mario Fiems, Equip Auto

“A decisão de mudarmos a localização do certame revelou-se acertada. O Salão Equip Auto 2017 esteve muito dinâmico e assistimos, com agrado, à estreia de vários expositores e ao regresso de outros tantos, o que muito contribuiu para o sucesso. O balanço é extremamente positivo. Até porque tivemos um programa muito diversificado, com conferências, debates e demonstrações, sempre com a inovação como pano de fundo”. Lars Peters, MEYLE

lidades influentes no mercado, a FIEV (Fédération des Industries des Equipements pour Véhicules) e a FFC (Fédération Française de Carrosserie Industries et Services), em conjunto com a entidade organizadora (Comexposium), removeram “algumas barreiras” relacionadas com as atividades comerciais e facilitaram os contactos entre expositores e visitantes, oferecendo uma nova experiência na feira. n  NÚMEROS ELUCIDATIVOS Se dúvidas houvesse quanto à importância do Salão Equip Auto na rota do aftermarket internacional, atente-se nos números da edição deste ano. Com cerca de 100.000 visitantes profissionais, 35% dos quais internacionais e oriundos, essencialmente, da Europa e do Norte da África (a região do Magrebe esteve em evidência, ou não tivesse ela grande importância para o mercado francês), encontraram-se com mais de 1.400 expositores e empresas representadas. Curiosa foi, também, a presença, em número elevado, de players de origem asiática (com a China à cabeça, sem es-

quecer Coreia do Sul e Taiwan) e de organizações provenientes de Marrocos e da Turquia. Ou a partilha de um stand por parte de cinco empresas holandesas, naquela que foi apelidada como o “Pavilhão da Holanda”. Também no aftermarket a “laranja mecânica” se faz representar. E bem, diga-se em abono da verdade. Estando o pós-venda automóvel e os serviços de mobilidade a atravessar uma autêntica revolução, impulsionada pela massificação da era digital e pela disrupção tecnológica que afeta toda a indústria, o Salão Equip Auto 2017 apostou num novo slogan, “Reparar hoje, preparar o amanhã”, que resumiu, no fundo, todo o propósito desta feira. A organização elaborou o certame deste ano com uma mentalidade orientada para o cliente, numa nova localização e com um novo layout de atividades, criando novos serviços e preparando novas formas de celebrar a inovação e de incentivar quer o networking quer o ambiente de convívio. Objetivos que foram, saliente-se, plenamente atingidos. Com uma área de exposição de 100.000

m² dividida por três pavilhões, a distribuição dos diferentes setores de atividade representados no Salão Equip Auto 2017 foi concebida para aumentar a afluência em qualquer uma das zonas, potenciando o número de contactos entre expositores e visitantes profissionais. As peças para veículos dividiram o Pavilhão 1 com equipamentos e produtos para repintura e carroçaria, ferramentas, estações de lavagem, equipamentos de área de serviço, lubrificantes e aditivos, serviços para profissionais, sistemas de tecnologia de informação e redes de distribuição. Já o Pavilhão 2, reuniu peças para veículos, pneus, jantes, acessórios, serviços rápidos e redes de centros auto. Quanto ao Pavilhão 3, esteve dedicado aos fornecedores de peças para veículos, equipamentos oficinais, ferramentas, oficinas de mecânica, equipamentos e serviços de diagnóstico. n  ATIVIDADES PARALELAS O Salão Equip Auto 2017 foi projetado em torno de quatro prioridades: manter, de forma rentável, o parque automóvel existente; diversificar as atividades co-

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“Temos tido uma presença assídua nesta feira, que, este ano, ocupou um novo espaço, situado bem no centro de Paris. Sendo o mercado francês bastante importante para nós, quisemos realçar as competências produtivas de que dispomos (direção e suspensão), além das linhas HD, PD e Original. Outro dos objetivos foi mostrar a nossa gama, que está em constante crescimento”. Julie Sterkens, Wolf Oil

“Desde 1999 que participamos no Salão Equip Auto. Temos vindo a aumentar o nosso espaço, ano após ano, o que é, sem dúvida, elucidativo. Conhecer parceiros e mostrar novos produtos, além de aumentar a notoriedade da marca, foram os principais objetivos para a edição deste ano, que foram plenamente atingidos. A nossa marca tem vindo a alcançar bons resultados, sendo Portugal um dos melhores exemplos”. Novembro I 2017

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merciais para desenvolver volume de negócios e manter clientes; adaptar a empresa e a oficina a um mercado que está a ser transformado pelo digital; preparar as oficinas para a chegada dos veículos conectados e autónomos. E de modo a ilustrar estas prioridades e transformá-las em atividades práticas, a organização criou novos hotspots para visitantes e expositores. No autêntico mundo de iniciativas paralelas, expositores e visitantes puderam descobrir o Parque de Inovação e Start-up. Localizado no Pavilhão 1, reuniu diversas start-ups francesas e internacionais, bem como empresas inovadoras que trabalham no campo da mobilidade de bens e pessoas. O objetivo deste espaço foi apoiar os profissionais da reparação nesta fase de mudança e facilitar contactos entre os “tradicionais” profissionais do pós-venda e as jovens e inovadoras empresas, que estão já a antecipar o futuro do pós-venda automóvel. O Salão Equip Auto 2017 criou, aliás, um fórum interativo, no qual cada start-up foi convidada a lançar o seu projeto e a responder a perguntas colocadas pela plateia. Grande adesão e impacto teve, também, o Plateau TV, estúdio de televisão localizado no Pavilhão 2 que concentrou a maioria do programa de conferências e workshops do certame. Em funcionamento todos os dias, das 09h30 às 18h00, foi o lugar onde visitantes e expositores puderam descobrir novas tendências e discutir questões estratégicas para os seus negócios, ouvindo diversos especialistas. Já no Pavilhão 3, a área de demonstrações ao vivo e a academia, designada Tuto(rials), deram aos visitan-

tes a oportunidade de descobrir novas tecnologias e adquirir ou desenvolver novas habilidades e competências em vários domínios, como a oficina conectada que opera nas áreas da carroçaria e pintura, a melhoria do conforto e segurança, os sistemas ativos de segurança que utilizam sensores, os veículos autónomos, a redução de emissões poluentes, os novos grupos motopropulsores e a redução da resistência ao rolamento de pneus. Com o objetivo de oferecer aos visitantes e expositores uma nova experiência, o Salão Equip Auto 2017 criou um serviço especial, oferecendo roteiros de visitas guiadas para grupos e visitas individuais ou “à la carte”. Estas visitas guiadas e “à la carte” foram preparadas por especialistas da indústria, depois de consultados expositores e visitantes. A descrição das novas iniciativas do certame parisiense não ficaria completa sem referir as “Happy Hours Equip Auto”, que foram cocktails oferecidos todos os dias, de terça a sexta,

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tacto para networking tradicional entre fabricantes, distribuidores e a indústria da reparação na procura de novos produtos, serviços ou parceiros. Foi, também, uma montra de inovação, reconhecida

Pedro Azevedo, Bahco

Paulo Jesus, Indasa

“A Indasa tinha feito uma interrupção estratégica na participação nesta feira, mas, este ano, com a nova localização, a aposta está ganha. No nosso stand, expusemos um pouco da nossa gama de produtos, que tem vindo a aumentar, demos ênfase à parceria que estabelecemos em França com a Farécla e apostámos em duas áreas de demonstração dos nossos produtos. A avalição é positiva”. Paulo Pinto, DTS

às 17h00, para favorecer o networking e criar uma atmosfera de convívio. O que acabou por resultar em pleno. n  PARIS NO CENTRO DO MUNDO O Salão Equip Auto 2017 atraiu, sobretudo, profissionais do pós-venda automóvel e profissionais de serviços que representaram os diferentes setores desta indústria, incluindo importadores, distribuidores, proprietários de oficinas, redes de serviços rápidos e de centros auto. Mas, também, fabricantes de veículos e fornecedores de peças, que procuraram capacidades de produção em regime de outsourcing. As atividades relacionadas com a distribuição e importação representaram apenas cerca de

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dias de feira

debates em direto

100.000 m

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como tal pelos profissionais do setor automóvel. A edição de 2017 foi projetada em consonância com esta evolução e colocou-se no centro desses desafios. Até 2019!

Equip Auto em números

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“Foi a primeira vez que estivemos presentes como expositores no Salão Equip Auto, no seguimento da nossa política de internacionalização. O mercado francês é bastante apetecível e nós poucos clientes temos neste país. Por isso, a nossa vinda teve a ver, essencialmente, com a conquista de quota de mercado. Temos um marca própria para produtos novos e somos especialistas em Diesel e turbos”.

30% das diferentes atividades exibidas. Sendo uma das localizações chave da indústria automóvel na Europa, dispondo de vários fabricantes de automóveis e fornecedores de primeira linha, França também concentra um enorme número de start-ups e empresas inovadoras, que, agora, operam na indústria automóvel. Portanto, Paris foi, durante cinco dias, a “meca” do aftermarket internacional. Foi em Paris que se discutiram questões essenciais que permitirão enfrentar os novos desafios que afetam a indústria, mas, também, o mercado de reposição e os serviços relacionados com o automóvel. O Salão Equip Auto não foi apenas um dos principais pontos europeus de con-

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elementos do Jornal das Oficinas/Revista dos Pneus presentes

área total de exposição

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100.000

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percentagem de visitantes internacionais

40

números de pavilhões alocados ao certame

reportagens em vídeo realizadas pelo Jornal das Oficinas

número aproximado de visitantes

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horas diárias de encontros profissionais

número de expositores ultrapassou esta barreira

“O Equip Auto é um certame de dimensão internacional, pela quantidade de países que o visitam. As novidades que apresentámos em solo francês são, no fundo, aquelas que levaremos à 7.ª edição da MECÂNICA, em Portugal, onde será feito o lançamento oficial no nosso mercado. A nova gama de carros de ferramentas esteve em evidência, tal como os produtos para assistência a baterias e as áreas de travões e pneus”.

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Pierre Lootens, Japanparts

“O Japanparts Group faz questão de estar sempre presente nas feiras mais importantes dedicadas ao aftermarket. Este ano, em Paris, não foi exceção. Sendo a Europa bastante importante para nós, onde temos ainda muita margem para crescer, viemos aumentar a notoriedade das três marcas de que dispomos. No caso do mercado francês, em particular, é nossa intenção alargar o leque de distribuidores e conquistar clientes”. Rodrigo Rocha, SKF

Grandes Prémios Internacionais de Inovação Automóvel

E os vencedores são...

Numa gala cheia de charme e glamour, realizada no imponente Espace Cambon, localizado no centro de Paris, foram entregues os troféus aos vencedores dos Grandes Prémios Internacionais de Inovação Automóvel Equip Auto 2017

P

ara a 17.ª edição dos Grandes Prémios Internacionais de Inovação Equip Auto, o júri, constituído por mais de 50 jornalistas, entre os quais se inclui o Jornal das Oficinas, de 15 países, escolheram os Troféus de Ouro entre oito categorias a concurso. Esta iniciativa foi

criada com o objetivo de selecionar e premiar os conceitos, produtos e serviços mais inovadores apresentados pelos expositores do Salão Equip Auto 2017. Este ano, o veredicto do júri foi bastante claro quanto às tendências que estão a definir o futuro do pós-venda. A primeira, é a co-

nectividade, aplicada tanto aos automobilistas como às oficinas de reparação. A segunda, é a mobilidade sustentável, com inovações que nos ajudarão a consumir menos ou a consumir melhor. Estão de parabéns todos os participantes e, em especial, os vencedores.

“Ao fim de 10 anos, a SKF regressou ao Salão Equip Auto com um stand de 100 m2 para mostrar aos distribuidores e oficinas de França (sendo estas mais de 36 mil) as novidades que temos. São elas as bombas de água para camiões e as peças de direção e suspensão, que disponibilizarão 900 referências em janeiro de 2018, esperando que atinjam as 3.000 no final do próximo ano”. Sergi Blanc, Sinnek

Carroçaria e pintura Mixplast: pistola anti-estática Star Finish

Áreas de lavagem e serviço Heurtaux : robot de lavagem Easy Jet

Equipamentos para pneus Bosch: scanner pneus TTM 2104 e 2204

Comercializada pela empresa francesa MixPlast, elimina por ionização a eletricidade estática que existe nos painéis de carroçaria durante a operação de repintura, que criam sombras e reflexão de luz irregular. Ao neutralizar as peças a serem pintadas, a pistola Star Finish oferece uma multiplicidade de benefícios: diminuição importante ou mesmo o desaparecimento total de poeira; diminuição da espessura extra da tinta devido ao posicionamento ideal da base; perfeita uniformidade de cor entre diferentes materiais, como para-choques de plástico e guarda lamas de metal, graças ao reflexo homogéneo da luz sobre as partículas metálicas.

O novo robot Easy Jet está equipado com um braço de balanço automático, controlado pelo sistema “Detect-Profil”. Este braço oscilante move-se de forma contínua e está equipado com três conjuntos de jatos planos. O primeiro, move-se da direita para a esquerda para lavar capot, para-brisas, tejadilho e traseira do veículo. Os segundo e terceiro conjuntos, estão instalados um em cada lado do braço, movendo-se de cima para baixo para lavar as secções laterais do veículo, jantes e janelas. Em comparação com os jatos rotativos redondos, os jatos rotativos planos garantem uma lavagem rápida, eficiente e uniforme, mesmo nas maiores superfícies.

Para saber em que estado se encontram os pneus da viatura, este equipamento permite uma medição automática da profundidade do piso em apenas alguns segundos. Com este processo automático, o operador não precisa de efetuar qualquer tipo de medição manual. Os resultados podem ser exibidos ao cliente num PC, tablet (iOS ou Android), TV ou smartphone. A tecnologia de medição recorre a uma luz codificada por cores, combinada com câmaras HD 3D 2x2. Projetado para ser resistente à água e a cargas este equipamento está previsto suportar a passagem de mais de 150.000 veículos durante a sua vida útil.

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“Viemos a esta feira lançar a nossa marca a nível internacional, depois de o termos feito, no passado mês de março, em Madrid, para a Península Ibérica. Encontrar distribuidores para a Europa Ocidental foi, pois, um dos objetivos da nossa presença em Paris. Além disso, viemos dar a conhecer os produtos à base de água que disponibilizamos para o setor da repintura automóvel. A Sinnek é uma marca feita por e para o pintor”. Novembro I 2017

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Condução Autónoma (Parte XI)

Guerra dos sensores › Os veículos autónomos estão a provocar uma guerra entre as empresas tecnológicas. A Intel acaba de adquirir, por valores astronómicos, a Mobileye, uma pequena empresa israelita líder no fornecimento de sensores para evitar a colisão de viaturas Por: Jorge Flores

A

iminência da revolução dos veículos autónomos continua a agitar, fortemente, a indústria automóvel, bem como a dos componentes tecnológicos a estes associados. Nesta fase, as empresas do setor procuram conquistar o seu próprio espaço dentro de um novo universo. Muitas vezes, através da aquisição de outras de cariz tecnológico. É o caso da Intel, que chegou, recentemente, a acordo para a compra da israelita Mobileye, uma empresa especialista em tecnologia de veículos autónomos, por 15,3 mil milhões de dólares (cerca de 14,3 mil milhões de euros). Neste negócio, a norte-americana Intel oferece 63,54 dólares por cada ação da Mobileye, provocando uma subida de 32% nas ações da tecnológica, que está cotada no Nasdaq desde 2014, onde apresenta já uma capitalização bolsista superior a 10 mil milhões de dólares. A empresa israelita, de um momento para o outro, ganhou um “poder” nunca antes imaginado. Estamos, portanto, perante o maior negócio de sempre a envolver a compra de uma empresa de Israel por uma companhia fora do país. Israel já é

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mercado fundamental para a Intel, onde emprega 10.000 pessoas, sobretudo na investigação e desenvolvimento, tendo em curso um plano de investimento de seis mil milhões de dólares no país. De acordo com a Reuters, a Mobileye é líder mundial no fornecimento de sensores para evitar a colisão de veículos. Um componente que não será um mero detalhe nos equipamentos dos automóveis

numa indústria dominada, a médio ou a longo prazos, pelos veículos autónomos. n  CENTRO DE DADOS A Mobileye foi criada em 1999, precisamente com o intuito de reduzir os acidentes de viação e baixar o número de vítimas mortais com eles relacionados. “Juntas, poderemos acelerar o futuro da condução autónoma com uma presta-

ção superior e um menor custo para os fabricantes de automóveis”, disse o CEO da Intel, Brian Krzanich, em comunicado oficial sobre a aquisição. Graças a esta “jogada de antecipação”, a Intel posiciona-se na pole position de um mercado que estima ter um valor de 70 mil milhões de dólares, em meados de 2030. “Com os automóveis a progredirem de condução assistida para totalmente autónomos, estes estão a tornar-se cada vez mais num centro de dados sob rodas”, reforça a Intel no mesmo comunicado à imprensa, onde calcula ainda que, em 2020, os veículos autónomos conseguirão gerar 4.000 GB de dados por dia. Há que estar devidamente preparado. A Mobileye, de resto, já é parceira da Intel, que tem no fabrico de chips para computadores a sua principal atividade. Juntamente com a BMW, ambas as empresas anunciaram, em junho passado, uma parceria estratégica, que tem como objetivo assumido introduzir no mercado uma gama de veículos autónomos dentro de quatro anos. O referido acordo estipula, mais concretamente, que a primeira frota de 40 veículos de teste se encontre a circular na estrada em finais de 2017. ✱

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TECNOLOGIA 34

Motores Mercedes-Benz

Seis em linha

› A Mercedes-Benz tem uma nova família de motores, gasolina e Diesel, com construção modular e muitas novidades, que cruzam os domínios térmicos e elétricos. É o regresso da marca alemã à configuração de seis cilindros em linha Por: José Silva

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Mercedes-Benz, apesar das muitas indicações que se vão ouvindo e sentindo nos últimos tempos, até de dentro da própria marca, não acredita no fim dos motores térmicos de combustão interna. De acordo com altos responsáveis da Mercedes-Benz, a visão a médio prazo é que, por um lado, as várias formas de mobilidade coexistirão e serão usadas em função do que for mais vantajoso no local ou na aplicação em causa. Por outro, a integração de novas tecnologias e a junção das virtudes dos motores térmicos e elétricos vão permitir reduzir bastante os consumos e as emissões dos primeiros com melhor performance. Por exemplo, o novo motor de seis em linha a gasolina, que recebe o nome de código M256, é o primeiro motor da Mercedes-Benz desenhado para ser “eletrificado”, contando com ISG (alternador e motor de arranque integrado no local do volante motor), sistema elétrico de 48V e um pequeno compressor elétrico para ajudar na resposta a baixos regimes.

Já o motor de quatro cilindros a gasolina de 380 cv que anima a versão AMG dos modelos A, CLA, CLA Shooting Brake e GLA, cuja potência específica é superior a 136 cv/l, tem um alternador/motor de arranque mais barato, de 48V, movido por correia. Mas voltemos aos novos motores com o nome de código M256. Outra novidade está na própria arquitetura do bloco, com o regresso da Mercedes-Benz à configuração de seis cilindros em linha, depois de mais de duas décadas a apostar nos V6. Além das conhecidas vantagens dos“seis em linha”em termos de refinamento, parte da justificação para esta nova (ou quase nova) filosofia, reside na referida “hibridização” do motor, pois o ISG permite obter uma unidade muito compacta, passando a existir, dos lados do bloco, imenso espaço para arrumar uma série de periféricos. Por fim, depois do downsizing, a Mercedes-Benz aposta, agora, na estratégia da qual fazem parte os sistemas de desativação dos cilindros, que algumas marcas já utilizam (com resultados positivos). ✱

Principais componentes do sistema Camtronic Excêntricos com dois perfis distintos, um de baixo levantamento e outro de alto levantamento

Variador hidráulico do ângulo de abertura das válvulas, com muita amplitude de ajustamento Novembro I 2017

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Sistema que move a árvore de cames

Árvore de cames oca e bipartida, com um veio de guiamento interior

Distribuição variável O sistema de distribuição variável, Camtronic, estreado nos motores a gasolina dos Classes A 180 e A 200, também é comum aos dois novos blocos de seis cilindros em linha, sendo novidade absoluta no Diesel. Neste último, o Camtronic, que combina a variação do momento/ângulo de abertura das válvulas com duas amplitudes de abertura diferentes (uma baixa e outra alta), é aplicado apenas na árvore de cames de escape, pois ajuda a melhorar a resposta do turbo e o aquecimento do catalisador. O sistema combina o tradicional variador de fase hidráulico com uma árvore de cames bipartida, em que cada válvula dispõe de dois perfis de excêntricos.

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Compressor elétrico O eZV é uma das soluções adotadas pela Mercedes-Benz para tornar o novo motor de seis cilindros em linha a gasolina tão dinâmico a baixo regime como se de um V8 se tratasse. Na prática, tirando partido da potência do sistema elétrico, de 48V, o motor M256 tem o primeiro compressor elétrico (o marketing da marca alemã chama-lhe turbo sem turbina) aplicado num motor a gasolina: acelera de 0 a 70.000 rpm em 300 milissegundos e elimina o chamado efeito turbo lag.

Aço em vez de alumínio A tecnologia faz um ciclo completo em termos de materiais. A evolução destes permite que o aço volte a ser competitivo para os êmbolos, sobretudo nos motores Diesel. O êmbolo de aço (à direita na imagem), pode ser mais pequeno, reduzindo a vantagem de peso do alumínio, e tem um coeficiente de dilatação muito menor, permitindo uma união com a superfície e uma redução do atrito, mantendo mais calor dentro do motor.

Nanoslide no acabamento O acabamento dos cilindros, com tecnologia Nanoslide (que foi usada, pela primeira vez, no motor AMG 6.3 V8, em 2006), é partilhado pelos motores Diesel e gasolina, permitindo reduzir o peso, o desgaste e o atrito dos cilindros. Esta tecnologia consiste numa deposição por plasma de ferro cinzento nas paredes dos cilindros de alumínio. Esta derrete e deposita fios de ferro e carbono, por meio de uma espécie de soldadura de arco elétrico soprada por um gás inerte. O revestimento microcristalino de ferro resultante tem um acabamento parecido ao de uma superfície espelhada, contendo microporosidades que ajudam a fixar a película de óleo e a reduzir atrito e desgaste.

Integrated Starter Generator (ISG) A integração do ISG (alternador motor de arranque) no local do volante motor é a peça fulcral do sistema de 48V. Este faz de alternador, de motor de arranque, de gerador e fornece um boost de potência e binário: 20 cv e 220 Nm. Permite reduzir consumos, funcionar a regimes mais baixos e amplia o modo “velejar”, pois consegue fazer arrancar o motor a cargas e regimes mais elevados.

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RICARDO BARROS

“Orgulho-me do que construí a nível profissional e familiar” › Com 53 anos de experiência no setor, Ricardo Barros é uma figura incontornável no mercado das peças. A Auto Barros, que fundou em 1985, é uma das referências nacionais em motores de arranque e alternadores Por: Jorge Flores

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ais de meio século de experiência profissional não é possível resumir numa “simples” conversa ou em duas páginas do jornal. Será sempre uma tarefa ingrata para um jornalista escrever a longa história de Ricardo Barros no mercado das peças auto. Tudo começou no ano de 1964. Mais concretamente, há 53 anos. “Quem me trouxe para este meio foi um irmão meu, que já cá não está, infelizmente. O meu pai queria muito que eu continuasse a estudar, mas eu queria trabalhar. Já era a minha paixão. Como

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o meu irmão era mecânico, conseguiu arranjar-me trabalho numa casa de peças e acessórios”, conta. Com uma particularidade: “Ele não queria que eu fosse mecânico, talvez por achar que era um serviço mais sujo”. Assim aconteceu. E o certo é que Ricardo Barros entrou para o ramo e não mais saiu. Durante 21 anos, exerceu a atividade em três empresas do setor, antes de começar a pensar em voar mais alto. Por conta própria. “Tenho um vasto conhecimento na área, até porque nunca fiz outra coisa”,

afirma. Por esse motivo, em 1985, encheu-se de coragem e foi falar com o seu patrão da altura. “Queria tentar a minha sorte. Pensava que tinha capacidade para ir mais longe”, explica. Na conversa, “disse-lhe que pretendia deixar o trabalho e estabelecer-me de forma independente. Abrir uma empresa”. Era o início da criação da Auto Barros. De início, o ex-patrão ficou surpreso. Ainda tentou demovê-lo da ideia, alegando a falta que faria à estrutura da sua empresa. Mas era impossível. O processo estava já em andamento. Ricardo

Barros demorara o seu tempo a ponderar, mas quando avançou para a conversa, estava já decidido. Não mais voltaria para trás. Como prova da amizade que os unia, prontificou-se a ajudá-lo nesta nova fase da sua carreira que abraçou, contando apenas com o apoio da sua mulher, que, para mais, não tinha qualquer contacto com o meio das peças automóvel. “O meu ex-patrão colaborou comigo. Forneceu-me muitos artigos. Comecei mesmo do nada, do zero”, sublinha ao Jornal das Oficinas.

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n  PRIMEIROS PASSOS A forma como encontrou o primeiro espaço para a Auto Barros é, também, digna de registo. Um pouco por acaso. Ou por intervenção divina. “Certo dia, vinha com a minha esposa da igreja dos Carvalhos e passámos por um stand de automóveis, que ainda existe. Vimos uma placa a dizer: vende-se. Fomos ver, tomei nota do telefone, cheguei a casa e liguei. Ainda não havia telemóveis. Atendeu-me o proprietário, que, embora eu não conhecesse, era um ex-presidente de junta local. Ele queria vender o espaço, mas eu disse-lhe que não tinha nem dinheiro para o aluguer – mas garanti-lhe que o arranjava. Na altura não tinha mesmo! Tudo dependia, claro, do preço. Sempre procurei ser muito realista”, recorda Ricardo Barros. A verdade é que, mesmo pretendendo fazer a venda, o proprietário acabou por ceder e, depois de se informar sobre a natureza idónea do nosso interlocutor, chegou a acordo para um contrato de arrendamento do espaço. E fez mais do que isso. “Não me pediu nenhuma renda adiantada. Paguei apenas no final do mês”, garante. A Auto Barros por lá permaneceu, durante longos (10) anos, a escassos 500 metros das instalações atuais, com 1.300 m2, na zona de Seixezelo, Vila Nova de Gaia. De resto, é ainda neste mesmo local, comprado e construído inteiramente de raiz para a prática da atividade, dotado de um armazém com uma enorme capacidade de stock, que a empresa serve as suas filiais de Lisboa e do Porto, criadas, respetivamente, há 16 e 20 anos. n  TEMPOS DISTINTOS Com o passar dos anos, a Auto Barros foi assimilando processos, conquistando clientes e crescendo. Sempre. Um sucesso que não está envolto em nenhum grande “mistério”, segundo a opinião de Ricardo Barros. Tudo é translúcido. “Não

há segredos. É como uma paixão. Ingressei numa atividade e gostei. Empenhei-me e dei continuidade ao negócio. Há quem desista facilmente. É preciso gostar e eu gostei até hoje e continuo a gostar muito”, reforça. Para o fundador da Auto Barros, “não há nada de substancial que a distinga da concorrência”, adianta, de forma muito humilde. “O que sempre procurei que nos distinguisse foi a seriedade e a honestidade. Sempre as tive e procurei no setor. Para com os clientes e vice-versa. Uma grande parte dos clientes que tenho, daqueles que fizeram a casa, os iniciais, além de clientes, são amigos. Criei muitas amizades que ainda hoje perduram. São sempre fiéis, desde os primeiros tempos”, assegura Ricardo Barros, que estima em perto de 1.000 os clientes/amigos da empresa. Quando olha para trás, o responsável recorda uma realidade do setor muito distinta da atual. “Era totalmente diferente. O setor auto estava reduzido a 5 ou 10% do que é hoje. As casas de peças também eram muito menos e as que existiam eram de muito menor dimensão. A procura era outra. Havia meia dúzia de artigos, comparado com a atualidade. Hoje, existe uma diversidade louca. A mesma viatura, seja automóvel ou camião, a mesma máquina,

contempla muitos artigos diferentes. Há uma evolução grande e constante no setor. E, cada vez mais, as novas tecnologias a isso obrigarão”, salienta Ricardo Barros. No seu entender, a evolução dos tempos tornou o mercado mais difícil do que outrora. “Está mais complicado. Hoje, é preciso um esforço muito maior. Existe uma preocupação muito grande. É preciso estar sempre em cima dos novos produtos, porque, caso contrário, somos ultrapassados por aqueles que se dedicam profundamente ao negócio”, avisa. “Antigamente não, havia meia dúzia de coisas e os anos passavam-se sem que nada mudasse. Hoje, é preciso um empenho muito grande. Não só na comercialização, como, também, financeiramente”, acrescenta. n  CONTINUAR O LEGADO Ao longo da sua história, a Auto Barros já passou por muito. Com o esforço e empenho de Ricardo Barros e da sua equipa, os

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números continuam positivos. Mas tal não significa que a empresa não tenha sentido os efeitos da crise financeira que assolou o país nos últimos anos. Até porque muitos dos seus clientes também foram “atingidos”, em cheio, pela queda brutal da economia. No mundo dos negócios, e neste meio em particular, todas as empresas estão ligadas. “A crise não passou ao nosso lado, nem de ninguém, penso. Afetou-nos bastante. Fomos vítimas de várias falências e insolvências de outras empresas com quem trabalhávamos”, esclarece. Poucas empresas, em Portugal, se podem orgulhar de ter tanta procura em matéria de motores de arranque e alternadores, uma área onde a Auto Barros é especialista. Ricardo Barros prefere não se assumir como líder nacional na comercialização destes componentes. “Pensamos isso, mas não sabemos exatamente o que se passa em casa dos outros”, diz. Depois, tem uma forma distinta de designar estes produtos. “Chamo-lhe órgãos completos. Peças completas. Somos muito procurados por isso. O corpo do alternador e do motor completos. Embora tenhamos todos os componentes desses mesmos alternadores. E não só. Tudo o que está ligado ao setor elétrico para o automóvel. Há muitas casas que trabalham o alternador e o motor de arranque, mas é mais aquilo que se vende todos os dias. E nós vamos mais longe. Somos muito fortes nos pesados, nas máquinas”, afirma. Pergunta de resposta mais complexa e que obriga Ricardo Barros a ponderar mais alguns segundos, é a de como gostava de ver a empresa que criou num futuro longínquo. Qual gostaria que fosse o seu legado na Auto Barros? “Daqui a 10, 15, 20, ou até mesmo 50 anos, gostava que um vindouro meu (ou mais do que um...) pudesse ter orgulho naquilo que eu fiz. Porque eu orgulho-me muito do que construí. Não apenas na empresa como na família. Gostava que dessem continuidade ao que está feito. Penso que poderá acontecer. Acredito nisso, Não sei como nem quando, mas as minhas expectativas vão nesse sentido”, conclui o nosso interlocutor. ✱ Novembro I 2017

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ENTREVISTA 38

ALESSANDRO PIAZZA Diretor-geral do Japanparts Group

“Ainda temos espaço para crescer de forma estável” › Criada, em 1988, como especialista em peças de reposição para veículos asiáticos e europeus no mercado automóvel italiano, a Japanparts é, hoje, um player de renome no aftermarket. Alessandro Piazza, diretor-geral do grupo, explica ao Jornal das Oficinas como pode a empresa crescer de forma estável Por: Bruno Castanheira

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om sete distribuidores em Portugal (três Japanparts; três Japko; dois Ashika), o Japanparts Group fechará 2017, segundo as suas próprias previsões, com um crescimento de 30% no nosso país. Razão mais do que suficiente para que tivéssemos entrevistado Alessandro Piazza, diretor-geral do grupo transalpino. Como nasceu a Japanparts e qual foi o caminho percorrido até agora? A Japanparts foi criada em 1988 como especialista em peças de reposição para veículos asiáticos e europeus no mercado automóvel italiano. Após o sucesso alcançado na primeira década, foi estabelecida a marca Ashika, a segunda linha de produtos concebida para ampliar as possibilidades de distribuição para o aftermarket, seguindo-se, poucos anos depois, a marca Japko, a mais recente adição à Japanparts, que veio reforçar a internacionalização da empresa ao abrir novos mercados e subsequenNovembro I 2017

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tes instalações logísticas. Em 2007, foi inaugurado o centro logístico de Verona, que trouxe maior rapidez nas entregas, mesmo para clientes fora da Itália. Hoje, o Japanparts Group está presente em 70

países de cinco continentes, contando com 30 mil referências para cada uma das três marcas de que dispõe.

Japanparts Group é gerada de acordo com os padrões OEM, de modo a cumprir os parâmetros de eficiência e qualidade.

O que diferencia o Japanparts Group da concorrência? Rapidez de entrega, qualidade elevada e preço competitivo. Têm sido estes os nossos valores chave. Há mais de 30 anos. O Japanparts Group gere todos os fluxos logísticos no seu armazém digital, o que lhe permite gerir a importação de mais de 1.700 contentores por ano e processar até 12.000 linhas selecionadas por dia, de modo a que possa entregar cada encomenda individualmente num prazo de 24 a 48 horas. Oferecemos aos clientes soluções tecnologicamente avançadas, que cumprem os mais recentes requisitos em termos de qualidade e performance. Além de preços competitivos para todas as gamas, que incluem 140 grupos de produtos diferentes para todos os tipos de peças de reposição, desde embraiagens até suspensões, passando por peças elétricas. Cada referência no

Quais os produtos que têm maior procura por parte dos clientes? Houve alguma espécie de evolução de um tipo de produto para outro? Os travões tem sido, por razões históricas, os produtos mais populares do Japanparts Group. Contudo, nos últimos anos, a empresa tem investido no desenvolvimento de amortecedores, que se tornaram num produto fast mover muito rapidamente. Por essa razão, este ano, a empresa expandiu a área de armazenamento, através de 13.000 m2 dedicados, exclusivamente, aos amortecedores. Além disso, existem, atualmente, 1.600 referências disponíveis em stock no armazém de Verona, que permite, não só, entregas rápidas em Itália, como, também, em todos os países onde grupo dispõe de escritórios. A implementação contínua desses itens segue o caminho traçado através do departamento de marketing

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de produtos, com a constante adição de novas aplicações. Nos últimos dois meses, a empresa, ao adicionar 300 novas referências, aumentou a cobertura dos veículos europeus em circulação, alcançando os 95%. A gama de produtos não inclui apenas artigos utilizados em veículos de marcas asiáticas, onde o Japanparts Group tem-se especializado, mas, também, em modelos europeus e americanos: Grupo VAG Grupo FCA, Grupo Renault (Renault-Nissan-Dacia), Grupo PSA, BMW, GM, Mercedes-Benz, Subaru, Toyota e Volvo. Entre as adições mais recentes, estão Cadillac, Hummer, Land Rover, smart, Piaggio e DR. Para o fabrico, são utilizados unicamente componentes e materiais de alta qualidade, com processamentos muito detalhados. Qual foi a novidade mais sonante ou a maior notícia/produto que a empresa apresentou neste último ano? Amortecedores. O mercado português é uma aposta segura para o Japanparts Group. Para quando uma entrada com representação própria? Continuamos a adotar uma estratégia de distribuição clara para atingir um crescimento que aumente a nossa quota de mercado e, ao mesmo tempo, ajude os nossos parceiros a expandir os seus negócios. A pedra angular da nossa estratégia é a expansão contínua e a melhoria do sucesso do nosso modelo de negócio.

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Quais são as perspetivas de crescimento na Europa e, em particular, em Portugal? Entre 2014 e 2016, o Japanparts Group alcançou um crescimento de dois dígitos, tanto em Itália como nos mercados de exportação. E confirmou a tendência positiva dos anos anteriores, que o posiciona nas posições cimeiras do aftermarket, processando encomendas para mais de 70% de crescimento nos últimos cinco anos. Ainda temos espaço no mercado europeu de peças de reposição para permitir à nossa empresa um crescimento estável. Sobretudo, em Portugal, onde a empresa registou um aumento de 33% nos primeiros quatro meses deste ano em relação ao período homólogo do ano anterior. O aparecimento de cada vez mais players constitui motivo de preocupação? Estará o Japanparts Group preparado para o “choque”? A força das peças japonesas está na flexibilidade, na velocidade de adaptação a um mercado global dinâmico e acelerado, no aumento cada vez mais significativo de stocks e nos custos limitados. Melhorar estas qualidades é o nosso principal objetivo para o futuro. Além disso, a habilidade, a capacidade e a aptidão em responder às solicitações de um mercado mundial em constante mudança sempre foram os traços que nos diferenciaram. Nos vários campos em que trabalhamos, temos as C

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ENTREVISTA 40

PEDRO CARVALHO Diretor-geral da Lisparts

“Sermos um distribuidor de referência, deixa-nos extremamente orgulhosos”

› Presente no mercado há ano e meio, a Lisparts está a conseguir impor o seu nome como distribuidor de referência. Uma estratégia assumida, de resto, pela empresa de Odivelas, que é liderada por Pedro Carvalho

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ontando com menos de dois anos de atividade, a Lisparts começa a ser reconhecida como um dos principais distribuidores de componentes para automóveis na gama de direção. Num momento em que a concorrência apresenta uma oferta cada vez mais agressiva, Pedro Carvalho, diretor-geral da empresa de Odivelas, faz um balanço da estratégia que tem norteado a empresa que lidera. Que análise faz do mercado, tendo em conta a relação qualidade/preço dos produtos? O mercado atingiu um ponto de maturação tal, que apenas as entidades com uma organização de excelência conseguirão manter-se e, eventualmente, crescer. Em relação às outras organizações, parece-me que terão um destino “mais ou menos” previsível, dado ser incomportável continuarem a esmagar margens mantendo a qualidade, desperdiçando recursos em estruturas pesadas, obsoletas e desadequadas à realidade atual. AtualNovembro I 2017

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mente, determinados players cortam na qualidade dos produtos como forma de reduzir custos e manter as margens, em vez de realizarem os ajustes devidos. É frequente observar-se no setor a redução das margens ter como consequência direta a renegociação de contratos de fornecimento e a pressão sobre parceiros, como forma de reduzir o preço de custo. Sendo que, na maioria dos casos, não é nesse ponto que reside o principal problema. Atingindo determinados limites mínimos, não é possível reduzir os preços de custo sem comprometer a qualidade do produto. Mas alguns atores entendem que o fabrico tem de dispor exatamente da mesma qualidade. Quer o produto tenha, por exemplo, um custo de produção de €50 por unidade, quer tenha um custo de produção de €100 por unidade, entendendo que, cada vez que obtêm condições mais vantajosas, o que o fabricante está a fazer é a reduzir a sua própria margem. A Lisparts tem menos de dois anos no mercado. E se, até para nós, é óbvio que,

no aspeto da produção, após atingir o limite do custo mínimo, só existe margem para reduzir ainda mais os preços, reduzindo, também, a qualidade do produto, quer seja através de uma menor qualidade dos componentes utilizados na fabricação quer seja através de processos menos rigorosos, parece-me que tal situação devia ser ainda mais clara para quem de direito. Ou,

Se todos os profissionais desempenhassem a sua função de forma mais competente e “consciente”, tínhamos um mercado mais salutar então, até é, mas, no final, o que importa continua a ser a manutenção do número final. As questões inerentes, não passam de meros detalhes.

Mas não é a pressão exercida pelo cliente que, ao exigir cada vez menores preços de custo, cria constrangimentos aos diversos atores do mercado? Em parte, sim, dentro dos limites daquilo que é razoável e possível. No entanto, e correndo o risco de gerar alguma polémica, devolvo-lhe a pergunta de outra forma. Quem é o cliente que exerce essa pressão que refere? O mecânico, que vai comprar a peça à loja, ou o dono do carro que deixou a viatura na oficina a reparar? Todos querem salvaguardar a sua parte, maximizar o lucro no caso de uns e minimizar o custo no caso de outros. Mas se o carro fosse seu e fosse a sua segurança (e a segurança da sua família que estivesse em risco), entre um produto muito económico e um produto com uma boa relação qualidade/preço, bem aconselhado por quem de direito, qual seria a sua escolha? Se todos os profissionais desempenhassem a sua função de forma competente e “consciente” tínhamos um mercado mais salutar, mais seguro para o consumidor

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final e o setor não trabalhava sobre o preço de custo e com base no rappel. Mas continuamos num país de “chicos-espertos”, onde a falta de formação e competência é alarmante. Não me refiro apenas à base da hierarquia. Não lhe parece estranho que uma empresa com apenas ano e meio de atividade no setor seja reconhecida pelo mercado como a empresa de referência e a consultar, quando os seus próprios clientes pretendem qualidade? Não! Esse reconhecimento é fruto da nossa estratégia, da imagem que criámos, dos conceitos que sempre defendemos, da forma como estruturámos o nosso negócio e dos padrões que nos obrigamos a cumprir. Oferecer maior qualidade ao mercado, foi uma das principais premissas que esteve na origem do surgimento da Lisparts. Se outros players com mais tempo de atividade não são o primeiro nome que surge na cabeça dos clientes quando recebem um pedido de cotação e o seu próprio cliente lhes pede um produto de qualidade será, certamente, porque terão outras características que fazem o cliente recordar-se deles em primeira instância e que não passam pela aposta na manutenção de uma oferta de marcas premium, certificadas, num serviço pós-venda de excelência e muito menos na atenção que dedicam ao cliente. Entenda-se que a Lisparts é dos especialistas em steering. A empresa mais recente do mercado e exatamente por esse motivo e muitos outros relacionados com a sua origem e conceitos próprios, somos o único imune aos vícios que a falta de alternativas permitiu durante anos. Foi essa diferença que viemos trazer ao mercado. Quando assinamos acordos de representação com marcas que produzem produtos recondicionados e reforço a condição de “recondicionados”, que nos permitem dar dois anos de garantia ao cliente, para que exista essa manutenção de qualidade e confiança de que, pelo menos durante esse período, dificilmente ocorrerão problemas com defeitos de

fabrico (ou recondicionamento), existem também obrigações do lado do distribuidor, que tem de implementar e cumprir vários procedimentos com o objetivo de levar até ao cliente final todas as características de origem e mais-valias associadas à marca e ao fabricante em questão, de modo a garantir que não se perde valor no decorrer do processo. Num exemplo frequente do que acontece no mercado, todos os dias, significa que, ao trabalharmos marcas TecDoc certificadas e sendo este tipo de produtos sujeito a processos de verificação extremamente rigorosos, não podemos entregar ao nosso cliente um produto

A Lisparts mantém as marcas premium com que iniciou a atividade e alargou a sua oferta com a aquisição de outras representações de qualidade elevada que envolva, ao nível da reconstrução, os melhores e mais avançados processos de triagem, limpeza, recondicionamento, testes e embalagem, juntamente com a utilização dos componentes aplicados como óleos, massas, foles e abraçadeiras, entre outros de elevada qualidade. Fazer a melhor otimização possível que permita obter um produto final ao menor preço de custo, sem descurar a qualidade e segurança e, em contrapartida, devolvermos cores “chineses” ao fabricante para voltarmos a encomendar o mesmo produto, com a mesma qualidade e a mesma garantia. É simplesmente insustentável para o fabricante a manutenção de uma relação onde o compromisso com os pressupostos do negócio sejam apenas cumpridos por uma das partes envolvidas na relação. Se observarem com alguma atenção,

percebem que a Lisparts mantém as marcas premium com que iniciou a atividade e alargou a sua oferta com a aquisição de outras representações, que permitem os mesmos pressupostos essenciais, mas com custos cada vez mais baixos para o cliente, com uma oferta tão ou mais competitiva do que as alternativas no mercado. No entanto, sempre dentro da mesma visão estratégica que defendemos e compromisso assumido com todos os stakeholders (clientes e fornecedores), este é um percurso exatamente inverso ao que se observa nos players tradicionais. Deixo-vos o seguinte desafio: pensem nas marcas que já foram trabalhadas no mercado e, entretanto, desapareceram. Pensem nas marcas trabalhadas, atualmente. E pensem e observem o que se passa ao nível do seu volume de garantias, comparativamente com as marcas trabalhadas pela Lisparts. Interpretem devidamente o significado do que referi antes e vou ser ainda mais explícito para que não fiquem quaisquer dúvidas. Naturalmente, pelo menor volume de negócios da Lisparts, dado que tem pouco mais de ano e meio de atividade face a outras entidades com dezenas de anos no mercado, é natural o nosso número de garantias ser, “por si só”, muito menor. No entanto, verifiquem percentualmente a relação direta “vendas vs garantias” e o resultado só surpreende os mais desatentos. Quando os compromissos assumidos apenas são respeitados por uma das partes da relação, os problemas têm, obrigatoriamente, de aparecer. Trabalhamos um produto muito específico (reconstruído) e, como tal, podemos considerar que “ocorrerem garantias”. Pode ser entendido de certa forma e dentro de determinados valores como normal. No nosso caso, pelos motivos antes indicados, o nosso volume de garantias (reais) é insignificante e está ao nível das garantias nos produtos de origem, ou seja, é a exceção à regra. Parece-nos um fator inequívoco de diferenciação de postura, valores e intenções no mercado.

Mas o facto de a Lisparts ser reconhecida, sobretudo, como uma empresa que distribui qualidade, não lhe causa preocupação quanto ao futuro? Não me preocupa mesmo nada. E passo a explicar. Como referiu, o facto de a Lisparts ser, hoje, com pouco mais de ano e meio de atividade, o distribuidor de referência quando o cliente pretende qualidade, deixa-nos extremamente orgulhosos do nosso percurso e creio que nos augura um excelente futuro. Cada vez

mais, o mercado é constituído por pessoas qualificadas, por técnicos com formação superior, por vendedores cada vez mais especializados, por novas gerações de gestores que assumem cargos de chefia e com poder de decisão, que recebem de herança todo o know-how e experiência dos fundadores e empresários que cresceram sozinhos à custa do seu esforço e que, gradualmente, vão cedendo o seu lugar aos seus descendentes, que, no caso, já se licenciam com um objetivo bem definido: dar seguimento ao negócio de família. Estas novas gerações dificilmente comprarão “gato por lebre”, o acesso à informação técnica através das novas tecnologias é, também hoje, muito facilitado e contribui para um cliente mais informado e exigente. Deste modo, parece-nos que a estratégia adequada é criar a melhor oferta possível, fidelizando o cliente através da disponibilização de uma panóplia de soluções e ferramentas que lhe permitam garantir a venda, seja pela relação qualidade/preço do produto, seja pela prestação de um suporte pós-venda de excelência ou por qualquer outra mais-valia que lhe possamos disponibilizar. Depreendo pelas suas palavras que a Lisparts aspira a ser líder de mercado, no setor da distribuição de componentes automóveis, na gama de direção? Os nossos objetivos estão perfeitamente definidos. Sabemos que temos um longo caminho pela frente, mas contamos com uma equipa muito competente, empenhada e que veste a camisola, sabendo que todo o seu esforço e dedicação são reconhecidos sempre que as condições o permitam. É uma questão de foco, de liderança e de reconhecimento de méritos. O resto é uma consequência natural de quem somos, do que fazemos e de como fazemos. ✱

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FORMAÇÃO 42

Cursos de Mecatrónica Automóvel do INETE Veja o vídeo em www.jornaldasoficinas.com

Paixão pelo automóvel, gosto pela profissão › E porque a formação em mecatrónica automóvel está na “moda”, o Jornal das Oficinas visitou o INETE (Instituto de Educação Técnica) para perceber como funciona um dos mais recentes cursos desta instituição, que conta já com 28 anos de atividade ao serviço do ensino em Portugal Por: José Silva

sos têm equivalência a cursos superiores”, explica. Com um corpo docente formado por pessoas de carreira, foi fácil conseguir formadores e pessoas ligadas às empresas que permitem transmitir aos alunos a sua vasta experiência profissional.

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INETE nasceu em 1989. No dia 21 de setembro. Fez, recentemente, 28 anos e foi criado para ser uma Escola Profissional. Ministrava cursos na área dos serviços, arquivo, biblioteca. Mais tarde, enveredou pela gestão. Quando mudou para as instalações onde se encontra atualmente, seguiu um percurso mais tecnológico. Todavia, sempre foi uma escola de áreas muito abrangente. O programa curricular atual oferece desde cursos de gestão à mecatrónica automóvel, sendo este o mais recente, passando pela ótica, pela informática, pela eletrónica e pela mecatrónica não automóvel. Portanto, tem uma panóplia muito variada de cursos. Em termos de modalidades, começou por cursos profissionais. Neste momento, há profissionais e de aprendizagem. Tem tutela no Ministério da Educação e no IFP. O Jornal das Oficinas deslocou-se até ao INETE para perceber o sucesso dos cursos Novembro I 2017

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de mecatrónica automóvel e o porquê de serem dos mais procurados dentro de um leque tão abrangente de soluções. Para perceber esta opção tomada por muitos alunos, estivemos à conversa com a diretora da escola, Fernanda Torres, e com o responsável pelo curso de mecatrónica automóvel, João Pelado, que nos explicou o funcionamento, os objetivos dos alunos, as garantias de sucesso e o futuro do programa pedagógico. O curso de mecatrónica automóvel abriu em 2012 e, desde então, tem vindo sempre a crescer. Mas a história da escola, de acordo com as palavras de Fernanda Torres, pauta-se por transmitir aos alunos conceitos básicos de saber estar nas várias profissões. “Enquanto escola, o que nos diferencia é o facto de dispormos de uma formação técnica atualizada, uma formação científica que é sólida e uma formação humana que responde às necessidades do século

XXI. Aquilo que queremos equilibrar é a formação técnica que damos aos nossos alunos e a formação pessoal que têm de ter. Também fazemos um acompanhamento muito próximo. A faixa etária dos alunos tem vindo a diminuir ao longo do tempo. Quando eu comecei neste projeto, há vinte e poucos anos, os alunos eram mais velhos, alunos que tinham um percurso de insucesso no ensino secundário. Neste momento, já há muitos alunos que entram na escola com 14 ou 15 anos e que fazem do ensino profissional e do curso profissional uma primeira escolha. Valorizamos a formação pessoal e a formação técnica dos nossos alunos. Também pretendemos que tenham vários tipos de experiências pedagógicas ao longo do percurso, incluindo estágios internacionais. Temos, todos os anos, um conjunto de modalidades internacionais que lhes proporcionamos. Todos estes cur-

n   ADESÃO TEM LISTA DE ESPERA O que trouxe o Jornal das Oficinas ao INETE foram os cursos relacionados com o setor automóvel. Neste domínio, é João Pelado, coordenador dos cursos de mecatrónica automóvel, que dá as respostas, ainda que Fernanda Torres continue a complementar todas as informações com mais dados sobre a escola e a qualidade do trabalho de todos os que a ela estão ligados. Cursos relacionados com o automóvel é, de facto, o de mecatrónico, que se insere na mecatrónica industrial. João Pelado começou a fazer a formação em 2012 e, desde então, tem sentido o aumento da procura. Funciona por modas, como o próprio afirma. O curso tem vertente técnica e não técnica, pois também podem fazer formação para rececionistas de oficina, por exemplo. Ou seja, convém que quem recebe o veículo na oficina tenha alguma formação para poder interagir com o cliente, a ponto de dar-lhe informações imediatas sobre o possível “problema” do veículo. João Pelado afirma que “a paixão dos nossos alunos por automóveis é grande. Chegam aqui armados em mecânicos de F1 e, depois, acabam por perceber que se não tiverem bases, dificilmente chegam a algum lado. Um terço das entrevistas que fazemos são miúdos que já vêm encaminhados. O pai é mecânico, o tio é mecânico. São, de facto, pessoas muito focadas. Este ano, tivemos uma experiência mais abrangente, onde a matemática e até o inglês vão parar ao automóvel e até conseguimos enquadrar o Fernando Pessoa. Portanto, tudo tem de andar de carro”. Atualmente, este curso tem duas turmas anuais, o que é uma evolução extraordinária. Já houve seis turmas até 2017. Em termos de habilitações, para a inscrição no curso basta ter o 9.° Ano. A média de idade dos alunos ronda os 17 anos. Cada curso é composto por 3.200 horas, divididas em três anos. Tentam equilibrar melhor a carga horária ao longo do tempo, que termina com um estágio numa empresa do ramo aconselhada pelo INETE, porque há contingências, nomeadamente, ten-

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tar encontrar uma empresa na área de residência do formando e depois é que a escola oficializa o estágio, se bem que existem estágios intermédios que se vão realizando. No primeiro ano, há um estágio para os alunos cuja vocação anda não está bem enraizada. Chegam sem saber muito e, depois, vão percebendo que se trata de uma profissão física e a escola tem de fazer algumas sugestões. Por exemplo, sugerir que o aluno faça duas semanas de estágio numa oficina real. Isto é feito quando o formador sente que a paixão ainda não está dimensionada. O próprio aluno coloca a dúvida se será bem isto que quer, mas depois de duas semanas a trabalhar em ambiente de oficina, acaba por mudar de ideias e quer continuar. Nos casos em que as coisas correm bem, e são a maioria, há um estágio final de 580 horas numa empresa do setor, onde cada aluno ganha, então, alguma experiência para entrar no mercado. João Pelado fez questão de deixar bem explícita uma mensagem de agradecimento aos empresários do setor, que têm ajudado o INETE sem quaisquer problemas e antipatias. “Nem sempre é uma

As provas de “skills” são a melhor prova da qualidade do ensino O Jornal das Oficinas perguntou a João Pelado se têm concorrido às provas de “skills”. O coordenador dos cursos de Mecatrónica Automóvel do INETE responde: “Vamos este ano pela primeira vez, o que é bom sinal. Os alunos seniores terminaram há pouco os cursos e vamos tentar perceber se os conseguimos colocar nessas provas. Agora que temos tudo controlado, parece que sim. Temos aí alguns concursos em vista. Agora, é para valer. A responsabilidade é grande também, porque nos outros cursos já estabelecidos temos ganho prémios internacionais e não queríamos, com este, baixar as boas médias conquistadas pela escola. Portanto, temos de ter a certeza que vamos para ganhar. Cursos ao nível da robótica e informática, por exemplo, já são muito conceituados e, agora, é a vez da mecatrónica dar provas da sua qualidade. Os miúdos são competitivos e gostam de ser postos à prova, confrontando a experiência uns com os outros”.

situação simpática aparecer na oficina um professor a ‘chatear’ por causa dos miúdos. Também porque as oficinas não recebem em quantidade, ao contrário de outros cursos. As oficinas de automóveis recebem um aluno, as estruturas são pequenas e não há espaço para mais”. O objetivo do INETE com este curso é dar uma resposta

às necessidades do mercado. Têm nas provas de aptidão profissional o controlo de entidades externas, que pretendem sempre saber a opinião sobre estas provas. Na avaliação, está representado o CEPRA. As provas de aptidão profissional do INETE são amplamente elogiadas, o que é muito positivo.

n   100% DE EMPREGABILIDADE Existem outras escolas a apostar nesta formação. Quem termina no INETE o curso de mecatrónica, tem praticamente o posto de trabalho assegurado e esta é uma das grandes certezas de Jorge Pelado. O responsável garante que todos os que já estão a trabalhar, estão a fazê-lo exatamente no local onde estagiaram. “Temos quase 100% de empregabilidade e cerca de 30% dos alunos prossegue os estudos no ensino superior dentro da área automóvel”. Quanto a objetivos para os anos vindouros, José Pelado e Fernanda Torres estão de acordo. Obras nas instalações, basicamente na oficina que existe atualmente, e estar-se muito atento à evolução do mercado. Só faz sentido uma escola profissional promover cursos que respondam às necessidades do mercado. O automóvel é uma área em franca evolução para os híbridos e elétricos. Por isso, vai ser preciso estar alerta para perceber para onde terão de canalizar o projeto pedagógico. Uma escola profissional tem de estar atenta a tudo o que se passa à sua volta. ✱

INETE Diretora  Fernanda Torres  |  Coordenador Cursos Mecatrónica Automóvel  João Pelado  |  Morada  Travessa da Escola Araújo n.º 15, 1169 - 148 Lisboa  |  Telefones  213 110 991/2  |  Email rumo@inete.pt  |  Site www.inete.pt Publicidade

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REPORTAGEM 44

Hella Hengst

Aliança histórica › Depois da aliança histórica, estabelecida em abril, entre os dois nomes fortes da produção de sistemas de filtração, o Grupo Hella Hengst anunciou a sua ambiciosa estratégia comercial para Portugal e Espanha Por: Jorge Flores

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aliança entre os dois fabricantes de equipamento original (OE) Hella e Hengst, estabelecida ainda há poucos meses (em abril deste ano), ganhou, recentemente, novos contornos na Península Ibérica. Numa apresentação oficial, realizada em Düsseldorf, na Alemanha (o Jornal das Oficinas foi o único órgão de comunicação social português que esteve presente), os responsáveis desta parceria histórica anunciaram que Portugal e Espanha passam a comercializar uma gama completa e integral de sistemas de filtração de qualidade premium, provenientes do Grupo Hella Hengst. Este evento permitiu ainda uma Novembro I 2017

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visita às fábricas onde são produzidos os produtos do grupo. Recorde-se que esta união junta dois fabricantes com um longo percurso no mercado e com uma “filosofia de negócio comum, até pelo facto de serem ambas empresas familiares”, de acordo com a opinião de responsáveis de ambas as partes. Tanto uma como outra, de resto, são de origem alemã e têm sede no país de Angela Merkel. Enquanto a Hella foi fundada nos idos de 1899, em Lippstadt, a Hengst nasceu em 1958, em Münster. Ambos os fabricantes dedicam-se ao OE e são fornecedores globais de sistemas de filtros para a indústria automóvel, sendo

reconhecidos e premiados, internacionalmente, do ponto de vista da inovação tecnológica e distinguidos, ao mesmo tempo, “pela oferta de produtos de qualidade, disponibilidade e compromisso com o mercado do pós-venda”, sublinharam ainda em nota oficial. n   PORTUGAL E ESPANHA Ismael Carmena, diretor regional de IAM para a Europa Ocidental e diretor-geral da Hella (ver caixa, nestas páginas), mostrou-se otimista com o novo projeto do grupo. “A aliança com a Hengst proporciona aos distribuidores espanhóis e portugueses uma excelente oportuni-

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dade para desenvolverem o seu negócio. A Hella Hengest Filtration Systems é a solução mais acertada para as necessidades do distribuidor e da oficina, porque combina uma excelente gama de produtos de alta qualidade com a nossa sólida organização local da Hella S.A., que inclui suporte comercial e de marketing, atendimento ao cliente, apoio técnico e uma logística versátil e fiável. Tudo de um único provedor”, disse. “A partir de hoje”, reforçou Ismael Carmena, “os filtros de óleo, de combustível, de ar e de habitáculo da marca Hella Hengst para automóveis comerciais ligeiros, só estão disponíveis através da Hella Portugal e Espanha”. Christopher Heine, CEO da Hengst, tem uma perspetiva semelhante sobre a aliança. “Participamos nesta aliança porque combina o melhor de duas empresas históricas: o Grupo Hella tem uma notável tradição em OE e um excecional nível de serviço há mais de 100 anos, com uma presença de mais de 50 anos nos mercados espanhol e português. Por outro lado, incorporamos uma gama de produto consolidada e as nossas competências em filtros nesta associação”, afirmou o responsável da Hengst. Na Península Ibérica, o grupo desenvolveu relações de parceria e de negócio duradouras com distribuidores nacionais e regionais. As seis delegações que dispõe em Portugal e Espanha facilitam o

apoio logístico, comercial e de marketing, beneficiando ainda a estrutura de uma “competente equipa de especialistas de produto e de recursos centrais, documentação online, suportes técnicos e de instrução, que asseguram aos clientes um excecional nível de serviços”, referiu o grupo em comunicado oficial. n   QUALIDADE PREMIUM Esta combinação de forças entre as duas empresas alemãs a nível mundial, que chega, agora, a Portugal e Espanha, destina-se a servir o mercado automóvel com produtos de elevada qualidade. Mais

concretamente, nos segmentos de veículos de passageiros e comerciais ligeiros (cobre 96% deste parque, percentagem com tendência para crescer), com sistemas de filtração de óleo, de combustível, de ar e de habitáculo. Segundo realçaram os responsáveis do grupo, a qualidade premium dos produtos permanece inalterada, respondendo apenas agora pela chancela Hella Hengst. Por outras palavras, todos os produtos da nova gama de filtros da Hella Hengst estarão disponíveis no mercado ibérico, substituindo, para todos os efeitos, os produtos Hengst comercializados, até agora, em Portugal e Espanha. Com o novo plano estratégico do grupo, a gama passou a estar disponível nas principais plataformas, como é o caso da TecDoc. Uma nova ferramenta que não invalida, porém, que a Hella Hengst disponha de uma infraestrutura logística eficaz nos dois países, assegurando uma grande disponibilidade de stock. Uma inteligente relação qualidade/ preço, adaptada aos contextos locais, continuará a marcar filosofia comercial do grupo nesta nova fase. “A Hella Hengst oferece um nível de preço competitivo dentro do seu segmento de primeiro equipamento de qualidade premium, que permite obter uma excelente rentabilidade em toda a cadeia de distribuição”, esclareceu o grupo em comunicado de imprensa. ✱

Números da parceria

Hella 1899

Ano da fundação

38.000 Número de colaboradores

6.600 35 125 Faturação em milhões de euros Países onde está presente Estruturas locais

Ismael Carmena, diretor-geral da Hella

“O mercado português é complicado, mas altamente profissional” Em conversa com o Jornal das Oficinas, Ismael Carmena, diretor-geral da Hella e diretor regional de IAM para a Europa Ocidental, deu conta dos objetivos do grupo para Portugal A distribuição em Portugal e Espanha é muito distinta. O que muda com esta aliança? De facto, como disse, a distribuição em Portugal é distinta da que acontece em Espanha. Aquilo que fazemos em Portugal, assenta numa estrutura geral bastante seletiva. Cuidamos muito do distribuidor e das marcas com as quais trabalhamos. Evidentemente, agora não será diferente. O nosso objetivo é poder oferecer este produto de qualidade, de forma a que o distribuidor possa sentir prazer e ter uma rentabilidade importante, com um conjunto de novas soluções que podemos dar ao mercado, capazes de aumentar a cadeia de valor no aftermarket. Que pode dizer da parceria em Portugal? Há um distribuidor, que já trabalhava a marca Hengst, em turismo e veículos comerciais ligeiros. E esse mesmo distribuidor atuará incorporado na Hella Hengst.

Como corre a atividade em Portugal? É um mercado muito complicado? É um mercado complicado, sim, mas altamente profissional. Em alguns aspetos, relacionados com os serviços e com as ferramentas comerciais e de marketing,

está muito avançado. E nós estamos a crescer. Estamos a desenvolver negócio em Portugal há vários anos e o crescimento tem sido sempre linear e muito importante. E continua a ser assim. Um crescimento orgânico. Mas claro que o mercado premium é sempre complicado, com muitos altos e baixos. E muito competitivo. Temos de continuar essa tendência de crescimento e penso que estamos a conseguir.

Hengst

Como gerem o stock em Portugal? Em Portugal, temos um country manager, Frederico Abecassis, alguém com quem trabalhamos há muito tempo. Muito profissional e muito bem preparado. Em Lisboa, dispomos de uma oficina comercial e tudo o que é a logística temo-la centralizada nos nossos armazéns centrais de Madrid. O que fazemos é enviar o produto de Madrid ou diretamente da fábrica, em algumas ocasiões. ✱

Número de colaboradores

1958

Ano da fundação

3.000

400 9 15

Faturação em milhões de euros

Países onde está presente

Estruturas locais

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REPORTAGEM 46

Melett Day juntou parceiros de negócio Veja o vídeo em www.jornaldasoficinas.com

A crescer com os novos turbos › A Melett e a M.F. Pinto realizaram, no passado dia 14 de outubro, num hotel em Lisboa, um evento designado Melett Day, que contou com a presença de mais de 80 clientes oficinais especializados na montagem e reparação de turbocompressores Por: João Vieira

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urante o encontro, foram apresentadas pelos técnicos da Melett as novas tendências no aftermarket dos turbocompressores e abordadas as recentes mudanças na indústria, explorando o impacto destas alterações nos reparadores e fabricantes de turbos reconstruídos. Foram, igualmente, abordados os desafios que a indústria de reparação terá de enfrentar num futuro próximo e partilhados os planos da M.F. Pinto e Melett para ajudar as oficinas parceiras a ultrapassá-los. Durante a parte da tarde, houve uma sessão de esclarecimentos pelos técnicos da Melett e o evento terminou com um jantar convívio. Daniel Centeno, responsável comercial da Melett para Portugal e Espanha, refere que “é muito importante estar perto dos reparadores e ajudá-los a terem as peças que necessitam para poderem continuar a evoluir no seu negócio. Em Portugal, a M.F. Pinto, um dos nossos maiores aliados de negócio com grande experiência e conhecimento do mercado português, Novembro I 2017

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tem o mais importante nesta atividade, que é o stock, com todas as peças sempre disponíveis para satisfazer o cliente no momento em que ele precisa”. Por sua vez, Paulo Pinto, gerente da M.F. Pinto, considera este evento um momento importante para a vida da empresa. “Para além de apresentarmos novos produtos da Melett, informamos os nosso clientes sobre as tendências no aftermarket dos turbocompressores e aproveitamos para passar bons momentos de convívio. O mercado dos turbocompressores vai ter uma grande

evolução nos próximos anos e queremos ajudar os nossos parceiros de negócio, oferecendo-lhes as melhores ferramentas”, afirma. n   TURBOS COM QUALIDADE OE A principal novidade divulgada no Melett Day foram os novos turbos Melett completos com qualidade OE, que já estão disponíveis em várias referências, incluindo de geometria variável e com válvula eletrónica. Com efeito, este produto posiciona-se a nível de preço abaixo do produto OE mas com uma qualidade premium, diferenciando-o das restantes ofertas existentes no mercado. Estes novos turbos completos vêm preencher um vazio existente no mercado, posicionando-se entre o turbo novo OE e os turbos recondicionados e novos vindos do oriente. Outra vantagem prende-se com o facto de os turbos serem novos, não necessitando, por isso, de devolução do velho, simplificando, assim, todo o processo.

Atualmente, estão disponíveis cerca de 23 referências de turbos novos e a Melett prevê aumentar a oferta em cerca de 50 referências por ano. Este novo produto vem complementar a oferta já existente de cores, turbinas, compressores, válvulas ou geometrias que a marca inglesa já disponibilizava. “Lançamos os turbos completos para satisfazer uma necessidade do mercado. Porque quando as peças necessárias para a reparação não estão disponíveis, ou a aquisição de um casco antigo é muito dispendioso, as reparações são inviáveis. Com este lançamento, queremos evitar que termine o ciclo da reparação, oferecendo uma solução ao reparador de modo que ele continue a reparar, que possa oferecer ao cliente um produto de qualidade e em troca receber o casco, que é a matéria-prima para o seu trabalho. O nosso interesse é que o negócio dos reparadores prospere, porque se o negócio vai bem para eles, também vai bem para nós”, reforça Daniel Centeno. ✱

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Sociedade Comercial C. Santos reuniu clientes Petronas Veja o vídeo em www.jornaldasoficinas.com

Petronas mais forte no Porto › A Petronas, em parceria com a Sociedade Comercial C. Santos, distribuidor dos lubrificantes Petronas para a zona do Porto, realizou, no passado dia 11 de outubro, um encontro com os principais clientes Por: João Vieira

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objetivo do encontro foi proporcionar um dia de convívio e confraternização aos cerca de 50 responsáveis de oficinas presentes. O dia começou com um passeio de autocarro panorâmico pela cidade do Porto, seguindo-se o almoço num barco, que levou os participantes numa agradável viagem pelo rio Douro. A Sociedade Comercial C. Santos é o distribuidor dos lubrificantes Petronas para a zona do Porto já há três anos. Os resultados a nível de vendas têm sido excelentes e a marca está muito satisfeita como trabalho desenvolvido até à data, conforme refere Narciso Figueiredo, diretor de vendas da Petronas Portugal: “A Sociedade Comercial C. Santos está a fazer um excelente trabalho, com uma curva de crescimento bastante interessante e, por isso, vamos continuar a ter uma forte implantação da Petronas na zona do Porto”. Já Manuel Machado, diretor de peças e lubrificantes da Sociedade Comercial C. Santos, está muito contente com a Novembro I 2017

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distribuição da marca Petronas, “cujos produtos estão a ser muito bem aceites pelo clientes. É um produto de qualidade e a parceria com a Fórmula 1 também lhe dá grande notoriedade. Estamos a gostar do caminho que estamos a

percorrer com a Petronas e esperamos ter um futuro promissor com a marca”. Foi um dia bem passado, em que se aprofundaram laços e se proporcionaram a todos os clientes momentos de descontração e divertimento. No final do

encontro, Narciso Figueiredo e Manuel Machado estavam muito satisfeitos pela boa recetividade que a iniciativa teve junto dos clientes, sendo de prever a realização de mais ações como esta. Questionado sobre o desempenho da Petronas este ano, Narciso Figueiredo afirma estar a ser um ano “bastante bom a nível de vendas, acima dos dois dígitos. Mas, para 2018, temos objetivos mais ambiciosos, pois a estratégia da marca a nível europeu passa por duplicar as vendas nos próximos anos. Vamos fortalecer os acordos que temos com as marcas Mercedes-Benz, Grupo Fiat, New Holland, Case e Iveco, assim como consolidar a rede de distribuidores, fornecendo-lhes serviços que vão ao encontro das suas necessidades”. Para o responsável o mercado de lubrificantes tem tendência para crescer, pois “as vendas de automóveis têm aumentado e o intervalo das mudanças de óleo, devido à utilização dos filtros de partículas têm diminuído, estando, neste momento, entre 25.000 e 40.000 km”. ✱

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NOTÍCIAS Pesados

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Luís Simões renova equipamentos de carga com Toyota

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Diesel Technic Iberia cresce em Portugal

esde 1972 que os distribuidores em Portugal das marcas de produtos DT Spare Parts e SIEGEL Automotive, eram, tradicionalmente, apoiados e fornecidos pela sede da empresa Diesel Technic Group, em Kirchdorf, na Alemanha. No âmbito da estratégia de crescimento do grupo, deu-se, no ano de 2005, a fundação da filial Diesel Technic Iberia, no ponto central logístico de Madrid-Barajas, com a finalidade de garantir um fornecimento ideal de peças de substituição para toda a Península Ibérica. Inicialmente, o objetivo principal era aumentar a quota de mercado em Espanha. Após quatro anos de crescimento contínuo, à responsabilidade de Carlos Gomes, houve uma mudança na administração, com a entrada do diretor atual, Martin Ratón. Marcos importantes do seu desenvolvimento estratégico para a empresa foram a centralização dos processos de encomenda na plataforma de fornecimento online, a agilização da rede de distribuição e cooperação com grandes grupos de aquisição e de distribuição, bem como a mudança da empresa para uma sede maior, com superior capacidade de armazenamento, possibilitando, assim, aumentar a disponibilidade de produtos. Em 2013, durante a Motortec Automechanika Madrid, foram convidados os distribuidores de Portugal para lhes dar a conhecer a Diesel Technic Iberia na nova sede, em Alcalá de Henares, perto de Madrid. Foi-lhes demonstrado como era fácil e descomplicado encomendar os produtos necessários diretamente à filial. Para tal, a intralogística da Diesel Technic teve de ser remodelada, de forma a que o armazém de Alcalá de Henares fosse regularmente abastecido, no mínimo, duas vezes por semana. As vantagens para os distribuidores em Portugal eram claras: serviços melhorados, maior disponibilidade e tempos de entrega mais rápidos. Pedidos de reposição de stock de grande volume por parte de distribuidores portugueses podiam continuar a ser feitos através da Diesel Technic AG na Alemanha. Durante os últimos quatro anos, o volume total de negócios em Portugal aumentou e, atualmente, quase todos os pedidos de Portugal são enviados online diretamente para a Diesel Technic Iberia. Os distribuidores da Península Ibérica habituaram-se ao serviço fiável e de qualidade fornecido pelos colaboradores da filial e os seus clientes nas oficinas sabem que os produtos das marcas DT Spare Parts e SIEGEL Automotive têm qualidade garantida. Através do Partner Portal, os distribuidores podem, eles próprios, gerir todas as encomendas. Desta forma, foi possível automatizar ainda mais o processo de fornecimento de ambas as partes, tanto dos distribuidores como, também, da Diesel Technic Iberia. Esta história de sucesso deve continuar e, para tal, os distribuidores em Portugal são, desde outubro de 2017, apoiados e fornecidos completamente através da Diesel Technic Iberia. A filial está a preparar-se para o próximo passo de crescimento e está, atualmente, à procura de uma sede ainda maior. A mudança está planeada para o próximo ano. Assim, o Diesel Technic Group cria todas as condições necessárias para mais crescimento e, especialmente, também para o sucesso local dos distribuidores por todo o mundo, sem descurar o fornecimento ideal dos clientes nas oficinas, como acontece, hoje, em toda a Península Ibérica.

Wabco deu formação aos clientes da Motorbus Decorreu, de forma extremamente positiva, mais uma formação dada pela Wabco aos clientes da Motorbus, nos passados dias 3 e 4 de outubro. A formação incidiu sobre caixas de velocidade automáticas Volvo e Renault, kits de reparação e sua instalação, tendo contado com a presença de cerca de 12 profissionais nas instalações da Motorbus em cada um dos dias. É a segunda formação dada pela Wabco durante o ano de 2017, estando previstas mais para o próximo ano, numa parceria com a Motorbus para manter e desenvolver. Novembro I 2017

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O operador logístico Luís Simões acaba de renovar, em Portugal, a sua frota de veículos de movimentação de carga, com 300 novos equipamentos da marca Toyota. No que diz respeito à quantidade de equipamentos alugados e tipologia de viaturas, significou um investimento de cinco milhões de euros, que tem como objetivo o aumento da segurança e da produtividade, bem como a redução de custos. Esta renovação incidiu diretamente em 14 centros de operações da LS a nível nacional e contempla a renovação de cerca de 95% da frota até final deste ano, sendo que 90% já se encontra em funcionamento. Com esta operação, a frota da Luís Simões teve um crescimento de cerca de 15% comparativamente a 2016, em grande parte motivado pela entrada de novos clientes e do incremento da atividade nos clientes atuais. Os novos equipamentos - porta-paletes, empilhadores frontais, retráteis e order pickers - são todos elétricos e vão substituir, sobretudo, a frota fixa, destinando-se às diferentes operações logísticas da Luís Simões e da Espaçotrans, mas, também, à Reta, cuja atividade consiste na manutenção, reparação e venda de peças para pesados, venda e aluguer de semirreboques e aluguer de tratores.

Auto Diesel assinou parceria com BPW Trapaco Com a comemoração dos 50 anos de existência, a Auto Diesel, especialista na reparação de veículos pesados e reboques, continua a criar parcerias de acordo com os valores éticos que sempre conduziram a empresa. Assim, assinou mais um acordo com o Grupo BPW, através da sua representante, BPW Trapaco. Abrangendo uma enorme quantidade de marcas próprias, a parceria entre a Auto Diesel e a BPW Trapaco coloca ao serviço dos seus clientes todo um conjunto de produtos, que incluem material para camiões e reboques da PE Parts, sistemas elétricos da Ermax, carroçarias e coberturas da Hestal, acessórios da Edscha e da HBN-Tecnik A/S, sistemas de engate da Ringfeder, sistemas de telemática da Idem Telematics e jantes de alumínio da Fuchs, além de eixos e sistemas pneumáticos da BPW e da Sumig. Com o objetivo de dar a conhecer aos parceiros todas estas novidades, esteve presente nas instalações, no dia 9 de outubro, o Road Show da BPW, com representantes de todas as vertentes.

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Desmontagem do motor de arranque CDTI

Uma solução simples e rápida Durante muitos anos, a operação de desmontagem de um motor de arranque não apresentava maior dificuldade do que desapertar dois ou três parafusos fixadores roscados na clutch. Se recuarmos um pouco mais, ainda conseguimos vislumbrar modelos em que, na mesma operação, se retirava o motor de arranque e o dínamo, normalmente realizada por eletricistas auto. Também aos técnicos de mecânica poderia caber a tarefa de desmontar este componente quando, por exemplo, fosse necessário alguma intervenção mecânica. Nos modelos da Opel que aparecem equipados com um motor italiano da Fiat, esta operação pode tornar-se num quebra-cabeças se não forem tomadas algumas precauções. A operação resume-se à desmontagem do motor de arranque. O início é comum relativamente a outros modelos. Passa, primeiro, por observar os locais de aperto e a acessibilidade dos mesmos. Um dos parafusos no caso fica situado num local de fácil acesso e é desapertado sem dificuldade. O passo dois consiste em procurar o outro (ou os outros) que fixam o componente elétrico. A partir daqui, já sem comunicação visual, tateamos e conseguimos descobrir que só existe mais um ponto de fixação. Chegamos à conclusão que o

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que descobrimos foi a ponta da rosca de um parafuso possivelmente apertado de dentro para fora. Ainda perplexos, damos a volta e reparamos na existência de uma janela. Nesse instante, somos invadidos por uma certa confiança e avançamos. Destapamos a janela e apercebemo-nos de que existe acesso a um parafuso. Apesar da grande expectativa, devemos parar. A janela dá acesso ao desaperto do motor de arranque mas atravessa a clutch sem qualquer túnel de proteção contra a queda. Na prática, se deixarmos cair o segundo parafuso ao desapertar, temos de desmontar a caixa de velocidades para resgatá-lo. Aconselha-se para que a desmontagem do motor de arranque não passe pela desmontagem do charriot e da caixa de velocidades, fixar a ponta da chave à cabeça do parafuso recorrendo a uma cola ou massa que o prenda na viagem da rosca até ao exterior. Uma solução simples e rápida, contrariamente ao que, geralmente, acontece com a queda do mesmo dentro da clutch.

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MANN+HUMMEL lançou filtro combinado CUK O especialista em filtragem MANN+HUMMEL desenvolveu uma proteção efetiva contra os gases prejudiciais e as partículas, como os seus filtros de ar de habitáculo com carvão ativo. O carvão ativo presente nos filtros combinados da MANN-FILTER e os filtros de ar de habitáculo FreciousPlus reduzem a concentração de óxidos de azoto no interior do veículo a quase zero. O filtro combinado MANN-FILTER CU31 003, por exemplo, elimina 95% do gás tóxico, garantindo, assim, uma enorme redução da concentração de óxidos de azoto no interior do veículo. O filtro combinado está disponível para vários modelos Audi.

Kits de distribuição Bosch com bomba de água No seu portefólio, a Bosch conta com kits completos de correias de distribuição, incluídos num único número de ordem, além da correia de distribuição, dos rolos de tensor e de guia, da bomba de água e de todos os elementos de montagem, bem como das suas instruções de instalação. Ao substituir, através de uma única intervenção, a correia de distribuição e a bomba de água de uma só vez, é possível poupar tempo e dinheiro, mantendo a qualidade do equipamento original e uma cobertura de mais de 90% do parque automóvel europeu e asiático. As correias de distribuição transmitem a energia gerada pelo motor para os grupos secundários do veículo e, em quase 70% dos motores, a correia de distribuição também é responsável por impulsionar a bomba de água. Desta forma, consegue-se um fluxo constante de líquido refrigerador através do radiador e do motor. A correia de distribuição, o rolo tensor, os elementos guia e a bomba de água, devem estar perfeitamente ajustados para assegurar um funcionamento fiável e uma longa vida útil.

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Isto não vai lá com: -ultra-sons -aditivos de limpeza -maquinetas

Bosch lançou injetores Diesel para veículos industriais CRIN4.2 Com o lançamento dos novos sistemas de injeção CRIN4.2, a Bosch cumpre as normas mais recentes das restrições de emissões de gases poluentes. Recentemente, a marca criou uma gama específica com novas referências dentro do programa eXchange, incluindo os modelos de injetores de veículos industriais que fazem parte do motor do Mercedes-Benz OM 471 com duas válvulas solenóides. Uma delas atua como um amplificador de pressão, através da qual é possível atingir até 2.200 bar. A Bosch dispõe de mais de 75 anos de experiência em sistemas de injeção Diesel e mais de 20 anos em injetores common rail. Cobre mais de 97% do aftermarket, o que a coloca como líder em sistemas de injeção. Hoje, a Bosch oferece uma gama completa de injetores de substituição (Bosch eXchange) a baixo custo e com elevados padrões de qualidade.

Gates tem nova gama de correias multiestrias Um novo visual, uma nova construção e uma nova família de quatro elementos serão os principais tópicos de conversa quando a Gates apresentar a sua última geração de correias multiestrias para sistemas de correias de acessórios. Com data de implementação marcada para o segundo trimestre deste ano, associações mais fortes com a gama de produtos OE serão proeminentes quando a gama Micro-V for introduzida na cadeia de distribuição europeia. Algumas das associações OE mais surpreendentes incluem o mesmo padrão distintivo no verso da maioria das correias, texturas da correia que correspondem ao desempenho dos produtos OE da Gates e maior flexibilidade associada ao desenho e construção OE. A qualidade dos compostos de borracha EPDM utilizados para fabricar as correias OE da Gates foi essencial para alcançar uma maior resistência a fissuras e fiabilidade nas variações de temperaturas mais extremas. A Gates utiliza os mesmos compostos e as mesmas tecnologias de desenho OE na construção da última geração de correias Micro-V. Os materiais do cabo avançados oferecem a força e a durabilidade necessárias.

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Winntec apresentou novos toalhetes de mãos A Winntec apresentou os novos toalhetes de mãos para os profissionais do setor automóvel, que se revelam muito úteis em oficina e não só. Removem gordura e sujidade graças a uma fórmula hidratante e natural de óleo de limão das toalhitas (S-Wipes). Este produto previne mãos secas e gretadas, reduzindo a utilização de solventes tóxicos e corrosivos, sem esfregar. Limpam de forma eficaz graças a agentes que impedem a sujidade de passar da toalhita para as mãos novamente. Estão em conformidade com a norma EU ECHA do CLP. A embalagem, do tipo saqueta, com folha de alumínio, impede a entrada de ar e assegura a qualidade das toalhitas. Quantidade: 33. Validade: três anos.

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Nova aprovação Wolf para BMW O Vitaltech 5W40 é um dos óleos de motor da Wolf destinado a automóveis de passageiros com motores turbo com injeção direta de combustível. Com especificações ACEA, API, MB, Opel, Porsche, PSA, Renault e VW, era já um lubrificante para utilização em automóveis de vários fabricantes. Agora, a marca adicionou mais outra especificação ao Vitaltech 5W40: BMW Longlife-01 (também BMW LL-01). A BMW Longlife-01 é, normalmente, exigida para automóveis da BMW construídos depois do modelo do ano 2002. A especificação é compatível com especificações antigas, pelo que pode, também, ser utilizado quando o BMW Longlife-98 é recomendado. Esta aprovação comprova ainda que este lubrificante se trata de um produto de alta qualidade. O Vitaltech 5W40 está disponível em embalagens de 1, 4, 5, 20, 60, 205 e 1.000 litros.

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Novas especificações Fuchs para óleos de motor Ford A Fuchs introduziu uma nova especificação de óleo do motor para a nova geração de motores TDCI da Ford. Esta especificação é baseada na norma ACEA C2 na classe SAE 0W-30 e contém os requisitos mais elevados no que diz respeito à economia de combustível. O novo lubrificante Fuchs TITAN Supersyn F Eco-FE SAE 0W-30 cumpre, na íntegra, os elevados requisitos da especificação Ford WSS-M2C950-A. Tem maiores requisitos de economia de combustível em comparação com as especificações Ford anteriores, é adequado para veículos a gasóleo com filtro de partículas Diesel (DPF) e obrigatório nos novos motores TDCI.

Ate equipa Mercedes-Benz Classe C A Ate equipa os novos Mercedes-Benz Classe C com discos de travão que cumprem os padrões europeus ECE R90. A qualidade do disco é comparável ao equipamento original (OE). Com a marca Ate, a Continental é a primeira empresa no mercado a oferecer um produto de referência para o conceito patenteado de disco de travão OE de duas peças. Com esta nova solução para o aftermarket, a Ate criou uma alternativa económica para oficinas independentes, pois o atual modelo Mercedes-Benz Classe C foi lançado em 2014 e, agora, já há um grande número de unidades a precisar de substituir os discos de travão. Os parafusos de fixação necessários para uma instalação simples e segura estão incluídos no conteúdo da embalagem. Os novos discos de travão revestidos para estes modelos alemães foram submetidos a testes rigorosos e provaram que cumprem os requisitos de qualidade OE.

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Rheinmetall tem nova geração de rolamentos para híbridos Uma consequência de imposições cada vez mais restritas nos motores por causa da redução de emissões e de combustível, é o avanço da “hibridização” e o aumento da utilização de óleos de baixa viscosidade. Desta forma, a pressão de injeção e nos rolamentos do motor aumentam também. Estas permutas obrigam a material mais robusto e resistente, como é o caso dos rolamentos, pois estão expostos a fricções mistas muito agressivas. A KS Gleitlger GmbH está a lançar uma nova geração de rolamento de polímero, desenvolvida para utilização neste tipo de propulsores.

Encontre sempre a solução certa com a ATE. A ATE é a marca de travões premium da Continental, um dos produtores líderes mundiais de sistemas de travagem de equipamentos originais. A tecnologia inovadora e a extensa experiência de engenharia fazem parte do património de cada produto da ATE. Confie em tudo o que tem travões da ATE.

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A Federal-Mogul apresentou, no Salão Equip Auto 2017, uma ampliação da gama da sua marca Champion, além de um carro da Nascar patrocinado pela Moog, marca de componentes de direção, chassis e rolamentos de roda. A Moog fornece todos estes componentes aos veículos da Nascar, completando a longa relação com a prova norte-americana, que conta com 51 anos de trajetória. A empresa mostrou, também, o seu programa e apoio técnico F-M Campus, plataforma online de formação que tem como objetivo aumentar o conhecimento técnico de distribuidores e instaladores. Tem 20 novos vídeos de instalação e montagem de travões da marca Ferodo, rolamentos de rodas Moog e juntas Payen.

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Japanparts é “Fabricante do Mês” na Auto Delta Durante o mês de novembro, a Auto Delta destaca o veículo asiático atribuindo a campanha “Fabricante do Mês” à Japanparts. A empresa italiana é um dos mais importantes players do mercado quando falamos em peças de reposição para veículos asiáticos. Este é um tipo de veículo preferido para uma grande fatia do mercado, sendo as suas marcas símbolos de fiabilidade. Especialmente interessada no desenvolvimento do aftermarket, tem sido interessante acompanhar o comportamento da Japanparts no que toca ao desenvolvimento de gamas e disponibilização de informação técnica. Durante este mês, serão várias as iniciativas formativas a realizar, bem como os descontos e as diversas campanhas promocionais inovadoras, tudo com o apoio proporcionado pela Japanparts. Pelo que serão de esperar iniciativas surpreendentes, como tem sido exemplo “O seu Fabricante, mais Perto”, uma ação que coloca, frente a frente, representantes da marca e pessoas que trabalham na montagem dos produtos.

Salão do Automóvel regressa a Lisboa

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A maior oferta do mercado nacional vai estar na FIL, Parque das Nações, entre 21 e 26 de novembro. A ACAP e a FIL reeditam o Salão do Automóvel sob o lema “Todas as razões para comprar o seu próximo automóvel”, que distingue este grande acontecimento como uma oportunidade única para os potenciais compradores acederem à maior oferta do mercado automóvel nacional, numa área superior a 16.000 m2. Além de um olhar único sobre as principais novidades e modelos das cerca de 30 marcas presentes, entusiastas e clientes terão disponíveis experientes equipas vendas, que irão apoiá-los com serviços ajustados às expectativas e que poderão passar por test-drives, campanhas especiais, financiamentos e seguros, entre outras vantagens para facilitar a aquisição do próximo automóvel. A organização procurou, nesta edição, ampliar a já diversificada oferta, com a criação de uma nova área de exposição de veículos seminovos, que complementa a dos veículos novos, ligeiros e comerciais. O contacto entre visitantes e marcas será reforçado com o habitual cartaz de animação, estando previstos múltiplos espetáculos e surpresas destinados a miúdos e graúdos, que convidam, deste modo, à presença de toda a família. Foi a pensar nelas que a organização do Salão do Automóvel 2017 criou um bilhete especial de família.

Spanjaard de luto com a morte do seu chairman Faleceu o chairman da Spanjaard, Mr. Robert J. W. Spanjaard, que esteve durante 56 anos à frente deste antigo grupo, que tem conseguido manter o nome da família fundadora na administração. Este feito manter-se-á através de uma das filhas, Mrs. Tracy Spanjaard, que será a próxima seguidora da empresa. Criada no seio empresarial, está capacitada para dar continuidade à tradicional e competitiva marca e grupo de empresas Spanjaard. Nas cerimónias fúnebres, Portugal fez representar pelo seu country manager, Amadeu Fernandes, e Rui Pedro Teixeira Fernandes, diretor da Adir-Viseu, Lda., que importa e distribui há 41 anos a marca em Portugal. Robert Spanjaard teve seis filhos e 14 netos, foi um trabalhador incansável e de uma visão empresarial que passou fronteiras. Filantropo, sofreu, conjuntamente com os seus pais, a perseguição Nazi na Holanda. Faleceu sem nunca ter largado o trabalho e a direção da empresa com o seu nome, ao fim de 80 anos de vida. Novembro I 2017

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Faleceu António Teixeira Lopes, presidente da ARAN António Teixeira Lopes, presidente da ARAN, faleceu dia 20 de outubro, em Paris, quando se preparava para assumir a presidência da Associação Europeia de Reparadores de Automóveis. O responsável máximo da ARAN encontrava-se na capital francesa para participar na reunião da Direção do CEGAA (Conseil Européen Des Groupements D’Agents De L’Automobile), instituição da qual era vice-presidente. António Teixeira Lopes, profundo conhecedor do setor, era amigo do nosso jornal e mostrava-se sempre disponível para responder a todas as dúvidas dos nossos leitores, bem como para esclarecer temas importante para o setor. É com profundo pesar que damos conta desta notícia trágica. O Jornal das Oficinas endereça à família, aos amigos e à ARAN as mais sentidas condolências.

Osram tem localizador de lâmpadas online A Osram dispõe de uma ferramenta online que ajuda a encontrar, de forma muito rápida e prática, a lâmpada certa para o veículo. O “Localizador de Lâmpadas Automóvel” está disponível em www.osram.pt. A empresa oferece as melhores ferramentas e aplicativos para que os condutores possam encontrar a melhor solução de iluminação para o seu veículo. Acedendo ao site www.osram. pt, na secção “Serviços”, encontram-se os aplicativos e ferramentas disponíveis. Clicando no “Localizador de Lâmpadas Automóvel”, basta selecionar o tipo de veículo para o qual se procura a lâmpada, redigir a marca e o modelo. Será, depois, exibida, automaticamente, uma página com um visual muito atrativo, na qual se pode consultar as diferentes lâmpadas para o veículo selecionado. Uma vez finalizado o processo, o condutor pode criar um arquivo em PDF da lista de lâmpadas selecionadas e apresentá-lo em qualquer distribuidor Osram. Desta forma prática e rápida, assegura-se que se adquire exatamente as lâmpadas que se desejam.

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TIPS 4Y disponibiliza matrículas 2017 para pesquisa O pressuposto de utilizar uma solução de pesquisa por matrícula é garantir que o processo de identificação da viatura seja exato e rápido, por forma a obter maior eficácia no negócio de todos os players do pós-venda automóvel. A solução de pesquisa por matrícula da TIPS 4Y destaca-se pelo constante incremento de qualidade da sua base de dados de viaturas, assegurando um serviço de excelência. Assim, a empresa informa que já estão disponíveis as matrículas dos primeiros sete meses de 2017 das principais marcas de automóveis registadas em Portugal. Até julho deste ano, foram efetuados e adicionados à base de dados da TIPS 4Y 210.545 registos de veículos, dos quais 183.260 novos. Da totalidade das viaturas registadas, 70,8% são Diesel, 25,7% gasolina e as restantes 3,5% agrupam energias alternativas. É de evidenciar um significativo crescimento de viaturas híbridas e elétricas. A “dieselização” continua em queda (70,8% até julho), contra uma média de 74,5% em 2016. As viaturas particulares continuam em queda (apenas 29,5% do total de registos). Já o aumento de viaturas registadas para uso profissional, comprova a sua tendência crescente, aspeto que terá impactos futuros na manutenção preventiva e, também, nos preços da mesma.

Méguin Oils comemora 170 anos de vida É preciso recuar até 1847 para chegar ao início da rica e longa história da Méguin. Foi nesse ano que Gustav Méguin fundou a sua empresa. Começou por produzir ceras para cascos de cavalos, óleos de linhaça e lubrificantes para vagões, com um grande sucesso. Ao longo dos anos e durante as grandes guerras mundiais, o papel da Méguin foi fundamental na produção de óleos minerais e lubrificantes para a reconstrução da indústria na Alemanha. Esta compreensão profunda das necessidades dos clientes continua a ser um dos pilares do sucesso da empresa. A colaboração com os muitos distribuidores em todo o mundo ajudou a que a extensa gama de produtos premium da Méguin, bem como a qualidade alemã, dessem nas vistas nos vários setores, entre grandes, médias e pequenas empresas. O investimento no conhecimento tem uma importância fundamental e revela, igualmente, a orientação da Méguin para o futuro. “Descobrir novos produtos exige pesquisa intensiva, a qual, por seu lado, requer a mais moderna tecnologia de laboratório e de produção”, sublinha o proprietário da empresa. Em Portugal, a Méguin conta com equipa comercial, técnica e de marketing, além de armazém próprio na zona de Lisboa. A marca é distribuída no nosso mercado pela Autozitânia.

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Méguin deu formação aos clientes Rugempeças e M.C.D. Garcia As Rugempeças e M.C.D. Garcia juntaram alguns dos seus clientes oficinais para uma formação Méguin, que decorreu nas instalações da Autozitânia, em Odivelas. Os cerca de 20 profissionais receberam toda a informação sobre as mais recentes novidades e especificações dos lubrificantes da marca, mas, também, as oportunidades que existem na utilização de aditivos para manutenção e prevenção. A evolução dos óleos é constante e isso faz com que a atualização de conhecimentos seja, também, uma necessidade constante, algo a que a Méguin está sempre muito atenta. A gama da Méguin é muito completa e “mesmo nos aditivos, noto muita diferença nos nossos clientes. Temos feito esse esforço de explicar e de sugerir e, agora, temos o retorno desse trabalho, porque temos cada vez mais clientes a usar aditivos e a dizer-nos que notam a diferença no carro”, explica Joana Angelino, gerente da M.C.D. Garcia e Rugempeças. A Méguin está presente de forma direta em Portugal, com equipa técnica, comercial e de marketing, que, em parceria com a Autozitânia, promove formação a todos os “Méguin Partners” e aos seus respetivos clientes. O armazém na zona de Lisboa dá, também, resposta rápida e flexível aos clientes.

Tecniverca inaugurou filial no Porto Com a inauguração de uma filial no Porto, a Tecniverca expande o negócio na zona norte do país e aumenta a proximidade aos clientes. Localizada na zona industrial do Porto, perto dos principais concessionários de automóveis (Rua Eng.° Ferreira Dias, n.º 444, Armazém 4), a nova filial dispõe de 2.000 m2 de área, que incluem um showroom, receção, armazém e serviços técnicos. “Sendo o mercado do Porto muito forte para a Tecniverca, sentimos necessidade de estar mais perto dos clientes. Hoje, as entregas são feitas no próprio dia e só estando presente com instalações próprias conseguimos ter o stock e o atendimento necessários para satisfazer os pedidos dos clientes”, diz Alexandre Corricas, gerente da Tecniverca. Para oferecer o mesmo nível de serviço que tem nas zonas centro e sul, a empresa contratou dois técnicos para a filial do Porto. Agora, todas as reparações e operações de manutenção são realizadas por técnicos próprios, que garantem um serviço mais rápido e eficiente. No amplo showroom, os clientes podem ver e experimentar os equipamentos e ferramentas, assim como conhecer novos produtos.

Samiparts marcou presença no “Leiria Sobre Rodas” A empresa de distribuição de peças Samiparts marcou presença com um stand no evento “Leiria Sobre Rodas”, realizado no Estádio Municipal de Leiria, entre os dias 21 e 24 de setembro. Foi a única representada no certame ao nível das peças auto, tendo apresentado diversas novidades das marcas de comercializa, nomeadamente Restagraf, eni, Blue Print, SWAG, SKF, Ate e TRW, entre outras. O “Leiria Sobre Rodas” é um dos maiores eventos nacionais de exposição de veículos clássicos – automóveis, motos e bicicletas – com áreas dedicadas ao espetáculo e desporto automóvel, motorshow, conferências e um espaço comercial com mais de 7.000 m2. O evento contou com a visita de mais de 30.000 mil pessoas oriundas das mais diversas proveniências de Portugal e Europa, sendo um ponto de encontro entre colecionadores de veículos clássicos, amantes do desporto automóvel e empresas de distribuição de peças. O tema central deste ano foi os “50 anos do Rally de Portugal”.

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LIQUI MOLY informa que não basta substituir a bomba de água A LIQUI MOLY alerta para a necessidade de limpar todo o circuito de refrigeração antes de substituir a bomba de água, pois a sujidade e as impurezas que se acumulam no sistema de refrigeração têm efeitos graves, como a falha da bomba de água. Além disso, as partículas atacam a vedação do eixo rotativo. A substituição da bomba de água não elimina a causa do problema e a sujidade do liquido de refrigeração vai, também, desgastar a nova bomba, que terá uma vida útil muito inferior ao normal. Por isso, é que é tão importante limpar o sistema de refrigeração a cada trabalho realizado no radiador. E isso é muito simples e barato com o produto Kühler Reiniger da LIQUI MOLY. E é, especialmente, barato, porque garante um trabalho profissional, sem riscos, com satisfação total do cliente e sem problemas de garantias. Basta adicionar o Kühler Reiniger à água de refrigeração, com o radiador ligado e o motor a trabalhar. As substâncias ativas soltam, então, os depósitos, a lama e a sujidade que, após 10 a 30 minutos, são eliminados em conjunto com a água de refrigeração usada, sendo o sistema enxaguado com água. O sistema fica, então, limpo, podendo atingir o seu desempenho máximo. Além disso, a vida útil da bomba de água aumenta e evitam-se problemas no sistema de refrigeração. O Kühler Reiniger limpa o circuito de refrigeração e deve ser usado como manutenção, especialmente em cada mudança de bomba de água. Caso contrário, uma bomba de água que poderia durar 50 mil km pode durar apenas 15 mil km ou mesmo ter um problema pouco tempo depois de ser montada. Associado à falta de limpeza do circuito e a um mau anticongelante, pode criar-se um problema imediato na bomba de água e o retalhista que vende a peça tem um problema com a garantia que não é atendida pelo fabricante. É, por isso, que a LIQUI MOLY recomenda que este aditivo seja vendido como pack com cada bomba de água.

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NGK abriu novo centro de distribuição para OEM e aftermarket A NGK Spark Plug Europe aumentou, significativamente, as suas capacidades logísticas com a deslocalização para um novo centro de distribuição em Duisburgo, na Alemanha. A partir de agora, vai passar a fornecer produtos tanto de OEM como de aftermarket para 44 países. As entregas de produtos NGK passam a ser mais rápidas e mais eficientes, principalmente os envios de grande volume. Há ainda espaço suficiente para crescer: 22 linhas de paletes, 21.000 m2 de área de armazenamento e 44.000 lugares para guardar artigos, são mais do que suficientes para armazenar todos os grupos de produtos e garantir a disponibilidade ótima dos mesmos. Mais de 1.000 colaboradores mantêm a funcionar o novo centro de distribuição regional. Os processos automatizados e o potente software de gestão de armazéns garantem que cada pedido seja preparado e enviado no mesmo dia. Este investimento mantém a NGK na senda do êxito e com um futuro promissor.

Krautli Portugal tem nova marca no seu portefólio A Krautli Portugal celebrou um acordo com a marca Schumacher para a distribuição dos seus boosters/arrancadores de baterias. A Schumacher foi fundada em 1947 nos EUA e é marca líder em produtos relacionados com a bateria, como boosters, carregadores e transformadores. Detém uma quota de mercado superior a 85% nos EUA, com um volume de negócio anual de 200 milhões de dólares. Em 2015, a marca implementou-se no mercado europeu através da aquisição da empresa belga Ceteor, tendo alterado o nome desta para Schumacher Europe SPRL. Além de dois modelos de boosters convencionais (com baterias internas AGM) 12V e 12/24V, a Krautli Portugal aposta, igualmente, na distribuição de dois modelos de boosters ultracondensadores (sem bateria interna) 12V. Estão sempre operacionais, mesmo após vários anos sem utilização, e não perdem a sua potência, mesmo em condições climatéricas extremas. Apenas é necessário conectar os cabos do booster aos bornes da bateria, ligar o equipamento e, assim que o sinal verde (14V) acender, o veículo pode ser iniciado.

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NOTÍCIAS Empresas

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SantarémMOTOR reforçou equipa comercial Fundada em 2005, a SantarémMOTOR continua a aumentar a sua equipa comercial para poder acompanhar o contínuo crescimento de vendas. Sendo o core business da empresa os motores usados e caixas de velocidade recondicionadas e reconstruídas, trabalha, diariamente, com o objetivo de dar resposta na hora aos seus clientes, não descurando o profissionalismo e o rigor subjacente a este ramo.

MGM é reparador autorizado Lavorwash e tem estatuto de PME Líder 2017 A Manuel Guedes Martins, empresa especialista na comercialização de equipamentos e assistência técnica, foi nomeada reparador autorizado da marca Lavorwash e foi distinguida, pela primeira vez, com o estatuto de PME Líder. A marca italiana Lavorwash distinguiu a empresa MGM como reparador autorizado em Portugal para prestar assistência técnica a todas as máquinas de lavagem de alta pressão. A Manuel Guedes Martins dispõe, também, de acessórios para todas as máquinas Lavorwash. Por último, mas não menos importante: a MGM foi distinguida com o estatuto de PME Líder 2017, o que acontece, pela primeira vez, na sua história.

Auto Silva Acessórios realizou ação de formação em travões No mês de outubro, a Auto Silva Acessórios realizou uma formação relacionada com produtos de travagem da Federal-Mogul, com maior incidência sobre as pastilhas de travão das marcas Ferodo e Necto. Esta ação, orientada para mecânicos e colaboradores indicados pelos clientes da Auto Silva Acessórios, realizou-se no Porto, no Hotel HF Ipanema Park. Liderada pelo técnico espanhol da Federal-Mogul Pere Banús, esta formação técnico-comercial teve como objetivo abordar as melhores práticas relacionadas com a montagem dos artigos de travagem.

ZF atingiu marca dos 100 milhões de travões elétricos A ZF atingiu um marco histórico, a nível mundial, com a produção do travão de estacionamento elétrico número 100 milhões. É a primeira companhia do mundo a atingir tal cifra. O grupo tem a tradição de se manter na vanguarda desta tecnologia: há mais de 15 anos colocou no mercado como inovação a pinça do travão, que complementa um atuador elétrico (sistema “Motor-on-Caliper”). Assim, o EPB é considerado um exemplo muito precoce dos sistemas mecânicos inteligentes, com os quais a ZF está a moldar o automóvel do futuro. A marca disponibiliza inúmeras variantes de travões de estacionamento elétricos: além do EPB, está disponível um travão de estacionamento elétrico integrado (EPBi). Aliado ao controlo de estabilidade eletrónico, este não necessita de um módulo de comando independente. Adicionalmente, existe uma versão de EPB para o eixo dianteiro, o que torna esta tecnologia acessível também para veículos mais pequenos.

PCC patrocinou Auto Clássico no Porto A PCC (Pinto da Costa & Costa), especialista em equipamentos oficinais, patrocinou, uma vez mais, o evento Auto Clássico Porto/MOTORSHOW, que se realizou entre os dias 5 a 8 de outubro, na Exponor. O Guia Oficial do evento contou com uma contracapa dedicada à empresa de Vila Nova de Famalicão.

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NOTÍCIAS Empresas

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Schaeffler realizou “Technical Day” na Turbo Peças No dia 9 de outubro, teve lugar, nas instalações da Turbo Peças, na Maia, mais uma jornada técnica da Schaeffler, onde foi dado a conhecer o INA FEAD KIT. O programa arrancou no mês passado de setembro. O Grupo Schaeffler, detentor das marcas INA, Luk, Fag e Ruville, está a levar a cabo diversas ações de promoção e esclarecimento do novo INA FEAD KIT nas instalações dos seus parceiros de negócio. Paulo Pinto, técnico comercial da Schaeffler para Portugal, encarregue da região norte do país, deu a conhecer as vantagens do kit de distribuição auxiliar da INA, que integra um rolamento tensor, um rolamento guia, uma correia de nervos trapezoidais e um diagrama do percurso da correia específico do veículo. Além de ser economicamente mais vantajoso (a aquisição individual das peças tem um custo superior ao do kit), a substituição dos diversos componentes assegura o correto funcionamento e a elevada durabilidade do sistema de distribuição auxiliar, que é, muitas vezes, menosprezado, sendo, no entanto, tão ou mais importante do que o sistema de distribuição “principal”. Em opção, dependendo do tipo de veículo, a Schaeffler disponibiliza, também, a polia do alternador (OAP), o amortecedor de vibrações de torção, a bomba de água e diversos acessórios, como, por exemplo, parafusos. A Turbo Peças, gerida por Fátima Barbosa e Fernando Guimarães, já tem o INA FEAD KIT disponível para os clientes. Contudo, visto tratar-se de um produto novo no mercado, importa, primeiro, dá-lo a conhecer. Foi precisamente o que fez a Schaeffler ao realizar este “Technical Day”.

LIQUI MOLY lançou calendário erótico para 2018 A LIQUI MOLY publicou o seu calendário erótico para 2018, com fotos tiradas na oficina da conhecida empresa de tuning Hamann, que garantiu que as modelos dividissem o palco com automóveis únicos. O fabricante de óleos e a empresa de tuning colaboram estreitamente há vários anos. Na verdade, as instalações das duas empresas distam cerca de 30 minutos de carro uma da outra. As fotografias para o calendário realizaram-se no verão e foi necessária uma semana para obter o resultado final: um calendário particularmente “comprido”, que já começa em dezembro e, por isso, inclui 13 meses. Além do calendário erótico propriamente dito, a LIQUI MOLY publicou uma versão mais suave, com menos nudez. A particularidade desta versão é que apresenta os mesmos motivos do calendário erótico, apenas com mais vestuário. Para quem acha que a beleza feminina desvia a atenção dos automóveis, a empresa publicou, também, um calendário totalmente dedicado ao automobilismo, que mostra o desporto motorizado em todas as suas facetas, das duas às quatro rodas, passando pela água. O calendário erótico é um presente exclusivo para parceiros comerciais da LIQUI MOLY, sendo, também, possível aos particulares adquirirem um exemplar. Alguns calendários serão colocados à venda e podem ser encomendados na Teamshop: http://www.liqui-moly-teamshop.de/.

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NOTÍCIAS Repintura

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Permafleet Industry da Spies Hecker reforça negócio das oficinas

Zaphiro lança promoção de secadores infravermelhos para pintura Dentro da sua aposta estratégica por se aproximar da última tecnologia em equipamento às oficinas de várias dimensões, a empresa de produtos non painting para a repintura automóvel Zaphiro, acaba de lançar uma campanha promocional de sistemas de secagem por infravermelhos da marca IRT. Através desta promoção, que estará em vigor até ao próximo dia 15 de dezembro de 2017 ou até esgotar o produto, vão ser aplicados grandes descontos nos produtos da marca sueca, mas também poderá aceder-se a vantajosas opções e financiamento especialmente adaptadas às necessidades de cada oficina, incluindo o pagamento de quotas mensais. Os sistemas de secagem por infravermelhos da IRT integram a mais avançada tecnologia do fabricante Hedson Technologies, o que se traduz numa maior produtividade e eficiência para a oficina. O seu amplo catálogo permite dispor do modelo mais adequado para cada necessidade, independentemente do tamanho da oficina ou da sua carga de trabalho. Assim, o portfolio da marca sueca comercializado pela Zaphiro oferece desde equipamentos manuais mais pequenos IRT PrepCure 1 e 2 (para zonas mais pequenas), os IRT PrepCure 3 e 4 (para zonas de preparação com pouco espaço de manobra), até equipamentos maiores das séries PcD e Pc Auto. Estes últimos, para além de curarem superfícies maiores, podem empregar processos automatizados mediante diferentes programas pré-definidos que se adaptam a cada aplicação. Como distribuidor de 100% dos produtos Hedson Technologies em Espanha e Portugal, a Zaphiro comercializa a gama completa de equipamentos infravermelhos da IRT.

A Spies Hecker proporciona às oficinas que pretendam expandir os seus negócios um sistema de pintura flexível e fácil de utilizar, que abrange uma vasta gama de aplicações. Desde estruturas de máquinas até cercas de jardins, o sistema de mistura de tintas Permafleet Industry pode ser usado para pintar uma variedade de substratos. Oferece uma enorme gama de cores diferentes, efeitos texturados e níveis de brilho. Apesar das muitas combinações possíveis, este sistema é compacto e fácil de utilizar, proporcionando às oficinas os meios para responderem aos requisitos de cor, aparência e durabilidade dos clientes industriais. O sistema baseia-se nas 24 bases de mistura Permafleet para a gama de veículos comerciais. Para as necessidades em indústrias ligeiras, inclui 11 qualidades diferentes de acabamento para aplicações que têm de resistir a um nível elevado de tensões químicas ou mecânicas, bem como a condições meteorológicas extremas, incluindo elevada radiação de raios UV.

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Glasurit tem nova ferramenta Color Line A Glasurit oferece agora aos fabricantes de automóveis o conceito “grey shade”. A pintura na tonalidade cinza correspondente garante, não só, a uma maior precisão de cor no acabamento como permite, também, que durante a pulverização haja uma poupança de tempo e de material, uma vez que são necessárias menos demãos. Algumas cores exigem uma tonalidade cinza na primeira etapa de aplicação por forma a obter maior precisão da cor. Nesses casos, a fórmula de mistura para a sombra cinza é exibida, automaticamente, nas informações de cores da ferramenta Color Online da Glasurit. No entanto, para algumas cores, não existe um tom cinza obrigatório. Ao utilizar o tom cinza correspondente, as oficinas podem otimizar os seus processos e trabalhar de forma mais eficiente e económica.

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O FI C IN A D O M Ê S PAT R O C IN A DA P O R

OFICINA DO MÊS

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Negócio a todo o gás... › Situada em Sintra, a AutoEcologia é uma oficina especializada em GPL, sistemas de ar condicionado e tetos de abrir. O negócio corre a todo gás e o futuro elétrico não apanhará os responsáveis desatentos Por: Jorge Flores

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á nomes que não enganam. E a oficina AutoEcologia revela aquilo que propõe aos seus clientes logo no cartão de visita. A história desta empresa, nascida em 1996, confunde-se com a própria legalização do GPL em Portugal. Ou não tenha sido fundada no mesmo ano em que o Governo português, pela primeira vez, aprovou um diploma que tornasse legal esta forma de locomoção. Uma jogada de visão de António Barata e do seu filho, Ricardo Barata, responsáveis da AutoEcologia, que anteciparam o boom que o GPL viria a ter, no nosso país, nos anos seguintes a esta “luz verde”. Mais tarde, por volta de 2005/2006, esta “euforia” acalmou. Mas o negócio estava montado. E a filosofia da oficina manteve-se firme, desde a sua fundação. A empresa, refira-se, começou por funcionar, inicialmente, no Alto da Bela Vista, no Cacém, passando, numa segunda

fase, para Albarraque, para, já em janeiro deste ano, mudar-se, por fim, para umas instalações de 300 m2, em Sintra, para ganhar espaço. n  CLIENTES FIÉIS A AutoEcologia mantém uma estrutura leve. Além de António Barata e de Ricardo Barata, conta apenas com Elisabete Ferreira, no departamento de contabilidade. E o negócio tem corrido bem. A todo o gás, pode dizer-se. Justamente graças ao GPL, que continua a ser o core business da oficina. Tem perto de 2.000 clientes em carteira, entre particulares e empresas. E Ricardo Barata orgulha-se da “organização e da fidelização dos clientes. Uma preferência que não será por mero acaso. “Os mecânicos comuns não sabem trabalhar o GPL. Nem podem”, garante Ricardo Barata. Ou seja, os clientes que têm veículos GPL sabem que, na AutoEcologia, encontram

uma mão de obra especializada na área. Mas não só. “As pessoas chegam aqui e gostam da nossa organização e da forma como trabalhamos”, sublinha a mesma fonte. Além disso, a oficina é procurada, em larga escala, para reparação de sistemas de ar condicionado e de tetos de abrir. A mecânica geral e os serviços rápidos são uma novidade relativamente recente na empresa. “Já que os clientes entram nesta casa, decidimos assegurar esses trabalhos também”, conta o responsável da oficina. n  FUTURO HÍBRIDO Ricardo Barata acredita que o GPL terá uma (ou mesmo muitas) palavras a dizer no futuro da indústria automóvel. Motivo pelo qual olha com otimismo para o horizonte. Contudo, não deixa de acautelar outras realidades paralelas. Por outras palavras, está devidamente preparado, até

porque tem formação para tal, para uma crescente afluência de veículos elétricos e híbridos à oficina. Não há volta a dar. Tudo aponta para isso. A AutoEcologia, de resto, há quase duas décadas que se prepara para a viragem ambiental do mercado automóvel. O seu nome é disso um pequeno exemplo.

AutoEcologia Gerentes António Barata e Ricardo Barata  |  Morada Rua Thilo Krassman, n.° 39A, Armazém 4, 2710 - 089 Sintra  |  Telefone 933 285 767 Email autoecologia.autogas@hotmail.com  |  Site www.autoecologia.pt Novembro I 2017

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EMPRESA Juno Racing Cars

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Nuno Magalhães, CEO da Juno Racing Cars, estudou Motorsport Engineering em Inglaterra, tendo como professor Ewan Baldry, antigo engenheiro da Williams F1, na disciplina de aerodinâmica

Da Maia para o mundo › Situada na Maia, a Juno Racing Cars fabrica sport-protótipos para todo o mundo, exportando 100% do que produz. Nuno Magalhães, responsável da empresa que começou, há três anos, como uma start-up, quer apostar no mercado norte-americano já em 2018 Por: Jorge Flores

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riada em 1999 por Ewan Baldry, antigo engenheiro da Williams F1, em Inglaterra, a Juno Racing Cars depressa fez o seu caminho nas pistas. O primeiro modelo, Juno SS1, desenvolvido durante os seus tempos livres, entrou no campeonato inglês e foi campeão, logo no ano da sua estreia. Os recursos eram baixos. Tratava-se de uma equipa de uma só pessoa. Mas triunfava muito. O segundo modelo, o Juno SS2, imitou a primeira geração e obteve o primeiro lugar no campeonato inglês, também na sua estreia. Uma vitória que não apenas abriu as portas para a produção do SS3, como colocou os holofotes do mundo desportivo a incidirem sobre a Juno Racing Cars. Ewan Baldry passou a dedicar-se, em exclusivo, à empresa. E com resultados Novembro I 2017

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otimistas. Ou não tenha o SS3 conquistado o campeonato da Europa, sendo, ainda hoje, o modelo da Juno que mais se vendeu e que mais tempo permaneceu em produção. Foi nesta fase que Nuno Magalhães, atualmente com 32 anos, responsável pela fábrica Juno Racing Cars, começou a sua relação com a marca. Hoje, lidera uma equipa de nove pessoas, que produzem os sport-protótipos da Juno para o mercado global. Da Maia para o resto do mundo. Uma fábrica que exporta 100% da sua produção. n DE AGENTE A PRODUTOR Mas vamos por partes. Recuemos aos primeiros contactos deste jovem empreendedor com a Juno Racing Cars.

“Estava a estudar Motorsport Engineering, em Inglaterra, e Ewan Baldry era o meu professor de aerodinâmica”, conta Nuno Magalhães ao Jornal das Oficinas. Tudo começou nesta relação. “Comecei a limpar jantes e a fazer os trabalhos que ninguém queria na Juno. As coisas foram evoluindo. Acabei por dar apoio aos engenheiros de pista e, anos mais tarde, eu e outro rapaz começámos a fazer a engenharia de pista, o set up, no campeonato da Europa”, recorda. Foram cinco anos de grande aprendizagem. Quando voltou a Portugal, depois de concluído o curso, tratou de abrir, inicialmente, uma representação da Juno Racing Cars no nosso país. Decorria o ano de 2007. E ousadia não lhe faltava. “Correu muito bem. Na altura, ganhámos muitos campeonatos, entre

2007 e 2012. O piloto da nossa equipa era o Pedro Salvador”, revela. Em 2014, nova mudança no rumo dos acontecimentos. A poderosa Ginetta Cars pretendia entrar no mercado dos LPM2 e 3, mas como não dispunha de know-how, recorreu à experiência de Ewan Baldry. Acabou por comprar a própria Juno Racing Cars. Não ficaria por aqui. Um ano depois, durante a apresentação do LPM3 da Ginetta Cars, “que, no fundo, era um Juno”, Nuno Magalhães não resistiu a colocar uma pertinente questão. “Vendemos Ginetta ou Juno? Decidiram que não queriam fazer nada com a Juno. E perguntaram se eu estava aberto a comprar a Juno, enquanto empresa, e progredir com esse ramo de negócio. Eles continuariam a fazer os LMP 3 e 2 e 1”, sublinha.

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O acordo foi celebrado ainda em 2015. E Nuno Magalhães ficou com a Juno Racing Cars, transferindo tudo para Portugal. Alugou umas instalações com 600 m2, tratou de dar-lhe uma imagem condizente com o produtor a nível mundial que passara a ser e deu o tiro de partida para as linhas de produção. “Sempre quisera trabalhar em algo relacionado com automóveis, mas nunca pensei que teria uma fábrica de sport-protótipos para todo o mundo”, confessa Nuno Magalhães. Em todo o planeta, qualquer modelo Juno que exista, foi concebido na Maia.

fundo, permitiu a construção da fábrica. E, agora, estamos com o projeto de internacionalização, que ajuda ao nível de feiras, da comunicação com o exterior e da criação do site”, revela. Durante muitos anos, a Juno Racing Cars “não teve um comercial a bater o terreno”. As vendas que faziam eram apenas provenientes dos contactos internos e do nome que criaram nas competições. Nuno Magalhães

um ano de trabalho”, adianta. De acordo com o plano de investimentos previsto no Programa 2020, a produção deverá aumentar até aos 45 modelos por ano. “Não queríamos pensar em mais de 45 carros por ano. Por uma razão muito simples: quando se cresce demasiado, começam a fazer-se asneiras. Neste tipo de modelos, muito precisos, é grave. Requerem sempre homologações da FIA. Num carro normal, um erro de produção implica um recall. No nosso caso, a FIA corta-nos a nossa homologação e acabou-se. Não há segundas hipóteses. Durante cinco anos, não faríamos carros”. O aumento da produção implicará a contratação de mais colaboradores. “Está previsto sermos 12 pessoas até final deste ano. Faz parte do Projeto 2020 e precisamos. Na parte da montagem e da fábrica. Quem pede uma peça, pede 10, mas quem monta uma peça, não monta 10”. Outro dos desafios futuros da Juno Racing Cars é bastante ambicioso. Queremos que qualquer cliente Juno, esteja onde estiver no mundo, seja qual for a peça que pretenda, a receba numa semana. Estamos a trabalhar para isso. Não vai ser fácil, mas é a nossa ideia”, revela. Mas não só.

pretende ir mais longe. “Este ano, investimos muito nesta vertente”. Prova disso mesmo é que, na primeira feira em que estiveram presentes, em janeiro último, na Birmingham Motorsport, ganharam o prémio de melhor stand. O objetivo para o próximo ano é crescer. E conquistar os EUA. Um mercado gigante. “Quando o produto é bom e eles gostam, os números são muito grandes”, conta. Por outras palavras, se uma equipa norte-americana “comprar” a Juno Racing Cars e pretender renovar a frota da equipa, tal poderá significar uma encomenda de 25 modelos. Ora, “a nossa produção máxima, num ano, é de 30 unidades. Representaria

Queremos fazer 15 unidades de um carro de estrada, em 2020. Uma versão explosiva. Um modelo em que os componentes internos são de um carro destes, mas em que o exterior é diferente”, acrescenta. Enquanto isso, Nuno Magalhães e a sua equipa preparam o sport-protótipo da quinta geração, um modelo 100% concebido em carbono e que responderá pelo nome de Cronos, deus do tempo. “Queremos baixar o tempo no cronómetro”, brinca. A ideia é manter a tradição de associar um nome mitológico, além da designação técnica, aos modelos. Basta recordar que “Juno” significa, neste contexto, a rainha dos deuses. ✱

n PEÇAS EXCLUSIVAS A produção e a montagem são da inteira responsabilidade da Juno Racing

Cars. “Procuramos o máximo de coisas para produzir aqui. Claro que algumas peças, como os travões, nunca vamos conseguir. Compramos fora. Fazemos peças exclusivas nossas. Fabricação, de chapa ou alumínio, peças maquinadas, fibras”, explica. “Só trabalhamos com alumínio 70-75. Podemos trabalhar com ligas mais baixas, mas, assim, temos garantia. Os nossos carros foram desenvolvidos para o mercado de endurance, fazem 12 horas. E têm um grande desgaste, temperaturas muito fortes. Negativas ou de 40° C. Tentamos que todos os componentes sejam de qualidade”, adianta. “Só os componentes concebidos por nós são feitos em Portugal. Os restantes conseguimos sempre melhores preços lá fora. Compramos diretamente às fábricas. Com as vantagens e desvantagens inerentes. Em alguns casos, temos de encomendar 30 jantes OZ, quando vamos comprar apenas quatro”, afirma o responsável. Numa altura em que pretende aumentar o ritmo de produção, o responsável explicou ao nosso jornal a diversidade de preços dos modelos que concebe. “Um Fórmula Ford, que é o nosso modelo mais baixo, começa nos €32.000. Depois, temos um F1000, que é um bocadinho mais evoluído, por €55.000. A seguir, passamos para as Barchettas, versão Track Day, que começam nos €70.000 e vão até aos €162.000. Como clientes, a empresa conta com equipas e pilotos privados, bem como com algumas figuras de renome. “Forne-

cemos alguns carros para o Circuito de Silverstone, para eles fazerem experiências e cursos de formação”, diz. Contudo, nem só de protótipos vive o negócio da Juno Racing Cars. A venda de peças é, hoje em dia, uma parte significativa do negócio. “No ano passado, só de peças, superámos os €300.000. Até porque as margens de lucro são muito diferentes das que temos em carros – que são muito mais baixas”, explica o nosso interlocutor. As maiores dificuldades do negócio? “Honestamente? São sempre com fornecedores. Quando se falou em mudarmos a produção para Portugal, lembro-me perfeitamente de que um dos pontos da análise swot, foi a de arranjar fornecedores que cumprissem com prazos. Mas sempre achei que fosse uma coisa que estava a escrever no business plan e que, depois, não seria assim. Mas não. Em Portugal, somos mesmo assim. E é uma cadeia. Se alguém falhar connosco, nós vamos falhar com alguém. Tudo o que mandamos vir da Holanda, Alemanha e Dinamarca, recebemos no dia anterior. Até é estranho. Damos oito dias e ao sétimo dia as peças estão cá. Não é preciso ligar para saber se chegam a tempo. Claro que também está logo cá a fatura. Em Portugal, não interessa com quem se trabalha, é raríssimo ter alguma coisa a tempo e horas. Os melhores fornecedores são aqueles que entregam na mesma semana que prometeram. E já não é mau. Neste momento, precisamos de algumas peças para o protótipo. Estamos há três meses à espera, já depois do prazo. É irreal. Não se consegue trabalhar assim”, lamenta. n PROJETO 2020 O investimento realizado, há três anos, foi por conta própria. Mas Nuno Magalhães teve apoio na implementação da empresa em Portugal, através do Programa 2020. “Conseguimos a aprovação de dois projetos. O primeiro, foi em empreendedorismo qualificado, que, no

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Juno Racing Cars CEO  Nuno Magalhães  |  Morada  Rua Albino José Domingues, 75, 4470 - 034 Maia Telefone  220 967 810  |  Email info@junoracingcars.com  |  Site www.junoracingcars.com www.jornaldasoficinas.com

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EMPRESA EUROPART Portugal

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Universo em expansão

› O “braço português” do grupo líder na Europa em peças de substituição para veículos pesados está a expandir o seu universo. Com a abertura, em Évora, no passado dia 18 de setembro, da sua quinta loja, a EUROPART Portugal perspetiva um crescimento de 7% em 2018 Por: Bruno Castanheira

Heitor Santos lidera os destinos da filial portuguesa do Grupo EUROPART. A empresa está de boa saúde e recomenda-se

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oi graças à credibilidade da EUROPART Portugal que a casa-mãe deu todas as condições para que a abertura de uma quinta filial no nosso país se tornasse realidade. O Jornal das Oficinas sabe que o projeto, que previa a inauguração da loja em novembro, foi apresentado em março deste ano e que a Alemanha quis antecipar em dois meses a abertura do novo espaço. O que diz muito acerca da importância do “braço português” da EUROPART. A revelação foi feita por Heitor Santos, administrador da filial portuguesa do grupo líder na Europa em peças de substituição para veículos pesados. Com a abertura, em Évora, no passado dia 18 de setembro, da sua quinta loja, a EUROPART Portugal perspetiva um crescimento de 7% em 2018. De acordo com o administrador, “desde 2010, ano em que inaugurámos a loja de Leiria, que

não abríamos nenhum espaço físico. Daí esta abertura ganhar ainda maior relevância. Depois de ponderarmos, decidimos expandir-nos para o interior do país”. Com o eixo Lisboa-Porto bem servido através das suas quatro lojas, o quinto espaço do Grupo EUROPART em território nacional permitir-lhe-á servir melhor os clientes da região e conquistar cerca de 200 novos. Porquê em Évora? “Além de ser uma capital de distrito, sendo muito fáceis as ligações a Sines, a Espanha e ao Algarve, não há, para nossa surpresa, nenhuma empresa concorrente a vender peças para pesados. Por isso, agora, os profissionais das oficinas que necessitem, por exemplo, de um filtro, já não precisam de se deslocar dezenas de quilómetros para adquiri-lo. Viemos colmatar um vazio em termos de oferta na região, onde já chegávamos desde abril de 2016 através

de um colaborador a partir da nossa sede, no Carregado”, explica Heitor Santos. n ESPAÇO PARA CRESCER Com um espaço de 250 m2 e uma equipa de dois colaboradores (a breve trecho, existe intenção de contratar uma terceira pessoa, facto que permitirá à loja funcionar, também, aos sábados de manhã e não apenas durante a semana), o novo espaço eborense dispõe de cerca de 2.500 referências em stock na fase de arranque e conta com uma viatura para entregas urgentes. Contudo, esta loja, como, aliás, as 300 que o grupo tem nos 28 países da Europa, está ligada ao armazém central de Werl, na Alemanha, onde existem 400.000 referências disponíveis. Em Portugal, existem entre 12.000 a 14.000 artigos de maior rotação anual. Novas localizações? “Ainda temos espaço

para abrir, pelo menos, mais uma ou duas lojas em Portugal até 2020. Gostaria de ver uma rede de lojas bem adaptada à boa rede de estradas que temos e, também, a uma cobertura racional do nosso país”, dá conta Heitor Santos. O facto de a nova loja estar situada mesmo ao lado do centro de avaliação dos condutores de veículos pesados, é outra das mais-valias. Com cerca de 2.500 clientes ativos, a EUROPART Portugal abriu, em 2013, a “divisão de autocarros”. O que lhe permitiu estar presente no setor do transporte de passageiros. Por último, mas não menos importante, a gama própria EUROPART, que reúne 27% das vendas da filial portuguesa, tendo tendência para aumentar. “Este é um dos principais fatores que nos distingue da concorrência. No final de 2017, deverão ser 7.500 as referências em catálogo da nossa marca própria”, conclui. ✱

EUROPART Portugal Administrador  Heitor Santos  |  Morada  Qta. da Ferraguda, Carambancha, Lote 8, Apartado 40, 2580 – 653 Carregado Telefone  263 860 100  |  Site www.europart.net Novembro I 2017

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EMPRESA Viapesados

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Veja o vídeo em www.jornaldasoficinas.com

Hoje, são nada menos do que 12 os colaboradores da Viapesados, que começou a sua atividade em janeiro de 2005, em Darque

Política de proximidade › Localizada em Neiva, Viana do Castelo, a Viapesados tem tudo para camiões, reboques e autocarros. Desde o parafuso até ao motor completo. A política de proximidade é uma das mais-valias da empresa liderada por Albino Assembleia e Ricardo Carvalho. O Jornal das Oficinas foi visitá-la Por: Bruno Castanheira

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história da Viapesados começou a escrever-se em janeiro de 2005, quando Albino Assembleia e Ricardo Carvalho, que haviam trabalhado juntos numa empresa de pesados, abriram, em Darque, Viana do Castelo, um pequeno espaço no rés-do-chão de um prédio. O objetivo era desenvolver o negócio de peças para pesados na região do Minho, onde praticamente não existia oferta. As coisas corriam de vento em popa. Até que, no final de 2012, mudaram-se para Neiva, onde se encontram hoje. Espaço que, apesar de ter sido ampliado no ano passado, já é pequeno. Com uma equipa composta por 12 pessoas, a Viapesados comercializa todo tipo de peças para camiões, reboques e autocarros. Desde o parafuso até ao motor completo. Garantindo um serviço especia-

lizado na identificação do material. Chega ao país inteiro (continente e ilhas), dispõe de cerca de 1.200 clientes ativos (dos mais de 1.800 que existem em base de dados) e trabalha com perto de 8.000 referências. Num raio de 100 km, as quatro viaturas que compõem a sua frota encarregam-se de fazer as entregas, muitas vezes em regime bi-diário. Fora de Portugal, a Viapesados é procurada por clientes de Angola, Moçambique e Cabo Verde. n  ESPECIALISTAS NA IDENTIFICAÇÃO Em 2016, além de ter aumentado as instalações, a empresa vianense criou um call center, onde três pessoas se dedicam à identificação de peças, recebendo centenas de chamadas e emails por dia. Loja online? “Não temos nem estamos a planear ter. Não acrescenta nada ao nosso

negócio, devido à dificuldade que, por vezes, se verifica com a identificação da peça”, refere Ricardo Carvalho. “O nosso trabalho é de terreno. Vamos ao cliente ajudar a identificar a peça. Gostamos de chegar ao cliente, de entrar na oficina e de ajudar o mecânico”, acrescenta Albino Assembleia. A política de proximidade é, por isso, uma das mais-valias da empresa minhota. É aqui que a Viapesados faz a diferença. Revelando que não procuram “clientes muito grandes”, embora os tenham, Ricardo Carvalho dá conta ao nosso jornal que “não é esse o objetivo”. Albino Assembleia reforça esta ideia, afirmando que “o cliente pequeno é aquele com quem temos maior proximidade. Trabalhamos com patrões e mecânicos, que sabem aquilo que pedem. Dá-nos mais prazer trabalhar com as pessoas que estão

no terreno. Até porque, por vezes, detetamos algumas falhas dos fabricantes”. Este ano, mais concretamente em setembro, a Viapesados passou a disponibilizar aos clientes lubrificantes da marca Fuchs. Albino Assembleia explica porquê: “Faltava-nos uma gama à nossa oferta. O cliente pedia-nos o lubrificante para as peças que adquiria e não tínhamos. Agora, graças à parceria com a Fuchs, uma marca de topo que conhecemos bem, suprimimos essa necessidade”. E quanto ao futuro? Albino Assembleia e Ricardo Carvalho respondem quase em uníssono: “Aumentar as instalações e continuar a apostar na política de proximidade com o cliente”. Outras marcas? “Estamos a equacionar ter mais uma ou duas. Talvez em 2018 possa haver novidades a este nível”, concluem. ✱

Viapesados Administradores  Albino Assembleia e Ricardo Carvalho  |  Morada  Zona Industrial do Neiva, 2.ª Fase, Pavilhão 11, 4935 - 232 Neiva (Viana do Castelo)  |  Telefone  258 332 510  |  Email geral@viapesados.pt  |  Site www.viapesados.pt Novembro I 2017

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EMPRESA Centrocor

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Lançamento da primeira pedra

Nova sede será em frente à atual

Jornada colorida › No passado dia 14 de outubro, decorreu o XIII Convívio de Clientes Centrocor/ Spies Hecker. Uma jornada colorida que reuniu cerca de 200 pessoas num ambiente descontraído, onde se comemorou o 35.° Aniversário da empresa fundada por Álvaro Magalhães e foi lançada a primeira pedra da nova sede Por: Bruno Castanheira

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ealizado de dois em dois anos, o encontro de 2017 juntou, no passado dia 14 de outubro, sábado, na Quinta da Igreja de Vilar, em Lousada, cerca de 200 pessoas num ambiente de festa e descontração. O XIII Convívio de Clientes Centrocor/Spies Hecker ficou marcado igualmente pela comemoração do 35.° Aniversário da empresa fundada por Álvaro Magalhães e pelo lançamento da primeira pedra para a construção da nova sede (ver caixa, nesta página). Durante a manhã, os participantes puderam desfrutar dos diversos torneios organizados do “jogo das malhas”, “jogo do prego” e “jogo da sueca”, entre outros. O almoço foi servido pela equipa da Centrocor e da Spies Hecker. Depois, durante a tarde, foram entregues os prémios aos vencedores dos respetivos jogos e sorteados 42 brindes. Este evento permitiu aprofundar as relações entre todos os participantes, colocando em prática o slogan da Spies Hecker, que é partilhado pela Centrocor: “Mais perto de si”. A orga-

nização esteve, essencialmente, a cargo dos administradores (Álvaro e Filomena Magalhães), juntamente com os filhos (Luciana e Ângelo Magalhães) e, também, pelo genro (Agostinho Matos), elementos que integram, aliás, a equipa da Centrocor. n  EMOÇÕES À FLOR DA PELE A realização de um evento de grande envergadura, como o XIII Convívio, requer grande capacidade de organização, consome muito tempo na programação das atividades, pressupõe elaboração de convites e implica ainda um planeamento do almoço, entre outras tarefas que ficaram ao encargo dos responsáveis acima mencionados, principalmente de Luciana Magalhães, cuja experiência administrativa foi decisiva para o sucesso deste evento. Como a própria revela ao Jornal das Oficinas, “o dia começou com alguma ansiedade na receção de clientes, fornecedores e entidades municipais, nomeadamente do Sr. Vereador Adolfo Amílcar e do Sr. Durval Ferreira, em re-

presentação da Associação Empresarial de Penafiel, local onde vai emergir a nova sede da Centrocor”. Depois de um coffee break, os participantes deslocaram-se em “caravana” até à Quinta da Igreja de Vilar de Torno e Alentém, onde os clientes, após as inscrições, jogaram em competição e num ambiente de puro divertimento. Todo o trabalho envolvente foi realizado pela equipa da Centrocor, tanto as inscrições, os juízes dos jogos e o almoço, tendo este contado com a preciosa ajuda dos parceiros da Spies Hecker na altura de servir à mesa. A seguir, cantaram-se os parabéns à Centrocor e foi feito um discurso surpresa e emotivo por parte de Luciana Magalhães aos seus pais, tendo falado em seu nome e em nome do irmão. A Centrocor é como um terceiro filho para este casal empreendedor e como um irmão mais velho para Luciana e Ângelo, que agradeceram tudo o que os pais fizeram (e continuam a fazer) por eles, tendo-lhes atribuído uma salva de prata. ✱

O crescimento e a aposta na melhoria contínua levaram a Centrocor a dar um novo passo com o lançamento da primeira pedra da sua futura sede, em São Mamede de Recezinhos, Penafiel, mesmo em frente às atuais instalações. Com a presença de Adolfo Amílcar, vereador, em representação da Câmara Municipal de Penafiel, e de Durval Ferreira, representante da Associação Empresarial de Penafiel, Álvaro Magalhães, fundador da Centrocor, perante cerca de 200 convidados, entre clientes, fornecedores e colaboradores, deu a conhecer este projeto como sendo o “mais belo e ambicioso da sua vida”. Este empreendimento vai, aliás, ao encontro das necessidades presentes e futuras da empresa, com o intuito de servir cada vez melhor os clientes. O investimento na nova sede irá trazer melhores condições de trabalho para os colaboradores e permitirá, também, criar emprego. Além de amplos e funcionais armazéns, estão previstos showrooms e escritórios, sem esquecer, claro está, o centro de formação.

Adolfo Amílcar, vereador em representação da Câmara Municipal de Penafiel (à esq.ª), e Álvaro Magalhães, da Centrocor

Centrocor Administrador  Álvaro Magalhães  |  Morada  Av.ª S. Mamede, 237, 4560 - 800 São Mamede de Recezinhos (Penafiel) Telefone  255 730 000  |  Fax  255 730 009  |  Email geral@centrocor.pt  |  Site www.centrocor.pt Novembro I 2017

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TÉCNICA&SERVIÇO Influência das baixas temperaturas na repintura

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Cores frias › Com a chegada do outono e, sobretudo, do inverno, as temperaturas começam a descer e, portanto, o pintor deve ter em conta esta circunstância nos trabalhos de pintura. Neste artigo, analisamos a influência das baixas temperaturas no ambiente e na realização das operações de pintura com total garantia

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pós a limpeza e o desengorduramento, começa o lixamento das zonas danificadas. Não há influência das baixas temperaturas, uma vez que há produção de calor que é transmitido pela superfície da peça. A temperatura que a peça atinge não deverá ser excessiva, já que a espessura das chapas nos veículos atuais é bastante fina, o que pode resultar em deformações. n PREPARAÇÃO Após o mascaramento, procede-se à aplicação de primário e aparelho. Neste passo do processo, a temperatura ambiente já começa a ter importância. Durante a preparação das misturas, poderá ser necessário aquecer, previamente, os recipientes. Isto aplica-se se as condições de temperatura da box ou da cabina de pintura em causa forem demasiado baixas, já que os fabricantes aconselham nas suas fichas técnicas os 20 - 22° C como ideais para a obtenção da viscosidade de aplicação apropriada. n APLICAÇÃO Os primários e aparelhos costumam ser aplicados nas zonas de preparação ou com planos aspirantes. Estas zonas não eram aquecidas, mas, atualmente, os fabricantes destas instalações já as disponibilizam com painéis ou cortinas. E com aquecimento. É recomendável uma temperatura de aplicação otimizada, uma vez que os aparelhos apresentam viscosidades muito Novembro I 2017

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baixas, com um elevado peso específico e elevadas cargas de enchimento, o que torna estes produtos muito sensíveis ao desprendimento com baixas temperaturas. n SECAGEM A secagem destas tintas pode ser realizada através de equipamentos de raios infravermelhos e, em menor medida, com o calor da estufa/ forno, exceto no caso de veículos aparelhados por completo ou com várias peças novas. O método mais utilizado é a secagem ao ar, utilizando catalisadores rápidos ou extra rápidos e diluentes acelerados. Se as temperaturas

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de secagem forem demasiado baixas, os tempos serão alargados, atrasando o processo de trabalho e aumentando tanto os tempos como os materiais de lixamento. Uma má secagem de aparelho fará com que os discos de lixa fiquem saturados e trabalhem abaixo das suas possibilidades de corte, aumentando os tempos de lixamento e os consumos de discos de lixa. n EMBELEZAMENTO FINAL Aqui, as baixas temperaturas afetam, de forma mais negativa, tanto o processo de trabalho como a qualidade final.

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l Preparação

Os primeiros problemas das baixas temperaturas começam no armazenamento e na obtenção de uma boa estabilidade nos diferentes produtos de tinta à base de água. Algumas marcas de tinta disponibilizam à oficina um armário fechado e aquecido, que, além de servir de sistema tintométrico, também é utilizado como armazém, evitando problemas de estabilidade na pintura. Os produtos de base aquosa serão afetados por uma temperatura excessivamente baixa e por uma humidade elevada, podendo ficar inutilizados para a realização das misturas. Na preparação da cor monocamada ou verniz acrílico HS e UHS com dissolvente, acontece o mesmo que com os aparelhos. Dependendo das viscosidades de aplicação, as misturas deverão ser realizadas às temperaturas ideais indicadas na ficha técnica. As oficinas devem acondicionar as salas de mistura ou boxes de pintura com vista a assegurarem as ditas temperaturas. Ou devem aquecer as embalagens previamente à mistura sobre uma fonte de calor. l APLICAÇÃO DA COR

1  Trabalhos de lixamento  2  Box de pintura ou sala de misturas 3 Zonas de preparação e aplicação

A temperatura de aplicação da base bicamada à base de água depende de vários fatores: l Número de peças a pintar Para a pintura de um veículo por completo, as temperaturas ideais de aplicação oscilam entre 20-23° C para a maioria das marcas. Ao pintar de uma a três peças, a

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Colaboração

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calor. Para o efeito, são utilizados os mesmos equipamentos e ferramentas que para secar as tintas de fundo. As tintas de embelezamento, além de cobrirem com a cor e tonalidade apropriadas para o veículo, conferem a dureza e resistência finais, através de calor, aproximadamente, 45 minutos a 60° C, com calor de forno; 20-25 minutos de secagem, por infravermelhos; ou 30-35 minutos, com painéis endotérmicos. Se as temperaturas de secagem forem mais baixas e além do mais este fator for combinado com uma diminuição nos tempos, o acabamento final pode apresentar um número assinalável de defeitos: l Falta de secagem A superfície apresentará um estado viscoso ao toque, como se não estivesse bem seca. l Menor dureza e resistência As pinturas ou vernizes terão menor resistência face a riscos e agentes químicos, chuva ácida, gordura e óleo do asfalto, gravilha solta, gelo, sal, raios ultravioletas. l Risco de pintura baça Perda de brilho por uma secagem lenta com acumulação de vapores de dissol-

1  Secagem com infravermelhos  2  Armário aquecido  3  Aplicação da base água  4  Medição da temperatura ideal da mistura

temperatura pode subir até aos 25-26° C, evitando que os tempos de evaporação se prolonguem demasiado. l Humidade relativa do ar Se a humidade relativa do ar for de 4060%, a temperatura de aplicação ideal será de 20-22° C, ao passo que se a humidade subir para os 80-90%, a temperatura deverá situar-se nos 25-26° C para reduzir a humidade do ar e obter uma melhor evaporação da base água. l Acabamento de cor Em cores metalizadas com uma grande percentagem de pigmento prata ou alumínio, é aconselhável que a evaporação da base água seja lenta, já que é necessária uma correta colocação das lâminas ou dos flocos de alumínio, evitando defeitos como sombras ou clarões. Os acabamentos lisos e perlados não serão tão afetados por estes defeitos. Portanto, a temperatura de aplicação pode ser um pouco mais elevada.

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polimento e abrilhantamento da zona afetada para solucionar o problema. Se a tinta secou a baixas temperaturas, o polimento não poderá ser realizado de imediato, sendo necessário esperar um tempo extra, o que reduz a produtividade da oficina. A influência das baixas temperaturas afetará, negativamente, todas as fases de pintura e praticamente todos os produtos que o pintor utiliza na preparação, na pintura e na secagem dos veículos. A boa utilização das fichas técnicas fornecidas pelos fabricantes de tinta, com referência às temperaturas de preparação, aplicação e secagem, serão de grande importância para a obtenção de trabalhos de qualidade, reduzindo o aparecimento de alguns dos defeitos de pintura analisados. Atualmente, o mercado da repintura de automóveis conta com um bom número de novas instalações e equipamentos que contribuem para a obtenção de temperaturas ideais de trabalho: estufas/ forno de chama direta, arcos e pontes de infravermelhos, colunas de fornecimento auxiliar de ar (Venturi), zonas de preparação (pleno) com cortinas ou pai6

l EVAPORAÇÃO DA BASE ÁGUA

Antes de passar à fase de envernizamento, o pintor deverá certificar-se que a pintura bicamada base água está seca e isenta de humidade. Se a temperatura for demasiado baixa, os tempos de evaporação são alargados, criando constrições na estufa e influenciando, negativamente, a produtividade da área de pintura. l APLICAÇÃO DO VERNIZ

Durante a aplicação dos vernizes acrílicos, a temperatura de aplicação ideal pode variar entre os 20-22° C. Uma temperatura demasiado baixa poderá contribuir para o surgimento de defeitos como escorrimentos e pele de laranja. l SECAGEM

Para a secagem e endurecimento das tintas de última geração – acabamentos acrílicos HS, UHS, VHS, vernizes cerâmicos – é muito importante proporcionar

7 5  Aplicação do verniz  6  Condições ideais de temperatura e humidade  7  Polimento e abrilhantamento

ventes e humidade. l Dificuldade no polimento Para concluir os trabalhos de pintura, por vezes é necessário eliminar pequenas manchas de sujidade e saliências. É necessário realizar um pequeno lixamento,

néis e aquecimentos, equipamentos de filtragem e aquecimento do ar ou estufas elétricas com painéis endotérmicos. Com estes equipamentos, é possível realizar trabalhos corretamente, independentemente da temperatura. ✱

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TÉCNICA&SERVIÇO Remoção de mossas em chapa

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Danos em painéis › Os danos em painéis devem ser analisados previamente com vista a determinar qual a técnica de reparação mais indicada para facilitar o trabalho do bate-chapa. A competência e a experiência do profissional, aliadas a um conjunto adequado de equipamentos e ferramentas, permitem rentabilizar as reparações

Como ferramentas de impacto, são utilizados diferentes tipos de martelos, colheres ou alavancas. E como ferramentas de apoio, os tais ou encontradores. Todas elas com diferentes formas para uma melhor adaptação ao tipo de impacto e à forma da superfície trabalhada. As técnicas de impacto também podem ser diferentes: l  Impacto sobre o encontrador ou tais, de forma que o martelo e o tais se encontrem alinhados, mas cada um apoiado num lado diferente da chapa. Cada vez que se bate com o martelo sobre a chapa, o tais que se encontra no lado contrário ressalta acabando por embater nesse lado da chapa. l  Impacto fora do encontrador ou tais. Utilizado para deformações nas quais existe uma depressão central entre duas elevações relativamente ao nível original da chapa. O martelo embate nas zonas elevadas e o tais situado no lado contrário e apoiado sobre a depressão, embate por ressalto, removendo esta. Estas ferramentas são combinadas com a utilização da lima de bate-chapa para realizar as verificações da evolução da reparação. Após o trabalho de impacto, são realizadas passagens de lima sobrepostas e longitudinalmente em relação à peça, que revelarão se existem zonas com pequenas deformações residuais. O bom resultado dos trabalhos de reparação verifica-se alternando cada passagem de tais-martelo com uma de controlo de lima.

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s painéis exteriores do veículo sofrem habitualmente impactos que causam mossas de diferentes tamanhos e formas. Estes danos meramente estéticos podem ser reparados utilizando diferentes técnicas. A escolha entre uma ou outra deve ser feita tendo em conta vários aspetos que podem influenciar a rapidez e a rentabilidade da união.

a reparação de painéis com tais e martelo. Este método consiste em bater na depressão da superfície deformada até conseguir levá-la à sua posição original. Para esta técnica, é necessário dispor de acesso ao dano por ambos os lados da superfície e permite remover qualquer tipo e tamanho de dano.

1   Função e responsabilidade estrutural da peça danificada. l  Sistema de união da peça danificada à restante carroçaria. l  Rentabilidade económica da operação de reparação da peça face à sua substituição. O bate-chapa deve analisar as características do dano e as possíveis ferramentas a utilizar na remoção de mossas. Em qualquer caso, a decisão tomada sobre o processo de trabalho a seguir deve manter a estética original do veículo e a segurança do mesmo.

n  EXTRAÇÃO EXTERIOR Em muitas ocasiões, o acesso pela zona interior das peças é limitado ou pode implicar a desmontagem de outras peças, guarnições ou acessórios que aumentam, significativamente, os tempos de trabalho, bem como as áreas. Para evitar estes inconvenientes, existe um conjunto variado de ferramentas desenhadas para trabalhar a partir do lado exterior do painel a reparar. A essência destas ferramentas consiste em ancorar uma ferramenta nas zonas profundas do lado exterior do dano, através da qual são aplicados os esforços de tração à superfície para remoção da mossa. Dentro destas ferramentas, encontram-se aquelas desenhadas para serem soldadas à superfície da chapa e

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n  SUBSTITUIÇÃO OU REPARAÇÃO A primeira decisão a tomar pelo bate-chapa, é a possibilidade da reparação da peça face à sua substituição. Para o efeito, é necessário realizar uma análise de diferentes fatores que podem afetar o dano, o acabamento final obtido e a própria rentabilidade da reparação. Os fatores fundamentais são os seguintes: l  Dimensão e a forma da área danificada. l  Linhas iniciais da superfície antes da deformação. l  Acesso para realizar os trabalhos de reparação tendo em conta as diferentes técnicas aplicáveis. l  Disponibilidade de ferramentas e equipamentos de trabalho adequados. Novembro I 2017

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n  REPARAÇÃO DE PAINÉIS A forma tradicional para a remoção de mossas ou recuperação de chapas é

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1  Ferramentas para a reparação de painéis  2  Controlo de lima  3  Levantamento de chapa

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Centro ZARAGOZA

Colaboração

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aquelas que se colam através de adesivo. A utilização das primeiras, permite a remoção de mossas em danos de qualquer tamanho, mas a chapa necessita de um processo de pintura posterior. As segundas, destinam-se à extração de pequenos danos, sem necessidade de realizar nova pintura. l  Equipamentos de soldadura

para a remoção de mossas Estes equipamentos dispõem de uma máquina de soldadura por resistência elétrica, que é utilizada para soldar as ferramentas à superfície da chapa. As ferramentas são variadas, desde as anilhas de pontas com diferentes formas (estrelas, rebites) a elétrodos com pontas. Uma vez soldadas as ferramentas à chapa, a ferramenta extratora é acoplada a estas e são realizados os esforços de extração para o exterior para remoção das mossas. É possível soldar uma única ferramenta ou várias para distribuir os esforços. As ferramentas são soldadas na parte mais profunda da chapa deformada. Através de um martelo de inércia ou de outras ferramentas de extração, são realizados os esforços de tração para o exterior. As ferramentas soldadas são retiradas facilmente, realizando uma rotação das mesmas. A remoção de mossas com ferramentas

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pintura posterior. O processo baseia-se na aplicação de ligeiras pressões ou impulsos em redor do dano (face interna) através das pontas das varetas. O equipamento deve ser composto por diferentes varetas com pontas de formas (arredondadas, pontiagudas) e medidas diferentes para adaptação ao dano. São fabricadas em aços especiais e, também, existem algumas em nylon e teflon. Esta técnica requer grande competência e experiência por parte do bate-chapa. O equipamento é composto por um conjunto de varetas e uma fonte luminosa fluorescente, que permita a visualização do estado e o acompanhamento do dano.

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1  Remoção de mossas através de ventosas  2 e 3 Remoção de mossas através de ferramentas com soldadura  4  Remoção de mossas através de colagem  5  Remoção de mossas por indução

extratoras a partir do exterior, permite reduzir o tempo de trabalho, evitando a desmontagem e montagem de peças e guarnições. Para extrair qualquer tipo de mossas, independentemente do seu tamanho, são utilizados equipamentos de soldadura com cerca de 2500-3000 amperes de potência. Estes incorporam vários tipos de elétrodos: os específicos para soldar as ferramentas de estiramento e outros de ponta arredondada de cobre e grafite para realizar os trabalhos de recolha da chapa quando há estiramento do material. Também existem no mercado pequenos soldadores destinados a danos de tipo granizo ou semelhantes, nos quais se solda a ponta de um elétrodo que, posteriormente, é deslocado para trás extraindo a depressão do dano. l  Equipamentos de remoção

de mossas através de colagem Estes equipamentos servem para remover pequenas mossas sem danificar a pintura. As ferramentas são coladas à superfície deformada e depois de acoplado o equipamento extrator à ferramenta, são realizados os estiramentos de tração para o exterior. Após a extração do dano, as ferramentas de colagem são retiradas

aplicando produtos adequados para eliminar o adesivo. A remoção de mossas de pequenos danos sem necessidade de pintura posterior é possível com as ferramentas e a experiência adequadas.

n  CONCLUSÃO Para a reparação de painéis exteriores das carroçarias, existe um variado leque de ferramentas desenhadas para facilitar os trabalhos do bate-chapa e reduzir os tempos de trabalho. Não obstante, a experiência e a competência do técnico são fundamentais para a obtenção de resultados excelentes. ✱

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l  Equipamentos de remoção

de mossas por indução Estes equipamentos também são utilizados para remover pequenas mossas sem danificar a pintura. São baseados num aquecimento por indução da chapa e na aplicação de uma força magnética que exerce as forças de tração para o exterior. São equipamentos automáticos de utilização muito simples, nos quais basta, simplesmente, selecionar a potência, colocar a cabeça magnética sobre o dano e pressionar o botão. n  SISTEMA DE VARETAS METÁLICAS As varetas são utilizadas para pequenos danos por impacto de granizo ou pedras que não tenham afetado a pintura original e nos quais a chapa não tenha sofrido um estiramento excessivo do material. Neste sistema, é necessário o acesso pelo lado interno da chapa deformada, pelo que, neste caso, é necessário realizar a desmontagem de guarnições e peças que impeçam o acesso. A grande vantagem que apresenta é não ser necessária uma

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MUNDO AUTOMÓVEL 88

AVALIAÇÃO OBRIGATÓRIA

Senhor dos anéis

› Nasceu como coupé, mais tarde virou cabrio e, a seguir, transformou-se num elegante modelo de cinco portas. Seja qual for a sua carroçaria, o Audi A5 não deixa ninguém indiferente. Senhor de um desempenho dinâmico eficaz, custa, na versão Sportback 2.0 TDI S tronic Sport de 190 cv, sem extras, €53.650 Por: Bruno Castanheira

Audi A5 Sportback 2.0 TDI S tronic Sport

É

difícil eleger o A5 mais elegante. Se o coupé pertence à coleção outono/ inverno e o cabrio à coleção primavera/verão, onde posicionar, então, o Sportback? Bem, pode dizer-se que é a variante mais familiar de todas. Primeiro, por ter cinco portas. Depois, por oferecer uma versatilidade de utilização superior. E ainda importa mencionar a bagageira, que cumpre perfeitamente as exigências relacionadas com o transporte de pessoas e bens. Não sendo a versão mais acessível da gama, nem a mais elitista, a 2.0 TDI S tronic Sport de 190 cv oferece uma boa relação qualidade/preço. Custa apenas menos €300 do que o coupé e menos, imagine-se, €7.800 do que o cabrio. Os Novembro I 2017

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conceitos são diferentes, mas o encanto visual, esse, permanece. ■  VESTIDO DE AZUL É das cores que melhor assentam no A5 Sportback, embora obrigue ao dispêndio de uns adicionais €1.050, visto o “azul lua” tratar-se de uma pintura metalizada. Face ao coupé, o Sportback distingue-se, sobretudo, pelo facto de ter mais duas portas e de exibir uma secção traseira ligeiramente diferente. A silhueta continua fiel à da carroçaria “original”, as cavas das rodas pronunciadas atribuem-lhe um ar musculado e as luzes de LED conferem-lhe uma inconfundível assinatura luminosa. A grelha, cujas lamelas horizontais fazem

Com 190 cv, o motor 2.0 TDI é o responsável pelas prestações de grande nível, sempre com consumos comedidos

sobressair os quatro anéis cromados, as jantes de 18” com cinco raios específicas do nível Sport e o facto de os vidros não estarem envolvidos por molduras, detalhe que apenas é percetível quando se abrem as portas, contribuem para a elevada atração visual deste Audi. À parte o acesso bem mais facilitado quer aos (três) lugares traseiros quer à bagageira (tem um volume 15 litros superior à do coupé, podendo ser ampliada através do rebatimento dos bancos posteriores, na proporção 40:20:40), nada mais distingue as duas carroçarias. Segundo a Audi, este modelo de cinco portas reúne a elegância de um coupé com o conforto de uma berlina e a versatilidade de uma

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carrinha. Realidade ou ficção, a verdade é o que o A5 Sportback é deveras apetecível. Até porque, além de propor uma qualidade de construção muito boa, dispositivos de segurança presentes em número elevado e nível de equipamento de série recheado, oferece um posto de condução ótimo. Tudo está no lugar certo. O volante tem uma pega perfeita e o banco proporciona um bom encaixe lateral. Embora preto, o habitáculo sobressai pelos inúmeros detalhes cintilantes e, sobretudo, pelo virtual cockpit, uma das características mais inovadoras do A5 Sportback. A agradável estadia a bordo deve-se, também, à presença de extras. A saber: pacote Advance (estofos com combinação de couro/couro sintético; bancos dianteiros com regulação elétrica; sensores de esta-

Sport 4, de medida 245/40ZR18 93Y, e a direção precisa contribuem para a elevada eficácia e para a grande agilidade do A5 Sportback, a verdade é que o chassis equilibrado, os travões resistentes à fadiga e a rapidez de atuação da caixa automática de dupla embraiagem (S tronic) com sete velocidades, tornam este familiar de cinco portas num dos melhores e mais envolventes automóveis de tração dianteira que ensaiámos. Para mais, dispõe de cinco modos de condução, selecionáveis pelo condutor através do botão “drive select” existente na consola central: “efficiency”; “comfort”; “auto”; “dynamic”; “individual”. O conforto é razoável. O motor de quatro cilindros 2.0 TDI de 190 cv que anima o A5 Sportback que figura nestas páginas oferece prestações de grande nível com consumos comedidos

MOTOR Tipo 4 cilindros em linha Diesel, transv., dianteiro 1968 Cilindrada (cc) Diâmetro x curso (mm) 81,0x95,5 Taxa de compressão 15,5:1 190/3800-4200 Potência máxima (cv/rpm) Binário máximo (Nm/rpm) 400/1750-3000 Distribuição 2 v.e.c., 16 válvulas Alimentação injeção common rail turbo VTG + intercooler Sobrealimentação TRANSMISSÃO Tração Caixa de velocidades

dianteira com ESP automática de 7+ma DIREÇÃO

pinhão e cremalheira Tipo sim (elétrica) Assistência Diâmetro de viragem (m) 11,7 TRAVÕES Dianteiros (ø mm) Traseiros (ø mm) ABS

discos ventilados (n.d.) discos maciços (n.d.) sim, com EBD+BAS SUSPENSÕES

Five link Dianteira Traseira Multilink Barra estabilizadora frente/trás sim/sim PERFORMANCES ANUNCIADAS Velocidade máxima (km/h) 235 0-100 km/h (s) 7,9 O Audi Virtual Cockpit é um dos ex-líbris do A5 Sportback. Os acabamentos prateados contribuem para o ambiente cintilante que se vive a bordo deste executivo germânico

CONSUMOS (l/100 km) Extraurbano/combinado/urbano 4,0/4,3/4,9 Emissões de CO2 (g/km) 112 Euro 6 Nível de emissões DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES

cionamento dianteiros e traseiros, tudo por €1.485) e pacote High Tech (cruise control; pacote MMI de navegação plus; volante desportivo multifunções plus, em couro; Audi Virtual Cockpit; Audi Connect, tudo por €1.790). ■  EFICIÊNCIA MODULAR Além de manter intactas as prestações e a acutilância dinâmica das restantes carroçarias da gama, que, recorde-se, apareceram primeiro do que esta, a Audi aplicou no A5 Sportback as tecnologias provenientes do programa de eficiência modular por si elaborado, sendo a função start/stop (desliga o motor quando o seu funcionamento não está a ser necessário, como, por exemplo, num semáforo vermelho ou numa fila de trânsito) apenas uma delas. Se a suspensão de amortecimento firme, os excelentes pneus Michelin Pilot

em todas as circunstâncias. Para um modelo que tem 4,73 metros de comprimento e 1.595 kg de peso, este conhecido bloco Diesel common rail (que foi conhecendo um aumento gradual de potência ao longo do tempo, ainda que disponibilize uma variante de 150 cv) cumpre a sua missão com elevada competência, acabando por imprimir à condução um ritmo que se coaduna totalmente com os pergaminhos da marca alemã. Sente-se que se está ao volante de um modelo a gasóleo (a insonorização, ainda que cuidada, não consegue disfarçar o tipo de combustível que passa pelos cilindros deste A5 Sportback), mas nada que mereça comentários depreciativos. Embora, lá está, existam situações em que uma mudança é “muito baixa” e outras em que a seguinte é “muito alta”, o que não acontece nas versões a gasolina, onde os motores dispõem de um regime de utilização superior até ao corte de injeção. ✱ www.jornaldasoficinas.com

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Cx 0,28 Comprimento/largura/altura (mm) 4733/1843/1386 Distância entre eixos (mm) 2824 Largura de vias frente/trás (mm) 1587/1568 Capacidade do depósito (l) 40 480 Capacidade da mala (l) 1595 Peso (kg) Relação peso/potência (kg/cv) 8,39 8 1/2Jx18” Jantes de série 245/40R18 Pneus de série Pneus teste Michelin Pilot Sport 4 245/40ZR18 93Y GARANTIAS Mecânica Pintura Anticorrosão

4 anos ou 80.000 km 3 anos 12 anos ASSISTÊNCIA

2 anos ou 30.000 km 1.ª revisão Custo 1.ª revisão (c/ IVA) €383 Intervalos 2 anos ou 30.000 km Imposto Único de Circulação (IUC) €192,99 €53.650 Preço (s/ despesas) €57.975 Unidade testada Novembro I 2017

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MUNDO AUTOMÓVEL NOTÍCIAS

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Porsche 718 GTS: Boxster e Cayman com 365 cv A Porsche expandiu a gama dos modelos 718 Boxster e Cayman com as novas versões GTS. A potência de ambos foi aumentada para 365 cv graças a aplicação de uma nova conduta de admissão e de um turbo otimizado para o motor Boxer de 2,5 litros, com quatro cilindros. Equipado com motor central, que pode trazer acoplada caixa manual de seis velocidades ou, em opção, transmissão automática de dupla embraiagem (PDK), os novos GTS contam, de série, com Pacote Sport Chrono, Porsche Torque Vecoting (PTV) com diferencial autoblocante mecânico e Porsche Active Suspension Management (PASM), que diminui a altura da carroçaria ao solo em 10 mm. Quando combinados com caixa PDK e pacote Sport Chrono, os novos 718 GTS cumprem o arranque dos 0 aos 100 km/h em 4,1 segundos, anunciando uma velocidade máxima de 290 km/h. Visualmente, diferenciam-se pelas jantes de 20” em preto brilhante, spoiler dianteiro SportDesign, faróis bi-Xénon com pormenores escurecidos, saídas de escape desportivas e logótipos específicos. Com chegada prevista a Portugal para meados do próximo mês de dezembro, os novos 718 GTS estão disponíveis a partir de €98.341 (Boxster) e de €100.432 (Cayman). ✱

Mercedes-Benz junta-se à Liga da Justiça No próximo dia 16 de novembro, chegará às salas de cinema portuguesas um dos mais aguardados filmes de super-heróis da Warner Bros. Pictures. A Mercedes-Benz irá juntar-se à Liga da Justiça, juntamente com Batman, Wonder Woman, Aquaman, Cyborg e The Flash, na corrida para salvar o planeta de uma invasão alienígena. A acompanhar os icónicos super-heróis, estarão três modelos da marca alemã: Classe E Cabriolet, AMG Vision Gran Turismo e Classe G 4x4². A Mercedes-Benz lançará vários teasers pouco antes do lançamento do filme, além de comunicação nas redes sociais e de seis exclusivas histórias de banda desenhada digital nos canais do Instagram. O anúncio de TV, “Hard To Resist”, foi lançado no passado dia 6 de outubro nos EUA, Europa e China. A primeira banda desenhada digital será lançada a 20 de outubro no Instagram, seguida do lançamento de todas as restantes histórias num curto espaço de tempo. Previsto para ser lançado em 3D e 2D, nas salas de cinema selecionadas e em IMAX, a partir de 16 de novembro em Portugal, o filme Liga da Justiça será distribuído pela Warner Bros. Pictures, uma empresa da Warner Bros. Entertainment. ✱

Range Rover Sport P400e disponível desde €92.018 A tecnologia transformou o novo Range Rover Sport, que passou a contar com uma versão híbrida plug-in (motor elétrico+motor a gasolina), disponibilizando incomparáveis níveis de eficiência, capacidade e performance. A nova variante P400e, que anuncia uma potência combinada de 404 cv, consiste no primeiro modelo híbrido plug-in da Land Rover. Equipado com sistema de tração integral, este autêntico compêndio de tecnologia atinge uma velocidade máxima de 220 km/h e cumpre o arranque dos 0 aos 100 km/h em 6,7 segundos. As emissões de CO2 são de apenas 64 g/km em ciclo combinado e a autonomia anunciada é de 51 km em modo 100% elétrico. A bateria de iões de Lítio de alta tensão, a caixa automática ZF de oito velocidades, os faróis com tecnologia LED Pixel Laser e a panóplia de sistemas de ajuda à condução, são outros ex-líbris do novo Range Rover Sport P400e, que chegará ao mercado português no início de 2018 com preços a partir de €92.018.✱

Opel Insignia GSi destaca-se em Nürburgring A Opel define o novo Insignia GSi como um instrumento de precisão. 10 milímetros mais baixo face a um Insignia “normal”, este desportivo alemão pesa menos cerca de 160 kg por comparação com o Insignia OPC da anterior geração. Disponível nas variantes Grand Sport (berlina) e Sports Tourer (carrinha), o novo Insignia GSi dispõe de um sistema inteligente de tração integral com vetorização de binário, capaz de dosear com grande precisão a potência que é entregue a cada roda. Equipado com jantes de 20”, montadas em pneus Michelin Pilot Sport 4 S, travões Brembo, direção direta, amortecedores especiais com controlo eletrónico e caixa automática de oito velocidades com patilhas no volante, este modelo foi 12 segundos mais rápido no circuito de Nürburgring face ao anterior Insignia OPC. São dois os motores à escolha no novo Insignia GSi: 2.0 Turbo a gasolina de 260 cv; 2.0 Diesel bi-turbo de 210 cv. ✱

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APRESENTAÇÃO

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Seat Arona

A última tentação › O Arona é a última aposta da Seat no tentador segmento dos SUV compactos. Um mercado que multiplicou quatro vezes nos últimos dois anos. Já está disponível em Portugal a partir dos €17.805 da versão 1.0 TSI de 95 cv Por: Jorge Flores

A

“febre” dos fabricantes pelos SUV compactos continua alta e com tendência para crescer. O novo Seat Arona, que o Jornal das Oficinas foi conhecer a Barcelona, é a mais recente proposta neste segmento. Uma nova aposta da marca espanhola que, de resto, poderá ser facilmente explicada pelos números: desde 2015, o segmento dos SUV compactos multiplicou-se por quatro. Como resistir à tentação de continuar a investir nesta categoria de modelos polivalentes com um visual de aventureiro crossover? O Seat Arona tem como apelido, mais uma vez, o nome de um município espanhol, situado na província de Santa Cruz de Tenerife, comunidade autónoma das Canárias. E promete manter a marca nos trilhos de sucesso que tem granjeado. A fórmula? Manter o equilíbrio entre os objetivos com que se apresenta no mercado e as suas próprias características. Depois do Ateca, o Arona. E a marca espanhola já fez saber que lançará um terceiro SUV, cujo nome será Alboran, Aranda, Avila ou Tarraco. ■   PLATAFORMA MQB O novo Arona é o segundo modelo da

Seat a recorrer à plataforma MQB do Grupo VW, seguindo o exemplo do Ibiza, que a estreou. Trata-se de um modelo com medidas compactas: 1.780 mm de largura, 1.543 de altura e com uma altura ao solo de 190 mm, que “casam” muito bem com a sua natureza de crossover. A apresentação foi estática, ou seja, ainda não houve lugar aos primeiros contactos dinâmicos com o Arona. Mas podemos afirmar que, em termos estéticos, é um modelo que causa forte impacto visual logo ao primeiro olhar. Muito graças à grelha expressiva e aos faróis triangulares, de LED, que o distinguem logo dos demais. As barras de tejadilho, de resto, remetem o imaginário para o universo dos todo-o-terreno. E para os adeptos da personalização, que não gostam que o seu automóvel seja igual a nenhum outro, a Seat disponibiliza nada mais nada menos do que 68 combinações de cores possíveis. O habitáculo é espaçoso e poderá, também ele, ser adaptado aos gostos individuais, dispondo das mais recentes novidades em matéria de tecnologia de segurança, de conforto e de conectividade. São muitos os sistemas de assistência à condução: front assist, função hill hold, detetor de fadiga, sensores de chuva e

luz, travagem multi-colisão, alerta de trânsito na traseira, cruise control adaptativo (ACC) com função stop&go, aviso de ângulo morto e park assist, sistema que atua tanto numa manobra de estacionamento paralela como longitudinal.

Seat Arona 1.0 TSI MOTOR 3 cil. linha, transv., diant. Cilindrada (cc) 999 Potência máxima (cv/rpm) 95/5000-5500 Binário máximo (Nm/rpm) 175/2000-3500 Velocidade máxima (km/h) 173 0-100 km/h (s) 11,6 Consumo combinado (l/100 km) 4,9 Emissões de CO2 (g/km) 112 Preço desde €17.805* IUC €92,05 *Nível de equipamento Reference

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Quanto à conectividade, sublinhe-se a inclusão dos sistemas Apple Car Play, Android Auto, MirrorLink e Seat DriveApp. ■   PRIMEIRO, A GASOLINA No mercado português, a estratégia comercial da Seat costuma centrar-se, numa primeira fase, nos motores a gasolina. Com o Arona, a tradição mantém-se: estarão à venda já em novembro. A versão de acesso, equipada com o motor 1.0 TSI de 95 cv (nível de equipamento Reference) custará €17.805, sendo que a variante de 115 cv do mesmo motor eleva o preço para €20.420 (apenas disponível no nível Style). Em ambos os casos, a opção pela caixa de velocidades automática (DSG) implicará um investimento adicional de €1.400. Existe ainda uma versão mais potente, que recorre ao motor 1.5 TSI de 150 cv, mas esta estará apenas disponível no nível Evo FR (€26.045). Os interessados nas versões Diesel do Seat Arona terão de ter um pouco mais de paciência e aguardar até final deste ano. Os preços permanecem uma incógnita, mas pode adiantar-se, desde já, que, neste capítulo, a gama será composta por dois níveis de potência (95 e 115 cv), extraídos do motor 1.6 TDI. ✱ Novembro I 2017

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MUNDO AUTOMÓVEL EM ESTRADA Novos modelos lançados no mercado

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Por: Jorge Flores

Audi Q5 2.0 TDI quattro S tronic

Honda Civic 1.5i-VTEC Turbo

Hyundai Santa Fe 2.2 CRDi 4x2

Mazda6 Wagon 2.2 Skyactiv-D

Presença forte

Ícone samurai

Mercado da fé

Familiar elegante

O Q5 dispensa grandes apresentações no mercado. De porte altivo e de personalidade forte, pode dizer-se que o SUV da Audi encontra no motor 2.0 TDI, associado à especificação Design, à tração quattro e à caixa S tronic, o casamento perfeito. Estamos perante um motor que não pede licença na estrada. Com 190 cv de potência e um impressionante binário máximo de 400 Nm, constante entre as 1750 e as 3000 rpm, o Q5 move-se com uma leveza notável para um modelo que pesa 1770 kg. Segundo a marca alemã, a velocidade máxima é de 218 km/h e a aceleração dos 0 aos 100 km/h é de apenas 7,9 segundos. Uma marca ao nível de propostas de outros segmentos de vocação bem mais desportiva. Os consumos são outros dos trunfos: 4,9 l/100 km em regime misto

Se há algo que ninguém poderá apontar aos engenheiros da Honda, é de se conterem nas linhas da última geração do Civic, modelo emblemático das suas fileiras, há já 44 anos. Um dos ícones samurais do construtor nipónico. Nesta evolução, o Civic mantém-se fiel às suas tradições, mas procura, ao mesmo tempo, equilibrar o seu carácter assumidamente agressivo com uma silhueta

Não se trata, propriamente, de uma aposta de fé, cega, mas quando uma marca, como a Hyundai, lança um SUV, como o Santa Fe 2.2 CRDi Premium 4x2, equipado com caixa automática de seis velocidades, por um preço que ascende aos €59.788, terá sempre de depositar alguma esperança no mercado. E tem sólidos argumentos para alimentar esta expectativa. Desde logo, porque o modelo tem virtudes inegáveis. Depois, e não menos importante, os SUV têm, hoje em dia, inúmeros devotos entre o público europeu. E Portugal não contraria esta tendência de forma alguma. Não são precisos muitos minutos para o motor 2.2 CRDi, escalado para dar alma ao Santa Fe, conquistar quem vai ao volante. Com 200 cv de potência às 3800

O Mazda6 Wagon 2.2 Skyactiv-D 2.2 é uma proposta pensada e melhor concebida para as famílias que não dispensam uma boa dose de elegância, conforto e espaço, predicados esses temperados com um motor competente e económico, bem como com uma generosa mão de tecnologia. Famílias essas, claro está, que dispensam os emblemas de marcas germânicas, que proliferam

são apenas os valores oficiais. O Q5 não é um modelo propriamente acessível para todas as bolsas. É possível comprar um a partir de pouco mais de €50.000, mas esta versão em particular, custa €61.530. E, no caso desta unidade, é preciso despender €80.950, devido aos inúmeros extras. Entre eles, destaque para o Pacote City, o Audi Virtual Cockpit, o Audi Connect, a suspensão pneumática adaptável, as jantes de 19” com cinco raios, o Pacote MMI Navegação Plus e os bancos dianteiros desportivos, só para citarmos alguns.

distinta. Mais longo (136 mm), mais largo (30 mm) e mais baixo (20 mm) do que o modelo da anterior geração, trata-se de um familiar compacto que impõe a sua presença. Visto do exterior, tanto à frente como atrás, as vistosas entradas de ar marcam a sua personalidade. Mas também por dentro, o Civic goza de uma criteriosa seleção de materiais e por uma irrepreensível atenção aos detalhes. A unidade ensaiada dispunha do motor a gasolina 1.5i-VTEC Turbo com 182 cv de potência, que trazia acoplada uma caixa automática de variação contínua. Uma proposta que cumpre os requisitos da adrenalina e que chega a mostrar apetite de asfalto, ainda que tal obrigue a “beber” um pouco acima dos consumos médios anunciados pela marca: 5,8 l/100 km. Com o nível de equipamento Prestige, o mais elitista da gama, onde nada de essencial falta, custa €36.010. Um preço que, não sendo deveras apelativo, é certo, aceita-se face a tudo aquilo que é proposto (a começar pelo desempenho dinâmico).

MOTOR 4 cil. linha Diesel, transv., diant. MOTOR 4 cil. linha, transv., diant. Cilindrada (cc) 1968 Cilindrada (cc) 1498 Potência máxima (cv/rpm) 190/3800-4200 182/5500 Potência máxima (cv/rpm) Binário máximo (Nm/rpm) 400/1750-3000 Binário máximo (Nm/rpm) 240/2250 Velocidade máxima (km/h) 218 Velocidade máxima (km/h) 220 0-100 km/h (s) 7,9 0-100 km/h (s) 8,2 Consumo combinado (l/100 km) 4,9 Consumo combinado (l/100 km) 5,8 Emissões de CO2 (g/km) 129 Emissões de CO2 (g/km) 139 Preço €61.530 Preço €36.010 IUC €222,16 IUC €154,98

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rpm, sempre disponíveis em manobras de aceleração e de recuperação, este SUV oferece um binário máximo de 440 Nm, constante entre as 1750 e as 2750 Nm, alcançando uma velocidade máxima na ordem dos 203 km/h. Menos aprazíveis, são os consumos de gasóleo. Segundo valores da marca, em regime combinado, o Santa Fe gasta 6,6 l/100 km, mas, durante os dias de convívio com o Jornal das Oficinas, os números foram muito superiores aos apresentados oficialmente. A dinâmica deste SUV ressente-se do elevado porte da carroçaria e do setting pouco firme da suspensão.

neste segmento premium e se deixam seduzir por um modelo nipónico. Esta nova geração surge mais requintada do que nunca na sua história. Exemplos não faltam: detalhes bem pensados; equipamento completo; espaço à descrição. O posto de condução é outros dos argumentos de peso. Quanto ao motor Diesel Skyactiv-D 2.2, é um velho conhecido que regressa ao serviço da Mazda nesta variante carrinha. Um bloco de competências comprovadas, sobretudo, neste patamar com 175 cv de potência 420 Nm de binário às 2000 rpm, que “queima” 4,5 l/100 km em regime combinado. Graças aos trabalhos de otimização da marca, o motor mostra-se isento de ruídos parasitas e de vibrações de qualquer espécie. O novo Mazda6 Wagon conhece outros patamares em matéria de segurança: nova câmara de monitorização dianteira e dispositivos ativos, como a travagem automática, são disso o melhor exemplo.

MOTOR 4 cil. linha Diesel, transv., diant. Cilindrada (cc) 2199 Potência máxima (cv/rpm) 200/3800 Binário máximo (Nm/rpm) 440/1750-2750 Velocidade máxima (km/h) 203 0-100 km/h (s) n.d.. Consumo combinado (l/100 km) 6,6 Emissões de CO2 (g/km) 174 Preço €59.788 IUC €222,16

MOTOR 4 cil. linha Diesel, transv., diant. Cilindrada (cc) 2191 Potência máxima (cv/rpm) 175/4000 Binário máximo (Nm/rpm) 420/2000 Velocidade máxima (km/h) 223 0-100 km/h (s) 7,9 Consumo combinado (l/100 km) 4,5 Emissões de CO2 (g/km) 119 Preço €51.412 IUC €192,99

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USO PROFISSIONAL

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MAN reforça gama para 2018

Oferta completa › Não é com um modelo inédito, mas a verdade é que a MAN passa a ter uma gama completíssima. Agora, dispõe de veículos entre as três e as 44 toneladas, sendo que, na base, surge um TGE de enorme versatilidade, repleto de versões, de equipamentos de segurança e com quatro motores diferentes. Mas também há novidades nas gamas mais pesadas Por: José Silva

O

Jornal das Oficinas foi tentar perceber o que irá distinguir o novo MAN TGE, o primeiro furgão da marca especializada em veículos comerciais pesados, dos outros que se vendem no mercado. Para começar, o TGE é uma reinterpretação do Volkswagen Crafter. Por mais indelicada e ingrata que a frase pareça, é a mais pura das verdades. Ainda assim, a MAN desenvolve a gama a seu bel-prazer. O programa TGE começa nas três toneladas e chega às 5,5, sendo proposta em múltiplas variantes, desde furgões fechados ao de passageiros com vidros. Existirão versões de cabina simples e dupla. O TGE dá a possibilidade de escolher entre duas distâncias entre eixos, três alturas de teto e três comprimentos. Para a locomoção, as opções não podiam ser melhores. O bloco 2.0 TDI, único na gama e de proveniência Volkswagen, pode ter quatro variantes de potência: 102, 122, 140 e 177 cv. Dependendo do peso bruto, é possível optar por tração dianteira, traseira ou integral, que podem ser combinadas com uma caixa manual de seis velocidades ou automática de oito relações. No capítulo segurança, o TGE conta,

de série, com sistema de travagem de emergência (EBA) e aviso de colisão frontal, permitindo este reduzir a distância

para o veículo que circula à frente. No habitáculo (ou na cabina), encontramos um ambiente de trabalho confortável e

Motor D08 recebeu diversas alterações

MENORES CONSUMOS, INTERVALOS ALARGADOS Para as gamas TGL e TGM, a MAN preparou um novo motor. Disponível em quatro e seis cilindros, distingue-se por incluir um sistema de pós-tratamento de gases de escape (SCR). Em combinação com vários componentes melhorados, o D08 passa a poder ser utilizado em mais aplicações, com um consumo de combustível mais reduzido. Em função do nível de potência, o peso do motor pode baixar até 103 kg, o que tem um reflexo positivo na capacidade de carga. A fiabilidade e a durabilidade ficam a ganhar com a construção menos complexa. Todos os novos motores D08 podem funcionar com parafina, óleos vegetais hidrogenados e biodiesel sintético. Mais-valia são, também, os intervalos de assistência, que passam de 60 para 80 mil km no caso de serem utilizados óleos autorizados pelo fabricante. A mudança do filtro de partículas ocorre a cada 450 mil km. Ainda nos TGL e TGM, os interiores das cabinas foram melhorados e estão, agora, mais ergonómicos. Já as caixas de velocidade TipMatic, produzidas pela ZF, foram melhoradas de forma a poderem “casar” na perfeição com este renovado motor. Novas relações de caixa e suavidade nas passagens são os trunfos. D0834

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6 em linha

160 cv às 2300 rpm 190 cv às 2300 rpm 220 cv às 2300 rpm 250 cv às 2200 rpm 290 cv às 2200 rpm 320 cv às 2200 rpm

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ergonómico. Os espaços de arrumação são generosos e o banco do condutor está disponível em quatro versões. ■   PRIMEIRAS (BOAS) IMPRESSÕES No primeiro contacto dinâmico com várias versões do TGE, aquela que mais convenceu foi a de 180 cv. Todavia, o motor de 140 cv pareceu ser uma boa opção. Na versão furgão, a mais elevada de todas, foi notória a maior sensibilidade aos ventos laterais, que fizeram o furgão “deambular”. Apesar disso, a resposta do motor, com 410 Nm, acabou por ser mais do que suficiente para criar uma desenvoltura de movimentos digna de registo. O percurso seguinte deu para “sentir” o motor de 140 cv, associado a tração traseira. O ruído da transmissão invade o habitáculo, é certo, mas nada que interfira com o conforto a bordo. Destaque para a facilidade de condução e para o conforto evidenciado por cada uma das cabinas, dependendo do nível de equipamento, sempre muito espaçosa e versátil. Em Portugal, o MAN TGE já está disponível. Com todos os tipos de cabina e as mais variadas soluções. ✱ Novembro I 2017

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MUNDO AUTOMÓVEL PESOS-PESADOS

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Daimler Trucks em celebração na América do Norte A Daimler Trucks North America (DTNA) está em dupla celebração, pois duas das suas marcas fazem anos. A Freightliner comemora 75 anos, efeméride que coincide com a apresentação de uma nova geração do Cascadia, enquanto a Western Star alcança meio século de existência. Nestes anos, a soma de camiões produzidos por ambas as empresas chega às 32 milhões de unidades. No período que já passou deste ano, a DTNA vendeu, na América do Norte, um total de 42.300 camiões das classes 6 e 8, o que pressupõe uma quota de mercado de 40,2%. ✱

DAF tem novos motores na gama LF

Schmitz Cargobull apresentou gama Executive A Schmitz Cargobull iniciou a comercialização dos novos pacotes de serviços Executive e Executive Plus para as suas plataformas frigoríficas S.KO Cool. O “pack” Executive inclui semirreboque com equipamento de frio Schmitz Cargobull, manutenção, unidade telemática TrailerConnect e serviço 24 horas. No caso da extensão Plus, soma ao anterior pneus, telemática com sensores integrais e tops traseiros de proteção. Financiamento e seguro são opcionais em ambos os casos. Com um investimento de um milhão de euros, a Schmitz Cargobull começou, em setembro, a produzir semirreboques frigoríficos na sua fábrica de Figueruelas (Saragoça), que vai criar 60 novos postos de trabalho. ✱

A gama LF representa a oferta da DAF no segmento dos camiões ligeiros de 7,5 a 19 toneladas. É precisamente nesta categoria que o fabricante holandês acaba de incorporar várias novidades. A mais importante é um novo motor Paccar PX-4 de 3,8 litros com quatro cilindros, que disponibiliza potências de 156 e 172 cv. Este motor vai marcar presença nos LF City de 7.500 kg. Para maiores tonelagens, a DAF conta com os motores PX-5 (184 e 213 cv) e PX-7 (234 e 325 cv) que foram otimizados no final do ano passado com a incorporação de um novo software e de um renovado sistema de gestão de calor e de ar, o que permitiu, em conjunto com novas relações do eixo traseiro, incrementar prestações e reduzir consumos. Entre as novidades que incluem, agora, os LF Pure Tech, está a possibilidade de serem montadas caixas automáticas Allison para as versões de 18 e 19 toneladas e mais opções de distância entre eixos, depósitos de combustível de até 1.240 litros, entre outras. De acordo com a estratégia de Transport Efficiency, os novos LF incluem melhorias para que os carroçadores possam realizar o seu trabalho de forma simples, dado que existem preparações específicas para cisternas e básculas. ✱

Mega-camiões já podem circular em Portugal A circulação de veículos com uma configuração euro-modular (também conhecidos como mega-camiões) já está autorizada nas estradas nacionais, com a entrada em vigor do Decreto-Lei n.° 132/2017 no dia 12 de outubro. Entre os principais argumentos em cima da mesa para a aprovação desta medida, encontram-se o desejo de potenciar a competitividade do setor (alguns países da União Europeia já permitem a circulação deste tipo de viaturas), bem como a cada vez mais recorrente utilização de contentores de maiores dimensões. Outro dos argumentos, prende-se com a necessidade de reduzir as emissões poluentes, decorrentes da circulação automóvel, através da utilização de viaturas que tenham uma capacidade de armazenagem superior, inibindo, assim, a realização de mais viagens. Os mega-camiões podem atingir 25,25 metros de comprimento. ✱ Novembro I 2017

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