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Jornal Independente da Manutenção e Reparação Automóvel

Director: João Vieira • Ano II • Mensal • 3 Euros

Nº 34 Setembro 2008

Portugal entre as nações com mais candidatos para o “Directório Verde”

Automechanika Frankfurt mais “Verde”

A

CE propõe pneus optimizados A Comissão Europeia propôs que os veículos venham equipados de origem com pneus de baixa resistência ao rolamento e dispositivos de monitorização da pressão a partir de 2012. De acordo com pesquisas desenvolvidas pelo TNO na Holanda, a poupança potencial de combustível com o uso de pneus de baixa resistência e sistemas de vigilância da pressão nos veículos de turismo é respectivamente 3% e 2,5%. Esta proposta faz parte de um pacote de medidas para a segurança e ambiente.

Sumário Página 02

Mercado dos Filtros de Motor

Página 44

Oficina do mês: Miniauto

Página 68

Sistemas de Climatização

Página 70

Sistemas de Ignição

Página 74

Nova Tecnologia de Capots

Página 78

Preparação de superfícies

Página 84

Prevenção de riscos laborais nas oficinas de repintura

Automechanika tornou o assunto do aquecimento global num seu e lançou o “Directório Verde” com informação de 25 expositores do certame, distinguidos por produtos sustentáveis e emissões reduzidas. Os expositores tiveram a oportunidade de se candidatar para a inclusão no directório até ao final de Junho, após o qual um júri independente analisou as aplicações de acordo com o critério das emissões, energia e eficiência do material. As candidaturas vieram de 55 companhias com 73 produtos, sendo que 42 dos produtos vieram de empresas germânicas e 31 de 25 companhias es-

trangeiras. A nação estrangeira com mais aplicações foi a França com nove produtos. Seguiu-se o Reino Unido (5), Itália e Portugal (3 cada). Um grande número de aplicações veio dos segmentos Peças (28), Reparação/Manutenção e Estações de Serviço & Lavagem Automóvel (12 cada). Conceitos inovadores de aftermarket que tornarão as viagens de carro no futuro mais limpas, mais eficientes e seguras, estarão assim no centro das preocupações da 20.ª edição da Automechanika de 16 a 21 de Setembro 2008. O novo guia dos visitantes, “Directório Verde”, e a exposição especial do Prémio Inovação Automechanika no foyer do Hall 4.1, assegurarão que os visitantes à feira não percam qualquer dos novos desenvolvimentos técnicos e ambientais, conquistas e conceitos de serviço. A culminar as iniciativas sobre o ambiente, no dia 11 de Setembro será apresentado um estudo da Automechanika conduzido pelo Prof. Dr. Ferdinand Dudenhöffer, Director da CAR, da Universidade de Ciências Aplicadas, Gelsenkirchen. Prevê possíveis efeitos do clima sobre o aftermarket automóvel até ao ano 2020. Os decisores do negócio automóvel podem esperar conselhos importantes sobre inovações que estão hoje na forja. PUB

Mais usados com climatização Segundo um estudo realizado pela plataforma europeia de veículos em rede AutoScout24, 84% dos veículos de ocasião que se comercializam em Espanha contam com ar condicionado, acentuando que este dispositivo está cada vez mais generalizado no equipamento dos usados. Uma oportunidade para o aftermarket também em Portugal onde o parque automóvel é semelhante. O estudo ressalta ainda a incorporação total dos sistemas de ar condicionado nos veículos novos durante os últimos 10 anos.

OPA hostil sobre Continental O fabricante alemão de pneumáticos e componentes para automóveis, Continental, recomendou aos accionistas da companhia que rejeitem a Oferta Pública de Aquisição de Acções (OPA) hostil realizada pelo conglomerado industrial Schaeffler, por um total de 11.340 milhões de euros, informou a empresa em comunicado. A Schaeffler lançou no passado dia 30 de Julho uma OPA para ficar com o capital da Continental por 70,12 euros por acção.

Distribuidor Autorizado


Editorial + Mercado:Jornal das Oficinas

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Jornal das Oficinas Setembro 2008

MERCADO FILTROS DO MOTOR

Editorial

Impõe-se mais formação comercial

Carros eléctricos

Em Portugal, os operadores da nova distribuição (centros auto e fast fit) ainda não são muito numerosos, embora a grande distribuição esteja a aproximar-se do sector de peças e acessórios tradicional, sendo os filtros um dos produtos que mais contribui para essa evolução.

em Portugal

O

Grupo Renault/Nissan assinou recentemente um acordo com o Governo português, para a introdução, entre nós, do primeiro carro eléctrico produzido em série. Em 2011, vão começar a circular nas estradas portuguesas os primeiros 4.000 carros eléctricos resultantes deste projecto. Embora já tenham sido anunciadas várias características técnicas dos veículos, nomeadamente a autonomia de mais de 160 Km, capacidade para cinco passageiros, motor e tracção à frente e velocidade máxima de 145 Km/h, falta ainda esclarecer o mercado e a população acerca das incidências do projecto na rede de assistência existente. Segundo o construtor já divulgou, os novos carros eléctricos terão uma manutenção extremamente reduzida, sendo garantidos por toda a sua vida útil. Isso deve-se à própria tecnologia da propulsão eléctrica e às soluções técnicas encontradas para a desenvolver. Na prática, os carros não terão sistema de arrefecimento, nem embraiagem, nem escape. Os travões sofrem um desgaste muito menor, porque o motor auxilia na travagem, recuperando a energia cinética. Praticamente, o novo carro eléctrico só gastará mesmo é pneus, escovas limpa-vidros e lâmpadas, se não se lembrarem de o equipar com LEDs… Que impacto é que isto terá no mercado de reparação automóvel, já de si em contracção permanente desde há alguns anos? É claro que tudo muda, tudo mudou no passado e tudo continuará a mudar no futuro. Mas, há investimentos, empregos e cidadãos que já estão a fazer um esforço hercúleo para acompanhar as evoluções do mercado e da tecnologia. Será legítimo tirar-lhes o tapete debaixo dos pés? Antes de os lançarmos no desemprego, seria proveitoso estudar todas as hipóteses de reconversão da sua actividade, tendo em vista a evolução futura do mercado. As oficinas, ou pelo menos algumas, não poderiam integrar a rede de abastecimento dos carros eléctricos? Os carros convencionais não poderiam ser reconvertidos para o novo meio de propulsão? Estas são apenas algumas das muitas questões que o sector da reparação automóvel deve colocar aos responsáveis do projecto. João Vieira joao.vieira@apcomunicacao.com

Ficha Técnica

A

nível da produção de filtros, o número de pequenos e médios fabricantes é ainda muito elevado. A situação mais frequente é cada produtor possuir uma gama reduzida de filtros ou até filtros de uma única tipologia (ar, óleo ou carburante). Os grandes grupos internacionais estão sempre representados pela sua própria distribuição nacional de gestão directa, ou através de um distribuidor especializado. Quanto aos canais de distribuição, venda e montagem são vários:

Tendências do mercado Enquanto que as vendas dos filtros de ar se mantêm estacionárias, o aumento do parque circulante está a provocar um crescimento das vendas dos filtros de gasóleo, bem como uma ligeira quebra na venda dos filtros de óleo dos motores a gasolina. Em particular, verificase uma certa queda dos filtros de óleo que têm um invólucro metálico, de certo modo relacionada com a modernização do parque automóvel, uma vez que actualmente muitos dos modelos recentes utilizam filtros ditos "ecológicos", cujo mercado está em alta.

- Distribuidor de peças e oficina mecânica; - Casa de peças e acessórios e oficina mecânica; - Grande distribuição e oficina mecânica; - Centro auto com montagem (Norauto, etc.), ou utente privado; - Fast Fit com montagem (Midas, etc.), ou utente privado; - Estações de serviço com montagem, ou utente privado. Nos centros auto, o negócio dos filtros tem um volume importante e consta sempre da oferta ao público, seja apenas para venda da peça ou com montagem incluída. Nas oficinas fast fit, apenas é considerada a venda da peça, porque a montagem está incluída noutros serviços (pneus, travões, amortecedores, escape, etc.). De qualquer modo, os filtros não são tratados da mesma forma em todas as redes e oficinas de substituição, havendo situações muito diversificadas. Já as estações de serviço efectuam regularmente a venda e montagem dos filtros, devido à mudança do óleo.

Certamente que os filtros de hoje duram muito mais do que no passado, mas ainda continuam a ser produtos consumíveis, que se vão degradando progressivamente com o uso.

DIRECTOR: João Vieira DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem CHEFE DE REDACÇÃO: João Vila PROPRIEDADE: AP Comunicação SEDE DE REDACÇÃO: Largo Infante D. Henrique, 7 - Várzea de Colares 2705-231 COLARES Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com REDACÇÃO: Augusto Quelhas, Artur Rebelo, Fátima Rodrigues, António Lopes, Carla Ramos PRODUÇÃO GRÁFICA: Pedro Vieira, António Valente PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário Carmo E-mail: mario.carmo@apcomunicacao.com - Anabela Machado E-mail: anabela.machado@apcomunicacao.com IMPRESSÃO: Mirandela - Estrada Nacional 115, Km 80 - Santo Antão Tojal - 2660-161 Loures Telef: 21.012.97.00 PERIODICIDADE: Mensal ASSINATURA ANUAL: 34 Euros (12 números) Nº de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03 © COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do “Jornal das Oficinas” COMUNICAÇÃO

Uma publicação da AP Comunicação

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MERCADO Por outro lado, a tendência para a redução do consumo de filtros de óleo está ligada com os períodos mais longos de mudança de óleo. Contudo, se esta situação não é fácil de alterar, pensamos que o mercado de filtros de ar precisa de uma mudança. De facto, tanto os condutores, como a generalidade dos reparadores e outros operadores de mercado negligenciam a mudança dos filtros de ar, o que provoca uma relação anómala entre as vendas das duas tipologias de filtros óleo e ar - que deveriam apresentar um perfil de consumo similar. Há, portanto, um espaço para a actividade de marketing ao longo de todo a cadeia de distribuição, no sentido de recuperar o potencial de vendas dos filtros de ar. Como se pode levar isto à prática? Existem dois filões a explorar, na nossa minha. Por um lado, deve ser fornecida documentação de base “técnica”, embora orientada para o marketing e acessível à generalidade dos condutores, sobre a incidência da falta de substituição do filtro de ar e o aumento do consumo de combustível, perda de rendimento do motor e degradação do nível de emissões de escape. Em segundo lugar, impõe-se uma formação comercial dos operadores de substituição, com o apoio de produtores e distribuidores, para os resultados serem plenamente positivos. No que respeita ao atraso na substituição dos filtros, é verdade que eles são projectados para um certo período de utilização, que é estudado e recomendado pelos construtores de veículos. No entanto, os filtros são elementos atravessados por fluidos que podem estar mais ou menos poluídos, o que dá uma certa margem de manobra, desde que exista um controlo do funcionamento dos sistemas, para evitar avarias dispensáveis. Nos filtros de gasóleo, por exemplo, um excesso de água pode obrigar à rápida substituição de um filtro, aparentemente em bom estado. Os condutores precisam compreender que um filtro não é uma simples "caixa" com material filtrante. Altas temperaturas, vibrações e pressão exercem fortes solicitações no elemento filtrante, que não apresenta sintomas de deficiências, senão quando já é tarde demais. É por esta razão que a manutenção preventiva é fundamental. Dito isto, julgamos que o mercado de filtros está de um modo geral em boas condições de saúde, embora ainda haja muito a fazer para sensibilizar os condutores para o seu papel determinante na

salvaguarda da "esperança de vida" do motor, assim como para a crescente sofisticação do produto, que implica a aquisição de produtos de qualidade garantida.

A substituição dos filtros a intervalos regulares e recomendados permite manter as prestações originais dos motores, desde que se trate de produtos de qualidade original ou equivalente.

O futuro do mercado dos filtros

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duto, as oficinas de reparação deviam dar mais atenção ao mercado potencial, através da sensibilização dos clientes. Isso pode ser conseguido com campanhas de diagnóstico gratuito ou promoções, como ponto de partida para alcançar a fidelização dos clientes de filtros. O argumento é simples e fundamentado: bons filtros reduzem o consumo, melhoram a performance do motor e protegem o ambiente e o ar que respiramos. Muitos reparadores podem achar que os filtros são coisa sem importância, mas alguém faz o serviço e os volumes estabilizados de substituição representam um bom negócio. Filtros de gasolina - O volume de vendas desta tipologia tende a decrescer, pois os novos modelos já trazem módulos de filtragem incluídos na bomba de combustível, montada no depósito, que são praticamente para toda a vida útil do veículo. Filtros de gasóleo - Neste caso, a tendência é inversa, devido principalmente ao aumento do parque diesel. Além disso, o filtro de gasóleo é também filtro de água, tendo que ser substituído regularmente, para que o motor possa funcionar satisfatoriamente. Deste modo, é previsível que o consumo de filtros de gasóleo continue a subir ainda por mais cerca de 5 anos, até estabilizar. Filtros de óleo - O volume de vendas dos filtros de óleo tem vindo a decrescer, devido ao contínuo aumento do período de substituição do óleo. Geralmente, o filtro é substituído em cada mudança de óleo, mas isso só acontece aos 30, 40, 50 ou 60 mil km. Nos veículos pesados, a mudança pode ocorrer aos 100 ou 120 mil km. Essa tendência ainda se deverá manter por mais cerca de 3/5 anos.

Filtros de ar - Nesta tipologia de pro-

O mercado de filtros está de um modo geral em boas condições de saúde, embora ainda haja muito a fazer para sensibilizar os condutores para o seu papel determinante na salvaguarda da "esperança de vida" do motor

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NOTICIAS:Jornal das Oficinas

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Breves TENNECO QUE FICAR COM A MARZOCCHI Já foi alcançado um acordo preliminar de aquisição da divisão de suspensões convencionais para motocicletas (forquilhas, amortecedores e elastómeros) do Grupo Marzocchi. Líder internacional na sua área de actividade, esta empresa de origem italiana tem vindo a acumular prejuízos, que rondam já os 15 milhões de US dólares. As negociações continuam, faltando acordar várias condições e auscultar os comités legais que representam os empregados da empresa. O projecto da Tenneco prevê a " absorção " da dívida e a viabilização do negócio, injectando tecnologia, sinergias de produtos e novos sistemas de gestão.

MERCADO CHINÊS DE COMPONENTES O mercado automóvel cresceu na China à extraordinária taxa de 20%, entre 2000 e 2006, sendo já o terceiro pólo de produção mundial e o segundo em termos de vendas de carros novos. A produção de automóveis é constituída maioritariamente por construtores estrangeiros, embora as marcas chinesas estejam a ganhar gradualmente terreno. O mercado chinês de componentes para veículos rondava os 46.000 milhões de US dólares (2006), com uma balança relativamente equilibrada entre exportações e importações. As exportações são constituídas essencialmente por produtos de tecnologia básica, enquanto que as importações incidem em produtos de alta tecnologia. As importações são lideradas pelas marcas alemãs, do Japão e da Coreia do Sul.

EXPANSÃO DO SISTEMA PÁRA-ARRANCA BOSCH Meio milhão de unidades do sistema de apoio à condução "pára-arranca" da Bosch foram fornecidas a partir de 2007 para o mercado de equipamento original, principalmente para as marcas BMW e Mini. Mais três fabricantes estão interessados nesta tecnologia, cuja grande utilidade se torna evidente na condução urbana, permitindo reduzir o consumo de combustível (4/5%) e as emissões de CO2 (8%). Este sistema da Bosch desliga automaticamente o motor, quando o carro se detém, voltando a ligá-lo quando o condutor carrega no pedal do acelerador. PUB

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NOTÍCIAS Banda Adesiva Elástica Soft1 da

Würth

A Würth lançou em Portugal um novo conceito para protecção de feridas e cortes, que tem como base a utilização de uma banda elástica de aplicação directa em feridas ou cortes. A Banda Adesiva Elástica Soft1 da Würth pode ser aplicada em feridas ou cortes de pequenas ou grandes dimensões, sem deixar resíduos de cola. A sua aplicação directa não irrita nem deixa resíduos de cola na pele, sendo a banda transpirável, elástica e resistente á água. Esta inovação é ideal para tratamentos rápidos de ferimentos ligeiros, sendo uma excelente alternativa a outros produtos com cola, tais com a gaze ou pensos. A Würth-Portugal disponibiliza mais informação sobre este produto através da rede comercial.

UFI também no desporto Uma vez mais, a UFI Filters apostou forte nas parcerias tecnológicas com diversos construtores que têm uma forte posição no desporto automóvel. Na Fórmula 1, a UFI fornece filtros para a Ferrari como para outras das principais equipas, o que permite a esta empresa desenvolver estes componentes em condições tão exigentes. Para além da Fórmula 1, a UFI obteve recentemente um grande sucesso, com a vitória da Audi nas 24 horas de LeMans. O filtro de óleo motor montado no R10 é um produto italiano e de grande orgulho para a UFI Filters. O pessoal técnico da divisão de Alta Tecnologia da UFI elaborou este filtro especial, com materiais não convencionais, de modo a garantir a máxima prestação durante toda a corrida. A UFI ofereceu, assim, o seu contributo a um projecto de alto nível tecnológico, com uma equipa muito motivada e capaz de vencer um verdadeiro desafio.

Bolas apresenta nova Telwin O Digital Mig 222 Twin é novo aparelho de soldar com duas tochas e fio contínuo MIG-MAG / BRAZING da Telwin, tratandose um equipamento que estabelece novos parâmetros de soldadura no ramo automóvel. Este modelo destaca-se pela presença de duas tochas: uma tocha MIG tradicional para soldaduras standard e para aços HSS de alta resistência, e uma Spool Gun especial para soldadura em alumínio e para soldadura brazing (fria) em chapa galvanizada, reduzindo drasticamente os tempos de reparação de veículos. Por sua vez a tecnologia Digidesk avançada, permite uma ainda melhor regulação dos programas de soldadura de forma rápida e fácil, assegurando constantemente um controlo absoluto do arco e uma excelente qualidade de trabalho. Segundo a Bolas, o Digital Mig 222 Twin é um aparelho ideal para quem deseja grande flexibilidade e um aparelho de soldar de alta performance.

Europeças renova equipamentos Delphi A Europeças S.A., renovou a gama de equipamentos de diagnóstico da sua representada Delphi, com a introdução de mais três novas soluções. Fruto de um desenvolvimento e evolução constantes na área do diagnóstico automóvel, a Delphi lançou no mercado 3 novas aplicações do seu software de diagnóstico, alcançando assim uma versatilidade e abrangência de oferta que consegue responder a todos os diferentes tipos de solicitações e de serviço verificadas nas oficinas de reparação independente e centros de serviço presentes no mercado nacional. Assim, no DS150 foi instalado o software de diagnóstico do DS100 em computador do cliente, com as inerentes vantagens em termos de maior rapidez de diagnóstico e melhor visualização da respectiva informação técnica. No DS350 foi também instalado o software de diagnóstico do DS100, mas em computador tipo tablet, utilizado no equipamento DS500 com ganhos em termos de eficiência no diagnóstico e melhor visualização dos respectivos valores – com utilização de computador vocacionado e preparado para utilização no ambiente oficinal. Por sua vez o DS550 passou a ter o software de diagnóstico do DS500 em computador do cliente, mantendo as mesmas funções de serviço mas com maior versatilidade e personalização pela respectiva oficina ou centro de serviço. Para além das vantagens apontadas, estas novas soluções de diagnóstico exigem um investimento menor, sem compromisso das respectivas funcionalidades e características técnicas, o que poderá constituir a opção ideal para a oficina/centro de serviço, devido a uma muito favorável relação custo/benefício.

Davasa alarga rede A Davasa, como principal Distribuidor Bosch, procura oferecer às Oficinas Especialistas Bosch, um desenvolvimento profissional na procura de formação, informação actualizada e assessoria de modo a poder acompanhar a evolução técnica dos sistemas de injecção. No âmbito do Conceito Bosch Injection Systems, a Davasa tem vindo a alargar a rede de oficinas. Desta forma, a Davasa no passado mês de Julho procedeu à entrega das placas de identificação “BOSCH Injection System”, em cinco dos seus clientes aderentes.


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Breves 96,7% DOS EMPREGADOS DA WD-40 SATISFEITOS Segundo um estudo de opinião realizado pela empresa Peter Barron Stark, a quase totalidade dos empregados da empresa WD-40 Company de todo o mundo manifestaram-se satisfeitos, afirmando que se trata de " um bom lugar para trabalhar ". Dirigentes desta empresa especializada em lubrificantes multiusos não estranharam o resultado do referido inquérito, pois a sua principal estratégia para os colaboradores consiste em manter o seu nível de motivação o mais elevado possível. Afinal, ainda se vão encontrando alguns vestígios da verdadeira utopia.

CONSELHO DE MINISTROS DO AMBIENTE DA UE Os Ministros do Ambiente dos 27 países que integram a U.E. estiveram recentemente a debater as medidas legislativas destinadas a reduzir as emissões de dióxido de carbono. A base do debate foi a proposta da CE de reduzir as emissões de CO2 dos automóveis para 130 g/km, até 2020. Vários estados membros, entre os quais a Dinamarca, a Eslovénia e a França, advogaram a necessidade de baixar para 100 gramas ou menos, até 2020, mostrando-se mais ambiciosos que a própria Comissão Europeia. Em contrapartida, a maior parte dos países preferiram apostar em fixar metas a mais longo prazo, para permitir a progressiva adaptação da indústria às mudanças.

MÓDULOS DE INÉRCIA INOVADORES NA DURA As caixas de velocidades mecânicas necessitam de módulos de inércia rotativos, a fim de permitir passar as mudanças com suavidade. A empresa Dura Automotive Systems France, desenvolveu módulos de inércia mais leves até 75%, que reduzem o peso total da caixa de velocidades (até 0,7 kg), bem como o respectivo volume. Este fabricante desenvolveu os novos módulos de inércia na sua fábrica perto de Saint-Etienne (França). PUB

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NOTÍCIAS Texa com campanha de actualização Seguindo a sua política de evolução e de avanço tecnológico, a Texa lançou no mercado a nova versão 6 do software de base da dados Konfort, bem como a possibilidade de a actualizar via GPRS. Utilizando como motivo esta actualização, a Texa iniciou uma campanha de actualização das estações Konfort para a manutenção do ar condicionado. Assim, com a simples contratação do Texpack Konfort, através do qual pode ser actualizado o software da base de dados, a Texa oferece às oficinas o módulo Wasy. Esta actualização será automática, já que é feita via GPRS directamente para o equipamento sem ser necessário um computador. Todos os modelos da linha Konfort 600 e 600E, contêm uma base de dados completa com os valores de referência das quantidades de refrigerante de cada modelo de veículos. Refira-se que esta campanha de actualização estará a decorrer até final do mês de Setembro.

Sika reforça gama Aftermarket A Unidade de Negócios Indústria da Sika lançou um novo catálogo da sua gama de produtos AGR (Automotive Glass Replacement) destinada à substituição de vidro automóvel. A gama de produtos dedicados ao AGR é composta por três produtos principais: - SikaTack®-MoveIT (o mais rápido do mercado); - SikaTack®-Drive (para centros de substituição especializados); - Sikaflex® 256 (para as oficinas não especializadas). O Sikaflex® 256 é o produto mais novo desta gama, um poliuretano de fácil utilização, que não exige primário, com excelentes propriedades e de aplicação a frio. Todos os produtos têm aprovação OEM (dos fabricantes). É também curioso que este mesmo catálogo contempla no verso um poster com um guia de “Instruções de Substituição de Vidro Automóvel”. Em breve, a Sika lançará no mercado o Kit Sikaflex® 256, que tal como o Kit SikaTack®-Drive virá satisfazer uma lacuna nas necessidades dos utilizadores menos frequentes.

Boletins técnicos

BERU A BERU revê as suas informações de produto em intervalos regulares e assegura assim que estejam disponíveis rápida e actualmente importantes conhecimentos para os profissionais. Uma das novidades neste campo é a compilação BERU TI 02 designada “Tudo sobre velas de ignição”, a que se junta o outro informativo técnico TI 04 “Tudo sobre velas incandescentes” agora adaptado aos últimos avanços da técnica. A primeira delas expõe em 16 páginas uma vista geral sobre o funcionamento da vela de ignição nos motores a gasolina, a sua estrutura, assim como os distintos tipos de velas de ignição da BERU e suas particularidades construtivas. Os conselhos práticos da oficina ocupam um lugar principal. Também em 16 páginas o boletim TI 04 “Tudo sobre velas incandescentes” dos modernos motores Diesel, menciona os procedimentos distintos de injecção e a problemática de arranque em frio no geral. De particular importância para os práticos são os capítulos “Construções baratas – deve renunciar a elas!” e “Causas de falhas das velas de incandescência cilíndricas”. Mostra aos profissionais oficinais que características construtivas existem entre as velas incandescentes baratas e imitações de produtos da marca BERU de elevada qualidade. Conselhos concretos e ajudas práticas para a desmontagem e montagem de velas incandescentes completam o prospecto técnico. Outro informativo técnico de grande interesse lançado pela BERU é o intitulado “Tudo sobre a incandescência de veículos propulsados a gás”. A BERU no boletim TI 06 dedicado a este tema, explica como se mantêm correctamente os veículos propulsados a gás e se evitam, por isso, as avarias de funcionamento.

Campanhas

RPL Clima

A RPL Clima, Lda, lançou uma campanha para toda a gama de tubos A/C para as marcas Audi, BMW, Citroen, Ford, Seat, Skoda e VW. Esta oferta abrange um vasto leque de referências disponíveis. A empresa dispõe de tubos para A/C originais do Audi A3, A4, Bmw E46, Citroen Xsara, Xsara Picasso, Ford Mondeo, Focus, Galaxy; Seat Ibiza, Leon , Toledo, Alhambra; VW Golf 4, Passat 6 e Sharan. Também em campanha, a RPL Clima tem compressores, condensadores e electroventiladores para os Fiat Punto, Grande Punto e Stilo. Esta abrange os compressores Denso SCS06 e os Denso 5SL12, novos, com garantia de 2 anos. Os compressores disponíveis são para as seguintes viaturas: Fiat Punto de 1999 até 2005, os Grande Punto, desde 2005, tanto a gasolina como o 1.3jtd e o Stilo 1.9jtd A empresa também já tem disponível no mercado o tubo para a Ford Galaxy, Seat Alhambra e VW Sharan, que vai do compressor ao condensador (Ref. RPL APMGFD0042). Também disponível os tubos para o VW Passat 2.0 Tdi que vão ao condensador. As referências são APMGVW0018 e APMGVW0019.


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Breves JESUS OLIVARES NA

SOGEFI FILTRATION Jesus Olivares assumiu o comando da estrutura comercial da Sogefi Filtration de Portugal e Espanha para o mercado independente. Com esta nomeação, o mercado português passa a estar englobado na área de influência ibérica, permitindo ainda consolidar a gestão de todas as marcas que compõem o programa de negócios do Grupo Sogefi em Portugal e em Espanha. Jesus Olivares tem vários anos de experiência no pós venda automóvel independente, depois de integrar a equipa comercial da Tenneco.

MUDANÇA DE CHEFIAS NA IVECO O director de pós venda para Portugal e Espanha da Iveco, Antonio Mozas, foi nomeado director da divisão Customer Service, na delegação da marca em Nanjing (China). As competências do nomeado Antonio Mozas serão bastante amplas, incluindo o objectivo de definir e desenvolver os processos de pós venda no mercado local e assegurar a assistência aos veículos Iveco na região. Para substituir Mozas no mercado pós venda ibérico, foi nomeado Luis Heredia Oroz. PUB

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NOTÍCIAS Stand Barata,

6 das 9 lojas abertas ao sábado todo o dia

Inserido no novo Projecto de Desenvolvimento que o Grupo Auto Sueco se propôs a concretizar quando da aquisição do Stand Barata em Dezembro de 2006, concluiu-se em 2 de Agosto a fase de abertura ao sábado todo o dia, nas Lojas de Almada, Cruz de Pau, Setúbal, Seixal, Barreiro e Faro. Esta melhoria no Serviço ao Cliente, em conjunto com outras recentemente implementadas como a mudança de imagem, com consequente maior funcionalidade das Lojas Stand Barata, alargamento do nº de Lojas com a aquisição de pontos de venda em Évora e Santiago do Cacém, aumento e reforço das gamas oferecidas, com destaque para a área de Carroçaria, sendo a Empresa a Sul do Tejo com o maior e melhor stock de vidros párabrisas do mercado, reforço de parcerias com alguns dos maiores fornecedores de equipamento original do Mundo, sendo um bom exemplo a Valeo onde o Stand Barata actualmente oferece uma gama de A a Z, faz desta empresa uma das mais bem preparadas para enfrentar os desafios que o Aftermarket Independente terá de superar. O alargamento no horário de fornecimento de peças aos clientes, foi só mais um passo.

Encontro de

rectificadores

A Autosilva Acessórios organizou um encontro com profissionais especializados do sector automóvel, principalmente rectificadores, com o patrocínio da marca SM/NPR, no complexo “Funpark” na cidade de Fátima. A parte da manhã foi toda preenchida com uma apresentação da empresa NPR desde o seu aparecimento no Japão até a sua instalação na Europa há mais de 40 anos e uma formação sobre os segmentos NPR acompanhando a evolução dos materiais utilizados no seu fabrico aliada à tecnologia da NPR até à discussão de metodologias de aplicação, mediação e controlo do produto. Na parte da tarde houve tempo para diversas actividades lúdicas, num dia bem passado, onde se juntou a formação e o divertimento.

Promoções de Verão na

Tomarpeças

Numa altura em que o período de férias ainda está para durar a Tomarpeças continua a apostar nas Promoções de Verão, nomeadamente em material de travagem (das diveras representadas), com descontos adicionais. Uma das novidades, neste período, é o lançamento do conjunto de distribuição Nipparts para os motores 4D56 e 4D56T da Mitsubishi e D4BF e D4BH da Hyundai, a preços muito competitivos. Outro lançamento, igualmente na marca Nipparts, são os amortecedores, que apresentam preços aliciantes para stocks iniciais. Nos lubrificantes da Gulf, G-Oil e de diversas outras marcas, a Tomarpeças apostou numa política de preços líquidos imbatíveis. Mais informações sobre produtos, campanhas e promoções em www.tomarpecas.com.


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Breves MAN ENTREGA PRÉMIOS A FORNECEDORES Os troféus "Trucknology Supplier 2007" foram concedidos pelo construtor alemão de camiões e autocarros MAN, aos melhores fornecedores, que contribuíram com os seus produtos e procedimentos para garantir a qualidade e a economia dos veículos industriais MAN. Os contemplados desta vez foram a Continental, Robert Bosch e SKF, entre outros. Os factores que justificaram a atribuição dos prémios foram: inovação, qualidade, segurança de fornecimentos e gestão de custos.

NOVA UNIDADE PRODUTIVA DA LECHLER A nova fábrica desta empresa destina-se a produtos de base aquosa, estando localizada em Foligno (Itália), numa área de 5.500 m2. Junto desta unidade surgiu igualmente um novo espaço logístico de armazenamento e expedição, com capacidade para 10.000 palets.Os principais produtos que serão fabricados aqui pela Lechler são os vernizes industriais à base de água, esmaltes, fundos e primários.

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NOTÍCIAS CS com travagem Delphi

Ajusa em novas instalações

A CS Peças Auto continua a parceria com a marca norte americana com a inclusão no seu protfólio de produtos da gama de travagem Delphi, nomeadamente, pastilhas, discos e maxilas de travão. A Delphi é actualmente um dos mais importantes fornecedores de tecnologias de transporte e electrónica móvel e líder mundial no fornecimento de tecnologia automóvel para OE. A nível do produto, as pastilhas de travão são concebidas para ir ao encontro das especificações de cada veículo, sendo utilizados mais de 20 materiais compostos. A sub-camada de fricção com maior teor de resinas do que a superfície de travagem da pastilha, permite maior absorção de vibrações e consequente redução de ruídos. Por sua vez, os discos de travão são concebidos através de CNC (Computer Numerically Controlled) com fabrico simultâneo das duas faces de fricção, assegurando paralelismo entre ambas.

Maxilub distribui lubrificantes G-Oil A Maxilub empresa a operar há oito anos em Portugal no mercado dos lubrificantes e constituída por ex-elementos de Companhias Multinacionais do sector, junta ao seu portfólio de marcas uma linha de lubrificantes de alta qualidade a preços imbatíveis. Os lubrificantes G-Oil são produzidos segundo a última tecnologia, possuindo uma equipa especializada de técnicos que aferem constantemente a sua produção e linha de enchimento completamente informatizada e robotizada. Esta marca possuí uma vasta gama de produtos, destacandose os novos lubrificantes de motor sintéticos

5W30 para viaturas com filtros de partículas (DPF ou FAP) com as aprovações das principais marcas de automóveis e, segundo a empresa, com preços muito abaixo da concorrência. Atenta às necessidades dos seus clientes, a Maxilub dispõe de um sistema personalizado de entregas, com segurança, em toda a área da grande Lisboa, Alentejo e Algarve, ou seja, entrega o lubrificante na oficina e no local onde o cliente mencionar, pois normalmente as embalagens grandes têm 185 Kg sendo muito difícil o seu manuseamento deixando assim o cliente de se preocupar com a arrumação dos bidons.

No passado mês de Agosto a Ajusa mudou-se para as suas novas instalações situadas no Polígono Industrial AJUSA em Albacete. Neste complexo Industrial de 340.000 m2 instalaram-se todas as empresas da “Corporación HMS”, grupo empresarial onde pertence a AJUSA. A Ajusa dispõe de instalações com 50.000 m2 onde irá agrupar as diversas fábricas e armazéns. Nestas novas instalações contará com 6.000 m2 dedicados à investigação e desenvolvimento de tecnologías de hidrógeno como fonte de energia alternativa. Além disso, mediante uma instalação solar fotovoltaica de 1,5MW sobre os telhados das novas fábricas, AJUSA será capaz de gerar, de uma forma renovável e sustentável, uma elevada percentagem de toda a energia que o Polígono irá consumir. Em Portugal a Ajusa está presente pelos seus parceiros de negócio, a Tomarpeças e a Mundimotor.


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Breves NOVO CATÁLOGO DIAVIA O catálogo 2008/09 da Diavia é o mais completo de sempre, incluindo todas as novas famílias de produtos e todas as referências apresentadas até ao momento pela marca. Além disso, a Diavia passa a incluir neste catálogo o preçário completo de PVP recomendado, para além de todos os índices de aplicações e referências, com fotografias e dados técnicos completos. Nos produtos de maior rotação (compressores, filtros/desumidificadores, etc.) as referências aumentaram 25%, mas houve famílias de produtos que cresceram 40% (filtros de habitáculo).

TRW REFORÇA SEGURANÇA DO NOVO IBIZA O novo Seat Ibiza alcançou 5 estrelas no catálogo de vendas de carros Euro NCAP, sendo considerado um dos carros mais seguros da sua categoria. Para este modelo, a TRW Automotive, especialista global em sistemas automóvel de segurança activa e segurança passiva, fornece airbags laterais, pré-tensores e as fixações dos cintos de segurança de trás, assim como os discos de travão do eixo posterior. O volante deste modelo, que tem airbag integrado, é fabricado na unidade de Valência da TRW, enquanto que o sistema EPHS é produzido pela fábrica de Pamplona do mesmo fornecedor.

SOLUÇÕES AVANÇADAS DA SKF A fábrica da filial SKF Bearing Services Taiwan, Ltd., pertencente ao grupo sueco SKF, lançou novos rolamentos para montantes de suspensão MacPherson, que estão projectados para durarem toda a vida útil do veículo. Outras vantagens são a facilidade de montagem, dimensões compactas, leveza e maior flexibilidade a plena carga. Este rolamentos são fabricados com as tecnologias de produção mais avançadas, sendo rolamentos de esferas de contacto angular de alta performance, com binário de fricção controlado. PUB

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NOTÍCIAS Grande dinâmica dos

Autocenter

Uma das maiores redes de centros auto em Portugal não pára de inovar e de crescer. O recente projecto de lançamento de Oficinas Móvel, passou a ter uma nova unidade (para ligeiros) a operar no distrito de Setúbal. Depois de se ter iniciado em Faro, Lisboa, Porto e Funchal, outras unidades serão lançadas brevemente em Lisboa (mais dois veículos um deles a operar no eixo Sintra / Cascais), Aveiro, Braga, Coimbra e Leiria. Para assistência a veículos pesados já existem unidades móveis em Faro, Matosinhos, Braga e muito brevemente em Bragança. Ao nível de lojas foi inaugurado um novo centro em Leiria, que agora se encontra localizado junto à Makro e Recheio (zona Norte de Leiria). Esta nova unidade, pratica serviços também em camião, situação que não era possível executar na anterior localização. Já em Setembro serão inaugurados mais três novos Autocenter, um deles em Braga Sul (Parque Industrial de Celeirós), outro na Póvoa do Varzim, integradado num projecto conjunto com a Prio (grupo Martifer) e por último em Leça da Palmeira junto ás bombas da Cepsa. Esta empresa procedeu ainda à reformulação de metade da área da Loja de Lisboa – Centro Comercial Colombo, que passou a ser dedicada exclusivamente a Senhoras (Autocenter – Women). Esta unidade passou já a contar com dois novos serviços: Naturewash (lavagens a seco/ecológicas) e o escurecimento de vidros juntamente com a VP – Valdemar Peliculas (películas com homologação). Refira-se que estes dois novos serviços, estão ainda presentes nas lojas do Seixal e da Senhora da Hora.

Fonos

A lança uma nova adenda no catálogo A Tenneco Inc., fabricante dos sistemas de escape e de conversores Fonos e Walker, introduziu no mercado uma adenda ao seu catálogo Fonos. Esta inclui 240 novas referências, que se encontram disponíveis por toda a Europa. A nova adenda vem complementar o catálogo 2007-2008 da Fonos e contém uma actualização dos novos veículos equipados pela Fonos. A oferta Fonos® inclui uma gama completa de silenciadores protegidos contra a corrosão e de conversores, todos eles homologados e de acordo com as normas europeias. Além disso, a gama Fonos® apresenta ainda, entre outros, tubos de escape, tubos de conexão e sistemas de escape completos. O catálogo contém também o 4 Gas – Leitor de Análise de Gases Avançado (4G AGAR), um software inovador de interpretação de gases de escape criado para detectar falhas no motor. O catálogo completo Fonos está também disponível na internet como apoio suplementar aos clientes, e oferece um rápido acesso a actualizações mensais, cruzamento de referências com números do Equipamento Original, novas referências, gráficos, e até informação mais detalhada no que respeita a peças disponíveis. O leitor pode encontrar mais informações em www.walker-eu.com.

Mais duas instalações

Centrauto

O Grupo Centrauto, inaugurou no mês de Junho duas novas lojas de venda a retalho de Peças e Acessórios para automóvel em Mourisca do Vouga e Coimbra. Em Mourisca do Vouga trata-se da Loja número 46, que possui uma área de armazenagem e venda de 350m2, enquanto em Coimbra é a 47ª loja, com uma área armazenagem e venda de 400 m2.

LuK optimiza o Volante Bimassa Quase 20 anos depois do bem sucedido desenvolvimento do Volante Bimassa – DMF, o Grupo Schaeffler, por meio da LuK, conquista mais um marco no campo do amortecimento de vibrações. Devido à integração em posição neutra do pêndulo centrífugo, a capacidade de amortecimento do Volante Bimassa pode ser aumentada com o auxílio de mais um componente adaptável à rotação. Desta forma, a LuK assegura o conforto na direcção, inclusive para as gerações de motores de alto-torque que estão a chegar. O amortecedor de pêndulo centrífugo é montado na falange do Volante Bimassa. A rigidez efectiva necessária do pêndulo é gerada pela força centrífuga durante a operação. O amortecedor de pêndulo centrífugo não tem uma frequência natural fixa, ele altera sua frequência dependendo da rotação. Por isso, ele é conhecido como “amortecedor adaptável à rotação”.

A absorção eficiente de um nível de vibração seleccionado, por exemplo, a frequência de ignição do motor, pode ser alcançada por meio de uma sintonização apropriada. Um pêndulo de 1kg de massa é tudo o que se precisa para reduzir em até 60% as vibrações na transmissão. O novo amortecedor também oferece vantagens com relação ao espaço de instalação. O pêndulo substitui o amortecedor interno que encontramos nos Volantes Bimassa convencionais e não requer espaço adicional. A LuK desenvolveu o Volante Bimassa em 1985 para ajudar a combater o ruído dos câmbios causado por altas rotações – um amortecedor feito de duas massas interconectadas por um sistema de amortecimento de molas. Desde então, o DMF vem evoluindo continuamente para atender o crescente desempenho dos motores e as exigências de conforto dos clientes.


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Berner com nova solução para Ar-Condicionado A Berner tem disponível mais um artigo para a reparação e manutenção do ArCondicionado automóvel. Este conjunto de 4 gavetas é constituído por uma variedade de acessórios (O´rings, juntas especiais, juntas tóricas, juntas springlock, extractores de tubos, válvulas e tampões) para sistemas de Ar-Condicionado, formando assim, uma solução completa na sua reparação e manutenção. Prático, completo e versátil, o Kit 4 gavetas Berner surge em complemento ao programa que a Berner disponibiliza para Ar-Condicionado.

AZ Auto e Cometil juntam sinergias No dia 30 de Julho de 2008 a AZ Auto organizou em cooperação com a Cometil um workshop direccionado aos reparadores independentes onde apresentou um projecto conjunto de sinergias e valências técnicas ao serviço do desenvolvimento do negócio da reparação. As instalações da Cometil em Santo Tirso acolheram inúmeros participantes que receberam esta iniciativa com enorme entusiasmo. O projecto conjunto da AZ Auto e Cometil visa dotar os reparadores independentes com competências e ferramentas técnicas adequadas às novas exigências do mercado, bem como disponibilizar serviços técnicos e comerciais que apoiem o desenvolvimento do seu negócio. O workshop abordou conceitos básicos sobre o funcionamento, reparação e manutenção de sistemas de direcção, suspensão e travagem, havendo uma forte componente prática que muito agradou aos participantes. Abordou-se também o tema das garantias e qual a oportunidade que o BER veio aportar. Ferramentas electrónicas como o catálogo TecDoc e o software VIVID foram largamente aplaudidas, bem como o apoio técnico que AZ Auto e Cometil disponibilizam. Conscientes da necessidade de promover uma total confiança no consumidor, os participantes encontraram nesta cooperação o apoio que há muito necessitavam e de forma completa: suporte técnico, informação técnica, formação, soluções informáticas auto, aconselhamento na gestão do negócio e equipamento adequado. O resultado final foi bastante positivo e já se encontram planeados futuros workshops fruto desta vantajosa parceria.

Kits de Embraiagem

Blue Print em Campanha

Para os meses de Setembro e Outubro a Blue Print tem em curso uma campanha de incentivo para Kits de Embraiagem. O objectivo da campanha é incentivar as vendas de Kits de Embraiagem junto dos clientes dos seus distribuidores. Paralelamente a este facto a Blue Print pretende com esta campanha focar-se, também, no seu distribuidor. Pretende-se manter e aperfeiçoar as fortes relações entre os “Business Development Manager” e os clientes da marca, ao mesmo tempo que é desenvolvida uma estratégia de vendas e escoamento deste produtos centrada no cliente, no seu negócio e em novas oportunidades que possam surgir. A marca tem catalogados mais de 800 Kits de Embraiagem distintos, com aplicação em mais de 2.066 variantes de veículos Asiáticos e Americanos. Quanto à qualidade, é equivalente à origem e a garantia é de 2 anos, contra defeitos de fabrico. A campanha tem dois momentos distintos, um direccionado ao distribuidor Blue Print e um segundo virado para o seu cliente. Ambos são suportados por material de marketing e comunicação produzido pela Automotive Distributors Ltd., detentora da marca Blue Print.


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2 Simpósio Pós-venda Automóvel 16 de Outubro de 2008

Centro de Congressos de Lisboa - Rua da Junqueira - Lisboa

ESTÁ A UM

e-Mail

DE PODER PATROCINAR... PATROCINADOR PRINCIPAL:

PATROCINADOR SIMPLES:

ORGANIZAÇÃO:

MEDIA PARTNER:

APOIO:

APOIO INSTITUCIONAL:

COMUNICAÇÃO

AP Comunicação • +351 21 928 80 52 Director Publicidade: Mário Carmo • +351 91 705 96 75 • mario.carmo@apcomunicacao.com Publicidade: Anabela Machado • +351 96 538 09 09 • anabela.machado@apcomunicacao.com

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16 OUTUBRO 2008

CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOA

Venha assistir ao maior acontecimento nacional dedicado ao sector do Pós-venda Automóvel

1 DIA – 8 ORADORES – MAIS DE 300 PARTICIPANTES

ÚLTIMA OPORTUNIDADE INSCREVA-SE AGORA E POUPE 75 € Aproveite a Campanha de Inscrições em vigor até 30 de Setembro 2008 e usufrua de um desconto de 75 € sobre o valor da Inscrição

TEMAS EM DEBATE:

DESTINATÁRIOS:

• As energias alternativas e o automóvel (Como preparar o Pós-venda?)

Abrangendo os diversos sectores de actividade do Pós-Venda Automóvel, este evento destina-se a:

• Tendências para o futuro da distribuição de peças

• Directores de empresas fabricantes de peças e equipamentos

• O Comércio de Peças (Peças de Marca versus Peças Independentes)

• A Oficina de hoje (Oficina independente tradicional versus Redes de Oficinas e Concessionários) • Formação Profissional (Tendências e Necessidades)

• Novas tecnologias / novos desafios (o maior obstáculo do aftermarket) • Mobilidade a preço baixo precisa-se! (Construtores apostam em híbridos e automóveis mais leves)

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• Directores de empresas de distribuição de peças e equipamentos • Directores Pós-Venda das oficinas de marca

• Novo BER (Acesso à informação técnica) • Novos players na Indústria (Índia e China)

• Proprietários e gerentes de oficinas multimarca;

• Proprietários e gerentes de auto-centros e serviços rápidos

• Proprietários e gerentes de oficinas de pneumáticos

• Administradores de empresas e entidades diversas ligadas ao Pós-Venda Automóvel ou outros interessados neste mercado.

Saiba tudo sobre o Simpósio Pós-venda Automóvel em:

simposio.apcomunicacao.com


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CRE VAA S G E PO OR E UPE A * INS

BOLETIM DE INSCRIÇÃO POR FAVOR, PREENCHER EM LETRA MAIÚSCULA Se preferir, pode também fazer a sua inscrição on-line em: simposio.apcomunicacao.com

75€

DADOS DA ENTIDADE

Empresa: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Morada: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Código Postal: ______________________________________________________ Localidade: ________________________________________________________________________________________________

Telefone: ___________________________________________________________ Fax: ____________________________________ Nº Contribuinte: ____________________________________________________ Contacto: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ E-mail: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Telemóvel: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

DADOS PARA FACTURAR

Preencher caso a factura seja emitida a uma entidade diferente da referida acima

Entidade: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Morada: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Código Postal: ______________________________________________________ Localidade: ________________________________________________________________________________________________

Telefone: ___________________________________________________________ Fax: ____________________________________ Nº Contribuinte: ____________________________________________________

DADOS DAS PESSOAS A INSCREVER

Nome: _________________________________________________________________________________ E-mail**: _____________________________________________________________________________ Nome: _________________________________________________________________________________ E-mail**: _____________________________________________________________________________ Nome: _________________________________________________________________________________ E-mail**: _____________________________________________________________________________ Nome: _________________________________________________________________________________ E-mail**: _____________________________________________________________________________ Nome: _________________________________________________________________________________ E-mail**: _____________________________________________________________________________

** Indique o seu e-mail e receberá a confirmação da sua inscrição por via electrónica, o que lhe permitirá fazer a acreditação no Simpósio de uma forma mais rápida.

VALORES DA INSCRIÇÃO (por pessoa)

*Até 30 de Setembro: 125 € (IVA incluído) (valor válido para pagamentos efectuados até à data indicada) A partir de 1 Outubro: 200 € (IVA incluído) O valor da inscrição inclui participação integral no Simpósio e toda a documentação das apresentações, além do almoço e cafés indicados no programa.

Nota: As empresas que inscrevem 3 ou mais pessoas, beneficiam de um desconto especial de 15% sobre o valor da inscrição. Para mais informações, contactar com: Paula Catela – Telefone: 21.928.80.52 – e-mail: paula.catela@apcomunicacao.com

FORMA DE PAGAMENTO

- Por cheque: Endereçado a AP Comunicação Largo Infante D. Henrique, 7 Várzea de Colares 2705-351 Colares

- Por transferência bancária, para a conta: NIB 0033.0000.4533.7401.7190.5 Banco Millennium bcp – Colares Após a transferência, envie um fax (21.928.80.53) com o cupão de inscrição preenchido e comprovativo da transferência bancária.

Notas: - Após o envio desta inscrição e respectivo pagamento, receberá a factura / recibo correspondente à mesma. - A todos os participantes que assim o desejarem, será entregue um Certificado de Assistência ao Simpósio. - Se não puder assistir ao Simpósio, o cancelamento deverá ser comunicado por correio ou fax. Se tal cancelamento for comunicado até dois dias úteis antes do início do evento, ser-lhe-á restituído o valor da inscrição. Depois deste período, não nos será possível a devolução do mesmo. No entanto, poderemos admitir uma substituição à sua presença. Qualquer substituição deverá ser notificada por correio ou fax até um dia útil antes do início do evento. - Os dados recolhidos são objecto de tratamento informatizado e destinam-se à gestão do pedido de inscrição para participar no 1º Simpósio Pós-Venda Automóvel.

ORGANIZAÇÃO:

AP Comunicação Largo Infante D. Henrique, 7 Várzea de Colares 2705-351 Colares Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com Internet: www.apcomunicacao.com

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Breves BOSCH E SAMSUNG NA CORRIDA DAS BATERIAS COM TECNOLOGIA IÃO-LÍTIO As duas empresas formaram uma sociedade (50%+50%) para desenvolver e fabricar baterias com a tecnologia de iões de lítio, que se chamará SB LiMotive Co. Ltd., com sede na Coreia do Sul. Desde que a nova empresa passe o teste das leis anti monopólio, a sua actividade terá início antes do final do Verão deste ano. Este investimento vem na sequência do esperado aumento exponencial da procura de baterias para propulsão de veículos eléctricos e híbridos, face às crescentes dificuldades que o motor térmico está a demonstrar para sobreviver às várias crises que afectam a humanidade. De resto, a associação entre as duas empresas poderia ir mesmo mais longe, uma vez que a Bosch possui já um enorme acervo tecnológico no que se refere a projectos de propulsão automóvel híbrida. Quanto à Samsung, a empresa lidera a tecnologia das baterias de ião-lítio, que já fornece para um grande número de fabricantes de computadores portáteis e ferramentas eléctricas, tendo produzido já 376 milhões de baterias deste tipo. PUB

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NOTÍCIAS Mais referências

Nipparts

Entrou em vigor no passado dia 1 de Julho uma nova sequência de novas referências Nipparts. A partir dessa data todas as referências criadas de raiz irão ter como prefixo a letra “N” e não “J” como vem sendo hábito. Esta alteração só se aplica a novas referências pelo que as já existentes mantêm-se inalteráveis. Refira-se ainda que desde o passado dia 1 de Julho tiveram lugar algumas alterações à tabela geral Tomarpeças / Mundimotor. Para se inteirar destas novidades, poderá consultar o www.tomarpecas.com.

Equipamentos

Wynn´s renovados

A Europeças, distribuidor nacional exclusivo para a gama profissional do fabricante de aditivos e equipamentos Wynn’s, renovou a respectiva gama de equipamentos oficinais de serviço de manutenção, donde se ressalta como alteração primordial a criação do conceito “Wynn’s Serve Plus”. Este conceito de equipamentos oficinais compreende um programa de serviços de manutenção profissionais e tratamentos químicos que garantem um funcionamento optimizado, bem como um incremento no conforto da condução para todos os sistemas mecânicos de veículos ligeiros de passageiros e comerciais. O programa Wynn’s Serve Plus foi concebido para oferecer uma solução ao cliente da oficina, eficiente e económica, introduzindo tratamentos/serviços de manutenção fáceis de operar e com vantagens em termos de redução de mão-de-obra para os técnicos/mecânicos. Os serviços Wynn’s Serve Plus incluem, entre outros, o serviço de manutenção de sistemas de combustível, ventilação de Ar Condicionado, sistemas de refrigeração, sistemas de transmissão automática, sistemas de travagem e sistemas de direcção assistida.

Sifeca com outra dinâmica A Sifeca, em resultado da sua recente reestruturação de preços, produtos e dinâmica comercial, está a reforçar-se no alargamento da oferta de novas referências e produtos aos seus clientes. Desse modo a Sifeca acaba de lançar o seu primeiro produto com marca própria. Trata-se de um Anticongelante Sifeca, que apresenta, segundo a empresa, uma excelente relação qualidade / preço, entretanto reconhecido pelos profissionais que já o utilizaram.

Fuchs lança Agrifarm A FUCHS, o maior produtor independente mundial de lubrificantes, complementa a sua gama com uma completa e totalmente nova linha de lubrificantes para a maquinaria agrícola. Esta linha, designada por AGRIFARM, inclui entre outros, óleos para motores, engrenagens, massas lubrificantes e óleos hidráulicos para uma variedade de aplicações. Os lubrificantes AGRIFARM caracterizam-se pelo seu desempenho e economia. São produtos inovadores e de alta tecnologia que asseguram a máxima fiabilidade para todo tipo de equipamento. Trabalham eficazmente a todas as temperaturas e destacamse por proporcionarem consumo reduzido de óleo e economia de combustível, garantindo intervalos de mudança de óleo alargados e uma significativa redução do desgaste do equipamento.


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Breves PPG VENDEU A SUA POSIÇÃO A posição dominante que a PPG tinha no seu negócio de vidros para automóveis foi cedida à empresa Kohlberg & Co., por 330 milhões de US dólares. A empresa tenciona encaixar 270 milhões, depois de pagar juros vencidos, taxas e despesas de contrato, mantendo ainda 40% do capital no empreendimento emergente da transacção. O presidente da PPG, Charles E. Bunch, disse que esta venda permitirá à empresa concentrar-se no seu negócio central de sistemas de pintura e produtos químicos, bem como reduzir a sua dependência em relação ao mercado interno norte-americano. Esta transacção vem na sequência de um negócio anteriormente falhado com a Platinum Equity (Califórnia), que congelou o verba de 500 milhões de dólares envolvida e moveu uma acção judicial à PPG, alegando que esta não forneceu toda a informação necessária e objectiva sobre a venda. Em seguida, a PPG accionou judicialmente a Platinum Equity e exigiu uma indemnização de 25 milhões de dólares, por rompimento do contrato. PUB

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NOTÍCIAS TRW em grande na Automechanika A TRW Automotive Aftermarket pretende reforçar a sua posição neste mercado apostando fortemente na sua presença, com um stand de grandes dimensões, na Automechanika. Para além de mostrar grande parte da sua gama de produtos, a TRW demonstrará neste stand a sua posição de líder em sistemas de chassis no mercado europeu de Aftermarket. Para François Augnet, Vice-Presidente da TRW Automotive Aftermarket esta é “uma excelente oportunidade para demonstrar aos nossos clientes o esforço que temos feito no desenvolvimento de novos produtos”. A nova estratégia para o programa de fricção, as novas ferramentas e o revolucionário novo website, que vai de encontro as necessidades dos nossos clientes, serão apostas da TRW neste certame.

SKF

equipa o “Carro do Ano 2008” - Fiat 500

Blue Print

Nova Gama para Veículos Americanos

A Blue Print somou à sua extensa gama de produtos para veículos Japoneses e Coreanos, produtos para veículos Americanos específicos para o mercado europeu. São cerca de 500 novas referências, para veículos como o Jeep Cherokee e o Chrysler 300C. Está, também, planeada a comercialização de peças para veículos Americanos importados. A gama Blue Print para veículos Americanos tem disponível desde os filtros, até peças para o sistema de travagem, direcção e suspensão. Componentes para a transmissão, arrefecimento e sistema eléctrico também estão abrangidos neste novo rol de peças. Poderá aceder ao catálogo on line Blue Print Live! e ao TecDoc e confirmar todas estas novidades. PUB

A SKF equipa o popular Fiat 500, eleito como “Carro do Ano 2008”, com os rolamentos de roda frente e traseiros, juntas homocinéticas, rolamentos de embraiagem, kit de correia de distribuição, tensores de distribuição e auxiliares, bomba de água e correias auxiliares. O júri internacional que presidiu à eleição do “ Carro do Ano 2008” constituído por especialistas de 22 países Europeus elegeram o Fiat 500 como “Carro do Ano 2008”, baseados nos critérios de design, conforto, segurança, economia, facilidade de condução, performance, respeito pelo ambiente e, finalmente, preço. A SKF, em linha com o compromisso de desenvolvimento de novos produtos para os carros mais recentes, desenvolveu uma vasta gama de aplicações para o Fiat 500: Rolamentos de roda – Frente e trás; Juntas homocinéticas – lado da Roda; Rolamento de embraiagem; Kits de correia de transmissão; Tensores; Kits para o sistema auxiliar; Correias para o sistema auxiliar; Bomba de água; Kit de suspensão. Toda esta gama poderá ser consultada no TecDoc e no catálogo online Compass Navigate.


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Breves SISTEMA ESP DA BOSCH COM SENSORES INTEGRADOS A partir deste ano, a Bosch passou a integrar os sensor de aceleração lateral ou transversal e o sensor de rotação da carroçaria na própria unidade de controlo do ESP. Para além de simplificar a montagem do sistema ESP, tanto na origem, como no mercado de pós venda, o espaço ocupado no habitáculo pelos componentes reduz-se consideravelmente. Esta versão do ESP foi montada pela primeira vez no novo Seat Ibiza.

HELLA É A MARCA Nº 1 NA ALEMANHA Segundo um inquérito de opinião levado a cabo pela revista especializada alemã Auto Motor und Sport (2008.03.13), a marca Hella está claramente à frente das preferências dos automobilistas alemães, no que respeita a iluminação automóvel. De facto, a marca Hella recebeu 71,6% dos votos os inquiridos. Dentre a inovações que mais impressionaram os automobilistas alemães, destaca-se o primeiro farol de série com tecnologia integralmente LED, montado no Cadillac Escalade Platinum.

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NOTÍCIAS SKF lança nova linha de produto...

Indasa

e campanha

na Automechanika 2008

A SKF apresentou em Lisboa, uma nova linha de produto: Correias para sistemas auxiliares SKF VKMV. Fornecedor de Equipamento Original, a SKF posiciona-se com esta linha de produto como o único fabricante no mercado de reposição auto a oferecer a medida exacta de acordo com a especificação de Origem. Como apoio ao lançamento do produto, a SKF lança o desafio - para encomendas de 10.000€ até final do corrente ano de 2008 os Clientes que apostarem nas correias SKF VKMV habilitam-se a uma viagem de 3 dias à bonita e histórica cidade de Bolonha, em Itália, onde terão o privilégio de conduzir automóveis vintage e deliciar-se com a excelente gastronomia da região.

À semelhança das realizações dos anos anteriores, A Indasa vai participar na edição de 2008 da Automechanika em Frankfurt, com stand próprio no pavilhão Body Repair & ColorTec dedicado às tecnologias de reparação de carroçaria e pintura – Hall 9.2 stand A23. A Indasa participa neste certame internacional desde 1994 e faz um balanço muito positivo deste investimento. A presença na feira é preenchida com a apresentação de novos produtos e serviços e como é habitual, será um ponto de encontro com muitos dos seus clientes nacionais e internacionais e ainda de outros parceiros de negócio actuais ou potenciais. Durante a realização do certame a Indasa fará deslocar para apoio à sua participação, 10 quadros de Portugal e outros 10 quadros das suas filiais europeias e americanas.

Cifam e Metelli lançam Pastilhas de Travão O mercado dos travões contará já em Setembro com mais dois “players” nas pastilhas de travão. Por ocasião da Automechanika 2008, a Metelli Co. apresentará uma nova gama de pastilhas de travão das marcas Cifam e Mitelli e respectivos catálogos 2009. As patilhas de travão serão um complemento importante à linha de Peças de Travão existentes das duas marcas. Isto foi possível graças ao acordo que a Metelli Co. alcançou com um importante fabricante italiano, confirmando a sua vocação “made in Italy”. Com um total de 3.885 referências para cada uma das duas marcas, as linhas de Peças de Travão Cifam

e Mitelli são extremamente completas: discos de tambor, kits pré-montados, cilindros de roda, cilindros mestre, válvulas reguladoras de pressão, discos de travão e, claro, as pastilhas de travão. O programa total de pastilhas de travão consiste de 1.276 referências para cada uma das duas marcas, cobrindo todo o parque automóvel Europeu. Nos sites de internet da Cifam, www.cifam.it, e da Metelli, www.metellispa.it, na secção Catálogo/Procura/Peças de Travão (Catalogue/Search/Brake Parts), já é possível consultar e fazer download do novo catálogo. A gama de produtos Cifam e Metelli está também disponível no TecDoc.


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ZF apresenta nova transmissão dupla A nova transmissão dupla da ZF será apresentada pela primeira vez a aproximadamente 900 engenheiros e representantes da imprensa na VDI 'Transmissions in Vehicles', evento que se realizará em Friedrichshafen. A transmissão desportiva 7DT está particularmente talhada para aplicações em motores de elevada velocidade. As trocas de velocidade sem interrupção de tracção permitem uma muito boa aceleração e desempenho do veículo e um baixo consumo de combustível. A transmissão foi desenvolvida em Kressbronn, Brandenburg e Schweinfurt; e está a ser produzida na unidade Car Driveline Technology da ZF. As marcas Sachs, Lemförder, Boge e ZF Parts para o aftermarket, fazem parte do universo ZF, através da divisão ZF Trading.

Federal Mogul construirá uma nova fábrica na índia A marca norte americana de componentes automóveis Federal Mogul, construirá um nova unidade de produção na cidade de Chennai (Índia), onde serão fabricadas peças para primeiro equipamento e peças de substituição, informou a companhia, que prevê iniciar a actividade de fabrico de sistemas de travão para automóveis e veículos comerciais já em Setembro. “Esta fábrica é outro exemplo do compromisso de crescimento da Federal Mogul na Índia”, explicou o responsável máximo da empresa, José Maria Alapont. “Os produtos fabricados na nova planta destinam-se aos fabricantes locais e a exportação ao mercado automóvel mundial, concluiu Alapont. Com 130 unidades de produção em 29 países nos seis continentes, e empregando 45 mil funcionários, a Federal Mogul está no leque dos 15 maiores fabricantes de componentes para automóveis do mundo, fornecendo importantes clientes com Equipamento de Origem. É um dos fornecedores líderes de componentes para o aftermarket independente europeu. O negócio de aftermarket representa quase metade das vendas da companhia, sendo o mercado europeu uma fatia de quase 1/3 do negócio da Federal Mogul. Champion, Ferodo, Moog, Payen, Goetze, AE, Glyco, Goetze, Nüral, Abex, Beral, Duron e Necto, são algumas marcas do universo Federal Mogul.

Mann+Hummel: Prémio Fornecedor do Ano General Motors A MANN+HUMMEL, detentora da marca MANN-FILTER, recebeu o Prémio Fornecedor do Ano General Motors 2007 pela sua importante contribuição para as conquistas da GM, com seus produtos e performance. O 16º prémio anual – chamado de "Melhor dos Melhores" - foi entregue durante cerimónia em Jacksonville, Flórida. A MANN+HUMMEL é a única empresa a receber este prémio da GM consecutivamente. "Estamos orgulhosos de homenagear a MANN+HUMMEL como um dos vencedores dos Fornecedores do Ano em 2007", disse Bo Andersson, vice-presidente do grupo GM, Compras Globais e Supply Chain. "A MANN+HUMMEL recebeu esta homenagem pelo seu excelente desempenho e pela sua importante contribuição para a produção mundial dos nossos veículos”. A MANN+HUMMEL prossegue com uma estratégia coerente de foco no cliente. Mesmo padrão no mundo todo, as mais recentes tecnologias e equipa altamente qualificada dentro de uma rede internacional de produção e desenvolvimento, são os pré-requisitos para a contínua inovação e alta qualidade em produtos e serviços. "Estamos muito satisfeitos de voltar a receber este prémio da General Motors, como um reconhecimento da nossa estratégia e foco dos clientes", disse o Dr. Dieter Seipler, CEO da MANN+HUMMEL. O Prémio de Fornecedor do Ano GM começou como um programa global em 1992. Os vencedores são seleccionados por uma equipe global de executivos de compras, engenharia, produção e logística que baseiam as suas decisões nos quesitos qualidade, serviços, tecnologia e preço. Este ano, a General Motors homenageou 92 fornecedores pelo seu excelente desempenho ao longo de 2007.


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Breves NOVO CATÁLOGO DA ROAD HOUSE Esta marca especializada em componentes para sistemas de travagem, lançou um novo catálogo para carros de passageiros e comerciais ligeiros, onde constam as últimas aplicações surgidas no mercado e todas as novas referências introduzidas nas diversas linhas de produto. Os novos modelos que podem ser equipados com a marca Road House os BMW Série 1 e Série 3, Fiat Bravo e 500, Ford Mondeo IV, novo Mercedes Série C, Peugeot 308 e Toyota Auris. Nos comerciais ligeiros, as maiores novidades são o Citroen Jumpy, Fiat Scudo e Peugeot Expert. O novo catálogo comporta cerca de 3.300 referências, correspondentes a todos os produtos da marca, para facilitar a localização das peças e ampliar a informação de cada secção. A partir da marca e modelo do veículo, é possível localizar toda a gama de produtos para essa aplicação (pastilhas, discos, calços, kits, avisadores, etc. Depois de localizada a referência, pode consultar-se a secção correspondente e toda a informação disponível (dados técnicos, desenhos, referências cruzadas, etc.). PUB

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NOTÍCIAS 1º Torneio de Futsal

SKF

Autosilva A Autosilva Acessórios organizou um torneio de futsal, com clientes onde participaram 8 equipas: Auto Silva Acessórios, Rogilauto, APSG/Rectificadora Guimarães, Veicomer, Arrábida Peças, Norelis, Artom e Auto Acessórios da Formigosa (Valença). O Torneio disputado de manhã, em pavilhão localizado em Rio Tinto – Porto, foi ganho pela equipa: Auto Acessórios da Formigosa. Seguiu-se um almoço/piquenique em Alfena – Ermesinde arredores do Porto, num local devidamente apetrechado para o efeito, com um rio por perto para banhos. Indescritível o convívio entre os “atletas” tendo em conta o cardápio colocado à disposição com bebidas sempre frescas colocadas em 3 “bidões” diferenciados. Foi com muita boa disposição que se fez a entrega dos troféus e medalhas a todos os atletas participantes no torneio.

em convívio A SKF, para além de ser a empresa líder em rolamentos e serviços, tem como um dos seus valores ser uma empresa escolhida como empregadora preferencial. Programas como a Sustentabilidade, Compromisso para com os Empregados e Compromisso para com a Comunidade são desenvolvidos pela SKF a pensar no orgulho, lealdade e dedicação dos seus empregados bem como para lhes proporcionar uma completa realização de todos os seus potenciais. Nesse espírito realizou-se na linda vila de Marvão o fim-de-semana anual de trabalho e lazer (já com uma longa tradição de há mais de 25 anos) com a participação dos seus colaboradores. Ao chegar à vila de Marvão, em pleno Alentejo, os colaboradores ficaram na “Albergaria o Poejo Boutique Hotel”, inserida no Parque Natural de S.Mamede e empenhada em contribuir para o turismo sustentável e o desenvolvimento local, favorecendo a protecção do ambiente. Após um óptimo repasto, durante a tarde todos se divertiram imenso na actividade de team-building organizada em parceria com a empresa “Incentivos Outdoor” em que cada equipa construiu o seu carrinho de rolamentos, praticou tiro ao alvo e teve que construir o seu próprio “castelo”, construir as catapultas e como último objectivo eliminar o adversário. Ganhou a equipa que manteve mais tempo o castelo “em pé”! Domingo, durante a reunião de trabalho foi reactivado o “Clube SKF”, atribuído simbolicamente o relógio dos 25 anos ao serviço da SKF ao colaborador Helder Dinis e distribuído o “Compromisso SKF”, um guia do modo de trabalho e o modelador da cultura SKF, desenvolvido com base nos nossos valores e condutores, com uma reputação adquirida não apenas pelos produtos e serviços que a SKF fornece mas também pelo modo como todos na SKF agem e tratam os outros. PUB


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Honeywell em crescimento A Honeywell Friction Materials, especialista em materiais de fricção, viu os seus resultados crescerem de forma vigorosa no primeiro semestre de 2008. O sector dos equipamentos originais da Europa (15%) e da China (41%) revelou-se o principal mercado de crescimento, enquanto que a América do Norte, a Austrália e o mercado europeu de pós-venda recuaram ligeiramente, conforme esperado. Os resultados positivos são uma das primeiras consequências do sucesso da nova equipa de liderança organizada em torno do Dr. Rainer Bostel, que assumiu a condução da unidade de negócio Friction Materials na Primavera de 2008. A Honeywell Friction Materials definiu a sua estratégia a longo prazo em conformidade com a crescente procura de revestimentos de travões de disco. No próximo ano, os investimentos ao nível da modernização, expansão, pesquisa e desenvolvimento serão duplicados nos vários pontos do globo.

Precision atinge os 100.000 Clientes A Precision - Oficina Automóvel atingiu recentemente os 100.000 Clientes, um número assinalável para uma marca de oficinas em Portugal. A preferência de 100.000 Clientes, entre os quais diversos frotistas e gestoras de frotas, devese, não só, ao facto de a Precision ser uma cadeia de serviço completo – incluindo as revisões dos fabricantes, diagnósticos electrónicos, reparações de motor/caixa e de chapa e pintura – como, sobretudo, à relação que tem construído com todos eles, baseada na transparência, atendimento personalizado, proximidade e horários convenientes, associados a preços competitivos e sem surpresas. A Precision é uma marca de oficinas pertencente à empresa de capitais portugueses Precision Ibéria, que detém os direitos de franchising para Portugal, Espanha, Angola e Moçambique da norte americana PACI – Precision Auto Care INC. Fundada em 1976, a PACI presta serviços completos de reparação automóvel a mais de 2,5 milhões de condutores por ano, através de uma rede superior a 400 centros, presentes em 11 países.

ColorQuick Pro em versão melhorada A DuPont Refinish acaba de lançar uma versão melhorada do ColorQuick Pro, o seu software de recuperação de cor, que apresenta funcionalidades de pesquisa avançada, permitindo redução de custos, para tornar mais fácil a correspondência de cor e torná-la ainda mais rigorosa. Para além de fornecer todas as cores da DuPont Refinish num único CD-ROM, e este ser compatível com qualquer sistema operativo do Windows, o avançado software ColorQuick Pro foi aperfeiçoado com uma característica exclusiva: um visor digital real. Desenvolvido com a tecnologia digital de cor da DuPont, isto irá permitir aos utilizadores consultar um cartão de cor directamente no ecrã. Com base na marca do automóvel, modelo e ano, o software é capaz de produzir no monitor o cartão com todas as cores relevantes para o modelo específico do carro.bOs utilizadores agora podem fazer download de novas fórmulas a partir do site da DuPont Refinish, www.dupontrefinish.com, e, posteriormente, importá-los para uso imediato no software. Desta forma, o conteúdo é sempre actualizado com as últimas fórmulas. Para além disso, os dados são actualizados também, através dos quatro CD-ROM’s trimestrais que são enviados para as oficinas com as últimas actualizações.


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O balanço que 12 empresas do aftermarket fazem do primeiro semestre 2008 em Portugal

Novas estratégias num mercado em mudança Apesar da situação delicada que o país atravessa, as empresas do aftermarket automóvel mantiveram uma tendência de crescimento, ou pelo menos não perderam terreno, e prevêem cumprir os objectivos económicos traçados para este ano.

O

mercado português na primeira metade de ano foi pouco dinâmico, quase a roçar o espectro da recessão. Dificuldades de liquidez, índices de confiança baixos, matérias-primas que não param de subir, petróleo e taxas de juro elevados e uma oferta superior à procura, criaram um cenário que levou as empresas a adoptarem novas estratégias para se manterem activas e com rentabilidades saudáveis. Um factor de grande importância foi o desequilíbrio que a economia mundial gerou entre a oferta e a procura de matérias primas, com a pressão na procura a provocar uma escalada nos preços dos factores de produção, agravado com a subida dramática do preço do petróleo. O posicionamento correcto no mercado permitiu à maioria das empresas minimizar este aumento de custos. A procura constante de inovações melhorou a eficácia e reduziu os custos operativos dos seus clientes. O reposicionamento para a sustentabilidade dos negócios foi definido pela maioria das empresas como um objectivo primordial para 2008. A qualificação e transferência de know-how para os seus clientes é o caminho que estão a seguir para poderem enfrentar os fantasmas de um mercado que teima em não se animar. A alavancagem derivará de empresas com know-how diferenciado e com capacidade de servir os seus clientes nos aspectos mais complexos das suas necessidades. É uma área onde todos vão continuar a investir, desenvolvendo um portfolio de serviços que proporcione, tanto por via orgânica como por via de parcerias estratégicas, soluções integradas para os clientes.

vanguarda do fornecimento de peças para o Aftermarket, o que levou inclusive a que neste primeiro semestre de 2008, a ADL em Portugal se mudasse para novas instalações, aumentando substancialmente a sua capacidade de armazenagem, continuando assim a garantir e manter de um modo sustentado um order-fill superior a 95% a pedidos de clientes para o mercado ibérico. Apesar de se viverem tempos difíceis e o mercado nacional permanecer estagnado, a Blue Print continua a ter resultados muito positivos e deveras prometedores em Portugal. Os objectivos foram cumpridos e excedidos. Paralelamente às alterações que ocorreram em Portugal, também outros importantes projectos foram implementados além fronteiras. Foram inauguradas a ADL España (Madrid) e a

ADL Itália (Milão), que contam com o suporte da Sucursal em Portugal. Estas duas novas empresas foram criadas devido ao crescimento da Blue Print nesses dois países, exigindo uma presença local. O comportamento e necessidades nestes dois mercados, assim como o aumento do “market share” que a empresa se propõe alcançar, tornaram indispensável a criação destas novas empresas. Outro importante marco neste primeiro semestre de 2008, foi a atribuição do título de fornecedor certificado de dados por parte do TecDoc. Tal certificação adveio da qualidade e exactidão dos dados fornecidos pela ADL, aquando da inserção e entrada dos mesmos no reconhecido catálogo electrónico. Para fechar em apoteose os primeiros seis meses de 2008, a ADL preparou a

AUTOMOTIVE DISTRIBUTORS

Prosperidade é talvez a melhor palavra para definir o primeiro semestre de 2008 da Blue Print. A Automotive Distributors Ltd. (ADL), detentora da referida marca, conseguiu implementar com sucesso projectos que fazem parte da estratégia de desenvolvimento da empresa britânica. Depois de 20 anos, a ADL tem cimentada a Blue Print, que actualmente é a maior marca de peças para veículos japoneses e coreanos na Europa. Este estatuto aliado ao crescimento anual registado pela empresa, coloca-a cada vez mais na

Apesar de se viverem tempos difíceis no mercado nacional, a ADL (Blue Print) continua a ter resultados muito positivos e deveras prometedores em Portugal.

sua nova gama de peças, específica para veículos Americanos. Um lançamento cuidadosamente planificado permitiu passar a mensagem que se pretendia a todos os distribuidores: uma nova e alargada gama que surge como uma excelente alternativa à origem, podendo revelar-se uma excelente oportunidade de negócio para os distribuidores Blue Print em Portugal. A pesquisa, prévia ao lançamento, levada a cabo pela ADL comprovou que “a disponibilidade de peças para veículos americanos específicos para o mercado europeu é tradicionalmente limitada.” É o relacionamento que a Blue Print tem com os seus clientes que a distingue no mercado independente de peças. “A base do sucesso está no conceito”, refere Joaquim Candeias do Concelho de Administração da ADL. Um portfólio alargado a preços competitivos, a prestação de serviços de excelência ao cliente, a reconhecida qualidade equivalente à origem, entre outras especificações, contribuiu para o sucesso dos primeiros 6 meses de 2008. “O crescimento e alargamento do negócio só são possíveis devido à rigorosa gestão, determinação da marca e conservação da boa conduta para com todos os seus clientes e colaboradores, permitindo à Blue Print criar fortes raízes nos mercados em que se estabelece”, concluiu Joaquim Candeias.

AUTO SUECO

O Grupo Auto Sueco conta no mercado português do pós venda com importantes players, nomeadamente as empresas Auto Sueco e Auto Sueco Automóveis (Peças Origem), e Civiparts, Stand Barata e AS Parts (Peças Aftermarket). Se considerarmos ambos os sectores ligeiros e pesados, são já líderes destacados do mercado nacional com um volume de negócios que atingiu em 2007 os 105 Milhões de Euros. A performance da economia na primeira metade do ano teve impacto nos clientes mas não se reflectiu na actividade das empresas atrás referidas. Isso mesmo nos deu conta Francisco Ramos, Director da Unidade de Negócio Componentes da Auto Sueco, ao referir que “o primeiro semestre de 2008 ficou marcado por uma retracção geral ao nível das necessidades dos nossos clientes, motivada pela: - Redução da utilização dos veículos automóveis, fruto dos aumentos consecu-


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ACTUALIDADE tivos ocorridos ao nível dos preços dos combustíveis; - Reduzida taxa de confiança dos profissionais face ás perspectivas futuras do negócio, em linha com os índices de falta de confiança mais baixos dos consumidores, ocorridos em Portugal nos últimos anos; - Degradação da situação de crédito de inúmeros clientes, resultante da frágil situação financeira que os mesmos se encontravam e agravada com os recentes aumentos das taxas de juro e do custo do petróleo; - Perda de competitividade ocorrida no segmento do aftermarket, fruto da maior presença de ofertas mais competitivas por parte dos players de peças de origem (OE) e do aumento dos preços dos produtos, em consequência do aumento do custo das matérias-primas em termos mundiais”. Ainda segundo Francisco Ramos, “a conjugação destes factores motivou que o primeiro semestre deste ano se caracterizasse também por uma instabilidade em termos de comportamentos de compra, o que veio dificultar ainda mais uma correcta planificação da actividade, nomeadamente ao nível da gestão de stocks”. O sucesso da gestão implementada pelo Grupo Auto Sueco conseguiu ultrapassar o primeiro semestre sem mácula. Como referiu o Director da Unidade de Negócio Componentes da Auto Sueco, “tal como é usual neste tipo de conjuntura macro-económica, o mercado selecciona e premeia aqueles que melhores condições reúnem, nomeadamente ao nível da capacidade de gestão e da qualidade de prestação de serviços, daí que ao nível do Grupo Auto Sueco, apesar das dificuldades ocorridas o primeiro semestre, o mesmo denote, uma vez mais, uma evolução bastante positiva da actividade e presença nos mercados da Origem e Aftermarket, o que nos deixa extremamente satisfeitos e comprova que o percurso que estamos a percorrer é valorizado pelos nossos actuais e potenciais clientes”.

AZ AUTO

O ano de 2008 representa um marco importante para a AZ Auto: assinala os seus 25 anos de existência, um trajecto exemplar de desenvolvimento de competências. “Com um crescimento sustentado e uma visão estratégica empreendedora, consolidámos o nosso programa de vendas atribuindo-lhe uma série de serviços associados. Hoje, os nossos clientes reconhecem na AZ Auto não só um fornecedor, mas acima de tudo um parceiro com valências diversificadas ao nível do produto e do serviço para o sucesso das suas vendas e das vendas dos seus clientes”, começa por referir Pedro Barros, Gerente e Director Comercial da AZ Auto. Sobre as consequências de uma economia nacional periclitante, o Gerente e Director Comercial da AZ Auto comentou que “a actual desaceleração do crescimento económico tem obviamente conse-

A AS Parts é uma empresa do Grupo Auto Sueco para o comércio de peças e acessórios para ligeiros. Principal mercado: Retalhistas e oficinas independentes.

Pastilhas de travão de uma única peça para Veículos Ligeiros, Ferodo Thermo Quiet. A Ferodo é uma das marcas da Federal Mogul, “aliada” comercial da AS Parts.

Stand Barata do Grupo Auto Sueco. O ramo comércio é aquele onde se insere esta empresa de aftermarket dedicada a peças e acessórios para veículos ligeiros.

A AZ Auto é uma empresa especializada na distribuição de peças e acessórios para automóveis. Integrada no canal do mercado independente, pratica a filosofia da especialização.

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quências ao nível do nosso negócio, nomeadamente ao nível do aumento dos prazos médios de recebimento, o que originou um redobrado controlo de crédito, e ao nível de uma notória redução do poder de compra que veio reduzir o processo de venda a uma desenfreada guerra de preços onde muitas empresas se limitam a margens que não lhes asseguram crescimento ou mesmo a sustentabilidade a curto prazo”. O grande número de “players” continua a ser uma “pedra no sapato” do nosso tecido empresarial relacionado com o aftermarket automóvel. Pedro Barros partilha da mesma opinião: “Portugal tem excesso de operadores no mercado, cerca de 3 oficinas por cada casa de peças, demasiados revendedores, demasiados instaladores. Esta dispersão resulta em muitos pequenos negócios que nascem fracos e sem critérios diferenciadores, a maioria das empresas são constituídas com baixos capitais próprios, verificando-se falta de conhecimentos de gestão e de visão que permitam aos accionistas acreditar no negócio e nele investir. A formação é ainda para muita gente um mal necessário, mas hoje sem o conhecimento adequado é impossível prestar um serviço de qualidade e bem feito à primeira. Como temos um problema estrutural para além do conjuntural, esperamos estar perante uma oportunidade para as empresas com capacidade e competência saírem fortalecidas e serem capazes de repensar o seu negócio com sucesso. As restantes estão em sérias dificuldades, em especial quando lidamos com um consumidor cada vez mais bem informado e que reclama pelos seus direitos”. Pedro Barros está atento à nova realidade de um mundo em constante mudança e consciente de que “as empresas que não estão em busca de constante inovação serão rapidamente ultrapassadas”. Acrescenta que “o novo BER em 2010 representará acrescidas ameaças, com os construtores a aumentar a sua posição dominante, com novos canais de distribuição em crescimento ou o aumento das cadeias de Car Service. Daí que na AZ Auto todos os esforços estão focados no desenvolvimento da empresa e no fornecimento das melhores soluções em produto e serviço. A nossa missão é colocar valor acrescentado na venda e empenhamonos em melhorar recursos e serviços de forma a sermos um Prestador de Serviços de Excelência, inovador e totalmente orientado ao sector automóvel”. A logística é um elo forte de toda uma cadeia de negócio que se quer sólida. A este propósito, Pedro Barros refere que “a utilização dos melhores recursos logísticos mantém-se como um dos critérios fundamentais de sucesso no nosso negócio. Os clientes cada vez mais compram as necessidades diárias e simultaneamente os custos logísticos aumentam. Daí que a AZ Auto tenha investido na implementação de uma nova plataforma logística na zona Norte, mais precisamente na Zona Industrial da Maia, que dá resposta imediata às necessidades logísticas dos seus clientes naquela zona”. É nos serviços que a AZ Auto tem concentrado maiores esforços. O nosso inter-


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locutor explica que “implementámos várias áreas de negócio para permitir um trabalho altamente diferenciador e responder de forma perfeitamente autónoma às novas solicitações. AZ Parts, AZ partner, AZ Tec, AZ Service e AZ Ti, são as diversas áreas de negócio que englobam soluções de parceria de distribuição, conceito oficinal especializado, academia de formação, suporte técnico e soluções informáticas para o sector automóvel”. O Gerente e Director Comercial da AZ Auto conclui o seu raciocínio referindo que “o reposicionamento da estratégia da empresa, definido como objectivo primordial no início de 2008, está em fase de implementação e entrará em perfeita velocidade de cruzeiro a partir de 2009. Todo o nosso esforço e empenho terá sempre como principal objectivo criar e fortalecer parcerias de longo prazo com os nossos clientes. Estamos confiantes no sucesso esperado”.

ACTUALIDADE mentar o seu equipamento de diagnóstico para motos, antecipando a obrigatoriedade das duas rodas terem de realizar Inspecções Periódicas Obrigatórias já a partir de 2009. “Preços mais convidativos nesta altura são um bom argumento para os centros de inspecção e oficinas em geral anteciparem a instalação deste tipo de equipamento”, conclui Alexandre Rodrigues.

A AZ Auto tem por missão acrescentar valor na venda de peças e acessórios auto, através do fornecimento de serviços de assessoria técnica, comercial e logística.

GUTMANN MESSTECHNIK

A Gutmann é mais um exemplo de uma marca que consegue passar pelo primeiro semestre de 2008 com resultados muito promissores. Comparativamente ao semestre homólogo de 2007, os primeiros seis meses do corrente ano registaram uma subida de receitas para a marca germânica especialista em equipamentos para teste de emissões e aparelhos de diagnóstico para todos os sistemas e marcas de viaturas e motos. “Integrar todas as vertentes do diagnóstico para a máxima eficácia é uma das pedras basilares da Gutmann para o sucesso da sua performance, numa altura em que o mercado em geral parece vacilar”, referiu Alexandre Rodrigues, Gerente da Gutmann Messtechnik GmbH (Portugal). Um dos porta estandartes deste fabricante de equipamentos – com mais de 21000 clientes em todo o mundo – essencial para o bom desempenho em Portugal na primeira metade do ano, é o Gutmann mega macs 50, equipamento de diagnóstico para localização de erros, reparações e programação correcta dos sistemas dos veículos, que concilia preço, eficácia e fiabilidade. “É sem dúvida um dos catalisadores para o sucesso da marca”, sublinha Alexandre Rodrigues. A isto junta-se a formação proporcionada pelo Centro de Formação Tecnológica e o Call Center da marca. Alexandre Rodrigues resume que “o pilar para um primeiro semestre positivo é o suporte prestado aos clientes em todas as vertentes do negócio, onde se inclui a gama de equipamentos como um todo. Na Gutmann vendemos toda uma filosofia única onde está tudo integrado”. Quanto ao futuro, aquele responsável realça que “na área do diagnóstico, Portugal tem ainda um imenso potencial de crescimento não só na venda de equipamentos, como também na especialização técnica e formação profissional”. Futuro é também presente, por isso a marca germânica encontra-se já a imple-

O programa Gutmann é já usado por mais de 21000 clientes em todo o mundo. A Gutmann Messtechnik é especialista em equipamentos de diagnóstico.

Instalações da Krautli Portugal, empresa representante de fabricantes de produtos destinados aos ramos automóvel, náutico e industrial.

Os produtos áudio/navegação/multimédia VDO Dayton, destacam-se como novas linhas que entraram para o portfólio da empresa Krautli no início de 2008.

KRAUTLI

A Krautli em Portugal possui um vasto leque de empresas como clientes regulares, pertencentes ao Aftermarket e Primeiro Equipamento. Têm na Beru o seu porta-estandarte, mas marcas como a Delco Remy, Pierburg, VDO e Osram são outros exemplos de lanças apontadas a um mercado de difícil gestão. O primeiro semestre de 2008 para a Krautli trouxe um aumento da facturação de 6% face ao período homólogo de 2007. Como referiu Carlos Silva, Director de Vendas da empresa, “a razão deste resultado prende-se muito com a entrada para o nosso portfolio de novas linhas de produtos”. E explicou: “Depois de 18 anos no mercado não seria fácil continuarmos a crescer sem diversificarmos a nossa gama de oferta de produtos e serviços”. Finalizou a sua ideia sublinhando que “o crescimento da Krautli na primeira metade do ano é ainda mais valorizado porque o mercado está a atravessar uma ligeira recessão, com o consumo final a não dar mostras de vitalidade”. Destacam-se como novas linhas que entraram para o portfólio da empresa no início de 2008 os produtos de travagem Textar e os produtos áudio/navegação/multimédia VDO Dayton. Os primeiros seis meses do ano trouxeram um novo investimento para a empresa de Sta. Iria de Azóia, iniciado na segunda metade de 2007. Estamos a falar de um novo sistema informático, onde se inclui o portal que permite aos clientes fazer consultas de stocks, visualizarem a conta corrente e realizarem encomendas online. As maiores dificuldades dos primeiros seis meses prendem-se com as famigeradas cobranças. “Sentimos mais dificuldades nesse campo, pese embora a Krautli tenha a situação bem balizada e definida para não resvalarmos para problemas financeiros”, sublinhou o Director de Vendas da Krautli. E acrescentou: “É um problema transversal ao mercado e que deriva dos gravíssimos problemas de liquidez que algumas empresas estão a sentir. Estou convencido que existirão alguns “players” que vão encerrar porque deixaram de ser viáveis perante uma oferta de mercado maior que a procura”. A crescente concorrência e pouca dinâmica da procura contribuem para que sejam cada vez mais frequentes os produtos “low cost”. “O primeiro semestre foi frutífero no aparecimento de produtos de muito baixo custo e de fraca qualida-


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de. Mercadoria que na maioria é proveniente directa ou indirectamente da China. Esse é um problema importante para nós que trabalhamos exclusivamente produtos Premium, de elevada qualidade. O reverso da medalha é que a fraca qualidade e as reclamações que se sucedem levam os compradores a não ficaram clientes por muito tempo”, referiu a este propósito Carlos Silva. A subida dos factores e produção é outro vector que dificulta a engrenagem do negócio. “No primeiro semestre verificou-se um aumento dos preços praticados pelos nossos fornecedores na ordem dos 2 a 3%. Uma das nossas principais linhas já sofreu inclusive dois aumentos desde o início do ano, o que obviamente se repercute nos nossos preços de venda e sobrecarrega o normal funcionamento do mercado”, lamentou o nosso interlocutor.

ACTUALIDADE tuição de Correias de Distribuição e operações de Diagnóstico a Centralinas. Estão aptos a executar a substituição de Correias de Distribuição em 80% dos modelos automóveis, que representam a parcela onde é possível realizar a operação sem um período de imobilização do veículo muito prolongado. Inovações encetadas nos primeiros seis meses do ano e que retratam o segredo do negócio que catapultou a MIDAS para um bom primeiro semestre de 2008.

A MIDAS é um caso acabado de sucesso que parece contrariar a crise geral do sector da reparação. Cresceu cerca de 30% desde o primeiro dia deste ano.

MIDAS

O mercado da reparação está em mutação e a caminhar para uma situação idêntica à que se verifica em vários países europeus, isto é, com grande número de oficinas de reparação rápida. A MIDAS é um caso acabado de sucesso que parece contrariar a crise geral do sector da reparação. Cresceu cerca de 30% desde o primeiro dia deste ano e abriu quatro novos postos. A isto juntou novos serviços como sejam a substituição de Correias de Distribuição e operações de Diagnóstico a Centralinas. “A MIDAS é n.º 1 mundial no fast fit e em Portugal queremos fazer jus a esse estatuto, consubstanciado nos 26 centros em funcionamento que já possuímos. A sua expansão obedece a uma estratégia clara de qualidade, por vezes em detrimento do preço, tudo sem perda de rentabilidade da MIDAS Portugal, empresa que detém os 26 postos de atendimento”, referiu Pedro Ferro da Cunha, Director de Operações da MIDAS Portugal. A crise do mercado tem sido um factor que parece jogar a favor da rede MIDAS em detrimento dos concessionários de marca. O nosso interlocutor partilha também desta opinião. “A organização muito própria das equipas de pessoal e configuração das oficinas, constituição dos stocks, etc., são pilares que permitem executar o serviço ao veículo num curto espaço de tempo, a bom preço e com a máxima qualidade”, sublinha o nosso interlocutor. Um dos segredos de sucesso tem a ver com o facto de se cingirem no essencial aos procedimentos de manutenção que têm a ver com as peças de desgaste rápido e de grande rotatividade, e que ao mesmo tempo não obrigam à imobilização do veículo durante muito tempo. Trabalham em oito áreas bem definidas: Escapes, Travões, Pneus, Revisões, Amortecedores, Mudanças de Óleo, Ar Condicionado, Transmissões, e Diagnóstico. Nesse leque estão dois novos serviços, nomeadamente a substi-

A MIDAS Portugal detém 26 postos de atendimento. Na imagem o seu centro em Albufeira - o primeiro centro Midas no Algarve inaugurado em meados de 2007.

A OSRAM NIGHTBREAKER posiciona-se como o topo de gama em lâmpadas de farol da OSRAM. Oferece aos clientes as conhecidas vantagens da gama SILVERSTAR e COOL BLUE.

Com o lançamento da nova gama NIGHTBREAKER, a OSRAM verifica que cada vez mais a palavra-chave para o sucesso é a diferenciação e o valor acrescentado.

OSRAM

Para a OSRAM, o balanço do primeiro semestre de 2008 é positivo, com um crescimento no aftermarket superior a 2%. “Tendo em conta o clima de grandes dificuldades que se vive no mercado Português, este tímido crescimento reforça a nossa posição no mercado, consolidando os objectivos que tínhamos delineado no inicio do ano”, referiu Frederico Abecasis, Gestor de Conta Automóvel / Display-Óptica da OSRAM. Com o lançamento da nova gama NIGHTBREAKER, a OSRAM verifica que cada vez mais a palavra-chave para o sucesso é a diferenciação e o valor acrescentado que cada fornecedor tem para oferecer ao cliente. A este propósito, Frederico Abecasis sublinhou que “pela primeira vez o mix de vendas da OSRAM viu os produtos inovadores de valor acrescentado ultrapassar a facturação da gama standard, comprovando a aposta da OSRAM em liderar pela inovação”. O mercado tem-se revelado repleto de armadilhas e imprevistos, o que obriga as empresas a socorrerem-se das suas mais apuradas aptidões para se diferenciarem e solidificarem a sua presença face à concorrência menos preparada. As deficiências cobrem um espectro de factores vasto. Como sublinhou o nosso interlocutor, “a nível do mercado, pensamos que a maior dificuldade com que actualmente nos debatemos é sem dúvida a dilatação dos prazos médios de recebimentos, fruto das dificuldades sentidas na economia, mas também de políticas de gestão deficientes ou mesmo inexistentes por parte de algumas pequenas e médias empresas. Esta situação levará a médio prazo à insustentabilidade e estamos convencidos de que muitas delas ver-se-ão obrigadas a encerrar a actividade em breve”. Quanto a apostas para o futuro, o Gestor de Conta Automóvel / DisplayÓptica da OSRAM, rematou: “Pensamos que é cada vez mais fundamental a diferenciação, sobretudo num produto de massa como são as lâmpadas de automóvel. Apostamos num melhor serviço, numa formação contínua da nossa cadeia de distribuição e numa gama altamente inovadora e completa. Pensamos que este é o único caminho para o sucesso num mercado cada vez mais competitivo e com produtos a preços e qualidade muito inferiores aos da OSRAM”.


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ACTUALIDADE

QUINTON HAZELL

A Quinton Hazell é uma marca com sólidos alicerces no aftermarket nacional. Contudo, à semelhança das restantes empresas do sector, também sofre das consequências de um mercado que navega por águas turbulentas. Disso mesmo nos deu conta Pedro Proença, Area Manager Portugal da Quinton Hazell Automotive: “O primeiro semestre foi atípico em relação ao mesmo período nos últimos anos. Tínhamos expectativas de crescimento que, para já, não se estão a confirmar. Temos, no entanto, uma rede de distribuidores forte e isso deixa-nos confiantes face ao futuro”. E acrescentou: “O que verificamos é que o nosso sector é estruturalmente muito débil para enfrentar a situação actual. Muitos actores com pouca diferenciação competitiva, o que cria uma pressão sobre as margens, que por sua vez também são afectadas por maiores custos financeiros (o impacto do aumento dos juros e da dilatação dos prazos de pagamento) e de distribuição (pelo efeito do aumento dos custos de combustíveis). Se efectivamente se verificar uma contracção na procura teremos certamente pela frente situações difíceis”. Pedro Proença lida diariamente com a realidade “in loco”, o que lhe permite ter a noção exacta do evoluir da situação. Nesse sentido sublinhou que “as opiniões e impressões que temos recolhido no mercado são de algum cepticismo face ao futuro. No entanto verificamos que muitas das empresas também não baixam os braços. Felizmente muitos dos dirigentes dessas empresas fazem aquilo que um bom gestor deve fazer, analisar a situação, detectar as variáveis sobre as quais pode actuar e agir em conformidade”. A Quinton Hazell está a investir no sentido de prestar um melhor serviço aos clientes e de lhes proporcionar uma oferta mais competitiva. O Area Manager Portugal da Quinton Hazell Automotive reforça esta ideia referindo que “fizemos a reestruturação da fábrica de discos de travão em Cólico (Itália); estamos a concentrar a produção das bombas de água na fábrica de Colwyn Bay (País de Gales); a joint-venture em embraiagens com a AP Driveline é já uma realidade, pelo que temos uma gama de embraiagens com grande qualidade e competitiva face a ofertas semelhantes que existem no mercado; estamos também a dar os primeiros passos na utilização de um portal no qual os nossos clientes podem fazer consultas e colocar os pedidos de forma autónoma”. Mas as melhorias não se ficam por aqui. Os produtos propriamente ditos estão a sofrer uma pequena revolução, como explicou Pedro Proença: “Especificamente no mercado português fizemos o lançamento de uma segunda gama de rolamentos de roda, “Silverline”, para podermos competir no segmento de preço; a par com isto vamos apostar na divulgação da qualidade e tecnologia que existem na nossa gama principal de rola-

A Quinton Hazell possui uma das mais diversificadas gamas de produtos para o aftermarket. Uma das estratégias actuais passa pelo melhoramento do seu portfólio.

Grupo Schaeffler tem nas marcas LuK, FAG e INA trunfos sólidos para o aftermarket. Os volantes de motor Bimassa obtiveram uma boa performance no primeiro semestre.

cial Portugal da Schaeffler Iberia Automotive Aftermarket: “No que respeita ao negócio durante o primeiro semestre de 2008, podemos considerar que foi positivo, sendo o primeiro trimestre bastante forte, e com uma desaceleração no segundo trimestre, possivelmente gerada pela crise anunciada em Espanha e do aumento dos combustíveis, que gerou um abrandamento no consumo, e principalmente do número de quilómetros auto percorridos”. Analisando o negócio em detalhe, Jorge Menezes referiu que “obtivemos um crescimento sustentado nos produtos maduros, e superámos os objectivos nos produtos emergentes na nossa gama de oferta, nomeadamente nos volantes de motor Bimassa, onde actuamos praticamente em exclusividade”. As nuvens negras em relação ao mercado como um todo estão longe de se dissipar. Pelo menos é o que dizem os analistas. Quisemos por isso saber a expectativa do representante da Schaeffler relativamente à segunda metade do ano: “Pensamos que o abrandamento no consumo continuará a acentuar-se, prejudicando de uma forma transversal os canais de distribuição. No entanto, esperamos atenuar este efeito negativo com o impacto da nova política de preços implementada nas embraiagens LuK, onde melhorámos a oferta de preços junto ao consumidor final”. A importância da LuK para o sector automóvel está espelhada no facto de em todo o mundo 1 em cada 4 novos veículos que deixam as linhas de montagem virem equipados com uma embraiagem produzida numa das fábricas da Schaeffler, sendo manufacturadas mais de 14 milhões de unidades por ano, para veículos de passageiros, camiões e tractores.

TMD FRICTION

Pastilhas de travão Textar para veículos comerciais. Os números alcançados pela TMD Friction em Portugal foram impulsionados pela actividade no primeiro trimestre. mentos; estamos neste momento a apostar fortemente na divulgação da renovada gama de embraiagens (em termos de qualidade do produto e de posicionamento de preço); estamos também a sensibilizar os nossos distribuidores para as oportunidades que existem no mercado de amortecedores de tampa de mala; como complemento temos em acção um processo contínuo de posicionamento dos nossos preços face aos principais competidores no mercado. Para além de todos estes pontos, a nossa prioridade é responder às solicitações da rede de distribuidores e dar resposta às suas necessidades”.

SCHAEFFLER IBERIA AUTOMOTIVE

O Grupo Schaeffler é um gigante no aftermarket e Equipamento de Origem. As suas marcas LuK, FAG e INA quase que dispensam apresentações no pós venda, marcando o ritmo de sucesso também em território Luso. Mas como correu a primeira metade do ano em Portugal para a Schaeffler, uma empresa habituada a altos voos na sua performance? Foi isso que auscultámos junto de Jorge Menezes, Responsável Comer-

A TMD Friction em Portugal opera através de quatro marcas de prestígio para veículos ligeiros e pesados, nomeadamente a Textar, a Pagid e a Don para pesados e a Textar, a Pagid e a Mintex para veículos ligeiros. Estão presentes no mercado português desde o início dos anos 50 e a Textar é actualmente a marca n.º 1 no sector dos veículos pesados. Estão directamente em Portugal há cerca de ano e meio e com isso têm alcançado mais valias importantes. O primeiro semestre do fabricante germânico de produtos de fricção em Portugal seguiu a tendência geral do mercado, com algumas particularidades. Como explicou António Mateus, Area Sales Manager Portugal, “alcançámos nos primeiros dois meses e meio bons resultados, até superiores aos do ano passado, mas do meio de Março em diante houve uma quebra nítida na actividade dos clientes. Conseguimos recuperar alguma coisa em Junho e Julho. Portanto, no acumulado, alcançámos uns números ligeiramente superiores à performance alcançada no


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semestre homólogo de 2007, mas impulsionados sobretudo pela actividade do primeiro trimestre. Em termos de concorrência, a TMD Friction passou a contar com um peso pesado no seu “cuore business”. Estamos a falar da Brembo. O efeito que este novo “player” especialista em discos de travão gerou não é desprezível. Mas a experiência das marcas integrantes da TMD Friction é um argumento forte. “É evidente que não vou esconder que a Brembo é um concorrente de peso”, refere a este propósito António Mateus. Já relativamente á concorrência tradicional, “julgo que está como nós, fortemente dependente do ambiente económico/financeiro que se vive em Portugal, na Europa, e no mundo em geral, com o impacto que tem nos custos das principais matérias-primas”. A recuperação parece estar aí, pelo menos a avaliar pela melhor performance dos dois últimos meses da primeira metade do ano. “Uma coisa tenho a certeza, é que desde meados de Junho a distribuição recuperou significativamente, as pessoas parece terem recuperado alguma confiança. Penso que é possível um segundo semestre melhor”, acrescentou o nosso interlocutor. A forte pressão dos factores de produção foi outro dado em cima da mesa nos primeiros seis meses do ano. A TMD Friction conseguiu resistir a um ajuste de preços que será inevitável no futuro. Os clientes reconhecem esse esforço. A turbulência do mercado no primeiro semestre de 2008 deixará as suas marcas. António Mateus partilha da mesma opinião. “Penso que existirão algumas concentrações ou até mesmo falências no mercado português durante o segundo semestre deste ano e no próximo ano”, referiu o homem forte da TMD Friction em Portugal.

TRW AUTOMOTIVE PORTUGAL

A TRW Automotive Portugal é uma empresa com pergaminhos no panorama do aftermaket nacional. O leque de produtos e marcas que detém parecem imunes até às mais difíceis condições de mercado. Em parte é verdade, mas no fim as difíceis condições do mercado influenciam também este gigante. Isso mesmo confirmou Pedro Díaz, Director Comercial da TRW Automotive Portugal: "Consideramos o balanço destes primeiros seis meses do ano positivo, embora num mercado bastante instável. Portugal está a atravessar um período económico difícil. São constantes os aumentos das matérias-primas e dos combustíveis, a inflação e as taxas de juro atingiram níveis elevados, levando a que o índice de confiança dos consumidores e dos empresários em geral tenha diminuído consideravelmente”. A vizinha Espanha gozou durante muito tempo de uma economia esplendorosa. Mas o auge do mercado para “nuestros hermanos” parece ter termina-

ACTUALIDADE

Calipers de alto desempenho TRW FBC. A TRW Automotive Portugal considera o balanço dos primeiros seis meses do ano positivo, num mercado bastante instável. do, com natural repercussão na economia e empresas nacionais. Disso nos deu conta Pedro Díaz: “Acentua-se a ‘crise’ do nosso país vizinho, que mais cedo ou mais tarde vai influenciar o nosso mercado”. A nível interno, o Director Comercial da TRW Automotive Portugal, salientou o aspecto financeiro das empresas: “Constatamos também que algumas empresas começam a evidenciar sinais de dificuldades financeiras, principalmente devido aos maus recebimentos e a aberturas excessivas de crédito”. E a crise gera outros fenómenos. “É nestes momentos difíceis que proliferam os produtos ‘baratos’, mas onde por outro lado se evidenciam aquelas marcas, como a TRW, que além de continuarem a fornecer produtos inovadores e de altíssima qualidade, investem nos serviços associados ás vendas, como a formação, hotline técnica, entregas, serviços online, apoio de marketing, etc. De salientar que só nos primeiros seis meses do ano ministrámos cursos de travagem a mais de 250 mecânicos a nível nacional. Não nos limitamos a fornecer peças, damos valor acrescido às mesmas com toda a informação técnica, meios de diagnóstico, e serviços”, comentou Pedro Díaz.

“Apesar de todas estas dificuldades de mercado, mantemos o crescimento sustentado nas várias gamas que comercializamos. Continuamos líderes na área da Travagem, temos vindo a desenvolver a gama de Direcção e Suspensão, onde cada vez é mais notória a nossa presença OE, reformulámos as gamas de Embraiagens e Amortecedores, lançámos novas gamas no universo Lucas, como os compressores de Ar condicionado, e continuamos a apostar nas outras marcas que distribuimos: Delphi, SKF, Dolz, Purolator, Holset, etc.”, acrescentou Pedro Díaz. “Estamos confiantes que a estratégia sustentada que nos tem orientado é a correcta, e que temos os parceiros ideais, os nossos clientes, para atingir os nossos ambiciosos objectivos”, concluiu o Director Comercial da TRW Automotive Portugal.

ZF TRADING AFTERMARKET IBÉRICA

A ZF Trading Aftermarket Ibérica em Portugal tem quatro marcas: A Sachs

Nos últimos dois anos a ZF Trading Aftermarket Ibérica reformulou a sua política de mercado. Os resultados estão espelhados num bom primeiro semestre em Portugal.

(amortecedores e embraiagens), a Lemförder (suspensão e direcção); a Boge (amortecedores); e a ZF Parts (bombas de direcção, caixas de direcção, etc.). A dinâmica e rigor germânico estão presentes em tudo o que diz respeito às marcas referidas. A isto não é alheio o facto de desde há dois anos a esta parte a empresa em Portugal ter vindo a realizar uma reestruturação ao nível da distribuição. A juntar a isto, a equipa da ZF Trading em território Luso também sofreu um reforço no primeiro semestre de 2008. Mas qual o balanço da primeira metade do ano para este colosso germânico? Hugo Farela, Director de Vendas Portugal da ZF Trading Aftermarket Ibérica, começou por referir que “em relação á facturação, está 7% acima do período homólogo do ano passado. Apesar das dificuldades que o mercado atravessa, os nossos produtos são competitivos. A isto junta-se um portfólio alargado de soluções que contribuem para fazer face e ultrapassar as dificuldades actuais do mercado”. O abrir de novos horizontes comerciais faz parte do modo de agir dos responsáveis da ZF Trading Aftermarket Ibérica. Não é pois de estranhar que o primeiro semestre tenha servido para preparar o lançamento em 2009 de um projecto com provas dadas em outros países europeus, o "Original Sachs Service". Um factor que os preocupa é os prazos de recebimento dos importadores relativamente ao segundo nível de distribuição, situação que se agravou na primeira metade do ano: “Há uma degradação enorme do prazo médio de recebimento, o que reflecte a situação actual do mercado e as dificuldades em geral”, lamentou Hugo Farela. Os prazos de recebimento na relação fabricante / importadores não têm sofrido degradação, até porque já se sabe que os germânicos são inflexíveis neste capítulo. “Seja como for, dificuldades crescentes são esperadas ao nível dos importadores e distribuidores a curto prazo, muito por força deste factor. O grande número de ‘players’ cria dificuldades acrescidas num pequeno mercado como o nosso”, sublinhou Hugo Farela, que logo acrescentou: “Pese embora este cenário, a confiança que sinto dos profissionais face às perspectivas futuras do negócio é grande, isto apesar de sabermos que os tempos que se avizinham serão difíceis de trilhar. A ZF Trading acredita no mercado Português e a prova são os investimentos já realizados e previstos para os próximos meses. Contamos, obviamente, com os nossos parceiros”. Nem mesmo o aumento dos factores de produção desvia da ZF Trading Aftermarket Ibérica da rota traçada. “É algo que nos transcende e evidentemente com efeitos na empresa. Nós como parte integrante deste mercado em mutação somos obrigados a reflectir essa situação nos preços finais dos nossos produtos. É, no entanto, um problema transversal a todas as empresas”, concluiu Hugo Farela.


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EMPREGO Por: Marco Arroz, Consultor Auto da Hays Portugal

O novo papel do Comercial Mais que um vendedor, o profissional comercial deve-se tornar um parceiro do cliente, na antecipação das suas necessidades e resolução de problemas. A Venda Consultiva, representa uma evolução da Venda por Análise da Necessidade, em que o vendedor assume uma postura activa na relação comercial.

“A

í vem mais um…” indica o Responsável da Oficina ao reconhecer Carlos. “Hoje já é o terceiro!” Carlos dirigiu-se à oficina apresentando o mais recente produto para protecção de pele, produzido a pensar nos mecânicos que lidam diariamente com sujidades intensas de óleos, gorduras e lubrificantes. Ao apresentar esta nova solução de higiene à Gerência, Carlos argumentou a necessidade deste tipo de produto no quotidiano de uma oficina. Após a demonstração do mesmo, ficou à espera da resposta do Gerente, como um réu aguarda a decisão do Juiz: “Não vejo qual a diferença entre os produtos. Para além disso, temos um contrato anual com outra empresa sua concorrente. Volte cá daqui a uns meses!” Carlos tinha sido apenas um Comercial e não um Consultor de Vendas. Enquanto Consultor de recrutamento, tenho verificado que o nível de exigência para perfis comerciais tem sido cada vez mais elevado face à evolução do mercado. As empresas demonstram maior ponderação na escolha do profissional responsável pela prospecção e venda dos seus produtos. No passado, em que o mercado vivia uma situação em que a procura era maior que a oferta, a venda acontecia sem grande dificuldade. Bastaria que o Comercial apresentasse o produto para que a venda se efectuasse, sem qualquer objecção por parte do comprador. Não seria propriamente um contexto de prospecção, mas de gestão da carteira de clientes em que as vendas baseavam-se no levantamento de pedidos. O cliente, ao deparar-se com novas alternativas no mercado, começa a exigir uma maior atenção por parte dos seus fornecedores. Efectivamente, a abordagem ao cliente já não ocorre sem uma análise da concorrência e da real necessidade de um determinado produto. Car-

Hays

los tentou seguir esta estratégia que passa pela prática de Venda por Análise da Necessidade. Esta situação, pressupõe que os clientes preferem as ofertas melhor concebidas face à sua necessidade no momento. Assim, os Comerciais que adoptam esta linha de orientação encontram-se preparados para responder às necessidades do cliente através de soluções específicas. De certa forma, uma atitude passiva de lidar com o cliente. A Venda Consultiva, representa uma evolução da Venda por Análise da Necessidade, em que o vendedor assume uma postura activa na relação comercial. Não basta analisar as necessidades do cliente, porque, não raras vezes, este pode não identificar qual a melhor solução para o problema. Este papel cabe ao

Comercial que deve conhecer o mercado e a empresa, tornando-se um Consultor de Vendas. Deverá ajudar os clientes com necessidades ocultas, contribuindo activamente para colmatar essas lacunas. É exigido que o Comercial seja qualificado, tecnicamente conhecedor do produto e da realidade do mercado onde actua a empresa cliente. Esta abordagem centrada no cliente de um modo activo, visa contribuir para um relacionamento duradouro em que é efectuada a venda da solução de problemas. O objectivo é fidelizar o cliente que terá sempre o vendedor como uma primeira opção de compra. Só assim, se torna um parceiro do cliente e não apenas mais um Comercial que procura vender algo.

Morada: Av. República, 90 – 1º - Fracção 4 1600-206 Lisboa Consultor Auto: Marco Arroz Telefone: 21 782 65 60 Fax: 21 782 65 66 e-mail: marco.arroz@hays.pt Internet www.hays.pt

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ENTREVISTA

António Mateus, Area Sales Manager Portugal da TMD Friction (Textar, Pagid, Mintex, Don)

“O mercado está em

turbulência”

Textar, Pagid, Mintex e Don, são os ícones da TMD Friction, que em Portugal dá cartas na fricção em ligeiros e pesados. Forte no primeiro equipamento e sagaz no aftermarket, consegue aliar a diversidade das marcas que possui a um objectivo comum: continuar a ser uma referência no mundo dos produtos de travagem. António Mateus traçou o percurso da companhia na primeira metade de 2008.

O

s produtos de travagem da TMD Friction para o pós venda possuem a cara de quatro marcas distintas: Textar, Pagid e Don para pesados e Textar, Pagid e Mintex para veículos ligeiros. A “cereja no bolo” está no facto da Textar ser actualmente a marca n.º 1 no sector dos veículos pesados em Portugal. O percurso da TMD Friction em solo Luso trilha os caminhos de meio século. A novidade é a presença directa entre nós desde meados de 2007. Entretanto, o que já passou de 2008 reflecte altos e baixos. António Mateus, Area Sales Manager Portugal da TMD Friction, fez-nos neste verão ameno a fotografia do desempenho da companhia.

TMD FRICTION (Portugal) Telefone 91 370 51 50 Fax 261 867 272 Internet www.tmdholding.com

A TMD Friction procedeu inclusive a um rejuvenescimento da sua linha de produção em Lerverkussen para fazer face a este surto de encomendas para os construtores automóveis. Isto é prestigiante e a médio/longo prazo é obviamente bom para o aftermarket, porque como sabe normalmente substitui-se a peça gasta por uma nova da mesma marca.

Como posiciona a TMD Friction em termos de performance na primeira metade do ano? Em termos de desenvolvimento no primeiro semestre, a TMD Friction em Portugal teve altos e baixos, mas no fim mantivemos sensivelmente o mesmo resultado conseguido no período homólogo de 2007. Penso que o percurso se posiciona ao nível do que aconteceu com a generalidade das empresas do aftermarket, quer em termos de oscilação na facturação, quer em termos de envolvimento dos clientes no negócio.

Que novos produtos/serviços lançaram na primeira metade do ano? As principais novidades do ano serão anunciadas em Setembro durante a Automechanika em Frankfurt. É o grande certame do sector. Seja como for, anunciámos o lançamento de kits pré-montados traseiros, com maxilas e bombites incorporados. Este lançamento não tem nada de especial, até porque é um produto já conhecido em Portugal. Mas significa um alargamento da nossa gama de produtos o que é por si só relevante. Depois estamos fundamentalmente a trabalhar na qualidade e no primeiro equipamento. Com efeito, neste momento a TMD Friction tem um grande enfoque no primeiro equipamento, que assume desde já. O nosso departamento de primeiro equipamento está a ganhar muitos concursos, ao ponto de neste momento a produção da TMD Friction para equipamento original ultrapassar os 30% de “market share” no OE. É um sinal de vitalidade e de aposta dos construtores pela grande qualidade dos nossos produtos. E todos sabemos como eles são exigentes.

Em termos de concorrência marcas que não tinham pastilhas estão a apostar nesse segmento, casos da Brembo, Metelli, LPR. Que efeito está a gerar esse fenómeno para a TMD Friction? Pelo seu historial no campo dos discos de travão, a Brembo é sempre um concorrente a ter em conta. É fornecedor de primeiro equipamento em discos de travão, pode-se dizer que é mesmo o grande fornecedor de discos de tavão para o equipamento original, e o lançamento de pastilhas acaba por levar as pessoas a poder associar uma coisa à outra. Além de que contam com uma rede de distribuição forte. A Metelli e a LPR não são tanto uma preocupação porque sempre foram nomes conhecidos pela hidráulica e não tanto pela fricção. E a concorrência tradicional, como a viu no primeiro semestre? Relativamente á concorrência dita tradicional, julgo que está como nós, um pouco na expectativa porque o mercado encontra-se numa turbulência muito grande. Uma coisa tenho a certeza, é que desde meados de Junho para a frente a nossa distribuição recuperou significativamente, as pessoas estão com outra predisposição para o negócio e eu julgo que é possível fazer um segundo semestre melhor.

Pastilhas de travão Textar para veículos de turismo. A TMD Friction para o pós venda conta ainda com as marcas Pagid, Mintex e Don

As marcas Textar, Mintex e Pagid mantiveram o mesmo posicionamento no primeiro semestre? Mantiveram o mesmo posicionamento de preços e o mesmo nível de distribui-


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ENTREVISTA ção, portanto manteve-se tudo tal e qual como anteriormente. Única excepção para a Textar, onde incluímos mais dois distribuidores, não tanto pelo volume imediato, mas pelas mais-valias distributivas que podem aportar num futuro próximo. Sem esquecer, obviamente, a respectiva solidez e saúde económico-financeira. Isso dá-nos a certeza de uma evolução qualitativa.

Os vossos preços mantiveram-se apesar do forte aumento das matérias-primas. Até quando vão resistir a essa pressão? Estamos efectivamente a sofrer alguma pressão para aumentarmos os preços. Muito honestamente eu tenho algum receio de fazer grandes aumentos de preços, dado que como sabe nós inserimo-nos praticamente no segmento do “Premium price” e não queremos perder essa vantagem. Mas estamos a equacionar a antecipação da tabela de preços de 2009 para Outubro ou Novembro deste ano, porque temos aumentos de 50% nalgumas matérias-primas e, portanto, temos de reflectir isso. Infelizmente é algo que nos transcende. O reflexo do aumento das matérias-primas é transversal a todo o mercado e por isso não podemos ficar alheios a esse facto. Ao nível dos pagamentos como se encontra o mercado? Os vossos clientes sentem mais dificuldade em saldar as contas nesta altura?

Sobre a TMD Friction A TMD Friction é um dos líderes mundiais de materiais de fricção para travões no mercado de equipamento original da indústria automóvel e de travões. O seu portfolio de produtos compreende pastilhas de travão e maxilas para travões de tambor, para carros de passageiros e veículos comerciais, em conjunto com pastilhas de travão para a competição e materiais de fricção para a indústria. A TMD Friction também fornece o aftermarket global com as suas marcas Textar, Pagid, Mintex, Don, Cobreq, e Cosid. Com instalações de fabrico na Alemanha e outros países Europeus, Estados Unidos, Brasil, México, China, Japão e Malásia, a TMD Friction gerou uma facturação de 690 milhões de euros no ano passado e empregou 4500 pessoas em todo o mundo.

A Pagid (veículos ligeiros e pesados) é uma das marcas que a TMD Friction comercializa para o pós venda

A Textar é a n.º 1 no sector dos veículos pesados em Portugal. Também disponível para veículos ligeiros

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Com os nossos clientes não temos qualquer tipo de problema a esse nível, até porque os germânicos como sabe são inflexíveis nos recebimentos. Julgo até que todos os fabricantes mantêm essa linha de actuação. A nossa distribuição sabe que é assim. Acontece é que não consegue “stockar” forte porque não estão a conseguir receber dos seus clientes nos prazos considerados financeiramente ideais. Posto isto eu não estranharia se no segundo semestre deste ano e até mesmo durante 2009, surgissem alguns princípios de falência ou fusões, até mesmo entre os importadores.

Mas isso é o que o mercado já vem anunciando há muito tempo, ou não? Efectivamente isso é algo de que se fala há mais de 20 anos, nomeadamente que existem players a mais a todos os níveis da distribuição e, portanto, o mercado naturalmente tem de fazer uma selecção. Foram sobretudo os importadores que foram mantendo o mercado com as características que agora tem, mas neste momento julgo que os importadores para poderem sobreviver têm de fechar contas. Das duas uma: ou fecham contas e decrescem as vendas ou então estão sujeitos a entrar num colapso financeiro. Por isso lhe digo que eu não estranharia se algum(ns) importador(es), mas sobretudo os intervenientes no segundo nível da distribuição, pudessem abrir falência já no próximo semestre ou eventualmente no próximo ano. PUB


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EMPRESA Miniauto

Seriedade com o cliente A Miniauto é uma oficina de automóveis particular. Apesar de ser multimarca, tem uma forte ligação à marca Mercedes e por inerência ao exigente mercado dos táxis.

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undador e percursor da Miniauto, João Martins foi um homem que dedicou grande parte da sua vida a este negócio oficinal. Ainda hoje está de olho no negócio, nomeadamente nas instalações da Rua Augusto Gil em Odivelas, onde se fundou a empresa. Porém, em 1994 os quatro filhos de João Martins (Artur, Armando, Luís e Adélia) decidiram dar um forte avanço neste negócio, aproveitando todo o seu histórico, para em 2001 inaugurarem as instalações principais, onde actualmente desenvolvem grande parte da actividade da empresa. Cada um dos quatro irmãos desenvolve diferentes tarefas na empresa, com Armando Martins a ser o responsável da parte oficinal, ficando as peças e a parte administrativa a cargo dos seus irmãos. A lógica de manter duas unidades abertas, deve-se a razões históricas, mas também com algo que tem muito a ver com a actividade da Miniauto. “Cerca de 80% da nossa actividade concentra-se em veículos Mercedes, que normalmente são assistidos nas instalações mais recentes”, refere Armando Martins. Existindo uma grande proximidade comercial entre a AMJ (peças para veículos Mercedes) e a Miniauto, foi também reforçada a importância de trabalhar veículos desta marca, o que fez com que grande parte dos clientes sejam taxistas. Trata-se de um cliente muito especial e com características muito particulares face ao cliente tradicional, que exige “que exista uma grande celeridade no serviço, pois o Táxi é a principal ferramenta de trabalho dos taxistas, não podendo o carro estar parado”, afirma Armando Martins, acrescentando “para além da rapidez um dos factores mais importantes para nós é a seriedade”. Neste aspecto, o mesmo responsável afirma ainda que “o profissionalismo começa com a seriedade com que trabalhamos com o cliente. Por outro lado, como trabalhamos muito a crédito, temos que fazer bem e à primeira, para que exista uma grande confiança entre nós e o cliente e vice-versa”. Para se ser profissional, na óptica do entrevistado, é também necessário uma aposta constante na formação, um aspecto que não é descurado na Miniauto, assim como é feita uma aposta muito forte em termos de equipamentos. “Os fornecedores já nos conhecem e sabem que a Miniauto gosta de estar sempre actualizada em matéria de equipamentos”, revela Armando Martins, afirmando que “no diagnóstico, por

Miniauto Sede: Estrada da Paiã, Quinta do Lamas, Lt 1 Armazém D 1675-088 Pontinha Gerente: Armando Matins Telefone: 214 787 500 Fax: 214 787 505 E-mail: miniauto@mail.telepac.pt Internet: www.miniauto.pt

exemplo, temos dois equipamentos que nos permitem dar uma resposta total em veículos da marca Mercedes”. Em termos de serviço, a Miniauto está apta para dar resposta a todo o tipo de serviços, desde a mecânica à electricidade, passando pela chapa e pintura, sendo que o serviço de estufador é o único que é sub-contratado fora das instalações. Revelando que existe alguma crise no sector, nomeadamente ao nível dos pagamentos, a Miniauto nem por isso tem registado quebras no serviço que se tem mantido estável nos últimos anos. Com mais de 700 m2 de área oficinal (mais os 300 m2 da oficina original), a Miniauto está dividida em três secções, nomeadamente pintura, chapa e mecânica, estando nesta última incluídos os serviços de diagnóstico. Para terminar, Armando Martins, não quis esquecer o principal “motor” da Miniauto, que são os seus recursos humanos. “Temos que agredecer aos nossos empregados, a maioria deles que já trabalham connosco há 15 anos”, afirma Armando Martins, concluindo que “são acima de tudo amigos e que muito contribuem para o sucesso desta empresa e para a tal seriedade e profissionalismo que temos para com os nossos clientes”.


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EMPRESA Neoparts

Forte aposta na distribuição A Neoparts e a Karcher são duas marcas que caminharam juntas no mercado nacional nos últimos 28 anos, devido a uma estratégia bem sucedida no comércio e reparação de equipamentos de lavagem.

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ruto da visão e do empreendedorismo de Carlos Baptista, decorria o ano de 1980, a karcher chegou a Portugal. O negócio, actualmente gerido pela segunda geração da família, não mais parou de crescer desde esse ano, bastando observar que de uma pequena instalação com três pessoas a Neoparts possui diversas instalações e perto de 100 pessoas, sendo uma das maiores PME´s nacionais (88ª no Ranking das 1500 maiores nacionais), com uma facturação que ronda os 20 milhões de euros. A sede é em Lisboa, tendo instalações próprias no Algarve, Maia, Ribatejo, Coimbra e Madeira, estando em fase de construção novas instalações em Coimbra e Évora. Cada filial funciona quase de forma autónoma, tendo cada uma um gerente bem como sectores técnicos e comerciais, para além de disporem de armazéns próprios. A Neoparts tem a sua actividade principal centrada nos equipamentos de lavagem, tanto ao nível do comércio como da assistência / reparação, representando a Karcher, que possui uma gama vastíssima de equipamento de alta pressão, e a WashTec pórticos para lavagem de automóveis (a Karcher também disponibiliza equipamentos para lavagem auto profissional e não profissional). Outro sector de actividade onde a Neoparts possui uma posição de relevo é no sector das jantes para automóveis. Não só é a empresa que possui o maior stocks de

jantes em Portugal, como é aquela que dispõe de um portfólio de marcas mais diversificado, representando a Bsa, OZ, Tsw, Binno, Proline, Mangels, entre outras. Por ano são importadas dezenas de milhares de jantes em liga leve, para veículos ligeiros e comerciais, abastecendo grande parte dos profissionais no sector automóvel. Mais recente na actividade da empresa, mas não menos importante, é a actividade relacionada com os pneus. Desde 2004 que a Neoparts distribuiu pneus, válvulas e pesos. Aliás, na áera dos pneus a Neoparts possui uma marca própria, a Accelera.

Neoparts Sede: Ed. Neoparts (Sede) Av. Infante D. Henrique, Lote 35 1800-218 Lisboa Responsável Industrial: Carlos de Oliveira Telefone: 218 558 300 Fax: 218 558 320 E-mail: neoparts@neoparts.pt Internet: www.neoparts.pt

“A Kärcher tem um portfolio de produtos vastíssimo disponibilizando produtos para todos os sectores profissionais e não profissionais. Apesar da maioria das nossas vendas serem feitas no grande consumo, fazemos também vendas para os sectores mais profissionais onde se incluem as oficinas”, refere Carlos de Oliveira, responsável da Área Industrial da Neoparts. Através de um forte política de stocks, com uma grande disponibilidade de produto, a Neoparts consegue com a Kärcher “apresentar um produto de grande qualidade a preços muito competitivos”, revela o mesmo responsável acrescentando que “temos também uma forte estratégia de distribuição, com seis filiais e uma rede de revendedores, estando dessa forma muito próximo do nosso cliente profissional e particular”. Em todas estas filiais existe também grandes stocks de jantes e de pneus (juntamente com os produtos Karcher), para além de equipas comerciais e técnicas para cada um dos sectores de actividade em que a empresa está presente. Naturalmente que uma empresa com esta dinâmica de mercado, está também fortemente apostado no serviço pós-venda. “Para nós o serviço representa uma venda futura. É assim que o encaramos na Neoparts, pois se o serviço não for bom, não se conseguem novas vendas”, argumenta Carlos de Oliveira, revelando que a Neoparts desenvolve o serviço de assistência quer nas suas instalações, quer na casa do cliente, dependendo do tipo de problema e da dimensão do equipamento. Em termos de mercado, neste sector da lavagem, o mesmo responsável da Neoparts diz que não se tem notado, nos últimos dois anos, um crescimento do mesmo. “Temos apostado em novos mercados e novas formas de comercialização, por exemplo, temos vindo a exportar para os Palop´s”, refere Carlos de Oliveira.

Produtos Karcher para oficinas A Kärcher disponibiliza um catálogo de equipamentos com milhares de referências, para todo o tipo de aplicações possíveis e imaginárias. Não se pode dizer que a Kärcher tenho produtos especificamente desenvolvidos para oficinas de automóveis, mas alguns deles foram também pensados para serem utilizados em ambientes oficinais. Um dos equipamentos são as lavadoras-aspiradoras de pavimentos, que apresentam a dupla função de lavar e aspirar simultaneamente. Existem também equipamentos para lavagem e limpeza de peças, bem como modelos de limpeza com jacto de gelo seco (que têm vantagens na limpeza de peças na indústria, sem deixar quaisquer resíduos), sendo uma das mais recentes novidades da Karcher. Destaque também para os aspiradores profissionais, com sistemas patenteados de filtros para todo o tipo de utilizações

oficionais. Equipamentos de limpeza de estofos, máquinas de jetwash em self-service e pórticos de lavagem (para ligeiros e pesados) são também utilizados no sector das oficinas e frotistas. Na área ambiental, a Karcher disponibiliza também equipamentos para a recuperação de águas residuais e unidades de processamento de água potável (para hotéis, parques de campismo, oficinas, quintas e locais remotos).


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EMPRESA Laps

Acompanhar o cliente Para além da mecânica, são muitos os acessórios que se podem encontrar dentro de um automóvel. A Laps, S.A. é uma empresa que comercializa acessórios em áreas como a segurança, o som e a protecção ambiental. Assistência Muito importante em toda a estratégia de negócio da Laps é o pós-venda, quer na área da formação quer da assistência técnica. Quem o diz é Álvaro Santos argumentado que “o nosso trabalho começa na maioria das vezes após a venda do produto. Temos que dar todos os elementos ao profissional para que ele possa fazer uma instalação segura e que não dê problemas ao cliente”. Tal obriga a que os técnicos da Laps estejam muitos atentos a tudo o que se passa no mercado, nomeadamente em termos de viaturas novas, devido à sua cada vez maior complexidade em termos de sistemas electrónicos, “nos quais não podemos instalar qualquer tipo de produto”. Um desses exemplos são os carros novos que vêm com CAN-BUS, em que os produtos da Laps que interagem com esse sistema são programados antes da instalação, e por isso não dão informação para o CAN-BUS “gerando uma maior confiança para o cliente e para o instalador”, refere Álvaro Santos. A Laps providencia também toda a formação, quer comercial quer técnica, que numa primeira fase é gratuita, embora depois seja desenvolvida à medida das necessidades dos clientes e da lógica de introdução de novos produtos no mercado.

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om uma presença assídua no mercado automóvel há 20 anos, a Laps é uma empresa que se dedica à comercialização de componentes eléctricos. Desde o seu início que representa a marca Cobra, nos alarmes para automóveis, entrando um pouco mais tarde no Car Audio com a Hertz e a Audison, tendo posteriormente anexado muitas outras representações ao seu portfolio de marcas (ver caixa). Composta por vários departamentos, desde a área comercial à técnica, passando pela logística, todos os produtos comercializados pela Laps são também da sua responsabilidade técnica, o que “nos permite ser autosuficientes a nível de departamentos, isto é, não nos limitamos apenas à venda, somos também responsáveis pela distribuição e assistência de tudo aquilo que comercializamos”, começa por referir Álvaro Santos, director comercial da Laps. Em termos comerciais a Laps, que está presente em todo o país, dispõe de uma equipa de quatro pessoas que visitam tanto o concessionário, a oficina bem como a grande superfície. “É nossa intenção estarmos de uma forma nivelada em todos os mercados, pois todos eles são importantes e representativos na nossa actividade”, diz Álvaro Santos, acrescentando que “não temos qualquer venda ao consumidor final. A nossa actividade está centrada na revenda quer para as oficinas de uma forma geral (aftermarket) quer para as grandes superfícies”. De modo a separar estes dois grandes mercados em que está presente, a Laps apostou também na segmentação dos produtos. “Os produtos que vão para o aftermarket não são propriamente os mesmos que se destinam às grandes superfícies, existindo uma diferenciação ditada não só pela necessidade de formação para se poder instalar alguns desses

Laps Sede: Largo Frederico de Freitas, 16 – B 2790-077 Carnaxide Telefone 214 254 120/34 Fax: 214 254 129 E-mail: anafilipe@laps.pt Internet www.laps.pt

Marcas e produtos Estando no mercado da electrónica e segurança automóvel, a Laps possui entre a sua gama de produtos sistemas multimédia, sensores de parqueamento, sistemas de som, sistemas de alarme, sistema de localização e recuperação de veículos, entre outros. Actualmente a Laps é importadora e representante exclusiva de marcas internacionalmente reconhecidas e premiadas como a Cobra, Hertz, Audison, Audison Connection, AZ Audiocomp, Nakamichi, Boss Audio e New Sound. É distribuidora ainda de auto-rádios e sistemas de navegação JVC e LG. Para além deste sector de actividade, a Laps comercializa ainda produtos da Gammaplast. Trata-se de material de protecção automóvel em polietileno que permite aos profissionais das oficinas entregar o automóvel ao seu cliente sem qualquer sujidade resultante dos trabalhos efectuados. Entre outros, as coberturas de banco, os revestimentos de volante, os tapetes, sacos plásticos, suportes para rolos de cobertura e tapetes, material de pintura, são alguns dos artigos disponibilizados e extremamente úteis nas actividades de reparação e manutenção automóvel.

produtos, como é o caso dos sistemas de alarme nas oficinas, como pela expectativa de preço/serviço do cliente que compra numa grande surperfície ou vai a uma oficina” revela o mesmo responsável, adiantando que “os preços para o mesmo produto comercializado pelos dois canais acaba por estar ajustado, isto é, o preço de determinado acessório comercializado numa grande superfície é pautado pelo preço a que é comercializado no aftermarket, para que depois não existem grandes variações do mesmo no mercado”.

Mercado Num mercado muito concorrencial, a Laps pretende diferenciar-se através de uma postura “de longo prazo e de acompanhamento do cliente. É bom que apareceram novas empresas no mercado, mas é bom também que elas entrem com sentido de responsabilidade”, afirma o director comercial da Laps, adiantando que é “importante que o nosso cliente, que é um profissional, saiba que pode contar connosco a qualquer momento. Para isso temos que lhes dar produtos de qualidade, a bom preço e com uma assistência sempre presente”. Em termos de produtos, destaque para o recentemente lançamento do Cobra Connex. Trata-se de um Serviço de Recuperação de Veículos Roubados (SVR) desenvolvido pela Cobra Automotive Technologies, utilizando as tecnologias GSM e GPRS. Face aos sistemas já conhecidos o Cobra Connex, permite ao proprietário do veículo estar sempre em contacto com o seu automóvel, sabendo sempre onde se encontra, já que o sistema está ligado a um Centro de Operação de Segurança Prosegur Activa em Portugal - disponível 24 horas por dia durante todo o ano e sempre em contacto com as forças de segurança em Portugal e em mais 35 países da Europa.


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EMPRESA TRW – Recondicionamento de peças

Um nova

era

Quer por pressões legislativas ligadas ás questões ambientais, quer por razões económicas, o recondicionamento de peças é um tema que está claramente no topo da actualidade.

C

om o aumento crescente do impacto da legislação Europeia sobre os produtos “amigos do ambiente” e a necessidade de reduzir o valor das emissões produzidas, o tema do recondicionamento está a tornar-se cada vez mais importante. Os consumidores e distribuidores procuram opções de reparação e serviço que não sejam apenas boas opções financeiras, mas também que ofereçam produtos de elevada qualidade e que respeitem o meio ambiente. François Augnet, vice-presidente da TRW Automotive Aftermarket Europa e Ásia-Pacífico, abordou recentemente este assunto, perspectivamente o presente e o futuro das peças recondicionadas. François Augnet referiu que os produtos reconstruídos estão a ganhar cada vez mais notoriedade no mercado independente de pós-venda e que os retalhistas vão começar a reconhecer que faz parte da sua responsabilidade social venderem produtos “verdes”. No entanto, a indústria ainda tem um longo caminho a percorrer, de forma a aumentar a presença de produtos reconstruídos e assegurar que a imagem positiva e limpa é assimilada por toda a cadeia de distribuição até ao condutor. “Actualmente, temos que enfrentar uma lacuna na legislação que não distingue entre aplicar um produto de uma sucata, cujo desempenho não foi testado, e um produto recondicionado “tão bom como o novo”, que foi sujeito aos mesmos testes que as unidades originais”, afirma François Augnet. Proteger o ambiente François Augnet refere ainda: “A indústria tem uma excelente oportunidade neste mercado – o proprietário médio dum veículo não tem noção dos benefícios ambientais das peças reconstruídas. Os consumidores querem peças amigas do ambiente e estão cada vez mais atentos às questões do ambiente. Existe um grande argumento “verde” que o sector do recondicionamento ignorou durante anos – e agora tem o dever de despertar a consciência ambiental dos consumidores. Com a reconstrução a tornar-se cada vez mais um objectivo para a indústria do mercado independente de pós-venda, os clientes precisam de ser bem informados sobre o seu papel no processo de devolução de cores e da sua responsabilidade para com os fornecedores. Uma série de mudanças na legislação, como por exemplo a directiva europeia para os veículos em fim de vida, significa que os clientes são encorajados a devolver todos os materiais salvados, ao fornecedor original, no fim do ciclo de vida do produto.”

TRW Automotive Aftermarket

François Augnet, Vice Presidente da TRW Automotive Aftermarket Como recondicionador líder de produtos de travagem e direcção na Europa, este é um processo integral para a TRW. As suas fábricas estão certificadas pela ISO 14001, em linha com as regulamentações ambientais. A divisão de pós-venda está a promover as unidades reconstruídas, mas assegura também que os componentes de desgaste dessas unidades sejam ecológicos. Por exemplo, uma das características únicas da TRW é que todas as suas pastilhas de travão, para o mercado de substituição, são isentas de metais pesados, anulando o risco dos mecânicos respirarem pó nocivo e em última instância, evitando a libertação dos materiais na estrada, o que seria uma grande ameaça para o ambiente. “Não podemos ser “verdes” à 2ª-feira e poluidores à 3ª-feira”, afirma François Augnet, que também revelou que está a encorajar os seus colaboradores a calcularem o nível de emissões e estudarem como podem reduzi-lo, dentro da sua área de responsabilidade, utilizando uma “Medida de Desempenho” específica. Criação da base de trabalho

Sede: Centro Empresarial de Talaíde Estrada Octávio Pato - Talaíde 2785-601 S. Domingos de Rana Telefone: 214 228 341 Fax: 214 228 345 E-mail: marketing.portugal@trw.com Internet: www.trw-eos.com “Associações como a APRA e a CLEPA têm que trabalhar juntas e desempenhar um papel chave na condução das mudanças na indústria e promover o tema da reconstrução junto da Comissão Europeia. Têm que promover um grupo de discussão para debater os desafios comuns para o mercado – assegurando que este está mais bem posicionado para o futuro dos nossos clientes e dos clientes dos nossos clientes. A necessidade de uma directiva é muito clara, embora no contexto do artigo 31 de aprovação tipo. A agenda terá que incluir o estabelecimento de normas para protecção dos interesses dos consumidores finais, definindo claramente a etiqueta dos produtos reconstruídos. Teremos que solicitar uma revisão dos impostos sobre estes produtos e vamos procurar, de alguma forma, um crédito de CO2 para os recondicionadores”, conclui François Augnet. A TRW reforçou ainda mais o seu compromisso com o ambiente ao nomear a Dra. Françoise Wierzbicka–Lahcen da

TRW, bem conhecida na indústria automóvel, como representante neste grupo. Ela coordenará as actividades chave da TRW, apoiando o compromisso com a segurança e o ambiente junto da União Europeia e das Nações Unidas. Ela terá um papel activo na CLEPA e na APRA, juntamente com Michael Von-Linden – responsável máximo pela unidade de negócio de recondicionamento da TRW. Recondicionamento na TRW O recondicionamento faz parte da estratégia de crescimento da TRW. A companhia produz actualmente uma gama de calipers reconstruídos, caixas e bombas de direcção e unidades de controlo de estabilidade do veículo, em três fábricas localizadas no Reino Unido, República Checa e Estados Unidos da América, que empregam, no total, mais de 500 pessoas. Todas as actividades de recondicionamento da TRW são totalmente suportadas pelas divisões de Investigação e Desenvolvimento da TRW para Equipamento Original e são validadas por instalações de teste aprovadas. Como parte da sua aposta no crescimento da sua presença na reconstrução, a TRW anunciou recentemente a criação de uma nova unidade de negócio – o Remanufacturing Group, ou ‘RMG’. Liderado por Michael von-Linden, o RMG tem como objectivo impulsionar a experiência e conhecimentos da TRW e apoiar os seus clientes neste mercado em crescimento. Em 2007, a TRW adquiriu a Brake Engineering – reforçando ainda mais as suas capacidades de recondicionamento e provando que tem grandes planos de crescimento nesta área.


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EMPRESA Clube Peça e Ganhe

Fidelizar os clientes oficina Apresentando uma das maiores e mais modernas redes de retalho automóvel que existe em Portugal, a Renault tem uma estratégia bem delineada para as oficinas independentes ao nível das peças. Como ganhar pontos? Existem diversos formas de o cliente Renault poder obter pontos no Clube Peça & Ganhe. Assim, por cada 100 euros de compras líquidas de Peças de Origem e Acessórios Renault, o cliente recebe 3 pontos, mas se as compras forem sinalética Motrio ou sistemas de pintura Ixell então o cliente recebe 4 pontos. No final de cada ano, se o volume anual de compras do cliente for superior a 20.000 euros, o cliente recebe ainda mais dois pontos extra por cada 100 euros de compras líquidas. Cada ponto corresponde a um euro e poderá ser trocado por cheques Compliments (são cheques em euros que permitem realizar compras em mais de 1.500 lojas em Portugal) ou em Notas de Crédito.

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marca Renault é provavelmente a marca de automóveis que mais carros tem a circular no nosso país. Com um parque automóvel muito diversificado e extenso, são muitas e variadas as necessidades de manutenção e reparação dos carros desta marca. Quer isto dizer que existe uma procura muito grande de peças originais Renault por parte dos reparadores independentes. Atenta a esta realidade, que não é de agora, a Renault lançou em 2005 o Clube Peça & Ganhe, que mais não é do que uma ferramenta de fidelização do cliente (oficinas independentes) para os seus concessionários. Ao aderir a este clube, o cliente ao comprar peças originais Renault a um concessionário está também a ganhar pontos, tendo assim acesso a promoções pontuais e a diversos prémios. Em termos gerais o “Clube Peça & Ganhe” é um programa de acumulação de pontos destinado aos clientes dos concessionários (reparadores independentes e oficinas) com volume de compras líquidas anual superior a 6.500 euros, tendo como objectivo ser uma ferramenta comercial e de fidelização dos Clientes Oficina. Assim, desde Janeiro de 2005, que os clientes (reparadores independentes e oficinas) ganham pontos ao comprarem peças nos concessionários Renault. Neste programa, estão abrangidas não apenas as Peças e Acessórios da marca Renault (grande parte do programa de peças originais), mas também as peças Motrio e os produtos da marca Ixell, que sejam adquiridas nos Concessionários da Rede Renault. Como funciona o Clube? O funcionamento do Clube Peça & Ganhe, pode-se resumir a três etapas fundamentais. Em primeiro lugar, para que os clientes ganhem pontos, os concessionários deverão enviar para o email pecaeganhe@renault.pt as compras líquidas dos seus clientes. Até 3 semanas após o fim do mês cada concessionário irá receber um relatório com o histórico dos seus clientes. Depois, cada cliente irá receber de dois em dois meses, por correio, o extracto dos pontos do período anterior. Após isso, para resgatar os prémios basta ao cliente preencher a ficha de resgate de prémios que se encontra no fim do catálogo de prémios.

Virado para o cliente Um dos pontos fortes do Clube Peça & Ganhe é a comunicação com o cliente. Assim, todos os 2 meses, o cliente recebe um extracto de pontos que o informa de quantos pontos ganhou, quantos rebateu e o seu saldo, bem como uma newsletter com informações sobre as marcas e produtos, notícias do clube, campanhas, etc. As promoções serão comunicadas pontualmente aos clientes, existindo também uma linha de apoio telefónico para esses mesmos clientes poderem esclarecer as suas dúvidas. Refira-se que actualmente o Clube Peça & Ganhe tem cerca de 1060 oficinas aderentes.

Renault Vantagens do Clube Peça & Ganhe para o concessionário Ao propor aos seus clientes “profissionais” o Clube Peça & Ganhe, cada concessionário potencia algumas vantagens. A saber: • Uma Ferramenta Comercial para o Concessionário • O concessionário é o impulsionador do Clube • apresentação é feita pelo Vendedor Itinerante • Cada concessionário terá acesso aos pontos de cada um dos seus clientes e poderá comunicar esta informação ao cliente • É uma ferramenta a utilizar no dia-a-dia comercial: • Permite incentivar o cliente a comprar mais. • Aumenta o volume de compras • É sempre um bom pretexto para contactar o cliente. • Para além de comprar peças de qualidade, o cliente ganha prémios. • Fideliza o cliente ao concessionário: Refira-se que esta é uma maneira de canalizar mais negócios para cada concessionário: um cliente só ganha pontos se comprar no concessionário que lhe apresentou o Clube e o inscreveu.

Sede: Lagoas Park - Edificio 4 2740-267 PORTO SALVO Telefone 218 361 011 Fax: 218 361 096 Internet www.renault.pt


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SKF Portugal - Rolamentos, Lda. Francisco Teixeira: 912 522 583 - Grisélia Afonso: 917 201 662 - José Oliveira: 917 205 181 www.skf.pt www.vsm.skf.com


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EMPRESA Jotapeças

Aftermarket puro Faz um ano que a Jotapeças tem nova Administração. Tem sido um período de remodelação e modernização da estrutura operacional da empresa, que irá passar ainda por novos investimentos.

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o longo dos seus 32 anos de existência a Jotapeças especializou-se na comercialização de peças e acessórios para viaturas asiáticas, tendo sido percursora na introdução da Blue Print em Portugal. Em Setembro de 2007, Carlos Silva e Moisés Rustongy, depois de 10 anos a trabalharem no sector das peças em Angola, adquirem a Jotapeças à família Candeias. “A empresa tinha estagnado um pouco nos últimos anos, mas no último ano tem sido feito um enorme esforço financeiro para reactivar a mesma, apesar das dificuldades económicas”, começa por referir Carlos Silva, Administrador da Jotapeças. A base do negócio da Jotapeças é a exportação para Angola, que representa cerca de 60% da actividade desta empresa, sendo que os restantes 40% estão no mercado interno “que se encontra muito estagnado”, refere o mesmo. Aliás, a Jotapeças tem já uma longa história no domínio da exportação para África, nomeadamente Angola, mais recentemente para Moçambique e Cabo Verde, mas tal não significa que a empresa tenha optado pela comercialização de produtos de menor qualidade, antes pelo contrário. “Nós temos uma filosofia pura de aftermarket em termos de política de produto”, afirma Carlos Silva adiantando que “não nos queremos dedicar à comercialização de material de fraca qualidade. Em África as condições de utilização são particularmente duras, o que implica material de boa qualidade. Se em Portugal faz sentido comercializar material de qualidade, em África faz muito mais sentido”. Nessa lógica, a Jotapeças vai continuar a apostar na comercialização de marcas de “boa qualidade, equivalente ou melhor do que o material de primeiro equipamento, pois tem-se confundido aftermarket com material de menor qualidade e isso não acontece seguramente com a Jotapeças”, assegura o mesmo responsável. Fortemente apostados na exportação, já que os sócios da Jotapeças possuem interesses em duas empresas angolanas, nem por isso o mercado nacional vai ser descurado. Foi assim que no início de 2008 passou a trabalhar na Jotapeças um técnico-comercial, com grande experiência em peças asiáticas, orientado para os grandes clientes, deixando de lado a aposta em vendedores itinerantes. “O mercado está perfeitamente saturado de vendedores e nesta altura está a vender-se desconto, chegando-se em alguns casos ao disparate total dos 60% de desconto”, analisa Carlos Silva, que adianta ainda que “nesta altura os operadores estão a entregar material e não a

vender material, e assim o mercado não vai aguentar”. Atentendo a essa realidade, a Jotapeças está apostada numa nova política comercial, em parte sustentada na melhoria das relações com a sua carteira de clientes, alguns deles considerados como parceiros de negócios, mas também baseando-se numa lógica de preços líquidos, que a empresa pretende seguir. Trabalhando o mercado da grande Lisboa, por força das circunstâncias e da sua localização histórica (nas Olaias em Lisboa), Carlos Silva refere que existem objectivos de crescimento, quer em termos geográficos quer nas instalações. “Um dos nossos objectivos é estendermo-nos para o Alentejo e Algarve, com uma estrutura intermédia em Évora ou Beja, embora isso seja um investimento que fique para mais tarde”, refere o Administrador da Jotapeças, acrescentando que “também iremos investir em novas instalações que nos garantam uma maior capacidade logistica, mantendo as actuais, que estão muito bem localizadas”. Apostando na sua especialização em peças asiáticas e numa equipa também ela muito especializado nesse tipo de peças, a Jotapeças está orientada claramente na qualidade do material, na rapidez do serviço e no desenvolvimento de uma política comercial sustentada e com visão de futuro.

Carlos Silva, Administrador da Jotapeças

Marcas representadas Historicamente associada à Blue Print, sendo uma das marcas “ponta de lança”, a Jotapeças possui contudo um extensa gama de produtos e marcas, maioritariamente vocacionadas para as viaturas japonesas e coreanas, embora também comercialize material para marcas como a BMW, Volkswagen e Peugeot. A Jotapeças é distribuidora das marcas Blue Print, TRW, Kayaba, Toyonisa, Filton, AD Logistics, Berner, Nipparts, Purflux, entre outras.

Jotapeças Acessórios e Ferramentas, SA Sede: Rua Prof. Mira Fernandes, 91-A 1900-382 Lisboa Administrador: Carlos Silva Telefone: 218 407 244 Fax: 218 407 353 E-mail: Jotapecas@jotapecas.pt Internet: disponível brevemente


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PRODUTO Visualiner Prism

Múltiplas vantagens A Domingos & Morgado 2 - Equipamentos, apresentou recentemente uma nova máquina, a Visualiner Prism, da sua representada John Bean, na qual aposta muito para o mercado nacional.

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John Bean, pertencente ao grupo americano Snap-On, é uma das marcas de referência no sector dos equipamentos oficinais, nomeadamente para todos os operadores que trabalham na área dos pneus. Muito recentemente lançou no mercado uma nova série de Alinhadoras com a tecnologia Prism, a qual combina as vantagens da tecnologia CCD com as do método de alinhamento 3D. Trata-se de um equipamento “híbrido” por juntar a tecnologia de medição por CCD via Bluetooth e a tecnologia 3D, de câmaras a três dimensões, “posicionando-se num segmento de mercado médio baixo pelo seu preço, mas segmento médio pela sua tecnologia. A John Bean pretende com esta máquina atingir o segmento do mercado das máquinas de alinhar em sistema de CCD, mesmo que sem cabos”, revela José Morgado, responsável da empresa Domingos & Morgado. Nas alinhadoras com tecnologia PRISM, os alvos frontais estão montados no eixo dianteiro, enquanto os sensores – chamados PODs nesta versão (Portable Device ou, em português, Mecanismo Portátil) – são montados no eixo traseiro. Com esta tecnologia especial – uma combinação das funções da CCD com as das 3D – que é utilizada nas alinhadoras Visualiner PRISM da John Bean, a comunicação óptica no eixo da frente não pode ser interrompida, donde a inutilidade dos adaptadores de spoiler, que fazem baixar os sensores. Por outro lado, este sistema de alinhamento é muito flexível, podendo ser utilizado numa infinidade de condições de trabalho, tais como fossas, pequenos elevadores de 4 colunas ou elevadores de tesoura, tratando com igual facilidade um pequeno Smart ou um grande furgão comercial. “As vantagens deste equipamento são inúmeras”, revela José Morgado, adiantando que “o facto de não ter cabos nem PUB

sensores que permite ganhos de manutenção com a redução dos custos de intervenção. Depois é o facto de multiplicidade de aplicações desta máquina, isto é: fossas de alinhamento, elevadores de 4 colunas, elevadores de tesoura, em suma qualquer condição de oficina. Por último a sua portabilidade, visto que face à sua dimensão e facilidade de transporte podemos considerar que esta máquina se adapte de um momento para o outro a qualquer espaço na oficina”. Outra vantagem é precisamente a manutenção, ou melhor, a quase ausência de manutenção. A comunicação com o computador é feita via Bluetooth, não tem qualquer componente electrónico montado nas rodas da frente e, caso haja uma avaria num dos PODs traseiros, basta substituí-lo contra a entrega do defeituoso. Uma outra enorme vantagem da tecnologia PRISM é que permite medir a rotação das rodas de topo a topo sem a necessidade dos caríssimos pratos rotativos electrónicos, o que se traduz numa não negligenciável poupança de dinheiro. Mas há ainda outra novidade. Todos os componentes de medição, tais como os

POD’s, alvos e garras das rodas são construídos em magnésio, e por isso são extremamente leves. A Visualiner PRISM da John Bean está equipada com as mais modernas baterias de lithiumion, conhecidas pela sua longa duração. Estas baterias são controladas através de um software específico, de forma a nunca interferirem na prática do alinhamento, quer através de variações da potência de emissão Bluetooth, quer perdendo carga durante a sua função de alinhamento. Tal como em todas as Alinhadoras John Bean, o banco de dados de alinhamento inclui cerca de 25.000 viaturas, fabricadas nos últimos 25 anos. Apesar da tecnologia e das vantagens deste equipamento, José Morgado diz que “em boa verdade não existe grande investimento, isto porque o preço de mercado a que esta máquina vai ser comercializada é de tal modo baixo que o investimento a fazer será praticamente recuperado num curto espaço de tempo. Pelo valor a que vai ser comercializada esta máquina, praticamente o negócio de venda de máquinas de alinhar usadas deixa de ter qualquer sentido”.

Sem equipamento com poucas limitações técnicas, em termos de instalações, o mesmo responsável diz “qualquer tipo de casa pode perfeitamente adquirir este equipamento, desde que o empresário resolva fazer o investimento de meter o alinhamento de viaturas na sua oficina”. Refira-se que a estratégia a ser seguida, pela Domingos & Morgado – Equipamentos, para a distribuição deste equipamento, passa pela divulgação, informação e formação em todo o segmento do sector oficinal através da equipa de comerciais da empresa. “No que se refere à formação, este equipamento é de fácil formação face à sua simplicidade de funcionamento, que estimamos no máximo de 1 dia”, estima José Morgado. Diga-se ainda, sobre o assunto da formação, que a Domingos & Morgado – Equipamentos, tem neste momento um acordo e contrato de trabalho com o CEPRA, em Pedrouços (na Maia). Este centro de formação, equipado pela Domingos & Morgado, passou a ser o centro de formação desta empresa, realizando nessas instalações todas as suas formações dos actuais e novos equipamentos, incluindo naturalmente a nova série de Alinhadoras com a tecnologia Prism.

Domingos & Morgado 2 Equipamentos Sede: Rua Dr. Germano Sousa Vieira Nº85 4475 - 471 Nogueira - Maia Responsável José Morgado Telefone 229 618 910 Fax: 229 618 919 E-mail: jmorgado@domingos-morgado.pt Internet www.domingos-morgado.pt


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PRODUTO

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Equipamentos de diagnóstico

Pequenos e eficientes O mercado tem à disposição das oficinas um bom naipe de opções que permitem um diagnóstico ao nível do primeiro equipamento. São efectivamente bons investimentos para a oficina independente.

O

O técnico de hoje é confrontado com uma complexa evolução tecnológica sempre que repara ou efectua a manutenção num veículo. É usual encontrar num veículo de gama média cerca de 15 computadores ou controladores. Estes computadores controlam o Motor, ABS, Controlo Tracção, Climatização, Painel de Instrumentos e muitos mais. Aproximadamente 20% do custo de fabrico de um veículo é composto pela electrónica, cabos e sistemas associados. Daí que seja muito importante para um técnico efectuar um diagnóstico rápido e correcto. O mercado tem à disposição das oficinas um bom naipe de opções que permite a estas os meios para efectuar este trabalho. São equipamentos para um diagnóstico directo de unidades de controlo do veículo. Sem equipamentos de teste deste tipo até mesmo tarefas de serviço como a mudança do óleo ou dos calços de travão deixam de ser possíveis em muitos veículos modernos. Todos os interfaces e dados que uma oficina precisa para um diagnóstico de confiança, rápido e abrangente de todos os sistemas electrónicos nos veículos modernos estão disponíveis nos actuais equipamentos. Nas próximas linhas poderá encontrar alguns bons investimentos para a oficina independente.

Autodiagnos Multi-Tester Pro Dados representante: Iberequipe, Lda. Tel.: 212940793 Internet: www.iberequipe.com

O Autodiagnos MTPro é um equipamento de diagnóstico para veículos Multimarca, com fácil operacionalidade do menu, com acesso a actualizações de Software, cobertura Europeia, e que economiza tempo e dinheiro. As áreas de cobertura deste equipamento de diagnóstico são os veículos europeus e asiáticos. O fabricante Autodiagnos teve as suas origens na Suécia no ano 1986 e foi fornecedor oficial da VOLVO até 1998. Nesta altura apresentou ao mercado internacional o MTPro para veículos europeus e agora é uma das principais escolhas para as oficinas de reparação automóvel devido á sua profundidade e capacidade de diagnóstico. Até aos dias de hoje a Autodiagnos já forneceu mais de 10.000 clientes em todo o mundo com as melhores soluções para as suas necessidades de diagnóstico. O cliente Autodiagnos pode reportar directamente os seus problemas através de formulários que estão disponíveis online. A Autodiagnos é uma empresa da divisão do Grupo Omitec.

Autologic O Autologic, fabricado pela empresa Diagnos, é um equipamento de diagnóstico para especialisDados representante: tas. O Autologic foi desenhado para possibilitar Iberequipe, Lda. ás oficinas (que são especialistas na reparação das Tel.: 212940793 marcas Mercedes, BMW, VAG, Land Rover, JaInternet: guar, Volvo e Porsche), efectuarem um diagnóstiwww.iberequipe.com co completo com todas codificações e programações das unidades de controlo do veículo, o que as torna independentes do concessionário. Outra facilidade que o equipamento possui é o aumento de binário e potência dos motores Land Rover, BMW, e Jaguar. A Diagnos providencia todo o apoio técnico necessário, tal como ajuda online, esquemas eléctricos e de reparação para toda a gama de veículos acima referida. A Diagnos é uma empresa de Engenharia de Software Automóvel formada no Reino Unido no ano de 1999. Autologic para BMW é uma ferramenta de diagnóstico desenhada para garantir a mesma funcionalidade dos equipamentos dos concessionários. Permite às oficinas independentes fornecer um serviço compreensivo para os veículos BMW sem que estejam dependentes de terceiros.


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PRODUTO Berton “TDU-PC” e “TDU para-PC”

AVL DiX

Dados representante: Iberequipe, Lda. Tel.: 212940793 Internet: www.iberequipe.com

O AVL DiX é uma solução de software de diagnóstico automóvel produzida pela empresa AVL DiTEST sediada em Graz. O AVL DiX pode ser instalado numa plataforma PC e posteriormente, devido à sua capacidade modular, poderá ser conectado com outros dispositivos tais como analisador de gases, opacímetro, osciloscópio, etc. A cobertura de software abrange Veículos ligeiros (europeus e asiáticos) e Veículos Pesados. O Grupo AVL é a maior companhia privada do mundo que se dedica ao desenvolvimento de engenharia automóvel, equipamentos e instrumentos de medição, possuindo mais de 50 anos de experiência no sector de desenvolvimento tecnológico. Efectua o desenvolvimento e projecto dos motores de combustão equipados nas várias marcas de construtores automóveis.

Brain Bee F-BOX O Brain Bee F-BOX é um interface autodiagnóstico multi-marcas sem-fios de sistemas elecDados representante: trónicos a bordo de automóveis, veículos comerHelder - Máquinas ciais e veículos pesados, para PC e ST-8000. & Ferramentas, Lda. O F-BOX é um scan tool evoluído cuja sofistiTel.: 244813436 cada tecnologia permite realizar com a máxima Internet: simplicidade o diagnóstico série de todos os siswww.heldermaquinas.com temas electrónicos (rede CAN incluída) montados a bordo de automóveis através de ligação sem fios. O F-BOX pode ser utilizado com um computador normal, ligando um módulo BT100 à porta de série, ou com a unidade portátil Brain Bee ST-8000. O F-BOX é wireless; graças à tecnologia Bluetooth, o F-BOX transmite os dados à unidade central, permitindo assim que o operador trabalhe sem os cabos que usualmente limitam a mobilidade dentro da oficina. O F-BOX é um sistema prático, simples e rico em informações técnicas e esquemas eléctricos que ajudam o operador a identificar erros nos diversos sistemas do veículo e até à sua eliminação. O software FAST, integrado com as funções de osciloscópio e multímetro (através da ligação com o D-SCOPE) e base de dados, fazem da F-BOX um aparelho completo, moderno, flexível e sobretudo, de fácil utilização. O grafismo de ícones facilita a compreensão e a presteza, tornando mais fáceis as operações: Descodificação autodiagnósticos; Diagnósticos; Localização de componentes e tomadas (visualizada online); Visualização gráfica on-line de conectores centralizados e conexões; Visualização esquemas eléctricos (conectada a PC); Informações técnicas e visualização on-line dos componentes a testar; Multiplexagem automática conexão PIN tomada central; Função interactiva multímetro/osciloscópio dupla banda, ondas padronizadas (com módulo opcional); Help de linha.

Os modelos de equipamentos de diagnóstico Berton “TDU-PC” e “TDU para-PC” são os mais Dados representante: sofisticados da marca catalã. Equiassiste Lda. Ambos integram a função de diagnóstico inteTel.: 227877150 / 151 ligente. Com o novo diagnóstico inteligente BerInternet: ton, o próprio equipamento diagnostica o autowww.equiassiste.pt móvel por si. Basta conectá-lo ao veículo, seleccionar a opção diagnóstico inteligente e já está… o utilizador pode ir fazer outra coisa qualquer. No final, a Berton apresenta os resultados, informando do que está bem ou mal no veículo e sem que tenha dispendido o mínimo esforço ou perdido horas intermináveis à procura de avarias. Para dar um exemplo, o novo BMW, Série 5, utiliza 63 centrais diferentes. Se demorar apenas 2 minutos a entrar em cada uma delas, terá perdido mais de duas horas de um desespero interminável… só para procurar avarias. O “TDU PC” inclui ainda o software Windows e dispositivo notável que permite a comunicação, sem fios, via “Bluetooth” entre a viatura e o “TDU-PC”. No menu inicial do software “TDU-PC”, o utilizador poderá conectar-se ao software do diagnóstico Berton, assim como a qualquer outro que tenha instalado, como, por exemplo, um analisador de gases, uma base de dados, etc. Esta função também se aplica ao “TDU para PC”. O “TDU para PC” é outra opção avançada de diagnóstico da Berton. Trata-se de um software Berton para aplicar em PC. É que por diversas razões os utilizadores podem ter já um PC portátil e gostar desse formato. O software poderá ser instalado em quantos computadores o utilizador quiser, pagando apenas um. Uma referência ainda para o Berton “TDU Pad” e o Berton “Gen”, ambos não disponibilizando diagnóstico inteligente mas com todas as potencialidades dos “TDUPC” e “TDU para PC”. Os “TDU Pad” e “Gen” são mais económicos em termos de preço, e estão especialmente talhados para oficinas que não fazem do diagnóstico o seu negócio nuclear, como, por exemplo, os chapeiros e as casas de pneus.

Delphi DS500E

Dados representantes: Europeças S.A. Tel.: 219488936 Internet: www.europecas.pt CS Peças Auto Tel.: 218547000 Internet: www.cs-veiculos.pt

O DS500E é a solução de diagnóstico mais versátil da gama Delphi: Combina diagnóstico e base de dados técnicos num único equipamento; Facilidade de utilização graças a navegação entre funções simples e user-friendly; Elevada flexibilidade, com possibilidade de integração de variados sistemas de software; Possibilidade de optimizar equipamento de acordo com necessidade da oficina; Comunicação sem fios – Bluetooth – entre equipamento e caixa de ligação – VCI; Elevada qualidade e robustez; Cabos de ligação préOBD disponíveis como opcionais. Características principais: PC portátil (tablet) com ecrã táctil e protecção borracha; Visualiza e elimina códigos de avaria da ECU; Leitura e gravação em estrada de valores dinâmicos; Activação de componentes (conforme sistema); Restabelece avisos e luzes de serviço; Diagnóstico completo em sistemas EOBD; Ajustes e regulações em ECU (conforme fabricante); Multímetro e Osciloscópio digitais de 2 entradas; Base de Dados Técnicos Autodata.

Delphi DS100E A solução de diagnóstico mais acessível na gama Delphi dá pelo nome de Delphi DS100E. Possui elevada capacidade de diagnóstico compactada em PC de bolso –PDA em caixa protectora; Fácil utilização com navegação entre funções simples e user-friendly; Incorpora software completo e facilmente actualizável; Vasta gama de módulos opcionais

permite personalizar equipamento; Liberdade total de movimentos durante diagnóstico (tecnologia sem fios Bluetooth); Possui elevada qualidade e robustez; Cabos de ligação pré-OBD disponíveis como opcionais; Diagnóstico abrangendo mais de 23.000 modelos de 39 fabricantes; Visualiza e elimina códigos de avaria, valores dinâmicos do sistema, apaga luzes de serviço, ajustamentos e programações, activa componentes, funcionalidade EOBD total (sistemas multiplexados) – software em Português.


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PRODUTO Gutmann mega macs 50

O mega macs 50 é um versátil equipamento de diagnóstico de apenas 1100g, concebido especialmente para os profissionais que dão valor à liberdade de trabalho. Não necessita de módulos adicionais ou de pacotes de software, o que se traduz numa relação preço/qualidade muito vantajosa. Todos os inconvenientes e contra-tempos com códigos de activação, carregamento de software, etc., não existem com este equipamento. O pequeno mega macs 50 tem uma série de potencialidades: leitor de códigos com textos explicativos; indicação de parâmetros em forma gráfica e textos de ajuda; actuadores; codificações; multímetro de 2 canais; serviço retroactivo de inspecções; display de alta resolução; possibilidade de integrar a “parceria Gutmann”. O mega macs 50 indica todos os códigos de avarias em forma de textos explicativos. Desta forma os textos podem ser impressos e utilizados como comprovativos perante o cliente. Isto aumenta a credibilidade da oficina e facilita o esclarecimento das avarias memorizadas ao cliente. Os 4 parâmetros indicados em simultâneo são visualizados em forma numérica e gráfica. Desta forma, o técnico alcança com maior rapidez a origem da avaria.

Dados representante: Gutmann Messtechnik AG Sucursal Portugal Tel.: 223747420 Internet: www.gutmann-messtechnik.com

Bosch KTS 200 O KTS 200 oferece uma introdução simples e económica ao Diagnóstico ECU Bosch. Com um Dados representante: peso inferir a 1 kg, o compacto e manejável KTS Robert Bosch Portugal 200 combina um alto rendimento com um uso Tel.: 218500000 quase intuitivo para um diagnóstico eficaz, rápiInternet: do e extenso dos sistemas electrónicos nos veícuwww.bosch-automotive-pt.com los modernos. Possui ecrã de 3,5 polegadas a cores LCD 1/4 VGA com 320x240 pixels, teclado de 4 cursores, função de selecção dupla para as operações à esquerda ou à direita, e 2 teclas de funções. A disposição das teclas permite ao KTS 200 ser usado de forma fácil por operadores dextros ou esquerdinos. O mostrador com luz de fundo e a cores, é legível mesmo com condições de iluminação fracas. As suas dimensões e peso de apenas 600g, tornam-no extremamente apelativo. O invólucro de plástico robusto está protegido por um revestimento de borracha pulverizado. Adapta-se confortavelmente à mão, possuindo um comprimento de apenas 22 centímetros, uma profundidade de 4 centímetros e uma largura de 14 centímetros. A nova interface e operacionalidade do menu, desenvolvido pela Bosch para o KTS 200, também contribuem para uma utilização fácil dentro e à volta do veículo. O KTS 200 utiliza o software ESI(tronic), previamente instalado e ainda mais desenvolvido. Isto faz com que as operações do KTS 200 sejam ainda mais fáceis e rápidas. As funções são apresentadas no ecrã. Para cada um dos pacotes de serviço, toda a informação essencial sobre as unidades de comando e funções especiais, como as do motor e sistema de travões, estão disponíveis. A sua potência é visível por exemplo na comprovação e ajuste dos sistemas de travões modernos (EPS/ABS), controlo do nível de óleo e a sua qualidade, de uma só vez, ou ainda num ajuste de faróis. O KTS 200 está pensado para o crescente número de partes electrónicas dos veículos modernos. A especificação de entrega do KTS 200 inclui cabos de ligação USB e de diagnóstico OBD, uma ligação para o acendedor de cigarros e um alimentador. O “tester” e acessórios vêm armazenados numa prática mala de oficina.

Magneti Marelli Uni-Check 2000 O kit de Autodiagnóstico do Uni-Check 2000 foi desenvolvido para poder dialogar com os sisDados representante: temas de diagnóstico presentes nas centralinas. A Stand Asla, S.A. capacidade electrónica do instrumento e a flexibiTel.: 220917000 lidade do software garantem o funcionamento e a Internet: adaptabilidade a todos os sistemas de comunicawww.stand-asla.pt ção presentes e futuros de todas as marcas. Uma característica muito importante do programa de Autodiagnóstico é a de guiar o operador em todas as fases do diagnóstico, partindo da base de dados de marcas, modelos e versões disponíveis, indicando as conexões a efectuar, mostrando a localização da centralina e conector de diagnóstico e sucessivamente indicando as eventuais anomalias encontradas segundo a capacidade de diagnóstico do próprio sistema. O Uni-Check 2000, além de oferecer o programa de Autodiagnóstico, dada a sua versatilidade, permite a sua utilização como tester multi-diagnósticos. Possui ainda Programa de Reset indicadores.

OTC 5041 Smart Module Dados representante: Fortuna Equipamentos Industriais, Lda. Tel.: 227475100 Internet: www.fortuna-lda.pt

O Smart Module é uma ferramenta de diagnóstico potente, desenhado para conectar a UEC de Automóveis, Motociclos e Camiões a qualquer computador quer de secretária quer portátil ou a Ecrã táctil. O software de aplicativos do veículo situa-se a bordo do TT5041, enquanto que o “Host Display”, que pode ser um computador portátil, gira com um software de só visualização com base Java. Isto significa que o SmartModule TT5041 da OTC é totalmente independente face a um típico Sistema Operativo de PC baseado em Microsoft Windows como por exemplo Win98, Win2K e WinXP, o que representa um grande passo em matéria de flexibilidade, proporcionando ao utilizador uma gama mais ampla de opções de hardware.

Omitec Omiscan O Omiscan é um equipamento de diagnóstico para veículos Multimarca, fabricado pela empreDados representante: sa Omitec no Reino Unido. Iberequipe, Lda. As funcionalidades do Omiscan vão desde ler e Tel.: 212940793 apagar códigos, a activação de componentes, pasInternet: sando por dados reais, adaptações, ajustes, e reset www.iberequipe.com serviço. A cobertura que o Omiscan proporciona vai desde o motor, ao ABS, passando pelos airbag, transmissão automática, climatização, pneumáticos, manutenção, e travões eléctricos. A Omitec tem sido líder e inovadora no diagnóstico automóvel durante mais de 35 anos. Foi a fornecedora do equipamento de diagnóstico original T4 para o Grupo Rover e Land Rover desde 1988 até 2004. A solução Omiscan pretende abranger especificamente as oficinas que requerem um equipamento de diagnóstico simples e de fácil utilização e com uma cobertura de software direccionada para as áreas do Motor, Travões, Airbag, Climatização e Serviços de Manutenção.


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PRODUTO Nextech Carman Scan VG

O “Carman Scan VG” é uma ferramenta de Dados representante: diagnóstico para viaturas Fortuna Equipamentos Coreanas e Japonesas. Industriais, Lda. É um PC portátil com Tel.: 227 475 100 display “Touch Screen” Internet: www.fortuna-lda.pt que permite as funções de Osciloscópio de 4 canais, multímetro e simulador de sensores, com base de dados, esquemas eléctricos, explicação de circuitos, componentes e fotografias.

Texa Axone3 Mobile A última novidade da Texa é o Axone 3 Mobile, instrumento de diagnóstico portátil, multimarca e multisector altamente inovador, já que permite a gestão de todos os dados necessários para o trabalho quotidiano. O Axone 3 Mobile oferece manuseamento simples e ampla gama de funções de diagnóstico e de auto-diagnóstico para a assistência e a manutenção periódica; a integração das informações no instrumento de diagnóstico, proporcionando a disponibilidade de todos os dados necessários para a reparação; graças ao módulo GSM, transmite as informações em tempo real das novas actualizações ou boletins técnicos. O módulo GSM, integrado de série, permite à oficina receber as comunicações on-line da Texa através de SMS de aviso sobre as novas actualizações, boletins técnicos e além disso, a possibilidade de as descarregar em qualquer momento com uma ligação à rede Internet. Desta forma, os boletins recebidos são arquivados automaticamente na marca, no modelo e no sistema electrónico ao qual se refere, garantindo assim a disponibilidade imediata em caso de necessidade. A Texa desenvolveu o software IDC3, previsto de série na versão IDC3 Plus do Axone 3 Mobile, que propõe um novo ambiente operativo no qual instrumentos e informações são reunidas de modo simples e imediato. A "navegação" inicia-se com a selecção do modelo do veículo ou da matrícula do veículo a controlar (na caso de ter memorizado anteriormente). A partir desta selecção, pilotamse todas as opções sucessivas, propondo exclusivamente informações e recursos de diagnóstico especificamente referentes à marca e ao modelo seleccionado. Dados representante: Texa Ibérica Diagnosis S.A. Tel.: +34936535099 (Esp) Internet: www.texa.pt

Dados representante: Costa & Garcia S.A. Tel.: 227155300 / 7 Internet: www.costagarcia.pt

Tecnomotor Socio Collection

O Tecnomotor Socio Collection é um equipamento "all in one", com autodiagnóstico, informações técnicas, análise de emissões, medidas eléctricas e módulo de marketing. Todas as funções que o mecânico de veículo necessita estão integradas e interligadas. Além disso, a capacidade de gerir mais de uma actividade simultaneamente (multi-tarefas) permite passar de uma função a outra sem nenhuma desactivação. Por exemplo: enquanto se encontra em autodiagnóstico, podem-se visualizar informações técnicas, proceder-se a medições eléctricas e à análise de emissões. O Tecnomotor Socio Collection possui ecrã LCD de 7,4” a cores (opção de 8,4” TFT de alta luminosidade) touch-screen, que permite uma perfeita visualização gráfica dos resultados das análises, assim como grande facilidade de uso e velocidade nas escolhas das funções. Alternativamente, todas as operações podem ser efectuadas por teclado de membrana com 7 teclas.

Tecnotest Reflex Plus Dados representante: Intermaco, Lda. Tel.: 223745530 Internet: www.intermaco.pt

O Tecnotest Reflex Plus é um Scan Tool Multifuncional e Multimarcas para o diagnóstico profissional de veículos. As características técnicas incluem sistema operativo multitasking (isto é, com possibilidade de utilização de programas simultaneamente); Alta velocidade na comunicação e na elaboração de dados; Slot para memória compact flash, com capacidade de armazenamento extensível ao longo do tempo. O Autodiagnóstico com software Ecureader é outra característica: Vasta cobertura do software de todo o sistema electrónico; Processos de diagnóstico; Informações técnicas; Multímetro e osciloscópio integrados. Possui ainda slot de expansão hardware para alojar os módulos piggy-back, módulo de análise de gases, osciloscópio 4 pistas, etc.; Slot de expansão para comunicação, para conexões wireless (Bluetooth ou WLAN Wi-Fi) com computadores, impressoras e outros dispositivos inteligentes; Pegas ergonómicas e ultra resistentes em borracha. Os opcionais incluem Kit cabos de autodiagnóstico para automóveis e motocicletas; Kit cabos de autodiagnóstico para veículos comerciais; Kit multímetro e osciloscópio; Software de dados técnicos ECUdat@car; Vasta cobertura software de todo o sistema electrónico.

Launch X431 Dados representante: Launch Iberica S.L. Tel.: +34938639818 (Esp) Internet: www.launchiberica.com

O Launch X431 foi criado para satisfazer a necessidade crescente de uma ferramenta multimarcas que fosse não só acessível monetariamente a todos, mas também capaz de se manter actualizada face à crescente velocidade tecnológica. O Launch X431 é um equipamento revolucionário no segmento scanner. Um simples toque no visor e o usuário terá acesso aos mais incríveis diagnósticos com scanner automóvel. O Launch X431 possui no seu sistema a opção de dezasseis idiomas incluindo português em mais de 70% dos construtores. As suas características incluem: Sistema operacional - Linux; I/O - Paralelo padrão/relação de série; Potência da unidade principal - DC12V 9W; Impressora - mini-impressora interna; Visor 320×240 LCD táctil retroiluminado; Cartão de memória (CF) 128MB; CPU de 32 bits O X431 não é um terminal de diagnostico, é um computador (tipo PDA ou Pocket PC) concebido para o diagnóstico avançado das mais importantes marcas, tanto europeias e asiáticas, como americanas. Realiza o diagnóstico de quase todos os sistemas de controlo electrónicos, permite a visualização de componentes, possui grande variedade de conectores, ecrã táctil monocolor, impressora térmica e software e conectores para 31 marcas, além de permitir actualizações diárias. Os sistemas que diagnostica são a electrónica de transmissão, EDS, ABS, A/C, electrónica de suspensão, airbag, quadro de instrumentos, imobilizador, iluminação de controlo, fecho centralizado, codificação da UCE, codificação das chaves, entre outros sistemas.

OTC Reflex Sintesys Dados representante: Fortuna Equipamentos Industriais, Lda. Tel.: 227475100 Internet: www.fortuna-lda.pt

O Reflex Sintesys é um Scan Tool Multifuncional e Multimarcas para o diagnóstico de veículos a motor destinado às oficinas mecânicas profissionais. As características técnicas incluem sistema operativo multitasking (isto é, com possibilidade de utilização de programas simultaneamente); Alta velocidade na comunicação e na elaboração de dados; Slot para memória compact flash, com capacidade de armazenamento extensível ao longo do tempo.


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SERVIÇO SISTEMAS DE CLIMATIZAÇÃO AUTOMÓVEL

Conselhos de reparação de A/C Com a chegada do Verão e tempo quente, os serviços de reparação e manutenção de sistemas de ar condicionado aumentam de forma significativa. Um negócio rentável, mas que exige técnicos especializados e equipamentos fiáveis.

H

oje em dia, são cada vez mais os carros equipados com aparelhos de ar condicionado. A miniaturização dos actuais equipamentos e a menor potência que necessitam para refrigerar um menor volume de ar, tem permitido que a sua utilização se estenda até aos carros mais pequenos, usados preferencialmente nas cidades, onde o ar condicionado tem uma grande utilidade. Mas o ar condicionado não é apenas útil no Verão. Também com baixas temperaturas exteriores e com uma alta humidade relativa podemos desembaciar mais rapidamente os vidros com a ajuda do ar condicionado. A evolução dos sistemas de ar condicionado foi muito rápida a partir do momento em que passaram a fazer parte integrante da concepção dos sistemas de climatização dos automóveis. Para garantir a alimentação constante do compressor do ar condicionado com óleo e para evitar que as juntas de vedação do sistema sequem, o ar condicionado terá que ser colocado em funcionamento todas as semanas durante alguns minutos, mesmo no Inverno. Ao contrário dos sistemas domésticos de A/C, os sistemas de climatização automóvel sofrem avarias muito mais frequentes, devido essencialmente ao problema das vibrações da carroçaria e das amplitudes térmicas que os componentes suportam, para não falar da probabilidade de sofrerem impactos de objectos projectados da via, pelas rodas dos carros que circulam à frente, ou até pelas próprias rodas do veículo em que está montado o sistema. De qualquer modo, os sistemas de climatização automóvel são um contributo importante para a segurança e bem-estar dos condutores e dos ocupantes do veículo, sendo indispensável mantê-los em boas condições de funcionamento. As dicas que damos nas linhas que se seguem, têm como objectivo ajudar os reparadores a detectar as anomalias básicas desses sistemas e alertar os condutores para a necessidade de intervenções de manutenção urgentes.

PROBLEMA 1 TURBINA DO VENTILADOR Quando a turbina do ventilador funciona deficientemente ou nem sequer funciona, o habitáculo não arrefece, mesmo que A/C esteja a funcionar correctamente, porque o ar não circula. A forma mais simples de verificar a turbina de ventilação é ligar o sistema de climatização e regulá-lo no máximo. Se tudo estiver a funcionar bem, o ruído da turbina deve ser claramente audível e o ar deve ser projectado com alguma intensidade pelas grelhas dos arejadores

do painel de instrumentos e/ou da consola central. Se não houver qualquer ruído, ou este for muito débil, provavelmente o ventilador precisa ser reparado ou substituído. No entanto, antes de avançar com desmontagens, convém verificar os fusíveis do circuito do ventilador, os comandos do sistema de climatização e a correia da turbina, nos casos em que esta é impulsionada por correia.

As películas de sujidade retidas pelo filtro de habitáculo reagem com o tempo com a humidade do ar. Um filtro envelhecido também pode causar a formação de cheiros. As bactérias, os fungos e outros microorganismos instalados no evaporador poderão provocar cheiros a mofo

PROBLEMA 2 FUSÍVEIS QUEIMADOS Todos os circuitos eléctricos do veículo estão protegidos por fusíveis, para evitar que o carro se possa incendiar, na sequência de um curto-circuito ou da avaria de algum componente. As caixas de fusíveis estão geralmente situadas no compartimento do motor, em cima do guarda-lamas, ou na divisória do motor. Nos modelos em que há duas caixas de fusíveis, geralmente uma delas está no compartimento do motor e outra debai-


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SERVIÇO xo do painel de instrumentos. Regra geral, os circuitos do veículo estão identificados por pictogramas elucidativos, mas, se isso não se verificar, basta consultar o manual de instruções do carro ou a tampa da caixa dos fusíveis, para ter acesso ao diagrama do sistema eléctrico. Ao substituir o fusível queimado, é imperativo utilizar um fusível de substituição da mesma amperagem. Não se aconselha de modo algum montar fusíveis de maior resistência ou objectos metálicos (arames, clips, etc.), porque isso é abrir as portas a problemas de incêndio nos cabos eléctricos, caso existam anomalias não detectadas. Se o fusível novo se voltar a fundir, após a montagem, isso demonstra que existe algum curto-circuito ou componente do sistema avariado (motor do ventilador, resistências eléctricas, relés, actuadores, etc.). Nesse caso, é indispensável verificar todos os circuitos do sistema de climatização com um aparelho de diagnóstico (multímetro, osciloscópio, etc.).

PROBLEMA 3 COMPRESSOR AVARIADO O compressor do circuito de ar condicionado é o coração de todo o sistema de climatização, tendo que ser corrigida qualquer eventual anomalia, antes que o sistema entre em falência total. Um dos problemas mais frequentes do compressor consiste na avaria da embraiagem magnética. Se o sistema não arrefecer absolutamente nada o ar dirigido ao habitáculo, é provável que haja problemas na embraiagem. Depois de verificar os fusíveis, é necessário observar se a embraiagem actua, quando se liga o ar condicionado. Se não for esse o caso, é necessário substituir a embraiagem. Ao realizar essa operação, convém verificar também o vedante do veio do compressor. Se houver uma fuga no vedante, o circuito perde gás e o sistema de arrefecimento funciona mal, mesmo que seja recarregado várias vezes. Por outro lado, o motor gasta mais combustível e perde rendimento, porque o compressor está sempre ligado.

PROBLEMA 4 FUGAS DE FLUIDO Os carros mais antigos, usam lubrificantes minerais, que são compatíveis com o gás R12. Nos circuitos que contêm gás R134a, são utilizados lubrificantes de síntese com fórmulas específicas (PAG). O uso de um lubrificante inadequado prejudica o rendimento do sistema e causa avarias em vários componentes, incluindo o compressor. Isso pode dar origem a fugas de gás, que são relativamente frequentes, de qualquer modo. Além do vedante do veio do compressor, todas as uniões dos tubos do circuito (compressor, condensador, evaporador, etc.) têm igualmente vedantes, que devem estar em perfeito estado, para evitar fugas. As mangueiras podem desenvolver poros, através dos quais o gás se escapa, principalmente no trajecto de alta pressão (antes do evaporador). Os tubos devem ser inspeccionados com certa frequência, para

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FORMULÁRIO DE SERVIÇO DE A/C MÉTODO E ORGANIZAÇÃO Para se conseguir conciliar um bom nível de qualidade de reparação e serviço para o cliente, com a garantia de produtividade e rentabilidade para a empresa reparadora, é necessário possuir as metodologias correctas e seguir procedimentos metódicos, que evitem erros, falhas e repetições de tarefas. A melhor forma de organizar o trabalho é possuir um formulário de serviço de sistemas de ar condicionado, onde constem todos os passos necessários para efectuar um serviço completo e satisfatório. Isto não impede que surjam outras tarefas durante as operações de manutenção de A/C, tudo dependendo do equipamento utilizado, do estado do sistema de climatização e da vontade do cliente. Eis os principais pontos de um serviço a um sistema de climatização: 1. Substituir/reciclar o fluido refrigerante, de acordo com as instruções do fabricante do equipamento. 2. Esvaziar o óleo do sistema e medir a quantidade retirada do circuito, anotando-a, antes de voltar a abastecer. 3. Sempre que possível, em especial quando se registaram fugas de refrigerante o óleo deve ser medido no compressor. 4. Se for necessário, substituir um filtro / desumidificador (o período recomendado de substituição é geralmente após 2 anos de uso). 5. Limpar o sistema com a bomba de vácuo, verificando se o vácuo se mantém durante 5-10 minutos, após desligar a bomba. 6. Verificar e substituir o filtro de habitáculo, se for necessário, enquanto a máquina aspira o circuito, a fim de ganhar tempo. 7. Se for necessário, acrescentar lubrificante ao sistema. 8. Regular a quantidade de fluido de carga no equipamento de serviço. 9. Reabastecer o circuito de A/C com fluido novo/reciclado. 10. Efectuar o teste de funcionamento e a detecção de fugas. 11. Preencher o autocolante da revisão ao sistema e colá-lo no veículo (em local visível).

Nota: O autocolante de revisão do sistema de climatização, deve conter referência aos seguintes elementos: - Quilometragem actual - Data da revisão - Quantidade de carga de fluido - Serviço de desinfecção (S/N) - Secante novo (S/N) - Filtro de habitáculo substituído (S/N) - Data/quilometragem da nova revisão.

Os sistemas de A/C são um contributo importante para a segurança e bem-estar dos condutores e dos ocupantes do veículo, sendo indispensável mantê-los em boas condições de funcionamento detectar manchas de fluido derramado. A substituição dos tubos envelhecidos custa menos do que a mudança de gás e do que o consequente excesso de consumo de combustível pelo motor. Além de que o ar condicionado funciona melhor, quando a pressão do gás é a que está especificada pelo construtor do veículo PROBLEMA 5 FALHAS DE PRESSÃO Todos os sistemas de ar condicionado têm um circuito com duas secções, onde existem pressões diferentes. Vários problemas podem resultar, pelo facto da pressão não estar correcta, seja na secção de baixa pressão, seja na secção de alta pressão. Quando aparecem pressões elevadas na secção de baixa pressão, isso pode revelar um excesso de carga de fluido refrigerante ou a existência de ar no interior do circuito. Inversamente, se a pressão no lado da secção de alta pressão estiver demasiado baixa, isso pode revelar falta de carga de refrigerante, a válvula de expansão presa, tubos entupidos ou outro tipo qualquer de obstrução na secção de alta pressão. Para resolver esses problemas, é necessário limpar todo o circuito e rectificar as situações anómalas, antes de volta a encher o circuito com a carga de gás correcta.

PROBLEMA 6 ANOMALIAS VÁRIAS Os comandos do sistema de climatização também podem avariar, tanto as teclas, como os botões de rodar. Os comandos devem funcionar sem prisões e não devem ficar bloqueados numa única posição. Também podem surgir problemas de contactos nos comandos, tanto de massa, como de corrente de alimentação, devidos a humidade, vibrações, etc. Por outro lado, quando se verifica um funcionamento intermitente, com ar quente nuns momentos e frio noutros, pode tratar-se do evaporador congelado ou demasiado obstruído por impurezas. Também quando o filtro de habitáculo está muito saturado de impurezas, o fluxo de ar para o interior do veículo fica limitado, fazendo baixar o rendimento da climatização. Nesses casos, convém efectuar uma revisão ao sistema, a fim de corrigir as situações inadequadas.


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CONHECER SISTEMAS DE IGNIÇÃO (I PARTE)

Do clássico ao electrónico Ainda há muitos carros equipados com sistemas de ignição clássicos que montam platinados, mas a maioria das viaturas que circulam nas estradas já possuem ignição electrónica. Quanto aos sistemas de dupla ignição, necessitam de uma bobina para cada 2 cilindros, sendo a cambota utilizada para sincronização de fase.

N

os sistemas de ignição clássicos, os platinados fecham-se quando se liga a chave de ignição, fluindo a corrente a partir da bateria ou alternador através do enrolamento primário da bobina, o que gera um forte campo magnético, no qual é armazenada a energia. No ponto da ignição, os platinados abrem-se e interrompem a passagem de corrente, obrigando o campo magnético a diluir-se, sendo induzida a necessária alta voltagem no enrolamento secundário da bobina. Esta voltagem passa do terminal 4 da bobina para a tampa do distribuidor, através de um cabo de alta tensão e daqui vai até cada uma das velas do motor, pelos respectivos cabos. Num motor a 4 tempos, existe uma fórmula para calcular o número de chispas geradas por segundo, na qual f = taxa de geração de chispas, z = nº de cilindros e no regime do motor:

f = z.n/2 De acordo com esta fórmula, nos regimes moderados do motor, os platinados mantêm-se fechados o tempo suficiente para que a bobine possa atingir todo o seu potencial de armazenamento de energia. A elevados regimes, contudo, o lapso de tempo em que os platinados se fecham é cada vez mais curto e a corrente de energia primária é interrompida, antes da bobina atingir o seu pleno potencial de armazenamento de energia. Desse modo, a quantidade de energia guardada na bobina para provocar a ignição é cada vez menor, à medida que o regime do motor aumenta. No gráfico da Fig. 1, pode-se ver claramente a queda de voltagem com a elevação do regime do motor, passando para baixo da linha tracejada, que indica a voltagem mínima de ignição necessária. Para ultrapassar esse problema, as bobinas são

FIG. 2 Sistema de ignição com bobina convencional 1 - Bateria 2 - Interruptor de ignição 3 - Bobina 4 - Distribuidor 5 - Condensador 6 - Contactos platinados 7 - Velas de ignição RV = Balastro resistor para aumentar a voltagem de arranque (opcional)

FIG. 3 Diagrama de ignição convencional

Voltagem secundária

FIG. 1 Voltagem secundária em função da frequência de chispas

Taxa de chispas a - Sem desvios ohmicos (R>10MΩ) b - Resistência de desvios 1 MΩ c - Resistência de desvios 0,5 MΩ d - Voltagem de ignição mínima

1 - Bateria 2 - Interruptor de ignição 3 - Bobina 4 - Distribuidor 5 - Condensador 6 - Contactos platinados 7 - Velas de ignição RV = Balastro resistor para mais voltagem de arranque (opcional)

sobredimensionadas, a fim de poderem fornecer alta voltagem às velas de ignição, mesmo a altos regimes de rotação do motor. A poluição e a deterioração dos isoladores dos componentes funcionam como desvio da corrente, colocando uma carga suplementar no sistema de ignição, o que resulta em falhas de ignição, em última análise. O sistema clássico de ignição pode ser visualizado em representação gráfica (Fig. 2) e em diagrama (Fig. 3). Funções do distribuidor O distribuidor de ignição é um componente independente e autónomo, em relação ao sistema de ignição, que alia certas funções mecânicas e eléctricas, para assegurar a ignição de cada vela., no tempo certo. Resumidamente, eis as suas funções: • Assegurar os impulsos eléctricos às velas de ignição, na sequência correcta de funcionamento do motor.

• Despoletar os impulsos, seja a partir da abertura dos platinados, nos sistemas clássicos, seja a partir de um gerador de impulsos, nos sistemas sem platinados. • Ajustar o avanço da ignição, nos sistemas convencionais de ignição. Para dar tempo à mistura se inflamar totalmente, a ignição é processada antes do PMS do êmbolo. Contudo, como a velocidade de inflamação da mistura é constante, o ponto de ignição tem que ser adiantado, à media que o regime do motor aumenta. Por seu turno, a mistura também se inflama mais lentamente quando a carga do motor é menor, sendo necessário corrigir o ângulo de avanço da ignição em função da carga do motor. Nos distribuidores convencionais, o avanço é regulado por duas massas rotativas impelidas pela força centrífuga e pelo vácuo do colector de admissão, que está em contacto com o distribuidor, através de um tubo apropriado. Nos actuais sistemas de ignição electrónica, quer operem independentemente, quer estejam integrados com o sistema de injecção de combustível (Bosch Motronic, por exemplo), apenas têm um veio ligado à cambota e uma tampa de distribuidor, com os cabos das velas. O mecanismo de avanço e os platinados que efectuam a interrupção de corrente primária, constituem funções separadas do distribuidor, embora estejam integradas na mesma unidade, porque requerem comandos sincronizados.


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CONHECER Os impulsos de corrente de alta tensão passam da bobina para o cachimbo do distribuidor, que em seguida envia cada impulso ao cilindro respectivo, no seu tempo próprio. A passagem de corrente do rotor central do distribuidor e os eléctrodos situados na periferia da tampa do distribuidor é feita por arcos eléctricos (faíscas). A parte do distribuidor onde circula a corrente de alta tensão está geralmente separada do resto do distribuidor por um isolador. Limitações dos platinados Os platinados são dois contactos eléctricos, unidos um ao outro por uma mola (Fig. 4). FIG. 4 Contactos platinados

1 - Placa rotativa 2 - Braço do platinado 3 - Veio do distribuidor 4 - Excêntrico do distribuidor

O nome deriva da liga com que são fabricados, a qual contém platina, que aumenta a resistência do material e a condutividade eléctrica. Para separar os contactos existem cames ou excêntricos, accionados pelo veio do distribuidor, que são tantos quantos forem os cilindros do motor. Embora seja uma tecnologia comprovada, que serviu o automóvel durante todo o século 20, os contactos platinados estão sujeitos a três tipos de desgaste, que acabam por desafinar a ignição e prejudicar o seu rendimento: 1. Corrosão do metal dos contactos 2. Deformação do metal dos contactos. 3. Desgaste da patilha de suporte dos contactos. O desgaste dos contactos é essencialmente provocado pelas faíscas residuais que se geram por indução, ao ser interrompida a corrente primária. O distribuidor está equipado com um condensador para limitar este fenómeno, mas isso não impede que ocorra numa escala mais residual. Embora o desgaste dos contactos e do apoio do cames no braço do platinado se compensem mutuamente, o desgaste deste último é mais rápido, provocando um ligeiro atraso progressivo do tempo de ignição. Mecanismos de controlo do avanço Como já vimos, o avanço da ignição é fundamental para adaptar o momento

ideal de ignição ao regime e carga do motor, de modo a assegurar uma combustão completa da mistura ar/combustível. Nos primeiros motores de automóveis, o avanço era comandado pelo próprio condutor, através de um manípulo colocado no centro do volante, ou no painel de instrumentos. Tratava-se de menos de meia solução, porque o condutor nem sempre adequava rigorosamente o avanço, debatendo-se com falta de potência em várias situações, nem tampouco conseguia efectuar uma condução tranquila e segura. Os mecanismos centrífugos de controlo de avanço não tardaram a aparecer nos princípios do século passado, porque a força centrífuga é proporcional ao regime do motor, o que torna possível automatizar o controlo do avanço da ignição, dispensando a intervenção do condutor do veículo (Fig. 5). Tudo parecia estar resolvido, mas os mecanismos centrífugos padeciam de inércia, própria da massa dos rotores metálicos, o que tornava a resposta do sistema lenta, havendo momentos em que o avanço era menor ou maior do que o necessário. Isso era sobretudo evidente nas mudanças de regime, pois a regime estabilizado o sistema funcionava perfeitamente. Para agilizar o controlo do avanço da ignição, surgiu então o sistema de avanço por vácuo (Fig. 6), o qual actua a partir das mudanças de depressão no

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colector de admissão, junto da borboleta do acelerador, sincronizando imediatamente o avanço da ignição, com as mudanças de regime do motor. FIG. 5 Mecanismo centrífugo de avanço Descanso

Funcionamento

1 - Placa de suporte 2 - Excêntrico do distribuidor 3 - Pista de contacto 4 - Massa rotativa 5 - Veio do distribuidor 6 - Actuador de avanço PUB


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CONHECER

Controlo de avanço/atraso de ignição Como já foi referido, a mistura ar/gasolina inflama-se mais lentamente, quando a carga do motor é leve, tendo que ser inflamada mais cedo, para compensar esse facto. Além disso, os gases residuais que ficam na câmara de combustão contribuem para tornar a mistura mais pobre e de combustão mais lenta. A depressão que acciona o sistema de avanço é captada no colector de admissão, imediatamente após a borboleta do acelerador, no sentido do fluxo do ar de admissão, quando ela está aberta (Fig. 6). Quanto menor se torna a carga do motor, maior é o vácuo no sistema de avanço, fazendo o diafragma mover o respectivo braço de accionamento da placa dos platinados. Esta move-se no sentido oposto à rotação do veio do distribuidor, avançando mais o ponto de ignição. O mecanismo de atraso da ignição está situado dentro da mesma caixa de vácuo, mas recebe a depressão de um ponto do colector de admissão imediatamente após a borboleta do acelerador, quando esta se encontra fechada, no sentido do fluxo de ar de admissão. Por outro lado, este mecanismo de atraso possui um diafragma anelar que opera em condições específicas (ralenti e desaceleração, especialmente), permitindo reduzir as emissões de escape. O tirante do diafragma anelar de atraso da ignição faz rodar a placa dos platinados no sentido de rota-

ção do veio do distribuidor, atrasando o ponto de ignição. Os dois mecanismos funcionam de forma independente, mas o de avanço tem vantagem, pois, se houver vácuo nos dois diafragmas (com carga parcial do motor, por exemplo), a maior superfície do diafragma de avanço leva naturalmente o ponto de ignição a avançar.

Ignições transistorizadas Nos sistemas com bobinas de ignição tradicionais, a energia disponível para a ignição e a máxima voltagem estão limitadas por diversos factores eléctricos e mecânicos, que reduzem a capacidade dos platinados para interromper a corrente. Além disso, as solicitações colocadas aos sistemas de bateria e bobina são por vezes muito superiores ao que os contactos platinados podem proporcionar, enquanto interruptores de corrente. Nos sistemas de injecção electrónica, os platinados são coadjuvados ou completamente substituídos por dispositivos isentos de desgaste (solid state), embora os sistemas de ignição transistorizados possam ter ou não contactos platinados. Os sistemas transistorizados com platinados, são recomendados para fazer evoluir os carros que possuam os sistemas de ignição com bobinas convencionais (aftermarket), já não sendo montados como equipamento original, face às alternativas mais avançadas actualmente disponíveis.

FIG. 8 Gerador de impulsos por indução

1 - Íman permanente 2 - Bobina de indução com núcleo 3 - Folga variável 4 - Rotor de comando

FIG. 9 Impulsos de corrente gerados por indução

Voltagem

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Tempo

FIG. 10 Gerador de impulsos por efeito Hall

Ignições sem contactos Os sistemas de ignição transistorizados sem contactos, substituem os platinados por um gerador magnético de impulsos. Este sistema produz corrente e impulsos de alta voltagem magneticamente (sem contactos), que são geridos pelo sistema electrónico do motor. Esse gerador de impulsos fica localizado no distribuidor, tal como os clássicos platinados, podendo funcionar a partir de vários princípios e tecnologias. Os geradores de impulsos de indução (Fig. 7) assemelham-se a um gerador de corrente alterna permanentemente excitado, possuindo o rotor e estator. O número de dentes ou braços (Fig. 8), corresponde ao número de cilindros do motor. A frequência e amplitude da corrente gerada por este sistema (Fig. 9) depende do regime do motor, dados que a unidade central de controlo do motor (ECU) aproveita para efectuar a gestão da ignição. Nos sistemas em que é utilizado o efeito Hall (Fig. 10), para gerar impulsos de ignição, há um campo magnético que é interrompido, produzindo impulsos de voltagem numa película semicondutora electricamente carregada, que são utilizados para activação da corrente primária da ECU (Fig. 11) As duas grandes vantagens dos sistemas transistorizados sem contactos, são a ausência de desgaste e manutenção, por um lado, assim como um controlo mais exacto do tempo de ignição, melhorando a performance dos motores, por outro lado.

FIG. 6 Mecanismo de avanço por vácuo a - Folga de avanço b - Folga de atraso 1 - Distribuidor 2 - Placa dos platinados 3 - Diafragmas (anelar, à esquerda; inteiro, à direita) 4 - Câmara de atraso 5 - Câmara de avanço 6 - Unidade de vácuo 7 - Borboleta do acelerador 8 - Colector de admissão

FIG. 7 Sistema de ignição transistorizada sem contactos 1 - Bateria 2 - Interruptor de ignição 3 - Bobina 4 - Unidade electrónica de afinação do ponto de ignição 5 - Distribuidor com mecanismos de avanço por vácuo e centrífugo 6a - Gerador de impulsos por indução 6b - Gerador de impulsos de efeito Hall 7 - Velas de ignição

1 - Espessura da placa interruptora 2 - Elementos com magnetismo suave 3 - Unidade geradora Hall 4 - Folga UG - Sensor de voltagem (voltagem Hall transformada)

Voltagem

FIG. 11 Corrente gerada por efeito Hall

Tempo

Nos actuais sistemas de ignição electrónica, quer operem independentemente, quer estejam integrados com o sistema de injecção de combustível, apenas têm um veio ligado à cambota e uma tampa de distribuidor, com os cabos das velas.


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CARROÇARIA NOVA TECNOLOGIA DE CAPOTS

Segurança passiva para peões Do ponto de vista do amortecimento de impactos, tem grande importância o material exterior do capot, a sua espessura, o seu desenho, a armação interior e os métodos de fixação das peças.

A

Comissão Europeia entende justificadamente que as cerca de 8.000 vítimas mortais, que se registam anualmente nas estradas da U.E., em consequência de atropelamentos de peões e ciclistas, são um preço demasiado elevado a pagar pelo desenvolvimento económico e social da Europa e pelo crescimento da taxa de motorização. Nesse sentido, foram lançadas várias iniciativas legais, de forma a gerar maior grau de segurança passiva, não somente para os ocupantes dos veículos, como dos utentes não motorizados das vias públicas. A resposta dos construtores de veículos não se fez esperar, não apenas por uma questão de imagem, mas igualmente porque é um desafio técnico e uma oportunidade de valorizar os modelos e gerar maior valor acrescentado. Obviamente, trata-se apenas de limitar as consequências dos atropelamentos, na expectativa de que sejam tomadas medidas também eficazes para reduzir este tipo de sinistralidade a partir das suas causas, às quais não será estranha certamente a falta de espaço disponível para a circulação segura dos utentes não motorizados das estradas e ruas das cidades, assim como a carência de programas sistemáticos de ensino e formação sobre segurança rodoviária, dirigidos a toda a população dos vários países europeus.

1 - Sensores instalados no pára-choques detectam o peão

3 - A maior capacidade de absorção de energia dos actuais capots, reduz os danos na cabeça do peão

2 - Os sensores enviam o sinal para a unidade electrónica de controlo que activa o dispositivo pirotécnico

4 - O sistema é dez vezes mais rápido do que um piscar de olhos

Em certos modelos, o capot pode ser elevado por intermédio de um dispositivo pirotécnico do tipo airbag, comandado por um sensor instalado na parte frontal da viatura. Esta solução evita que o peão, principalmente a sua cabeça, colida com as zonas mais rígidas da carroçaria.

Dados importantes sobre atropelamentos As hipóteses de reduzir a mortalidade resultante dos atropelamentos é real porque os dados disponíveis apontam para uma incidência de vítimas mortais em apenas 16% dos atropelamentos. Por outro lado, sabe-se que em 79% dos casos o veículo causador é um ligeiro de passageiros e que em 80% dos casos o impacto ocorre na parte frontal do veículo, como seria de esperar. Além disso, sabese que dos ferimentos resultantes de impactos da cabeça das vítimas, 22% são contra o capot, 35% contra o pára-brisas e 14% de encontro ao pilar lateral do pára-brisas. Deste modo, é possível melhorar a concepção dos veículos, a fim de reduzir as vítimas mortais em cerca de 8% e os feridos graves em aproximadamente 21%. A dinâmica dos atropelamentos é relativamente simples, uma vez que as vítimas são atingidas inicialmente nos membros inferiores, podendo em seguida resultar um segundo impacto, como já vimos, no capot ou na zona do párabrisas, dependendo da velocidade do veículo. O primeiro contacto ocorre entre o pára-choques da viatura e a perna

ou a parte lateral do joelho do peão/ciclista. Em seguida, ocorre o contacto com a parte frontal do capot, atingindo o tórax e/ou a zona pélvica da vítima. Em atropelamentos a velocidades mais elevadas, o contacto seguinte é da cabeça (proporcionalmente ao volume, muito pesada) com a base do capot ou o pára-brisas, incluindo os seus pilares. Neste ponto, o peão e o veículo deslocam-se à mesma velocidade e a situação está estabilizada. No entanto, o reflexo imediato do condutor é travar, o que faz projectar o peão para a frente, uma vez que este não tem qualquer ponto de apoio. Muitos dos ferimentos graves ou mortais são causados por este impacto secundário no solo ou qualquer outro obstáculo existente no local do acidente. Os factores que determinam a gravidade das lesões são a velocidade do veículo, em primeiro lugar, bem como o tamanho relativo entre o peão e o carro, para lá da posição do peão antes do impacto. A partir destes dados e da tipologia de danos pessoais (Fig. 1), concluiu-se que as lesões causadas pelo primeiros impacto podiam ser minoradas com a utilização de pára-choques macios e/ou dotados de sistemas de amortecimento de impactos. Para conseguir o mesmo efeito em relação ao segundo impacto, foram estudados capots do motor com maior capacidade de absorção de energia. Em certos modelos, o capot pode também ser elevado por intermédio de um dispositivo pirotécnico do tipo airbag (Fig. 2), comandado por um sensor instalado na parte frontal da viatura (Fig. 3). Esta solução evita que o peão, principalmente a sua cabeça, colida com as zonas mais rígidas da carroçaria. Preservar a cabeça do peão A maior parte dos ferimentos mortais por atropelamento ocorrem na cabeça, o ponto crítico do organismo em quase todo o tipo de acidentes. Por outro lado, a gravidade dos ferimentos na cabeça depende da aceleração experimentada por esta e da rigidez do elemento de encontro ao qual colide. Quanto maiores forem ambas, maior será a gravidade das lesões sofridas pela pessoa atropelada. O principal factor que promove a aceleração da cabeça no momento do acidente é a altura a que ocorre o impacto inicial. Quanto mais baixo for o ponto do impacto, menor será a aceleração da cabeça do peão, porque se reduz igualmente a velocidade angular o seu corpo em relação ao respectivo centro de gravidade. Desta forma, quando mais baixa for a altura do pára-choques ao solo, mais se-


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CARROÇARIA

FIG. 1 Nível de gravidade das lesões em peões

Cabeça 35

80

Tórax

8

7

Membros superiores

9

Coluna vertebral

4

6

Abdómen

7

6

Membros inferiores 37

guro será para os peões, em caso de atropelamento. Para preservar a cabeça do peão eventualmente atropelado, só resta agora reduzir a rigidez do capot ao máximo, visto que o pára-brisas e a sua estrutura de suporte não podem ser significativamente alterados. A construção do capot terá assim que obedecer a uma tecnologia de máxima absorção de energia. Além disso, todos os componentes da frente do carro (faróis, grelha do radiador, guarda-lamas, etc.) têm que ser adaptados para proteger a cabeça do peão, reduzindo nomeadamente a rigidez dos seus elementos de fixação à estrutura da carroçaria. No entanto, no centro de todos os aperfeiçoamentos está efectivamente o capot, que é o ponto de contacto mais frequente com a cabeça do peão atropelado. Novo conceito de capot Do ponto de vista do amortecimento de impactos, tem grande importância o material exterior do capot, a sua espessura, o seu desenho, a armação interior e os métodos de fixação das peças. Num capot convencional, o painel exterior de chapa é reforçado por uma estrutura metálica interior, em forma de esqueleto, cujo objectivo é permitir a deformação do capot em caso de colisão frontal, de modo que não seja introduzido no interior do habitáculo. Isso implica que tenha zonas de grande rigidez, que representam uma ameaça para os peões atropelados. Assim sendo, a nova concepção da estrutura interior do capot baseia-se no princípio da deformabilidade, sendo

% de lesões leves % de lesões graves

FIG. 3 Os sensores de impacto colocados atrás do pára-choques dianteiro, dão o sinal que activa o sistema de capot activo. O programa inteligente do sistema identifica o sinal de impacto, activando os dispositivos de abertura do capot apenas nos casos de colisão com peões/ciclistas. O capot permanece fechado, nas colisões com outras viaturas ou com obstáculos mais consistentes.

1

FIG. 2 Dispositivo pirotécnico de abertura de um sistema de capot activo.

FIG. 4 A unidade electrónica de controlo do sistema de capot activo é semelhante às que são utilizadas nos sistemas de airbag.

A nova concepção da estrutura interior do capot baseia-se no princípio da deformabilidade, sendo constituída por uma grelha multicónica, que é obtida por estampagem, resultando num conjunto de troncos de cone uniformemente distribuídos por toda a área interna do capot.

constituída por uma grelha multicónica, que é obtida por estampagem, resultando num conjunto de troncos de cone uniformemente distribuídos por toda a área interna do capot. Para reforçar a elasticidade do conjunto do capot, o painel exterior de chapa é colado à armação interior multicónica através de uma cola especial flexível, em vez da soldadura usada na configuração tradicional. Jogando com a geometria dos cones, consegue-se variar o grau de deformação da estrutura interior, obtendo-se maior ou menor absorção de energia. Contrariamente ao que seria de esperar, a rigidez do conjunto do capot aumenta com esta nova tecnologia, permitindo a utilização de chapas mais finas, o que resulta em peças de menor peso. Em termos de materiais, o aço e o alumínio continuam a ser os mais utilizados nesta nova configuração de capot. A primeiras soluções foram realizadas em alumínio, mas o menor custo da chapa de aço levou a que a tecnologia fosse transposta para este material. Obviamente, a espessura das chapas é menor no aço, sendo em média mais espessas as chapas de alumínio 1,44 vezes. Apesar disso, as peças fabricadas com alumínio podem chegar a ser 50% mais leves do que as produzidas em aço, devido à grande diferença de densidade dos dois materiais.

Conceito de capot activo Além da nova tecnologia de construção do capot, vários modelos introduziram igualmente o novo conceito de capot activo, que se eleva até uma certa altura, no momento do acidente, protegendo mais eficazmente o peão atropelado, mas que também evita a experiência desagradável e chocante, para o condutor e ocupantes do veículo, de ver a cabeça de uma pessoa embater violentamente no pára-brisas. Este sistema é baseado num sensor de choques de peões, que está colocado na travessa de suporte do pára-choques dianteiro (um anel de fibra óptica e dois acelerómetros, um de cada lado). O programa da unidade de controlo do sistema (Fig. 4) consegue distinguir o sinal de um choque de peões ou de um veículo, através da gama de velocidades específica de cada tipo de impacto, activando instantaneamente os dispositivos pirotécnicos que abrem o fecho do capot e o elevam, de ambos os lados do veículo. PUB


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REPINTURA PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES

Devolver a qualidade original Nos serviços de carroçaria e repintura também existe o trabalho tosco e o trabalho limpo, correspondendo o primeiro à recuperação da geometria da carroçaria e o segundo à preparação das superfícies das peças, metálicas ou de plástico, a fim de serem pintadas com o acabamento final.

S

em o serviço de limpo ou de preparação das superfícies, a perfeita qualidade original dificilmente poderia ser recuperada, desvalorizando o veículo, tanto esteticamente, como em termos de duração. Boa parte das actividades de preparação das superfícies é constituída pela aplicação de produtos de protecção e regularização das superfícies, incluindo primários, massas e aparelhos, que requerem a lixagem prévia da superfície e lixagens subsequentes de uniformização dos produtos, para garantir a aderência das aplicações e amaciar a superfície, a fim de receber o acabamento. Além destes serviços, a área de preparação da carroçaria prevê igualmente a protecção das superfícies que não apresentam danos, através de fitas adesivas e papeis ou filmes de plástico específicos, assim como capas estudadas para o efeito. As sucessivas lixagens com discos abrasivos e as aplicações com pistolas de pulverização geram quantidades muito consideráveis de partículas de várias dimensões, que representam um inconveniente sério para a saúde dos operadores, para a qualidade das actividades de pintura e para a limpeza das próprias instalações da oficina, impondo soluções de ventilação específicas e gerais. Equipamentos de ventilação industrial Muitas das oficinas actuais de carroçaria/repintura que foram criadas de raiz, estão localizadas em pavilhões industriais ou instalações equivalentes, com elevado pé direito e grande volume de ar, que favorecem a ventilação natural do ambiente, tanto no que se refere a poeiras, como ainda no que toca a gases e vapores de vários tipos. Além disso, a área disponível desafogada permite uma melhor distribuição dos postos de trabalho e uma correcta organização dos fluxos de viaturas dentro da oficina, para além de garantir espaço suficiente para a montagem dos equipamentos indispensáveis à reparação de carroçarias. Além da cabina de pintura, cujo sistema de ventilação se destina a assegurar as condições ideais de aplicação dos acabamentos, as áreas de preparação de superfícies também requerem equipamentos de ventilação de grande eficiência, a fim de garantir a qualidade dos serviços ali realizados, entre os quais está igualmente a aplicação de tintas e vernizes em pequenas áreas, polimentos, secagem por painéis de IV ou UV, etc. Além das lixadeiras com aspiração directa (Fig. 1), uma tendência que veio para ficar, a renovação, circulação e fil-

FIG. 1 A utilização de lixadoras com extracção directa de poeiras não dispensa os sistemas de renovação e filtragem do ar, uma vez que a lixagem produz poeiras finas, que não são totalmente aspiradas através dos furos do disco.

FIG. 2 Nas áreas de preparação de superfícies de topo, é possível efectuar todos os trabalhos de acabamento das viaturas reparadas, excepto a secagem da tinta, que exige um sistema de aquecimento e controlo da temperatura do ar específico das cabinas de pintura.

FIG. 3 O recurso a áreas de preparação de superfícies melhora consideravelmente a imagem da oficina, a sua limpeza e as condições de trabalho dos operadores.

tragem do ar das zonas de preparação é uma exigência igualmente comum nas oficinas que pretendem laborar com padrões de qualidade de topo. Além das áreas de preparação individuais (Fig. 2), que oferecem condições idênticas às que são proporcionadas nas cabinas de pintura, existem zonas de preparação colectivas polivalentes(Fig. 3), nas quais os postos de trabalho podem ser separados por cortinas flexíveis ou painéis rígidos. Tal como nas cabinas de pintura, a circulação e/ou renovação do ar é assegurada por turbinas, sendo aspirado por grelhas ao nível do solo e introduzido através dos filtros existentes no tecto. A filtragem primária dá-se quando o ar é aspirado

para o piso (fig. 4), sendo filtrado novamente antes de ser introduzido a partir do tecto . Por seu turno, a renovação do ar pode ser total ou parcial, partir do exterior, obedecendo sobretudo a critérios de temperatura ambiente, para proporcionar as melhores e mais produtivas condições de trabalho aos operadores.

FIG. 4 Filtros de grande capacidade asseguram a retenção de quantidades consideráveis de partículas produzidas nas zonas de preparação de superfícies.

Elementos constituintes Os principais elementos de um sistema de tratamento de ar de áreas de preparação são as grelhas de segurança do piso, o grupo de extracção, o tecto filtrante e o painel ou quadro de controlo do equipamento. Grelhas do piso - São geralmente fa-


A 1.ª Revista para o Mercado de Pneus e Serviços Rápidos

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PRÓXIMA EDIÇÃO: NOVEMBRO 2008 RESERVE A PUBLICIDADE ATÉ 10 OUTUBRO Departamento de Publicidade: AP Comunicação • 21 928 80 52 • geral@apcomunicacao.com Mário Carmo • 91 705 96 75 • mario.carmo@apcomunicacao.com Anabela Machado • 96 538 09 09 • anabela.machado@apcomunicacao.com


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bricadas em aço galvanizado e ficam assentes em caixilhos do mesmo material. Em baixo destas grelhas estão colocadas as mantas filtrantes (tipo paint stop), que efectuam a retenção inicial das partículas em suspensão no ar, que é depois encaminhado para o grupo de extracção, através de um fosso no subsolo. Grupo extractor - É constituído por turbinas accionadas por motores eléctricos potentes, que asseguram a aspiração do ar poluído (poeiras, vapores, gases, etc.) através das grelhas do chão e dos elementos filtrantes. Depois de filtrado, o ar pode ser expelido para o exterior ou ser novamente introduzido na área de preparação, através do tecto filtrante. Tecto filtrante - Além de filtrar as mais pequenas impurezas do ar, o tecto filtrante tem a importante missão de distribuir homogeneamente o fluxo de ar em toda a área de preparação, de modo a evitar correntes de ar excessivas. Possui uma estrutura metálica reticulada, onde se alojam os filtros e os painéis de iluminação superiores, de lâmpadas fluorescentes, que asseguram uma adequada iluminação da área. Quadro de controlo - Além do interruptor geral de segurança e do interruptor da iluminação, o quadro de controlo permite regular a velocidade do ar (lixagem ou aplicação de produtos), percentagem de renovação do ar, etc. Separadores - Para evitar que se pratique a lixagem ao lado de uma carroçaria em que está a ser aplicado um produto de pintura ou acabamento, as áreas de preparação podem ser individuais, com paredes fixas, ou podem permitir a inserção de elementos separadores, que também servem para optimizar o fluxo de ar dentro da área de preparação. Ciclo de funcionamento O fluxo de ar processa-se do tecto para o chão, a fim de evitar a tendência das partículas em suspensão no ar se dispensarem. O velocidade do ar é de aproximadamente 0,2-0,3 m/s. Os filtros colocados sob as grelhas metálicas instaladas no pavimento efectuam a retenção das partículas sólidas e o ar é aspirado para as turbinas da unidade de extracção. Por acção de uma válvula automática em "T", o ar pode ser reciclado total ou parcialmente, seguindo o restante para o exterior. O caudal é regulado de tal maneira que o volume de ar aspirado é igual ao volume de ar introduzida pelo tecto, quando se procede a operações de lixagem.

REPINTURA

As áreas de preparação de superfícies requerem equipamentos de ventilação de grande eficiência, a fim de garantir a qualidade dos serviços ali realizados, entre os quais está igualmente a aplicação de tintas e vernizes em pequenas áreas, polimentos, secagem por painéis de IV ou UV, etc. Nas aplicações de produtos de pintura, o caudal de ar aspirado é superior ao que entra pelo tecto, de modo a criar uma ligeira depressão no interior da área de preparação, o que evita que a névoa de tinta se espalhe pela oficina. Quanto é admitido ar do exterior no circuito de ventilação, há uma parte do ar aspirado que é dispensada igualmente para o exterior. Para manter a velocidade do ar e a eficiência de filtragem do sistema, os filtros necessitam de limpeza periódica e/ou substituição, de acordo com as instruções do fabricante.

Oferta do mercado Existe grande variedade de equipamentos de renovação de ar para a actividade de preparação de superfícies, diferindo em estrutura, elementos, tamanho, preços, etc. É possível, no entanto, efectuar uma classificação por grupos, a fim de facilitar o estudo de aquisição por parte dos empresários do sector de reparação de carroçarias. Eis algumas das principais classes de equipamentos: Básicos - Estes equipamentos são praticamente apenas extractores, possuindo grelhas no chão e um grupo de turbinas

A qualidade do ar da zona de preparação de superfícies da oficina é a principal mais valia dos equipamentos de extracção e ventilação, assegurando melhores condições de trabalho aos operadores activos e garantindo uma qualidade de reparação superior.

que aspira o ar para o exterior, arrastando consigo as partículas de poeira, tintas, etc. Com filtros de tecto - O ar que entra pelo tecto, sob o efeito da depressão criada pela extracção de ar efectuada no solo é filtrado, o que representa uma vantagem para a qualidade do ar da zona de preparação, relativamente aos sistemas anteriores. Com extracção e impulsão - A diferença destes equipamentos para os anteriores é a existência de uma turbina para impulsionar o ar filtrado que entra pelo tecto, aumentado o caudal de ar limpo na zona de preparação. Também existe a possibilidade de fazer variar a pressão da zona de trabalho e de reciclar o ar que é aspirado. Com fornecimento de ar quente Um módulo de aquecimento do ar que é impulsionado através dos filtros do tecto, permite melhorar a secagem nos dias mais frios e húmidos, mantendo uma temperatura também mais propícia para os operadores, dentro da zona de preparação de superfícies. Zonas de reparação rápida - Para além das funcionalidades que possuem os equipamentos de preparação de superfícies, estes equipamentos possuem diversas opções de dispositivo de secagem rápida, destinados a dar apoio aos acabamentos de pequenas reparações. Além disso, a área pode ser fechada com paredes ou painéis rígidos e subdividida em células com cortinas de plástico translúcido. Principais vantagens dos sistemas A qualidade do ar da zona de preparação de superfícies da oficina é a principal mais valia dos equipamentos de extracção e ventilação, assegurando melhores condições de trabalho aos operadores activos e garantindo uma qualidade de reparação superior. Além desta vantagem, podemos ainda apontar as seguintes: • Permitem realizar todas as operações de preparação do carro no mesmo local, aumentando a produtividade e a capacidade de oferta de serviços da oficina; • Possibilidade de efectuar reparações rápidas completas, repintura de painéis, polimentos e outros serviços que exijam controlo da qualidade do ar; • Isolamento da zona de preparação de superfícies do resto da oficina, permitindo salvaguardar a limpeza das instalações e a imagem da oficina. PUB


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MECÂNICA PRÁTICA

Colaboração:

PASSO A PASSO

Reparação de riscos na pintura 1º PASSO Arranhão superficial.

2º PASSO Efectua-se a lixagem com grão P400 (monocapa) ou P500 (bicapa), até desaparecer o risco. Convém utilizar uma lixadora de canto, para evitar provocar mais danos.

3º PASSO Aplicação do aparelho e respectiva lixagem, utilizando discos P400 (monocapa) ou P500 (bicapa). PUB

Estamos a falar neste caso de riscos e arranhões em que não existem danos na chapa, mas apenas nas camadas de pintura. O processo de reparação depende da quantidade de tinta que ainda ficou na superfície de chapa ou plástico. No caso da peça já ter sido reparada anteriormente, possivelmente até mais do que uma vez, a espessura do filme de pintura é maior e torna-se necessário aplicar massa de enchimento, tal como nos casos em que há deformação da chapa. Quando os riscos são apenas superficiais e a pintura é ainda original, basta aplicar aparelho e acabamento.

4º PASSO Aplicação da tinta de acabamento.

6º PASSO Dependendo da espessura do filme de tinta, utilizar um disco abrasivo P80 ou P100 até eliminar o risco. É importante utilizar uma lixadora de canto para não estender os danos na pintura que se encontra em bom estado.

5º PASSO Risco profundo.

7º PASSO Aplicação do primário anticorrosivo epoxi, sobre a chapa nua.

8º PASSO Aplicação da massa de enchimento e posterior lixagem da mesma. Começar com abrasivos P100-P150, para regularizar, acabando com discos P200-P240, para amaciar. Em seguida dá-se cor à volta da zona em que foi aplicada a massa.

9º PASSO Aplicação do aparelho e posterior lixagem do mesmo, começando com lixas P320/P340/P360 para regularizar a superfície. O acabamento é dado com discos P400 (monocapa) ou P500 (bicapa).

10º PASSO Aplicação da tinta de acabamento.


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CARROÇARIA

Colaboração:

Prevenção de riscos laborais nas oficinas de repintura

Riscos na reparação de carroçarias A actividade de reparação de carroçarias automóvel implica alguns riscos suplementares para os operadores, em relação aos que são igualmente comuns a outros tipos de oficinas. Montagem das peças As ferramentas mais utilizadas para montar as peças de substituição na carroçaria são as serras pneumáticas, esmeris, fresas e brocas, para além dos martelos, bigornas, tesouras, etc. Convém recordar que o accionamento acidental de máquinas automáticas pode provocar ferimentos idênticos aos que são produzidos por ferramentas manuais. O forte nível de ruído e a projecção de partículas são outros riscos envolvidos na montagem das peças da carroçaria. As pequenas aparas de metal podem penetrar a pele do operador em qualquer local, devendo manter-se o local de trabalho permanentemente limpo e as ferramentas prontas a utilizar, igualmente limpas. Por outro lado, a roupa de trabalho deve ser o mais fechada possível, para evitar a entrada de corpos estranhos e substâncias nocivas. Outra forma de reduzir os riscos é utilizar luvas e sapatos de segurança, óculos de segurança e dispositivos de protecção acústica.

A

informação é um dos pilares fundamentais para trabalhar em segurança. Ao conhecer as características dos produtos manipulados, equipamentos utilizados e actividades desenvolvidas, entre outros aspectos, podemos conhecer melhor os perigos existentes, e igualmente, conhecer os riscos a que cada um de nós está exposto. Resumidamente, esses riscos podem sintetizar-se da seguinte forma: • Contactos térmicos - Traduzem-se geralmente por queimaduras, resultantes dos processos de soldadura e aquecimento de peças, assim como pela projecção de chispas incandescentes. • Fadiga postural - Resultante de posições de trabalho ou de aplicação da força incómodas. • Golpes e pancadas - Provocados pelas ferramentas, pelas peças ou pelo próprio veículo que se está a reparar. • Ruídos - As ferramentas utilizadas nesta actividade e as técnicas de conformação das chapas metálicas provocam ruídos de alguma intensidade. • Projecção de fragmentos e/ou partículas - Esta situação é frequente ao lixar, esmerilar, soldar ou serrar peças da carroçaria, tanto metálicas como plásticas. Particularmente perigosa é a projecção de objectos estranhos para os olhos, podendo provocar lesões ou produzir a incrustação de partículas. • Radiações não ionizantes - A exposição a estas radiações ocorre nos processos de soldadura MIG/MAG. Longos períodos de exposição a estas emissões provocam queimaduras e até mesmo a cegueira. • Contacto ou inalação de substâncias nocivas/tóxicas - Os casos mais frequentes deste risco ocorre durante a manipulação de colas, anticorrosivos, resinas e dissolventes, bem como durante os processos de soldadura, em que há libertação de gases e vapores.

Manipulação das peças As peças mais utilizadas na carroçaria dos automóveis são geralmente fabricadas em chapa de aço com uma espessura que pode variar entre 0,6 e 1,2 mm. O risco mais vulgar na manipulação destas peças é a possibilidade de sofrer cortes nas arestas da chapa. A queda de uma peça de dimensões e peso consideráveis também pode provocar o esmagamento de um membro, sendo necessário avaliar cautelosamente os movimentos da peça e o seu ponto de equilíbrio. Também é possível que seja preciso realizar esforços em posições incómodas e forçadas, a fim de colocar a peça no seu local correcto da carroçaria. O transporte das pe-

ças de maior peso também envolve esforços perigosos para a coluna, os pés e mesmo as mãos. Um forma de ultrapassar esta situação é utilizar um carro para movimentar as peças da carroçaria, até ao posto de trabalho. Outra possibilidade

é a de constituir um pequeno stock das peças mais habituais junto ao posto de trabalho. Por seu turno, a utilização de luvas adequadas e de calçado de segurança poderá evitar muitas lesões de certa gravidade.

As peças mais utilizadas na carroçaria dos automóveis são geralmente fabricadas em chapa de aço com uma espessura que pode variar entre 0,6 e 1,2 mm. O risco mais vulgar na manipulação destas peças é a possibilidade de sofrer cortes nas arestas da chapa.

Operações de lixagem Dependendo da operação a realizar e do material da superfície que se está a lixar, são utilizados diversos discos abrasivos (fibras, nylon expandido, arame entrançado, etc.), pois é muito diferente eliminar a pintura ou regularizar um cordão de soldadura. Além do forte ruído, as lixadoras também podem provocar abrasão na pele e cortes. Danos mais graves podem ocorrer, se o disco ou o porta-disco se partirem durante a operação. Ao lixar as uniões de solda metálica, produzem-se chispas capazes de provocar queimaduras. Ao regularizar superfícies de plástico, resinas ou cordões de estanho/chumbo, as poeiras produzidas são tóxicas e não devem ser inaladas. Para evitar problemas de irritação da pele, olhos e vias respiratórias, é necessário utilizar vestuário, luvas, óculos e máscaras de segurança. Além disso, o posto de trabalho, as lixadoras e as peças devem ser totalmente limpas depois de terminar a lixagem. Para evitar que o disco se parta com a lixadora a alta rotação, é necessário respeitar os procedimentos de montagem de cada tipo de disco. Por seu turno, os discos deformados ou rachados devem ser descartados, antes que provoquem problemas. Também se devem evitar esforços de pressão exagerados sobre a lixadora, a fim de abreviar o trabalho, pois isso pode provocar a avaria da máquina e a ruptura do disco e/ou do porta-disco. A protecção acústica é igualmente recomendada para as operações de lixagem.


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ACTUALIDADE Destaques

Novo sistema de navegação portátil Becker

O

reconhecido fabricante alemão Becker, lançou no mercado um novo sistema de navegação portátil. Trata-se do modelo Z200, que incorpora como principal novidade, uma nova antena, designada por Instant Fix II, que identifica desde logo a localização do veículo logo quando o dispositivo é posto em marcha. O Z200 tem um ecrã de 4,3 polegadas com a opção poder ser visto em duas partes. Por um lado mostra o itinerário escolhido e por outro, a direcção a tomar e os procedimentos que serão necessários realizar no próximo cruzamento. O Becker Z200 oferece imagens reais sobre os desvios e integrações de quase 4.000 localizações europeias e adverte o condutor sobre a faixa da estrada pela qual o mesmo deverá circular nos pontos assinalados com alterações. Além disso, o sistema de navegação, que abrange a cartografia de 40 países europeus num cartão SD de 2 gigas de capacidade, inclui os edifícios mais emblemáticos das cidades representados em três dimensões. O novo Becker Z200 encontra-se disponivel por 389 euros. (IVA incluido).

Serviço de peritagem na hora

A

LeasePlan, uma das maiores gestoras de frotas a operar no mercado portugués, em parceria com a sua seguradora, a Euro Insurances, e a oficina CA Portugal, acaba de lançar um serviço inovador no mercado português, baptizado com o nome Peritagem Drive-In. Este serviço oferece aos clientes a possibilidade de procederem à peritagem automóvel com maior flexibilidade de horário. A partir de agora, os clientes LeasePlan encontram num Centro de Colisão da rede preferencial da seguradora um técnico em permanência que procede de imediato à peritagem. O tempo estimado do serviço não excede os 30 minutos, evitando-se assim a tradicional paralisação da viatura durante um dia inteiro e

os incómodos que esta paralisação sempre acarreta para os automobilistas. Associado ao produto de Seguro e Gestão de Sinistros do Aluguer Operacional de Veículos, a Peritagem DriveIn, está já a funcionar em Lisboa, no Centro de Colisão instalado na CA Portugal, no Prior Velho. Em breve, o mesmo serviço estará acessível no norte do país, passando a ser disponibilizado num Centro de Colisão situado na área do Grande Porto. Numa fase inicial, o serviço Peritagens Drive-In irá funcionar entre as 08H00 e as 14H00. Para o próximo ano, a LeasePlan está já a planear o alargamento do horário, passando o serviço a estar acessível no período entre as 08H30 e as 18H00.

Peugeot 207 SW Outdoor

Aventura diária

C

om base na versão SW, a Peugeot desenvolveu uma série especial, designada Outdoor. O seu estilo funcional resulta na perfeição para aqueles que querem, por um lado, um veículo com aparência mais de TT para utilização urbana, e para os outros que realmente querem um carro também para circular fora do asfalto. Os alargamentos dos guardas-lamas e das zonas lateriais e o ligeiro aumento da distância ao solo (16 mm à frente e 21 mm atrás), garantem a este veículo uma aparência “gira” bem como nos permitem enfrentar estradas de terra com menores preocupações face a um veículo convencional, até porque existe uma protecção inferior do motor em aço. Dotada de outros elementos estilísticos (jantes especiais, vidros escurecidos, tecto panorâmico, grelha pintada em alumínio, entre outros), o conceito de eva-

são está sempre presente. Logicamente que não é um TT, mas o 207 SW Outdoor cumpre bem a sua função dentro e fora de estrada, quer num reconfortante passeio de fim-de-semana, quer em termos de utilização quotidiana. As virtudes do motor 1.6 litros HDi, permitem boas performances, tanto nas prestações como nos consumos, e todo o interior, incluindo a posição de condução, foi muito bem pensada para o conforto. Peugeot 207 SW Outdoor Cilindrada cc: 4/1.560 Potência Cv/rpm: 110/4.000 Binário Nm/rpm: 240/1.750 Velocidade Km/h: 188 Acel.0-100 km/h seg.: 10,9 Cons.Médio L/100Km: 5,2 Preço (desde) 22.975 Euros

MCoutinho adquire AutoGlobal

N

o âmbito do seu plano de expansão e crescimento sustentado do negócio, o Grupo MCoutinho adquiriu 100% do capital social da empresa AutoGlobal SA, representante de diversas marcas de automóveis no distrito de Aveiro. As funções de Administrador Executivo desta empresa, agora transformada em Sociedade Anónima, serão assumidas por Tiago Ribeiro, também Administrador da MCoutinho Automotive SGPS – a nova estrutura do Grupo para a área automóvel. A AutoGlobal S.A. é concessionário das marcas Alfa Romeo, Fiat, Fiat Professional, Lancia, Ford e Seat, operando também nos negócios de Colisão e de Viaturas Usadas. Em 2007, o negócio da empesa representou um volume total de cerca de 2.500 viaturas vendidas e 40 milhões de euros de facturação. Com a integração dos seus 140 colaboradores, o Grupo MCoutinho aumenta a sua equipa para um total de cerca de 750 pessoas.

A nova empresa passa a integrar a estrutura de plataformas de retalho automóvel do Grupo, representando um crescimento significativo na cobertura geográfica do mercado para a região Litoral Centro, nomeadamente Aveiro, Espinho, Oliveira de Azeméis e Sta. Maria da Feira – todas elas representando a integração de novos mercados regionais. Com esta concretização, o objectivo estratégico consagrado na Visão do Grupo em alcançar um volume de facturação de 250 milhões de euros ficará já concretizado no corrente exercício.

Subaru Legacy 2.0D Boxer

ADN reconhecido

O

s carros da Subaru estão normalmente associados a altas prestações. Com a introdução do inédito motor Boxer Diesel (uma estreia mundial) a marca nipónica não desiludiu nesse aspecto, introduzindo outros valores referenciais (por ser em baixos) ao nível dos consumo, emissões e ruído. Montado no Legacy, veículo que dispõe de tracção integral simétrica, o novo motor boxer, devido à sua construção de cilindros opostos, permite dispor de um baixo centro de gravidade. Mesmo com amortecedores demasiado brandos, o comportamento do Legacy é muito bom, algo que não é de estranhar num Subaru. A boa posição de condução, a direcção precisa e a caixa com comando curto não deixam dúvidas da origem deste carro.

Quanto ao motor, permite uma excelente utilização, com os 150 cv de potência e 350 Nm de binário ao permitirem sempre uma resposta pronta a qualquer solicitação. Porém, o que mais se evidencia neste motor é a sua suavidade de funcionamento, notando-se a ausência de vibrações no interior. Subaru Legacy 2.0D Boxer Cilindrada cc: 4/1.998 Potência Cv/rpm: 150/3.600 Binário Nm/rpm: 350/1.800 Velocidade Km/h: 203 Acel.0-100 km/h seg.: 8,9 Cons.Médio L/100Km: 5,6 Preço (desde) 29.980 Euros


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SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas

COLECCIONÁVEL

Nº 34 Setembro 2008

BOLETIM TÉCNICO Colaboração:

RENAULT MEGANE 1.9 DCI (1999/2000) Este modelo tornou-se num dos veículos mais populares nas estradas europeias, dentro do seu segmento (médio), devido a uma combinação criteriosa de várias características muito procuradas nesta classe: habitabilidade, conforto, estabilidade, economia e versatilidade.

Equipado com um motor 1.9 de injecção directa common rail (EDC 15C-3), o Megane consegue um bom compromisso prestações/economia, com problemas mínimos de manutenção. Neste artigo, abordaremos uma situação frequente, que chegou aos técnicos da Texa através do seu Call Center. Apesar dos aparelhos de diagnóstico da linha Axone/Navigator (TEXA) revelarem uma anomalia de injectores, estes estavam em perfeito estado, pelo que a origem da falha acabou por recair nas respectivas cablagens de ligação. Efectivamente, os referidos cabos condutores entravam em contacto com a caixa do filtro do ar, devido às vibrações, acabando o atrito por interromper a linha ou provocar curto-circuito. Para resolver o problema, é suficiente restabelecer as ligações eléctricas, mas, a fim de evitar problemas futuros, é aconselhável elevar ligeiramente a caixa do filtro do ar, inserindo espaçadores de 3 mm nos seus pontos de fixação. Motor não pega, por erro do sinal de regime motor O diagnóstico não é simples, porque o motor não pega, mas a memória do sistema de autodiagnóstico não tem memorizado nenhum erro. A dificuldade em detectar o problema está no facto da unidade de gestão do motor receber uma informação de 0 rpm, partindo do princípio que o motor está parado… Os técnicos da Texa, no entanto, verificaram com o Axone 2000 que na fase de arranque o motor não atingia o regime necessário de cerca de 200 rpm. Isto é conseguido com um teste de osciloscópio ao sensor de rpm, conseguido por intermédio de um kit de adaptação disponível nos aparelhos Axone 2000 ou Navigator da Texa. Se o resultado da prova for negativo, ou seja, o sensor não dá sinal ou o sinal é incoerente, o problema é geralmente do próprio sensor. Também pode acontecer que a roda dentada da

ESQUEMA BÁSICO Nº Descrição 01 . ECU de gestão do motor 02 . Sensor de temperatura motor

X-Y E36 L32

03 . Velas de incandescência 04 . Módulo de pré-aquecimento Q31 05 . Relé da bomba gasóleo 06 . Relé aquecimento adicional (nível 2) 07 . Relé de aquecimento adicional (nível 1) 08 . Interruptor de inércia R34 09 . Relé principal 10 . Electroválvula sobrealimentação S31 11 . Electroválvula reguladora H35 12 . Sensor temperatura ar de admissão P34 13 . Sensor pressão ar de admissão P34 14 . Electroválvula EGR M32 15 . Comutador de ignição P28 16 . Bateria de arranque R35 17 . Interruptor luzes stop P28 18 . Sensor pressão do gasóleo G33 19 . Sensor posição acelerador R32 20 . Sensor de pressão atmosférica P31 21 . Injectores eléctricos 22 . Sensor de rpm 23 . Relé arrefecimento motor (Bx. velocidade) 24 . Relé arrefecimento motor (Alta velocidade) 25 . Pressostato da climatização 26 . Relé de comando da climatização 27 . Sensor de fase (efeito Hall) 28 . Ligação ao quadro de instrumentos 29 . Interruptor da embraiagem

Localização Junto motor dir. Na mangueira do radiador Junto ao motor Cx. de fusíveis junto à bateria Junto ao motor Junto ao motor Bomba injectora Junto ao motor Idem Colector adm. Coluna direcção Junto ao motor Na pedaleira Junto ao motor Idem Idem Idem Idem Cx. de relés junto à bateria

30 . Motor da bomba gasóleo

N12

Sob assento do passageiro

31 . Resistência de aquecimento 32 . Ligação ao sistema de climatização 33 . Ligação ao sistema do imobilizador 34 . Resistência 35 . Ligação ao sistema ABS 36 . Tomada de diagnóstico 37 . Motor de arrefecimento motor

P28 M39

Habitáculo Junto radiador Cx. de fusíveis e relé Junto à bateria Idem Idem Idem Idem

F001 - Fusível F 11 de 70A F002 - Fusível F 07 de 7,5A F003 - Fusível F 14 de 50A F004 - Fusível F 03 de 7,5A F005 - Fusível F 18 de 15A

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RENAULT MEGANE 1.9 DCI Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) (1999/2000)


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SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas

ESQUEMA ELÉCTRICO Tipo de Dispositivo ECU de gestão do motor - Alimentação relé principal ECU de gestão do motor - Alimentação da chave ECU de gestão do motor - Massa n.º 1 ECU de gestão do motor - Massa n.º 2 ECU de gestão do motor - Massa n.º 3 Ligação quadro instrumentos - Sinal 2 Ligação quadro instrumentos - Sinal 3 Ligação quadro instrumentos - Sinal 4 Ligação quadro instrumentos - Sinal velocidade Ligação quadro instrumentos - Luz avisadora velas Ligação à climatização - Sinal n.º 1 Ligação à climatização - Sinal n.º 2 Ligação ao sistema imobilizador - Sinal Injector cilindro 1 - Ligação Pin 1 Injector cilindro 1 - Ligação Pin 2 Injector cilindro 2 - Ligação Pin 1 Injector cilindro 2 - Ligação Pin 2 Injector cilindro 3 - Ligação Pin 1 Injector cilindro 3 - Ligação Pin 2 Injector cilindro 4 - Ligação Pin 1 Injector cilindro 4 - Ligação Pin 2 Electroválvula EGR - Alimentação relé principal Electroválvula EGR - Activação negativa Electroválvula reguladora bomba - Alimentação relé Electroválvula reguladora bomba - Activação negativa Electroválvula sobrealimentação - Alimentação relé Electroválvula sobrealimentação - Activação negativa Interruptor luzes stop - Alimentação da chave Interruptor luzes stop - Sinal contacto N.C. Interruptor da embraiagem - Sinal Módulo pré-aquecimento - Sinal 1 Módulo pré-aquecimento - sinal 2 Tomada de diagnóstico - Ligação ao Pin 15 Tomada de diagnóstico - Ligação ao Pin 7 Tomada de diagnóstico - Sinal linha CAN (H) Tomada de diagnóstico - Sinal linha CAN (L) Pressostato climatização - Sinal Relé corte climatização - Alimentação relé principal Relé corte climatização - Activação negativa Relé bomba gasóleo - Activação negativa Relé bomba gasóleo - Alimentação relé Relé principal - Alimentação da ECU Relé principal - Activação negativa

Pin Out B24/36 B29 B35 B47 B48 A21 A23 A28 A29 A7 A2 A31 A15 C36 C12 C35 C47 C23 C24 C58 C11 B24/36 B12 B24/36 B11 B24/36 B23 B29 A22 A13 B26 B27 A20 A19 A26 A25 B38 B24/36 A30 C1 B24/36 B24/36 B40

cambota, que dá origem ao sinal, esteja empenada, entrando em contacto com o sensor. Neste caso, são visíveis no sensor riscos ou falhas provocados pelos impactos que o destruíram. De qualquer modo, para tirar todas as dúvidas, as ligações do sensor à unidade de gestão do motor também devem ser testadas convenientemente. Dificuldade de pegar a quente Nos casos de arranque a quente problemático, o diagnóstico deve começar pela alimentação da unidade central de gestão do motor. Antes de iniciar os testes com o aparelho de diagnóstico, é recomendável efectuar uma verificação visual das cablagens de alimentação dos diversos dispositivos eléctricos/electrónicos, pois, se existirem cabos inadequados, há uma grande probabilidade de a origem do problema estar aí. O código de cores dos cabos (vermelho, laranja e rosa: alimentação positiva; negro, castanho, etc.: massa) e o respectivo diâmetro devem corresponder às especificações originais, para que todos os sistemas possam funcionar convenientemente. Se, no curso de reparações anteriores ou durante a montagem de acessórios, as cablagens foram modificadas para especificações inferiores ao equipamento original, a instalação do carro funciona incorrectamente e está sob o risco de sofrer graves avarias ou acidentes. Para verificar as tensões de

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RENAULT MEGANE 1.9 DCI Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) (1999/2000)

Relé arrefecimento motor (alta velocidade) - Alimentação do relé da injecção Relé arrefecimento motor (alta velocidade) - Activação negativa Relé arrefecimento motor (baixa velocidade) - Alimentação do relé da injecção Relé arrefecimento motor (baixa velocidade) - Activação negativa Relé aquecimento adicional 1.º nível - Alimentação Relé aquecimento adicional 1.º nível - Activação neg. Relé aquecimento adicional 2.º nível - Alimentação Relé aquecimento adicional 2.º nível - Activação neg. Sensor de rpm - Sinal em arranque Sensor de rpm - Sinal em marcha Sensor de fase (efeito Hall) - Alimentação relé Sensor de fase (efeito Hall) - Massa de referência Sensor de fase (efeito Hall) - Sinal Sensor posição acelerador - Alimentação pista 1 Sensor posição acelerador - Alimentação pista 2

B24/36 B38 B24/36 C13 B24/36 C45 B24/36 C41 B31/32 B31/32 B24/36 C3 C46 A5 A17

Sensor posição acelerador - Massa referência pista 1 Sensor posição acelerador - Massa referência pista 2 Sensor posição acelerador - Sinal pista 1 Sensor posição acelerador - Sinal pista 2 Sensor pressão ar admissão - Alimentação referência Sensor pressão ar admissão - Alimentação Sensor pressão ar admissão - Massa referência Sensor pressão ar admissão - Sinal Sensor pressão atmosférica - Alimentação Sensor pressão atmosférica - Massa de referência Sensor pressão atmosférica - Sinal Sensor pressão gasóleo - Alimentação Sensor pressão gasóleo - Massa de referência Sensor pressão gasóleo - Sinal Sensor temperatura ar admissão - Massa de referência Sensor temperatura ar admissão - Sinal Sensor temperatura do motor - Massa de referência Sensor temperatura do motor - Sinal

A18 A16 A3 A6 B19 B24/36 C25 B44 B21 37 B3 B20 B4 C26 C25 B28 B5 B34


SUPTEC - Renault Megane (1,2,3):Jornal das Oficinas

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Colaboração: COLECCIONÁVEL

Nº 33 Agosto 2008

BOLETIM TÉCNICO

MOTOR NÃO ARRANCA Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) Interruptor luzes de stop - Sinal de contacto N.C. A22 Sensor posição acelerador - Alimentação pista n.º 1 A5 Sensor de pressão do gasóleo - Alimentação B20 Sensor de pressão atmosférica - Alimentação B21 ECU do motor - Alimentação do relé principal B24/36 Relé principal - Alimentação para a ECU B24/36 Relé de arrefecimento do motor (Baixa velocidade) Alimentação do relé de injecção B24/36 ECU do motor - Alimentação da chave B29 Interruptor luzes stop - Alimentação da chave B29 Sensor da temperatura do ar de admissão - Sinal B28 Sensor da temperatura do motor - Sinal B34 *Importante: Todos os testes referem-se à massa da bateria

DIFICULDADE DE ARRANQUE A QUENTE Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) Interruptor luzes de stop - Sinal de contacto N.C. A22 Sensor posição acelerador - Sinal pista n.º 1 A5 Sensor de pressão do gasóleo - Alimentação B20 Sensor de pressão atmosférica - Alimentação B21 ECU do motor - Alimentação do relé principal B24/36 Relé principal - Alimentação para a ECU do motor B24/36 Relé de arrefecimento do motor (Baixa velocidade) Alimentação do relé de injecção B24/36 ECU do motor - Alimentação da chave B29 Interruptor luzes de stop - Alimentação da chave B29 Sensor da temperatura motor - Sinal B34 *Importante: Todos os testes referem-se à massa da bateria

Figura 1

DIFICULDADE DE ARRANQUE A FRIO Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) Interruptor luzes de stop - Sinal de contacto N.C. A22 Sensor posição acelerador - Alimentação pista n.º 1 A5 Sensor de pressão do gasóleo - Alimentação B20 Sensor de pressão atmosférica - Alimentação B21 ECU do motor - Alimentação do relé principal B24/36 Relé principal - Alimentação para a ECU motor B24/36 ECU do motor - Alimentação da chave B29 Interruptor luzes de stop - Alimentação da chave B29 Sensor da temperatura do motor - Sinal B34 *Importante: Todos os testes referem-se à massa da bateria O sinal foi obtido com o osciloscópio em função automática

CONSUMO ELEVADO DE COMBUSTÍVEL Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) Sensor da temperatura do ar de admissão - Sinal B28 Sensor de temperatura do motor - Sinal B34 *Importante: Todos os testes referem-se à massa da bateria

alimentação (12V), o melhor sistema é ligar o terminal negativo do osciloscópio digital ao borne negativo da bateria, percorrendo com o terminal positivo os pontos dos circuitos de alimentação que se pretendem testar. As quedas eventuais de tensão revelam os pontos em que a alimentação falha, perturbando o funcionamento dos processadores electrónicos. Dificuldade de pegar a frio Excluindo os problemas de alimentação de gasóleo e de injecção, que são rapidamente referenciados pela luz avisadora de avarias do quadro de instrumentos, a grande maioria dos problemas de arranque a frio estão relacionados com o sensor de regime do motor (rpm). Com efeito, a falta de sinal ou o sinal incorrecto deste sensor, impede que a unidade de gestão do motor regule todos os outros parâmetros de funcionamento do motor correctamente, gerando problemas de arranque a frio ou mesmo a paragem do motor. Como já vimos no início deste artigo, há inúmeras causas para que o sinal do sensor não cumpra os requisitos, começando pelas anomalias do próprio sensor. Existem casos em que o sensor tem especificações de

polaridade e de distância ao rotor que gera o sinal que têm que ser respeitadas. Depois de verificar a conformidade das linhas de alimentação e de sinal do sensor, bem como da resistência interna do próprio sensor, há que ter em conta o padrão do próprio sinal no oscilograma do aparelho de diagnóstico. Na realidade, os picos de tensão do sensor obedecem a um padrão definido pelo fabricante, que respeita as polaridades, devendo o primeiro pico de tensão ser positivo. Consumo excessivo de combustível Das inúmeras causas possíveis para este tipo de problema, os técnicos de diagnóstico da Texa recomendam que se preste especial atenção ao sensor de temperatura do ar de admissão e à perfeita vedação da conduta de admissão de ar para o motor. O sinal da Fig. 1 foi obtido com o osciloscópio em função automática, que analisa a variação de tensão no tempo. Na figura é possível ver claramente os pontos de anomalia (A), originados por micro rupturas no diafragma cerâmico do sensor de temperatura do ar. Por outro lado, a unidade de controlo do motor não consegue determinar correctamente a entrada de ar infiltrado no sistema de admissão (a não ser indirectamente e de forma teórica), pois escapa à medição inicial dos sensores de massa de ar e de temperatura. Sem parâmetros correctos, a ECU falha na afinação da mistura óptima, causando excesso de consumo de combustível. Eis os principais pontos que devem ser controlados: • Ligação entre o colector de admissão e o ponto em que estão montados os sensores de massa de ar e de pressão do ar; • Ligação entre o regulador da pressão de gasóleo e o colector de admissão; • Ligações de vácuo ao servo-freio; • Tubagem e guarnições da válvula e do actuador de ralenti. • As infiltrações de ar marginais na admissão pode aumentar as emissões de CO2 em cerca de 4%. Deste modo, constitui boa prática profissional substituir sempre as peças e tubos d ligados à admissão por sistemas originais, com fixações e ligações especificadas pelo fabricante do veículo.

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SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas

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SERVIÇO

Disposição dos rolamentos cónicos A folga e a pré-carga que existe num par de rolamentos cónicos é determinante para a performance. Se os rolamentos estiverem incorrectamente montados, ficarão rapidamente deteriorados, afectando os vedantes, componentes de travagem e os pneus. PASSO 2

Além disso, os ângulos da geometria original da suspensão e direcção do veículo ficam alterados, com reflexos negativos na segurança de condução, desgaste dos pneus e consumo de combustível. É por essas razões que a Timken recomenda a montagem de pares de rolamentos cónicos sempre na disposição especificada na origem, a fim de evitar todas as potenciais incidências derivada de uma montagem incorrecta. Veículos ligeiros, rodas sem tracção Existem várias formas de montar rolamentos cónicos, sendo algumas mais frequentes do que outras. Um dos sistemas mais populares consiste em montar os rolamentos com uma tampa estampada, uma porca hexagonal, que enrosca no eixo, anilha e um pino de segurança (Fig. 1). Esta montagem é típica nas rodas dianteiras dos ligeiros de passageiros, com tracção posterior. A afinação deste tipo de montagem processa-se nos seguintes passos: PASSO 1

Aperta-se a porca do cubo, enquanto se roda o disco com a outra mão. Quanto se sentir uma ligeira prisão no cubo, as peças do rolamento estão correctamente ajustadas. PASSO 2

Neste ponto, roda-se a porca entre 1/6 e 1/4 de volta para trás (no sentido de desa-

Aliviar a porca cerca de 1/6 a 1/4 de volta, ou o que for necessário, a fim de se obter uma folga no rolamento de 0,025 mm a 0,180 mm. Atenção: se não for dada a folga correcta ao rolamento, este aquece e deteriora-se, podendo causar a prisão ou a ruptura da roda, em casos extremos. PASSO 3

Apertar a contraporca, de modo a que a porca do cubo não se possa desapertar.

pertar), ou o que for necessário, até se atingir uma folga de 0,025 mm a 0,180. Atenção: se a porca não for aliviada, a folga torna-se insuficiente e o rolamento começa a aquecer, deteriorando-se. Em casos extremos, a roda pode bloquear ou mesmo soltar-se do eixo, gerando uma situação de alto risco.

Suspensões traseiras independentes Neste sistema, são usadas porcas de superfície endurecida, anilhas de contraporcas, sendo vulgarmente encontrado em carros eixos posteriores flutuantes, surgindo também nas rodas da frente de certas aplicações (Fig. 2). A afinação deste sistema processa-se da seguinte forma:

PASSO 3

PASSO 1

Coloca-se a tampa de chapa estampada sobre a porca e instala-se o pino de segurança, que impede a porca de se desapertar.

Apertar a porca do cubo, rodando o disco do travão com a outra mão. Quando se sente uma ligeira prisão, as peças estão correctamente ajustadas no cubo.

Advertência O serviço de substituição de rolamentos de roda é um trabalho de elevada responsabilidade, porque as avarias nos rolamentos de roda criam situações de alto risco para os ocupantes da viatura e para a circulação rodoviária. As instruções e especificações do construtor devem ser rigorosamente respeitadas durante as operações de montagem dos rolamentos. Por outro lado, a lubrificação incorrecta e a folga dos rolamentos mal afinada são as duas principais causas de avaria nos rolamentos de roda, exigindo o cumprimento das instruções de montagem do construtor e da própria Timken, que fornece rolamentos de substituição. Nunca fazer girar um rolamento com um jacto de ar comprimido, pois os rolos podem ficar soltos e provocar a avaria do rolamento, com as consequências habituais. Em caso de dúvida, consultar o site da marca em www. timken. com.

Figura 1

Figura 2

Um dos sistemas mais populares consiste em montar os rolamentos com uma tampa estampada, uma porca hexagonal, que enrosca no eixo, anilha e um pino de segurança.

Nas suspensões traseiras independentes, são usadas porcas de superfície endurecida, anilhas de contraporcas, sendo vulgarmente encontrado em carros de eixos posteriores flutuantes.

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INFORMAÇÃO Fiat Punto (188) 1.9TÉCNICA JTD (Euro 3) PARA OFICINAS


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MECÂNICA PRÁTICA

A Montagem da cabeça do motor Grande parte das falhas de motor nos veículos resulta de danos na cabeça de motor ou nos seus componentes. A montagem de uma nova cabeça é uma operação para especialista e tem uma série de procedimentos que é necessário cumprir para se obter um trabalho de qualidade. A seguir às avarias eléctricas, que ocupam o “top“ de paragens na berma da estrada, as avarias mecânicas também são frequentes, acabando por ser a junta da cabeça o “fusível“ do motor, evitando que fique completamente destruído, devido a falhas de alimentação, lubrificação, arrefecimento, distribuição, etc. Muitos dos condutores das novas gerações, com uma formação técnica epidérmica e teórica, encaram o seu veículo mais como um dos componentes do seu “look“ do que propriamente como uma estrutura tecnológica com regras, limites e exigências. Falhas na manutenção dos filtros e dos fluidos são frequentes, enquanto que os excessos nos regimes, na carga e em todo tipo de solicitações, encurtam drasticamente os períodos de revisão dos diversos consumíveis e afinações do motor. Por outro lado, a precisão da moderna engenharia, os materiais utilizados e a actual gestão electrónica, bem como os custos da recuperação de cabeças de motor danificadas, desaconselham quaisquer improvisos e meias soluções na reparação de motores. Peças de origem ou qualidade equivalente são requeridas para uma reparação idónea e garantida, nos moldes em que a legislação o define. Procedimentos para uma montagem correcta Embora o profissional competente saiba como proceder adequadamente, soando muitas vezes os conselhos técnicos como um ensinar o “Padre Nosso ao Vigário“, a montagem das cabeças de motor envolve uma quantidade de detalhes de importância crítica, de tal maneira vasta, que vale a pena e compensa recapitular tudo desde o início, mais uma vez. A escolha da peça e respectivos acessórios (juntas, parafusos, válvulas, sedes e tudo o que se revelar necessário) tem que ser criteriosa e segura. Produtos homologados pelas marcas e certificados por critérios reconhecidos mundialmente são os requeridos. Para além das peças originais existem outras de qualidade e com garantia total, podendo apresentar vantagens de custo. De qualquer modo, o material, desenho e medidas têm que estar rigorosamente ajustados. Todos os componentes responsáveis pela avaria ou que revelem desgaste acentuado (bombas de alimentação, refrigeração e lubrificação, tubagens e mangueiras, abraçadeiras e parafusos, fluidos, etc.) devem ser igualmente substituídos, como é lógico. Para além de verificar a conformidade da cabeça e dos outros componentes necessários, o mecânico deve zelar pelo seu correcto acondicionamento e protecção durante o transporte. Já na oficina, é da máxima conveniência assegurar os seguintes procedimentos: - Manusear a peça de forma evitar que a cabeça caia ao chão (o que pode inutilizá-la definitivamente), que fique apoiada pelas extremidades ou pelo centro apenas, que sofra pancadas, riscos ou aquecimentos indevidos, bem

como, que fique contaminada por sujidades, aparas metálicas ou quaisquer outros detritos; - Antes de iniciar a montagem, verificar novamente o estado de perfeita limpeza da peça, aferindo novamente o desempeno da mesma e a ausência de danos; - Verificar igualmente a completa limpeza e perfeito desempeno da parte superior do bloco, bem como a desobstrução de todas as passagens e a existência depósitos, carbonizações e outras ameaças, devendo os roscados onde se apertam os parafusos da cabeça estar completamente limpos e lubrificados com óleo de fluidez adequada; o sistema de arrefecimento deve ser purgado e o fluido totalmente substituído e compatível com os materiais da cabeça e da junta, de forma a evitar oxidações, depósitos e congelamentos; desaconselha-se o uso de água corrente na refrigeração, pois contém calcário e outros poluentes; - Verificar os suportes e apoios do motor, pois o seu mau

estado ou desgaste pode ser a causa de vibrações excessivas, o que irá interferir negativamente com os sistemas de arrefecimento e de alimentação, provocando cavitações, para além de prejudicar, igualmente, a lubrificação; - Verificar o correcto posicionamento do motor, de modo a que depois da montagem de todos acessórios reproduza exactamente a sua configuração original; - Rejeitar juntas, parafusos e outros acessórios usados, pois não oferecem quaisquer garantias; devem ser preferidos os kits de reparação completos, que já incluem juntas e novos parafusos, produzidos com material adequado aos binários de aperto requeridos; - Ao colocar a cabeça no bloco, evitar que fique pousada numa das extremidades, devendo o encaixe ser homogéneo; - O aperto da cabeça deve seguir exactamente a ordem e os valores recomendados pelo fabricante do veículo, sendo obrigatório utilizar uma ferramenta recomendada (chave com dinamómetro e aperto angular); os fabricantes de peças também fornecem os dados necessários a uma montagem correcta (manuais e instruções), enquadrando-se nos novos conceitos de serviço ao cliente; devem ser absolutamente evitadas as ferramentas pneumáticas; - Depois da montagem da cabeça e de outros acessórios, colocar o motor em marcha para verificar a existência de eventuais fugas e outras anomalias. - Se tudo estiver em ordem, verificar o rendimento do motor através de equipamento de diagnóstico, banco de potência e/ou teste de estrada.

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SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas

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Montagem passo a passo Para se obter uma montagem da cabeça do motor metódica e recomendável, pressupõe-se que a desmontagem foi igualmente criteriosa e sequencial. Há alguns passos essenciais para uma correcta desmontagem, pelo que passamos a enumerá-los: - O motor deve estar frio antes de iniciar a desmontagem da cabeça; - Eliminar a pressão do sistema de refrigeração ou iniciar mesmo a sua purga; a análise do fluido poderá revelar fugas de óleo internas ou pela junta da cabeça; - Desmontar todos os componentes que estão ligados à cabeça, seguindo a ordem recomendada pelo construtor; • É indispensável que os parafusos de e fixação da cabeça ao bloco motor sejam desapertados progressivamente e pela ordem inversa (ou decrescente) da que é usada na sua montagem (Ver Fig. 1); isto pode permitir o aproveitamento de uma cabeça que ainda se apresente em boas condições, evitando que ela se deforme ou danifique; por outro lado, mesmo que os parafusos sejam para descartar, o seu desaperto uniforme evita que eles se torçam, podendo danificar as roscas do bloco; • É obrigatório limpar completamente a parte superior do bloco, utilizando dissolvente e qualquer material macio, para evitar riscos e outros danos na superfície superior do

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Fiat Punto CABEÇAS (188)DE 1.9MOTOR JTD (Euro 3)

bloco; todos os vestígios de oxidação, carvão e outros depósitos devem ser eliminados; por outro lado, a face superior do bloco não pode apresentar qualquer empeno superior a 0,05 mm, sob pena de ter que ser rectificada (Ver Fig. 2); • Mesmo que a cabeça do motor possa ser reaproveitada, a sua junta tem que ser obrigatoriamente substituída, pois não consegue recuperar a sua espessura original (Ver Fig. 3); o desenho e a espessura da junta de substituição tem que ser exactamente igual à original, excepto se o bloco for maquinado, situação em que terá de apresentar uma espessura superior, suficiente para compensar o desnível criado; a distância da cabeça das válvulas e a parte superior dos êmbolos tem que ser igual à que existe na origem, utilizando sempre como referência o pistão mais saliente; a maioria das juntas de qualidade são fabricadas em pelo menos 3 espessuras por cada referência, para este efeito, podendo ser identificadas por diferentes recortes praticados na sua periferia; • Ao mudar a junta da cabeça há toda a conveniência em substituir também as válvulas, pois as válvulas e sedes esmeriladas alteram a relação de compressão nas câmaras de combustão, podendo desafinar o motor e perturbar o seu funcionamento; • A junta da cabeça tem que ser colocada com a inscrição OBEN/TOP para o lado de cima, sendo totalmente de-

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MECÂNICA PRÁTICA

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saconselhado aplicar óleo ou vedantes sobre a junta (Ver Fig. 4) exceptuam-se as situações em que já existem vedantes aplicados na superfície da junta durante a sua produção; • Da máxima importância para os motores diesel, maioritários na Europa continental e mais ainda em Portugal, é a montagem das pré-câmaras, devendo ser respeitados escrupulosamente os respectivos encaixes, existindo marcas de orientação em cada uma; outro factor crítico é a altura a que a pré-câmara tem que ficar em relação ao plano da junta, oscilando geralmente entre 0 e 0,4 mm sobre o mesmo (Ver Fig. 5);

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• Nos motores diesel, a folga entre as cabeças das válvulas e os pistões é geralmente mínima, sendo necessário um rigoroso ajuste dessa folga para evitar ulteriores graves danos no motor; • Tal como a superfície do bloco, a cabeça do motor não pode apresentar empenos superiores a 0,05 mm na face de contacto com a junta, sob a pena de poder provocar fugas de compressão e de fluidos (Ver Fig. 6);

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• Os furos roscados do bloco têm que estar perfeitamente limpos e lubrificados, para haver correspondência nos binários de aperto; qualquer omissão neste capítulo terá como consequência danos nos parafusos, na cabeça e no próprio bloco, podendo inclusive verificar-se rupturas; • Se bem que é aconselhável mudar sempre os parafusos da cabeça que foram desapertados, esta medida é obrigatória nos parafusos de aperto angular, pois estiram-se permanentemente; é também da maior conveniência olear não somente as roscas antes do aperto, mas ainda a parte inferior da cabeça dos parafusos, para reduzir o seu atrito na superfície de contacto com a cabeça do motor (Ver Fig. 7); • Ao apertar a cabeça, é sempre obrigatório respeitar a ordem e os valores de aperto progressivos para obter a máxima união entre todas as superfícies, única garantia de completa estanquecidade das câmaras de combustão (Ver Fig. 8). Após apertar a cabeça do motor, alguns outros passos de grande importância são necessários para a correcta montagem das válvulas e da árvore de cames.

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• Tal como em qualquer outra operação mecânica, a perfeita limpeza e lubrificação de todas as peças assegura um trabalho de qualidade e resultados garantidos; • As pontes dos apoios da árvore de cames estão habitualmente numeradas e possuem setas de orientação, tendo como referência a poleia de comando (Ver Fig. 9);

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• Tanto a ordem de montagem das pontes como a sequência e número de apertos dos parafusos ou porcas é obrigatória, para evitar a inutilização da árvore de cames, bem como os respectivos apoios ou rolamentos (Ver Fig. 10); Os parafusos e porcas devem ser apertados de forma progressiva, em etapas sucessivas, até atingir as voltas estabelecidas. • para evitar as fugas de óleo é necessário utilizar os produtos recomendados nos vedantes da árvore de cames e respectivos parafusos de aperto (Ver Fig. 11); • Na montagem das válvulas de comando mecânico por touches é geralmente necessário usar pastilhas de afinação, sendo desnecessário fazê-lo nos motores de touches hidráulicas, que operam em auto afinação permanentemente (Ver. Fig. 12).

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SUPTEC -

Octavia (8):Jornal das Oficinas

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SUPLEMENTO TÉCNICO

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SERVIÇO

Substituição das correias do motor

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Skoda Octavia 1.9 TDI O táxi que serviu de modelo para esta reparação já contava com 286.000 km e apresentava-se em muito bom estado. Foi claramente um caso em que o condutor seguiu o esquema de revisões recomendado pela marca Skoda, que implica a mudança da correia da distribuição a cada 96.000 km. Isto é válido para os motores cujos códigos correspondam a AGR, AHF, ALH e ASV. Para realizar a substituição da correia da distribuição, é necessário desmontar várias peças da parte inferior do veículo, mas a maior parte pode ser desmontada com a viatura no chão, pelo que um elevador de duas colunas e um macaco com rodas é todo o equipamento de elevação necessário. Como acontece em muitos sistemas de distribuição, torna-se necessário um pino de sincronização e um jogo de montagem para a árvore de cames, que estão disponíveis no mercado de pós-venda de todo o mundo, tendo em conta a rentabilidade que proporcionam. Para começar, com o carro no chão, retirase a tampa do motor, para facilitar o acesso. Desliga-se o tubo que vai da válvula EGR ao sensor de massa de ar e aliviam-se os grampos que fixam a tampa da parte superior da protecção frontal da correia, retirando-a. Desapertam-se as porcas da roda exterior da frente e levanta-se o carro até à altura de trabalho, retirando a roda. Levantando um pouco mais o carro, retira-se a protecção inferior do motor, o braço da suspensão do lado de fora e a placa de protecção lateral do motor. O tubo de plástico do intercooler também deve ser retirado debaixo da longarina. Com uma visão e acesso desafogados (Fig. 1), o tensor auxiliar pode ser rodado no sentido dos ponteiros do relógio, a fim de aliviar a tensão da correia usada e poder retirá-la. Há um dispositivo que permite fixar o tensor na posição comprimida (Fig.2), mas não é 100% indispensável. Desapertam-se os 4 parafusos de cabeça Allen que fixam O amortecedor de vibrações, de forma a ficar visível a tampa inferior da correia, que é composta de 2 peças, sendo necessário desapertar os respectivos parafusos (Fig. 3). Mesmo sem os parafusos, a tampa da correia ainda não sai, porque existe um parafuso com cabeça de 10mm, sob o apoio do motor, que será retirado mais tarde. Aliviar em seguida os dois parafusos do suporte do motor, sem ainda os retirar, neste ponto. Baixando o veículo para o chão ou para uma altura de trabalho confortável, desapertam e retira-se o tensor da correia de acessórios. Agora, já é possível retirar o parafuso da tampa da correia de distribuição, que está em baixo do apoio do motor, podendo-se retirar também as tampas, pelo lado de baixo. Segura-se o motor com um macaco de rodas, utilizando um bocado de madeira adequado, para proteger o cárter. Desliga-se a ficha do nível de refrigerante do motor do reservatório de expansão e desaperta-se este, assim como o reservatório do fluido da direcção assistida. Não é necessário esvaziar ou retirar os tubos, porque é possível desviá-lo, de modo a ter acesso ao apoio do motor. Desaperta-se e retirar-se o pequeno suporte que liga o apoio

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SUBSTITUIÇÃO Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) DAS CORREIAS DO MOTOR

do motor à carroçaria. De seguida, desapertam-se os quatro parafusos que fixam o apoio do motor, de forma a retirá-lo. Levanta-se o motor com o macaco, com precaução, a fim de não esticar os fios ou tubos, para chegar ao restante suporte do motor no bloco e retirá-lo Os dois parafusos anteriormente desapertados podem ser retirados e o suporte do motor desmontado. A melhor maneira de o tirar consiste em rodá-lo para a traseira do veículo e puxá-lo para baixo, com cuidado, até se afastar do motor (este trabalho pode parecer um pouco com um puzzle chinês…). Na parte de cima da caixa de velocidades, existe uma ficha de ligação à marca do volante para o PMS, que tem que ser retirada. Continuando, faz-se rodar a cambota, utilizando o parafuso central da polia, até que o pino da bomba de injecção (FIP) possa ser introduzido (Fig. 4). Verificar se as marcas do volante ficaram alinhadas (Fig. 5). Não é necessário que as marcas estejam exactamente alinhadas, porque isso pode ser corrigido mais tarde. Retirar a bomba de vácuo e a tampa da árvore de cames, para montar a ferramenta de sincronização desta e verificar se está sincronizada. Se também houver pequenas diferenças, isso será afinado posteriormente. Aliviar os três parafusos da bomba de combustível (FIP) e substituí-los (Fig. 6). Usando uma ferramenta dentada de fixação, alivie o parafuso da árvore de cames, após retirar o aparelho de controlo de fase, para não o danificar. A polia está presa com um troço cónico, mas existe um furo apropriado na tampa da correia, de modo a permitir chegar a ele por detrás, sem danificar os dentes da polia. Aliviar a porca e retirar o tensor automático. Desmonta-se, então, a correia das várias polias e descarta-se. Neste caso concreto, a correia não tinha danos visíveis, mas estava envelhecida e ressequida. Desapertar as restantes 3 polias soltas e inspeccionar cuidadosamente todo o cárter da correia, para detectar eventuais problemas (fugas de óleo, rolamento da bomba de água com folga ou resíduos da correia depositados em cavidades, etc.). Um jacto de ar comprimido deixa o motor pronto para receber as polias soltas novas e o novo tensor (Fig. 7). Há uma lingueta metálica de retenção atrás do tensor automático, que tem que ficar alojada num encaixe do bloco motor (Fig. 8) Comandar a árvore de cames, com a ferramenta de comando de fase montado na abertura do veio de accionamento da bomba de vácuo, na parte de trás da árvores de cames, usando um apalpa folgas, a fim de garantir uma ligeira folga de cada lado, entre a ferramenta e a cabeça do motor. Verificar e corrigir a posição da marca de fase do volante motor (apenas pequenas correcções, sem tentar ro-

dar o motor, enquanto a correia está desmontada). Certificar-se de que o pino da bomba de gasóleo (FIP) ainda está na mesma posição. Apertar à mão os parafusos da polia da árvore de cames, sem rodar o veio, de modo que possa ainda rodar, mas não se mexa. Pode parecer mais fácil desviar o tensor do seu local de encaixe (Fig.8), ao ensaiar a nova correia na polia, mas é necessário certificar-se de que a lingueta do tensor fica no sítio certo, ao puxálo novamente para o bloco motor. Enfiar a nova correia, cuidadosamente, em todas as polias. A seguir, usando uma ferramenta de dois bicos (Fig. 9), rodar o tensor automático no sentido dos ponteiros do relógio, até as marcas do tensor ficarem alinhadas (Fig.10), apertando provisoriamente a porca. Se ultrapassarmos o ponto de alinhamento, é preciso voltar a rodar o tensor ao contrário e começar a alinhar outra vez. Conferir a posição de alinhamento do volante motor e da árvore de cames e apertar a polia desta a 45 Nm, usando uma ferramenta dentada para imobilizar a polia, depois de já ter desmontado o aparelho de alinhamento. Apertar igualmente os três novos parafusos da bomba de gasóleo (FIP), até 20 Nm. Quando o alinhamento estiver perfeito, o aperto final angular destes parafusos é de 90 º. O pino de imobilização da bomba já pode ser retirado e convém montar o amortecedor de vibrações, para imobilizar a correia na polia da cambota. Rodar, então, o motor duas voltas completas, até o pino da bomba (FIP) ficar alinhado, verificando ao mesmo tempo as marcas de sincronização do volante, bem como se a ferramenta de sincronização da árvore de cames ainda está nivelada e as marcas do tensor juntas. Se tal suceder, o motor está sincronizado em fase e os componentes podem ser apertados definitivamente. Caso exista algum desvio nos quatro pontos de sincronização, é preciso recomeçar todo o processo novamente, até atingir o alinhamento correcto. Devido aos custos potenciais de uma reparação incorrecta, depois de apertar o parafuso da árvores de cames, os parafusos da bomba de gasóleo (FIP) e a porca do tensor, convém rodar a cambota mais duas voltas, voltando a verificar as marcas. Retirar o amortecedor de vibrações, que estava só apontado, e colocar com muito cuidado a porca do apoio do motor, a fim de não danificar a nova correia. Agora, já se podem montar as tampas da correia e fixar o amortecedor de vibrações a 10 Nm e um aperto angular final de 90º. As restantes peças e componentes podem então ser montados pela ordem inversa da sua desmontagem. Os dois parafusos verticais de fixação do suporte do apoio do motor devem ser substituídos e apertados a 40 Nm e 90º de aperto angular final.

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