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Jornal Independente da Manutenção e Reparação Automóvel

Director: João Vieira • Ano II • Mensal • 3 Euros

Nº 29 Abril 2008

Pós-venda automóvel segue tendência da economia geral para uma maior competitividade

O

Estandardização é chave para o sucesso

Italiana Corghi tem novo importador

A nova empresa Corcet, Lda., foi constituída com o objectivo de dar continuidade à saga “Corghi” em Portugal, assim como para garantir o serviço pós-venda dos equipamentos já instalados ao longo das várias décadas de presença desta marca no mercado português. Para desenvolver plenamente a sua actividade, a Corcet instalará a breve prazo dois amplos e bem equipados centros de formação de serviços relacionados com os equipamentos desta prestigiada marca, e contratará técnicos e comerciais experientes.

Sumário Página 04 Mercado: Compreender o BER

Página 28 Melhor Mecatrónico 2008

Página 38 Evento: Convenção Eurotyre

Página 46 Oficina do mês: Box Center

Página 63 Entrevista Alex Gelbcke

Página 68 Lubrificantes 100% Sintéticos

Página 74 Sistemas de arrefecimento

Distribuidor Autorizado

mundo do Pós-venda há muito que vem apostando na estandardização dos conceitos e práticas para romper com a inércia da sua actividade e se catapultar definitivamente para o sucesso dos seus negócios. O estar em grupo e seguir as mesmas regras é uma forma de estandardização, conceito que a União Europeia vem defendendo para a economia em geral, como um reduto para a maior inovação e competitividade. As redes de reparação, as centrais de compras e vendas, o pertencer a uma comunidade onde as regras são comuns para o bem de todos, a que se junta a necessidade de uniformização de conceitos de reparação acessíveis a todos, fazem parte de uma estandardização que a Europa quer cimentar para o florescimento da economia. "A estandardização pode dar um contributo importante ao desenvolvimento da política industrial sustentável, desbloquear o potencial de mercados inovadores e fortalecer a posição da economia Europeia através de uma capitalização mais eficiente da sua base de

conhecimento". Estas são as principais conclusões do comunicado da Comissão Europeia "no sentido de um contributo maior da estandardização à inovação na Europa", publicado em meados de Março. Identifica os mais importantes desafios encontrados, apresenta objectivos concretos para a estandardização e o uso de standards, e consolida esforços contínuos e medidas propostas a serem lançadas quer pelas partes interessadas como pela Comissão. O Vice Presidente da Comissão, Günter Verheugen, responsável pela política das empresas e indústria, referiu que "o sucesso do sistema de estandardização europeia na remoção de barreiras técnicas em prol do comércio, já desempenhou um papel vital na garantia da livre circulação de bens entre estados membros". Se transpormos este conceito para a realidade das micro economias e empresas, facilmente se percebe do valor acrescentado de se estar estandardizado para o sucesso do negócio nas mais diversificadas áreas, incluindo o Pósvenda automóvel. PUB

Confort Auto reúne em Alicante

A Confort Auto, rede ibérica de oficinas abandeiradas, com mais de 500 postos (mais de 50 centros em Portugal), celebrou a sua 1.ª Feira Internacional no passado dia 15 de Março, em Alicante, com uma participação superior a 1400 pessoas. O acto coincidiu com o décimo aniversário do nascimento da insígnia, uma das primeiras redes independentes de oficinas de mecânica automóvel. O primeiro certame desta feira de carácter bienal, contou ainda com a presença de 33 empresas fornecedoras.

Peças italianas equipam BMW

Cerca de 40% dos componentes de motor dos veículos BMW são comprados a fabricantes italianos, num volume de compras que, durante 2007, alcançou os 622 milhões de euros. O estudo publicado pelo jornal italiano "Il Sole 24 ore", revela que o elevado volume de componentes italianos para um dos mais prestigiados construtores alemães, é o espelho da crescente aposta num mercado que desde cedo investiu em componentes automóveis fiáveis.


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Jornal das Oficinas Abril 2008

MERCADO Compreender o BER

Editorial

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Comunicação com o cliente ma das principais ferramentas que a oficina dispõe para comunicar com os seus potenciais clientes é a publicidade. A oferta tem que ser explicada ao mercado, informando os clientes de todos os serviços, produtos e vantagens que a oficina pode proporcionar. O público em geral e todos os parceiros de negócio não devem ser ignorados, porque entre eles existe um potencial de divulgação que é necessário aproveitar da melhor forma. É preciso compreender que os restaurantes têm as suas ementas à porta, porque isso atrai clientes. Todo o comércio retalhista consegue atrair os seus clientes através das montras bem decoradas, onde sobressaem os artigos mais interessantes. A oficina não pode ignorar esta realidade, encontrando formas de expor aos potenciais interessados o melhor que tem para oferecer aos clientes. Quem não faz publicidade acaba por favorecer os concorrentes, oferecendo-lhes a oportunidade de contactar em primeiro lugar os clientes. Os meios de publicidade são vários, mas exigem alguma criatividade, para conseguir atrair novos clientes. Nos meios de comunicação social (jornais, revistas e rádio), não basta estar presente de uma forma anónima e passiva. É preciso introduzir um elemento de destaque ou de estímulo ao potencial cliente, que pode ser um serviço especial, uma oferta, descontos, etc.. Na própria oficina, pode ser realizada grande parte da publicidade, através de prospectos distribuídos, painéis informativos em locais visíveis ou espaços de exposição e convívio. A Internet também não pode ser descurada, porque já provou ao longo dos anos que se pode vender praticamente tudo através do computador (automóveis, pneus, acessórios, serviços, etc.). Para uma oficina actualizada, ter uma página ou site na Internet é tão importante como ter o nome na lista telefónica das Páginas Amarelas, porque existem já muitos potenciais clientes que navegam na web à procura das mais diversas informações, oportunidades e conveniências. João Vieira joao.vieira@apcomunicacao.com

Ficha Técnica

Que futuro para o Block Exemption? O factor determinante para o futuro do Pós-venda automóvel será o que a Comissão Europeia decidir fazer depois do Regulamento Block Exemption que expira já em 2010. O respectivo relatório da CE será apresentado em Maio deste ano, passando a constituir a base para futuras decisões sobre a legislação que substituirá o actual BER.

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Federação Europeia das associações nacionais de profissionais do sector automóvel, CECRA (European Council for Motor Trades and Repairs), sedeada em Bruxelas, representa associações de 27 países europeus e 13 federações de concessionários, que representam mais de 350 mil empresas, 120 mil concessionários e 230 mil reparadores independentes. Essas empresas empregam 2,8 milhões de colaboradores e representam um volume de negócios anual de € 800 mil milhões, dos quais € 90 mil milhões correspondem a peças de reposição. Além desta base de apoio, o CECRA representa ainda 110 mil revendedores de combustíveis, que empregam 440 mil pessoas e geram um volume anual de negócios aproximado de € 250 mil milhões, assim como 11.600 concessionários de motociclos, com 81.000 empregados e um volume de negócios de cerca de € 13,1 mil milhões anuais.

Estando no centro de decisões das políticas para a Europa, Bruxelas, o CECRA dispõe de uma posição e de um estatuto privilegiados para acompanhar todos os dossiers que dizem respeito à actividade dos seus associados. É por essa razão que agora vem recordar que a Comissão Europeia está a terminar o período de avaliação do BER (Block Exemption Regulation 1400/2002) para o sector automóvel. O respectivo relatório da CE será apresentado em Maio deste ano, passando a constituir a base para futuras decisões sobre a legislação que substituirá o actual BER, a partir de 2010. Para que todos os seus associados do Aftermarket europeu e a opinião pública em geral possam avaliar com justeza as matérias envolvidas nessas decisões, o CECRA divulgou no final de Janeiro algumas notas explicativas extremamente pertinentes, que passarão a servir de base para a discussão alargada que se pretende entre todos os interessados, consumidores, concessionários e reparadores.

DIRECTOR: João Vieira DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem CHEFE DE REDACÇÃO: João Vila PROPRIEDADE: AP Comunicação SEDE DE REDACÇÃO: Rua da Liberdade, 41 - 1º Esq. - Mucifal - 2705-231 COLARES Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com REDACÇÃO: Augusto Quelhas, Artur Rebelo, Fátima Rodrigues, António Lopes, Carla Ramos PRODUÇÃO GRÁFICA: Pedro Vieira, António Valente PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário Carmo E-mail: mario.carmo@apcomunicacao.com - Anabela Machado E-mail: anabela.machado@apcomunicacao.com IMPRESSÃO: Mirandela - Estrada Nacional 115, Km 80 - Santo Antão Tojal - 2660-161 Loures Telef: 21.012.97.00 PERIODICIDADE: Mensal ASSINATURA ANUAL: 34 Euros (12 números) Nº de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03 © COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do “Jornal das Oficinas”

Uma publicação da AP Comunicação

Quando acabar de ler este Jornal, por favor, coloque-o no Papelão para reciclagem


Jornal das Oficinas Abril 2008

MERCADO O que é realmente o BER? Através da promulgação do BER 1400/2002, a Comissão Europeia determina que tipos de contratos e entendimentos entre empresas podem ficar isentos da lei europeia que proíbe as práticas anti concorrenciais (Art. 81-3 do Tratado da União). Portanto, o BER aplica-se a contratos de distribuição selectiva ou exclusiva, no que se refere a vendas de carros novos, distribuição de peças e serviços de assistência automóvel, tanto nos países que integram a União Europeia, como nos países da EFTA (European Free Trade Association). Assim sendo, o grande e bem visto objectivo da legislação consiste em promover a concorrência no mercado automóvel, beneficiando o consumidor e protegendo-o contra os abusos da oferta condicionada. Isto traduz-se, por exemplo, na possibilidade do automobilista comprar o seu carro em qualquer país europeu, sem discriminações, bem como na obrigatoriedade da rede de assistência da marca ficar vinculada ao contrato de garantia da viatura, seja qual for o país onde o carro tiver sido adquirido Por outro lado, a isenção específica concedida ao sector reconhece as condições muito particulares da indústria do retalho automóvel, separando-o dos restantes sectores de actividade, cujo enquadramento geral de isenção está a cargo do Regulamento 2790/1999. Isso significa que o BER 1400/2002 toma em consideração os desequilíbrios entre os vários níveis da cadeia de distribuição automóvel e cria as bases para um mercado mais eficiente e competitivo. Porque é necessário o BER Para conseguir aumentar a competitividade na venda e na assistência a veículos, os sucessivos regulamentos BER mantiveram sempre o objectivo central de criar um enquadramento legal, capaz de introduzir mais equilíbrio entre os construtores de viaturas e os seus distribuidores oficiais, por um lado, e os retalhistas, reparadores e consumidores finais, por outro. Há, pois, o reconhecimento implícito de que o primeiro nível da distribuição automóvel condiciona negativamente a distribuição a retalho e os operadores independentes do mercado, sujeitando-os a condições que são lesivas da plena livre concorrência e dos interesses legítimos dos consumidores. Durante mais de 20 anos, os sucessivos BER para o sector automóvel defenderam e equilibraram a posição dos retalhistas, fortalecendo a concorrência e beneficiando os consumidores finais. Eis as principais razões de ser e reflexos positivos do BER na distribuição automóvel: • O BER defende as conveniências do consumidor. O automóvel desempenha

Para que os consumidores possam ter direito de livre opção a alternativas, os retalhistas e reparadores não podem estar dependentes da boa vontade e do poder de decisão arbitrário dos construtores, pelo que são necessárias medidas de protecção da independência dos operadores do mercado um papel social e económico muito importante, tendo um impacto profundo na vida das pessoas, no que se refere a mobilidade, segurança, impostos e ambiente. • O BER assegura a estabilidade necessária para promover o investimento. Os retalhistas e reparadores são obrigados a realizar grandes investimentos em infra-estruturas, equipamento, formação e ferramentas. • O sector automóvel não necessita de legislação proteccionista, mas de regras que promovam a concorrência. A legislação protectora, que funciona nos sectores de actividade com uma correcta integração vertical da cadeia de distribuição, não funciona no sector automóvel, porque existe um desequilíbrio de poder da oferta em relação à procura e tem padrões de distribuição e de ciclo de vida do produto com características muito particulares.

• O BER visa promover a diversificação da distribuição automóvel, para garantir a plena concorrência. A actual legislação reconhece o direito aos construtores - empresas multinacionais - o direito de estabelecer padrões de qualidade próprios. No entanto, os retalhistas e reparadores independentes, muitos dos quais são o PMEs, não têm acesso a esses padrões tecnológicos e necessitam de estar protegidos por regras oficialmente definidas. • O BER visa proporcionar maior independência aos retalhistas e reparadores. Para que os consumidores possam ter direito de livre opção a alternativas, os retalhistas e reparadores não podem estar dependentes da boa vontade e do poder de decisão arbitrário dos construtores, pelo que são necessárias medidas de protecção da independência dos operadores do mercado. • O BER promove a eficiência logística

A CE está a terminar o período de avaliação do BER para o sector automóvel. O respectivo relatório da CE será apresentado em Maio deste ano, passando a constituir a base para futuras decisões sobre a legislação que substituirá o actual BER, a partir de 2010

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e optimiza as vendas. As categorias de contratação vertical definidas pelo BER promove a eficiência da cadeia de distribuição automóvel, facilitando a coordenação entre construtores, importadores e retalhistas/reparadores. • O BER faz aumentar o nível de concorrência, em benefício do consumidor. A concorrência entre retalhistas da mesma marca e de marcas diferentes promove a qualidade de serviço e produz uma redução de preços. • O BER limita a capacidade dos fornecedores de veículos para iludir a concorrência efectiva, aumentando a capacidade de escolha do consumidor . Ao obrigar os construtores a divulgar a todos os agentes do mercado a informação técnica necessária à assistência de todos os veículos, o BER faculta ao consumidor a possibilidade de escolher a opção de preço e proximidade mais conveniente.

Renovar o BER faz todo o sentido Depois de ter entrado em vigor em Outubro de 2002, o BER 1400/2002 , o projecto foi alvo de uma avaliação intercalar do seu impacto no mercado, realizada pelos consultores da London Economics. Por seu turno, a CE vai levar a cabo a sua própria avaliação dos efeitos do BER, tornando público o respectivo relatório por alturas de Maio deste ano, cujas conclusões servirão de base à futura regulamentação do sector automóvel. Entretanto, a experiência prática do mercado e o relatório intercalar já realizado revelaram que a concorrência e a competição se desenvolveram dentro do sector. Desde que o BER está em vigor, e mais especialmente após a entrada em funcionamento do BER 1400/2002, o mercado interno comum progrediu bastante, face ao fragmentado sistema que prevalecia anteriormente. Tem-se verificado uma progressiva convergência dos preços dos veículos no consumidor e a competição tem vindo a intensificar-se de maneira evidente entre as empresas de vendas de carros novos, peças de substituição e serviços de pós-venda. Todos esperam que as conclusões da avaliação que está a ser realizada pela CE verifiquem este estado de coisas e as tendências positivas que se geraram no mercado. Desse modo, faz todo o sentido que o BER seja renovado, pelos benefícios que trouxe para a economia europeia e para os cidadãos consumidores. A continuidade do BER, com todos os aperfeiçoamentos julgados entretanto necessários, continuará a promover a inovação nos serviços de assistência e vendas de veículos, beneficiando o desenvolvimento do mercado interno, a economia e a qualidade de vida dos cidadãos motorizados e de todos em geral. PUB


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Jornal das Oficinas Abril 2008

NOTÍCIAS Corteco e Micronair unem forças

Com o objectivo de melhorar a sua qualidade de serviço e aumentar a presença no mecado Europeu, o Grupo Freudenberg decidiu unir as marcas Corteco e MicronAir combinando ambas actividades, que até agora se encontravam separadas. Corteco e MicronAir, irão começar uma parceria com uma marca comercial comum, aproveitando de uma forma muito mais eficaz as competências das duas organizações Freudenberg: a MicronAir como líder de mercado no fabrico de filtros de habitáculo para primeiro equipamento e a Corteco como distribuidora a nível Europeu de peças sobressalentes para automóveis. A unificação das actividades da MicronAir e da Corteco no mercado independente de peças, teve o seu início em 2007 na Alemanha, França, Benelux, Escandinávia e países da Europa Central e Oriental. No Reino Unido, Espanha e Portugal esta nova marca conjunta introduzir-se-á gradualmente, em estreita cooperação com os clientes MicronAir e Corteco, no decurso de 2008.

Honeywell CPG lança novo catálogo de fricção 08/09

A Honeywell Consumer Product Group (CPG) publicou o novo catálogo de material de fricção Bendix para travões de disco. O novo catálogo para 2008/2009 está disponível em seis idiomas para o mercado europeu, bem como para Turquia, Norte de África, América do Sul e Ásia. Neste catálogo constam todos os modelos de automóveis convencionais a partir de 1975. Este catálogo apresenta os seguintes produtos: Pastilhas de Travão, Discos de Travão e Avisadores de Desgaste, da marca Bendix. A Honeywell CPG realça o importante facto de estarem ilustradas cerca de 800 imagens em tamanho original de Pastilhas de Travão, o que auxilia e facilita o utilizador. Este catálogo de fricção, assim como o de hidráulica, estará muito em breve disponível também em CD-ROM, em formato PDF, e ambos traduzidos em inglês, francês, espanhol, português, italiano e turco.

CORRECÇÃO

Na entrevista de Marcel Kwakkel, Sales Manager da Koni, publicada na edição de Fevereiro do Jornal das Oficinas, foi referido que existe actualmente apenas um importador da marca Koni para Portugal. A informação não está correcta, uma vez que a Koni tem actualmente dois distribuidores exclusivos para Portugal. A empresa ECV representa e distribui somente amortecedores para a área de ligeiros, enquanto a Nasacar representa e comercializa todas as outras áreas onde a Koni está envolvida, nomeadamente amortecedores para camiões, autocarros, atrelados e ferroviário. A Nasacar também desenvolve e projecta hidráulicos em parceria com a Koni B.V. para pontes e barragens.

Sonicel distribui nova gama de baterias PowerCell e Sportcar A Sonicel é o distribuidor exclusivo para Portugal da nova gama de Baterias PowerCell e Sportcar fabricadas com a tecnologia cálcio, que não requerem manutenção. Esta nova gama de baterias, vai ao encontro da estratégia da Sonicel em apostar fortemente na inovação, tecnologia, e desempenho. A tecnologia de construção das baterias PowerCell e Sportcar baseia-se em armaduras de banda muito fina, que permitem a obtenção de placas de pouca espessura e de grande superfície, favorecendo a produção de energia eléctrica. Esta característica permite às baterias PowerCell e Sportcar um rendimento 50% superior de uma bateria convencional. Grande intensidade no arranque e excelente capacidade de recuperação garantem arranques de motores em todos os climas, desde -40ºC até +75ºC. Mesmo parcialmente descarregadas, as baterias PowerCell e Sportcar fornecem a energia necessária para o arranque.

Acção de formação

Tomarpeças / Corteco

No passado dia 21 de Fevereiro decorreu uma acção de Formação Corteco nas instalações da Tomarpeças em Carvalhos de Figueiredo - Tomar. Esta Acção de Formação, direccionada para todos os colaboradores do grupo de empresas liderada pela Tomarpeças, teve como principal objectivo a transmissão de diversos aspectos técnicos e comerciais da gama Corteco (apoios de motor, juntas, filtros de habitáculo, retentores, etc). Das palavras do formador e responsável para Portugal, Raul Pacho, sobressai o facto da Corteco apenas disponibilizar no Aftermarket produtos com as mesmas características dos produzidos para o Equipamento Original.

Associações

repudiam Campanha do BES

As associações do sector automóvel, ACAP e ANECRA apresentaram queixa junto da Autoridade da Concorrência e da Direcção Geral do Consumidor, relativamente à campanha publicitária em curso, promovida pelo Banco Espírito Santo, inerente à divulgação de um crédito para aquisição de automóveis solicitando a sua suspensão imediata. Simultaneamente, apresentaram queixa ao Banco de Portugal, como entidade reguladora das actividades prosseguidas

pelas instituições financeiras, e deram conhecimento imediato de todas estas suas iniciativas e tomadas de posição ao Presidente do Conselho de Administração do Banco Espírito Santo, Ricardo Salgado, junto de quem também apelaram para “a imediata suspensão desta Campanha Publicitária, que retrata os comerciantes/vendedores de automóveis, como pessoas pouco credíveis e denegrindo de forma grosseira a imagem da profissão”.

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Breves DELPHI PRETENDE SAIR DO PURGATÓRIO

O primeiro trimestre de 2008 poderá ser o início de um novo capítulo na história da empresa Delphi, um dos maiores fornecedores globais de peças e sistemas para a indústria automóvel. O juíz do tribunal de falências encarregado de analisar a situação da empresa aceitou o plano de reestruturação e confirmou que a Delphi cumpriu todas as exigências legais que lhe foram apresentadas. Com um orçamento para arrancar de 6,1 biliões de US dólares, falta apenas à Delphi concluir o pacto de investidores e accionistas com a General Motors, a fim de arrancar novamente para a actividade plena.

TRW FORNECE ORIGEM VOLVO E SKODA

Os novos modelos polivalentes das marcas Volvo e Skoda, respectivamente XC 70 e Scout, com aptidões para circular fora da estrada, recebem equipamento original da marca TRW. No primeiro caso, o Volvo XC 70 recebe travões de disco traseiros e travão de mão electrónico (EPB), para além do airbag do condutor, implantado em volante de couro com comandos integrados ou volante de madeira. No caso do Skoda Scout, são montados os discos traseiros TRW, para além de rótulas de suspensão e barras estabilizadoras da mesma marca.

CARROS DA BMW "INTERACTIVOS"

A empresa T-Systems, pertencente ao grupo Deutsche Telekom, desenvolveu uma solução para a indústria automóvel, que permite o envio de dados sobre a manutenção de veículos a qualquer agente oficial BMW, independentemente do local onde se encontre o carro. O sistema desenvolvido conjuntamente pela T-Systems e pela BMW estará inicialmente disponível na Alemanha, Áustria e França, baseando-se num cartão inalâmbrico T-Mobile instalado no veículo. Este sistema de transmissões recebe informações do sistema de autodiagnóstico da viatura, enviando-as para os serviços centrais de assistência da marca bávara. A partir daqui, o agente oficial BMW é avisado da necessidade de efectuar a manutenção do veículo e fica encarregado de marcar uma entrevista com o cliente, a fim de solucionar o problema. PUB


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NOTÍCIAS PUB

Campanha

Fiat Service

Até 30 de Junho, para a Fiat, trocar os filtros não é uma rotina, é uma boa acção. Hoje em dia, todos procuramos formas de diminuir a emissão de gases nocivos para o nosso planeta. A pensar nisso, até 30 de Junho, a Fiat Service oferece a todos os seus clientes um Check-Up gratuito e um desconto de 20% nos filtros de ar, anti-pólen, de óleo e de combustível. Os Concessionários aderentes podem ser consultados através da linha CiaoFiat 00800 3420 000 ou no site www.fiat.pt.

Krautli distribuiu TecCat

A Krautli Portugal foi nomeada distribuidor oficial para Portugal do catálogo electrónico de identificação de peças do sector independente automóvel TecCat. O TecCat é um catálogo electrónico desenvolvido pela empresa Alemã DVSE que tem como base todos os fornecedores presentes na plataforma TecDoc, acrescentando a estes mais 35 outros fornecedores, tornando-se assim uma ferramenta ainda mais poderosa na identificação de peças e acessórios no nosso sector.

Alguns dados importantes que se destacam no TecCat: - Base de dados com mais de 20.000 modelos de veículos de passageiros e 6.300 de veículos comerciais, 2.500.000 artigos e 1.000.000 imagens; - Pesquisa por referência original do fabricante, por marca, modelo e ano do veículo; - Informação de mais de 300 fornecedores de componentes para a indústria automóvel; O TecCat é comercializado nas versões On-line e Off-line (DVD). Destaca-se a vantagem da utilização da versão On-line onde a informação actualizada está disponível em qualquer terminal com ligação à Internet, não sendo necessário efectuar as actualizações via DVD (o que, face à imensa informação contida, é sempre um processo demorado). Refira-se que o número de utilizadores por licença (versão On-line ou Off-line) tem o limite de quatro em simultâneo.

Impoeste em crescimento

No passado mês de Fevereiro a Impoeste realizou mais uma reunião de distribuidores. Desta vez o evento não se limitou apenas a uma reunião de trabalho, a Impoeste pretendeu celebrar os óptimos resultados obtidos em 2007, por isso a reunião teve lugar na bela cidade de Budapeste, onde a “equipa” passou quatro dias. Na reunião foi feito o balanço do ano passado, onde foi realçado o facto da DuPont Refinish ter crescido 14%, e onde se deu por terminado o processo de mudança de bases solventes para bases aquosas. Traduzindo em números, 70% dos sistemas DuPont são Cromax e 85% da facturação é Cromax. Outro dos assuntos abordados foram as novas instalações Impoeste no Porto e Cartaxo, e as perspectivas de crescimento para o novo ano. Falou-se ainda de temas como o investimento na área da comunicação e no centro de formação, que foi efectivado com a entrada de mais recursos humanos para as áreas em questão. Este ano primou-se pela diferença e pela primeira vez deu se voz activa à distribuição, tendo José Braga da Rolacor apresentado a visão do negócio pela perspectiva da distribuição. Foi apresentado também um projecto ambicioso de parceria coesa e funcional à actual rede de distribuição, que caso seja aceite pelos distribuidores irá sem sombra de dúvidas modificar a mecânica da distribuição e permitirá estar no mercado de forma muito mais efectiva e consistente. Finalmente foram ainda entregues os troféus aos melhores distribuidores, em primeiro lugar ficou José Cotrim Reis, Lda, em segundo a Insular Tintas, Lda e em terceiro a Rolacor, Lda.

Monroe equipa Volvo V70 e XC70

Os novos Volvo V70 e XC70 estão equipados com suspensões Monroe. Um dos sistemas que equipa os dois carros é o Four-C, que oferece três modos de condução distintos - “Comfort”, “Sport” ou “Advanced”. Seja qual for o que escolher, o sistema monitoriza o veículo, o pavimento e o condutor 500 vezes por segundo, ajustando cada um dos amortecedores para obter os melhores índices de comportamento em estrada. No coração do sistema encontra-se a suspensão semi-activa Volvo com amortecedores Monroe-Öhlins sob monitorização contínua.



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Breves DIAGNÓSTICO MULTIMARCA

HELLA DDS

Já se encontra no mercado o aparelho de diagnóstico Hella DDS 100/200, que foi desenvolvido pela empresa dinamarquesa Tolerance, que integra o Grupo Hella deste finais de 2006. Dentre as várias capacidades deste equipamento, contam-se a possibilidade de limpar os códigos da memória do sistema de autodiagnóstico de avarias do carro, efectuar a reprogramação do software de gestão do motor e outros sistemas, permitindo a codificação de chaves de ignição, ABS, airbags e muito mais, o que alarga o âmbito de intervenção das oficinas multimarca independentes.

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NOTÍCIAS Nova representação

ERA Benelux

A R. Brandão Comércio de Peças Para Automóveis Lda, empresa com sede em Vila Nova de Gaia, foi nomeada foi nomeada representante para Portugal da ERA Benelux. A gama de produtos da ERA Benelux é muito vasta, onde se destacam os motores de arranque, alternadores, esferas de suspensão, compressores de ar condicionado recondicionados, pinças de travão recondicionadas, caixas e bombas de direcção recondicionadas, distribuidores de ignição recondicionados e transmissões recondicionadas, encontrando-se esta marca presente no TecDoc. Desta forma, a R. Brandão Comércio de Peças Para Automóveis Lda , aumentou bastante a sua gama de produtos, pois até à data só comercializava peças e acessórios Opel, Isuzu e Chevrolet.

Lenaparts premeia melhores clientes

A Lenaparts, empresa de comercialização de peças de veículos automóveis e acessórios que integra a «sub-holding» Lena Automóveis, tem vindo a desenvolver diversas campanhas de CRM (Customer Relationship Management) de forma a premiar os melhores clientes da empresa. Entre final do mês de Fevereiro e início do mês de Março, a Lenaparts premiou com sistemas de navegação por satélite da marca «TomTom» as empresas Mansauto, de Santa Catarina da Serra, e José António Rosa Ferreira, de Tomar, clientes que se destacaram no âmbito da campanha de colisão de peças Peugeot, com maiores volumes de compras. A campanha, que teve início em 2008, pretende identificar as melhores práticas estabelecidas no seio do Grupo Lena e premiar aqueles que contribuem para o seu sucesso. A Lenaparts entendeu assim estender esta prática aos seus clientes, de forma a manter e reforçar o bom relacionamento com os mesmos. A Lenaparts iniciou a sua actividade em Março de 2004 com a venda de peças e acessórios para veículos automóveis aftermarket, tendo passado a representar também a marca Peugeot em 2006. Tem como mercado alvo, as oficinas e empresas retalhistas de peças de toda a região centro do país.

Midas na plataforma 1link Service Network Rede

A Midas, rede de reparação rápida de automóveis, aderiu a plataforma online 1link Service Network com mais de uma quinzena de oficinas em todo o país. Luís Mota, Director de Desenvolvimento da Rede da Midas em Portugal, comenta os benefícios dessa adesão para a sua rede de oficinas: “A Midas aderiu à 1link por três grandes razões: Para melhorar o serviço aos nossos clientes, optimizar as nossas tarefas operacionais e reduzir o tempo das autorizações dos nossos parceiros. Estamos convencidos que este tipo de plataformas será o futuro para a gestão de grandes frotas em Portugal e para os seus fornecedores. A 1link tem demonstrado todo o seu potencial e a razão da sua grande preferência no resto da Europa.”

Novidade absoluta

Eckold

No contínuo desenvolvimento de ferramentas para trabalhar chapa a frio, a Eckold, como fabricante de vanguarda, vai lançar em Abril deste ano de 2008, o Martelo Pneumático de Planar designado pelo modelo GL-2. Com adaptação de vários tipos de ferramentas por inserção, sendo estas com cabeças em aço ou com cabeças sintéticas que reduzem o risco de deixar marcas nos painéis de metais leves que poderão ser de alumínio, latão ou cobre. Estas ferramentas permitem executar trabalhos como abaular, curvar e planar existindo uma ferramenta para cada solução. Esta nova máquina e suas ferramentas, poderão ser fornecidas em kits ou separadamente e são utilizadas nas mais diversas indústrias, nomeadamente na restauração e reparação de carros, motociclos.



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Breves PRIMEIRA FÁBRICA DE BATERIAS LÍTIO-ION

A Johnson Controls e a Saft Advanced Power Solutions conjugaram as suas capacidades para inaugurar a primeira fábrica a nível mundial dedicada à produção de baterias Lítio-Ion, especialmente vocacionadas para equipar os carros híbridos. Localizada em Nersac (França), a nova fábrica irá produzir inicialmente 5.000 baterias/ano, mas os promotores da iniciativa garantem que a produção pode ser rapidamente e amplamente actualizada, a fim de satisfazer a procura dos seus clientes, entre os quais se encontram a GM, Chrysler e a Mercedes-Benz. Segundo o Financial Times, a mesma joint venture tem planos de produzir este tipo de baterias na Ásia e noutros pontos do planeta.

FIAT LANÇA CAIXA DE É cada vez mais difícil para os construtores estar na linha da frente da tecnologia automóvel e têm que pedalar cada vez mais para acompanhar a evolução diária dos conceitos. Agora, é o Grupo Fiat que pretende lançar a sua primeira caixa de velocidades com duas embraiagens, que permite um funcionamento semi-automático e selectivo, no máximo até Setembro de 2009. A nova geração de caixas da Fiat iclui também uma versão manual de 6 velocidades, que será lançada um pouco antes da dual. O projecto está a cargo da fábrica da Fiat situada em Verrone.

NOTÍCIAS MCoutinho Peças em Braga e Viana do Castelo

Braga e Viana do Castelo estavam há algum tempo na mira da MCoutinho Peças e, é já a partir do mês de Abril, que a empresa responsável pela distribuição de peças e acessórios do Grupo MCoutinho arranca em força nestes distritos. Para conquistar este importante mercado, que abrange cidades como Braga, Guimarães, Vila Nova de Famalicão, Barcelos e Viana do Castelo, a MCoutinho Peças leva “na bagagem” o seu portfólio de peças Originais de 25 marcas, com duas entregas por dia e um Gestor de Clientes dedicado em exclusivo aos clientes desta nova zona. As encomendas serão processadas pelo Call Center, que dispõe de 22 atendedores especializados na identificação das peças de cada marca. Recorrendo a um operador logístico dedicado, a empresa distribui para os seus clientes, nos distritos de Aveiro, Bragança, Coimbra, Porto, Vila Real, Viseu e, a partir de agora, Braga e Viana do Castelo.

Dunlop apresenta o SP Sport Maxx TT

A tecnologia associada aos pneus não pára de evoluir, como se prova pelo novo SP Sport Maxx TT da Dunlop. Para além de ser um novo pneu, a utilização da tecnologia Kevlar da DuPont, torna-o um produto diferenciado no mercado, ao qual se junta ainda um novo composto, derivado dos desportos motorizados, com nanopartículas e a avançada Touch Technology. Com o Kevlar da DuPont (fibra sintética que é cinco vezes mais forte do que o aço) o SP Sport Maxx TT torna-se mais resistente à torção, à tensão e ao calor e garante uma maior estabilidade nas curvas, assim como uma melhor resposta da estrada e uma condução mais precisa. Por sua vez as nanopartículas são geralmente consideradas como componentes muito importantes na produção de materiais tecnologicamente muito avançados. Utilizando um composto derivado dos desportos motorizados e enchimentos em que as partículas têm um tamanho inferior a 100 nanometros – em que um nanometro é um milionésimo de milímetro – o SP Sport Maxx TT garante uma melhor ligação entre o enchimento e a matriz de borracha aumentando assim a superfície total, o que por sua vez assegura que o pneu ofereça uma melhor performance tanto na aderência como no desgaste. Refira-se que o SP Sport Maxx TT da Dunlop está disponível em 15 medidas desde o 205/50ZR17 até ao 255/35ZR18.

VELOCIDADES DUAL-CLUTCH

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Europeças promove formação Gates

A Europeças, S.A., como principal fornecedor de correias e kits de distribuição Gates em Portugal, desenvolveu no passado mês de Fevereiro uma formação exclusiva de Distribuição do Motor, com a participação de técnicoformador da mesma representada. Com esta formação, a Europeças volta a reforçar o seu esforço contínuo em prestar um serviço e apoio técnico cada vez mais desenvolvidos, junto dos seus clientes e respectivas oficinas, procurando dotar estas últimas das ferramentas e informação técnica necessárias

para prestar um serviço profissional e de qualidade, numa área cada vez mais técnica e exigente como são os actuais sistemas de distribuição do motor. Nesta acção foi também apresentada a nova gama de ferramentas específicas, lançada recentemente por este fabricante, com demonstração dos equipamentos de aferição; DriveAlign e STT-1 – cada vez mais essenciais para uma correcta aplicação e montagem em qualquer sistema de distribuição do motor, evitando-se assim eventuais roturas e avarias, com

os consequentes danos - normalmente bastante onerosos - provocados no motor. Para além da formação prestada a diversas oficinas independentes, através dos respectivos distribuidores Europeças, foi também prestada formação a redes de serviço padronizado, como por exemplo a Midas. Para informações mais detalhadas consulte o site www.europecas.pt



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Breves CENTRO DE ENGENHARIA CONTINENTAL EM SHANGAI

Para provar que já não se vai a China só para tirar fotografias exóticas, a Continental iniciou a construção do seu Centro de Engenharia de Shangai, que ficará instalado num edifício de 14 andares e uma área total de 14.000, implicando um investimento total de € 60 milhões. Com esta iniciativa, a Continental coloca-se no epicentro do desenvolvimento da indústria automóvel asiática, onde não pretende apenas desempenhar o papel de espectador.

SISTEMA D-JETRONIC JÁ FEZ 40 ANOS

O primeiro sistema de injecção electrónica de gasolina foi apresentado pela Bosch no Salão Internacional do Automóvel, em Frankfurt, no final do ano de 1967. O primeiro carro a receber esse sistema foi o VW 1600 LE/TLE, cujo motor de 1,6 litros dispunha apenas de 54 HP (39 KW), o dava uma modesta performance de cerca de 30 HP por litro de cilindrada. Os motores actuais de injecção a gasolina podem apresentar potências específicas três vezes superiores, pelo menos. De qualquer modo, o sistema DJetronic tinha já todos os elementos técnicos básicos da moderna injecção de gasolina, servindo de modelo a todas as evoluções posteriores dos sistemas injecção de gasolina. Neste momento, a Bosch fabrica cerca de 80 milhões de injectores de gasolina por ano.

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NOTÍCIAS Novidades

TengTools

A Montenegro, Fernandes & Cª. S.A., representante para Portugal das ferramentas TengTools acaba de lançar diversas novidades. Uma das principais novidades é um jogo de chaves dinamométricas com aperto pré-definido, ideal para alguns trabalhos de maior precisão. Outra novidade é um jogo de chaves 1000 volts, que se destinam a operações eléctricas. Também disponíveis passaram a estar um novo jogo de chaves de caixa, bem como um novo jogo de chaves de fenda.

Nova gama

Pirelli Cinturato

Ecologia, segurança e performance são as características fundamentais dos novos Cinturato da Pirelli. Desenvolvidos com compostos inovadores, estruturas e novos desenhos da banda de rodagem, os Cinturato proporcionam menores consumos de combustível e de emissões de dióxido de carbono, garantindo uma quilometragem acrescida e maior segurança em pisos secos e molhados. Disponível em dois desenhos diferentes da banda de rodagem, os P4 e P6, e concebidos para carros dos segmentos baixo e médio, os novos pneus Pirelli Cinturato ostentam ícones Ecoimpact nas suas paredes, na medida em que proporcionam uma redução de 20% na resistência ao rolamento, que se traduz numa redução até 4% em consumo de energia (com uma consequente redução das emissões tóxicas) e também oferece um aumento médio na quilometragem durante a sua vida útil, dos 50.000 km dos pneus de referência (P3000 e P6000 Powergy) até aos 65.000 km, um incremento de 30%. Graças a esta combinação de características, o Cinturato já foi escolhido para equipar de origem os carros mais populares de alguns dos principais fabricantes de automóveis, incluindo: Fiat, Mercedes, Peugeot, Volkswagen e Seat.

Campanha

Boschbox

A Bosch está a desenvolver no mercado uma campanha, para as oficinas, que tem tanto de interessante como de inovador. Designada por BoschBox, esta campanha permite às oficinas ganharem prémios pelo simples facto de guardarem as embalagens Bosch. Para participar basta uma inscrição no site da campanha (boschbox.com) ou através da hotline (808 500 036), de modo a receber um código de acesso personaizado mas também uma “urna”. Nesta “urna”, que mais não é do que uma caixa de papelão identificada com a campanha, deverão ser guardadas as embalagens individuais de velas de incandescência, das velas de ignição e das sondas Lambda, bem como passport ou referencia comercial de escovas limpa-vidros. Uma grelha na parte superior da “urna”, desde que correctamente preenchida, dá-lhe a indicação dos pontos acumulados (cada embalagem corresponde a pontos). Quando a “urna” estiver cheia, e após recolha (que deve ser solicitada), a Bosch irá informar do número de pontos acumulados que poderá trocar por um brinde (monitor LCD, consola Nintendo, etc). Refira-se que a campanha Boschbox estará activa até ao dia 31 de Julho.

Krautli com campanha Delco Remy

A Krautli está a desenvolver uma campanha com a sua representada Delco Remy, dirigida às oficinas. Esta campanha consiste na oferta de uma garrafa de vinho tinto “Herdade dos Coteis” pela aquisição de cada máquina Delco Remy (alternadores, motores de arranque, caixas e bombas de direcção). Esta Campanha é válida até ao dia 30 de Abril de 2008.



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Breves CARTAZES INFORMATIVOS

CONTI TECH

Os novos cartazes da Conti Tech Power Transmission Group destinam-se a ajudar as oficinas a efectuar o diagnóstico de avarias de correias, apresentando igualmente conselhos técnicos de montagem e reparação, tendo como objectivo proporcionar maior qualidade de serviço ao cliente final. Os cartazes têm por título "Problema-Diagnóstico-Solução" e apresentam ao todo 40 causas possíveis de avarias de correias de motores de automóvel, com a descrição completa, bem como as correspondentes soluções. Cada cartaz, com o formato 42 x 60 cm) aborda um tipo de correia

PE DÁ A MÃO AOS CONSTRUTORES

Perante os pedidos da indústria automóvel, àcerca dos limites de emissões de CO2 por veículo, o Parlamento Europeu decidiu alterar o prazo limite de 2012, para 2015, data a partir da qual os carros vendidos na Europa não poderão produzir mais do que 125 gr por km. O montante das penalizações e os critérios da sua aplicação também foram suavizados. No entanto, no comunicado de imprensa distribuído pelo PE, é feito um apelo para a indústria aumentar o esforço de pesquisa e desenvolvimento de soluções, a fim de se manter competitiva no plano global, sem falhar os objectivos inadiáveis de controlo das emissões.

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NOTÍCIAS Valeo Top Service em viagem

No passado mês de Fevereiro, a Valeo realizou a primeira viagem com a sua rede de Valeo Top Service. O destino escolhido foi a Tunisia, tendo participado nesta viagem 17 clientes, com respectivos acompanhantes, onde se procurou proporcionar uma viagem de lazer e convivio entre a Valeo e a sua rede, Valeo Top service que é composta por clientes Valeo dos Distribuidores Valeo em Portugal.

Würth

é Fornecedor Oficial da equipa Panasonic Toyota Racing Para a época de 2008, nas corridas de Fórmula 1, a Würth irá fornecer ferramentas e material de fixação para a Panasonic Toyota Racing. Durante toda a época, a Würth colocará à disposição da equipa de Fórmula 1 da Panasonic Toyota Racing o seu know how no campo da fixação e montagem, assim como produtos de alto rendimento para utilização nos carros TF108 e fornecerá a equipa nas boxes e na fábrica. Dieter Münch, Director de Marketing da Würth, manifestou: “É com grande prazer que a Würth aceita ser o Fornecedor Oficial da Panasonic Toyota Racing para a época 2008 e desde já estamos ansiosos por trabalhar em conjunto e reforçar a nossa cooperação. A cultura corporativa da Würth destaca-se pelo trabalho em equipa, desafio e determinação. Estas são características que também a Panasonic Toyota Racing escreveu nas suas bandeiras como elementos centrais de sucesso na Formula 1”.

Permaflex para aplicações industriais

O fornecedor de sistemas de pintura Spies Hecker preocupa-se com a relativa estagnação da actividade de repintura automóvel, aparentemente irreversível, face à previsível queda da sinistralidade e ao constante aumento da capacidade de produção de veículos novos, a custos cada vez menores. Para permitir a diversificação das actividades das oficinas de repintura, a marca lançou no mercado um sistema versátil para aplicações industriais múltiplas, o Permaflex, que visa satisfazer as necessidades de um grande número de equipamentos e superfícies pintadas, dos mais diversos tipos de actividade e utilizações. O novo sistema baseia-se no sistema de mistura da Serie 600 da Spies Hecker, para veículos comerciais, ao qual são adicionadas as bases de mistura da Serie 500 e algumas resinas adicionais. Permitindo grande variedade de acabamentos, desde o brilho mais cintilante ao mate mais discreto, o Permaflex pode ser aplicado na maior parte dos substratos conhecidos (aço, zinco, alumínio, cobre, bronze, plásticos, superfícies pintadas ou revestidas, madeiras e minerais). Por outro lado, todas as bases concentradas do sistema Permaflex são estandardizada, permitindo obter facilmente a mesma cor em futuras reparações.

Honeywell premeia vencedores

A Honeywell Materiais de Fricção Portugal, anunciou as “agências” vencedoras da promoção “Aqueça o seu negócio”, cujo prémio era uma máquina de café Nespresso. As empresas vencedoras são a Mundimotor, Torrespeças, Volancar, Arrábida Peças, Auto Torre da Marinha, Centrauto, Gaiafor e Damaipeças.



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Breves GAMA DE ILUMINAÇÃO BOSCH COM LED

A gama completa de produtos Bosch para a iluminação automóvel inclui mais de 5.000 referências, com uma cobertura bastante completa das necessidades do mercado e do parque europeu. Uma das especialidades da marca são os faróis e grupos ópticos posteriores, que passaram a beneficiar da mais recente tecnologia LED. As vantagens reconhecidas deste tipo de iluminação são o menor consumo de corrente e a maior duração das fontes de luz. Por outro lado, a maior capacidade de resposta dos farolins de stop LED (um milisegundo) aumenta o espaço para travagem em 6,60 metros, a 120 km/h, proporcionando maior segurança de condução.

CIRCULAÇÃO ECOLOGICAMENTE

CONDICIONADA

As cidades alemãs de Berlim, Hannover e Colónia proibiram a circulação de carros sem um distintivo ecológico no centro urbano. Esse distintivo, que atesta que o carro possui catalisador e/ou filtro de partículas, podia ser adquirido pelos condutores até ao final do ano passado. Esta medida visa limitar a poluição num raio alargado dos centros urbanos das referidas cidades, permitindo identificar e barrar os carros que não cumprem com a legislação vigente. No caso de Berlim, cerca de 80% dos carros, de um total de 1,2 milhões de veículos, já têm o indispensável distintivo ecológico identificador.

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NOTÍCIAS Novos catálogos 2008 da

Japanparts

A Japanparts lançou recentemente três novos catálogos de produtos, nomeadamente: Escovas Limpa-vidros; Kit de rolamentos e Juntas homocinéticas. No que diz respeito às escovas limpa-vidros, trata-se de uma gama com poucas referêrcias, mas que cobre quer o mercado das viaturas europeias, quer asiáticas. A novidade deste catálogo é a introdução de um perfil de escova com 70 cm. Está também previsto o lançamento de uma gama do tipo flat. O catálogo de Kit de rolamentos inclui 107 novas aplicações para veículos asiáticos, nomeadamente modelos 4x4, pick-up’s e SUV. Relativamente às Juntas homocinéticas, trata-se do catálogo mais completo actualmente existente para veículos asiáticos e com um preço muito concorrencial relativamente às peças originais.

ZV5 é o novo topo de gama da

Avon

A Dispnal Pneus, que representa e distribuiu os pneus Avon em Portugal, acaba de lançar a sua mais recente novidade. O Avon ZV5 é o novo pneu topo de gama desta marca, que foi concebido para porpocionar um desempenho inovador em diversas condições. A construção do pneu obedeceu a diversos requisitos, como o composto do piso pensado para maior aderência, os padrões de relevo assimétrico, de modo a melhorar a drenagem da água em superfícies molhadas, bem como os reforços internos que melhoram a estabilidade devido a uma maior rigidez estrutural do pneu. O ZV5 é um pneu tecnologicamente avançado, baseado nos mais de 100 anos de experiência que a Avon tem na construção de pneus de alta performance.

O prateado

perde preferência

Após sete anos consecutivos de liderança como cor preferida para carros, o prateado foi substituído, para os novos carros, pelas cores branco puro e branco perlado, conforme referenciado no DuPont 2007 Global Automotive Colour Popularity Report (relatório sobre tendências de cores). O relatório de 2007 revelou que os clientes de América do Norte, Japão e México preferem o branco puro e branco perlado em detrimento do prateado, enquanto que na Europa as cores preferenciais são o preto puro e preto metalizado, atingindo cerca de 25 por cento do mercado total. De uma perspectiva global, o prateado cedeu lugar igualmente ao cinzento e ao vermelho, tendo aumentado significativamente a sua popularidade no decorrer do ano passado. “Esta alteração nas preferências de cor em carros acompanha as mesmas tendências internacionais que predominam em outros sectores, tais como o mobiliário para o lar, a moda, os produtos de consumo e design industrial,” comenta Kevin Docherty, brand development manager de DuPont Refinish para EMEA. “O aumento do branco perlado e do preto metalizado demonstra o crescente interesse, por parte dos clientes, em tons neutros com efeitos especiais que lhes permite acrescentar um toque personalizado ou de estilo.” Os resultados do relatório DuPont Global Automotive Colour Popularity Report de 2007, demonstram que as oficinas e utilizadores devem estar constantemente preparados para os novos desenvolvimentos do mercado OEM. E é por este motivo que a DuPont Refinish trabalha em estreita colaboração com o sector de tinta para OEM da empresa – DuPont AutomotiveSystems – para proporcionar às suas oficinas uma gama ampla de fórmulas de cor que lhes permitam igualar o tom original com total precisão, inclusivamente as cores OEM mais recentes.



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Breves SEGURANÇA Os chamados países emergentes da produção automóvel, como é o caso da China, Índia, Rússia e Brasil, estão a montar cada vez mais sistemas electrónicos de segurança, especialmente ABS e ESP, tanto nos carros de luxo, como nos segmentos mais acessíveis. Na China, o ABS de origem já representa 80% , embora o sistema de controlo de estabilidade ainda esteja a progredir lentamente. Uma das formas de acelerar o acesso desses países à tecnologia mais avançada, pode ser o fornecimento de componentes adaptados à indústria local. A Continental Automotive Systems tenciona lançar no mercado componentes 50% mais pequenos e com menos 25% de peso, com o mesmo nível de performance dos sistemas correntes.

ELECTRÓNICA DISPARA

AD AUTO TOTAL A direcção da ADI e o grupo romeno Auto Total chegaram a acordo para a formação de uma nova empresa, que se chamará AD Auto Total, destinada a distribuir as principais marcas de peças no mercado local, a partir de 2008. A nova empresa beneficiará das sinergias e experiência da AD, bem como do conhecimento do pósvenda romeno que a Auto Total possui, contando actualmente com 350 empregados e 17 delegações em toda a Roménia. A nova empresa terá modernos armazéns em Bucareste.

NA ROMÉNIA

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NOTÍCIAS Novas medidas

Camac

A Camac reforçou, com novos medidas, duas das suas gamas de pneus. Assim, a Gama Cygnus foi reforçada com mais duas novas medidas (205/55 R16 e 215/55 R16). O Cygnus é um pneu com um piso, moderno (assimétrico) que vai de encontro às actuais tendências do mundo automóvel. Recorrendo às mais avançadas tecnologias disponíveis o Cygnus obedece aos mais exigentes requisitos, nomeadamente no que diz respeito ao nível de ruído, à manutenção da pressão com a consequente poupança nos consumos de combustível e no desenvolvimento de um novo composto de piso aumentando a durabilidade e performance, tanto em piso seco como molhado. Na gama Fargo encontra-se já disponível a medida 195/65 R16 (comerciais radiais). O Fargo é um pneu “para todo o serviço” com um piso moderno e com um novo composto que permite aumentar a durabilidade (requisito fundamental na gama de Comerciais).

High tech Speed-Life da

Semperit

Com o novo Speed-Life de escultura direccional, a Semperit oferece agora um novo pneu high tech no segmento de preço médio. O principal motivo foi o interesse de muitos automobilistas pela segurança e a baixa resistência ao rolamento. Comparado com o modelo anterior as distâncias de travagem puderam ser reduzidas até nove por cento. Também o comportamento, a resistência ao rolamento e o conforto ficaram beneficiados com este novo desenvolvimento. O novo Speed-Life arranca imediatamente, sendo fabricados num total de 34 dimensões entre 15 e 19 polegadas com autorizações entre 240 e 270 km/h.

Campanha

Beru na Krautli

A Krautli Portugal tem em vigor durante os meses de Abril e Maio de 2008, uma campanha de Velas de Ignição da sua representada Beru. Em pareceria com o grupo de hotéis Vila Galé, a Krautli Portugal irá oferecer gratuitamente a possibilidade aos seus clientes de usufruírem magníficos fins-de-semana numa das muitas unidades Vila Galé espalhadas por Portugal, Madeira ou Brasil. Para mais informações sobre esta campanha deverá contactar o departamento comercial da Krautli Portugal.

Campanha de Motores de Arranque e Alternadores Lucas

A TRW Automotive Portugal, Lda. promove até 2 de Maio uma campanha de motores de arranque e alternadores Lucas, dirigida à sua rede de distribuidores e às oficinas suas clientes. Na compra de um motor de arranque ou alternador Lucas, a TRW Automotive oferece uma garrafa de vinho Periquita. Para suportar esta campanha foram produzidos folhetos e posters, que serão utilizados pelos distribuidores TRW para fazerem a divulgação junto das oficinas suas clientes. Desde sempre que a marca Lucas é uma marca de referência, na área eléctrica, na indústria automóvel a nível mundial. A gama completa de motores de arranque e alternadores recondicionados Lucas está em constante actualização e o mercado tem agora ao seu dispor mais de 4000 referências, o que permite uma cobertura total do parque automóvel europeu com um produto de elevada qualidade. A gama é suportada por um catálogo muito completo e actual que inclui, por referência, todas as informações necessárias para uma correcta identificação do produto, além de possuir uma secção com as imagens de todas as unidades recondicionadas que constituem a gama. Neste catálogo, também podemos encontrar uma lista completa de equivalências para todos os fabricantes e concorrentes. Toda a informação do catálogo encontra-se também disponível no site www.lucasee.com, que é constantemente actualizado com todas as novas informações relevantes.


2 Simpósio Pós-venda Automóvel 16 de Outubro de 2008

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Breves WABCO ADERE À AUTOSAR

A empresa Wabco é um dos principais fornecedores de sistemas de travagem, suspensão, estabilidade e controlo da transmissão para veículos industriais, a nível global. Não estranha, pois, que tenha aderido à aliança Autosar (Automotive Open System Architecture), cujo objectivo consiste em limitar a crescente complexidade dos sistemas eléctricos e electrónicos dos veículos, tendo em vista a normalização e estandardização dos sistemas, de modo a tornar possível a troca e actualização do software e do hardware ao longo da vida útil do veículo.

PRÉMIO DE INOVAÇÃO ADAC PARA A BOSCH

O automóvel clube alemão ADAC atribuiu o seu prémio "Gelber Engel" (anjo amarelo), na categoria inovação, ao sensor de CO2 da Bosch - Climate Control Sensor. O júri elegeu o CCS entre 44 novas tecnologias apresentadas por construtores e fornecedores do sector automóvel. O novo sensor de CO2 baseia-se num sistema de espectroscopia de raios infravermelhos, sendo capaz de detectar as mínimas variações de dióxido de carbono no interior do habitáculo. Através desse indicador, que é proporcional ao número e peso dos ocupantes, o sensor controla a potência do sistema de climatização, permitindo poupar até meio litro de combustível aos 100km.

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NOTÍCIAS Nova gama de auto-rádios

Blaupunkt

A Blaupunkt tem já disponíveis os primeiros auto-rádios da sua gama de 2008. Novo design, vastas capacidades de expansão e elevada qualidade são os pontos comuns a estes equipamentos. O Sevilla MP38 apresenta-se como a proposta mais acessível. Trata-se de um auto-rádio com leitor de CD e mp3/WMA. Conta, tal como os restantes modelos, com o sistema VarioColour que lhe permite escolher entre mais de 4.000 possibilidades a cor do display, para a integração perfeita com o habitáculo e ainda com diversas possibilidades de ligação. Os 4x50 Watts de potência máxima são mais que suficientes para desfrutar do som deste autoBrisbane SD48 RDS rádio. Seguindo também a nova linha de design, o London MP48 apresenta-se com um painel frontal mais agressivo que o anterior em termos de cores, e vem equipado London MP48 RDS com saída pré-amplificada para subwoofer, entrada auxiliar frontal e equalizador integrado. Ainda na linha tradicional de auto-rádios com leitor de mp3/WMA, está também dispoNew Orleans MP58 RDS nível o New Orleans MP58, um modelo vocacionado para os utilizadores do mp3, que permite a leitura deste formato gravado em CD, podendo-se também utilizar directamente um suporte de meSevilla MP38 RDS mória com ligação USB. Finalmente, não podíamos deixar de destacar os Brisbane SD48 e Victoria SD48. Tendo como única diferença o painel frontal, apresentam-se como os auto-ráVictoria SD48 RDS dios exclusivamente para a geração mp3.

RPL Clima com campanha de filtros

A RPL Clima está a fazer uma campanha de filtros de habitáculo até final do mês de Abril, para todas as marcas e modelos de carros. A principal novidade são os filtros de habitáculo para camiões, máquinas de obras e máquinas agrícolas. Além do lançamento dos catálogos de climatização com grande enfoque nos novos produtos (resistências para motoventiladores, motoventiladores de habitáculo e os filtros de pólen) a RPL Clima disponibiliza ainda muitos condensadores e compressores para viaturas recentes, nomeadamente o Opel Corsa 1.3 CDTi e as novas Ford Transit 2.2 e 2.4 TDCi. O catálogo da RPL Clima tem cerca de 300 referências de filtros de habitáculo, desde a Alfa Romeo à Volvo, passando pelos furgões, camiões e máquinas. A aposta foi na melhoria e na qualidade da informação do catálogo, onde aparecem as fotos das peças, sendo os preços cada vez mais competitivos.

Goodyear e Dunlop escolhidas pela GE

A GE Capital Solutions Fleet Services, conceituada empresa de financiamento automóvel sediada em Portugal há 16 anos, adicionou os pneus da marca Goodyear e Dunlop á sua lista de pneus preferenciais. A marca Goodyear foi escolhida por conceitos de segurança e conforto na condução e a Dunlop pela sua pendente mais desportiva. A GE foi considerada pelo quarto ano consecutivo como a empresa mais respeitada e admirada a nível mundial pela Revista Fortune e Finantial Times. Assim, esta parceria é encarada pela Goodyear Dunlop Portugal como um elogio máximo aos pneumáticos que produz e comercializa, não só no que se refere ao mercado português, mas também, a nível internacional.



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Breves IMS ANALISA Segundo a empresa de estudos de mercado IMS Research, o mercado de iluminação LED para automóveis é dominado por três marcas principais: Osram (23%), Nichia (16%) e Lumileds (16%). As marcas Toshiba, Avago e Everlight também fornecem para o sector automóvel, mas em escala bastante inferior às citadas marcas. Por outro lado, a Lumileds fornece iluminação exterior, enquanto que a Nichia (Japão) apenas fornece para o sector automóvel no mercado asiático, especializando-se em iluminações interiores. A prova dos nove do mercado da iluminação LED acontecerá quando os faróis principais começarem a utilizar esta tecnologia em larga escala. O primeiro modelo a usar faróis de serviço com LEDs foi o Lexus LS600h, com faróis Koito e LEDs fornecidos pela Nichia. O novo Audi R8, que está prestes a ser lançado no mercado, usará faróis de serviço fornecidos pela Automotive Lighting, com LEDs das marcas Osram e Lumileds. Se, como se espera, a tendência para os faróis principais passarem a utilizar a tecnologia LED, em vez das lâmpadas actuais, as três marcas inicialmente referidas estão em boa posição para conquistar o mercado, onde já acumularam grande experiência com os faróis de condução diurna à base de LEDs.

MERCADO DE LED

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NOTÍCIAS UFI-SOFIMA leva distribuidores a Cuba

A Ufi-Sofima levou a Cuba, no passado mês de Fevereiro, os distribuidores que atingiram os objectivos propostos no ano de 2007. A viagem a Cuba, proporcionada por esta conhecida marca de filtros, permitiu potenciar os laços de amizade e entre fornecedor e distribuidor.

Blue Print em peso!

A Blue Print não disponibiliza apenas peças para veículos ligeiros, Já existem peças de veículos pesquisados e catalogados na categoria dos veículos pesados. Para o mercado de pesados o negócio não corre nada mal: em Agosto de 2007 foram comercializas em Portugal 465 unidades, correspondendo a um crescimento de 51,0% relativamente ao mesmo mês do ano anterior. Quanto às vendas acumuladas de Janeiro a Agosto de 2007, assistiu-se a uma variação homóloga de mais 4,7%, o que equivale à venda de 4.085 unidades. O Atleon e a Canter, das japonesas Nissan e Mitsubishi respectivamente, têm-se revelado um sucesso: fortes, robustas e totalmente vocacionadas para trabalhos realmente árduos. O conforto, também não está esquecido e as cabines têm vindo a revelar-se adaptáveis às necessidades de cada condutor. A Blue Print tem disponíveis peças de qualidade equivalente à origem, estando desta forma garantida a segurança e qualidade na condução. Nos catálogos da Blue Print é possível verificar quais os veículos pesquisados e as referências disponíveis.

Novas soluções

Valeo

A Valeo apresentou recentemente novos produtos da linha “postequipment”. O primeiro é o beep&park/keeper, que é um sistema de ajuda ao estacionamento que incorpora um sistema de alerta antichoque para proteger o seu veículo das manobras “agressivas” de outros condutores ao realizar um estacionamento rápido. O beep&park/vision é um sistema de ajuda ao estacionamento que incorpora além dos sensores de posição uma câmara traseira que proporciona ao condutor informação acústica e visual ao fazer marcha atrás. Outra novidade é o park/vision. Trata-se de um sistema de ajuda ao estacionamento baseado na visualização da área situada atrás do nosso veículo graças a uma câmara. Por sua vez o light/on&off é um sistema de iluminação que liga e desliga automaticamente os faróis e piscas traseiros do seu veículo em função das condições de luminosidade exteriores. A última novidade é o speed/visio, sendo este um sistema que projecta directamente sobre o párabrisas na linha de visião do condutor a velocidade do veículo, e o alerta no caso de ultrapassar a velocidade pré-seleccionada.

SKF completa gama de suspensão

Mais de 10 milhões de amortecedores são substituídos anualmente na Europa. Em geral os mecânicos trocam os amortecedores, mas não os restantes componentes. O novo kit de suspensão da SKF contém um rolamento novo, um novo elemento (bloco) filtrante, que com todos as peças acessórias, oferece uma mais-valia ao condutor no que respeita à comodidade de condução e segurança. Desde logo a SKF facilita o trabalho dos mecânicos ao juntar todas as peças relativas à mesma intervenção numa só embalagem. No ano passado, a SKF iniciou uma nova etapa com o lançamento do kit de suspensão SKF Twin Pack, e agora, com a finalidade de completar a gama, esta marca lançou o kit de protecção de amortecedor SKF.



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Breves ÚLTIMOS FIAT COM BOBINAS BERU

Os recentes modelos da Fiat (500, Bravo, Grande Punto e Panda) são equipados de origem com bobinas de ignição de alta resistência a vibrações, sendo equipadas com cabos de vela pré-montados, para assegurar sempre a máxima voltagem de ignição. A Beru trabalho em estreita colaboração da Fiat, para conceber este novo tipo de bobinas de ignição e cabos de velas sem uniões, que asseguram uma precisão de tempo de ignição da ordem do milisegundo. Os motores diesel da marca italiana também usam velas de incandescência Beru e o sistema electrónico Diesel Cold-Star Technology.

DISCOS DE POLIMENTO DE PELE DE CORDEIRO

A Festool garante um polimento de grande qualidade com os seus discos de pelo de cordeiro, cujo efeito abrasivo é ideal em combinação com as massas de polir MPA 6000 e MPA 8000. Os melhores resultados são obtidos em vernizes UV e vernizes resistentes a riscos. A Festool afirma que a pele de cordeiro tem um efeito refrigerante sobre a superfície de trabalho e tem um efeito abrasivo que garante a máxima eficácia. Como o pelo da pele de cordeiro é curto, evitam-se danos acidentais na pintura, durante o trabalho de polimento.

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NOTÍCIAS Novo pneu desportivo da

Uniroyal

O novo RainSport 2 da Uniroyal é o pneu que se segue na série dos pneus de chuva desta marca do Grupo Continental. Novas estruturas no fundo e flanco dos sulcos permitem, em conjunto com a perfilação em V, um escoamento ainda mais rápido da água na superfície do piso e um composto especial de sílica permite valores de redução de velocidade ainda mais elevados. Com esta construção, o RainSport 2 mostra que na combinação de segurança, também em estradas molhadas com o seu elevado grip e distâncias de travagem curtas, são possíveis mais progressos no desenvolvimento de pneus de chuva. Contudo, graças a um desenho especial dos perfis dos blocos, foi possível também reduzir as distâncias de travagem em asfalto seco. Destaque ainda para o indicador de desgaste no ombro do pneu que, dessa forma, aponta para um mau alinhamento das rodas o que reduz a quilometragem. O novo RainSport 2 encontra-se disponível no mercado de pneus em 51 tamanhos. As velocidades máximas permitidas vão até aos 300 km/h.

Novas aplicações

SKF para pesados

A SKF disponibiliza para o aftermarket o kit para os eixos dianteiros MAN para os veículos de 9-10 toneladas modelos LE (L 2000-series). Este Cubo de roda completo da SKF tem uma falange incluida proporcionando uma maior liberdade de manutenção simplificando o trabalho dos mecânicos. A ref. SKF VKBA 5411 está já disponível no mercado. Igualmente disponível para o aftermarket o novo kit para aplicações Mercedes. Este kit é para aplicação nos eixos traseiros modelos HL 2/46 DC de 8.5 toneladas.

Produtos de

tratamento GS27

A marca GS27 é uma marca Francesa, líder em produtos de manutenção e tratamento automóvel, fruto de longos anos de desenvolvimento e constante inovação tecnológica. A GS27 desenvolveu uma linha completa composta por 12 produtos de elevada qualidade, inteiramente dedicada ao tratamento moto, onde encontramos entre outros, os polishs, os produtos para limpeza de jantes, limpeza de couros e limpa capacetes. Quer se trate de uma utilização em estrada ou todo-o-terreno, a gama GS27 moto garante-lhe resultados excelentes na manutenção e tratamento eficaz de qualquer moto. Refira-se que a Brindauto conseguiu o exclusivo para Portugal e Espanha da marca Francesa GS27, produtos de tratamento e limpeza auto e moto.

SLOG investe meio milhão de euros

A SLOG, Serviços e Logística, S.A vai investir meio milhão de euros na ampliação das actuais infra-estruturas e na implementação de um novo sistema de informação que irão contribuir para o alargamento da sua gama de serviços, responder à procura e adequar a oferta às necessidades do mercado. O investimento em causa irá reforçar as competências da SLOG numa das áreas em que a empresa tem registado um elevado crescimento, a logística integrada, actividade em que a Empresa movimenta hoje mais de 5.000 itens diferentes diariamente. Os investimentos em curso permitirão duplicar a capacidade actual. Além da logística integrada, vocacionada para operações intensivas e de detalhe, a oferta de serviços da S-LOG contempla ainda a logística In-house para gestão de operações nas instalações do Cliente, serviços de Valor Acrescentado em áreas como o apósvenda e handling de produtos / equipamentos e, a logística de veículos. O investimento em causa e que estará concluído no terceiro trimestre de 2008, encontra-se inserido no plano de negócios 2007 a 2010, período durante o qual a empresa tem como objectivo duplicar o actual volume de facturação, alcançando um volume de vendas de 10 milhões de euros.


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Melhor Mecatrónico 2008

Jovens técnicos dão garantias

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de futuro

O Jornal das Oficinas com o apoio da ATEC organizou a 2ª edição do Melhor Mecatrónico. Os participantes revelaram aptidões acima da média. O prémio, ao contrário da 1.ª edição, foi para o “visitante” CEPRA.

Jornal das Oficinas, em colaboração com a ATEC – Academia de Formação, realizou a 2ª edição do evento Melhor Mecatrónico. Este acontecimento decorreu nos dias 27, 28 e 29 de Fevereiro de 2008 nas exemplares instalações da ATEC em Palmela. A jornada reuniu alunos das instituições de ensino IEFP, CEPRA, DUAL e ATEC, que puderam trocar experiências com realidades distintas do seu dia a dia e ao mesmo tempo aprofundar os conhecimentos que serão as suas ferramentas de trabalho quando entrarem para o mundo real do trabalho. O prémio de Melhor Mecatrónico 2008 foi para Luís Barbosa do CEPRA, seguindo-se Emanuel Luz e Ricardo Alves nas segundas e terceiras posições respectivamente, ambos do IEFP de Tomar. A jornada, à semelhança do que tinha acontecido na primeira edição, promoveu a qualidade, a eficácia e a competência dos jovens formandos da área da Mecatrónica

A área onde decorreu o evento Melhor Mecatrónico 2008, promovido pelo Jornal das Oficinas e AP Magazine, em colaboração com a ATEC.

Automóvel. Procurou motivar os jovens a mostrarem as suas competências na área específica da reparação e contribuiu para estimular a relação entre os centros de formação e as oficinas. Para além dos centros de formação automóvel representados, estiveram presentes convidados e representantes do tecido empresarial. O objectivo desta iniciativa, inédita no nosso país, foi mais uma vez alcançado: contribuir para uma maior divulgação da profissão de mecatrónico, e ao mesmo tempo incentivar os formandos a desenvolverem os seus conhecimentos e competências nesta área. O Jornal das Oficinas continuará a aprofundar as relações de cooperação que já estreitou com algumas instituições de ensino. Tanto o Jornal das Oficinas como estas instituições partilham a consciência da importância da formação, e as parcerias têm por objectivo estabelecer laços de cooperação em concursos como o Melhor Mecatrónico.


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Eugénio Bastos, Director da ATEC

“Participantes saem

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valorizados”

A ATEC é uma das mais importantes instituições de formação a nível nacional e também no plano europeu. Forma indivíduos para a vida profissional nas mais diversas áreas. Eugénio Bastos é Director da instituição, gerindo os seus destinos com sabedoria e rigor.

necessidade que o tecido empresarial português tem de jovens técnicos qualificados, obriga a que instituições de formação desenvolvam as suas competências viradas para conceitos práticos e com grande aplicabilidade na moderna economia. Como resposta a essas necessidades, instituições como a ATEC, CEPRA, IEFP e DUAL, oferecem cursos de qualificação profissional para jovens, proporcionando a aprendizagem de uma profissão importante para a sua integração nessas empresas. Ao conjugar-se a componente escolar com a componente tecnológica, a formação teórica com a formação prática, abrese uma perspectiva com grandes vantagens profissionais. O concurso de Melhor Mecatrónico 2008 que contou uma vez mais com a participação activa da ATEC, enquadra-se plenamente nesta filosofia. Eugénio Bastos, Director da ATEC, partilha o mesmo sentimento: “O concurso Melhor Mecatrónico reveste-se de um grande significado para a instituição ATEC e participantes na medida em que permite aos alunos prepararem-se para um evento fora da sua esfera normal de trabalho, ao mesmo tempo que possibilita durante os três dias do evento, uma interacção muito importante entre todos, alunos e professores de instituições diferentes, tudo contribuindo para o enriquecimento de toda uma comunidade com

Os troféus que assinalaram a classificação dos 10 concorrentes.

ferramentas que irão reflectir-se mais tarde nos indivíduos como profissionais e pessoas”. O Director da ATEC explica que “são alunos de várias instituições de ensino que estão entre os melhores, e que ganharam por direito próprio uma participação no Melhor Mecatrónico, no fundo um prémio pelo desenvolvimento positivo como formandos”. As provas são diversificadas e a forma como decorreram demonstrou que apesar de distintas, as escolas profissionais que marcaram presença proporcionam um ensino de elevada qualidade. “Podem eventualmente não possuir as mesmas condições físicas da ATEC, mas o factor humano é realmente muito bom, quer ao nível do ensino, como ao nível da aprendizagem”, realçou Eugénio Bastos. A finalizar, o Director da ATEC, sublinhou que “este ano o último dia do concurso coincidiu com o dia de visitas para os alunos das escolas circundantes, o que conferiu um colorido diferente à iniciativa de Melhor Mecatrónico. O dia aberto é muito importante para os alunos que se encontram numa fase única das suas vidas, que é a de decidirem qual o caminho que querem seguir após o 9.º ano de escolaridade. Podem continuar o percurso escolar normal ou optar pela aprendizagem de uma profissão”. No dia aberto estiveram presentes cerca de 35 escolas dos distritos de Setúbal e Lisboa.

Luís de Melo, 4.º classificado, na prova dos circuitos eléctricos.

O 3.º dia coincidiu com o "dia aberto" da ATEC para visitas das escolas.

Luís Barbosa, vencedor do concurso, concentrado durante uma prova. PUB


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António Tavares, Responsável pelos Cursos Mecatrónico na ATEC

“Um prémio para os alunos”

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Para António Tavares, o concurso permite cimentar os conhecimentos. oje mais do que nunca é imprescindível a formação de jovens técnicos para aumentar a qualidade do capital humano das empresas, que assim ficam munidas com quadros empreendedores tecnicamente competentes, com elevada flexibilidade e criatividade. A indústria automóvel, hoje mais do que nunca, necessita de ter nos seus quadros técnicos capazes de optimizar os processos envolvidos na produção dos diversos componentes e serviços do pós venda, de forma a manter-se competitiva em relação aos seus concorrentes. O concurso Melhor Mecatrónico enquadra-se nesta filosofia: Permitir cimentar os conhecimentos dos alunos que participam, cumprindo escrupulosamente as tarefas PUB

A 2.ª edição do concurso Melhor Mecatrónico, reflecte como a ATEC quer contribuir para o enriquecimento do país, potenciando o crescimento de pessoas e organizações. António Tavares, Responsável pelos Cursos Mecatrónico na ATEC, explicou porque o concurso Melhor Mecatrónico faz parte integrante do processo de crescimento e qualificação dos alunos. multi-facetadas exigidas para os profissionais nas oficinas, nas áreas da mecânica, electricidade, electrónica e diagnóstico. Conferiu altos índices de motivação nos participantes. António Tavares, Responsável pelos Cursos Mecatrónico na ATEC, partilha do mesmo sentimento. “O evento Melhor Mecatrónico é muito gratificante porque é mais um contributo para a formação dos alunos, essencial nos dias de hoje. Além do número de pessoas envolvidas, dos meios que são necessários, dos consumíveis utilizados, do equipamento e das próprias viaturas, há sempre a componente humana da preparação, traduzida na formação intensiva dos alunos na parte final da preparação para o concurso, tudo contribuindo para uma dinâmica

muito especial do evento”. Segundo o responsável pelos Cursos Mecatrónico na ATEC, “o concurso revelou mais uma vez a qualidade dos formandos participantes. No ano passado já tínhamos tido um bom nível, mas este ano penso que o nível dos participantes foi ainda melhor. Mas concurso é concurso e os concorrentes ainda muito jovens acusam um pouco a situação, o facto de estarem a ser avaliados e de estarem também a ser observados por várias pessoas, júri incluído. A exposição é uma situação que já se verifica nos concessionários com a implementação dos ‘open space’, em que há a possibilidade dos clientes verem o que está a ser feito na sua viatura”. No entanto, António Tavares reconhece as diferenças entre alunos em plena formação e

profissionais com uma grande experiência: “Claro que é completamente diferente o comportamento do profissional que na maioria dos casos possui uma larga experiência, comparativamente a jovens ainda num processo de evolução. Seja como for, para os alunos, este concurso reveste-se de uma mais valia extremamente importante. É um bom treino, inclusive, para o exame no final do curso. E existem jovens que parecem já muito à vontade nos trabalhos que desenvolvem”. Mas nem tudo caminha sobre rodas. Segundo António Tavares, “existem ainda algumas carências no conhecimento base ao nível da electricidade, um aspecto que estou certo vai ser melhorado pelos alunos”.



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Fernando Carvalho, Gerente do TTT-Technical Training Team (Júri)

“A qualificação é o elo forte do desenvolvimento” Acesso aos componentes para detecção das avarias

Mais um exemplo da exigência colocada no concurso

André Reis, 8.º classificado, a ser avaliado por um elemento do júri

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O TTT-Technical Training Team, direcciona a sua intervenção no âmbito da formação profissional para a melhoria das competências dos formandos. Na qualidade de júri, Fernando Carvalho, Gerente do TTT, pôde ver que o desempenho dos jovens a futuros profissionais é já muito bom.

formação é determinante para se ficar munido das melhores práticas, e paralelamente à formação profissional e desenvolvimento das competências práticas, há que se intervir também no desenvolvimento pessoal dos participantes, “para que estes fiquem melhor habilitados a dar resposta às exigências das actuais e futuras estruturas de produção e trabalho”, sublinhou o Gerente do TTT. “O objectivo da instituição que dirijo é o de criar e gerir uma estrutura de formação que, com a transferência do knowhow das Marcas automóveis e outras entidades clientes, permita qualificar novos trabalhadores com capacidades para corresponder às necessidades próprias das empresas dos sectores onde se inserem. Só com a participação de empresas como

Fernando Carvalho, um dos elementos do júri para o Melhor Mecatrónico. a TTT, os funcionários podem evoluir e ganhar credibilidade num mercado altamente competitivo”, reclamou Fernando Carvalho. Sobre o concurso onde participou na

qualidade de elemento do júri, referiu que “este evento veio mostrar mais uma vez que Portugal tem um nível de qualificação profissional em desenvolvimento, muito importante face a uma envolvente internacional extremamente competitiva”. A viragem para um Portugal melhor requer a mobilização e o empenho de todos, “e a entidade formadora TTT, hoje na qualidade de júri, está empenhada em participar nas mudanças em curso. Os alunos que hoje tive o privilégio de assistir são parte do elo forte de um amanhã promissor”. Sobre a forma como decorreu o concurso nos seus vários aspectos, congratulou-se pela boa organização, por mais uma iniciativa inédita e também pelo convite endereçado à sua pessoa e á instituição que dirige.

José Filipe Rodrigues, Resp. pela formação no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) Centro de Formação Profissional do Seixal (Júri)

“Jovens valores com muito Luís de Melo sempre concentrado, ficou a um passo do pódio.

A visita dos alunos das escolas deu uma cor acrescida ao evento.

Os 10 participantes da 2ª edição do evento Melhor Mecatrónico.

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potencial”

Como responsável pela formação de jovens candidatos a futuros profissionais, e na qualidade de júri no concurso Melhor Mecatrónico, José Filipe Rodrigues pôde constatar que “existem valores seguros no campo da Mecatrónica Automóvel, o que traduz uma garantia para o futuro”.

ligação entre a formação profissional e o mercado de trabalho é a única via para que os profissionais sejam capazes de desempenhar as suas funções com eficácia. Esta ideia é partilhada por José Filipe Rodrigues, elemento do júri no Melhor Mecatrónico 2008, que tem na paixão da formação a motivação para o seu quotidiano. “Os cursos profissionais contribuem de forma decisiva para a inserção rápida dos jovens no mercado de trabalho. Um dos caminhos para que sejam ultrapassadas as dificuldades de se encontrar bons profissionais traduz-se numa oferta formativa de cursos para jovens de várias profissões, de que as várias instituições que hoje marcaram presença neste concurso são bons exemplos, começou por referir José Filipe Rodrigues. “Os grandes desa-

José Filipe Rodrigues, elemento do júri que avaliou os alunos. fios passam por promover uma formação evoluída, a renovação contínua dos métodos e metodologias, para que tudo possa contribuir para uma sociedade desenvolvida. Hoje como júri pude assistir a uma

amostra do que é feito pelo país na área da Mecatrónica Automóvel”, sublinhou. A instituição da qual faz parte, o IEFP, oferece ao mercado acções de formação contínua de alto nível, confiando no conjunto dos seus colaboradores, os quais estão imbuídos de um elevado espírito de equipa e de motivação. “Só assim conseguimos encarar todos os projectos, por mais complexos que sejam, com um espírito de sucesso”. A terminar, não quis deixar de sublinhar que “hoje como elemento do júri, realizei a minha função de forma extremamente gratificante, pois senti que a avaliação que estava a prestar a jovens valores com muito potencial, foi mais um contributo para o amanhã de uma classe verdadeiramente mecatrónica e vencedora”.



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Classificações Melhor Mecatrónico 2008

Luta renhida por pontos O concurso Melhor Mecatrónico 2008 produziu alunos mais capazes, mas também prémios de acordo com a classificação que o júri atribuiu ao desempenho de cada concorrente. Os três primeiros classificados “jogaram” fora de casa.

PERGUNTAS 1 - Nome 2 - Idade 3 - Escola que frequenta 4 - Curso que frequenta 5 - Ano do curso 6 - Mudaria alguma coisa na realização da prova no sentido de a tornar mais espectacular? 7 - A prova contribuiu para cimentar os seus conhecimentos? 8 - Em que tipo de oficina gostaria de trabalhar quando terminar o curso? 9 - Está optimista relativamente ao mercado de trabalho que vai encontrar quando terminar o curso? 10 - Quais as maiores dificuldades que um mecatrónico encontra hoje no desempenho das suas funções? 1.º Classificado (588 pontos) 1 - Luís Barbosa. 2 - 24 anos. 3 - CEPRA. 4 - Mecatrónica Auto. 5 - 1.º ano. 6 - Alargaria a prova a várias marcas automóveis, com diversidade de provas em cada tipo de veículo. 7 - Sim, sem dúvida. Nesta profissão toda a experiência é pouca e ao participar adquirem-se e testam-se os conhecimentos adquiridos. 8 - Numa oficina que possa progredir na carreira e que possa beneficiar de formação para aumentar os meus conhecimentos. 9 - Sim. Penso que cada vez mais qualquer oficina precisa de técnicos especializados e o nosso curso dános bases bastante grandes para esta profissão. 10 - O automóvel é uma máquina cada vez mais complexa, sendo a maior dificuldade a obtenção de informação adequada a cada tipo de situação. A resolução das avarias está muito diversificada. 2.º Classificado (580 pontos) 1 - Emanuel Luz. 2 - 19 anos. 3 - IEFP Tomar. 4 - Mecatrónica Auto. 5 - 1.º ano. 6 - Sim, cada examinador devia ter uma única função, e não examinar várias provas de diferentes modalidades. 7 - Sim, em vários aspectos. Chama-se a isto experiência. 8 - Numa própria, em que trabalhe e seja simultaneamente o proprietário. 9 - Sim, porque mecatrónica é basicamente duas funções, mecânica e electricidade, e técnicos qualificados nessas áreas ainda escasseiam. 10 - As avarias electrónicas difíceis de descortinar, por vezes devido à falta de material.

3.º Classificado (535 pontos) 1 - Ricardo Alves. 2 – 26 anos. 3 - IEFP Tomar. 4 - Mecatrónica Auto. 5 - 2.º ano. 6 – Concordo com a realização das provas nestes moldes. 7 - Sim, em todos os aspectos. 8 - Numa oficina BMW. 9 - Sim. Os técnicos qualificados são cada vez mais necessários. 10 - O material de diagnóstico tem custos bastante elevados.

7.º Classificado (483 pontos) 1 - Luís Pinheiro. 2 - 19 anos. 3 - IEFP Seixal. 4 - Técnico de Mecatrónica Automóvel III. 5 - 3º ano. 6 - Não. 7 - Sim. Obtive conhecimentos novos. 8 - Nenhuma, porque não penso trabalhar numa oficina. 9 - Sim. Trata-se de um mercado em evolução que precisa de mão de obra qualificada. 10 - A falta de condições em alguns casos.

4.º Classificado (530 pontos) 1 - Luís de Melo. 2 - 21 anos. 3 - DUAL - CCILA (Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã. 4 - Téc. de Mecatrónica Automóvel III. 5 - 3.º ano. 6 - Sim, colocaria júris fixos. 7 - Sim, ao aprender com os erros cometidos. 8 - Numa oficina bem equipada a nível de aparelhos de diagnóstico e outros. 9 - Sim, é um mercado em grande desenvolvimento. 10 - Falta de condições e divergências entre marcas.

8.º Classificado (455 pontos) 1 - André Reis. 2 - 21 anos. 3 - CEPRA. 4 - Mecatrónica Auto. 5 - 1º ano. 6 - Sim, introduziria veículos de várias marcas, sendo sorteados para a realização das provas. 7 - Sim. Aprendi bastante durante os dias do Concurso. 8 - Multimarca especializada. 9 - Sim. 10 - Sistemas cada vez mais específicos e pouco espaço para trabalhar.

5.º Classificado (511 pontos) 1 - João Santos. 2 – 17 anos. 3 - DUAL – CCILA (Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã. 4 - Téc. de Mecatrónica Automóvel III. 5 - 3.º ano. 6 - Mais espectacular não. Mas acho que os júris deviam ser os mesmos para todos. 7 - Sim, porque aprendemos com os nossos erros e os que cometi não são para repetir. 8 – Numa oficina multimarca, para poder reparar vários modelos de marcas diferentes. 9 – Sim, porque a actividade de Mecatrónico Auto á necessária nas modernas oficinas. 10 -A diversidade de marcas automóveis com conceitos diferentes.

6.º Classificado (496 pontos) 1 - Ricardo Correia. 2 – 17 anos. 3 - ATEC. 4 - Téc. de Mecatrónica Automóvel. 5 - 3.º ano. 6 - Maior número de provas e mais diversificadas. 7 - Sim. 8 - Oficina de investigação e desenvolvimento na área automóvel. 9 - Bastante optimista. 10 - Na maioria das oficinas ainda se faz a distinção entre mecânico e electricista. O mecatrónico é incompreendido.

9.º Classificado (425 pontos) 1 - José Silva. 2 - 19 anos. 3 - ATEC. 4 - Técnico de Mecatrónica Automóvel. 5 - 3º ano. 6 - Não. 7 - Contribuiu, pois deu para aperfeiçoar o meu método de trabalho. 8 - Numa oficina da marca VW. 9 - Sim e não, pois o mercado de trabalho é muito competitivo. Tem-se que demonstrar as qualidades de uma forma permanente. 10 - A competitividade, pois se a procura de técnicos qualificados é alta, a procura de trabalho é ainda maior.

10.º Classificado (419 pontos) 1 - Hugo Santos. 2 – 18 anos. 3 - IEFP Seixal. 4 - Téc. de Mecatrónica Automóvel III. 5 - 2º ano. 6 - Não, gostei de tudo. 7 - Em alguns aspectos sim. 8 - Gostaria de ir trabalhar para a Mercedes 9 - Sim, porque é um curso com futuro. 10 - As maiores dificuldades prendem-se com a diversidade das marcas.


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Descritivo das provas do concurso Melhor Mecatrónico 2008

Tarefas comuns, complexidade acrescida

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As provas do concurso espelham o dia a dia dos serviços em muitas oficinas. A dificuldade das mesmas prende-se quase exclusivamente com a complexidade dos modernos veículos. A experiência e o estudo são os maiores aliados dos formandos para desempenhos correctos e rápidos.

s provas do concurso Melhor Mecatrónico 2008 foram quatro, cada uma com um grau de dificuldade específico da tarefa em causa.

Devem os circuitos obedecer às seguintes regras:

Iluminação Protecção adequada, de acordo com os consumíveis operados; Operação através de relés, dos médios e máximos; Iluminação interior controlada pelos interruptores de portas; Médios e máximos interditos com a chave de ignição desligada; Luz de encadeamento possível mesmo com chave desligada.

TRAVÕES Requer-se que se façam a substituição de maxilas; a substituição de bombites, com as tarefas inerentes associadas; a substituição de tambores traseiros; a afinação de travão de mão.

Enunciado Devem os concorrentes efectuar a busca da marca da viatura, modelo e código de motor aplicável e, em função da informação técnica detalhada do Autodata, Bosch KTS 650 ou ELSAWIN, proceder à operação enunciada. Requer-se que façam: Substituição de maxilas; Substituição de bombites, com as tarefas inerentes associadas; Substituição de tambores traseiros; Afinação de travão de mão. Devem ter em conta todas as regras de higiene e segurança, assim como a utilização de métodos de trabalho com lógica sequencial e a manutenção do estado de operacionalidade funcional de viatura, na perspectiva da prestação de um serviço óptimo a um cliente virtual e assumindo a concepção da optimização dos tempos de mão-de-obra estabelecidos e que se traduzem em retoma de proveito económico para um empregador directo ou criador do seu próprio emprego. Instruções para o Júri Na execução desta prova os critérios de avaliação incidem sobre a qualidade do acabamento do trabalho efectuado. Esta intervenção de substituição destes componentes, em elemento crítico, implicam o assumir de postura requerente de uma tarefa de manutenção com afectação imediata da segurança para a viatura em questão, assim como de todo o sistema rodoviário. Devem os elementos do júri inferir Antes da execução das tarefas: Da preparação do material, ferramenta e consumíveis; Da segurança da fixação da viatura; Da protecção da viatura

Durante a execução: Da preocupação para evitar danos na viatura, provocados por ferramentas, óleos ou outros elementos; Da destreza do manuseamento dos componentes; Da resolução eficaz de imprevistos originados por dificuldades de remoção de componentes que são difíceis

de desprender; Do posicionamento das rodas e tampões das jantes, evitando riscos e empenos; Da obrigatoriedade de os componentes removidos serem encaminhados para o ciclo de reciclagem; Da correcta fixação dos componentes instalados, com os apertos especificados; Do teste operativo após toda a reinstalação de componentes Após a execução do trabalho: Da limpeza e arrumação da ferramenta, viatura e peças; Do controlo de funcionamento correcto da viatura, em segurança

JUNTA DA CABEÇA Neste prova pede-se aos concorrentes que procedam à substituição da junta da cabeça do motor e correia de distribuição, de acordo com as especificações técnicas, instruções detalhadas, binários de aperto correctos e especificados, assim como ao teste de operacional e de fiabilidade.

Enunciado Proceder à substituição da junta da cabeça do motor e correia de distribuição do motor TDI 2.0 (cód. BMM). Devem os concorrentes efectuar a busca da marca da viatura, modelo e código de motor aplicável e em função da informação técnica detalhada, proceder à operação enunciada. Instruções para o Júri Na execução desta prova os critérios de avaliação incidem sobre a qualidade do acabamento do trabalho efectuado. Esta intervenção de substituição de junta de cabeça e correia de distribuição, deve ser considerada como interventiva em elemento crítico, implicando o assumir de postura de uma operação de manutenção com afectação imediata da segurança para a viatura em questão, assim como de todo o sistema rodoviário.

Devem os elementos do júri inferir Antes da execução das tarefas: Da preparação do material, ferramenta e consumíveis; Da segurança da fixação da viatura; Da protecção da viatura; Alertar o concorrente para substituir os pernos da cabeça, mesmo que a informação técnica aponte para a sua não efectivação. Durante a execução: Da preocupação para evitar danos na viatura, provocados por ferramentas, óleos ou outros elementos; Da destreza do manuseamento dos componentes; Da resolução eficaz de imprevistos originados por dificuldades de remoção de componentes que são difíceis de desprender; Da obrigatoriedade de os componentes e fluidos removidos serem encaminhados para o ciclo de reciclagem; Da correcta fixação dos componentes instalados, com os apertos especificados; Do teste operativo após toda a reinstalação de componentes Após a execução do trabalho: Da limpeza e arrumação da ferramenta, viatura e peças; Do controlo de funcionamento correcto da viatura, em segurança.

CIRCUITOS ELÉCTRICOS Devem os concorrentes proceder à montagem de circuitos de iluminação, sinalização, limpa-vidros, observando as regras de segurança, respeito pela Lei de Ohm, inserção de componentes de protecção e controlo, assim como do teste operacional de fiabilidade. Enunciado Proceder à montagem de um circuito eléctrico automóvel sob as normas DIN, em Bancada ELWE, que comporte os elementos de sinalização interior e exterior, limpa-vidros e de sinalização.

Sinalização Sinalização normal interdita com chave desligada; Sinalização de emergência possível com chave desligada. Os Limpa-Vidros, devido às ligações dos painéis ELWE, podem ser operados com a chave desligada Instruções para o Júri Na execução desta prova os critérios de avaliação incidem sobre a proficiência na montagem de circuitos eléctricos em bancadas didácticas, respeitando as regras da implantação de órgãos eléctricos nos automóveis. Estas montagens pressupõem a conjugação de competências ao nível do manuseamento de Instrumentos de medida, das Unidades Eléctricas e do funcionamento de elementos de consumo.

Devem os elementos do júri inferir Antes da execução das tarefas: Da concepção dos circuitos solicitados, de acordo com os critérios de evidência a avaliar; Da preparação de todo o material a ser utilizado; Da implantação dos diversos componentes com lógica de localização adequada e semelhante à aplicada em viaturas;

Durante a execução: Da preocupação para evitar danos provocados por má montagem; Da compreensão da arquitectura dos esquemas eléctricos; Da destreza do manuseamento dos componentes; Da resolução eficaz de imprevistos e ligações mal efectuadas; Da comprovação contínua das ligações, com aparelhos de medida; Do teste operativo após toda a reinstalação de componentes Após a execução do trabalho e sua experimentação de funcionalidade: Da arrumação dos componentes utilizados DIAGNÓSTICO O diagnóstico não podia ficar de fora. Uma prova “obrigatória”, sempre com o auxílio de equipamentos apropriados.


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Patrocinadores e apoios que tornaram possível o concurso de Melhor Mecatrónico 2008

Marcas e empresas do aftermarket presentes A formação é um assunto transversal a todos os aspectos da vida das empresas. O pós venda automóvel não foge à regra. O apoio das marcas e empresas do sector ao concurso Melhor Mecatrónico 2008 simboliza essa realidade.

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O

PATROCINADORES Bendix/Jurid

s marcas Bendix e Jurid dispensam apresentações na travagem para o aftermarket e Primeiro Equipamento. Em Portugal as duas marcas estão presentes numa proporção que ronda os 45% para a Jurid e 65% para a Bendix. É um bom exemplo de como duas marcas de um único fabricante podem ser implementadas num país com sucesso. A Bendix e a Jurid pertencem à Honeywell Friction Materials, uma divisão do Grupo Honeywell. A Honeywell Friction Materials é um gigante no fabrico de produtos de fricção automóvel para Equipamento de Origem e aftermarket, possuindo no seu portfolio uma diversidade alargada de produtos de travagem, nomeadamente pastilhas e maxilas de travão, kits de reparação, discos e tambores, componentes hidráulicos, pinças, cabos, tubos, fluidos de travão e outros produtos de travagem para o mercado de substituição e Equipamento de Origem. Os produtos de fricção Bendix e Jurid destinamse a automóveis de turismo, comerciais ligeiros e pesados, cobrindo mais de 95% das necessidades do mercado europeu.

Monroe

porta-estandarte da Tenneco na área da suspensão para o pós venda dá pelo nome de Monroe. Um dos produtos de maior sucesso são os amortecedores Monroe Original, para turismos. Estas peças que são verdadeiros sucessos de venda na Europa, possuem tecnologia a gás ou hidráulica e oferecem – como o nome sugere – as mesmas características dos amortecedores de primeiro equipamento. Contudo, os amortecedores Monroe Original são especialmente desenhados para o mercado de substituição, incorporando um benefício adicional: compensam o desgaste na suspensão e outros componentes, o que ocorre normalmente num carro depois de percorrer milhares de quilómetros. Este é, aliás, um dos segredos dos Monroe Original. A Monroe é uma marca norte americana pertencente à Tenneco Inc., um dos maiores criadores, produtores e fornecedores de produtos e sistemas de controlo de emissões e de condução para primeiro equipamento e mercado de substituição, comercializados essencialmente sob as marcas Walker e Monroe. A Monroe foi pioneira no desenvolvimento de amortecedores há quase um século.

APOIOS Berner O grupo Berner é líder no fornecimento de consumíveis e ferramentas para uso profissional em oficinas e indústria. No ramo automóvel, os clientes da Berner são, sobretudo, oficinas de reparação automóvel, de veículos ligeiros, pesados, agrícolas, para a construção, e empresas de transporte. O ponto forte da Berner, como distribuidor directo, é a sua orientação absoluta dirigida ao cliente. Essa orientação vai desde a sua presença no local, até à sua cadeia logística que engloba o mundo inteiro e garante que 98 por cento dos seus 25.000 artigos cheguem ao cliente num prazo de 24 a 48 horas. O Grupo dispõe de 6.500 colaboradores em toda a Europa.

Creat Business A Create Business é um conceito de distribuição criado em Portugal em 2003, que se rege por quatro princípios de funcionamento: Inovação,

Criatividade, Imagem e Uniformização. Faz parte da ATR International, o terceiro maior Grupo de Distribuição europeu de peças automóveis para o aftermarket independente. São muitas as marcas que fazem parte do seu portfolio de produtos para o pós venda, por exemplo a DAYCO, KYB, VALEO, Grupo Schaeffler (INA, FAG, LUK), MAHLE, REG, BLUE PRINT, EXIDE, CASTROL, TRW, BOSCH, QUINTON HAZELL, ELRING e TEXA.

SKF A SKF é uma marca tradicionalmente forte nos rolamentos, mas que há muito iniciou um processo de diversificação dos seus produtos, possuindo hoje uma gama completa para o aftermarket, que beneficia da larga experiência adquirida como fornecedor de Equipamento de Origem. Para veículos ligeiros e pesados disponibiliza desde bombas de água a kits de bombas de água, passando por kits de rolamentos de roda, kits de suspensão, kits de correias

de distribuição, kits de correias Multi-V, tensionadores de correias, rolamentos de embraiagem, juntas homocinéticas, entre outras soluções. Uma das últimas incorporações à gama são os kits de rolamentos de roda VKBA e kits de rolamentos de roda com disco/tambor de travão prémontado VKBD. Os produtos SKF são vendidos em 150 países.

Stand Barata O Stand Barata é uma referência na distribuição de peças de qualidade para o pós venda. Conta com 9 Lojas e um armazém central, abrangendo Almada, Cruz de Pau, Barreiro, Seixal, Setúbal, Santiago do Cacém, Évora, Faro e Portimão. A empresa tem vindo também a reforçar o seu quadro de colaboradores, contando actualmente com perto de uma centena de elementos. Paralelamente utiliza na sua logística 40 veículos de distribuição. Recentemente foi lançado em todas as Lojas Stand Barata uma nova estratégia comercial na área da carroçaria e

colisão. Esta alteração possibilitará aos clientes adquirem, a preços mais competitivos, uma vasta gama de produtos nesta área.

Würth A Würth possui uma dos mais abrangentes portfolios do mundo destinados ao aftermarket. Em Portugal não foge à regra e isso traduz-se em cerca de 50 mil clientes, 12 mil produtos (50 mil disponíveis em todo o Grupo), 750 colaboradores, perto de 65 milhões de euros de facturação anual, e 7 filiais (Porto, Aveiro, Viseu, Mirandela, Leiria, Abrunheira e Algarve). A Würth Portugal foi fundada a 12 Junho de 1974 por Reinhold Würth e José Carlos Viana. Em 2001, a Würth Portugal foi considerada uma das melhores empresas do Grupo Würth, constituído por 270 instituições em todo o mundo. A empresa portuguesa é constantemente referenciada por Reinhold Würth como exemplo nos seus discursos internos.



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EVENTO Rede Eurotyre em Convenção fortalece estratégia

Insígnia europeia

rumo ao sucesso A Eurotyre, rede de oficinas especializadas em pneus, a que juntam serviços de manutenção complementares, reuniu nos dias 8 e 9 de Março os seus membros para fortalecimento de estratégias e aprovação de soluções para o futuro. Acima de tudo, cimentaram a mensagem de que as casas de pneus para se manterem visíveis e se distinguirem no meio da concorrência, precisam de pertencer ao clube das grandes insígnias conhecidas por todos, como é o caso da Eurotyre.

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Eurotyre, conceito líder em soluções e serviços no domínio da substituição e manutenção de pneus, assim como na manutenção e reparação de órgãos mecânicos automóveis em geral, reuniu os seus associados em Lisboa numa jornada que permitiu o fortalecimento de laços e o estreitamento do contacto com os vários fornecedores, que se encontravam presentes com algumas novidades. A Arc En Ciel, S.A., é a entidade a que pertence a marca Eurotyre, uma rede independente europeia, sendo que os membros se transformam em accionistas sem o compromisso de obrigatoriamente comprarem os produtos a um ou outro fabricante. Ou seja, pretende ser uma rede o mais independente possível no seu modo de funcionamento. A Central Eurotyre permite aos aderentes obterem condições comerciais competitivas que têm a particularidade de não serem negociadas em função do seu volume de negócios mas sim ao do grupo. Graças à Central, os aderentes ficam habilitados a venderem produtos e marcas específicas, passam também a dispor de uma marca exclusiva e beneficiam de ofertas especiais dos fornecedores. Eles recebem uma única factura por fornecedor e podem ainda fazer as encomendas via Internet. Os pontos de venda que fazem parte da rede Eurotyre em Portugal, ao entrarem no grupo, além de se tornarem accionistas da Arc En Ciel, S.A., passam a ser geridos por um Conselho de Administração. “A Eurotyre disponibiliza um modelo inovador, apostando no pioneirismo como factor diferenciador no mercado. Ao rigor, qualidade dos serviços e produtos, disponibilizados pela Arc en Ciel Pneumáticos, S.A., junta-se uma cobertura inédita e abrangente dos pontos de assistência Eurotyre, que aliam a competência técnica especializada à qualidade dos seus produtos”, explicou Rui Silva, Director Geral da Eurotyre em Portugal. De França a Portugal, mais de 650 pontos de venda aderiram já à insígnia Eurotyre. O objectivo é serem a primeira rede de independentes na Europa. Trabalham por isso os sectores chave e a diversificação. Inclui o mercado dos ligeiros, comerciais, 4x4, pesados, agrícolas e industriais. Um programa

Cima: Espaço onde marcaram presença alguns dos fornecedores da rede Eurotyre. Baixo: A mesa com elementos da Eurotyre durante a Convenção de Lisboa.

Arc en Ciel Pneumáticos, SA Sede: Edf. Fábrica Portugal - Unidade Eurotyre Av. Marquês de Pombal, 524 2715-128 Sabugo Responsável: Rui Silva Telefone: 21 962 42 56 Fax: 21 962 42 58 Internet: www.eurotyrept.com

Rui Silva, Director Geral da Eurotyre em Portugal, na Convenção realizada em meados de Março, onde afinaram estratégias para 2008.

completo de formações técnicas é outro elo de fortalecimento da estratégia desta rede. A crescente sofisticação dos veículos é um ponto que a rede não descura. Assim, os responsáveis da Eurotyre têm a noção de que os profissionais dos pneus deverão desenvolver competências e serviços novos. E para isso está para breve o apetrechamento dos membros com novos aparelhos de diagnóstico e com novas técnicas de trabalho. Como referiu Rui Silva, “hoje até a realização das mais simples operações de manutenção necessitam do domínio da electrónica”. É exemplo a substituição das pastilhas de travão nos modernos veículos. A notoriedade dos pontos de venda está fortemente alicerçada na visibilidade da sua insígnia forte, orientada para o grande público para que identifique claramente um conceito de funcionamento inovador. A dimensão faz a força. Tendo isso em vista, as casas de pneus independentes compreenderam que o desenvolvimento passa pela uniformização de práticas e imagem para que o condutor sinta a confiança do serviço. O conceito Eurotyre proporciona essa mais valia aos seus aderentes. A Eurotyre é mais que uma Central de Compras. O conceito de Central de Vendas assenta-lhe que nem uma luva, tendo em vista que canaliza os seus esforços não só para a optimização das margens de lucro dos aderentes, como ainda disponibiliza toda uma filosofia de funcionamento claramente vocacionada para o cliente final na perspectiva de que é este que determina em última análise o sucesso de cada um dos membros aderentes à rede. “A Eurotyre estabeleceu parcerias com grandes fabricantes, sendo que em troca dos volumes de encomendados de produtos de primeira qualidade, os seus aderentes recebem ajudas concretas que as canalizam para a satisfação do cliente final”, referiu a Rui Silva. Traduzido por outras palavras, os aderentes Eurotyre beneficiam das condições comerciais obtidas pela Central, que são mais vantajosas caso comprassem directamente. Além disso, “os aderentes do Grupo Eurotyre unem-se a uma rede de profissionais experientes e com elevado know how”, concluiu Rui Silva.



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EVENTO Audatex realiza Jornada Técnica dedicada aos Veículos Pesados

Pioneirismo como factor diferenciador

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A Audatex iniciou um novo ciclo de Jornadas Técnicas. A primeira edição de 2008 foi dedicada aos Veículos Pesados, onde foram focados os pontos essenciais a observar na reparação deste tipo de veículos.

Audatex, líder mundial em soluções e serviços no domínio da regularização de sinistros, realizou entre 26 e 29 de Fevereiro a primeira edição deste ano das Jornadas Técnicas. O tema, dedicado aos Veículos Pesados, contou com a participação de 44 peritos e especialistas ligados à regularização de sinistros. A Audatex vai disponibilizar em breve modelos de Veículos Pesados na sua plataforma Audatex.net, continuando a aposta no pioneirismo como factor diferenciador no mercado. MAN, Mercedes e Iveco serão as primeiras marcas a poderem ser encontradas no sistema AudaPad*. Por outro lado, o AudaVin* continuará a desempenhar um papel de destaque, na correcta identificação e rigorosa caracterização técnica dos veículos deste importante segmento. “Ao rigor e qualidade da informação fornecida pelo Sistema Audatex, com uma cobertura inédita e abrangente – ligeiros, motociclos e pesados – temos vindo a aliar a competência técnica de formações especializadas, com vista a aperfeiçoar, de forma transversal, os conhecimentos de todos os utilizadores”, explicou Mário Garrido, CEO da Audatex. Ao longo dos 4 dias da Jornada Técnica dedicada aos Veículos Pesados, foram focados os pontos essenciais a observar na reparação destes veículos, tais como a sua constituição estrutural e principais nomes das peças, as deformações nas estruturas, os tipos de ligações, a identificação do chassis, os equipamentos electrónicos dos pesados e as boas práticas na orçamentação de reparação de pesados com aplicação prática no sistema Audatex. As Jornadas Técnicas são um ciclo de formações que têm como objectivo dotar de conhecimentos técnicos e práticos, em temas especializados, os profissionais da área. Este foi o modelo encontrado pela Audatex para colmatar algumas lacunas do sector, em sessões de um dia, com uma parte teórica e uma componente prática. Nesta primeira sessão de 2008, estiveram presentes três gabinetes de peritagem e duas seguradoras. O balanço positivo já colocou na agenda uma segunda edição dedicada aos Veículos Pesados, com data a estipular. De lembrar que a Audatex já tinha realizado em 2007 uma Jornada Técnica especializada, na altura para motos, que contou com elevada participação e interesse

Audatex Portugal Sede: Torre Zen - Av. D. João II, Lote 1.17.01 - 11.º Piso 1990-083 Lisboa Director Geral Mário Garrido Telefone 21 723 28 00 Fax 21 896 68 42 Internet www.audatex.pt

A Audatex realizou a primeira edição deste ano das Jornadas Técnicas, com enfoque nos Veículos Pesados. Foram quatro dias com 44 presenças no total. dos presentes, tendo sido abordadas questões técnicas especializadas sobre as preocupações eleitas pelos clientes no âmbito da peritagem de motos. A primeira sessão de formação de 2008 dedicada aos Veículos Pesados, decorreu no centro de formação da Hydraplan - MAN, parceiro da Audatex neste segmento. Seguradoras, gabinetes de peritagem, oficinas de reparação, grupos e associações de reparadores, e compradores de salvados, são algumas das comunidades

que desde há muito beneficiam da qualidade e excelência da oferta global da Audatex, assente num portfolio de soluções modulares e escaláveis, sem no entanto deixarem de ver contempladas as diversas especificidades de cada cliente ou grupo particular.

*AudaPad - Solução standard de mercado para a orçamentação de reparação automóvel. Rigor, transparência e abrangência são algumas das suas características mais fundamentais, permi-

tindo uma avaliação consistente e decisiva de um veículo sinistrado, através do acesso a informação técnica disponibilizada pelos construtores automóveis. Toda esta informação é devidamente complementada por um sistema de apresentação e navegação gráfica dos respectivos modelos, e enriquecida com funcionalidades de optimização. *AudaVin - Através do número de chassis, esta solução disponibiliza informação detalhada sobre todas as características de um veículo aquando da sua saída de fábrica, integrada automaticamente no orçamento AudaPad. Permite encurtar tempo na correcta e inequívoca identificação de um veículo a orçamentar.



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EVENTO Vigotrading faz apresentação oficial das baterias Moura em Portugal

Baterias Premium a preços

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competitivos

A Vigotrading, empresa importadora e exportadora do ramo automóvel, fez no passado dia 29 de Fevereiro a apresentação oficial das baterias Moura, o quarto maior fabricante de baterias do mundo, consagrando, assim, uma real parceria de futuro.

marca Moura é mais um nome de relevo no panorama das baterias de arranque disponíveis em Portugal. A sua apresentação em Portugal contou com mais de 150 convidados, entre clientes, imprensa, parceiros ingleses, parceiros espanhóis, a Direcção da Moura e a banca (entre outros agentes). A Moura é o quarto maior fabricante de baterias do mundo e líder no Brasil e em toda a América Latina com cerca de 4.5 milhões de baterias automóveis produzidas em 2007 e com previsões de 10 milhões até 2010, sendo que equipa de fábrica 8 em cada 10 veículos produzidos no Brasil, de diferentes marcas, tais como a MERCEDES, RENAULT, IVECO, FORD, FIAT, VOLKSWAGEN, entre outras. A Moura é pioneira num novo tipo de construção de bateria automóvel a que deram o nome de "BATERIA INTELIGENTE". Esta bateria, tem um prazo de duração de pelo menos mais 50% do que as baterias automóveis “convencionais”. Esta bateria é construída tendo em conta todos os factores químicos, eléctricos e mecânicos a que é sujeita durante a sua vida útil. A conjugação tecnológica altamente desenvolvida destes três elementos, faz deste produto uma opção "PREMIUM" dentro da gama das baterias automóveis. No que diz respeito à relação preço/qualidade das baterias Moura, Filipe Ribeiro, Director Geral da Vigotrading, frisou o seguinte: “Apesar de ser uma bateria de alto nível tecnológico - fazendo parte do mundo "PREMIUM" - consegue chegar ao mercado com um preço abaixo das baterias com as mesmas amperagens de outras marcas de ‘topo’. O facto da Moura -

Vigotrading Morada Rua José Falcão, 575 4400-192 V. N. Gaia Director Geral Filipe Ribeiro Directora Comercial Maria José Valença Telefone 225 104 097 Fax 225 106 376 Email vigotrading@vigotrading.com.pt Webpage www.vigotrading.com.pt

Vigotrading, empresa dinâmica e jovem

o quarto maior fabricante de baterias do mundo e líder no Brasil e em toda a América Latina - ter a capacidade de produzir baterias de elevado nível tecnológico a um custo inferior aos outros grandes fabricantes, está relacionado com o ser proprietária de todos os sectores inerentes ao fabrico de uma bateria Siderurgia/Metalurgia e Plásticos - o que lhe dá a possibilidade de conseguir produzir um produto de alta qualidade a preços competitivos (devido à alta rentabilidade da produção)”. Relativamente ao número de retalhistas que estão a distribuir as baterias Moura em Portugal, a base de dados efectiva de clientes é de mais de 450 (entre eles, oficinas, lojas de acessórios e peças, distribuidores e parceiros estratégicos) de norte a sul do país e ilhas. Quanto ao número de unidades que esperam vender em 2008, Filipe Ribeiro, Director Geral da Vigotrading, aponta para cerca de 50 a 60 mil baterias. O número de unidades vendidas em 2007 cifrou-se em cerca de 18 mil baterias. Além da qualidade, as baterias Moura oferecem 2 anos de garantia total em to-

A Vigotrading, iniciou esta parceria com a Moura em Janeiro de 2007! Tendo por base um produto de excelente qualidade, a Vigotrading tem optado por uma estratégia comercial de proximidade com o cliente e por padrões de actividade comercial modernos entre os quais se destacam: Prévia análise do cliente antes da venda; Diversificação de tipos de cliente (propõem-se a pulverizar todo o território nacional com a marca Moura, optando, em certas zonas do país, por parcerias estratégicas); Acompanhamento do cliente/visitas com regularidade; Acompanhamento interpessoal do cliente. Um outro factor que caracteriza a Vigotrading é o espírito jovem dos elementos da empresa. O espírito de família está omnipresente nas cerca de 11 pessoas que compõem os quadros, à imagem do seu parceiro brasileiro.

Filipe Ribeiro, Director Geral da Vigotrading, realçou o alto índice tecnológico das baterias Moura como factor diferenciador. das as amperagens. “Temos um excelente serviço de pós-venda e podemos adiantar que temos vindo a fidelizar os nossos clientes. Isto é, a abertura de um novo cliente traz-nos a certeza da continuidade das relações comerciais, ou seja, um cliente que comprou Moura, é um cliente para sempre”, sublinhou Filipe Ribeiro.

Elementos da empresa Vigotrading no dia da apresentação oficial das baterias Moura em Portugal.

Prémios “Moura” São muitos os galardões conquistados pelas baterias Moura. Entre eles contamse os seguintes: Excelência Mundial Ford Motor Company; Qualidade de Produto - Volkswagen do Brasil; Excelência em Qualidade - Ford do Brasil; Master de Ciência e Tecnologia - Instituto de Estudos e Pesquisas de Qualidade; Top de Qualidade - Instituto de Estudos e Pesquisas de Qualidade; Autop of Mind Consumidores e Reparadores - Revista Mais Automotive.



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AMBIENTE Renascimento distinguida por boas práticas ambientais

A arte de dar vida aos carros em fim de vida

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A Renascimento apresentou os melhores resultados no desmantelamento de veículos em fim de vida e mereceu por isso o prémio de melhor empresa do ramo em 2007. A arte de desmantelar e dar sentido ao fim de vida dos veículos é o segredo do sucesso.

Renascimento - Sociedade de Recuperação e Valorização de Resíduos, Lda., é uma empresa acreditada pela Valorcar para o desmantelamento de veículos, estando por isso presente em todo o processo de recepção e tratamento de viaturas em fim de vida, desde a recolha da viatura, até ao desmantelamento e envio para reciclagem, passando ainda as suas atribuições por todo o processo burocrático de regularização de abate da matrícula junto da ANSR. O ano de 2007 revestiu-se de um significado especial para a Renascimento, pelo seu bom desempenho em prol do ambiente, culminando na atribuição pela Valorcar do prémio de melhor centro de desmantelamento de Veículos em Fim de Vida (VFV) do ano 2007 Em análise estiveram indicadores como o número de VFV recebido e a quantidade de materiais/componentes recuperados e enviados para reutilização, reciclagem ou valorização energética. Não foram também registadas desconformidades na empresa no âmbito das visitas não anunciadas periodicamente realizadas pela Valorcar. “O rigor no cumprimento das metas ambientais que imprimimos desde o início da nossa actividade, a par do empenho da nossa equipa em atingir um elevado padrão de qualidade, são dois dos factores que contribuíram para esta distinção”, salientou Elsa Pereira, da Direcção Comercial & Ambiente da Renascimento. Para além de ter recebido uma placa alusiva ao acontecimento, a Renascimento foi premiada com uma tesoura de desmantelamento de catalisadores da marca SEDA, com um valor aproximado de €5000, cedida pela empresa RECIQUIP. PUB

O facto de a Renascimento se inserir numa área da gestão de resíduos complexa e prolífera, não constituiu obstáculo depois de em 2006 ter visto a sua actividade certificada pela norma ISO 9001 e pela ISO 14001, “o que foi determinante para a nossa boa performance e a eficácia das tarefas”, acrescentou Elsa Pereira. De acordo com o Director Geral da Renascimento, Paulo Nascimento, “o nosso objectivo tem sido sempre maximizar as taxas de reutilização e reciclagem de resíduos e para isso, desenvolvemos procedimentos rigorosos de controlo que visam atingir aquela meta”. De acordo com a nova lei os proprietários de VFV terão de pagar imposto até ao cancelamento da matricula, pelo que esta empresa é uma mais valia para os proprietários, já que recolhe e desmantela a viatura, emite o certificado de

destruição e entrega a documentação na DGTT sem qualquer encargo. Por outro lado, a empresa posicionase no mercado com capacidade para criar soluções integrais de gestão e transporte de todos os fluxos de resíduos às empresas e particulares, nomeadamente resíduos da construção, recicláveis, pneus, perigosos e resíduos de equipamento eléctrico e electrónico. De destacar ainda que a empresa é também ponto de recolha de pneus da Valorpneu e mais recentemente, tornouse centro de recepção e desmantelamento de Resíduos eléctricos e electrónicos, tendo acordo com a AM3E e ERP. A Renascimento é hoje uma empresa com soluções e serviços que abrangem todos os níveis da cadeia de valor dos negócios dos seus clientes, desde a consultoria ambiental, formação, gestão de resíduos in situ, disponibilização de

contentores e mão de obra, recolha selectiva, transporte, triagem, valorização, reutilização, reciclagem, e tratamento de todo o tipo de resíduos. Desempenham os serviços num modelo end-to-end, desde a concepção e recomendação estratégica até às mais complexas soluções de suporte à actividade do cliente. Posicionam-se no mercado com capacidade para criar soluções integrais de gestão de resíduos e saneamento, estando a empresa actualmente especializada na gestão das várias fileiras de resíduos, tais como os: REEE (material eléctrico e electrónico), RCD (resíduos da construção e demolição), Pneus, VFV (Viaturas em Fim de Vida), Paletes, Resíduos Perigosos, e Resíduos Diversos (cartão, papel, plástico, madeira, metais, pneus, embalagens compósitas, têxteis, vidro, monstros, RIBs e RSUs) e em limpezas industrias, nomeadamente em aspiração e lavagem de fossas, tanques, etc. A empresa está estrategicamente sediada na Zona Industrial de Loures junto à CREL e A8.

Renascimento, Lda. Sede: Zona Industrial da Manjoeira 2660-115 Loures Direcção Comercial & Ambiente Elsa Pereira Telefone 219 738 211 Fax 219 738 212 E-mail elsapereira@renascimento.pt Internet www.renascimento.pt



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EMPRESA Box Center

Servir sempre

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bem

Na movimentada estrada que liga Torres Vedras ao litoral, encontra-se a Box Center. Trata-se de um conceito oficinal moderno, desenvolvido no início da década, que está orientado para o “fast service”, mas não só.

endo sido inaugurada na vaga de serviços rápidos que “assolou” o país no início de década, a Box Center desde logo se soube diferenciar como oficina automóvel. Em primeiro pela escolha do nome, já que Box Center dá ideia de serviço rápido, por analogia às boxes nas competições de pista onde as intervenções também são rápidas. Depois a aposta clara numa tendência de mercado, motivada pela vontade dos clientes, cada mais exigentes e com menos tempo para levarem os seus carros às oficinas, resultando isso num conceito “fast service”. Outra aposta, não menos importante, foi na imagem das instalações. O desenho foi concebido por um arquitecto a partir de um velho barracão, que transformou o edíficio num espaço com estilo e com uma imagem muito forte e apelativa, sem esqueceer os aspectos da funcionalidade. Não menos importante foi a aposta na qualificação dos profissionais que trabalham na Box Center. Sobre este aspecto, Custódio Maria, um dos gerentes desta oficina refere que “sempre foi uma aposta nossa ter mão-de-obra muito qualificada, pois os carros são cada mais complexos, com muita electrónica, e isso exige conhecimentos para se fazer bem o serviço”. Para os responsáveis da Box Center, a qualidade de serviço é algo que nunca pode ser posta em causa. Para isso muito contribuiu também a transparência com

que esta oficina trabalha perante os seus clientes. “Na minha opinião, um dos grande defeitos das oficinas é não haver transparência naquilo que fazem”, afirma Custódio Maria, argumentando que “a factura nunca pode ser uma incógnita para o cliente. Por isso, para nós é ponto de honra que o cliente seja informado e esclarecido em tudo o que tenha a ver com a manutenção ou reparação do seu carro. Por esse facto é que fazemos um

check-up a todos os carros antes de ser feita a manutenção ou reparação”. Outros aspectos que concorrem também para a qualidade de serviço, na opinião do responsável da Box Center é o “atendimento que damos ao cliente, muita vezes propocionando-lhe serviços adicionais, como ir buscar e entregar a viatura, que acabam por ser uma mais valia. Neste tipo de negócio, temos que servir sempre bem, não existe outra hipótese”.

Recorrendo às melhores marcas de equipamentos que existem no mercado, pois “só podemos prestar serviços com qualidade se tivermos bons equipamentos”, Custódio Maria refere também que “recorremos a bons fornecedores das melhores marcas de peças e pneus, pois não queremos ter problemas com o material que colocamos nos carros dos nossos clientes”. Se a lógica inicial foram os serviços rápidos, que se mantêm, já mais recentemente a Box Center evoluiu também para outros serviços. “Os nossos técnicos têm qualificação para fazer mais que um tradicional serviço rápido. Desde que tivemos condições técnicas, equipamentos e software, aceitámos outros trabalhos, que os nossos clientes também já nos pediam, pelo que actualmente já fazemos todo o tipo de serviços”, assegura o responsável desta oficina. Mais do que esperar que os clientes entrem pela porta dentro, na Box Center tenta-se também cativá-los através de diversas acções. É assim que regularmente a Box Center leva a efeito diversas campanhas e promoções sazonais, através de folhetos, que têm proporcionado excelente resultados.

Box Center Sede: Casal Alconde, Km 5 2560-000 Torres Vedras Sócio-gerente: Custódio Maria Telefone: 261 311 003 Fax: 261 311 648 E-mail: box.center@clix.pt Internet: n.d.

Organização Box Center Localizada numa movimentada zona de Torres Vedras, a Box Center não possui umas instalações muito grandes. São apenas 300 m2, mas aproveitados de forma inteligente, pois as quatro grandes portas de acesso dão lugar a cinco baias de serviço. A recepção fica no interior da oficina, do lado direito, estando o stock de pneus e peças dividido pelas instalações em diversos espaços. Lado a lado encontram-se diversos elevadores para todo o tipo de serviço, desde pneus à mecânica, bem como máquinas de alinhar e de mudança de pneus, equipamento de ar condicionado, entre muitos outros. Refira-se que na Box Center todos os empregados possuem fardamento próprio, identificado-se com a imagem da oficina. Ao todo trabalham nesta oficina seis pessoas (incluindo pessoal administrativo), que fazem uma média 15 serviços/dia.

A Box Center é um conceito oficinal moderno onde aliado à qualidade do serviço não foram esquecidos os aspectos da imagem



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REPORTAGEM PHS, novo distribuidor em Mafra

Um minimercado feito de magia Os acessórios que comercializam são infindáveis, as peças mecânicas são outra aposta, a que se juntam os aditivos com tecnologia nano VMPauto.

Produtos VMPauto Massa de Lítio MC 1000 O MC 1000 é um lubrificante com base de lítio que vai depositando metal onde é aplicado. Contém aditivos com base em nanopartículas do metal que asseguram a diminuição do desgaste, depositando uma fina camada sobre as superfícies em fricção.

O

distribuidor de peças e acessórios PHS, localizado no Sobreiro, Mafra, existe praticamente desde o início deste ano e nasceu pela mão de Paulo Santos, jovem empresário que decidiu apostar num mini mercado que simultaneamente presta serviços diversos fruto de parcerias que estabeleceu com outras empresas. Os acessórios que disponibiliza vão desde os de tuning, 4x4, car áudio, entre outros. Os serviços incluem lavagem de estofos, aspiração, lavagem exterior, montagem de películas, polimento de pintura, polimento de faróis, micropintura, reparação de pára-brisas, reparação de tablier e reparação de estofos. Uma das apostas centrou-se nos aditivos VMPauto, que embora ainda pouco divulgados na Europa, é uma marca de prestígio e muito conhecida no seu país de origem, a Rússia. Como fez questão de frisar Duarte Rodrigues, da KontactUs, empresa importadora para Portugal da referida marca, “a grande vantagem dos aditivos VMPauto relativamente à concorrência é que não se misturam com o óleo (permitem manter intactas as propriedades dos lubrificantes), não alteram a geometria dos motores (não criam camadas), baixam a temperatura dos mo-

PUB

Kontact-us Director Geral Duarte Rodrigues Telemóvel 93 501 87 48 E-mail kdr@sapo.pt Internet www.kontact-us.com tores entre 3 e 12 graus e não aumentam a viscosidade dos óleos, um aspecto muito importante nos modernos motores com canais de lubrificação muito estreitos”. O número de distribuidores dos produtos VMPauto é neste momento de 22 em Portugal. Paulo Santos, Gerente do distribuidor PHS, que acumula uma vida ao serviço da distribuição de peças e acessórios para automóveis, sublinhou o material de primeira linha que a PHS disponibiliza aos seus clientes, casos dos acessórios, das peças mecânicas e obviamente dos aditivos VMPauto. Por outro lado, Paulo Santos destacou o bom atendimento que a PHS presta aos seus clientes para o sucesso do negócio. O Gerente da PHS fez questão de res-

Resurs detergente motor O Resurs detergente motor é um produto para limpeza do sistema lubrificante do motor. Vantagens: em conjunto com a limpeza do motor protege o mesmo durante e depois da limpeza, assim como retentores e componentes de borracha. Melhora as propriedades anti usura e anti-ferrugem para o óleo novo. Resurs restauro e anti fricção Realiza a função de protecção de desgaste e restauro dos motores. Produto de estrutura porosa composto por partículas metálicas de tamanho nano com grande poder de restauro (compressão). Retém nos micro poros nas partes metálicas do motor uma fina camada de óleo, assegurando um menor atrito (desgaste dos metais em contacto directo) e melhorando o desempenho do saltar que “hoje as pessoas já sabem que tipo de produtos querem e não se deixam enganar com material de menor qualidade. A nova geração escolhe irremediavelmente os bons produtos, e nesse caso vem ter connosco”. Sublinhou que o mercado já conheceu melhores dias e ainda outro factor que cria dificuldades: “as oficinas que querem evoluir e modernizarse na maior parte das vezes não têm possibilidades financeiras para o fazer”. A terminar, Paulo Santos referiu que “a formação será uma peça chave para o futuro dos distribuidores independentes, e a nossa aposta irá também nesse sentido”.

motor (reduz a temperatura de funcionamento). Resurs-AT Para caixas mecânicas e automáticas. Aditivo de última geração elaborado em nano-tecnologia para restauro dos carretos das transmissões. Elaborado em particular para caixas automáticas de última geração. Elimina o barulho causado pelo desgaste dos carretos. Remetall Resurs Elaborado em nano-tecnologia, sendo composto por partículas ultra-pequenas feitas em cobre-estanho-prata. Destinase à reconstrução e defesa do desgaste dos motores diesel modernos e com turbo. Para ser aplicado sempre em óleo novo e quente. Para ser aplicado em camiões, tractores, barcos, locomotoras diesel, geradores, etc. Oil-Magnet Atrai e fixa o óleo. Um produto a utilizar para protecção nos arranques em frio, fortes acelerações, para evitar altas temperaturas e desgaste do motor. Aditivo altamente compatível com todos os tipos de óleo.

PHS Sede: Estrada Nacional 116 20 A – Sobreiro 2640-578 Mafra Director Geral Paulo Santos Telefone 261 811 952 Fax 261 811 952 Internet www.phs-acessorios.com



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EMPRESAS Recauchutagem Ramôa

A honra de um nome

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Em 2008, mais precisamente em Agosto, a Recauchutagem Ramôa faz 40 anos. Um data bonita comemorada com a inauguração de uma nova filial, a nona, desta feita em Barcelos.

udo começou em 31 de Agosto de 1968, com a empresa “Oliveira & Ramôa”, que em 1981 passou a designar por “Manuel Ramôa e Filhos, Lda”, pelo facto da família Ramôa ter passado a controlar totalmente o negócio. O crescimento da empresa estava eminente nessa altura, pois para além de um pavilhão para a recauchutagem de pneus, nos anos 80 a empresa abriu filiais e mudou as suas instalações comerciais e industriais, para no final dos anos 90 se dar a maior expansão comercial na zona da palmeira em Braga. Em finais de 1999, a empresa alterou a denominação social da empresa para a actual designação “Recauchutagem Ramôa, SA”, tendo continuado a sua expansão comercial com a abertura de mais filiais, numa altura de forte investimento. Actualmente a Recauchutagem Ramôa possui nove casas de pneus, distribuídas por Braga (3), Barcelos (2), Vieira do Minho, Póvoa de Lanhoso, Montalegre e Vila Verde, e uma estação de serviço Galp em Braga, sem esquecer a unidade industrial de recauchutagem de pneus. Nova filial A mais recente filial da Recauchutagem Ramôa é a de Barcelos, bem visível de quem entra nesta cidade vindo da auto-estrada. Para António Ramôa, Administrador da Recauchutagem Ramôa, que está mais orientado para a gestão das filiais, afirma que “este novo estabelecimento funciona como uma prenda para os 40 anos da empresa”. Existe um enorme orgulho da empresa neste investimento, levando António Ramôa a dizer que “a nova filial de Barcelos é a menina dos nossos olhos, sendo a prenda que quisemos dar a nós próprios, e muito especialmente ao fundador Manuel Ramôa, meu pai e principal impulsionador da empresa ao longo de todos estes anos”. A nova filial de Barcelos, que apresenta uma excelente localização, foi concebida de raiz para ser uma moderna e funcional casa de pneus. Quando o objectivo é a qualidade de serviço, a Recauchutagem Ramôa não poupou esforços e apostou em modernos equipamentos e numa imagem moderna e virada para o conforto do cliente. Num terreno com mais de 3.100 m2, esta nova casa de pneus da Recauchutagem Ramôa em Barcelos, possui dois pisos, o superior dedicada aos veículos ligeiros e o inferior para os pesados, numa área coberta que ascende aos 1.550 m2. Sendo este o nono posto da empresa, António Ramôa, considera que a “lógica

Recauchutagem Ramôa

A Recauchutagem Ramôa inaugurou a sua nona filial, localizada em Barcelos, sendo esta uma prenda pelos 40 anos da empresa

de rede de casas de pneus, foi algo que esteve presente na Recauchutagem Ramôa desde há muitos anos, como se prova pela sucessiva abertura de novos postos em Braga e nos concelhos limítrofes”.

First Stop Por razões históricas, pois sempre tiveram excelentes relações comerciais com a Firestone e Bridgestone, a Recauchutagem Ramôa decidiu aderir, ainda na década de 90, à rede First Stop. Primeiro como experiência piloto na filial de Vila Verde, que depois se estendeu às

filiais de Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho e Barcelos, nomeadamente a esta nova unidade recém inaugurada. “Penso que estar na rede First Stop traz grandes vantagens para todas as partes envolvidas, por via da fidelização do cliente e da imagem que passa para o exterior”, afirma António Ramôa. Contudo, nem todos as filiais da empresa têm imagem First Stop, embora todas tenham a imagem Recauchutagem Ramôa, pois “entendemos que a Recauchutagem Ramôa é já uma marca que as pessoas conhecem, que transmite credi-

Sede: Avenida do Cávado 114-116 Apartado 2657 (Palmeira) 4700-690 Braga Adminstrador: António Ramôa Telefone: 253 607 760 Fax: 253 607 779 E-mail: geral@ramoa.pt Internet: www.ramoa.pt

bilidade, que vende, que está consagrada, e que por isso não podia estar separada das nossas casas”. Não só na nova filial, mas também nas restantes oito, a Recauchutagem Ramôa vai comemorar condignamente os seus 40 anos, propondo aos clientes diversas campanhas mensais, ao longo de 2008. Quanto ao futuro, António Ramôa garante que a ideia da empresa “não é parar por aqui”, assegurando que “temos em mente abrir mais uma ou duas lojas, num raio de acção de 100 a 150 quilómetros”.


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EMPRESA

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Point S Portugal

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início de uma história

A “Point S” acaba de chegar a Portugal. Constituída em 1971, em França, a Point S é originalmente uma associação de casas de pneus independentes, que partilham os mesmos objectivos, mas que souberam acompanhar a evolução do mercado.

ratando-se de uma marca com 37 anos de existência em França, a Point S foi pioneira em certa medida no desenvolvimento do conceito de rede e de compras centralizadas. Foi também pioneira no desenvolvimento de uma imagem unificada ao nível dos serviços auto independentes. Não é por isso de estranhar que o seu desenvolvimento se tenha acentuado de pronto, com muitas casas de pneus a aderirem a este conceito, pelo que a internacionalização acabou por acontecer já nos finais da década de 80, com a Point S a estender-se aos mercados italiano e germânico. Uma década mais tarde a Point S alarga-se para a Áustria e Bélgica, em 2001 chega à Espanha, Dinamarca e Polónia e até 2004 entra na Hungria e na República Checa, bem como em outros países da Europa de leste. Em 2005 foi criada a Point S Development, que é um núcleo da Point S que só trata de todos os mercados internacionais onde a marca já está presente. Actualmente presente em 15 países, incluíndo Portugal, a Point S dispõe de 1.546 pontos de venda, que representam 963 empresas independentes, que vendem mais de 11 milhões de pneus na Europa, o que representa uma quota de mercado de 5% nos veículos ligeiros e 8% nos veículos pesados. Desde Março que a Point S está oficialmente em Portugal, com o objectivo de angariar 20 pontos de venda em 2008, que serão também accionistas e que terão como objectivo a comercialização de pneus mas também de outros serviços numa lógica de auto centro. A sede está centralizada em Castanheira do Ribatejo, onde funcionam os serviços adminstrativos, embora nesta fase não vá ser desenvolvido qualquer armazém central de suporte ao desenvolvimento do negócio. Conceito Apesar de originalmente ter nascido nas casas de pneus, o conceito Point S evoluiu bastante ao longo da sua história. “Neste momento o conceito Point S está muito próximo do que é um centro auto. Pretendemos que os aderentes sejam casas de pneus existentes, que pretendam evoluir, ou que já tenham evoluído nos serviços que prestam aos seus clientes”, refere Humberto Menezes, principal responsável pelo desenvolvimento da Point S em Portugal. Nesta fase de arranque, a Point S pretende apoiar fortemente os primeiros 20 aderentes, que serão identificados em termos de imagem com a rede em ques-

PointS Portugal, Lda. Sede: Rua da Saibreira, Lt 6 – 1º Dto 2600-679 Castanheira do Ribatejo Gestor do negócio: Humberto Menezes Telefone: 263 284 277 Fax: 263 284 279 E-mail: point-s-portugal@hotmail.com Internet: http://www.points-development.com

tão, quer em termos de cores, logotipos e decoração, ao nível do edíficio, economato e fardamento. “A Point S vai trabalhar com os principais fabricantes de pneus que estão presentes em Portugal, mas também irá recorrer a outros fornecedores no domínio das peças, dos acessórios e dos consumíveis”, afirma Humbero Menezes, recordando que a Point S também “tem uma marca de pneus própria, a SummerStar, fabricada pela Continental, que apresenta uma gama muito vasta para ligeiros e comerciais”.

Adesão O acesso à rede Point S está condicionada a determinadas regras e à análise que é feita de cada aderente. Em suma, os requisitos mínimos são dispor de instalações com um mínimo de 250 m2, dispondo de equipamento adequado aos produtos comercializados e um escritório devidamente informatizado. O acompanhamento à rede e ao seu desenvolvimento está programado por

fases, quer através de “back-office” quer através do desenvolvimento de acções de formação no plano técnico como comportamental (atendimento). Cada aderente à rede passará a ser accionista da Point S, gerindo o seu próprio negócio de forma independente (fazendo os pedidos directamente às marcas), embora a facturação seja centralizada, pois o objectivo passar por obter o maior desconto possível. “O principal objectivo é que cada aderente consiga maiores descontos nas compras, não ter stocks, usufruir de uma imagem própria Poins S e de uma marca própria que é a SummerStar, ter acesso a formação e poder desenvolver o negócio junto de outros clientes como as gestoras de frotas”, afirma Humberto Menezes. Relativamente ao futuro a médio / longo prazo, a Point S Portugal espera chegar aos 70 centros, afirmando Humberto Menezes que “a PointS é a quarta rede de independentes no nosso país, que não está ligada a nenhum fabricante, o que é sem dúvida uma grande vantagem”.


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EMPRESAS AutoCenter – Oficina Móvel

Serviço S.O.S. oficina Numa altura em que o mercado automóvel está em constante mutação, as empresas de serviços apostam na inovação para satisfazer os actuais e os potenciais clientes, como é o caso da AutoCenter, que lançou recentemente a Oficina Móvel.

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AutoCenter tem vindo a revelar uma forte dinâmica no mercado da manutenção auto independente. Muito recentemente lançou no mercado um novo produto, designado por “Long Life”, que funciona como um seguro quilómetrico dos pneus, para quem os adquire novos em qualquer um dos 40 pontos desta rede de centros auto. Agora a mais recente proposta chamase “Oficina Móvel”, algo que a empresa já vinha testando com sucesso no Algarve, para alguns clientes específicos. “Este serviço mudou a forma de estar desses clientes, que deixaram de ter uma pessoa que tinha que levar as viaturas para a manutenção, esperar que a mesma se realizasse para depois regressar. Esta situação levou a uma clara redução dos custos de operação”, começou por dizer José Luís de Sousa, Director de Operações da AutoCenter. Por outro lado, este serviço permitiu também uma nova forma de “abordar” os imprevistos, pois basta ligar para um número de telefone, para o serviço ser prestado em muito menos tempo do que se tivesse que levar o carro a uma oficina. Trata-se portanto de uma serviço de assistência móvel, utilizando uma frota de viaturas tecnicamente preparadas, que permite efectuar intervenções e pequenas reparações s.o.s. em qualquer local, sem ter de ir à oficina. Serviço Como se disse, a Oficina Móvel permite intervenções no local, nomeadamente pequenas reparações como a substituição do óleo do motor, pneus, baterias e lâmpadas, entre outros, sem necessidade de levar o carro a um concessionário ou a uma oficina. Para se aceder a este serviço, basta um

AutoCenter Sede: Nogueira Apartado 457 4711 914 Braga Director de Operações: José Luis Sousa Telefone: 253 240 600 Fax: 253 240 601 E-mail: jlsousa@autocenter.pt Internet: www.autocenter.pt telefonema e a equipa Autocenter Oficina Móvel mais próxima deslocar-se-á ao local. Este serviço não tem custos adicionais para o cliente, já que o valor é igual ao cobrado na oficina. Nesta fase de lançamento, a Oficina Móvel actuará, em Faro, Lisboa e no Porto e respectivos concelhos limítrofes, estando previsto, alargar-se substancialmente a muitos outros distritos e concelhos do país. O serviço funciona deste as 8h30m até às 19 horas, embora o mesmo posssa ser solicitado noutros horários no caso de acordos específicos com empresas.

Operação Todas as viaturas estão dotadas de um sistema de localização via GPS, o que significa a cada momento no centro de operações, localizado em Braga, sabe-se onde se encontram as viaturas, o stock que têm (bem como nos AutoCenter mais próximos), determinando desde logo o tempo de espera da intervenção solicitada.

A Oficina Móvel é um serviço que os AutoCenter já disponibilizam em Lisboa, Porto e Faro, embora o objectivo seja cobrir todo o território nacional Cada viatura afecta ao serviço de “Oficina Móvel”, pode ser solicitada particularmente, através de números de telemóvel que acompanham as mesmas. Os profissionais que estarão nas carrinhas “móveis”, não se limitam apenas a fazer o serviço e a deslocar-se perante as solicitações. Periodicamente, junto de grandes centros populacionais e comerciais, onde existam numerosos aglomerados de automóveis, esses profissionais irão fazer verificações visuais aos

pneus dos carros, deixando um prospecto identificando a necessidade de uma intervenção face ao estado dos pneus da viatura analisada. Nesse prospecto vem indicado o número de contacto de uma Oficina Móvel. Também nos clientes empresariais, esses mesmos profissionais terão a responsabilidade de fazer acções semelhantes, embora mais directas ao cliente, alertando para a necessidade ou não de mudar os pneus. Existem outras rotinas que esses técnicos que se deslocam nas carrinhas irão fazer, dependendo das necessidades e dos pedidos dos clientes, como sejam a verificação dos níveis (óleo, etc) e das pressões, numa perspectiva de marketing. Sendo um serviço, muito direccionado para empresas e suas frotas, existe um gestor de serviço, que ao longo do tempo vai definir com os clientes e tendo em conta as suas necessidades, quantos carros serão precisos, que serviços serão prestados, que stocks e qual a mobilidade dessas oficinas móveis.



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EMPRESA BJS Reparação de Jantes

Serviço profissional

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A BJS Reparação de Jantes é uma empresa jovem e moderna, que se dedica à reparação de todo o tipo de jantes, através de uma abordagem muito profissional a este negócio.

mercado da reparação de jantes está tradicionalmente associado a Braga. Lá estão diversos operadores no ramo da reparação das jantes, mas outras empresas fizeram apostas geográficas distintas, como foi o caso da BJS que está sediada em Torres Vedras. Localizada na Zona Industrial de Arenes, naquela simpática cidade na região Oeste de Portugal, a BJS iniciou a sua actividade em Outubro 2007, desde logo com o objectivo de “prestar ao cliente um melhor serviço em termos de rapidez pela maior proximidade com os clientes desta zona do país”, começa por referir Licínio Aniceto, um dos sócios da empresa, reforçando que “a ideia, que nos pareceu muito boa, foi apostar forte no negócio da reparação das jantes no Sul, que pudesse servir o mercado da grande Lisboa de uma forma mais imediata”. De modo a poder prestar um bom serviço aos seus clientes, a BJS investiu mais de 650 mil Euros, numa unidade fabril, apostando em modernos equipamentos que recorrem a novos processos de reparação, tratamento e pintura das jantes. A qualificação dos técnicos, muito deles com larga experiência neste tipo de actividade de reparação de jantes, permite que a BJS se apresente no mercado oferecendo um serviço que Licínio Aniceto considera “de grande qualidade, pois em todas as fases do processo de reparação existe um controlo do trabalho efectuado, que nos garante um excelente produto final”. Para além da parte industrial deste negócio de reparação de jantes, a BJS tem também uma forte componente comercial, que lhe permite estar próxima do seu cliente tradicional, que são as oficinas (de marca e independentes), casas de pneus, entre outros operadores que trabalhem com jantes e pneus. A BJS possui uma equipa de quatro comerciais, que trabalham essencialmente o mercado da grande Lisboa, região sul do país e mesmo algumas zonas de Espanha. “Estes comerciais entregam e recolhem as jantes nos clientes, que são reparadas nas nossas instalações, mas alguns clientes também entregam directamente na nossa unidade fabril”, esclarece Licínio Aniceto. Já com uma carteira de quase 500 clientes, maioritariamente casas de pneus, a BJS não se dedica só à reparação de jantes para veículos ligeiros. Para além dessas jantes, a BJS está tecnicamente apetrechada para “trabalhar todo o tipo de jantes, seja de moto, moto 4, pesados e mesmo de competição ou de veículos clássicos”, esclarece Licínio Aniceto. Num mercado tão competitivo, onde existem operadores de mercado já com

alguma tradição neste sector, a diferenciação pode ser feita, na opinião deste responsável da BJS, “pela proximidade ao cliente, pela qualidade da reparação e pela rapidez na entrega”. Actualmente, a BJS repara mais de 2.000 jantes por mês, embora sendo uma empresa jovem seja natural que o crescimento da actividade continue. “Se for necessário, no futuro, poderemos optar pela laboração por turnos, de qualquer maneira a nossa intenção é acima de tudo satisfazer o cliente o mais rápido possível com o máximo de qualidade no serviço prestado”, refere Licínio Aniceto. O factor preço, sendo fundamentel neste mercado, não é fulcral para a BJS que segue o que é normal no sector. Licínio Aniceto evidencia que “nem sempre é fácil falar do preço, pois uma primeira análise visual à jante por reparar pode não ser suficiente se ela estiver mais estragada do que aquilo que parece. Neste tipo de casos o cliente é sempre informado dessa situação e se pretende prosseguir com a reparação que irá ter um custo maior”.

BJS Reparação de Jantes Sede: Zona Industrial Arenes Rua Luís Vaz de Camões, 4 2560-685 Torres Vedras Gestor do negócio: Licínio Aniceto Telefone: 261 312 151 Fax: 261 311 147 E-mail: geral@bjs.pt Internet: www.bjs.pt

A BJS está sediada em Torres Vedras onde possui uma unidade de reparação de jantes Nornalmente uma jante pode demorar um máximo de 48 horas entre a recolha, a reparação e a entrega ao cliente, embora em alguns casos possa demorar bastante menos. Um último pormenor, considerado diferenciador, sendo também uma aposta da empresa, tem a ver com a imagem da BJS. Desde as instalações, aos veículos de transportes e fardamento, passando por toda a documentação da empresa, existe uma imagem gráfica muito interessante baseado nas cores preto e laranja, “o que nos dá uma identidade própria”, conclui Licínio Aniceto.


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EMPRESA

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NewCar faz 10 anos

Adaptação ao mercado Em 1998 nasceu em Portugal um dos primeiros conceitos de franchising para o sector automóvel propondo desde logo serviços inovadores. A comemoração dos 10 anos são o pretexto para uma nova dinâmica.

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uma altura em que comemora 10 anos de actividade em Portugal, a NewCar entrou num novo ciclo da sua história, por forma a acompanhar as tendências de mercado. Para dar resposta a essas tendências, a NewCar apresenta novos serviços, adaptados às novas realidades do mercado automóvel, apostando numa nova imagem que pretende transmitir os novos valores deste conceito de franchising, mas também aposta no crescimento da rede. Inicialmente o enfoque dos centros NewCar foi no rejuvenescimento automóvel, propondo diversos serviços que visavam manter qualquer carrro com um aspecto limpo e sem mazelas no interior e exterior. Ao longo dos anos o número de serviços proporcionado pelos centros NewCar foi aumentando, no qual se incluia já a reparação dos párabrisas dos automóveis. A estratégia da empresa, passava por uma oferta mais abrangente de serviços, nomeadamente aqueles de carácter mais técnico e menos supérfluos, pelo que beneficiando da experiência da Hispanor, rapidamente se passou a trabalhar o vidro, não só na reparação, mas também na montagem. “Existem redes específicas de montagem e reparação de vidros, mas não os consideramos sequer concorrentes”, começa por afirmar Luís Oliveira, responsável pela NewCar que adianta que “cada franchisado nosso pode oferecer muitos outros serviços para além da reparação e montagem do vidro, e isso é uma importante vantagem nossa”. Outro novo serviço será o das películas para vidros de automóveis, que se espera para os próximos meses um “boom” muito grande nesta actividade. “Estamos completamente preparados, em cada um dos centros NewCar, para

dar resposta a quem pretenda colocar películas nos vidros dos seus automóveis”, refere Luís Oliveira que assegura que “penso que este será um negócio muito interessante nos próximos anos, pois existem grandes vantagens para o utilizador em termos térmicos, como também ao nível da segurança”. A dita viragem para serviços mais técnicos engloba também a área eléctrica. Os centros NewCar estão já habiliados a fazerem a montagem de sensores de parqueamento, faróis de xenon, sensores de luminosidade, entre outros. Contudo, para Luís Oliveira, na “nova” NewCar “existe um enfoque claro em vidros, plásticos e lavagens profissionais, que vão representar grande parte dos serviços efectuados pelos nossos franchisados”.

Franchising reconhecido A NewCar recebeu em finais de 2007, um importante reconhecimento dentro do sector do franchising. Trata-se do reconhecimento pelo Instituto de Informação em Franchising, como sendo um dos três nomeados como Franchising do Ano na área dos serviços, sendo a única na área do sector automóvel. “Este reconhecimento foi muito importante porque nos trouxe mais visibilidade, mas também porque nos proporcionou, por via do BES, oferecer um pacote de investimento muito atractivo a jovens que pretendam investir neste negócio”, revela com enorme orgulho Luís Oliveira.

NewCar Sede: Rua Quinta do Feital, Lote 12 Parque Industrial de Frossos Apartado 293 4711-912 Braga Coordenador: Luís Oliveira Telefone: 253 300 340 Fax: 253 625 560 E-mail: Luís.oliveira@hispanor.pt Internet: www.newcar.pt

A NewCar apresenta uma nova imagem e uma aposta em novos serviços, nomeadamente na área do vidro, sem esquecer os seus serviços tradicionais

Imagem Para dar dimensão a esta nova dinâmica da NewCar, toda a estratégia da empresa foi acompanhada por uma mudança em termos de imagem. O chavão “rejuvenescimento” dá lugar ao termo “tratamento”, passando os espaços NewCar a ser considerados como “Centros de Tratamento Automóvel”. As cores anteriores dão lugar agora ao preto e laranja, que passa a estar visível em toda a documentação e suportes comerciais da NewCar, onde existe uma clara identificação dos três principais serviços: Vidroauto, Replastic e Lavagem. Neste momento alguns centros já apresentam a nova imagem, esperando Luís Oliveira que até finais de 2009, toda a rede já se tenha modernizado em termos de imagem, pois em termos de serviço todos os espaços NewCar estão aptos a dar resposta às necessidades dos clientes. Rede Para desenvolver o negócio do vidro, a NewCar pretende fazer crescer a rede de centros, até porque a dimensão da rede acaba por ser importante no desenvolvimento do negócio, nomeadamente nos acordos feitos com as seguradoras, por causa da substituição dos vidros. Os novos espaços NewCar são em Tomar, Santa Maria da Feira, Setúbal, Faro e Portalegre, o que significa desde já uma importante expansão da marca e dos seus serviços em todo o território nacional, mas Luís Oliveira espera que “se tudo correr como planeado iremos passar dos actuais 22 centros para 26 até final do ano, embora o nosso objectivo a médio prazo continue a ser os 40 centros”.


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EMPRESA DTI

Mercado aberto A DTI é uma empresa espanhola, especialista em películas de protecção solar para automóveis, que pretende desenvolver em Portugal uma forte rede de distribuição e de instaladores.

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undada en 1986 por D. José López Méndez, a DTI adoptou em 1998 a sua actual denominação social, para uma maior identificação com a sua representada norte americana Deposition Technologies, Inc. Depois de várias alterações do corpo accionista, a DTI tornou-se uma das maiores empresas europeias na importação, distribuição e logística de películas de protecção solar e de segurança tanto para a construção civil como para a área automóvel. Actualmente, esta empresa espanhola encontra-se sediada no parque logístico "ProLogis Park" de Sant Boi de Llobregat, em Barcelona, numa novas instalações de 2.500 m2, onde tem escritórios e o armazém de distribuição. Refira-se que a Deposition Tecnologies Inc., é actualmente propriedade da Bekaert Specialty Films LLC, empresa líder mundial em processos industriais de metalização e laminação de políester, contando com os mais exigentes parâmetros em termos do controlo de qualidade. Em Portugal, a DTI está a iniciar agora a sua actividade, já tendo porém alguns clientes, embora o objectivo seja o de crescimento. Marca A DTI comercializa a marca de películas Solarcheck, muito conhecida em Espanha e em vários mercados europeus, onde é a marca que os instaladores mais montam nos automóveis no velho continente, segundo a empresa. Um das características das películas da Solarcheck, é que têm garantia para toda a vida, devido à sua estrutura (poliéster gris de extrusão), que origina um produto (entre os vários disponíveis) chamado Supreme. “Trata-se de uma película que não muda de cor com o passar do tempo, é muito fácil de instalar e tem garantia para toda a vida”, assegura Vittorio Castoldi, responsável comercial da DTI, afirmando

ainda que “são películas de vanguarda em termos tecnológicos”. A gama de películas é superior às 20 unidades homologadas (com várias percentagens e tonalidades), podendo dessa forma servir uma ampla faixa de necessidades e clientes.

Portugal “O nosso objectivo é o de criar em Portugal centros Solarcheck que possam dar um serviço rápido, profissional e de alta qualidade aos seus clientes”, refere Vittorio Castoldi, que pretende estar presente em todo o território português, com a mesma força com que a empresa está em Espanha onde tem cerca de 500 centros de instalação. “Ainda é cedo para falar numa rede Solarcheck, mas não posso esconder que o nosso objectivo final é o de desenvolver uma imagem única em Portugal para que todos os nossos pontos de instalação possam beneficiar das várias campanhas publicitárias que irão ser levadas a efeito”. Para se crescer no mercado português, a fórmula utilizada será semelhante à que deu excelentes resultados em Espanha e que passa por “crescer em parceria com os nossos clientes e colaboradores, pelo que a única maneira de o fazer é com muito trabalho, profissionalismo e oferecendo ao cliente um acabamento final de qualidade em termos de produto e instalação”, afirma Vittorio Castoldi. Para os futuros aderentes, a DTI garante que o apoio técnico e comercial é constante, bastando contactar a delegação em Barcelona, onde se encontra o departamento internacional da empresa, para se realizarem pedidos, consultas, pedir informações de qualquer tipo, organizar cursos de formação, entre muitas outras acções. No capítulo da formação, a DTI vai organizar cursos de formação em Portugal e em Barcelona, dependendo da exigência do cliente, idênticos aos realizados com os instaladores Glasssdrive, no Porto, que

A DTI vai comercializar em Portugal as películas SolarCheck

Vantagens das películas

Com uma rede de 500 instaladores em Espanha, a DTI pretende agora crescer no mercado português segundo o responsável da empresa, foi um enorme sucesso. Haverá também para o instalador um forte apoio comercial e de marketing por parte da DTI, quer ao nível de publicidade ou campanhas, quer de material de merchandising ou expositores, entre outros suportes de divulgação da marca e dos serviços. Em termos de stock de películas, a DTI garante entregas em qualquer ponto de Portugal em menos de 24 horas. Para se ser instalador Solarcheck, segundo Vittorio Castoldi basta que as “pessoas tenham paixão e paciência para aprender uma nova profissão ou já saibam instalar películas, e que por isso queiram colaborar com uma empresa sólida e que cuida dos interesses dos seus parceiros”. Ainda segundo o mesmo responsável, o principal investimento a fazer não é económico mas sim de tempo, pois “aprender a instalar não é fácil e requer muita prática, paciência e paixão”.

As películas têm muitas propriedades “desconhecidas”. As mais eminentes são a protecção contra os raios ultravioletas. As películas não representam, portanto, apenas um produto estético, pois a sua utilidade num automóvel é bem maior que se pode supor. Em primeiro lugar pela protecção térmica e de conforto, muito útil quando se transporta pessoas ou animais no veículo, pois protege directamente dos raios solares e mantém a temperatura mais baixa no interior do automóvel. As películas SolarCheck, devido às suas características, permite manter unidos os fragmentos dos vidros laterais e traseiro em caso de acidente, reduzindo o risco de lesões mais graves pela não projecção desses pequenos fragmentos de vidro. Será também mais difícil o assalto ou roubo ao automóvel por quebra dos vidros laterais e traseiros.

DTI, S.A. Grupo DTI Sede: Carrer Tints, 2 – ProLogis Park 08830 – Sant Boi de Llobregat Barcelona Espanha Responsável comercial: Vittorio Castoldi Telefone: 0034 93 478 78 48 Fax: 0034 93 478 61 12 E-mail: info@solarcheck.pt Internet: www.solarcheck.com



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EMPRESAS Mapfre Warranty

Ainda é possível

A

inovar

A Mapfre Warranty lançou em Portugal um produto inovador, comercializado exclusivamente por oficinas, e que se caracteriza por ser um seguro de garantia para viaturas usadas.

Mapfre Assistência é uma companhia internacional de serviços, seguros e resseguros, que pertence ao Grupo Mapfre, estando presente em mais de 60 países (40 dos quais com actividade directa), que está representada em Portugal desde 1987, através de diversas áreas de negócios. Uma dessas áreas de negócios são os seguros e serviços de assistência automóvel, tendo recentemente introduzido no mercado automóvel um novo e inovador produto, designado por “Evolution” que mais não é do que uma Garantia de Avaria Mecânica da Mapfre Assistência destinada ao mercado dos particulares. A aposta neste produto deve-se, por um lado, ao facto de a Mapfre Assistência ter adquirido na Europa outras empresas de serviço que operavam na área das garantias e, por outro lado, pela normativa europeia da lei de garantia para bens usados, que obriga a dar garantia a um bem usado aquando da venda. Atendendo as estas duas razões, a Mapfre Assistência decidiu lançar, já em 2004, um projecto internacional de garantias para viaturas usadas, que tem tido muito sucesso em Portugal, sendo a Mapfre líder do mercado na área do retalho, através da sua força comercial composta por 17 elementos. É na sequência desta garantia para viaturas usadas, que a Mapfre se foi apercebendo, que quando a mesma terminava, o proprietário do carro pretendia, na maioria dos casos, ter uma nova garantia para o seu carro usado. “Face à constante procura de mercado e à falta de soluções, a Mapfre Warranty decidiu apostar neste projecto de garantia para particulares em França e Itália, tendo de pronto obtido um enorme sucesso, pelo que este ano foi também introduzido em Portugal”, afirmou Miguel Lage, Director Comercial da Mapfre Warranty em Portugal.

Oficinas Todo o projecto da Garantia Mecânica Evolution da Mapfre Assistência foi formatado para serem as oficinas e redes de oficinas independentes a comercializá-lo. “A opção pelas oficinas para comercializar este produto deve-se ao facto de ser o local onde mais facilmente o cliente pode ter acesso a ele, mas também pelo facto de a Mapfre Warranty não dispor de balcões ou de agências, como as tradicionais seguradoras”, refere Miguel Lage, acrescentando ainda que “as oficinas são também as entidades que nos podem transmitir alguma segurança na avaliação do risco associado ao produto”. Para as oficinas trata-se também de

uma oportunidade de mercado muito interessante, já que a Mapfre dá-lhes um benefício financeiro por distribuir este produto. “As oficinas precisam não só de ter outras fontes de rendimento como precisam de trabalhar melhor o após-venda, através da fidelização dos seus clientes, pelo que este produto é excelente nessa perspectiva, uma vez que os clientes para ter a garantia válida devem seguir os programas de revisão previstos”, assegura Miguel Lage, adiantando que “será também um factor diferenciador para as oficinas, pois nós iremos seleccionar aquelas que poderão vender este produto”. As oficinas independentes multimarca, que vão comercializar este produto, foram e serão seleccionadas segundo critérios geográficos, em função da sua dimensão (mais de 100 Ordens de Reparação por mês) e da imagem e qualidade de serviço que prestam.

Garantia Evolution A garantia Evolution tem três níveis diferentes do cobertura. O Prime, com valores a partir de 155 Euros, tem como cobertura o motor, a caixa de velocidade e a totalidade da mão de obra. O More, para valores desde os 199 Euros, adiciona ainda a cobertura do sistema de sobrealimentação (turbo) e o sistema de arrefecimento. A garantia mais elevada, a Full, tem um custo de 310 Euros, para viaturas com menos de 1.900 c.c., incluindo as outras coberturas à qual se adiciona ainda o sistema de climatização, sistema de alimentação, sistema electrónico, sistema eléctrico, sistema de travagem, diferencial, transmissão e o sistema de direcção. Qualquer destas garantias dá ainda direito a ter uma cobertura de assistência em viagem e uma cobertura de veículo de substituição em caso de perda total do veículo por acidente, roubo ou incêndio. Em vez do o cliente pagar a totalidade da garantia no momento da sua subscrição, poderá financiar a garantia por um valor a partir de 15,68 Euros/mês. Ao cliente será entregue um manual de garantia, que irá acompanhar o automóvel, tal como se fosse um manual de assistência e livro de revisões.

O “Evolution” é um produto que possui três níveis de cobertura, com preços diferentes, estando associado a esta garantia uma cobertura de assistência em viagem e uma cobertura de veículo de substituição em caso de perda total do veículo por acidente, roubo ou incêndio. É também um seguro de garantia destinado às viaturas com menos de 10 anos e menos de 200.000 quilómetros, que já não beneficiam da garantia da marca ou do stand vendedor. Refira-se que esta garantia é válida em todo a Europa e não apenas nas oficinas onde ela é adquirida pelo cliente.

Mafre Assistência Sede: Av. Liberdade, 40 – 5º 1269-040 Lisboa Director Comercial: Miguel Lage Telefone: 213 231 410 Fax: 213 216 888 E-mail: garantia@mapfre.com Internet: www.mapfreasistenciaportugal.com


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EMPRESAS

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Centro de Formação Impoeste

Maior rentabilidade

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A Impoeste tem vindo continuamente a evoluir a sua formação, quer ao nível de meios técnicos quer em termos de programas formativos, que estejam de acordo com as necessidades do mercado.

formação sempre foi para a Impoeste uma aposta de valor acrescentado para os seus clientes, nomeadamente depois da total renovação do centro de formação, em 2005, que a empresa tem nas suas instalações em Torres Vedras. O ano de 2008 marca também uma nova fase na formação do representante em Portugal de tintas DuPont Refinish, através de uma nova imagem e de novos conteúdos formativos. “A Impoeste considera que existe uma saturação do mercado em termos de formação, nomeadamente em termos de conteúdos”, começa por afirmar Marta Santos, responsável pela comunicação e marketing na Impoeste, acrescentando que “actualmente existem novas necessidades e os conteúdos formativos têm que acompanhar essas necessidades, pois a tecnologia evoluiu assim como os métodos de trabalho e, por isso, era importante evoluir a formação no mesmo sentido”. Obviamente que a formação irá sempre incidir na área do produto e sua aplicação, até porque o mesmo está sempre a evoluir, principalmente numa marca como a DuPont Refinish, que está na vanguarda tecnológica, mas a principal evolução na formação deu-se na área comercial e de gestão “pois notámos que existe essa lacuna no mercado”, revela Marta Santos, adiantando que “só trabalhando a formação nestas áreas poderemos vir a ter clientes cada vez mais competitivos no mercado”. A mudança para as tintas à base de água, levaram a formação a orientar-se nos últimos anos para pormenores mais técnicos, “embora a Impoeste nunca tenha descurado outros aspectos, como a orçamentação, demonstrando aos nossos clientes que a repintura é rentável”, assegura Andreia Ferreira, responsável pela formação da Impoeste, ressalvando que “a aposta está agora mais centralizada em aspectos de gestão, seguindo também a orientação da DuPont Refinish, que passa por falar do negócio como um todo e não apenas de tintas”. Dessa forma a nova formação da Impoeste, irá incidir cada vez mais nos aspectos da rentabilidade da operação e em temas como a gestão, a orçamentação e marketing, como forma de potenciar toda a actividade dos seus clientes. Novos módulos Nesta nova dinâmica da Impoeste em matéria formativa, foram desenvolvidos quatro módulos distintos de formação. Standard, Rentabilidade, Ferramentas de Cor e Orçamentação são os módulos desenvolvidos pela Impoeste (ver caixa),

tendo a empresa desenvolvido algumas parcerias nesse âmbito. Uma das novidades é precisamente o protocolo desenvolvido com a Audatex, com o objectivo de “tornar mais acessível o sistema de orçamentação aos nossos clientes, por preços mais competitivos, dando-lhes a possibilidade de poderem ter formação nessa área, desenvolvendo conhecimentos que lhes permitam discutir e argumentar sobre um determinado orçamento com um perito de seguros”, afirma Andreia Ferreira. A opção pela Audatex acaba por ser natural, pois segundo Andreia Ferreira “é o sistema de orçamentação mais usado pelas companhias de seguro, com dados aceites e coerentes para todos no mercado, o que facilita a comunicação entre as partes envolvidas”. Esta nova aposta na formação é, na opinião de Andreia Ferreira, muito importante para os clientes pois “é importante que cada cliente faça a gestão da sua empresa e do seu negócio, utilizando as modernas ferramentas que estão ao seu dispor. É importante que quem está neste sector da pintura automóvel perceba que se estiver organizado, desenvolvendo a sua actividade de uma forma planeada, conseguirá ter um negócio rentável”.

legenda legenda legenda legenda legenda legenda legenda legenda legenda legenda legenda legenda legenda legenda legenda legenda legenda legenda legenda

Novos Módulos de Formação São quatro os novos módulos de formação que a Impoeste propõe aos seus clientes e potenciais clientes, a saber: Módulo Standard - abrange os produtos e processos de uma reparação standard. Tem a duração de dois dias e meio a três dias, estando muito orientado para novos clientes; Módulo Rentabilidade - trata-se de um módulo que permite avaliar a rentabilidade de uma reparação. Para além dos pintores, este módulo é também orientado para gestores de oficinas e orçamentistas, tendo a duração de dois dias. Módulo Ferramentas de Cor - neste módulo são desenvolvidas as ferramentas de cor da DuPont Refinish (ColorQuick, ChromaVision, Páginas Amarelas). Destina-se aos distribuidores, embora posso ser feito pelo cliente final, tendo a duração de um dia. Módulo Orçamentação - destinado à exploração do programa de orçamentação da Audatex, dado por um formador da própria Audatex nas instalações da Impoeste. Destinado ao cliente final, trata-se de um módulo que tem a duração de dois dias.

Impoeste Sede: EN 8 Km 44 – Apartado 38 2564-909 Torres Vedras Consultora Técnica: Andreia Ferreira Telefone: 261 337 250 Fax: 261 337 271 E-mail: andreiaferreira@impoeste.pt Internet: www.impoeste.pt


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ENTREVISTA Andrea Taschini, Director Aftermarket Business Unit da Brembo

Brembo diversifica com sucesso

J

A Brembo ensaia com sucesso a diversificação das suas peças de travagem no aftermarket. O know how como fornecedor de OE e competição automóvel são uma preciosa ajuda. A qualidade mantém-se.

ornal das Oficinas - O que diferencia a Brembo de outras marcas de travões em termos de qualidade? Andrea Taschini - A Brembo tem um produto de alta qualidade graças ao seu processo totalmente integrado: desde o design à fundição do ferro, passando pela montagem, testes e simulações em bancadas, pista e estrada. Graças à integração do processo e optimização de todo o ciclo de produção, a Brembo tem sucesso em garantir o máximo nível de segurança, conforto e melhoramento da performance do produto. A inovação envolve novas tecnologias, novos materiais, novas formas e novos mercados; a performance do produto é combinada com pesquisa para um estilo único, em linha com o desenho dos veículos. A qualidade Brembo oferece as mesmas características do Equipamento Original (OE) ao aftermarket. Como confirmação da sua alta qualidade, toda a gama de aftermarket Brembo obteve a homologação ABE/TÜV do Departamento de Segurança Rodoviária Alemão. As pessoas em geral ainda associam muito a marca Brembo com os discos de travão. Eu sinto que a marca pretende mudar este quadro. Esta leitura está correcta? Essa percepção advém do facto de no aftermarket nós tradicionalmente somente vendermos discos e tambores. Mas a Brembo tem experiência em sistemas de travões devido à sua presença forte no OE e corridas. A nossa companhia sempre teve um profundo know-how no que diz respeito a todo o sistema de travagem, que estamos a começar a aplicar também no aftermarket.

Como está estruturada a Brembo em termos de outros produtos de travão além dos discos e como estão esses produtos implementados em países como a Alemanha, França, Espanha e Portugal? Outros produtos para o aftermarket foram lançados em Espanha, que foi escolhido como área de teste devido à sua tradição fortemente enraizada. Nesta fase inicial nós já percepcionámos uma resposta muito positiva da parte do mercado. E outros países seguir-se-ão em breve. Na sua opinião quais são as principais dificuldades que o aftermarket independente (IAM) hoje enfrenta na Europa? Num mercado de substituição que se encontra virtualmente saturado na Euro-

Brembo Sede: Rua dos Soeiros, 334 – 8.º A 1500 Lisboa Responsável António Cortez Telefone 21 726 25 73 Fax 21 726 76 99 Internet www.brembo.com

pa, o IAM está ameaçado em duas frentes: 1. Os construtores automóveis estão a tentar ganhar quotas de mercado e lucros no mercado de substituição. 2. Existe o risco de um declínio devido à menor qualidade dos produtos, levando a uma degradação na percepção de todo o sector e valor do IAM.

Sente que o aftermarket independente para produtos de travagem em Portugal é diferente ou por outro lado é similar aos de outros países europeus no que diz respeito ao seu funcionamento e principais dificuldades? Cada mercado possui as suas próprias particularidades e Portugal não é excepção. É um mercado com comerciantes domésticos fortes e que influenciam a dinâmica. Sentimos que o foco num serviço completo e uma resposta rápida são de grande importância estratégica para o futuro. A nossa Companhia Espanhola, Corporacion Upwards 98 S.A., está encarregue das vendas e apoio à marca neste país. A Brembo possui uma estratégia global para todos os mercados europeus ou adopta uma abordagem diferente para cada país?

A Brembo adopta uma orientação em termos de qualidade, produtos, ranking, materiais e imagem. No que diz respeito à orientação de mercado, a Brembo acredita numa acção diferenciada de acordo com as tradições e os costumes do mercado em si.

Como antevê o futuro na Europa em termos da performance Brembo, tendo em mente que o aftermarket em produtos de fricção é muito competitivo e a situação económica na Europa incerta? A Brembo está fortemente e estrategicamente convencida que a qualidade superior encontra sempre espaço no mercado, mesmo durante uma recessão. E para produtos de segurança importantes, a fraca qualidade é um risco que ninguém pode dar-se ao luxo de correr. O que pensa da campanha da FIGIEFA “Direito à Reparação”? Somos apoiantes ardentes desta campanha já que sentimos que interpreta de forma precisa o espírito das regras da União Europeia.

O Block Exemption vai ser renovado a partir de 2010. Que novas medidas gostaria de ver implementadas, já que

as regras correntes não estão realmente a funcionar no mercado independente? Sentimos que tem havido pouco eco nos condutores. Seria suficiente rever este aspecto para encorajar movimentos de opinião e acções para implementar as provisões do BER em total cumprimento com o espírito original.

Os concessionários lutam para conseguir uma fatia do aftermarket independente. Como estes dois players – concessionários e aftermarket independente (reparação e peças) – vão desenvolver o seu negócio a longo prazo? A consequência imediata será a selecção inevitável das oficinas independentes. Somente as que se equiparem adequadamente e se mantiverem actualizadas ultrapassarão este período e até suplantarão o OES. A Brembo tem iniciativas especiais de marketing planeadas para 2008? Tal como apresentado em 2007, o tema recorrente para este ano será o alargamento dos produtos Brembo no aftermarket. A maioria dos recursos do aftermarket estará focada neste projecto. Além disso, a Brembo continuará as suas actividades de formação técnica para transmitir o seu conhecimento de sistemas de travão – em termos de qualidade, segurança, inovação e tecnologia – a operadores no mercado português através de seminários e visitas a fábricas. Uma mensagem para os profissionais portugueses… Confiem na qualidade, confiem nos produtos Brembo.


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ENTREVISTA

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Alex Gelbcke, Vice-Presidente & Director Geral, Aftermarket Europa, Tenneco

“O aftermarket é um negócio

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fantástico”

A mobilidade assegura a necessidade de oficinas de manutenção e reparação profissionais. As oficinas e o aftermarket independente globalmente têm um papel muito importante a desempenhar no futuro. “Têm de ser uma alternativa viável aos concessionários de marca”, refere Alex Gelbcke, Vice-Presidente e Director Geral da Tenneco, Europa.

ornal das Oficinas - Como está a correr o mercado ibérico para a Tenneco? Alex Gelbcke - Para a Tenneco, Espanha e Portugal são dois mercados muito importantes na Europa. Os dois juntos estão entre os quatro mercados de topo, em conjunto com a França, Reino Unido e Alemanha. Estamos a operar nesses dois mercados de forma diferente. Em Espanha temos o que denominamos um “mercado de distribuição directo”, onde estamos envolvidos mais abaixo na cadeia de distribuição. Temos um centro de distribuição em Madrid e outro em Valência; e a partir destes dois pontos, fornecemos pequenas quantidades aos clientes. No mercado português, por outro lado, trabalhamos com grandes distribuidores que se encarregam da cadeia de distribuição por nós. Globalmente e do seu ponto de vista, quais são os principais temas e dificuldades no aftermarket independente hoje? Hoje existem muitos temas importantes que afectam o aftermarket. O Block Exemption, por exemplo, é um deles. Como sabe, não nos providenciou com o que esperávamos quando foi implementado. O mercado hoje é muito competitivo, e precisamos de ter a certeza que conseguimos manter-nos a par do resto da indústria. O consumidor tem o direito de escolher como quer fazer a manutenção do seu carro: Ir a um concessionário ou a uma oficina independente. O nosso objectivo na Tenneco é duplo - Por um lado, servimos os fabricantes OE com os quais realizamos quase 80% do nosso negócio, e por outro lado, trabalhamos para ter uma presença forte no aftermarket independente. O aftermarket independente hoje está a sofrer dificuldades devido à crescente complexidade dos carros. Além disso, a maioria dos intervenientes no aftermarket independente estão menos equipados, não possuem conhecimentos suficientes, não possuem informação suficiente, não possuem ferramentas suficientes, têm falta de perícia, e cima de tudo, vivem num ambiente muito mais complexo. Por isso o que estamos a fazer é tentar providenciar os instaladores com as ferramentas certas para assegurar a profissionalização contínua do aftermarket independente. Por exemplo, nós recentemente

consistente de produtos, com fortes garantias e fortes desenvolvimentos OE por detrás. Por isso agimos comercialmente e através de programas completos de apoio de marketing e técnico.

Os concessionários de marca estão mais agressivos do que nunca no sentido de tentarem ficar com uma grande fatia do aftermarket independente. Concorda? É correcto – No entanto, cabe ao consumidor final escolher entre os concessionários e o aftermarket independente, decidindo qual oferece melhor serviço e preços. A maioria dos consumidores não sabem que não perdem a sua garantia se escolherem a oficina independente durante o período de garantia.

introduzimos o 4 Gas Advanced Gas Analyzer Reader (4G AGAR) - leitor de gases de escape - uma peça inovadora de software desenhada para assistir o instalador na realização de diagnósticos correctos de falhas no veículo em poucos segundos. Destina-se a dar às oficinas uma ferramenta que os permitirá ser mais profissionais, tudo para terem uma boa performance no seu trabalho. Eles precisam de fazer as coisas bem, rapidamente e de forma eficiente. Resumindo, tudo tem a ver com a profissionalização do mercado independente. A nossa segunda grande prioridade é a de eliminar os desperdícios e certificarmo-nos que tudo ande sem dificuldades. Nós trabalhamos permanentemente para termos a certeza que os inventários estão no lugar certo, que o nível de serviço está correcto, que o produto está disponível no local, que existe transparência nas facturas, verificamos a qualidade das peças, e basicamente garantimos que todos esses aspectos estão a funcionar em conjunto com as associações de comércio e grupos de clientes. Que expectativas tem para o novo Block Exemption a partir de 2010?

Existem muitas coisas que precisam de ser clarificadas. Queremos que o regulamento do Block Exemption se mantenha e ao mesmo tempo que seja melhorado. Foi um bom passo tomado há uns anos, muito embora não esteja a ser utilizado na sua plenitude. Estamos convencidos que é necessário manter um equilíbrio entre os concessionários de marca e o aftermarket independente, e o regulamento Block Exemption deve ajudar a alcançar isso. Queremos ter a certeza que o aftermarket permaneça um mercado justo e competitivo. Faço frequentemente a analogia entre uma oficina e um médico. Quando vamos ao médico ficamos totalmente nas suas mãos. Ele faz um diagnóstico e dá-nos o tratamento apropriado. No negócio da reparação é a mesma coisa. É muito importante que as pessoas confiam nas oficinas porque uma vez que se perca a confiança, não se regressa. Por isso a primeira coisa é ter a certeza que o instalador independente é de confiança e que possui as ferramentas certas para servir os clientes. Como a Tenneco ajuda a providenciar as ferramentas certas? Tentamos providenciar uma oferta

E o que está a Tenneco a fazer para passar essa informação aos consumidores? Nós estamos basicamente a fazer duas coisas: A primeira coisa é providenciar as oficinas com as ferramentas certas (como a formação) e certificarmo-nos que eles alcançam uma boa performance. A segunda coisa é ajudar a levar pessoas às oficinas independentes através da participação na campanha da FIGIEFA “Wright to Repair” (“Direito à Reparação”), e somos também membros do CLEPA. Também apoiamos diferentes grupos como o Auto Distribution e Temot. Por isso, como vê, estamos muito activos.

O aftermarket independente é um negócio promissor no longo prazo? Sim. As pessoas no negócio do aftermarket estão num mercado fantástico, que envolve não só uma grande parte da população, como também integra pessoas fascinantes. Nós asseguramos mobilidade às pessoas que não têm oportunidade de comprar um carro novo, que precisam manter o seu carro antigo em forma, e aí as oficinas independentes têm um papel fantástico a desempenhar. Hoje em dia quase toda a gente tem um carro, e este facto não vai desaparecer. Os carros podem ser diferentes no futuro, mas as pessoas continuarão a ter necessidade de se deslocarem. Enquanto existir essa necessidade, existirá uma procura por oficinas de manutenção e reparação fortes. Com isso em mente, eu penso que as oficinas e o aftermarket independente globalmente têm um papel muito importante a desempenhar no futuro e constituem uma alternativa viável.


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MECÂNICA PRÁTICA

Colaboração:

CARROÇARIA

Controlo dimensional de carroçarias

A

Na sequência de acidentes rodoviários, as peças da carroçaria têm que ser reparadas ou substituídas, quando a sua recuperação é impossível. No entanto, para que a reparação decorra dentro dos padrões de qualidade actualmente exigíveis, é necessário recorrer a um processo organizado e coerente de controlo dimensional da cotas da carroçaria, tanto para a realização do diagnóstico e avaliação de danos, como para acompanhar a reparação e comprovar a reposição das cotas originais, no final da reparação.

verificação das cotas da carroçaria é cronologicamente a primeira e decisiva operação da sequência que constitui a reparação. Todo o processo começa pela verificação visual da dimensão global dos danos, através da qual se determinam as peças efectivamente danificadas e se analisam as probabilidades de elementos da carroçaria e/ou componentes mecânicos terem ficado danificados remotamente, pela transmissão de forças entre os diversos componentes da estrutura do automóvel. É a partir daqui que se conclui se há hipótese de reparação ou declaração de perda total da viatura, assim como a cadeia de operações e os processos mais adequados de reparação, para repor o veículo a circular com as condições de segurança originais. A reparação só poderá considerar-se concluída quando essas condições forem novamente alcançadas (Fig. 1). Estrutura monobloco Todos os veículos ligeiros são actualmente produzidos segundo o sistema da estrutura monobloco, que reage como uma única peça, sendo todos componentes mecânicos ligados a essa estrutura. Quando se dá um acidente de certa envergadura, há peças da estrutura que se deformam, arrastando consigo componentes mecânicos aos quais estão ligadas, pelo que o comportamento dinâmico fica alterado e a marcha do veículo processa-se de forma deficiente. Portanto, se uma reparação, por melhor aspecto que possa apresentar, não corrigir as cotas fundamentais da estrutura do veículo, o veículo não está cabalmente apto a circular, correndo riscos acrescidos de vir a

sofrer novo acidente, provavelmente de consequências ainda mais graves. De facto, se a geometria dos trens rolantes estiver afectada, a aderência das rodas é desigual, o desgaste dos pneus irregular e as trajectórias instáveis. Tudo isso contribui para o cansaço do condutor e para lhe dar uma noção falsa de segurança, criando as condições "ideais" para a ocorrência de um acidente. Por outro lado, se os pontos de fixação das peças mecânicas estiverem sujeitos a forças diferentes daquelas para os quais foram calculados, o material entra em processo de fadiga e as peças podem deformar-se ou partir-se, agravando ainda mais a situação. Além disso, a capacidade de absorção de energia da estrutura global e

das sub-estruturas, que é calculada rigorosamente de origem para oferecer a máxima protecção aos ocupantes da viatura, pode ficar negativamente afectada, se as medidas de origem e os materiais não forem rigorosamente respeitados durante a reparação. É necessária, pois, a máxima idoneidade técnica e grande profissionalismo para levar a cabo a reparação da carroçaria dos veículos actuais. Estão em causa ainda os processos de estiramento das peças estruturais deformadas, que deve ser realizada sempre a frio, para não alterar as propriedades do metal. Por seu turno, os processos de soldadura também têm que respeitar as diferentes propriedades dos materiais e os resultados finais pretendidos.

Processos de medição Os diferentes processos de medição (manuais, ópticos, laser, electrónicos, etc.) implicam ou não a desmontagem de certos componentes mecânicos, para se conseguir ter acesso a certos pontos de medição básicos. No entanto, qualquer que seja o sistema de medição da carroçaria utilizado, é conveniente levar em consideração que nem todas as partes da estrutura da viatura se deformam da mesma maneira. A secção central da estrutura, ou habitáculo, especialmente ao nível da plataforma, tem maior resistência à deformação. Desse modo, ao realizar as medições, convém escolher os pontos de referência nessa parte da estrutura menos deformável, a fim de se obterem resulta-

FIG. 1

FIG. 2

O veículo só pode ser considerado reparado quando as cotas da carroçaria estão rigorosamente idênticas às originais. Qualquer pequena diferença num ponto essencial traduz-se por incidências negativas na segurança activa e passiva da viatura.

O correcto diagnóstico dos danos da carroçaria é fundamental para programar um processo de reparação rápido e eficiente, capaz de assegurar a qualidade do serviço e a produtividade do trabalho.


MECÂNICA PRÁTICA dos mais fiáveis e lógicos. Por outro lado, é um dado adquirido que as verificações dimensionais efectuadas a partir dos pontos de ligação dos conjuntos mecânicos garantem maior precisão de avaliação. Em todos os casos, a verificação das diagonais, do alinhamento das rodas e da estabilidade da plataforma são pontos de verificação prévios. Ao efectuar estas medições, facilmente se pode concluir se existe ou não alteração da simetria da carroçaria, o que dá uma ideia clara dos danos sofridos pela estrutura, sem ter que desmontar componentes mecânicos. Este tipo de medições pode ser facilmente efectuado com o recurso a um compasso de varas, com uma barra graduada e os diversos acessórios para efectuar as várias medições em diversos pontos, um aparelho de alinhar rodas e alguns calibres de nível, para suspender na carroçaria (Fig. 2). Geralmente, o exame visual das peças amolgadas dá uma noção bastante aproximada da direcção em que as forças do impacto foram aplicadas. Se uma peça exterior estiver muito deformada, é provável que as peças de suporte e a peças estruturais também tenham ficado afectadas. O mais importante, contudo, é verificar o alcance dos danos e até onde é que as deformações se prolongaram. Cotas essenciais Para se confirmarem as deformações sofridas pela carroçaria, existem as chamadas cotas essenciais, que são pontos

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Colaboração:

FIG. 3

Esta simples operação de medição permite verificar o alinhamento das rodas, factor indicativo do equilíbrio do chassis.

através dos quais se verifica a simetria da carroçaria e se aferem as suas dimensões originais. Esses pontos estão referenciados pelo construtor, podendo estar situados na plataforma horizontal da viatura, dentro das portas, nos alojamentos dos vidros, no compartimento do motor, no porta-bagagens, etc., sendo proporcionados pela documentação técnica do veículo, através do seu manual de reparação. Na realidade, existem dois tipos de cotas essenciais, pois umas decorrem da pró-

pria simetria da carroçaria, enquanto que outras são fornecidas pelo construtor da viatura. A efectuar a verificação dimensional, o técnico de reparação utiliza estes dois tipos de cotas, a fim de confirmar os dados que vai encontrando nas suas medições. De um modo geral, o veículo que está a ser medido é colocado num elevador, para se poder ter acesso à carroçaria por todos os lados. Caso se justifique, são desmontados certos conjuntos mecâni-

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cos, para tirar dúvidas que se venham a levantar. Todas estas precauções parecem excessivas, mas são na realidade indispensáveis, pois a rentabilidade da reparação depende do seu programa completo de efectivação. Se for descoberta uma anomalia após se ter efectuado metade da reparação, esta poderá resultar muito mais cara ou imperfeita (Fig. 3). Pior do que isso é o carro ser entregue ao cliente como reparado e serem detectadas inconformidades. Os grandes clientes actuais de obra de carroçaria/repintura, as seguradoras e as empresas gestoras de frotas, ao contrário dos particulares, possuem meios para fácil e rapidamente verificarem as anomalias dimensionais das carroçarias, mesmo quando são consideradas reparadas e prontas. Por outro lado, há deformações e danos indirectos que podem ser facilmente corrigidos desde o início, se estiverem referenciados e a sua conformação estiver programada, conjuntamente com outros danos mais óbvios e visíveis. Isto é possível, porque a força que originou todos danos é a mesma e tem a mesma direcção. Com uma análise da forma como se produziu o acidente e das forças envolvidas, as deformações indirectas e remotas são mais facilmente detectadas e corrigidas, constituindo um elemento fundamental para a qualidade da reparação e para a sua rentabilidade. Desta forma, a oficina promove a sua imagem no mercado e garante a sustentabilidade rentável da sua actividade. PUB


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MECÂNICA PRÁTICA

Colaboração:

REPARAÇÃO PASSO A PASSO

Verificação dimensional electrónica

1º PASSO Elevação do veículo num elevador de colunas.

O correcto alinhamento da estrutura do veículo, que condiciona directamente a geometria dos trens rolantes e do sistema direccional, pode ser alterado, quer por impactos causados por colisões entre veículos, quer por impacto contra obstáculos, ou ainda por excesso de carga e circulação em vias muito deformadas, com excesso de velocidade. Actualmente, graças aos modernos sistemas de verificação dimensional de carroçarias, o diagnóstico de deformações é extremamente simples, rápido e directo, sendo os dados obtidos imediatamente comparados com a ficha digital do veículo, ficando automaticamente registadas as discrepâncias verificadas.

2º PASSO Colocação do aparelho de medição sob a viatura, com o respectivo carro de transporte.

4º PASSO Ligação do computador ao sistema de medição, que é posto a zero

6º PASSO Medição dos vários pontos de controlo da carroçaria.

3º PASSO Selecção do modelo correspondente ao veículo na base de dados do computador.

5º PASSO Antes de iniciar a medição é preciso medir quatro pontos correctos da carroçaria (não deformados), para que o computador possa realizar automaticamente a centragem

7º PASSO Medição dos pontos superiores.

Centro Zaragoza Carretera Nacional, 232, Km 273 50690 Pedrola (Zaragoza) Espanha

CURSOS

Telefone: +34.976.549.690 Fax: + 34.976.615.679

CURSOS DE FORMAÇÃO - MAIO 2008

Peritagem de danos materiais Reconstituição de acidentes com danos corporais Peritagem de motociclos acidentados Reconstituição de acidentes com motociclos Processos de preparação de pintura (Pintura 1) Recolha de dados na reconstituição de acidentes rodoviários Reparação de plásticos Reparação e carroçarias de alumínio Reparação e pintura de plásticos Pintura de plásticos Inspecção e investigação de veículos incendiados Técnicas de reparação de tabliers Técnicas de reconstrução de acidentes rodoviários Detecção de fraudes Técnicas de aerografia 1 (Nível de iniciação) Actualização para técnicos de Centros de Inspecção

DATAS

6 de Maio de 2008 7 e 8 de Maio de 2008 7 e 8 de Maio de 2008 12 e 13 de Maio de 2008 12 a 15 de Maio de 2008 13 e 14 de Maio de 2008 19 de Maio de 2008 19 e 20 de Maio de 2008 19 e 20 de Maio de 2008 20 de Maio de 2008 20 de Maio de 2008 21 de Maio de 2008 21 a 23 de Maio de 2008 22 de Maio de 2008 26 a 30 de Maio de 2008 28 a 30 de Maio de 2008

DURAÇÃO

1 dia (6 horas) 2 dias (10 horas) 2 dias (10 horas) 2 dias (10 horas) 4 dias (22 horas) 2 dias (10 horas) 1 dia (6 horas) 2 dias (10 horas) 2 dias (12 horas) 1 dia (6 horas) 1 dia (6 horas) 1 dia (6 horas) 3 dias (16 horas) 1 dia (6 horas) 5 dias (28 horas) 3 dias (16 horas)

8º PASSO Verificação dimensional (comprimento, largura, altura) dos vários pontos de controlo (aferição no monitor do computador das dimensões obtidas, relativamente aos dados originais existentes na base de dados).

9º PASSO Comparação gráfica, em diagrama de barras, dos resultados obtidos, para ficar com uma ideia real das deformações detectadas.

10º PASSO Impressão do relatório de diagnóstico, com a comparação entre as medidas originais e as que foram obtidas pelo sistema de medição.

e-mail: czinf@centro-zaragoza.com Internet: www.centro-zaragoza.com

PREÇO

586 Euros (+ IVA) 848 Euros (+ IVA) 730 Euros (+ IVA) 848 Euros (+ IVA) 1.096 Euros (+ IVA) 620 Euros (+ IVA) 330 Euros (+ IVA) 730 Euros (+ IVA) 599 Euros (+ IVA) 330 Euros (+ IVA) 438 Euros (+ IVA) 330 Euros (+ IVA) 1.120 Euros (+ IVA) 330 Euros (+ IVA) 1.024 Euros (+ IVA) 894 Euros (+ IVA)


Jornal das Oficinas Abril 2008

PRODUTO

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Ecodepur

Oferta alargada de equipamentos ambientais

O

A Ecodepur é uma empresa que aposta continuamente na concepção e desenvolvimento de equipamentos de protecção ambiental destinados ao mercado do aftermarket automóvel.

leões aéreos, caixas de baterias, bacias de retenção, decantadores de sólidos, separadores de hidrocarbonetos e sistema de reciclagem de águas de lavagem são alguns dos equipamentos obrigatórios nas modernas oficinas que querem, não só, estar dentro da legalidade, mas também, acompanhar as tendências ambientais do sector automóvel. A Ecodepur está claramente na linha da frente em matéria de equipamentos ambientais para as oficinas, propondo uma diversificada, quanto actual, gama de produtos, que de seguida apresentamos. Ecobox - O objectivo das políticas integradas de gestão de resíduos é a redução da quantidade e perigosidade dos resíduos, como pilhas e acumuladores usados, surgindo equipamentos que permitem o armazenamento e transporte seguro como as caixas para transporte e armazenamento de baterias, modelo Ecobox. Estas são recipientes estanques destinados ao armazenamento das pilhas e acumuladores usados e cuja composição não reage com os componentes das pilhas e acumuladores de acordo com o artigo 5º do Decreto-Lei nº 62/2001 e a Alínea g, do Anexo II da Portaria 572/2001 do Ministério da Economia e do Ambiente. São fabricadas em Polietileno de Alta Densidade, sistema rotomoldagem, com tratamento UV. Possuem fundo com alto-relevo, de modo a evitar que um eventual derrame do ácido de um acumulador provoque alguma descarga eléctrica. Oilsafe – Esta gama apresenta-se como uma solução totalmente concebida a pensar na higiene, segurança e no cumprimento da legislação vigente, nomeadamente o Decreto-Lei nº 88/91 de 23 de Fevereiro, que regulamenta o armazenamento, transporte e eliminação de óleos usados. Deste modo, os oleões aéreos foram criados para o armazenamento de óleos usados, aliando a protecção do ambiente e da saúde humana à tecnologia utilizada no fabrico destes equipamentos. Os oleões são construídos por rotomoldagem, técnica que permite produzir equipamentos de uma só peça, tornando-os mais resistentes aos choques violentos. Aliada a esta vantajosa técnica de construção e ao facto destes equipamentos apresentarem parede dupla, encontram-se as características físico-químicas do polietileno, material 100% reciclável, que tornam os equipamentos inalteráveis no

tempo, mesmo após longa exposição aos agentes atmosféricos. Relativamente a operações de manutenção, estas resumem-se à remoção periódica dos óleos usados por uma empresa especializada e qualificada para o efeito. Ecospill – Trata-se de uma solução complementar à apresentada anteriormente, uma vez que foi criada para evitar fugas e derrames de óleos e produtos químicos em meios naturais. As bacias de retenção, tipo Ecodepur, são recipientes estanques construídos em polietileno por sistema de rotomoldagem com uma grelha metálica que se destinam à retenção de óleos e de produtos químicos, devendo ser instalados em todos os locais de armazenamento temporário deste tipo de produtos. Gama DS – Esta gama destina-se à separação das areias e lamas que são arrastadas pelo efluente contaminado, que posteriormente será encaminhado para o separador de hidrocarbonetos. A instalação de um decantador de sólidos a montante de um separador de hidrocarbonetos, tem como objectivo aumentar a ca-

pacidade de retenção de lamas do sistema e proteger a unidade de separação colocada a jusante contra potenciais fenómenos negativos de colmatação. Os decantadores de sólidos funcionam por gravidade, ocorrendo a sedimentação dos sólidos afluentes onde o efluente decantado escoa pela tubagem de saída para tratamento complementar. Apresentam estanquecidade total visto que são construídos num material inerte (PE) à acção química da água e hidrocarbonetos (não existindo fugas pelas paredes constituintes, contrariamente ao que se verifica nos sistemas tradicionais construídos em betão, impedindo deste modo qualquer tipo de contaminação). Possuem um peso reduzido permitindo maior facilidade/rapidez na instalação. Separador de hidrocarbonetos - Os sistemas de separação de hidrocarbonetos de águas residuais oleosas da Ecodepur são projectados de acordo com a legislação e normas vigentes, nomeada-

São diversos os equipamentos ambientais que a Ecodepur disponibiliza

Qualquer que seja o reduzido oficinal a Ecodepur tem solução

mente: Norma DIN 1999/EN 858, “Petrol interceptors and fuel oil interceptors”- Design, installation and operation; Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e Drenagem de Águas Residuais (DR 23/95 de 23 de Agosto), garantido um rendimento de separação de hidrocarbonetos correspondente a 99,982 %, permitindo obter um efluente final com concentração de hidrocarbonetos inferior a 5 mg/l, nas condições de teste das referidas normas, dando deste modo cumprimento às exigências de descarga estabelecidas na legislação vigente, nomeadamente no Decreto-Lei 236/98 de 1 de Agosto. Ecodetox - O sistema Ecodetox foi desenvolvido e concebido de modo a tratar as águas de lavagem, adequando a qualidade da água tratada à sua recuperação nas operações de lavagem. Este sistema permite reduzir, significativamente, o consumo de água nas operações de lavagem, permitindo uma elevada redução dos parâmetros contaminantes presentes nas águas de lavagem, conduzindo a uma redução significativa dos custos associados, a este tipo de operação, e contribuindo deste modo para a protecção do Meio Ambiente. A instalação deste novo sistema de tratamento, deve ser complementada, a montante, com a instalação de um Decantador de Sólidos e de um Separador de Hidrocarbonetos, destinados à remoção de lamas e óleos minerais. Deste modo, o Ecodetox, combina operações unitárias de tratamento ao nível Biológico e Físico-Químico permitindo, ainda, a redução dos parâmetros físico-químicos presentes na água (devido aos detergentes biodegradáveis e aos hidrocarbonetos), nomeadamente os parâmetros CQO (Carência Química de Oxigénio), CBO5 (Carência Biológica de Oxigénio) e SST (Sólidos Suspensos Totais) permitindo, assim, dar cumprimento integral às exigências legais e normativas, relativas aos Valores Limite de Emissão estabelecidos na Legislação Vigente (Decreto-Lei nº 236/98 de 1 de Agosto) e nos diversos Regulamentos de Descargas Municipais. A crescente preocupação ambiental associada à evolução da tecnologia disponível bem como o desenvolvimento de documentos normativos específicos, permitem que a Ecodepur actue e desenvolva equipamentos destinados à preservação do Ambiente, com baixo custo de primeiro investimento e elevada simplicidade de instalação e manutenção.


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Jornal das Oficinas Abril 2008

PRODUTO Mercado dos lubrificantes 100% sintéticos em Portugal – Ano 2007

Óleos Sintéticos crescem mais de 1 milhão de euros O mercado de lubrificantes 100% sintéticos em Portugal pouco se modificou em termos de canais de escoamento no último ano comparativamente ao precedente. Apesar disso, registou um aumento significativo de litros vendidos. Outro factor marcante prende-se com o aumento da procura da opção SAE 5W40 e diminuição acentuada da procura dos óleos 10W40.

O

s óleos sintéticos são quimicamente elaborados em laboratório, tornando possível os ajustes que permitem maior estabilidade da viscosidade às variações de temperatura (maior índice de viscosidade sem o acréscimo de aditivos específicos), menor volatilidade (reduzidas perdas por evaporação, também a altas temperaturas) e maior resistência à oxidação e às alterações em geral. São aconselhados, especialmente, quando as temperaturas de funcionamento e condições de utilização dos motores são particularmente difíceis, como é o caso dos propulsores sobrealimentados de elevado rendimento, os motores de competição e as turbinas.

O preço é só aparentemente mais elevado que um semi-sintético ou um mineral, pois permitem intervalos de substituição mais alargados. No meio existem os óleos semi-sintéticos, com a vantagem do menor preço relativamente aos 100% sintéticos, a que se juntam algumas potencialidades únicas dos sintéticos. Uma coisa é certa: Nos modernos veículos, existem óleos específicos para cada um deles. Um óleo para cada veículo, é a norma actual. Quais são as vantagens da utilização de um lubrificante sintético? Os lubrificantes sintéticos são especialmente recomendados para motores

de elevada performance que operem sob condições de serviço muito severas. Isto significa: - Excelente arranque a frio: Lubrificantes convencionais contêm uma quantidade diminuta de ceras, as quais retardam o escoamento do óleo a baixas temperaturas. Poderá levar alguns segundos até que o óleo alcance todas as partes móveis do motor, durante este precioso tempo ocorre desgaste. Os lubrificantes sintéticos são isentos de ceras pelo que a sua fluidez a baixas temperaturas é excelente, permitindo uma redução do desgaste no arranque a frio. - Longos intervalos de mudança: Os lubrificantes sintéticos resistem melhor

QUADRO I CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO DOS LUBRIFICANTES 100% SINTÉTICOS

ao processo de envelhecimento dada a sua excelente resistência à oxidação. Por este facto, estes produtos duram mais tempo em serviço, permitindo o alargamento dos períodos de mudança. Isto significa a redução do consumo de óleo, menores custos e a redução da criação de resíduos. - Motores mais limpos: O processo de envelhecimento do óleo poderá causar o aparecimento de lamas e a criação de depósitos no motor. Os lubrificantes sintéticos estão aptos a resistir a estes processos de degradação, mantendo, desta forma, o motor mais limpo. QUADRO V TIPO DE EMBALAGEM DOS LUBRIFICANTES 100% SINTÉTICOS JAN 2006 DEZ 2006 13 %

JAN 2006 DEZ 2006

JAN 2007 DEZ 2007

59,1 %

54,3 %

40,9 %

45,7 %

346.235 Unidades/litro

408.814 Unidades/litro

M.M. AUTO CENTROS

QUADRO II CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO DOS LUBRIFICANTES 100% SINTÉTICOS

QUADRO III VISCOSIDADE DOS LUBRIFICANTES 100% SINTÉTICOS JAN 2006 DEZ 2006 18,5 % 5,9 %

JAN 2007 DEZ 2007

QUADRO IV VISCOSIDADE DOS LUBRIFICANTES 100% SINTÉTICOS JAN 2006 DEZ 2006

15,3 % 6,1 %

24,8 %

JAN 2007 DEZ 2007 18,7 % 7,2 %

5,1 %

JAN 2006 DEZ 2006

JAN 2007 DEZ 2007 62,4 %

70,4 %

57,5 %

JAN 2007 DEZ 2007 12,3 %

15,7 %

17,2 %

71,3 %

70,5 %

346.235 Unidades/litro

408.814 Unidades/litro

BARRIL BALDE LATA

TAMBOR PLÁSTICO

QUADRO VI TIPO DE EMBALAGEM DOS LUBRIFICANTES 100% SINTÉTICOS JAN 2006 DEZ 2006

JAN 2007 DEZ 2007

17,6 %

17 %

16,1 %

21,9 %

66,3 %

61,2 %

66,3 %

49,5 %

56,8 %

10,7 %

6,4 %

3.124 Milhões Euros

4.041 Milhões Euros

M.M. AUTO CENTROS

5,2 %

346.235 Unidades/litro

408.814 Unidades/litro

3.124 Milhões Euros

4.041 Milhões Euros

0W-30 0W-40 5W-30 5W-40 5W-50 10W-40 10W-60

15W-40 15W-50 20W-40 20W-50 30W 40W

0W-30 0W-40 5W-30 5W-40 5W-50 10W-40 10W-60

15W-40 15W-50 20W-40 20W-50 30W 40W

50,5 %

43,2 %

9,2 %

3.124 Milhões Euros

4.041 Milhões Euros

BARRIL BALDE LATA

TAMBOR PLÁSTICO


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PRODUTO

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A oferta do mercado

Mercado recheado de boas opções O mercado dos óleos sintéticos para motor apresenta seguramente mais de três dezenas de marcas com boas opções para o consumidor e profissional oficinal. Em baixo o leitor fica a par de uma mão cheia de boas referências de mercado. De fora ficam muitas mãos cheias a que nos dedicaremos nas próximas edições. KRAFFT

Long Life 04 / Eco Energy / Long Life Gold Os Long Life 04, Eco Energy, e Long Life Gold, são três novos lubrificantes da Krafft para motores de última geração, com especificações que vão ao encontro das modernas exigências dos motores de última geração (Euro IV). Totalmente sintéticos, para motores a gasolina ou diesel, possuem as seguintes particularidades: Long Life 04 5W30 Tecnologia Low Saps; Compatível DPF-CAT; Especial BMW. Eco Energy 5W30 Mínimo impacto ambiental; Compatível DPF-CAT; Especial PSA. Long Life Gold 5W30 Tecnologia Low Saps; Compatível DPF-CAT; Especial Grupo Volkswagen.

Pela sua baixa viscosidade estão especificamente formulados para os motores economizadores de combustível” (Energy Conserving). Especialmente formulados para motores que trabalham sob regimes e temperaturas extremos, assim como para a condução desportiva. A sua qualidade de longa duração permite prolongar o período entre mudanças de óleo. REPSOL

Elite Competición 5W40 Óleo de tecnologia 100% sintética, altamente estável e resistente ao cisalhamento. A sua utilização em qualquer veículo melhora o rendimento energético, optimiza consumos, minimizando as fricções e protegendo o motor da forma mais eficaz. Excelente comportamento viscosimétrico a frio, facilitando o arranque e reduzindo ao mínimo o desgaste do motor. Escassa volatilidade, que reduz o consumo de lubrificante. Elevado poder detergente e dispersante, assegurando um limpeza total dos elementos do motor. Comportamento extraordinário tanto a frio com a quente. Óptima circulação fluida do óleo evitando desgastes nas partes críticas do motor. Os seus componentes permitem uma desaerificação rápida, minimizando a formação de espumas a elevados regimes de rotação do motor. Elevada estabilidade termooxidativa. Ausência de depósitos e estabilidade nos turbos. A concepção estudada do Elite Competición 5W40, selecção de bases e aditivos tornam-no num produto de óptima durabilidade em serviço. Especificações: API SL/CF; ACEA A3-B3/B4; VW 502.00/505.00; Opel (GMLLB025); MB 229.3; BMW LL-98; Porsche

LIQUI MOLY

Synthoil Energy 0W40 O Synthoil Energy 0W40 é um lubrificante totalmente sintético, de viscosidade super conservadora de energia. Promove rápidas transferências de óleo ao motor. Óptima lubrificação do motor já na sua primeira rotação e redução significativa do desgaste. Considerável economia de combustível durante a fase fria (comparado com os óleos minerais 15W40 convencionais). Devido à menor resistência friccional causada pela viscosidade super conservadora de energia, o motor pode desenvolver mais potência e o consumo de óleo é consideravelmente menor. Para a perfeita limpeza do motor. Ensaiado em catalisadores e turboalimentadores. Para motores a gasolina e a gasóleo. Especialmente apropriado para motores de alta tecnologia. Óleo para qualquer estação do ano, para intervalos muito longos entre mudanças de óleo.

SUNOCO

Synturo Brilliant LongLife 3 5W30 Lubrificante 100% sintético, de longa duração, economizador de combustível, apresentando uma performance avançada e permitindo uma excelente protecção contra o desgaste. Mantém uma excelente eficiência na redução das emissões de gases tanto nos motores a gasolina como nos diesel. Para aplicação em todos os motores de última geração, particularmente os de alto nível de performance quer sejam a gasolina ou diesel, que equipam os últimos modelos de veículos ligeiros de passageiros, SUV’s ou comerciais ligeiros. Excelente lubrificação durante todo o intervalo de manutenção. Composto com aditivos químico de última geração e outros componentes topo de gama. Desenvolvido para uma total compatibilidade para os motores diesel equipados com filtros de partículas (DPF’s). Excelentes características de fluidez para uma melhor capacidade de arranque a frio. Estabilidade térmica extremamente elevada e baixa volatilidade. Especificações: ACEA C3; A3/B3/B4; API SL / SM / CF; VW 504.00 / 507.00 (Motores com Filtros de Partículas); BMW LongLife ’04; DaimlerChrysler 229.31




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PRODUTO MILLERS

XF Long Life 0W30 O Millers XF Long Life 0W30, 100% sintético, destina-se quer a motores a gasolina como a motores alimentados a diesel e insere-se na família dos designados Long Life. É um dos mais recentes lubrificantes lançados pela marca Millers para veículos ligeiros. Especialmente adequado para uso com intervalos de serviço variáveis de acordo com o preconizado pelos construtores. A viscosidade ou a espessura do óleo mantém-se até mesmo sob as condições de funcionamento mais severas, assegurando por isso máxima protecção do motor. Excede os requisitos VW 503.00, 506.00 e 506.0, sendo por isso adequado para uma utilização abrangente em motores VW de acordo com o recomendado pelo construtor. Excede ainda as normas ACEA A1/B1 e A5/B5.

FUCHS

TITAN GT1 PRO C3 5W30 No seguimento da sua estratégia de inovação, a FUCHS lançou recentemente no mercado um novo lubrificante sintético Premium que denominou de TITAN GT1 PRO C3 (SAE 5W30), para os novos e modernos motores de veículos ligeiros equipados com filtros de partículas. O TITAN GT1 PRO C3 (SAE 5W30) tem como principal finalidade a possibilidade da racionalização dos produtos utilizados nas oficinas auto. Especificações: ACEA C3; ACEA A3/B4; MB 229.51; VW 504.00 / 507.00; Renault

VALVOLINE

Synpower 5W40 O Valvoline SynPower 5W40 é um lubrificante totalmente sintético, de elevada qualidade, formulado com bases sintéticas e aditivos da mais avançada tecnologia e qualidade. O SynPower Garante as melhores performances, obedecendo aos mais recentes requisitos para praticamente todas as viaturas ligeiras de passageiros e comerciais, com motores a gasolina, gasóleo e GPL. O óleo de motor SynPower oferece uma superior protecção nos arranques, mesmo sob condições extremas. Adequado para longos períodos entre mudas de óleo. As vantagens do SynPower são a resistência à deterioração: Aumento da estabilidade térmica e de oxidação; Controlo de depósitos: Reduz a formação de lamas, vernizes e resíduos; Protecção de desgaste: Melhora a resistência da película lubrificante; Volatilidade: Menor evaporação e consumo de óleo em condições extremas; No arranque a frio: O óleo circula mais facilmente a baixas temperaturas.

Especificações: SM/CF; A3/B3/B4; MB 229.3; VW 502.00 e 505.00. CEPSA

Star Mega Synthetic 5W30 O Star Mega Synthetic 5W30 é um lubrificante 100% sintético para motores a gasolina e diesel, que assegura uma protecção máxima nos veículos mais modernos e sofisticados. Homologado pela GM onde sejam necessários óleos para longos intervalos ECOService-Flex. Adequado quando se deseja utilizar um óleo preconizado pelos construtores de veículos como “períodos longos de drenagem”. Desenvolvido para cumprir os requisitos mais recentes nos motores a gasolina e diesel em qualquer período do ano. Adaptado às modernas tecnologias existentes, como turbocompressores, injecção directa “common rail”, EGR, multi-válvulas, etc. Óleo muito fluido, o que facilita uma circulação imediata nas zonas críticas do motor, mesmo com temperaturas muito baixas (-30ºC). Possui uma volatilidade baixa que proporciona um consumo baixo de óleo. Graças à sua tecnologia de síntese, satisfaz os requisitos de manutenção dos fabricantes (intervalos de mudanças maiores). Elevado poder detergente/dispersante. Limpeza total de todos os órgãos do motor. Alta capacidade antifricção. Reduz extraordinariamente o desgaste. Elevada viscosidade com temperaturas elevadas (150ºC) e cisalhamento elevado. Pela sua aditivação especial é compatível com juntas e elastómeros.

Especificações: API SM/SL/CF; ACEA A3/B4-04; BMW LL-01; GM-LL-A/B-025 (gasolina e diesel); MB 229.3; VW 502.00/505.00.

GALP

Fórmula 1 Plus 5W40 Lubrificante totalmente sintético e multigraduado para motores a gasolina. Especialmente recomendado para veículos de turismo, gamas média e alta, equipados com injecção electrónica, para uma condução desportiva ou em qualquer situação em que se pretenda uma melhor prestação do motor. Devido à sua fluidez excepcional, minimiza o tempo de arranque e o desgaste do motor, permitindo, igualmente, uma economia no consumo de combustível (“Energy Conserving”). Permite, também, períodos de mudança mais alargados do que com um lubrificante convencional. Especificações: ACEA A3/B3; API SL/CF; MB 229.1; VW 502.00 e 505.00; BMW Long Life 98

SELÈNIA

Multipower 5W30 Os lubrificantes Selènia Multipower estão disponíveis nas versões Selènia Multipower C3 5W30 e Selènia Multipower VW Specs 5W30. Estes novos lubrificantes foram criados para irem ao encontro das necessidades dos novos motores Euro 4. Para reduzir a emissão dos motores a diesel, a maior parte dos fabricantes de carros adoptou o filtro de partículas. Esta tecnologia inovadora despoletou o estudo e desenvolvimento de lubrificantes com baixo conteúdo de SAPS (cinzas de sulfato, fósforo e enxofre) que minimizem os resíduos de combustão e previnam o entupimento dos filtros. Possuindo estas características intrínsecas, estes lubrificantes podem também prolongar a vida dos catalisadores em motores a gasolina. Os novos lubrificantes Selènia Multipower superam a especificação de baixo conteúdo de resíduos de combustão ACEA C3.

Especificações: Selènia Multipower C3 - SAE 5W30; ACEA C3; API SM/CF; BMW LL-04; MB 229.51; VW 502.00; VW 505.00; VW 505.01. Selènia Multipower VW Specs - SAE 5W30; ACEA C3; ACEA A3/B4; VW 504.00-507.00.



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TÉCNICA Sistemas de arrefecimento

Mágicos, mas

perigosos

Para manter o motor a uma temperatura estabilizada, que permita o seu funcionamento sustentável ao longo do tempo, existem os sistemas de arrefecimento, cujo circuito faz circular uma mistura de água com outros produtos, entre o motor e o radiador, onde o calor é libertado para a atmosfera.

Q

motor de combustão interna, que tem sido a base de propulsão dos automóveis e outros veículos, tem qualquer coisa de brinquedo mágico, que transforma um líquido gorduroso e mal cheiroso num manancial de energia, capaz de levar uma família inteira e a sua bagagem a centenas de quilómetros, ou mesmo alguns poucos milhares, a uma velocidade surpreendente, que pode ultrapassar os 200km/h. Tudo isso é possível porque a combustão transforma o combustível líquido em gases com grande potencial expansivo, devido ao aumento súbito da temperatura, que pode ultrapassar os 300ºC. A energia química é assim transformada em calor e energia cinética, que é transmitida pelas peças do motor à transmissão e desta às rodas do veículo. Apesar de mágico, o motor de combustão interna não é perfeito e grande parte da energia do combustível (+ de 40%) perde-se sob a forma de calor, se este não for aproveitado para o aquecimento dos ocupantes, o que só é viável em climas e em estações frias. Além disso, mesmo que sejam eliminados os gases tóxicos poluentes, fica o CO2 (dióxido de carbono), que resulta inevitavelmente de qualquer combustão. Como o CO2 não é reciclado a um ritmo suficiente, devido à crescente pressão sobre o coberto vegetal do planeta, provocada pela expansão urbana e pelas actividades económicas, cria-se o efeito de estufa e as consequentes alterações climáticas. O brinquedo mágico acaba por transforFigura 1 - Corte de motor e radiador

1 - Depósito do radiador; 2 - Termóstato; 3 - Bomba de água; 4 - Canais de circulação dos cilindros; 5 - Câmaras de circulação da cabeça do motor

ma-se assim numa espécie de maldição. Claro que tudo se poderia resolver, se a inteligência humana estivesse orientada para a defesa do ambiente e para a paz, em vez de se entreter com a produção de armamentos e em organizar guerras. Mas, o pós-venda automóvel pouco pode fazer para alterar isso.

O “inferno” da combustão Para se tirar o melhor rendimento possível do combustível, o ar ou a mistura têm que ser fortemente comprimidos na câmara de combustão, o que eleva a temperatura desta para valores próximos da fusão dos materiais que constituem os motores. Portanto, o motor não funcionaria durante muito tempo, se não fosse arrefecido, nem lubrificado. A lubrificação, de resto, também desempenha um papel importante no arrefecimento do motor, para além da sua função específica de reduzir o atrito entre as peças metálicas em movimento. Para manter o motor a uma temperatura estabilizada, que permita o seu funcionamento sustentável ao longo do tempo, existem os sistemas de arrefecimento, cujo circuito faz circular uma mistura de água com outros produtos, entre o motor e o radiador, situado na parte frontal do veículo, onde o calor é libertado para a atmosfera. O arrefecimento a ar também pode ser utilizado, mas não consegue manter a mesma estabilidade de temperatura do arrefecimento líquido e consome cerca de 3-4% da potência do motor, o que é muito. O arrefecimento a ar é assim utilizado em alguns casos raros ou nos motores de pequenas cilindradas e baixas potências específicas (motociclos, máquinas de jardinagem, moto-serras, moto-bombas, etc.). A vantagem do arrefecimento a ar é a quase completa ausên-

cia de manutenção, razão pela qual é preferido para motores estacionários de compressores de ar e geradores de electricidade, que funcionam a regimes estáveis.

Estrutura e funcionamento Uma representação esquemática e simplificada de um circuito de arrefecimento pode ser observado na Figura 1. As setas a preto indicam a direcção do fluxo do fluido de arrefecimento, enquanto que as brancas dizem respeito ao fluxo de ar atmosférico, que é reforçado pelo ventilador colocado atrás do radiador. Como se pode ver, o fluido passa do tanque do radiador (1) para os canais deste, onde o calor é eliminado para a atmosfera, sendo impelido para o bloco do motor, pela bomba de água (3). Ao chegar ao bloco motor, o fluido passa a circular em canais que rodeiam os cilindros (4), antes de passar para a cabeça do motor (5), onde também circula em cavidades que rodeiam as câmaras de combustão e as passagens das válvulas, para as arrefecer. Ao atingir a temperatura máxima, o fluido passa pelo termóstato (2) e regressa ao radiador, para libertar novamente o calor. O termostato existe para fechar o circuito, quando o motor inicia o funcionamento, a fim de permitir que este atinja a sua temperatura ideal de funcionamento o mais rapidamente possível. Quando a válvula do termostato está fechada (motor frio), o fluido de arrefecimento regressa directamente da cabeça do motor para a bomba de água, como se pode ver no esquema. Na base do radiador, existe uma válvula que permite efectuar a purga do circuito. O facto do fluido de arrefecimento iniciar o ser percurso na parte su-

perior do radiador e entrar no bloco motor pela base dos cilindros, baseia-se no princípio do termo-sifão, que faz a água mover-se para cima, quando aquece, e para baixo, quando arrefece. Este princípio permite poupar a energia absorvida pela bomba de água, uma vez que o fluxo se faz no sentido natural das leis da física. Na realidade, em motores de baixa potência específica e sujeitos a cargas moderadas, até poderia ser dispensada a bomba de água, o que sucedeu efectivamente em muitos dos motores dos primeiros modelos de automóveis.

Características do fluido de arrefecimento O facto de se utilizar a água como base dos fluidos de arrefecimento fundamenta-se na sua grande capacidade para absorver o calor, bem como na sua relativa abundância e baixo custo. No entanto, a água é um promotor da oxidação das peças metálicas e tem que conter aditivos anti-oxidantes, para evitar a corrosão interna do motor. Além disso, a água congela a baixas temperaturas, o que poderia danificar o motor e inclusivamente partir o bloco ou a cabeça do motor, porque a água aumenta de volume ao mudar para o estado sólido. Para evitar esse problema, são adicionados produtos anti-congelantes no fluido de refrigeração do motor. A composição desses fluidos pode ainda conter detergentes, para manter limpos e desobstruídos os canais onde circula o refrigerante. Por outro lado, ao adicionar outros produtos à água, isso altera o seu ponto de ebulição, que se situa à volta dos 100ºC, em condições normais de


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TÉCNICA pressão atmosférica. Com os aditivos, numa proporção à volta de 30-50%, a água só entra em ebulição a 120ºC (a uma pressão de 1,4 bar), o que permite ao motor suportar maiores esforços, sem acusar problemas. Outra característica da água é o seu coeficiente de dilatação. Ao aquecer a baixas temperaturas, entre os 3 e os 10ºC, a água diminui de volume, mas a partir dessa temperatura começa a aumentar o seu volume, até atingir o pon-

to de ebulição, ou de passagem ao estado gasoso. Para colmatar esse problema, passaram a ser utilizados vasos de expansão, onde o fluido compensa a dilatação da água ao aquecer. Quando o motor arrefece o fluido regressa ao circuito, por efeito da gravidade, pois esses reservatórios situam-se acima do nível da parte superior do radiador. Até aos anos 60, os motores deitavam o fluido fora, quando aqueciam ao máxi-

Figura 2 - Conjunto do radiador de um modelo actual

1 - Depósito; 2 - Radiador do óleo da transmissão; 3 - Junta vedante; 4 - Corpo do radiador; 5 - Calha lateral de fixação do radiador; 6 - Base do radiador; 7 - Depósito de óleo (com entrada/saída); 8 - Radiador de óleo do motor; 9 - Embraiagem; 10 - Ventilador

mo, sendo necessário acrescentar novamente o nível. Muitas pessoas abriam inadvertidamente a tampa do radiador a quente e queimavam-se, devido ao jacto de água e vapor projectado. Além disso, perdiam-se a água e os aditivos. Com os vasos de expansão fabricados em plástico adequado (polipropileno), os radiadores passaram a ser selados e o nível do circuito é controlado no reservatório, pois este é semi-transparente e permite ver o nível do fluido, que deve estar entre as marcas de nível máximo e mínimo. Em certos modelos, existe mesmo o sensor de nível, que avisa o condutor. Se for necessário acrescentar água ou fluido, isso pode ser feito a frio, sem qualquer problema. Outra vantagem dos reservatórios de expansão do circuito de arrefecimento, é eles permitirem a passagem de gases que se formam no circuito, evitando a cavitação (bolhas ou espuma) junto à bomba de água. De qualquer modo, se o nível do fluido refrigerante baixar muito rapidamente, pode haver uma fuga no circuito de refrigeração e o motor tem que ser verificado, para evitar avarias graves. Há vantagem em mudar o fluido todos os anos (carros de utilização intensiva), ou de 2 em 2 anos (utilização normal), pois as impurezas acumuladas ajudam a destruir a bomba de água e a entupir o radiador, o que fica mais caro do que o fluido em si. Os depósitos de expansão não devem estar expostos directamente à luz solar, pois o polipropileno é sensível à radiação UV e deteriora-se facilmente.

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Radiadores actuais Os radiadores já foram fabricados com diversos materiais (aço, cobre, latão, etc.), mas o alumínio acabou por se impor na sua produção, porque é mais leve e bom condutor do calor, irradiando mais facilmente o excesso de temperatura do fluido de arrefecimento do motor. Quanto a sistemas de fabrico, hoje em dia são utilizados dois sistemas diferentes: a soldadura e a montagem mecânica das peças. O primeiro sistema é utilizado nos motores mais potentes, nos quais a pressão do circuito de refrigeração pode ser relativamente elevada. Nos motores mais económicos utilizam-se indiferentemente os dois sistemas. Isto não quer dizer que o fabrico por montagem mecânica dos componentes, ofereça menos garantias, porque os tubos e alhetas do radiador são montados a frio, ajustando-se à temperatura normal. Quando o motor aquece a união entre as peças torna-se ainda maior, oferecendo todas as garantias que a soldadura oferece. A principal vantagem do processo de produção por soldadura é a obtenção de volumes mais reduzidos, um factor importante para ganhar espaço junto ao motor. O princípio de funcionamento do radiador, aliás, baseia-se na possibilidade de oferecer a maior área possível de contacto do fluido com o ar atmosférico, com um volume exterior reduzido. Isto é conseguido fazendo passar o fluido quente por inúmeros tubos rectilíneos, tantos quantos permitam evitar uma perPUB


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Jornal das Oficinas Abril 2008

da de pressão significativa do fluido, ao passar pelo radiador. Esses tubos estão ligados por inúmeras alhetas onduladas e com sentidos de flexão opostos, para permitir uma maior incidência do ar. Na Figura 2, é possível ver um conjunto do radiador de um modelo actual. Os depósitos (1) servem para distribuir o fluido pelos canais do corpo de radiador (4), possuindo bocais para montagem das mangueiras que trazem e levam o fluido para o bloco motor. São fabricados em plástico (poliamidas) reforçado a fibra de vidro, utilizando o sistema de injecção em moldes. Montam-se por encaixe, possuindo juntas de vedação (3). Um pequeno radiador (2) montado junto ao depósito da base (6) assegura o arrefecimento do fluido da transmissão. Numa das calhas laterais do radiador (5), é montado o radiador de óleo do motor (8), que possui pequenos depósitos nas extremidades. Um desses depósitos tem dois orifícios roscados, para montar os tubos de entrada e saída o do óleo. Para aumentar o fluxo de ar através do radiador, são usados ventiladores (10), accionados por correia e comandados por embraiagem (viscosa), ou accionados por um motor eléctrico. O sistema de embraiagem viscosa é mais silencioso do que os electroventiladores, sendo usados em carros de topo de gama, com motores potentes. Na concepção dos modernos radiadores, existe a preocupação de reduzir ao máximo a resistência aerodinâmica e a potência absorvida pelo ventilador, cujo tamanho e potência varia na razão inversa da capacidade do radiador. Todos os parâmetros do sistema de arrefecimento são hoje calculados ao pormenor, sendo necessário utilizar sempre peças originais, para se obter o mesmo rendimento do sistema.

Controlo da temperatura O rendimento ideal do motor depende de uma temperatura estabilizada de funcionamento, com uma pequena margem de variação, independentemente das condições exteriores ao veículo e da carga que o motor tem que suportar. Nos termostatos convencionais, a regulação era proporcionada pela expansão do elemento flexível do termostato, que deixava passar mais fluido, quanto mais quente estivesse o motor. Ao arrefecer o motor, o termostato fechava a passagem do fluido, para manter a temperatura. O problema deste sistema era a inércia de funcionamento, isto é, tinha que aquecer muito para começar a arrefecer e tinha que arrefecer muito, para começar a aquecer. Como o nível de variação da temperatura tem impacto nas emissões de escape, na conservação e desgaste do próprio motor e no rendimento do sistema de aquecimento do habitáculo, foi necessário avançar para sistemas mais precisos. Os termostatos sensitivos reduziram o tempo de resposta às variações de temperatura, através de um sistema de expansão e contracção mais rápido. No entanto, a resposta definitiva para o controlo da temperatura do motor foi a chegada dos sistemas de gestão electrónica do motor. Neste caso, o termostato

TÉCNICA Figura 3 Termóstato controlado electronicamente pela unidade de gestão do motor

Mapa temperaturas do ar

Unidade de comando

Mapa das cargas Mapa velocidades Mapa temp. fluido refrigerante

Figura 4 Constituição de uma embraiagem de ventilador

1 - Estrutura; 2 - Tampa; 3 - Disco primário; 4 - Rolamento do electroíman; 5 - Enrolamento da bobina; 6 - Bobina; 7 - Íman; 8 - Prato de blocagem; 9 - Disco intermédio. 10 - Rolamento da embraiagem 11 - Veio com flange; 12 - Válvula de mola.

Termostato de controlo electrónico

Ventilador

passa a ser controlado electronicamente pela unidade de gestão do motor, obedecendo a mapas cartográficos que simulam as principais variações dos parâmetros globais envolvidos. Deste modo, é possível antecipar a tendência do motor para aquecer ou arrefecer, accionando o termostato e o ventilador do radiador de acordo com as necessidades de cada situação (Figura 3). Ventiladores de radiador O ventilador do radiador é especialmente útil em várias situações típicas, isto é, quando o veículo está parado ou circula a baixa velocidade, nas subidas, ou quando se faz uso prolongado da potência máxima, mesmo em estrada plana. Os electroventiladores, que podem funcionar mesmo depois de se desligar o motor, com a energia da bateria, estão limitados a 600 W, por questões de peso e de custo, para lá do elevado nível de ruído. Nos restantes casos, utiliza-se uma correia ligada à cambota para accionar o ventilador, que nos veículos pesados pode absorver até 20 kw de potência. Em certos modelos de VI, o ventilador é accionado directamente pela extremidade da cambota, dispensando correia. Os ventiladores mais recentes são produzidos numa única peça de plástico molda-

do, estando as pás unidas por um aro exterior de reforço. Além de tornar o ventilador mais resistente, o aro também se torna mais seguro, quando os técnicos de manutenção têm que verificar alguma coisa com o motor a trabalhar, evitando o contacto das mãos e braços com as pás do ventilador. Nos ventiladores accionados por correia, torna-se necessário instalar uma embraiagem, que possa fazer variar a velocidade do ventilador e desligá-lo, quando não é necessário (descidas, temperaturas exteriores muito baixas, etc.), o que permite economizar combustível. Nos sistemas clássicos, o ventilador não tinha embraiagem, porque se partia do princípio que a temperatura era proporcional ao regime do motor, o que está longe de ser correcto. Os primeiros sistemas de embraiagem do ventilador eram mecânicos ou electromagnéticos e só permitiam três opções: uma velocidade alta, uma velocidade baixa e o ventilador desligado. Com a descoberta dos óleos à base de silicone, cuja viscosidade aumenta juntamente com a temperatura, ao contrário dos restantes lubrificantes, tornaram-se vulgares as embraiagens viscosas, que permitem um número variável de desmultiplicações sucessivas, sendo correntemente aplicados, tanto em veículos ligeiros, como em viaturas pesadas. A constituição de uma dessas embraiagens de ventilador actuais pode ver-se na Figura 4. Basicamente, essas embraiagens constam de três secções: disco accionado pelo motor (potência de entrada) disco secundário (potência de saída) e sistema de controlo. Por seu turno, o controlo da velocidade do ventilador, pode ser feito automaticamente, através da temperatura do ar que passa pelo radiador, ou electronicamente, através do sistema de gestão do motor. No primeiro caso, quando o motor está frio, o fluido que está entre os dois discos é mais fluido e o ventilador roda mais devagar, porque os discos patinam entre si. À medida que a temperatura aumenta, o fluido aumenta de viscosidade, fazendo com que o disco primário arraste mais fortemente o disco secundário, aumentando a velocidade do ventilador. Isto acontece porque existe um disco intermédio, que cria uma câmara de abastecimento e uma câmara de serviço, entre os dois discos já referidos, onde circula o óleo, como se fosse um conversor de binário rudimentar. Ao arrefecer o motor, a viscosidade do óleo com silicone volta a baixar e os discos ficam mais desligados entre si, passando a patinar, o que faz diminuir a velocidade do ventilador. No segundo sistema de controlo da embraiagem, via gestão electrónica do motor, existe um mecanismo de blocagem da embraiagem, através de um prato (8) accionado por um electroíman (5, 6, 7), comandado directamente pela ECU. Deste modo, é possível seleccionar a velocidade do ventilador, independentemente da temperatura do ar que passa pelo radiador, conseguindo-se uma resposta mais rápida às variações de temperatura do fluido de arrefecimento e maior estabilidade na temperatura de funcionamento do motor.



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Jornal das Oficinas Abril 2008

ACTUALIDADE Destaque

Salão de Genebra Como é tradição, o início do mês de Março fica marcado pelo Salão de Genebra. Neste espaço, mostramos as principais novidades deste certame com destaque para o Volkswagen Scirocco, construído em Portugal na Autoeuropa.

VW Scirocco Motor base: 1.4 TSi de 122cv Lançamento: Setembro Preço: Abaixo dos 25.000 Euros

Citroen C5 Tourer Motor base: 1.6 HDi de 110 cv Lançamento: Abril Preço: Desde 32.000 Euros

Audi A4 Avant Motor base: 2.0 TDi de 143 cv Lançamento: Maio Preço: A partir de 39.000 Euros

Renault Koleos Motor base: 2.0 DCi 150 cv Lançamento: Julho Preço: Cerca de 40.000 Euros

Lancia Delta Motor base: 1.6 Multijet de 120 cv Lançamento: Setembro Preço: não divulgado

Peugeot 308 SW Motor base: 1.4 litros 90 cv Lançamento: Verão Preço: Desde 20.000 Euros

Ford Fiesta Motor base: 1.25 gasolina 80 cv Lançamento: Outubro Preço: não divulgado

Dacia Sandero Motor base: 1.5 DCi de 70 cv Lançamento: Verão Preço: não divulgado

Honda Accord Motor base: 2.2 I-DTEC de 150 cv Lançamento: Abril Preço: não definido

Ford Kuga Motor base: 2.0 TDCi de 136cv Lançamento: Maio Preço: Desde 38.000 Euros

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Audi A3 Sportsback 1.4 TFSi

Suavidade total

unca o Audi A3 foi tão barato em Portugal. O motivo é simples. A Audi montou-lhe o motor de 1.4 litros TFSi, visto noutros níveis de potência no Volkswagen Golf, o que lhe permite ser mais amigo da fiscalidade e como tal obter uma preço pouco acima dos 25.000 Euros, o que para um Audi é de facto muito bom. Com 125 cv de potência o motor de 1.4 litros de injecção directa a gasolina do A3 possui um turbo compressor, destacando-se esta unidade motriz pela excelente suavidade de funcionamento, onde não existem vibrações. O binário máximo de 200 Nm encontra-se disponível logo às 1500 rpm até às 4000 rpm (80 por cento deste valor encontra-se disponível pouco acima do ralenti, a partir das 1250 rpm), permi-

F

tindo uma eficaz resposta do motor assim que se começa a acelerar. A direcção filtra todas as irregularidades do piso, os travões são eficazes, a caixa de velocidade é precisa e o comportamento dinâmico é excepcional. Tudo isto aliado a uma ergonómica e confortável posição de condução, só nos resta disfrutar das vantagens de conduzir um Audi a gasolina, com consumos pouco superiores a 7 litros. Audi A3 Sportsback 1.4 TFSi Cilindrada cc: 4/1.390 Potência Cv/rpm: 125/5.000 Binário Nm/rpm: 200/1.500 Velocidade Km/h: 203 Acel.0-100 km/h seg.: 9,8 Cons.Médio L/100Km: 6,5 Preço (desde) 25.965 Euros

Peugeot 308 1.6 HDi

Apetência familiar

ace ao sucesso que a gama 307 ainda tinha, a Peugeot decidiu aparentemente não arriscar muito com o 308. Sim, aparentemente, pois na realidade o 308 não é uma mera evolução do 307, bastando para tal sentir a melhor qualidade dos materiais empregues na construção do interior, nomeadamente ao nível do tablier. Apelativo do ponto de vista estético, acima de tudo na secção dianteira, a Peugeot deu ao 308 um carácter assumidamente familiar. No interior existe espaço abundante para quatro adultos. A correcta posição de condução pode ser encontrada facilmente devido às diversas regulações do assento e da coluna de direcção, e equipamento de conforto e segurança não falta, mesmo nas versões mais acessíveis. A opção familiar também se nota pela

escolha das relações de caixa (mais longas), pelo que os tradicionalmente “enérgicos” 110 cv do motor de 1.6 litros HDi acabam por se “diluir” em tanta suavidade. A suspensão revela igual compromisso ao conforto, assim como a direcção que se torna menos comunicativa do que é normal. Os quase 5 litros de consumo aos 100 Kms são outro importante argumento desta proposta familiar da Peugeot. Peugeot 308 1.6 HDi Cilindrada cc: Potência Cv/rpm: Binário Nm/rpm: Velocidade Km/h: Acel.0-100 km/h seg.: Cons.Médio L/100Km: Preço (desde)

4/1.560 110/4.000 240/1.750 190 11,3 4,7 24.245 Euros




SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas

COLECCIONÁVEL

Nº 29 Abril 2008

BOLETIM TÉCNICO Colaboração:

RENAULT CLIO II 1.2 - Ano 2004 O Clio é um dos carros mais populares da Europa, tendo entrado já na terceira geração, devido essencialmente a um estilo e uma concepção técnica discretos, adaptáveis a vários gostos e diversas utilizações. Economia, fiabilidade e robustez são outros atributos deste modelo no mercado, sem esquecer a actualização técnica e um nível de emissões avançado.

ESQUEMA BÁSICO Nº 01 Fig. 1

02

O motor 1.2 (DAF - 712) tem efectivamente 16V e padrões tecnológicos Euro 4 (Fig. 1). No presente caso, o motor não pega e a luz avisadora de avaria está activada. Utilizando o aparelho de diagnóstico da linha Axone/Navigator da Texa, os códigos de avaria não se revelaram coerentes com a informação detectada pelo aparelho e parecia não terem qualquer solução. No final, tudo se reduzia a contactos deficientes num condutor da unidade central de processamento do motor, que originava dados incorrectos. Das informações que os técnicos da oficina recolheram, os maus contactos provocam geralmente as seguintes anomalias: • Erros relativos ao potenciómetro do pedal do acelerador • Erros relativos ao potenciómetro da borboleta. • O motor não pega • A luz avisadora do painel de instrumentos activa-se, sem ter qualquer erro na memória do autodiagnóstico

03 04

Acontece que as ligações eléctricas à ECU do motor são isoladas com silicone, o qual se torna fluido com temperaturas demasiado elevadas e escorre, isolando os contactos eléctricos. Para solucionar o problema, basta remover o silicone em excesso, limpar perfeitamente os contactos e os cabos de ligação, voltando a ligar as fichas da ECU.

Descrição Unidade central de gestão motor Bomba de combustível

X-Y R31 M12

Localização Junto ao motor, à esquerda Sob o banco do passageiro

05 06

Bobina A.T. Relé da bomba de combustível Comutador de ignição Bateria de arranque

07

Relé principal

08 09 10

Sonda Lambda antes do catalisador Sonda Lambda após catalisador Electroválvula F35 Junto ao motor, vapores de gasolina à direita Injectores eléctricos Sensor de posição P28 No pedal do acelerador do acelerador Sensor da pressão do ar Na conduta de admissão Sensor da temperatura do motor Sensor de temperatura Na conduta do ar admissão de admissão Sensor de detonação Sensor de rpm Q33 No bloco motor, junto ao volante Actuador da borboleta No corpo da borboleta

11 12 13 14 15 16 17 18

R32 Caixa de fusíveis, junto ao motor S33 R32

Junto ao motor, lado esquerdo Caixa fusíveis, junto ao motor

19

Sensor de posição da borboleta

No corpo da borboleta

20 21 22 23 24 25 26 27 28 29

Ligação ao sistema de luzes de travão Ligação ao sistema de climatização Díodo Condensador Ligação à UCR (computador de bordo) Ligação à caixa automática Tomada de diagnóstico R28 Junto ao volante Ligação ao sistema Cruise Control Ligação ao painel de instrumentos Ligação ao sistema da direcção assistida

F01 Fusível de 30A F05 Fusível de 7,5A

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RENAULT CLIO II 1.2 Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) Ano 2004


SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas

ESQUEMA ELÉCTRICO

Fig. 2

Motor não desenvolve ao acelerar Também pode acontecer neste motor 1.2 a injecção indirecta de gasolina que a potência não se desenvolva normalmente e existam falhas e hesitações durante a aceleração. Para estes casos, recomenda-se a verificação dos injectores eléctricos com um osciloscópio electrónico. Os sinais que interessam são apresentados pelo aparelho através da função automática. O osciloscópio apresenta as medidas das tensões e dos tempos em câmara lenta e é possível visualizar inclusivamente o sinal parado. Na Figura 2, tornam-se evidentes os pontos e o seu significado físico, em relação ao funcionamento da ignição: 1. Tensão de alimentação, de cerca de 12V (se não se verificar uma resistência em série nos injectores); 2. Tempo de injecção, de acordo com o estado de carga do motor; 3. Ponto de potencial mínimo, correspondente à máxima absorção de energia pelo injector (verificar se é igual em todos os injectores). Falta agora a fase de regular a corrente, nos sistemas que têm limitação da corrente de manutenção. É também muito importante verificar o correcto funcionamento hidráulico dos injectores, devendo a injecção processar-se num cone preciso e uniforme. Neste caso, existem variantes nos motores com 2 válvulas de admissão por cilindro (4 válvulas por cilindro). Podem ser utilizados injectores com dois jactos ("top-feed"), que se caracterizam por enviar um cone de gasolina pulverizada em direcção a cada uma das 2 válvulas de admissão. Se não for conhecida esta particularidade, o diagnóstico pode sair errado.

Fig. 3

Arranque a quente difícil A própria Renault adverte que os arranques a quente problemáticos são geralmente devidos a falhas na alimentação de corrente. Para descobrir onde elas ocorrem, ligase o terminal negativo do osciloscópio electrónico ao borne negativo da bateria, colocando o terminal positivo nos pontos em que poderá haver falhas de corrente (Fig. 3). O oscilograma típico é obtido com o osciloscópio na função automática, para um potencial de alimentação de 12V e por um potencial integral de massa. Na Figura 4, pode ver-se que o sinal positivo tem quedas bruscas de tensão. Quando o distúrbio ocorre de forma cíclica, é importante verificar o interFig. 4 valo de tempo desses ci-

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RENAULT CLIO II 1.2 Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) Ano 2004

Tipo de Dispositivo Pin Out Bobina AT - Activação dos injectores 1 e 4 B36 Bobina AT - Activação dos injectores 2 e 3 B24 Unidade central de gestão do motor – Alimentação A47 ECU - Alimentação comum a todos os componentes A35 ECU - Alimentação pela chave A48 ECU - Massa 1 B23 ECU - Massa 2 B47 ECU - Massa 3 B35 Ligação ao sistema de climatização - Sinal 1 A40 Ligação ao sistema de climatização - Sinal 2 A15 Ligação ao sistema de climatização - Sinal 3 A37 Ligação ao sistema de caixa automática - Sinal 1 A33 Ligação ao sistema de caixa automática - Sinal 2 A34 Ligação ao sistema de Cruise Control - Sinal 1 A21 Ligação ao sistema de Cruise Control - Sinal 2 A19 Ligação ao sistema de Cruise Control - Sinal 3 A30 Ligação ao sistema de Cruise Control - Sinal 4 A43 Ligação ao sistema de direcção assistida – Sinal A41 Ligação à UCR (computador de bordo) - Sinal 1 A45 Ligação à UCR (computador de bordo) - Sinal 2 A32 Comando das luzes de stop A26 Injector n.º 1 – Sinal B9 Injector n.º 2 – Sinal B10 Injector n.º 3 – Sinal B34 Injector n.º 4 – Sinal B46 Electroválvula de vapores de gasolina - Activação negativa A36 Actuador da borboleta – Sinal B11/12 Tomada de diagnóstico - Linha K A46 Relé da bomba de combustível - Activação negativa A7 Relé principal - Activação negativa A24 Contactor do pedal de travão – Sinal A27 Sensor de detonação – Massa B27 Sensor de detonação – Sinal B15 Sensor de rpm e PMS - Massa de referência B1 Sensor de rpm e PMS - Sinal no arranque B13 Sensor de rpm e PMS - Sinal em marcha B13 Sensor da posição da borboleta - Sinal 1 B31

Sensor da posição da borboleta - Sinal 2 Sensor da posição da borboleta - Sinal de alimentação Sensor da posição da borboleta – Massa Sensor da posição do acelerador - Alimentação 1 Sensor da posição do acelerador - Alimentação 2 Sensor da posição do acelerador - Massa 1 Sensor da posição do acelerador - Massa 2 Sensor da posição do acelerador - Sinal 1 Sensor da posição do acelerador - Sinal 2 Sensor da pressão do ar – Alimentação Sensor da pressão do ar – Massa Sensor da pressão do ar – Sinal Sensor da temperatura do ar de admissão – Massa Sensor da temperatura do ar de admissão – Sinal Sensor da temperatura do motor – Massa Sensor da temperatura do motor – Sinal Sonda Lambda antes/catalisador - Comando aquecimento Sonda Lambda antes/catalisador – Massa Sonda Lambda antes/catalisador – Sinal Sonda Lambda após/catalisador - Comando aquecimento Sonda Lambda após/catalisador – Massa Sonda Lambda após/catalisador – Sinal Nota: Informação obtida do software Texa IDC3 Plus

B42 B03 B07 A6 A02 A38 A39 A10 A8 B18 B14 B30 B28 B41 B6 B40 B48 B4 B29 A12 A5 A20


Colaboração: COLECCIONÁVEL

Nº 29 Abril 2008

BOLETIM TÉCNICO

clos, comparando-os com outras variações de potência ocorridas durante o teste (tempos de ignição, limpa-vidros, indicadores de direcção, etc.). Quando se verifica correspondência entre o pulsar da ponte do osciloscópio e outro dispositivo com um consumo de corrente importante, o próximo passo é verificar os pontos comuns de alimentação, sejam positivos ou pontos de massa.

FALTA DE RENDIMENTO DO MOTOR Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) Injector 1 – Sinal Injector 2 – Sinal Injector 3 – Sinal Injector 4 – Sinal Sensor de detonação – Sinal Sensor de posição da borboleta - Sinal 1 Sensor de posição da borboleta - Sinal 2 Sensor de posição do pedal do acelerador - Sinal 1 Sensor de posição do pedal do acelerador - Sinal 2 Sensor de pressão do ar – Sinal Sonda Lambda à entrada do catalisador – Sinal Sonda Lambda à saída do catalisador – Sinal *Todos os controlos referem-se à massa da bateria

(ECU) B9 B10 B34 B46 B15 B31 B42 A10 A8 B30 B29 A20

Fig. 5

DIFICULDADE DE PEGAR A QUENTE Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) Unidade central de gestão do motor – Alimentação A47 Unidade central de gestão do motor – Alimentação A35 Unidade central de gestão do motor – Alimentação A48 Injector 1 – Sinal B9 Injector 2 – Sinal B10 Injector 3 - Sinal B34 Injector 4 - Sinal B46 Sensor de temperatura do motor – Sinal B40 *Todos os controlos referem-se à massa da bateria

FALHAS DE CARBURAÇÃO NO ESCAPE Pesquisar avaria Pin Out* (ECU) Injector 1 – Sinal B9 Injector 2 – Sinal B10 Injector 3 – Sinal B34 Injector 4 – Sinal B46 Actuador da borboleta – Sinal B11/12 Sensor de posição da borboleta - Sinal 1 B31 Sensor de posição da borboleta - Sinal 2 B42 Sensor de posição do acelerador - Sinal 1 A10 Sensor de posição do acelerador - Sinal 2 A8 Sensor de pressão do ar – Sinal B30 Sensor de temperatura do ar de admissão – Sinal B41 Sensor de temperatura do motor – Sinal B40 Sonda Lambda à entrada do catalisador – Sinal B29 Sonda Lambda à saída do catalisador – Sinal A20 *Todos os controlos referem-se à massa da bateria

Falhas de carburação no tubo de escape De um modo geral, este problema gera-se por defeito da sonda Lambda, que tem por missão ajudar o sistema de gestão do motor a regular a mistura ar/gasolina. Se a sonda enviar um sinal incorrecto à ECU, a mistura pode tornar-se rica e dá origem às falhas de carburação no escape (Fig. 5). Este problema afecta o teor de emissões de escape, que se torna incompatível com os padrões legais, para além de poder danificar o catalisador, por excesso de temperatura. A sonda Lambda é um pequeno componente electrónico, montado com uma rosca no tubo de escape, junto à entrada do catalisador. Desse modo, o sensor transforma o teor de oxigénio dos gases de escape num impulso eléctrico, que informa a ECU se a mistura está rica ou pobre. A ligação eléctrica à instalação do carro fazse por intermédio de uma ficha, que pode ter vários terminais. Nem sempre um sensor do tipo NTC tem a massa assegurada directamente por fio, sendo dispensada através da estrutura metálica do veículo (via bateria), embora esta seja uma massa menos fiável, devido à necessidade de ligação do motor à massa. As fortes vibrações do motor acabam por desapertar o terminal de massa, tornando esta variável. Se o sinal do sensor não estiver correcto, é conveniente fazer um teste de resistência à sonda Lambda, que deve indicar cerca de 680 Ohm. Se não for esse o caso, a sonda deve ser substituída. É importante realizar todos estes testes a um temperatura do motor de 60º C, para evitar possíveis problemas de alimentação de combustível, devido ao excesso de temperatura.

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RENAULT CLIO II 1.2 Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) Ano 2004


SUPLEMENTO TÉCNICO Suplemento do Jornal das Oficinas

Razões da recirculação dos gases de escape A principal razão da utilização dos sistemas EGR (Exaust Gas Recirculation) é o crescente controlo das emissões, especialmente no que se refere a óxidos de azoto (Nox), os quais se formam durante a combustão, em condições de elevada pressão e temperatura. Embora não tenham um impacto negativo directo na saúde humana, em combinação com a humidade atmosférica os Nox formam compostos ácidos, que podem provocar alergias e atacam o património florestal e arquitectónico. Por outro lado, a tecnologia é bastante simples, pois consiste em fazer regressar ao colector de admissão uma parte dos gases de escape (no máximo, 50/60%). O circuito completo (Fig. 1) inclui apenas a tubagem de encaminhamento dos gases de escape, uma válvula de fecho e o respectivo actuador electrónico. O princípio em que se baseia o sistema EGR é também simples, pois os gases de escape, ao misturaremse com o ar da admissão, reduzem o teor de oxigénio deste, o que faz baixar a temperatura da combustão. Em consequência, a formação de óxidos de azoto é minimizada em grande medida, sobretudo nos regimes em que a sua formação é mais forte. Efectivamente, nos regimes de ralenti e de carga média alta e plena, a mistura é rica, absorvendo a maior parte do oxigénio disponível, o que deixa pouca margem para este se combinar com o azoto. No entanto, a regimes de carga ligeira e média, o oxigénio é abundante e combina-se mais facilmente com o azoto. Deste modo, o sistema de recirculação de gases de escape apenas está activado nesses regimes, sendo o seu funcionamento controlado pela gestão electrónica do motor. No quadro abaixo, podemos comprovar os benefícios do sistema EGR nas emissões de escape:

FIG 1 Módulo de comando electropneumático (EPW)

Filtro de ar Válvula EGR (pneumática)

Catalisador

Circuito EGR e o seu princípio de funcionamento

FIG. 2

FIG. 3

TIPO DE MOTOR TIPO DE MOTOR EMISSÕES

DIESEL

GASOLINA

GASOLINA

(Injecção dir./indirecta) (Injecção indirecta)

(Injecção directa)

Nox: - 50% Nox: - 40% Partículas: - 10% Consumo: - 3% Redução de HC Menos CO2 Menor ruído

Nox: - 40/60% Consumo: - 2% Menos CO2

TAXA DE RETORNO (%)

50% (máx.)

Outras Informações

Em veículos pesados o sistema EGR é arrefecido

Carga estratificada: 50% (máx.) Carga homogénea: 30% (máx.) Taxas EGR Prevista mais elevadas a introdução de arrefecimento a plena carga. 20% (máx.)

Componentes do Sistema EGR A peça mais importante destes sistemas é naturalmente a válvula EGR, a qual abre passagem aos gases de escape, quando é necessária a recirculação, fechando-se em seguida. Nas Figuras 2 e 3 são mostrados vários tipos dessas válvulas, para diversas aplicações, da marca Pierburg, o principal fornecedor OE de sistemas EGR. As Figuras 4 e 5 revelam os interruptores de comando electrónico das válvulas (EUV/EPW)), quando estas são de accionamento pneumático. As válvulas de accionamento eléctrico são comandadas directamente pela ECU e dispensam o módulo de comando inermédio. Dependendo do motor, a válvula EGR pode estar montada no colector de admissão, no colector de escape ou num ponto intermédio do tubo de recirculação, que é resistente ao calor. Nos finais do século passado, as válvulas EGR eram accionadas pelo vácuo, com uma EUV (Fig. 4) a comandar, tendo apenas duas posições: aberta e fechada. Nos mode-

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ESTRUTURA E MANUTENÇÃO Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) DE SISTEMA EGR

Tipos de válvulas EGR para motores a gasolina Esquerda: Válvula EGR com arrefecimento pelo fluido de refrigeração do motor (gasolina). Centro: Válvula EGR de accionamento pneumático (gasolina) Direita: Válvula EGR de accionamento eléctrico (gasolina).

los mais recentes, equipados com módulos de comando electrónicos do tipo EPW (Fig. 5), o ajustamento da válvula é continuamente variável, excepto quando está fechada. Outra mudança importante nas válvulas EGR foi a substituição progressiva das válvulas de accionamento pneumático, pelas válvulas electromagnéticas, que simplificam o sistema, ao dispensar a tubagem de vácuo e o respectivo módulo de comando. Essas válvulas da última geração possuem potenciómetros, que permitem a ECU ajustar continuamente o fluxo de gases de escape recirculados. Por outro lado, como o calor danifica as válvulas EGR, algumas possuem um circuito de arrefecimento, que está ligado ao sistema de refrigeração do motor. Noutras aplicações, a válvula EGR é montada numa posição em que pode beneficiar da refrigeração natural, proporcionada pela deslocação do ar. Além disso, nos motores de injecção directa (gasolina e diesel) a taxa de retorno dos gases de escape pode chegar aos 60%, o que coloca

Tipos de válvulas EGR para motores diesel As válvulas EGR para motores diesel apresentam um diâmetro de passagem dos gases maior, devido à maior taxa de retorno exigida nestes motores. Esquerda: Válvula EGR de accionamento pneumático. Centro: Válvula EGR de accionamento pneumático e comando incorporado. Direita: Válvula EGR de accionamento eléctrico.

FIG. 4

Módulo de comando EUV para válvulas pneumáticas.


Colaboração: COLECCIONÁVEL

Nº 29 Abril 2008

MECÂNICA PRÁTICA

FIG. 5

Módulo de comando electropneumático EPW.

FIG. 6

Borboleta de aumento de vácuo EDR-Di

FIG. 7

Diversas configurações de sensores de massa de ar de admissão.

problemas de recirculação, devido à fraca diferença de pressões entre o ar de admissão e os gases de escape. Nesses casos, são utilizadas borboletas (EDR-Di), para intensificar a depressão no colector de admissão (Fig. 6), o que facilita a recirculação dos gases. Obviamente, os sensores de massa de ar (Fig. 7) são dos principais elementos dos sistemas EGR e do sistema global de gestão do motor, pelo que a sua avaria impede ou torna a recirculação deficiente. Novos desenvolvimentos Com os regulamentos das emissões de escape a tornarem-se mais rigorosos, a única forma de ter as viaturas novas legais passa pelo aperfeiçoamento constante dos sistemas já utilizados no presente. Uma das formas que está a ser posta em prática, para melhorar o rendimento do sistema EGR, consiste no arrefecimento dos gases de escape recirculados. Tal como acontece com o ar de admissão arrefecido, os gases recirculados menos quentes favorecem a eliminação dos óxidos de azoto, ao baixar a temperatura de combustão. Além disso, os gases e o ar tornam-se mais densos, enchendo melhor os cilindros, dada a mesma pressão, o que tem uma influência positiva na diminuição do consumo de combustível e na menor formação de partículas (fumos). Por outro lado, convém não esquecer que o sistema EGR é exterior à câmara de combustão, mas os seus efeitos revelam-se no interior do motor. Desse modo, a recirculação interna dos gases de escape na câmara de combustão, isto é, a quantidade de gases queimados que permanecem no interior da câmara de combustão, antes da fase seguinte de admissão, apresenta um interesse crescente para os técnicos. Uma das formas de obter melhores resultados na recirculação interna são os sistemas de comando de válvulas variáveis e os sistemas electromagnéticos de comando das válvulas. De qualquer modo, a recirculação interna apenas pode ser um complemento da recirculação clássica já utilizada, porque o objectivo essencial da distribuição do motor é obter a máxima potência, com a melhor combustão possível. Manutenção de sistemas EGR A partir do momento em que os veículos começaram a estar equipados com sistemas de gestão do motor avançados, munidos de autodiagnóstico OBD, OBD II ou EOBD, as avarias e falhas do sistema EGR passaram a ficar incluídas na memória de avarias, sendo activada a luz avisadora correspondente (MIL). Como em caso de falha de qualquer outro componente, a unidade central de gestão do motor tem valores de substituição fixos, para permitir ao carro circular, até a anomalia ser reparada, embora com menor rendimento e um consumo mais elevado. Na maior parte dos casos, o sistema EGR falha devido à excessiva carbonização das válvulas de controlo do fluxo (Fig. 8). Isso acontece porque os gases de escape contêm partículas e algum óleo, os quais acabam por impedir a

FIG. 8

FIG. 9

É fácil ver que a válvula EGR da esquerda está carbonizada, mas pode não ser tão fácil descobrir a verdadeira causa.

As linhas e os componentes de vácuo podem ser facilmente testados com uma bomba manual de vácuo.

válvula de funcionar correctamente, ou seja, abrir e fechar nos momentos próprios. Falta de potência e ralenti irregular são alguns dos sintomas mais evidentes, para além de emissões de escape mais "carregadas". As avarias do motor que podem piorar o fenómeno de carbonização das válvulas EGR são várias: ventilação do cárter deficiente, rolamentos com folga, tubo de retorno de óleo do tubocompressor entupido, vedantes das válvulas gastos e guias de válvulas do motor com folga. Mudanças de óleo e de filtros muito depois do prazo, assim como a utilização de lubrificante não especificado, também podem contribuir logicamente para avarias na válvula EGR. A desafinação e avarias no sistema de injecção também podem contribuir para as válvulas EGR ficarem poluídas em maior grau e mais rapidamente. Além disso, as válvulas EGR estão preparadas para resistir à carga térmica dos gases de escape, mas podem apresentar sinais de sobreaquecimento. Isso sucede devido a falhas de funcionamento da própria válvula, uma pressão dos gases de escape exagerada, ou uma válvula do turbo (wastegate) que não abre. Em certos casos, pode haver manipulação deliberada do motor, para o turbo fornecer maior pressão. Certas pessoas chegam mesmo a "eliminar" completamente o sistema EGR, para disporem de maior potência, obtendo aos seguintes resultados: maior consumo de combustível, emissões de escape impróprias e desgaste acelerado do motor…Claro que esses carros não passam nas ITVs. Novos problemas Recentemente, a marca Pierburg tem recebido queixas de peças novas que foram montadas, em substituição de outras avariadas, mas o carro continua a comportar-se como se a peça não tivesse sido substituída. Acontece que os motores da última geração vêm equipados com unidades de controlo electrónico, cujo software necessita "instalar" a peça nova. Isso pode ser feito automaticamente, realizando um teste de condução relativamente mais longo, ou introduzindo a peça na memória da ECU, com um aparelho de diagnóstico que possua um programa do tipo "basic setting". Por outro lado, para verificar o funcionamento das válvulas EGR de accionamento pneumático, pode ser utilizada uma bomba de vácuo manual (Fig. 9). As válvulas de accionamento eléctrico podem ser activadas por intermédio de um aparelho de diagnóstico interactivo. Em qualquer dos casos, as válvulas devem emitir um ligeiro "click", com o motor desligado, se estiverem a funcionar normalmente. Nas válvulas EGR de funcionamento pneumático, muitos dos problemas são originados pela linha de vácuo e não pela própria peça em si. As avarias podem ocorrer na bomba de vácuo, nas tubagens, ou nos electroímanes dos módulos de controlo electrónico EUV ou EPW. Outras vezes, o erro do sistema de autodiagnóstico revela defeitos no sistema EGR, mas a origem é, por exemplo, o sensor de massa de ar de admissão. Isto acontece porque o sensor de massa de ar envia a informação mais importante, para o controlo do funcionamento do sistema EGR, especialmente nos motores diesel. No caso de haver fugas na linha de admissão, partículas de sujidade são projectada a alta velocidade de encontro ao sensor, danificando o elemento sensível. Noutros casos, o sensor fica tapado, devido a vapores de óleo em excesso, provenientes do sistema de ventilação do cárter ou de filtros de ar desportivos, que são oleados. Ao conduzir sob chuva muito intensa, a água também pode penetrar na caixa do filtro de ar e avariar ou falsear as medidas do sensor, especialmente se a água for salgada. Geralmente, os sensores de massa de ar dos motores diesel estão mais sujeitos a problemas, devido ao maior volume de ar de admissão desses motores. Como sempre, no diagnóstico de avarias, é necessário partir do mais amplo leque de hipóteses possível, para chegar à causa real do problema.

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ESTRUTURA E MANUTENÇÃO Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) DE SISTEMA EGR


SUPLEMENTO TÉCNICO

Colaboração:

Suplemento do Jornal das Oficinas

Nº 29 Abril 2008

SERVIÇO

Substituição da correia dentada VW Golf IV 1.9 TDI de 2001

Fig. 1

Este motor foi montado em diversas viaturas e em várias versões fabricadas em grandes quantidades. O ajuste da polia tensora traz alguns riscos para o mecânico. Para assegurar uma substituição da correia sem problemas, apresentamos, de seguida, uma descrição compreensível.

Fig. 2

Trabalhos preliminares para proceder à desmontagem da correia dentada: - Retirar o farol dianteiro direito - Desmontar o tubo de admissão de ar - Soltar o depósito de compensação da água de refrigeração - Soltar o depósito da direcção assistida do seu suporte e pousá-lo apenas um pouco afastado - Agora, tirar a cobertura superior da correia dentada - Desmontar a bomba de vácuo da parte traseira da cabeça do cilindro - Desmontar, agora, a cobertura inferior do motor - Soltar e tirar a correia trapezoidal estriada - Desaparafusar os 3 parafusos de fixação do suporte do tensor - Desmontar o dispositivo tensor das correias do agregado - Colocar a cambota no ponto morto superior - A marcação do volante na cloche de embraiagem tem de ficar alinhada com a marca de referência da caixa (1) (2) (ver figura 1). Assentar a régua da árvore de cames na parte traseira e alinhá-la do lado esquerdo e direito usando calibres adequados. OE (T 3418) A régua também está incluída na CONTI® TOOL BOX. (ver figura 2). Se não for possível usar a régua da árvore de cames, tem de se rodar a cambota até completar uma volta. Montar, de seguida, a ferramenta de bloqueio na bomba de injecção (olear ligeiramente, se necessário). Ferramenta de bloqueio: OE (3359). Neste caso, também se pode utilizar um mandril de fixação incluído na CONTI® TOOL BOX. Desapertar um pouco os 3 parafusos nos furos oblongos. (ver figura 3). Atenção: Tipo A: Substituir parafusos. Tipo B: Os parafusos podem ser reutilizados. Aviso: A porca central da bomba de injecção não pode ser desapertada de forma alguma. Procedimento subsequente: Montar uma grua de suspensão para o motor ou apoiar o bloco do motor com um apoio seguro e adequado. Desaparafusar, só agora, os parafusos existentes no interior (1) do suporte do motor e no apoio exterior. (3) Retirar, de seguida, os outros parafusos existentes no centro. (2) Remover o suporte do motor. (4) Desaparafusar, agora, o apoio do motor (6) do respectivo bloco com os 3 parafusos de fixação (5). (ver figura 4) Desaparafusar, então, o amortecedor de vibrações da cambota. Desmontar a protecção inferior e central da correia dentada. Voltar a verificar o alinhamento das marcações na cloche de embraiagem. (ver figura 1) Depois, começar por soltar um pouco a porca da polia tensora. (3) Soltar a polia tensora com uma chave de 2 furos no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. (OE 3387, ou a chave contida na CONTI® TOOL BOX). (ver figura 5) Retirar agora a correia dentada. As rodas da cambota e da árvore de cames jamais podem ser rodadas individualmente sem que a correia dentada esteja montada (danos no motor). MONTAGEM DA CORREIA DENTADA Colocar a chave de bloqueio na roda da árvore de cames. Chave de bloqueio: OE (3036, ou a chave contida na CONTI® TOOL BOX). A seguir, desatarraxar o parafuso apenas alguns passos de rosca. Se for necessário, aplicar agora um dispositivo de extracção à roda da árvore de cames e sacá-la. OE (T- 40001 ou utilizar a ferramenta Uni) (ver figura 6)

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FiatCONSELHOS Punto (188)DE1.9 MONTAGEM JTD (Euro 3)

Atenção: Nunca utilizar a régua da árvore de cames como chave de bloqueio ao soltar ou fixar a respectiva roda. Ponto morto superior - Verificar, mais uma vez, a marcação. (ver figura 1) Colocar a nova correia dentada no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. Aviso para a montagem da polia tensora: A chave de bloqueio da placa base tem obrigatoriamente de estar no entalhe. Alinhar a roda da bomba de injecção mais ou menos ao centro dos furos oblongos. Voltar a colocar a roda da árvore de cames desmontada, juntamente com a correia dentada, e apertar o parafuso muito ligeiramente à mão. Ainda tem de se poder rodar a roda da árvore de cames no cone. (ver figura 7) De seguida, apertar a polia tensora com uma chave de porcas com dois pinos no sentido dos ponteiros do relógio. O entalhe e a marca na placa frontal da polia tensora têm de estar alinhados obrigatoriamente. Apertar a porca da polia tensora com 20 Nm. (3) (ver figura 8) Se o excêntrico tiver sido rodado em demasia inadvertidamente, é preciso soltar completamente a polia tensora primeiro para depois voltar a aplicar tensão. Ponto morto superior – Voltar a verificar a marcação.(ver figura 1) Apertar o parafuso da roda da árvore de cames em 45 Nm. Voltar a utilizar a chave de bloqueio de forma idêntica ao desaparafusar. (OE 3036 ou a chave contida na CONTI® TOOL BOX) (ver figura 9) Apertar os parafusos soltos da roda da bomba de injecção. (Atenção: Substituir os parafusos, se necessário!)

Fig. 4

Fig. 5

Fig. 6

Binários de aperto: Parafusos do tipo A : 20 Nm Parafuso(s) do tipo B: 25 Nm (ver figura 3) Retirar, de seguida, a régua da árvore de cames (ver figura 2). Retirar as ferramentas de bloqueio da bomba de injecção. Rodar o motor no seu sentido de rotação, dando duas voltas completas à cambota. As marcações têm de ficar novamente alinhadas. Agora, chegamos a um passo muito importante ao ajustar a tensão da polia da correia dentada (Um ajuste incorrecto pode provocar, a curto prazo, a paragem da polia causada pela tensão insuficiente da correia) Procedimento: Colocar a régua da árvore de cames. Aplicar as ferramentas de bloqueio. Voltar a verificar a tensão aplicada à correia dentada, se for necessário, usar um espelho para facilitar a leitura. As marcações na polia tensora têm de estar alinhadas obrigatoriamente. (ver figura 10). Caso seja necessário, reajustar e voltar a verificar, seguindo o processo acima descrito, depois de fazer o motor efectuar mais 2 rotações. Continuar com a montagem seguindo a ordem inversa à da desmontagem. Os parafusos do suporte do motor têm de ficar exactamente ao nível do rebordo. (ver figura 4) O suporte tem de estar alinhado paralelamente ao motor. Verificar o estado das correias do agregado, substitui-las, se for necessário, e voltar a montá-las. Verificar o funcionamento do tensor. Depois de ligar o motor: Verificar a existência de ruídos anormais. Verificar, se necessário, o início do bombeamento. Voltar a apertar os parafusos novos da roda da bomba de injecção (Tipo A) com mais um ângulo de rotação de 90°. (ver figura 3) Proceder à montagem na ordem inversa à da desmontagem. Verificar o alinhamento dos faróis e, se necessário, corrigi-lo. Fazer um test drive.

Fig. 7

Fig. 8

Fig. 9

Fig. 10

Fig. 3


Colaboração: COLECCIONÁVEL

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SERVIÇO

Causas de avarias nas válvulas Paradoxalmente, grande parte das anomalias nas válvulas da distribuição dos motores decorre de erros cometidos na sequência de reparações ou operações de manutenção. Falta de preparação teórica e prática dos mecânicos é uma das causas emergentes deste estado de coisas, mas a falta de critério e até de idoneidade dos clientes também desempenha uma parte importante na explicação. De facto, não poucos condutores pretendem que os seus carros sejam reparados por custos mínimos irrealistas, que não garantem a qualidade das intervenções, nem a escolha das peças mais adequadas. Se o reparador aceita este tipo de abordagem, podem ser "recuperadas" peças sem condições e utilizados processos e procedimentos incorrectos, abrindo a porta a avarias do motor a curto prazo. Nas próximas linhas, iremos tentar chamar a atenção para os casos mais frequentes de avarias de válvulas, cujas causas são evitáveis e podem ser facilmente corrigidas. Trata-se, pois, de uma leitura pedagógica, tanto para reparadores, como para proprietários de viaturas, eliminando muitas "dúvidas". ERROS DE MONTAGEM E DE AFINAÇÃO 1 - Folga incorrecta Causa: A folga especificada pelo construtor não foi respeitada, e o jogo das peças ficou muito justo. A falta de manutenção e afinação nos intervalos recomendados também dá origem ao mesmo problema. Resultado: A válvula não se fecha completamente e os gases da combustão passam através da sede da válvula, provocando o sobreaquecimento das peças, pelo que a válvula fica queimada na zona de apoio na sede. Possível perda de material, que pode gerar mais avarias noutros componentes do motor. 2 - Molas de válvula mal montadas Causa: A mola não foi inserida correctamente, tendo ficado ligeiramente enviesada. O momento descentrado (M) inclina a haste da válvula de um lado para o outro alternadamente Resultado: A haste da válvula vibra de um lado para o outro, danificando a guia da válvula e partindo o pé da válvula. 3 - Montagem de impulsores hidráulicos incorrecta Causa: Depois da montagem dos impulsores hidráulicos (tacos), o motor foi posto em funcionamento, sem ter sido respeitado o período de pelo menos 30 minutos, para as peças se ajustarem. O excesso de óleo com que os impulsores são montados não teve tempo de sair do seu compartimento de serviço e a válvula é empurrada para dentro do motor, danificando-se. Resultado: A cabeça da válvula fica empenada ou parte-se, ao colidir com a parte superior do êmbolo. MONTAGEM DE PEÇAS DANIFICADAS 1 - Ranhura do pé da válvula desgastada Causa: Ao reparar a distribuição do motor, foram montadas válvulas com bastante uso e com desgaste acentuado na zona de fixação da mola. Resultado: Se o entalhe da mola do pé da válvula estiver muito gasto, o anel de retenção apresenta folga, provocando o desgaste por atrito da haste da válvula, o que enfraquece a válvula e provoca a sua vibração, impedindo-a de fechar correctamente.

2 - Balanceiros ou impulsores danificados Causa: O desgaste das peças que transmitem o movimento da árvore de cames para a válvula, provoca um contacto meramente parcial e descentrado no pé da válvula, gerando forças laterais nocivas. Resultado: Surge um desgaste localizado no topo da haste da válvula e as forças laterais aplicadas na haste da válvulas, devido à transferências de carga excêntricas, provocam fissuras no pé da válvula por fadiga do metal. 3 - Montagem de válvulas empenadas Causa: Válvulas empenadas foram montadas novamente no motor, não podendo assegurar a correcta vedação da cabeça do motor e batendo aleatoriamente na sede respectiva. Resultado: A periferia da cabeça da válvula recebe impactos localizados e alternados, que provocam a fadiga o metal, na zona de inserção da cabeça com a haste da válvula, provocando a sua fractura. São provocados igualmente danos na sede da válvula, que tem de ser rectificada, para assegurar novamente a vedação total. ERROS DE RECTIFICAÇÃO 1 - Desalinhamento da sede ou da guia da válvula Causa: Ao rectificar a sede da válvula e/ou a guia da mesma, o trabalho fica descentrado, impedindo o correcto assentamento da cabeça da válvula. Resultado: A válvula não consegue fechar completamente, atinge elevadas temperaturas e queima-se na periferia da cabeça, podendo haver perda de material, com as consequências negativas que isso implica. 2 - Guia da válvula com demasiada folga Causa - A folga entre a haste da válvula e a guia desta tornou-se excessiva, devido ao desgaste continuado ou a um trabalho de rectificação mal executado Resultado: Os gases de combustão a elevadas temperaturas queimam a haste da válvula, na zona da guia, porque a cabeça da válvula perde a firmeza e não se fecha adequadamente. O sobreaquecimento acaba por queimar e/ou fundir a parte interna da cabeça da válvula. 3 - Carência de folga na guia da válvula Causa: O diâmetro da guia é inadequado, sendo abaixo do que está especificado para a válvula que foi montada. Resultado: A haste da válvula fica presa e apresenta sinais de gripagem.

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Fiat Punto VÁLVULAS (188) DE 1.9MOTOR JTD (Euro 3)


SUPLEMENTO TÉCNICO

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Suplemento do Jornal das Oficinas

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SERVIÇO

Substituição do volante bimassa VW Passat 1.9 TDI Variant Ao contrário do que muitos julgam, o volante bimassa DMF (Dual Mass Flywheel) não tem segredos e pode ser facilmente compreendido e reparado por todos os operadores do mercado, sem excepção. Convém referir que o volante bimassa, trata-se de um grande avanço tecnológico, que permitiu dar aos motores diesel uma facilidade e conforto de condução, que até aqui estavam reservados às motorizações a gasolina. A substituição do volante bimassa é uma operação simples e rápida, desde que se tenha desmontado a embraiagem, o que pode já ser mais trabalhoso. Um elevador de duas colunas e um macaco para a caixa de velocidades é tudo o que se torna necessário, embora existam no mercado de pósvenda suportes estriados específicos para este fim. Retirar a caixa de velocidades Como de costume, a bateria deve ser desligada antes de iniciar a reparação. Depois de levantar o veículo, têm que ser retiradas as duas protecções inferiores do motor. Ao desapertar o apoio frontal do motor, este pode ser inclinado. Seguidamente, desmontam-se as juntas da transmissão da caixa de velocidades. Depois de apoiar a caixa de velocidades no macaco, retirar o suporte da caixa do lado direito e o respectivo apoio elástico (Fig 1). A mesma operação tem que ser realizada para o suporte e apoio do lado esquerdo. Retirar igualmente a protecção térmica do veio de comando da caixa. Desapertar os parafusos inferiores da concha da caixa de velocidades. Com estes parafusos retirados, a caixa pode ser parcialmente baixada, para permitir desmontar o parafuso do veio de comando das mudanças (Fig. 2), que pode ser retirado de seguida. Depois de desmontada, a caixa pode ser baixada ainda mais, havendo cuidado para evitar que se danifique o radiador. Em cima da caixa de velocidades, a bomba secundária da embraiagem está presa por um único parafuso (Fig. 3), que tem que ser retirado, para permitir que a bomba seja posta em lugar seguro, sem desligar o tubo hidráulico de comando. Abrir a abraçadeira da cablagem e retirar as duas fichas múltiplas que se ligam à caixa. O motor de arranque tem que ser desapertado, embora fique no mesmo sítio. Os restantes parafusos da concha da caixa já podem ser desapertados e retirados, incluindo os dois que ficam no alto, o que permite retirar a caixa e colocá-la no chão. A seguir desmonta-se a embraiagem, depois de desapertar os respectivos parafusos. Teste do volante bimassa Todos os volantes bimassa devem ser verificados de cada vez que se substitui a embraiagem, pois um volante desgastado e com defeitos queimará a embraiagem em pouco tempo, para além de não cumprir a sua função principal, que é amortecer as forças de torção contrárias, entre a cambota e o veio primário da caixa de velocidades. Passo nº 1 - Quando o cliente se queixa ou se refere a ruídos de chocalhar ou de pancada, ao pôr o motor a trabalhar ou ao desligá-lo, assim como excessivo ruído da caixa de velocidades, o volante DMF está a ficar com desgaste excessivo. Passo nº 2 - Se o disco da embraiagem apresentar riscos profundos, marcas, manchas de cor azulada ou fendas, o volante precisa ser substituído. Passo nº 3 - A massa secundária, que encosta no disco da embraiagem, deve ser rodada com as mãos (Figs. 4a e 4b), para verificar se as molas e o amortecedor estão a funcionar correctamente. Como regra geral, a LuK recomenda um movimento livre de 15 a 30 milímetros, na periferia do volante. Além disso, o efeito de amortecimento

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SUBSTITUIR VOLANTE BIMASSA Fiat Punto (188) 1.9 JTD (Euro 3) VW PASSAT 1.9 TDI VARIANT

deve sentir-se no final da rotação, tanto para um lado, como para o outro. O volante não deve, por outro lado, apresentar folgas ou estar ressequido. Passo nº 4 - Entre as duas massas existe um rolamento ou casquilho, cuja folga deve ser verificada, torcendo a massa secundária no respectivo veio. As massas devem deslizar entre si, com alguma folga, mas essa folga não deve exceder as especificações. Nesta reparação, a folga verificada, igualmente medida na periferia do volante, excedia os 2mm, obrigando à sua substituição. Se houver alguma dúvida ou a embraiagem apresentar danos, para além do desgaste normal do material de fricção, pode ser melhor contactar a linha de informação técnica permanente (Hotline) da LuK. Outras verificações A forquilha da embraiagem também deve ser revista, para verificar se tem algum dano ou desgaste excessivo, sendo também necessário limpar o veio da caixa, para montar um novo rolamento (Fig. 5). Se o rolamento tiver casquilho de plástico é montado seco, mas se for metálico pode ser lubrificado com um pouco de massa de alto ponto de fusão. Uma pequena quantidade de massa também deve ser colocada no veio estriado, antes do efectuar o primeiro movimento. Após a verificação do volante e da sua substituição, caso seja necessária, o apoio do rolamento também dever inspeccionado, para detectar eventuais danos. Caso tudo esteja normal, a nova embraiagem podem ser então montada, utilizando uma ferramenta universal de alinhamento. Os parafusos da embraiagem devem ser apertados progressivamente e sequencialmente (Fig. 6)

FIG. 3

FIG. 4

a)

FIG. 1

FIG. 5

FIG. 2

FIG. 6

b)


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