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Jornal da Manhã
Terça-feira, 13 de setembro de 2016
FÓRUM DO AGRONEGÓCIO
Farsul está preocupada com uso de agroquímicos Ijuí receberá no mês de setembro a edição do Fórum Permanente do Agronegócio, um evento realizado pela Federação de Agricultura do Estado (Farsul). O objetivo desta edição é discutir temas ligados à produção de trigo na região, e orientar os produtores locais sobre normas e regimentos estabelecidos para a cultura de inverno no Rio Grande do Sul. Conforme o presidente da Comissão de Trigo da Farsul, Hamiltom Jardim, a ideia é abordar de maneira específica a forma de dessecação do trigo, tendo em vista que foram detectados por técnicos da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) o uso de produtos proibidos nesta fase de produção. "Nos dois últimos anos ocorreram tragédias nas lavouras de trigo. Problemas climáticos muito grandes fizeram com que a lavoura tivesse uma maturação desuniforme, fazendo com que os produtores apelassem para a dessecação. Infelizmente, hoje em dia só temos um produto recomendado para esta prática, e os produtos que estão
sendo utilizados aqui no Estado não são autorizados. Esses produtos deixam resíduos nos grãos, o que foi constatado pelos moinhos. Foi algo que chegou até o Ministério Público Estadual, que apontou que temos que mudar essas práticas", aponta Jardim. Com as edições do fórum, que além de Ijuí passarão por Santa Rosa, Passo Fundo e Cruz Alta, a ideia é alertar produtores e engenheiros agrônomos sobre o uso dos produtos proibidos, algo que pode inviabilizar a comercialização do trigo gaúcho. "O que nós queremos levar para todos é a ideia de que essas práticas precisam ser melhoradas, seja na dose ou na quantidade de produto aplicado. O pior é que além de ser detectada a contaminação por dessecante, foram encontradas outras substâncias proibidas que deixam resíduos no trigo. Então nós, enquanto Farsul, queremos usar a expertise do Fórum, que está na sua 84ª edição, para mostrar aos produtores novos procedimentos e evitar que sua produção seja condenada por essas práticas que ocorrem com fre-
Hamilton Jardim
quência em muitas regiões do Estado", afirma o presidente da Comissão de Trigo da Farsul. O fórum é realizado pela Farsul em parceria com o Sindicato Rural de Ijuí, e ocorre no auditório da Casa do Produtor do Parque de Exposição Wanderley Burmann, no dia 27 de setembro, às 9h.
Cozinha Comunitária tem boa adesão
Neiva Agnoletto
Mesmo com a pausa nos atendimentos por conta de um problema em uma licitação, a Cozinha Comunitária soma bons resultados no município. De acordo com a titular da Secretaria de Desenvolvimento Social, Neiva Agnoletto, neste ano aproximadamente 15 mil refeições já foram entregues, dentre marmitas e almoços no local. "Estamos com bons resultados em relação à Cozinha Comunitária, pois mesmo com a pausa nos atendimentos, no mês de agosto foram entregues 1.471 marmitas e 859 almoços na sede da cozinha, que fica no
bairro Glória", comenta. Sobre os requisitos para almoçar ou buscar a refeição na cozinha, Neiva ressalta a necessidade do Cadastro Único. "É preciso que a família tenha o cadastro atualizado e a carteirinha da cozinha, onde já distribuímos mais de 1,2 mil carteiras. A família tendo a carteira consta o dia em que vence o seu Cadastro Único, ou também se a família mudou alguma coisa no núcleo familiar, deve se dirigir até a Secretaria de Desenvolvimento Social, para fazer a mudança ou alteração no seu cadastro", finaliza.
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População com 60 anos é a que mais cresce no RS O número de pessoas com mais de 60 anos foi o que mais aumentou percentualmente na população total do Rio Grande do Sul em 2015, que somou 11.247.972. No ano passado, a fatia de idosos cresceu 2,68% frente a 2014, enquanto o crescimento da população geral variou 0,36%, mantendo-se quase estável. Os dados foram divulgados ontem pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), que disponibilizou as estimativas populacionais do Rio Grande do Sul, referentes a 2015, produzidas pelos estatísticos Pedro Zuanazzi e Mariana Bartels, do Núcleo de Demografia e Previdência. A estatística consolida dados do ano passado. Para a FEE, os números confirmam a tendência de envelhecimento da população. O percentual de pessoas com 60 anos ou mais em todo o Estado chega a 15,67% da população. Alguns municípios apresentam índices que dobram esse percentual. Ainda assim, os nascimentos também revelaram certa recuperação, redesenhando a pirâmide etária gaúcha. "Até 2010 vinha caindo drasticamente o número de nascimentos e as projeções esperavam a continuidade de redução, mas o que se vê é que o número de nascimento subiu um pouco, na faixa de 0 a 4 anos voltamos a patamares de 2008", destaca Zuanazzi. Com relação à infância, o Rio Grande do Sul registra 12,40% de pessoas de 0 a 9 anos de
idade. Os cinco municípios com o maior número de crianças no Estado são: Redentora (17,01%), Araricá 16,82%, Capão da Canoa (16,52%), Tramandaí (15,70%) e Alvorada (15,61%). A FEE ainda destaca a relação entre homens e mulheres na população. A proporção de nascimentos dá vantagem masculina: para cada 100 mulheres, nascem 106 homens. Eles são maioria até os 20 e poucos anos, quando a proporção começa a oscilar e se igualar. A partir dos 30 anos, já começam registros de maior número de mulheres. Mas é nas faixas mais maduras que a diferença aumenta. Aos 80 anos a proporção já é de duas mulheres para cada homem. Enquanto que no RS as mulheres representam 51,33% da população, a cidade com maior proporção de mulheres é a capital, Porto Alegre, com 53,67%. Já o município com maior proporção de homens é Charqueadas, com 57,82%. Os cinco municípios mais populosos do Estado são Porto Alegre (1.475.717), Caxias do Sul (475.906), Canoas (350.824), Pelotas (342.649) e Santa Maria (274.679). Dentre as cidades com maior perda populacional desde 2001, destacam-se principalmente municípios da fronteira e do Alto Uruguai: Porto Vera Cruz (-32,69%), Rio dos Índios (-32,12%), Itatiba do sul (-28,86%), União da Serra (-27,35%) e Alpestre (-26,81%).
A FEE apresenta dados de acordo com o sexo e grupos etários em cada município
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