JG_258 Novembro/Dezembro de 2019

Page 1

PU B

www.jornaldagolpilheira.pt • notícias e opiniões • fotografias e reportagens • agenda de eventos • edições online • história e identidade • assinaturas e publicidade

facebook.com/jgolpilheira

O Banco da (nossa) terra.

twitter.com/jgolpilheira geral@jornaldagolpilheira.pt

Preço: 2€ | Director: Luís Miguel Ferraz | Bimestral | Ano XXIV | Edição 258 | Novembro / Dezembro de 2019

Reportagem da Semana Cultural • P. 3-5

!

A Golpilheira a mexer-se

OeFstaERedTiçAão n

R. Inf. D. Fernando, 2 • 2440-901 BATALHA Tel. 244 769 270 • WWW.CREDITOAGRICOLA.PT

Aves da Batalha com a escola • P. 7

Ninhos para corujas no Picoto A poda na ex-Extensão de Saúde • P. 9

Golpilheira terá Núcleo de Artes e Etnografia

Orçamento de 17,6 milhões • P. 15

Município assume 2020 como ano de desafios

Vot os

Novo ano pastoral • P. 18

B

PU B

o n i Natal Lum PU

de

um

so !

Comissões de festas apresentam contas e catequese é dinâmica

LMFerraz

PU B

PU

B

Feliz Natal e Óptimo Ano Novo

Futsal nas selecções nacionais • P. 22

Três atletas do CRG já são internacionais

Concertinas da Barrenta • P. 24-25

Uma pequena aldeia que se torna gigante


Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

abertura

.editorial.

. cadernomensal .

Luís Miguel Ferraz Director

José Travaços Santos Etnógrafo e investigador

Blá, blá, blá

Pátria

Bom Natal, paz e amor e frases feitas a metro, blá, blá, blá... Luzes e pinheiros e bonecos (do bebé Jesus ou do velho das barbas), blá, blá, blá... Votos disto e daquilo, roupas novas, corações e estrelinhas, blá, blá, blá... Postais e dedi-catórias, prendas aos montes e sorrisos (ainda que forçados, alguns), blá, blá, blá... Famílias reunidas (fora as dos laços cortados), mesas fartas e indigestões, blá, blá, blá... Festa na aldeia, na igreja, em casa e na loja, uma esmola a um pobrezinho, um saco na campanha da fome em África, blá, blá blá. No fim de tudo, sobram comidas, papéis de embrulho, barrigas estufadas e lixo. Sem blá, blá, blá, não deixes passar este Natal sem ir fazer as pazes com aquele vizinho, ex-amigo, familiar (tu sabes quem)... Dito (e feito) isto, a todos um Santo Natal!

“Ninguém ama a sua pátria por ser grande, mas sim por ser sua!” (António Botto, em “As canções”) Quero à minha Pátria sobre todas as coisas temporais. É um amor entranhado, subconsciente, sendo talvez a sua razão aparente ser só a minha Pátria e nada mais.

A Língua Portuguesa Continuo a afligir-me com o estado a que deixámos chegar o nosso Idioma. Invadido por termos ingleses, na quase totalidade desnecessários, está a ser transformado numa manta de retalhos. Elimina-se o vocabulário próprio e extingue-se a nossa capacidade de o recriar dentro do seu espaço linguístico que está longe de ser pobre ou

apoio/divulgação

Dar Sangue é Dar Vida

Colheita

Centro Recreativo da Golpilheira 29 de Dezembro • 09h00-13h00 apoio/divulgação

.agenda. • 16 de Dezembro, segunda-feira, 20h00, no salão de festas do Centro Recreativo – Festa de Natal da Escola do 1.º Ciclo e do Jardim-de-Infância da Golpilheira. • 20 de Dezembro, sexta-feira, 21h00 – Festa de Natal do CRG (MuDaGi). • 5 de Janeiro, domingo, 13h00, no Salão de Festas Senhor dos Aflitos, na Golpilheira – Almoço de Reis dos Escuteiros da Batalha. • 7 de Fevereiro, sexta-feira, 21h30 – Encontro Vicarial da Batalha de Oração dos Jovens com o Bispo de Leiria-Fátima.

DR

2•

Malaca em gravura das “Lendas da Índia” de Gaspar Correia. Foto do Arquivo Círculo de Leitores, transcrita, com a devida vénia, da página 343 do 3.º volume da “História de Portugal” dirigida pelo Professor Doutor José Mattoso.

de ser incapaz de designar as novidades técnicas e científicas do nosso tempo. Repito alguns exemplos e as suas tão simples soluções: workshop (oficina de ideias, oficina de artes), shopping (centro comercial, armazém); average (média, conta), hall (átrio, vestíbulo, entrada), magazine (revista ilustrada, ilustração), nurse (aia, ama, governanta), meeting (comício, assembleia, reunião), mess (cantina)… Seriam centenas, senão já milhares, e todos com boas soluções na nossa Língua. Pergunto-me, o que têm feito os sucessivos Governos, particularmente os seus Ministérios da Educação e da Cultura, o Parlamento e as Academias. Absolutamente nada! E para quando, se há alguma intenção de o fazer, o Museu da Língua Portuguesa? Museu que teria no Convento de Alcobaça o seu espaço próprio e o ambiente condizente com a sua extraordinária importância de valor supremo da Cultura Portuguesa. Recentemente, a UNESCO proclamou o dia 5 de Maio de cada ano como Dia Mundial da Língua Portuguesa. Evidentemente que é uma decisão importante, que honra os quase trezentos milhões que falam português e talvez acorde os políticos e os homens de Letras do nosso País para a urgência de fazer o possível e o impossível para nos libertar da invasão selvática dos termos estrangeiros que estão a destruir, vocábulo a vocábulo, o nosso principal bem cultural. Esperemos que sim.

De Malaca com saudade “Ola Ta Bong Minya nome Margharitha minya maridu Christpher de Mello e Travailla”. (Olá, está boa? Meu nome Margharitha e meu marido Christotpher de Melo e Travailla). Palavras de um bilhete enviado, há pouco tempo, por uma senhora de Malaca, da comunidade de descendentes dos portugueses quinhentistas, à D. Lisete Pereira, da família proprietária da Papelaria Condestável da Batalha. Para quem não saiba, Malaca situa-se no sueste da Ásia e pertence à Malásia. Está paredes meias com a Indonésia e próximo de Singapura. Conquistada em 1511 por Afonso de Albuquerque, esteve na nossa posse até 1641, ano em que foi tomada pelos holandeses que tentaram apagar todos os sinais da presença portuguesa. Não obstante, por lá ficou a nossa semente física e cultural, ciosamente guardada por uma comunidade de alguns, poucos, milhares de descendentes da nossa gente. Cristãos convictos, mantêm alguns dos nossos costumes, ainda exercitados em meia dúzia de danças do nosso Folclore, em dois ou três

pratos da nossa gastronomia e nos termos, já muito adulterados, da Língua Portuguesa. Como um tesouro, conservam os nossos velhos apelidos, com aquele Melo, marido da senhora da Malaca. Sei que, até há anos, tiveram a assisti-los um sacerdote português. E agora? E vem a propósito perguntar também, que tem feito Lisboa para preservar a ligação com Malaca? Segundo me dizem, eles gostariam de ter lá professores de português e, com certeza, uma instituição oficial portuguesa, em acordo com as autoridades da cidade e da Malásia, que divulgasse a nossa Cultura e que não deixasse morrer a nossa ligação espiritual nem desaparecer da História este marco quinhentista da presença dos nossos navegadores e dos nossos missionários nesse canto da Ásia.

A perseguição aos Cristãos Os Cristãos são, no nosso tempo, a comunidade mais perseguida em todo o Mundo, havendo países onde são tratados como párias, sem quaisquer direitos de cidadania, não obstante serem, nalguns casos, os descendentes dos habitantes mais antigos da região. Os manifestantes profissionais contra as injustiças, que proliferam no Ocidente, embora integrando-se num espaço cultural de raízes cristãs e sempre generosas na condenação doutros crimes contra a Humanidade, silenciam esta situação e nem a mais pequena comoção mostram ante a tragédia de milhões de seres humanos perseguidos nas suas próprias terras, maltratados e assassinados. Enfim, como escreveu Jean Jacques Rousseau (isto no século XVIII) no seu célebre “Emílio”, há por aí “filósofos que amam os tártaros por ódio aos vizinhos”.

Em substituição de casas, caixas para mercadorias Ante a indiferença geral, notando-se mais uma vez a ausência dos habituais manifestantes pelas “boas causas”, várias famílias foram espoliadas dos seus bens numa expropriação de casas e terrenos situados onde irá surgir a albufeira duma barragem no concelho de Ribeira de Pena. Além de míseras compensações, que nada compensam, foi-lhes atribuída, a substituir as suas casas de pedra e cal, a cómoda habituação em contentores, o que em bom português quer dizer: em caixas metálicas destinadas ao transporte de mercadorias. Barafustar por isto? Como, se eles são apenas pobres agricultores portugueses?


reportagem • 3

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

25.ª Semana Cultural

Mais uma Semana Cultural da Golpilheira, já na sua 25.ª edição, encheu os dias em torno do Verão de S. Martinho, que este ano teimou em ser Inverno. Independentemente do clima, a festa fez-se, houve convívios, refeições, colóquios, espectáculos e muita animação para miúdos e graúdos. Nem todos os golpilheirenses participam, mas quem o faz sabe que são dias em que se sente a Golpilheira a mexer-se. Estas coisas vivem-se e não vale a pena gastar muitas palavras a dizer como foram boas. Não há nada como participar para ter a noção perfeita de como é importante festejar estes momentos associativos, como são interessantes os assuntos que se debatem, como valem a penas os fantásticos

espectáculos que acontecem. De qualquer modo, para ficar o registo para a história, deixamos algumas palavras e fotos sobre cada um dos dias.

Dia 8 – Revista

A abertura foi em festa e com um espectáculo de qualidade. O salão encheu-se para ver uma bela revista à portuguesa e não deu o seu dinheiro por mal empregue, com animação permanente, boas risadas, música e toda a cor que é típica destes “shows”. Luís Aleluia e companheiros mostraram a qualidade que lhes dá prestígio nacional e este “Ó Zé bate o pé!”.

MCR

Revista à Portuguesa abriu a semana

Os habitantes locais não deixaram os seus créditos por mãos alheias e prepararam um belo cenário de eira tradicional, onde as castanhas e a água-pé foram apenas o pretexto para um convívio onde não faltaram outros bons petiscos. Várias dezenas de pessoas passaram pelo local e a chuva que ameaçara durante a tarde em se atreveu a aparecer. Enquanto a comida e a bebida iam correndo pelas mesas, o rancho folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena” entrava na eira e começava a descamisada. Foi rápida, pois era só uma demonstração, mas longa foi o resto da noite com bom folclore a varrer a eira, onde também os populares presentes foram convidados a participar. Um serão rico que passou da meia-noite!

Confraternização dos mais velhos

Dia 10 – Almoço +60

É já tradicional o almoço que a colectividade oferece por esta altura aos mais velhos e doentes, como prova de solidariedade e de gratidão pela sua oferta à sociedade por tantos anos. É sempre uma tarde animada, com boa gastronomia e melhor animação, onde a intervenção do

Dia 9 – Castanhada

O convívio de São Martinho deste ano viajou até à Cova do Picoto e Ponte de Almagra.

LMF

MCR

A Golpilheira a mexer-se

Descamisada em pleno arraial popular

PUB

público é a chave do sucesso. Os cerca de 200 participantes deste ano puderam comprovar isso mesmo.

Dia 11 – Alimentação

No cartaz inicial, esta noite estava livre, mas a Comissão de Pais e Encarregados de Educação das Escolas da Golpilheira achou por bem preenchê-la com um interessante colóquio sobre nutrição infantil, com a nutricionista Diana Ferreira. Entre muitos conselhos bem interessantes para melhorar a alimentação das nossas crianças, sublinhamos o alerta especial para o açúcar, que está presente em doses massivas em quase tudo o que está à venda para elas, sobretudo nas guloseimas e refrigerantes, mas também nas propostas para um pequeno-

PUB

• Especialidades na brasa • Pratos tradicionais • Take Away • Ementas personalizadas para ocasiões especiais

facebook.com/ ateliernelsongomes instagram.com/ nelson.gomes.atelier

atelier

Rua do Choupico, 129 • 2440-231 GOLPILHEIRA 244 765 498 • 965 170 426 • nelson.gomes.atelier@gmail.com

Festas Felizes!

PUB

244766078 • 913158570

churrasqueira.churrasco@gmail.com Rua D. Filipa de Lencastre, 6 - Loja C/D • Batalha PUB

Desejamos a todos os leitores

Serviços mecânicos de excelência!

Festas Felizes!

Rua de Leiria, n.º 7 Casal de Mil Homens 2440-231 GOLPILHEIRA Tel. 244 768 150 Fax 244 767 040 geral@golpifer.pt / golpifer@gmail.com

Festas felizes!

Casal de Mil Homens 2440-231 GOLPILHEIRA Tel. 244 769 260 • 919 725 794 andreiauto@mail.telepac.pt


Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

reportagem

Colóquio sobre nutrição infantil

LMF

LMF

4•

tante apostar na recuperação e restauração dos centros urbanos degradados, é também fundamental preservar a traça original o mais possível, optando por soluções ambientalmente sustentáveis, com escolha de materiais e métodos que garantam a qualidade dos imóveis. Os potenciais interessados deverão consultar os mapas e regras desta ARU na Junta de Freguesia ou na Câmara.

Colóquio sobre residências seniores

Colóquio sobre cultura

LMF

LMF

Dia 15 – Cinema infantil

-almoço “saudável”, em leites, iogurtes, cereais, etc. O melhor mesmo é ler bem os rótulos e evitar tudo o que tenha açucares ou adoçantes químicos. Uma nota para a exposição que esteve patente neste dia, de trabalhos das crianças da EB1 da Golpilheira realizados a partir de materiais reciclados.

Dia 12 – Cultura

“Caminhos de cultural local – Horizonte 2027” foi o tópico para uma conversa interessantíssima com Paulo Lameiro, coordenador da candidatura Leiria Capital Europeia da Cultura 2027, e Hugo Ferreira, director da Omnichord Records. Falou-se de arte e cultura como investimento no que nos distingue verdadeiramente como huma-

nos, de conceitos e de gostos, e também do valor económico e turístico dos produtos culturais. Colocou-se a tónica na criatividade e invenção do futuro, mesmo com a reconstrução da tradição, mas o importante mesmo é a união em torno de objectivos comuns, é pensarmos a cultura como o que nos torna colectivos e nos dá uma identidade. Muito mais se disse sobre a vida em geral, pois é aí que acontece a cultura, e não num acto criativo isolado. Uma pena não ter havido mais gente a aproveitar…

Dia 13 – Seniores

Carlos Agostinho, provedor da Santa Casa da Misericórdia da Batalha, e Célia, vieram falar sobre os novos

Colóquio sobre reabilitação urbana

desafios para a promoção de um envelhecimento saudável e digno. Cada vez vivemos mais anos, o que é bom, mas há problemas que a sociedade não está a conseguir resolver, como a solidão ou a desocupação após uma vida muito activa. Uma das questões é a da habitação, pois cada vez menos os lares são uma solução consensual. Cooperativas de habitação, coabitação com familiares ou amigos, bairros seniores ou outras soluções têm sido postas em cima da mesa. A maioria das vezes, porém, para pessoas com mais recursos financeiros. A questão mantém-se para as soluções mais económicas, como saber quais as condições mínimas a exigir numa residência colectiva para seniores, como a

PUB

que está a ser construída pela Misericórdia da Batalha. Uma coisa é unânime: é importantíssimo o envolvimento e acompanhamento dos filhos e outros familiares para uma vivência satisfatória da fase final da vida.

Dia 14 – Reabilitação

Foi já definida a Área de Reabilitação Urbana (ARU) da Golpilheira. O que significa isso, que tipo de obras poderão ser feitas, que benefícios existem e quem poderá beneficiar? Essas e outras questões foram respondidas pelo arquitecto João Pragosa e o engenheiro civil Paulo Bagagem, bem como pela arquitecta Liliana Moniz, vereadora da Câmara Municipal, que participou nesta conversa. Sendo impor-

É sempre salão cheio neste dia. Miúdos e graúdos vêm assistir à projecção de um filme de animação, este ano “Os Super-Heróis da Selva”. No final, ainda levam um saquinho de pipocas para adoçar a boca…

Dia 16 – Moda

A noite é de propostas de moda para todos os gostos e idades. As lojas FC…IN, de Fátima e Vitor Cruz, organizam o certame e trazem até à passarela modelos para ocasiões mais descontraídas ou de cerimónia, mostrando como o bom gosto pode ser simples ou sofisticado. As manequins são “prata da casa”, mas fazem o trabalho como as profissionais, com muito glamour e sofisticação. E há apontamentos de animação que ajudam a completar um espectáculo cheio de luz, cor e movimento. Este ano, a abertura foi ao ritmo de dança hip-hop, com os grupos UpS-

PUB

EN1 - Casal da Amieira - Batalha T. 244 765 585 • geral@topbanho.pt

Visite também em: www.topbanho.pt Aberto de seg.ª a sáb. até às 19h00 PUB

PUB

BOAS FESTAS! SUPERMERCADO

S. BENTO > PIZZAS

> PASTAS Visite o nosso site emt > RESTAURANTE ntazione.p

www.pizzariate

< TAKE AWAY ENCOMENDE: TEL. 244 766 106 • 919 903 666

VISITE-NOS: R. ANTÓNIO CÂNDIDO ENCARNAÇÃO, 4 • BATALHA

Desejam Feliz Natal...

... e próspero ano de 2020!

Tel. 244 766 708 Tel. 244 766 703 Rua Adrião, 134 • Cividade • 2440-232 Golpilheira • Fax 244 766 830


reportagem • 5

A noite mais bela

quad e FireUp, do CRG, e pelo meio actuou a jovem cantora Zara Furtado, uma verdadeira promessa da música nacional. Outro ponto de animação foi a “transformação” visual de três voluntárias da assistência, com roupas da FC…IN e cuidados estéticos das Alma Hair. Por fim, uma nota especial para a jovem estilista golpilheirense que dá nome ao Melissa Cruz Atelier, uma criadora de moda que revela um talento muito especial, como ficou provado em duas passagens de vestidos de festa de Inverno, com múltiplas opções estéticas de modelo, cor ou estilo. O salão estava composto, mas, só por este desfecho, valia a pena dobrar a assistência. PUB

Dia 17 – Freguesia

Toda a freguesia aparece em acção neste dia de fecho da Semana Cultural. A chuva não impediu o povo de sair à rua para o passeio matinal pela região. Gastas as energias e, como já chegava de molha, o almoço seguiu para o salão de festas da colectividade. A

LMF

LMF

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

Junta oferece o porco, o CRG encarrega-se das bebidas, a comissão de festas do Senhor dos Aflitos vende as sobremesas, a Comissão de Pais com a Escola do 1.º CEB e o Jardim-de-Infância vendem produtos da terra, artesanato e miminhos diversos. Cerca de duas centenas de pessoas aproveitam

uma bela tarde de convívio e alegria, com muitas crianças à mistura. É uma freguesia feliz, aquela que festeja assim em amizade. No final de tudo, recordam-se os que já partiram. A igreja encheu-se para a Missa dominical com ofícios de defuntos, seguida de romagem

em procissão de velas até cemitério. Uma oração pelos familiares e amigos é o tónico perfeito para uma despedida desta semana intensa. O céu é o destino e a esperança não morre entre os vivos. Por isso, acreditamos que… para o ano há mais. LMF

Forças vivas da Golpilheira PUB

consultores de gestão e contabilidade, lda Desejamos aos nossos T. 244 766 089 • F. 244 767 553 lenafisco@lenafisco.pt clientes e amigos www.lenafisco.pt festas muito felizes! R. Inf. D. Fernando, lt10 - 1.ºDto. 2440-118 Batalha PUB

PUB


6•

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

ambiente

Protecção animal

MCR

Câmara dá abrigo a gatos podendo vir a estender-se esta medida a outros lugares do concelho. Para alimentar os gatos destas colónias, já há alguns voluntários, assim como para proteger e alimentar as crias, que são mais vulneráveis. Foram colocados dois abrigos, um junto ao edifício da

No passado dia 19 de Novembro, o Município da Batalha apresentou a novidade e utilidade dos novos abrigos para gatos vadios que foram instalados na vila. Segundo o presidente do Município, Paulo Batista, o objectivo é o controlo da proliferação dos gatos vadios na Batalha,

Presidente convida um inquilino...

Caixa Agrícola e outro perto das Piscinas Municipais, uma vez que é nestas zonas que se encontram a grande parte dos gatos errantes. Este projecto também abrange a esterilização das gatas, para que as colónias de gatos não aumentem. MCR

Câmara da Batalha apoia operação O actual telhado do quartel dos Bombeiros Voluntários da Batalha é feito de chapas de fibrocimento, que contêm amianto, uma fibra natural mineral muito usada no final do século passado, que se revelou de elevada perigosidade e com agentes cancerígenos. Algumas dessas telhas estão a desfazer-se, o que representa um risco acrescido para a saúde dos utilizadores do espaço,

não apenas bombeiros, mas crianças e público em geral que ali desenvolvem actividades desportivas e recreativas. Assim, a direcção desta associação humanitária decidiu promover a sua substituição por chapas metálicas. Nesse sentido, foi feito um pedido de apoio à Câmara da Batalha, no valor de 50 mil euros, custo estimado para a substituição dos cerca de 900m2 de telhado.

A autarquia deu imediata resposta positiva de assumir a totalidade deste custo, considerando o perigo real que a situação constitui, e que levou, no passado recente, a uma operação semelhante da sua parte em todas as escolas e no armazém municipal. Além disso, “as missões desenvolvidas pelos corpos de bombeiros das associações humanitárias de bombeiros voluntários

DR

Bombeiros tiram amianto do telhado do quartel

revestem-se de inequívoco interesse público, pelo que se justifica o apoio municipal

na melhoria das condições de actuação e salvaguarda da saúde dos voluntários”.

PUB

Junta de Freguesia da Batalha Nesta quadra de alegria, paz e amor, desejamos a todos festas felizes!

Venha desfrutar das belezas naturais e artísticas da Freguesia da Batalha! PUB

CLÍNICA VETERINÁRIA DA BATALHA

DR. EUSÉBIO

• consultas • vacinações • análises • cirurgia • raios X • • tosquias • internamentos • identificação electrónica • • consultas ao domicílio • todos os artigos para os seus animais • www.clinicaveterinariadabatalha.pt Estrada de Fátima, 11 r/c A (frente Galp) na BATALHA Telefone: 244 767 721 Urgência: 917 521 116

Desejamos a todos os nossos HORÁRIO DAS CONSULTAS clientes e amigos um Santo Natal Dias úteis - 10h00 às 13h00 (por marcação) e 15h00 às 20h00 e um ano novo muito feliz! Sábados - 10h00 às 13h00 Fora destes horários todos os dias, até às 23h00, por marcação


ambiente • 7

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

Aves da Batalha com a escola da Golpilheira

DR

No passado dia 12 de Outubro, o grupo Aves da Batalha organizou o “Dia da Coruja-das-Torres”, na localidade do Picoto, na freguesia da Golpilheira. Esta localidade foi a segunda do concelho da Batalha a receber uma caixa de ninho para corujas-das-torres. A actividade contou com a participação dos alunos (“Guardiões do Ambiente”), pais e professores da escola da Golpilheira, e ainda alguns locais curiosos. Para além de terem assistido e ajudado à instalação da caixa de ninho, todos ficaram a conhecer a importância desta coruja para o equilíbrio dos ecossistemas, quais as ameaças que tem vindo a enfrentar nas últimas décadas e ainda as razões que nos levaram a iniciar o projecto que estamos a desenvolver. Para além da instalação da caixa de ninho, foram desenvolvidas actividades de educação e sensibilização, direccionadas principalmente aos mais pequenos. As corujas e mochos de Portugal foram o grande tema destas actividades, que incluíram o conhecimento das espécies de rapina nocturnas de Portugal (através de imagens e sons), a importância do estudo das egagrópilas e

DR

Ninhos para corujas no Picoto

ainda o uso de câmaras de foto-armadilhagem para o estudo da biologia deste grupo de aves. Nesta última, falámos um pouco sobre a monitorização que fizemos de um casal de corujas no Concelho. Esta actividade contou com a participação de 70 a 80 pessoas, entre comunidade escolar, populares curiosos e Junta de Freguesia da Golpilheira. Foi uma tarde muito bem passada e em excelente companhia, com um grupo de jovens e adultos muito interessados em aprender e com uma enorme vontade de lutar por um ambiente melhor, mais saudável e sustentável. Afinal de contas, para se proteger é preciso conhecer. E esta

PUB

foi mais uma excelente oportunidade para os batalhenses ficarem a conhecer o património natural do concelho e o mundo das aves de rapina nocturnas. Resta-nos deixar um agradecimento especial ao proprietário do terreno, que se mostrou desde o início muito interessado em apoiar o projecto, e a todos os participantes por terem tornado a actividade tão enriquecedora e inesquecível.

Casais dos Ledos

No dia 9 de Novembro, o Aves da Batalha organizou a segunda edição do “Dia da Coruja-das-Torres” no Concelho, desta vez na aldeia dos Casais

dos Ledos. Instalou-se mais uma caixa-ninho para corujas-das-torres e fez-se uma acção de educação e sensibilização ambiental para a comunidade escolar da respectiva aldeia. Esta foi a terceira caixa-ninho instalada no Concelho, depois das localidades da Rebolaria e do Picoto, visando proporcionar a esta espécie de coruja ameaçada alguns locais de nidificação extra. Esta iniciativa contou com a presença de cerca de 50 pessoas, entre alunos, pais e professores da escola desta localidade e ainda com a Junta de Freguesia da Batalha. O Aves da Batalha agradece a todos os participantes e, principalmente, ao proprietário

PUB

do terreno onde foi instalada a caixa-ninho, que de forma bastante simpática e gentil decidiu apoiar a iniciativa.

Visita nocturna

Também em Casais dos Ledos, o Aves da Batalha vai promover uma saída de campo, para observação nocturna, no dia 28 de Dezembro. Será a última iniciativa deste ano e visa observar a fauna nocturna desta aldeia, espécies que preferem fazer a sua vida durante a escuridão da noite, como as salamandras, os sapos, as corujas e os mochos. O ponto de encontro será no Pavilhão Multiusos da Batalha, pelas 20h45. João Tomás, Aves da Batalha

PUB

TALHO DA GOLPILHEIRA

de Franclim Sousa

Tel/Fax 244 767 863 Tlm. 914 961 543 jcferraz.seguros@gmail.com Festas Rua do Outeirinho, 20 felizes! 2440-234 GOLPILHEIRA

AGENTE PRINCIPAL

Carnes e Enchidos

Lingerie • Bijuteria e Acessórios de Moda

com votos de festas felizes! Largo Goa, Damão e Diu, 5 F • 2440-101 Batalha Telemóvel 964 432 175

Vaca • Vitela Porco • Carneiro Rua Pe. Joaquim Coelho Pereira, 226 Casal de Mil Homens • GOLPILHEIRA 244 768 256 • 917 861 577

Festas Felizes!

PUB

PUB

AO SEU SERVIÇO DESDE 1982!

Desejamos a todos festas muito felizes! E.N. 356, n.º 29 • JARDOEIRA • 2440-386 BATALHA Tel. 244 768 846 • Tel 244 768 499 • geral@hipertintas.pt

Desejamos a todos os clientes, amigos e colaboradores Feliz Natal e próspero Ano Novo!

Rua da Batalha, 25 2440-233 GOLPILHEIRA Tel. 244 765 711 Telm. 961 046 952 golpiauto@hotmail.com


8•

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

ambiente

Estudo de impacto ambiental indefere

Pedreira da Barrosinha foi chumbada quadramento do Plano Diretor Municipal da Batalha, atendendo ao facto de que a pedreira em causa estar localizada em área de Rede Natura, tal como argumentado pelo Município na comunicação endereçada ao Secretário de Estado da Energia e demais entidades intervenientes neste processo”. O presidente da autarquia,

DR

O Reguengo do Fetal parece livre do risco de vir a receber mais uma exploração de pedra no seu território. Depois da mobilização popular e da tomada de posição das autarquias e outras entidades locais contra esta possibilidade, o Estudo de Impacto Ambiental da Pedreira da Barrosinha veio ditar o indeferimento do pedido de legaliza-

ção desta nova unidade. Na base desta decisão,

segundo nota da autarquia, esteve “a ausência de en-

Paulo Santos, comenta que “esta decisão inviabiliza, em definitivo, a pretensão de exploração da Pedreira da Barrosinha o que, atendendo ao exposto pelo Município, é uma decisão acertada e que protege a população da Freguesia de Reguengo do Fetal e o património histórico e geológico do Concelho e da região”.

Novo plano de gestão de resíduos de construção e demolição

O Município da Batalha vai implementar um novo programa ambiental de gestão de resíduos de construção e demolição (RCD), com o objectivo de reduzir as descargas ilegais deste tipo de lixos. Promovendo a interacção dos diversos agentes ao longo da cadeia associada à sua produção, visa-se, também, incrementar uma organização dessa cadeia com valor mais sustentável, em linha com os princípios da economia circular. Este programa irá iniciar-

-se no próximo ano de 2020, com um investimento inicial de cerca de 20 mil euros, a que acrescem novos recursos municipais afectos a este objectivo de prevenção ambiental e diminuição da pegada de carbono, sendo uma medida enquadrada pelas áreas-chave da Estratégia Nacional de Educação Ambiental 2020 (ENEA2020). “Queremos contribuir para a minimização dos prejuízos ambientais decorrentes da gestão dos resíduos de obras de cons-

trução, sendo determinados na fiscalização e parceiros na recolha e recondução destes materiais a aterro legalizado”, refere o presidente da Câmara, Paulo Batista Santos, em nota enviada à imprensa. Recorde-se que a construção civil é responsável por uma parte muito significativa dos resíduos gerados em Portugal e na generalidade dos Estados-Membros da União Europeia, em que se estima uma produção anual global de 100 milhões de toneladas.

PUB

DR

Obras vão ter menor impacto ambiental

Além disso, o fluxo desses resíduos apresenta outros riscos que dificultam a sua gestão e controlo, pelo que se exige

das entidades uma acção mais próxima dos empresários do sector e donos de obras.

PUB

ARTÉRIAS &PRAÇAS

UNIPESSOAL, LDA.

JOSÉ SANTOS SILVA

Festas felizes!

CONSTRUÇÃO CIVIL E OBRAS PÚBLICAS ESTRADA DO PAÚL, 40 - 2440-231 GOLPILHEIRA T. 244 765 894 / 969 013 430

Um Natal muito feliz e um novo ano 2020 cheio de prosperidade são os nossos votos para todos os clientes, fornecedores e amigos! Rua das Eiras, 245 - 2440-232 Golpilheira Email: geral.ccbatista@sapo.pt • Tel. 244 765 404 / Telm. 962 343 232 PUB

PUB

Desejamos a todos www.fmpmoldes.pt LICÍNIO MONTEIRO - CEO Rua da Roda, 105 • Cerca • 2405-012 Maceira Tel. 244 872 725/6 • Fax 244 872 727 • geral@fmpmoldes.pt

Escola de Condução Maceira Tel. 914 908 349 ecmaceira@hotmail.com

festas felizes de Natal e Ano Novo!


sociedade • 9

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

A poda da oliveira na ex-Extensão de Saúde

Golpilheira terá Núcleo de Artes e Etnografia

MCR

No jardim do edifício da ex-Extensão de Saúde da Golpilheira foi plantada em tempos uma oliveira, que já gera azeitonas. Todos os anos tem de ser podada, para cada vez produzir mais. Este trabalho tem sido feito pelo podador “profissional” Henrique Bento. Este foi o primeiro embelezamento do exterior do futuro NAEG – Núcleo de Artes e Etnografia da Golpilheira, no qual vai estar exposto o espólio do rancho folclórico PUB

PUB

“As Lavadeiras do Vale do Lena”, do CRG, entre outras ofertas culturais. O espaço será vocacionado também para exposições, oficina de artes, de convívio e de dinamização de eventos de natureza cultural e recreativa. Assim o define o protocolo assinado entre o Município e o CR Golpilheira, que define a utilização do imóvel por um período de 10 anos, renováveis se nenhuma das partes a ele renunciar. De facto, não se prevendo

qualquer possibilidade de voltarmos a ter uma extensão de saúde na freguesia, dados os cortes dos sucessivos governos nestes e noutros equipamentos da administração pública descentralizada, esta conversão do edifício em espaço cultural será o menor dos males. É como a poda da oliveira… é preciso cortar nuns lados, para que outros cresçam mais fortes e dêem frutos. MCR

PUB

Cabeleireiro & Estética

Desejamos a todas as clientes e amigas festas muito felizes!

Marinha Grande • (sede) São Mamede • (Fátima) • Alqueidão da Serra (P.Mós) (Frente • àBatalha Casa do Benfica) Maceira Lis • (Edifício Lis, no

Contacto: 244 815 818

MARGARIDA RITO Ed. Arcadas (frente) • Av. Marquês Pombal • LEIRIA

Largo do Mercado)

PUB

PUB

ITVM - Batalha

EXPOSALÃO - Batalha

Desejamos

a todos os clientes fornecedores e amigos

SEMINÁRIO DE LEIRIA

s a t Fes !

Votos de Feliz Natal e próspero Ano Novo

s e z i fel

HÁ 45 ANOS A CRIAR VALOR Pela qualidade e rigor do que construímos. Pela certeza da perfeição. Pela satisfação do cliente.


Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

sociedade

DR

MCR

10 •

Convívio dos nascidos em 1966

Convívio dos nascidos em 1958

“É bom estarmos juntos” Um almoço muito animado No passado dia 19 de Outubro, o grupo dos nascidos em 1966 realizou mais um jantar convívio, de modo a continuar a reviver e partilhar momentos e reencontros, tendo inclusive aparecido alguns elementos novos. Neste ano de 2019, o encontro foi pela primeira vez no Restaurante Etnográfico do Centro Recreativo da Golpilheira, que decorou e preparou tudo muito bem e ao pormenor, de modo a

receber também este grupo que se sentiu muito bem acolhido, além do bom sabor de toda a refeição. Bom jantar e convívio, com muita música, dança e boa disposição. A todos agradecemos a presença, trabalho e dedicação por mais este bom momento. Continuará a ser muito bom estarmos todos juntos a recordar e a caminhar! Isabel Costa

PUB

te Visite-nos nes aço!

novo esp

Rua D. Filipa de Lencastre, n.º 5, Batalha T. 244 766 569 | E. geral@ferragensdolena.pt

S 20 ANO s de clienitteos satisfe apoio/divulgação

Votos de festas felizes!

Loja online em

www.ferragensdolena.pt PUB

Os golpilheirenses nascidos em 1958 organizaram um almoço de convívio, no passado dia 20 de Outubro, no restaurante “Selva do Lena”, na Mourã. À medida que iam chegando, registavam-se os tradicionais cumprimentos. Alguns não se encontravam há vários anos. Escusado será dizer que a alegria e a felicidade estiveram bem patentes nos seus rostos. Juntavam-se aos magotes e aproveitavam para colocar a conversa em dia, tanto elas como eles, matando as saudades que existiam. Depois deste “aquecimento” de tanto falar, a boca começava a ficar seca e os estomago a ”dar horas”. Depois, dirigiram-se ordeiramente para a sala de refeições, onde os

esperavam os tradicionais aperitivos, assim como as respectivas bebidas, de várias qualidades. Sentados à mesa, começaram a “matar” a fome e a sede, que começavam a corroer o organismo. A conversa nunca parou entre eles. Não foi de estranhar que o almoço levasse várias horas. As “traquinices” da Escola, não da “Universidade do Paço”, foram as mais recordadas. Falaram das professoras, umas mais rígidas e outras mais meigas e flexíveis, que até conviviam, no recreio, entrando nos jogos tradicionais da altura. Estes jogos e brincadeiras foram recordados com alguma nostalgia. Mas não foi apenas falar, pois acompanhando esta conversa,

metiam-se umas “garfadas” e uns “goles” de bebida. Foram algumas horas bem passadas, onde a alegria e felicidade reinou. Aqui e ali, já um bocadinho “tóinos”, surgiram algumas “maluquices”, apanágio nestes encontros. São iniciativas de enaltecer, pois ajudam a avivar a amizade. No final, foi a tradicional “fotografia de grupo”, que fica para a posteridade. Para levar a cabo estes convívios, é necessário haver a iniciativa de dois ou três elementos. Por vezes, a recolha de contactos não é fácil. Com 61 anos, as pessoas estão cada vez mais longe do princípio e mais perto do fim. É de repetir, e se possível encurtar o espaço de tempo. MCR


sociedade • 11

DR

MCR

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

“As Lavadeiras do Vale do Lena”

Natal do rancho Realizou-se no dia 7 de Dezembro, no Restaurante Etnográfico do CR Golpilheira o tradicional almoço de convívio do rancho folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena”, da mesma colectividade. Estiveram presentes a totalidade dos elementos deste agrupamento, directores e alguns familiares. É através destas e outras iniciativas que se vão cativando e aprofundando a amizade entre todos os elementos e seus familiares. Integram este PUB

grupo muitos jovens. No entanto, deviam ser mais, não apenas jovens, mas também outros menos jovens. É uma actividade cultural que não se pode perder. O director, Manuel Rito Ferraz, uma vez mais sensibilizou os presentes para “contagiarem” outras pessoas, para enriquecer o nosso grupo folclórico. Para terminar, agradeceu a todos a sua presença, aproveitando para desejar um Feliz Natal. MCR

Comunidade emigrante junta 200 em jantar

Convívio de batalhenses em Paris Realizou-se a 16 de Novembro, em Champigny sur Marne, na região de Paris, a 28.ª edição do jantar dos Batalhenses radicados em França, numa iniciativa que envolveu a presença de mais de 200 participantes. O Município da Batalha participou com uma delegação encabeçada pelo seu presidente e que incluía a presidente da Junta de Freguesia da Batalha, um representante da Assembleia Municipal e o presidente da direcção e o comandante dos Bombeiros Voluntários da Batalha. Reconhecendo a “maior importância” a este encontro

anual, o presidente da Câmara, Paulo Santos, considera que “prestigia o Concelho da Batalha e mesmo a região, revelando-se como uma excelente oportunidade para manter um contacto estreito com a comunidade emigrante radicada em França”. Nas palavras que dirigiu, na ocasião, aos emigrantes e autarcas presentes, alguns deles franceses, o presidente da Câmara da Batalha agradeceu a generosidade dos batalhenses, sinalizando a importância dos contributos financeiros que têm sido angariados através dos jantares de convívio e que são

canalizados para os Bombeiros Voluntários. O programa realizado pela comitiva do Município contemplou a visita à maior empresa francesa de transformação de veículos de socorro, propriedade do português Mapril Baptista, bem como uma entrevista à Rádio Alfa, por ocasião da inauguração da Casa de Portugal, localizada em Champigny sur Marne, e que contou com a presença da secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, e do embaixador de Portugal em França, Jorge Torres Pereira.

PUB

A Junta de Freguesia da Golpilheira deseja a todos um Santo Natal e

um ano de 2020 pleno de sucesso!


12 •

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

educação

Câmara avança com contratação

“Face à indefinição do Ministério da Educação quanto ao anunciado reforço de recursos humanos nas escolas públicas, nomeadamente pela criação de mecanismos para a rápida substituição dos assistentes operacionais em baixa médica, a Câmara Municipal assume a imediata reposição de cinco assistentes operacionais”, restabelecendo o número de trabalhadores aposentados do Agrupamento de Escolas da Batalha, apesar de não ter ainda a autorização do Ministério da Educação para essa reposição. A comunicação foi feita pela autarquia, no dia 29 de Outubro, com a promessa de em 2020 se avançar com a definição de mais 10 postos de trabalho para esta função, “em razão das necessidades identificadas pelo Agrupamento de Escolas da Batalha e tendo presente que o actual rácio de pessoal não docente se encontra desajustado e ignora a necessidade de mais recursos para apoio às crianças com necessidades educativas especiais”. Esta tem sido uma queixa constante de funcionários, professores e pais, que sentem a falta de acompanhamento às crianças nos tempos de recreio e refeições. Numa reunião que decorreu no mesmo dia deste comunicado, na Escola da Golpilheira, esse foi um dos assuntos de maior preocupação. Resta esperar que este seja o início de uma solução definitiva para o problema. Assim parece estar decidido o presidente da autarquia, Paulo Santos, ao afirmar que “o regular funcionamento das Escolas e, sobretudo, a segurança dos alunos não podem estar à espera das indecisões do Governo, pelo que iremos assegurar o reforço do pessoal auxiliar e exigir ao Governo que proceda à respectiva transferência dos valores das remunerações”. PUB

DR

Mais 15 assistentes para as escolas

Professores e alunos envolvidos

8º ano recebeu colegas de 5 países europeus

Semana de Erasmus+ na Batalha O Agrupamento de Escola da Batalha (AEB) foi responsável pela organização da primeira mobilidade internacional do projecto Erasmus KA 229, designado “Erasmus+ A lab in my pocket: application of the scientific method and experimentation with smartphones sensors”. Fazendo uso da sua longa experiência neste tipo de projectos, o AEB teve o prazer de receber, de 1 a 7 de Dezembro, professores e alunos de Itália, Espanha, Hungria, Roménia e Turquia. Os 23 alunos dos países acima referidos ficaram alojados em casa de encarregados de educação dos alunos portugueses, que se disponibilizaram para os acolher, e desenvolveram também algumas actividades de forma autónoma, como

pequenas visitas na região. Esta iniciativa insere-se no projecto de Autonomia e Flexibilidade Curricular de 4 turmas do 8.º ano de escolaridade, onde todas as turmas estiveram envolvidas na preparação, organização e dinamização das várias oficinas temáticas que visaram promover o conhecimento científico e permitiram que os alunos pudessem realizar diversas experiências práticas recorrendo ao telemóvel, nomeadamente, à aplicação Google Science Journal. Os conteúdos programáticos abordados foram reacções químicas, fotossíntese, germinação, luz, intensidade do som e grandezas directamente proporcionais, através da programação dos Micro:bits na plataforma Makecode.

PUB

Papelaria

Condestável

Para além das oficinas, foi possível dar a conhecer um bocadinho do nosso país, com uma deslocação a Lisboa e outra à Universidade de Coimbra, inserida numa visita de estudo do 8.º ano. Um dos pontos altos consistiu numa tarde-noite de actividades e de jantar partilhado, em que as famílias que acolheram os alunos do Erasmus+ se deslocaram à escola para partilhar o jantar e para assistir a apresentações preparadas por todos os alunos. O balanço foi extremamente positivo, com os alunos e professores estrangeiros a destacarem a excelente organização e acolhimento de que beneficiaram. (AEB)

PUB

SAPATARIA VALA

João Rodrigues Vala

Deseja a todos um Santo Natal e Próspero 2020!

Deseja a todos os clientes e amigos boas festas de

Natal e Ano Novo!

Pç. D. João I • 2440-108 Batalha Tel/Fax 244 765 131 • papelariacondestavel@gmail.com PUB

Há 44 anos na Vila da Batalha... Pç. D. João I, 7B - Batalha • T. 244765439 / 964573624

Tel./Fax 244 765 963 Praça D. João I, 7 A • 2440-901 BATALHA

PUB

Feliz Natal Batalha T. 244 765 853 www.jutina.pt


sociedade • 13

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

Cerimónia de entrega da Bandeira na Batalha

O Largo do Condestável, junto ao Mosteiro da Batalha, foi o cenário escolhido para a cerimónia de entrega do Estandarte Nacional ao contingente que partiu para uma missão de paz no Afeganistão no passado dia 15 de Novembro, cumprindo os acordos internacionais assumidos por Portugal. Trata-se da 4.ª Força Nacional Destacada, composta pela Quick Reaction Force (154 militares) e pelo National Support Element (16 militares). O Estandarte Nacional, como símbolo máximo da Pátria, ficará à guarda desta força, servindo de referência e incentivo aos militares que garantirão a protecção e a segurança do aeroporto internacional Hamid Karzai, na capital, Cabul. A celebração decorreu no passado dia 19 de Outubro, presidida pelo chefe de Estado Maior do Exército, general José Nunes da Fonseca, acompanhado, entre outros, pelo presidente do Município da PUB

Batalha, Paulo Batista. A vinda até à Batalha foi proposta ao Município pelo brigadeiro general Eduardo Mendes Ferrão, comandante da Brigada Mecanizada, tendo em conta o lugar histórico que simboliza a independência nacional. Foi um dia bastante chuvoso, o que não impediu que, para além dos familiares destes militares, também muitos populares não arredassem pé, para os apoiarem. Esta será uma missão que, como as anteriores, conta alguns riscos. Os discursos convergiram na confiança nestes generosos homens e mulheres, que estão preparados para bem desempenharem a sua tarefa com sucesso. É de salientar a presença de muitas jovens nesta Brigada Mecanizada, prestes a partir, contrariando, cada vez mais, o mito de que o serviço militar é apenas para os homens. Temos a certeza de que todos irão desempenhar a sua missão com profissionalismo,

MCR

Tropas rumam ao Afeganistão

Momento de saudação à Bandeira Nacional

como é apanágio das valentes e prestigiadas tropas portuguesas. A saudade, esta palavra tão nossa, difícil de traduzir noutras línguas, vai acompanhá-los todos os dias. Muitos são casados, já com filhos, outros solteiros com namoradas, para além dos seus familiares mais próximos e amigos. No entanto, as novas tecnologias vão ajudar a atenuar e a “matar” estas saudades. Perto do final, o nosso Hino Nacional foi tocado e cantado em voz alta por todos os presentes, mas ainda mais alta por PUB

todos estes militares. Sempre que se canta “A Portuguesa”, até os “pelos” se levantam e o corpo treme, e em muitos brotam lágrimas. A sessão terminou com o desfile das tropas em parada, numa simbiose entre a marcha, a postura de cada um, a serenidade, e tantos outros adjectivos. A todos desejamos que regressem com o sentimento de dever cumprido, prestigiando ainda mais o nome de Portugal. Após esta cerimónia, tivemos a oportunidade de visitar o inigualável Mosteiro da Batalha e de escutar uma brilhante e

esclarecedora intervenção de um digno militar sobre a história da Dinastia de Avis. Realçou ainda a simbologia de muitos trabalhos que existem neste grandioso Mosteiro e que passam despercebidas ao comum dos mortais. No regresso, ouvi o Bispo das Forças Armadas, D. Rui Valério, a falar com uma jovem militar, natural do Porto, que lhe confidenciou que, se conseguisse organizar bem o seu tempo, iria visitá-los a Cabul, para estar algum tempo com todos eles. Manuel Carreira Rito


14 •

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

sociedade

Município com orçamento de 17,6 milhões para 2020

A Assembleia Municipal da Batalha aprovou, no passado dia 27 de Novembro, o Plano de Actividades e Orçamento para 2020, que se cifra num valor global de 17,6 milhões de euros, o maior de sempre neste município. O crescimento na ordem dos 11,4% deve-se “essencialmente ao grande volume de investimento comparticipado por fundos comunitários, que corresponde a cerca de 12 milhões de euros, e pelas novas competências municipais no âmbito da descentralização da educação”, justificou a autarquia. Na mesma linha, as Grandes Opções do Plano projectam investimentos na ordem dos 34 milhões de euros até 2023. Estas serão as grandes linhas de actuação municipal e apontam para uma aposta na reabilitação urbana, na coesão social e territorial das freguesias, na educação, no acolhimento empresarial, na cultura e na localização empresarial. Os principais sectores de actuação serão o investimento no Ambiente

(redes de água, saneamento e eficiência energética), a Reabilitação Urbana (PARU da Vila da Batalha, Reguengo do Fetal e Golpilheira), a Coesão Social e Educação (apoios à 1.ª infância, programas educativos de combate ao insucesso escolar, desportos e cultura para todos). Para o presidente da Câmara, Paulo Batista Santos, “realizar o Orçamento para 2020 será um exigente desafio, com mais competências na Educação e na Saúde, mas ao mesmo tempo será um tempo de colher os frutos do trabalho de planeamento realizado nos últimos dois anos”. Nesse sentido, sublinha, “o próximo ano será de confiança para os investidores, de concretização de novos projectos municipais de expansão de medidas ambientais, mas, sobretudo, mais um ano de promoção de políticas centradas na Educação, Cultura e apoio à primeira infância, porque esses são os domínios que irão marcar o futuro do Concelho da Batalha”. Note-se que ambos dos do-

Parceiros ouvidos Na preparação do Plano e Orçamento para 2020, para que fosse um documento “mais amplo e representativo de todas as sensibilidades”, o executivo promoveu uma série de debates com as juntas de freguesia, os líderes das bancadas da Assembleia Municipal e representantes de associações do Concelho, em que participaram cerca de uma centena de pessoas. “Mantendo uma gestão aberta, transparente e de proximidade com a nossa população, procuramos ouvir diferentes opiniões, para aferirmos das necessidades mais prementes e dos investimentos mais necessários para a nossa população”, defende Paulo Batista, considerando que “o papel das Juntas de Freguesia é sobejamente importante, já que são o órgão de gestão autárquica que está mais próximo da população e que todos os dias tem oportunidade de ouvir as pessoas, conhecendo as suas necessidades”. O presidente da autarquia enaltece a colaboração do “movimento associativo e as diversas entidades locais”, lamentando a ausência de propostas por parte dos vereadores da oposição e o voto contra aquelas que resultaram desta iniciativa dos cidadãos ou da sugestão das freguesias”.

DR

Um ano de grandes desafios

cumentos foram aprovados no executivo com os votos favoráveis da maioria do PSD e votos contra dos vereadores do PS e CDS-PP, tendo igualmente o voto negativo da oposição na Assembleia Municipal.

Política social

Este Orçamento “concretiza uma opção de manter os impostos e taxas municipais nos valores mínimos, assegurando o objectivo de a Batalha ser o município com a política fiscal mais favorável e que mais verbas de impostos devolve aos cidadãos”. Assim, a taxa do IMI está no valor mínimo legal de 0,3%, havendo ainda o decréscimo para o IMI familiar e a devolução de parte do IRS aos munícipes. Há ainda a considerar para 2020 a redução das comparticipações familiares no ATL, das refeições escolares, a opção de gratuidade nos transportes escolares e ainda o novo programa “Crescer Mais”. Trata-se do apoio à primeira infância, que visa estimular a natalidade, com apoios financeiros aos novos nascimentos e o assegurar de uma maior acessibilidade nas respostas de creche. Outra vertente muito valorizada no Plano para 2020 são os projectos de protecção aos idosos, através do apoio à construção de novas Estruturas Residenciais para Idosos no Concelho, bem como o desenvolvimento de acções de dinamização de políticas de “Envelhecimento Activo”,

PUB

como o projecto da Academia Sénior e a promoção da actividade desportiva (ginástica geriátrica e hidroginástica).

Economia e ambiente

Uma das opções deste Plano é a ampliação e melhoramento das áreas de localização empresarial do Concelho, sobretudo na Batalha e em São Mamede. A sustentabilidade ambiental conhece também em 2020 um forte incremento, resultante de projectos como a “Ecovia – Colipo ao Vale do Lena (Património Natural)” e da “Ciclovia Urbana da Vila da Batalha”, ou o programa de “Valorização das Pedreiras Históricas (Valinho do Rei, Caramulo e Pidiogo)”, com forte relevância nas componentes ambiental e patrimonial. Na componente de reabilitação urbana, após a aprovação das candidaturas ao Projecto Integrado Regeneração Urbana “Edifícios” (IFFRU) Residências para Estudantes, o ano de 2020 será o momento da conclusão das primeiras operações de reabilitação para a Educação, um projecto realizado em parceria com o Instituto Politécnico de Leiria, bem como da requalificação do Largo da Praça da Fonte no Reguengo do Fetal. Também a transição e a eficiência energéticas apresentam uma opção estratégica do Município para a sustentabilidade ambiental, com a concretização de diversas empreitadas neste sector.

Desporto

O novo Pavilhão Gimnodesportivo de São Mamede (maqueta acima) e a ampliação do Pavilhão Multiusos da Batalha para fins desportivos representam um investimento de 2,5 milhões de euros, completando, assim, o programa de qualificação do parque desportivo municipal, necessidade justificada pelo aumento muito significativo de atletas jovens e da prática desportiva federada. Estas obras serão lançadas a concurso público durante o ano de 2020. Em aberto está ainda a possibilidade de instalação de um relvado sintético no campo de futebol do Reguengo do Fetal, uma proposta que resultou da discussão pública naquela freguesia e cuja realização estará dependente de acordo com a paróquia, proprietária desta infra-estrutura.

Cultura

Também a cultura e a promoção turística merecerão a habitual atenção. Destacamos duas propostas, nascidas nos debates com as associações e cidadãos: a realização de um Festival de Artes e Teatro na Aldeia da Pia do Urso, por iniciativa do grupo de teatro amador “O Alguidar”, e a construção de passadiços na Ponte da Boutaca, para facilitar a acessibilidade e visita aos arcos deste monumento de relevante interesse patrimonial. LMF

PUB

Domus Ourivesaria

Atendimento todos os dias durante o mês de Dezembro!

-------------------------------Junto ao Turismo da Batalha

Boas festas!

Votos de Santo Natal e um novo ano com sucesso para todos!

deseja

Elisabete Cruz TOC Escritório de Contabilidade • CELULA B • BATALHA Tel. 244 766 718 • info.ec.consulting@gmail.com


sociedade • 15

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

Vice-presidente da Câmara deixa permanência

DR

Compra de nova viatura eléctrica DR

O executivo municipal da Batalha registou algumas mudanças no início do passado mês de Novembro, motivadas pela saída de funções em permanência por parte do vice-presidente, Carlos Agostinho Monteiro. O vereador, natural da Golpilheira, aceitou o desafio de assumir a direcção financeira de uma empresa multimunicipal de águas, pelo que deixa de prestar serviço a tempo inteiro no Município batalhense. Ainda assim, segundo nota emitida pela autarquia, “passa a exercer o mandato em regime de não permanência, sem remuneração, mantendo-se, no entanto, como vice-presidente da Câmara e com pelouros atribuídos nas áreas do sector empresarial local, concessões, transportes e ainda no apoio ao presidente na auditoria e controlo de gestão”. Em consequência, “caberá ao vereador André Loureiro assumir a responsabilida-

DR

Vereador dá lugar a economista

de da Educação, função que irá acumular com as actuais atribuições nas áreas do Ambiente, Juventude e Desporto”. Também os vereadores Germano Pragosa e Liliana Moniz terão reforço de atribuições, respectivamente, nas áreas dos direitos dos animais e do turismo. Para colmatar outras funções exercidas por Carlos Monteiro, nomeadamente, a coordenação das candidaturas a fundos comunitários e o apoio ao gabinete da presidência na gestão de projectos municipais, a autarquia contratou o economista André Emanuel

Bento Sousa. Também natural da Golpilheira, André Sousa nasceu em 1993 e licenciou-se em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa, onde prestou também serviços no Departamento de Marketing. Em termos políticos, é actualmente o presidente da concelhia da Batalha da JSD. “As suas competências nas áreas económicas e a experiência nos processos de gestão de candidaturas a fundos europeus foram o principal motivo da escolha”, refere o presidente, Paulo Batista Santos.

Câmara assume obras no Centro de Saúde O Centro de Saúde da Batalha, que integra a “Unidade de Saúde Familiar (USF) Condestável” necessita de intervenção física para requalificar as condições de acessibilidade indispensáveis para prestar os devidos cuidados de saúde à população. Neste sentido, a Câmara Municipal da Batalha, dando sequência às novas competências que decidiu aceitar na área da saúde, irá assumir a responsabilidade na execução de intervenções de remodelação do edifício, cujo investimento rondará os 75.000 euros. Serão feitas obras de conservação, pinturas e a instalação de um elevador de acesso ao primeiro piso, num prazo estimado até Março de 2020. O Município decidiu igualmente apresentar uma candidatura ao Programa de Apoio à Mobilidade Eléctrica na Administração Pública, para aquisição de uma nova viatura para a prestação de cuidados de saúde domiciliária pela USF Condestável.

Na sessão em que se assinalou a passagem dos primeiros dois anos deste mandato, a autarquia batalhense aprovou concursos públicos no valor de 1,5 milhões de euros. A principal empreitada será a requalificação do antigo campo de futebol, junto ao Mosteiro da Batalha, a transformar no futuro Parque de Eventos “Santa Maria da Vitória” e zona de lazer, um investimento no valor de 1,2 milhões de euros (maqueta na imagem).

DR

Câmara lança 1,5 milhões em concursos públicos

Os restantes 300 mil euros serão destinados à reabilitação

do Largo da Praça da Fonte, no Reguengo do Fetal, à execução

PUB

PUB

todos Desejamos a migos os clientes e a

Santo Natal e feliz 2020!

• LAVAGEM DE ROUPA DOMÉSTICA E INDUSTRIAL • LIMPEZA A SECO • TRATAMENTO DE PELES

Praceta Infante D. Pedro I • Célula B • Lote 10 - R/C Dto. 2440-069 BATALHA • Tel. 244 768 244

de dois campos de padel no Complexo de Ténis da Batalha e à construção de um reservatório de água para abastecimento de meios aéreos, em Vale Sobreiro, São Mamede. Trata-se da continuidade de “um ciclo de desenvolvimento” iniciado em Outubro de 2017, que já concretizou, entre outros, a intervenção ambiental na frente do Mosteiro da Batalha, a conclusão da “Casa do Conhecimento e da Juventude” e a requalificação

da Escola Básica e Secundária da Batalha. Em jeito de balanço, o presidente da autarquia sublinha que o caminho percorrido “só foi possível com o trabalho de muitos autarcas, colaboradores municipais e população em geral, a quem agradeço e atribuo o principal papel na construção”, apontando depois à necessidade de “projectar o futuro com novos projectos para um concelho cada vez melhor e mais sustentável”.


16 •

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

cultura

. museu de todos . Museu da Comunidade Concelhia da Batalha

Os mineiros da Batalha “Parecia a procissão das velas” – disse-nos o senhor António, antigo mineiro, quando o entrevistámos num largo, ao pé da sua casa, no Alqueidão da Serra. Foi nas minas que conheceu Maria, sua esposa, antiga escolhedora do carvão, que, vendo-o com fome, lhe oferecia pedaços de broa com conduto. A procissão a que António se referia era conduzida pelos trabalhadores das minas de Carvão do Lena que, com vestes simples e sem capacete, seguravam o gasómetro quando saíam, já de noite, das minas. O gasómetro era alimentado a carboreto (pago pelos mineiros) e servia de única fonte de luz existente na mina. Mas, por vezes, a chama apagava-se, quando o “tufo” roubava o pouco oxigénio existente no subsolo. O gás tóxico provocado pelo carvão obrigava os trabalhadores

a saírem das galerias onde se encontravam a trabalhar para passar para outras, num acto rápido e de grande risco. Infelizmente, alguns mineiros não conseguiram escapar ao mortífero “tufo”. A morte era uma ameaça com a qual se lidava diariamente. Nestas minas não havia bombeiros nem equipamentos de salvamento. No MCCB, está exposto um exemplar de uma máscara de oxigénio proveniente das Minas do Lousal (concelho de Grândola). Este equipamento, junto com o capacete que vem das Minas de Aljustrel, reforçam o perigo sob o qual os nossos mineiros viviam. Ainda assim, a necessidade e a resiliência levavam os trabalhadores – muitos deles provenientes de outras partes do país – a lutar pelo seu sustento. De picareta (“cegonha”, na gíria dos mineiros locais) em

punho, os mineiros exploravam e roçavam o carvão que era transportado por vagonas de ferro. Fora da mina, as mulheres, proibidas de entrar nas galerias, separavam o carvão bom que vinha das profundezas, para ganhar entre cinco e dez escudos diários. Os mineiros ganhavam por empreitada, a nove escudos cada vagona. Valores bem diferentes dos dos serviços administrativos da mina, onde o engenheiro responsável ganhava cerca de 1500 escudos mensais. Falamos de vencimentos das décadas de 1920 a 1930. Apesar das dificuldades vividas nesta época, o couto mineiro do Lena trouxe progresso industrial para a região. O carvão, cujo consumo se restringia aos fornos de cimento e à cal hidráulica, encontrou nova função na central termoeléctrica, construída

“Mineiros da Antiga Empresa Mineira do Lena”, desenho de Augusto Furriel. Proveniência: Município de Porto de Mós.

em Porto de Mós, utilizando as águas do rio Lena. A estrutura permitiu a electrificação das minas e das casas. O projecto era ambicioso. Chegou a ser pensada uma rede eléctrica que permitisse chegar até ao Alentejo. A Empresa Mineira do Lena disponibilizava ainda uma cantina, onde os trabalhadores se podiam abastecer de massa, arroz, açúcar ou farinha, sendo-lhes descontado o valor no salário. Para os parcos momentos de recreio, havia uma equipa de futebol, com equipamento listado de amarelo (cor do ouro) e preto (cor do carvão) e uma banda musical. A linha de comboio mineiro foi também factor de progresso nesta época. Primeiro com a finalidade de transportar o carvão, a via férrea, com ligação à linha do Oeste, permitiu o transporte de pessoas,

PUB

E.N. 1 - N.º 67 Santo Antão 2440-053 BATALHA Tel. 244 767 923 Fax 244 765 330 E-mail: geral@itvm.com.pt

Desejamos aos nossos clientes e amigos um Santo Natal e um ano 2020 em segurança!

numa altura em que a inglesa “The Match and Tobacco Timber Supply, Co.”, uma empresa de tabaco e de fósforos, investe nos carvões do Lena. Foi também o inglês Jorge Croft (1808-1874) que adquiriu os direitos sobre as minas de carvão e ferro de Alcanadas e Chão Preto, Fornaria, Golfeiros e Piedosa, registadas nas câmaras municipais da Ba-

talha, Leiria e Porto de Mós. O registo das minas, feito em 1854, ditaria cem anos de exploração de carvão ao longo do rio Lena. No Museu da Batalha, revivemos as memórias do carvão e homenageamos os trabalhadores do couto mineiro do Lena. Visite ou revisite a exposição “Cem anos de Carvão – Minas da Batalha: 1854-1954”.


cultura • 17

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

O mais recente filme promocional do Município da Batalha, designado “Cinco Sentidos”, foi o grande vencedor da categoria “Turismo Cultural” do conceituado “Amorgos Tourism Film Festival”, da Grécia, considerado um dos mais importantes festivais de filmes de turismo da Europa. Na sua 10.ª edição, recebeu este ano mais de 140 filmes, de 30 países. O filme “Cinco Sentidos” apresenta o concelho da Batalha através de imagens de grande impacto visual e estilístico, convocando o

DR

“Cinco Sentidos” ganha prémio

Imagem do filme

espectador à descoberta de um território que evoca os cinco sentidos. Com uma duração de cerca de dois minutos, regista grande dinâmica rítmica e aposta numa narrativa diferente do habitual, com planos e perspectivas fora do comum e que, por essa razão, terão impressionado os jurados.

Destaque ainda para a mensagem global do filme premiado, que enfatiza a importância dos cinco sentidos na apreensão de um território, bem como o papel activo da Câmara da Batalha em soluções relacionadas com a acessibilidade (física e de conteúdos) em equipamentos culturais

e de lazer. Convicto da “qualidade indiscutível” do documento idealizado pelo Município, o presidente Paulo Batista Santos, enfatiza o reconhecimento internacional desta obra, produzida por “Ideias com Pernas - Comunicação Audiovisual e Multimédia”, mas sobretudo o facto de ser uma mais-valia para “uma promoção do nosso território mais eficaz no plano nacional e externo”. O filme está disponível nos canais Facebook e Youtube do Município.

Exposição na Casa da Juventude e do Conhecimento da Batalha

O famoso cartoonista António tem patente na Casa do Conhecimento e Juventude da Batalha, o novo edifício municipal junto à entrada Sul da vila, a exposição “Figuras, Figurinhas e Figurões - 40 anos de caricatura de António”. Trata-se de uma exposição icónica e que bem retrata a arte e o humor deste cartoonista de renome internacional com dezenas de prémios conquistados. Estará neste espaço até ao dia 31 de Janeiro. PUB

Tenha um Natal e um Ano Novo muito floridos!

isasoaresflores@gmail.com Rua de Leiria, 586 • Casal de Mil Homens GOLPILHEIRA • 244768160 • 917731417

A Câmara da Batalha apresentou um novo circuito turístico pedonal, no Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, percorrendo a Igreja Matriz, a réplica do Pelourinho e a escultura de homenagem ao Mestre Alfredo Neto Ribeiro, o Largo do Infante, as Capelas Imperfeitas e o Posto de Turismo da Vila da Batalha. A novidade é o envolvimento dos sentidos da visão, do tacto, do olfacto e do paladar, podendo ser realizado por qualquer pessoa, independentemente do seu grau de incapacidade. A proposta inclui a visualização do mais recente filme promocional do Município, denominado “Cinco Sentidos”, premiado internacionalmente no Festival de Filmes de Turismo em Amorgos, na Grécia. Para Paulo Batista Santos, presidente da autarquia, “o novo circuito enquadra-se na linha de actuação do Município da Batalha, que entende a acessibilidade como um factor de diferenciação turística”, defendendo ainda que “o nosso país necessita de entender as inúmeras potencialidades que o turismo acessível apresenta enquanto área geradora de negócio”.

PUB

ISAFLORES

Arranjos • Festas • Casamentos • Funerais

Novo circuito turístico inclusivo

Inauguração com presença do autor

PUB

FLORES E PLANTAS NATURAIS E ARTIFICIAIS

PUB

DR

40 anos de Cartoons de António

No Dia das Pessoas com Deficiência

DR

Filme promocional da Batalha em concurso internacional

Profissionais de Caixilharia Tel. 262 596 896 Festas geral@caixifer.com felizes! www.caixifer.com Rua do Depósito de Água Tojeira • 2460-619 ALJUBARROTA

estas Boas F z e F e li ovo Ano N

Produção e comércio de carnes Produção própria de novilhos Enchidos tradicionais

Reserve já para o Natal:

cabrito da região

e recheados alusivos à época

Lg. Goa, Damão e Diu • BATALHA Tel. 244 765 677 • talhosirmaosnuno@sapo.pt

PUB

e as lojas

Fc...In desejam a todos os clientes e amigos

Festas Felizes! SEDE | Rua Adrião • Cividade • 2440 Golpilheira • Tel. 244 769 140 LOJAS | • Batalha (Lg. Goa, Damão e Diu) • Nova Loja: Batalha (Célula B) • LeiriaShopping • Leiria (C.C. Maringá) - exterior p/ rua S. Francisco)


18 •

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

eclesial

Catequese é a principal dinâmica

Golpilheira Festa do Senhor Bom Jesus dos Aflitos Receitas Dia da Freguesia Festa anos 80

Despesas 402,60 € Restaurante

9 972,56 €

990,77 € Animação

4 725,00 €

Festival de sopas

1 584,44 € Fogo artifício

1 657,55 €

Donativos

3 476,90 € Arraial

1 193,78 €

Ofertório

346,20 € Carvão e gás

414,50 €

Andores

1 267,00 € Lic. e seguros

1 200,52 €

Patrocínios

4 205,00 € Electricidade

300,23 €

Rifas

2 796,00 € Publicidade

225,00 €

105,00 € Limpeza

395,47 €

Jogos Quermesse

1 977,41 € Outras

Restaurante

17 499,06 € Convívio

Bares

5 333,09 €

Café D’Avó

2 679,28 €

Barraq. doces

173,99 €

Total 42 836,74 €

824,05 € 85,66 € Total

20 994,32 €

SALDO : 21 842,42 €

S. Bento Festa de Nossa Senhora da Esperança Receitas Restauração e Bar Peditórios

Despesas

31 082,07 € Restaurante 1 887,53 € Música e som

13 585,81 € 3 800,00 €

Rifas

613,45 € Arraial

5 084,50 €

Andores

856,05 € Outras

2 019,27 €

Patrocínios

2 912,00 €

Outras Receitas

412,18 €

Lucro sardinhada

288,17 €

Lucro das Sopas

573,90 €

Total 38 625,35 €

Total

24 489,58 €

SALDO : 14 135,77 €

O regresso das férias marca, no início de Outubro, o novo ano pastoral, um pouco por todas as paróquias e comunidades da Igreja. Também assim é na Golpilheira, onde o dinamismo mais evidente é o retomar da actividade da catequese. A Missa volta a receber a especial colaboração de cada um dos anos de catequese, o que aumenta também o número de bancos cheios e torna mais vivas as celebrações. E os sábados são especialmente animados com o movimento dos vários grupos de crianças e adolescentes. Este ano há novas dinâmicas, com o projecto “Say Yes” que foi assumido pelo 9.º ano. Disso falaremos numa próxima oportunidade. Para já, ficamos a saber que vão ter um ano cheio de actividades, algumas delas a nível diocesano ou vicarial, como foi o caso de um encontro de toda a vigararia da Batalha, em que participaram, no dia 23 de Novembro. Neste movimento, destacam-se as festas que cada grupo terá ao longo do ano. A primeira delas é a do Acolhimento ao 1.º ano, que se realizou no dia 24 de Novembro. “Apadrinhados” pelos crismados do ano passado, o grupinho dos “caloiros” da catequese entrou em procissão e sentiu durante toda a Missa a alegria de Comunidade em os acolher. Por isso, cantaram felizes, após a Comunhão, a primeira certeza de fé que vão descobrir este ano: “Tenho um amigo que me ama, seu nome é Jesus!”. Outra festa já realizada, no dia 1 de Dezembro, foi a da Palavra, para os meninos do 4.º ano. Aí, o centro é a Bíblia, que eles conduziram com solenidade na procissão de entrada. As leituras e os

Compromisso dos catequistas

Festa do Acolhimento (1.º ano)

Festa da Palavra (4.º ano)

cânticos foram especiais, para lembrar a importância que a Palavra de Deus deve ter na nossa vida. Por isso, no final, cada um deles recebeu a sua própria Bíblia, que agora irá ler, estudar e tentar seguir. Este livro, tal como eles cantaram, é “Palavra do Senhor, Palavra da Salvação!”. LMF

DR

As comissões de festas do Verão passado já apresentaram as suas contas à Comunidade. No domingo 24 de Novembro, foi a comissão da festa em honra de Nossa Senhora da Esperança, realizada em São Bento no último fim-de-semana de Agosto, a cargo dos nascidos em 1969 e 1999. No domingo 8 de Dezembro, foi a comissão da festa em honra o Senhor Bom Jesus dos Aflitos, realizada na sede da Comunidade Cristã da Golpilheira, no primeiro fim-de-semana de Agosto, a cargo dos nascidos em 1979. Em ambos os casos, foram lidos os principais números, cujos quadros de resumo publicamos nesta edição. Depois, partilharam a alegria e satisfação que sentiam pelo dever cumprido e pelo sucesso do evento festivo que assumiram e, por fim, agradeceram a tantas dezenas de voluntários que, em ambos os casos foram essenciais para esse sucesso. As comissões das respectivas igrejas receberam o cheque do saldo e agradeceram o bom trabalho do grupo de festeiros e de quantos os ajudaram. O pároco agradeceu também a boa prestação de cada uma das comissões e sublinhou que, se é bom registar-se o saldo, que servirá para custear as obras das igrejas e o culto, o principal deverá ser sempre a honra a Deus e a Nossa Senhora, bem como o bem espiritual das pessoas que participam nestas festas.

LMF

Comissões de festas apresentam contas

LMF

Novo ano pastoral na Golpilheira

LMF

Festas de S. Bento e da Golpilheira

Grupo “Say Yes” (9.º ano) em actividade vicarial

PUB

Festas Felizes!

Comércio grossista de flores e artigos de decoração Fabrico de artigos em vime IC2 - Santo Antão • 2440-053 BATALHA T. 244765523 / 244767754 • F. 244767754 • cruzarte@gmail.com


infantil • 19

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

DR

Jardim-de-Infância da Golpilheira

estivemos a fa

DR

zer bolinhos!

o que fazer se houver um

tremor de terra!?


20 •

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

desporto

Equipa De Futsal Feminino Sénior

Teresa Jordão Treinadora

Rui Almeida Treinador Adjunto

Miguel Ferreira Treinador Adjunto

< Equipa técnica e directores

Susana Vilanova Treinadora Guarda-Redes

Tásia Ferreira Fisioterapeuta

Nuno Monteiro Director

Joaquim Ferraz Director

Ana Lopes (Ká) 32 anos - Ala

Beatriz Soares 19 anos - Fixo/Ala

Bruna Folgado 19 anos - Ala

Carolina Costa 31 anos - Guarda Redes

Jessica Pedreiras 27 anos - Fixo/Ala

Liliana Salema (Licas) 35 anos - Fixo

Sara Casalinho 19 anos - Ala

Sarina Santos 24 anos - Ala

Atletas> Manuel Rito Direcção

Carolina Ribeiro 24 anos - Ala

Diana Monteiro 21 anos - Guarda-Redes

Ema Toscano 28 anos - Universal

Equipa De Futsal Feminino Júnior

< Equipa técnica e directores

Atletas

<

José Carlos Director

Teresa Jordão Treinadora

Cristiano Dinis Treinador Adjunto

Tásia Ferreira Fisioterapeuta

José Carlos Director

Joaquim Ferraz Director

Manuel Rito Direcção

Alexandra Nunes 19 anos - Pivôt

Ana Henriques 18 anos - Fixo

Beatriz Lindo 17 anos Ala/Pivot

Beatriz Santos 16 anos - Fixo/Ala

Carolina Fernandes 16 anos - Ala (Ex-GD Ilha)

Cíntia Veríssimo (Kika) 16 a. -Fixo/Ala(Ex-Peniche)

Clara Luzio (Ex-CD Fátima) 16 anos - Ala/Pivôt

Érica Pereira (Ex-GD Ilha) 16 anos - Ala

Inês Carlos (Ex-NSPombal) 18 anos - Fixo

Iris Cruz (Ex-Vidais) 16 anos - Ala

Joana Dinis 16 anos - Guarda-Redes

Lea Vaz 17 anos - Ala

Nádia Morais (Ex-Q. Sobr.) 15 anos - Ala

Raquel Gonçalves 17 anos - Guarda-Redes

Sofia Ferreira (Ex-Fátima) 17 anos - Fixo/Ala

PUB

PUB

Adelino Bastos

Licença de Exploração Industrial N.º 50/2010

TRV. DO AREEIRO, 225 ZONA IND. JARDOEIRA 2440-373BATALHA

TELS: 244 768 766 • 917 504 646


desporto • 21

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

As equipas do CRG em campo Veteranos

Os jogos das equipas de Veteranos são, ou deviam ser, jogos amigáveis, onde se devem criar condições para todos se sentarem à mesma mesa, para participarem na “terceira parte” dos encontros. É aqui que se fazem novas amizades, cimentam-se outras. O jantar convívio com as equipas que nos visitam são no Restaurante Etnográfico do C.R. Golpilheira. Normalmente, começa ao serão de um dia e acaba na madrugada de outro. Há sempre entrega de uma lembrança e também a última edição do Jornal da Golpilheira à equipa visitante. Depois da “sossega”, é com muito orgulho que convidamos toda a equipa que nos visita para verem as nossas instalações. Durante o tempo que dura a visita, vamos informando, em traços largos, a história da nossa associação, fundada nos anos 60 do século XX. Após esta visita, vamos todos às “caves do Vinho do Porto” do nosso

também veterano Victor Cruz. Quando o serão aqui não se prolonga, ainda há tempo para terminar o convívio no bar “Tinouca” na Batalha. Nos veteranos, o que tem menos significado são os resultados desportivos.

Futsal Fem. Sénior

Esta equipa disputa o Campeonato Nacional desde a 1.ª edição, na época de 2013/2014, na qual foi campeã nacional. A primeira fase é disputada com 16 equipas, divididas em duas zonas (Sul e Norte). Em cada uma das séries, passam para a disputa do título as quatro equipas melhor classificadas. Este é o primeiro objectivo da nossa equipa. Esta época, o apuramento para a segunda fase está um pouco complicado. Na primeira fase, fizemos apenas sete pontos. Na segunda, com três jogos disputados, amealhámos três. Faltam disputar quatro finais, todas com as adversárias directas. Não podemos perder nenhum

dos jogos que faltam para terminar a presente época. Neste momento, há cinco equipas para apenas dois lugares, uma vez que o Sporting e o Benfica já estão apurados. À 10.ª jornada, é esta a ordenação e respectivos pontos: Benfica (30), Sporting (24), Arneiros (14), Leões de Porto Salvo (12), Quinta dos Lombos (12), Povoense (11), Golpilheira (10) e Venda da Luísa (2).

Futsal Fem. Júnior

Esta época, como a A. F. Leiria tem inscritas apenas seis equipas, juntou-se à A. F. Santarém, tem apenas três neste escalão. Assim, organizaram-se duas séries entre elas. Os resultados dos jogos com as equipas da A. F. Santarém não contam para a segunda fase de apuramento de campeão. Desta primeira fase, transitam para o apuramento de campeão distrital as duas primeiras classificadas de cada uma, numa poule a duas voltas. Na Taça Distrital, participam

apenas as equipas da A. F. Leiria. Neste momento, a nossa equipa lidera a série B, com dezasseis pontos, consequência de cinco vitórias e um empate.

Futsal Masc. Sénior

Esta equipa é constituída em grande parte pelos atletas que disputaram o Campeonato de Juniores Sub-20 na época passada. A estes juntaram-se vários jogadores mais “maduros”, com qualidade, para termos uma equipa mais competitiva. Neste momento, com seis jogos disputados, temos 10 pontos, reflexo de um empate e três vitórias. Estamos posicionados mais ou menos a meio da tabela classificativa. Fomos eliminados da Taça Distrital, pela equipa do Ferrel, por um resultado pouco usual. Para este, muito contribuiu uma arbitragem desastrosa, como nunca tinha visto, e já participei e vi jogos em mais de 40 anos… Manuel Carreira Rito

Veteranos jogaram com os padrinhos Golpilheira – 0 Alqueidão da Serra – 2

Este é um jogo obrigatório todas as épocas, uma no Alqueidão e outra na Golpilheira. A razão é simples: a equipa do Alqueidão apadrinhou a do C. R. da Golpilheira, quando esta foi constituída, no ano de 2009. Alqueidão e Golpilheira encontraram-se pela primeira vez, quando ambas disputavam o Campeonato Distrital da Segunda Divisão, na longínqua época de 1977/1978. Nesta época, os atletas que compunham ambas as equipas eram todos naturais de cada uma das aldeias. Não parece, mas já passaram 42 anos. Actualmente, em ambas as equipas há atletas daquela época, nem que seja para a “terceira parte”. Todos com mais

de 60 anos, uma situação é igual, é à mesa. Não se nota nada. Ambos comem e bebem bem. A amizade que nos une reforça-se todos os anos. Devido à 25.ª Semana Cultural que decorria nesta data, não foi possível o nosso jornal estar presente no campo de jogos na Batalha. Sabemos que tudo correu bem, ninguém se lesionou, e no final as minis voaram todas. No próximo jogo, o “Barroca” tem de levar mais. Ultimamente, a equipa do Alqueidão, tem ganho quase sempre. No entanto, se a memória não me atraiçoa, no primeiro encontro da época 1977/78, ganhámos nós, por 3-1, no antigo “pelado” da Batalha. Não é o resultado destes jo-

gos que é o espírito dos Veteranos, mas sim o reforço e conquista de novas amizades, e depois o tradicional jantar no Restaurante Etnográfico do C. R. Golpilheira. As entradas estavam óptimas, assim como as restantes iguarias do jantar. Estes jantares prolongam-se normalmente por várias horas. É que há tantas histórias para contar, que dois não chegavam. Nas Semanas Culturais, está integrado o “Arraial Popular”, que este ano foi na Ponte de Almagra. Para além das febras, tirinhas, carne guisada, bolos, doces, e para a “sossega” não faltaram as filhós e o café d’avó. Como estávamos perto do dia de São Martinho, não “faltaram” as castanhas e a água-pé nova. Estava combinado que os atletas

de ambas as equipas se deslocassem àquela festa, principalmente para comerem umas castanhas e degustar a água-pé. Abreviamos o jantar, mas mesmo assim, terminou já depois da meia-noite, portanto, no dia 10. Chegámos ao local, mas castanhas já não havia, uma vez que esteve presente muita gente e “voaram” todas, e eram uns bons quilos delas. Nesta situação, há uma tolerância, o “Arraial Popular”, era no dia 9 de Novembro e não no dia 10. Não havia castanhas, mas nas mesas não faltava nada, e para espanto dos organizadores a água-pé não acabou. Ainda bem. Senão tínhamos de os “ouvir” a dobrar. MCR

. equipas.CRG. ÉPOCA DESPORTIVA 2019/2020 Veteranos Futebol 11

26-10 – Os Idosos – 6/Golpilheira – 2 09-11 – Golpilheira – 0/Alqueidão da Serra – 2 23-11 – Seca Pipas – 2/Golpilheira – 5 07-12 – Golpilheira -5/Mourisquense - 5 Próximos Jogos 04-01 (Batalha) – Golpilheira/Avelarense 18-01 – Talaíde-Lisboa/Golpilheira 01-02 (Batalha) – Golpilheira/Os Idosos

Futsal Feminino Sénior

Campeonato Nacional - 1.ª fase/Sul

19-10 – Golpilheira – 2/Venda da Luísa – 1 26-10 – Quinta dos Lombos – 1/Golpilheira – 1 02-11 – Golpilheira – 3/Leões de Porto Salvo – 0 09-11 – Arneiros – 2/Golpilheira – 0 16-11 – Golpilheira – 2/Povoense – 5 23-11 – Golpilheira – 1/Sporting – 2 30-11 – Benfica – 4/Golpilheira – 0 07-12 – Venda da Luísa – 1/Golpilheira – 4 Próximos Jogos 14-12, 18h30 (Golpilheira) – Golpilheira/Q. Lombos 21-12 (Pombal) – NS Pombal/Golpilheira (Taça Port.) 04-01, 17h00 (Porto Salvo) - Leões P.S./Golpilheira 12-01, 16h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Arneiros 19-01, 16h00 (Póvoa S. Iria) – Povoense/Golpilheira

Futsal Feminino Júnior Campeonato Distrital

19-10 – Golpilheira – 1/CAD – Entroncamento – 1 02-11 – Almeirim – 0/Golpilheira – 10 09-11 – Golpilheira – 16/Vidais – 1 16-11 - Ribafria – 2/Golpilheira – 7 23-11 – CAD-Entroncamento – 0/Golpilheira – 2 08-12 – Golpilheira – 7/Almeirim – 0 Próximos Jogos 14-12, 17h00 (Caldas da Rainha) – Vidais/Golpilheira 21-12, 17h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Ribafria 28-12 (Golpilheira) – Golpilheira/Vidais (Taça Dist.)

Futsal Masculino Sénior

Campeonato Distrital - 1.ª fase/Série B

19-10 – Alvorninha – 2/Golpilheira – 1 26-10 – Golpilheira – 2/Pederneira – 2 08-11 – Estrada – 0/Golpilheira – 6 16-11 – Golpilheira – 2/São Mamede – 1 22-11 – Amarense (B) – 7/Golpilheira – 2 30-11 – Golpilheira – 3/D. Fuas – Fonte do Oleiro – 2 07-12 – Golpilheira – 0/Ferrel – 12 (Taça) Próximos Jogos 13-12, 21h30 (Ferrel) – Ferrel/Golpilheira 21-12, 19h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Benedita 28-12, 21h00 (Alcobaça) - Évora Alc./Golpilheira 04-01, 21h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Ribafria 19-01, 19h00 (Caldas da Rainha) – Vidais/Golpilheira 31-01, 21h30 (Bufarda) – Bufarda/Golpilheira 08-02, 19h00 Golpilheira/C. Benfica C. da Rainha 15-02, 19h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Alvorninha PUB

tos Com vo tas! fes s a o de b R. Ponte Nova, 19 BATALHA T. 244 767 392 www.lojasistemas.com PUB

Mário de Sousa Monteiro Pedreiro (Título de registo: 83449)

Biscateiro de Construção Civil

Festas Felizes! R. Mestre António A. Grosso, 112 2440-234 GOLPILHEIRA Telef. 244 767 698 Telm. 967 403 627


22 •

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

desporto

Futsal feminino nas selecções nacionais

Três atletas do CRG já são internacionais

Teresa Jordão Esperavas estas convocatórias? Esperava sim. Trabalhamos sempre para potenciar a qualidade das jogadoras, associada ao potencial de cada uma. Estas três são exemplos claros do trabalho desenvolvido e da qualidade de cada uma. Acho, no entanto, que a chamada da Diana pecou por tardia. O que sentiste? Sentimento de felicidade e orgulho e o reconhecimento do trabalho efectuado. Não podemos esquecer que, em primeiro lugar, isto deve-se à grande qualidade que qualquer uma delas apresenta. Como se consegue este sucesso? Com muito trabalho e dedicação de todos os que trabalham para

Para isso terá contribuído muito o trabalho de Susana Vilanova, treinadora das nossas guarda-redes… Claro. O trabalho que a Susana desenvolve, há alguns anos, é de enorme qualidade. A prova são estas duas chamadas à selecção nacional. A Beatriz, apenas com 16 anos, está connosco há dois anos e já vai representar-nos na selecção nacional sub-19. Esperavas que o conseguisse tão cedo? Achei sempre que iria ser chamada regularmente às sub-17 e, sinceramente, não estava à espera que fosse, ainda em 2019, chamada às sub-19, apesar da sua enorme qualidade. Agora que já foi internacional nas sub19 temos de trabalhar para que continue a ser convocada. Estava a planear a integração dela na equipa sénior, gradualmente, mas a chamada à selecção nacional sub-19 veio fazer com que integre regularmente o plantel sénior. Qual o principal conselho de lhe dás para esta experiência nacional? Que aproveitem as oportunidades que estão a ter e que continuem a trabalhar todos os dias, mais do que antes. Como lhes costumo dizer, “o difícil não é chegar ao topo, mas sim conseguir-se manter no topo”. O que mais desejo e que tenham muito sucesso e que sejam felizes.

Quais são os teus sonhos para o futuro? A nível individual, continuar a trabalhar para me manter na selecção. Nos próximos dias 10 e 11 de Dezembro, irei para Albufeira, disputar dois jogos amigáveis contra a selecção da Rússia. A nível colectivo, aqui na Golpilheira, mantermo-nos no Campeonato Nacional para o ano e chegarmos o mais longe possível na Taça de Portugal.

Liliana Salema, 35 anos Natural do Louriçal Como foi o início da tua carreira desportiva? Iniciei-me no futsal, aos 10 anos, no desporto escolar do Instituto D. João V. Aos 15 anos, na época 1999/2000, tornei-me atleta federada pela Associação Cultural Recreativa e Desportiva do Louriçal, onde permaneci duas épocas. Depois vieste para o CRG. Como surgiu essa oportunidade? Sim, há 19 épocas. Surgiu através da treinadora da altura, no entanto, a grande responsável por esta mudança foi a Teresa Jordão e o sr. Acácio. Já és internacional há alguns anos… ainda te lembras dessa estreia? Sim, foi a 12 de Novembro de 2013, pela Equipa AA. Não dá para esquecer o orgulho, nervosismo e grande responsabilidade por vestir a camisola da Selecção Nacional. E o encanto que é ouvir o nosso hino nacional…

MCR

A Diana já está na sua 11.ª época no CRG… quando te apercebeste de que poderia chegar à selecção principal? Quando lhe disse para ir para a baliza, foi com a consciência de que tinha qualidade e potencial. Há cerca de 5 épocas, ainda júnior, e pelo conhecimento que tenho do futsal no nosso país, percebi que ela poderia estar entre as melhores se continuasse a trabalhar e a evoluir.

Diana Monteiro, 21 anos Natural da Batalha Como foi o início da tua carreira desportiva? Comecei a jogar basquetebol no clube da minha terra, no Amarense, com 6 ou 7 anos. Depois, fui para o futsal, a jogar com os rapazes… era a “menina deles”, porque me protegiam. Como surgiu a oportunidade de vires para o CRG? Foi quando tive de subir de escalão e a equipa onde jogava na altura não tinha femininos. O meu treinador aconselhou-me ir falar com a Teresa, porque sabia que na Golpilheira havia bom futsal feminino. E esta já é a 11.ª época.

Em que competições participaste? Nos mundiais de futsal feminino de Espanha, em 2013, e da Costa Rica, em 2014. No total, tenho 14 internacionalizações.

Foste chamada para um estágio da selecção em Setembro… ficaste com esperança de vir a acontecer esta convocatória para os jogos com a Itália? Sim, fiquei com alguma esperança, mas mantive-me focada nos meus objectivos e tentei ao máximo abstrair-me disso.

Que conselhos queres dar às dias colegas de equipa que vão ter a mesma experiência? Além da grande qualidade que ambas têm, e isso é inequívoco, que continuem a trabalhar afincadamente para serem cada

Qual foi a sensação ao vestir pela 1.ª vez a camisola da Selecção Nacional? Foi uma sensação muito boa, um enorme orgulho sem dúvida alguma. Ouvir o nosso hino é um sentimento que não dá para explicar, é algo incrível.

PUB

Como avalias o teu desempenho nestes dois jogos? Acho que foi positivo, mas ainda há pequenas coisas a serem limadas.

MCR

MCR

Entrevistas de Manuel Carreira Rito

vez melhores. Que tenham capacidade de resiliência, porque nem sempre as coisas vão correr bem e de certeza que vão ter um lindo futuro no futsal.

o desenvolvimento do futsal no C. R. Golpilheira.

MCR

O seleccionador nacional de futsal feminino, Luís Conceição, chamou recentemente à selecção nacional três atletas do plantel júnior e sénior do Centro Recreativo da Golpilheira. A Liliana Salema (Licas) já antes tinha sido convocada e repete a experiência. Já a Diana Monteiro (Guarda Redes), na Selecção AA, e a Beatriz Santos (Fixo/ Ala), na Selecção Sub-19, fazem agora a sua estreia. A esse propósito, colocámos algumas questões a estas atletas e à sua treinadora de sempre, Teresa Jordão, para sabermos o que significa esta experiência para cada uma.

Beatriz Santos, 16 anos Natural de Caldas da Rainha Como foi o início da tua carreira? Comecei com 8 anos, no futsal, na Associação Desportiva de Alvorninha. Como surgiu a oportunidade de vires para o CRG? Em conjunto com o meu treinador, Ricardo Oliveira, que me acompanhava há 5 épocas, pensámos que tinha chegado o momento de integrar uma equipa feminina e deixar as equipas mistas. Fui a alguns treinos de observação, entre os quais na Golpilheira, e assim surgiu a oportunidade de ficar. Como foi a tua integração? Foi bastante boa, todos os treinadores e colegas me receberam muito bem e adaptei-me rapi-

PUB

de Joaquim Vieira

Boas Festas!

Assistência técnica, venda e aluguer de equipamentos de impressão e consumíveis

Deseja a todos Feliz Natal e um bom Ano de 2020!

R. Leiria, 73 - Cividade • 2440-231 GOLPILHEIRA Tel/Fax 244767839 • Tlm. 919640326 lenacopia@sapo.pt • WWW.LENACOPIA.PT


desporto • 23

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

24 Horas TT Vila de Fronteira

Cesário Santos voltou à corrida damente, apesar de nunca ter jogado numa equipa feminina. Logo na primeira época, ajudaste a conquistar o Campeonato e a Taça Distrital. Qual foi a sensação? Foi uma sensação única, foi bom sentir que contribuí para a equipa receber mais uma vez aqueles dois prémios. Com apenas 16 anos, a treinadora tem confiado em ti e tens jogado quase sempre na equipa de seniores. Como está a tua adaptação a essa exigência de maior rendimento? No início não foi fácil, mas tenho vindo a adaptar-me aos poucos e, com o apoio tanto da equipa como dos treinadores, tem-se tornado tudo mais fácil. Já foste chamada a 3 estágios nas selecções, em Viseu, nos Açores e em Rio Maior, apenas um deles sub-19. Tinhas esperança de ser convocada para estes dois jogos com a Espanha? Tive sempre esperança, no entanto, sabia que não era fácil, devido a existirem muitas jogadoras a lutar tanto como eu para conseguir aquele lugar.

A 22.ª edição da mítica prova de todo-o-terreno “24 Horas TT Vila de Fronteira” esteve em pista nos passados dias 30 de Novembro e 1 de Dezembro, com início e fim às 14h00. As verificações técnicas e montagem das boxes começou dois dias antes, com os treinos livres e tempos cronometrados para a formação da grelha de partida a acontecer dia 29. O golpilheirense Cesário Santos ganhou-lhe o gosto e participou mais uma vez, pelo 12.º ano consecutivo. Para o apoiar, um numeroso grupo de golpilheirenses rumou até àquelas paragens alentejanas e viveu um fim-de-semana que é já emblemático para os amantes do desporto motorizado. Pedimos ao Cesário que nos contasse como correu a prova deste ano, passando a publicar o seu testemunho.

Como eu vivi a aventura…

Começo por salientar que já passaram 12 anos desde a minha primeira presença. A cada ano, o percurso da pista vai variando e as dificuldades dependem do tempo. Este ano, a chuva pregou-nos uma

Qual foi a sensação ao vestires pela 1.ª vez a camisola da Selecção? É um sonho tornado realidade, saber que todo o trabalho e esforço foi recompensado, que no meio de tantas jogadoras consegui ter o privilégio de estar ali, é um sentimento inexplicável. Quase sempre se fala na sensação quando se canta o Hino Nacional… É algo que nem se consegue explicar, é como se sentíssemos cada palavra que cantamos!

Quais são os sonhos para o futuro? Continuar a crescer e a trabalhar, para um dia conseguir chegar à Selecção A.

Fotos: DR

Como achas que foi o teu desempenho nestes dois jogos? Há sempre coisas a melhorar, mas foi uma boa experiência, neste caso, um pouco diferente dos outros estágios, pois tive a oportunidade de jogar contra uma selecção de outro país. Aprendi muito e espero utilizar essas aprendizagens para melhorar o meu futsal.

partida… estava um piso muito escorregadio e sinuoso e não dava para andar muito depressa, exigindo muita concentração dos pilotos. A equipa em que participei tinha mais três pilotos: Joel Marrazes, Sérgio Brites e Mário Duarte. Na sexta-feira à tarde, fiquei com a tarefa de fazer os cronometrados, para tentar fazer o melhor tempo possível. A estratégia era essa: não sair muito atrás, porque iria haver muita lama dos carros da frente que nos iriam dificultar a visão. Consegui um tempo de 11, 40m nos 16km que tem a pista, assegurando a saída na grelha de partida na 33.ª posição, no total de 90 viaturas inscritas. Muito bom. No sábado, também tive o prazer de fazer o arranque. São momentos únicos, desde a volta ao percurso, o saudar o público, até a formação da grelha. Quando estão os motores todos a trabalhar e faltam 2 minutos para o semáforo passar a verde, parecem duas horas a passar. Naquele momento, pensamos em muita coisa e só queremos mesmo que comece a prova.

E lá foi mais um arranque espectacular, onde me apercebi que as grandes máquinas não queriam assumir a liderança, com medo de algum percalço, pois chovia intensamente. Ao fim da primeira volta, já tínhamos ganho 9 posições e tudo nos estava a encaminhar para uma boa prestação. Somos 4 pilotos muitos experientes, mas as 24 Horas de Fronteira são sempre uma caixinha de surpresas e, ao fim de 01h30, a carrinha Nissan Navara 2.7 TDI, que estava 5 estrelas até ao momento, deu sinal de temperatura no máximo. Após ter comunicado com as boxes a informar o sucedido, parou. Quando verificámos que o motor tinha de ser trocado, mais uma vez a equipa de mecânicos (Fera Racing) tratou de o fazer ali mesmo, para podermos continuar com a nossa aventura. Foram precisas 5 horas para o carro voltar novamente à pista e, desde então, nunca mais parámos, a não ser para a habitual troca de pilotos. “24 Horas de Fronteira” é isto, quando os pilotos estão

preparados para qualquer desafio, bem como os mecânicos e toda a equipa de profissionais que integram a equipa (a união faz a força). Para o ano há mais. Não me canso de agradecer a todos aqueles que confiam em mim para que, ano após ano, possa participar nesta mítica prova que adoro. Quanto à equipa de mecânicos Fera Racing, chega a uma altura em que já nem há palavras para exprimir o quanto eles são geniais. Basta lembrar que, se não fosse o esforço de todos os mecânicos a mudar o motor, a nossa prova teria terminado naquele instante. A todos os golpilheirenses e batalhenses que, de ano para ano, se vão multiplicando durante o percurso – e sei que estão lá pela paixão da mítica prova, convívio, etc., mas também para me apoiarem fazem-me sentir orgulhoso. O apoio deles, sobretudo da família e amigos, para mim é muito importante. Obrigado! A todos os leitores desta crónica, desejo feliz e santo Natal e próspero ano novo. Cesário Santos


24 •

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

entrevista

Encontro de Concertinas da Barrenta

Uma pequena aldeia que se torna gigante Vi que tinham seis assadores de porcos no espeto ao mesmo tempo…

Sim. E nem sei quantos se assaram, pois iam sendo substituídos. Ainda não contabilizámos tudo o que foi consumido. É uma logística muito grande que leva o seu tempo.

Para toda esta logística, contam com apoio das autarquias ou de privados?

DR

Na passada edição demos notícia do 18.º Encontro de Concertinas da Barrenta e prometemos voltar ao assunto com mais pormenores sobre este interessante e grande evento, promovido e organizado pelo Centro Cultural da Barrenta. Não muito distante de nós, esta aldeia situa-se no coração da Serra de Aire e Candeeiros, na freguesia de Alvados/ Alcaria, concelho de Porto de Mós, tendo como terras vizinhas as Covas Altas, Bouceiros, Casal Duro, Alvados e Alcaria. Foi aí que encontrámos Ricardo Pereira (na foto), mentor da organização, a quem pedimos esta entrevista.

Entrevista de Manuel Carreira Rito

Como nasceu a ideia deste encontro?

O primeiro encontro de concertinas, em 2001, aconteceu no âmbito de um almoço de tropa, em que houve a possibilidade de trazer um autocarro com 40 tocadores de concertina à Barrenta, pela mão dos amigos Hermano Carreira, Moisés Eusébio e o engenheiro Barro Lopes. A ideia foi aceite, a logística foi preparada e teve tal afluência que ficou a promessa de voltarem no ano seguinte, por ter tudo corrido tão bem e terem sido tão bem acolhidos. A aldeia, por si, não teria condições para o garantir, pelo que a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal foram receptíveis à

ideia e deram-nos todo o apoio e força para avançarmos.

O que recorda dessa primeira edição?

Recordo que foi uma surpresa. Ninguém acreditava que existissem 40 tocadores de concertina. Era um instrumento que diziam estar extinto na nossa zona. A essa altura, era uma aldeia que tinha 52 habitantes e recordo-me de que já na altura a afluência foi de tal ordem que imensos produtos esgotaram e nós não tínhamos forma de dar resposta a tantas solicitações. Não temos bem noção de quantos espectadores vieram, mas eram seguramente várias centenas. Mas foi um dia bem passado e acima de tudo feliz.

Mas difícil de organizar…

Como disse, foi uma surpresa, porque foi criar uma iniciativa a partir do nada. Tivemos de criar condições para acolher os tocadores e

quem veio ver. Não foi difícil, mas exigiu trabalho, união e dedicação. Isso ainda hoje se mantém. Só assim é possível e só assim faz sentido.

Ainda há pessoas dessa altura na organização?

Sim, e enquanto nos for possível e a saúde deixar queremos que continuem. Mas a equipa vai-se renovando e conta com pessoas dos 10 aos 85 anos de idade.

Qual foi o segredo para tornar este evento conhecido em todo o País?

Não sei se é bem um segredo, mas somos acolhedores. Trabalhamos muito no sentido de proporcionar a quem por ali passa, sejam tocadores ou visitantes, uma experiência feliz e que fique um certo “bichinho” para voltarem no ano seguinte. Temos trabalhado arduamente a nível das infra-estruturas e das condições, pois é importante que as pessoas se PUB

PUB

Votos de festas felizes!

Ed. D. Dinis - P. 2 - 2.º AB Parceiros - Leiria Tel./Fax: 244 872 808 Telem. 919 009 966 info@contaline.pt www.contaline.pt

PUB

sintam seguras e confortáveis. Também a nossa gastronomia marca pela diferença, uma vez que apresentamos sabores locais, sempre com os melhores ingredientes. Depois, é a música, a troca de experiências, e toda a felicidade inerente a isso, porque a Barrenta só é conhecida porque quem cá vem se sente bem e sai de cá feliz.

Quantos tocadores participaram este ano?

Este ano, pela primeira vez, informatizámos as inscrições, de forma a ser um processo mais célere e eficaz. Ainda não fechámos totalmente as contas, mas estimamos que passaram pelos palcos cerca de 600 tocadores de concertina.

E em termos de público?

Ainda não temos dados finais, mas, pelas contas dos carros, tocadores e logística, terão seguramente passado pela Barrenta mais de 12 mil pessoas.

Sim, tudo isto só é possível com o apoio das entidades civis locais, como é o Município de Porto de Mós, a União de Freguesias de Alvados e Alcaria, a Guarda Nacional Republicana, os Bombeiros Voluntários, os Escuteiros, o Turismo do Centro de Portugal, bem como outras entidades e empresas que ano após ano nos dizem sim e colaboram connosco. São, acima de tudo, apoios de ordem logística, no decorrer dos preparativos e no dia do encontro.

Sendo uma aldeia com tão poucos habitantes, virão muitos voluntários de fora…

Nesse aspecto, posso dizer que temos muitos e bons amigos. O Centro Cultural da Barrenta promove o ensino da concertina a quase 90 alunos, de forma totalmente gratuita, muitos deles oriundos de terras bem distantes (foto na pág. seguinte). Também eles fazem questão de colaborar e trazer alguém para ajudar. Depois, há muitos voluntários que acreditam na nossa causa, digamos assim, e ano após ano também marcam presença.

José Guerra da Silva CANALIZAÇÕES • AQUECIMENTOS BOMBAS • SISTEMAS SOLARES ASPIRAÇÃO CENTRAL

Deseja a todos festas muito felizes! PUB

Agente Gás Galp e Repsol

• Fotografia profissional • Reportagens sociais e em estúdio Pç. Mouzinho de Albuquerque, 5 A/B 2440-109 BATALHA • fotovisao@sapo.pt Tel. 244 767 930 • 968 553 348

Deseja a todos Festas Felizes!

Serviço de entrega ao domicílio Deseja a todos Festas Felizes!

GOLPILHEIRA • Tels. 244 768 246 / 966 791 425 / 963 432 306


entrevista • 25

O evento em si mobiliza cerca de 150 pessoas a trabalhar arduamente cerca de 16 horas. Mas há toda a preparação nos dias anteriores e procedimentos necessários com semanas e meses de antecedência. Só como exemplo: confeccionar e servir refeições, limpeza, acolhimento, inscrições, vendas, reposição, parte técnica de som e imagem, fotografia, espalhar cartazes… e muitas tarefas “invisíveis”. Para tudo isso, é preciso gente, e contamos com uma rede de amigos muito boa e colaborante.

Falou na escola de concertina…

Sim, somos actualmente 3 professores, com cerca de 60 alunos na Barrenta e 30 na zona de Óbidos e Gracieira. O método não é pelo tradicional solfejo, mas com esquema numérico muito próprio, adaptado a todas as idades e conhecimentos, que permite desde o primeiro momento o contacto com o instrumento. Isso leva as pessoas a terem ainda mais gosto de aprender…

Voltando ao evento, como acontece a inscrição dos tocadores?

Começamos a fazer a divulgação com alguns meses de antecedência. Como tem uma data fixa, no último sábado de Setembro, os interessados podem agendar com tempo. Os grupos também vão estabelecendo alguns contactos informais connosco, pelo que vamos tendo noção da logística necessária.

DR

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

E eles também estabelecem contactos com outros nas actuações e encontros. Temos o gosto em acolher grupos que já nos visitam em anos anteriores e a alegria de acolher novos grupos que ano após ano vão chegando a nós.

Há quem tenha participado em todas as edições?

Sim, há vários grupos que nunca faltam ao Encontro de Tocadores de Concertina da Barrenta. É o caso da família Ribeiro. Pela localização e pela possibilidade de tocarem livremente, é um encontro de amigos acima de tudo, é um partilhar de experiências e um dia de emoções muito fortes.

Há algum limite de participações?

Neste momento, não estão estabelecidos limites. Este ano foram muitas horas de música, de forma ininterrupta, uma vez que começaram a subir a palco pouco depois das 13h30 e só terminaram por volta das 00h00.

E como conseguem coordenar a actuação de tantos grupos em palco, sem muitas pausas?

Uma das novidades foi um programa informático, totalmente concebido por nós para essa finalidade específica, que automaticamente estima a hora a que cada grupo sobe ao palco, no momento da inscrição. Assim, todos sabem os seus horários e prepararam-se nesse sentido. O horário é também colocado no ecrã gigante, para que todos acompanhem e não haja grandes atrasos. Actualmente, o encontro acontece no Largo da Saudade, onde fazemos o acolhimento, é possível fazer refeições e tocar livremente. E temos o Terreiro da Amizade, que acolhe os dois palcos, com lugar para vendas e refeições. As ruas adjacentes a estes espaços também vão cada vez mais sendo utilizadas para expositores e para tocar livremente pelos grupos. Cada grupo tem cerca de 8 minutos em palco, mas um dia inteiro, de forma livre,

pelas ruas da aldeia. Assim, há animação garantida o dia todo.

Assisti também a cantares ao desafio… essa actuação de rua é também organizada ou surge de improviso?

Isso é completamente livre. Os cantares ao desafio, como o nome indica, são isso mesmo, cantares que surgem de forma espontânea e em tom de desafio, numa provocação saudável, de terem sempre resposta e rimarem.

Imagino que já estejam a trabalhar no encontro do próximo ano…

Sim, pouco depois de terminar o encontro, começamos a pensar e a trabalhar no seguinte. Há coisas que queremos introduzir em 2020 e que carecem de procedimentos atempados e alguma gestão.

Coloca-se a possibilidade de passar a dois dias de encontro?

É uma questão que se tem levantado nos últimos anos, mas ainda não encontrámos

resposta definitiva. Teremos de ver as possibilidades e consequências de prolongar a festa por um fim-de-semana. Para já, queremos garantir que se faça, nem que seja só um dia.

Está, portanto, assegurada a realização do encontro no futuro?

Está assegurada como até agora, com trabalho, união e dedicação. Claro que as coisas vão evoluindo e é preciso projectar o futuro. As condições têm evoluído ao longo dos anos, conforme as necessidades. Do ano passado para este, por exemplo, melhorámos o espaço para estacionamento, com contador de viaturas, informatizámos as inscrições, tentámos produzir menos resíduos na divulgação e no próprio encontro, pusemos um ecrã gigante no Largo da Saudade para que todos pudessem acompanhar quem está em palco, etc. São pormenores em que continuaremos a trabalhar.

PUB

PUB

Roupa de criança Deseja a todos os clientes e amigos

Feliz Natal e Próspero Ano Novo!

R. D. Filipa de Lencastre, Lj. 6A • BATALHA • Tel. 244 765 812 PUB

PUB

Boas festas de Natal e Ano Novo!

Na Batalha

Centro Comercial Ponte Nova • Tel. 244 767 497

Festas Felizes! Telf. 244767337 Tlm. 914116511 Palmeiros - 2440 BATALHA


26 •

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

temas

.política.

.combatentes.

Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes

André Sousa Presidente da JSD Batalha

Oposição - Um dever ético e responsável No exercício democrático dos diversos órgãos deliberativos locais, nomeadamente nas Assembleias Municipais e de Freguesia, é minha opinião que os deputados eleitos tenham em conta três princípios fundamentais: iniciativa, frontalidade e ética. Iniciativa. Criticar por criticar, rejeitar porque sim ou, simplesmente, ter uma postura de inércia não enriquece o debate político e não contribui para o desenvolvimento do nosso concelho. Neste sentido, é imperioso ter capacidade de apresentar propostas, soluções, projectos ou outro tipo de acções para o interesse público. Frontalidade. Há cerca de um ano, assistimos na Assembleia Municipal de aprovação do Orçamento para 2019, ao infeliz episódio de abandono dos deputados municipais do PS e CDS-PP, logo no início da sessão. Independentemente das razões apresentadas, a Assembleia Municipal é o órgão por excelência do debate

Rescaldo eleitoral

frontal e não através de “malabarismos”, que só descredibilizam a democracia e que acabam por desiludir os seus próprios eleitores, que confiaram o seu voto para os representarem e não faltar/fugir ao debate. Ética. Permitam-me que recorde uma frase de Francisco Sá Carneiro, co-fundador do PSD e ex-primeiro-ministro: “A política sem risco é uma chatice, mas sem ética é uma vergonha”. É indispensável que o político eleito prossiga a sua acção e intervenção baseado em princípios éticos fundamentais, como a integridade, responsabilidade, liberdade e, sobretudo, no servir altruisticamente o bem comum. Parece-me que uma oposição feita na base das “fake news”, na difamação ou na falta de coragem, descredibiliza a política, potencia os populismos e, sobretudo, não contribui para melhorar a vida das nossas populações.

Como programado, em 6 de Outubro pretérito decorreram, com a pacatez que já é habitual entre nós, as eleições legislativas para a Assembleia da República. Como era mais ou menos previsível, ganhou o partido que governou na legislatura anterior, mas sem maioria absoluta, provavelmente com uma boa dose de desilusão para o mesmo, mas, como também era expectável, e em especial desejável, para todos os restantes concorrentes. Salvo erro, na história da democracia bateu-se o record de partidos e / ou organizações participantes (21), assim como o número dos que conseguiram ter assento no Parlamento: 10! A maioria de nós dirá que quanto mais diversidade de opiniões houver, melhor será para o debate de ideias e a democracia, mas o que em nada ajuda a democracia, bem pelo contrário, é a abstenção, cujo record foi mais uma vez batido; negativo e preocupante record, sem dúvida! Com o chavão-base de que os partidos são todos a mesma coisa e os políticos que neles gravitam, directa ou indirectamente, são quase todos maus e corruptos, há quem continue a apelar à abstenção, como remédio para tais males. Não é este o nosso entendimento e cremos que quem defende estas ideias só pode ter uma agenda escondida por trás ou então ser um completo inconsciente, porque nunca a abstenção resolverá os problemas que afectam o grosso da sociedade portuguesa e cuja culpa atribuímos exclusivamente aos políticos. Ora, também na nossa modesta opinião, isto não é inteiramente verdade e, analisando friamente o panorama vigente, os abstencionistas, tanto mais que a maioria o será por comodismo, têm quase tanta culpa do que se passa como os políticos que acusam de todos os males, pois que se demitem voluntariamente das suas responsabilidades como cidadãos de pleno direito, que deviam ser e só não são porque não querem. Mas voltemos ao rescaldo eleitoral. Sendo certo que se repete um governo minoritário do mesmo partido,

.política.

Augusto Neves Presidente da Concelhia do PS

Prenda de Natal Aproximam-se as festas natalícias e o Senhor Presidente da Câmara da Batalha não quis deixar de presentear a população da freguesia da Golpilheira. E a estratégia utilizada foi simples: Como já referi noutras alturas o Senhor Presidente governa a Camara não em prol dos interesses das populações mas sim de acordo com os seus interesses políticos. Ora vejamos: É verdade que o actual secretário de Estado da Saúde prometeu, em campanha eleitoral, para as autárquicas a possibilidade de reabrir a extensão de saúde da Golpilheira. Ao que constou os responsáveis locais pela saúde ter-se-ão manifestado contra essa possibilidade. Foi quanto bastou para que o presidente da Camara fizesse inscrever no orçamento municipal uma verba de 30.000,00 € para recuperar as instalações do centro de saúde. Deixou assim bem vincada a “sua intenção” de repor a extensão de saúde da Golpilheira! e sem gastar nada, pois bem sabia que tal situação não ia ocorrer e assim ficava ele com os louros de querer trazer aquele benefício, mas o deputado do PS não conseguia cumprir o prometido. Temos assim o cenário perfeito para a população da freguesia da Batalha ver quem está do seu lado… Entretanto, com a possibilidade de transferir valências da câmara paras

juntas de freguesia a Câmara notificou as entidades que entendeu solicitando que referissem o seu eventual interesse e o fim que pretendiam dar ao edificado, no caso vertente as instalações que serviram de extensão de saúde na Golpilheira. A junta de freguesia respondeu que tinha todo o interesse em ficar com a gestão do Imóvel e a razão de ser do seu interesse era aí instalar um serviço de saúde. Foi aí que o plano estratégico do presidente da camara, que parecia perfeito, começou a ruir. E a designação para Secretario de Estado da Justiça do Dr. António Sales foi a estocada final. Havia o real risco de se avançar no sentido de restabelecer aquele serviço. E assim a estratégia que estava a correr tão bem, parecia agora, poder virar-se contra o seu autor. Era portanto fundamental suster a ruina. E então o que faz o presidente da Camara com o imóvel que tinha guardado para qualquer eventualidade: Não o podia atribuir à Junta porque esta tinha manifestado pretender ali instalar um novo serviço de saúde. E portanto era preciso encontrar uma solução que impedisse o Partido Socialista de repor a extensão de Saúde da Golpilheira e nada melhor do que indisponibilizar o edifício. E assim fez!!! Estratégias…. Boas Festas

todavia, dá-se aqui um paradoxo: esse partido saiu bastante reforçado nestas eleições, mas provavelmente irá ter mais dificuldades em governar do que anteriormente, pois deixou de ter o apoio implícito dos partidos à sua esquerda e se, a estes, a certo momento, der a “veneta” de actuarem como o fizeram em 2011, lá se vai o governo pelo “cano abaixo”… Por falar no governo e voltando aos recordes, este também bate um por larga margem: tem 70 elementos, desde o 1.º ministro aos secretários de estado. Será bom? Será mau? As opiniões dividem-se, mas só o futuro o dirá. Por falar em opiniões, não há “bicho careto” que não tenha a sua, mas, infelizmente, a isenção e o distanciamento andam quase sempre arredados. Isto é, contar-se-ão pelos dedos de uma só mão os ditos politólogos e comentadores da nossa praça capazes de debitar uns “bitaites” sem a camisola partidária vestida. De qualquer quadrante político, frise-se. Numa última análise a este novo governo, ficamos numa grande expectativa acerca do que vai sair duma tal Secretaria de Estado de Recursos Humanos e Antigos Combatentes (!!!). Olá, lá! A que propósito é que os COMBATENTES serão aqui metidos?! Não queremos influenciar ninguém, mas nós vamos esperar sentados… Terminamos com a indicação dos últimos eventos do Núcleo: - 12 de Novembro: na sala do Capítulo do Mosteiro, invocação do Armistício - Homenagem aos Combatentes da 1.ª Grande Guerra, com honras militares e aberto ao público. - 15 de Novembro, na colectividade do Casal do Marra, comemoração do Dia de São Martinho, com a habitual e muito especial “castanhada”. Para o futuro, lembramos o dia 14 de Dezembro, a partir das 10H00, na Marinha Grande: Festa de Natal dos Núcleos do Centro Litoral Oeste (Alcobaça, Batalha, Caldas da Rainha, Leiria, Marinha Grande (organizador), Peniche e Rio Maior. As inscrições para participar podem ser feitas no Núcleo.

PUB

Centro Hospitalar de Nossa Senhora da Conceição R. Principal, 26 • Brancas 2440-090 Batalha Tel. 244 769 430 www.centrohospitalarbatalha.com

Votos de Santo Natal e saudável ano 2020!


temas • 27

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

.saúde.

.impressões. Por Luísa M. Monteiro Costumo tomar café na esplanada - do café - pois há silêncio da parte de fora das vidraças e, como já tenho dito, o silêncio para mim é fundamental. Porém o tempo arrefece, as frases que leio parecem entrar agora com maior dificuldade. Falta-lhes a temperatura normal, às frases, aquela em que lidas serão entendidas, assimiladas. Nem calor nem frio; há uma temperatura ideal para a leitura. Aperto o casaco, aconchego o lenço ao pescoço e deixo-me estar. Prefiro a esplanada, ainda assim mesmo fria (apesar de coberta, mas estamos no Inverno) ao interior e à sua música pop logo pela manhã. — «Eh lá, estamos na discoteca!” disse eu há dias, ao entregar o tabuleiro. Além de mim, ali, quase sempre apenas aquele homem bem vestido, elegante - e o seu filho de dez anos. Tomam o pequeno-almoço em harmonia; nas férias, lembro-me bem, o filho lê um livro, e o pai, de olhos fixos no jornal, ergue de vez em quando os olhos para lhe explicar alguns significados. Ali estão os dois, quase sempre os dois, os dois e eu. Naquele dia porém sentou-se à minha frente um grupo de raparigas adolescentes, e efervescentes; uma delas, a mais exuberante de todas, usava o vernáculo como quem bebe um copo de água, mas nem era a questão do vernáculo, ela que se exprima como bem entender, está no seu grupo, era o tom - usava-o em voz alta, em voz demasiado alta, o que evidentemente incomodava o meu silêncio - o meu, e o daquele pai, e o daquele filho. Uma colega da rapariga fazia-lhe no entanto de vez em quando um sinal com os olhos dando-lhe a entender que ela estava a incomodar pessoas estranhas ao seu grupo, mas rapariga não se calava. Disse o menino de que falei, às tantas e eu a ouvir: «Ela deve estar a armar-se em esperta, não é pai?». O pai ergueu serenamente os olhos do jornal. Olhou para o filho. Nada disse.

.JuntaInforma. Coluna da responsabilidade da Junta de Freguesia da Golpilheira

Caros amigos Golpilheirenses, A Junta de Freguesia, em bom diálogo com a Câmara Municipal da Batalha, transmitiu o seu contributo relativamente às delimitações da ARU (Área de Reabilitação Urbana) da nossa Freguesia. Foi proposta por esta Junta a integração no Plano de Actividades do Município de algumas obras consideradas prementes para a Freguesia. Com o intuito de resolver situações mais urgentes, relativas a iluminação e outros aspectos relacionados com arruamentos, solicitou esta Junta o apoio do Município da Batalha, tendo parte dessas situações sido já resolvidas, encontrando-se outras a aguardar resolução. Agradecemos a disponibilidade demonstrada pelo Sr. Vereador Germano Pragosa. No passado dia 17 de Novembro, comemorou-se mais um “Dia da Freguesia”, inserido na 25.ª Semana Cultural da Golpilheira. A Junta de Freguesia agradece a presença de todas as forças vivas que contribuíram para que o dia fosse ainda mais especial. Gostaríamos ainda de agradecer ao Centro Recreativo da Golpilheira a amável cedência do espaço para a realização do evento, uma vez que as condições meteorológicas não permitiram que o mesmo se realizasse no largo da Junta. Como já é habitual, a Junta ofereceu porco no espeto a todos os presentes. Resta-nos desejar a todos um Santo Natal e Próspero Ano Novo!

O Executivo da Junta de Freguesia

Ana Maria Henriques Médica Interna

Outras vacinas Desde a descoberta da vacina da Varíola, em 1789, que revolucionou a saúde da Europa, muita investigação se tem feito neste campo e muitas vidas se salvaram com as vacinas administradas. A evolução da ciência faz com que a descoberta, a introdução no mercado, a comparticipação pelo Estado e a introdução no Plano Nacional de Vacinação (PNV) seja um processo demorado e não adequado para todas as vacinas. Actualmente, existem várias vacinas que são recomendadas em determinadas circunstâncias, mas que não fazem parte do PNV. A vacina contra a infecção por Neisseria meningitidis serotipo tipo B é muito segura e eficaz contra a meningite causada por esta bactéria. Este tipo de meningite é responsável pelas complicações mais graves e é um dos serótipos mais frequentes. São administradas duas ou três doses (consoante a idade de início), com um reforço. Esta vacina é comummente recomendada para todas as idades. A meningite também pode ser causada por outros serótipos, sendo que o W esteve muito presente em notí-

cias recentes. Este é muito menos frequente em Portugal, mas a vacina também está disponível, protegendo contra os serótipos A, C, W-135 e Y, em duas doses com um reforço. As gastroenterites são doenças muito comuns e aparentemente ligeiras. Infelizmente, algumas destas infecções causam desidratações que até podem levar ao internamento da criança. Assim, existem no mercado duas vacinas contra os principais vírus que causam as gastroenterites, com duas ou três tomas de gotas orais. A sua administração leva a infecções menos graves e com menos consequências. A varicela é uma das doenças da infância mais usuais e geralmente com uma evolução rápida e benigna. Mas em alguns casos, esta doença pode complicar e levar a infecções outros locais do corpo (pulmão, cérebro...) ou infeções graves das borbulhas características. Sendo que a vigilância e os cuidados de higiene são as principais medidas para prevenir estas complicações, em algumas pessoas a vacina está recomendada. Aos adolescentes

e adultos que ainda não manifestaram a doença esta vacina é administrada em duas doses. A vacina da gripe é fornecida gratuitamente a todos as pessoas com mais de 65 anos, a algumas pessoas com doenças crónicas e aos trabalhadores nos serviços de saúde. Em crianças, também pode ser administrada, sob a forma de uma vacina anual. Em alguns países, doenças como a hepatite A e a Febre Amarela são muito comuns e se alguém se deslocar em viagem para estes países é recomendado fazer a vacinação, incluindo crianças. Actualmente, a vacina da febre amarela é fornecida numa toma única. Para a imunização contra a hepatite A são administradas, por norma, duas doses. Estas vacinas não incluídas no PNV devem ser recomendadas pelo médico assistente, pois este é quem melhor conhece a pessoa e que consegue recomendar as vacinas mais adequadas. Cumprir com estas indicações é essencial para que a vacinação continue a ser uma das melhores armas contra algumas das doenças infecto-contagiosas.

.agricultura. José Jordão Cruz Engenheiro Técnico Agrário

Casta Crato Branco Esta casta de uvas é bem conhecida no mundo vitícola algarvio, com pequenas parcelas de vinhas com mais de 60 anos. A casta também foi cultivada na Beira Alta, nomeadamente, em Figueira de Castelo Rodrigo, com o nome de Alvadurão, Côdega ou Crato Branco. No Alentejo tem o nome de Síria ou Roupeiro. Já foi a casta branca mais plantada na região alentejana, mas, segundo os enólogos “verificou-se que as temperaturas demasiado elevadas

PUB

Aos nossos clientes e amigos desejamos Santo Natal e Próspero Ano 2020

do Alentejo não eram benéficas para esta casta: os vinhos não tinham frescura, boa acidez e perdiam os aromas rapidamente”. O Crato Branco ou Síria é uma casta muito produtiva de cachos e bagos pequenos. Apesar de ser bem resistente ao oídio e ao míldio, é bastante sensível à podridão. Os vinhos produzidos com esta casta são delicados, frescos e elegantes. Segundo um enólogo amigo, do Algarve, esta casta dá vinhos

com as seguintes características, numa parcela pequena com mais de 60 anos: 12% em volume de álcool; conservação a 16°C; servir entre 12-14°C; bom companheiro de caldeirada de peixe, arroz de marisco ou queijo de cabra do Algarve; cor ligeiramente dourada; aroma com notas florais, minerais e levemente frutado a lembrar marmelo; na prova, macio, cremoso e mineral, com final ligeiramente salgado.

Tintas Tel. 244 766 105 Drogaria Telem. 919 194 756 Casal da Ponte Nova Ferragens 2440 BATALHA Ferramentas Materiais de Construção


28 •

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

temas

.rumos&andanças.

.templosda nossaterra.

Márcio Lopes Docente do IPLeiria

José Eusébio Médico veterinário

A Igreja Velha e a Igreja Paroquial de São Miguel nas Colmeias

Igreja das Brancas Esta igreja está situada na freguesia da Batalha, tendo sido construída em 1690, segundo inscrição datada na mesma e no local. A Padroeira é Nossa Senhora da Conceição, também chamada de Imaculada Conceição. Festeja-se Nossa Senhora da Conceição, nas Brancas, no dia 8 de Dezembro. A festa da Imaculada Conceição, comemorada no dia 8 de Dezembro, foi inscrita no calendário litúrgico pelo papa Sisto IV, em 28 de Fevereiro de 1477, sendo dia santo de guarda em toda a Igreja. A Imaculada Conceição ou Nossa Senhora da Conceição é, segundo o dogma católico, a concepção da Virgem Maria sem mancha do pecado original. A Igreja Católica também professa que a Virgem Maria viveu uma vida completamente livre de pecado.

Igreja paroquial

está morto, mas enforma duas consciências colectivas em espaços distintos. Dentro da mesma freguesia, com pouco mais de três mil habitantes, parece haver duas coesões socioculturais. Uma coesão secular em redor da Igreja Velha, e outra com devoção a São Miguel na zona mais central da freguesia. Bibliografia

Gaspar, S. (2004), Colmeias: uma origem, um espaço, um caminho. Ed. Folheto. Meslin, M. (2014), Fundamentos de Antropologia Religiosa. A experiência humana do divino. Ed. Vozes.

Fotos do autor

desde então, a sede da paróquia das Colmeias. Esses dois templos, a Igreja Velha e a Igreja Paroquial, que, ao longo dos últimos 600 anos partilharam o epicentro religioso da freguesia, criaram uma certa cisão de identidade religiosa entre a população local. A população residente mais a norte da freguesia exerce a prática do seu culto e mantém uma maior identidade religiosa com a Igreja Velha e não propriamente com a Igreja Paroquial de São Miguel. Ou seja, nas Colmeias, Deus não

PUB

Filipa Silva Solicitadora Agente de Execução Estrada de Fátima, n.º 16-B, R/C Esq. 2440-100 Batalha Foto do autor

Conceptualmente, sendo a religião uma consciência colectiva e criadora de um sistema de crenças e práticas sagradas, parece que na cultura ocidental contemporânea deu-se uma ruptura entre o Homem e o divino (Meslin, 2014). Uma espécie de humanismo ateu que proclama a morte de Deus. Na obra «Homo Deus, História Breve do Amanhã», o autor, Yuval Noah Harari, anuncia que a morte de Deus decorre do desenvolvimento científico e económico das sociedades, i.e., a partir do domínio do Homem sobre a fome, as epidemias e as guerras, tornando, assim, o apelo ao divino desnecessário. Se todas as teses anunciadoras da morte de Deus fossem a expressão da verdade, a religião perderia a sua função milenar de coesão sociocultural e de alguma regulação ética nas relações humanas. De certo modo, a religião já não é o sistema vigente de interpretação do mundo. Mas a exigência religiosa ainda se mantém viva no espírito humano e nas colectividades como é o caso das Colmeias. Segundo Gaspar (2004), Colmeias deriva da evolução linguística de Colmenas e Colmêas, e que teve a sua origem no desaparecimento da vila de Alcovim. Sabendo que nesta época as freguesias correspondiam às paróquias, há documentação coeva que certifica a existência da paróquia das Colmeias em 1128. Nas imediações de Alcovim, D. Afonso Henriques mandou construir um castelo, enquanto linha de defesa contra os mouros entre Tomar e Soure. A este lugar, chamavam-no de Crasto – que significa pequeno povoado fortificado. Ainda de acordo com Gaspar (2004), ignora-se o ano da edificação da Igreja Velha. O mesmo autor, citando o padre Manoel Rodrigues de Faria, refere que até ao ano de 1320, a igreja paroquial situava-se perto de Lagares. E que, depois desse ano, foi transferida para a Igreja Velha. É sabido ter pertencido à quinta dos frades Crúzios de Coimbra. Há cerca de 600 anos, chegou a ser Igreja Matriz da freguesia. Entre 1750 e 1767, foi transferida para a Eira Velha, onde é hoje a Igreja Paroquial de São Miguel. A Igreja Velha passou a ser dedicada a Nossa Senhora da Piedade. A Igreja Paroquial de São Miguel foi construída no ano de 1767 e é,

Telm. 910 865 979 | Tel./Fax 244 765 466 Igreja Velha

4830@solicitador.net

Festas Felizes!


À mesa!

temas • 29

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

.gastronomia.

Este é um espaço de partilha de saberes e experiências gastronómicas, sejam elas receitas tradicionais, culturas diferentes e porque não novas combinações e práticas de comidas saudáveis. Envie as suas sugestões para: mesa@ jornaldagolpilheira.pt

Proposta natalícia (com a Insignare)

Numa primeira fase, compomos a ementa, escolhendo minuciosamente cada prato, com particular atenção aos ingredientes a seleccionar, escolhemos as bebidas e planeamos a decoração. A escolha das toalhas, guardanapos, o serviço de loiça, os copos, os talheres, bem como alguns apontamentos de decoração são parte integrante do momento da refeição. Para esta noite tão especial, escolhemos a cor branca como base de decoração (toalha e louças), conjugada com vermelho (tête-à-tête) e com apontamentos naturais e verdes (decorações). Numa segunda fase, passámos à realização prática da ementa e sua degustação…

Aperitivos e amûse-bouche

À chegada dos convidados, tenha uma mesa decorada e pronta com alguns frutos secos, como nozes, amendoins, pistácios, caju, azeitonas, uma tábua de presunto laminado e alguns queijos. Prepare também algumas bebidas simples, por exemplo: água, sumo de laranja e vinhos licorosos de Moscatel e Favaios. Entretanto, prepare as tostinhas com queijo de cabra fresco esmagado e envolvido com doce de ameixa salpicado com cebolinho cortado finamente e sirva também salmão fumado enrolado com rúcula em bread stick salgado e aromatizado com vinagre balsâmico. Comece a preparar um brinde para cada convidado. Num copo, tubo ou flûte, coloque uma parte de Licor Beirão e duas de sumo de laranja fresco, coloque uma cereja cristalizada e uma folha de hortelã.

Entrada

Para entrada, iremos fazer uma salada fria de bacalhau. Depois de ter previamente demolhado, enxugue, limpe de peles e espinhas e desfaça o bacalhau em pequenas lascas. Numa travessa bonita de servir, junte as lascas de bacalhau, o grão cozido, a cebola roxa picada finamente e azeitonas sem caroço. Tempere com pimenta, azeite, vinagre e salsa picada. Por fim, decorre

com croûtons de broa de milho e sirva acompanhado de um vinho branco, seco com algumas notas de madeira, bem fresco.

Prato principal

A escolha deste prato foi unânime: peru recheado! Colocamos na véspera (dia 23 de manhã) um peru mergulhado em água, temperado com laranja e limão, cortado aos quartos, alhos, louro e sal. No dia 24 pela manhã, retire o peru da água e desosse, pelas costas, a carcaça do peru. Para temperar o peru, prepare uma marinada: esfregue o peru com massa de pimentão, sal, alho, tomilho, louro, alecrim, azeite, limão e vinho branco e deixe repousar até à hora de colocar no forno. Comece o recheio levando um tacho ao lume com azeite, cebola e alho picado e cenoura aos pedacinhos. Junte um peito de peru e entremeada de porco picado e frite levemente. Retire do lume, junte chouriço picado, castanhas partidas, azeitonas e tempere com sal e pimenta. Reserve no frio. Contando que o assado deverá demorar entre 2 a 3 horas no forno, quando achar oportuno, coloque num tabuleiro cebolinhas, batatinhas, cenouras e junte por fim o peru com o recheio e composto como inteiro (segure com palitos ou paus de espetada se necessário). Regue com a marinada e leve ao forno. Se começar a ficar tostado antes de estar totalmente assado, cubra com pelicula de alumínio. Acompanhe com grelos salteados com alho e broa e um arroz branco com milho. Entretanto abra e sirva um bom vinho tinto, um vinho encorpado de carácter mineral.

um individualmente e a todos em grupo. Neste sentido, a restauração não é excepção e, integrados nesse debate de práticas individuais de sustentabilidade, foi proposto aos alunos elaborar uma ementa temática de Natal. Pretendemos tradição e inovação, alegria, elegância e simplicidade, abundância e sustentabilidade… Começam a surgir ideias, partilhamos e debatemos e, por fim, chegamos a acordo: vamos preparar uma sugestão para a noite de Natal!

Aperitivos e amûse-bouche • Tostinhas com queijo de cabra fresco esmagado e envolvido com doce de ameixa salpicado com cebolinho • Salmão fumado enrolado com rúcula em bread stick salgado aromatizado com vinagre balsâmico Entrada • Salada fria de bacalhau com grão, cebola-roxa e croûtons de broa Prato principal • Peru recheado assado no forno com cebolinhas, batatas, cenouras e acompanhado com grelos salteados com alho e broa e arroz branco com milho. Fotos DR

Cristina Agostinho

Cumprindo o propósito deste espaço de partilha de saberes e experiências gastronómicas, esta edição de Natal conta com a especial colaboração dos alunos do 3.º ano do Curso Técnico de Restauração – variantes cozinha/ pastelaria, pastelaria/padaria e restaurante/bar – da Escola de Hotelaria de Fátima, INSIGNARE – Associação de Ensino e Formação. As actuais premissas de sensibilização da consciência ambientalista integram várias áreas, nomeadamente profissionais, responsabilizando cada

Uma re cozinhar nfeição não é apena s in ão Uma refe é apenas confecc gerir alimentos, ionar uma ição será sempre qu u r e cozinha m momento de par efeição. r for um a t cto de am ilha or!

Sobremesas • Ananás Caramelizado Descasque um ananás. Faça uma calda com partes iguais de água e açúcar e junte um pau de canela. Coloque o ananás num tabuleiro de ir ao forno, regue com a calda e leve ao forno a 180ºC durante 1 horas, regando de vez em quando com a calda. • Semifrio de citrinos Misture 1 litro de natas com 200g de açúcar em pó. Adicione 500g de mascarpone e sumo de uma lima, um limão e uma laranja bem como as respectivas raspas. Adicione 6 folhas de gelatina amolecidas. Prepare uma gelatina para colocar no meio do creme com 250g de mel, sumo dos três citrinos, 2 colheres de sopa de

Sobremesa e doces • Ananás caramelizado • Semifrio de citrinos • Gelado de frutos silvestres • Mousse Soufllée mi-cuite au chocolat • ... e mais: sonhos, rabanadas, bolo-rei, tronco de Natal... leite condensado e 3 folhas de gelatina. Ferva tudo e coloque num molde a congelar. Prepare a base com bolachas de gengibre, manteiga e pistácios (triturados). Numa forma própria para semifrio coloque a base, a gelatina ao meio e encha com o creme. Leve ao frio e decore a gosto. • Gelado de frutos silvestres Comece por colocar os frutos (200g de amoras, framboesas, mirtilos…) num recipiente, junte-lhes 100g de açúcar e umas gotas de essência de baunilha. Com a ajuda de uma colher de pau, vá esmagando os frutos até a maior parte da fruta estar transformada numa polpa líquida. Entretanto, num recipiente à parte, bata muito bem 100ml de natas, junte 100ml de leite e a polpa de frutos. Misture tudo muito bem. Leve ao congelador e espere até se começarem a formar cristais de gelo. Retire e bata com um garfo ou uma batedeira, até quebrar todo o gelo. Ponha de

novo no congelador mais por 2 as 3 horas, retirando de meia em meia hora para bater e desfazer os cristais de gelo. • Mousse Soufllée mi-cuite au chocolat Derreta 150g de chocolate com 80g de manteiga em banho-maria. Com muito cuidado adicione 5 gemas de ovo. À parte bata em castelo 5 claras de ovo com 100g de açúcar em pó. Envolva delicadamente as claras batidas com a mistura de chocolate derretido. Unte taças individuais de ir ao forno com açúcar em pó e coloque o preparado. Leve ao forno a 180ºC durante 3 minutos. Sirva quente com uma bola de gelado de frutos silvestres. • ...e mais Faça a sua escolha de sobremesas e acompanhe com uma Colheita Tardia branca bem fresquinha. Por fim, terminamos a refeição com um café, ou chá, colocando na mesa ainda: sonhos, rabanadas, tronco de Natal e bolo-rei. Não esqueça de oferecer uma boa escolha de digestivos e aguardentes… Bon appétit e Bom Natal, mes chers!


30 •

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

história

. história .

. curiosidades

dopassado.#19

Saul António Gomes Historiador

Lendas da Batalha - 3

Joaquim Santos Jornalista e investigador

Cortes na estrada do Reguengo originaram presos políticos de Leiria A prisão de cidadãos de Leiria e da Batalha que eram suspeitos de envolvimento no movimento revolucionário, nos cortes de fios telegráficos e da estrada do Reguengo, fez com que existissem presos políticos. A 24 de Julho de 1928, o jornal “A Semana de Leiria” quis ir saber como estavam estes prisioneiros, entrevistando o Comissário de Polícia. “Presos políticos – A’s 16 horas de ontem tivemos com o Exma. Comissário de Polícia, o seguinte diálogo: - O que poderemos noticiar sôbre os presos políticos de Leiria? - Nada. Conservam-se ainda incomunicáveis. - Poderemos, ao menos, informar os nossos leitores sôbre o motivo a que obedeceram as prisões? - Sim senhor. Suspeita de estarem envolvidos no último movimento revolucionário e de terem responsabilidades nos cortes de fios telegráficos e da estrada do Reguengo. - Mais nada? - Mais nada. Logo que se apure tôda a verdade o público será devidamente informado. - Até quando será mantida a incomunicabilidade? - Depende dos presos se resolverem a falar. Seguimos, já de resto, uma pista que deverá abreviar as investigações.” Autor desconhecido, (1928, 24 de Julho, n.º4), Presos políticos, A Semana de Leiria, p.1 PUB

Vários episódios revelavam a cobiçosa natureza humana. O derrube da bandeira castelhana foi reivindicado diante de D. João I, que “se sorrio sem dizer nada”, por Antão Vasques de Almada, que se embrulhou nela e foi bailar assim para diante do monarca, e por Lourenço Martins do Avelar. Muitos havia que se ufanavam de terem salvo a vida do rei português, aparando-lhe o golpe fulminante que contra ele desferira o cavaleiro Sandoval, posto que D. João I tenha reconhecido o feito ao escudeiro Martim Gonçalves de Macedo. Heróica morte teve o português que perseguiu o rei castelhano e, alcançando-o em Chiqueda, onde o agarrou, pagou com a vida tal ousadia. Aí estava um honrado cavaleiro castelão que decidiu regressar ao campo da batalha para morrer ao lado dos seus. Um outro cavaleiro castelhano deixou-se prender por um pajem, preferindo ser preso por ele do que morto pelo melhor PUB

homem de armas. Muitos chegavam-se a D. João I, também, para lhe avocarem mercês e retribuições. E o rei mostrava-se generoso e dadivoso. Uma história curiosa foi a do aldeão dos Palmeiros, homem de uns 40 anos de idade, que combateu por Portugal, valente e esforçado, usando uma espada curta e uma besta de garrucha. Com ela matara alguns castelhanos e “por façanha com sangue delles se emlabusou, e untou todo, e assi emlabusado com o sangue se foi diante donde elRey esta[va], desendo: - Senhor aqui tendes quem vos matou vossos ymigos e nossos. E desto pesso-vos que me façais mercês. ElRey lhe disse, rindo: - Que quereis, homem honrado ? - Eu, Senhor, nom quero mais que me façais mercê de todos os matos e terras devolutas que esta minha besta com hum tiro alcançar de huma e outra parte daquelle oiteiro, que nam tem dono, e sam matos. E os

de Leiria me empedem, os do governo, que os nom rompa. E o que digo o de ser de quatro virotoins, que eu tirar cada hum para sua parte. ElRey falando com os seus lho concedeo. Elle se foi ao logar donde agora chamam Mouratos, que antam nom avia mais que um casal. Tambem eram matos as terras onde se chama oje os Cancellos [Cancelas]. Todas estas terras, de quatro tiros, que tirou do dito outeiro. O melhor hé a terra dos vinhos, que tudo era seu e agora está repartido em differentes herdeiros, assi por herança, como por via de venda. E ahi nom entrava almotacel. E toda a gente que daqui procede se chama da geraçam dos Besteiros, que oje ainda há pello termo.”


história • 31

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

. história . Miguel Portela Investigador

APÊNDICE DOCUMENTAL DOCUMENTO 1

1753, dezembro, 28, Coimbra – Contrato de obrigação que fez o reverendo doutor Manuel Rodrigues Teixeira, tesoureiro-mor da Catedral de Coimbra e o arquiteto António Joaquim de Freitas para a obra da Capela da invocação do Santíssimo Coração de Jesus e Senhora do Amparo em Maçãs de Dona Maria. Arquivo da Universidade de Coimbra, Cartório Notarial de Coimbra, Livro de Notas n.º 9 [1753-1755], do notário Manuel Francisco dos Santos, Dep. V-1ªE-8-5-79, fls. 112-113v. Fora hum. Escriptura de obrigasão que fas António Joachim de Freytas, Arquiteto asistente

Capela da invocação do Santíssimo Coração de Jesus e Senhora do Amparo em Maçãs de Dona Maria. nesta cidade ao Reverendo Doutor Provizor da mesma e seu Bispado. Saibam quantos este publico instromento de contracto e obrigasam e aseitasam ou como em Direito melhor dizer se possa virem que sendo no anno de mil setecentos sincoenta e tres aos vinte e outo dias do mes de dezembro do dito anno nesta cidade de Coimbra e cazas da rezidencia do Reverendo Doutor Manoel Rodrigues Teixeira, Thezoureiro Mor da Catedral desta mesma cidade, Provizor deste Bispado aonde eu Taballião vim chamado por Destrebuisão para o cazo deste instromento e me consta do bilhete do Destrebuydor do theor seguinte: § A. Santos // Obrigasam que fas António Joachim de Freytas asistente nesta cidade ao Reverendo Doutor Provizor desta cidade e Bispado em quinze de dezembro de setecentos sincoenta e tres. Destrebuyda no Livro a folhas sesenta e outo versso // [fl. 112v] Versso // Carvalho // E não se continha mais em o dito bilhete que aqui copiei na verdade do próprio a que me reporto ahy estando elle prezente de huma parte e da outra o dito António Joachim de Freitas, solteiro, Arquiteto de Obras, natural do Couto e lugar de Verride, junto a Monte Mor o Velho e morador na Couraça de Lisboa desta dita cidade, ambos pessoa conhecidas de mim Taballião de que dou feé serem os próprios. E logo pelo mesmo Reverendo Doutor Manoel Rodrigues Teyxeira foy dito na prezensa das testemunhas no fim desta nota asinadas que elle por devosam sua detriminava eregir huma Cappella com a invocasam do Santicimo Corasão de Jezus e da Senhora do Emparo na villa de Masãns de Dona Maria junto as cazas do demecillio de seu sobrinho Joze António Alveres Pimentel Teixeira, Cappitão Mor das Sinco Villas de Chão de Couce sendo feita com seu fronteespicio, patim, lagiamento, simalha, tabollamento, Sanchristia, Campanário e mais sircunstancias figuradas no risco e planta da dita obra que se acha em quatro estampas, huma da planta planta [sic] e outra da elevarsam e frontespicio outra chamada configurasão na qual está a forma do dito Campanario, e outra que contem as formas das jenellas, portas emtrioures, simalha e tachourros para o couro como também declaradas em dous papeis de apontamentos ambos asinados com as ditas quatro estampas por elle Reverendo Doutor Provizore e o dito António Joachim de Freytas cujos sinais sendo por mim vistos nos mesmos papeis de apontamentos e estampas eu Taballião reconhesso por serem feitos na minha prezensa com o qual António Joachim de Freytas outrosim dise tinha ajustado fazer este a mesma obra toda pelo que toqua a pedreiros correndo

também por sua conta todos os matriais e toda a mais despeza exceto andaymes e abertura de aliserses como tudo melhor se declara nos ditos apontamentos e isto em presso de trezentos mil reis a saber doze moedas de quatro mil e outocentos reis cada huma pagas a factura desta escreptura e o mais satisfeito por partes asim como for cresendo a obra e a proporsam della em forma que chegando ao meyo se complecta a metade do dito presso e para o fim da mesma fique a intrega de sem mil reis sendo primeiro vista e aprovada a tal obra a custa do dito António Joachim de Freytas por mestre perito e dezemteresado que elegerá elle dito Reverendo Doutor Provizor e concorrendo mais a sercunstancia de que o mesmo Arqueteto háde principialla nos princípios de abril do anno próximo feturo de mil setecentos e sincoenta e quatro e dalla perfeitamente conclu- // [fl. 113] Concluyda na sobedita forma athé o fim de agosto do mesmo anno com cominasão de que não a fazendo asim ficara perdendo o dio ultimo pagamento de sem mil reis e poderá elle Reverendo Doutor Provizor fazella e acabar e aprefeisoar na mesma forma por quaisquer Mestre e Offeciais que lhe pareser a custa do dito António Joachim de Freytas de quem somaria e executariamente haverá a importância da despeza e de toda a perda que lhe rezultar de elle a não concluhir no dito tempo e o mesmo Reverendo Doutor Provizor ou qualquer de seos herdeiros ou susesores se fallecido for declarar por seu juramento sem dependência de mais liquidasão alguma com as quais clauzullas e condessõis todas estava celebrado o dito contracto que o mesmo Reverendo Doutor Provizor dise se obrigava comprir por sua

pessoa e rendas na parte que lhe tocava e em vertude delle logo na minha prezensa e das ditas testemunhas contou as referidas doze moedas de quatro mil e outocentos reis cada huma e entregandoas ao dito António Joachim de Freytas este as recebeo dadose por satisfeito dellas como também confesando haver pela sua parte celebrado o referido contracto asim e na mesma forma que aqui ficava exposto por cujo motivo também pela parte que lhe tocava pormetia comprillo e dar satisfasão a elle a todas as suas clauzullas e condissõis por sua pessoa e todos seos bens e o melhor e o mais bem parado delles asim em geral como em especial pormetendo mais nunqua a impregnar ou contradizer por modo algum ainda na mais leve clauzulla ou sircunstancia em Juizo ou for a delle no qual chegando a ser demandado ou algum de seus herdeyros ou sucessores por laguma couza que diga respeito ao dito contracto não será ouvido com requerimento algum sem primeiro depozitar na mão do mesmo Reverendo Doutor Provizor ou de seus herdeyros ou sucessores que ententarem acção toda a quantia que nesta lhe for pedida a qual clauzulla depozitaria eu Taballião escrevy de comsentimento do dito António Joachim de Freytas que depois de lha explicar dise munto bem entendia declarando alem disto que sobre qualquer acção ou requerimento ao mesmo fim se obrigava responder no Juizo Geral desta cidade ou no Ordinario da dita villa de Massans de Dona Maria ou em qualquer outro que elegese o Reverendo // [fl. 113v] o Reverendo Doutor Provizor ou qualquer de seus herdeyros e sucessores para o que dise renunciava o Juis de seu foro e quaisquer privellegios ou exzecusõis que por qualquer modo posam competirlhe e queria que em tudo se prosedese contra elle ou seos herdeiros e sucessores a maneira das dividas reais vindo a concluhir que pelo melhor modo de Dieirito se sugeitava a todas as clauzullas e condessõis desta escriptura que ultimamente dise o mesmo Reverendo Doutor Provizor aseitava em geral e especialmente a depozitaria declarando mais ambos juntos que as estampas referidas ficavão em poder do dito António Joachim de Freytas que parante mim e as ditas testemunhas as resebeo juntamente com hum dos ditos dous papeis de apontamentos ficando o outro na mão do dito Reverendo Doutor Provizor para ambos se regularem pelas tais estampas e apontamentos e a vista delles se rever a dita obra e que para prova de que o mesmo António Joachim de Freytas fose mais resebido alem das ditas doze moedas de ouro bastaria mostrarse recibo particular asinado por elle e por duas testemunhas ou ainda por elle somente de que tudo mandarão fazer este instromento neste meu Livro de Notas em que elles asinarão

de que pedirão e consederão hum deste theor e os mais que desta comprirem que aseitarão e eu Taballião como pessoa publica estepulante e aseitante o estepulei e aseitei em nome de quem tocar tanto quanto em Direito posso e devo e a tudo forão testemunhas prezentes o Padre Manoel do Espirito Santo e Souza e o Padre Jozé Ribeiro da Gama ambos moradores nesta cidade na freguezia do Salvador da mesma que todos aqui asinarão depois que este lhe foy lido por mim Manoel Francisco dos Santos Taballião o escrevy. (a) Manoel Rodriguez Teyxeira (a) António Joaquim de Freitas (a) O Padre Manoel do Espirito Santo e Souza (a) O Padre Jozé Ribeiro Gama

DOCUMENTO 2

1755, setembro, 6, Coimbra – Auto de requerimento que fez o reverendo Manuel Rodrigues Teixeira, provisor e tesoureio-mor da Sé Catedral de Coimbra para bênção da sua capela que mandou erigir junto às casas de seu sobrinho José António Almeida Pimentel Teixeira em Maçãs de Dona Maria. Arquivo da Universidade de Coimbra, Cabido e Mitra da Sé de Coimbra, Instituições Pias, Capelas, Caixa n.º 12, Dep. III-1.ºD-6-3-12, documento n.º 19, fls. 1-2v. Massãns de Dona Maria. Autos de licença da Cappella que pede o Reverendo Manoel Rodrigues Teyxeyra Provizor deste Bispado cuja Cappella erigio na villa de Massães de Donna Maria. Camera Anno de Nascimento de Nosso Senhor Jezus Christo de mil setecentos sincoenta e sinco annos aos seis dias do mes de septembro do dito anno nesta cidade de Coimbra e no Cartório da Camera Eclesiastica. // [fl. 1v] (fólio em branco) // [fl. 2] A dita licença da Camera com a escritura se passe Comissão para o Reverendo Parocho benzer a Cappella mencionada, e declarar e poder celebar na mesma o Santo Sacrificio da Missa, prestando primeiro o dote para o termo na forma do stillo: Para a parte de Chancelaria que nos toca: Passo 5 de setembro de 1755. (a) Andrade Excelentissimo e Reverendissimo Senhor Diz Manoel Rodriguez Teixeira, Provizor de V. Excelencia, e Thezoureiro Mor na sua Cathedral, que o supplicante com approvaçam verbal de V. Excelencia, erigio huma Cappella na villa de Massãas de D. Maria, junto das cazas, em que vive seu sobrinho Jozé António Alvarez Pimentel Teixeira, Cappitão Mor das 5 Villas, e para a fabrica della a tem dotado com os bens de raiz de superabundante rendimento, que constão da escriptura junta: E porque se acha decente, e hé da Invocaçam, do Santissimo Corassão de JESVS, e de Nossa Senhora do Amparo. Pede a Vossa Excelencia se digne mandar que autuada, se tome também por termo ao supplicante o ditto dote, ao que satisfeito se passe licensa dirigida ao Reverendo Parocho, para benzer a ditta Cappella, e se poder nella celebrar, paga a Chancelaria,

DR

Em 28 de dezembro de 1753, foi lavrada em Coimbra, uma escritura de contrato e obrigação da obra da capela da invocação do Santíssimo Coração de Jesus e Senhora do Amparo em Maçãs de Dona Maria que fez o reverendo doutor Manuel Rodrigues Teixeira, tesoureiro-mor da Catedral de Coimbra a António Joaquim de Freitas, “Arquiteto de Obras, natural do Couto e lugar de Verride, junto a Monte Mor o Velho e morador na Couraça de Lisboa desta dita cidade” (doc. 1). Pelo reverendo Manuel Rodrigues Teixeira foi dito que, por devoção, mandava edificar uma capela em Maçãs de Dona Maria junto às casas de seu sobrinho José António Alveres Pimentel Teixeira, capitão-mor das Cinco vilas de Chão de Couce. Esta capela compreendia o seu frontispício, patim, lajeamento, cimalha, sacristia e campanário entre outras condições constantes na planta e nas quatro estampas feitas pelo referido arquiteto. António Joaquim de Freitas afirmou, nesta escritura, que “tinha ajustado fazer este a mesma obra toda pelo que toqua a pedreiros correndo também por sua conta todos os matriais e toda a mais despeza exceto andaymes e abertura de aliserses como tudo melhor se declara nos ditos apontamentos”, tudo “em presso de trezentos mil reis a saber doze moedas de quatro mil e outocentos reis cada huma pagas a factura desta escreptura e o mais satisfeito por partes asim como for cresendo a obra e a proporsam della em forma que chegando ao meyo se complecta a metade do dito presso e para o fim da mesma fique a intrega de sem mil reis”. A obra foi executada em cinco meses tendo sido iniciada em abril de 1754 e concluída em agosto desse mesmo ano. Em setembro de 1755, o reverendo Manuel Rodrigues Teixeira requereu à Câmara Eclesiástica de Coimbra licença para benzer esta sua capela que mandara erigir e que se encontrava terminada (doc. 2). Esta capela encontra-se hoje restaurada (2019), exibindo ainda o seu esplendor barroco, digno de ser visto, sendo uma das poucas obras subsistentes do arquiteto António Joaquim de Freitas na diocese de Coimbra. Fazemos votos para que no próximo ano se celebrem com pompa e circunstância os 265 anos da edificação desta capela.

DR

António Joaquim de Freitas, arquiteto da capela da invocação do Santíssimo Coração de Jesus e Senhora do Amparo, em Maçãs de Dona Maria

Vista sobre a parede da antiga casa do capitão José António Alveres Pimentel Teixeira e da capela da invocação do Santíssimo Coração de Jesus e Senhora do Amparo.

Espera Real Mercê // [fl. 2v] (fólio em branco)


32 •

sugestões de leitura

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

Morri ontem

Paulus Editora . Espiritualidade . Orações do Papa Francisco Darlei Zanon( org.)

Este livro traz uma colectânea de orações que o Papa Francisco compôs nas mais diversas visitas e com várias intenções. Diz ele: “Jesus, na oração, não quer apagar o humano, não o quer anestesiar. Não quer que moderemos as perguntas nem os pedidos, aprendendo a suportar tudo. Pelo contrário, quer que cada sofrimento, qualquer preocupação, se projecte rumo ao céu e se torne diálogo”.»

Bênçãos para a família no Natal e Ano Novo Martín Alberto Sepúlveda Mora

«Esta é a grande missão da família: deixar lugar a Jesus que vem, acolher Jesus na família, na pessoa dos filhos, do marido, da esposa, dos avós… Jesus está aí. É preciso acolhê-l’O ali, para que cresça espiritualmente naquela família.» – Papa Francisco.

Vamos a Belém Dário Pedroso, sj

A realidade globalizante e consumista tornou o Natal, antes uma vivência cristã intensa e religiosa, num produto vendável e comercial. Deixou de ser a natalidade de um Deus-Homem para ser um tempo de festas pagãs, consumo desenfreado e, sem dúvida, desprovido de qualquer ligação cristã, e muito menos católica. É preciso, caros leitores e leitoras, voltarmos os nossos corações à mensagem cristã, e se quisermos fazer verdadeiramente uma guerra cultural e de volta às fontes, temos de estar sensíveis ao Evangelho, ao Magistério e aos valores cristãos.

Evangelho lido na tradição Cristã – Ano A Pablo Cervera Barranco

Neste livro, Pablo Cervera Barranco recolhe alguns textos da tradição cristã, desde os Padres da Igreja até autores actuais, com comentários ao Evangelho para o ciclo litúrgico A, que iniciámos neste Advento, seleccionando os Evangelhos de acordo com a sua pertinência litúrgica.

Portugal, convoco-te para a missão! D. Manuel Linda

Este livro é um convite a «reavivar o dom de Deus» (Tm 1,6) em cada filho e filha da Igreja. Os textos apontam para uma tomada de consciência «de uma Igreja em saída» e do «dinamismo missionário que crescerá tanto mais no interior das nossas Igrejas diocesanas quanto se reforçar no exterior e vice-versa. O que importa é que todos assumam a sua condição de baptizados. Porque inerente a ela está a dimensão de evangelizador. É esta tomada de consciência que confio à protecção materna de Nossa Senhora, “estrela da nova evangelização”». – D. Manuel Linda.

João Aguiar Campos

O homem que acusou Deus

- Um advogado criminal no mundo secreto do Opus Dei Pedro Guerreiro Cavaco

Esta história relata o dia-a-dia conturbado de um advogado. Ricardo Medeiros não é um advogado qualquer. Ele é o melhor advogado criminal do país, solicitado pela elite política, temido por advogados e magistrados. Todos, sem excepção, o temem. A sua fama não tem limites, tal como o seu mau feitio e preconceitos contra a Igreja. Casado com uma médica católica e tendo como sócio um supranumerário do Opus Dei, vive o drama diário de confrontações familiares e profissionais em torno da religião. O seu casamento está por um fio e o ambiente no escritório insuportável. Sem o querer, as suas circunstâncias pessoais e profissionais vão levá-lo para dentro dos muros secretos do Opus Dei. Conseguirá Ricardo Medeiros, o mais temido dos causídicos, manter-se afastado da teia que o rodeia?

Pedro, o protótipo do discípulo-missionário David Palatino

Subindo para um dos barcos, o que era de Simão, pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra. Sentado, ensinava as multidões a partir do barco. Quando acabou de falar, disse a Simão: «Afasta-te para águas profundas e lançai as vossas redes para a pesca.» Respondendo, Simão disse: «Mestre, afadigámo-nos toda a noite sem apanhar nada; mas na tua palavra lançarei as redes.» (Lc 5, 3-5). Como o padre David acentua, tudo parte do olhar de Jesus. Sobre os circunstantes em geral e sobre Pedro em particular. Neste movimento preciso, que vai de todos para um, para prosseguir de um para todos. Nesta característica do olhar de Jesus reconhecemos o próprio olhar de Deus, como em nós incide e de nós se projecta, hoje como então. – Prefácio, D. Manuel Clemente.

Natal Todo o Ano João César das Neves

Lucerna

O economista João César das Neves apresenta neste livro, sob a forma de pequenos relatos e reflexões, os diferentes tempos litúrgicos e solenidades do ano cristão, sempre reflectidos em ligação ao tempo do Natal. A leitura e interpretação que perpassam são pessoais, cristãs, de testemunho, por vezes com salpicos de humor, para uma conclusão simples: a de que o Natal é, afinal, todo o ano, porque a participação de Jesus no quotidiano dos cristãos começou no Natal e prolonga-se todo o ano na Eucaristia. “Por tudo isto, o Natal é a minha festa. Por tudo isto, o Natal é uma festa todo o ano. Porque todas as festas do ano estão, de alguma maneira, no Natal. O Natal é realmente todo o ano. Porque a única coisa que é comum a todo o ano é a estrebaria, a estrebaria onde Deus está sempre presente, por causa do Natal”, sublinha o autor no Prefácio. A obra integra um conjunto de escritos inéditos; outros textos da colectânea tiveram versões preliminares já publicadas, boa parte delas na coluna “Não há almoços grátis”, publicada no Diário de Notícias entre 1992 e 2018.

O Tempo do Natal

Celebramos com a Igreja a Proximidade

O inquietante mistério

Inos Biffi

Os escritos encontrados neste livro são expressões do amor pastoral do Pe. Paulo Borges Vaz, da diocese de Mindelo, Cabo Verde, ao povo, a Cristo, a Maria e à Igreja. Os textos ilustram as várias etapas da produção teológica e pastoral do presbítero, preparados para conferências, retiros e pregações. Possuem o «cheiro de ovelha» de um pároco, a «experiência de alma» de um pregador e o zelo apostólico de um homem de Deus. O fio condutor da leitura é sempre o inquietante mistério que nos foi revelado: o Filho de Deus encarnado e manifestado na história para a libertação plena e definitiva da pessoa humana.

Neste livro de bolso estão reunidas meditações de Inos Biffi, teólogo italiano e um dos professores mais conceituados no pensamento de São Tomás de Aquino. Partindo dos textos litúrgicos do tempo do Natal, o autor apresenta instrumentos para melhor compreender e viver de forma mais plena cada encontro ou celebração. Trata-se de um elemento-chave para a pastoral em geral que, segundo o Papa, deve dar prioridade a ocasiões de reflexão e meditação. Num primeiro momento, faz-se uma introdução aos principais conceitos teológicos do nascimento humano do Filho de Deus. Depois, comentam-se mais especificamente os significados das celebrações do Natal, de Maria Mãe de Deus, da Epifania e do Baptismo do Senhor.

Paulo Jorge Vaz

Paulinas

O mais recente livro do cónego João Aguiar Campos transporta o leitor para profundas reflexões sobre a morte, o desejo de viver e o valor das amizades. “É uma reflexão sobre a amizade dos simples e dos que permanecem, dos que estão lado a lado sempre, mesmo depois do prestígio e poder”, diz o autor. Mas, apesar da densidade dos temas, é um livro alegre e cheio de esperança, “porque quando termina o tempo que temos de vida, o que está para a frente nunca mais acaba”. O mesmo considera o arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga: “O que mais me impressiona, além da qualidade literária e de uma veia poética é uma literatura alicerçada nos sentimentos, e a partir de uma vida, da sua sensibilidade muito devidamente construída, que o faz escrever de modo totalmente diferente. Da sua escrita passa a vida neste momento, onde a dor e sofrimento o acompanha, mas ele mostra que o mais importante é a esperança”.

Teologia como resistência

Texto: António Marujo Fotos: António Pedro Ferreira

Univ. Católica Portuguesa

Por definição, a Teologia é o “estudo de Deus”. Mas a sua reflexão não é sempre, nem maioritariamente, um exercício filosófico ou dogmático. Na verdade, o seu “papel e lugar” por excelência é a experiência humana, onde Deus Se revela. Os jornalistas António Marujo e António Pedro Ferreira aceitaram o desafio de o comprovar, procurando resposta a questões como: “Pode a Teologia deixar marcas em carne viva – um dedo atingido por uma máquina, uma doença tropical, a morte de um pai? E pode ela ajudar a exercer um mandato autárquico, gerir fluxos financeiros, jogar melhor futebol, colocar questões à nossa humanidade? Ou, no fundo, ela não serve para nada?”. Para isso, fotografaram e falaram com quatro dezenas de antigos e actuais alunos e professores da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, que edita a obra no contexto celebrativo dos 50 anos desta Faculdade. O exercício é fascinante e o resultado também: uma excelente proposta de leitura, em linguagem actual e descodificada, ao alcance do leitor comum.

Uma Vida Perfeita Danielle Steel

Bertrand Editora Aos 47 anos, Blaise McCarthy é uma brilhante jornalista televisiva que parece ter tudo: beleza, inteligência e coragem. Mas, por trás desta imagem triunfante, há outras coisas que guarda consigo… Do seu segundo casamento, teve uma filha, Salima, que ficou cega por causa da diabetes. Esta vive durante todo o ano numa instituição especializada, o que permite a Blaise concentrar-se na sua carreira. Porém, um imprevisto determina que Salima tenha de voltar para casa da mãe. Os mundos, pessoal e profissional, de Blaise colidem e os seus segredos mais bem guardados ficam expostos. De repente, a sua vida deixa de ser perfeita e torna-se real. Mãe e filha juntas serão capazes de enfrentar um mundo que não conseguem controlar?

O Valor Económico do Futebol Distrital Manuel Mendes Nunes

Associação de Futebol de Leiria O professor e desportista Manuel Mendes Nunes, actual presidente da Associação de Futebol de Leiria, apresentou no passado mês de Outubro mais uma obra sobre a realidade desportiva e associativa, sobretudo neste distrito. Este não é um livro de opiniões ou palpites, mais sim de números, estatísticas, dados concretos da vida dos clubes e atletas leirienses, que aponta caminhos para uma reflexão séria sobre investimentos, apoios, rendibilidades e outros dados económicos que o futebol faz movimentar. Como referem no prefácio Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, e Júlio Vieira, director da FPF e ex-presidente da AFL, trata-se de um estudo científico bem estruturado e que poderá alargar o horizonte das suas conclusões a toda a realidade do futebol nacional, a mais importante modalidade desportiva em termos sociais e económicos do País. Por outro lado, com a mesma fundamentação, vem sublinhar a necessidade de uma análise aprofundada do tema a nível nacional, dado o impacto financeiro deste sector, ainda por estudar convenientemente. Este livro é também uma viagem pela história e pela actualidade da vida dos clubes leiriense, feita de lutas, superação de dificuldades e sucessos conquistados a pulso.


sugestões de leitura • 33

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

Porque pensamos o que pensamos

– filosofia em três penadas Alain Stephen

Círculo de Leitores Já alguma vez deu por si sozinho frente a frente com os seus pensamentos? Já alguma vez se interrogou se o copo estava meio cheio ou meio vazio? Questiona-se sobre o que é a verdadeira felicidade e como alcançá-la? Ou se calhar nada importa verdadeiramente se tudo for apenas uma ilusão ou um sonho? Estas são algumas das questões centrais da reflexão filosófica que ocuparam e perturbaram alguns dos maiores pensadores ao longo da história, provocando discussões e debates numa tentativa de alargar os horizontes do pensamento. O autor procura explorar algumas destas questões essenciais, recuando às origens da filosofia nos escritos de pensadores proeminentes, das colunatas da Grécia antiga aos cafés onde se reuniam os intelectuais do século XX francês, e mostra-nos como estas ideias foram evoluindo.

A Escrita da História José Mattoso

Círculo de Leitores Ao longo dos anos, José Mattoso partilhou o seu saber, para se juntar «à sinfonia da História». Os textos reunidos nesta nova edição do livro “A Escrita da História”, desenvolvem temas como a construção crítica do texto historiográfico, a contemplação, a geografia histórica, a iluminura, o milenarismo ou o ensino da História. «Quando me decidi a reunir o conjunto de conferências que aqui publico, não pude reprimir um certo sentimento de surpresa pela dimensão que estes textos teóricos e metodológicos rapidamente alcançaram. É verdade que sempre me interessaram os problemas do método. Mas os da teoria nunca deixaram de me incomodar e de suscitar em mim uma sensação de insegurança. Eis-me agora, inesperadamente, a ousar abordá-los para responder a solicitações concretas de instituições, de grupos ou de amigos. Faço-o com a sensação de me aventurar involuntariamente por caminhos alheios, de ceder a quem me pede para reflectir sobre o que escrevo, apesar da minha aversão às teorias, e bem consciente dos riscos de me deixar enganar por uma certa falta de referências filosóficas suficientemente seguras.»

Últimas notícias do Sapiens Silvana Condemi François Savatier

Círculo de Leitores Uma paleontóloga e orientadora de investigação e um jornalista juntaram-se para nos trazer as “Últimas notícias do Sapiens”. O Homo sapiens é, decididamente, uma espécie curiosa. Pensava-se que tivesse aparecido algures na África Oriental há 200 mil anos e eis que a sua presença é detectada muito antes e em todo o continente. Julgava-se que saíra do seu berço há 80 mil anos, até se terem descoberto, na China, fósseis muito mais antigos. Além disso, a genética mostrou que há 400 mil anos partilhávamos o planeta com outras três espécies do género Homo, hoje desaparecidas e com as quais nos miscigenámos! É, pois, urgente fazer o ponto da situação relativamente aos nossos antepassados e ouvir as últimas notícias do Sapiens. Dos australopitecos ao Neolítico, os autores contam-nos a fascinante saga de um estranho primata, transformado para todo o sempre pela evolução e pelo nosso bem mais precioso: a cultura.

Grande Almanaque Português Guerra e Paz, Editores

Testemunho do passado por fazer o inventário de datas – feriados, festas, feiras – e por fazer o inventário dos saberes, dissertando sobre a fauna, a flora, as artes, e o artesanato, derramando sobre o leitor mil curiosidades. Prova de confiança no futuro, por ajudar o leitor a preencher expectativas, anunciando quando se deve cultivar certas plantas, quando fará frio ou calor, que marés e luas aí vêm, num quadro de previsibilidade que diminui a incerteza e o desconhecido do futuro. Este é o almanaque do século XXI, fiel depositário de uma certa ideia de harmonia universal, pela qual os movimentos das estrelas, dos planetas, da Lua, das marés se encalçam aos movimentos da vida humana, dos amores, ao trabalho, passando pela fortuna. Este é o Grande Almanaque Português, aberto a um futuro que não nos atrevemos a adivinhar, mas que ajudamos a balizar.

Os Rumplings e a Super Comida Texto: Francisco Moreira Ilust.: Luís Frasco

Oficina do Livro

Já está nas livrarias o 2.º volume da colecção “Os Rumplings”, criada por Francisco Moreira e ilustrada por Luís Frasco, depois do sucesso do primeiro livro, “Os Rumplings e a Aventura dos Sabores”. Esta nova história parte da Grande Catástrofe, que foi o evento mais devastador da história dos Rumplings. Agora, no início de uma Nova Era, chegou o momento de sarar as feridas e de reconhecer que, juntos, eles não só sobreviveram como prosperaram. É altura de pensar no futuro e de assinalar a entrada da Era do Amanhecer com um grande banquete e festejo, mas também de criar algo simbólico e importante, que perdure e sirva como lembrança para as gerações futuras. Muitas ideias vão surgir, mas nem todas se vão concretizar e muitos desafios terão de superar. Qual será a ideia mais criativa e vencedora?

O País das Laranjas

Texto: Rosário Alçada Araújo Ilust.: Patrícia Furtado

ASA

Este romance de Rosário Alçada Araújo é inspirado no facto histórico que foi a vinda de 5500 crianças austríacas para Portugal após a Segunda Guerra Mundial, ao abrigo de um programa da Cáritas. Com apenas 10 anos, Martha parte para Portugal com o irmão Peter. Estamos em 1949 e a fome e o frio fazem parte do seu quotidiano, já que a Áustria, a sua terra-natal, é ainda um país destruído pela Segunda Guerra Mundial. Chegados a Lisboa, os dois são inesperadamente separados e Martha vai viver para a Covilhã, no seio de uma família abastada que a recebe com todo o amor e um conforto que nunca antes experimentou. Martha irá viver dias inesquecíveis, que ficarão para sempre guardados nas memórias da sua infância. Mas não poderá separar estes tempos de felicidade das recordações da guerra que traz consigo, das saudades do irmão e da mãe, da tristeza por não se lembrar das feições do pai e ainda de algumas peripécias que acontecem na casa onde agora vive. Quando o regresso à Áustria se aproxima, Martha vê-se obrigada a pensar em quem é realmente e a que lugar quer pertencer.

Asterix – A filha de Vercingétorix Texto: Jean-Yves Ferri Ilust.: Didier Conrad

ASA

Dois anos após “Astérix e a Transitálica”, os irredutíveis gauleses marcam de novo presença nas livrarias de cerca de 20 países, entre os quais a Lusitânia! “A Filha de Vercingétorix” é o fruto da quarta colaboração entre o argumentista Jean-Yves Ferri e o desenhador Didier Conrad, uma dupla que continua a imaginar novas aventuras, sempre inscritas no fabuloso universo criado por René Goscinny e Albert Uderzo. Este 38.º álbum revela-nos uma incrível descoberta: o célebre chefe gaulês Vercingétorix tem uma filha! E está em apuros: perseguida pelos romanos, vem refugiar-se no coração da célebre aldeia gaulesa, o único lugar na Gália ocupada que pode garantir a sua protecção. E o mínimo que se pode dizer é que a presença desta adolescente especial vai provocar múltiplos distúrbios inter-geracionais. Astérix e Obélix conseguirão salvar a rapariga e pôr ordem em todas as confusões?... Por Tutatis! Vamos descobrir!

Rapazinho

Lawrence Ferlinghetti

Quetzal

Quase a completar 100 anos, um reconhecido poeta e artista norte-americano, intimamente ligado à Geração Beat e à defesa da liberdade de expressão nos Estados Unidos, recebe a aprovação para publicação de um romance pelo seu não menos célebre agente de 98 anos. Podia ser ficção, mas é a realidade. “Rapazinho” é o romance que Lawrence Ferlinghetti publicou no ano em que completa 100 anos – a 24 de Março fará 101 –, um livro que recebeu aprovação imediata do seu agente, Sterling Lord, que conta com 98 anos. Parte autobiografia, parte recordação dispersa, parte torrente de linguagem e sentimento, e sempre com o tom mágico da escrita de Ferlinghetti, este é o derradeiro testemunho e testamento literário do maior poeta da Geração Beat. No livro há reminiscências biográficas e profecias sobre o que podemos esperar da vida no futuro. “Rapazinho” é uma fonte de conhecimento literário com alusões ao mundo e à vida literária do autor, à sua geração, erros e descobertas – e um convite ao maravilhamento. Um romance leve, luminoso e destinado a recordar o mundo como ele devia ser.

O Papagaio de Flaubert Julian Barnes

Quetzal

Médico reformado e viúvo, Geof-frey Braithwaite viaja até Rouen, em França, para descobrir mais sobre o escritor Gustave Flaubert. Uma obsessão que o leva numa peregrinação que tem tanto de irónica quanto de filosófica e cujo ponto de partida é o papagaio embalsamado que serviu de modelo a Flaubert durante a escrita de um dos seus romances. Aquilo que seria apenas uma viagem de reconhecimento, transforma-se numa lição sobre os defeitos, manias, tiques insuportáveis, vaidades e medos do escritor (e de todos os escritores), da sua história de amor com Louise Colet e até do próprio casamento de Geoffrey Braithwaite com a falecida Ellen. Publicado pela primeira vez em 1984, este é um romance magistral sobre o que falha e o que não tem sentido na vida, sobre os segredos que a rodeiam e que lhe dão sentido. Tudo para concluir que a vida verdadeira é a vida que vem nos livros. Porque é a única que se pode interrogar.

Porque voam os balões e caem as maçãs – as leis que fazem o mundo funcionar Jeff Stewart

Círculo de Leitores Este é já o 4.º volume da colecção “Descobrir as Ciências”, que, com uma linguagem divertida e acessível, apresenta as teorias mais inacreditáveis do passado, mas também as do presente, expondo e explicando alguns dos fenómenos mais comuns do quotidiano – que a astronomia, a filosofia, a física, a psicologia, a matemática e a história ajudam a explicar. Neste caso, trata-se de explicar as leis fundamentais da Física. Ficará a compreender por que motivo os objetos mais pesados não caem mais depressa do que os mais leves, porque é que o tempo abranda à medida que nos deslocamos mais rapidamente, por que razão temos mais energia quando estamos no andar de cima ou o que aconteceu ao pobre gato de Schrödinger. A física moderna dá-nos, assim, uma perspetiva fascinante, espantosa e, por vezes, francamente estranha do Universo e do lugar que nele ocupamos. As maçãs que caem e os balões que voam são apenas o início.

Recrutamento e Seleção: Da Teoria à Prática António Calheiros

RH Editora

A atracção de novas pessoas é um dos principais desafios para uma organização, com grande impacto no sucesso futuro da mesma. Tanto pode ser um desafio conseguir encontrar pessoas com o perfil certo como escolher entre candidatos que aparentam igual competência. Quando se encontra e escolhe a pessoa certa, a organização progride. Dirigido a quem estuda o tema, mas também a quem enfrenta este desafio na sua vida profissional, este livro não oferece receitas facilitistas e universais, pois processo de recrutamento e selecção é distinto, mas apresenta quadros de referência que permitam compreender o contexto de cada vaga e estruturar um processo adequado à identificação do perfil ideal, à atracção de candidatos com esse perfil, à avaliação da sua adequação e à sua eficaz integração na organização.

Sharing My Change: Viagem pela Gestão da Mudança

Maria João Martins, Pedro Ramos e Teresa Fialho (Coord.)

RH Editora

Esta obra reúne histórias vividas na primeira pessoa, momentos decisivos de mudança e muitas partilhas de desafios superados, sucessos alcançados, mas também vivências desafiantes que exigiram assunção de riscos e cujas consequências nem sempre era possível adivinhar. Uma obra feita pelos verdadeiros protagonistas da gestão da mudança, que aceitaram o nosso desafio de se tornarem viajantes de luxo nesta grande viagem que tem sido o «Sharing My Change» ao longo dos últimos anos. Afinal, é de pessoas que estamos a falar! Dos seus medos, ansiedades e de como estes são ultrapassados com vista à superação dos desafios da mudança nas organizações. Bem-vindos a bordo de uma viagem de poderosas partilhas de mudanças, transformações colectivas e individuais, mas sobretudo de fórmulas mágicas de como paixão pode mesmo rimar com realização!

« Ler faz tão bem


poesia/ /obituário

O teu Natal Penso eu! Como vai ser ele Numa rua ou numa estrada Com lágrimas Num rosto abandonadas Sem sabor a nada. Como o destino é cruel! Sem sabor Sem amor Sem paladar Apenas a dor Sem ter nada. O teu Natal, Sem ser igual É sempre tristeza moral Recordamos cada momento Com muita incerteza Podemos ter tudo Sem ter nada.

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

. Poesia .

Poesia e Natal O Natal, a vida e a poesia No mundo faz falar mais alto Sobre o passado de tantas crianças, O ódio e a violência continuam Mas no Natal faz sonhar a esperança. É comparado a uma poesia Que se vai embalando na escritura, Apenas se escreve o que se sente Traz alegrias, sorrisos e agruras. Pela vida fora ganhei amizades E Jesus sentiu o sorriso no meu coração, Natal é o valor e o amor da união Faz o carinho, saudade e satisfação. A vida dá-nos várias surpresas Tudo faz ultrapassar o nosso moral, A minha poesia algo se sente O que escrevo é simples afinal. O Natal é o que sentimos em cada um de nós! O que pensamos nem sempre é novidade, A humilde quando é sincera na poesia Os amigos fazem-me a beleza da saudade. Natal das crianças e jovens Serão o amanhã em cada sociedade, Natal faz reflectir uns cânticos de louvor Apresentação, sorrisos, alegrias e novidade. Cremilde Monteiro - 20/11/2019

O Amor de Deus O amor de Deus Vê-se num sorriso de uma criança Vê-se no amor de uma mãe, pelos filhos seus Vê-se no choro de alegria De ver crescer a sua «cria» Vê-se numa mulher feliz em «esperança» O amor de Deus Vê-se num findar de uma guerra Vê-se na conversão a Deus, de alguns ateus Vê-se na recuperação de um enfermo De pôr ao seu sofrimento termo Vê-se na prosperidade da nossa terra O amor de Deus Vê-se no diálogo entre inimigos Vê-se na esperança redobrada em Deus Vê-se numa «luta» constante de Fé Que nos suporta de pé Vê-se na vitória após muitos perigos Vaz Pessoa

Não somos diferentes, Somos raízes somos sementes É Natal que haja um pouco de amor Somos gente vamos dar aos outros valor. És tu em quem deposito confiança Abre o teu coração semeando esperança. O teu Natal! O meu Natal! Amanhã pode ser igual Mesmo sem sabor a nada É Natal Numa rua ou numa estrada. José António Carreira Santos Marinha Grande - 28-11-2019

. obituário . AGRADECIMENTO

Maria Emília Monteiro de Sousa

N. 21-06-1936 • F. 07-11-2019 Seu marido, filhas, genros, netos e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido. Apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado…

Joaquim Ribeiro Gomes Calado

Faleceu mais um ilustre batalhense

Faleceu, no dia 22 de Novembro, Joaquim Ribeiro Gomes Calado, um ilustre natural do Reguengo do Fetal, cuja vida esteve especialmente ligada ao estudo e promoção da cultura popular e das literaturas clássicas, designadamente nas áreas da etnografia, folclore e musicologia, com vários livros editados. Nascido em 1930, desempenhou a sua actividade profissional em vários organismos reguladores da actividade da moagem de cereais, tendo terminado a sua carreira profissional na EPAC – Empresa Pública de Abastecimento de Cereais. Mas a sua sede de conhecimento levou-o a investir nos estudos, tendo-se licenciado já depois dos 50 anos em Línguas e Literaturas Clássicas e Estudos Clássicos e Portugueses, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. A partir de 1989, passou a residir na cidade de Caldas da Rainha, onde fundou e dirigiu um hotel durante várias décadas. Também aí foi docente de várias cadeiras de hotelaria e turismo na ETEO – Escola Técnica e Empresarial do Oeste. Não deixou, ainda assim, de estar presente com

DR

34 •

regularidade na sua aldeia natal e de acompanhar a vida cultural do concelho da Batalha, sobretudo na sua etnografia e música popular. Fundou diversos grupos de música, com destaque para o Cancioneiro da Região da Magueixa, com diversos trabalhos editados e centenas de actuações em Portugal e no estrangeiro. Foi, sobretudo, por essa actividade que recebeu, em 1997, a Medalha de Prata de Mérito Municipal. Associamo-nos aos familiares e amigos com condolências pela sua partida e gratidão pela sua dedicação às gentes e cultura da nossa região. LMF

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cento e vinte e cinco a folhas cento e vinte e seis, do Livro Duzentos e Quarenta e Seis - B, deste Cartório. Helena Maria Rodrigues Pereira Gonçalves, NIF 107 853 558, casada, natural da freguesia e concelho da Batalha, lá residente na Rua da Faniqueira, nº 40, Santo Antão, e Idalina Maria Rodrigues Pereira, NIF 141 513 101, solteira, maior, natural da mesma freguesia da Batalha, residente na Urbanização Quinta da Gordalina, lote 6, r/c frente, Marrazes, Leiria, que outorgam na qualidade de procuradoras de: João António Pereira, NIF 140 222 316 e mulher Maria Júlia Rodrigues Vieira, NIF 134 937 910, casados sob o regime da comunhão geral, ambos naturais da dita freguesia da Batalha, onde residem na Rua da Faniqueira, nº 42, Santo Antão, declaram que os seus representados, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores de um nono indiviso do prédio rústico, composto de terra de semeadura, vinha e oliveiras, sito em A Moinhola, freguesia e concelho da Batalha, descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha sob o número trezentos e oito/Batalha, sem inscrição em vigor quanto ao referido direito, inscrito na matriz sob o artigo 1018, com o valor patrimonial correspondente para efeitos de IMT de €294,98. Que os seus representados, adquiriram o referido direito no prédio, no ano de mil novecentos e sessenta e sete, por compra verbal a Francisco de Jesus António e mulher Júlia da Costa Ferreira, ele já falecido, residentes em Santo Antão, Batalha, não dispondo de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela compra verbal, os seus representados possuem o identificado direito no prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o identificado direito predial por usucapião. Batalha, quatro de novembro de dois mil e dezanove. A funcionária com delegação de poderes, Liliana Santana dos Santos - 46/6 Jornal da Golpilheira, ed. 258, 29-11-2019

PUB

OBITUÁRIO

Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.

PUB

SANTOS & MATIAS CONSIGO DESDE 1980

244765764 - 244768685 967027733 - 966708993

Siga-nos no FACEBOOK

SERVIÇO FUNERÁRIO PERMANENTE

R. Principal, 141 - Brancas • Est. Fátima, 10B - Batalha AGORA TAMBÉM EM PORTO DE MÓS - Lj. D. Fuas - Lg. Rossio, 35C


Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

. telefones úteis . 112

Número europeu de emergência Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Correios (CTT) - Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Táxis da Batalha Centro Recreativo da Golpilheira Linha de Saúde Pública Linha de emergência Gás EDP - Avarias (24 horas) SUMA - Levantamento de “monos”

244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 769 920 244 769 430 244 766 744 244 767 178 244 769 290 244 769 101 244 765 497 244 764 080 244 765 410 244 768 568 808 211 311 808 200 157 800 506 506 244 766 007

. Tintol & Traçadinho . Toda a gente faz músicas de Natal... este ano decidi fazer também uma música de Natal do Jornal da Golpilheira. É assim:

Pronto. Espero que os leitores tenham gostado!...

Natalada

.fotodestaque. LMF Ó tia!

MCR

. ficha técnica Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Contribuinte . 501 101 829 Director . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395) Composição . Paginação . Luís Miguel Ferraz Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Cremilde Monteiro, Cristina Agostinho, Fernando Vaz Machado, Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publicidade), Rafael Silva, Rui Gouveia. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10) Presidente: Fernando Figueiredo Ferreira Sede do proprietário e da redacção . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira . Tel. 965022333 / 910 280 820 Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . - Rua Santa Margarida, 4A - 4710-306 Braga - Tel. 253303170 . Tiragem desta edição . 900 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Google+: www.google.com/+jornaldagolpilheira Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira Email: geral@jornaldagolpilheira.pt Estatuto Editorial: jornaldagolpilheira.pt/about

a fechar • 35

Enquanto algumas novidades (por força do comércio) vão entrando nas nossas agendas festivas, é bom ver que (pelo menos em algumas das comunidades) se vão mantendo ainda as tradições mais antigas da nossa cultura cristã. É o caso do “Pedir o Pão por Deus”, mais conhecido na nossa região por “Pedir o Bolinho”, que assinala a festividade de Todos-os-Santos. Já nos quiseram roubar esse feriado, mas este ano até calhava ao domingo. Assim, lá andou a nossa criançada de porta em porta com o “Ó tia dá bolinho”, o que é uma boa oportunidade para conviver, para partilhar doces e sorrisos e para ir vendo como crescem os miúdos dos nossos vizinhos e amigos... (“tás tão grande!” será das frases mais proferidas...).

. recordar é viver .

. ficha de assinatura .

Assinatura anual: 10 € (Europa 15 € • Resto do mundo 20 €)

RGPD - Estes dados são os essencias para o envio do jornal e o contacto com o assinante. São usados apenas para esses fins pelo Jornal da Golpilheira, não sendo nunca cedidos a terceiros. Serão alterados ou apagados quando tal for solicitado por correio ou email. A assinatura confirma a aceitação destas condições.

Nome ________________________________________ Rua __________________________________________ _______________________________ Nº ___________ Localidade ____________________________________ CP _ _ _ _ - _ _ _ ______________________________ Tel. ____________ Email: ________________________ Assinatura ____________________________________ Enviar: Est. Baçairo, 856 • 2440-234 GOLPILHEIRA PUB

Boas Festas!

Primeiro cortejo de oferendas para as despesas com a futura sede, do C. R. da Golpilheira, que hoje é uma realidade. Não sei precisar bem o ano. No entanto, arrisco-me a escrever que foi no Outono de 1977. Aproveitava-se a altura das colheitas, para as dádivas serem maiores. Cada lugar da actual freguesia da Golpilheira estava representado, normalmente por um carro engalanado, onde trazia as ofertas dos habitantes desse lugar. Na altura não havia na nossa aldeia muitas viaturas adequadas a este fim. Este carro de bois, guiado pelo Sr. José Guerra, representava o Picoto, onde residia. Foi com estas e outras ajudas que começou a tomar forma a nossa sede, onde hoje, felizmente, se desenvolvem muitas actividades e se realizam vários eventos durante o ano. | MCR


36 • pub

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.