34
USINAS
Outubro/Novembro 2023
Araporã Bioenergia amplia eficiência agrícola e industrial Usina estuda ingresso no mercado de combustível sustentável para aviação SAF A Araporã Bioenergia vem traba− lhando para ampliar sua produtividade, através de um trabalho de aprimora− mento de sua eficiência agrícola e in− dustrial. Com uma produtividade acima de 85 toneladas de cana−de−açúcar por hectare, a usina, que moeu, na safra pas− sada, cerca 1,5 milhão de toneladas, es− pera chegar na safra atual a 1,7 milhão de toneladas de cana processada. Para essa atividade, a usina conta com uma parceria com a Lema Em− presarial, que, há sete anos, já desen− volve um conjunto de ações na área agrícola e, mais recentemente, vem es− tendendo sua atuação na gestão indus− trial e na manutenção automotiva. Se− gundo o diretor presidente da unida− de, Alexandre Franceschi, “a parceria com a Lema Empresarial propõe uma
vasta troca de experiência, que pro− porciona uma otimização de tempo significativa para a tomada de decisão e um amplo amadurecimento da gestão de manutenção industrial”. De acordo com Franceschi, entre os maiores ganhos estão a padroniza− ção de procedimentos e a melhor dis− tribuição de responsabilidades. “A consultoria LEMA teve um impacto significativamente positivo na Araporã Bioenergia, trazendo melhorias em diversos aspectos operacionais e de
manutenção. As principais ações im− plementadas foram muito importantes para alcançarmos os nossos resultados atuais; foi um divisor de águas para a Manutenção Automotiva”, disse. Entre as diversas ações implemen− tadas, Franceschi destacou a implanta− ção do PCM e Engenharia de Manu− tenção; implantação do plano diretor de manutenção; implantação de bar− reiras de segurança; implantação de gerenciamento de projetos e grandes paradas; aumento do HHT (Homem hora trabalhada); redução de Custos CRM; aumento da disponibilidade dos ativos; aumento da confiabilidade dos ativos e Padrões de Operação. “As ações implementadas levaram a uma operação mais eficiente, apri− morando a manutenção e segurança dos equipamentos, meio ambiente e pessoas, tendo um papel muito impor− tante, contribuindo para a redução de custos, resultando em uma melhoria global na produtividade e no desem− penho”, ressaltou Franceschi. Ele comentou alguns indicadores que contribuíram para a melhora. A disponibilidade das colhedoras, por
exemplo, em 2016, alcançava um per− centual de 85,52%. Em 2023, esse nú− mero passou para 91,82%, uma evolu− ção de 8,61%. “Para que vocês tenham uma ideia, o nosso MTBF (tempo médio entre falhas) das colhedoras era de 17h10, em 2016, e, em 2023, é de 42h53, um aumento de 149,91%, sen− do que conseguimos reduzir o tempo nas ações corretivas (MTTR) em 20%”, destacou. A disponibilidade industrial, que, em 2022, estava em 93,07%, em 2023 passou para 95,36%. Segundo Franceschi, a meta ago− ra é chegar à cana de três dígitos, o aumento da produtividade por hec− tare acima de 100 toneladas. Ele in− forma também que a usina estuda in− gressar no mercado de SAF (combus− tível sustentável de aviação). “Por en− quanto, ainda estamos estudando a questão e vendo o que é necessário para obtermos a certificação que cumpre os critérios internacionais do Corsia, um acordo da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), do qual o Brasil é signatário”, expli− cou Franceschi.
Morre fundador da Usina Santo Ângelo Pedro Redemptor Guidi, faleceu no último dia 30 de setembro, aos 89 anos de idade Íntegro, caridoso, humilde, inteli− gente e empreendedor. Esses são al− guns dos adjetivos que definem a his− tória de vida de Pedro Redemptor Guidi, fundador da Usina Santo Ân− gelo, que faleceu no último dia 30 de setembro, aos 89 anos de idade. O empreendedorismo marcou sua trajetória profissional, e após ven− der uma fábrica de implementos agrícolas, no município de Sertãozi− nho−SP, seguiu para Pirajuba em Minas, onde fundou uma destilaria, que se transformou na Usina Santo Ângelo, que há cinco anos consecu− tivos, conquista o prêmio de campeã de produtividade agrícola, segundo índice criado pelo Grupo IDEA em parceria com o Centro de Tecnolo− gia Canavieira (CTC). A usina tem investido em tecno− logias de ponta e implementando
práticas agrícolas inovadoras e susten− táveis, e adotando métodos eficientes de gerenciamento. Além disso, a usina
valoriza e investe em sua equipe, pro− movendo capacitação e engajamento dos colaboradores.
O bom relacionamento com fun− cionários, sempre foi uma das carac− terísticas marcantes do seu fundador, que dispensava no trato com seus co− laboradores respeito, carinho e muita atenção. “Vou muito pouco às fazen− das, mas os funcionários cuidam de tudo certinho. Eu gosto de tratar todo mundo bem”, dizia Pedro Guidi, que sempre estimulou o trabalho social da usina em apoio a comunidade local. Guidi também foi um dos funda− dores da Copercana, sendo o 42º coo− perado no quadro de fundadores, com significativa participação nas ações de incentivo ao cooperativismo. Ele sempre valorizou a honestidade dos que estavam à frente da cooperativa. “Pessoas boas demais que presidiram a Copercana. Quem é honesto vai bem e é por isso que a cooperativa está completando 60 anos de muito suces− so”, dizia Guidi, que deixa esposa, dois filhos e sete netos. Em nota de pesar, assinada pela Usina Santo Ângelo, Pedro Guidi é descrito como um homem íntegro, caridoso, humilde, inteligente e em− preendedor e que deixou um legado de coisas boas.