PRODUÇÃO
Novembro 2015
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Setor deve valorizar colaborador e reduzir investimentos em tecnologias I SAC ALTENHOFEN, DE SÃO PAULO
As empresas canavieiras devem melhorar as técnicas operacionais para buscar melhores ganhos e pensar em soluções para problemas de custo. Por isso não é hora de investir muito. Esta é a opinião do especialista Luiz Francisco Silva. Ao abordar medidas de eficiência operacional e agrícola para o setor afirmou que não basta olhar apenas os rendimentos industriais e agrícolas por cima, mas deve-se observar todas as áreas da usina e verificar o que precisa melhorar. Luiz Francisco lembrou que a última safra teve uma produtividade maior que a dos últimos anos. “Produzimos mais açúcar por hectare, mas tivemos que ter maior empenho da indústria para retirar o açúcar da cana”. Essa aparente melhoria é devida ao aumento da colheita mecanizada. O problema, segundo ele, é que se investe em muita tecnologia, mas pouco em equipes produtoras, pouco em qualificação. “Quanto melhor preparado o colaborador, mais cana chegará na indústria”, garante. Esse aumento de tecnologia agrícola com quase proporcional redução de colaborador qualificado é também sentido na diminuição de renovação dos canaviais. “Além disso, o envelhecimento do canavial pode trazer prejuízos maiores”, salienta. Na área industrial o rendimento na
Luiz Francisco Silva: quanto melhor preparado o colaborador, mais cana chegará à indústria
destilaria também diminuiu. De acordo com Luiz Francisco, a cana tem vindo mais contaminada. “Há perda excessiva de
fermento e isso se dá ao fato de o canavial ficar muito tempo parado em decorrência das chuvas que se estenderam devido ao
fenômeno do El Niño” (sobre sucesso na fermentação veja matéria nas páginas 56 a 58 desta edição).