Jornal Brasília Capital 316

Nenhum ministério da Esplanada tem licença para funcionamento

Página 11

Páginas 6

Ano VII - 316

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Professores aposentados receberão pecúnia de licença-prêmio em julho

Brasília, 17 a 23 de junho de 2017

ELEIÇÕES 2018

Campanha já começou no mundo virtual Candidatos ao GDF, Fraga, Alírio, Izalci, Filippelli e Rollemberg incrementam suas páginas nas redes sociais. Frejat e Valmir não estão nem aí para os internautas Editorial e páginas 4 e 5

PT “importa” paulista para concorrer ao Buriti Berzoini, ex-ministro da Previdência, é a aposta de Lula para o lugar de Rollemberg Chico Sant’Anna, página 12

LARISSA LAGO

Em Taguatinga, o programa é mais em conta do que no Plano Piloto

A vida nada fácil das prostitutas adolescentes Elas trabalham na rua, pagam pelo ponto e correm risco de assaltos todas as noites Páginas 8 e 9

Brasília Capital n Opinião n 2 n Brasília, 17 a 23 de junho de 2017 - bsbcapital.com.br

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E D I T O R I A L

x p e d i e n t e

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Lava Jato bagunça sucessão no DF A pouco mais de um ano do início da campanha eleitoral de 2018, a Lava Jato praticamente tirou do páreo quatro possíveis candidatos ao Palácio do Buriti: os ex-governadores José Roberto Arruda (PR), Agnelo Queiroz (PT) e o ex-vice Tadeu Filippelli, do PMDB, presos em maio na Operação Panatenaico, mais o deputado federal Rogério Rosso (PSD), que, aparentemente, escapou por estar no exercício do mandato e dispor de foro privilegiado. É verdade que Arruda e Agnelo já vinham fragilizados. O primeiro por ter sido preso e afastado do cargo em 2010 em meio ao escândalo da Caixa de Pandora, enquanto o outro tentou a reeleição em 2014 e sequer chegou ao segundo turno. Já Filippelli vinha se cacifando para liderar uma grande aliança de partidos, tendo à frente o seu PMDB. Finalmente, Rosso, que governou bionicamente o DF, elegeu-se deputado já de olho em cargos majoritários em 2018.

Abatidos em plena decolagem, resta aos quatro políticos pensarem, no máximo, em candidaturas proporcionais.

O mais provável, no entanto, é que se limitem a apoiar aliados. Filippelli, por exemplo, foi exonerado da assessoria do presidente Michel Temer no Palácio do Planalto no mesmo dia em que foi recolhido à carceragem da Polícia Federal. Como reunir forças para nova decolagem para um voo tão alto?

Ainda assim, a campanha de 2018

C

nDono da Gol O presidente Michel Temer jamais soube que Eduardo Cunha tenha feito qualquer tipo de acordo com Henrique Constantino. Secom da Presidência, via Twiter Resposta da Secretaria de Comunicação da Presidência da República sobre matéria do portal www.bsbcapital.com.br que diz que Henrique Constantino, dono da Gol Linhas Aéreas,

pagou propina a Michel Temer.

nChico Sant’Anna 1 - O senador nunca, em toda a sua vida pública, fugiu às responsabilidades assumidas.

2 – Preocupado com a situação do DF e com a importância da matéria, solicitou ao presidente da Casa, Eunício Oliveira, a inversão de pauta para que pudesse votar favorável, mas a Mesa Diretora não acatou a so-

A operação tirou do páreo quatro possíveis candidatos ao Buriti: ex-governadores Arruda e Agnelo Queiroz, ex-vice Tadeu Filippelli e o deputado federal Rogério Rosso já começou no mundo virtual. É o que mostra nas páginas 4 e 5 da presente edição o especialista em redes sociais Júlio Pontes, num levantamento das ações dos principais pré-candidatos ao GDF na internet. Mas, apesar de toda esta movimentação, a Lava Jato colocou carga extra de indefinições no pleito do próximo ano.

Chico Sant’Anna traz em sua coluna (página 12) informação curiosa a respeito do candidato do PT. Está em curso a determinação do ex-presidente Lula para que os petistas do DF adotem um “modelo importado” na disputa ao Palácio do Buriti. Ou seja, em vez de lançar um de seus caciques locais, trará o ex-ministro da Previdên-

cia, Ricardo Berzoini, que, inclusive, já mudou o domicílio eleitoral para Brasília.

E agora? Pelo que se vê na internet – analisa Júlio Pontes – estão no páreo os deputados Alberto Fraga (DEM) e Izalci Lucas (PSDB); o suplente de deputado federal Alírio Neto (PTB); o senador Reguffe (sem partido); Toninho (PSol); o presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT); e, claro, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB). Pela régua das redes sociais, estariam fora Jofran Frejat (PR) e Valmir Campelo (PPS) – mas apenas por ignorarem o mundo virtual até o momento. Porém, os dois têm tempo para se recuperar. Afinal, este pecado não é nada diante das acusações de corrupção que pesam contra Arruda, Agnelo, Filippelli e Rosso.

Assim, com os políticos apreensivos diante dos desdobramentos da Lava Jato, o DF vivencia esta desarticulação entre aspas. Como em política não há espaço vazio – ideia repetida à exaustão –, os que desejam governar Brasília vão tentando construir suas candidaturas. Enquanto isso, com um olho nas investigações da Polícia Federal e outro nas redes sociais, sua excelência, o eleitor, vai formando suas convicções, embora as pesquisas mostrem que os cidadãos estão mais preocupados com as crises econômica e política do que com possíveis nomes de candidatos para o próximo ano.

a r t a s

licitação. Portanto, defendeu o projeto e, se estivesse presente, teria votado favoravelmente.

3 – A sua ausência se deu por motivo de viagem ao exterior para participar da cerimônia de entrega do Prêmio “Isa Award for Service to Humanity 2015 - 2017”.

4 – A votação do Projeto de Conversão da MP 759/2016 recebeu 47 votos favoráveis e 12 contra e estava prevista para

ser simbólica. Significa que, se ninguém se posicionasse contra, o voto de todos os parlamentares seria contado como favorável. No caso, houve um pedido de verificação de quórum e a votação teve que ser nominal. Portanto, o voto do senador Cristovam Buarque não prejudicaria o resultado.

Assessoria de Comunicação – Gabinete do senador Cristovam Buarque (PPS-DF)

Sobre a nota Grilagem, publicada pelo colunista (edição 315) nHélio José Esse é o senador que disse dentro de um órgão público - sem saber que estava sendo gravado - que “podia nomear até uma melancia”?! Heber Carvalho, via Facebook Sobre a entrevista de Hélio José (edição 315).

Brasilia Capital n Política n 3 n Brasília, 17 a 23 de junho de 2017 - bsbcapital.com.br

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Fernando Henrique Cardoso (foto) é a mais recente voz a engrossar o coro por diretas, já. “Preferiria atravessar a pinguela, mas, se ela continuar quebrando, será melhor atravessar o rio a nado e devolver a legitimação da ordem à soberania popular”, escreveu o ex-presidente em nota publicada na quinta-feira (15). Em tempo: FHC é o presidente de honra do PSDB, principal fiador do governo Temer.

Fé cega...

Homenagem A Câmara Legislativa homenageou, na terça-feira (13), os PMs que trabalharam na manifestação Ocupa Brasília, dia 24 de maio, na Esplanada dos Ministérios.

Por iniciativa da deputada Celina Leão (PPS), 22 militares receberam moção de louvor por terem se ferido no confronto com os manifestantes.

Na campanha de 2016, o bispo Marcelo Crivella (foto), da Igreja Universal do Reino de Deus, prometeu que, se fosse eleito, no mínimo manteria os subsídios da Prefeitura para o Carnaval do Rio de Janeiro. Os líderes da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) acreditaram e fizeram campanha para o evangélico.

Recíproca – Houve quem cobrasse da parlamentar iniciativa semelhante em relação aos trabalhadores (não os baderneiros) atingidos por bombas e tiros disparados pelas forças de segurança.

Empurrãozinho Para conseguir a sonhada aprovação do Instituto Hospital de Base, o governador Rodrigo Rollemberg abriu os cofres para os distritais. Em forma de crédito suplementar, o GDF liberou R$ 8,262 bilhões para emendas parlamentares.Mesmo assim, os deputados não votaram a matéria. Mas a base aliada dá como certa a aprovação, que só não aconteceu na terça-feira (13) porque houve muita pressão de servidores nas galerias da Câmara.

Casados, solteiros e vampiro A Câmara Legislativa criou o Dia do Vampiro e o Dia do Torneio de Casados e Solteiros. Autora do primeiro projeto, a deputada Luzia de Paula (PSB) explicou que o objetivo é incentivar a doação de sangue e homenagear os góticos e os brasilienses que se vestem como o Príncipe das Trevas. Já Ricardo Vale (PT) buscou homenagear a pelada mais antiga do DF (desde 1958), que acontece em dezembro, na Vila Metropolitana, no Núcleo Bandeirante.

LGBTs no metrô Imagens de líderes religiosos com orientação LGBT podem ser vistas até 30 de junho na estação central do metrô na exposição Religare, Identidade LGBT e Espiritualidade. A mostra, aberta na quarta-feira (14), faz parte da programação da Parada do Orgulho Gay de Brasília, durante a Semana da Visibilidade LGBT. Respeito – A fotógrafa Cynthia Pastor retratou católicos, budistas, umbandistas, evangélicos, etc., todos com orientação LGBT. Cada um escreveu um depoimento sobre as escolhas religiosas, a decisão sobre sexualidade e como transitam os sentimentos nas duas questões. A exposição exalta a diversidade e o respeito pelas diferenças.

... faca amolada – Na quinta-feira (15), Crivella deu o dito pelo não dito e anunciou corte de 50% na verba da mais popular festa do País. A economia seria revertida para creches municipais que atendem a 15 mil crianças matriculadas. Os carnavalescos ameaçam não fazer o desfile da Marquês de Sapucaí no próximo ano. Diria famoso personagem Bento Carneiro, o Vampiro Brasileiro, de Chico Anysio: “não creu n’eu, se finou-se...”.

Covardia Ao embarcar num voo de Brasília para o Rio de Janeiro, Miriam Leitão (foto) foi identificada por um grupo de petistas que estava a bordo do avião, que passou a hostilizá-la. A jornalista foi massacrada durante duas horas.

Intolerância – O episódio revela o momento terrível pelo qual passa o Brasil, de total intolerância com pessoas que não conseguem conviver com outras pelo simples fato de terem opiniões divergentes.

Idiotas – O pensamento de Nelson Rodrigues está mais atual do que nunca: “Os idiotas vão tomar conta do mundo; não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos”.

Repeteco – No feriado de Corpus Christi, quinta-feira (15), o jornalista Alexandre Garcia passou pelo mesmo constrangimento no aeroporto de Brasília.

Desta vez, porém, o idiota era um lobo solitário.

Convencimento Michel Temer também liberou emendas parlamentares para “convencer” deputados a rejeitar a iminente denúncia contra ele com base na delação do grupo J&F. Mas a conta do presidente ficou mais cara: em plena crise, vai torrar R$ 1 bilhão.

Cai mais um O ministro interino da Cultura, João Batista de Andrade, pediu demissão do cargo na sexta-feira (16), em carta enviada ao presidente Michel Temer. Filiado ao PPS, ele sucedeu Roberto Freire, que pediu demissão em maio após as revelações da delação de Joesley e Wesley Batista. O mais cotado para a vaga é André Amaral (PMDB-PB).

Fila organizada Convênio de R$ 3,4 milhões firmado na terça-feira (13) entre a Secretaria de Saúde do DF e a Fundação Oswaldo Cruz possibilitará regularizar e organizar todas as filas dos serviços prestados pelo órgão. Segundo o secretário Humberto Fonseca, apenas 17 especialidades são reguladas, além de alguns exames de alta complexidade e os leitos das UTIs. “Com a cooperação, conseguiremos regular, até o final do ano, todos os tipos de atendimentos e procedimentos da pasta e, ainda, a fila cirúrgica”, previu.

O dinheiro sairá do Fundo Nacional de Saúde.

Brasília Capital n Política n 4 n Brasília, 17 a 23 de junho de 2017 - bsbcapital.com.br

ELEIÇÕES 2018

Campanha para o Buriti já começou na internet

Segundo o Ibope, 56% dos brasileiros aptos a votar serão, de alguma maneira, influenciados pelas mídias sociais

OZÍMPIO CRUZ/DIVULGAÇÃO PSB

Júlio Pontes (*)

A

campanha para governador do Distrito Federal em 2018 já começou nas redes sociais. Pré-candidatos como Izalci Lucas (PSDB), Alberto Fraga (DEM), Alírio Neto (PTB) e Tadeu Filippelli (PMDB) têm usado intensamente a internet para se posicionar junto à opinião pública como postulantes ao Palácio do Buriti.

Outros prováveis candidatos, como Valmir Campelo (PPS) e Jofran Frejat (PR) estão na contramão, já que dispensam a internet, ao menos até agora. De acordo com pesquisa do Ibope, 56% dos brasileiros aptos a votar serão, de alguma maneira, influenciados pelas mídias sociais. Para 36% dos entrevistados, as redes terão muita influência.

O Brasília Capital fez levantamento das ações na internet dos principais postulantes ao Palácio do Buriti em 2018.

Confira: - IZALCI: O deputado possui bom número de curtidas em sua página no Facebook (cerca de 28 mil) e razoável número de seguidores no Twitter (quase 4 mil). Até há pouco, usava o espaço virtual para divulgar atividades parlamentares, que, embora importantes, não despertam interesse da maioria da população. Agora passou a divulgar encontros, principal-

Na campanha, Rollemberg posava para selfies com eleitores. Atualmente ele mesmo faz os seus vídeos mente nas cidades-satélites, e os últimos foram em Samambaia e Riacho Fundo I. Esta pode ser uma boa tática para se aproximar dos eleitores. Poderia, também, usar a tribuna da Câmara para discursos mais incisivos que “inflamassem” sua base eleitoral, com vídeos (curtos) que poderiam ser editados para as redes sociais.

- FRAGA: Na internet é o mais popular entre os citados. Com 40 mil curtidas no Facebook e 111 mil seguidores no Twitter, tem bom alcance nas redes sociais. Muitas vezes entrou em polêmicas e disparou palavras duras contra os adversários, o que o levou a ter boa repercussão na net. Utiliza, no perfil do Facebook, uma foto com a esposa, tentando aproximar-se da "família brasileira". No Face, não divulga somente seu traba-

lho parlamentar, mas também notícias negativas do Governo de Brasília e fatos violentos para levantar sua principal bandeira – a segurança pública.

Um trabalho bem feito, inclusive quando explicou o incidente da queda de seu implante dentário. Na ocasião, gravou vídeo com pouco mais de um minuto, uma produção curta e nada muito profissional. Tudo o que o usuário de Face gosta de ver.

- ALÍRIO: O presidente do PTB-DF entrou de sola na disputa de 2018. Há pouco tempo, trabalha no Facebook tentando angariar curtidas (seguidores), com dois quadros semanais (vídeos) em sua página: o "Vapt-zap", onde responde perguntas de internautas sobre o DF, e o "De Carona com Alírio”.

Neste quadro, havia entrevistado muitos técnicos de as-

suntos específicos, como a crise hídrica. Mais recentemente, passou a “conversar” com lideranças comunitárias, a exemplo de Galego, do Guará, seu reduto eleitoral. Para aumentar seus likes poderia divulgar mais serviços para a sociedade, além da velha foto do cachorrinho. Ou de bebês.

- FILIPPELLI: Com quase 10 mil curtidas no Facebook, 3,6 mil seguidores no Instagram e irrisórios 250 no Twitter, o ex-vice-governador Tadeu Filippelli começou muito bem o trabalho na internet e, provavelmente, gastando um bom dinheiro para impulsionar suas publicações nas três redes.

Passado algum tempo, cometeu erros, como utilizar material de televisão no Facebook, e usar o Twitter como reprodutor das outras redes, com mate-

rial e linguagem inadequados.

Depois de ser preso no dia 23 de maio pela Operação Panatenaico, nada mais foi publicado até o dia 6 de junho. Nessa data, postou link com matéria do site G1 no qual o TJDFT isenta-o de improbidade administrativa.

O post foi patrocinado (pagou-se para aparecer para mais pessoas) e obteve bons resultados - 76 compartilhamentos.

Muitos comentários de eleitores orgulhosos diziam que a verdade tarda mas chega, referindo-se à provável injustiça na prisão de Tadeu. Entretanto, o processo em que ele foi isento não tem relação com a investigação que o levou à prisão. Seria honesto por parte de Filippelli deixar isso claro para seus seguidores. Mas talvez o intuito tenha sido exatamente confundi-los.

- FREJAT E VALMIR: Que os dois políticos são da “velha guarda” é nítido. Mas que não tenham sequer uma página em nenhuma rede social é inadmissível para quem deseja se candidatar a cargo público. Se os grupos de Frejat e Campelo acreditam que eles podem ser de fato alternativas para os eleitores, já está passando da hora de agirem virtualmente. Quanto mais próximo da eleição, mais difícil se torna o trabalho do social media de reforçar a imagem dos dois. Afinal, começará do zero, tendo que gastar mais dinheiro para impulsionar as publicações. Ou esta pode ser uma evidência de

Brasília Capital n Política n 5 n Brasília, 17 a 23 de junho de 2017 - bsbcapital.com.br

que os dois, de fato, não desejam se candidatar.

- ROLLEMBERG: Uma máxima da política ainda é válida nos dias de hoje. Quem está com a máquina pública nas mãos continua aparecendo mais. Além disso, quem ocupa cargo público com grande relevância, como é o caso do governador, aumenta seu alcance nas redes sociais, já que a população se informa por meio de suas páginas oficiais.

No ambiente virtual, o socialista faz trabalho praticamente perfeito: no Facebook, onde mais de cem mil pessoas o seguem, divulga ações, reproduz as campanhas publicitárias feitas pelo governo e links de pautas positivas na imprensa local e responde à maioria dos comentários nos posts esclarecendo dúvidas. Uma única sugestão, que já foi acatada pelo governador - quando citou artigo do Brasília Capital - é fazer vídeos com menos produção, o vídeo selfie, como faz João Dória, prefeito de São Paulo. No Twitter oficial, que conta com mais de 33 mil seguidores, usa linguagem adequada, publica sua agenda e dá informações úteis para jornalistas e para a grande massa. Já no Instagram, 10 mil pessoas o seguem e ele faz um bom trabalho: divulga fotos, vídeos curtos e interessantes, e presta serviços à população.

Se levar em conta apenas as redes sociais, o governador será reeleito em 2018.

- REGUFFE: O senador, atualmente sem partido, é um caso de sucesso nas redes sociais. Seu eleitorado é fiel e comprova isso a cada publicação dele no Facebook, que tem mais de cem mil curtidas, e no Twitter mais de 67 mil seguidores. Embora não faça um trabalho tão bem feito quanto Rollemberg, os números de compartilhamentos, curtidas e comentários impressionam.

O que não surpreende é o porquê disso acontecer. O discurso de Reguffe é de fácil compartilhamento. Afinal, quem não considera interessante economizar dinheiro

público e tirar a carga tributária de remédios? O difícil é saber como ele irá continuar esse discurso "compartilhável" numa campanha eleitoral. Mais difícil ainda é adivinhar se ele será ou não candidato ao Buriti em 2018.

- TONINHO: O candidato ao governo mais à esquerda não acumula bons resultados nos pleitos anteriores e parece não estar muito preocupado com isso. Toninho só possui um canal de contato na internet: o Facebook.

Seguido por sete mil pessoas, parece ser administrado pelo próprio candidato e não por profissionais. Passa dias sem publicar nada, e quando decide fazê-lo, posta várias coisas num único dia.

Detalhe: compartilha todas – ou quase todas – publicações de sua esposa, Maninha, provavelmente candidata a deputada federal.

Alguns mostram trabalho de nível profissional. Outros deixam claro o amadorismo que pode ser percebido até por quem não tem muita intimidade com computador

- JOE VALLE: Embora negue reiteradamente que não será candidato a governador, o presidente da Câmara Legislativa não convence. Joe tem bom apelo popular e não tem histórico de corrupção, o que, mesmo sendo obrigação, aparece como diferencial. As redes sociais dele são bastante movimentadas, mas com pouca interação. Para melhorar isso, poderia levantar debates, abrir para sugestões do seu trabalho parlamentar ou até mesmo como presidente da Câmara mesmo que receba críticas - e responder os comentários. Os textos são muito extensos. Poderiam ser mais diretos e com imagens autoexplicativas.

(*) Administrador com especialização em Marketing Digital pela ESPM (São Paulo) e BMS (Brasília)

Ranking dos candidatos ao GDF nas redes sociais

1

103.021 /rollemberg40

º

33.400 @RollembergPSB 10.100 @rollemberg40

Rodrigo Rollemberg (PSB)

2

100.998 /reguffeoficial

º

67.700 @Reguffe Não possui

Reguffe (sem partido)

3

40.048 /albertofraga.oficial

º

111 mil @alberto_fraga 7.464 @joaoalbertofraga

Alberto Fraga (DEM)

4

28.624 /izalci

º

3.795 @izalciLucas 2.113 @izalci

Izalci Lucas (PSDB)

5

9.267 /tadeufilippelli

º

259 @filippellireal 3.631 @tadeufilippelli

Tadeu Filippelli (PMDB)

6

º

14.887

767

407

/alirionetoreal

@alirionetooficial

@alirio_neto

14.666

3.776

698

/JoeValleOficial

@Joe_Valle

@joevalleoficial

7.097

2.389

/toninhodopsol

@toninhodopsol

Alírio Neto (PTB)

7

º

Joe Valle (PDT)

8º

Não possui

Toninho (Psol)

Valmir Campelo (PPS) e Jofran Frejat (PR) não investem em redes sociais (*) Levantamento finalizado em 13/06/2017

Brasília Capital n Política n 6 n Brasília, 17 a 23 de junho de 2017 - bsbcapital.com.br

JOSÉ CRUZ / AGENCIA BRASIL / 2013

Ministérios não têm licença para funcionar Em 2013, um incêndio começou no subsolo do Ministério das Comunicações, obrigando os servidores a evacuarem o prédio às pressas

Só no prédio da Fazenda foram encontradas 145 irregularidades na última vistoria dos Bombeiros Cézar Feitoza (*)

N

enhum dos 17 prédios que formam a Esplanada dos Ministérios possui Licença de Funcionamento.

Pela lei, eles sequer deveriam estar abertos para receber funcionários e cidadãos que diariamente trabalham ou passam pelos edifícios – muitos deles com problemas estruturais que põem em risco a segurança de todos.

De acordo com o Corpo de Bombeiros (CBMDF), os ministérios, assim como o Congresso Nacional, são vistoriados, mas sem uma frequência de-

finida. A Divisão de Vistoria dos bombeiros informa que os blocos A e M, sedes dos ministérios do Esporte e da Defesa, por exemplo, não são fiscalizados há mais de 7 anos.

Quando feitas, as vistorias costumam indicar problemas.

O prédio do Ministério da Fazenda (Bloco P) foi vistoriado pela última vez há dois anos.

Na ocasião, os fiscais encontraram 145 irregularidades. O Corpo de Bombeiros chegou a indicar as melhorias necessárias, mas não retornou para conferir se os problemas foram sanados.

“Os prédios têm problemas estruturais. Um deles é que as paredes não são de alvenaria, mas de simples divisórias. Se o fogo começar, essas paredes não seguram”, afirma um dos engenheiros do Ministério do Trabalho, que não quis se identificar.

INCÊNDIO – Outro problema apontado pelos engenheiros é o risco iminente de incêndio

nos prédios. Como as subestações de energia de todos eles ficam no subsolo, se houver algum problema na fiação ou sobrecarga de energia, o fogo pode se alastrar de baixo para cima e ficar incontrolável. “As portas corta-fogo (aquelas vermelhas), não serviriam de nada numa fuga, por causa das paredes de divisórias. O fogo se expandiria de qualquer jeito”, analisa outro engenheiro.

O risco já foi comprovado no Ministério das Comunicações, no dia 19 de fevereiro de

“As paredes não são de alvenaria, mas de simples divisórias. Se o fogo começar, essas paredes não seguram”

2013, quando um fio superaqueceu, iniciando um incêndio. A fumaça intoxicou mais de 30 pessoas. Incêndios no Ministério da Defesa, em 2015, e do Planejamento, em 2014, também evidenciaram os mesmo problemas na fiação dos edifícios. Felizmente, foram controlados rapidamente.

Para contornar o risco de um desastre em caso de incêndio, quinze dos dezessete ministérios construíram escadas externas como rota de fuga alternativa em caso de acidente com fogo. Somente os ministérios do Turismo e dos Transportes não acataram a recomendação dos bombeiros e mantêm apenas a saída de emergência tradicional.

JOGO DE EMPURRA – A emissão de licenças e cartas de “Habite-se” na Esplanada dos Ministérios compete à Administração de Brasília e à Secretaria de Gestão do Território e Habitação (SEGETH). Procurada, a Regional do Plano Piloto disse

que a responsabilidade é da SEGETH. A secretaria, por sua vez, afirma que é da Administração a obrigação de emitir as licenças para os prédios construídos antes do governo de Rodrigo Rollemberg (que começou em 2015) – o que inclui toda a Esplanada dos Ministérios e o Congresso Nacional.

Na instância federal, o empurra-empurra chega ao Ministério do Planejamento – que deveria ser a pasta responsável por emitir os documentos. O ministério informou que não é da instância federal nenhum assunto relacionado à emissão desse tipo de documentação.

“O que compete ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, por meio da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), é a emissão do termo de entrega dos edifícios. Esse termo, que é entregue ao próprio órgão que usará o edifício, é uma autorização para que os imóveis de uso especial (no caso, os prédios da Esplanada) possam ser ocupados por aqueles órgãos. Mas não é alvará de funcionamento”, afirmou o Planejamento, em nota.

O Planejamento, porém, foi a única pasta que apresentou à reportagem o Habite-se de sua sede (blocos C e K). A carta foi emitida em 1969. Segundo Vicente Tomaz, da Divisão de Vistorias do CBMDF, o Habite-se retirado ainda é válido, mas não tem função de licença.

HABITE-SE X LICENÇA – “Desde a lei de 2009, os prédios são obrigados a retirar nova licença de funcionamento. A lei mudou, e os prédios precisam acompanhar a legislação”, explica Vicente Tomaz. “Habite-se não é licença de funcionamento, é Habite-se. Ainda mais porque eles foram retirados em contextos diferentes e continuam com validade”, conclui. (*) Agência UniCeub

Atear fogo em lixo e entulhos é colocar em risco a sua vida e a de diversas outras pessoas. Uma vez iniciado, o fogo não pode ser controlado e facilmente se alastra, provocando incêndios que destroem a vegetação do cerrado e os animais que vivem ali. Além disso, a fumaça provocada por esses incêndios traz sérios problemas de saúde. Por isso, jamais coloque fogo em lixo ou entulhos. Você pode até saber onde ele começa, mas não onde pode acabar.

Para mais informações, acesse: www.sema.df.gov.br

G O V E R N O

D E

Brasília Capital n Cidades n 8 n Brasília, 17 a 23 de junho de 2017 - bsbcapital.com.br

Prostituta, sim. Vida fácil, não!

Adolescentes que vendem o corpo precisam pagar pelo ponto e são alvos de assaltos Carolina Militão Maria Gabbriela Veras (*) Na janela do carro, a jovem combina com o freguês o valor de seus serviços sexuais. Tabela varia de acordo com o tipo de atendimento.

Clientes do Plano Piloto pagam mais caro do que os de Taguatinga

G

arotas adolescentes que se prostituem nas ruas do Distrito Federal – tanto no Plano Piloto quanto nas cidades-satélites – dizem ter o sonho de, um dia, conseguir sobreviver exercendo outra profissão. Muitas vêm de Goiânia e todas se misturam com mulheres de mais idade e submetem-se às regras do submundo da noite.

A tabela varia de acordo com a região e com o que a prostituta está disposta a oferecer.

Em Taguatinga, o valor do programa varia de R$ 50 a R$ 80. Se o atendimento for a um casal, o preço sobe, em geral, para R$ 150. As cifras também são outras para programas em grupo de três ou

“Ainda não me formei na escola. Quando eu concluir o ensino médio, quero fazer uma faculdade. É o meu sonho!”

Isabela Silva* (nome fictício)

mais pessoas. Para casal, são cobrados R$ 200. No Plano Piloto, o programa individual sai, no mínimo, por R$ 80.

Com aparência de, no máximo 16 anos, Isabela Silva (nome fictício) ainda está no ensino médio, mora em Goiânia e vem para o DF a cada duas semanas. Ela classifica as noites aqui como agitadas e diz que compensa o esforço.

“Ainda não me formei na escola. Quando eu concluir o ensino médio, quero fazer uma faculdade. É o meu sonho!”, conta Isabela, desconfiada e com meio sorriso. Já Thaís Costa* (nome fictício) diz que seu grande sonho é ter um emprego longe da prostituição.

Thaís relata que falta pouco para atingir a maiorida-

Quero um dia conseguir um emprego e sair daqui. Isso não é vida. Estou aqui porque não tenho opção!”

Thaís Costa* (nome fictício)

de, mas que está nas ruas há pelo menos três anos, desde os 15. Expulsa de casa pela mãe por excesso de brigas e morando com a tia, a menina disse que se viu obrigada a trabalhar. A jovem tem um relacionamento sério sem revelar ao namorado o que faz pra sobreviver.

“NÃO É VIDA” – “Ele não sabe o que faço para me sustentar. Quero um dia conseguir um emprego e sair daqui.

Isso não é vida. Estou aqui

porque não tenho opção!”, garante Thaís. O que a incomoda é que todos os pontos de prostituição de Taguatinga Sul, onde costuma trabalhar, têm donos.

“Estou em uma rua pública, ninguém é dono disso aqui, mas tenho que pagar, senão sou ameaçada”, protesta Thaís. Mas paga assim mesmo cerca de R$ 50 a uma mulher “que se diz dona do trecho” para poder se prostituir.

As colegas de Thaís afirmam que os perigos não se

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FOTOS: LARISSA LAGO

limitam a apenas essas ameaças. “Somos constantemente assaltadas. O dinheiro que conseguimos numa noite ou na madrugada vai embora em segundos”, disse uma das meninas, sem querer dar detalhes sobre si.

No centro de Taguatinga, metade das mulheres que se prostituem também trabalha para o tráfico de drogas, segundo policiais militares.

A fiscalização não é feita, apesar de viaturas da PM fazerem ronda constante nos locais apontados como pontos de prostituição.

Questionadas se alguém já averiguou a idade delas, as respostas foram muito parecidas e em tom de ironia, como disse uma delas: “Nunca pediram minha identidade”.

Exploração é crime Pela legislação, o Estado e a família deveriam cuidar das crianças e adolescentes.

No entanto, a prática mostra uma realidade bem diferente. De acordo com a lei 11.106/05, o ato de se prostituir não é crime, mas a exploração, sim. Mesmo que maquiada, a realidade é que, na capital federal, existem pontos em que crianças e adolescentes se prostituem.

Para a doutora em Comunicação, professora da Universidade Católica de Brasília (UCB) e integrante da ONU Mulheres, Isabel Clavelin, a não criminalização, a ausência de estatísticas e dados pú-

blicos dificultam a configuração do quadro real.

“A prostituição é inadmissível, tendo em vista que elas não têm autonomia de decisão. Por sua vez, a exploração sexual de mulheres e meninas é crime. A cada hora, 228 crianças e adolescentes – principalmente meninas – são explorados sexualmente em países da América Latina e do Caribe”, afirma Isabel.

No Brasil, a violência sexual – que inclui, por exemplo, casos de abuso, exploração e turismo sexual – é a quarta violação contra crianças e adolescentes mais denunciada no Disque 100.

A cada hora, 228 crianças e adolescentes – principalmente meninas – são explorados sexualmente em países da América Latina e do Caribe

Apenas em 2015, foram registradas 17.583 denúncias desse tipo, o que representa quase 50 casos por dia. “A exploração sexual de mulheres e meninas deve ser reprimida de todas as formas”, ressalta Isabel.

Diário de bordo Foram três semanas acompanhando o dia a dia de adolescentes nas noites de Taguatinga e do Plano Piloto.

Precisamos da “escolta” de nossos namorados para diminuir os riscos. Muitas não queriam falar ao perceber que não queríamos os seus serviços. Chegamos a atrapalhar o movimento algumas vezes, segundo uma das meninas. O escuro parecia ter olhos e orelhas atentos, sempre a nos vigiar. A sensação é de medo, insegurança e incerteza. Definitivamente não são locais para se trabalhar nem viver, muitos menos crianças e adolescentes. É preciso lutar contra isso. (*) Do jornal Artefato, da Universidade Católica de Brasília, especial para o Brasília Capital

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Rollemberg homenageia taguatinguenses Cerca de 600 moradores de Taguatinga se reuniram sábado (10), no Lions Club, para o baile de gala comemorativo dos 59 anos da cidade, que fez aniversário no dia 5.

Empresários, políticos e lideranças participaram da festa. O governador Rodrigo Rollemberg aproveitou a ocasião para prestar homenagens a vários pioneiros e pessoas que prestaram importantes serviços à sociedade.

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Taguatinga (Acit), Justo Magalhães, de 67 anos, foi um dos cinco contemplados da noite. Morador de Taguatinga desde os dez anos, Magalhães foi um dos fundadores do primeiro grêmio estudantil da Escola Industrial de Taguatinga (EIT).

A servidora da Secretaria de Saúde e coordenadora da rede dos bancos de leite humano do DF, Miriam Santos, recebeu conTONY WINSTON / AGÊNCIA BRASÍLIA decorações entregues pela primeira-dama e colaboradora do governo Márcia Rollemberg. “Ela não é um orgulho só para Taguatinga, mas para o Brasil, pois os bancos de leite daqui são referência mundial“, elogiou Márcia.

A empresária Lúcia Seixas, diretora da Acit, e o fundador da Instituição Projeção, Oswaldo Saenger, também foram homenageados. Assim como a Justo Magalhães, presidente da Acit, arquiteta Miriam Car- recebe homenagem do governador neiro, que desenvolveu um projeto de revitalização e humanização do Mercado Norte e do Taguacenter.

HISTÓRICO – Taguatinga foi fundada em 1958 em terras do município de Luziânia (GO), na Fazenda Taguatinga, que lhe deu o nome. Seis meses após a fixação dos primeiros habitantes, o local contava com escolas, hospitais, casa para professoras e estabelecimentos comerciais.

Hoje, Taguatinga está consolidada como importante polo empresarial. Segundo a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) de 2016, a cidade tem uma população urbana estimada de 222.598 habitantes. É a terceira maior do DF.

Faltam 11 mil vagas em creches públicas

PEDRO VENTURA AGÊNCIA BRASÍLIA

Da Redação (*)

F

amílias que têm crianças com menos de três anos idade passam por um sufoco enorme por causa da escassez de creches públicas no Distrito Federal. A Secretaria de Educação contabiliza um déficit de 11 mil vagas para atender a demanda e promete abrir, ainda neste semestre, os estabelecimentos que estão fechados por falta de vistoria. Existem 45 Centros de Educação da Primeira Infância (CEPIs) em funcionamento e seis estão inativos porque não foram vistoriados. De acordo com a Secretaria, quatro creches estão em obra, com previsão de entrega no segundo semestre deste ano.

Há unidades sem utilização em Samambaia, Brazlândia, Águas Claras, Lago Norte e Asa Sul. Para amenizar a situação, a Secretaria informa que fez convênios com 59 instituições privadas. Os números, para as famílias, são traduzidos em longas filas de espera e noites sem dormir em frente a portões para garantir uma vaga.

Quatro novas unidades devem ser entregues neste ano pelo governo “REVOLTA” – Com a renda mensal de um salário mínimo (R$ 937,00), Janaína Brito, mãe de duas crianças de 2 e 4 anos, gasta, por mês, em média, R$ 300 para pagar a vizinha que cuida dos seus filhos. “A saída que eu encontrei foi deixar com a minha vizinha, se não fosse ela, meus filhos ficariam sozinhos.

Eu não tenho condições de pagar mais que isso”, afirma.

Moradora de Samambaia, Claudiane Costa conta que há dois anos tenta matricular a filha, de quatro anos, numa unidade próxima ao seu trabalho, mas sem sucesso, mesmo madrugando na fila de espera em

frente à creche. “Desde 2015 eu tento uma vaga para a minha filha e não consigo. O que me revolta é a incerteza de quando essa situação vai melhorar”, desabafa.

A Secretaria de Educação reforçou a previsão de que as creches fechadas serão vistoriadas ainda neste semestre.

Por ano, há abertura de uma lista de matrícula para as famílias necessitadas. Os critérios para ter acesso à vaga são baixa renda, medida protetiva, risco nutricional e mãe trabalhadora. Os pais que se inscrevem aguardam averiguação, feita por sorteio.

Convênios garantem atendimentos A Secretaria de Educação informa que nos 45 Centros de Educação da Primeira Infância (CEPIs) e 59 instituições conveniadas atende cerca de 6,1 mil crianças de zero a cinco anos por meio dos centros, e cerca de 11,6 mil por meio das instituições parceiras, totalizando 17 mil atendimentos. No momento, quatro creches estão em obras, com previsão de

conclusão para o 2º semestre deste ano.

A Secretaria chama a atenção para o fato de que “a meta da universalização à educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 a 5 anos, do Plano Distrital de Educação (PDE), foi cumprida”. A pasta garante que está trabalhando para atender as cerca de 11 mil crianças com até três anos de

idade “no menor tempo possível, uma vez que, nessa faixa etária, não há garantia de atendimento amparada por lei”.

O banco de vagas recebe novas inscrições todos os meses, seja por motivo de mudança para o DF, registros de novos nascimentos e outros, pelo telefone 156. (*) Com reportagem do Artefato

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m reunião realizada terça-feira (13), no Palácio do Buriti, com a comissão de negociação do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), o secretário de Fazenda, Wilson de Paula, e o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, confirmaram que entre os dias 18 e 21 de junho será iniciado o pagamento da pecúnia da licença-prêmio dos professores que se aposentaram em 2016.

Também participaram do encontro o subsecretário de Relações de Trabalho e do Terceiro Setor, Márcio Gimene, e Adler Anaximandro Alves, presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do DF (Iprev).

Na pauta do encontro, os dois pontos: pagamento da pecúnia da licença-prêmio e a situação do Iprev.

GDF paga em julho pecúnia dos professores aposentados Anúncio foi feito em reunião no Buriti com diretores do Sinpro Os representantes do GDF informaram que a metodologia para pagamento da pecúnia da licença-prêmio será semelhante à anterior, pela qual os pagamentos foram executados de forma integral para cada aposentado que receber o direito, e efetuados em ordem cronológica, obedecendo à ordem da publicação das aposentadorias.

Na segunda parte da reunião, os representantes do

GDF atenderam à pauta da comissão de negociação, que em reuniões anteriores cobrou transparência e explicações sobre os recursos financeiros do Iprev, por causa dos rumores de que havia problemas de ordem financeira em relação ao Instituto.

Tais rumores davam conta de que, em decorrência da primeira operação (a retirada de mais de R$ 1,2 bilhão dos recursos

do Iprev, em 2015), e, posteriormente, a retirada de quase R$ 500 milhões, em 2016, o Instituto estaria deficitário.

Adler Alves foi convidado para explicar a real situação do instituto. Ele disse que, hoje, o Iprev continua superavitário e que os imóveis, resultado da primeira operação, já são considerados ativos a receber e isso ocorre porque ainda não foram incorporados por cau-

sa da falta de avaliação dos valores desses imóveis.

Informou também que as ações do BRB ainda não foram repassadas para o Iprev porque precisam de uma avaliação do valor do banco a partir de um processo de licitação com as empresas avaliadoras. Alves disse ainda que as empresas que irão avaliar as ações do BRB deverão ser escolhidas até o fim deste mês. E, somente a partir disso, as ações do banco serão repassadas ao Iprev.

A comissão ressaltou a importância de o Iprev ter mais frequência e transparência nas informações prestadas, e que o Sinpro acompanhará de perto todo o processo de incorporação dos imóveis, bem como a transferência das ações do BRB, uma vez que o Instituto é dos servidores públicos do DF.

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De Arrepiar Por Chico Sant’Anna DIVULGAÇÃO

Modelo importado Nem Chico Vigilante, nem Erika Kokay, nem Magela. O PT-DF vai importar de São Paulo o ex-ministro da Previdência Ricardo Berzoini (foto) para ser seu candidato ao Buriti. A estratégia da tendência interna Construindo um Novo Brasil (CNB) foi revelada em recente jantar na casa do senador Roberto Requião (PMDB-PR), onde estava a bancada senatorial petista e a do PCdoB. A proposta teria sido arquitetada pessoalmente por Lula. Berzoini já mudou o domicílio eleitoral para o DF. Falta agora aprender a andar na cidade, além da Esplanada dos Ministérios.

Jango em Brasília O filho do ex-presidente Jango, João Vicente Goulart, deixou recentemente o PDT, mas não abandonou a política.

Filia-se, dia 1º, ao Partido Pátria Livre (PPL) e pretende concorrer às eleições de 2018, provavelmente ao cargo de senador, onde retomaria a bandeira pela construção em Brasília do Memorial da Liberdade e Democracia, projetado por Oscar Niemeyer. A obra foi embargada pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB).

O PPL tem raízes no antigo Movimento Revolucionário Oito de Outubro (MR-8) e foi a militância do Quercismo em São Paulo. João Vicente deverá ocupar a vice-presidência nacional do partido e comandar a legenda no DF, historicamente nas mãos do ex-diretor do DFTrans no governo Agnelo Queiroz (PT) Marco Antônio Campanella.

Durante o evento Park Way Ambiental, as idéias do ex-BBB Rômulo Neves (Rede/foto) deixaram os moradores arrepiados. No debate sobre formas de preservar o bairro que abriga os córregos e rios responsáveis por um terço da água que chega ao Lago Paranoá, Neves afirmou que o Park Way é um erro de urbanismo e defendeu o adensamento do bairro.

O ex-Big Brother propõe ainda que as quadras 600 nas L2 Sul e Norte possam ter prédios mais altos do que os previstos por Lúcio Costa. Música para os ouvidos da indústria da especulação imobiliária. Condenou, também, o gabarito de três andares no

Riacho Fundo 2. Para ele, os prédios lá deveriam ser como os de Águas Claras.

Mal sabe o pretendente a deputado que os prédios ali são baixos por exigência da Aeronáutica, já que estão na rota dos aviões para o aeroporto.

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Paraíso proibido

Enquanto uns defendem o adensamento do Park Way, a PM acaba de desbaratar uma invasão de luxo (foto) na altura da quadra 13, nas proximidades da Granja do Ipê. Um verdadeiro oásis ali foi criado, com direito a represas e lagoas para lazer e até criação de peixes. Tudo em área pública de proteção ambiental. Os responsáveis agora responderão a inquérito junto a Delegacia do Meio Ambiente. A natureza agradece à PM.

Águas Claras A chamada Via Interbairros, que Rollemberg quer fazer com Parceria Publico-Privada, ganhou mais um opositor. Além do Ministério Público, agora é o Fórum das ONGs Ambientais do DF. O local por onde passará a via - entre Águas Claras e Arniqueiras, próximo ao Córrego Vereda da Cruz -, foi anteriormente destinado para a criação de um parque linear. Era a compensação

ambiental pela execução do bairro.

O Parque nunca saiu por conta das linhas de transmissão de Furnas. A interbairros irá prejudicar ainda o Parque do Guará, já que o cortará pela metade.

Pela PPP, a empreiteira que construir a via ganhará lotes nas laterais para a construção de prédios. Há quem diga que só os moradores dos novos prédios serão suficientes para engarrafar a nova via. Melhor seria manter o parque e investir mais em metrô e VLT.

Até breve O titular da coluna irá tirar uns dias de férias. Volta em meados de julho, com o fôlego renovado. Até lá.

Acompanhe também na internet o blog Brasília, por Chico Sant’Anna, em https://chicosantanna.wordpress.com Contatos: blogdochicosantanna@gmail.com

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Viva a sua programação existencial Você não nasceu por acaso. Você nasceu por uma causa. Valdo Vieira, desencarnado recentemente e fundador da Projeciologia, saiu do corpo conscientemente e foi até a um local onde funcionava uma oficina eletrônica.

Lá, viu uma criança estudando eletrônica. Ficou sabendo que aquela criança seria seu filho. Tempos depois casou-se, nasceu um menino que hoje está com mais de 40 anos de idade e trabalha com eletrônica. Valdo

relatou esse episódio no livro “Projeções da Consciência”, publicado antes do nascimento do garoto.

Chico Xavier, também fora do corpo e consciente, conheceu um espírito estudioso do câncer que estava preparando-se para reencarnar. Trinta anos depois, Chico o encontra, já reencarnado, atuando como médico cancerologista em Belo Horizonte, exatamente como havia se preparado.

Questionado sobre a volta do profeta Elias, Jesus informa aos seus após-

Dietas restritas em carboidrato são uma boa opção para a saúde? É cada vez mais comum pessoas aderirem a dietas low-carb, algumas vezes sem nenhum conhecimento de causa, outras vezes seguindo esse padrão alimentar com ótima indicação.

A grande questão é: será que esse tipo de restrição é uma boa alternativa para todas as pessoas?

A resposta, apesar de óbvia, não

agrada a muita gente: claro que não!

Nem todas as pessoas respondem bem à restrição de carboidratos. Essa estratégia pode, sim, gerar compulsão em alguns indivíduos, causar dores de cabeça e, até mesmo, ansiedade e transtornos alimentares.

Mas essas alterações maléficas estão muito relacionadas com restri-

MARCELO RAMOS O REPÓRTER DO POVÃO

Programa O Povo e o Poder das 8h às 10h de segunda a sábado Notícias, Esportes e Músicas

Rádio JK - AM 1.410

Ligue e participe: 3351-1410 / 3351-1610 www.opovoeopoder.com.br www.marceloramosopovoeopoder.blogspot.com

Ao curar o paralítico de nascença, Jesus o adverte: “Não peques mais, para que algo pior não te aconteça” tolos que Elias já tinha voltado, mas não havia sido reconhecido. Então, os apóstolos entenderam que ele estava referindo-se a João Batista que, como Elias, mandou degolar os sacerdotes de Baal e, pela Lei de Retorno, como João Batista, foi degolado.

ções severas a carboidratos. Vamos entender um pouco mais sobre isso...

Nem toda dieta low-carb é igual, e isso se deve ao simples fato de não haver consenso da diferença real entre dieta com baixa quantidade de carboidratos e dieta com quantidade moderada. Normalmente, tudo que está abaixo da recomendação considerada “normal” pode ser chamada de baixa.

Eu particularmente, considero entre 44% e 30% moderada. Ou seja, a distribuição normal vai de 45% a 65% de carboidratos na dieta. Portanto, abaixo de 45% na literatura cientifica significa restrição. Só que uma dieta com 40% de carboidratos é bem diferente de uma dieta com 5% ou menos de carboidratos.

Ao curar o paralítico de nascença, Jesus o adverte: “Não peques mais, para que algo pior não te aconteça”. É a preparação antes do nascimento que dá a vocação, qualidade esquecida nos dias de hoje, quando as pessoas geralmente estão interessadas em dinheiro e fama. Sem o cumprimento da programação existencial, a consequência é a depressão e infelicidade em outra área escolhida.

Atente-se à sua programação existencial, busque-a, empenhe-se, realize-a da melhor maneira possível, questionando-se se você está agindo em relação ao próximo como gostaria que agissem com você.

Seja feliz.

José Matos Professor e palestrante

Quanto mais restritiva a dieta, maiores os efeitos adversos. O consenso hoje é, sim, de que o consumo exagerado de carboidratos tem uma elevada correlação com a obesidade e outras doenças crônicas, como diabetes.

Porém, isso não significa que retirar os carboidratos da nossa vida seja a solução. Afinal, a glicose, que é carboidrato, é a principal fonte de energia para as nossas células.

Parece confuso tanta informação sobre o assunto. Mas pode ser simples. Basta procurar a orientação de um bom nutricionista.

Caroline Romeiro Nutricionista e professora na Universidade Católica de Brasília (UCB)

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A regência verbal Muitas pessoas ainda pensam que nosso querido idioma é marcado por uma quantidade enorme de peculiaridades. Todavia – ao contrário do que muitos imaginam –, o que predomina é a regularidade. Aquela ideia de que o estudo da gramática é pautado por “um conjunto de regras permeado por um número infinito de exceções” é incoerente. Por isso, sabemos muito mais sobre a nossa própria língua do que imaginamos.

E todas as línguas do mundo são assim! Falantes nativos dominam grande parte do que é regular, o que faz com que a tarefa de memorizar as exceções não seja tão árdua assim.

Hoje, quero falar um pouco sobre a regência verbal. Gramaticalmente, significa a relação que o verbo estabelece com seu complemento.

Vejamos: (1) O empresário contratou novos funcionários.

(2) A professora gosta de alunos esforçados.

No exemplo 1, o verbo “contratou” seleciona o complemento “novos funcionários”. Para que isso ocorra, não há a necessidade de preposição, que seria uma espécie de mediador linguístico. Entendemos, portanto, que o contato entre o verbo e o complemento é direto.

Muito obrigado, Bibi Ferreira!

Quando a vi no Rio de Janeiro, em 1962, estrelando no palco do Teatro Carlos Gomes a superprodução teatral My Fair Laid, Bibi Ferreira tinha 40 anos de idade. Filha do genial artista Procópio Ferreira, àquela altura já era considerada cantora veterana.

Mas jamais poderia imaginar que, 55 anos depois, eu a reencontraria aqui em Brasília, aos 95 anos, interpretando ases da música internacional, a exemplo de Carlos Gardel, Amália Rodrigues, Edith Piaf e Frank Sinatra. E o mais incrível: cantando e emocionando platéias de milhares de fãs, inclusive a mim, que me fez derramar uma avalanche de lágrimas, já que sou chorão de carteirinha.

Na verdade, Bibi já nasceu artista, surgindo em cena aos 24 dias de vida, na peça Manhãs de Sol, substituindo uma boneca que desapareceu pouco antes de iniciar o espetáculo. Poliglota que dominava mais de quatro idiomas, até os quatro anos só se comunicava em castelhano, em companhia de sua mãe Aída Izquierdo, bailarina espanhola.

O português e o grande amor pela ópera, ela viria a aprender com o seu pai. Quanto ao currículo escolar, teria o primeiro tropeço ao ter sua matricula recusada no refinado Colégio Sion, por ser filha de um ator de teatro, mal visto pela elite da época. Em compensação, foi aceita no excelente Colégio

Por isso, o verbo é classificado como transitivo direto (VTD), e o complemento, objeto direto. Já no exemplo 2, o verbo “gosta” seleciona o complemento “de alunos esforçados”. Este verbo, no entanto, exige uma preposição para introduzi-lo.

Por seu turno, o verbo é classificado como transitivo indireto (VTI), e o complemento, objeto indireto.

Dentro desse assunto, existem alguns verbos que nos exigem um pouco de atenção. Quero falar sobre dois: visar e aspirar. Ambos possuem dois significados e, para cada semântica, uma nova regência. O verbo visar pode ser VTD ou VTI. No primeiro caso, ele tem o sentido de mirar, ver. No segundo, ele significa almejar, desejar (e exige a preposição “a” para introduzir o complemento).

(3 O atirador visou o alvo. (= mirar, ver) (4) Ele visa a um novo emprego. (= almejar, desejar)

Algo semelhante ocorre com o verbo aspirar, que pode ser VTD ou VTI. No primeiro caso, assume o sentido de sorver ar, sugar. No segundo, é o mesmo que almejar, desejar (e exige a preposição “a” para introduzir o complemento).

(5) A diarista aspirou o pó da sala. (= sorver ar, sugar) (6)A estudante aspira a um cargo público. (=almejar, desejar) Por essa razão, construções como “ele visa um novo emprego” e “a estudante aspira um cargo público” (sem a preposição) são consideradas gramaticalmente incorretas.

Notou o quanto é simples? Em outra oportunidade, falarei sobre outros verbos que também merecem a nossa atenção! Um abraço!

Nesta apresentação em Brasília, a jovemnonagenária Bibi Ferreira fez uma declaração surrealista: “Nessa comunhão entre o palco e a plateia, é cantando que me encontro com Deus!”

sucessos se sucederam, tornando-a reconhecida internacionalmente.

Em 1944, fundou sua própria companhia teatral, reunindo alguns dos nomes mais importantes do teatro brasileiro. Sempre em trajetória ascendente, transferiu-se para Portugal, onde dirigiu peças durante quatro anos, ratificando êxitos anteriores.

Nesta apresentação em Brasília, a jovem-nonagenária Bibi Ferreira fez uma declaração surrealista: “Nessa comunhão entre o palco e a plateia, é cantando que me encontro com Deus!”

Para mim, a presença da artista valeu como estímulo para continuar caminhando com as pernas cada vez mais firmes, sem derrapar nas perigosas ladeiras da vida, aos 91 anos de idade. Eis porque só me resta agradecer: Muito Obrigado, Bibi Ferreira!

Anglo Americano, concluindo o curso secundário.

Simultaneamente aos seus estudos escolares, entrou para o corpo de baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde permaneceu até estrear ao lado do pai, interpretando Mirandolina, na peça La Locandiera. Daí em diante, os

Elias Santana Professor de Língua Portuguesa e mestre em Linguística pela Universidade de Brasília (UnB)

Fernando Pinto Jornalista e escritor

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Do trabalho para o samba Projeto de revitalização do Setor Comercial Sul completa um ano e usa música para mudar a cara do local ARQUIVO PESSOAL

Gabriel Pontes

Há mais de um ano, músicos de Brasília assumiram o desafio de revitalizar o Setor Comercial Sul - famoso pelo intenso movimento de carros e pedestres durante o dia e pela marginalidade à noite. Com a ajuda dos comerciantes e armados com cavaquinhos, violões e pandeiros, os artistas desenvolvem o projeto “Do Trabalho Para o Samba” para combater a violência e o abandono noturno do local. E a roda de samba e chorinho ganha cada vez mais adeptos a cada sexta-feira. Algumas jornadas chegam a reunir mais de 500 pessoas.

Um dos criadores do projeto é o músico Pedro Cariello, que trabalha no Setor Comercial. “A Lei do Silêncio obrigou os músicos a procurarem alternativas para tocar.

Nossa roda de samba hoje em dia tem segurança,

L

i v r o

Cidadania e inclusão social Em sua 33ª edição, a Feira do Livro de Brasília volta ao Pátio Brasil.

São homenageados Ferreira Gullar, Torquato Neto e Belchior. Começou na sexta-feira (16) e vai até o dia 25 de junho. Neste ano, o tema para os debates será “Cidadania e Inclusão”.

A entrada é gratuita.

O evento é organizado pela Câmara do Livro e fica aberto diariamente das 10h às 22h. Na feira, o frequentador pode conversar com autores, debater temas, tomar um café e ainda participar de saraus e shows.

M

i c r o c o n t o

Luis Gabriel Souza

Profissão

Comerciantes ajudam e o som não tem hora para acabar, às sexta-feiras, na Praça dos Artistas

bar, recebe músicos da cidade e reúne colegas de todos os escritórios da região”, conta o sambista brasiliense.

Toda sexta-feira, a partir das 18h, Pedro e os músicos Lucas de Campos, Nelsinho Serra, Yann Flery, Rodolfo Doutinho, Sérgio Lisboa

e Matheus Ramos batem ponto na Praça dos Artistas. A festa não tem hora para acabar. Além do “pessoal do escritório”, confraternizam em harmonia vendedores ambulantes, moradores de rua, jovens, idosos e crianças. “É um samba democrático”, afirma Pe-

dro, lembrando que ninguém paga para entrar.

Serviço Local: Praça dos Artistas (Setor Comercial Sul) Horário: 18h Preço: Grátis Atrações: Roda de samba com Pedro Cariello e banda

(...) Ela para na porta do carro, troca meia dúzia de palavras, o cliente aceita as condições, ela entra e vai. Faz o que tem que fazer, sacia os desejos íntimos dele e volta para o mesmo ponto. Mais um chega. Para na porta, troca meia dúzia de palavras e vai de novo. Na volta, um único pedido a ele: “pode me deixar aqui, por favor?!”. Trabalhou demais por hoje. Hora da diversão! Desce, entra na balada e pega o mais lindo da noite. Tudo normal pra ela. Tudo comum pra ela. Prostituta na rua; princesa debaixo do teto. Ninguém tem que saber o que cada um faz da vida. Lá dentro, todo mundo é igual. Cada um trabalha com o que quer, “dá licença”! (Baseado em leitora anônima de Taguatinga/DF)