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Mais do que o céu

Pr. Julio Oliveira Sanches

A oração de Jesus por Seus discípulos e por todos que um dia pela infinita graça de Deus Pai fomos levados pela ação amorosa do Espírito Santo a crer em Cristo como Salvador e Senhor (João 17), revela-nos os mistérios sobre a nossa eternidade com a Trindade Santa, que o ser humano jamais conseguirá explicar ou, entender, após a instituição do memorial da Ceia, transcende a toda compreensão humana. O encontro de despedida do Senhor Jesus com os discípulos no cenáculo, transcende a toda compreensão humana. Jesus abre Seu coração aos discípulos e revela o que nos espera na eternidade.

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O Mestre não falou de ruas de ouro. Tampouco das “estrelinhas na coroa pelas almas que ganhei.” Jesus revelou a glória existente ente o Pai e o Filho antes da criação do universo. Esta glória está à espera de todos os salvos. Estaria Jesus com saudades da casa do Pai? A sombra da cruz se aproxima e é uma realidade incontestável para o Mestre. O traidor, com seus comparsas, está pronto para dar o bote final e fatal na tentativa de impedir que o plano da salvação do homem pecador seja executado. O maligno sempre se faz presente tentando frustrar o projeto salvífico do Pai. Hoje, não é diferente. O inimigo atua em todas as esferas, desvirtuando a glória que é devida exclusivamente a Trindade Santa. Ele tem atuado na área do louvor, onde o desvirtuamento do culto verdadeiro cresce a cada novo dia. Interpreta-se louvor como sudorese do auditório. O encontro de Jesus com os discípulos foi em ambiente de reflexão.

Jesus traz aos discípulos um vislumbre do que será o céu e o nosso encontro com o Pai. Extasiados veremos a glória eterna, que sempre existiu e sempre existirá entre o Pai e o Filho e os remidos na eternidade. Faço a mim mesmo uma pergunta que não quer calar. Por que as vítimas da pandemia não retornaram às suas Igrejas de origem? Só encontro uma resposta. As chamadas canções modernas que substituíram os hinos e cânticos espirituais (Colossenses 3.16 e I Pedro 2.5), não conseguiram formar no indivíduo um corpo doutrinário, necessário à geração do amor à Igreja de Cristo. Um exame crítico às chamadas canções modernas descobrimos que elas não possuem doutrinas suficientes para induzir o adorador a uma comunhão mais íntima com Cristo e sua Igreja. A Igreja envolta em cantoria vazia de doutrinas está perdendo o seu espaço. Lembre-se da samaritana. O Pai continua procurando verdadeiros ado- radores. Não agitadores de auditórios. Jesus não promoveu um espetáculo circense aos Seus discípulos, mas os levou a refletir de como será o nosso encontro com o Pai, quando veremos a glória de Cristo. “Pai aqueles que me destes, quero que; onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória, que me deste, porque Tu me hás amado, antes da fundação do mundo” (Jo 17.24).

O céu definido por Jesus, que o conhece muito bem, vai gerar grande decepção aos adoradores barulhentos, que não respeitam os decibéis estabelecidos pela lei natural criada pelo Pai. A natureza está em guerra contra o homem e vai vencê-lo, por uma simples razão: Deus não permite que suas Leis sejam quebradas pela pecaminosidade humana. A reflexão ainda é o melhor caminho para o verdadeiro louvor. Nisto está incluído a boa Doutrina. n