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Aprendendo as lições da espera

Jeferson Cristianini pastor, colaborador de OJB

Desde que me conheço por gente sou agitado. Nunca gostei de esperar, mas a vida ensina que a espera faz parte da jornada. Confesso que tenho aprendido e buscado melhorar. Já avancei muito e aprendo a cada dia pela graça de Deus. Desde o nascimento precisamos aprender a esperar. Quando recém-nascidos, com fome ou com a fralda suja chorávamos até que a mãe viesse nos ajudar. Aprendemos a esperar a comida ficar pronta, a chegar nossa vez na fila, a esperar o dia do primeiro dia de aula e por aí vai. Foram muitas as lições da vida, desde o nosso nascimento até a idade que estamos hoje, que nos fizeram esperar e no ato de esperar como fomos moldados ou revelamos nossa rebeldia. É comum a nós, seres humanos contaminados pelo pecado, reclamarmos da espera, termos uma atitude de rebeldia e de revolta; enquanto na realidade precisamos aprender a usar o tempo da espera para orar e exercitar nossa dependência de Deus.

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Na caminhada cristã aprendemos que o tempo está nas mãos de Deus e nada acontece fora do tempo determi- nado. A sabedoria bíblica nos ensina que “há um tempo determinado para todas as coisas” (Eclesiastes 3.1). Há também o tempo da espera, mas como é difícil esperar. Hoje (13/03/2023) tive que ir ao Hospital Regional buscar o medicamento que faço uso. Como o atendimento é público e creio que a demanda é alta, eu saio de casa sabendo que terei que esperar. Sei que passarei algumas horas na espera para ser atendido. Enquanto esperava ser chamado fiquei mexendo no celular, meditando, tomei um café, escrevi esse texto, respirei fundo e orei. A espera nos dá oportunidades de reflexão e devoção.

Hoje, enquanto esperava minha senha ser chamada, identifiquei por meio da reflexão, que um dos problemas em relação à espera, é que ela nos tira da zona de conforto e mostra que não estamos no controle. Na realidade, quando precisamos esperar por algo, ou para sermos atendidos, nós estamos à mercê de alguém, ou seja, perdemos o controle, nosso ego não está no centro. Ego no centro é idolatria (tema para outro texto). Enquanto esperamos perdemos o controle. No meu caso, eu tenho que esperar ser atendido, logo estou nas “mãos da atendente”. Deus não nos deu o controle, mas tem tudo sob

Mas, além de ser o Salmo do Pastor, este Salmo também é o Salmo do Anfitrião. Pois, aquele que prepara um banquete para alguém é o dono da casa, é o dono da festa. Na parábola do grande banquete, registrada no Evangelho de Lucas, capítulo 14, versículos do 15 ao 23, observamos que os primeiros convidados resistiram ao convite, enviando suas desculpas ao Anfitrião. Daí, pobres, aleijados, cegos e mancos foram convocados àquele banquete.

E o banquete está posto para nós, pobres, aleijados, cegos e mancos espiritualmente, que alcançamos restauração só em Cristo. O óleo foi derramado sobre a nossa cabeça e no Oriente Antigo esse ato simboliza hospitalidade, favor e honra. O cálice transbordando, uma provisão de plena satisfação oferecida pelo generoso Anfitrião.

Portanto, bondade, misericórdia e fidelidade não nos faltarão da parte do nosso Pastor e Anfitrião. Este é o nosso Deus, um Pastor cuidadoso e um Anfitrião generoso. Porque o Salmo do Pastor também é o Salmo do Anfitrião. n

Seu controle. Amém! Ele é Soberano.

Na nossa caminhada de fé, aprendemos a esperar em Deus, pois Ele tem o controle e o comando em Suas mãos. Ele é soberano e cabe a nós esperar o Seu agir, no Seu tempo determinado. Gostamos de citar o Salmo 23, e gostamos de dizer que o “Senhor é o nosso pastor” e consequentemente somos Suas ovelhas, mas nós queremos ter o controle de todas as coisas. Graças a Deus, o controle está nas mãos do Criador e não na nossa mão. Deus não nos dá o controle de tudo, mas Ele tem tudo rigorosamente em Suas mãos soberanas.

O tempo da espera é sempre marcado pela impaciência, agitação, ansiedade, mas também uma grande oportunidade para aprendermos a descansar Naquele que cuida de nós. Se Ele é o nosso pastor, logo, todas as nossas necessidades e nossa proteção estarão asseguradas, pois Ele não mente e não falha. Lembremo-nos sempre das irmãs de Lázaro, Marta e Maria, que pensaram que Jesus havia chegado “atrasado” para visitar Lázaro, que estava enfermo, mas Jesus chega, chora pela morte de Seu amigo, e faz uma pergunta retórica linda: “Se creres, verás a glória de Deus?” (João

11.40). Jesus orar Lázaro ressuscita e a glória de Deus é vista por todos ali. (João 11.1-46). Podemos aprender que o tempo de espera é um tempo de exercício da nossa fé, para vermos a Glória de Deus, o agir poderoso e inigualável de Deus. Jesus nunca se atrasa. Ele sempre chega na hora certa, de acordo com os decretos eternos e segundo os propósitos do Deus Pai (cf. Efésios 1.11).

“De manhã, Senhor, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha oração e fico esperando” (Sl 5.3). Davi nos ensina a “oração da espera”. Oração onde apresentamos nossa vida e nossas inquietações diante do Senhor e ficamos esperando. A espera também tem um caráter pedagógico: a expectativa. A espera em Deus e na Sua atuação em nossas vidas deve ser aguardada com grande expectativa. Como disse C.H Spurgeon, “Às vezes Deus não pede nada a seus filhos; exceto silêncio, paciência e lágrimas”. Enquanto você estiver esperando exercite a confiança. Enquanto você espera o agir de Deus, confie nEle e creia que Ele tem o melhor. Não reclame de esperar, pois a espera pode ser uma bela matéria no processo do discipulado cristão. Pense nisso! n

Algo significativo ocorre na revelação de Deus ao homem. Na Bíblia, é significativo o fato de Deus se revelar como Pai. Em nenhum lugar da Bíblia encontramos Deus identificado como “Mãe”, embora alguns textos se apropriem de imagens femininas para descreverem o Seu cuidado para conosco (Deuteronômio. 32.11; Isaías 46.3; 49.15; 66.13; Salmos 131.2). Mas é interessante observar que os autores sagrados sempre se referiram a Deus usando figura paterna.

Por outro lado, na Bíblia vemos muitos nomes diferentes dados à Pessoa de Deus. Em cada nome dado a Deus há uma revelação do Seu caráter. Podemos nos apropriar desses nomes e extrair alguns desafios para os pais aplicarem no relacionamento com seus filhos.

Elohim

Significa “Deus criador, sustentador e provedor”. Como pais precisamos aprender com Deus sobre a desenvolver essas características. Muitas vezes pensamos que sustentar é apenas o lado de bens materiais, mas, como pais, precisamos ser o apoio espiritual e emocional para os filhos. Prover condições, em todas as áreas, para que os filhos cresçam saudáveis.

El Roi

Significa “Aquele que vê e cuida de nossas necessidades”. Pai, você tem prestado atenção em seu filho? Você está vendo com quem seu filho está andando? Você está sendo sensível às suas necessidades? Não apenas as físicas, mas também emocionais e