Jbg dezembro

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | DEZEMBRO 2014 |

JORNAL DO

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Baixo

Guadiana Director: Carlos Luis Figueira Propriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000

Jornal Mensal Ano 14 - Nº174

DEZEMBRO 2014

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL DE 01132011 SNS/GSCS

PREÇO: 0,85 EUROS

TAXA PAGA

PORTUGAL

CEM NORTE

Associação «Cumeadas» na luta contra desertificação do Interior P 13 a 15

Filmagens aéreas: Aeromodelista apaixona-se pela tecnologia Drone P 8 União de Freguesias Alcoutim e Pereiro no Baixo Guadiana: o que mudou? P 9

Investimento de milhões em energia solar avança com expectativa P 17

Luís Gomes foi distinguido pelo Concelho de Estado da República de Cuba

Agrupamento de Escolas é distinguido a nível nacional pelo conhecimento de idiomas P4

P 10


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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |DEZEMBRO 2014

ABERTURA * O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

JBG

Jornal do Baixo Guadiana

Editorial

Diretor: Carlos Luis Figueira Sub-Diretor: Vítor Madeira Chefe de Redação: Susana Helena de Sousa CPJ 9621 Redação: Antónia-Maria, Carlos Brito, Joana Germano, José Cruz Victoria Cassinello Colaboradores da Edição: Alexandra Gonçalves Ana Amorim Dias Carlos Brás Eusébio Costa Fernando Pessanha Humberto Fernandes João Conceição João Raimundo José Carlos Barros José Cruz Pedro Pires Rui Rosa Associação Alcance Associação GUADI Associação Rodactiva Cruz Vermelha Portuguesa VRSA DECO NEIP Europe Direct Algarve - CCDRAlg e Associação Odiana Departamento Comercial: baixoguadiana@gmail.com e/ou joanagermano@gmail.com Sede e Redação: Rua 25 de Abril, N.º 1 Apartado 21 8950-909 Castro Marim Tel: 281 531 171 966 902 856 Fax: 281 531 080 baixoguadiana@gmail.com Propriedade: Associação Odiana Rua 25 de Abril, N.º 1 Apartado 21, 8950-909 CASTRO MARIM Tel: 281 531 171 Fax: 281 531 080 geral@odiana.pt Pessoa Colectiva: 504 408 755 Direção Executiva: Associação Odiana

Não há que fugir ao tema. O JBG não vive num espaço virtual e por conseguinte o que de importante se passa no País não lhe pode ser indiferente, sobretudo porque os acontecimentos que estamos a viver representam um abalo telúrico de extrema dimensão na vida politica, fazendo crescer uma opinião muito desfavorável de uma boa parte dos portugueses quanto aos políticos e ao valor das instituições que dão corpo ao regime democrático. Compreende-se tal estado de espírito pelo peso das acusações que são imputadas a um ex-governante e, desse modo, neste tempo de finais de Novembro tempestuoso e frio, como é suposto ser, tal acontecimento tenha atraído a atenção da maioria dos portugueses, perante o espetáculo que a imprensa reservou, alimentado por sucessivas fugas ao segredo de justiça . Pelo caminho, e por enquanto, ficou a saber-se que, pela primeira vez, um ex-primeiro ministro ia ficar em prisão preventiva num tempo que se pode

arrastar em, pelo menos, um ano a não ser que no contraditório venham a predominar razões invocadas em sua defesa. Seja como for, num País de maioria católica, conhecida que foi a decisão do super juiz havia razões de sobra para se ficar entre a perplexidade e o espanto, divididos entre a raiva e a luxúria, singularmente, dois dos sete pecados mortais. Numa Associação dirigida por mulheres luta-se contra a desertificação do Interior através do apoio prestado aos produtores florestais bem como a jovens que vislumbram no regresso à terra e à produção agrícola alguma luz quanto ao seu futuro. Todos os que por cá andamos desde há muito nos recordamos das enormes expectativas que foram criadas pelo povoamento de pinheiros mansos em significativas áreas da serra de Alcoutim e Castro Marim; acções que permitiram aos proprietários recuperar algum rendimento de propriedades até aí, na sua maioria, ao abandono. Todavia, pela voz das dirigentes da Associação «Cumeadas», na reportagem que o JBG oportunamente vos trás nesta edição, fica-se a saber que a espécie plantada não está em condições de garantir, após 20 anos, os rendimentos esperados aos seus proprietários, período em que cessa a atribuição dos subsídios que até aqui

usufruíam. Tratava-se de facto de uma emergência a que as diversas autoridades: autarquias, Governo, universidade e corpo cientifico tinham de ser alertadas e mobilizadas para encontrar uma solução que para além de técnica tem de ser económica porque se tal não ocorrer a breve prazo o que se terá pela frente é um regresso ao passado. Em contraste são excelentes as notícias que nos dão conta de intenções de investimento para criar uma área de produção de energia solar a partir de um enorme parque de painéis fotovoltaicos. Oxalá se possa rapidamente passar das intenções aos actos pelo relevo que tal investimento permitiria no desenvolvimento não só de Alcoutim, mas igualmente de concelhos vizinhos. O planalto de Alcoutim é uma área desde há muito estudada para a produção de energia solar e dos estudos conhecidos todos apontam para condições excepcionais dadas as horas de sol/ano existentes neste território, condições facilitadas desde há não muito tempo, pelo atravessamento de uma linha de alta tensão na qual, a haver produção, a mesma poder vir a ser injectada e comercializada. Aproximamo-nos de mais um fim de ano. O próximo vai ser marcado, a atender ao conteúdo do Orçamento

de Estado, por mais um período de sacrifícios exigidos à maioria dos portugueses. Um ano em que é expectável saber-se que desenvolvimento tiveram as investigações ao caso BES e à família do banqueiro, às acusações de corrupção que envolvem os vistos Gold que conduziram à demissão de um Ministro e à prisão preventiva de altos funcionários do Estado, às condições de privatização da TAP, ao desenvolvimento de mais episódios em torno da prisão e das acusações ao ex-primeiro ministro, mas também, igualmente, um ano marcado pela realização de eleições para Assembleia da República em Outubro próximo. É assim, previsivelmente, um período para o qual são mobilizadas todas as atenções dos portugueses. Finalmente, aproveito para vos desejar a todos, jornalistas, colaboradores, leitores do JBG, trabalhadores da Odiana, um bom Natal e, tanto quanto necessitem de saúde e condições de vida e trabalho, que o próximo ano vos seja de todo melhor.

Carlos Luis Figueira carlosluisfigueira@sapo.pt

ERRATA Na edição de novembro enunciámos por diversas vezes, erradamente, o Presidente de Castro Marim como Presidente de Alcoutim. No desporto, por lapso, saiu informação desatualizada na notícia relativa à prova «X Milhas do Guadiana». Aos visados e aos nossos leitores as nossas desculpas.

Vox Pop Como viu a atuação da justiça portuguesa no caso da detenção de José Sócrates, ex-primeiro ministro?

Design e Paginação: Rui Rosa Impressão: FIG - Indústrias Gráficas Rua Adriano Lucas, 3020-265 Coimbra, Tel: 239 499 922 Tiragem desta edição: 3.000 exemplares Registo no ICS: 123554 Depósito legal: 150617/00

Nome: Joaquim Quinito Profissão: Comerciante

Nome: Gilda Maria

JBG ONLINE http://issuu.com/jornalbaixoguadiana e Facebook

Nome: Celestina Lapa Profissão: Reformada por invalidez

R: Claro que vi da forma que todos os

R: Eu acho que isto já deveria ter sido feito

cidadãos viram. Foi muito bem a detenção, mas já tardia. Que a justiça tenha mão pesada para esse e todos os malfeitores de todo este país.

há mais tempo. Mas ainda estão muitos cá fora; se não fossem eles secalhar Portugal poderia estar melhor.

encontra o ex - primeiro ministro faz acreditar que a justiça em Portugal está no caminho correcto e que mudará o seu repertório, que até hoje é duvidoso em relação a figuras políticas. Espero que este caso seja um exemplo positivo e que realmente a punição seja a mais adequada para a gravidade da situação.

NIB: 00350 234 0000 586 353 080 Caixa Geral de Depósitos

Profissão: Fotógrafa

R: Esta situação em que actualmente se

Nome: Ana Rita Caleiro

Profissão: Artesã/cantora/técnica de comunicação R: Para nós portugueses acaba por ser mais um golpe de descrédito da classe política que, por si só, já tem a sua credibilidade muito fragilizada. Do ponto de vista externo demonstra que, por um lado, o sistema de justiça português, de facto, funciona, punindo até as altas individualidades do Estado. Mas temos também o lado negro: será que se vai manter a confiança num país que foi governado por um homem agora preso?...


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CRÓNICAS * O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Vítor Madeira

O Insubmisso Atlantik Fish – A força do empreendedorismo e do desenvolvimento económico no concelho de Castro Marim Quando o Cante Alentejano foi classificado como Património Cultural e Imaterial da humanidade pela UNESCO, num momento histórico para a cultura portuguesa, Castro Marim conheceu, fruto do trabalho dos castromarinenses nos últimos dezassete anos, um dos maiores progressos da sua história mais recente em termos sociais, económicos e culturais, exercendo atractividade bastante para que diversos empresários acreditassem e se instalassem no concelho como foi o caso da Atlantik Fish, uma empresa de sucesso. Tudo começou em 2008, quando a Atlantik Fish, liderada pelo empresário André Lima Cabrita, adquiriu 35 hectares dos esteiros

da Carrasqueira e Lezíria em Castro Marim, em pleno santuário da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim/Vila Real de Santo António, para a produção de peixe em sistema de aquacultura. Volvidos seis anos sobre o lançamento deste projecto arrojado, no valor de 3 milhões de euros, a empresa moldada por um empreendedorismo cativante assegura a produção anual de mais de 300 toneladas de pescado e bivalves, entre robalos, douradas e ostras, o equivalente a 60% da capacidade instalada. Um dos êxitos da maior instalação de aquacultura semi-intensiva em Portugal, localizada em Castro Marim, reside na produção do

pescado, cuja renovação completa da água entre os tanques é baseada no ciclo das marés, com ganhos muito significativos ao nível da qualidade e dos custos. Outro dos pilares fundamentais que preside à estratégia empresarial da Atlantik Fish, que compagina a produção de pescado e bivalves com a defesa dos valores ambientais da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim/Vila Real de Santo António, é o escoamento e a comercialização do produto, além da região do Algarve, de Lisboa e de Matosinhos, 20% dos robalos e das douradas produzidos são importados pela Espanha. Quanto aos bivalves, a empresa conta até ao fim de 2014 exportar

meio milhão de ostras para França. Para esta empresa inovadora e estruturante para o desenvolvimento do tecido económico do concelho de Castro Marim, o apoio do Programa de Desenvolvimento do Mar (PROMAR) foi muito importante para a concretização de um projecto único na região algarvia, que tem como desígnio alcançar as metas a que se propôs tais como a produção anual de 200 toneladas de ostras. Entendo que projectos como o da Atlantik Fish, que estão ancorados no conhecimento cientifico, numa lógica empresarial que tem na sua base a excelência e a qualidade e que são responsáveis por gerar riqueza e criar postos de trabalho devem ser encarados como parceiros

essenciais ao desenvolvimento económico de um país, de uma região ou de concelho. Por tudo isso, Castro Marim deve orgulhar-se de ter no seu território uma empresa moderna como a Atlantik Fish, que está apta a competir com os melhores no mercado nesta era da globalização e cuja produção nasce na nossa “Terra com História”.

Insubmisso69@gmail.com

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

José Cruz

Questionar a maternidade adiada O adiamento da maternidade, quando se dá por vontade de um dos parceiros na relação ou de ambos, é uma medida do foro íntimo do casal. Quando se dá por imposição de uma entidade estranha pode ser um atentado aos direitos humanos. Se acontece como chantagem dentro de uma relação de trabalho, entra no domínio da sobre-exploração sobre quem nada mais tem para garantir a subsistência que a força dos seus braços ou capacidade intelectual. É sabido que, dentro de uma sociedade de matriz capitalista, o empregador

compra o trabalho como uma mercadoria e tentará fazê-lo ao menor preço possível e o trabalhador tentará obter dele o máximo rendimento que puder. A definição dos preços do trabalho depende da abundância ou escassez da mão-de-obra. Já vivi um tempo em que, quando um trabalhador queria mudar de emprego, porque tinha uma oferta melhor de quem necessitava dos seus serviços, por não haver disponibilidade suficiente de quem fizesse o seu trabalho na empresa, ele tinha de dar ao patrão tempo de saída previsto no seu acordo de trabalho. Hoje tal não é assim, não por ter deixado de estar escrito, mas devido

ao elevado desemprego que gera uma reserva de mão-de-obra capaz de permitir aos empregadores todas as veleidades, quer com o trabalho operário quer com o especializado, que não deixa de ser trabalho. É dentro desta premissa da sociedade em que vivemos que empresas tecnológicas como a Apple ou o Facebook, propuseram às suas empregadas em idade fértil o adiamento da maternidade recorrendo à congelação dos óvulos. Ora esta medida, não isenta de altos riscos de saúde, pode justificar-se em determinadas condições muito particulares da mulher ou do casal. Não pode é servir para manter a mulher mais tempo

Ana Amorim Dias

no trabalho, negando-lhe o direito à felicidade e a cumprir o seu desígnio de ser humano, razão pela qual todos nascemos. É uma medida eticamente inaceitável e discriminatória. Um útero aos 40 anos não é o mesmo que aos 20, mesmo que receba óvulos congelados. Para além do mais, a retirada dos óvulos por estimulação ovárica envolve injeções fortes de hormonas, algumas delas ainda no domínio do experimentalismo científico. Os mecanismos da exploração desenfreada são muitos e extremamente perigosos e a única atitude plausível é a mais veemente negação.

A vida não é apenas a sujeição aos mecanismos do trabalho e da produtividade. Aposto dobrado contra singelo que nenhum empresário pensará que esta medida se aplicará a uma filha que esteja no conselho de administração da sua empresa, antes lhe garantirá o tempo necessário e até uma ama. Continuo a pensar que, quanto mais jovens forem os pais, mais tempo terão para conviver com os filhos e os netos e, com a atual esperança de vida, até com os bisnetos. Mas o futuro é dos jovens e são eles que têm de tomar a opção.

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Boleros e Heavy Metal Deixo o carro a trabalhar e volto a casa para ir buscar outra pasta de CDs. Passo uma hora a guiar e a ouvir boleros. A pele arrepia-se. A música passa dos ouvidos para as veias e entranha-se como se fizesse parte de mim. Pergunto-me porque me tocam tanto, os boleros... Há alguns anos, ao ver um programa sobre mulheres presidiárias, ouvi um testemunho que não mais esqueci: ela disse, com uma sinceridade que me pareceu incontestá-

vel, que era muito feliz na prisão pois já não vivia com medo. Estava presa por, no limite do desespero de tantos maus tratos sofridos, ter assassinado o marido. Muitas pessoas, vítimas de perigosas relações tóxicas que tantas vezes levam à morte, não sabem como sair incólumes desse pesadelo; pior, a maioria nem sabe como sair. Paradoxalmente, incontáveis casais existem que, num hino ao consumismo moderno, desistem de projetos de família potencialmente bem sucedidos por ninharias sem

importância. Não investem nenhum esforço em fazer funcionar relacionamentos que até são saudáveis e lançam-se numa busca ininterrupta da meia-laranja perfeita. Pois bem, ela não existe: constrói-se e conquista-se. Mas voltemos ao tema: a violência doméstica é frequentemente subestimada como uma situação à qual as vítimas se podem furtar pelo simples afastamento. Infelizmente a complexidade dos expedientes de controlo emocional e prático destes agressores envolvem

as vítimas em teias das quais estas crêem ser impossível sair. É por isso que a todas as valiosas iniciativas de apoio às vítimas se deve juntar uma mais: a de não fecharmos os olhos aos que nos estão próximos só porque dizem que estão felizes e que amam muito a tal pessoa. Devemos ser mais curiosos com todos os nossos e usar de alguma ingerência nas suas vidas, se preciso for, fornecendo à priori e em generosas doses a força que um dia precisarão de ter. O CD chega ao fim. Nos confins

da minha memória revejo o meu pai a puxar a minha mãe para dançar um bolero no meio da cozinha. É por isso que tenho os boleros entranhados na essência de uma maneira tão doce. É por isso que agradeço à vida a sorte de ter dado aos meus filhos um pai com quem jamais porei a tocar heavy metal.


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EDUCAÇÃO

Agrupamento de escolas de Castro Marim distinguido pelo conhecimento de idiomas A 5 de Dezembro responsáveis do agrupamento de escolas de Castro Marim vão até Lisboa receber o prémio que os distingue entre os demais a nível nacional. Num grupo de apenas seis escolas na esfera nacional está a EB 2,3 de Castro Marim que em 2014 recebe, assim, o «Selo Europeu para as Iniciativas Inovadoras na Área do ensino/Aprendizagem das Línguas». Esta distinção foi possível graças ao projeto «Livros em Palco». O reconhecimento deste projeto dá-lo como uma prática inovadora para o ensino e aprendizagem de línguas, sendo que o projeto consiste em colocar em palco, através de performances teatrais em língua inglesa, textos

de literatura portuguesa adaptados e reescritos em inglês. O concurso que atribui o «Selo Europeu para as Línguas» é promovido pela Agência Nacional PROALV e o júri conta com representantes das associações de Professores de Alemão, Francês e Inglês, bem como com elementos do Programa «Erasmus+». O Selo Europeu para as línguas (ELL) é uma certificação de qualidade concebida para reconhecer e incentivar o domínio do ensino de línguas, e disseminar o conhecimento das línguas,

promovendo boas práticas. Todos os anos, este selo é atribuído aos projetos de aprendizagem de línguas mais inovadores em cada país. Ao apoiar esses projetos, a nível local, regional e nacional, o «Selo Europeu para as Línguas» visa “elevar os padrões de ensino de línguas na Europa”. A entrega de selos de qualidade e prémios será realizada a 5 de dezembro, em Lisboa, e decorrerá no âmbito de uma Conferência Internacional sobre Multilinguismo.

Alunos de Castro Marim foram distinguidos devido ao projeto «Livros em Palco»

 Associação «Bichinho do Saber»

Grupo de Dança «Idade de Ouro» numa final de dança em Sevilha O evento de dança vai ter lugar a 7 de dezembro e o grupo de dança «Idade de Ouro» vai marcar presença. A partir de Vila Real de Santo António este grupo, da associação «Bichinho do Saber», conta já com 42 elementos. As aulas vão desde o sapateado, passando pelo contemporâneo, remontando ao clássico. São três géneros de dança que a associação «Bichinho do Saber» tem como oferta formativa num espaço que o responsável António Guedes quer transformar numa “casa para a juventude”. Conta-nos que existe na equipa da associação “um grande amor em transmitir conhecimento” o que fez com que esta associação enveredasse pelo apoio aos estudos, bem como pela dança e capoeira. Este espaço de educação e juventude

funciona junto à biblioteca municipal Vicente Campinas o ano inteiro “num apoio não apenas às crianças e jovens, bem como às famílias que precisam de espaços de confiança para que os seus filhos fiquem em segurança e adquiram conhecimento”. Podem frequentar este local crianças e jovens dos 5 aos 30 anos.

escolhem o grupo «Idade de Ouro» para aprender vários géneros de dança. António Guedes confessa que esta modalidade desportivo-artística é a «menina dos seus olhos» e mostra-se empenhado em cada vez mais dar força a quem compõe esta valência no espaço que dirige. Atualmente são já três professores. Em Agosto o grupo organizou um Festival de dança para animar os turistas que A dança tem palco visitaram a cidade pombalina e a 7 de privilegiado Dezembro estarão, então, em Sevilha para representar Portugal no festival Atualmente são já perto de 50 elementos que frequentam os estilos contemporâneo, sapateado e clássico no grupo de dança «Idade de Ouro» São cada vez mais os alunos que «Vive Tu Sueño».

Desvalorização da disciplina de Educação Física está a preocupar responsáveis Depois de uma reunião realizada entre a Comissão de Educação Física e Desporto na Escola do Comité Olímpico de Portugal, a Sociedade Portuguesa de Educação Física e o Conselho Nacional de Associações de Professores e Profissionais de Educação Física saiu a “preocupação” dos responsáveis pela eventual desvalorização da disciplina de educação Física nas escolas. Na reunião, que contou com a presença do Presidente do Comité Olímpico de Portugal, os responsáveis falaram sobre “os sinais de crescente desvalorização da disciplina de Educação Física

no sistema educativo público”. Adicionalmente, as instituições manifestaram o desejo de avançarem com a criação de uma agenda comum de reivindicação quanto à valorização da disciplina”, que desempenha um papel absolutamente essencial à elevação da qualidade de vida desportiva dos portugueses, não só pelos fatores sociais inerentes, como pela importância de criação de hábitos de vida saudáveis e todas as repercussões positivas daí adjacentes”. A notícia foi avançada pelo próprio comité olímpico de Portugal.

Reunião realizada entre a Comissão de Educação Física e Desporto na Escola do Comité Olímpico de Portugal, a Sociedade Portuguesa de Educação Física e o Conselho Nacional de Associações de Professores e Profissionais de Educação Física


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JUVENTUDE&EDUCAÇÃO

A Federação das Associações

juvenis do Algarve já é uma realidade No total estiveram no Encontro de associações juvenis do Algarve, em São Brás de Alportel duas centenas de jovens de um total de 20 associações algarvias. Partilha de experiências e reflexão, num encontro marcado pela apresentação oficial da Federação de Associação Juvenis do Algarve.

O evento foi promovido pelo Instituto Português do Desporto e da Juventude do Algarve, dirigido pelo vilarealense Luís Romão, e pelo município de São Brás de Alportel, em estreita colaboração com o movimento associativo juvenil do Algarve. Aconteceu a 1 de Novembro e juntou cerca de 200 jovens pertencentes a 20 associações algarvias, entre elas algumas do Baixo Guadiana. Foi um encontro que permitiu reunir as associações juvenis, promover a troca de experiências e a reflexão conjunta sobre os desafios que se colocam ao movimento associativo, e mostrar publicamente o trabalho desenvolvido na região pelas associações juvenis. Teve lugar no cineteatro São Brás onde o socialista Vitor Guerreiro, presidente do município que acolheu esta iniciativa, se congratulou com a realização da iniciativa, tendo sublinhado “a importância das associações como escolas de cidadania”, no qual confessou ter “aprendido grandes lições”. Por sua turno, o vilarealense Luís Romão, diretor regional do Algarve do IPDJ, aproveitou a ocasião para salientar “o crescimento verificado nos dois

últimos anos do número de associações juvenis sediadas no Algarve e a importância deste I Encontro de Associações Juvenis “enquanto meio de dar a conhecer publicamente a dinâmica do movimento associativo juvenil na região”.

Federação das Associações juvenis do Algarve já é uma realidade Este Encontro foi palco da apresentação pública da Federação das Associações Juvenis do Algarve. Uma apresentaçã oficial realizada pelas associações que estão envolvidas na sua constituição. “Trata-se da primeira estrutura interassociativa que terá como objetivos representar, apoiar e promover o associativo juvenil da região”, lembra o IPDJ em comunicado. Por sua vez, as associações presentes no Encontro tiveram oportunidade de mostrar publicamente o trabalho que desenvolvem através de apresentações intercaladas com momentos de animação com música, dança e vídeo. Houve também lugar para os participantes ficarem a conhecer outras

Luís Romão, diretor regioanl do IPDJ congratula-se com a criação da Federação das Associações Juvenis do Algarve apresentada em S. Brás de Alportel entidades que desenvolvem ações para as associações juvenis e para os jovens. A Direção Regional do Algarve do IPDJ, IP, a FNAJ – Federação Nacional das Associações Juvenis, a Agência Nacional do Programa Erasmus + - Juventude em Ação e a Cooperativa Ecos apresentaram-se aos dirigentes, técnicos e jovens presentes no Encontro. As associações juvenis participantes no J@lgarve dinamizaram um diversificado programa de animação que incluiu demonstrações de BTT e artes marciais, uma simultânea de

xadrez, atuações de hip-hop, dança e acordéon, workshops de yoga do riso e de origami e outras atividades que permitiram mostrar, na prática, o trabalho que é desenvolvido na região pelas associações juvenis. Simultaneamente, decorreram no auditório painéis de reflexão e debate para dirigentes e técnicos de juventude. A importância da cooperação interassociativa, as vantagens da participação das associações em atividades de âmbito internacional e o papel que as associações juvenis podem desempenhar no desenvol-

vimento local foram os temas em análise nestes painéis. Intervieram nestes debates, como moderadores: José Vaz da FNAJ, Nuno António da associação juvenil MOJU de Olhão, Pedro Reis da Agência Nacional do Programa Erasmus + - Juventude em Acão, Sofia Martins da Cooperativa ECOS, Marlene Guerreiro, vereadora da Juventude da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, Hugo Nunes, Vice-presidente da Câmara Municipal de Loulé, em representação da AMAL, Associação de Municípios do Algarve e Luís Romão, que aqui acumulou também a representatividade enquanto presidente da Junta de Freguesia de Vila Real de Santo António. O Encontro terminou com a representação da peça de teatro «Sopa com Massa» pelo grupo de teatro Sin-Cera da Associação Académica da Universidade do Algarve. “Para a realização deste encontro, a organização contou com o apoio do AquaShow, FNAC e Intermarché de São Brás de Alportel. De referir, também, a colaboração da ADS – Associação Designers do Sul que concebeu a imagem dos diferentes suportes de difusão do evento”, frisou a organização.

Sinais de alerta de dislexia devem «Love to Dance Arutla» comemorou 15 anos ser detectados no pré-escolar A formação sobre a problemática da «Dislexia sob o método fononímico Paula Teles» teve lugar na biblioteca municipal de Castro Marim a 22 e 29 de Novembro. Ficou o alerta de que uma deteção precoce deve ter lugar ainda no ensino pré-escolar. Vera Oliveira, da «Clínica de Dislexia Dra. Paula Teles», lembrou na formação para terapeutas da fala, formadores, pais e educadores que “a dislexia não é uma dificuldade temporária e que por isso deve ser detectada o mais precocemente possível” de modo a que a intervenção seja a mais otimizada. “No pré-escolar as competências fonológicas devem ser avaliadas”. A terapeuta alertou para o facto que “é errado deixar para o segundo ano [do primeiro ciclo], como é comum acontecer”. Sendo que, despistar na adolescência “já é tarde”. A especialista defendeu também que a intervenção na dislexia deveria ser sistémica, congregando uma rede de especialistas. Ler muito tem extrema importância para quem precisa do apoio na área da dislexia, uma vez que aumenta em grande escala o capital visual de palavras. É comum a dislexia acarretar uma baixa auto-estima para os indiví-

Formação sobre a dislexia na biblioteca de Castro Marim duos. Quanto a sinais, nomeadamente no ensino pré-escolar, é preciso estar atento “a uma linguagem de bebé persistente e a frases curtas com palavras mal pronunciadas”, disse a formadora.

Foram inúmeras as abordagens ao nível da dislexia feitas pelas formadoras Vera Oliveira e Lina Rosa. A iniciativa esteve a cargo da associação Odiana, câmara municipal de Castro Marim e Associação de Beneficiência «Mão Amiga».

O grupo de dança «Love to Dance Arutla» comemorou em Novembro o seu 15.º aniversário. A festa reuniu bailarinos, professora, encarregados de educação, direcção do clube Alturense e a comunidade de Altura aplaudiu mais um aniversário deste grupo de dança do concelho de Castro Marim.


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EL AND EVALO S U R - O CCID EN TA L *

ESPANHA

José Luis Rua

Aniversario de la muerte del pintor ayamontino Antonio Gómez Feu En estos días se celebra el aniversario de la muerte del pintor ayamontino Antonio Gómez Feu, un artista sordoparlante que cautivó a todos por su especial sensibilidad y su manera tan especial de plasmar en el lienzo con la idéntica soltura, un paisaje, un interior o un retrato. Si hubiera que decir algo de él, seguramente podríamos escucharlo de labios de alguien, o de muchos, quizás de todos aquellos que tuvieron la oportunidad de vivir en su época, de visitar sus exposiciones, de comunicarse con él -dado que era un gran conversador a pesar de ser sordomudo-, de sorprenderse de sus inquietudes literarias, de su enorme sensibilidad, de su afán viajero, de su humanidad y de su sencillez, de ser especialmente amigo de sus amigos. Hoy, pasados alguno años de su ausencia, siento su amistad como si terminara de despedirlo en cualquier calle o plaza de nuestro Ayamonte, con

el recuerdo vivo de una conversación recién finalizada y que sabía a sabiduría y experiencia. Y si tuviera que definir el concepto más amplio de su estilo podrían hacerlo a través de sus fantásticas acuarelas (de la escuela de Segrelles) opuestas a los ligeros retratos, a la rica composición de los bodegones, al arabesco detalle de los interiores de iglesia ( de la escuela sevillana), a las apretadas perspectivas del paisaje, a la fiel reproducción de lo filatélico…Y esa amplia diversidad que tan magistralmente manejaba, se debió unicamente al dominio de la técnica en sus más diversas acepciones. Hablaríamos de su paso por Valencia en la época de estudiante; de Sevilla, esa etapa de madurez y asomo a las galerías; y de cuando en 1952 se instala en Barcelona, donde desarrollara su trayectoria pictórica hasta que en el verano del 1983 recala en Ayamonte hasta los últimos días de su vida. Una

vida que transcurre entre el silencio de sus labios y en las mejores conversaciones de sus lienzos. Su título de profesor obtenido en la Escuela de Bellas Artes San Fernando de Madrid, era su tarjeta de presentación, mientras que las mejores críticas especializadas fueron su tarjeta de visita. Alejado de los círculos y los grupos, fue un luchador independiente, honesto, creativo, capaz de lucirse con el óleo, la acuarela o el lápiz, y seguro de lograr el mejor trabajo en el retrato (inmortalizó a grandes personalidades de la vida militar, social y cultural del momento, destacando el acuarelista Segrelles, militares de la época o su último retrato al pintor ayamontino D´Esury); la imaginería ilustrativa (Becquer y sus leyendas, Bethoven y su Marcha Heroica, Camoes y Las Luisiadas, El Quijote o las estampas filatélicas); en los interiores de templos (Los Jerónimos de Lisboa, el Claustro de la

 Arquitectura

Raul Vela ha recibido la Mención Especial del jurado en la categoría residencial Raul Vela, 35 años, soñador y diseñador de edificios y casas donde poder vivir. Creador de espacios para facilitar a otros seres humanos la posibilidad de soñar y hacer realidad sus ilusiones. Lleva ya 10 de esos años dedicado a la arquitectura, básicamente en el ámbito privado, en el de la autopromoción. Ha diseñado un ciento de proyectos que han sido ejecutados, pero tan solo dos de ellos han sido esas obras en las que queda la seña de identidad del creador. Sus trabajos, como la inmensa mayoría de ellos, dependen de las necesidades del propietario, de los recursos económicos sobre los que se sustenta y de los planes urbanísticos que determinan las condiciones a las que tiene que someterse. Por esa razón la obra pública tiene un enorme atractivo para los arquitectos dado que les deja una mayor libertad. Como dicen ellos “ es más limpia”, no sienten la presión de una supervisión que les meta el lápiz. Raul, en estos momentos, es responsable de la ampliación de la Caseta Municipal en Ayamonte, sede de la Escuela Oficial de Idiomas. Y es que en estos días se ha hecho entrega de los XXI Premios de Arquitectura del Colegio Oficial de arquitectos de Huelva, lo que comenzó hace años como los Premios Pérez Carassa, y Raul Vela ha recibido la Mención Especial del jurado en la categoría residencial, a la vez que también el proyecto ha sido la obra más votada por los propios arquitectos en la misma categoría. Un reconocimiento que le permite sentirse satisfecho por su trabajo, máxime cuando lo hace por el voto de sus propios compañeros. La casa premiada, situada en la Plaza del Salvador en Ayamonte, uno de los

lugares emblemáticos de la ciudad. Hemos visitado y tenido la fortuna de recibir las explicaciones que dan sentido a esta obra personal de arquitecto ayamontino. Y quizás una de las cuestiones que sorprendió al jurado es que la fachada de la obra premiada mantenía una relación de dialogo con la Iglesia del Salvador, con la propia plaza. Esa relación de lleno-vacio, de pared-ventana, es perfecta. Porque el edificio está invertido, los espacios principales de la casa miran hacía atrás, al patio, y por el contrario los espacios y zonas de tránsito, hacia el exterior. El premiado ha jugado de manera magistral con las luces y las dimensiones, con espacios situados a doble altura, acompañados por luces cenitales. Le ha dado al interior un recorrido de luz natural de tal manera, que esta penetra en las distintas zonas por tres puntos distintos que se comunican según la ubicación del sol a lo largo del

día. Y algo que la convierte en especial, la cubierta, que siendo un extraordinario mirador que otea desde arriba la ciudad blanca, se acompaña de una piscina, única en la zona, que es a su vez un plus de aprovechamiento del espacio abierto. La crisis económica es la autora de ese estancamiento de la construcción y la que está llevando a los profesionales a buscar otras formas de intentar superarla. En el caso de Raul Vela, la diversificación es la salida y la que mantiene este stand by creativo. Informes periciales, pequeñas reformas o la actividad como constructor ocasional son su salida profesional. Pero un premio como este es el que realmente mantiene la ilusión y las ganas de sacar a la luz su creatividad y su visión particular de la vivienda de hoy. Y con una especial fuerza cuando este galardón le es concedido por sus propios compañeros de profesión.

Raul Vela recibiendo la Mención Especial del jurado en la categoría residencial

Rábida, Las Angustias o San Antonio de Ayamonte); las naturalezas muertas llenas de vida; los paisajes urbanos de la Barcelona antigua o la belleza del Alcázar de Sevilla o la Casa de Pilatos. Y en sus ojos las lágrimas de agradecimiento a su ciudad, que supo homenajearlo cuando aún podía dar las gracias. Un homenaje sencillo en el patio del ayuntamiento en la tarde noche del 22 de agosto de 1980. Ochenta obras en una exposición antológica en la sala capitular. Rotulación de una calle con su nombre. Cena de honor en la caseta municipal y un alcalde que supo estar a la altura de las circunstancias, el siempre recordado Juan Antonio González. Y muchas cosas que se podrían decir de este insigne pintor ayamontino, de esta gran persona y de este buen amigo, que vivió en Barcelona parte de su existencia, pero que siempre llevó a Ayamonte con él y lo dejó presente

Gomez Feu en el recuerdo en cada una de sus obras. Hoy solo es cuestión de recordarle, posiblemente, como uno de los mejores pintores que engendró Ayamonte. Desde esta ciudad que es más bella porque fue tuya, un abrazo.

Nueva edición del curso de dibujo y pintura con modelos profesionales Por segundo año consecutivo, los miembros del taller de pintura «La Escalera» de Ayamonte, sacaron a la luz una nueva edición del curso de dibujo y pintura con modelos profesionales. Una experiencia que en el año anterior fue ya todo un éxito y que en esta ocasión ha superado las previsiones. El curso ha sido impartido por los profesores Pablo Lanuza y Quino González, ambos licenciados en bellas artes y viejos conocidos de los amantes a la pintura en Ayamonte, puesto que sus exposiciones suelen verse en la Galería Passage. Y no solo nuestra ciudad alberga especialmente muestras de Pablo, sino que Villa Real de San Antonio, Sevilla o Mairena del Aljarafe son testigos de su trabajo. Para esta ocasión, han preferido el trabajo en equipo para facilitar la comprensión y ayudar a resolver dudas en los participantes. En esta edición las clases se han impartido en la Ermita de San Sebastián, lo que le ha dado un valor añadido al curso, que rápidamente ha sido muy comentado por todos. El entorno, su plasticidad y esa atmosfera de silencio y trabajo han permitido a los asistentes realizar auténticas obras de arte, recibiendo las felicitaciones tanto de los profesores como de los visitantes que se han acercado hasta el aula magna improvisada en tan especial recinto. Las clases han sido teórico prácticas, dado que tanto Pablo como Quino han

esbozando la mejor manera de trabajar con modelos a través de las diversas técnicas del lápiz, la sanguina, el carboncillo, pastel y oleo. Con la observación del natural de dos modelos masculino y femenino, Esteban y Rasedo, que nuevamente han sorprendido por los magníficos posados y que han reforzado la interpretación al papel de la percepción que cada uno de los alumnos ha tenido. Algunos de ellos sin experiencia en este tipo de trabajo y otros con la carga experimental de la talla de Ángel Guerrero D´Esury, Juan Galán, Fátima Concepción o Rita Martínez, amén de las componentes del taller de pintura “ El Rellano” y el propio taller convocante del curso. Destacar que en esta ocasión no solamente se ha contado con alumnos de la ciudad sino también del vecino Portugal, Alemania, Sevilla o la Puebla de Guzmán. Las respuestas han sido variadas y emotivas, quedando plasmado tanto en el soporte como en propia expresión. Esta actividad que se puede calificar de enormemente exitosa, se va a mantener dada su aceptación, y dado que abre nuevos caminos que permiten a los amantes de la pintura avanzar en la mejora de sus técnicas y en el conocimiento que les transmiten profesionales, todos ellos enamorados de la misma ciudad que enamoró a Sorolla. Ayamonte y su luz tan especial.

Curso de dibujo y pintura ha sido impartido por los profesores Pablo Lanuza y Quino González


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EL A N D EVA LO SUR -O C C ID EN TAL *

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ESPANHA

Aparcamiento III Ruta de Belenes en libre de pago Ayamonte a partir del 1 de Diciembre en Ayamonte en las tardes de octubre a marzo La insistencia y la presión de los comerciantes del centro de Ayamonte, de la mano de la Asociación de la Pequeña y mediana Empresa de la localidad , han dado finalmente sus frutos y después de numerosas reuniones con la empresa de la zona de pago y con el Ayuntamiento, se ha conseguido que durante seis meses al año, desde octubre a marzo (coincidiendo con los meses de menor afluencia de turistas al municipio), las tardes de la Zona ORA sean gratis para todos los que aparquen. Además, se ha conseguido que se amplíe de dos a tres horas el ticket máximo que expiden los parquímetros. Igualmente la empresa va a incorporar un nuevo dispositivo para que el usuario, desde un móvil o cualquier otro dispositivo con internet, pueda realizar el pago del aparcamiento sin necesidad de ir al parquímetro correspondiente y después al vehículo a poner el ticket. Para ello, será necesaria una modi-

ficación de la ordenanza sobre la materia, la publicación de los mismos y esperar un plazo de alegaciones, y finalmente en unos meses será una realidad, según se ha informado desde APYME Ayamonte. El objetivo de la medida, es minorar el perjuicio que a juicio de APYME está causando en los comercios y empresas locales el hecho de que los aparcamientos del centro estén sujetos al pago, sobre todo durante todo el día, mañanas y tardes”. Esta situación había motivado una recogida de firmas de clientes y empresarios de comercio y hostelería, en la que “más de 3.500 personas avalaron la necesidad de modificar de alguna forma esta zona de aparcamientos. Las firmas reclamaban la supresión total del pago durante los meses de invierno, pero debido a los compromisos contractuales de Ayuntamiento y Empresa, finalmente se ha llegado a un acuerdo parcial.

El próximo 1 de diciembre se pone en marcha la tercera Ruta de Belenes de Ayamonte, que en esta ocasión cuenta con la participación de siete belenes y misterios. La iniciativa municipal a cargo del Área de Turismo cuenta con la importante colaboración de hermandades y otros colectivos municipales, con el objetivo de hacer llegar las tradiciones navideñas a los vecinos ayamontinos, así como animar a los residentes y visitantes a salir a la calle y a la vez realizar sus compras navideñas en la población Los participantes son los siguien-

• Ayuntamiento de Ayamonte, con su típico misterio en el Patio Noble. • Hermandad del Lunes Santo, con un Belén Hebreo en el Templo de la Merced. • Centro Cultural Casa Grande, con un Belén Tradicional. • Hermandad de Nuestra Señora del Carmen y San Antonio de Padua, con un Belén Tradicional, ubicado en la barriada de Punta del Moral.

• Asociación Juvenil ‘El Solá’, con un Belén estilo flamenco, enfocado en la aldea del Rocío, y que estará situado en el Centro Comercial ‘La Plaza’. • Hermandad de la Sagrada Lanzada, con la representación del Misterio del Nacimiento, con las imágenes secundarias de la Hermandad a tamaño natural, situado en el Templo de San Francisco. • Grupo Parroquial de la Humildad y la Estrella, con un Belén Tradicional que estará presente en la Parroquia de San Vicente de Paúl.

l próximo 1 de diciembre se pone en marcha la tercera Ruta de Belenes de Ayamonte

XXX medio maraton Ciudad de Ayamonte El próximo 18 de enero de 2015 se celebra la trigésima edición del Medio Maratón Ciudad de Ayamonte, prueba que está organizada por el Patronato Municipal de Deportes de Ayamonte. Esta actividad está incluida dentro del Circuito provincial de Gran fondo que coordina el Area de Deportes de la Excma. Diputación de Huelva y se desarrolla sobre un circuito urbano de 21.097 metros que discurre por

La insistencia y la presión de los comerciantes del centro de Ayamonte, de la mano de la Asociación de la Pequeña y mediana Empresa de la localidad , han dado finalmente sus frutos

tes:

las principales calles y avenidas de la ciudad, así como por la carretera de acceso a la playa de Isla Canela y que al mismo tiempo pretende mostrar a los participantes los principales edificios históricos del municipio, así como su patrimonio paisajístico y medioambiental. Paralelamente, se organizan una serie de carreras para las categorías inferiores que se enmarcan bajo la Carrera Popular Virgen de las Angus-

tias que se desarrollan en los momentos previos y durante la prueba del Medio Maratón. El número máximo de inscripciones será de 600 atletas distribuidos entre todas las categorías convocadas, que van desde junior hasta veteranos F, tanto masculinos como femeninos. Las inscripciones se pueden realizar en la web: www. mediomaratonayamonte. com

El próximo 18 de enero de 2015 se celebra la trigésima edición del Medio Maratón Ciudad de Ayamonte


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EM FOCO

 Filmagens aéreas Aeromodelista especializa-se na tecnologia Drone É autor de inúmeros vídeos no Baixo Guadiana com imagens aéreas. A paixão pelo aeromodelismo já é antiga e Paulo Vasques une-a agora às novas tecnologias de filmagem. São muitas horas a recolher imagens de paisagens, património e pessoas, tendo o vídeo mais recente registado a mega-coreografia de dança que juntou bailarinos da eurocidade.

houve o grande boom de utilização de drones”, lembra-se, recordando que aos 19 anos já era grande a sua paixão pelo aeromodelismo. “Foi nessa altura que construi o meu primeiro avião remoto e desde aí nunca mais parei”. Não pensava Paulo é que um dia pudesse juntar duas paixões. Atualmente constrói os seus próprios drones, o que torna tudo muito mais complexo, mas ao mesmo tempo mais apaixonante e é muito o tempo, para além do valor material do equipamento, investido neste hobbie. De resto, uma actividade de tempo livre que um dia Paulo Vasques gostaria que se transformasse em algo mais sério. Ambiciona “filmar para produções de vídeo e cinema”.

Paulo Vasques é aeromodelista com 28 anos de experiência no desenho, construção e pilotagem de aeromodelos telecomandados à distância, desde aviões, helicópteros acrobáticos e também UAVS destinados a captação de imagens aéreas nomeadamente fotografia e video. Há uns anos a esta parte tem utilizado os famosos UAVS, também conhecidos por Drones, para a criação de diversos trabalhos, tais como cobertura de eventos desportivos, festas, inspeção de pontes e edifícios de difícil acesso, entre outros. Tecnologicamente falando, explicanos que utiliza “um Octocopter e dois hexacopters de ultima geração, ambos com autonomia para cerca de 15 minutos de voo por cada bateria, depois é só trocar a bateria em 2 minutos e pronto para voar outra vez!”. Dedica-se ao voo com drones desde que surgiram no mercado, mas foi em 2012 que se iniciou no video e foto aérea em alta definição. “Tenho mais de 200 horas de voo sem nunca ter tido acidentes. Todos os meus drones são profissionais e com inúmeros sistemas de segurança, só utilizo material de alta qualidade para evitar falhas durante o voo. Disponho também de um avião drone, que pode ir até 6km de distância, com uma autonomia para 40 minutos sem abastecer”, conta-nos este aeromodelista.

O Drone que percorre o Baixo Guadiana O mais recente trabalho que Paulo Vasques produziu foi um vídeo promocional da companhia de dança Splash. As imagens foram recolhidas durante o espetáculo em Vila Real de Santo António onde várias companhias que participaram no festival internacional de dança «Arte Sem Fronteiras» elaboraram uma mega-coreografia. Ali, no complexo desportivo de VRSA Paulo Vasques e o seu drone não passaram despercebidos. Foi um trabalho que “deu muito gozo fazer”, conta-nos o autor, que no ar tinha um drone e em terra duas câmaras.

Drones estão na moda São cada vez mais os casos de drone utilizados nas buscas de desaparecidos em locais de difícil acesso. Por outro lado a tecnologia que permite realizar filmagens em espaço aéreo através de controlo remoto é cada vez mais a paixão de muitos amantes da sétima arte. Os preços têm vindo a baixar o que torna um drone mais acessível às carteiras. Paulo Vasques adquiriu o seu primeiro drone há três anos, mas quando ficou desempregado em 2014 o tempo permitiu-lhe explorar melhorar esta tecnologia. Desde que começou de forma mais séria que não tem parado de filmar e editar vídeos, onde as imagens aéreas marcam a diferença; são muitos e de variados temas. Os voos acontecem em Vila Real de Santo António, Castro Marim, em diversos eventos desportivos, tendo já participado em filmagens para produções estrangeiras. “Em 2013

Susana H. de Sousa

Dedicação à séria

Paulo Vasques é aeromodelista desde os 19 anos. Desenha e constrói os modelos de aeronaves. Na tecnologia drone também já desenha e monta os seus equipamentos. Recentemente ajudou uma escola do Alentejo a promover-se num festival escolar da canção de nível europeu: o «Schoolvision 2014»

É grande a paixão de Paulo por esta nova tecnologia que permite recolher facilmente imagens aéreas. Dedica-se a estudar e a melhorar todos os dias esta arte que se une à tecnologia. E essa dedicação não o impede de criar vídeos completamente promocionais de lugares que considera “magníficos”. Tem enviado os seus trabalhos quer para entidades públicas, como as autarquias como particulares que já vão identificando a «pedra de toque» de Paulo Vasques que inovou no Baixo Guadiana. Entretanto, já deixou a sua marca no Alentejo. Este ano realizou filmagens aéreas no âmbito do festival da canção escolar europeu «Schoolvision 2014». Foi em Arroiolos e contribuiu para um meritório quinto lugar dos alunos da Escola Cunha Rivara.


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EM FOCO

 União de freguesias Alcoutim e Pereiro: 1 ano depois da fusão O Baixo Guadiana tem um exemplo de União de Freguesias. Neste caso a reforma administrativa imposta pela Troika exigiram que no concelho de Alcoutim se unissem as antigas freguesias de Alcoutim e Pereiro. Esta alteração do mapa representou, sobretudo, uma mudança na gestão autárquica. João Carlos Simões assumiu em 2013 a presidência da União de Freguesias de Alcoutim e Pereiro após eleições autárquicas. Para este autarca foi tudo novo: a vida política que até aí desconhecia, veio do setor da banca, e uma união administrativa de freguesias que, apesar de “estar a ser levada com a maior boa vontade e abertura possíveis”, não é “um processo simples de interiorizar”. Há bairrismo ainda visível, mas cada vez mais atenuado. “É natural que assim seja, pois não é de um momento para o outro que as coisas mudam por completo”. No entanto, agora que já passou mais de um ano de união João C. Simões assume que esta foi “uma feliz união”. O autarca atenta à partilha de recursos que passou a ser feita o que possibilitou uma otimização. “O que se conseguiu conjugar em equipamentos e recursos foi muito positivo. Temos uma carrinha de nove lugares que dá apoio às consultas e antes isso não existia no Pereiro, por exemplo”. O autarca também dá nota de uma retroescavadora e um camião de 3500 quilos, anteriormente cada um na sua freguesia, hoje unidos ao serviço desta fusão autárquica”. Apesar da sede da junta estar localizada em Alcoutim a verdade é que existem dois espaços físicos onde os fregueses se podem dirigir. Mantiveram-se os edifícios que antes serviam as antigas freguesias e aí continuaram as valências já existentes. “Por exemplo, no Pereiro continua a funcionar no edifício autárquico o centro de dia”. João Carlos Simões garante que é um “presidente presente” e durante a campanha eleitoral, em 2013, distribuiu o seu cartão com o número de contacto de modo “a manter aquela proximidade que é essencial nestas zonas envelhecidas e desertificadas”. As queixas, na sua maioria, são feitas para reclamar limpeza de ruas ou pequenas reparações. Mas para o presidente desta união de freguesias existem problemas maiores para resolver e que não têm solução à vista. “O despovoamento é muito grande e, sem dúvida, que o facto de não haver uma dinamização económica torna tudo mais difícil”. A União de Freguesias de Alcoutim e Pereiro tem no total pouco mais de mil eleitores, sendo que 10% dos residentes não se encon-

Susana H. de Sousa

tra recenseado. “Temos muitos novos habitantes que estão a recuperar as suas casas, mas que ainda não se recensearam aqui”. São, por norma, filhos da terra que regressaram ao lugar que os viu nascer, na fase da reforma.

Gente jovem há pouca

João Carlos Simões tem um orçamento de 130 mil euros para gerir na União de Freguesias de Alcoutim e Pereiro

A valorização dos espaços patrimoniais e promoção à visita cabe também no papel desta União de feguesias

A animação das festas une também as populações que se fundiram nesta reforma administrativa

Caracterização da União de Freguesias Alcoutim e Pereiro: União das Freguesias de Alcoutim e Pereiro é uma freguesia portuguesa do concelho de Alcoutim com 231,17 km² de área e 1 134 habitantes (2011). Densidade: 4,9 hab/km². Foi constituída em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, pela agregação das antigas freguesias de Alcoutim e Pereiro e tem sede em Alcoutim.

Os jovens nesta união de freguesias são poucos. Os que cá estão “vão beneficiando dos apoios sociais que prestamos”. O autarca, recorda que “desde apoios à natalidade, passando pelas refeições gratuitas nas escolas e outras medidas sociais” são tudo motivações adicionais criadas pelo município para combater o êxodo e tentar acenar para novos residentes. “A falta de emprego é um enorme entrave para a captação de novos residentes em idade ativa”. O autarca lamenta que na união de freguesias a oferta de alojamento esteja a “atravessar uma enorme crise” e apela para que na restauração haja uma oferta concertada “de modo a não fecharem os restaurantes todos no mesmo dia porque senão os nossos visitantes, que são cada vez mais, não regressam”.

Ampliação do cemitério é prioridade Em mãos o maior projecto que João C. Simões tem é a obra de ampliação do cemitério do Pereiro. “Esta é uma obra urgente e que tem prioridade no nosso orçamento”. A câmara municipal é o grande apoio, para além do Fundo de Financiamento de Freguesias. “O nosso orçamento ascende aos 130 mil euros, mas cerca de 70% está alocado a despesas fixas pelo que não nos permite projectar grandes obras”. Outras das prioridades deste autarca passa por incrementar os certames culturais e etnográficos da união de freguesias que lidera. Para o parque de autocaravanismo do Pereiro está a ser estudada a criação de um heliponto para aterragens de emergência. E toda esta zona está a ser limpa e preparada para continuar e aumentar a oferta de locais para a prática de desporto de Todoo-terreno. “O Pereiro tem uma enorme potencialidade a este nível”, remata.


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LOCA L  Agraciado com a «Medalha da Amizade»

Luís Gomes foi distinguido pelo Conselho de Estado da República de Cuba O presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Luís Gomes, foi homenageado em Cuba, pelo Conselho de Estado, onde recebeu a Medalha da Amizade. O presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Luís Gomes, foi homenageado em Cuba, pelo Conselho de Estado, onde recebeu a Medalha da Amizade. Trata-se da mais alta condecoração atribuída pela República de Cuba a um cidadão estrangeiro, cujo objetivo, neste caso específico, é destacar a relação de proximidade que o município de VRSA tem mantido com este país ao longo dos últimos oito anos. De referir que o galardão tem o alto patrocínio do presidente Raúl Castro e foi atribuído no Instituto Cubano de Amizade com os Povos, e contou com transmissão na televisão cubana. Em comunicado às redações Luís Gomes disse que “esta distinção é a prova do sucesso das relações de proximidade que VRSA sempre desenvol-

veu, sem reservas, com a República de Cuba, e através da qual se provocaram importantes roturas, nomeadamente na saúde, cujas parcerias contribuíram para a redução das filas de espera para cirurgia, na área da Oftalmologia, no Serviço Nacional de Saúde”. O autarca acrescentou que “por outro lado, esta proximidade tem permitido encontrar diversas respostas sociais com impacto na melhoria da qualidade de vida dos vila-realenses. Disso é exemplo o programa «Cuidar», onde beneficiamos do know-how de Cuba ao nível da oftalmologia, ou o modelo geriátrico pioneiro desenvolvido na Casa do Avô”. Recorde-se que através da colaboração com os serviços de saúde de Cuba, mais de 300 vila-realenses beneficiaram de intervenções oftalmológicas neste

país, tendo o exemplo sido seguido por outros municípios. Esta parceria estratégica levou à abertura do Centro Médico Internacional de VRSA, onde se encontram alguns dos mais inovadores tratamentos na área da medicina física e da reabilitação. No campo cultural, as sinergias com Cuba permitiram a realização de diversas edições do Encontro de Cultura Cubana e a organização, em VRSA, da Conferência Mundial do Projeto José Martí para a Solidariedade Internacional, reunião que trouxe ao nosso país o destacado intelectual e teólogo Frei Betto. Ainda no âmbito desta homenagem, Luís Gomes conduziu uma Sessão Magistral, na Universidade das Ciências Informáticas, em Havana, subordinada ao tema «A situação da Europa e o seu futuro imediato».

Luís Gomes recebeu a «Medalha da Amizade» em Cuba

«Feira da Perdiz» voltou renovada após um ano de interregno

Chef Leonel Pereira recebeu estrela Michelin

Decorreu em Novembro a VII «Feira da Perdiz», na localidade de Martinlongo, concelho de Alcoutim. Esta foi a edição que se seguiu a um ano de interregno. Executivo camarário quis amadurecer a ideia sobre o evento que acredita ter inovado. Foi um fim-de-semana de cinegética, na freguesia de Martinlongo, Alcoutim, em que a perdiz vermelha foi um verdeiro símbolo num certame que começou em 2007. Este ano, sob o comando do executivo de Osvaldo Gonçalves, a «Feira da Perdiz» apresentou novidades tanto nas actividades, bem como nas instalações. No total foram 40 os expositores de diversas áreas, num certame que teve maior oferta de competição, com alargamento de horário e num espaço maior. Foi, igualmente, palco do lançamento do II Festival Gastronómico de Alcoutim, à base de pratos de caça.

Atividade Cinegética é compatível com Conservação da Natureza Oscolóquiosmarcaram,também,esta «Feira da Perdiz». Na escola de Martinlongo os responsáveis do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) do Alentejo e

Algarve defenderam que a actividade cinegética, enquanto exploradora de um recurso natural, renovável, com uma gestão adequada é, na maioria das vezes, compatível com a conservação da natureza. Ao nível nacional é mínima a zona de interdição à caça nas áreas protegidas. O responsável pelo ICNF no Algarve, José Pacheco, lembrou que “a conservação de muitas espécies depende da cinegética”.

O drama da doença hemorrágica viral no coelho-bravo Pedro Esteves, investigador do CIBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos) levou até Martinlongo o drama de uma doença que tem afectado a população do coelho-bravo e que se mostra evolutiva e preocupante. Trata-se da doença hemorrágica viral. Foi em 2009 que se realizou pela primeira vez um estudo acerca desta

O espaço da Feira da Perdiz foi ampliado para a receção de stands de produtores doença, tendo esse estudo sido desen- tes da doença”. As más notícias dão volvido por cientistas portugueses e conta ainda que já foram encontraespanhóis. Em 2012 cientistas espa- dos anti-corpos da doença em outros nhóis e franceses descobriram uma animais. Pedro Esteves alertou para nova variante e em 2012/2013 a o facto da vacina apenas estar válida doença foi pela primeira vez sinali- num período de 9 meses a um ano, zada em Portugal. A nova variante devendo depois disso ser renovada. da doença está a aumentar o nível de Questionado se os humanos podem mortalidade da espécie. O investigador consumir carne de coelho-bravo o alertou também para o facto de serem especialista afirmou que sim, pois os muito negativas as translocações de estudos realizados demonstram que animais “porque acarretam o risco de a esse nível não há transmissão da translocar, igualmente, outras varian- doença entre o animal e o Homem.

O alcoutenejo Leonel Pereira ganhou a estrela Michelin no restaurante onde ele e a sua equipa deliciam com as suas iguarias. No São Gabriel, na Quinta do Lago, Leonel Pereira elabora uma cozinha de experiências onde rebusca os sabores típicos e onde prima por inovar constantemente. Em reacção à distinção o alcoutenejo agradeceu às centenas de mensagens de felicitações e agradeceu em seu nome e da equipa que lidera. Recorde-se que em Agosto de 2014 Leonel Pereira cedeu uma entrevista ao Jornal do Baixo Guadiana onde falou da sua carreira, do percurso efetuado na área de cozinha, sendo protagonista de uma carreira nacional e internacional de sucesso, tanto na área de cozinha como também na de gestão hoteleira.


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LO CAL  2015

Orçamento de Alcoutim ascende aos 8 milhões de euros Com excepção da oposição [dois vereadores do PSD] o orçamento de Alcoutim para governar no ano de 2015 foi aprovado pela maioria PS e apresenta um valor global de 8.088.591,00 euros. Cerca de dois milhões são para despesas de capital; uma fatia de 26% do bolo orçamental alcoutenejo. Foi ainda em Outubro, no dia 30, que o Orçamento e as Grandes Opções do Plano para o ano de 2015 da Câmara Municipal de Alcoutim foram aprovados por maioria, com dois votos contra dos vereadores da oposição social-democrata, em reunião de Câmara extraordinária. Comparativamnente com 2014, o município de Alcoutim vê reduzida em cerca de cinco milhões a receita prevista. No entanto, o executivo liderado por Osvaldo S. Gonçalves, explica que essa redução resulta “essencialmente da aplicação das alterações legislativas, designadamente no que se refere aos critérios para o cálculo do valor estimado da receita”. O edil alcoutenejo prefere reiterar que “os documentos agora

aprovados representam uma matriz orçamental clara e cuidada, que teve como base um escrupuloso diagnóstico no que concerne às necessidades da população do concelho”. Assim, este orçamento “espelha a situação real, na adversa conjuntura macro e microeconómico em que o concelho se insere, considerando quer as condições exógenas, quer a matriz funcional da própria autarquia”, não estando “em causa a concretização das políticas definidas”.

Menos receita em prol das famílias “Ainda no âmbito da receita, refira-se também que a autarquia abdicou, em prol das famílias, da

totalidade dos 5% de IRS que lhe era devida”, recorda a autarquia em comunicado. “Esta medida pretende atenuar a carga fiscal os munícipes numa altura de crise económica em que o poder de compra dos cidadãos é cada vez menor. Enquanto a situação financeira da autarquia o permitir esta será uma medida para continuar” garante o edil alcoutenejo.

Saúde, Educação e Ação Social A câmara municipal garante que as áreas da Saúde, Educação e Ação Social vão ser privilegiadas ao nível de “investimentos mais relevantes, quer pelo montante envolvido,

quer pela natureza premente dos mesmos”. Na lista está a construção do Lar de Martinlongo; saneamento e abastecimento de águas, com especial enfoque para a ETAR dos montes das Laranjeiras, Guerreiros do Rio, Álamo e Cortes das Donas, e o sis-

tema de tratamento e abastecimento de água a diversas populações do concelho; transportes rodoviários, com destaque para 2.ª Fase da Avenida de Acesso à EBI de Martinlongo e à construção e reparação de diversas estradas e caminhos municipais.

Centro de Saúde de Martinlongo fecha para obras e deixa população inquieta

Água do concelho de VRSA premiada com Selo de Qualidade

A 13 de Novembro a câmara municipal de Alcoutim recebeu um ofício da Administração Regional de Saúde (ARS) a solicitar transporte para os utentes do Centro de Saúde de Martinlongo poderem deslocar-se até às consultas em Alcoutim, porque dois dias depois aquele Centro de Saúde iria fechar as portas para obras de mês e meio.

A VRSA - Sociedade de Gestão Urbana (SGU) foi distinguida com o selo de «Qualidade Exemplar de Água para Consumo Humano» 2014. Com este galardão, a empresa responsável pela gestão e distribuição de água no concelho de Vila Real de Santo António vê reconhecida a excelência e segurança da água que chega à população vila-realense. O galardão é um dos «Prémios de Qualidade de Serviço em Águas e Resíduos» que será atribuído na 9ª Expo Conferência da Água, no dia 19 de novembro, no Centro de Congressos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), em Lisboa. Esta distinção premeia as entidades prestadoras de serviços de abastecimento público de água que, no último ano, tenham assegurado uma qualidade exemplar da água para consumo humano. “Este é também o resultado do investimento de 30 milhões de euros que está atualmente a ser levado a cabo pela VRSA SGU em todo o concelho, através da criação de novas redes de abastecimento de água e de

Quarenta e cinco dias na serra de Alcoutim com mais um encerramento , mesmo que temporário, na área da saúde consegue ter um reflexo do medo junto da população. Um ano e, sensivelmente, um mês depois de ter encerrado a extensão de saúde de Vaqueiros, e os respectivos utente serem transferidos para Martinlongo, agora é a vez de o centro de saúde de Martinlongo ver encerradas as suas portas; desta vez para obras de reabilitação do edifício. Mas Osvaldo Gonçalves, presidente da câmara municipal de Alcoutim, disse ao JBG que “foi, no mínimo, com indignação” que recebeu a notícia destas obras apenas dois dias das mesmas se iniciarem.

O autarca manifestou-se “muito preocupado”, não escondendo receio de poder vir a assistir no concelho de Alcoutim a mais um encerramento na área da saúde. “Isso seria algo inqualificável”, diz-nos, avançando que da parte da ARS “ficou a garantia que este encerramento é temporário”. O edil criticou, enfatizando “o facto de a câmara ter sido avisada apenas 48 horas antes do encerramento” e de “nesse curto espaço de tempo ter de assumir resposta para o transporte dos utentes visados com este fecho; que de outra forma muitos não teriam meios para se deslocar até ao centro de saúde de Alcoutim [que fica a cerca de 30 quilómetros

de distância]”.

Utentes «castigados» Os utentes do centro de saúde de Martinlongo, que já são os habitantes das freguesias de Vaqueiros e Alcoutim sentem-se «castigados» por estarem a viver mais uma carência na área da saúde. Depois do fecho da extensão de Vaqueiros, cuja abertura não tem data à vista, os habitantes da serra de Alcoutim não têm a mesma esperança de outros tempos. O medo apoderou-se do sentimento em relação à prestação dos cuidados de saúde básicos, que é como se lhes estivesse a fugir por entre os dedos.

saneamento básico”, diz o município em comunicado. “Com a atribuição deste rótulo, o município de VRSA vê reconhecido o trabalho diário realizado ao longo dos últimos anos pela empresa municipal e aumenta ainda mais a confiança juntos dos consumidores”, continua. A atribuição do prémio baseia-se em critérios como o cheiro e sabor da água fornecida, a realização da totalidade do número de análises agendadas no programa de controlo de qualidade da água, ou o cumprimento, em pelo menos 99%, dos valores paramétricos nos estudos de rotina. Os «Prémios de Qualidade de Serviço em Águas e Resíduos» pretendem contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços de abastecimento público de água, saneamento de águas residuais urbanas e gestão de resíduos sólidos urbanos. A organização está a cargo da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) e do Jornal Água & Ambiente.


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LOCA L

104 anos de vida da senhora Dorila Maria celebrados na «Casa do Avô» A senhora Dorila Maria celebrou 104 anos de vida. A data é muitíssimo especial e por isso mesmo a Casa do Avô de Monte Gordo onde passa os seus dias preparou uma festa para a qual foram convidados os utentes da Casa do Avô de Vila Real de Santo António. Nelson Ramiro animou com a sua mestria artística esta festa que contou também com o executivo do município de Vila Real de Santo António. A família de Dorila Maria mostrava-se sensibilizada pela homenagem a esta senhora com uma idade tão distintiva. Ao JBG a aniversariante disse que o segredo para longevidade é “ ter paciência, muita paciência!”.

Senhora Dorila Maria festejou aniversário na «Casa do Avô» de Monte Gordo acompanhada do filho e outros familiares

PCP leva degradação de esquadra de VRSA à Assembleia da República O deputado Paulo Sá, eleito pelo círculo do Algarve pelo Partido Comunista Português, levou até à Assembleia da República questões que denunciam degradação da esquadra da PSP. Em nota às redacções os comunistas dão conta que o “edifício está cada vez mais degradado e o teto de uma das casas de banho ruiu recentemente”. Os comunistas temem pela segurança dos profissionais da PSP de Vila Real de Santo António e que trabalham num edifício quase centenário. Da parte do Governo ficou a garantia de que as obras de reabilitação serão asseguradas em 2015 por estarem contempladas em Orçamento de Estado.

Autarquia de Castro Marim melhora arruamentos em Azinhal A Câmara Municipal de Castro Marim concluiu a empreitada de beneficiação do arruamento do loteamento municipal do Azinhal, junto à Unidade de Cuidados Continuados. A obra, concluída no prazo de dois meses, teve um custo de cerca de 56 mil euros. “Criar melhores condições de mobilidade aos transeuntes, assegurar melhores condições de circulação e segurança rodoviária a peões e automobilistas e desenvolver condições controladas de escoamento de

águas pluviais, foram os principais objetivos desta empreitada. Depois da pavimentação, o arruamento foi dotado de sinalização vertical e horizontal. A beneficiação de arruamentos, tal como a conservação do bom estado das estradas, a limpeza das ruas e a requalificação de espaços urbanos, pertencem, a par de outras medidas noutras áreas, ao grupo de prioridades do executivo da Câmara Municipal de Castro Marim para o ano de 2015”, pode ler-se na nota de imprensa enviada às redações.

A obra teve a duração de dois meses e renova a entrada da aldeia do Azinhal


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Associação «Cumeadas» na luta contra a desertificação do Interior

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ES PECIA L CU MEADAS / En ti d a d e p r e m i a d a p e l a Confr ag r i em 201 4

Telma Marques assumiu em 2012 a presidência da associação «Cumeadas», cuja sede está instalada na localidade do Pereiro, concelho de Alcoutim. Esta é uma entidade que tem uma área social que abrange dois municípios do Baixo Guadiana - Alcoutim e Castro Marim - e com uma equipa de oito pessoas desenvolve um trabalho no combate à desertificação física e humana. Susana H. de Sousa Quando falamos de reflorestação e dos programas que se lhes assiste temos que ter em conta um sem número de medidas tomadas em prol de um combate à desertificação não apenas física, mas muito, humana. É repovoar os solos e repovoar as casas. É dinamizar a economia dos lugares e absorver as raízes e tradições que se vão mesclando com as novas tendências de vida. Telma Marques é a presidente da Cumeadas e Ana Gancho a coordenadora da equipa, instalada num gabinete no Pereiro, que diariamente trabalha no apoio aos proprietários de terras deste território. As responsáveis dão-nos conta das dificuldades que enfrentam perante vários constrangimentos. Desde logo, a presidente reconhece que a equipa que possui não é suficiente para fazer face ao serviço, mas garante que a prioridade passa por equilibrar as contas e assegurar os salários. “Desde que entrei que não estamos em falta com nenhum salário e isso é o mais importante”, diz, recordando que a decisão de encurtar a equipa perante as adversidades financeiras veio já da anterior direção. Agora, Telma Marques assegura que antes das contas equilibradas não há espaço para fazer crescer o número de colaboradores. Dar resposta a candidaturas na área agrícola, actualmente, só é possível graças a uma parceria com uma empresa, pois neste gabinete localizado no coração do Pereiro não existem técnicos especializados na área. “Mas a solução da parceria pareceunos ideal, face à impossibilidade de contratarmos novos quadros”, insiste Telma Marques, sublinhando que “aqui nenhum proprietário de terras que queira fazer uma candidatura na área da agricultura fica sem resposta, uma vez que é encaminhado para a

entidade parceira”. Ana Gancho é engenheira florestal e coordena a equipa desta associação que agrega cerca de 330 proprietários associados. Veio de Lisboa em 2009 e não se arrepende da mudança. Ao contrário de muitos jovens que decidem partir do Baixo Guadiana à procura de novas oportunidades, para Ana a prioridade foi sempre viver “a sul do Tejo”. Essa convicção fe-la candidatar-se a uma vaga para um lugar na associação florestal. “Ao início não foi simples a adaptação a um registo de vida muito diferente” daquele a que se habituou na grande cidade de Lisboa, mas rapidamente se sentiu integrada e daqui, garante-nos, não pretende sair tão cedo.

Instalação de Pinheiro Manso não deu os resultados esperados Aquando da realização de uma visita do Reitor da Universidade do Algarve ao concelho de Alcoutim, em Abril deste ano, Ana Gancho fez questão de lançar a ideia de uma parceria com a Universidade do Algarve para um estudo sobre o facto do pinheiro manso que foi utilizado para reflorestar o nordeste algarvio não estar a dar, na sua maioria, rendimento. Este é um fenómeno para o qual as responsáveis na Cumeadas alertam e que pode até passar despercebido para muitos. “São muito poucos os proprietários florestais que dão nota de rendimento com os seus pinheiros, mas, efectivamente, indo ao terreno é bastante perceptível que a maioria não está a produzir”. Este problema identificado pela associação é de sobremaneira valorizado pelos técnicos liderados por Ana Gancho que temem que dentro de muito pouco

tempo os terrenos, até agora mantidos com apoios para o efeito venham a ser abandonados.

«Regulamento 2080» provocou boom na reflorestação do nordeste algarvio Em 1994 foi o nordeste algarvio que registou um maior número de instalações de pinheiro manso. Ana Gancho fala-nos do «boom» que esta realidade representou e que na altura, entre 1994 e 1999, mexeu muito com a economia local. “Os terrenos foram dinamizados, surgiram muitos projetistas e empreiteiros florestais”, conta-nos. Estávamos no âmbito do «Regulamento 2080» que se apresentou como uma oportunidade para os proprietários de terrenos desgastados por uma agricultura intensiva, e que através de uma política florestal viram a oportunidade de obter algum rendimento desses terrenos. Foram repovoados milhares de hectares de terrenos. Em cada hectare cerca de 830 pinheiros mansos e por cada hectare o proprietário poderia receber entre 150 e 200 euros de subsídio. A este apoio foi dado o nome de «Perda de Rendimento» que representa um valor aproximado daquele que seria o rendimento auferido pelos proprietários com a prática da agricultura. Na verdade, a maioria destes terrenos, solos agrícolas, há muito que não eram aproveitados para a agricultura e o «Regulamento 2080» apareceu como um incentivo aos proprietários; um estímulo no combate à desertificação. Uma tentativa de povoamento. E resultou do ponto de vista da adesão. Este programa previa que o valor de apoio anual vigorasse ao longo de


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ESP EC I AL C U MEA DA S / En ti d a d e p r e m i a d a pela C onfr ag r i em 201 4

Atuação Associação «Cumeadas» A atuação da associação «Cumeadas» é, também, realizada em Zonas de Intervenção Florestal (ZIF). Neste momento são seis ZIF, envolvendo os concelhos de Castro Marim e Alcoutim. - Elaboração de projectos - Investimento nas explorações agrícolas: Aquisição de equipamentos e alfaias agrícolas Novas plantações Infra-estruturas agrícolas - Elaboração e acompanhamento de projectos - Beneficiação de povoamentos florestais - Florestação de terras agrícolas - Gestão Multifuncional - Recepção de candidaturas às ajudas ao rendimento dos agricultores - Manutenção da Actividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas - Alteração de Modos de Produção Agrícola - Protecção da Biodiversidade Doméstica - Intervenções Territoriais Integradas

duas décadas. Ou seja, durante 20 anos os proprietários que tivessem instalado espécies florestais de acordo com a medida de incentivo teriam o seu apoio assegurado face à conversão de terrenos agrícolas para florestais. Em 2014 encontramo-nos numa altura em que esses 20 anos estão a esgotar-se e agora no seio da associação Cumeadas surge uma preocupação evidente. A dúvida que subsiste é a de saber como vai ficar o nordeste algarvio depois de os proprietários deixarem de ver assegurado o seu rendimento face a uma espécie florestal que na sua esmagadora maioria não está a produzir. “Manter os terrenos tem custos e quando terminarem as subvenções o facto da maioria dos proprietários não tirar rendimento dos pinheiros não é evidente que façam a manutenção desses terrenos”. Ana Gancho alerta mesmo que “daqui a 10 anos a realidade nesta região pode ser muito diferente, para pior, se não houver incentivos para os proprietários”. A técnica explica que há muitos terrenos abandonados e que a esmagadora maioria dos que são povoados são-no graças aos incentivos. “A nossa área social, que abrange Castro Marim e Alcoutim tem muitos terrenos que estão abandonados pelas mais variadas razões; os proprietários não residem cá, ou já faleceram e são diversos os casos das heranças em divisas que não se mostram processos simples”, lembra Ana Gancho. Perceber o parco rendimento do pinheiro manso não é possível antes de um estudo que se debruce seriamente sobre a problemática, frisam em uníssono presidente e coordenadora da associação.

Antes do Pinheiro a

Azinheira Antes da instalação de pinheiro manso no nordeste algarvio houve a tentativa de instalar a Azinheira. “Esta é uma espécie autóctone, muito querida pelas pessoas daqui porque culturalmente servia para alimentação do gado e proporcionava muitas sombras. Mas na verdade teve um índice de mortalidade na ordem dos 90% e levou à conversão sucessiva das instalações por pinheiro manso”. Ana Gancho conta-nos um pouco da história recente das instalações florestais que se foram sucedendo para a protecção dos solos. Passados cerca de 20 anos, e graças à instalação do pinheiro manso, “os solos podem estar já diferentes e regenerados ao ponto de voltar a aceitar espécies como a azinheira tão típica daqui”, ressalva a coordenadora.

Jovens agricultores representam esperança A Cumeadas tem como função maior reverter a realidade de um nordeste algarvio que está cada vez mais desertificado. As mais recentes estatísticas nos Censos 2011 indicam que o concelho de Alcoutim foi o que a nível nacional perdeu mais população entre 2001 e 2011. Contudo, Telma Marques confirma ao JBG que “são cada vez mais os jovens com projectos agrícolas que recorrem à Cumeadas para poderem candidatar-se a fundos”. Nesses casos são encaminhados para uma empresa especializada na elaboração desses projectos, mas nestes primeiros contactos no Pereiro deixam sinais de esperança. “Aqui realizamos o serviço de parcelário (de acordo com

- Asistência técnica no encaminhamento para programas de financiamento disponíveis e adequados a cada caso - Informação e apoio a projectos florestais - Substituição de espécies - Transferências de titularidade - Pedidos de exclusão de áreas por expropriações ou outros - Apoio e acompanhamento técnico a trabalhos de manutenção em povoamentos florestais - Elaboração de Planos de Gestão Florestal (PGF) - Elaboração de cartografia digital e levantamentos GPS - Preenchimento e entrega dos pedidos de licenciamento de queimadas e de cortes ou podas de sobreiros e azinheiras - Preenchimento e entrega do manifesto de produção suberícola (produção de cortiça em cru) - Apoio técnico e informação actualizada nas mais diversas áreas

as características de cada parcela de terreno) e verificamos, claramente, que são muitas as intenções de jovens agricultores para investirem em cultivo de alfarrobeira e medronheiro, e muitos são aqueles que querem seguir o ramo da apicultura”. Estas informações coincidem com as que têm sido veiculadas publicamente pelo director regional de agricultura, que dá como crescente o número de jovens agricultores [dos 18 aos 40 anos] nos concelhos de Castro Marim e Alcoutim.

Cumeadas distinguida em 2014 O trabalho da Cumeadas foi distinguido em 2014 pela Confragri – a Confederação Nacional das Cooperativas. A distinção baseou-se no número de «Pedidos Únicos» - candidaturas de financiamento agrícola e florestal - realizadas na associação no período que decorre de 1 Fevereiro a 30 de Abril. Este é um trabalho com “um peso burocrático muito grande”, contextualiza Ana Gancho que explica que o facto de a Cumeadas ser uma entidade acreditada pela Confragri “também permite um conjunto de funções que contribuem para a sustentabilidade da associação”. A Cumeadas presta serviços nos concelhos de Alcoutim e Castro Marim. Existem protocolos estabelecidos tanto com entidades públicas como privadas que permitem assegurar os vencimentos e as despesas globais das equipas. Têm uma equipa de sapadores florestais que atua no concelho de Alcoutim, nomeadamente com um protocolo estabelecido entre a União de Freguesias de Alcoutim/Pereiro e a câmara municipal de Alcoutim.

Equipa instalada no Pereiro - Ana Costa (Eng. Florestal) - Ana Gancho (Eng. Florestal) - Inês Brito (Admnistrativa) Sapadores Florestais: - Diamantino Gonçalves - José Justo - Manuel Inácio - Paulo Fernandes


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PU BLICIDA DE

INSCRIÇÕES ABERTAS


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D ESEN VO LVIMEN TO  Central Martinlongo/Vaqueiros

«Perto da

Europa»

Setor da hotelaria na Europa dá emprego aos jovens Foi esta a mensagem que se passou aos 60 jovens portugueses e espanhóis, de Tavira, Mértola e Aracena, alunos de cursos ligados à Hotelaria e Turismo, que se reuniram em Tavira para um encontro transfronteiriço, inspirados na Dieta mediterrânica como sinónimo de um estilo de vida:“A Europa és tu: Direitos e oportunidades para os jovens no setor turístico no espaço transfronteiriço” O setor da hotelaria segundo um recente estudo europeu desempenha um papel crucial na luta contra o desemprego entre os jovens tendo crescido 2,9% por ano entre 2000 e 2010 e criando 2,5 milhões de postos de trabalho. O Passaporte Europeu de competências do setor da hotelaria lançado em junho de 2014 é uma iniciativa da Comissão Europeia da HOTREC - Confederação de Associações hoteleiras e da EFFAT – Federação de sindicatos do setor,. A rede EURES de apoio ao emprego aloja esta ferramenta que é um complemento ao CV e pretende facilitar a procura de emprego edstando a ser desenvolvido para outros setores. Parte da atividade do dia 29 de Outubro desenvolveu-se ao ar livre e todas as deslocações dentro da cidade se fizeram a pé, promovendo o estilo de vida saudável. O almoço consistiu numa partilha gastronómica com produtos mediterrânicos/locais que fomentou o convívio e acrescentou a estes jovens uma experiência internacional. No período da tarde puderam perceber o funcionamento do Parlamento Europeu e por a prova as suas competências linguísticas. Organizados em “comissões sectoriais” em torno de 4 temas os jovens dispunham de 10` para debater cada um deles com os convidados que presidiam às comissões. Seguiu-se o plenário onde os rapporteurs, indicados pelas comissões, fizeram o resumo das mesmas assegurando os EDIC – Centros de Informação Europeia a tradução simultânea português-castelhano: ERASMUS+ : Quem se pode candidatar? | Quais as ações concretas em que os jovens podem participar? | o que é o Erasmus+? | Que oportunidades para cursos profissionais? http://ec.europa.eu/programmes/erasmusplus/index_pt.htm http://www.etwinning.net/pt/pub/news/ news/a_bright_future_for_etwinning_.htm Passaporte EU: O que é e para que serve o passaporte? | Como se adquire este passaporte? | Quem pode adquirir o passaporte EU? https://ec.europa.eu/eures/ Dieta: Pertinência do projeto “A Dieta Mediterrânica | O que é a “Dieta Mediterrânica”? | Para além da gastronomia quais as outras vertentes do projeto http://museumunicipaldetavira.tavira.pt/ Hotelaria na Europa: Oportunidades concretas de estágio/emprego na EU? |Existem acordos de parceria transfronteiriços para formação nesta área? | http://ec.europa.eu/portugal/comissao/ destaques/20140617_passaporte_europeu_ competencias_pt.htm http://www.ey.com/Publication/ vwLUAssets/The_Hospitality_Sector_in_ Europe/$FILE/EY_The_Hospitality_Sector_in_ Europe.pdf

Centro de Informação Europe Direct do Algarve Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional - CCDR Algarve

Rua do Lethes nº 32, 8000-387 Faro tel: (+351) 289 895 272 fax: (+351) 289 895 279 europedirect@ccdr-alg.pt

www.ccdr-alg.pt/europedirect

Alcoutim aguarda com expectativa investimento ímpar em energia solar Em meados do mês de Novembro chegava pela mão de órgãos de comunicação social nacionais a notícia de que Alcoutim, no nordeste do Algarve, seria palco para um investimento de “milhões de euros” em energia solar. O executivo que comanda os destinos do concelho aguarda novidades com “muita expetativa”. Numa primeira reacção à agência Lusa o presidente da câmara municipal de Alcoutim, Osvaldo Gonçalves, disse ter recebido com “surpresa” e “agrado” as notícias sobre a intenção de uma empresa privada construir uma central de energia solar no concelho. O autarca referiu que desconhecia a intenção, mas destacou que a dimensão do projecto apontada nas notícias publicadas seria, em termos de emprego, “o Euromilhões para Alcoutim”, já que fala na criação de 600 postos de trabalho, diretos e indiretos. De acordo com o Jornal de Negócios a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) recebeu um pedido de licenciamento para uma central fotovoltaica de 200 megawatts, a implementar numa área de 800 hectares nas freguesias de Martinlongo e Vaqueiros. A acontecer será um investimento que representaria a maior central solar do

país, superando a que existe no concelho alentejano de Moura. “Isto foi uma notícia que nos apanhou com alguma surpresa, mas acompanhada em proporção superior por agrado”, afirmou Osvaldo Gonçalves. O autarca reconhece as “enormes potencialidades do concelho face ao aproveitamento energético já que a sua exposição ao sol é das maiores na Europa e revela que já tinham surgido contactos diversos de investidores nesta área. Alcoutim “tem já uma

ampla divulgação nesta área e uma comprovação técnica de que é um território com uma exposição solar óptima para este tipo de tecnologia”, contaxtualizou. Sobre esta temática o JBG já noticiou o investimento da «Enercoutim», uma plataforma de ensaios de energia solar sedeada em Alcoutim e que na freguesia de Martinlongo arrancou com um investimento de 18 milhões de euros ao serviço das tecnologias solares em ascensão. O autarca observou que Alcou-

tim tem “muitos hectares com características para fazer estes investimentos” e é necessário “que haja vontade” e aprovação por parte das entidades oficiais que têm que se pronunciar, “a Câmara, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve e o Estado”.

As vantagens económicas são evidentes Questionado sobre as vantagens económicas de um investimento deste tipo para um concelho como Alcoutim, muito afectado pela desertificação do território e pelo envelhecimento populacional, Osvaldo Gonçalves respondeu que são muitas, tendo sublinhado que se fosse possível “acoplar neste investimento uma unidade de montagem e produção de painéis fotovoltaicos, isso seria ouro sobre azul”.

Baixo Guadiana Município de Castro Marim reuniu-se esteve na com empresários de «Portugal Agro» Turismo Rural Por iniciativa da Câmara Municipal de Castro Marim, decorreu a 14 de Novembro a primeira reunião entre os representantes da autarquia de Castro Marim e os representantes das unidades de turismo em espaço rural do concelho. “Cientes de que o concelho de Castro Marim reúne uma enorme diversidade de patrimónios históricos e naturais, que podem servir nichos de mercados distintos, desde as praias, ao golfe, à caça, à pesca, ao artesanato, à etnografia e folclore, ao pedestrianismo, importa apoiar a criação de uma rede de comunicação e promoção, associada ao turismo rural, em muito prejudicado, pela falta de escala das grandes massas”, explicou o município em comunicado.

Da reunião saiu a vontade unanime de trabalhar em rede, por forma a potenciar a quase centena de quartos de Turismo em Espaço Rural do concelho. Até ao final do ano, o município garantiu a implementação de um projeto de sinalética, ficando também definidas a elaboração de mapas de orientação do concelho, a georreferenciação de localizações e a garantia de participação em feiras nacionais e internacionais, por si ou por interposta pessoa, e a associação dos seus eventos às unidades de alojamento. Marcaram presença as unidades: «Monte do Malhão», «Companhia das Culturas», «Quinta de São Gabriel», «Casa do Lavrador», «Casa de Campo Vale do Asno», «Casas do Palheiro Velho» e «Espargosa – Monte de Baixo».

O Baixo Guadiana participou na primeira edição da feira de produtos «Portugal Agro». O certame foi anunciado também como a «Grande festa da Agricultura Nacional». Contou com produtos e produtores, exposições, gastronomia, degustação, concursos e vendas. Teve lugar na FIL, em Lisboa, e o território do Baixo Guadiana marcou presença numa parceria com a Associação Terras do Baixo Guadiana e Associação Odiana. A feira da especialidade aconteceu entre 20 e 23 de Novembro e tratou-se “não apenas de uma feira agroalimentar, mas também de um projeto transversal a toda a fileira, que promove a capacidade produtiva nacional, os operadores económicos da fileira, a excelência dos produtos, da tradição aliada à inovação e do genuíno português”, disse a organização. A inauguração do certame teve no stand do Baixo Guadiana uma

degustação promovida pela Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM) aplicações gastronómicas concebidas a partir de recursos silvestres do Alentejo. Foi uma colaboração da «Beenvolved» e a arte de Martim Flin. Degostou-se Crocante de plantas aromáticas sobre lombinho de porco preto, compota de medronho sobre queijo de Serpa e sumo de polpa de figo-da-índia. Neste stand esteve, igualmente, em destaque o sal de Castro Marim, as compotas, manteigas de alfarroba, frutos secos, trufas de figo, a doçaria regional e os enchidos do território. A participação do Baixo Guadiana realizou-se no espaço de «A Minha Terra – Federação portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local». O certame teve o Alto Patrocínio do Ministério da Agricultura e do Mar e o envolvimento de entidades e organismos regionais e setoriais.


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C U LT URA COLUNA CULTURAL

Revista que reúne poetas e fotógrafos foi apresentada em VRSA

O moçarabismo no Algarve e a lápide funerária do bispo Julião, encontrada em Cacela No mês em que (erroneamente) se comemora o nascimento de Cristo, tornase pertinente recordar as comunidades cristãs que existiram no Gharb al-Andaluz durante o domínio islâmico. Referimonos, portanto, aos moçárabes, ou seja: as comunidades cristãs que viviam sob domínio muçulmano, adoptando, muitas vezes, usos e costumes arabizantes. Como sabemos, foi em 711 que o exército de Tarik Ali Ibn Zyad entrou na Península Ibérica, derrotando as forças do rei Rodrigo na Batalha de Guadalete. E, pouco depois, o território que compreende o actual Algarve passou a funcionar como uma comarca administrativa e militar governada pelo árabe-iemenita Abû Sabah al-Yamani, o chefe supremo dos iemitas que se viriam a estabelecer entre Sevilha e Silves. Porém, terá a expansão muçulmana erradicado o culto cristão nos territórios conquistados? Desde o período visigodo que a capital do Algarve se apresentava como proeminente sede de bispado. Aliás, basta recordar que já no concílio liberitano, entre 301 e 305 d.C., estava referido Vicente, bispo de Ossonoba. Durante o período emiralcalifal (depois da conquista islâmica), a tolerância dos governantes para com a língua e religião dos dominados permitiu a manutenção de algumas estruturas religiosas e sociais. Foi nesse sentido que Faro assumiu paradigmática importância, na medida em que a sua população moçárabe era tão influente que chegou a substituir o nome da cidade de Ukxûnuba para Santa Maria. Aliás, vários documentos apontam nesse sentido, nomeadamente, a cantiga de Afonso X de Castela, Esta é dun miragre que mostrou Santa Maria en Faaron quando era de mouros, fonte que refere a existência de um culto à virgem por parte de um significativo grupo de pescadores moçárabes. De resto, um material arqueológico de grande interesse atesta a continuidade do culto cristão na antiga província de Ukxûnuba: trata-se da lápide funerária de Julião, um bispo moçárabe de Ossonoba que viveu no séc. X. O artefacto foi encontrado em Cacela Velha, a antiga Qastalla islâmica, no concelho de Vila Real de Santo António, e nele podemos ler: “Aqui descansa o corpo de Julião, bispo, que morreu pelas 12ª calendas de Abril da milésia quinta (21 de Março de 987). Peço, a ti, leitor, que não recuses orar por ele, para que deste modo, tenhas em Cristo Nosso Senhor, um protector”. Posteriormente, já durante o domínio almorávida e almóada, os moçárabes passaram a ser tratados com maior intransigência. Ainda assim, é provável que o culto cristão tenha resistido durante os impérios norte-africanos, se bem que de forma mais discreta e diminuta. Para eventuais interessados neste assunto, recomenda-se ainda a leitura de A Cidade Islâmica de Faro, publicação da Edições Mandil / 4Águas Edições.

Chama-se «Sizígia» e é uma revista de poesia e fotografias. Os autores estão no Algarve; são residentes ou naturais, alguns do Baixo Guadiana. São artistas que amam o Sul do país e isso move-nos na criação que agora tem também como palco uma revista produzida pela, também, algarvia editora Canalsonora, uma editora de Tavira que pretende com a revista Sizígia comemorar um ano de atividade. Colaboram 37 autores algarvios, juntando nomes conhecidos da poesia como Fernando Cabrita, Manuel Neto dos Santos ou Fernando Esteves Pinto, a autores praticamente estreantes como Marco Mackaaij, Van S.a ou Mariano Alejandro. Na fotografia, Jorge Jubilot, o já habitual fotógrafo da editora assina mais uma vez a capa, mas no miolo surgem num vegetal acetinado, as imagens de Luísa

Soares Teixeira, Fatinha Afonso, Joana Rosa Bragança, Lina Madeira e do experiente Filipe da Palma. Na poesia: AnaPaula Madureira, António Baeta, António Brumas, António José Ventura, António Pedro, Dinis Nunes, Fernando Cabrita, Fernando Esteves Pinto, Fernando Pessanha, João Bentes, Luís Ene, Manuel Neto dos Santos, Marco Mackaaij, Marco Mangas, Mariano Alejandro, Miguel Godinho, Myriam Jubilot de Carvalho, Naná Rebelo, Nuno Mangas-Viegas, Paulo Ferreira, Paulo Moreira, Pedro Afonso, Pedro Faria Bravo, Pedro Jubilot, Pedro Oliveira Tavares, Rute Castro, Sara Monteiro, Tiago Nené, Van S.a, Vitor Gil Cardeira, Zé Bono. Na fotografia: Fatinha Afonso, Filipe da Palma, Joana Rosa Bragança, Jorge Jubilot, Lina Madeira e Luísa Soares Esta é a capa da revista literária «Sizigia» Teixeira.

«Carbonários e outros revolucionários» passou pelo arquivo histórico António Rosa Mendes A sessão foi promovida pela Liga dos Amigos do Mestre Manuel Cabanas, cujo seu presidente João Caldeira Romão apresentou o livro de Pedro Pereira e Nuno Marques Inácio “Carbonários e outros revolucionários”. Aconteceu a no arquivo Histórico Municipal António Rosa Mendes em Vila Real de Santo António ao final da tarde no passado dia 7 de Dezembro. O presidente da Liga apresentou «Carbonários e Outros Revolucionários» como resultado “de uma investigação completamente inédita sobre esta temática, com uma visão geral da Carbonária Portuguesa e uma análise do caso da Carbonária Portimonense”. Esta é uma obra de cariz histórico, mais um contributo para a elaboração de uma História de Portimão. Quem foram os carbonários e revolucionários portimonenses, que vestígios há da sua presença em Portimão e que relação havia entre eles são algumas questões que têm resposta nesta obra. Os vilarealenses marcaram presença interessada na sessão.

Autores elaboraram um estudo que se dedicou à carbonária de Portimão

Mostra de Filatelia O Primeiro Edifício Público de VRSA A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António recebeu entre os dias 22 e 29 de novembro, a mostra filatélica «Edifício da Alfândega». A exposição teve como base o primeiro imóvel público a ser construído na cidade; uma das mais emblemáticas referências pombalinas. A iniciativa foi da secção de coleccionismo da Associação Humanitária dos Bombeiros de VRSA.

Fernando Pessanha Historiador * O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

A secção de coleccionismo da Associação de Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António


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C ULTUR A

Mário Sousa, Fernando Reis e João Rodrigues apresentaram «A Casa» de Carlos Luís Figueira Vila Real de Santo António recebeu em Novembro o romance «A Casa» de Carlos Luís Figueira, director do Jornal do Baixo Guadiana. A chegada à biblioteca municipal Vicente Campinas, a 21, aconteceu depois de um percurso por Lisboa, Porto e Algarve. Segue-se ainda Coimbra e Alentejo, Campo Maior, de onde o autor é natural. Para apresentar o livro de Carlos Luís Figueira estiveram na mesa Mário Sousa, Fernando Reis – que deram conta da leitura pessoal da obra – e João Rodrigues, que esteve para além de representante do município de Vila Real de Santo António, uma vez que é amigo pessoal de Carlos Luís Figueira e ambos fizeram parte do mesmo partido político em tempos, o Partido Comunista Português (PCP). Fernando Reis falou do enredo do romance e contextualizou a história ficcionada dentro de uma realidade vivida entre 1969 e 1973 em que a clandestinidade de quadros do PCP “obrigava a muitos sacrifícios pessoais”. O diretor do «Jornal do Algarve» elogiou a forma

como Carlos Luís Figueira contou a história da clandestinidade através da personagem Augusto, que personifica um quadro clandestino do PCP que muitas vezes teve de assumir identidades falsas e mudar de casa. Elogiou, ainda, a capacidade para a escrita envolta em erotismo “bem visível quando o autor faz a descrição dos traços femininos de uma das personagens de «A Casa»”. Por sua vez, Mário Sousa preferiu desenvolver uma apresentação ligada aos perfis psicológicos das personagens, dando conta, nomeadamente dos principais, como são o caso do protagonista, a sua mulher e um colega de casa operário. Também Mário Sousa elogiou a escrita do autor e desafiou-o a continuar a escrever. Por sua vez Carlos Luís Figueira explicou que este romance “não é um ajuste de contas com o PCP nem com a dissidência de opinião que levou a que fosse expulso do partido”. O autor agradeceu profundamente à esposa por ter tido papel fundamental para que conseguisse escrever o livro até ao fim o

A obra foi apresentada na biblioteca municipal Vicente Campinas, em VRSA que não se mostrava tarefa fácil por ter um trabalho muito intenso diariamente. Partilhando emoções, Carlos Luís Figueira disse também que este livro é uma homenagem à mulher dos seus filhos, entretanto já falecida. A cerimónia contou também com a presença do editor da «Lápis de Memória».

Nádia Catarro lançou «Dentro de Mim» e a carreira desta jovem fadista já entrou por Lisboa a dentro A jovem de Monte Gordo, concelho de Vila Real de Santo António, está a conquistar, “pouco a pouco” como diz, o seu lugar no mundo do fado. Lançou o CD «Dentro de mim» e atua entre o Algarve e Lisboa. No Baixo Guadiana ainda não vê as oportunidades que gostaria, mas acredita que “aos poucos as mentalidades vão mudar e os artistas da terra vão ser mais valorizados”. És uma jovem do Baixo Guadiana já bastante reconhecida no território e fora dele. Como tem sido esse crescimento na arte da música? O crescimento na arte da música tem sido fantástico, sendo que “crescimento” é a palavra certa! Comecei muito muito pequenina e pouco a pouco tenho crescido; um passo de cada vez, vivendo experiências que não esperava viver, conhecendo pessoas que não esperava conhecer, entre outras coisas, mas, acima de tudo, viver sem querer passar por cima de ninguém, viver com humildade para conseguir conquistar mais coisas e para não perder o que tenho vindo a ganhar. Adoro este viver! Lembraste como tudo começou? Quando cantaste pela primeira vez e que sensação tiveste? Sim, lembro-me perfeitamente! (risos). Entrei para a pré-escolar de Monte Gordo e as minhas educadoras de Infância sentavam os meus colegas para eu puder cantar. Eles adoravam, então eu subia para cima de uma mesa e interpretava a música “ El Toro e la luna” (risos). Aí eu era uma miúda com cinco anos, não tinha experiência nenhuma mas a sensação foi tão boa que eu achava que devia cantar para eles esta música todos os dias, sempre que me pedissem! Agora, mais do que nunca, é essa a arte que queres para a tua vida. Porquê?

Sem margem de dúvida, mesmo que eu não quisesse esta arte acho que isso nao seria possivel... a música faz parte do meu ser, dos meus dias. Quero mais do que tudo esta arte porque a música dá-me anos de vida, é algo verdadeiro e eu tenho a certeza que vai estar sempre do meu lado, mesmo quando eu menos merecer! Cantar para mim é tentar ignorar as coisas menos boas da vida e eu acredito que isso dá uma certa elegância... (risos). Passei por vários estilos musicais e conseguia adequar-me a qualquer um, muito antes de cantar fado já tinha cantado outros estilos. Mas o Fado é o teu estilo musical predilecto… O fado é o meu estilo, é realmente no fado onde eu consigo mostrar mais emoção. Primeiro porque é português, é nosso!E depois porque o fado me transporta para outro mundo, e eu carrego esse mundo todos os dias e não me canso. Não me canso de o querer mostrar, a alma guarda aquilo que nos acalma e é bom eu ter a sensação que o meu amor pelo fado renasce a cada dia que passa... as letras são lindas, a melodia do trinar das guitarras abraçam-me e ali eu permaneço como se estivesse abraçada a alguém que gosto

muito! Tal como disse a minha fadista de eleição, Ana Moura, numa entre-

vista: “eu não escolhi o fado, foi o fado que me escolheu” . Comigo aconteceu a mesma coisa, todos podem cantar fado, mas nem todos são fadistas. E este foi o estilo de música a que mais fugi na minha adolescência, não me perguntem porquê, talvez por ser muito nova e ter vergonha. Mas um dia decidi experimentar, a partir daí nunca mais parei, nem quero! «Dentro de Mim» é o teu mais recente trabalho. O que nos gostarias de dizer sobre ele? Gostaria de dizer-vos que estou extremamente feliz, é o meu bébé!

Estou verdadeiramente no fado vai fazer no dia 13 de Abril de 2015 dois anos. A caminhada não é facil mas também ninguém me disse que assim seria. Tenho conseguido contornar todos os obstáculos. O meu primeiro trabalho surgiu rápido demais, pois num ano eu consegui guitarristas algo que não tinha, surgiu-me bastante trabalho, e finalmente consegui lançar o meu CD. «Dentro de mim» porque em mim existia um sonho, dentro de mim havia algo que eu sempre ambicionei fazer. Eu para o fado e o fado para mim, porque dentro de mim estão as emoções, estão todas as minhas vivênvias, estão todas as pessoas que me apoiaram. Fado dentro de mim! E quanto a atuações como estão? Onde tens atuado e como está a tua agenda? Felizmente, tenho tido bastante trabalho desde há um ano para cá! É bom para mim estar ocupada e fazer o que realmente amo. Comecei a cantar em pequenos sítios e aos poucos vou conquistando sítios maiores. Já tenho cantado em Lisboa o que para mim, é muito importante. Canto em restaurantes e desde o ano passado que estou como fadista residente de uma casa em Tavira, todas as quintas-feiras.

Depois vou atuando noutros restaurantes. Já tenho substituído algumas fadistas em casas de fado em Lisboa como por exemplo no «Pateo de Sant’ana», não esquecendo a oportunidade que sempre me dão de cantar na casa de fados «Luso». Quero realçar também a minha veia solidária desde muito nova em centros de dia, lares e em espetáculos para angariação de fundos para instituiçoes ou particulares, pois afinal foi assim que comecei. Estudar, trabalhar... Como conciliar com a música? Normalmente as minhas atuaçoes são à noite, o que me dá a oportunidade de durante o dia fazer mais coisas como por exemplo trabalhar. Já terminei o 12º ano e consegui conciliar. Uns dias melhor outros pior, mas isso faz parte; há que saber gerir o tempo! Estando aqui no Baixo Guadiana como vês o teu futuro na música por estes lados? No Baixo Guadiana não são muitas as oportunidades, mas aos poucos vão-se conquistando trabalhos. Gostava de ter mais oportunidades principalmente no meu concelho. Infelizmente ainda sentimos que se dão mais oportunidades às pessoas de fora do que às da terra. Embora essa mentalidade já tenha mudado um pouco... Gostava de ver o meu concelho mais rico na aréa da música e não só. No outro lado do Algarve há mais sítios onde se faz fado, mas o trabalho também é escasso porque são muitas as colegas nesta área.


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CULTURA & AGENDA

«Casa do Sal» assume-se como lugar de cultura

Jovens protagonizaram Feira do Livro O concelho de Alcoutim acolheu uma Feira do Livro; iniciativa organizada pela Biblioteca Escolar «Luísa Ducla Soares» do Agrupamento de Escolas do Concelho e contou com o apoio da Câmara Municipal. O evento, em parceria com a Papelaria/Livraria Sagres, decorreu nos dias 24 e 25 de novembro, junto à Casa dos Condes, em Alcoutim, e 27 e 28 de novembro, na Rua Direita, na aldeia de Martinlongo.

A «Casa do Sal» recebeu a 21 de Novembro o espectáculo «Mar ao Fundo», de Afonso Dias e com a especial participação de Tânia Silva. Afonso Dias, um “algarvio adotado”, tem em si o “sortilégio do mar”. Foi, precisamente, na poesia e na música de autores algarvios, naturais ou adotados, e de amantes do mar, que este recital se inspirou. No espetáculo ouviram-se os mais variados poemas ligados ao mar e ao Algarve de autores como António Ramos Rosa, António Pereira, João Lúcio, Teresa Rita Lopes, Carlos Brito, entre outros. De acordo com a autarquia “este espetáculo foi ao encontro do carácter multicultural deste recente espaço castromarinense, que se afirma através da ligação às artes, à educação, à cultura, ao desporto e ao lazer, tendo como pano de fundo a valorização do sal de Castro Marim”. Atualmente, a «Casa do Sal» alberga a exposição “Histórias de Sal”, da Associação ¼ Escuro, com a colaboração do Taller de Fotografia de Lepe (Espanha), do Clube de Fotografia de Guérande e do Clube de Fotógrafos de La Baule (França). O espaço está aberto de terça a sábado, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.

Feira do Livro foi promovido pelo agrupamento de escolas

Afonso Dias e Tânia Silva levaram a cabo espetáculo «O Mar ao Fundo»

AGENDA Alcoutim Peça de Teatro «Tal não está a porra!» 01 Dezembro Salão da Junta de Freguesia de Giões 20h00 Procissão de Nossa Senhora da Conceição 08 de dezembro / Alcoutim Festa de Natal do Lar de Idosos de Balurcos 9 de dezembro Lar Maria Ribeiro Vicente - Balurcos 17h00 Festa de Natal 19 de dezembro Jogos Tradicionais e Lanche convívio com as crianças da freguesia Giões / 15h00 Baile de Natal 20 de dezembro Centro Náutico - Alcoutim Baile de Natal 20 de dezembro Sede da Associação (Antiga Escola Primária) - Farelos / 21h00 Passagem de Ano 31 de dezembro Cais da vila - Alcoutim Passagem de Ano 31 de Dezembro Sede da Associação Grito d’Alegria (Antiga Escola Primária de Giões) Concerto pela Orquestra Juvenil de Guitarras do algarve 6 de dezembro / Salão da Junta de Freguesia de Martim Longo, 20h30

Concerto de Natal 21 de dezembro / Igreja de Nª Sª da Conceição - Alcoutim I Torneio de Karaté 14 de dezembro / Pavilhão Desportivo Municipal | Martim Longo Natal sénior 19 Dezembro / Martinlongo Exposição “Minudências” 02 a 31 de dezembro Descrição: Exposição de Fotografia de Margarida Antunes Casa dos Condes (Biblioteca Municipal de Alcoutim) Presépio 13 de dezembro a 6 janeiro Martim Longo

Castro Marim 01 | Inauguração da Exposição “Fragmento” Local: Igreja do Castelo de Castro Marim - 18h00 05 | Apresentação do livro “Justiça Cega” Local: Biblioteca Municipal de Castro Marim - 18h00 13 | Concerto de Natal com a “Orquestra Clássica do Sul” Local: Igreja Matriz de Altura - 21h00 20 | Concerto de Natal da “Banda Musical

Castromarinense” Local: Igreja de N. Sra. dos Mártires, Castro Marim - 21h00 21 | Almoço de Natal de Séniores Local: a definir/ Hora: a definir 28 | 2º Trail Urbano Entre Muralhas Castro Marim - 10h00

VRSA Exposição de Artes Plásticas Círculo Artístico e Cultural Artur Bual 6 dezembro > 2 janeiro 9h30 > 13h00 | 14h00 > 16h45 Arquivo Histórico Municipal António Rosa Mendes Arquivo entre Histórias «História da Alimentação no Algarve a partir do registo Arqueológico», Diz-me o que comeste e dir-te-ei quem foste — Os recursos animais nas dietas (algarvias) do passado, com Doutora Maria João Valente da UALG 12 dezembro - 18h00, Arquivo Histórico Municipal António Rosa Mendes Apresentação do livro «Subsídios para a História do Baixo Guadiana e dos Algarves Daquém e Dalém-mar» de Fernando Pessanha 11 dezembro - 18h00, Arquivo Histórico Municipal António Rosa Mendes Apresentação da obra «Onde o Guadiana acaba» reedi-

POR CÁ ACONTECE ção De António C. Ribeiro Machado 4 dezembro - 18h00, Biblioteca Municipal Vicente Campinas Apresentação do livro «A objetiva humorística do autor» De Sebastião Leiria por João Leal, 12 dezembro - 17h00, Biblioteca Municipal Vicente Campinas| VRSA Tertúlia no Baixo Guadiana Natal Solidário 18 dezembro - 17h30, Biblioteca Municipal Vicente Campinas Oficina de Natal «Tecer em teares de cartão» Com o Hospital das Coisas - E5G 6 Dezembro - 15h00 > 18h00 CIIPC - Antiga Escola Primária de Santa Rita Mercadinho de Natal 14 dezembro 10h30 > 17h00 Cacela Velha Zumba Solidária a favor da Santa Casa da Misericórdia de VRSA 6 dezembro - 16h00 > 18h00 Complexo Desportivo Torneio de Natal de Ténis Sub 12/16 13 e 14 dezembro - 9h00 > 19h00 Campos de Ténis | Complexo Desportivo de VRSA Mostras de Artesanato Natalícias 6, 7, 8, 20, 21, 27, 28 dezembro 10h00 > 17h00, Praça Marquês de Pombal | VRSA

Mercadinho de Natal 14 dezembro - 10h30 > 17h00 Cacela Velha Campanha de Recolha de Roupas e Brinquedos para Crianças 1 dezembro > 6 janeiro - 9h00 > 21h00, Universidade dos Tempos Livres - UTL | VRSA Aldeia de Natal de Vila Real de Santo António até 6 de janeiro de 2015 todos os dias das 10h00 > 20h00 Praça Marquês de Pombal | VRSA Presépio Gigante de Vila Real de Santo António 6 de dezembro de 2014 a 11 de janeiro de 2015 segunda-feira a domingo: 10h00 > 13h00 | 14h30 > 19h00 Inauguração: 5 de dezembro às 18h00 Dia 1 de janeiro: 14h00 > 19h00 Centro Cultural António Aleixo | VRSA Aldeia Natal – Junta de Freguesia de Monte Gordo Insufláveis, Pai Natal, Presépio e distribuição de doces pelas crianças Local: Edifício da Junta de Freguesia | Monte Gordo 15 de dezembro – segundafeira / 20 e 21 de dezembro – sábado Passagem de ano 2014/2015 Concertos, dj, animação e fogo-deartifício 31 dezembro a 3 de janeiro 22h30 > 05h00 Dia 31: 22h30 > 06h00 Avenida Marginal - zona poente | Monte Gordo


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Alcoutim vai receber exposição internacional de arte «My Fukushima» Depois de ter estado em Faro vítimas. Países como Portugal, Espa- destruição parcial das centrais social e a sensibilização ambiental durante o mês de Outubro, e ter nha, Israel, Arménia, Rússia, Japão, nucleares na cidade de Fukushima quando estão de mãos dadas conseseguido em Novembro para a fre- Alemanha, México, Brasil, Holanda, que contaminaram e continua a con- guem transpor barreiras incríveis e guesia de Cachopo, concelho de França, Argentina e muitos outros taminar radioactivamente pessoas, contribuir para o bem comum que é Tavira, onde vai estar patente até ao fizeram questão de marcar presença campos e rios, tornando inabitável global”. O cineasta, que, recorde-se, próximo dia 7 de Janeiro, a mega- num contributo artístico, técnico vastas regiões do Japão. este ano esteve em no Festival de exposição «My Fukushima» tem na e, sobretudo, solidário em que se Esta mega-exposição é uma pro- Cinema de Cannes (França) com a sua rota o concelho sua obra Filipe, de Alcoutim. A congarante que a firmação foi dada viagem de «My pelo executivo alcouFukushima» tenejo que marcou pelo Algarve presença na inauguestá a ganhar ração na freguesia uma rota “incrívizinha de Cachopo. vel”, lembrando A mega-exposição que não se trata apenas de uma «My Fukushima» exposição dos reúne centenas de que vêm de artistas de todo o mundo que criaram fora. “Não é as suas obras a partir nada invasivo, de poemas do poeta pelo contrário; japonês Taro Aizu. é interactivo. Os artistas das Este poeta escreterras que nos veu uma obra cuja receita reverte para acolhem vão as crianças com integrar com a sua arte esta cancro vítimas do acidente nuclear de mega-exposição e ajudar Fukushima em 2011. A exposição interna- (à esq.da) O adjunto do presidente da câmara municipal de Alcoutim com o presidente da «Peace and Art a espalhar a cional de arte conta Society» e (à d.ta) momento de «My Fukushima»nas ruas de Cachopo, onde também estará até 7 de Janeiro mensagem de com diversas perforTaro Aizu”. O mances artísticas e pretende servir consubstancia «My Fukushima». dução da associação «Peace and Baixo Guadiana vai ser, assim, de alerta para os perigos da enerA poesia de Taro Aizu revela ao Art Society» dirigida pelo cineasta também palco desta exposição gia nuclear, desde logo ajudando mundo a tragédia causada pelo ter- Paulo Duarte Filipe. “O objectivo internacional já em meados de de alguma forma a salvar as suas ramoto e tsunami e consequente é demonstrar que a arte, o apoio Janeiro.

Tertúlia do Baixo Guadiana assinalou os 25 anos da «Convenção dos Direitos das Crianças» Decorreu a 20 de Setemras Mariana Ornelas do bro mais uma tertúlia no Rego e Assunção ConsBaixo Guadiana. Sob o tantino. tema dos 25 anos da ConNa tertúlia ouviu-se o venção dos Direitos das hino da «Missão Pijama» Crianças marcaram preda autoria de Pedro Abrusença para uma agradável nhosa e fez-se uma inteconversa de duas horas: ressantíssima reflexão a presidente da Comissão sobre as problemáticas de Protecção de Crianças e e os sucessos na salvaJovens em Risco de Castro guarda dos Direitos de Marim, a representante do todas as Crianças no Ministério da Educação Baixo Guadiana. Luís da Comissão de ProtecVillas-Boas, fundador da ção de Crianças e Jovens Emergência Infantil em em Risco de Vila Real de Portugal - que por motiSanto António, o Mediavos de visita oficial no dor da Etnia Cigana ao Refúgio Aboim Ascensão serviço da Câmara Muni- Foram diversas as associações locais que participaram nesta tertúlia a 20 de novembro não pode estar presente cipal de VRSA,o Chefe de - enviou uma mensagem Divisão da Cultura da câmara municipal de VRSA, o Chefe de Divisão de bem haja pela realização de uma tertúlia em torno da celebrade Desporto e Saúde da câmara municipal de VRSA, a Cruz Vermelha ção dos 25 anos da Convenção dos Direitos das Crianças (Nações Portuguesa de VRSA, a Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim, Unidas em 20 de Novembro de 1989). Luís Villas-Boas que presidiu o presidente da JSD de VRSA, o encenador do grupo de teatro escolar ao grupo de trabalho para a criação da Agenda Criança - no ano de de Castro Marim TeaTroTeca, o Professor João Caldeira Romão, Isabel 2012 - recordou em Abril deste ano que quando foi projectada esta Calheiros, co-fundadora em Portugal da primeira casa da associação Agenda Nacional foi contemplada a criação de quatro comissões: «NovoFuturo», o escritor alturense Hugo Pena e Francisco Galveias «Protecção», «Adopção», «Acolhimento» e «Emergência Infantil», mas da secção de colecionismo dos Bombeiros de VRSA. alertou para o facto de não terem ainda sido lançadas bases para o Esta foi mais uma tertúlia com o apoio imprescindível da Biblioteca Sistema Nacional de Emergência Infantil e ter sido protelada a criação Municipal Vicente Campinasm, nas pessoas das suas coordenadoda comissão do «Acolhimento».

LIVROS por Carlos Brito

CONDOR por João Pina Veio a público, em finais de Setembro, simultaneamente em Portugal e no Brasil, um livro impressionante, de fotografias e textos, da autoria de João Pina, sobre rasto da criminosa Operação Condor. O juiz Baltazar Garzón, que escreve o posfácio do livro, chama-lhe «operação diabólica de alguns serviços secretos, coordenada pela CIA e pelas ditaduras militares latino-americanas e destinada a aniquilar os movimentos de esquerda na região, através da detenção, da eliminação e do desaparecimento de dirigentes políticos, sindicais ou sociais, de países como a Argentina, o Chile, o Paraguai, o Uruguai, a Bolívia, o Brasil e outros.» A operação foi desencadeada a partir de uma reunião efectuada no Chile, em 1975, onde os serviços secretos dos países referidos combinaram os planos de repressão, incluído a de poderem actuar nos países uns dos outros, com uma vaga de terror, prendendo, torturando, assassinando por todo o cone sul da América Latina. Quando, durante os anos 80 do século passado, a operação abrandou, tinha provocado mais de 60 mil mortes. E só na Argentina havia mais de 30 mil desaparecidos. É este delírio repressivo, especialmente simbolizado pelas figuras sinistras dos generais Pinochet, Videla, Stroessener e Banzer, que o livro documenta pela imagem e pela palavra. Com a máquina fotográfica numa mão e o gravador na outra, João Pina registou, durante oito anos seguidos, o que resta das câmaras de tortura, as valas comuns já identificadas (muitas outras ainda não conhecidas), as bases militares dos carrascos e, ao memos tempo, fotografou e entrevistou as vítimas, reunindo cerca de duas dezenas de testemunhos, que cobrem os diferentes países e as diferentes orientações de esquerda. Não deixou sequer de fotografar os torturadores, apanhando alguns a tapar a cara, quando foram julgados na Argentina por crimes contra a humanidade. O livro é, assim, um libelo acusatório implacável contra as ditaduras militares de extrema-direita e fascistas que dominaram na América Latina nas décadas de sessenta, setenta e oitenta do século passado. João Pina faz no entanto questão de dizer: «As fotografias aqui publicadas têm precisamente o objectivo de resgatar o anonimato e homenagear todas as vítimas das ditaduras que governaram com mão de ferro esta região.» É uma edição de excelente qualidade gráfica da Editora «Tinta da China».

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico


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PASSATEMPO S & L AZER

Autor: João Raimundo

Quadratim - n.º126

Jogo da Paciência n.º 132

A amargura é tristeza A angústia mete dó Nesta época de Natal Ter família e estar só

«Museus de Portugal»

Quantos familiares há por aí que recebem de outros a pensão Deixam-nos em lares e hospitais E não têm por eles compaixão É preciso é receber Andem descalços, com frio ou na rua Comer, beber e festejar Com quantia que não é sua

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.

Infante (D. Henrique - Faro) Arqueologia (Albufeira) Municipal (Portimão) (Municipal) Tavira Paço Ducal (Vila Viçosa) (de) Évora (de) Mértola (de) Aljustrel (de) Moura Pedro Nunes (Alcácer do Sal)

Natal, é comércio activo Já não será família em união Tiram tudo uns aos outros E não querem repartir o pão

11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20.

(de) Santiago (do Cacém) Leal (da Câmara - Rio de Mouro, Sintra) (Ecomuseu do) Seixal (do) Ar (Alverca e Sintra) (Arqueológico) Odrinhas (Sintra) Arte Sacra (Fátima) (do) Brinquedo (Sintra) (da) Cerâmica (Caldas da Rainha) (da) Loiça (Sacavém) Etnográfico (Dr. Joaquim Manso - Nazaré)

Soluções Jogo da Paciência - n.º131

Pelo caminho correcto do quadratim e se possível vá ao encontro de BOM NATAL E FELIZ 2015

Carlos Brás Eng. Alimentar

Ideias a Conservar

guadi

Descongele alimentos em segurança

APELO EXTERNO!

Carlos Brás

Delegação Regional do Algarve

CONSULTÓRIO DO CONSUMIDOR / DECO “Tenho ouvido falar no direito ao esquecimento na internet. Afinal, do que é que se trata?” Recentemente o Tribunal de Justiça da União Europeia veio considerar que qualquer cidadão residente num país da União Europeia pode solicitar a um motor de busca a remoção de links que surjam como o resultado de pesquisas feitas sobre o seu nome, o chamado “direito ao esquecimento”. Esse pedido justifica-se se estivermos perante links que remetam para informações desactualizadas ou que possam prejudicar a sua reputação pessoal e profissional. Não será, no entanto, uma tarefa fácil. O visado terá que expor os seus argumentos, e a empresa que detém o motor de busca analisa-os, podendo aceitar, ou não, o pedido. Em caso negativo, o processo poderá ter de passar pelo tribunal. Em Portugal, a Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) confirmou já ter recebido algumas queixas de cidadãos que solicitaram a remoção dos seus dados, tendo recebido resposta negativa. A CNPD, relembra, ainda, que o direito ao esquecimento não tem, actualmente, consagração legal, apenas existindo uma proposta de regulamento de protecção de dados, que está em discussão nas instâncias europeias há três anos. Ao decidir que a lei da protecção de dados pessoais também se deve aplicar aos motores de busca, o Tribunal de Justiça da União Europeia dá um primeiro passo neste sentido, no entanto, é necessário ir mais além. É, por isso, imprescindível criar mecanismos de defesa para os cidadãos, para evitar que o seu nome surja associado a informação desactualizada, incorrecta ou até difamatória. Deste modo, a DECO ao entender que a liberdade de informação e o interesse público dos dados são valores inquestionáveis, considera essencial que o direito ao esquecimento se traduza em lei, esperando que a anunciada legislação europeia sobre esta matéria conheça rapidamente a luz do dia.

Susana Correia jurista

A congelação é um dos métodos mais utilizados para conservar alimentos. Se for bem efetuada (de forma rápida) permite aumentar o seu prazo de validade consideravelmente. No entanto para serem confecionados, a maioria dos alimentos, deverá ser descongelado. Embora este seja um processo lento, o método mais seguro é através da descongelação dos alimentos no frigorífico. Deste modo nunca se quebra a cadeia de frio, passando estes de aproximadamente -18ºC para os +4ºC / +5ºC. Este é um fator importante a ter em conta. Uma descongelação mais lenta, não degrada tanto a qualidade nutricional e o alimento não fica sujeito a temperaturas suscetíveis de crescimento microbiano. O alimento a descongelar deve ser colocado na prateleira inferior do frigorífico, em recipiente coberto com plástico transparente e que permita o escoamento da água. Existem métodos mais rápidos para descongelar os alimentos: descongelação à temperatura ambiente (deverá ser feita num local fresco) e descongelação em água corrente e potável, desde que esta não entre em contacto direto com o alimento. Contudo estes não são tão aconselháveis, pois expõem o alimento a uma diferença de temperatura considerável (de -18ºC a +20ºC) num curto período de tempo. Isto afeta, não só a qualidade nutricional, como expõe o alimento a uma temperatura que permite o crescimento microbiano. Os alimentos descongelados, não podem voltar a ser congelados novamente. Planeie antecipadamente as refeições, e descongele os alimentos no frigorífico.

Conceição de Tavira Este cãozinho vive na rua, e tem medo das pessoas. Existe um bom coração que o alimenta todos os dias, mas a rua não é sítio para ele. Alguém com um espacinho para este pequeno?...

GUADI Centro de Animais Rua D. Pedro V, Nº 38 – 2º andar 8900–283 Vila Real de Santo António

Contribuinte Nº 507 534 328 Contactos: 964773101 e 927167755 (12:30 às 14:00) NIB - 0035 0234 0000 6692 13002 associacaoguadi@gmail.com/http://associacaoguadi. blogspot com FACEBOOK


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PATR IMÓ N IO &P SIC O LO GIA Rubrica de pATRIMÓNIO

Tradições de Natal no Baixo Guadiana: as searinhas, o cepo de natal e as filhoses

A tradicional reunião da família durante o Natal continua a constituir o centro das festividades que marcam esta época, porém, perderam-se algumas tradições que, há apenas algumas décadas, distinguiam a data no Baixo Guadiana e que hoje resistem na memória dos “antigos”, como as “searinhas” e o “cepo de natal”. Outras, porém, como as filhoses, mantêm-se vivas. A partir do dia 4 de Dezembro, dia de Santa Bárbara, algumas famílias do Baixo Guadiana semeavam o trigo em tigelas com água, a que chamavam o “trigo de Santa Bárbara”. Outras semeavam no dia 8, dia de Nossa Senhora da Conceição. Podiam ainda semear diferentes cerais ou

leguminosas, como agrião ou len- decorada com colchas, lençóis e tilhas. As sementes germinadas flores de papel. Era aí que as famíserviam para preparar as searinhas lias se reuniam para cantarem o que adornavam o presépio ou o altar do Menino “Meninos dos homens, Jesus, com maior tradição na zona serrana. Havia Em berço doirado, quem, através dessa gerE o Filho de Deus, minação, previsse as futuras colheitas do ano. Na Em palhas deitado. véspera de Natal, as searinhas eram colocadas no Em palhas deitado, altar com o Menino Jesus, dentro das tigelas ou sobre Em palh’estendido, toalhas húmidas. Com Filho d’uma rosa, as searinhas faziam-se D’um cravo nascido.” também pórticos e outras figuras que decoravam a composição, juntamente com laranjas e folhas de Ó Avé-Maria, Altura, Castro Marim, laranjeira. As searinhas José João Costa eram também colocadas no centro das mesas da ceia de Natal, ou nos presépios, juntamente com uma vela. terço e as loas ao Menino Jesus, Em frente do altar ou do presépio, rezarem a novena e mais alguma faziam um arco em cana, enfeitado “oraçanita” que conhecessem. com ramos de laranjas ou murta. Mas nem todas as casas No litoral, algumas famílias mais tinham por costume fazer o preendinheiradas armavam o presépio sépio ou armar o altar do Menino numa cómoda da “casa de fora”, Jesus. Algumas famílias assina-

lavam a data com uma candeia acesa durante a noite de Natal, ou um grande madeiro, a que chamavam o “cepo do Natal” e que devia arder até ao Dia de Reis, para proteger a casa contra o “mau-olhado”. Alguns guardavam o tição para queimar em ocasiões especiais. Antes da missa do galo, na noite da consoada, a família juntava-se em redor do cepo ou da braseira, onde passavam o serão. Comiam linguiça assada ou frita com ovos, do “sovão” que matavam propositadamente a partir do Dia de Todos os Santos, para que os enchidos estivessem prontos para comer pelo Natal. Na doçaria dominavam os fritos, como as filhoses de joelho, de canudo ou de rosa, bolinhóis e as empanadilhas recheadas com batatadoce ou doce de grão, feitos pelas mulheres nas vésperas. Faziam-se também nogado, estrelas de figo e amêndoa e bolos de figo. Depois de festejarem a “meia-noite”, acorriam à missa do galo, onde apenas as crianças que chegavam

com a cabeça ao pano da chaminé podiam assistir. A igreja, devido à importância da data, era enfeitada e perfumada com ervas da ribeira e verdura do campo. No regresso a casa, comiam a tradicional ceia de Natal. Na alvorada do dia de Natal, as crianças acorriam à chaminé, onde na noite anterior tinham deixado o sapatinho, na esperança que o Menino Jesus os presenteasse com um chocolate ou um par de peúgas. Nesse dia, as pessoas estreavam roupa nova e iam à missa das onze. Em Cacela, realizava-se no fim do dia um baile que encerrava as celebrações e a que também acorriam as gentes das redondezas.

Pedro Pires Técnico de Património Cultural | Membro do CEPAC/UAlg (Centro de Estudos de Património, Ambiente e Construção da Universidade do Algarve)

O sono

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O sono é um processo fisiológico dinâmico e complexo, pomos algumas orientações e sugestões se sente que a com funções que passam pela reconstituição do organismo sua qualidade de vida está a ser afetada pela insónia nomeadamente a reposição da energia gasta durante o promovendo assim hábitos de sono saudáveis. dia. A duração média do tempo total de sono é de 6 a 8 Importa salientar que estas orientações não têm uma horas embora existam diferenças de pessoa para pessoa ordem específica, nem têm necessariamente de se aplicar uma vez que as necessidades quantitativas e qualitativas todas as pessoas uma vez que cada pessoa tem as suas de sono de cada um são aquelas que permitem estar particularidades. Na correta interpretação da queixa de acordado e ativo durante o dia. insónia é fundamental também procurar estabelecer Uma das dificuldades do sono mais diagnosticada é relação da insónia com outros dados clínicos para chegar a insónia, ou seja, dificuldades para adormecer à noite, à causa do problema. despertar durante a noite ou muito cedo, não sentir que o Os pensamentos, atitudes negativas e crenças irrasono tenha sido reparador após uma noite de sono. Tudo cionais acerca do sono devem ser substituídas, como por exemplo, as isto pode provocar falta de pessoas que acreenergia, fadiga, sonolência diurna, alteração do estado ditam ser impres“A insónia é a vingança da mente cindível ter de de humor, irritabilidade, falta de concentração, predormir sempre por todos os pensamentos ocupações contínuas com o 8 horas por noite que evitamos durante o dia... “ sono e consequentemente para se sentirem afetar o desempenho pro(Alain de Botton) bem durante o dia. Isso varia de fissional, afetivo e sexual. acordo com cada A insónia é um sintoma e deve ser analisado tendo em atenção os fatores físico, pessoa. Deve utilizar a cama e o quarto apenas para psicológico e social. Podemos mesmo destacar os dormir e ir para a cama apenas quando está sonolento. problemas familiares, económicos e profissionais. Entre as Caso não consiga adormecer, deve ir para outra divisão causas mais comuns da insónia temos as mudanças no da casa e apenas voltar para a cama quando voltar a ambiente ou horário de trabalho, maus hábitos de sono que sentir-se sonolento. Não se deve esforçar por adormecer incluem irregularidade do sono, como dormir e acordar em mas deixar que o sono ocorra naturalmente. Procurar horários diferentes todos os dias, atividades estimulantes manter um horário de sono, deitar e levantar, mesmo antes de deitar, dormir em ambientes inapropriados e des- ao fim-de-semana, e independentemente da hora a que confortáveis. O uso de alguma medicação pode interferir se deitou no dia anterior. As pessoas com dificuldades e também o consumo de cafeína, nicotina, álcool, alguns no sono, de uma forma geral, passam mais tempo na chás, refrigerantes. Comer demasiado pode fazer com que cama num esforço de obter uma maior probabilidade de uma pessoa se sinta fisicamente desconfortável na hora adormecer. Isto pode fracionar o sono comprometendo de adormecer. As sestas podem também constituir outro a sua qualidade. Deve-se reduzir o tempo que se passa problema na hora de ir dormir tal como a dor cronica, na cama para aumentar a percentagem do tempo que se passa a dormir. A pessoa deve dormir o tempo suficiente depressão, ansiedade, stress. Estudos recentes comprovam que a privação do sono para se sentir restaurada e não em demasia. Evitar sestas compromete seriamente o funcionamento humano. Pro- durante o dia. Tentar pensar nos problemas durante

o dia e não na hora de se deitar. Se dormir mal uma noite, não desesperar. Na noite seguinte, deitar-se à hora normal. Os fatores ambientais do quarto como a luz, o ruído e a temperatura devem ser controlados. E ainda deve proteger o quarto de elementos que possam provocar distrações como por exemplo despertadores, televisão. Uma ligeira refeição antes de se ir deitar pode ajudar a dormir melhor e devem ser evitados o café, bebidas com cafeína depois das 16 horas. Evitar ficar agitado à noite. A prática do exercício físico regular também constitui um forte aliado. Todas as alterações nos hábitos e no ambiente de sono revelam-se eficazes. As instruções são simples e devem ser cumpridas de modo consistente. Trata-se apenas de uma reaprendizagem do saber dormir que vai ajudar a melhorar a sua qualidade de vida. Bom sono!

NEIP (Núcleo de Estudos e Intervenção Psicológica) – Adelaide Ruivinho, Ana Ximenes, Catarina Clemente, Dorisa Peres, Fabrícia Gonçalves, Inês Morais, Patrícia Santos, Pedro Costa, Sílvia Cardoso. Colaboração: Jorge Hilário, Juliana Martins


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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |DEZEMBRO 2014

CULT URA

«Justiça Cega» de Hugo Pena por Pedro Tavares

Com a sua habitual escrita atenta, constante e clara, Hugo Pena oferecenos Justiça Cega, a sua segunda obra, que marca, de certo modo, um caminho de continuidade, mas, ao mesmo tempo, de novas perspetivas criativas, em relação ao seu primeiro livro (Porquê Eu?). O autor é o exemplo de como um jovem escritor consegue obter bons resultados, quer no número de vendas alcançado quer nas muitíssimas apresentações, extremamente bem conseguidas e bastante assistidas, da sua primeira obra (em Portugal e em Espanha, reflexo de que estamos perante um estilo de escrita bastante abrangente). Voltando ao traço narrativo do escritor, revela-se um pensador de múltiplas situações e resoluções e, ao mesmo tempo, criador de perspetivas emocionantes dentro das ações que constrói. O romance policial Justiça Cega transformase numa interessante e sempre forte narrativa, na qual as ações transmitem segurança e consistência, permitindo ao leitor o prazer de especular sobre o desenrolar da história. Hugo Pena trabalha muito

bem as personagens, entre a verdade e a ilusão (como se quer num livro marcadamente policial). Mas as páginas são, também, presenteadas com marcantes situações do nosso quotidiano. Estas pinturas escritas – por si só – seriam ações capazes de criar histórias; no entanto, incorporadas, ora por encadeamento ora por alternância, nos quadros policiais tornam o resultado geral do livro consistente e capaz de oferecer diversidade textual ao leitor. Nesta obra, como na anterior, os capítulos são curtos e nem sempre focados nas personagens principais (o que alarga o foco narrativo); os finais destes curtos capítulos deixam sempre uma porta entreaberta para as linhas seguintes. Salientase, ainda, a importância da voz narrativa, que acompanha e alerta o leitor para diversas situações da nossa sociedade. Hugo Pena, com o tom policial, próximo do tradicional thriller criminal, consegue igualmente acompanhar a modernidade da escrita informativajornalística crescente neste género. São visíveis, na sua obra, a perícia de estudos forenses, o avanço científico e a alusão à utilização constante das ditas “novas tecnologia de informação e comunicação”. Esta nova forma de abordar temáticas policiais conquistou um novo público que, seduzido pela consistência

textual e pelo sincronismo de vivências e resoluções, tornou-se ávido de leituras marcantes. Justiça Cega oferece-nos, de novo, a companhia de dois agentes, Martins & Neves, que nos levam a relembrar tantas parcerias de trabalho. O que os separa parece tanto, mas o que junta, na amizade pessoal e na excelência profissional, é muito mais! Estes agentes já são uma companhia dos leitores, são personagens que nos agradam e uma referência no motor policial das duas obras do autor. No entanto, este livro é muito mais do que um itinerário policial; o autor chama a atenção para alguns perigos da nossa sociedade, como, por exemplo, os riscos escondidos nas redes sociais ou os fenómenos da prostituição e dos abusos sexuais. A preocupação do escritor revela-se, desde logo, no início da obra, com o rapto de Joana, “Coloca uma boa quantidade de fita isoladora à volta da boca de Joana, enrolando várias vezes para não se soltar…” (p.26), e transporta o leitor para um acompanhamento analítico das ações que se seguem e para a necessária reflexão social. Desta forma, prova-se que este livro não deixará o leitor indiferente; esta é uma das grandes qualidades das palavras sentidas. Assim sendo, estamos perante uma obra que justifica a nossa atenção e que,

reitero, abre uma nova janela com vista para muitas e diferentes paragens, umas mais próximas de uns, algumas mais próximas de outros. Numa nota de autor, Hugo Pena afirma que “Justiça Cega não é apenas um livro, também é um alerta” (p. 350). Justiça Cega é ainda, como a anterior obra do autor, uma viagem ao mundo do suspense, mas também

ao interior do ser humano. A viagem está escrita. Merece ser lida. Nesta leitura, cada um fará, também, a sua viagem nas páginas do livro e nos próprios passos deste caminho a que chamamos vida. (nota: a apresentação do livro irá decorrer no dia 5 de dezembro, pelas 18 horas, na Biblioteca Municipal de Castro Marim)

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIM A CARGO DA NOTÁRIA MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIM A CARGO DA NOTÁRIA MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia seis de Novembro de dois mil e catorze foi lavrada neste Cartório, de folhas cinquenta e quatro a folhas cinquenta e cinco verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número trinta - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram: Manuel João Madeira e mulher, Joaquina Inácia da Palma Madeira, casados sob o regime da comunhão geral de bens, ambos naturais da freguesia e concelho de Alcoutim, residentes no Cerro dos Balurcos, Alcoutim, contribuintes fiscais números 113 973 357 e 112 822 673. Que declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do direito a três quartos indivisos do prédio urbano destinado a arrecadações e arrumos, sito no Cerro dos Balurcos, na União das Freguesias de Alcoutim e Pereiro, concelho de Alcoutim, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 712, proveniente do artigo 768 da extinta freguesia de Alcoutim, com o valor patrimonial tributável, correspondente ao direito, de dois mil oitocentos e noventa e sete euros e um cêntimo, igual ao atribuído. Que o referido prédio se encontra descrito na Conservatória do Registo Predial daquele concelho sob o número mil novecentos e noventa e um, mas apenas com registo de aquisição de um quarto indiviso a favor deles, justificantes, conforme resulta da inscrição AP. dois mil setecentos e noventa e três, de vinte de Outubro de dois mil e catorze. Que eles, justificantes, são também donos do direito aos restantes três quartos indivisos do prédio, por o terem adquirido em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta e quatro, já no estado de casados, por partilha verbal e nunca reduzida a escrito, feita com os demais interessados, por óbito do pai da justificante mulher, Manuel Gonçalves, casado que foi sob o regime da comunhão geral de bens com Inácia Maria, e residente que foi no Cerro dos Balurcos, Alcoutim. E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse do referido prédio, na sua totalidade, cuidando da sua manutenção, utilizando-o para guarda de alfaias agrícolas, pagando contribuições e impostos, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justificantes adquiriram aquele direito a três quartos do prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito. Está conforme o original. Castro Marim, aos 6 de Novembro de 2014.

Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que, no dia vinte de Outubro de dois mil e catorze, foi lavrada neste Cartório, de folhas vinte e sete a folhas vinte e oito verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número trinta - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram: Vítor Pereira Lopes e mulher, Hélia Cláudia Pereira Viegas Lopes, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia e concelho de Castro Marim, ela da freguesia de Santo Estevão, concelho de Tavira, residentes no Sítio da Soalheira, em Castro Marim, contribuintes fiscais números 110 602 595 e 158 305 779. Que declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio urbano destinado a habitação, localizado no Sítio de Soalheiras, na freguesia e concelho de Castro Marim, composto por edifício térreo com várias divisões e logradouro, com a área total de oitocentos e oitenta e três metros quadrados, dos quais cento e quarenta e três vírgula oitenta e dois são de área coberta, a confrontar a norte com Lazarina Martins, sul com Ercília Joaquina Pereira, a nascente com caminho e a poente com o próprio, inscrito na respectiva matriz urbana sob o artigo 6544, proveniente do artigo 3160, da dita freguesia de Castro Marim, com o valor patrimonial tributável e atribuído de trinta e sete mil seiscentos e trinta e cinco euros e setenta e sete cêntimos. Que o prédio se encontra descrito na Conservatória do Registo Predial deste concelho sob o número três mil duzentos e cinquenta, a favor dos justificantes, conforme inscrição AP. um, de vinte e sete de Abril de mil novecentos e noventa e dois. No referido prédio também se encontra registada uma hipoteca voluntária a favor do “Instituto Nacional de Habitação”, conforme inscrição AP. um, de doze de Julho de dois mil._______________________________________________ Que o referido prédio foi adquirido pelos justificantes por escritura de justificação lavrada no dia treze de Fevereiro de mil novecentos e noventa e dois, a folhas treze, do livro de notas para escrituras diversas número C - vinte e oito, no Cartório Notarial de Tavira. E pelos justificantes, mais foi dito: Que para fins de registo e sob sua inteira responsabilidade, JUSTIFICAM que o prédio acima identificado, está descrito na citada Conservatória com a área coberta de quarenta e oito metros quadrados e a área descoberta de quatro metros quadrados, descrição esta que é consequência de erros nas declarações aquando da inscrição do referido prédio na matriz predial urbana, pois o mesmo tem e sempre teve, desde que têm conhecimento, a área total de oitocentos e oitenta e três metros quadrados, dentro da qual, após demolição parcial e ampliação das edificações existentes levada a cabo pelos justificantes, coexistem o edifício térreo que é sua habitação própria permanente, bem como a antiga ramada e pocilgos, ocupando a referida área coberta de cento e quarenta e três vírgula oitenta e dois metros quadrados, e isto, sem que se tivessem verificado quaisquer alterações na configuração do terreno, mantendo-se este com a mesma configuração geométrica e limites geográficos de sempre, não sendo sequer possível outra, em virtude do prédio se encontrar perfeitamente demarcado e delimitado pelos prédios confinantes a norte, sul e poente e a nascente pelo caminho público. Está conforme o original. Castro Marim, aos 20 de Outubro de 2014. A Colaboradora, ________________________________ (Ana Rita Guerreiro Rodrigues) (Colaboradora inscrita sob o n.º 400/3, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 05.01.2012, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro)

A Colaboradora, _____________________________ (Ana Rita Guerreiro Rodrigues) (Colaboradora inscrita sob o n.º 400/3, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 05.01.2012, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro) Conta registada sob o n.º 22/11 Factura / Recibo n.º 4598

Conta registada sob o n.º 77/10 Factura / Recibo n.º 4565 1 de dezembro de 2014 Jornal do Baixo Guadiana

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ED ITAIS CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIM A CARGO DA NOTÁRIA MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia seis de Novembro de dois mil e catorze foi lavrada neste Cartório, de folhas cinquenta e um a folhas cinquenta e três verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número trinta - A, uma escritura de justificações, na qual compareceram: PRIMEIROS Maria Antónia Serafim Romeira Parreira e marido, Jacinto José António Parreira, casados sob o regime da comunhão geral de bens, ambos naturais da freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, residentes na Rua Jornal do Correio do Sul, n.º 35-B, 1º direito, em Faro, contribuintes fiscais números 143 239 660 e 143 239 651; e SEGUNDOS Diamantino Serafim Romeirinha e mulher, Maria Hermínia Branquinho Cavaco Romeirinha, casados sob o regime da comunhão geral de bens, ambos naturais da freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, residentes na aldeia e freguesia de Azinhal, concelho de Castro Marim, contribuintes fiscais números 135 638 984 e 135 639 018. Os primeiros justificantes declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios rústicos, todos na freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, e não descritos na Conservatória do Registo Predial deste concelho: UM. Prédio rústico sito na Terra Negra, composto por terra de amendoeiras, cultura arvense, figueiras, oliveiras e mato, com a área total de quinze mil seiscentos e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Herdeiros de Rafael Rodrigues, a Nascente com Herdeiros de Rafael Rodrigues e Manuel António Dias Romeira, a Sul com Herdeiros de Maria Joaquina e Manuel António Dias Romeira e a Poente com Maria Antónia Isabel Gonçalves Dias, Fernando Manuel Dias Romeira, Herdeiros de João Rodrigues Gonçalves e Herdeiros de Francisco Afonso, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 66, da secção CZ, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto do Selo, de cento e setenta e seis euros e setenta e três cêntimos, igual ao atribuído; DOIS. Prédio rústico sito na Corte Pequena, composto por terra de cultura arvense, com a área total de trezentos e sessenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Manuel João Afonso, a Sul com Domingos João António Afonso, a Nascente com Clube de Caçadores e Pescadores da Corte Pequena, e a Poente com Casimiro Rosa, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 123, da secção DL, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto do Selo, de nove euros, igual ao atribuído; e TRÊS. Prédio rústico sito na Barrada, composto por terra de cultura arvense, amendoeiras, figueiras e oliveiras, com a área de três mil e oitocentos metros quadrados, a confrontar a Norte com Herdeiros de Francisco Gonçalves Sequeira, a Sul e Nascente com Abílio Marques Dias, e a Poente com Herdeiros de João Manuel Afonso, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 31, da secção CZ, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto do Selo, de cento e vinte e seis euros e oitenta e um cêntimos, igual ao atribuído. Os segundos justificantes declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios rústicos, todos do concelho de Castro Marim, e não descritos na Conservatória do Registo Predial deste concelho: QUATRO. Prédio rústico sito em Vale Grande, na freguesia do Azinhal, composto por terra com amendoeiras e cultura arvense, com a área total de dois mil novecentos e sessenta metros quadrados, a confrontar a Norte e Nascente com João Martins, a Sul com Amândio António, e a Poente com Otília Maria Isabel Amaro Sequeira, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 26, da secção C, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto do Selo, de duzentos e setenta e sete euros e noventa e nove cêntimos, igual ao atribuído; CINCO. Prédio rústico sito na Eira das Lebres, na freguesia de Odeleite, composto por terra de alfarrobeiras, amendoeiras e cultura arvense, com a área total de cinco mil novecentos e sessenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Herdeiras de Alzira Isabel, a Sul com Herdeiros de Alzira Isabel e Flora Lentes, a Nascente com Manuel António Dias Romeira, e a Poente com Gualdina Maria José, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 58, da secção DL, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto do Selo, de cento e quarenta e três euros e sessenta e dois cêntimos, igual ao atribuído; SEIS. Prédio rústico sito no Pego da Lã, na freguesia de Odeleite, composto por terra com alfarrobeiras, amendoeiras, cultura arvense, figueiras, oliveiras, leitos de curso de água e vinha, com a área total de sete mil quinhentos e sessenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Turília Maria, a Sul e Poente com Manuel João Afonso, e a Nascente com Maria Violante Pereira Cristino, Arquimínio António Charneca Santos e Manuel António Dias Romeira, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 256, da secção DL, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto do Selo, de seiscentos e sessenta euros e catorze cêntimos, igual ao atribuído. Que os prédios identificados em UM, DOIS e TRÊS entraram na posse dos primeiros justificantes, já no estado de casados, e os prédios identificados em QUATRO, CINCO e SEIS entraram na posse dos segundos justificantes, também já no estado de casados, por partilha verbal e nunca reduzida a escrito, feita com os demais interessados, em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta e seis, por óbito do pai da primeira justificante mulher e do segundo justificante marido, Manuel António Romeira, casado que foi com Maria Claudina sob o regime da comunhão geral, e residente que foi na Corte Pequena, na freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim. E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os primeiros e os segundos justificantes na respectiva posse dos referidos prédios, cuidando da sua manutenção, colhendo seus frutos, arando suas terras, enfim usufruindo-os no gozo pleno de todas as utilidades por eles proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posses essas exercidas de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacíficas, porque sem violência, e contínuas, pelo que aqueles justificantes adquiriram, respectivamente, os referidos prédios por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar os seus direitos. Está conforme o original. Castro Marim, aos 6 de Novembro de 2014. A Colaboradora, (Ana Rita Guerreiro Rodrigues) (Colaboradora inscrita sob o n.º 400/3, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 05.01.2012, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro) Conta registada sob o n.º 19/11 Factura / Recibo n.º 4597 1 de dezembro de 2014 Jornal do Baixo Guadiana

1 de dezembro de 2014 Jornal do Baixo Guadiana

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIM A CARGO DA NOTÁRIA MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia seis de Novembro de dois mil e catorze foi lavrada neste Cartório, de folhas quarenta e oito a folhas cinquenta verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número trinta - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram: José Serafim Gonçalves Romeira e mulher, Alcina Arlinda Gonçalves Morais Romeira, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, ela da freguesia de Vilar de Ferreiros, concelho de Mondim de Basto, residentes na Corte Pequena, na dita freguesia de Odeleite, contribuintes fiscais números 138 830 029 e 138 830 037. Que declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios, todos da freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, não descritos na Conservatória deste concelho: UM. Prédio rústico sito na Cerca da Eira, composto por terra de cultura arvense e eira, com a área de quinhentos e sessenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Manuel António Dias Romeira, a Sul com Casimiro Rosa, a Nascente com Herdeiros de Clementina Maria, e a Poente com Herdeiros de Francisco Afonso, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 186, da secção DL, com o valor patrimonial tributável, para efeitos de IMT e de Imposto do Selo, de três euros e noventa e um cêntimos, igual ao atribuído. DOIS. Prédio rústico sito em Soeiro, composto por terra de amendoeiras, cultura arvense, figueiras, oliveiras e mato, com a área de vinte e três mil duzentos e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte com João Afonso Gomes, a Sul com Herdeiros de Francisco Afonso, a Nascente com caminho e Maria Gonçalves Romeira e a Poente com Herdeiros de Manuel José, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 21, da secção CF, com o valor patrimonial tributável, para efeitos de IMT e de Imposto do Selo, de duzentos e quarenta e sete euros e sete cêntimos, igual ao atribuído. TRÊS. Prédio rústico sito na Rocha do Zambujeiro, composto por leitos de curso de água e terra com mato, com a área de cinco mil seiscentos e vinte metros quadrados, a confrontar a Norte com Gustavo Serafim Mestre, a Sul com Manuel Amaro Gonçalves, a Nascente com António Manuel e José António Fernandes, e a Poente com Amaro António Fernandes e João Afonso Gomes, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 1, da secção ET, com o valor patrimonial tributável, para efeitos de IMT e de Imposto do Selo, de treze euros e quinze cêntimos, igual ao atribuído. QUATRO. Prédio urbano sito na Corte Pequena, composto por um palheiro e curral, destinado a arrecadações e arrumos, com a área total e de implantação de quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Manuel Nunes, a Sul com Manuel António, a Nascente e Poente com a via pública, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 491, com o valor patrimonial tributável de mil trezentos e sessenta euros, igual ao atribuído. Que os referidos prédios entraram na posse dos justificantes, já no estado de casados, por partilha verbal e nunca reduzida a escrito, feita com os demais interessados, em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta e seis, por óbito do pai do justificante marido, Manuel António Romeira, casado que foi com Maria Claudina, sob o regime da comunhão geral, e residente que foi na Corte Pequena, na freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim. E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse dos referidos prédios, cuidando da sua manutenção, colhendo os seus frutos, arando suas terras, utilizando o urbano para guarda de utensílios e ferramentas, enfim usufruindo-os no gozo pleno de todas as utilidades por eles proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justificantes adquiriram os prédios por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito. Está conforme o original. Castro Marim, aos 6 de Novembro de 2014. A Colaboradora, (Ana Rita Guerreiro Rodrigues) (Colaboradora inscrita sob o n.º 400/3, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 05.01.2012, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro) Conta registada sob o n.º 17/11 Factura / Recibo n.º 4596

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C OLABORADO R E S ESTE VELHO TÃO NOSSO AMIGO (Poema adivinha) Do tecto do Mundo pendia a candeia que alumia estes pigmeus aflitos e a Humanidade aos gritos com os olhos postos no cais, solta suspiros e ais. Horrorizada assistia à tragédia nesse dia; um velho distraído foi pelo fosso engolido, enquanto o diabo paria a noite que escurecia. O milagre levanta o véu; esse louco não morreu; nas asas dum bicho alado voou, foi p’ra outro lado e escondeu-se bem no fundo atrás, das brumas do fim do Mundo. E, quando amanheceu, radiante ele apareceu; dá os bons dias à gente, diz vir lá do Oriente e inicia a caminhada sem querer saber de mais nada. Incansável caminheiro, amigo e companheiro, eleva-se nas alturas indiferente às amarguras, nem uma lágrima derrama e vai ao sol-posto para a cama.

O horizonte do meu sonho Desliso no sonho promissor À procura de comprrener o sentido O caminho tortuoso só traz suor Não encontro o horizonte, estou perdido Fado, Fadinho I Não é um fado de amor! De tão grande ardor! Que eu canto a saudade! E sem a vaidade! Que eu sou quem sou! Porque à tua espera estou! E posso esperar à toa! Porque sou barco sem proa! II Não é um fado de amor! De tão grande clamor! Que eu canto a verdade! E sem a vaidade! Que eu sou quem sou! Porque à tua espera não estou! Não posso esperar à toa! Porque sou barco sem proa! Ilda Ferreira

Já nem sabe a sua idade; anda desde a mocidade neste percurso diário e porque é este o seu fadário à vista de toda a gente, está nele, eternamente!... Quem é o sujeito? Manuel Palma

Hérnias discais lombares e cervicais causam incapacidade Na coluna, as vértebras são separadas individualmente por discos que funcionam como “almofadas” e que permitem a mobilidade da coluna vertebral. Quando estes discos rompem, com exteriorização de material que estava contido no seu interior, originam as hérnias de disco que, embora possam também ocorrer na coluna torácica, são muito mais frequentes na cervical (zona superior da coluna, na região do pescoço) ou lombar (região inferior da coluna móvel, no “fundo das costas”). O principal sintoma associado a uma hérnia discal lombar é a dor na região lombar ou nádega com irradiação para o membro inferior, chegando frequentemente ao calcanhar ou pé. Para além destes sinais, pode ainda surgir a dormência e o formigueiro nos membros inferiores Dr. Paulo Pereira ou a falta de força na perna ou no pé. As hérnias discais cervicais podem provocar sintomas não só de compressão dos nervos, mas também de compressão da própria medula, o que compromete os movimentos e a sensibilidade do tronco e dos quatro membros. Nestes casos, é comum as pessoas sentirem dores no pescoço, na região da omoplata ou no ombro, irradiando frequentemente ao longo do membro superior. O diagnóstico das hérnias discais pode iniciar-se com uma TAC à coluna, no entanto, a ressonância magnética é o principal meio de diagnóstico, já que permite visualizar em detalhe o disco intervertebral, o canal medular , as raízes nervosas e a estrutura da medula. Em doentes com sintomas recentes e sem sinais de comprometimento da medula ou das raízes nervosas, geralmente opta-se por um tratamento conservador, que se baseia no recurso à medicação, recomendações de redução da atividade física e posturas adequadas e programa de fisioterapia. O tratamento cirúrgico é indicado para os casos de hérnias discais muito sintomáticas, que não melhoram com tratamento conservador ou que se acompanham de sinais de disfunção nervosa. Na cirurgia são utilizadas técnicas microcirúrgicas para identificação e remoção do componente do disco intervertebral que está a comprimir as estruturas nervosas. A taxa de complicações associada a esta cirurgia é baixa e a maioria dos doentes pode ter alta hospitalar ao fim de um a dois dias e retomar a atividade profissional após algumas semanas. A campanha Olhe pelas Suas Costas é uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral, em parceria com a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação, Sociedade Portuguesa de Neurocirurgia e Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia. Para mais informações consulte: https://pt-pt. facebook.com/paginaolhepelassuascostas Artigo de opinião do Dr. Paulo Pereira, neurocirurgião e Coordenador da campanha «Olhe pelas Suas Costas».

Perdido no horizonte do meu sonho Mas não perco a vontade de sonhar Quem sonha tem um futuro mais riosonho Ainda que a realidade possa enganar «O sonho comanda a vida», diz o poeta Num monólogo que se afirma no conselho Cheio de carinho, ternura e emoção Na vida faço do sonho a minha meta Quantas vezes o sonho é um espelho Que a realidade do futuro nos dá razão Manuel Gomes

Barqueiros e Barcos do Rio Guadiana Já não há barcos no Rio Diz o povo tristemente A nossa gente sentiu Porque nunca mais os viu Desapareceram para sempre. Havia camaradagem Amizade e união Fazia-se uma viagem Com alegria e coragem De Vila Real ao Pomarão De Mértola a Vila Real Tantos barcos navegaram Nunca mais será igual Essa frota colossal Tanta carga transportaram. Foz, Álamo, Guerreiros e Laranjeiras Terras de grandes barqueiros Bordejando noites inteiras Entre as duas fronteiras São sinais bem verdadeiros. No Inverno o Rio enchia Só para baixo corria Os barcos sem navegar A vida sem solução Muitas famílias sem pão Tiveram que se ausentar. Henrique Roberto


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D ESP O R TO

Yoana Dudova, tenista do Clube de Ténis de VRSA vencedora regional No fim-de-semana de 8 e 9 de Novembro, realizou-se nas instalações do Vilamoura Tennis Academy, o «Masters Inter-Regional da Zona Sul» do circuito K-Open Smashtour 2014, com a participação de cerca 40 jovens jogadores oriundos das três associações regionais que compõem a Zona Sul, Associação de Ténis do Algarve, do Alto Alentejo e de Setúbal. Esta derradeira etapa ditou o apuramento dos representantes desta zona no Masters Nacional, que se irá realizar nos próximos dias 22 e 23 no Estádio Nacional em Lisboa. Sendo assim, estiveram em competição os melhores jovens da Zona Sul e que proporcionaram excelentes partidas. A grande vencedora foi Yoana Dudova (CTVRS António) que ‘bateu’ na final, Rita Trocado (Centro Ténis Faro) por 4/1 e 4/0, tendo arrecadado o 3º lugar

Carlota Neves (Escola Ténis de Olhão) que levou à melhor sobre Andresa Félix (Vilamoura TA) por 4/2 e 4/2. Em pares femininos, Rita Trocado e Yoana Dudova venceram na final, a dupla Andreia Semiano e Rita Lopes (CET Elvas). Nos pares masculinos, Tiago Pereira e Bernardo Teixeira (Tavira Racket Club) venceram o par Tomás Francisco e David Sousa (Clube Ténis Tavira). Uma vez mais o sucesso desta jornada contou com o empenho do clube anfitrião, Vilamoura Tennis Academy, que disponibilizou as suas excelentes instalações para a realização deste Masters Inter Regional.

Conto de natal

Singulares Femininos: 1º Yoana Dudova (CTVRS António) 2º Rita Trocado (CT Faro) 3º Carlota Neves (ET Olhão) 4º Andresa Félix (Vilamoura TA)

Pares Femininos: A jovem tenista com o troféu e os treinadores do Clube de Ténis de Vila Real de Santo António

1º Rita Trocado e Yoana Dudova 2º Andreia Semiano e Rita Lopes

 Cláudio Pica e Natacha Cruz vencedores absolutos

José Armando Romeira

Leões do Sul vencem 1.º Duatlo de Castro Marim Com condições climatéricas excelentes para a prática desportiva, O 1º. Duatlo Vila de Castro Marim fez a sua estreia no calendário nacional e encerrou a temporada do Triatlo, no dia 16 de novembro. Castro Marim afirma-se, cada vez mais, como local de excelência para a realização de provas desportivas. O 1º. Duatlo Vila de Castro Marim foi uma prova aberta, na distância sprint, realizada em BTT, feito de forma sequencial 1ª corrida 5000 m, BTT 21000m e 2ª corrida 2500m, com partida e chegada junto ao pavilhão municipal, decorreu em asfalto e terra

batida dentro do perímetro da vila, contou com 79 participantes a cortar a linha da meta entre masculinos e femininos dos vários escalões. Registou-se uma boa participação de atletas da zona do Baixo Guadiana, e de outras associações desportivas. Os atletas dos Leões do Sul: Nelson Mestre 2º., David Costa 9º, Tiago Cristo 18º, Luís Viegas 32º, Pedro Ribeiro 37º, David Valentim 44º, Nuno Norberto 45º, Lopo Faísca 56º e Amândio Norberto 63º classificaram-se respetivamente. A organização conjunta Associação Rodactiva/Leões do Sul/Federação de

Karatecas de Alcoutim em treinos de competição O ciclismo não pára, mesmo na paragem da época! Em tempos de «limpar armas» e pendurar as máquinas por um par de semanas é tempo de balanços de época, pensar o que correu mal o os pontos positivos, de forma a levantar a cabeça com vista a novos objetivos. A maior luta com que a modalidade se debate é com a busca de fundos/patrocínios de modo a planear uma época competitiva e com poucas paragens, mas devido às condições da economia, luta-se mais com o coração do que propriamente com as condições ideais de se praticar uma modalidade tão exigente como o ciclismo, seja ele nas suas vertentes de estrada ou de BTT. Com isto o JBG este mês vem dar destaque aqueles que mais lutam sozinhos e por prazer, leia-se sem grandes patrocínios, mas com a mesma garra dos profissionais. Estamos a falar dos atletas amadores que competem igualmente em competições sobre a alçada da Federação Nacional de Ciclismo, atletas esses que competem por equipas igualmente débeis economicamente, tendo os atletas que pagar para competir.

Esta prova contou com 79 participantes Triatlo de Portugal, contou com o apoio e colaboração do Município de Castro Marim, Junta de Freguesia de Castro Marim e várias entidades privadas. Deixamos uma palavra especial de agradecimento á Associação Rodactiva pela maneira cordial de relacionamento e presença humana.

Os atletas do Clube de Karate de Alcoutim e Martinlongo participaram a 22 de novembro, em dois treinos de competição da Liga de Karate do Sul. Os treinos tiveram lugar em Almodôvar pelas 10h00 e em Martnlongo, pelas 15h00.Para este clube trata-se de actividades importantes do ponto de vista da preparação física dos seus atletas.

Futebolândia

Jovens treinaram em Almodôvar e acolheram treino em Martinlongo

Taça Regional do Algarve XCM Elites - 1ºAndrew Henriques (BTT Loulé / BPI) 1350 pontos 6º Duarte Dias (Team Casa Abilio /Nuc. Sport. VRSA) 670p. 7º André Horta ( “ ) 500p. Taça Regional do Algarve XCO Cadetes Masculinos 1º Pedro Melo (BTT Loulé / BPI) 210 pontos 8º Pedro (Mestre Team Casa Abilio /Nuc. Sport. VRSA) 75p. 11º Henrique Silva ( “ ) 63p. 20º Miguel Soares ( “ ) 31p. 24º Filipe Martins ( “ ) 17p. 25º Hugo Faísca ( “ ) 14p. 27º Márcio Valente ( “ ) 4p. Masters 30 1º Pedro Fernandes (BTT Loulé / BPI) 1040 p. 14º Hugo Conceição (Team Casa Abilio /Nuc. Sport. VRSA) 371p. 20º Ricardo Leitão ( “ ) 320p. 23º Paulo Ajuda ( “ ) 278p. 37º Carlos Faustino ( “ ) 160p. 47º André Vieira ( “ ) 60p. Juniores Femininos 1º Beatriz Martins (Team Casa Abilio /Nuc. Sport. VRSA) 195p. Masters 50 1º Ilídio Carvalho (GPP / NI.FI.ÍR – Pescados) 1300p. 6º Sérgio Horta (Team Casa Abilio /Nuc. Sport. VRSA) 600p. Juniores Masculinos 1º Filipe Felisberto BTT Loulé / BPI 190p. 5º Gonçalo Soares (Team Casa Abilio /Nuc. Sport. VRSA) 99p. 8º David Gonçalves ( “ ) 58p. 14º Fernando Custodinho ( “ ) 26p. 16º Igor Pereira ( “ ) 23p

Humberto Fernandes

Equipas 1º BTT Loulé / BPI 1500p. 5º Team Casa Abilio Bike Shop/Nuc. Sport. VRSA 600p. SUB 23 / Elites Femininos 1º Andreia Martins (Team Extremosul / C A Messines) 205p. 2º Adriana Gomes (Team Casa Abilio /Nuc. Sport. VRSA) 141p. SUB 23 Masculinos 1º Carlos Porfírio (Team Extremosul / C A Messines) 192p. 8º Joaquim Conceição (Team Casa Abilio/Nuc. Sport. VRSA) 38p. Elites Masculinos 1º David Belo (Atlantic Service / Clube XELB) 177p. 3º Duarte Dias (Team Casa Abilio /Nuc. Sport. VRSA) 138p. 6º Diogo Afonso ( “ ) 95p. 7º Carlos Brás ( “ ) 89p. 13º André Horta ( “ ) 27 Masters 30 1º Marco Nunes (Atlantic Service / Clube XELB) 210 2º André Vieira (Team Casa Abilio/Nuc. Sport. VRSA 161 4º Carlos Faustino ( “ ) 167 5º Hugo Conceição ( “ ) 128 Masters 40 1º Jorge Chaveca (Individual) 190 p. 6º Tiago Gonçalves (Team Casa Abilio/Nuc. Sport. VRSA) 84 p. Masters 50 1º José Coelho (Team Extremosul / C A Messines) 200 p. 2º Mário Alpiarça (Team Casa Abilio/Nuc. Sport. VRSA) 154 p. 6º Sérgio Horta ( “ ) 27 p. Equipas 1º BTT Loulé / BPI 250p. 4º Team Casa Abílio Bike Shop / Núcleo Sportinguista de Vila Real de Santo António 152p.

Era uma vez três reinos, o da Luz, o do Dragão e o reino de Alvalade. No reino da Luz o grande Rei Jorge Jesus sonha todos os anos em ser campeão nacional e vencer a Taça de Portugal; sonho de menino como o Tony Carreira, mas não se sabe bem porquê não dá demasiada importância às competições europeias. Na Rússia com a equipa do discípulo de Mourinho mais uma derrota até a equipa do Leonardo ficou à frente; será o primeiro natal do rei Jesus sem Europa, pior do que isso é o presépio não ter a vaca e o burro ou mesmo ser o preso 44 na cadeia de Évora. No reino do Dragão impera a alegria, melhor só na altura em que Pinto da Costa casou com Carolina Salgado, escritora de profissão (diz ela), ou mesmo do Guarda Abel que enfiava “bolachada” em tudo que mexia, bem no campeonato, melhor na Liga dos Campeões, a Taça de Portugal é que já foi - mas também não se perdeu grande coisa, é muito mais seguro estar longe do Estádio do Jamor, pois nunca se sabe quando pode cair uma bancada, um poste de iluminação ou uma telha vir parar ao meio do relvado, se é que por vezes se pode chamar assim. Além de se encontrar em Oeiras, um bocadinho fora de mão do Porto. No reino de Alvalade é só sofrimento e angústia há quase quatro décadas e vodu para todos os árbitros. O rei Bruno de Carvalho quer levar o reino à felicidade, à glória, mas os homens vestidos de preto… perdão amarelo, vermelho… bom, resumindo, aqueles que levam um apito, segundo o rei de Alvalade, estão contra o seu sonho de transformar o seu reino no mais brilhante… brilhante? Acho que já ouvi isto num anúncio de televisão, adiante…De vez em quando ainda vão surgindo algumas alegrias, mas logo a seguir as tristezas, nada aconselhável para quem sofre de arritmia ou outro qualquer problema de coração. Existe ainda outro reino, mais sombrio; o das trevas onde impera o mal, o silêncio, as contas “offshore”, os vistos Gold, os submarinos, a Tecnoforma, os vencimentos astronómicos (enquanto outros não têm para alimentar as famílias), os carros topo de gama, avultados montantes injetados nos bancos onde são desviados milhões pelos seus administradores, além dos mesmos bancos colocarem pessoas no desemprego e fecharem balcões, câmaras falidas e funcionários públicos “depenados” que nem um frango de aviário no seu vencimento e um sem número de pessoas desempregadas. Apesar de tudo isso, desejo a todos um Santo Natal e que em 2015, principalmente os do Reino das trevas, apanhem num dos submarinos do Paulo Portas e vão viver com os pinguins para a Antártida. www.facebook.com/futebolandia Eusébio Costa Licenciado em ciências da comunicação pela Universidade do Algarve eusebio.martins.costa@gmail.com


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JORNAL DO BAIXO GUADIANA |DEZEMBRO 2014 -DR

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Feliz Natal no Baixo Guadiana Em fecho de edição do JBG o Baixo Guadiana estava a vestir-se a rigor para assinalar a quadra natalícia. Ao lado da nossa redação a equipa da Junta de Freguesia de Castro Marim trabalhava para no dia 7 de Dezembro estar tudo a postos para inaugurar a «Casa do Natal», na Rua 25 de Abril. Um espaço para toda a população desfrutar, nomeadamente, de um presépio gigante que é construído a várias mãos, mas cujo mentor da conceção é Ernesto Pires. Também Vila Real de Santo António tem o seu presépio gigante que estará em exposição no Centro Cultural António Aleixo e que há vários anos a esta parte é assegurado por Teresa e Augusto com a ajuda de António Bartolomeu e outros colaboradores que se vão juntando. A Praça Marquês de Pombal transforma-se entre Dezembro e Janeiro na Aldeia do Pai Natal com animação variada, artesanato e produtos regionais. Alcoutim iluminava-se também para esta quadra, espalhando nas ruas o brilho, os presépios e demais ingredientes natalícios que alegram a quadra e onde não faltarão as festas e bailes de Natal pelas várias freguesias. O comércio local deixa o convite para comprar no Baixo Guadiana, e são muitas, e para todas as carteiras, as opções para o presente especial. Feliz Natal!

Cartoon

Cante Alentejano declarado Património Imaterial da Humanidade

Parqueamento grátis em Ayamonte graças a manifestação dos cidadãos

Detenção de José Sócrates aponta graves suspeitas sob exprimeiro ministro de Portugal

ECOdica Celebre um Natal evitando desperdícios. A reciclagem pode ser uma excelente alternativa nas suas decorações. Reúna todo o material que possui para os efeitos natalícios e reaproveite. Se tem crianças consigo estimule-as neste processo criativo e amigo do ambiente! Boas Festas!


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