Tudo pronto para
A
deste sábado,
será marcada
Baile de Debutantes do Clube

Caça. Tradicional em Lajeado, a festa mantém
ritos de passagem de meninas
mulheres.
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deste sábado,
será marcada
Baile de Debutantes do Clube
Caça. Tradicional em Lajeado, a festa mantém
ritos de passagem de meninas
mulheres.
Pouco depois das 14h de uma quinta, cheguei na casa de uma simpática senhora no bairro São Cristóvão. Com papel e caneta na mão, eu estava ali para uma entrevista. E ela, um pouco nervosa, logo me perguntou o que eu gostaria de saber.
ão importa a reli gião, o país ou de que família viemos, todos nós carrega mos tradições. Seja colocar uva passa no arroz de Natal, enfeitar a casa para a Páscoa, ou trocar presentes nas datas comemora tivas.
Mais do que isso, nossas tra dições também são carregadas de simbolismos e, nesse caso, cada um tem um significado diferente em cada contexto fa miliar. Ao longo das gerações, tem coisas que começam a fi car enraizadas. E aí, todos já sabem que os filhos e netos de sobrenome “tal”, costumam fa zer isso ou aquilo.
Eu queria saber da vida dela. Mas, naquele momento, apenas um recorte daquela história eu poderia contar. Com rapaduras à mesa e servido o chimarrão, ela falou da infância, da adolescência. Das cidades que passou, da profissão: costureira. Ela falou de mudanças, de coisas que permaneceram iguais. Falou da vida dela, mas falou da trajetória de uma sociedade ao londo de pelo menos 60 anos.
Na minha casa, por exem plo, é costume agradecer antes de qualquer refeição. Sempre que um da família compar tilha uma conquista, é noite de xis. Isso, desde a época de receber os boletins escolares - as boas notas eram sempre aguardadas. Entre os primos, é costume que no amigo secreto de fim de ano, cada um faça o próprio presente para a pessoa sorteada. E por aí vai.
Nos último dias, também fiz o trajeto até a Casa de Cultura diversas vezes. Seja no museu ou na cadeia municipal, grande parte da história da cidade se encontra ali. Mas, muito mais do que isso, ela se encontra nas pessoas que, por meio de seus relatos e pesquisas,
No caso das debutantes, como as histórias que contamos nas páginas 6 e 7 desta edição, não é diferente. Todo o baile é
tornam possível um registro de décadas e até mesmo séculos atrás.
E não importa se são pessoas conhecidas por suas publicações, ou pelas lembranças de uma costureira de 80 e poucos anos, são as pessoas, de todos os tipos, lugares e cores, que ajudam a manter a cultura de um lugar viva. Com suas versões, por vezes diferentes, mas com pontos em comum.
Afinal, tudo o que é história, alguém lembrou, fotografou ou relatou para alguém. E, apesar de concentrada em prédios como a Casa de Cultura, ela também está em pequenos estabelecimentos comerciais, em casas que mantém uma fachada antiga. Ou mesmo nas atuais.
um rito de passagem, e segue as regras da tradição. Muitas vezes, a troca da sapatilha pela sandália de salto. A apresentação para a sociedade feita pelo pai, a dança com o par. Tudo isso pode pa recer ultrapassado, mas carrega muito da tradição.
E, neste caso, a palavra “an tiquado” não se enquadra. Afi nal, nada do que nos faz perten centes a algo é antiquado. Faça sentido a quem fizer, as tradi ções contam histórias. Muitas vezes, de uma mesma família, e trazem, com ela, conforto, cari nho e amor.
Por mais conservadora que a palavra “tradição” pareça ser, acredito que ela seja, na verda de, bastante libertadora. Ela é ensinada pelas gerações passa das, mas é uma escolha das gera ções seguintes, segui-la, ou não.
m dos precursores do stand up comedy no Brasil, o humoris ta Diogo Portugal se apresenta neste domingo, 9, no Teatro Univates. O espetáculo “Não me cobre coerência” é às 20h, e tem classificação indicati va de 14 anos.
Em parques, nas árvores que mudam a cada estação. A história está nas ruas, e nas mudanças que foram vistas ao longo dos anos. Ela está nos livros, e nas páginas do jornal. E é por isso que resgatamos algumas delas por aqui. Para que a gente possa recordar, mas que também sirva como uma “pulga atrás da orelha” para se pensar o presente de acordo com o que passou.
O humorista viaja o país com a peça e, com a experiência na área, é organizador do Risorama, maior festival de humor da Amé rica do Sul. Além da comédia nos teatros, Diogo Portugal também se destacou na TV, com o perso nagem Elvisley, o office boy do programa Zorra Total, da Rede Globo. Também fez participa ções no Fantástico, no quadro “Stand up nosso de cada dia”.
Evento voltado à área musical será no gramado em frente a Biblioteca da Univates, a partir das 15h
Quando começou a sua relação com a comédia?
Eu fazia publicidade, e já trabalhava com criação. Fazia jingles publicitários e meu estúdio começou a se desta car, porque eu fazia de forma engraçada. Uma vez participei de um festival, e de concursos de humor. Assim começou, e ali eu acreditei que poderia ter uma profissão na comédia.
Da forma que for, criar co nexões com o nosso passado e futuro, faz o presente ter mais sentido. Dentro de um ritual an tigo, ou de novos costumes que vão surgir.
Para que a gente olhe pra frente sabendo do que ficou pra trás, e para que alguns valores não se percam, e outros se transformem para melhor. No fim, a história faz tudo isso. Ela emociona e instiga, e nos ajuda a entender um pouco sobre cada um de nós.
Boa leitura!
Boa leitura!
Ao longo da carreira, criou o “Fritada”, programa que come çou na internet e fez sucesso no canal Multishow. Hoje, o humo rista faz parte do Programa do Ratinho, do SBT. Para assistir ao espetáculo, os ingressos, no valor de R$ 35 a R$ 90, podem ser ad quiridos pelo Sistema de Ingres sos da Univates, assim como de forma presencial no Prédio 1, sala 110. Mais informações podem ser conferidas no Teatro Uni vates, pelo telefone (51) 37147000, ramal 5949, ou pelo e-mail bilheteria@univates.br.
Com o objetivo de incentivar a criação e expressão musical da região, o Festival Playlist Mix de Novidades convida a comunidade a frequentar o gramado em frente a Biblioteca da Univates no domingo, 28, a partir das 15h. Além da apresentação dos 12 finalistas, a programação do evento encerra com show da banda Acústicos e Valvulados.
teve quase 50 inscrições de artistas, inclusive, de fora do estado, e ressalta a força do festival. A expectativa para evento é grande e uma grande estrutura esta planejada. Em caso de chuva, o festival será no Teatro Univates.
A iniciativa tem apoio cultural de Unimed VTRP e Cervejaria Salva. Mais informações podem ser conferidas pelo telefone (51) 3714-7000, ramal 5946, pelo e-mail cultura@univates.br ou WhatsApp (51) 9 9827-8437.
Nesta área, qual a diferen ça entre a TV e o teatro?
No teatro você tem uma resposta imediata daquilo que está fazendo. Se está engraçado ou não, eu vou saber na hora. Na televisão não, você tem que fazer e torcer para que quem está em casa ache engraçado. Por exem plo, eu gravo A Praça É Nossa. Lá tem pessoas rindo, que é pra pontuar as coisas que eu estou fa lando. No teatro tu também tem uma licença poética de falar coi sas que na televisão você não fala.
O evento gratuito é organizado pelo Núcleo de Cultura da universidade. Produtor cultural do setor, Ygor Ferreira destaca a importância do festival para os talentos locais. “A gente retoma essa tradição que a Univates tem em realizações de festivais. Buscamos reforçar nossa
É um momento muito maduro da minha carreira, um momento que falo de vários segmentos da comédia.”
Dennys Vieira Guilherme Castel Paola MüllerDiogo Portugal
O que o público pode es perar do espetáculo?
Uma das finalistas, Ana Julia Porsche, diz que participar do festival é um desafio. “Sou muito crítica com músicas, letras, arranjos, então sempre tive muita dificuldade em compor algo próprio, por nunca achar bom o suficiente”, conta.
É um momento muito maduro da minha carreira, um momento que falo de vários segmentos da comédia, conto um pouco da minha história como come diante. Conto um pouco sobre como é ficar mais velho, de ver tudo acontecer. Falo sobre relacionamento. Tenho muito improviso, faço uma pesquisa da cidade, também passo pela política. É um show que passa bem rápido, tenho certeza de que o pessoal vai rir muito.
Por isso, o processo de composição foi difícil, e ela desta-
festival se chama “Senhor Tempo”, composta por son Jackisch, com a letra e do pai Charles Porsche.
“A nossa passagem pelo mundo é curta e o tempo não espera. Essa música um lembrete para vivermos o agora, deixando para os nossos erros, curtindo caminhos para os quais destino nos leva, com felicidade”, ressalta Ana Júlia. A expectativa da artista para o domingo é grande e, acima do resultado, espera levar pra casa boas experiências e aprendizados.
Faça sentido a quem fizer, as tradições contam histórias. Muitas vezes, de uma mesma família, e trazem, com ela, conforto, carinho e amor”Cultura
Humorista faz espetáculo neste domingo, 9, em Lajeado. Na carreira, conta com participações em programas como A Praça É Nossa
Social do Clube Tiro e Caça será palco de mais um Baile de Debutantes, neste sá bado, dia 8. No total, 16 meninas vão participar do evento, que promete fi car na memória de todos.
O Debut é um dos bailes mais tradicionais do CTC e já é realizado há mais de 50 anos. Para muitos, é considerado um ritual de gerações, que marca a passagem da infância para a adolescência de muitas me ninas. Em 2022, o evento chega a sua 57ª edição.
"Estamos muito felizes em promo ver um baile para que as famílias das 16 debutantes possam comemorar essa mudança de fase. Depois da pandemia merecemos celebrar a vida com uma bela festa e permitir que os associados e seus convidados se di virtam aproveitando cada momento do Debut”, afirma o presidente do CTC, Fernando Rohsig.
Ao longo de quase três meses, as debutantes participaram de uma sé rie de atividades de preparação para o baile de gala. Foram diversos en saios, encontros com pais e amigos, noite do pijama, aulas de ritmo e defesa pessoal, desfile de carro pela cidade, viagem para Gramado e uma festa pré-debut.
O Baile marca o fechamento da programação e proporciona um momento de integração e realiza
ção de sonhos.
“Que esse sonho seja realizado com todo o sucesso e que atenda as expecta tivas das pessoas. Queremos ser o local referencial da vida familiar e social das pessoas que vivem o CTC. Vamos nos divertir com certeza!"
O Baile de Debutantes 2022 tem o pa trocínio de Toyota Motolândia e Mocca Fotografia.
Desde a última sexta-feira (7) o Clu be Tiro e Caça e a Federação Gaúcha de Tênis (FGT) promovem a 10ª edição da Copa CTC de Tênis, nas quadras do Clube. A competição se estende até o dia 09 e é aberta ao público para dispu ta em 19 categorias, das quais seis serão premiadas.
Importante destacar que o valor es tipulado atualmente para a premiação das categorias só ocorrerá mediante o número mínimo de inscritos. Caso não haja atletas suficientes, o prêmio será dividido novamente e pago proporcio nalmente. O regulamento completo da Copa pode ser conferido no site da FGT.
Nesta edição, a Copa reúne 227 tenis tas de várias regiões e tem o patrocínio de Toyota Motolândia, CBM, Sicredi e KTO, com apoio da Docile e Hotel Imperatriz. Mais informações sobre a
Conheça as categorias premiadas:
1ª Classe Simples Masculina
1ª Classe Simples Feminina
2ª Classe Masculino Simples até 34 anos
2ª Classe Masculino Simples acima de 34 anos
Classe 35 + Masculino A
Classe 45 + Masculina A
competição e os valores das inscrições podem ser obtidas diretamente no site da FGT.
Antônia Moretto Fensterseifer
Arielly Nadaia Heineck
Cecília Brandão Frank
Constanza Follmer
Eduarda
Eduarda Hepp
Uhry
Emily Scheeren
Gabriela
Conto
Isabella Dall’
Dreyer
Manoela Dreyer
Maria Eduarda
Maria Eduarda
O Clube Tiro e Caça realiza neste sá bado (08) os confrontos das semifinais da 48ª Copa CTC/Construtora Dia mond de Minifutebol 2021. Por meio destas rodadas serão conhecidos os finalistas das três divisões da compe tição. Tanto da Série Ouro quanto da Série Prata.
No campo A, a disputa inicia às 12h30min e fica por conta da série prata da primeira divisão, seguido dos jogos da série ouro, a partir das 14h30min. O campo B receberá as par tidas da segunda divisão, série ouro e prata, também a partir das 12h30min.
os duelos da terceira divisão movi mentam o campo C.
os detalhes dos jogos podem ser conferidos no site minifutebolctc. com.br. ou acompanhados pelas redes sociais do Clube.
O 57º Baile de Debutantes do CTC reúne, neste ano, 16 meninas do Vale do Taquari para celebrarem juntas os 15 anos. O evento ocorre neste sábado, no Salão Social do clube
Bibiana Faleiro
Aos domingos, quan do Emily Scheeren, 14, visitava a casa dos avós, vasculhava os álbuns de fotografia e revi
Minha família é um dos principais motivos de eu estar debutando. Sou muito grata por tudo que estão fazendo por mim”
Emily Scheeren, debutante em 2022
Cada vez que eu vou no baile revivo
aquele momento, acho tão bonito de olhar. Tu vive aquele momento de novo”
Rosalia Ledur, debutante em 1966
via as lembranças de quando a tia e a mãe debutaram. Os vestidos também foram con servados pela avó, e a lajeaden se gostava de vesti-los e sair
desfilando. Ela era criança na época, e a partir daquele mo mento, debutar também virou um sonho.
Neste sábado, Emily segue a tradição da família, e será uma das 16 meninas apresentadas à sociedade na 57ª edição do Baile de Debutantes do Clube Tiro e Caça (CTC). O evento inicia às 20h, no Salão Social.
Ao lado dos pais e do irmão João Vitor, a menina diz ser importante viver o momento em família. “Eles são, com cer teza, um dos principais moti vos de eu estar debutando. Sou muito grata por tudo que estão fazendo por mim”, destaca.
No início, os bailes eram or ganizados sempre no primeiro sábado de outubro e, em 1995, foi programado para o dia 7. Foi naquele ano que a mãe de Emily, Denise Stein Scheeren, 42, debutou. Na época, as me ninas também eram apresen tadas em Estrela e Encantado.
Os pais de Denise eram en volvidos na cidade, e era tradi cional que o pai apresentasse a filha à sociedade. “Para mim isso era muito importante, sem falar da parceria das ami gas. Naquela época, debutei no CTC, Sete e Encantado”, lembra.
A lajeadense conta que foi uma noite mágica. “Só quem passa sabe a sensação do frio na barriga de ver todas aque las pessoas quando passamos pelo túnel de flores. Sem falar que ao sair dele, estavam meus pais me esperando, aquelas pessoas mais importantes pra mim, que me deram a vida”.
Denise conta que naquele ano, como é feito ainda hoje, as debutantes foram para a tradicional viagem a Gramado. Também fizeram o passeio do barco Cisne Branco, em Porto Alegre. Além disso, tinham au las de desfile e etiqueta com Maria Bernadete Hermann. Mas o momento mais espera do era o pré-debut, uma festa com os amigos.
Este ano, Denise volta ao clube, desta vez, para ver a fi lha debutar. “Quando a Emily
disse que gostaria de debutar, me passou um filme na cabe ça. Lembrei de todos os meus debuts, das amizades que fiz, dos momentos mágicos, das aprendizagens que adquiri, percebi, então, que como mãe seria uma sensação diferente, decidimos encarar esse desa fio”, conta.
De 1995 para os dias de hoje, Denise percebe diferenças nos bailes. “Hoje a tecnologia pro porciona efeitos de luzes fan tásticos, sem falar dos painéis de led”, ressalta. Naquela épo
ca, também havia mais interes se das meninas para participar. Outra mudança foi a for ma de registrar os momentos. Mas, por outro lado, Denise acredita que o sentimento das meninas é o mesmo. “Vai ser o melhor debut pra mim, porque um pedacinho meu vai sair daquele palco brilhando.
E eu vou poder ver os meus filhos dançando juntos”, res salta.
O primeiro baile foi na década de 60 e, em 1966, Rosalia Elisa Ledur, 72, com 16 anos na época, debutou. Ela lembra que quando chegava outubro, ficava atenta a movimentação que ocorria no clube. Desde pequena, ela ad mirava o baile e as meninas que participavam das festas sociais. Única mulher entre os seis filhos da família, naquele ano, a lajea dense fez questão de participar.
“Aquilo de fazer parte da quele grupo tão seleto da so ciedade me cativou. E era uma expectativa tão grande, porque era o primeiro baile. Antes dis so a gente não podia frequen tar as festas”, lembra. Depois
da grande noite, as meninas também eram convidadas para um chá beneficente e o Baile do Brotinho, em que uma das meninas era escolhida “broti nho” da edição.
Daquele ano em diante, Ro salia frequentou muitas festas de debut. A lajeadense também participou do evento como mãe de debutante três vezes. “Cada vez que eu vou no baile eu re vivo aquele momento, acho tão bonito de olhar. A ansie dade que tu passa de esco lher vestido, arrumar cabelo, tu vive aquele momento de novo”, conta.
Hoje, Rosalia torce para que as netas também possam participar. “Eu acho que é um encontro de família, de ami gos, é um momento de feste jar a vida. Tu ta com as pesso as que tu gosta”, destaca.
Entre as atrações confirmadas para a noite deste sábado, está a banda Eletro Rádio, além de dois DJs.
Os mestres de cerimônia serão Xyko Barzotto e a jornalista Rita de Cássia.
Para participar do baile, os sócios com mensalidade em dia estão isentos de pagamento. É necessário apenas a retirada do convite até às 12h deste sábado.
Já os não-associados menores de 18 anos pagam R$ 40, e os maiores de 18 anos pagam R$ 60, de forma antecipada.
Na noite, o valor será de R$ 80 para todos. Há ainda mesas para até oito pessoas à venda e elas podem ser adquiridas na secretaria do clube.
A palavra “Debut”, em fran cês, significa “começou” ou “início”. A tradição tem ori gem europeia. Na metade do século XVI, onde hoje fica a Alemanha, Inglaterra, França e Áustria, as famílias nobres preparam um baile para apre sentar suas filhas à sociedade. Naquele momento, pela tradi ção, as meninas se tornavam
mulheres.
Fazia parte do ritual, trocar a sapatilha por um sapato de salto alto, dançar a valsa com o pai, e trocar o vestido infantil por um mais adulto. As práti cas começaram a se popularizar quando, na Revolução France sa, uma família nobre fugiu da guerra e começou a levar a festa para outros continentes.
acho que não. Entretanto, escolhi trazer uma reflexão sobre patrimônio cultural. Eu sei que esse assunto parece distante e é muito menos urgente do que Lula e Bolsonaro. Entendo. Porém, vivi uma experiência na qual fui mediadora de um papo sobre patrimônio cultural, a convite do RS CRIATIVO - programa estratégico da Secretaria de Es tado da Cultura, e aprendi e me surpreendi com o quão ampla e agregadora pode ser essa pauta.
Senti compartilhar a refle xão. Deselitizar o patrimô nio cultural, torná-lo pauta, desvendá-lo, ‘tomarmos a nossa história para nós’ e, quem sabe, desenvolvê-lo como agente dentro da economia das cidades.
Patrimônio cultural mate rial a gente sabe que é prédio, estrutura, fundação. Mas e patrimônio cultural imaterial?
Os bens culturais de natureza imaterial dizem respeito àquelas práticas e domínios da vida so cial que se manifestam em sabe res, modos de fazer, celebrações, formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas, costumes e outras tradições.
E essa cultura, esses saberes locais, podem ser a base do empreender, do sustentável, dos modos de sobrevivência.
Se conhecermos, desven darmos, valorizarmos a nossa história e nos apropriarmos dela, as nossas tradições culturais podem ser possibilidades para artistas, gestores, produtores, uma fagulha ao empreende dorismo nos municípios.
Li numa matéria do Sebrae, um exemplo sobre Alagoas –Ilha do Ferro, onde cerca de 300 famílias vivem à beira do Rio
muitos outros homens.
Além disso, a região conta também com uma técnica única de bordado, conhecida como boa noite, que também é transmitida há centena de anos de mães para filhas. Pois as duas atividades se uniram, e junto a articulações públicas, a cidade vem atraindo muito turismo do Brasil e do exterior e, com isso, gerando novas oportunidades para pousa das, restaurantes, e afins.
A nossa secretária de Es tado da Cultura, Bia Araújo, muito engajada nessa pau ta, criou o Dia Estadual do Patrimônio Cultural, que se tornou um grande movimento de celebração, de atividades diversas acerca do patrimônio cultural – material e imate rial, por todo nosso estado.
Eu abri minha fala neste evento dizendo que sentia dúvidas sobre o quão eu poderia acrescentar nas reflexões em função da minha falta de intimidade com o assunto. Mas penso que topei justamente por isso. Porque me parece que ampliar os diálogos e reflexões sobre patrimônio cultural para quem e por quem não tem intimidade com esse universo, nos faz aproximar e tornar palpável essa questão que é tão nossa. Ou deveria ser.
Conhecer a nossa histó ria, os nossos antepassados é reconhecer quem somos.
Nos traz noção de pertencimento.
E será que não é exata mente por isso que estamos lutando? Por pertencer, existir, por legitimar quem somos?
Eu sim.
Paz, gente. Até breve.
Acrise ambiental é um debate recorrente e, com frequência, no vos hábitos e práticas são propostas para diminuir os danos à natureza. Uma delas é a moda circular, conceito baseado nos fundamentos da economia circular, que diz respeito ao ciclo de vida de um produto, desde sua criação até o consumo.
“O que se propõe é que ao in vés dos produtos serem descar tados após o uso, que eles sejam inseridos novamente no proces so produtivo ou para comercia lização”, explica a técnica em estilismo e mestra em Indústria Criativa, Fernanda Ost.
Conforme a profissio nal, existe uma gama de possibilidades dentro da prática, e muitas delas não exigem grandes es forços, como planejar a produção para reduzir estoques, potencializar uso de recursos renová veis e minimizar des perdícios de material.
“Importante sa lientar os brechós, clubes de trocas e outras possibilida des que fomentam a compra e venda de usados, aumen tando considera velmente a vida útil
dos itens”, salienta.
Um projeto que começou iti nerante e ganhou força a ponto de precisar de um lugar fixo. A loja “Da vez” abriu suas portas no dia 28 de setembro, com todo o acervo da loja formado por roupas de segunda mão. A cada item, a doadora ganha bônus para comprar nas lojas Dullius.
“As peças são de mulheres que compraram e usaram pouco, ou nem usaram. Por isso, dizemos que são peças gentilmente usa das”, explica a proprietária da loja, Priscila Paseti. Por 10 anos, ela morou na Espanha, e diz que lá percebia mais aceitação do público aos brechós.
“Percebo que existe um perfil que procura por nós. Mas eu te nho mulheres que entram aqui desconfiadas e acabam ficando surpresas”, conta. Para ela, a recepção do público, até o mo mento, tem sido satisfatória.
As peças que não são apro vadas para a loja, formam um novo acervo. Segundo Priscila, a ideia é utilizar esses itens para montar um brechó beneficente no futuro. “Assim, fechamos o ciclo da Moda Circular”, pon tua. A loja Da Vez fica na Rua Pinheiro Machado, 589, no centro de Lajeado.
Outro momento especial ocorreu na tarde de sexta-feira, 7, em Lajeado. A 1ª edição do Anafran Conecta convidou as vendedoras para um encontro na loja, localizada no centro do município.
A programação iniciou às 13h, com recepção aos convidados. A abertura contou com a fala da Diretora de Marca da empresa, Franci ne Martins, e seguiu com a palestra de Rodrigo Annunciação, com o tema “Bora Bater Meta”. Além disso, o evento foi marcado pelo lan çamento da Coleção Cápsula Anafran Basic by Carla Fachim, com apresentação de Patrícia Herrmann. Confira alguns cliques do evento!
Um coquetel na Motolândia Toyota marcou uma das atividades do Debut do CTC 2022. Depois de uma viagem a Gramado, entre outros encontros, na quinta-feira foi o momento para as meninas e seus familiares curtirem os últi mos preparativos antes do grande baile. As 16 debutantes também participaram de um desfile de carros na data e, depois do co quetel, tiveram o último ensaio antes do tão esperado dia. O baile ocorre neste sábado, 8, no Salão Social do Clube Tiro e Caça.
Ao som do MPB, o 8º show do ano do Projeto Pratas da Casa levou o artista Dani Schaeffer ao palco do Teatro do Sesc. O evento foi na quarta -feira, 5, com a presença de público e transmissão ao vivo pela Rádio A Hora 102.9, pelo streaming no por tal do Grupo a Hora e em formato de live pelo Facebook e YouTube.
Até o fim do ano, mais duas apre sentações fazem parte da agenda do projeto. No dia 9 de novembro, quem sobe ao palco é Gustavo Wickert, e no dia 7 de dezembro, é a vez de Kikee.
Carboidratos, proteínas, leguminosas e legumes. Para manter um cardápio saudável, todos os dias, as marmitas congeladas podem ser uma boa opção
Júlia Amaral juliaamaral@grupoahora.net.brCarboidratos como arroz integral, aipim, e batata doce;
Proteínas como carnes magras, frango e peixes; Leguminosas como feijão, lentilha, ervilha, entre outras;
tem pouco tem po de intervalo ao meio-dia nem sempre consegue cozinhar ou ir até um restau rante. Uma boa alternativa são as marmitas congeladas que, além de práticas, também são mais econô micas e podem ser mais saudáveis.
Para não enjoar ou elaborar um cardápio fraco em nutrientes, al gumas dicas são valiosas. A nu tricionista Mônica Heller lembra que é importante preparar dois tipos de alimentos de cada gru po, e variar na montagem para congelar. “Varie os temperos e as formas de preparo, isso vai ajudar bastante”, ressalta.
Conforme a profissional, a co mida pode ficar congelada por aproximadamente três meses, sem prejuízo na qualidade. A melhor forma de descongelar o alimento é sob refrigeração, mas pode ser colocada diretamente no micro-ondas, desde que sejam usadas embalagens adequadas.
Legumes também são importantes.
Varie os temperos e as formas de preparo, isso vai ajudar bastante”
Mônica Heller, nutricionista
Umnovo ciclo para o Belvedere Café, de Estrela, começa neste sábado, 8, a partir das 9h. De pois de dois anos e dois meses de uma história que começou, evoluiu e se concretizou na Rua Arnaldo José Diel, nº 133, a primeira cafeteria de cafés especiais da cidade ganha, no fim de semana, uma nova e aconchegante casa, na Rua Mare chal Floriano, nº 290, com os melhores ca fés e diferenciados doces e salgados.
O sábado de reinauguração promete ser de novidades e com a descontração que sempre marcou o empreendimento. Se gundo o proprietário, Pedro Augusto Bes chorner, além da estrutura remodelada, com conforto e alto-astral, e do cardápio único, o dia será de muita música ao vivo com Dilau Acústico, das 14h às 16h, e Alex Duarte, das 16h às 18h30min. “Queremos que nossos clientes e quem ainda não co nhece o nosso trabalho venham comemo rar conosco esse novo e incrível momen to”, convida.
No novo endereço, o Belvedere Café terá espaços internos e externos, com um novo conceito pensado no bem-estar. “O ‘ca’, de cafeteria, remete à casa, que lembra acon chego, família, amigos, um local que a gen te tem vontade de ficar e sente-se bem. Assim será o novo Belvedere Café. Tere mos espaço ainda para quem quer fazer reuniões de negócios, por exemplo, com praticidade e conforto”, antecipa.
Tudo isso acompanhado de cafés es peciais e muito sabor. “Grande parte dos nossos produtos é artesanal, com os me lhores ingredientes. Quem experimenta, sempre volta”, orgulha-se Pedro, que é o chef do empreendimento e um autodida ta no que faz. “Aprendi fazendo. Gosto de criar, inventar. Todas as receitas de tortas são minhas. Com 3 anos já tirava foto com panela na cabeça”, recorda.
Pedro está entusiasmado com a reinaugu ração. “Será um novo momento para o ne gócio e estamos muito felizes por tudo que ofereceremos. Além do que já citamos, a ca pacidade será ampliada, com 40 lugares no total, tudo com muito conforto, a vista para a torre da cidade, e o endereço central, com maior circulação de pessoas, diferente do antigo, onde a nossa visibilidade, em muitos
momentos, não era a que gostaríamos.” Pedro também ressalta que a nova fase permitirá constantes aprimoramentos no espaço, car dápio e atrativos.
O Belvedere Café iniciou as atividades em 18 de julho de 2020, em meio à pandemia.
A ideia do negócio foi da mãe de Pedro, Iara Beschorner, como mais uma alternativa de renda. Como o jovem sempre teve vontade de ter algo no ramo alimentício, aceitou o desa
fio. “Mas só cheguei até aqui pelo grande apoio dos meus pais”, destaca o empreen dedor.
O primeiro endereço foi no belvedere, com vista para o Rio Taquari. “O lugar é muito bonito, aprendemos muito nesses mais de dois anos. Mas a proprietária solicitou o imóvel de volta e começamos a procurar algo mais central, com movi mento. E conseguimos essa casa, em um ponto estratégico e que ficará ainda mais incrível”, projeta.
Pedro Augusto Beschorner: “Um novo con ceito pensado no bem-estar.”
AFcriação de um Centro de Desenvolvimento Cultural e Educacio
acilitar a interação com a comunidade e o ambiente externo é a grande aposta do projeto da arquiteta recém -formada pela Univates, Dé bora Caterine Costa, para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O prédio, pen sado como uma nova sede para as três empresas que formam o Grupo Popular, também pos sui espaço para abrigar outros empreendimentos.
nal foi o objetivo do projeto desenvolvido pela arqui teta formada pela Univates em 2022/A, Denise Andréia Führ, para o trabalho de conclusão do curso.
m Centro Clínico de Apoio ao Trata mento Oncológi co chamado “Re. Viva”. Esse foi o Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) da arquiteta Andresa Seibel Restelli, formada pela Univa tes em 2022/B.
UA ideia foi inserir o centro na cidade de Estrela, como um es paço adequado para diversas ati vidades. Assim, o Criar Centro de Desenvolvimento Cultural e Educacional também propõe ofertar eventos e atividades diurnas, para os idosos, crianças e jovens, em especial, no turno inverso escolar. Para os adultos, as atividades serão concentradas nos turnos vespertino e noturno.
Sacadas e visuais foram ado tados para garantir uma expe
Orientado pela professora Jamile Maria da Silva Wei zenmann, o projeto elaborado para a cidade de Lajeado tem o objetivo de oferecer apoio e cuidados necessários para pa cientes diagnosticados com câncer, além de buscar promo ver sensações de bem-estar aos atendidos e familiares.
Além disso, ocorrerão diferen tes eventos abertos ao público, como palestras, encontros gas tronômicos e pequenos eventos musicais. A ideia é que o espaço se torne referência para os mu nicípios e atraia moradores de toda a região.
Denise destaca que para a via bilização do projeto, foi pensado em uma parceria público-pri vada, com o objetivo de ofertar oficinas gratuitas, em especial, às pessoas carentes e alunos de
De acordo com Andresa, a arquitetura do projeto está vinculada ao assunto, já que busca atender todas as neces sidades dos pacientes em um mesmo lugar. “Trazer esse equipamento a Lajeado tam bém visa ser um espaço hu manizado que fortaleça a rede de prevenção e tratamento do câncer”, destaca a arquiteta. A escolha do terreno, na Aveni da Benjamin Constant, se dá pela proximidade com o Hos pital Bruno Born (HBB).
Além disso, o intuito do es paço é oferecer procedimen
riência diferenciada aos usu ários, explica a profissional. A construção busca ampliar a visibilidade e a interação das empresas com a comunidade, por isso, o projeto também prevê uma cafeteria no andar térreo. “A ideia é atrair tanto o público que trabalha e fre quenta o prédio, como a co munidade em geral”. Na parte externa, cores neu tras como cinza, preto e tom de madeira foram escolhidas para transmitir sensação de aconchego, destaca Débora.
Nos espaços internos, cada ambiente foi projetado con forme as necessidades dos usuários, mas a partir da mesma estratégia de cores da área externa.
A cafeteria possui tom de concreto, laje e esquadrias escuras. A madeira, utiliza
para trabalhar.
Entre as texturas, destaque para o equilíbrio entre os bri ses de madeira e o concreto aparente. Na parte interna, também foram adotados car petes para ajudar no conforto acústico, além de painéis em MDF para compor cada área, conforme a finalidade.
escolas públicas. Além de pro porcionar apresentações teatrais e músicas por meio de editais e leis de incentivo à cultura.
A ideia é que o espaço tam bém sirva como locação para eventos e palestras de empresas e pessoas interessadas. O centro contará com salas comerciais, cafeteria, e abrigará a biblioteca pública em um ponto de fácil acesso e visibilidade.
“O propósito do centro cultu ral é realizar o encontro de pes soas, indiferente de raça, cor e classe”, destaca a arquiteta.
tos quimioterápicos, assim como de hospedagem duran te o processo de tratamento. Desta forma, é possível que os pacientes tenham trocas de experiências com outras pesso as em situações semelhantes.
polímero e estrutura metálica para a ventilação, com aumento, também, da inércia térmica e diminuição da entrada de calor.
“Esta materialidade exige pouca manutenção, apenas a sua higienização”, destaca a ar quiteta.
Segundo a profissional, a escolha dos materiais conside rou a disponibilidade no mer cado, beleza, funcionalidade, custo-benefício e qualidade acústica e térmica.
“Os materiais também se destacam pela durabilidade.
O carpete, por exemplo, tem uma durabilidade média.
Pode ser substituído com fa cilidade, se necessário, mas com o devido cuidado, dura bastante tempo”.
Por fim, para destacar a fa
Quanto à estrutura, além do uso de Laje nervurada, o projeto optou por deixar os ângulos de 90º arredondados com aplicação de madeira no pavimento térreo, de modo a facilitar o trajeto do pe
A cobertura conta com a im permeabilização e colocação de argila expandida para uma me lhor eficiência térmica. Assim como espelhos d’água e vegeta ção para o resfriamento evapo rativo.
Com o objetivo de englobar o conceito de sustentabilidade no Re.Viva, foram aplicados itens como brises na fachada principal, para controle da in cidência de luz solar e redução de calor.
Também foram utilizadas placas solares com o intuito
de reduzir os custos com ener gia elétrica. “Desta forma, os recursos naturais podem ser usados de forma abundante e renovável, não afetando o meio ambiente”, ressalta a arquiteta. As esquadrias são todas em alu mínio anodizado na cor preta, e os vidros incolores e laminados com espessura de 6 mm.
Os brises ripados em pvc e tom amadeirado que reves tem a fachada principal se destacam como um elemen to de imponência no projeto. Isso se deve pela sua função de proteção solar e também como meio de preservação da privacidade das pessoas, além de permitirem a ventilação e iluminação natural.