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ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR
Quinta-feira, 25 setembro 2025 | Ano 23 - Nº 3938 | R$
NOVA PONTE NO TAQUARI
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Quinta-feira, 25 setembro 2025 | Ano 23 - Nº 3938 | R$
NOVA PONTE NO TAQUARI
Comitê gestor do Funrigs aprovou aporte de R$ 358 milhões
Travessia entre Estrela e Cruzeiro do Sul tem prazo de 18 meses para ser viabilizada. Estudo foi concluído em 45 dias e obra deve ser licitada em regime integrado. Aval do colegiado autoriza o governo a lançar
o edital em caráter emergencial, previsto para o início de outubro. Investimento é defendido por diferentes entidades do Vale como alternativa à atual estrutura sobre o Rio Taquari, na BR-386.
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Empresas do Vale participam de um dos maiores eventos de transporte e logística do Sul do país, que projeta movimentar R$ 1,5 bilhão em negócios e alertar sobre desafios no setor.
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Dossiê aponta 17 investimentos com possíveis irregularidades. Serviços teriam sido contratados
OPINIÃO | RODRIGO MARTINI
Nova ligação em pauta
Outubro será decisivo para inclusão (ou não) de obra de ponte na BR-386.
OPINIÃO | VINI BILHAR
Condições diferenciadas
Sicredi Integração lança nova campanha voltada a pessoas físicas, empresas e produtores rurais.
CRISTO PROTETOR
Marco histórico deve ser alcançado neste m de semana e reforça importância do monumento como referência de fé e turismo. Atrativo consolida o potencial do Vale e inspira novos negócios no setor.
CADERNO | REGIÃO ALTA
entre 2024 e 2025. Denúncias indicam pagamento por serviços não executados.
OPINIÃO | FILIPE FALEIRO
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O recado de Marcelo Gleiser
Seguimos vivendo como se fôssemos eternos, como se os recursos fossem ilimitados.
A aprovação, no Conselho do Gestor do Plano Rio Grande, da nova ponte sobre o Rio Taquari marca um divisor de águas na reconstrução do Vale. Mais que um investimento de R$ 358,6 milhões, tratase de uma resposta concreta a um trauma recente, quando as enchentes expuseram a vulnerabilidade da infraestrutura e a necessidade urgente de alternativas seguras de ligação.
O modelo de contratação integrada, aliado ao método de Construção Acelerada de Pontes, demonstra que o Estado aprendeu com experiências passadas e busca eficiência em prazos e custos. Ainda assim, o desafio é imenso. Com a exigência de entrega até 2027, cada mês
O Vale do Taquari precisa dessa ponte - e precisa, sobretudo, que ela se torne realidade dentro do prazo”
perdido pode comprometer o cronograma e, consequentemente, a confiança da população.
Mais do que encurtar distâncias, a nova ponte é símbolo de resiliência. Ela carrega em sua estrutura a memória de perdas e a esperança de um futuro em que desenvolvimento e segurança caminhem juntos. Também é um gesto de reparação: uma obra pensada não apenas para o tráfego de hoje, mas para resistir a possíveis novas cheias.
Cabe agora acompanhar com rigor cada etapa, garantindo que os recursos do Fundo do Plano Rio Grande sejam aplicados com transparência e responsabilidade. O Vale do Taquari precisa dessa ponte — e precisa, sobretudo, que ela se torne realidade dentro do prazo, como sinal de que é possível transformar a desconfiança e a dor em reconstrução sólida e duradoura.
Av. Benjamin Constant, 1034, Centro, Lajeado/RS grupoahora.net.br / CEP 95900-104
Editor-chefe da Central de Jornalismo: Felipe Neitzke
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Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Impressão Zero Hora Gráfica
Diretor Executivo: Adair Weiss
Diretor Editorial e de Produtos: Fernando Weiss
“A abelha é o ser vivo mais importante do planeta”
OempresárioHugo Schmidt,78,fundadorda Construtora Diamond, vive entre as colmeias e a natureza. Em seu sítio no interior de Arroio do Meio, cria abelhas-semferrão há mais de uma década e foi o fundador daAmevat,entidadeque lutaparapreservaressas “pequenasguerreiras”. Umacolmeiadejataí,por ano,produzouprovoca maisde2milpontos positivosdecarbono. Emseumeliponário,cria 12espéciesdeabelhas, auxiliandonapreservação ambiental e atraindo aatençãodeescolase estudantes.
Andreia Rabaiolli centraldejornalismo@grupoahora.net.br
Como surgiu o interesse por abelhas-sem-ferrão?
Minha infância foi no interior de Arroio do Meio e eu cresci em meio aos animais. Mas lá eu conhecia as abelhas com ferrão, não tínhamos abelhas nativas. Eu as crio há 11 anos. Em 2014, nós fundamos a Amevat para auxiliar na preservação das abelhas. Fizemos estatuto e hoje somos mais de cem associados. Lamento que poucas pessoas ainda conheçam essas abelhas, porque elas são importantes na natureza.
Qual a importância das
abelhas?
São os seres vivos mais importantes do planeta. Porque, se nós de repente não tivéssemos mais abelhas, nós não teríamos mais alimento por mais de quatro ou cinco anos. E não só pelo alimento, mas também pela recuperação dos pontos de carbono na nossa natureza. Uma colmeia de jataí, por ano, produz ou provoca mais de 2 mil pontos positivos de carbono. Olha como as empresas, hoje, que têm que produzir pontos positivos de carbono estão atrás das abelhas sem ferrão.
O que são abelhas-sem-ferrão?
As abelhas com ferrão são diferentes e chamadas ápis. As abelhas-sem-ferrão
são incapazes de ferroar e podem ser criadas em casas ou apartamentos. O mel é mais saboroso e de melhor qualidade. Tem propriedades nutricionais.
O que a entidade faz para preservar as abelhas?
Precisamos fazer com que mais pessoas e escolas conheçam as abelhassem-ferrão. Em função disso, para popularizar, nós colocamos iscas para atrair abelhas na Praça da Matriz em Lajeado, para que mais jataís venham ao local. A Amevat faz encontros mensais e seminários. Trabalhamos a conscientização nas escolas e nos meliponários também. Promovemos oficinais sobre como criar abelhas-sem-ferrão, tudo para dar visibilidade à causa.
Como é seu meliponário no interior de Arroio do Meio?
No meu espaço, crio cerca de 80 enxames. Tenho 12 espécies, entre as quais jataí, mandaçaia, canudo, tubuna, manduri e outras. Procuramos divulgar a causa, e as escolas vêm visitar as abelhas aqui na minha chácara. É importante mostrar para as crianças essa beleza da natureza.
O que o senhor aprendeu com as abelhas?
Muita coisa. E, principalmente, a respeitar a natureza. A abelha é o inseto mais organizado da natureza, mais do que a formiga. Ela é trabalhadora e inteligente.
Existem estudos científi cos sobre elas?
Muitas universidades estão estudando as abelhas e os meliprodutos, que são os produtos feitos por elas, como a própolis, a cera e o mel. Elas são fenomenais, por serem responsáveis pela polinização do planeta.: sem polinização, não haveria produção suficiente de frutas, legumes e grãos, comprometendo a alimentação humana. As abelhas são responsáveis por cerca de 90% da polinização das plantas nativas no Brasil e produzem mel com alto valor nutricional e medicinal.
Dados mostram desempenhos acima das médias estadual e nacional de parte das cidades do Vale no acumulado dos quatro indicadores. Maior nota foi alcançada por Imigrante. Boqueirão do Leão teve pior pontuação
Divulgado esta semana pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) aponta para um cenário positivo em boa parte das administrações municipais da região em relação a gestão fiscal. Os dados, referentes ao ano de 2024, mostram que metade das cidades atingiram índices de excelência.
Ao todo, foram 19 municípios que atingiram pontuação superior a 0,8 ponto, o que configura um desempenho “excelente”. O índice é composto por quatro indicadores: autonomia, gastos com pessoal, investimentos e liquidez. Após a análise de cada um deles, é apontada a situação das contas das gestões públicas.
Imigrante, com 0.9589, teve a maior pontuação geral do Vale e ficou em 20º no ranking estadual. Nos quatro indicadores, o município atingiu nota máxima em três
deles. A exceção foi autonomia, mas a nota (0,8354) ainda é considerada “excelente” e ficou acima da média tanto no RS quanto em nível nacional.
Na sequência, aparece Anta Gorda, com 0.9589, sendo a 26ª no RS. Roca Sales, Capitão, Muçum, Colinas, Poço das Antas e Cruzeiro do Sul também figuram entre as 100 melhores do Estado. Já os piores desempenhos da região ficaram com Paverama (0.5724) e Boqueirão do Leão (0.4822), o que indica “dificuldade” na gestão fiscal.
Imigrante tem a 20ª melhor pontuação no IFGF no Estado
CINTIA
MUNICÍPIO ÍNDICE NO RS
Imigrante 0.9589 20º
Anta Gorda 0.9465 26º
Roca Sales 0.9146 48º
Capitão 0.9109 51º
Muçum 0.8925 66º
Colinas 0.8871 75º
Poço das Antas 0.8868 77º
Cruzeiro do Sul 0.8697 94º
Westfália 0.8512 108º
Encantado 0.8482 109º
Bom Retiro do Sul 0.8468 114º
Ilópolis 0.8417 118º
Lajeado 0.8261 141º
Dois Lajeados 0.8256 142º
Marques de Souza 0.8152 151º
Forquetinha 0.8138 156º
Coqueiro Baixo 0.8108 161º
Vespasiano Corrêa 0.8094 163º
Mato Leitão 0.8008 174º
Progresso 0.7978 180º
Arvorezinha 0.7920 190º
Fazenda Vilanova 0.7913 193º
Pouso Novo 0.7903 195º
Travesseiro 0.7892 196º
Canudos do Vale 0.7855 202º
Estrela 0.7796 211º
Doutor Ricardo 0.7765 219º
Nova Bréscia 0.7748 225º
Taquari 0.7713 232º
Relvado 0.7596 258º
Arroio do Meio 0.7354 289º
Putinga 0.6957 347º
Teutônia 0.6949 348º
Sério 0.6734 373º
Tabaí 0.6632 387º
Santa Clara do Sul 0.6107 428º
A economista e presidente do Codevat, Cintia Agostini, entende que os bons índices regionais são reflexo das características culturais da região, de um cuidado maior com o gasto público. Lembra também que o valor do trabalho e as características associativas, onde o coletivo é priorizado, faz a diferença no resultado final. “Historicamente cumprimos
Os municípios se esforçam muito para uma melhor entrega às suas comunidades. Em geral, somos muito cautelosos com o coletivo e o recurso público”
de forma adequada com compromissos legais e constitucionais que regram a gestão pública. Os municípios se esforçam muito para uma melhor entrega às suas comunidades. Em geral, somos
Paverama 0.5724 450º
Boqueirão do Leão 0.4822 477º
muito cautelosos com o coletivo e o recurso público”, observa. Ao analisar os quatro indicadores, Cintia destaca o bom desempenho em áreas como gastos com pessoal e investimentos e entende que é na autonomia onde há uma dificuldade maior. “Temos muitos municípios pequenos, que são dependentes da distribuição de recursos do Fundo de Participação. E na liquidez, as prefeituras são muito cautelosas, buscando estarem adequadas às condições de endividamento”.
Melhores índices: Anta Gorda, Arroio do Meio, Encantado, Estrela, Lajeado, Teutônia e Westfália (1.0000)
Piores índices: Boqueirão do Leão e Sério (zero)
Melhores índices: 31 cidades da região alcançaram a nota máxima (1.0000)
Piores índices: Nenhuma cidade ficou abaixo de 0.8000
Melhores índices: Forquetinha, Marques de Souza, Mato Leitão, Muçum e Putinga (1.000)
Pior índice: Santa Clara do Sul (zero)
Melhores índices: Bom Retiro do Sul, Canudos do Vale, Coqueiro Baixo, Cruzeiro do Sul, Doutor Ricardo, Ilópolis, Imigrante, Mato Leitão, Muçum, Nova Bréscia, Poço das Antas, Pouso Novo e Travesseiro (1.0000)
Pior índice: Paverama: 0.2802
Com base em dados declarados pelas prefeituras, o IFGF analisa as contas de 5.129 municípios brasileiros.
Após a análise de cada um deles, a situação das cidades é considerada crítica (resultados inferiores a 0,4 ponto), em dificuldade (resultados entre 0,4 e 0,6 ponto), boa (resultados entre 0,6 e 0,8 ponto) ou de excelência (resultados superiores a 0,8 ponto).
No RS foram avaliadas as contas de 488 municípios, que declararam informações aos órgãos públicos. O IFGF Autonomia foi o indicador com desempenho médio mais baixo entre os municípios gaúchos: 0,5962 ponto.
AAgência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) projeta realizar no fim de outubro a tão aguardada audiência pública no Vale do Taquari. O encontro, previsto para ocorrer no dia 26 ou 27, reunirá representantes do governo federal, concessionária ViaSul e comunidade regional. E servirá para a apresentação da devolutiva por parte da ANTT, com a inclusão – ou não – de novas obras e alterações contratuais solicitadas pelas regiões mais próximas à BR-386. E a boa notícia é
que o projeto para uma nova ponte sobre o Rio Taquari, entre Estrela e Lajeado, junto ao traçado original da BR-386, poderá mesmo ser incorporado ao contrato de concessão da rodovia federal. Não só isso. Líderes e empresários da região também demonstram otimismo com relação à execução em si da obra. Ou seja, não esperam só a confirmação de um projeto. A expectativa já é pela confirmação do início e conclusão da nova ponte. São expectativas nos bastidores, reforço. Por ora, aguardemos!
rodrigomartini@grupoahora.net.br
RODRIGO MARTINI
A Universidade do Vale do Taquari (Univates), em parceria com a Emater/RS-Ascar, vai receber o curso de Capacitação em Restauração Ecológica, voltado para a recuperação ambiental e produtiva das áreas rurais atingidas pelos eventos climáticos de 2023 e 2024. O curso é realizado pela Embrapa, por meio do Plano Recupera Rural RS, em uma iniciativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). E será realizado entre os dias 30 de setembro e dois de outubro. Um momento importante para debater e desenvolver competências para diagnóstico de áreas degradadas, planejamento de ações de restauração e uso de tecnologias adaptadas às condições locais.
Prefeita de Estrela, Carine Schwingel (União Brasil) está em Brasília para destravar o projeto de municipalização do trecho estrelense da Ferrovia do Trigo, que conecta (ou conectava) o Porto de Estrela com o entroncamento ferroviário em Colinas. É um trecho abandonado faz anos e que não está no escopo de investimentos da concessionária Rumo e do governo federal. E o Executivo de Estrela quer se apropriar da estrutura para a construção de avenidas e novas conexões entre bairros, com destaque à ligação entre o Boa União e o bairro das Indústrias, por meio do viaduto da BR-386, nas proximidades do Atacadão e do Superporto. E, nessa quarta-feira, Carine se reuniu com o Secretário Nacional de Ferrovias, Leonardo Ribeiro. “Ordem do Ministro é resolver a nossa situação. E a expectativa é finalizar a documentação em seis meses. Rumo, ANTT e até o Ministério Público Federal já se posicionam a favor da municipalização”, avisa a prefeita.
- A subcomissão de Acompanhamento da Retomada de Negócios após a Enchente de 2024 da Assembleia Legislativa do RS realiza evento na próxima segunda-feira, na câmara de Lajeado. O encontro entre parlamentares gaúchos e líderes regionais inicia às 14h30min.
- O governo de Encantado agendou para o dia 30 de setembro a audiência pública sobre o novo Plano Diretor, construído em parceria com a Univates. O encontro com a comunidade será no Auditório Brasil da prefeitura, a partir das 18h30min.
- Hoje o Laboratório de Inovação Governamental e Social de Lajeado (Labilá) será palco do evento Caravana de Impacto RS. A programação inicia às 14h com apresentações do Pro_Move Lajeado, Sebrae e Inova RS. Na sequência, painel com Sérgio Diefenbach, promotor de justiça, André Jasper, professor da Univates, e Alexandre Dullius, diretor da Run More. No fim, pitch day com startups da região.
Durante encontro com representantes de agências e guias de turismo, realizado na tarde de segunda-feira, no espaço Duas Meninas Garden, em Arroio do
Meio, o presidente da Amturvales, Rafael Fontana, foi enfático ao garantir que o Trem dos Vales será retomado no segundo semestre de 2026.
O vereador Ederson Spohr (MDB) apresentou denúncias perturbantes na câmara de Lajeado. Segundo apuração do parlamentar, cerca de R$ 1 milhão teria sido gasto entre 2024 e 2025 em serviços e obras não realizadas pelo poder público. Em resumo, o governo teria pago, mas os serviços e obras não teriam sido feitas pela empresa contratada. As denúncias envolvem diferentes ações terceirizadas com rotina pela administração municipal. Pintura de meio-fio das calçadas ou de estruturas internas dos parques, além de outros “pequenos” serviços que, pelas denúncias, carecem
de fiscalização e acompanhamento antes, durante e após a contratação. O vereador expôs as denúncias na sessão plenária e, inevitavelmente, o assunto vai reverberar nos ambientes do Ministério Público e do próprio Legislativo. Spohr já cobrou a abertura de CPI para averiguar a fundo os fatos. Aliás, ontem ele vistoriou algumas obras suspeitas na companhia de vereadores de oposição e situação (foto). Por sua vez, o Executivo abriu sindicância interna. E a sociedade pagadora de impostos precisa ficar atenta e cobrar explicações sobre cada ponto denunciado.
O Vale do Taquari possui uma oportunidade única para implementar uma verdadeira revolução na logística regional. Com a criação do “Fundo de Reconstrução do Rio Grande do Sul”, ou “Fundo do Plano Rio Grande”, o Funrigs, e tendo sido a região mais destruída pelas catástrofes de 2023 e 2024, o Vale se tornou um destino natural para altos investimentos na área da logística. O governo estadual já confirmou a construção de uma ponte sobre o Rio Taquari, entre Estrela e Cruzeiro do Sul. Um empreendimento de R$ 358 milhões. Antes disso, já havia confirmado os repasses de R$ 200 milhões à ERS-332, e outros R$ 55 milhões
à ERS-129. E ainda está em pé a promessa de injetar R$ 1,5 bilhão em “obras de resiliência” nas rodovias 130, 453 e 129, por meio do processo de concessão do bloco 2. Os recursos do Funrigs são oriundos do perdão temporário (por três anos) da dívida estadual por parte da União. O que demonstra, clara e duramente, o quanto o Estado perde em função da dívida e o tanto que poderíamos investir e avançar internamente se essa não existisse. E eu não estou clamando por calote, e tampouco criticando o atual governo federal – que foi sensível ao perdoar a dívida até 2027. Eu só estou compartilhando a dor de compreender a verdade.
PONTE DOS VALES
Travessia entre Estrela e Cruzeiro do Sul terá R$ 358 milhões do Funrigs e prazo de 18 meses. Estudo foi concluído em 45 dias e obra deve ser licitada em regime integrado
Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br
VALE DO TAQUARI
OConselho Gestor do Plano Rio Grande aprovou uma semana depois da apresentação do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), o investimento na nova ponte sobre o Rio Taquari. A obra ligará Estrela a Cruzeiro do Sul com investimento de R$ 358,6 milhões do Fundo de Reconstrução do RS (Funrigs). O aval do colegiado autoriza
o governo a lançar o edital em caráter emergencial, previsto para o início de outubro. O contrato será em regime integrado, no qual a mesma empresa elabora o projeto executivo e a obra. Com prazo máximo de 18 meses, a ponte precisa ser entregue até
2027, quando expira a vigência do Funrigs.
Durante apresentação das avaliações sobre os locais para a ponte, na quarta-feira da semana passada, o governador Eduardo Leite, destacou que esse investimento é um marco da
reconstrução do Vale. “É uma obra que fortalece a logística, reduz riscos em cheias futuras e projeta desenvolvimento econômico para a região. O estudo foi concluído em tempo recorde porque compreendemos a urgência da demanda.”
O sistema para garantir a construção terá duas etapas: até quatro meses para sondagens e projetos detalhados, seguidos de 14 meses de obras. O método adotado será o de Construção Acelerada de Pontes (ABC), com uso de pré-fabricação metálica, lajes integradas e frentes múltiplas de trabalho.
Esse modelo foi testado em 2010, após o colapso da ponte de Agudo, no Rio Jacuí, o Estado reconstruiu 500 metros em apenas seis meses. Segundo o diretor-geral do Daer, Luciano Faustino, essa experiência é a base para cumprir o cronograma atual. “A técnica reduz prazos, dá previsibilidade e mantém qualidade. Vamos mobilizar equipes e fornecedores de forma simultânea.”
O projeto prevê pista simples, com duas faixas de 3,6 metros e acostamentos de 2 metros, em cota elevada para resistir a cheias históricas. A extensão total, incluindo acessos, será de 3,1 quilômetros, com
Etapas da obra
Meses 1 a 4: projetos e sondagens de solo
Meses 5 a 8: fundações em rocha
Meses 9 a 12: pilares e vigas metálicas lançadas por empurramento
Meses 13 a 16: laje de rolamento e acessos
Mês 17/18: pavimentação, drenagem e entrega
R$ 358,6 milhões de investimento 18 meses de execução 3,1 km de extensão (1,2 km de ponte) 11 mil veículos/dia previstos Cotas elevadas contra cheias
1,2 km de ponte. O traçado escolhido reduz o volume de desapropriações e o custo final. O fluxo médio estimado é de 11 mil veículos por dia.
Dados detalham prejuízos financeiros de R$ 510 mil em pagamentos “a mais”, além de medições incompatíveis e materiais de qualidade inferior. Investigação interna da prefeitura apura o caso. MP também acompanha os avanços
LAJEADO
Uma série de obras em Lajeado passa por apuração para identificar supostas irregularidades no andamento da execução. Um dossiê composto por 17 intervenções em diferentes localidades do município veio a público nessa terça-feira, 23, durante sessão da câmara de vereadores. A administração municipal informou que uma investigação interna ocorre desde 8 de setembro para elucidar os fatos. O Mistério Público (MP) também acompanha o caso.
De acordo com o levantamento, foram identificadas falhas em obras públicas relacionadas a insumos de qualidade inferior ao previsto em projetos, medições incompatíveis com a execução e serviços pagos e não executados. Os documentos também apontam superfaturamento de materiais e serviços, o que resultou em cerca de R$ 510 mil pagos a mais à empresa responsável pelas intervenções.
A documentação indica pagamentos feitos entre 2024 e 2025. Apenas uma empresa, com sede em Lajeado, é citada no dossiê. Além da área central da cidade, as obras estão localizadas nos bairros Jardim do Cedro, Conservas, Floresta, Olarias, São Cristóvão, Montanha e Alto do Parque.
Serviço no Parque de Eventos estaria entre os pagos e não executados
A prefeitura diz que a abertura da investigação ocorreu em 8 de setembro, após o recebimento das denúncias. Conforme a administração, a apuração é conduzida por comissão que ficou responsável pela revisão dos projetos, planilhas orçamentárias, medições dos serviços e verificação no local da obra. Os empenhos que geraram pagamentos e discriminação nas notas também serão analisados.
Quanto à fiscalização, o Executivo informa que existe inspeção permanente para todas as intervenções e que a regularidade dos serviços em investigação também deve ser apurada. Em nota, a prefeitura destacou que “caso sejam confirmadas irregularidades, serão adotadas todas as medidas cabíveis” que “acionará os órgãos competentes para que os responsáveis sejam punidos, inclusive criminalmente”. A expectativa é que a conclusão ocorra nos próximos dias.
A reportagem tentou contato com a empresa, mas não obteve retorno.
Embora a situação tenha se tornado de conhecimento público durante a semana, o MP acompanha a situação há mais tempo. O promotor de Justiça João Pedro Togni diz que há uma correlação entre os fatos apresentados no Legislativo e a apuração feita pela promotoria, porém não há como dimensionar os danos.
Ele destaca que a relação da empresa citada com o Executivo existe há mais tempo do que o exposto no dossiê. As partes envolvidas na situação já passaram por oitivas e, segundo o promotor, o processo deve seguir pelos próximos meses. O expediente tramita em sigilo.
Durante a sessão de terça-feira, o vereador Eder Spohr (MDB) alegou que o prejuízo aos cofres
Obras com suspeitas
1. Estacionamento na rua Décio Martins Costa – diferença entre projeto e execução, com entrega sem plenas condições de uso.
2. Telhado na praça do Jardim do Cedro – diferença entre projeto e execução.
3. Pintura na Ponte do Arroio Saraquá – diferença entre projeto e execução.
4. Pintura no Parque de Eventos – serviço não executado.
5. Pintura da rua Henrique Eckert – diferença entre projeto e execução e parte do serviço não executado.
6. Muro de contenção na rua Erny José Bruismann – diferença entre projeto e execução.
7. Calçada de concreto na rua Erny José Bruismann – calçada sem malha de ferro e espessura do concreto inferior
8. Calçada de concreto na rua Reinoldo Alberto Hexsel –calçada sem malha de ferro.
9. Rótula na avenida Benjamin Constant – diferença entre projeto e execução.
públicos devido às irregularidades se aproxima de R$ 1 milhão. Ontem, 24, um grupo de parlamentares vistoriou espaços citados no dossiê. O presidente da Comissão
10. Rótula na Carlos Fett Filho – diferença entre projeto e execução.
11. Caixa de passagem na rua Fábio Brito de Azambuja –serviço não executado.
12. Calçada de concreto na rua Alcides Pacheco dos Santos – calçada sem malha de ferro e espessura do concreto inferior.
13. Calçada de concreto na rua Bento Gonçalves –serviço não executado.
14. Calçada de concreto na rua Érico Weber – calçada sem malha de ferro e espessura do concreto inferior.
15. Calçada de concreto na praça do bairro Floresta –calçada sem malha de ferro e espessura do concreto inferior.
16. Calçada de concreto na avenida Beira Rio (próximo ao Arroio Saraquá) – calçada sem malha de ferro e espessura do concreto inferior.
17. Pintura e colocação de telhas no Parque do Imigrante – inconformidades na instalação de telhado e diferença entre projeto e execução.
de Obras e Serviços Públicos, Neco Santos (PL), afirma que o dossiê deve ser analisado e a comissão avalia a possibilidade de abrir uma CPI para apurar o caso.
Empresas do Vale participam de um dos maiores eventos de transporte e logística do Sul do país, que projeta movimentar R$ 1,5 bilhão em negócios
Eloisa Silva eloisasilva@grupoahora.net.br
ESTADO
Aescassez de mão de obra no setor de transporte e o envelhecimento dos profissionais da estrada estão entre os principais temas da 24ª Feira e Congresso de Transporte e Logística (TranspoSul), que ocorre em Porto Alegre até sexta-feira, 26. O evento, iniciado na terça, 23, reúne lideranças do setor para discutir valorização da profissão, gestão de pessoas, eficiência energética, segurança viária e tecnologia embarcada, além de apresentar soluções para os desafios do futuro da logística.
Seis empresas do Vale do Taquari marcam presença nesta edição: Scala, Tomasi Logística, Scapini, Metalnox, Expresso Leomar e Wallerius. Juntas, elas representam a força regional em um evento que projeta mais de R$ 1,5 bilhão em negócios.
Para Germano Tomasi, da Tomasi Logística, um dos entraves para atrair novos profissionais está na forma como os motoristas são tratados. “Hoje o motorista não tem mais valor, ele não é bem tratado. E esse é um dos motivos da falta de mão de obra. Alguma coisa tem que ser feita para melhorar isso”, afirma.
Na avaliação dele, a sociedade ainda não reconhece a importância da categoria. “Se os caminhoneiros pararem hoje, o Brasil para muito mais que uma pandemia.”
Outro fator que dificulta a entrada de jovens no setor é o custo elevado da carteira de habilitação: no Rio Grande do Sul, iniciar uma CNH pode custar até R$ 7 mil. Para reduzir essa barreira, programas como a CNH Social, do Estado, e o projeto do Sest Senat, que financia a mudança de categoria, buscam incentivar a profissionalização.
Evento que segue até sextafeira, 26, reúne lideranças do setor para discutir valorização da profissão
Para Diego Tomasi, também da Tomasi Logística, é preciso ir além do salário. “Valorizar não é só pagar bem, que também é importante, mas é também dar condições adequadas para o profissional desempenhar a função”, defende.
Andressa Scapini, da Scala
Logística e superintendente de Relações do Trabalho do Setcergs, alerta para o envelhecimento da categoria e a ausência de novos entrantes.
“Os motoristas estão envelhecendo e não estamos vendo novos profissionais. Precisamos chamar atenção para o setor e mostrar que ele é promissor”, afirma.
Uma alternativa encontrada pelas empresas têm sido contratar motoristas recém-habilitados, mas ainda sem prática, e colocá -los sob supervisão de monitores. O objetivo é prepará-los até que tenham condições de assumir viagens sozinhos.
“Precisamos de jovens com habilitação de caminhão e carreta, mas é necessário apoio das entidades de ensino e formação para captar e formar essa mão de obra”, acrescenta Andressa. Ela lembra, ainda, que as condições da profissão mudaram. “Antigamente, as crianças queriam ser motoristas. Hoje, o setor perde trabalhadores para áreas como o comércio. Precisamos quebrar esse rótulo negativo, porque atualmente o motorista guia grandes computadores sobre rodas.”
Com mais de 40 anos de atuação, a Expresso Leomar participa pela primeira vez da TranspoSul. A transportadora, que tem mais de 400 veículos em operação e mil funcionários em quatro estados, também sente os reflexos da falta de profissionais.
“Todos os dias temos que nos reinventar, porque o medo é a escassez daqui a alguns anos. A logística pode enfrentar um colapso em três a cinco anos se não houver qualificação”, alerta o diretor Leonício Schüssler.
vinibilhar@grupoahora.net.br
VINI BILHAR
ASicredi Integração RS/ MG lançou a campanha “Faz as Contas com o Sicredi”, voltada para pessoas físicas, empresas e produtores rurais. A iniciativa, que começou em 15 de setembro e segue até o fim do ano, oferece condições diferenciadas de crédito de acordo com o perfil de cada interessado.
Segundo o gerente de Desenvolvimento de Negócios, Fabiano Pavi, o objetivo é que associados ou potenciais associados comparem suas operações atuais com as condições da cooperativa. “Queremos que as pessoas conversem com seus gerentes, façam as contas e descubram se podem economizar em parcelas ou acessar melhores condições”, destacou.
A campanha abrange linhas como crédito pessoal, consigna-
do, financiamento de veículos, capital de giro e crédito para empresas e produtores rurais. Diferente de ações com taxas fixas, o programa aposta na personalização, considerando finalidade e histórico de cada cliente. “Não faria sentido uma taxa única. Buscamos adequar a necessidade ao objetivo do associado,
seja comprar um carro, reorganizar dívidas ou financiar capital de giro”, explicou Pavi.
Além de atrair novos negócios, a cooperativa busca estimular sua carteira de crédito de forma sustentável. “É o ganha-ganha: o associado economiza e a cooperativa se fortalece”, resumiu o gerente.
O Colégio Madre Bárbara realiza no próximo sábado, 27 de setembro, das 9h às 11h, o evento “CMB: Portas Abertas”, convidando toda a comunidade a conhecer a instituição.
Durante a manhã, os visitantes poderão participar
de vivências pedagógicas, conhecer cursos e atividades extracurriculares, além de explorar os espaços que fazem parte da rotina escolar. A iniciativa busca aproximar famílias, estudantes e interessados do projeto pedagógico do colégio.
De acordo com a diretora, Maria Elena Jacques, a proposta surgiu como alternativa para atender pessoas que, pela rotina de trabalho, não conseguem visitar a escola durante a semana. “É uma forma de abrir nossas portas de maneira simbólica e encantadora”, destacou.
O evento é aberto ao público, especialmente moradores de Lajeado e região, que poderão conversar com a equipe pedagógica e conhecer o ambiente educacional voltado a valores humanos e à valorização da família.
As inscrições podem ser feitas pelo telefone e WhatsApp (51) 3714-3341. “Queremos acolher cada visitante e mostrar a harmonia e a sensibilidade que cultivamos”, completou a diretora.
Dólar: R$ 5,32
Ibovespa: 146.491,05
SELIC: 15%
IPCA: 5,23%
Acontece hoje o “Feirão do Ano Geração Própria”, voltado a interessados em investir em energia solar. A ação é apresentada pelos organizadores como a melhor oportunidade de 2025 para aquisição de sistemas de geração própria.
A proposta é reunir condições diferenciadas de preço e financiamento em relação às ofertas de mercado.
A expectativa é atrair famílias e empresas que buscam reduzir custos de energia elétrica. O
setor de geração distribuída tem crescido no país e já representa alternativa de economia em médio e longo prazo.
De acordo com a programação, o evento será totalmente direcionado à negociação de kits e projetos fotovoltaicos. Os organizadores afirmam que a data concentrará descontos inéditos. Interessados podem obter informações pelo WhatsApp (54) 99827-321. O evento acontece na sede da empresa, em Novo Paraíso, Estrela.
Expectativa é que, até o próximo ano, a instituição esteja apta a oferecer o programa, criado há seis décadas na Suíça e que oferece formação acadêmica rigorosa e integrada
Paulo Cardoso centraldejornalismo@grupoahora.net.br
OColégio Evangélico Alberto Torres de Lajeado (Ceat) começou o processo de qualificação para integrar o International Baccalaureate (IB). Se aprovada, a instituição se tornará a primeira do Rio Grande do Sul a oferecer o Diploma Programme, equivalente ao ensino médio internacional. Segundo o diretor do Ceat, Rodrigo Ulrich, o IB é um programa educacional internacional, criado na Suíça em 1968, que oferece uma formação acadêmica rigorosa e integrada, reconhecida globalmente. “Ele é voltado principalmente para estudantes do ensino fundamental ao ensino médio e prepara jovens para estudos universitários em qualquer país”, explica. O alinhamento institucional do colégio busca a formação integral dos estudantes, promovendo seu desenvolvimento para o mundo e para a sociedade por
Ele [o programa] é voltado principalmente para estudantes do ensino fundamental ao ensino médio e prepara jovens para estudos universitários em qualquer país”
meio de projetos de vida interligados ao coletivo.
Conforme o diretor, os alunos demonstram interesse e motivação, e muitos de seus projetos de vida refletem uma visão global e uma mentalidade universal, algo também praticado pelas empresas da região do Vale do Taquari, o que torna a estratégia da escola ainda mais adequada.
anos de
O colégio teve sua candidatura aceita em junho, e o processo de qualificação dura, em média, cerca de dois anos. A expectativa é que, até o próximo ano, a
Alinhamento institucional do colégio busca a formação integral dos estudantes
instituição esteja apta a oferecer o programa ao ensino médio, após inspeção de avaliadores internacionais credenciados. A coordenadora de língua inglesa, Emeli Dessoy, ressalta que o processo é longo e criterioso, envolvendo todas as disciplinas da escola, não apenas línguas estrangeiras.
“O IB avalia diferentes aspectos do aprendizado dos estudantes, com foco em três pilares principais”, explica Emeli Dessoy. “O EE permite pesquisas aprofundadas e a produção de artigos científicos. O CAS envolve atividades de voluntariado e projetos práticos, estimulando o desenvolvimento pessoal. E o TOK ajuda os alunos a refletirem sobre como aprendem e aplicam o conhecimento.”
Nova unidade da cooperativa fica em São João Evangelista, no Vale do Rio Doce
Na noite de terça-feira, 23 de setembro, a Sicredi Ouro Branco RS/MG inaugurou sua 10ª agência em Minas Gerais, no município de São João Evangelista, no Vale do Rio Doce. Com a entrega, a Cooperativa chega a 35 unidades em sua área de atuação, que
abrange os vales do Caí e Taquari, no RS; e também dos vales do Aço, do Rio Doce e do Jequitinhonha, em Minas Gerais.
A chegada ao município mineiro representa mais um passo no processo de expansão da cooperativa, que aposta em seu crescimento para gerar desenvolvimento econômico e social nas comunidades onde se faz presente, prezando acima de tudo pelo relacionamento. Este propósito foi destacado nas palavras de representantes da cooperativa presentes no ato de inauguração.
Em sua fala, o presidente da Sicredi Ouro Branco RS/MG, Neori Ernani Abel, garantiu o empenho de
todos na entrega do que há de melhor. “Isso se dará não apenas pelo que há de mais moderno no sistema financeiro que, a partir de hoje, deixamos à disposição de todos na agência de São João Evangelista, mas também pelo atendimento humanizado e de qualidade que tanto prezamos”, garantiu. “Em uma terra centenária como a deste município, saibam que um modelo de cooperativismo também centenário como o nosso, do Sicredi, se faz sustentável na sua essência porque trabalha muito e acima de tudo pela construção de uma sociedade mais justa e próspera”, resume.
Município chegou a repassar área em 2024, mas espaço é considerado insuficiente para atender à demanda. Outros terrenos oferecidos estão em análise. Trabalho social da entidade foi apresentado ontem, na Acil
Entidade com importante atuação na comunidade local, a Sociedade Lajeadense de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Slan) foi o tema da reunião-almoço de ontem promovida pela Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil). E, entre os desafios apontados ao futuro, está a construção de uma nova sede em uma região segura, sem risco de novas enchentes.
A proposta foi destacada durante a fala do presidente Gilmar Volken e pela gerente administrativa, Sandra Pretto. A ideia é manter um atendimento permanente do Centro Lenira Maria Müller Klein em um espaço moderno e com capacidade de ampliação das atividades. O imóvel atual, no Centro, foi atingido pelas três últimas grandes inundações, em 2023 e 2024.
Conforme Sandra, a Slan recebeu do município, ainda em 2024, uma área no bairro Moinhos para erguer a futura edificação. No entanto, ao colocarem o projeto no papel, foi percebido que o imóvel não comportaria as necessidades da entidade. Por isso, se iniciou uma nova busca por áreas maiores e próximas à atual sede.
“Quando nos deram a área, os olhos brilharam. Mas aí vimos que, com a demanda que nós temos, ficaria um espaço apertado. Então conversamos com a prefeita, e ela concordou conosco. Nos
passaram algumas possibilidades de áreas para nós e estamos avaliando. Não queremos ficar muito longe da sede atual”, destaca Sandra. A ideia é receber uma área entre 5 mil a 6 mil metros quadrados para ter um espaço mais adequado às atividades. Hoje, o Centro Lenira é referência em Lajeado por oferecer atendimento diferenciado: abre às 4h15min e funciona até 18h30min, possibilitando que pais que trabalham em frigoríficos deixem seus filhos em segurança. “É um serviço único na cidade, que dá tranquilidade às famílias e garante acolhimento às crianças”, ressaltou a gerente.
Além do Centro Lenira, a Slan mantém outras duas unidades, nos bairros Conservas (Lar da
Reunião-almoço trouxe o exemplo da Slan no atendimento às crianças e adolescentes
Menina) e Santo Antônio (Centro Pedro Albino Müller), e totalizam mais de 730 crianças e adolescentes atendidos, com o apoio de 106 colaboradores. São 346 crianças de dois a cinco anos no serviço de educação infantil e 390 jovens de seis a 15 anos no serviço de convivência e fortalecimento de vínculos.
Durante a palestra, duas jovens atendidas pela Slan, Anna Carolina Feli e Manuela Kilian, relataram a importância da entidade como “segunda casa” e como incentivo para acreditarem em seu potencial.
Sandra e Volken também apresentaram a realidade financeira da Slan. O custo mensal por aluno depende do serviço. “Nossas contas estão equilibradas. Não faltam recursos, mas também não há sobra. Temos uma preocupação constante de manter um equilíbrio financeiro na Slan”, salientou o presidente.
A maior parte da receita anual (57,42%) da Slan provém de recursos destinados via governo federal, enquanto quase 28% são oriundos de repasses do município. Doações de empresas se aproximam dos 10%.
Programação
contou com a presença da prefeita
Fabiana Giacomin e da secretária de Educação e Cultura
Ana Cláudia Roman
Luciane Eschberger Ferreira luciane@grupoahora.net.br
Oprograma Educação Ambiental na Escola (Educame), do Grupo A Hora, levou a caravana ao município de Dois Lajeados. As atividades reuniram 200 estudantes e professores das escolas municipais e estadual na manhã desta quarta-feira, 24. A prefeita Fabiana Giacomin e a secretária de Educação e Cultura, Ana Cláudia Roman, acompanharam toda a programação, no ginásio municipal e depois na Emef Construindo o Saber.
“Receber a caravana aqui no município foi sensacional. Um momento de interação e aprendizado”, destacou a prefeita. Fabiana, como gestora, destaca a importância de entregar obras para o município. “Mas quando vemos a entrega de conhecimento, de investimento nas pessoas, é formidável. Investir nas pessoas, principalmente nas crianças, não tem preço que pague.” Fabiana ainda observou a interação dos estudantes durante a apresentação da peça teatral “Educa-me, por quê?”. “Ficamos muito felizes”, finalizou.
Conforme a secretária de Educação e Cultura, o currículo escolar não prevê uma disciplina exclusiva para meio ambiente. O tema é trabalhado no dia a dia de
forma transversal. “Então, foi importante oferecer a programação do Educame.” O teatro abordou o uso da água, a destinação dos resíduos sólidos e a importância de cuidar do consumo – reduzir, reciclar e reutilizar.
Ana Claudia ainda comentou que os estudantes levam para as suas famílias aquilo que aprendem na escola, contribuindo com a educação ambiental da comunidade. A parceria da Administração Municipal com o Grupo A Hora permitiu a distribuição da cartilha Educame aos alunos. E os professores têm o livro, de mesmo título, como material de apoio e suporte.
Depois do espetáculo teatral, as turmas de 4º e 5º anos da Emef Construindo o Saber participa-
ram da oficina Repórter Ambiental Mirim. Os alunos aprenderam os conceitos básicos de notícia e as informações necessárias para compor um texto. Eles foram convidados a enviar matérias para redação do Educame, a fim de que sejam publicadas no caderno mensal do projeto.
A participação da rede escolar de Dois Lajeados no programa Educame foi oficializada com a entrega da placa que considera as escolas embaixadas do meio ambiente.
sagem de limites (pl.)
ÁRIES: Foque também na organização da rotina, pequenas mudanças liberarão tempo para a vida íntima.
TOURO: Boas notícias na área financeira abrirão caminho para um empreendimento, promoção ou até mesmo mudança de profissão.
GÊMEOS: A experiência diária ficará mais estimulante com nova rotina, um toque de arte na decoração dos seus espaços e harmonia.
CÂNCER: Organizações na casa e eliminação de pendências darão mais conforto e segurança. Será um bom momento para acerto de antigos.
LEÃO: Manutenções ou mudança de casa, delimitação de espaços, reforma ou cuidado com familiares ocuparão a maior parte do dia.
VIRGEM: Reuniões, mensagens, contratos, vizinhos e irmãos poderão tumultuar a agenda, resolva uma coisa por vez e evite respostas impulsivas.
LIBRA: Será bom momento para definir objetivos pessoais, investimentos, rumos, explorar seus talentos e desenvolver habilidades.
ESCORPIÃO: Coragem, magnetismo, ações precisas e autoestima não faltarão hoje, parta para a ação e movimente a vida.
SAGITÁRIO: Um ritual simples, como caminhar, respirar, escrever, meditar darão foco e alívio. Restaure suas energias!
CAPRICÓRNIO: Diferenças de opinião pedirão um pouco mais de diplomacia e foco no objetivo. Some forças e conte com bons apoios.
AQUÁRIO: Um movimento assertivo hoje posicionará seu nome onde precisa estar e abrirá novas portas.
PEIXES: Será ótimo momento para exercer seus talentos e descobrir motivações. Os horizontes se abrirão!
86, faleceu ontem, 24. O velório ocorre na sala “C” das Capelas Diersmann do bairro Alto da Bronze, em Estrela. O sepultamento ocorre hoje, 25, às 10h, no Cemitério
JOVELINO BIANCHI, 91, faleceu ontem, 24. O velório ocorre na Capela Mortuária São Pedro, em Encantado. O sepultamento ocorre hoje, 25, às 15h, no Cemitério São Pedro.
84, faleceu ontem, 24. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico da Bela Vista, em Arroio do Meio.
OTTILIA FIORENTINA SCHERNER, 77, faleceu ontem, 24. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Pinheirinho do Vale, em Canudos do Vale.
MATILDE INEZ BORGHETTI DEVITTE, 99, faleceu na terça-feira, 23. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico da Linha Nossa Senhora do Rosário, em Nova Bréscia.
MARLI ARENHART, 65, faleceu na terça-feira, 23. O sepultamento ocorreu no Cemitério Santa Inês de Mato Leitão.
Alviverde de Caxias do Sul conquistou taça inédita na categoria Sub-16
Acategoria Sub-16 do Juventude conquistou, pela primeira vez fez história, a Copa Laghetto, em Gramado, superando o Internacional nos pênaltis nesta quarta-feira, 24. Na conquista de uma das competições mais tradicionais da categoria, o time de Caxias do Sul contou com a participação de três atletas e o técnico oriundos do Vale do Taquari.
Ao longo da competição, equipe comandada por Euller Borges venceu cinco jogos, empatou um, e perdeu apenas um duelo
goleiro Adami brilhou ao defender uma batida e garantir a taça para o Alviverde.
GABRIEL KLEIN
gabriel@grupoahora.net.br
Grêmio estreia contra o Brasil de Pelotas, enquanto
Inter visitará o Guarany de Bagé
Com passagem pela Associação Lajeado de Esportes – ALE, foram campeões em Gramado os jovens Pietro Klaus, Yuri Santos e Nilmar Trindade, comandados por Euller Borges. Para ser campeão, o Juventude teve de eliminar grandes potências do futebol nacional. Na primeira fase enfrentou Botafogo, Grêmio, Cuiabá e Athletico-PR. Na semifinal eliminou o Atlético-MG, e na final após empate em 0 a 0 com o Internacional, foi campeão nos pênaltis. Nas cobranças, Roberth, Murilo, Vicente e Joca converteram, enquanto o
Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br
Ao longo da competição, a equipe comandada por Euller Borges venceu cinco jogos, empatou um, e perdeu apenas um duelo. Foram 12 gols marcados e apenas 3 sofridos, coroando uma campanha sólida até o título.
Ado Juventude em 2025. A Copa Laghetto é uma competição de grande nível. São dez equipes de muita história. É uma categoria de uma geração muito boa dentro do clube. O título mostra a grandeza da nossa base num todo.”
22 de janeiro
19h – Guarany x Internacional
19h – São Luiz x Avenida
21h30min – Juventude x Ypiranta 22h – Brasil x Grêmio
23 de janeiro
19h – Monsoon x Caxias
21h30min – São José x Pelotas
Além dos jogadores e do técnico, o Juventude tem uma forte ligação com o Vale do Taquari na figura do Executivo da Base do clube, Diego Ziegg, natural de Roca Sales. Ele destaca a importância da conquista. “A gente está muito feliz com esse grande resultado, mais um do excelente ano que estamos tendo com a base
Federação Gaúcha de Futebol (FGF) divulgou a tabela detalhada do Gauchão Superbet 2025, com início previsto para 22 de janeiro. A tabela poderá ter adequações no decorrer da competição, a serem informadas oportunamente.
O Grêmio fará a estreia contra o Brasil, em Pelotas, enquanto o Inter enfrentará o Guarany, em Bagé. O Gre-Nal será na sexta rodada, prevista para para 8 fevereiro, às 19h, na Arena. Na mesma rodada está marcado o clássico Bra-Pel. Neste ano o formato da
O Gre-Nal será na sexta rodada, prevista para para 8 fevereiro, às 19h, na Arena
Outra relação forte com a região é a marca estampada na camisa do Juventude, a Mak Serviços. A empresa com sede em Lajeado é patrocinador master de algumas categorias de base do clube e esteve presente no título da Copa Laghetto.
competição mudou e os clubes foram divididos em grupos. Os confrontos vão ocorrer apenas entre equipes de grupos diferentes, totalizando oito rodadas na primeira fase. Os líderes de cada grupo mais o melhor segundo colocado avançam às semifinais.
25 de janeiro – Internacional x Juventude (16h30min)
26 de janeiro – Grêmio x Caxias (20h30min)
28 de janeiro – São José x Internacional (21h30min)
29 de janeiro – Monsoon x Grêmio (19h)
01 de fevereiro – Grêmio x São Luiz (20h30min)
02 de fevereiro – Internacional x Avenida (20h30min)
05 de fevereiro – Internacional x Brasil (19h)
05 de fevereiro – Juventude x Grêmio (22h)
8 de fevereiro – Gre-Nal (19h)
11 de fevereiro – Grêmio x Pelotas (21h30min)
12 de fevereiro – São Luiz x Internacional (22h)
15 de fevereiro – Internacional x Monsoon (16h30min)
15 de fevereiro – Ypiranga x Grêmio (16h30min)
IOfutebol gaúcho vive de passado. Sempre se fala da raça em campo, do Gre-Nal como maior clássico do país e dos estádios cheios de tradição. Mas, enquanto se exalta o DNA competitivo, a realidade mostra dívidas crescentes, gestões atrasadas e clubes incapazes de se reinventar. É duro admitir, mas assistimos à falência de um modelo que insiste em sobreviver apenas na base da paixão. Grêmio e Internacional, gigantes em orçamento, repetem erros primários: elencos caros e mal planejados, contratações duvidosas e projetos de marketing tímidos frente ao padrão nacional. Enquanto isso, no eixo RioSão Paulo o futebol virou negócio estruturado; por aqui, segue tratado como feudo político.
Nos clubes do interior, o cenário é ainda mais preocupante. Dependentes de prefeituras e patrocínios locais, muitos sobrevivem apenas ao calendário estadual, com folhas salariais atrasadas e jovens talentos que partem cedo em busca de oportunidades. A verdade é que esse modelo está esgotado: sem calendário nacional, sem profissionalização e sem novas receitas, o interior tende a desaparecer do mapa competitivo. É urgente olhar para um novo formato, que valorize parcerias privadas, desenvolvimento de base e gestão moderna.
O atraso vai além das finanças: está na mentalidade. O Brasil inteiro discute SAFs, governança e inovação tecnológica, mas o futebol gaúcho ainda resiste a qualquer modernização. O problema não é a SAF em si, mas a falta de coragem para profissionalizar processos e colocar o clube acima de interesses pessoais.
magine o seguinte cenário: você é responsável por uma empresa que tem clientes fiéis, uma marca amada e um produto que desperta emoções únicas, os veiculos de comunicação procuram falar de você. As pessoas vestem sua marca, consomem seus produtos e defendem sua marca a qualquer custo. Parece o negócio perfeito, certo? Pois então, esse é o cenário da industria do esporte. Futebol não é só futebol. É uma indústria bilionária que movimenta mercados, impacta vidas de milhões de pessoas. Um clube é uma empresa com todas as características de um grande negócio: uma marca forte, um público fiel e oportunidades gigantescas de crescimento. Mas, sem gestão profissional, todo esse potencial é desperdiçado. O futebol mudou, e os clubes precisam mudar também. Hoje, o sucesso vai além das quatro linhas. Assim como uma empresa precisa de planejamento estratégico, controle financeiro e inovação, os clubes também precisam. Não se trata apenas de ganhar jogos, mas de garantir que a instituição seja sustentável, competitiva e preparada para o futuro. Sejamos a razão em meio à emoção. A paixão é importante, mas precisa andar lado a lado com a razão. Não se trata de apagar a paixão, mas de canalizá-la de forma inteligente.
O reflexo é claro: perda de protagonismo e receitas estagnadas. Um estado que já revelou ídolos e conquistou títulos continentais hoje se apequena frente ao profissionalismo de outras praças.
Os clubes que entenderam isso estão colhendo os frutos. Eles transformaram a paixão de suas torcidas em ativos valiosos, criam estratégias de marketing e atraem novos patrocinadores. Já aqueles que insistem em administrar com amadorismo ficam para trás, acumulando dívidas e perdendo espaço no mercado.
FUTEBOL NÃO É SÓ FUTEBOL. É UMA INDÚSTRIA BILIONÁRIA QUE MOVIMENTA MERCADOS, IMPACTA VIDAS DE MILHÕES DE PESSOAS.”
E aqui entra o papel do empresário e do patrocinador. O futebol continua sendo o maior veículo de comunicação do país, mas segue explorado de forma amadora no Rio Grande do Sul. É hora de o mercado cobrar transparência, apoiar projetos sérios e negar espaço a gestões ultrapassadas.
Se nada mudar, restará apenas a lembrança de um passado glorioso. Mas, se houver cobrança e investimento inteligente, ainda há tempo para resgatar a grandeza do futebol gaúcho.
Tive conversas com gestores de clubes que falavam muito sobre a paixão pelo time. Contavam com orgulho que abdicavam de seu tempo pessoal, após o horário comercial nas suas empresas, para cuidar do clube. Esse tipo de dedicação é admirável, mas os tempos são outros. Hoje, a paixão não basta. Assim como uma empresa não sobrevive só com boa vontade, um clube de futebol também não se sustenta sem gestão profissional.
No final das contas, um clube de futebol é mais do que esporte. Ele é uma empresa – uma das mais apaixonantes e desafiadoras de se gerir. E, como toda empresa, precisa ser administrado com seriedade, planejamento e foco em resultados. Futebol é paixão, mas, fora de campo, é gestão. Afinal, não é apenas futebol.
por Raica Franz Weiss
O primeiro time do Bira, em 1955. Em pé, Dirce Müller, Donald Johann, Lucidio Lampert, Flávio Dresch, Marcos Von-Diemen, Dirceu Müller e Mário Antônio Betti. Agachados, Elearte, Romeu Johann, Clóvis Dresch, João Dresch e Rosália Dresch Ledur
Fundado em 25 de setembro de 1955, o Clube Atlético Ubirajá, o Bira, completa 70 anos nesta quinta-feira. O tradicional clube de basquete começou com alguns jovens do Centro de Lajeado e funciona até hoje.
A primeira quadra ficava nos fundos do antigo Clube Recreativo, entre as ruas Santos Filho e João Batista de Mello, hoje, no lugar, fica a agência do Sicredi. A primeira camiseta foi tingida de vermelho, com os números em verde, tecido de uma velha mesa de sinuca do
Clube Recreativo. Em 1967, foi firmado o primeiro convênio com a Prefeitura Municipal de Lajeado, quando o Bira passou a competir no Campeonato Estadual de Basquete. A parceria com o Colégio Evangélico Alberto Torres (Ceat) foi criada nos
- Dia Nacional do Trânsito
- Dia Internacional do Farmacêutico
- Dia Mundial do Sonho
Mais de 1,1 mil crianças participavam do Festival do Refri no Clube Sete de Setembro de Lajeado. Essa era a oitava edição da festa, promovida pelo Lions Clube Lajeado Florestal. Foram mais de 15 mil itens consumidos, entre doces, salgados e sorvete, além de 1,2 mil litros de refrigerante.
Na época, a estimativa era que teriam sido arrecadados cerca de R$ 10 mil. A renda seria revertida para a Slan. O Festival do Refri acontecia sempre próximo à Festa à Fantasia de Lajeado e era destinado à criançada da cidade. O intuito era arrecadar recursos para entidades beneficentes.
- Dia Mundial do Pulmão
anos 1990 e segue até hoje. Entre os primeiros títulos, o destaque fica para a Copa Brasil Sul, que o Bira foi campeão em 2012. O clube também foi vencedor do Campeonato Gaúcho de Basquete em 2006, 2007, 2008, 2011, 2012 e 2013.
Santo do dia:
- Santo Firmino de Amiens
A irmã Luísa Roseto, da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, proferia seus votos perpétuos na Igreja Matriz Santo Inácio de Loyola de Lajeado. A solenidade foi presidida pelo bispo de Santa Cruz do Sul, Dom Alberto Etges. A irmã Luísa lecionava na Escola Normal Madre Bárbara desde o início do ano letivo de 1975. Natural de Guaporé, ela era
a filha mais nova de 12 irmãos. Seus pais já eram falecidos na época em que proferiu os votos. Durante sua formação, estudou na Escola Normal Nossa Senhora da Glória, em Porto Alegre, onde cursou o primário e o curso ginasial. Depois foi para Gravataí, onde fez o curso normal, mais tarde assumiu a direção do Instituto São Benedito, de Pelotas.
Há 50 anos, além das aulas no Madre Bárbara, também estudava Ciências Sociais na PUC-RS em Porto Alegre. Irmã Luísa já tinha passado pelo juvenato, postulado, noviciado e, finalmente, decidia por fazer os votos perpétuos. Seus primeiros votos, no noviciado ainda, ocorreram em 1968 e, em 1975, sentia que a vida religiosa era de fato sua vocação.
Jornalista
colunafaleiro@grupoahora.net.br
Lajeado, 23 de setembro. Uma data importante. Primeiro por ser o aniversário da minha filha Bibiana, completou dez anos. Mas essa terça-feira também reservou um dos encontros mais relevantes que tivemos na região nos últimos tempos.
O astrofísico Marcelo Gleiser compartilhou um pouco das suas pesquisas para quase mil pessoas no teatro da Univates. Tive a satisfação de conversar com ele antes do evento, durante um café para convidados.
Neste espaço de opinião (chamada nos bastidores de Coluna do FoFo) já escrevi sobre Carl Sagan. Cientista norte-americano, de origem judaica. Lá na década de 1970, o astrônomo, astrobiólogo, astrofísico, escritor e divulgador científico alertava sobre o acelerado processo de sobrecarga no planeta.
Vejo assim: da década de 1990 para cá, Marcelo Gleiser assumiu esse papel. Com diferenças, óbvias, no olhar, nos estudos, mas há muita conexão entre os livros de um e de outro.
Quando saí da palestra de Gleiser – fui o mais rápido possível para cantar os parabéns para minha filha – estava com uma sensação muito incômoda. E sem dúvida: ignoramos os sinais da
ciência em nome do comodismo da vida moderna.
Seguimos vivendo como se fôssemos eternos, como se os recursos fossem ilimitados, como se o planeta estivesse à disposição para sempre. Grande ilusão. Essa vida de abundância se aproxima de um precipício.
Desvio de rota
Enquanto Gleiser nos alertava sobre a urgência de olhar para o planeta que temos, lembrei de um detalhe curioso: os grandes bilionários do Vale do Silício estão ocupados planejando a fuga.
O projeto da vez é a terraformação, transformar planetas como Marte em um novo lar. Uma utopia cara, arriscada e que, mesmo se funcionasse, estaria restrita a poucos selecionados pelo grande capital. Outro delírio atende pelo nome de transumanismo. A ideia de fundir homem e máquina, prolongar a vida indefinidamente ou até transferir a mente para sistemas digitais. “Upload da mente”, “imortalidade digital”, “emulação completa do cérebro” — os termos são bonitos, mas a essência é sempre a mesma: escapar das limitações humanas, driblar a morte.
Enquanto esses futuros hipoté-
ticos seguem restritos a laboratórios e conferências de tecnologia, aqui continuamos destruindo o único lar que conhecemos. Em vez de olharmos para nossa realidade e agir sobre elas, desviamos o foco e nos iludimos com alternativas pouco prováveis.
A mensagem de Gleiser é contundente: não haverá saída fácil. Nem para Marte, nem para o servidor mais avançado para manter minha consciência pós-morte. É aqui, neste pedaço de rocha azul, que precisamos aprender a viver com ética, responsabilidade e ciência.
Nova York, Assembleia Geral da ONU. Lula criticou o ataque a Gaza, os retrocessos climáticos e os arroubos autoritários contra o Judiciário. Donald Trump, como era esperado, manteve seu estilo: falou de comércio, de tarifas e de “America First”. Até aí, tudo
previsível.
O inusitado veio depois: Trump elogiou Lula. “Tivemos uma excelente química”. “Ele pareceu um cara muito agradável”. Até afirmou que vão se encontrar na próxima semana. O mesmo Trump que há dois meses impôs
CAROLINA WERLANG
Professora Colégio Madre Bárbara
Este texto foi rascunhado no verso de uma antiga lista de supermercado. Entre tomates, sabonete líquido e atum enlatado, surgiu esse manifesto (ou ode) ao texto manuscrito, fadado à extinção.
Para começo de escrita, qual foi a última vez que tu escreveste à mão? Não, não estou falando da assinatura na entrega do delivery, refiro-me à escrita de punho, que marca o papel e exige da mão a maestria de segurar a caneta. Faz tempo, não é?
Como uma amante à moda antiga (do tipo que ainda manda flores), mantenho um carinho pelo papel amarelado – hoje ofuscado pela luz branca da tela de um celular – e pelas rasuras e rabiscos desordenadamente alinhados nas páginas de um caderno antigo. Atualmente, nem rasurar se pode mais visto que um corretor falho tende a corrigir o erro antes que a gente note. E ele é falho mesmo, pode mandar “te envio o comprovante pela célula” em vez de “pelo celular”, por exemplo, ou enviar outras abobrinhas e causar bons mal entendidos.
Não, não estou falando da assinatura na entrega do delivery, re rome à escrita de punho, que marca o papel e exige da mão a maestria de segurar a caneta.”
tarifaço de 50% sobre os produtos tupiniquins. Para além da criação de um factóide noticioso, como vimos nos grandes conglomerados nas últimas horas, o importante agora é distensionar. Para o bem das duas nações. Tudo certo, os EUA pagam bem, é um mercado rentável. Ainda assim, mesmo que ache outros parceiros, o custo está alto para a inflação dos norte-americanos. E a pressão política sobre Trump cresce na mesma proporção.
O fato é: foi mais do que uma cortesia de corredor. É cálculo político. Trump precisa sustentar o aumento das tarifas e, ao mesmo tempo, mostrar que tem capacidade de diálogo. Lula, por sua vez, não perde a chance de se colocar como líder do Sul global, crítico da ordem internacional, mas disposto a negociar.
Entre organelas e organismos, vemos que nosso corpo está perdendo a habilidade de escrever à mão e que as letras desenhadas perdem espaço aos times new romans por aí. Com esse movimento, como ficam os grafólogos, que analisam a personalidade humana a partir do estilo da letra do indivíduo? Como fica a seção de “carta ao leitor” - será que ela ainda pode ser chamada assim? Como se organizam nossos pensamentos e constatações? E a grafomotricidade, coitada?
Por isso, acho válida a mobilização de mãos para a volta desta prática que já preencheu muitos cadernos de caligrafia e derramou sentimentos em muitas cartas de amor. Que tal erguemos os punhos e empunharmos nossas canetas ou lápis 2B? Que tal fazer a lista do mercado à moda antiga? Retomar os cadernos de receita? Fazer o resumo para a prova no papel? Riscar ideias em uma folha embranco? Voltar a desenhar carinhas felizes sem a simetria do emoji do Whatsapp? Que possamos ter espaço para escrever serto certo em linhas tortas e para retomar essa capacidade humana de permitir que as letras dancem pelo papel. E que essa coreografia seja autoral e manuscrita, para além de 10 segundos de dança em um aplicativo de celular.
Quinta-feira, 25 setembro 2025
Fechamento da edição: 18h
Projeto reúne mais de 200 estudantes das redes estadual e municipal para atividades lúdicas voltadas à preservação de recursos naturais. Programação contou com a presença da prefeita Fabiana Giacomin e da secretária de Educação e Cultura Ana Cláudia
Quinta-feira, 25 setembro 2025
Marco histórico reforça importância do monumento como referência de fé e turismo no Brasil
GESTORA DO COMPLEXO
ENCANTADO
OCristo Protetor está prestes a atingir um marco histórico. Aberto ao público em maio de 2021, o monumento, um dos maiores de Jesus Cristo do mundo (43,5 metros de altura), deve receber neste fim de semana o visitante número 500 mil, segundo estimativa da Associação Amigos de Cristo de Encantado (AACE). A previsão atual é para o sábado, 27, durante a manhã. Para o presidente da entidade, Robison Gonzatti, a conquista simboliza muito mais do que um número. “Esse marco é a prova viva de que a fé, a devoção e a gratidão por Encantado atravessam fronteiras e unem pessoas de diferentes lugares. Mais do que um número, ele representa o sonho de uma comunidade que acreditou, lutou e transformou uma ideia em um símbolo mundial de espiritualidade”, destacou.
Chegar aos 500 mil visitantes é sentir que tudo o que foi sonhado, planejado e trabalhado com tanto amor se transformou em realidade”
Gonzatti lembra que o visitante que alcançar a marca receberá um bilhete especial como forma de reconhecimento. “É uma homenagem simples, mas carregada de significado para todos que fazem parte desse propósito coletivo”, acrescentou. Uma forma de celebração para o momento está sendo pensada pela associação.
A gestora do complexo, Vanessa Goldoni, também destaca a importância desse momento para todos os envolvidos. “Chegar aos 500 mil visitantes é sentir que tudo o que foi sonhado, planejado e trabalhado com tanto amor se transformou em realidade. É fechar os olhos e deixar que a emoção fale mais alto, lembrando de cada desafio superado e de cada experiência compartilhada. Esse momento nos enche de alegria e
de lembranças de toda a caminhada feita em equipe”, afirma. Vanessa lembra que o Cristo Protetor já coleciona marcas expressivas. Em novembro de 2024, a turista Sereni Moretto, de Charqueadas, foi a visitante número 300 mil. Poucos meses depois, em março de 2025, a marca de 400 mil turistas foi comemorada. A inauguração oficial do complexo foi em 6 de abril.
Para a gestora, a rotina atual no complexo é uma experiência transformadora. “Todos os dias recebemos famílias, peregrinos e turistas que chegam em busca de contemplação, espiritualidade e paz. Muitos vêm como pagadores de promessas e testemunhas de graças alcançadas. Cada visita é única e reforça a essência do Cristo Protetor: ele não é somente uma grandiosa obra em concreto, mas um símbolo vivo de esperança”, conta. Vanessa também destaca a evolução do espaço desde a inauguração. “Crescemos, amadurecemos e estruturamos melhor o Complexo. Abrimos as portas do coração do Cristo, ampliamos serviços, criamos novas experiências e seguimos em constante evolução. Mas uma coisa permanece inalte-
rada: o propósito que nos move. Continuamos firmes em acolher, emocionar e inspirar”, conclui. Moradores de São José do Norte, cidade com mais de 500 quilômetros de distância de Encantado, o gerente de loja, Patrick Specht, 37, veio com a esposa Gabrieli Simão, 33, e os dois filhos pequenos conhecer o mo-
Patrick Specht viajou mais de 500 quilômetros com a esposa Gabrieli e os dois filhos para conhecer o monumento
numento que já trouxe visitantes de mais de 60 países. “Conhecemos a estátua pela internet, como estamos aproveitando essa semana de férias, decidimos vir pela primeira vez”, conta.
diogofedrizzi@grupoahora.net.br
DIOGO FEDRIZZI
Ao pedir mais tempo para analisar e liberar o projeto do estacionamento rotativo para votação, o presidente da Comissão de Orçamento, Finanças e Infraestrutura Urbana e Rural, Diego Pretto (PP), gerou incômodo na base aliada e também nos integrantes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) que assistiam à sessão na plateia na segunda-feira, 22. O governo encaminhou ao legislativo um texto substitutivo em que corrige a redação quanto ao ano da lei, no caso 2019, e o prazo de regularização. O líder de governo e presidente da Comissão de
Constituição e Justiça, Redação e Bem-Estar Social, Daniel Passaia (União Brasil), liberou para votação. Leonardo Lorenzi (MDB) e Joanete Cardoso (PSDB) manifestaram-se favoráveis ao projeto.
Na tribuna, porém, Pretto apresentou apontamentos à matéria que, segundo ele, precisam ser esclarecidos, principalmente, sobre o tempo de concessão, as multas e os critérios para reajuste das tarifas.
Durante a semana, em nota, o governo reforçou os principais pontos do projeto destacados pelo vereador de oposição: Tarifa: é
R$ 2,50 (1h) e R$ 5,00 (2h), já apresentada em coletiva para a comunidade, com a presença do prefeito, secretários, conselho de trânsito, BM e vereadores; Reajuste: pelo IPCA; Multa: até 48h paga R$ 5,00, até 10 dias R$ 20,00 e só depois pode virar multa do Código de Trânsito Brasileiro (CTB); Concessão: o limite é 15 anos.
A expectativa é que o projeto seja votado na sessão da próxima segunda-feira, 29. Os comerciantes esperam que o sistema do estacionamento rotativo seja restabelecido até o início da programação do Natal Mais Encantado.
O projeto da Rua do Esporte (rua coberta) será apresentado “logo, logo” aos encantadenses. A garantia foi dada pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, José Caetano Turatti Ost, em recente entrevista à Rádio A Hora. Moradores e proprietários dos estabelecimentos instalados na quadra da rua Barão do Rio Branco, entre a Duque de Caxias e a Júlio de Castilhos (foto), já tiveram acesso aos detalhes da obra. E Caetano reforça que a moderna estrutura e as alternativas de uso do local são inspiradas na famosa rua coberta de Gramado (foto).
Aliás, em julho deste ano, os vereadores de Gramado aprovaram projeto de desafetação do trecho da Rua Madre Verônica, onde se localiza a Rua Coberta, que deixou de ser “bem público” para ser reclassificado como “bem de uso especial”. O ajuste jurídico evita entraves na organização das atividades no local por parte do município. “Promover eventos e ações que fortaleçam o setor turístico e cultural” foi uma das justificativas do governo de Gramado apresentadas no projeto de lei.
Os eventos farroupilhas atraíram milhares de pessoas. Em Encantado, o Parque João Batista Marchese demonstrou ser o local ideal para a festança gaúcha. A disposição do acampamento e do espaço para os shows mereceu elogios. Aliás, atrações como o Festival Nacional da Chula, o Braseiro Bratti, o Encontro de Gaiteiros e Trovadores, o Desfile e o já consolidado Costelão engrandecem e diversificam a programação, só para citar alguns exemplos.
Em Muçum, mais de 50 mil pessoas circularam pelo acampamento crioulo montado nas ruas do entorno da praça, número que carimba a Princesa das Pontes como a Capital do Tradicionalismo no Vale do Taquari. Em Roca Sales, a Praça Júlio Lengler concentrou as atrações, em clima de autoestima e retomada. Ou seja, a Semana Farroupilha demonstra ser mais um potencial produto turístico que pode ser incluído nos roteiros do Vale.
O fim de semana é de expectativa em Encantado pela confirmação das 500 mil visitas ao Cristo Protetor. Desde a inauguração do monumento em 6 de abril deste ano, o complexo tem recebido em média 30 mil visitantes por mês. Nesse ritmo, no Natal de 2026, atingirá a marca de 1 milhão de pessoas.
E a obra da ERS-129?
- Em Roca Sales, o prefeito Jones Wünsch/Mazinho (PP) disse aos responsáveis pela obra da nova ponte na Avenida General Daltro Filho que quer inaugurar a estrutura em março de 2026, durante a ExpoRoca.
- Em Encantado, o vereador Valdecir Gonzatti (PSDB) garantiu que serão instalados quebra-molas na ERS 129, no bairro Santa Clara, na área próxima ao pórtico, a exemplo do que foi feito no Trevo do Peteba. Após reunião com o secretário estadual de Transportes e Logística, Juvir Costella, ficou esclarecido que a instalação de equipamentos eletrônicos para reduzir a velocidade demandaria processos licitatórios demorados.
- Ainda em Encantado, Marino Deves (PP) demonstrou preocupação com a movimentação de veículos na estrada da Lagoa da Garibaldi, principal acesso ao Cristo Protetor e ao município de Capitão. Para ele, seria prudente reforçar a sinalização, proibir espaços de ultrapassagem ou construir terceiras faixas.
- Em Arvorezinha, o governo debate com a comunidade a implantação do estacionamento rotativo pago no Centro da cidade.
APRESENTADO POR:
Mais de 500 alunos estão matriculados no turno inverso em três escolas de ensino fundamental.
Proposta pedagógica foca no desenvolvimento humano e no protagonismo estudantil.
Encantado vivencia uma nova fase na rede municipal de educação com a implantação do turno integral. Desde abril de 2022, três escolas de ensino fundamental contam com 526 alunos matriculados no contraturno, nas turmas do Pré B ao 9º ano.
Eles não sabiam sonhar. Hoje eles conseguem dizer o que querem ser. Ter voz e ter vez”
JOSI MORETTO SILVA, DIRETORA DA EMEF ÉRICO VERÍSSIMO
Atividades na Érico Veríssimo mobilizam alunos do Pré B ao 9º ano ENCANTADO
As atividades movimentam as escolas Érico Veríssimo, no centro, Batista Castoldi, no bairro Palmas, e Centro Municipal de Educação Encantado, no bairro Lambari, das 7h às 17h, com almoço e lanche de manhã e à tarde. A proposta pedagógica segue os pilares definidos pela administração municipal e os princípios da Rede Calábria e tem se consolidado como um modelo transformador, centrado no desenvolvimento humano e no protagonismo estudantil.
Na EMEF Érico Veríssimo, a mudança tem gerado impactos significativos no dia a dia dos alunos e professores, comemora a diretora Josi Moretto Silva. Dos 272 matriculados, 180 estudantes frequentam o turno integral. A rotina vai além do cuidado com a permanência escolar, pois amplia as possibilidades de aprendizagem e fortalece as competências cognitivas, sociais e emocionais. “Nossa ideia é trabalhar o aluno como um todo, não pensando só em estender a carga horária. Aqui a gente tem um olhar educativo, formativo e humano”, afirma Josi.
Coordenadora pedagógica da educação integral, Samira Dadalt reforça que todo o planejamento da Calábria é estruturado com base na teoria das inteligências múltiplas de Howard Gardner, respeitando os diferentes modos de aprender. “Buscamos combinar experiências lúdicas, artísticas, científicas e tecnológicas, contemplando os cinco eixos pedagógicos que norteiam nosso trabalho: numeramento, letramento, iniciação científica, inovação tecnológica e educação para o sensível”, explica. Na prática, isso significa alfabetizar com atividades sensoriais e concretas, desenvolver projetos científicos com os mais novos e promover debates sobre empreendedorismo e futuro com os
Nosso objetivo é formar educandos críticos, criativos e motivados, capazes de enfrentar desafios com confiança e prazer pelo conhecimento”
SAMIRA DADALT, COORDENADORA
PEDAGÓGICA
adolescentes. “Nosso objetivo é formar educandos críticos, criativos e motivados, capazes de enfrentar desafios com confiança e prazer pelo conhecimento”, destaca Samira.
Oficinas estimulam criatividade e consciência ambiental
Laboratório Maker, atividades físicas, horta escolar e projetos de sustentabilidade estão entre as ações que movimentam as oficinas do turno integral na Érico. Responsável pelas aulas no maker e pela educação física, a oficineira Eduarda Fraporti conta que as práticas são planejadas por níveis de dificuldade e desafiam os estudantes em tarefas com lógica, inovação e diversão. “Com
os pequenos, fazemos introdução à tecnologia com pesquisas básicas e construções de projéteis menores. Já os maiores trabalham com circuitos elétricos e experiências mais complexas”, explica. Um dos projetos recentes foi a construção de foguetes movidos a vinagre e bicarbonato.
Na oficina de educação física, destaca Eduarda, o trabalho com os menores foca na coordenação e habilidades básicas, como correr, saltar e arremessar. Já com os mais velhos, as atividades envolvem esportes coletivos, ginástica, dança e até artes circenses.
A horta escolar é o espaço onde os estudantes aprendem a plantar, colher, cuidar e respeitar o meio ambiente. “A horta é a nossa sala de aula viva, é um espaço de pertencimento e esperança”, relata Caroline Luzzi Borsatto, responsável pela oficina de educação ambiental e manualidades. A proposta vai além do cultivo: envolve também ações sustentáveis como reciclagem de papel e coleta de materiais recicláveis.
O sucesso do projeto depende da parceria constante entre os professores do turno regular e os educadores do contraturno. “Tem
a troca com os professores para saber onde os alunos têm mais dificuldades, no que a gente pode melhorar”, explica a educadora Caroline Salvagni, que atua no turno integral. Essa comunicação permite que os conteúdos sejam aprofundados e adaptados às necessidades de cada turma. Para a professora do regular Mara Patussi, o contraturno complementa e enriquece o processo de ensino. “É uma sequência de conteúdos e de fazer com que os alunos tenham mais profundidade daquilo que estamos estudando”, afirma.
Um dos resultados mais visíveis da proposta pedagógica aparece na vida dos estudantes fora da escola. “Eles não tinham sonhos. Eles não sabiam sonhar. Hoje eles conseguem dizer o que querem ser. Ter voz e ter vez”, afirma a diretora Josi, ao destacar a inserção de alunos no mercado de trabalho. “Receber o retorno de empreendedores dizendo que nosso aluno ‘é um ótimo funcionário’ mostra que estamos no caminho certo”, diz. Para Samira, a missão da escola vai além do ensino de conteúdos. “O meu sonho é encontrar esses adolescentes no futuro e vê-los bem, felizes e realizados, protagonistas da própria vida”, enfatiza.
O 27º episódio de O Segredo da Infância, transmitido pela Rádio A Hora direto do estúdio em Encantado, trouxe ao centro do debate o tema “Aprender brincando e a Sala de Vivências”. O programa contou com a participação de integrantes da EMEI Lago Azul, de Encantado. Participaram da conversa a diretora Clenir Bertozzi, as professoras Ketrin Bassani e Jacira Dal Molin, além dos alunos do Pré, Oliver Gonzatti, Bianca Chiesa e Maria Alice Zanon, todos com quatro anos. A mediação foi feita por Ana Fausta Borghetti, facilitadora de processos de inovação.
Para a diretora Clenir, a proposta pedagógica da escola tem como pilares a afetividade e o brincar. “A Sala de Vivências é uma das estratégias pensadas dentro dessa lógica de ensino: um recurso para alcançar nosso objetivo de contribuir nessa construção de cidadãos que são o presente e o futuro do nosso país”, comentou.
A professora Ketrin explicou que a ideia da Sala de Vivências surgiu da percepção de que faltava um espaço específico na escola para experiências mais livres e criativas. “Os objetivos principais da sala são estimular a criatividade, a imaginação”, afirmou. O espaço é cuidadosamente organizado, com diversos materiais como massinha, argila, farinha, tinta, instrumentos musicais, sucatas e até ferramentas de brinquedo. Mais do que um ambiente para brincar, a Sala de Vivências é uma extensão do projeto pedagógico da escola. “Eles desenvolvem habilidades motoras, cognitivas, socioemocionais. A sala também promove autonomia, cooperação e favorece o brincar como forma de aprendizado”, completou Ketrin. Segundo ela, as crianças chegam a ficar eufóricas quando sabem que é dia de explorar o local.
A professora Jacira, a Jaci como é carinhosamente chamada, reforçou que todas as turmas, desde o berçário,
Patrocínio:
participam das atividades. Ela relatou experiências marcantes, como as oficinas com argila e as atividades temáticas em datas comemorativas. “Na semana farroupilha, construíram a cuia com argila. Usaram elementos da natureza, os palitinhos, para fazer a bomba, colocaram a erva. Na semana do folclore, fizemos o Redemoinho do Saci, a poção da Cuca. Foi lindo de ver”, contou.
A musicalidade também é explorada, com instrumentos construídos pelas próprias crianças com materiais recicláveis. Jaci também destacou a participação das famílias em momentos especiais. No Dia dos Pais, os responsáveis foram convidados a vivenciar a Sala junto com os filhos. “Foi maravilhoso, um momento incrível.
A afetividade, o desenvolvimento, os trabalhos que fizeram foi lindo”, relatou.
Os pequenos também contaram suas experiências no programa. Maria Alice descreveu com precisão uma de suas cria-
ções. “Construí um chocalho, com garrafa pet, feijão e massa e grão. Tudo separado. É um pouco barulhento, o da massa é bem alto e os grãos é bem baixo.” Oliver, por sua vez, demonstrou sua preferência pelas ferramentas. “Eu gosto do machado e motosserra”. Já Bianca compartilhou sua empolgação com uma atividade chamada Explosão de Cores. “Tem corante, leite. A gente mistura tudo, põe detergente e vira uma poção. A gente pegava o cotonete e ‘potchava’ no detergente”. Ao final do episódio, a mediadora Ana Fausta destacou a importância de ambientes como a Sala de Vivências no desenvolvimento infantil. “Seguindo a inspiração de Reggio Emília, que fala em ateliês, e nesse caso da EMEI Lago Azul chama de Sala de Vivências, como esses espaços com materiais diversos e, claro, com os professores tendo uma intenção por trás, o quanto isso proporciona para que as crianças aprendam brincando”, explicou.
Realização:
Cooperativa de crédito se aproxima dos 90 mil associados
REGIÃO ALTA
Reinvestir os recursos administrados localmente, fomentar as atividades econômicas dos associados e incentivar iniciativas da comunidade fazem parte da forma de atuação do Sicredi Região dos Vales. Com esse propósito, a Cooperativa de Crédito apoia e incentiva diversas ações nas áreas de segurança, saúde, educação, esporte, cultura, meio ambiente, empreendedorismo, turismo e programas sociais.
Em mais um ano, o Sicredi Região dos Vales é um dos principais apoiadores das comemorações da Semana Farroupilha realizadas nos municípios da região alta. Esse incentivo contínuo às iniciativas locais, aliado à valorização das tradições culturais, reafirma o compromisso da Cooperativa de Crédito em ser parceiro e estar próximo das comunidades, apoiando ações que promovam pertencimento, integração e desenvolvimento.
“A parceria nos eventos e ações da Semana Farroupilha tem como objetivo celebrar essa data tão significativa para os gaúchos, valorizando a cultura regional por meio de vivências e do resgate das tradições, junto aos associados e às comunidades. O mês de setembro celebra não apenas a tradição gaúcha, mas também o nosso orgulho de fazer parte da história e do
O objetivo é celebrar essa data tão significativa para os gaúchos, valorizando a cultura regional por meio de vivências e do resgate das tradições, junto aos associados e às comunidades”
futuro da nossa região e do Rio Grande do Sul”, destaca o presidente do Sicredi Região dos Vales, Ricardo Cé. Hoje, o Sicredi, instituição financeira cooperativa mais antiga do País, está presente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. No Rio Grande do Sul está presente em todos os municípios, oferecendo um atendimento próximo e humano a mais de 2,8 milhões de associados.
O Sicredi Região dos Vales celebrou 43 anos de história, com mais de 89 mil associados atendidos em 21 agências, distribuídas em 18 municípios da sua área de ação.
Após cinco meses de restauro, templo histórico terá missa, jantar-baile e homenagens à Madre Assunta na reinauguração
Após cinco meses de trabalhos intensos, a Igreja Matriz São João Batista, fechada desde 18 de maio para restauração, já tem data para reabrir as portas: 25 de outubro. A programação inclui celebração de reinauguração, Santa Missa e jantar baile no salão paroquial, com fichas vendidas de forma antecipada. A obra foca no restauro da pintura interna da igreja matriz, erguida em pedra e símbolo da cidade. Sob coordenação do arquiteto e artista sacro, Cristtiano Fabris, o trabalho busca preservar a identidade artística original da edificação e corrigir problemas estruturais que ameaçavam a integridade do espaço.
Orçado em mais de R$ 500 mil, parte do valor será pago com recursos advindos da comuni-
dade, além de buscar recursos junto as leis de incentivo à cultura e empresas parceiras. Uma rifa com o objetivo de arrecadar valores foi realizada pela diretoria, que também agradeceu o repasse de R$ 120 mil do governo municipal para auxiliar na conclusão dos trabalhos. A coordenação da paróquia planejava implementar um projeto de restauro desde
março de 2024. A celebração contará com a participação da coordenação responsável pelo restauro e da nova equipe que assume a comunidade a partir de 1º de outubro. A data também marca a tradicional homenagem à Madre Assunta, que ocorre sempre no último fim de semana de outubro e atrai peregrinos de várias regiões do estado.
Boa parte da degradação na pintura foi causada pela umidade absorvida pelas paredes de pedra. “A igreja puxa muita umidade pelas juntas de argamassa. Isso gera mofo, bolor e escurecimento das paredes internas. Tratamos com massa corrida, fi xando a camada pictórica e retocando onde necessário”, explica Fabris.
Pintura interna completa, totalizando maie de 2 mil m² entre paredes, sacristias, arcos, colunas e portas;
Aplicação de massa corrida e recuperação de reboco deteriorado;
Restauração das pinturas ornamentais (gregas) nas bordas das paredes, abóbadas e arcos;
Restauração dos 14 quadros da via-sacra;
Limpeza dos 5 quadros sobre o altar;
Construção de um novo retábulo, mesa do altar e ambão;
Implantação de uma nova proposta luminotécnica para valorizar o interior;
Instalação de um guardacorpo na parte externa e frontal da igreja.
Com shows e acampamento farroupilha, a festa é considerada a maior da Região dos Vales
A 34ª Semana Farroupilha de Muçum, que encerrou no último domingo, 21, reuniu cerca de 50 mil pessoas durante os 10 dias de evento.
A festa, que voltou ao seu formato tradicional após dois anos de pausa em razão dos eventos climáticos extremos, contou com 110 barracas, incluindo mais de 20 comerciantes, e reuniu mais de 200 famílias.
A Praça Cristóvão Colombo se transformou, mais uma vez, em um dos maiores acampamentos
Festa é renomada em toda região e é uma tradição que ocorre desde 1985
farroupilhas do Rio Grande do Sul.
A programação artística trouxe grandes nomes da música gaúcha como Paulinho Mocelin, Os Fagundes, Os Serranos, Gaúcho da Fronteira, Pedro Ernesto Denardin, Luiza Barbosa e Luiz Marenco.
O encerramento oficial emocionou a comunidade com um espetáculo realizado por jovens artistas de Muçum, Roca Sales e Encantado, revivendo a Guerra dos Farrapos e a trajetória de Anita e Giuseppe Garibaldi. A 35ª Semana Farroupilha de Muçum já está confirmada para 2026 e, em breve, terá suas datas divulgadas, fortalecendo ainda mais o evento que já é considerado a maior e melhor festa tradicionalista da Região dos Vales.
Obras, tecnologia, novos serviços e humanização marcam nova fase do Hospital Beneficente Santa Terezinha
ENCANTADO
OHospital Beneficente Santa Terezinha (HBST) chega aos 80 anos no próximo dia 3 de outubro em pleno crescimento. Nos últimos anos, a instituição passou pela maior ampliação de sua história, com investimentos na construção do novo prédio, em tecnologia e novos serviços.
A obra do novo prédio, entregue em 2020, é símbolo dessa transformação. Foram investidos mais de R$ 10 milhões na construção, com recursos da rede São Camilo. São sete andares que abrigam setores estratégicos como UTI, bloco cirúrgico, farmácia, centro obstétrico (em construção) e projetos futuros, como UTI neonatal, hemodiálise e internações com novos leitos. “A entidade foi assertiva nesse prédio. Hoje já temos o bloco cirúrgico que dá condições de o hospital buscar a alta complexidade em várias especialidades médicas”, afirma o diretor administrativo Márcio Sottana.
Além do bloco cirúrgico, a UTI implantada durante a pandemia permanece como estrutura essencial para dar segurança às internações e ampliar a complexidade dos atendimentos realizados em Encantado. “Antes vários pacientes não conseguiam fazer determinadas cirurgias porque não tinham um leito de UTI disponível”, relembra Sottana.
O Pronto-Socorro também passa por reformulação. A segunda fase da obra, já concluída, redesenhou o fluxo de entrada dos pacientes. Agora, os casos graves são separados dos atendimentos ambulatoriais, garantindo mais agilidade e segurança, explica
Sottana. “Antes era tudo muito próximo. O fluxo do PS facilitou muito. E com a terceira fase, teremos ainda sala de pediatria com brinquedoteca e ambientes climatizados em espaços separados, masculino e feminino”, detalha o diretor.
O diretor técnico, Dr. Fábio Vitória, acompanha de perto essa evolução. Ele destaca que o momento é de profunda transformação estrutural e assistencial, com a implementação de novos protocolos clínicos, mais segurança e qualificação do atendimento. “Hoje o hospital está em franco crescimento, com novas estruturas, novos processos e foco total na qualidade da assistência aos pacientes”, observa.
Outro destaque é a valorização do corpo clínico. O número de médicos dobrou desde 2009, passando de 35 para 65 profissionais fixos, além de especialistas que atendem sob demanda. Esse crescimento é impulsionado pela confiança na estrutura do hospital.
Fundado em 3 de outubro de 1945, o HBST nasceu do esforço coletivo da comunidade local. Ao longo das oito décadas, o hospital viveu momentos decisivos que marcaram sua evolução e, desde então, tornouse referência regional em serviços de saúde, unindo tradição, inovação e acolhimento.
Em 1956, o patrimônio da casa de saúde foi doado à Sociedade de Educação e Caridade (Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria). Já em 1986, ocorreu a transferência para a nova mantenedora, a Sociedade Beneficente São Camilo, e a ampliação da estrutura física, com a criação da Comissão PróConstrução e o início da campanha de arrecadação de fundos. A planta do novo prédio, elaborada na época pela arquiteta Ana Izabel
A comunidade está convidada a celebrar os 80 anos do HBST com uma série de atividades religiosas, culturais e de integração:
1º de outubro – Quarta-feira
8h – Visitas aos doentes em domicílio 14h – Palestra com Frei Jaime Bettega no auditório do Plano de Saúde São Camilo
Tema: “Em tempos de mudanças, espiritualidade e esperança” Inscrição: via site/redes sociais do HBST + 1 kg de alimento não perecível
18h – Início do Tríduo à Santa Terezinha (Gruta da Igreja Matriz São Pedro)
2 de outubro – Quinta-feira
8h – Visitas aos doentes em domicílio 15h – Missa da Saúde (Igreja Matriz São Pedro)
16h – Tríduo à Santa Terezinha (Gruta da Igreja Matriz)
3 de outubro – Sexta-feira (aniversário)
8h – Café da manhã com funcionários e médicos
9h – Visitas aos pacientes internados 14h30min – Tríduo à Santa Terezinha (pátio do hospital)
15h – Missa em Ação de Graças pelos 80 anos do HBST (pátio do hospital) (Em caso de chuva, a celebração será na Igreja Matriz São Pedro)
Polesi Bergamaschi, previa uma área construída de 1.291,15 metros quadrados. Já em 1996 a Sociedade Beneficente São Camilo entregou em comodato o Hospital Beneficente Santa Terezinha para a Beneficência
Camiliana do Sul. Atualmente, a equipe do HBST é formada por 270 colaboradores e um corpo clínico com 65 médicos, garantindo atendimento humanizado e de qualidade.
Seis casas foram entregues, e outras 27 estão em construção ou aguardam liberação; projeto envolve agricultores de Encantado e Doutor Ricardo
Matheus Giovanella Laste matheslaste@grupoahora.net.br
REGIÃO ALTA
As famílias agricultoras de Encantado e Doutor Ricardo, duramente afetadas pelas enchentes de 2023 e 2024, começam a retomar suas vidas em novos lares. Um programa habitacional, fruto da parceria entre o governo federal, estadual, Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) e a Cooperativa de Habitação da Agricultura Familiar (COOHAF), já garantiu seis casas prontas, cinco em Encantado e uma em Doutor Ricardo, outras 27 estão em diferentes estágios de construção. Segundo o presidente do STR de Encantado e Doutor Ricardo, Gilberto Zanatta, o projeto é uma extensão do Minha Casa, Minha Vida Rural, adaptado para atender às famílias que perderam suas residências nas catástrofes naturais. “É um programa muito interessante, construído a várias mãos. São R$ 86 mil do governo federal e mais R$ 20 mil do estadual para auxiliar na mão de obra. Com esse valor conseguimos casas de 57 metros quadrados, com qualidade e segurança para as famílias”, explica.
A seleção das famílias foi feita por enquadramento mediante a situação de calamidade em que
se encontravam e o nível de renda financeira do grupo familiar. “É um programa onde os recursos chegam para as pessoas construírem suas casas, desde que elas tenham uma área para construir, no mínimo de mil metros quadrados”, conta o presidente.
O primeiro grupo, com seis casas, já está totalmente entregue, e as famílias estão morando nas novas residências. Um segundo grupo, de 13 casas em Doutor Ricardo, está em andamento. Destas, pelo menos duas já foram ocupadas, e as demais devem ser concluídas nos próximos quatro meses. Há ainda um terceiro grupo de 14 casas, que aguarda liberação da Caixa Econômica Federal para dar início às obras. A expectativa é de que todas as etapas estejam concluídas até o segundo semestre de 2026. Dependendo de ques-
tões financeiras dos beneficiários, o tempo de liberação da Caixa até a conclusão da obra varia de sete a oito meses.
“Às vezes passo pelo interior e vejo uma casa pronta e penso:
‘Essa aqui nós ajudamos a construir’. É uma alegria enorme saber que, em caso de novas enchentes, as famílias estarão em locais seguros”, afirma Zanatta.
Além da construção das casas, o programa garante assistência técnica e social às famílias beneficiadas. Um engenheiro acompanha cada etapa da obra, e há reuniões e palestras com equipes da EMATER e da área da saúde.
“Há um seguimento constante para orientar sobre cuidados com o solo, produção de alimentos e até questões de saúde familiar. No final, fazemos um levantamento para saber como as famílias estão se adaptando à nova casa”, detalha o presidente do STR.
Ao todo, o núcleo de Encantado e Doutor Ricardo contará com 33 novas residências.
365vezesnovaledotaquari@gmail.com
FÁBIO KUHN
Localizado na Linha
Silva Tavares, interior de Venâncio Aires, o Sítio da Figueira Centenária inaugura mais uma novidade. É o garden com espaços especiais, novos atrativos e mais opções de lanches aos visitantes.
O evento de inauguração ocorre a partir das 15h do sábado, dia 4 de outubro. Terá música ao vivo, opções de bebidas, petiscos e lanches.
Conforme um dos responsáveis pelo ponto turístico, Maicon
Ehlert, a ideia do garden é ampliar as opções gastronômicas da Figueira Centenária. O cardápio contará com novos pratos como hambúrgueres, pizza na tábua, linguiça colonial campeira com pão de alho e porções de violinha. O ponto turístico também terá espaços com mesas e iluminação ao ar livre para que o público possa curtir o pôr do sol com vista da figueira.
Mais informações podem ser obtidas no @figueira_centenaria no Instagram.
A popularização da Figueira Centenária é um dos legados do projeto Redescubra Venâncio, idealizado pela ex-coordenadora de Turismo, Angelica Diefenthaler. A árvore rara ganhou holofotes em 2017 e, desde lá, passou a receber visitantes com frequência.
A árvore se destaca pelo tamanho. Tem 20 metros de altura e
Destino de Venâncio Aires se torna famoso por causa de árvore imponente com quase 500 anos
quase 500 metros quadrados de circunferência. Um estudo foi feito no local e constatou que a figueira possui cerca de 480 anos –quase a mesma idade da chegada dos portugueses no Brasil. Neste ano, o empreendimento já havia inaugurado uma cabana turística ideal para casais. Com peça única, o espaço conta com banheira de hidromassagem. Na área externa destaque para o balanço e o fogo de chão.
Outra novidade foi o início das atividades do restaurante, construído onde antigamente havia uma estufa de fumo. Atende nos fins de semana com pratos à la carte e, uma vez por semana, realiza jantares ou almoços especiais com informações divulgadas nas redes sociais. Nesse caso, o cardápio é variado desde churrasco, até galinhada.
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Outro evento marcado para o dia 4 de outubro, a partir das 17h, será o primeiro Rocktoberfest do Boulevard Encantado. O evento ocorre no Solarium Fruki com chope gelado, comidas típicas e shows de bandas ao vivo. Acompanhe as novidades no @boulevardencantado.
Quem é apaixonado por trilhos vai conhecer esse destino. É a entrada do Viaduto 13, em Vespasiano Corrêa, com fotografia feita pelo Alessandro Pieta
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