

Das coisas que vou contar depois
Quando avistamos uma pessoa desconhecida na rua, é difícil dizer qualquer coisa sobre sua personalidade. Se prestarmos atenção e dedicarmos tempo a isso, talvez dê para perceber algo que a roupa seja capaz de tradu zir. Uma camiseta de banda, um adereço de cabelo, um adesivo partidário na mochila.
Mesmo assim, na maioria das vezes, pouco se pode afirmar. Não dá para saber se a pessoa é boa de conversa, por exemplo. Não dá para saber se tem filhos e como é sua relação com eles. Não dá para saber o que a pessoa já viveu, por onde passou, com quem conviveu.
Na sexta-feira, fui até a Univates para participar de uma reunião do projeto de extensão Marias. Quando cheguei, encontrei uma turma animada, duas cuias de chi marrão rolando e um café posto na mesa. Aos poucos, a conversa leve e descontraída começou a ficar um pouco mais séria.
A reunião era para avaliar como foram os últimos encon tros com as mulheres privadas de liberdade do Presídio Estadu al Feminino de Lajeado Miguel Alcides Feldens. Não conheço as mulheres e não sei o que fizeram para estarem lá, mas sei que o
carinho que recebem do grupo que encontrei sexta é transfor mador.
No início da semana, o jornalista Anderson Pereira nos enviou uma mensagem suge rindo uma pauta. No texto, ela contou sobre a amizade entre sua mãe e a vizinha, que mes mo divergindo nas opiniões sobre os candidatos à presidên cia são capazes de manter o carinho e o respeito, coisa rara nessa altura do campeonato.
A vizinha da história de An derson é uma das professoras que mais marcou minha cami nhada escolar. A prof Venilda me acompanhou dos seis aos 14 anos, e quando vi seu rosto no contato encaminhado pelo WhatsApp, fiquei contente com o reencontro. Diferente das mulheres da pauta anterior, a prof Venilda eu conheço há tempos.
Tudo isso para dizer que em cada uma das reportagens que entreguei essa semana eu tinha uma relação diferente com as fontes. Mas, para as duas produções, deixei de lado as minhas percepções sobre os envolvidos e sobre os assuntos tratados.
Já escrevi neste espaço sobre a importância de ouvir com atenção e de como quem es cuta também é agente ativo de uma conversa. Agora, destaco mais um aprendizado da pro fissão: julgar o livro pela capa só te faz perder a oportunidade de aumentar a biblioteca. E, para mim, nada - ou pouca coi sa - é melhor do que ter uma boa história para contar.
Boa leitura!
Show de comédia é neste sábado, às 20h, no teatro da universidade
Gio Lisboa é atração no Teatro Univates
“O público é parte fundamental na comédia”
Como começou a sua história com a comédia?
Umshow de histórias cômicas e muito humor está progra mado para a noite de sábado, às 20h, no Teatro Univates. Gio Lisboa vem ao município pela segunda vez. Com classificação indicativa de 14 anos, os ingressos podem ser adquiridos na Biblioteca da Univates, no valor de R$ 40 a R$ 80. Para quem tiver o ingres so solidário, o kg de alimento não perecível pode ser entregue no Teatro, no dia do evento.
Aos 25 anos, Gio Lisboa é comunicador da Rádio Atlântida, nos programas “Pretinho Básico” e “Bola nas Costas”, além de um dos grandes destaques do stand up comedy nacional. Na profissão há oito anos, também foi roteiris ta do humorista Cris Pereira, que possui o canal no YouTube com mais de 1,1 milhão de inscritos.

Gio Lisboa - Eu iniciei muito novo. Com 16 anos comecei a escrever as minhas piadas e me apresentar nos poucos bares que aceitavam comédia na época. Às vezes, fazendo show para 10, 15 pessoas. Ao mesmo tempo, tra balhava como roteirista e editor do Cris Pereira e isso também me ajudou muito a entender como escrever e como trabalhar com comédia na internet.
Você é muito jovem, como vê a recepção do público? Acre dita que isso faça diferença nas suas apresentações?

Gio Lisboa - Apesar de ter apenas 25 anos, já trabalho com comédia há nove anos. E o público é parte fundamental na comédia. É eles que nos dizem, instantaneamente, se uma piada é boa ou não. No meu novo show, o público é ainda mais importante, pois como é muito interativo, as histórias vêm deles e eu impro viso e faço piada a partir disso.
Gio LisboaComo você vê o cenário do stand up comedy hoje?
Gio Lisboa - Diferente de quando eu comecei, hoje o cenário da comédia stand up está consolidado. As pessoas conhe cem, já viram em algum vídeo, ou mesmo já foram em algum show. E, cada vez mais, os teatros e bares estão abrindo mais e mais espaço, criando um circuito de comédia muito interessante.

No meu novo show, o público é ainda mais importante, pois como é muito interativo, as histórias vêm deles e eu improviso e faço piada a partir disso.Bibiana Faleiro Bibiana@grupoahora.net.br
O sonho da casa própria se torna realidade para 130 famílias
Moramos de aluguel e queremos ter a casa própria. Aqui encontramos os valores mais acessíveis e facilidade com a documentação. É uma ótima oportunidade. Nossos filhos vão ado rar morar aqui, já estamos aguardando nossa casa ficar pronta.”


Odesejo
de se tornar dono do pró prio imóvel, aliado a uma grande promoção e a um excelente produ to, resultou num case de sucesso para o mercado imobiliário de Lajeado. No último domingo (23.10), a C2B promoveu um evento inédito, em que foram vendidas, em apenas 9 horas, as 130 casas do Reserva Jar dim - Condomínio de Casas.
O condomínio fica no bairro Jardim do Cedro e as mais de cem casas têm dois dor mitórios, com metragens entre 47,74m² a 48,82m² e terrenos que variam de 70,78m² a 246,84m². Conta com infraestrutura de lazer, com piscina, pista de caminhada, salões de festas, quiosques com churrasqueira, horta e pomar coletivo, playground, portaria eletrôni ca, além de placas solares e reaproveitamen to da água da chuva para todo o condomínio.

A procura pelas casas foi tanta que, dois dias antes do evento, já começou a se formar uma fila de espera em frente ao portão do condomínio. A C2B se preocupou em ofere cer toda a infraestrutura para quem foi cedo garantir uma das unidades: havia segurança, banheiros químicos e foi distribuída água e alimentação para oferecer maior conforto para quem estava na espera.

Para o sócio-proprietário da C2B, Claudio Bergesch, o sentimento é de satisfação após a ação. “A C2B busca trazer coisas novas, que questionam padrões pré-estabelecidos. Pro vamos que é possível fazer diferente”. Já o sócio-proprietário Cesar Bergesch, destacou o acolhimento da comunidade aos projetos da C2B. “Ficamos muito felizes em sermos abraçados desta forma”, comenta.
A conclusão das casas do Jardim Reserva está prevista para dezembro de 2025.
100% EM UM DIA
A meta de vender 100% das unidades do Reserva Jardim em um único dia foi proposta pela empresa de soluções imobiliárias Seven Group. Para o CEO Gilson Nogueira, a ideia foi lançar um movimento diferente, com a cola boração de imobiliárias parceiras. “Escreve mos um novo capítulo na história do mercado imobiliário”.

A ação contou com um trabalho em equipe entre a C2B e imobiliárias. Foram 400 cadas


tros realizados por 80 corretores. Entre as vanta gens, estavam descontos de até R$ 27 mil, en trada zero e documentação grátis. Além disso, quem fechou o contrato, concorria a uma moto zero km, que foi sorteada ao final do evento.


Este empreendimento é um suces so pela sua proposta. Ele é inspirado no modelo de condomínio america no, com estrutura de clube, e pode ser financiado pelo programa Casa Verde Amarela, além de condições facilitadas de entrada. Vai proporcionar segu rança e qualidade de vida aos mo radores.”
EM BREVE…
A C2B já prepara um novo lançamento. No primeiro se mestre do ano que vem, a cons trutora lançará um empreendi mento, situado numa esquina de duas avenidas importantes da cidade, que poderá ser financiado pelo programa Casa Verde Amarela.

C2B promoveu evento inédito, em que foram vendidas as 130 casas do Reserva Jardim - Condomínio de Casas, em um único dia
Está aberta a temporada das piscinas 2022/2023
Atemporada
das pisci nas foi aberta e, des de sexta-feira (28), os sócios já podem aproveitar os espaços para se refrescar nos dias de calor.
O acesso se dá por meio da compra do cartão de banho, que pode ser adquirido men salmente ou por temporada.
O espaço funcionará todos os dias, até o mês de março. Nas segundas-feiras as pisci nas abrem às 14h, enquanto que de terças-feiras a domingo os sócios podem aproveitar das 9h às 20h.
Importante destacar que, durante a alta temporada, (de zembro, janeiro e fevereiro), o horário de fechamento das pis cinas muda, sendo estendido até às 21h.
Ingressos e regras
Os cartões de banho podem ser adquiridos na secretaria do Clube. Para sócios, o custo é de R$ 40 mensais, e de R$ 80 para a temporada.
Para acessar a piscina é uti lizado um sistema informati zado de entrada, que libera o acesso somente mediante a apresentação da carteirinha. As regras completas para o uso das piscinas podem ser conferidas no site do Clube.


Foi dado o primeiro saque para o Ranking de Beach Tennis do CTC
Iniciou na última quinta-feira, dia 27, o 1º Ranking de Beach Tennis do CTC, um campeona to com a cara do verão. Durante oito meses, os jogos reuniram os amantes do esporte para disputar a taça da modalidade individual, Jogo de Simples.
O Ranking tem como diferen cial a sua escala flexível. Isto
significa que as partidas não possuem data pré-fixada para realização, apenas prazo limi te, ficando a cargo dos atletas agendarem entre si quando as disputas acontecem.
Caso o jogo não ocorra den tro do período estipulado, os jogadores deverão comunicar ao setor de esportes o motivo.
O vencedor da partida será o me lhor jogador de 2 sets de até 4 ga mes. E, quando necessário, tam bém haverá um Super Tie Break. Para pontuar no Ranking, a cada vitória, o atleta acumulará 3 pontos. Se o participante der rotado tiver ganho ao menos 1 set, ele também receberá 1 ponto pela partida.
CTC sedia torneio internacional de tênis


O Clube Tiro e Caça será pal co de um momento histórico para o setor de esportes, em Lajeado. Entre os dias 21 e 27 de novembro, as quadras do CTC receberão o 1º Lajeado Open, torneio internacional de tênis que conta pontos para o ranking mundial. O evento deve reunir os tenistas top 250 do mundo e terá transmissão em plataformas de streaming para todo Brasil.
A competição faz parte do Circuito La Legión, da Dove Men Care, que contempla além do Lajeado Open (ITF M25), o São Léo Open (challenger) e o Vacaria Open (ITF M25). O tor neio será realizado em parceria com a Associação Leopolden se de Esporte e Cultura - ALEC, com promoção da Quadra Eventos e apoio da Confede
ração Brasileira de Tênis (CBT), terá entrada gratuita e dará 25 mil dólares de premiação.
“Depois de trazermos even tos em parceria com a Fede ração Gaúcha de Tênis (FGT) para o Clube, entendemos que, com a evolução e melho ria na execução, acabamos re conhecidos pela CBT para um evento inédito e do tamanho do ITF”, acredita o presidente do Clube Tiro e Caça de Lajea do (CTC), Fernando Röhsig. Para ele, o Lajeado Open será um desafio que trará pro tagonismo ao CTC e permitirá mais proximidade dos asso ciados e da comunidade a um evento de nível internacional. “Sabemos da responsabilida de que envolve toda a prepa ração e o fechamento de um evento dessa envergadura".
O Clube Tiro e Caça, convoca seus associados para a Assembleia Geral Ordinária que irá acontecer no dia 21 de novembro de 2022, no Salão Panorâmico. Nesta ocasião, será eleito um terço do Conselho Deliberativo para o biênio 2023/2024, será definido o valor da mensali dade para o exercício 2023 e ocorrerá a prestação de contas do Clube.
Os sócios que têm interesse em fazer parte do conselho Deliberativo podem se candidatar até dia 19 de novembro. A inscrição deve ser feita na Secretaria do Clube.

Atenção e sensibilidade
Com foco na segurança pública e melhora na vida de mulheres privadas de liberdade, o Projeto Marias completa cinco anos de ação dentro do Presídio Feminino
Julia Amaral juliaamaral@grupoahora.net.br
Colaboração
Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br
Dança, poesia, teatro, artes e yoga. Ações como essas ocorrem todas as sextas-feiras, há cinco anos, dentro do Presí dio Estadual Feminino de Laje ado Miguel Alcides Feldens. A iniciativa é do Projeto Marias Corpo e Linguagem na Insti tuição Prisional, desenvolvido pela Univates.
Cerca de 10 voluntários dos cursos de diferentes cursos par ticipam das atividades. Confor me a coordenadora, professora Silvane Fensterseifer Isse, a atividade busca contribuir para a humanização, socialização, e qualificação das relações inter pessoais das mulheres privadas
O que a gente quer é que nossa presença lá tenha sentido para as mulheres. Isso é importante para formar vínculos e relações de confiança, e às vezes demora um pouco”
Silvane Fensterseifer Isseuma imagem de si que não é tão interessante, se acham in capazes, acham que não sabem fazer as coisas, que algumas coisas não são para elas”, conta a professora.
Essas percepções são levadas ao planejamento e capacitação da equipe e voluntários, que ocorre uma vez por mês, tam bém nas sextas. Para a professo ra, o Marias também contribui para a segurança pública. “Es sas pessoas que passaram um tempo privadas de liberdade e depois voltam com novas pers pectivas, acreditando que há outras possibilidades, porque houve um empoderamento”, salienta.

O início
O projeto representa um papel fundamental na promoção de empatia e humanização com as mulheres privadas de liberdade”
Rita de Cássia Donini Antocheviz administradora do Presídio Femininocoordenadora do projeto de liberdade.
“Algumas mulheres têm difi culdade de comunicação e têm
O projeto começou em 2017, como um dos eixos do projeto de extensão Veredas da Lingua gem. Naquele ano, o Presídio Feminino passava pelo proces so de instalação da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
A sugestão de que a Univates organizasse trabalhos no presí dio partiu da 3ª Coordenadoria Regional de Educação (Cre) de Estrela. No início, as atividades ocorriam a cada 15 dias. No ano seguinte, as ações passaram a ser semanais.
“Em 2019, houve uma re estruturação na extensão da
Univates e a partir de então passamos a ser um projeto in dependente”, lembra a profes sora. Ela explica que o Marias busca ser interdisciplinar e, por isso, estudantes de todos os cursos podem participar.
Acolhimento de todas as áreas
Todas as atividades tem o mesmo objetivo: desenvolver espaços para fala e comunica ção. “O que a gente quer é que nossa presença lá tenha sentido para as mulheres. Isso é impor tante para formar vínculos e re lações de confiança, e às vezes demora um pouco”, aponta Sil vane.

Uma das oficinas é ministrada pela professora de dança Bibia na Fensterseifer, que participa do projeto desde 2018. Assim que soube das ações, teve inte resse em participar, mas só con seguiu se dedicar às atividades depois de terminar a graduação em Educação Física.
Para ela, a melhor parte do voluntariado é desenvolver as atividades que deseja, sem pre cisar ter relação com seu traba lho. “Um arquiteto pode desen volver atividades na sua área, mas também pode apenas estar

sensibilidade no Presídio Feminino
rias já gerou foi um livro, pu blicado em forma de e-book. Na obra, intitulada “estão re gistrados alguns desenhos, po emas e fotografias feitas pelas mulheres apenadas e transfor madas em história pelas vo luntárias.
Algumas usaram seu nome real e outras preferiram usar pseudônimos, profissionais do presídio ajudaram a produzir o material que inclui também textos das voluntárias e um ar tigo produzido pela professora, em conjunto com Bibiana.
privadas de liberdade. As enco mendas podem ser feitas com as administradoras do presídio, e o valor da venda de cada pro duto vai para as participantes do projeto.
tal na promoção de empatia e humanização com as mulheres privadas de liberdade”, destaca.
Histórias em livro
Um dos produtos que o Ma
Quando foi lançado o orça mento dava conta apenas de uma publicação em e-book. A ideia, agora, é publicá-lo em material físico para que o material chegue em diferentes presídios do país. Para isso, o grupo busca parceiros para ar recadar o valor necessário.
Uma das atividades é a confecção de peças artesanais que podem ser vendidas
O Marias é um projeto difícil de falar, por ser tão complexo, sensível e vivo. Ele está sempre em constante mudança e evolução tanto para as voluntárias quanto para as Marias”
Amanda Zerbieli Nicaretta voluntárialá dentro pra dar um abraço, ser acolhimento, ser escuta”, des taca.
Outra voluntária é a estagi ária de arquitetura, Amanda Zerbieli Nicaretta, que passou a integrar o projeto em 2019. A motivação para participar foi a vontade de estar junto em uma ação para mulheres com dife rentes áreas em um só espaço.
Com o passar do tempo, as atividades se tornaram cada vez mais importantes para ela. “O
Marias é um projeto difícil de falar, por ser tão complexo, sen sível e vivo. Ele está sempre em constante mudança e evolução tanto para as voluntárias quan to para as Marias”, afirma.
Trabalho revertido em renda
Entre as atividades, também está a confecção de peças em crochê. Desde bolsas, toucas e chapéus, todo o trabalho é manual, feito pelas mulheres



Uma delas já conhecia as técnicas do crochê e consegue confeccionar as peças mesmo sem os exemplos no papel. “Já temos prática. Aí a gente vende as coisas que consegue ajudar até a nossa família que está lá fora”, comenta.

Para a administrado ra do Presídio Feminino, Rita de Cássia Donini An tocheviz, as atividades só trou xeram benefícios. “O projeto representa um papel fundamen
Outras iniciativas
Acesse o QR Code e confira o livro “Marias: histórias para além das grades”

1
GRANDE: resgate da autoestima e a transformação do pensamento para o futuro já foram temas de palestras motivacionais para as mulheres privadas de liberdade, inclusive, com curso profissionalizante de corte e escova.
2
as mulheres desenvolvem atividades como
trabalho em oficinas de pintura em tecido, biscuit, corte e costura, entre outras atividades.

3
DE JANEIRO: a Associação
Existem- Mulheres Encarceradas, desenvolve o projeto “LER”, com oficinas de leituras, discussão de livros selecionados, resenhas críticas e relatórios de leitura, encaminhamento de avaliações e relatórios e acompanhamento das remissões.


4
CEARÁ: quatro projetos do Grupo Mulheres do Brasil Núcleo Fortaleza promovem o desenvolvimento emocional, educacional e profissional de internas, a fim de garantir uma integração harmônica à sociedade.
A história de Caetano
Fui chamado por uma colega mais jovem para juntos vermos um caso, um homem de Porto Alegre.
Ao chegar, vejo um jovem, 22 anos, fragilizado, frágil, deitado na maca da sala de emergência. Conversamos com ele e foi feito o exame físico. A colega, ao examinar o jovem rapaz, de nome Caetano, teve sua mão segurada por ele, quando foi palpar o abdômen. Mas não parecia um movimento de defesa, mais parecia um pedido de ajuda. Ele tinha dor, suador e vômitos. Estava sem apetite e começara havia 3 meses. Biópsia foi feita alguns dias antes.
O quadro de sofrimento era evidente no rosto frágil de Caetano. Após o exame, nos despedimos, e fomos olhar os resultados e discutir, então, o caso.
Quando o colega mostrou o resultado de biópsia, fiquei pasmo.
Caetano estava com um câncer de ovário, disseminado e extremamente agressivo. Isso mesmo, ovário.
Caetano, 22 anos, na verdade chamava-se Andréia, e resolveu trocar de sexo.
Para isso, começou a usar hormônios masculino – não se sabe quem ou se alguém prescreveu, em que doses e em que circunstâncias.
E o problema instalou-se. É muito provável que o uso deste produto tenha desencadeado a doença e que o fato de Caetano procurar ajuda, e não Andréia tenha retardado o diagnóstico.

Era quinta-feira, final do dia.
Após a discussão e definição do tratamento por quimioterapia, a colega foi se ocupar da burocracia que estas situações envolvem. Sexta deveria iniciar o tratamento.

Voltei a encontrar a colega na terça-feira seguinte e perguntei por Caetano, como estava.
Caetano, 22 anos, que era Andréia, morreu sábado à tarde, 2 dias após minha visita.
Eu fiquei perturbado e fiz longa reflexão sobre este fato.

Há 3 dias vendo um telejornal, que mostrava uma matéria sobre fertilização assistida, vi depoimento de um casal que queria muito ter filhos e que só pode fazê-lo por meios desta técnica (bebê de proveta).
Aí, o médico responsável sendo entrevistado, diz que está avaliando uma paciente de 65 anos, para o procedimento (!).
Lembrei do Caetano/Andréia e pensei: “Será que não está na hora de fazermos uma reflexão sobre o uso desses avanços tecnológicos da medicina? Veja, não é sobre ser contra ou à favor, não é sobre preconceito.
É apenas refletir se isso tudo que a medicina moderna oferece – e que resolve tantos problemas, angústias e sofrimentos – não está tomando um rumo de consequências impensadas, inesperáveis e mesmo fatais?
O avanço tecnológico é maravilhoso. Quanta coisa resolvemos graças a ele nas últimas décadas.
Mas será que não estamos ultrapassando a linha?
Praça da Matriz é palco de apresentação teatral
Leituras de teatro são tema do projeto “Terças Dramáticas” que será apresentado na noite de terça-feira, 1º, às 19h30, no coreto da Praça Marechal Floriano, mais conhecida como Praça da Matriz. A apresentação é do grupo de alunos da oficina gratuita de teatro da prefeitura de Lajeado, criada no começo do ano. A atividade, que iniciou no dia 25, também está programada para os dias 8 e 22 de novembro.

A peça apresenta leituras e interpretações de textos de diferentes escritores brasileiros. O principal objetivo da atividade é disseminar as artes cênicas em locais públicos e proporcionar à comunidade o contato com a cultura do teatro.
“Neste primeiro momento, são apenas leituras dramáticas, mas em breve acontecerão pequenas cenas e, mais tarde, um espetáculo”, destaca o professor Anderson Balhero, fundador da Destemperados Produções Teatrais.
Nos ensaios
O dramaturgo assumiu as aulas neste ano, com cerca de 50 alunos de 9 a 67 anos, divididos em quatro turmas. Durante os encontros, são praticados jogos teatrais, pequenas cenas e leituras dramáticas.
Apresentações ocorrem de forma
Cronograma de apresentações
01/11, terça-feira, às 18h30; 08/11, terça-feira, às 17h30; 22/11, terça-feira, às 15h30, 17h30, 18h30 e 19h30.

“É prazeroso ver a evolução de cada aluno. Na chegada, todos são tímidos, e no decorrer das aulas, o palco já se torna disputado por todos. É bonito de se ver”, destaca.
A última apresentação do projeto, no dia 22 de novembro,
Neste primeiro momento, são apenas leituras dramáticas, mas em breve acontecerão pequenas cenas e, mais tarde, um espetáculo”

será em homenagem ao Mês da Consciência Negra, com leitura de textos de mestres griô. As atividades são gratuitas e abertas ao público. Mais informações podem ser adquiridas na Casa de Cultura de Lajeado, pelo telefone (51) 3982-1081.
O avanço tecnológico é maravilhoso. Quanta coisa resolvemos graças a ele nas últimas décadas”Dr. Hugo Schünemann Médico oncologista
Para empresários
Depois de uma série de encontros com os candidatos ao governo do Estado, a Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) recebeu empresários e comunidade para mais uma reunião-almoço, com o tema aplicações práticas sobre cisão e incorporação empresarial. Os convidados foram Tiago Johann e Alaidete Miguel, com mediação do consultor e empresário contábil, Valmor Kapples. Confira quem participou do encontro!





Chegou o verão!



Para abrir a temporada de verão e das piscinas, o Clube de Tiro e Caça (CTC) recebeu sócios e convidados na quinta-feira, para um happy hour no Ladies Lounge. O momento foi embalado pelo repertório eclético da família Petter, com diferentes sucessos dos anos 70, 80 e 90, que movimentaram o fim de tarde de temperatura agradável no clube.

Coquetel na Zeiss
Mais um encontro da Ótica Zeiss Vision Center, em parceria com o programa Pra Você, da Rádio A Hora 102.9, ocorreu na terça-feira. Em uma noite muito agradável, as convidadas puderam conferir as dicas e cuidados na hora de escolher o melhor óculos de sol e de grau com a Consultora de Imagem Rochelle Chiesa. Durante o evento, também foi degustado um delicioso coquetel e espumante.















Mudanças nas regras da fertilização artificial
No último mês, o conselho federal de medicina (CFM)
liberou uma nova resolução (nº2.320/2022), na qual modifica algumas orienta ções e diretrizes para as clíni cas de reprodução assistida no país. Esta modificação se fez necessária, pois diversos pro fissionais da área e pacientes criticaram pontos importantes que dificultavam o andamento dos procedimentos de fertiliza ção artificial.
A primeira grande mudança foi quanto ao número de em briões que podem ser gerados no laboratório. A resolução an terior limitava este número a oito, pois entendia que assim haveria um maior controle no número de embriões gerados.
Agora não existe mais essa di retriz, não há mais limitação.
Tal modificação foi recebida com satisfação, pois muitos casais acabam precisando ge rar uma quantidade maior de embriões, para ter um com boas chances de sucesso no tratamento.

A segunda alteração, que veio ao encontro da solicitação de muitos casais, foi a descri ção do sexo dos embriões nos laudos de analise genética dos mesmos. A resolução an terior orientava suprimir essa informação, exceto quando havia doenças ligadas ao sexo.
Agora a informação consta de forma automática nos laudos, independente da presença ou
não de alguma alteração se xual. Porém, sempre impor tante lembrar, que a escolha do embrião, meramente pelo sexo (sexagem) é proibida no país. A seleção do embrião a ser transferido leva em conta critérios de qualidade embrio nária, visando a seleção do embrião com maior potencial de gerar uma gravidez. A esco lha por sexo permanece sendo possível apenas quando há al guma doença relacionada.
Uma novidade, que não foi especificamente abordada nessa resolução, mas que se gue válida, é quanto a doação de gametas entre familiares. Atualmente já é permitida essa modalidade, entre parentes de até quarto grau. Diferente do que valia até pouco tempo, em que as doações eram obrigato riamente anônimas, a doação entre indivíduos da mesma família agora é uma realidade. Essa modificação veio facilitar o processo, pois anteriormen te, muitos casais precisavam solicitar essa permissão via judicial.
Com isso, os profissionais da área da saúde, bem como os pacientes, veem com bons olhos as novas diretrizes. No geral, as principais questões solicitadas, por ambos os la dos, parecem ter sido atendi das de forma satisfatória pelo CFM. Todos seguimos juntos para auxiliar ao máximo os fu turos pais e mães na realização do seu sonho de terem filhos.
Comida vegana e tradicional para saborear com calma
ENCONTRO
No Durga Culinária Vegana, os pratos são produzidos com alimentos orgânicos e o desperdício é evitado ao máximo. Agora, o empreendimento tem um novo endereço, em Lajeado
Júlia Amaral juliaamaral@grupoahora.net.brUmrestaurante com cara de casa. Esse é o Durga Culinária Vega na, que abriu em novo local dia 14 de outubro. O peque no estabelecimento já não com portava mais o grande movimen to, e por isso os clientes agora são recebidos na casa da esquina entre as ruas Bento Gonçalves e Alberto Torres, em Lajeado.



Mesmo em espaço maior, o res taurante não perde sua essência. A ideia é que o pátio do novo lugar também possa ser explorado. As sim, o negócio deve se tornar “pet family”, e cumprir o sonho da pro prietária Patrícia Pruinelli.
“A ideia é que as pessoas ve nham aqui e possam curtir com calma. Pode vir para ler e nem consumir nada. Tudo já é tão agitado lá fora, aqui queremos manter a calma”, ressalta Patrí cia.
A história do Durga
Há três anos, Patrícia procura va por lugares que oferecessem comida vegana, mas tradicional. A pesquisa pelas receitas e a pro dução começaram aos poucos e em julho de 2019, o Durga abriu as suas portas.
David Timm Kvitko
No balcão, o que mais chama a atenção dos clientes é o brownie, o burrito e a torrada de crosta cro cante. O valor médio dos lanches, é de R$12. No almoço, o prato que atrai o movimento é o strogonoff de grão de bico e a lasanha, com pratos inteiros e reduzidos que fi cam na média de R$25.


“Aqui a ideia não é oferecer comida fitness, não é só salada, não é sem glúten ou sem açúcar. É como se comeria em qualquer lugar, mas na versão vegana”, ex plica Patrícia. Desde que iniciou na função, ela qualificou o car dápio, também com as sugestões dos clientes.
A maior parte das receitas é feita com ingredientes orgânicos e a produção é feita sob deman da, para evitar desperdício.
Patrícia Pruinelli, proprietáriaA ideia é que as pessoas venham aqui e possam curtir com calma. Pode vir para ler e nem consumir nada. Tudo já é tão agitado lá fora, aqui queremos manter a calma.”

Arq. Greice A. Martins de Vargas
@arqgreicevargas Escritório
Greice Vargas Arquitetura (51) 9 970.57102
Arq. Fabiane Senter
Arq. Priscila Eisermann

@504_arquitetura
Escritório 504 Arquitetura (51) 9 8185.4140 (51) 9 9895.8065
CBM, Sua Casa Mais Completa @cbmlajeado
@cbmiluminacao (51) 3714.2122
Um concurso desenvol vido pela Univates, em parceria com a Acil Lajeado, esti mulou a criação do cômodo “Sonho de Criança: um espaço para dormir, brincar e ser feliz” desenvolvido pelos escritórios de arquitetura Greice Vargas Arquitetura e 504 Arquitetura. Toda a parte de iluminação e materiais elétricos utilizados ti veram parceria com a CBM, Sua Casa Mais Completa.






O objetivo do projeto foi dimi nuir o tempo em que as crianças permanecem em frente às telas e estimular o desenvolvimento sensorial, pedagógico e motor. Para isso, o projeto contempla um dormitório lúdico, que vai além do dormir, permitindo que a criança brinque, aprenda e se desenvolva nesse mesmo am biente.
“Criamos um mobiliário que atende o dormir e o brincar, acompanha o seu desenvolvi mento e encanta a criança, com uma temática de montanhas e aventuras na fauna e flora brasi leira. Também proporcionamos a ela experiências únicas, e me mórias afetivas que serão levadas para a vida”, explica Greice.
Conforme as arquitetas, o mó vel da cama norteia todo projeto,
Um espaço para dormir, brincar e ser feliz
Criamos um mobiliário que atende o dormir e o brincar, acompanha o seu desenvolvimento e encanta a criança, com uma temática de montanhas e aventuras na fauna e flora brasileira. Também proporcionamos a ela experiências únicas, e memórias afetivas que serão levadas para a vida”
Greice Vargas arquitetura
pois contém várias funções. E, a partir de então, a distribuição dos demais móveis foi pensada para que o centro do quarto esteja li vre, com espaço para que a crian ça usufrua da forma que desejar.
As lâmpadas e os spots de iluminação utilizados são da CBM, bem como as fitas de led para destacar os detalhes da de coração, como as montanhas e
as copas das árvores nas paredes. Já os perfis de led foram respon sáveis por destacar a beleza do painel ripado utilizado em todo o ambiente.
A criação do projeto levou 15 dias e foi inspirado em dormi tórios montessorianos, feitos de madeira, com elementos da fau na e flora brasileira com ilumina ção e móveis criativos.