


Em meio à rotina, encontrar tempo para cuidar de si garante qualidade de vida e tem virado tendência entre o público feminino
Cuidar da saúde enquanto também se cuida da casa, do trabalho e da família, se torna um desafio à mulher atual. A dinâmica do dia a dia nem sempre permite que elas olhem para si mesmas e percebam suas próprias necessidades. Cada vez mais, a medicina comprova os benefícios da boa alimentação e do exercício físico para passar dos 60 anos com saúde. E esses hábitos têm ganhado o gosto, também, do público feminino.
Se, antes, os cuidados familiares eram apenas delas, hoje, essa tarefa é compartilhada com os companheiros e permite que a academia, o pilates, a corrida, se integrem à rotina das mulheres. Vemos, a partir de então, mulheres mais saudáveis, dispostas e, por que não, felizes.
Quanto antes se iniciar, melhor. Mas nunca é tarde para começar a cuidar de si. A medicina também evolui nesse sentido e apresenta a esse público ferramentas que auxiliam na manutenção da massa magra, na regulação de hormônios e na disposição. A reposição hormonal é um exemplo. Mas, para a vida toda, a prática de exercícios físicos é essencial.
Uma dica é também procurar aquilo que se encaixa na rotina e nos gostos de cada uma. Para que, além da saúde, a atividade seja prazerosa. Um compromisso com o autocuidado e, até mesmo, com a saúde mental.
Uma coisa está sempre ligada à outra. Não existe receita, mas manter um equilíbrio entre o corpo e a mente é a forma mais eficaz de permanecer saudável. Querer mudar é o primeiro passo. E, uma vez que essa mudança começa, o processo se torna mais leve, rumo à longevidade. Boa leitura!
A Associação de Atletismo dos Vales (AAVA-ANR/Adidas) promove, no dia 22 de março, a Copa Meio Fundo e Fundo AAVA-ANR/Adidas. O evento conta com apoio da Univates e tem como objetivo facilitar a obtenção de marcas e índices para diferentes competições nacionais e internacionais das categorias Sub18, Sub20, Sub23 e adultos na temporada de 2025. As atividades ocorrem no Estádio Olímpico da Univates a partir das 8h. A arbitragem será da Federação de Atletismo do Estado do Rio Grande do Sul (Faergs).
Venâncio Aires sediará o Campeonato Brasileiro e o Torneio Nacional de Patinação Artística 2025, no Ginásio Poliesportivo, de 6 a 18 de março. O evento conta com a participação de 622 atletas de sete estados brasileiros e se consolida como a maior competição oficial da modalidade no país. O invento coincidirá com o 3º Festival Gastronômico, de 14 a 16 de março do município.
Circuito de tênis passa por Lajeado
A edição de 2025 do Circuito de Tênis Gaúcho (CTG), o principal circuito infantojuvenil de tênis do Estado, terá 13 etapas, passando por 11 cidades diferentes. A primeira parada será em Lajeado, do dia 14 a 16 de março, quando será realizada a etapa do Clube Tiro e Caça. As inscrições já estão abertas pelo site da Federação Gaúcha de Tênis.
O primeiro Gramado Cultural de 2025 ocorre no próximo domingo, 16, das 15h às 19h, no Gramado do Centro Cultural Univates. O objetivo do evento é proporcionar lazer e cultura para a comunidade regional, oferecendo uma oportunidade para
as pessoas desfrutarem de um dia ao ar livre e apreciarem a vida e a arte. Além disso, trata-se de uma chance para artistas e artesãos da região comercializarem seus produtos, ajudando no fortalecimento da economia local.
Com inscrições encerradas para a categoria adulta, o Pratas da Casa revela os artistas e bandas que farão parte do festival deste ano, com o tema “Tributos”. O primeiro show ocorre no dia 8 de abril. Para a categoria kids, as inscrições permanecem abertas, com a mesma temática. Nesta edição, as apresentações ocorrem no Auditório do Tecnovates, na Univates. O Pratas da Casa é um projeto do Grupo A Hora, que busca valorizar os artistas regionais por meio da música.
Para a vida toda, a prática de exercícios físicos é essencial.”
EXPEDIENTE
Textos: Bibiana Faleiro
Diagramação: Lautenir Azevedo Junior Coordenação e edição: Felipe Neitzke
A nutricionista Daiane Morgenstern integra os profissionais do projeto “INNspira”, do Instituto Nacional de Nanismo, que avaliam o perfil nutricional dos brasileiros com a alteração genética
Acuriosidade sobre a nutrição e a vontade de se conhecer melhor transformaram a vida de Daiane Morgenstern, 25. Moradora de Lajeado, ela é a única pessoa da famílias que nasceu com uma alteração genética e que enfrenta os desafios do nanismo todos os dias.
Formada em nutrição, ela integra, hoje, uma pesquisa nacional sobre a alimentação de pessoas brasileiras com nanismo, além de atender pacientes de todo o país que também possuem a alteração genética e se identificam com a trajetória dela. Daiane comenta que, no nanismo, é comum o desenvolvimento da obesidade, inclusive por
Entre as maiores conquistas, Daiane cita a graduação e o ingresso no mestrado em Biotecnologia
questões metabólicas. Por isso, destaca a importância do cuidado nutricional. Ela conta que foram
REPRODUÇÃO
as próprias necessidades nutritivas que a levaram a estudar a área e se profissionalizar. Hoje, entre as maiores conquistas da vida, ela cita a graduação e o ingresso no mestrado em Biotecnologia. Ela também afirma que conhecer outras pessoas com nanismo na vida pessoal e profissional a fez se reconhecer como pessoa.
“Percebi que outras pessoas passam também por situações muito semelhantes. E é muito interessante poder conversar sobre isso. Através do nanismo eu tive muitas oportunidades e me descobri também”.
Sobre o projeto
Daiane conta que entre 2020 e 2021, durante a pandemia, desenvolveu uma parceria com a também nutricionista, Ursula Viana Bagni, que mantinha um projeto no Rio de
Janeiro sobre alimentação saudável para pessoas com nanismo. “É um público que, na literatura, existem pouquíssimos estudos sobre o estado nutricional, sobre alimentação saudável, então a ideia foi criar um material que pudesse nortear, inclusive, profissionais de saúde”, ressalta Daiane.
O projeto ganhou força e, neste ano, foi integrado às pesquisas do Instituto Nacional de Nanismo (INN), dentro da iniciativa chamada “INNspira”.
O INNspira tem parceria com o Instituto Alok e com a prefeitura de Goiânia. São 12 encontros semanais com 50 participantes, todos com nanismo, em que profissionais da fisioterapia, da educação física e da nutrição acompanham os pacientes.
A pesquisa consiste em um grupo de diferentes pessoas com nanismo, em diferentes idades. Até o momento, o trabalho foi de coleta de informações sobre peso, altura, medidas, além dos hábitos de vida dos
O instituto também serve para unir famílias que têm nanismo, para trocar ideias, informações e buscar direitos.”
Daiane Morgenstern nutricionista
participantes, incluindo a alimentação e as mudanças que fizeram desde o primeiro encontro.
Os dados são analisados por Daiane e Ursula para traçar um perfil nutricional dos brasileiros com nanismo. “Os estudos que a gente tem são de fora, com populações de outras regiões do mundo, então vai ser importante esse material”.
A elaboração de um plano alimentar saudável durante a pesquisa também busca a diversidade, focando no reaproveitamento integral de alimentos.
O Instituto Nacional de Nanismo foi criado em 2025, por Juliana Yamin, mãe de uma pessoa com nanismo. O projeto é mantido por meio do apoio de instituições e parcerias, com diferentes recursos para promover a discussão sobre o assunto.
“O instituto também serve para unir famílias que têm nanismo, para trocar ideias, informações e buscar direitos”.
A pesquisa da qual Daiane participa é um projeto piloto do instituto e deve seguir até abril. A instituição, no entanto, já tem planos para continuar os estudos com novos grupos de participantes.
A partir de uma mudança de hábitos, a mulher atual prioriza cada vez mais o autocuidado, a fim de conciliar saúde, autonomia e qualidade de vida
Encontrar tempo em meio à rotina de trabalho, casa e família, para o autocuidado, é um desafio para muitas mulheres. A mudança cultural do papel feminino na sociedade, no entanto, e a participação compartilhada no cuidado dos filhos, por exemplo, criam oportunidades para que elas mudem hábitos e busquem, cada vez, a saúde e o bem-estar.
Em diferentes realidades, o assunto “saúde da mulher”
O que eu vejo é que, hoje, as mulheres estão aprendendo a viver mais e buscando a qualidade de vida. Se dando esse momento de descansar, de relaxar.”
Aline Giovanella empresária
é pensado também em âmbito de políticas públicas municipais, estaduais e nacionais, a fim de garantir direitos em todas as fases da vida.
Esse cuidado inclui um conjunto de ações de prevenção, promoção, tratamento e recuperação da saúde, garantindo acesso equitativo e de qualidade aos serviços de saúde. Ainda, integra a saúde ginecológica, os direitos sexuais e reprodutivos, a saúde materna e a saúde mental. Hábitos saudáveis de vida, prática de exercícios físicos e acesso a terapias estão entre as indicações dos profissionais para a longevidade da mulher.
A atenção à saúde começa na adolescência, e quanto mais as jovens entenderem sobre si, melhores os resultados ao longo da vida. É o que afirma a médica ginecologista Dra. Letícia Leite.
“É importante essa busca pelo autoconhecimento. A menina já vem no consultório porque quer entender o que está acontecendo com o corpo dela. Nosso objetivo é também passar informações de qualidade, para além do que ela vê nas redes sociais”. Letícia afirma que o ideal é que o acompanhamento ocorra já no início das primeiras menstruações das meninas, para que ela se prepare para a vida adulta e entenda o desenvolvimento do seu corpo, sempre em consenso com a mãe. Ela diz ser essencial que a figura materna explique sobre os ciclos da mulher para as filhas.
A médica também trabalha
Esse autoconhecimento é interessante, porque vai fazer com que, no futuro, a menina se entenda melhor.”
Letícia Leite, ginecologista
com a conscientização sobre bons hábitos de vida para o futuro. “O que elas não fizerem agora, vai impactar. Muitas vezes, elas acham que isso é problema para o futuro, mas tem que se preparar desde a adolescência. Por isso, a família é tão importante. Principalmente na alimentação, que deve ser uma consciência conjunta”. Letícia indica hábitos saudáveis em todas as fases da vida, mas afirma que, quanto mais cedo, mais fácil iniciar e permanecer. “Esse autoconhecimento é interessante, porque vai fazer com que, no futuro, a menina se entenda melhor”. A profissional também diz ser importante reservar momentos de lazer e ter um hobbie para a saúde física e mental.
Cuidar de si
Cuidar da mente e do bem-estar é outro fator que garante qualidade de vida às mulheres. E foi com esse propósito que a empresária Aline Giovanella idealizou o
A prática de diferentes exercícios físicos é um forte aliado à saúde
Espaço Zahara, em Lajeado. O serviço de beleza, que inclui salão, corte de cabelo para crianças, terapias capilares, spa, nutrição e massoterapia, surgiu da vontade de Aline de cuidar da autoestima e da saúde das pessoas, incentivando o autocuidado. “O que eu vejo é que, hoje, as mulheres estão aprendendo a viver mais e buscando a qualidade de vida. Se dando esse momento de descansar, de relaxar”. Aline afirma que muitas mulheres atendidas no espaço, em especial que se dedicam ao trabalho, à família e aos filhos, relatam sentimentos de exaustão. A comparação entre outras mulheres, principalmente pelas redes sociais, também impacta no bem-estar. Além do cuidado com
o corpo, Aline destaca os benefícios das terapias com psicólogos. “Em cada fase, a gente acaba construindo e moldando a nossa história. Estou vivendo isso hoje, depois dos 40. Entendi que precisava me conhecer. Nunca me dei esse tempo”. A empresária conta ter iniciado a terapia para o autoconhecimento e para se relacionar melhor com ela mesma. Aline percebe que esse movimento do autocuidado tem sido cada vez mais real entre as mulheres, que buscam realização e felicidade.
Autonomia e disposição
A prática de exercícios físicos contribui para essa busca e tem se mostrado um forte aliado à saúde. Entre as atividades que garantem qualidade de vida, está o pilates, procurado pelas mulheres em diferentes fases da vida. Seja para mobilidade ou fortalecimento, os exercícios possibilitam autonomia em tarefas simples, como carregar um filho no colo, levantar de uma cadeira ou carregar as compras do mercado. Fisioterapeuta e especialista em coluna, Julia M. Zen, 41, administra um estúdio de pilates em Lajeado, chamado Espaço Zen Pilates, e afirma que os alunos que atende possuem diferentes idades e objetivos. A profissional também trabalha com reabilitação dentro do pilates, e atende, em especial, situações de dores.
A coordenação é outro benefício, principalmente ao idoso. “As pessoas estão
Check-ups regulares – consultas periódicas com ginecologista, cardiologista e clínico geral para rastreamento de doenças.
Autoconhecimento e autoexame – práticas como o autoexame das mamas e atenção a sinais do corpo para identificar problemas de forma precoce.
Saúde mental – acompanhamento psicológico ou psiquiátrico quando necessário, além de práticas como meditação e atividades relaxantes.
Alimentação equilibrada – dieta rica em frutas, verduras, proteínas magras e grãos integrais, evitando ultraprocessados e excesso de açúcar.
Atividade física – exercícios regulares para fortalecimento muscular, saúde cardiovascular e equilíbrio hormonal.
Sono de qualidade – manutenção de um ciclo regular de sono, evitando telas antes de dormir e criando um ambiente propício ao descanso.
Saúde hormonal – acompanhamento de alterações hormonais ao longo da vida, incluindo a menopausa, com suporte médico adequado.
Saúde sexual e reprodutiva – uso de métodos contraceptivos seguros e planejamento familiar com orientação profissional.
Hidratação adequada – consumo de pelo menos 2 litros de água por dia para bom funcionamento do organismo.
vivendo bastante, então coordenação, equilíbrio, aumentar a musculatura, vai trazer autonomia para coisas do dia a dia”. Júlia afirma que a atividade pode ser feita desde os 7 anos de idade, até mais de 100 e permite que a pessoa possa desempenhar também
outros exercícios. Além de dar aulas, a profissional pratica o pilates, faz musculação e afirma que a atividade a fortalece para outras coisas que ela gosta, como a corrida e o vôlei. “Melhora minha vida em tudo, impacta também no sono e no bem-estar”.
ENTREVISTA | Dra. Maria
Goretti, médica ginecologista
“As mulheres sempre cuidam de tudo e não têm tempo para cuidar de si”
Qual o perfil da mulher atual?
As mulheres estão, cada vez mais, buscando uma identificação, um autoconhecimento. Pessoas saindo daquela situação de deixar a vida acontecer, de que tudo é normal, por exemplo a menopausa, para se cuidar, buscar qualidade de vida, longevidade saudável, buscar ter uma vida prazerosa. Vejo uma mudança de ter mais saúde, qualidade de vida e autoconhecimento.
Quais as maiores queixas que percebe nesse público, hoje?
São sobre as mudanças. Além delas se compararem muito nas redes sociais. As mulheres depois dos 40 anos, elas tem que “deixar morrer” aquela mulher que eram antes, para viver uma nova fase, porque a vida realmente começa a mudar em vários aspectos, e a mudança é muito mais rápida. Precisam se preparar para a menopausa. As mulheres sempre cuidam de tudo e não têm tempo para cuidar de si. Mas isso é essencial.
Como você percebe a reposição hormonal para as mulheres?
É natural a perda de hormônios com a idade. A reposição hormonal é o tratamento para a menopausa no sentido hormonal. Existe uma diferença entre usar antes e depois da menopausa. Antes é para disfunções hormonais, mas na menopausa, é a reposição daquilo que o corpo para de produzir. E, dentro disso, cada pessoa tem um perfil e vai estar apta a usar ou não. Há mulheres
que podem, mas não querem, e outras que querem, mas não podem, existem contraindicações. Deve haver uma avaliação médica mas, no geral, traz bastante qualidade de vida. Antes, as pessoas morriam mais cedo. Então a mulher chegava na menopausa e já se preparava para a velhice. Hoje em dia, uma mulher com 40, 50 anos, está iniciando uma jornada nova. Temos que dar qualidade de vida, e a reposição hormonal está cada vez com menos restrições, já temos bastante estudos que apoiam essa ação.
Quais hábitos de vida podem garantir saúde à mulher?
Alimentação saudável, exercício físico, saúde mental. Isso vai dar qualidade de vida e deve continuar depois dos 50 anos. Mude um hábito de cada vez, comece devagarinho, a constância é o mais importante.
Como definir as fases da mulher dentro de um mês?
Tudo começa com a menstruação, começa um novo ciclo. Ela tem a fase pós-menstrual imediata, periovulatória, e pré-menstrual, que vão produzir quantidades diferentes de hormônios e, dependendo do caso, o humor vai mudar, assim como a produtividade. Na fase proliferativa, o corpo está se preparando para a fecundação, e a mulher fica mais receptiva. Quando passa essa fase e a mulher não engravidou, ela menstrua e passa por uma espécie de luto. Nessa fase, ela fica mais quietinha, mais mal-humorada. É importante que o parceiro entenda esse ciclo também.
Possibilitada por lei, a entrega voluntária de uma criança à adoção garante segurança para a mãe e o bebê. Fórum de Lajeado é uma das instituições que possibilita o processo na região
Apesar de ainda pouco debatida na região, a entrega voluntária ou responsável de uma criança ao Poder Judiciário é uma realidade no Vale do Taquari. O ato é um direito da mãe ou gestante que não pode ou não deseja ficar com o filho. Um procedimento legal que garante proteção à mulher e ao bebê.
No Rio Grande do Sul, entre os anos de 2020 e 2022, o número de entregas voluntárias de bebês para adoção aumentou 93%. Em 2020, foram 28 entregas, em 2021, 25, e em 2022, 54. Na região, a entrega responsável pode ser feita no Fórum, na vara de Infância e Juventude.
Juíza da Infância e Juventude da Comarca de Lajeado, Dra. Débora Gerhardt de Marque garante que o Estatuto da Criança e do Adolescente prevê a possibilidade da mulher grávida fazer a manifestação, antes do bebê nascer, da vontade de entregar a criança para a adoção. Mas, mesmo assim, o assunto ainda carrega preconceito.
“A gente percebe um julgamento neste ato. Mas há uma diferença muito grande entre abandonar um filho ou fazer a entrega responsável. A entrega responsável é um ato de coragem e de proteção”. Débora ressalta que a decisão, na maior parte dos casos, não é fácil para a mulher.
A juíza diz não interessar ao judiciário os motivos da gestante para a entrega, e sim se ela possui condições de fazer a decisão e se a vontade é dela e não fruto de agressão ou coação por parte de outra pessoa. Caso identificado que a vontade é da mulher, o processo toma forma.
É dever do Estado proteger toda criança ou adolescente em situação de vulnerabilidade
No caso de uma gestação fruto de violência sexual, ainda é oportunizado o aborto legal, que também vai depender do desejo da gestante.
Em sigilo
A porta de entrada para a entrega responsável é o poder judiciário mas, em muitos casos, a manifestação da mulher é feita durante consulta médica ou mesmo na escola, e encaminhada à vara da Infância e Juventude. Todo o processo é tratado com o máximo de sigilo, inclusive, entre os profissionais.
Em muitos casos, a juíza afirma que a gestante também muda de ideia após o parto, e decide criar o bebê. É feito, então, um acompanhamento de seis meses com a mãe o bebê para garantir a proteção do pequeno.
Por outro lado, quando levado à Justiça e sentenciado que o bebê
irá para adoção, a mãe tem até dez dias para desistir da entrega voluntária. Após esse período, a criança é entregue à nova família, cadastrada na lista de adoção do estado, e que se encontra apta a receber o bebê.
Acolhimento e proteção
Em Lajeado, o primeiro contato da gestante com o judiciário é por meio da assistente social Renata Maieron Turcato. “Quando ela entrega uma criança em adoção, ela tem uma decisão de afeto ali. Até hoje, nunca fiz um atendimento em que houve uma decisão leviana”, ressalta a profissional.
Renata explica que após uma conversa com a gestante, para entender o contexto da entrega voluntária e garantir que a decisão é vontade da mulher, os documentos são enviados para dar início ao processo. Ela garante que além do sigilo entre o judiciário, também há sigilo familiar quando a gestante solicitar.
“Eu observo que muitas delas
não conversam abertamente sobre isso com a família e amigos. Na maioria dos casos, para se protegerem”.
Ainda, são feitos questionamentos para entender se há algum tipo de violência por trás da decisão. “Eu explico que o motivo tem que fazer sentido para ela e não para nós e que a gente está fazendo perguntas para ver se ela não está sendo agredida, sofrendo algum tipo de violência que está coagindo essa decisão. A gente procura entender se tem algo por trás que não é dela”.
Segundo Renata, em geral, o processo inicia na gravidez e o bebê é entregue logo após o nascimento. Em alguns casos, no entanto, a criança também pode ser entregue para a adoção meses ou até dois anos depois do nascimento. “Uma pessoa que não consegue mais cuidar da criança, se não encontrar dentro dos recursos familiares uma possibilidade, vai entregá-la ao Estado, como uma medida de proteção”.
Ela garante que é dever do Estado proteger toda criança ou adolescente em situação de vulnerabilidade.
Como funciona na prática?
- A gestante que quiser entregar o recém-nascido à adoção deve procurar a Vara da Infância e Juventude para formalizar o procedimento judicial.
- Depois de comunicar que quer fazer a entrega voluntária, a gestante é acompanhada durante todo o processo por defensor público ou advogado e por uma equipe de assistência social, jurídica e psicológica.
- Uma entrevista é realizada para que a mulher receba orientação jurídica qualificada.
- A unidade de saúde onde o parto vai ocorrer é notificada para que haja um atendimento humanizado e acolhedor. O objetivo é evitar constrangimentos e assegurar o sigilo do processo.
Atendimento em Lajeado
- Para dúvidas ou início do processo de entrega voluntária, a mulher deve entrar em contato com setor da Infância e Juventude do fórum de Lajeado, pelo WhatsApp (51) 99544-6860.
- Caso algum profissional esteja atendendo usuária que tenha manifestado desejo de entregar a criança em adoção, pode fazer o contato com o judiciário da mesma forma, ou pelo e-mail frlajeadovfam@tjrs.jus.br.
- No Fórum de Lajeado, também é feito atendimento aos municípios de Cruzeiro do Sul, Santa Clara do Sul, Canudos do Vale, Forquetinha, Progresso, Sério e Marques de Souza.
Mariela Gregory nutricionista
As mulheres cuidam, acolhem, se desdobram para atender as demandas da família, do trabalho e da sociedade. Mas, muitas vezes, fazem isso à custa da própria saúde, deixando de olhar para o equilíbrio do seu prato, e esquecendo um nutriente muito importante, que tem papel fundamental na produção de hormônios e colágeno, bem como na saúde óssea e muscular: a proteína.
Segundo a nutricionista
Mariela Gregory, uma alimentação pobre em proteínas pode levar a diversas consequências negativas para a saúde, resultando em osteoporose, perda de massa óssea, e sarcopenia - perda de massa muscular relacionada à idade.
“A sarcopenia pode afetar a mobilidade e a qualidade de vida, aumentando o risco de quedas e fraturas, além de contribuir para a fadiga e a diminuição da capacidade funcional, ficando ainda mais preocupante para mulheres na menopausa, que já enfrentam uma perda natural de massa muscular devido a mudanças hormonais”.
Conforme a profissional, o consumo adequado de proteínas ao longo do dia também está relacionado à regulação do apetite e ao controle do peso, promovendo a saciedade, ajudando a evitar excessos alimentares, e contribuindo para a manutenção de um peso saudável, bem como aumento da força, energia, disposição, unhas resistentes e cabelos fortes e brilhantes.
“Conheça a quantidade proteica por porção alimentar e procure distribuir ao longo do dia, em todas as refeições”.
Ingredientes
- 1 xícara de leite desnatado ou leite vegetal
- 1/2 banana
- 1/2 xícara de frutas vermelhas (pode ser congelado, terá mais cremosidade)
- 1 colher de sopa de proteína em pó Cobertura: semente de abóbora, nibs de cacau, chia, linhaça, blueberry, morango, lascas de coco.
Modo de Preparo
Bata no liquidificador a banana, o leite vegetal e as frutas vermelhas (morango, amora, framboesa e mirtilo), até obter uma mistura cremosa. Colocar em um Bowl e acrescentar as coberturas a gosto.
Enfermeira e professora @juuthomas5
Quantas mulheres cabem em uma mulher? Quando pensamos na resposta, lembramos das muitas versões que a mulher ocupa e representa em diferentes espaços e momentos: a versão mãe, filha, empreendedora, esposa, companheira, entre outros. Ser mulher também é ser parte da natureza, com diferentes ciclos como as estações do ano e fases como a lua.
Mas você já pensou nas mudanças fisiológicas que acompanham essa mesma mulher nas diferentes fases e versões que ela ocupa? A sua vida é marcada por constantes transformações. Vamos visitar alguns ciclos?
A primeira fase é acompanhada do desenvolvimento motor e cognitivo. Inicialmente a menina precisa dos pais para se locomover e rapidamente está dando os primeiros passos sozinha. Junto com ele, o desenvolvimento da fala, força e coordenação motora. A criança cresce e com ela a sua imunidade. Os pais piscam e ela já está indo para a escola, interagindo com outras pessoas e vestindo a própria roupa. Alguns anos depois começam a aparecer algumas mudanças no corpo, na pele e nas emoções.
A puberdade é o período que marca a transição da criança para a adolescência e é onde ocorre o aumento da produção de dois hormônios, o estrogênio e a progesterona. A primeira menstruação também é um sinal importante de que o corpo está se preparando para a fertilidade.
A gravidez é uma das maiores transformações do corpo feminino. Durante essa fase, a mulher precisa de cuidado e atenção redobrada com a sua saúde, pois ocorrem mudanças físicas, afetivas e hormonais.”
Na fase adulta, o ciclo menstrual se torna regular e o corpo já está preparado para uma gestação. Neste caso, acompanhamento médico e pré-natal são indispensáveis. A realização de exames ginecológicos periódicos, alimentação saudável e a prática de atividade física contribuem para manter a saúde cardiovascular e bem-estar.
A gravidez é uma das maiores transformações do corpo feminino. Durante essa fase a mulher precisa de cuidado e atenção redobrada com a sua saúde. Apoio, incentivo a amamentação e autocuidado e divisão das atividades do lar são elementos que auxiliam nesta etapa.
A transição entre a fase fértil e a menopausa ainda é bastante misteriosa para muitas mulheres. É o momento em que ocorrem novamente mudanças hormonais, reduzindo a produção de estrogênio pelos ovários. Os ciclos menstruais se tornam irregulares e as ondas de calor, somados a irritabilidade e ansiedade, podem aparecer com mais frequência. Manter os cuidados com a saúde óssea, cardiovascular, uma dieta rica em vitamina D e cálcio, e o acompanhamento médico, são essenciais.
Após a menopausa, a mulher vivencia uma queda acentuada nos níveis de estrogênio. A perda de massa muscular e o aumento do risco de doenças como a osteoporose e doenças cardiovasculares são comuns. Manter uma alimentação equilibrada rica em nutrientes que favoreçam a nutrição óssea e cardíaca, além de manter o corpo em movimento e com acompanhamento médico são recursos valiosos. Cada ciclo da vida da mulher traz mudanças e desafios, mas com o cuidado certo é possível viver bem e de forma saudável em todas elas!
APRESENTA
Luiza Faleiro
Arquiteta e urbanista luizafaleiro98@hotmail.com @arq.luizafaleiro
Com o objetivo de criar um espaço para fugir da vida agitada e barulhenta da cidade, a arquiteta e urbanista Luiza Faleiro criou o Refúgio Fazenda dos Três Ingás, em Marques de Souza. O ambiente foi pensado para uma família, que gosta de passar os momentos de lazer ao ar livre.
Segundo a arquiteta, já havia uma casa antiga no terreno, que há muitos anos não era habitada. No local, foi feita uma
reforma interna para acomodar mais ambientes, e fazer com que a arquitetura da residência voltasse a ter um sentido, a ser habitada e utilizada.
A natureza foi o ponto de partida do projeto. Luiza afirma que casa se situa em um terreno com muitas visuais para morros e campos verdes, além de vegetação ao redor. “Trouxemos elementos que compõem com isso, como uma varanda com pergolado e cobertura de vidro, para poder sentir e escutar a natureza”.
A arquiteta destaca que as inspirações se basearam no conceito de Farm House, um estilo que está ganhando espaço no mundo da arquitetura, que tenta trazer a sensação de acolhimento à edificação. “Mas o principal era manter a essência da casa original, com os elementos arquitetônicos da época de construção”.
Como a ideia era criar um ambiente aconchegante, Luiza afirma terem sido escolhidas cores que trouxessem essa sensação, como o verde nas janelas, o tom terracota nas paredes, o amadeirado e o vidro, para possibilitar um maior contato com a natureza ao redor.
Trouxemos elementos que compõem com isso, como uma varanda com pergolado e cobertura de vidro, para poder sentir e escutar a natureza. Mas o principal era manter a essência da casa original, com os elementos arquitetônicos da época de construção”.
Luiza Faleiro arquiteta