OPINIÃO | FERNANDO WEISS Derrota das pesquisas Credibilidade de institutos nacionais é colocada em xeque.
OPINIÃO | RODRIGO MARTINI O Vale merecia mais Desunião, “rabo preso” e egos inflados apunhalaram a região.
OPINIÃO | FABIANO CONTE Maior do que entrou Maneco se credencia a novo líder do partido no estado.
Mais quatro anos sem deputado da região
recente
voltas
cerca
República
Disputa emocionante
Com 37% dos votos válidos, candidato do PL encerra 1º tur no na liderança. Tucano quase ficou fora da disputa, com di ferença de menos de 1% sobre Edegar Pretto (PT). GOVERNO DO ESTADO Onyx lidera disputa no RS e encara Leite no 2º turno PÁGINA | 8 e 9 ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR Edição especial | Segunda-feira, 3 outubro 2022 | Ano 20 - Nº 3183 | R$ 4,00 (dia útil) R$ 7,50 (fim de semana) Gaúchos elegem Hamilton Mourão GENERAL NO SENADO PÁGINA | 17 grupoahora.net.br Eleitores de todo o país voltam às urnas em 30 de outubro para escolher entre os dois nomes que simbolizam a maior rivalidade política da história
do país.
teve revira
na contagem e terminou com diferença de
de 5 milhões de votos. PÁGINAS | 14 e 15 VAZIO REPRESENTATIVO
Com diferença de cinco pontos percentuais, ex-presidente e atual mandatário duelam pelo cargo máximo da
51 99253.5508 51 3710.4200 FAÇA SUA ASSINATURA
PT pulou de oito para 11 cadei ras na composição do parlamento gaúcho. Juntos, PL e Republica nos passaram de quatro para dez. ASSEMBLEIA POLARIZADA Siglas de esquerda e de direita ampliam bancadas PÁGINAS | 12 e 13 Partido do atual presidente da Repúblico conquistou as maiores bancadas na Câmara dos Deputa dos e no Senado Federal. CÂMARA E SENADO Base bolsonarista aumenta no Congresso PÁGINA | 17 Maneco Hassen (PT) supera 34 mil votos e é o candidato do Vale com melhor desem penho nas urnas. Ainda assim, ficou fora da Assembleia LegislativaTERCEIRO SUPLENTE PÁGINAS | 4 e 5 NAÇÃO DIVIDIDA Urnas confirmam polarização com Lula e Bolsonaro no 2º turno JHON TEDESCHI
De novo, sem representantes
O processo para uma mudança cultu ral demanda tempo. Tal afirmação pode ser confirmada a partir dos resultados de candidatos regionais aos parlamen tos. Dos 21 nomes, entre concorrentes à Assembleia Legislativa e à Câmara dos Deputados, nenhum conseguiu a vaga direta. O mais próximo da cadeira foi Maneco Hassen (PT). No fim, ficou como suplente.
A eleição para deputado carrega consi go algumas características. Começa com uma desatenção do eleitor para escolher os nomes. Há um distanciamento do de bate público sobre a função dos parla mentares. Como consequência, há uma predisposição a candidatos reconhecidos do público, com histórico de mandatos. Junto com isso, as regras eleitorais. Com uma nominata por partido, sem coliga ções, são muitos os nomes e grande a pul verização dos votos.
“Faço todo o esforço para ser o primeiro sempre”
Perto das 6h desse domingo,2,omorador dobairroMoinhosD’Água (Lajeado),TadeuCantini, jáesperavaemfrente aosportõesdoColégio Cenecista João Batista deMelloparavotar.Aos 74 anos, ele não deixa de compareceràsurnase fazquestãodeexercero direito à cidadania até a saúdepermitir.Desde2006, quandomudouolocalde votação,éoprimeiroeleitor achegaràescola.Entreas demandasqueconsidera maisimportantes,estão saúdeeaeducação.
De fato, a representação política re gional será mais uma vez coadjuvante na montagem da Assembleia Legislativa e também em nível nacional. O Grupo A Hora desenvolveu ao longo do ano o pro jeto “Desperta, Vale do Taquari”, com o objetivo de sensibilizar os eleitores locais sobre a importância de escolher nomes vinculados à região.
Apesar da frustração nos resultados, o movimento foi relevante para promover a reflexão e o debate sobre essa necessida de. Ainda é preciso maturar mais esta con cepção para uma quebra de paradigma. A provocação continua relevante e será mantida até o próximo ciclo eleitoral.
Desde quando vota no Mellinho? O que incentiva o senhor a ser o primeiro eleitor em todos esses anos?
Eu gosto de vir cedo, e faço todo o esforço para ser o primeiro sempre. Antes eu votava no Colégio São João, que fica na ERS-416, em direção a Santa Clara do Sul, e em 2006 mudei para o Colégio Mellinho. E em todos esses anos aqui, sempre fui o primei ro. Eu gosto porque depois estou li vre e já deixo o lugar para os outros. Cheguei aqui às 6h e estava tudo fe chado. Entrei no colégio às 7h, e fi quei sentado esperando.
Por lei, o seu voto não é mais obrigatório. O que o incentiva a continuar indo às urnas?
Penso que estou fazendo um dever de brasileiro. Enquanto eu puder vo tar, quero ajudar o Brasil.
Como o senhor vê o cenário político nos dias de hoje? E o que considera im portante para um país cada vez melhor?
Eu creio que devia ter uma mudança. Uma mudança total. Porque tira o “Pe dro”, coloca o “Paulo”, coloca o “José”, e sempre é a mesma coisa. Eu acho que devia entrar gente nova. Tem tantas pessoas que não entraram em manda tos ainda, que não chegaram nessa al tura, mas devíamos experimentar essas pessoas. Eu sou um que vai para outro lado, votar em pessoas novas. Eu quero gente nova dentro do poder, pra ver se a gente consegue melhorar esse Brasil. Um país tão bonito, tão lindo, e está nessa miséria que estamos. Não temos saúde, e precisamos da saúde em pri meiro lugar. Aqui em Lajeado é crítico o estado da saúde.
Primeiro, acho que falta inte resse dos representantes por es sas áreas. Os políticos querem o voto. Ganham o voto, depois não fazem nada. Agora, na campanha política, eles prometeram tanto. O que peço é que façam pela saúde, porque sem saúde nós não pode mos viver, não podemos trabalhar. Acredito que o nosso principal problema seja esse. O estudo tam bém. Devemos olhar para isso. Os nossos jovens de hoje precisam es tudar e se não tiver estudo compe tente, nossos jovens vão ficar pra traz. E nós precisamos desses jo vens nas escolas e universidades, estudando.
Apesar da frustração nos resultados, o movimento foi relevante para promover a reflexão e o debate sobre essa necessidade. Ainda é preciso maturar mais esta concepção para uma mudança de cultura.”
Dentro desse contexto, quais áreas acredita que precisam de mais aten ção no Brasil?
Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br
BIBIANA
2 | A HORA EDITORIAL
ABRE ASPAS
Segunda-feira, 3 outubro 2022 Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Impressão Zero Hora Gráfica Filiado à Fundado em 1º de julho de 2002 | Vale do Taquari - Lajeado - RS Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Conteúdo Editorial: Rodrigo Martini Contatos eletrônicos: Av. Benjamin Constant, 1034, Centro, Lajeado/RS grupoahora.net.br / CEP 95900-104 assinaturas@grupoahora.net.br comercial@grupoahora.net.br faturamento@grupoahora.net.br financeiro@grupoahora.net.br centraldejornalismo@grupoahora.net.br atendimento@grupoahora.net.br Editor-chefe da Central de Jornalismo: Alexandre Miorim FAÇA SUA ASSINATURA 51 3710-4200
FALEIRO
A HORA | 3Segunda-feira, 3 outubro 2022
Vale bate na trave. Nenhum dos 21 nomes é eleito
Maneco Hassen (PT) foi quem mais se aproximou. Fez quase 35 mil votos e ficou como 3º suplente para uma cadeira da Assembleia Legislativa. Representantes de instituições regionais avaliam como resultado da eleição interfere sobre a defesa de demandas do Vale do Taquari
Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br
Julia Amaral juliaamaral@grupoahora.net
OVale do Taquari per deu mais uma opor tunidade para ga rantir representação política nos parlamentos. Dos 21 nomes (15 à Assembleia Legis lativa e 6 à câmara federal), ne nhum conseguiu vaga direta aos parlamentares.
Dos candidatos para as cadei
ras do legislativo gaúcho, Mane co Hassen (PT) foi quem mais se aproximou. Na primeira tentati va para ser deputado estadual, o comitê de campanha imaginava que seriam necessário 32 mil vo tos para ficar entre os dez nomes do partido. Conseguiu superar a meta, com 34,4 mil. Ficou como suplente.
O doutor em História, pesqui sador de temas ligados à relações internacionais e política brasilei ra, Mateus Dalmáz, ressalta que o Vale reproduz um padrão visto em outras microrregiões do país.
Pelo tamanho dos municípios e total de eleitores, eleger algum
nome local é um desafio em vir tude de duas razões. Passa pelas regras eleitorais e o comporta mento do eleitor sobre a escolha, resume.
Na análise dele, as nominatas individuais por partido favorece nomes tradicionais da política e pulveriza os votos. “A região não consegue se concentrar em pou cos nomes. Isso traz dificuldades de representação de uma banca
da vinculada a região.”
O outro motivo está vinculado ao perfil do eleitor. “As pessoas dão mais atenção às majoritárias e não presta muito atenção aos nomes para os parlamentos. O processo de escolha, muitas ve zes, é no dia do voto. Na hora de sair e ir até a urna.”
Ao todo, os 15 nomes à assem bleia legislativa fizeram juntos 148.578 votos. Já os seis nomes
à câmara federal contabilizaram 56.536 votos.
Sistema eleitoral dificulta renovação
Maneco Hassen acompanhou os resultados em casa, na cidade de Taquari. A votação foi sur preendente para um candidato estreante, diz. Para ele, esse foi um pleito difícil e marcado pela pouca renovação. “Isso nos leva a refletir sobre o sistema eleito ral que impede o surgimento de novos líderes. Mesmo assim, foi sensacional e deixamos a campa nha com muita gratidão.”
Levantamos a bandeira de ter voto em candidatos da região mais do que nunca. E, apesar de tudo, não confirmamos ninguém. Seguimos na dependência dos políticos de fora. É uma pena. Tínhamos bons nomes na disputa. Agora, temos de seguir em frente no turismo. Contando mais com nossos passos sem termos defesa de representantes da região.”
Mais uma vez ficamos à mercê dos outros. As nossas soberbas, de nos vermos como politizados, rico, desenvolvimentista, faz com que não participamos das discussões políticas do país e do Estado. Não conseguimos ter uma representação nossa. Alguém que coloque as nossas necessidades embaixo do braço e ajude a debater soluções. Podemos confirmar de 2018 para cá. Quantos assuntos ficamos distantes. Nas decisões políticas, não temos voz. Isso me preocupa muito.”
Temos de lamentar. Apesar de uma boa votação, não foi suficiente. Mais uma vez houve interferência de candidatos sem identificação regional e que contaram com apoio de eleitores e agentes públicos daqui. A comunidade ainda não conseguiu entender a importância de termos representantes. Sabemos o quanto pesa chegar na assembleia e ter de bater em gabinetes sem termos relacionamento com os deputados. Perdemos em discussões, como foi com a energia elétrica e também na questão dos pedágios.”
Sobrecarrega mais uma vez as entidades de classe da região, pois terão de acumular a função original de representar as categorias nós, no caso, as empresas e os negócios, e a ainda ficar atento às questões governamentais do Estado e do país.
Temos novos períodos de gestão para começar, com um iminente aumento de tributos, um retorno dos projetos de infraestrutura, de concessão das rodovias.”
O ex-prefeito também destaca resultados para governo do Esta do e ao Senado. O somatório dos votos contrariaram as pesquisas, com Onyx Lorenzoni e Hamil ton Mourão à frente. Passada a campanha, Maneco volta a atuar como advogado. “Também con tinuo na política como sempre fiz.”
Revisão no NOVO
O candidato do Partido Novo, Douglas Sandri, acredita que, além da divisão do Vale do Taqua ri, outro fator que contribuiu para que ele não se elegesse foi a dimi nuição da legenda em em âmbito estadual e nacional.
“Elegemos apenas um candi dato, e esperávamos por três. O deputado Marcel Van Hatten fez uma bela votação, mas ficou em segundo lugar. Isso demonstra que o Partido Novo tem que fazer uma reavaliação”, avalia.
Em 2018, faltaram 317 votos
VALE DO TAQUARI
PRESIDENTE DA CÂMARA DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO (CIC-VT)
LEANDRO ARENHART, LEANDRO MARIANTE
PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO
TURISMO (AMTURVALES)
PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS VEREADORES
4 | A HORA
Segunda-feira, 3 outubro 2022 LUCIANO MORESCO, IVANDRO ROSA PRESIDENTE DO CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO (CODEVAT)
DE
(AVAT)
Em casa, com a família e amigos, Maneco Hassen acompanhou os resultados. Foi o 13ª mais votado no PT e ficou como 3º suplente na assembleia
ENTREVISTA
FREDI CAMARGO • cientista político
“Quem não tem a máquina na mão sai em desvantagem”
A Hora – Qual o significado de representatividade regional?
Fredi Camargo – Há duas análi ses possíveis. Ter representativida de das ideias ou simplesmente pelo fato do político morar na região?
É uma questão ambígua, pois só domicílio no Vale não quer dizer estar apropriado das demandas locais. Por vezes há parlamentares conectados com as ideias e que não nasceram aqui. Isso tudo é uma questão de perfil de representação.
O Vale precisa é de vinculação de ideias, não só geográfica.
Com relação aos nomes locais, um dos problemas que temos é a questão do trabalho em período que podemos chamar de entresafra eleitoral. Pensamos em criar líde res às campanhas no ano anterior da votação. Na maioria das vezes, não temos líderes ativos, com atuação contínua.
– No que a presença de can didatos locais nos parlamentos pode fortalecer o Vale?
candidatos. Muito por uma certa dependência que se cria. Ainda estamos perto da Região Me tropolitana, o que aproxima de nomes políticos das maiores zonas eleitorais.
– Há uma pulverização dos votos locais. Como os municípios criam vinculação com agentes políticos?
Camargo – Os motivos são variados, passa por conveniência, afinidade partidária, apoio pontual com destinação de emendas. Vimos que houve uma perda em termos de representatividade local acentuada com as emancipações da década de 90. Hoje temos um grande número de municípios e 21 candidatos entre Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputa dos. Conseguir colocar dois ou três nomes é muito difícil.
– Quais barreiras os nomes da região enfrentam?
Candidatos do Vale
Concorrentes à Assembleia Legislativa
Maneco Hassen (PT) 34.532 votos
Gláucia Schumacher (PP) 20.767 votos
José Scorsatto (PDT) 18.214 votos
Márcia Scherer (MDB) 17.792 votos
Douglas Sandri (Novo) 15.591 votos
Jonatan Brönstrup (PSDB) 11.893 votos
João Braun (PP) 10.955 votos
Tiago Pedroso (PSC) 5.237 votos
José Alves (Podemos) 4.046 votos
para ele ser eleito. “Por um lado, choramos juntos por não ter che gado na Assembleia, mas mos tramos que dá para fazer isso”, acredita.
Gláucia e Márcia avaliam campanhas
Segunda mais votada entre os nomes regionais, com mais de 20 mil votos, a Progressista Gláucia Schumacher diz que a campanha foi satisfatória. “O Vale mostrou que tem condições de eleger al guém. Nas visitas que fizemos, percebi que a população queria isso. Faltou pouco”, avalia.
Camargo – A região tem como característica um trabalho associado das entidades locais e da comunidade. A sociedade busca re solver os problemas sem procurar o poder público. Esse perfil, por si só, pode tirar um pouco de força política.
Vemos outras partes do Rio Grande do Sul, na cidade de Marau ou mesmo de Santo Augusto, em que conseguem eleger os próprios
Por parte de Márcia Scherer (MDB), terceiro lugar na região com mais de 17 mil votos, a re gião ainda não compreendeu o que é ter representação política. “Se o Vale do Rio Pardo consegue, porque não conseguimos?”, pro voca. A região vizinha elegeu três nomes à Assembleia Legislativa: Edivilson Brum (MDB), Kelly
Camargo – Muitos são novos, poucos conhecidos no cenário político. Aí podemos até discutir uma injustiça do sistema eleitoral, é a questão econômica. Muitas campanhas se sustentam no retorno financeiro que o candidato traz ao eleitorado. Quem não tem a máquina na mão sai em desvan tagem. Ao verificarmos o resultado dos nomes locais, percebemos que se destacaram aqueles com um trabalho de comunicação com as bases antes da campanha.
Moraes (PL) e Adolfo Brito (PP). Há quatro anos, Márcia dispu tou o pleito para deputada federal e fez 28 mil votos. Dessa vez, a expectativa era fazer mais votos, o que não se confirmou. Mesmo afirmando que deve repensar suas estratégias na política, ela disse que não pensa em mudar de par tido.
Adroaldo Couto (PP) 3.295 votos
Wilkyns Gross (PTB) 1.733 votos Rodrigo Conte (PSB) 1.248 votos
Bira (Podemos) 1.557 votos
Geci Mallmann (PTB) 661 votos
Deja Já (PSD) 534 votos
Leonardo Stephan (União Brasil) 523 votos
Concorrentes à Câmara dos Deputados
Ricardo Wagner (PTB) 23.378 votos
Enio Bacci (União Brasil) 17.867 votos
Felipe Diehl (PL) 9.363 votos
Yê (MDB) 3.795 votos
Vigilante Reginaldo Moraes (Republicanos) 2.133 votos
A HORA | 5Segunda-feira, 3 outubro 2022
Um Vale apunhalado
rodrigomartini@grupoahora.net.br
RODRIGO MARTINI
do Taquari e toda a comunidade regional foram duramente prejudi cados pelos vereadores e prefei tos que fazem campanha para candidatos de outras regiões. Há exemplos de câmaras de vereado res em que praticamente 100% dos parlamentares gastaram tempo e dinheiro público para eleger pes soas que não possuem qualquer relação com a nossa região. Teve vereador que usou até assessor parlamentar para panfletar em nome de representante do Vale do Rio Pardo, por exemplo, em um verdadeiro (e maquiavélico) des serviço para a nossa população.
Estratégias acertadas
Jair Bolsonaro (PL) colocou alguns ex-ministros para concorrer a governador. E a estratégia lhe rendeu bons frutos. Outra estratégia que se mostrou bastante interes sante ocorre no Rio Grande do Sul. Onyx Lorenzoni (PL) e Edegar Pretto (PT) colaram seus nomes em Bolsonaro e Lula, respectivamente. Ao fim do pleito, Pretto acabou de fora do segundo turno. Mas é inegável que o seu cresci mento na reta final tem a ver com a estratégia adotada durante a campanha.
Excesso de confiança?
Ex-governador e candidato à reeleição, Eduardo Leite (PSDB) tomou um verdadeiro susto. A impressão durante toda a sua campanha foi de uma certa soberba. Um clima de “já ganhou” rondava os correligio nários e também ficou evidente nas performances e propagan das do tucano. A aliança com o MDB reforçou o sentimento. E o recado das urnas foi claro. Apesar de todos os bons momentos do seu governo, o eleitorado gaúcho não está muito satisfeito com a atual gestão. Menos mal, para ele, que dificilmente os eleitores de Edegar Pretto (PT) apoiarão o ex-minstro de Jair Bolsonaro (PL).
OVale
do Taquari vai passar mais quatro anos sem represen tantes genuínos na Assembleia Legislativa. E a histó ria poderia ser muito diferente se os políticos e coordenadores de partidos (não todos, é claro) pensassem menos no próprio umbigo. Desde o início da précampanha, alertávamos para a
desunião dos partidos, para os postulantes sem pretensão, para a falta de coalização entre aliados da mesma ideologia, e principal mente ao rabo preso de verea dores com os deputados de fora, que vira e mexe largam esmolas pela região em forma de emendas parlamentares. Resumindo, o Vale foi apunhalado.
Eu não canso de falar. O Vale
Maneco é o grande vencedor
Emanuel Hassen de Jesus (PT) foi o grande destaque no nosso pleito regional. O petis ta deixou a prefeitura de Taquari em 2020 e, mesmo assim, se manteve ativo e parte importante da política estadual. Ao assumir a Famurs, ele foi bastante atuante no período da pandemia, e chamou a atenção da mili tância da esquerda, tão sedenta por novos líderes. O futuro sempre é incerto. Para todos. Mas, e isso parece ser um consenso entre os articulistas, Maneco deixa o pleito de 2022 como uma grande esperança para o PT estadual. E que assim seja.
Mas não foi só isso. Não foram poucos os candidatos que surgi ram na última hora. E, apesar da boa votação de alguns deles, restou claro que o propósito estava muito distante do que o Vale do Taquari merecia como região. Disputa de ego, ranço, e especialmente um olhar malicioso para o pleito municipal de 2024 foram outros ingredientes para o fracasso da campanha regional. E nada disso ocorreu por acaso. Uma pena. Não faltaram avisos e ao fim de tudo o sentimento é de traição. Traição por parte daqueles que sabiam o mal que fariam ao Vale com suas decisões egoístas. E, de fato, fizeram.
Sandri e o propósito
Douglas Sandri (Novo) fez uma campanha diferente. Sem utilizar o recurso do Fundo Eleitoral, uma característica adotada por todos os candida tos ligados ao Partido Novo, o ex-assessor parlamentar de Marcel Van Hatten (Novo) contou com apoio de voluntá rios e seguiu um propósito ali mentado desde 2018. Ele não conseguiu a sonhada cadeira na Assembleia Legislativa. Mas deixou um exemplo que precisa ser seguido pelos seus adversários que nunca tiveram tal propósito.
E as pesquisas?
A última pesquisa divulgada no sábado pela grande mídia nacional apontou 51% dos votos para Lula (PT) e apenas 37% para Jair Bolsonaro (PL). Erraram. O atual presidente passou boa parte do domingo à frente do petista, e no fim das contas a diferença foi de apenas cinco pontos percentuais. As razões para tal diferença são um mistério. São diversas teorias. E cada leitor tem a liberdade de escolher a própria explicação.
6 | A HORA Segunda-feira, 3 outubro 2022
A HORA | 7Segunda-feira, 3 outubro 2022
Onyx e Leite disputam segundo turno ao Piratini
Candidato do PL conquistou 37% dos votos, seguido pelo concorrente do PSDB com 26%, que travou disputa acirrada com concorrente do PT. Definição para o Piratini será em 30 de outubro
Felipe Neitzke felipeneitzke@grupoahora.net.br
Oscandidatos Onyx Lorenzoni (PL) e Eduardo Leite (PSDB) disputam o segundo turno da eleição para governa dor. A apuração finalizada ontem à noite apontou o candidato do PL na primeira colocação com 2.381.026 votos, e o tucano na se quência com 1.702.815.
A totalização das urnas indica que Onyx obteve 37,50% e Eduar do 26,81%. O terceiro colocado, Edegar Pretto (PT), alcançou 26,77% com uma disputa muito acirrada. O candidato tucano ga rantiu o segundo lugar com dife rença de 2,4 mil votos.
Ainda antes de conhecer seu ad versário, Onyx se manifestou por volta das 21h, ao lado da esposa Denise, e da candidata à vice na chapa, Cláudia Jardim, no comitê logístico na capital. O candida to que encerra a primeira etapa à frente, diz retomar hoje à tarde o trabalho em prol da corrida eleito ral ao Piratini.
Já o adversário do PSDB, que acompanhou a apuração em Pe
lotas, se manifestou somente após a totalização dos votos às 22h11min. Destacou estar feliz com o resultado e da possibilidade em proporcionar uma via de diálo go com a população. “Viemos para somar e não dividir, levar a mensa gem do amor e não do ódio.” Leite reforça que estará aberto ao diálo go para demais siglas e espera que o eleitor compreenda o projeto contra a polarização.
No decorrer da campanha pelo Vale, Leite defendeu o modelo de concessões das rodovias esta duais. Ele assumiu o compromis so de qualificar as estruturas de ensino e valorizar os profissionais da educação, além de ampliar in vestimentos em saúde.
Onyx busca aproximação
O candidato do PL em entre vista ao Grupo A Hora reiterou atenção ao Vale. Ele disse que deve se reunir nos próximos dias com empresários, produtores rurais e líderes comunitários regionais. “O Vale é uma região muito rica, mas isso não quer dizer que não preci se de ajuda. Nossa proposta é nos aproximar, levar o gabinete até as
diferentes regiões do RS.”
O candidato, agora na disputa em segundo turno, reforça seu po sicionamento contra a ideologia de gênero e a favor das famílias e da religião. Ele agradeceu a confian ça dos gaúchos até o momento e demonstra otimismo nessa nova fase. “Não precisamos de mais governantes que se tranquem no Palácio, mas ter a consciência de apresentar caminhos para desen volver o RS.”
Articulação regional
O desempenho de Onyx no pri meiro turno já era esperado por líderes alinhados ao movimento bolsonarista. De acordo com o
presidente do PL em Lajeado, Luís Augusto Morschbacher, o momen to agora é de realinhamento. “É hora de conversar para ver as no vas estratégias e aproximar o can didato ainda mais com a região.”
Morschbacher, no entanto, con sidera que o Vale não fez sua parte quando o assunto é a representati vidade local. “Algumas situações precisam ser revistas com os líde res que se queixam, mas quando têm a oportunidade não fazem sua parte”, critica.
Polarização nacional
A margem estreita entre Eduar do e o terceiro colocado no pri meiro turno é atribuída ao cenário
nacional de polarização. “Não se esperava esse aperto em número de votos com o candidato do PT, mas entendemos que é reflexo dos extremos que vivemos no país”, considera o integrante da campa nha e prefeito de Santa Clara do Sul, Paulo Kohlrausch.
O representante regional de Eduardo e seu vice Gabriel Souza (MDB) avalia que no primeiro tur no o foco no Vale ficou na campanha para deputado. “Vamos nos reunir hoje e alinhar as novas estratégias. Uma nova eleição começa.”
Resultado final do primeiro turno no Vale
Candidato Resultado
Candidato
Argenta
da Cunha
Jobim
de Oliveira
Luiz Carlos Heinze 3,89%
Vieira da Cunha 1,72%
Ricardo Jobim 0,47%
Vicente Bogo 0,22%
Rejane Oliveira 0,05%
Carlos da Rosa 0,03%
Brancos 4,88%
Nulos 2,71%
Eduardo
Edegar
Carlos Heinze
Eduardo Leite (PSDB)
Onyx Lorenzoni (PL)
Edegar Pretto (PT)
Roberto Argenta (PSC)
EDUARDO LEITE CANDIDATO DO PSDB
Viemos para somar e não dividir, levar a mensagem do amor e não do ódio, assim como sempre foi feito para desenvolver o estado”
ONYX LORENZONI CANDIDATO DO PL
Não precisamos de mais governantes que se tranquem no Palácio, mas ter a consciência de apresentar caminhos para desenvolver o RS.”
Onyx Lorenzoni lidera primeiro turno com 37% dos votos. Candidato do PL destaca maior aproximação com as regiões do RS
8 | A HORA Segunda-feira, 3 outubro 2022
Leite (PSDB) Onyx Lorenzoni (PL)
Pretto (PT) Luis
(PP) 37,50% 26,81%26,77% Resultado final do primeiro turno no estado 39,61% 23,62% 16,30%
Resultado Roberto
2% Vieira
1,6% Ricardo
0,61% Vicente Bogo 0,1% Rejane
0,1% Carlos Messalla 0,6% Brancos 4,96% Nulos 2,77%
ESTADO
Candidato mais votado nas cidades do Vale do Taquari
Anta
Estrela
32,89
46,62%
Bom Retiro
42,82%
Ilópolis
Leão
Lajeado 46,53%
42,35%
Leitão
do Leão
Eduardo Leite acompanhou votação do vice Gabriel Souza e do governador Ranolfo Jr. antes de ir para Pelotas, onde acompanhou a apuração
A HORA | 9Segunda-feira, 3 outubro 2022
59,21% Imigrante 49,85%
Marques de Souza
Mato
35,07% Muçum 48,66% Nova Bréscia 46,99 Paverama 31,93% Vespasiano Corrêa 57,05% Travesseiro 28,58% Tabaí 41,64%
52,85% Progresso 29,69% Putinga 58,90% Relvado 38,81% Roca Sales 33,94% Santa Clara do Sul 36,14% Taquari 34,03% Teutônia 38,74%
Gorda 56,69% Arroio do Meio 44,65%
do Sul 35,84% Boqueirão do
38,26% Canudos do Vale 35,12% Capitão 42,28% 40,55% Colinas 52,40% Coqueiro Baixo Sério 35,72% Arvorezinha
Fazenda Vilanova
Forquetinha
Boqueirão
Westfália 37,15% Onix Lorenzoni venceu em 33 municípios da região e Eduardo Leite teve vantagem em 5 Cruzeiro do Sul 40,66% Dois Lajeados 53,16% Poço das Antas 36,92% Pouso Novo 37,62% Doutor Ricardo 43,49% Encantado 49,78% KARINE PINHEIRO DIVULGAÇÃO
NÃO DEU. DE NOVO
Mais uma vez, ficamos sem eleger um deputado do Vale. Para estadual chegamos bem perto, com Maneco Hassen (PT) que fez até mais votos do que ele mesmo imaginava necessitar para se eleger, mas para federal passamos longe de lograr êxito.
É triste. Uma região que cresce acima da média, que goza de um índice de desenvolvimento acima da média e conse guiu um protagonismo importante durante o pleito eleitoral – inclusive com debate com os candidatos a governador – não consegue eleger representantes locais.
Foram 148 mil votos depositados em um dos nossos can didatos a deputado estadual. Não é pouco. Mostra que bem mais da metade dos eleitores regionais atenderam ao cha mado e confiaram o voto a um de nossos representantes. No entanto, como o número de concorrentes locais foi grande –como tem sido nos últimos anos – os votos se diluíram e foram insuficientes para colocar um dos postulantes para dentro da assembleia le gislativa.
Para o Congresso Fe deral o número de votos somados pelos nossos re presentantes foi pífio. Não chega a 70 mil votos do to tal dos 292 mil eleitores da região.
Ou seja, continuaremos a margem em termos de força política na assem bleia e no congresso. É frustrante. Esta orfandade não combina, repito, para uma região que apresenta os níveis de desenvolvi mento como os nossos.
A falta de sensibilidade e comprometimento de quase todos os partidos, exceto o PT, que não fe charam questão em torno de nomes que tinham reais possibilidades de somar votos suficientes, contri bui, e muito para este nos so desempenho. E diante desse entendimento indi vidualista e não de desen volvimento regional dos partidos, não dá nem para cobrar melhor consciência dos eleitores.
Derrota das pesquisas
O Vale do Taquari saiu derrotado das eleições. Mas não é o único. As grandes derrotadas desta eleição são as pesqui sas eleitorais publicadas até as vésperas do pleito desse do mingo. Chegaram a dar a vitória de Lula ainda no primeiro turno, enquanto Jair Bolsonaro não atingiria sequer 40%. Muitas serão as explicações, justificativas e sei mais lá o que, virão a partir de amanhã. Mas de fato, a credibilidade destes institutos é colocada em xeque. Errar lá e cá em algum mo mento até seria tolerável. Mas quando o erro é generalizado, como foi o caso no Brasil e no Rio Grande do Sul, não temos como deixar passar em branco. E o pior, nada vai acontecer com estes institutos de pesquisa.
FABIANO CONTE
Maneco, o grande vencedor
Com 34.532 votos, Maneco Hassen (PT), é o grande vencedor desta eleição. Mesmo não sen do eleito, Maneco, sai do pleito com uma excelente votação e se cacifa como um dos grandes líderes do partido em nível estadual. Se Lula vencer a eleição, Maneco terá espaço gene roso em seu governo.
10 | A HORA Segunda-feira, 3 outubro 2022 Na fila
Felipe Diehl (PL) será peça importante na campanha de segundo turno de Onyx Loren zoni. Felipe já foi “convocado” para reuniões nesta semana.
Pela manhã
Os candidatos do Vale vota ram pela manhã, ou no máxi mo até as 12h30min, caso de Maneco e Scorsatto.
Ao lado Dormiu ao lado
Em uma localidade do in terior de Venâncio Aires, as urnas passaram a noite na casa de um membro da dire toria de um clube de futebol. Na manhã seguinte, esse membro levou cedo para o local de votação.
Troca de figurinhas
Em Teutônia, enquanto que os pais esperavam na fila, al gumas crianças aproveitavam o momento para trocar figu rinhas do Álbum da Copa, ou, como no caso da sessão no Gi násio da Associação da Água, brincar em um monte de areia.
Jornalista e radialista
A ex-prefeita de Lajeado Carmen Regina Pereira Cardoso exaltou a participação cidadã no processo eleitoral. Ela votou no Colégio Madre Bárbara pela manhã. “Acordei muito nervosa, pois tenho medo de o Brasil não ter a sorte que precisa. Gostaria, como cidadã e professora, que o STF não tivesse atitudes imparciais”, relatou ela.
Jornalista Marcos Staut foi votar com seu filho Arthur, recém nas cido. Mesmo com a possibilidade de prioridade na votação, optou por ficar na fila. Foram 45 minutos esperando.
Diante desse entendimento individualista e não de desenvolvimento regional dos partidos, não dá nem para cobrar melhor consciência dos eleitores.
Pelo Brasil FERNANDO WEISS ARTIGO fernandoweissahora@gmail.com
A HORA | 11Segunda-feira, 3 outubro 2022
Mais da metade da Assembleia Legislativa conquista a reeleição
Ao todo, 30 nomes que disputavam novo mandato obtiveram êxito nas urnas, enquanto renovação fica em 46%. Bancadas alinhadas à esquerda e direita crescem. Das 11 mulheres eleitas pelos gaúchos, cinco são caras novas
ESTADO
AAssembleia Legislativa terá uma renovação de 46% nas bancadas para a próxima legislatu ra. São 25 nomes diferentes que tomarão posse para o cargo de deputado estadual em 2023. Ou tros 30, que estavam no exercício do mandato até esse domingo, 2, dia do pleito, foram reeleitos pelo eleitorado gaúcho.
O mais votado foi o jornalista e advogado Gustavo Victorino, uma das caras novas do parlamento gaúcho. Candidato pelo Repu
blicanos, ele tem quase 50 anos de experiência na área da comu nicação, se tornou conhecido no RS pela atuação na Rede Pampa, como apresentador e comenta rista e coleciona prêmios na área. Concorreu pela primeira vez ao cargo.
Candidata a reeleição pela Fe deração PSOL/Rede, Luciana Genro foi a segunda mais votada na corrida à Assembleia gaúcha. Na sequência, aparece Rodrigo Lorenzoni (PL), filho de Onyx Lorenzoni, mais votado a gover nador no primeiro turno no RS e atual suplente de deputado. Silva na Covatti (PP), foi a quarta mais votada e vai exercer o quinto man dato consecutivo.
Os votos em branco e nulo so maram pouco mais de 10% dos votos totais. Cerca de 700 mil elei
tores optaram por não escolher um representante ao cargo legis lativo. A abstenção no estado fi cou perto dos 20%, num universo de 8,59 milhões de eleitores aptos às eleições deste ano no RS.
Esquerda e direita ganham espaço
A composição da próxima legis latura aponta para um avanço das bancadas ligadas à esquerda e di reita. A Federação PT/PCdoB/PV elegeu 12 deputados, a maior re presentação no parlamento. Após o pleito de 2018, o PT, sozinho, havia ficado com oito cadeiras. No mesmo espectro ideológico, o PSOL, que tinha um parlamentar, agora terá mais um (Matheus Go
Bancadas eleitas para a Assembleia
mes).
Já no campo político mais ali nhado ao presidente Jair Bolsona ro, o PL passou de dois para cinco deputados eleitos em relação ao último pleito. O Republicanos (ex-PRB) teve o mesmo desempe nho. Também vinculado à direita no estado, o PP conquistou uma cadeira a mais na comparação com 2018 e agora terá sete repre sentantes.
Por outro lado, siglas tradicio nais desidrataram. É o caso do MDB, que elegeu a maior bancada em 2018 e agora conquistou duas cadeiras a menos (seis). O PSB caiu de três para um, enquanto a maior queda veio do PTB, que havia alcançado cinco no pleito passado e agora terá apenas um nome. O PDT manteve o mesmo número (quatro).
Mais mulheres no parlamento
No comparativo com 2018, o eleitor gaúcho também optou por escolher mais mulheres. Naquele pleito, nove candidaturas femini
12 | A HORA Segunda-feira, 3 outubro 2022
55 Dos deputados eleitos 44 são homens e 11 mulheres 15 A Assembleia será composta por partidos políticos Federação Federação Federação Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br Fernanda Mallmann fernanda@alfa.net.br
nas haviam conquistado cadeiras na Assembleia. Desta vez, foram 11. Cinco delas são caras novas: Bruna Rodrigues (PCdoB), Dele gada Nadine (PSDB), Laura Sito (PT), Eliana Bayer (Republica nos) e Adriana Lara (PL).
Luciana Genro e Silvana Covat ti, que estão entre as mais votadas no RS, bem como Kelly Moraes (PTB), Sofia Cavedon (PT), Stela Farias (PT) e Patricia Alba (MDB) foram reeleitas. As duas últimas não haviam conquistado mandato em 2018, mas entraram no parla mento no decorrer da atual legis latura por diferentes situações.
Retornos
Entre os nomes novos para o parlamento, alguns são “velhos conhecidos” do eleitorado. Casos de Sossela (PDT), que havia sido eleito para outras legislaturas, mas teve os votos anulados em 2018 por decisão do Tribunal Su perior Eleitoral (TSE), e Santini (Podemos), que exercia mandato de deputado federal e retorna à Assembleia após cinco anos.
Deputados estaduais eleitos
Leonel
Joel
Sofia
Claudio
A HORA | 13Segunda-feira, 3 outubro 2022
Gustavo Victorino (Republicanos) 112.920 Luciana Genro (PSOL) 111.126 Rodrigo Lorenzoni (PL) - 85.692 Silvana Covatti (PP) 82.717 Matheus Gomes (PSOL) 82.401 Sérgio Peres (PRB) 74.685 Valdeci Oliveira (PT) 70.580 Pepe Vargas (PT) 69.949 Ernani Polo (PP) 67.515 Costella (MDB) 66.971 Adão Pretto (PT) 66.457 Kelly Moraes (PL) 62.621 Dirceu Franciscon (União Brasil) 61.797 Jeferson Fernandes (PT) - 60.280 Delegado Zucco (Republicanos) 59.648 Paparico Bacchi (PL) 59.646 Guilherme Pasin (PP) 57.922 Mainardi (PT) 56.859 Bruna Rodrigues (PCdoB) 51.865 Eduardo Loureiro (PDT) - 50.667 Beto Fantinel (MDB) 49.771 Professor Bonatto (PSDB) - 48.409 Patricia Alba (MDB) 44.871 Vilmar Zanchin (MDB) 44.367
Radde (PT) 44.300 Zé Nunes (PT) 44.035 Delegada Nadine (PSDB) 40.937 Felipe Camozzato (Novo) - 39.517
de Igrejinha (PP) 39.225
Cavedon (PT) 39.039 Stela Farias (PT) 37.957 Miguel Rossetto (PT) 37.790 Luciano Silveira (MDB) 36.770 Laura Sito (PT) 36.705 Frederico Antunes (PP) - 36.325 Elton Weber (PSB) 35.465 Eliana Bayer (Republicanos) 35.288 Edivilson Brum (MDB) 34.358 Prof. Claudio (Podemos) 33.709 Gaúcho da Geral (PSD) 32.717 Neri O Carteiro (PSDB) 32.378 Elizandro Sabino (PTB) 31.937 Pedro Pereira (PSDB) 31.255 Marcus Vinicius (PP) 30.894 Classmann (União Brasil) 29.671 Capitão Martim (Republicanos) 29.040 Adriana Lara (PL) 28.309 Santini (Podemos) 28.294 Adolfo Brito (PP) 28.115 Dr.Thiago (União Brasil) 27.814 Luiz Marenco (PDT) 27.624 Gerson Burmann (PDT) 27.109 Kaká D’Ávila (PSDB) 26.766
Tatsch (PL) 25.979 Sossella (PDT) 24.946
MDB - 8 PT - 8 PP - 6 PTB - 5 PDT - 4 PSDB - 4 PSL - 4* PSB - 3 Bancadas eleitas em 2018 A partir de 2023, composição da Assembleia será formada por 15 partidos políticos DEM - 2* NOVO - 2 PRB -2** PR -2*** PODEMOS - 1 PPS - 1**** PSD - 1 SOLIDARIEDADE - 1 (*) PSL e DEM se uniram para a criação do União Brasil (**) PRB agora é Republicanos (***) PR agora é PL (****) PPS agora é Cidadania DIVULGAÇÃO
Com 5 milhões de
e
travam segundo turno
Petista alcançou 48,3% dos votos; Bolsonaro, 43,4%. No Vale, atual presidente ganhou em 35 cidades
Oex-presidente
Luiz Iná cio Lula da Silva (PT) e o candidato à reeleição
Jair Messias Bolsonaro (PL) vão disputar a presidência da República no segundo turno das eleições gerais. Os eleitores voltam às urnas no dia 30 de outubro.
Com 98,5% de urnas apuradas Lula tinha 48,11% dos votos váli dos no país, contra 43,48% conta bilizados para Bolsonaro. No Vale, entretanto, o resultado confirmou a tendência apresentada na pes quisa de intenção de voto do Ins tituto Methodus, divulgada pelo Grupo A Hora, a qual apontava o
liberal com maior número de vo tos. As pesquisas nacionais apre sentavam a possibilidade de Lula vencer já no primeiro turno.
Para o coordenador regional do Partido dos Trabalhadores (PT), Jones Fiegenbaumm, as pesquisas são projeções que nem sempre se refletem nas urnas. Porém, o cená rio se tornou propício e foi conso lidado, deixando Lula à frente de Bolsonaro no primeiro turno.
Fiegenbaumm acredita no apoio de outros partidos no segundo tur no. “O ex-presidente Lula tem a tendência de agrupar pessoas e há uma pré-disposição de outros par tidos, por se identificarem com o projeto do PT, de unirem no segun do turno. Quanto ao resultado no Vale ele destaca: “Estamos felizes, porque em 2018 Fernando Haadad venceu apenas em Canudos do Vale e agora o PT ficou à frente em mais duas.” E destaca: “O Vale não é régua para o país.”
Conforme o presidente do PL em Lajeado, Luís Augusto Morschba cher, já se esperava um desempe nho superior de Bolsonaro no Vale. Em nível nacional diz inclusive es tar surpreso pelo fato de pesquisas
apontavam vitória do candidato petista em primeiro turno.
“Agora é um trabalho do zero. Muitos conservadores podem se somar nessa campanha do segun do turno. É uma nova eleição, onde depende de muita conversa”, ava lia Morschbacher. Ele considera que muitas lideranças que fizeram acordos em um primeiro momen to vão reavaliar suas estratégias. “Não tem como dizer que os votos da Simone vão tudo para determi nado candidato, por exemplo”.
No Vale
O candidato Jair Bolsonaro teve mais votos em 35 dos 38
Resultado final do primeiro turno no Brasil
Candidato Resultado
0,51%
0,07%
xx%
Léo
0,05%
0,02%
0,01%
1,59%
2,82%
O ex-presidente Lula tem a tendência de agrupar pessoas e há uma pré-disposição de outros partidos, por se identificarem com o projeto do PT, de se unirem no 2º turno”
51,4% das intenções de voto para o atual presidente e 27,5% para o petista.
Lula recebeu mais votos em Ca nudos do Vale – 55,69% contra 36,30% do oponente -, em Pro gresso, onde o petista fez 23 votos a mais e em Sério, município que registrou apenas dez de diferença.
Vespasiano Corrêa e Anta Gorda foram as cidades em que Bolsona ro alcançou o maior percentual de votos – 77% e 76,5%, respectiva mente.
Em Lajeado, com maior número de eleitores do Vale, o atual presi dente conquistou 58,74% dos vo tos, contra 33,41% somados por Lula.
Pronunciamentos
municípios do Vale. O resultado confirmou o que foi apontado pela pesquisa do Instituto Me thodus. Contratada e divulga da pelo Grupo A Hora, apontou
Lula fez sua primeira manifesta ção após a confirmação do segun do turno em São Paulo. Ao lado do vice Geraldo Alckmin (PSB), Lula demonstrou confiança na vitória.
JONES FIEGENBAUMM COORDENADOR REGIONAL DO PT
Ex-presidente discursou, após resultado, para militância em São Paulo e pediu mobilização maior para o segundo turno
Luciane Eschberger Ferreira
14 | A HORA Segunda-feira, 3 outubro 2022
diferença, Lula
Bolsonaro
Jair Bolsonaro (PL) Lula (PT) Simone Tebet (MDB) Ciro Gomes (PDT) 48,33% 43,28% 4,17% 3,05%
Soraya Thronicke
Felipe D’Avila 0,47% Padre Kelmon
Abstenções
Péricles
Sofia Manzano
José Maria Eymael
Brancos
Nulos
PAÍS
56,40% 32,12% 4,58% 2,14 Resultado final do primeiro turno no Vale Lula (PT) Jair Bolsonaro (PL) Ciro Gomes (PDT) Simone Tebet (MDB) Candidato Resultado Luiz D’ávila 0,58% Soraya Thronicke 0,30% Padre Kelmon 0,07% Sofia Manzano 0,02% Leonardo Péricles 0,01% Vera Lúcia 0,01% José Maria Eymael 0,01% Brancos 1,88% Nulos 1,81%
lucianeferreira@grupoahora.net.br Dados atualizados pela última vez às 23h, com 99,64% das urnas apuradas
Agora é um trabalho do zero. Muitos conservadores podem se somar nessa campanha do segundo turno. É uma nova eleição, onde depende de muita conversa.”
AUGUSTO MORSCHBACHER
“Eu sempre achei que íamos ga nhar e nós vamos ganhar essas eleições. Isso é apenas uma prorro
gação. Obrigado ao povo brasileiro por mais esse gesto de solidarieda de”, avaliou.
O presidente Bolsonaro conce deu entrevista coletiva por volta das 23h. Destacou que o Brasil tem se saído melhor na economia, especialmente na pandemia. “Te mos um prazo bem elástico até o segundo turno, o suficiente para dizer à população o que aconte ceu.” Bolsonaro já fez contatos para convidar correligionários a se envolver na campanha.
Candidato mais votado
DO
EM
A HORA | 15Segunda-feira, 3 outubro 2022
nas cidades do Vale Candidato mais votado nos estados do país Lula venceu em 14 estados Bolsonaro teve vantagem em 12 estados Arvorezinha Bom Retiro do Sul 57,45% Boqueirão do Leão 46,39% Canudos do Vale 55,69% Capitão 52,82% Colinas Coqueiro Baixo Cruzeiro do Sul 56,61% Dois Lajeados 68,61% Doutor Ricardo Encantado Estrela Fazenda Vilanova Forquetinha 62,66% Ilópolis Imigrante Marques de Souza 59,18% Mato Leitão 56,46% Muçum 63,79% Nova Bréscia 71,17% Paverama 53,74% Poço das Antas 60,38% Pouso Novo 51,17% Progresso 46,75% Lajeado 58,74% Putinga 71,98% Relvado 63,96% Roca Sales 57,77% Santa Clara do Sul 61,57% Sério 44,58% Tabaí 50,09% Taquari 49,37% Teutônia 55,20% Travesseiro 50,12% Vespasiano Corrêa 77% Westfália 59,82% Anta Gorda Arroio do Meio Bolsonaro aposta nas quatro semanas até o segundo turno para mostrar avanços do seu governo na economia Boqueirão do Leão Bolsonaro vence em 35 cidades do Vale E Lula em 3 municípios56,11% 72,90% 62,37% 62,03% 65,13% 50,52% 70,40% 54,13% 76,50% 60,36% 61,08% mais Distrito Federal LUÍS
PRESIDENTE
PL
LAJEADO
Pouca renovação da bancada gaúcha na câmara federal
Entre os deputados eleitos pelo RS, maior bancada fica com PT e aliados, que elegeram sete nomes. Em seguida, está a nominata do PL, com quatro cadeiras. MDB, Progressistas e Republicanos ficaram com três cadeiras cada
Eleitos à câmara federal
PL GIOVANI CHERINI 162.036
UBIRATAN SANDERSON 86.690
MARLON SANTOS 85.911
MARCELO MORAES 84.247
PDT
POMPEO DE MATTOS 100.113
AFONSO MOTTA 70.307
NOVO
MARCEL VAN HATTEM 256.913
PSD
DANRLEI DE DEUS HINTERHOLZ 97.824
PODEMOS
MAURICIO MARCON 140.634
PP
Assiglas que foram ao se gundo turno na disputa presidencial aparecem como as principais ban cadas na câmara dos deputados. O PT e PL elegeram o maior número de deputados. A Federação PT/ PCd B e PV ficou com sete parla mentares. O PL ficou em segundo lugar com quatro.
A coligação Cidadania/PSDB também cresceu em relação a 2018, passando de duas para três cadeiras. O MDB e o PP ficaram com três vagas cada um. Perderam e reduziram na comparação com o último pleito, quando ambos ga rantiram quatro vagas.
O partido Republicanos tam bém ficou com três cadeiras. Em seguida, o PDT com duas (uma a menos de 2018). NOVO, Pode mos, União Brasil, PSB, PSD e a filiação PSOL/Rede, asseguraram uma representação.
Uma das marcas dessas nominatas é a pouca renovação. Das 31 cadei ras, 23 ficarão com políticos reeleitos. Este ano oito políticos ingressaram na câmara. Em 2018 foram 11 novatos como deputados federais.
O parlamentar mais votado foi Luciano Lorenzini Zucco (Repuli canos), com 259.023 votos. Natu ral de Alegrete garantiu o primeiro mandato como deputado federal. Ficou à frente de Marcel Van Hat tem (Novo).
Mais votado no país
Com quase 1,4 milhão de votos,
Nikolas Ferreira (PL) foi o nome mais votado do país à Câmara dos Deputados. Representante de Mi nas Gerais, o político de 26 anos se destacou em 2020, sendo o segun do vereador mais votado da histó ria de Belo Horizonte.
Função do deputado federal
Representante do povo no Con gresso Nacional, o deputado fede ral tem duas atribuições principais estabelecidas na Constituição: legislar e fiscalizar. Nos últimos anos, eles têm ganhado cada vez mais poder e relevância, sobre tudo na definição do Orçamento, com indicação de emendas às lo calidades.
Na parte da legislação, os depu tados podem apresentar projetos de lei, emendas em projetos de governo e também discutem al terações e reformas na Constitui ção. Na parte da fiscalização, eles criam e integram comissões parla mentares de inquérito, convocam autoridades, fiscalizam com auxí lio do Tribunal de Contas da União e também requerem informações a órgãos governamentais.
Quanto a participação popular, os deputados federais podem pro por audiências públicas, projetos de iniciativa popular e também
PEDRO WESTPHALEN 114.258
COVATTI FILHO 112.910
AFONSO HAMM 109.123
MDB
ALCEU MOREIRA 125.647
OSMAR TERRA 103.245
MARCIO BIOLCHI 99.627
REPUBLICANOS
LUCIANO LORENZINI ZUCCO 259.023
CARLOS GOMES 102.363
FRANCIANE BAYER 40.555
UNIÃO BRASIL
LUIZ CARLOS BUSATO 57.610
PSB
HEITOR SCHUCH 77.616
FEDERAÇÃO PSDB/CIDADANIA
LUCAS REDECKER 119.069
ANY ORTIZ 119.039
DANIEL TRZECIAK 77.232
FEDERAÇÃO PSOL/REDE
FERNANDA MELCHIONNA 199.894
FEDERAÇÃO PT/PC DO B/PV
PAULO PIMENTA 223.109
MARIA DO ROSÁRIO 151.050
BOHN GASS 131.881
DIONILSO MARCON 129.352
ALEXANDRE LINDENMEYER 93.768
DAIANA DOS SANTOS 88.107
DENISE PESSÔA 44.241
discutem questões relevantes na cionais e locais e se reúnem com grupos da sociedade.
Por fim, na questão do orçamen to, eles financiam projetos esta duais com emendas de bancada, destinam emendas individuais impositivas para saúde e outras áreas, recomendam projetos ao re lator do orçamento e negociam li beração de verbas para prefeituras com ministros e órgãos federais.
ESTADO
Das 31 vagas da bancada gaúcha, apenas oito serão ocupadas por novos nomes
16 | A HORA Segunda-feira, 3 outubro 2022 Bancadas partidárias eleitas para a Câmara dos Deputados
16,6% | 83 13,9% | 80 9,3% | 59 7,9% | 47 7,2% | 33 7,5% | 36 6,9% | 25 4,5% | 14 3,5% | 15 3,8% | 12 4,2% | 13 3,3% | 9 11,3% | 26 PL Fe Brasil União PP MDB PSD Republicanos Federação PSDB/Cidadania PDT PSB Federação PSOL REDE Podemos Outros partidos
Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br
Mourão vence Olívio e é
o novo senador pelo RS
Republicano obteve diferença de mais de 378 mil votos em relação ao concorrente petista. Ele completa a bancada gaúcha já formada por Luis Carlos Heinze (PP) e Paulo Paim (PT)
Composição do senado
aAlan Rick (União Brasil-AC)
aRenan Filho (MDB-AL)
aDavi Alcolumbre (União Brasil-AP)
aOmar Aziz (PSD-AM)
aOtto Alencar (PSD-BA)
aCamilo Santana (PT-CE)
aDamares Alves (Republicanos-DF)
aMagno Malta (PL-ES)
aWilder Morais (PL-GO)
aFlávio Dino (PSB-MA)
aWellington Fagundes (PL-MT)
aTereza Cristina (PP-MS)
aCleitinho (PSC-MG)
aBeto Faro (PT-PA)
aEfraim Filho (União Brasil-PB)
Ocandidato
do Republi canos, Hamilton Mou rão, foi eleito nesse do mingo, 2, senador pelo Rio Grande do Sul, com 2.593.294 votos, representando 44,11% dos votos válidos. Ele superou Olívio Dutra (PT), que chegou em se gundo lugar, com 2.225.458 vo tos (37,85%), uma diferença de 367.836.
Em terceiro lugar ficou a jorna lista Ana Amélia Lemos (PSD), que conquistou 966.450 votos (16,44%). Na sequência, apa recem os candidatos Professor Nado (Avante) com 33.923 vo tos (0,58%); Sanny Figueire do (PSB) com 31.613 (0,54%); Maristela Zanotto (PSC) com 17.292 (0,29%); Fabiana Sangui né (PSTU), com 9.353 (0,16%); e Paulo Rosa (DC), que totalizou 2.077 votos (0,04).
Com o resultado, o republicano se une a Luis Carlos Heinze (PP) e Paulo Paim (PT) na bancada gaúcha no Senado. Mourão ocu pará a cadeira de Lasier Martins (PODE), mas que se elegeu, em 2015, pelo PDT. Na eleição de 2022, a renovação do Senado, que possui 81 parlamentares, eleitos
para mandatos de oito anos, é de um terço. No pleito subsequente, a renovação será de dois terços.
Demandas necessárias e controle do orçamento
Ao comemorar o resultado das urnas, Mourão agradeceu a con fiança e o carinho do eleitor gaú cho. Destacou o trabalho feito durante a campanha e o apoio re cebido em todas as cidades, o que aumentou as expectativas quanto ao resultado das urnas. “Fizemos uma campanha intensa, limpa e para apresentação de propos
tas necessárias ao Rio Grande. A população pode ter certeza que vamos trabalhar comprometidos com as pautas que promoverão o desenvolvimento do nosso estado, especialmente nas áreas de educa ção, emprego, renda, e também a segurança”, enfatiza. Salientou ainda que pretende auxiliar o Exe cutivo a recuperar o controle do orçamento.
Atual vice-presidente do Brasil, o general da reserva do Exército, Hamilton Mourão, tem 69 anos. De Porto Alegre, ele é egresso do
Resultado final do primeiro turno no estado
Candidato Resultado
Professor Nado 0,58%
Sanny Figueiredo 0,54%
Maristela Zanotto 0,29%
Fabiana Sanguiné 0,16%
Paulo Rosa 0,04%
Brancos 6,93% Nulos 7,65%
Colégio Militar da Capital, e che gou ao posto de comandante mili tar do Sul antes de deixar a ativa, em fevereiro de 2018, quando as sumiu a presidência do Clube Mi litar no Rio. No mesmo ano, se en gajou na chapa de Jair Bolsonoro.
Pesquisa Methodus confirma resultado
A eleição de Mourão ao Senado contrariou as projeções das pes quisas divulgadas em âmbito esta dual, que apontavam Olívio Dutra (PT) à frente do pleito. Porém, confirmou o resultado da pesquisa do Instituto Methodus, contrata da pelo Grupo A Hora, por meio
aSérgio Moro (União Brasil-PR)
aTeresa Leitão (PT-PE)
aWellington Dias (PT-PI)
aRomário (PL-RJ)
aRogério Marinho (PL-RN)
aHamilton Mourão (Republicanos-RS)
aJaime Bagattoli (PL-RO)
aDr. Hiran (PP-RR)
aJorge Seif (PL-SC)
A HORA | 17Segunda-feira, 3 outubro 2022 aLaércio (PP-SE)
aAstronauta Marcos Pontes (PL-SP)
aProfessora Dorinha (União Brasil-TO)
do projeto Pensar Eleições 2022 – Desperta Vale do Taquari. Nela, Mourão aparecia à frente, com 23,8% na espontânea e 30% na es timulada – nesta com mais de dez pontos de vantagem em relação ao petista, segundo colocado.
Mudança às vésperas
A disputa para o Senado teve mudanças no RS a partir da reti rada da candidatura da Coman dante Nádia (PP), que abriu mão de concorrer ao Senado em apoio ao republicano. O movimento teve como finalidade favorecer a elei ção de Mourão, como estratégia de concentrar votos à direita.
Resultado final do primeiro turno no Vale
Candidato Resultado
Maristela Zanotto 0,44%
Sandra Figueiredo 0,42%
Professor Nado 0,29%
Fabiana Sanguiné 0,12%
Paulo da Rosa 0,01%
Brancos 7,94% Nulos 7,88%
Olívio Dutra (PT)
Hamilton Mourão (Rep.)
Ana Amélia Lemos (PSD)
Olívio Dutra (PT)
Hamilton Mourão (Rep.)
Ana Amélia Lemos (PSD)
Hamilton Mourão venceu corrida ao Senado com 44% dos votos
Simone Wachholz simone@grupoahora.net.br
HAMILTON MOURÃO SENADOR ELEITO DO RS
Fizemos uma campanha intensa, limpa e para apresentação de propostas necessárias ao Rio Grande.”
44,11% 37,85% 16,44%
43,56% 23,10% 16,16%
PAÍS
Resultados no Vale confirmam
panha. “Os dados consolidados da região fecham de acordo com aquilo que mostramos na pesqui sa”, salienta.
As projeções de intenção de voto do eleitor regio nal para os cargos de presidente, governador e senador se confirmaram com a abertura das urnas eletrônicas.
Jair Bolsonaro (PL), Onyx Lo renzoni (PL) e Hamilton Mourão (Republicanos) foram os cam peões de votos nos respectivos cargos em disputa, conforme cálculo feito a partir dos resulta dos nos 38 municípios do Vale do Taquari.
Na disputa para a presidência, Bolsonaro fez 56,40% dos votos válidos, enquanto o ex-presi dente Lula (PT), somou 32,12%.
Também se confirmou a ten dência de Simone Tebet (MDB) assumir a terceira colocação no Vale. Ela alcançou 4,58%%, à frente de Ciro Gomes (PDT), com 2,14%. Luiz Felipe D’Ávila (Novo) ficou com 0,58%.
Na corrida ao Palácio Piratini, Onyx ficou com 39,61%. Eduar do Leite (PSDB), que concorre a reeleição, somou 23,62%, e Edegar Pretto (PT), 16,30%. Ro berto Argenta, com 6,42%, su perou Luis Carlos Heinze (PP), com 3,89%. Por fim, Mourão fez 43,56% na disputa à cadeira do Senado e superou Olívio Dutra (PT), com 23,10%, e Ana Amélia Lemos (PSD), com 16,16%.
Os três lideraram a pesquisa feita pelo Instituto Methodus com 400 eleitores na região, en tre os dias 22 e 24 de setembro.
O levantamento, encomendado pelo Grupo A Hora, foi o único a ser feito na região a partir da de finição das candidaturas em con venções partidárias e durante a campanha eleitoral.
Voto casado
Na avaliação do diretor de pro jetos do Instituto Methodus, José Carlos Sauer, as vitórias de Bol sonaro, Onyx e Mourão no Vale mostram que a vinculação entre as três candidaturas surtiu efeito para um crescimento da inten ção de voto na reta final da cam
Este voto “casado”, segundo Sauer, alavancou as candidaturas de Onyx e Mourão, que não apa reciam à frente nas pesquisas na região durante a pré-campanha. “O crescimento expressivo do Edegar Pretto (PT) tirou votos de Eduardo Leite (PSDB), o que abriu também a possibilidade de crescimento do ex-ministro”, pontua.
Quanto à disputa presidencial, a pesquisa Methodus contabili zou os votos totais, mas Sauer avalia que, tirando os brancos, nulos e indecisos, os números ficariam muito próximos ao que as urnas apontaram. “Não é algo simples, mas conseguimos alcan çar uma certa exatidão”.
Vale de fora
Quanto ao fato da região não ter eleito representantes no vamente, Sauer lamenta, mas acredita que o desempenho num contexto geral mostra que alguns nomes começam a se consolidar como lideranças regionais.
“Tivemos um grande número de candidatos, mas há elemen tos positivos a serem analisados. Esses candidatos, numa próxi ma disputa, podem vir a ter um desempenho mais satisfatório”, avalia.
para
Jair Bolsonaro, Onyx Lorenzoni e Hamilton Mourão foram os mais votados para presidente, governador e senador na região.
Instituto Methodus sinalizava vitória do trio no Vale em pesquisas contratadas pelo A Hora
VALE DO TAQUARI
Os dados consolidados da região fecham de acordo com aquilo que mostramos na pesquisa”
Mateus
18 | A HORA Segunda-feira, 3 outubro 2022
projeções das pesquisas Methodus 51,4% 27,5% 5,2% 3,7% Pesquisa estimulada realizada do dia 22 a 24 de setembro Jair Bolsonaro (PL) Lula (PT) Simone Tebet (MDB) Ciro Gomes (PDT) Resultados para presidente no Vale Jair Bolsonaro (PL) Lula (PT) Simone Tebet (MDB) Ciro Gomes (PDT) 56,40% 29,5% 27% 7,2% 3,7% Pesquisa estimulada realizada do dia 22 a 24 de setembro Onyx Lorenzoni (PL) Eduardo Leite (PSDB) Edegar Pretto (PT) Luis Carlos Heinze (PP) Resultados para governador no Vale Onyx Lorenzoni (PL) Eduardo Leite (PSDB) Edegar Pretto (PT) Roberto Argenta (PSC) 39,61% 32,12% 4,58% 2,14% 23,62% 16,30% 6,42% 30% 18,1% 16,1% 4,7% Pesquisa estimulada realizada do dia 22 a 24 de setembro Hamilton Mourão (Rep.) Olívio Dutra (PT) Ana Amélia Lemos (PSD) Comandante Nádia (PP) Resultados
senador no Vale Hamilton Mourão (Republicanos) Olívio Dutra (PT) Ana Amélia Lemos (PSD) 43,56% 23,10% 16,16%
JOSÉ CARLOS SAUER DIRETOR DE PROJETOS DO INSTITUTO METHODUS
Souza mateus@grupoahora.net.br
A HORA | 19Segunda-feira, 3 outubro 2022
Filas e demora marcam votação no primeiro turno
PAÍS
O balanço divulgado pelo Mi nistério da Justiça e Segurança Pública contabiliza 939 crimes eleitorais e 307 prisões em todo o país nesse domingo de elei ções. Foram 233 registros de crimes de boca de urna e 149 de compra de votos/corrupção eleitoral. Há, ainda, 33 casos de violação ou tentativa de viola ção do sigilo do voto.
O estado com maior número de flagrantes de crimes elei torais é Minas Gerais, com 97 registros. Goiás e Paraná ti veram 91 registros de prisão, cada. Acre vem na sequência com 72 flagrantes de crimes, seguido do Pará e do Rio de Ja neiro, ambos com 60 registros. Das 307 prisões, 38 foram re gistradas em Roraima; 32 no Amazonas; 30 no Pará; 25 em Minas Gerais; e 24 no Acre e no Amapá. Foram 40 casos de transporte irregular de eleito res, dos quais 11 no Pará; seis no Amazonas; e cinco no Rio Grande do Norte.
VALE DO TAQUARI
de eleições foi marcado por filas nas seções eleitorais da região. Os maiores co légios tiveram o maior tempo de espera. Em Encantado, na esco la Monsenhor Scalabrini, alguns eleitores esperaram por 1h20min, e outros optaram em retornar no turno da tarde. Em uma das seções a votação encerrou às 18h30min.
Em Teutônia, no Instituto de Educação Cenecista General Ca
Com extensas filas, mesários adotaram estratégia para intercalar atendimento preferencial de idosos e demais eleitores
nabarro, as pessoas esperaram até 45 minutos para votar. O ponto tem 2.009 eleitores. Em uma das maio res zonas de votação do Vale, no Colégio Presidente Castelo Bran co, em Lajeado, a estratégia para reduzir a espera foi chamar duas pessoas do atendimento preferen cial (mais de 60 anos) e em seguida uma de faixas etárias mais baixas.
Entre os fatores identificados como responsáveis pela demora estava o processo de biometria.
Na eleição municipal de 2020 essa etapa ficou suspensa pela situação sanitária. Agora, a Justiça Eleitoral retomou o procedimento e impor tou dados da carteira de habilitação e identidade, o que permitiu a iden tificação biométrica mesmo para
quem não fez o cadastro no Cartó rio Eleitoral.
Conforme os servidores da Justi ça Eleitoral a dificuldade na biome tria tem relação com as condições das digitais e por isso muitas vezes foi necessário repetir a leitura por até quatro vezes. Outra situação que gerou filas foi o tempo de voto de cada eleitor. Embora a expecta tiva fosse de que cada um levaria em média dois minutos, na prática esse tempo chegou a sete minutos.
A maior lentidão registrada em seções do Vale foi no turno da ma nhã. Nesse período, que tem o his tórico de concentrar mais idosos, demandou maior auxílio dos mesá rios. Nessa eleição, houve também a troca da ordem de votação para deputado, sendo o primeiro em ní vel federal e com quatro dígitos.
Essa demora e filas também fo ram registradas em outras regiões do país. Mesmo com o atraso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reiterou a importância de manter a coleta da digital para ampliar a se gurança do voto.
Mais de 20 mesários não comparecem às seções em municípios da região
Convocados pela Justiça Eleitoral que faltaram têm 30 dias para justificar ausência. Multa pode chegar a um salário mínimo
Eleitores colam teclas de urnas
A Polícia Federal prendeu dois eleitores, um em Jundiaí (SP) e outro em Campo Grande (MS), por colarem as teclas 1 e 3 das urnas eletrônicas. Eles aplicaram cola instantânea nos dispositivos eletrônicos e os equipamentos precisaram ser substituídos.
Em São Paulo, a urna foi substituída e a votação seguiu normalmente. Em Mato Grosso do Sul, o suspeito já tinha dei xado o local e a situação só foi constatada pelo eleitor que foi votar em seguida. Os dois serão investigados pela Polícia Fede ral por obstrução da votação, e podem pegar até seis meses de detenção.
Felipe Neitzke felipeneitzke@grupoahora.net.br
VALE DO TAQUARI
Pouco mais de 3,9 mil mesários foram convocados para atuar nas 998 seções de 38 cidades da região. Desse total, 23 não compareceram para desenvolver seu trabalho. Para garantir a regularidade do pleito, os cartórios eleitorais acionaram su plentes.
As duas zonas eleitorais que tive ram o maior registro de voluntários faltosos foram Lajeado e Taquari. Na avaliação da juíza eleitoral Car men Luiza Rosa Constante, apesar disso, todo o processo foi ordeiro e tranquilo. “Esse mesário faltoso tem até 30 dias após a eleição para apresentar uma justificativa.”
O integrante da seção eleito ral que não compareceu ao local para o trabalho e não apresentar justificativa estará sujeito a multa de 50% a um salário mínimo. A punição será deferida pelo juiz da
comarca. A legislação prevê tam bém que caso o faltoso for servidor público, a pena será a suspensão de até 15 dias.
Além da situação que envolveu a ausência de mesários, em Lajeado, eleitores do bairro Morro 25 foram surpreendidos pela troca do local de votação. Por conta de obras na sede da associação de moradores, o cartório transferiu as seções 15, 112, 183 e 370 para a capela Imaculado Coração de Maria. Na semana anterior ao pleito, o TRE já havia informado a alteração em outros 17 pontos no Vale.
Urnas substituídas
Das 1.078 urnas eletrônicas distri buídas na região, pelo menos 15 pre cisaram ser substituídas por defeito. Os problemas estavam relacionados ao dispositivo de biometria e sistema de inicialização do equipamento.
Outras situações pontuais foram atreladas à impressora da urna. De acordo com o chefe do cartório elei toral de Arroio do Meio, Ivan Quoos, na área de atuação que compreen de seis municípios e mais de 27 mil eleitores não houve necessidade de troca do equipamento eletrônico. “A dificuldade com a impressão no iní cio do pleito foi resolvida por nossos técnicos.”
Já em Lajeado, a chefe do cartório eleitoral Maria Betânia, relatou cinco
Ocorrências nos cartórios eleitorais da região
Defeitos em urnas
Lajeado:
Estrela:
Teutônia:
Ausência de mesários
Lajeado:
Taquari:
Teutônia:
Arroio do Meio:
substituições nos equipamentos. A maioria dessas falhas foram identifi cadas antes do início da votação e não comprometeu o processo eleitoral.
Cartório eleitoral de Lajeado registrou dez mesários faltosos e sete urnas eletrônicas com defeitos
HENRIQUE PEDERSINI
Odia
Dificuldade na leitura da biometria foi um dos fatores atrelados ao atraso na liberação do eleitor ao voto
Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br
Felipe Neitzke felipeneitzke@grupoahora.net.br
DIVULGAÇÃO
PAÍS
Polícia Federal investiga suspeitos por obstrução ao pleito
DIVULGAÇÃO
20 | A HORA Segunda-feira, 3 outubro 2022
Brasil teve 939 registros de crimes eleitorais
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A HORA | 21Segunda-feira, 3 outubro 2022
Processo eleitoral como pauta permanente ao longo do ano
Estratégia do Grupo A Hora em parceria com a Fundação Univates trabalhou temas relativos às eleições desde o início de 2022. Entre os propósitos, conscientizar a comunidade sobre a importância de garantir representatividade regional no Legislativo
Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br
VALE DO TAQUARI
Pesquisas Methodus
Contratado pelo Grupo A Hora, o Instituto Methodus pesquisou a intenção de voto da comunidade regional em três oportunidades. Duas no período de pré-campanha (fim de julho e fim de setembro) e uma na última semana antes do primeiro turno (em outubro). As pesquisas foram devidamente registradas junto ao TSE.
Entre as perguntas, os eleitores do Vale foram questionados sobre os votos à presidência, governo do estado, senado, câmara dos deputados e Assembleia Legislativa. Em cada um dos levantamentos, foram ouvidas 300 pessoas nos seis maiores municípios do Vale do Taquari: Arroio do Meio, Encantado, Estrela, Lajeado, Taquari e Teutônia.
Debate inédito ao governo gaúcho
Odomingo
foi o ápice da estratégia do Grupo A Hora para a cobertura do pleito de 2022. O projeto “Pensar Eleições - Des perta, Vale do Taquari”, contudo, já está em curso desde o início do ano, para levar à comunidade re gional conteúdos de relevância, em todas as plataformas, acerca do processo eleitoral.
Debates, entrevistas, pesquisas de intenção de votos e reportagens especiais fizeram parte do projeto, com presença no jornal, rádio e canais digitais do Grupo A Hora. Além de informações e análises de interesse público sobre os temas mais importantes que permeiam o pleito, o projeto abordou de forma especial a necessidade da região garantir representatividade nos grandes parlamentos.
“O Vale do Taquari sai muito mais forte do pleito eleitoral do que quando entrou”. Assim ava lia o diretor de mercado e estraté gia do Grupo A Hora, Fernando Weiss. Para ele, a iniciativa provo cou a reflexão sobre a importância do voto em políticos vinculados à região e reforçou o compromisso dos candidatos com demandas locais.
De acordo com Weiss, a neces sária representatividade política do Vale passou a ser discutida de forma pontual ainda no fim do ano passado, e é nesse contexto que nasceu o projeto.
“Não fizemos isso para criar uma expectativa ou para projetar o resultado, mas para conseguir co locar na agenda regional o nome dos nossos candidatos e criar uma sensibilização”, ressalta. Confor me Weiss, o resultado nas urnas mostra que o trabalho deu certo.
A iniciativa foi do Grupo A Hora e Fundação Univates, com patro cínio de A Mobília, PAP Urbani zadora, RS Data Software de SST, Mak Serviços, Smart Tecnologia e Lucasa Construtora.
Em parceria entre o Grupo A Hora e o Grupo Folha do Mate, de Venâncio Aires, o projeto trouxe para Lajeado um debate sem precedentes entre os candidatos ao governo do estado, em 1º de setembro. O encontro foi pautado pela perspectiva regional, com questionamentos elaborados por entidades representativas das regiões dos Vales do Taquari e do Rio Pardo.
Empreendedoras abordam soluções ao setor alimentício
A atividade contou com transmissão ao vivo pelo rádio e redes sociais das emissoras parceiras, direto do Teatro da Univates, com duas horas de duração. A Iniciativa, aberta à comunidade, contou com a presença de Edegar Pretto (PT), Eduardo Leite (PSDB), Luis Carlos Heinze (PP), Ricardo Jobim (Novo), Roberto Argenta (PSC), Vicente Bogo (PSB) e Vieira da Cunha (PDT).
Mais de 20 horas de debates
Antes mesmo do início da campanha, uma série de debates na Rádio A Hora 102.9, com cobertura nas demais plataformas, envolveu especialistas para a discussão dos assuntos vinculados à temática eleitoral, como a “Fidelidade Partidária” e “A utilização de recursos públicos para custear campanhas eleitorais”.
Logo após o início oficial da campanha, um novo ciclo de debates reuniu 17 dos 21 candidatos a deputados estaduais e federais do Vale do Taquari. Todos os concorrentes com domicílio eleitoral na região foram convidados. Os cinco encontros foram nos dias 6, 8, 12, 14 e 16 de setembro.
Mais de 50 profissionais mobilizados no domingo
A cobertura das eleições, no domingo, 2, foi o momento-chave do projeto “Pensar Eleições 2022 – Desperta, Vale do Taquari”, com mais de 50 profissionais do Grupo A Hora mobilizados. A rádio contou com programação especial
com boletins ao vivo de toda a região e convidados especiais no estúdio. A cobertura também foi feita por meio do portal de notícias e demais canais digitais do grupo, além desta edição extraordinária do jornal impresso.
Contratado pelo Grupo A Hora, o Instituto Methodus pesquisou a intenção de voto da comunidade regional em três oportunidades
Reportagens especiais
Cinco debates reuniram 17 dos 21 candidatos a deputado da região
BIANCA MALMANN
Um dos destaques do ano foi o encontro entre candidatos ao governo do estado, em 1º de setembro, no Teatro Univates, em Lajeado
Cobertura foi feita
de Lajeado,
do Meio,
22 | A HORA Segunda-feira, 3 outubro 2022
26,1% 5,2% Espontânea Estimulada 3,2% 51,4% 5,2% Pesquisa para presidente Bolsonaro lidera disputa no Vale. Mourão é o mais lembrado ao Senado S po Hora. Ao todo, 400 eleitores rio disputa. estimulada, Brasil) mencionada nos dois “consolidado”, mas indecisos deixam cenário câmara alta do Congresso em aberto Vantagem expressiva O voto para presidente é uma decisão que já está tomada pelo eleitor há mais tempo. E não há uma 23,8% 12,7% 8,7% Espontânea Estimulada 1,2% Pesquisa para senador possíveis surpresas apuração. provável que candidato Bolsonaro que não alteraria panora Simone Tebet, que apresentou chegam 1% dos votos. rismo, enquanto Olívio iden polarização FICHA TÉCNICA para menos, sobre HORA FAIXA ETÁRIA QUANTOS (%) (8,60%) GÊNERO PERFIL DO ELEITORADO REGIONAL FemininoMasculino 141.427 48,42% 150.681 51,58% futuro do país neste domingo, Maior regional formada por mulheres, com incompleto na faixa pelo primeiro voto pessoas, bem como de idosos que seguem experiência P Mais de 290 mil aptos a ir às urnas no Vale ESCOLARIDADE (9,79%) MAIOR COLÉGIO ELEITORAL 3.813 eleitores MENOR COLÉGIO ELEITORAL 55 eleitores Eleição no Vale em números 1.078 495 3.921 291.208 1.189 21 fazer título”, conta. 1433 953 homens (67%) 1343 49 2 66 CANDIDATOS NO RS Taquari Travesseiro MAIS ELEITORES MENOS ELEITORES Trajetória da democracia: das “Diretas Já” ao radicalismo de 2022 particular entre duas correntes políticas. Em busca da reeleição, discurso próximo às bases realimenta do antipetismo para antagônico caracteriza pleito deste ano. O Trajetória da de Principais disputas ao longo das eleições Segunda eleição de outubro de 1994 Terceira eleição de outubro de 1998 antes. Com quase 36 milhões votos (53%). Quinta eleição Outubro de 2006 mais 32%. segundo turno em daquele Sétima eleição na gestão pública, outro mode credencia com proposta de mais dem se desgastam.” força das siglas tradicionais dos deste descrédito hoje.” está relacionado pouca memória sobre História, Política Economia. 89 carregava consigo esperança res preparados.” “Eleitor passional ceitos difíceis de serem compreendi Em cima disso, ressalta que entre grupos ligados uma de nologias. “Uma grande parte das começou cobrar. Começou dis aproximaram daquelas grupos Como consequência, manifesta Movimentos ligados Série de reportagens especiais também fez parte do projeto FELIPE NEITZKE
nas microrregiões
Arroio
Teutônia, Taquari, Encantado, Estrela e Porto Alegre
Programação cultural chega à 31ª edição focada em revelar novos ar tistas entre a comunidade. Evento já conta com 19 atrações confirmadas. Empresa terceirizada desliga fun cionários e abandona serviço sem aviso prévio. Segunda colocada da licitação assume operações hoje. ARROIO DO MEIO TEUTÔNIA Festival estimula novos talentos musicais Município rompe contrato para coleta de resíduos Candidatos ao governo do estado confrontaram ideias e assumiram compromissos com o desenvolvimento dos Vales do Taquari e do Rio Pardo em programa ção inédita na manhã de ontem. Infraestrutura logística, turismo, saúde e educação estiveram entre os temas que permearam as discussõesDEBATE AO PIRATINI PÁGINAS 6 e 7 CADERNO CIDADES CADERNO CIDADES ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR Sexta-feira, 2 setembro 2022 Ano 20 - Nº 3165 R$ 4,00 (dia útil) R$ 7,50 (fim de semana) Renato assume o Grêmio pela 4ª vez O RETORNO DO ÍDOLO PÁGINA 12 grupoahora.net.br Sete olhares diferentes para a Região dos Vales Espaço para startups e soluções inovadoras ao agronegócio, RS Innovation Agro Stage sedia pai nel hoje à tarde para novos processos na indústria de alimentos. Evento inicia às 15h, com participa ção da presidente da Fruki, Aline Eggers Bagati ni, e a CEO da Inovamate, Ariana Maia, com me diação da diretora de Inovação da administração de Lajeado, Mariela Portz. PÁGINA 9 VALE NA EXPOINTER
Representantes da região protagonizam atividade no salão da inovação do agro 51 99253.5508 51 3710.4200 FAÇA SUA ASSINATURA OPINIÃO RODRIGO MARTINI Vitória dos Vales Região está articulada para cobrar e exigir olhares mais atentos. OPINIÃO FELIPE NEITZKE E as propostas ao agro? Debate foi propositivo, mas falta ram projetos ao meio rural. CACO MARIN
A HORA | 23Segunda-feira, 3 outubro 2022
Segunda-feira, 3 outubro 2022 Dia de sol com algumas nuvens e névoa ao amanhecer.