A Hora – 14/05/24

grupoahora.net.br

ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR

Terça-feira, 14 maio 2024 | Ano 21 - Nº 3565 | Edição digital

SEGUNDA CHEIA DO ANO

VALE VIVO

Grupo A Hora lança campanha de apoio à economia regional

Ação incentiva o empreendedorismo e consumo nas empresas locais

Em meio às perdas pelas cheias no Vale do Taquari, iniciativa multiplataforma do Grupo A Hora enfatiza a importância de investir e comprar das empresas da região neste momento. Por meio de peças publicitá-

EDUCAÇÃO

Escolas de Lajeado voltam às aulas a partir de amanhã

Rede municipal, Ceat e Madre Bárbara retomam atividades após paralisação. As estaduais

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rias e geração de conteúdo, se reforça a união entre os setores públicos e privados para assegurar o crescimento, geração de emprego e renda, e a construção de moradias em locais seguros.

seguem sem previsão. Retorno muda de acordo com a situação de cada município.

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Apenas 10 dias após iniciar a maior enchente da história do Vale, as águas voltaram a subir. Depois de ter alcançado 33,35 metros em 2 de maio, o Rio Taquari chegou ao leito normal durante a semana. Desde sábado, 11, as águas sofreram elevações e o nível do rio atingiu o pico de 27,78 metros nessa segunda, 13

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Vale vivo e forte

As águas da enchente devastaram o Vale do Taquari, mas não apagaram a força e a pujança do seu povo. Agora, é hora de juntar forças e reconstruir. Momento de valorizar ainda mais os produtos e serviços locais. Comprar nas empresas do Vale é mais do que um ato de consumo, é um investimento no futuro da região. É fortalecer quem gera emprego e renda, e ajuda a construir a economia.

Para quem não foi diretamente atingido pelas cheias, este é um momento ímpar para investir. Se você tem um projeto em mente, não hesite: empreenda agora. Sua iniciativa vai gerar oportunidades para outras pessoas e contribuir para a reconstrução do Vale.

O Vale do Taquari é gigante e sempre será.

Cada compra, cada investimento, cada novo negócio é fundamental para a retomada. Juntos, é possível fazer a economia girar e construir um Vale ainda mais próspero e vibrante. O Vale do Taquari é gigante e sempre será. Sua gente é forte, trabalhadora e acolhedora. Com união e perseverança, será possível superar os desafios e construir um futuro ainda mais brilhante. Para além das ações da iniciativa privada, será essencial o aporte de políticas públicas e iniciativas a fim de amparar os mais atingidos. Novas casas e a construção em áreas longe do risco de novas cheias ou deslizamentos.

Empresários se unem para reconstruir Cruzeiro do Sul

Movimento busca garantir uma moradia segura para famílias atingidas pela enchente

AAssociação Comercial e Industrial de Cruzeiro do Sul (ACICS), junto a empresários do município e comunidade, se unem pelo “Movimento Reconstruir Cruzeiro do Sul”. A

iniciativa buscar organizar, captar recursos e garantir que as pessoas desalojadas tenham um lar em um local seguro, para que possam reconstruir suas vidas.

O projeto foi criado após os danos causados pelas cheias na cidade, onde 42% da população está desalojada. Já são nove mortes confirmadas, 19 desaparecidos, mais de 1 mil casas totalmente destruídas, e outras 1 mil comprometidas. Entre os objetivos do movimento, está a busca de

recursos de forma independente para alocação em projetos elencados pelo grupo por meio do PIX- 05.992.335/0001-57, da Associação Comercial e Industrial Cruzeiro do Sul. Além de apoiar o poder público e auxiliar na utilização dos recursos recebidos do governo no âmbito estadual e federal da melhor forma possível. O grupo ainda objetiva direcionar as famílias atingidas pela enchente que perderam suas moradias e comércio, a não voltarem a morar em zonas de

Apoiadores

Apoiadores: Associados da ACICS

Cruzeiro do Sul

Faros Ind. de Farinha de Ossos Ltda.

Haenssgen S/A Indústria e Comércio – Caio Haenssgen Locatelli Mármores e Granitos

Ltda – Géferson Luis Locatelli e Jaqueline Kerber

Próspera Agrícola (Irrigat Sistemas de Irrigação) –Eduardo e Alessandra Hendler

Grupo Premium – Gustavo e

Daniela Scheibler

Cruzeiro Estruturas Pré Fabricadas Ltda –

Fernando da Rosa Construschorr – Sérgio Schorr

Ouro Verde do Brasil – Claudio Colombelli}

Doaço – Daniel Dullius

Valis Automação (Grupo VALLIN) – Valter Jr da Silveira

Salvador Comercial –

Gilnei dos Santos

Seixos Pedra Nobre –

Paula Schneider

Artési Planejados –

Christian Schossler

Demais interessados também podem se juntar ao movimento.

Como ajudar:

PIX- 05.992.335/0001-57, da Associação Comercial e Industrial Cruzeiro do Sul.

risco, criando um plano de ação a médio prazo para a realocação dessas famílias.

Projeto busca construir uma casa por dia

Iniciativa envolve entidades e empresários de Lajeado e conta com apoio por meio de doações

à

Fundado em 1º de julho de 2002

Av. Benjamin Constant, 1034, Centro, Lajeado/RS grupoahora.net.br / CEP 95900-104 assinaturas@grupoahora.net.br comercial@grupoahora.net.br faturamento@grupoahora.net.br financeiro@grupoahora.net.br centraldejornalismo@grupoahora.net.br atendimento@grupoahora.net.br

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Editor-chefe da Central de Jornalismo: Felipe Neitzke

Contatos eletrônicos:

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Diretor Executivo: Adair Weiss

Diretor Editorial e de Produtos: Fernando Weiss

O projeto “Uma Casa por Dia” visa a construção de lares dignos para famílias que perderam tudo durante as cheias. A iniciativa envolve a Agil (agência de inovação local), Pro_Move Lajeado, Univates, empresários, Promotoria Regional Ambiental do MP, Gira e Observatório de Marcas.

As moradias serão destinadas para pessoas que nos municípios do Vale atingidos pela catástrofe climática. Com recursos da iniciativa privada, as cidades que aderirem ao projeto se comprometem com a infraestrutura de serviços públicos essenciais.

Os terrenos ou áreas serão afastados de locais sob risco de inundação. Esses por sua vez, poderão ser doados ou adquiridos pelos governos. As

Como ajudar

PIX: umacasapordia@agil.org.br

estruturas terão entre 46m² e 48m² com a possibilidade de ampliação.

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Filiado

Vale do Taquari - Lajeado - RS

Campanha estimula investimentos e empreendedorismo na região

Projeto busca auxiliar na reconstrução do Vale do Taquari após tragédia das últimas semanas. Movimentação favorece surgimento de novas oportunidades às pessoas em um momento de retomada

Retomar o desenvolvimento e o protagonismo regional depois da maior catástrofe natural da história do Rio Grande do Sul. Esse é o propósito de uma iniciativa encampada pelo Grupo A Hora, que busca envolver toda a sociedade para reerguer o Vale do Taquari, tanto no aspecto econômico quanto no social.

Batizada de “Vale Vivo”, a campanha tem como pilar principal a união de esforços para a reconstrução da região, a partir do consumo nas empresas localidades no Vale e também do incentivo ao empreendedorismo. Toda essa movimentação fortalece quem gera emprego e renda e movimenta a economia local. Conforme o diretor executivo do Grupo A Hora, as águas da histórica enchente do começo deste mês devastaram a região, mas não o seu povo. “Queremos despertar e potencializar o espírito empreendedor que o Vale sempre teve, todo o seu brio e espírito aguerrido de fazer as coisas. Agora traduzido em um um momento histórico de construção e reconstrução”, frisa. Weiss lembra que, neste momento tão delicado enfrentado pela região, todas as frentes atuam de forma engajada para garantir a volta por cima de uma

Iniciativa busca auxiliar no processo de reconstrução do Vale

Não tenho dúvidas que essa é mais uma das muitas ações que estão por vir para deixar o nosso Vale do Taquari cada vez mais forte”

grandes centros do interior.

“Não tenho dúvidas que essa é mais uma das muitas ações que estão por vir para deixar o nosso Vale do Taquari cada vez mais forte. Com isso, vamos tirar soluções e nos potencializarmos para o futuro”, aponta Weiss.

Integração

Em meio ao caos vivido nas duas últimas semanas, alguns aspectos positivos são destacados. A integração entre diferentes atores da sociedade em prol do apoio humanitário às famílias atingidas pela enchente mostra o caminho para a retomada regional.

das regiões mais dinâmicas do RS, com localização estratégica e acesso facilitado a Porto Alegre e

“Ninguém está se furtando neste momento: empresários, poder público, voluntários e

sociedade civil organizada. O Vale está mais agregado, mais integrado e unido do que nunca. Isso se verifica nos pequenos detalhes, em cada ato voluntário, ação comunitária, envolvimento empresarial. Estamos vendo e vivenciando um Vale estruturado, pronto para se reerguer e ser o que sempre foi”.

Novos negócios

Um dos pontos-chave da campanha, reforça Weiss, é o incentivo ao empreendedorismo, direcionado principalmente àqueles que pretendem investir na região. Lembra que novos negócios criam oportunidades para as pessoas.

“Se planejava fazer isso mais

A campanha

– Incentivo às pessoas a consumirem em empresas sediadas na região;

– Valorização de produtos e serviços locais;

– Apoio ao empreendedorismo. Novos negócios geram oportunidades de emprego e contribuem para o aumento da renda da população

adiante, faça agora. Isso gera trabalho, gera renda, gera possibilidades para as nossas pessoas. O nosso Vale vive forte outra vez e você é chave nisso”.

ADAIR WEISS DIRETOR EXECUTIVO DO GRIPO A HORA

FELIPE NEITZKE

Foi “só” a sexta maior da história…

Aenchente deste fim de semana foi “só” a sexta maior desde a contagem histórica iniciada em 1941 aqui no Vale do Taquari. É surreal. O rio Taquari atingiu 27,79 metros e a comunidade regional restou aliviada. Afinal, e pouco mais de uma semana antes, a região experimentou a maior tragédia natural da história, com o Taquari atingindo inimagináveis 33,35

metros. Para quem ainda não compreendeu as dimensões dos últimos eventos, é bom explicar com detalhes. Em seu leito normal, o Taquari possui cerca de 13 metros. Ou seja, ele subiu 20 metros em algumas horas, o que representa um prédio de seis ou sete andares formado por água, destroços e muita correnteza. E, diante da proximidade e da magnitude dos fenômenos, é bom nos acostumarmos.

rodrigomartini@grupoahora.net.br

RODRIGO MARTINI

Cidades adotam o Vale

Foi assim na trágica enchente de setembro de 2023, e tem sido assim também nos eventos de abril e maio de 2024. A solidariedade e o voluntariado emocionam e nos trazem força e conforto no momento mais difícil da história do Rio Grande do Sul. E, entre tantos movimentos, a adoção de cidades por parte de Executivos municipais de outros estados merece um destaque especial. Estrela, por exemplo, já foi “adotada” por Osasco (SP) e Blumenau (SC). Aliás, os catarinenses, que receberam com muito gosto uma comitiva do Vale do Taquari em 2023, e justamente para tratar de medidas para mitigar os efeitos dos fenômenos climáticos, também adotou Lajeado. Além dessas, Chapecó (SC) adotou Arroio do Meio e Araquari (SC) vai auxiliar Marques de Souza. Uma ação que promete devolver esperança aos moradores da região e reforça a união entre o povo brasileiro.

Polar para receber empresas

O governo de Estrela oferece cerca de quatro mil metros quadrados de área seca (ou não inundável) dentro do antigo prédio da Cervejaria Polar para novos –ou velhos – empreendimentos. A ideia é transformar a estrutura em um hub de negócios e comércios e, de quebra, abrigar as empresas mais impactadas pelas duas enchentes de abril/maio. Para tal, o Executivo promete facilitar os processos legais e burocráticos, além, claro, de melhorar a infraestrutura interna e externa do gigantesco prédio às margens instalado no centro da cidade. É uma saída promissora. Mas não será barata.

Ponte de Ferro em debate

Os prefeitos de Lajeado e Arroio do Meio se reuniram ontem na Casa de Cultura lajeadense para debater estratégias acerca da reconstrução da histórica Ponte de Ferro. Para tal, Marcelo Caumo (PP) e Danilo Bruxel (PP) contam com apoio do empresariado regional, que promete abarcar recursos e conhecimento em prol desta importante conexão entre as regiões alta e baixa do Vale do Taquari, e também já contam com apoio do governo federal. Até o momento, a União já sinalizou com R$ 6,7 milhões para a obra. Ou seja, já não estamos tão distantes assim de um final feliz. Mas ainda há um duro e árduo caminho pela frente.

TIRO

- O governo federal prometeu R$ 50 bilhões entre repasses e empréstimos aos gaúchos. Ainda é pouco. Mas é um avanço. Além disso, anuncia a suspensão do pagamento da dívida do RS com a União pelo período de 36 meses. Também é pouco. Mas é outro avanço.

- “Juntos pela ponte”, “Reconstruir Cruzeiro do Sul”, e outros tantos movimentos populares serão de suma importância para restabelecer a ordem e a pujança do Vale do Taquari. Parabéns e todos os voluntários que pensam e agem neste momento de dor e desesperança.

- Na trágica enchente de setembro de 2023, que resultou em mais de 50 mortos só no Vale do Taquari, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano auxiliou com a contratação de engenheiros para análise de residências impactadas. Desta vez, a pasta comandada pelo estrelense Carlos Rafael Mallmann promete ampliar ainda mais este importante serviço.

- Além disso, Mallmann pretende modificar alguns parâmetros e critérios do programa Pavimenta RS para garantir mais acessos às regiões vulneráveis aos fenômenos climáticos. Tudo para evitar futuros isolamentos de cidades e desabastecimento.

- Em tempo, e por ora sem muito destaque, é preciso ficar atento aos movimentos de muitos pré-candidatos a prefeito (a) e/ou vereadores. E é fácil perceber quem se aproveita da tragédia e só iniciou este ano os trabalhos voluntários (e devidamente documentados, óbvio).

- E quem diria que a inércia do Estado em pavimentar a ERS-129 (entre Colinas e Roca Sales) atrapalharia tanto assim a nossa logística. Que surpresa, né?

Dicas (antigas) sobre deslizamentos

No site da prefeitura de Florianópolis, encontrei uma notícia sobre deslizamento de terra publicada em 2010. No texto, publicado há 14 anos, reforço, diversas dicas e sugestões para a nossa co munidade regional, cujo conhecimento sobre esses fenômenos da natureza ainda não foi devidamente debatido junto aos contribuint es. Em suma, o governo municipal da capital catarinense explica que os deslizamentos em encostas e morros urbanos “vêm ocorrendo com uma frequência alarmante nestes últimos anos, devido ao crescimento desordenado das cidades, com a ocupação de novas áreas de risco, principalmente pela população mais carente”. E mais. O texto sugere diversas ações para prevenir desastres. Al ém de um incentivo à vegetação nas encostas, com destaque às plant as com raízes maiores, eles orientam para a construção de canaleta s para impedir o fluxo de água no solo, e também sugerem que os moradores não realizem “cortes” nos terrenos de encostas sem licença da municipalidade e sem estudos e análises de solo prév ias. Além disso, chamam a atenção para a necessidade de desenvolver planos de evacuação com sistemas de alarme.

Cheia atinge o pico na madrugada e se torna a sexta maior da história

As águas do Taquari voltaram a subir no fim de semana e às 5h30min atingiu o pico de 27,78 metros

Onível do Rio Taquari atingiu o pico de 27,78 metros às 5h30min desta segunda-feira, 13, e se tornou a 6ª maior cheia da história do Vale do Taquari. Foram quase 9 metros acima do nível de inundação.

Até o início deste mês, a maior enchente tinha sido registrada em 1941, quando o nível do rio chegou aos 29,92 metros. Mas o dia 2 de maio deste ano superou a marca ao atingir 33,35m e se configurar, também, como a maior tragédia da região. O Vale não havia se recuperado da primeira cheia do mês quando as águas começaram a subir outra vez no sábado, 11. Especialistas calcularam que o nível do Taquari poderia chegar a 28 metros na madrugada desta segundafeira, 13, e atingir os 29,49m às 11h. Com menos chuva a partir da noite de domingo, 12, o rio estabilizou às 5h30min e começou a baixar.

Em Santa Tereza, região alta, o nível máximo ocorreu no início da noite de domingo, 12. Às 18h30min, chegou a 18,97 metros. Já na leitura das 5h45min, estava em 16,57 metros, redução de 2,4m. Desta vez, grande parte das famílias com residências na cota de inundação já estavam fora de casa ou em abrigos.

2 de maio

O Rio Taquari atingiu 33,35 metros na tarde do dia 2 de

Especialistas discordam de dado historicamente divulgado sobre cheia de 1941

maio em Lajeado e se tornou a maior enchente e a maior tragédia já registrada na região. Até o momento, as cheias que atingiram todo o Vale deixaram pontes destruídas e acessos bloqueados. Milhares de casas foram levadas pelas águas e dezenas de vidas perdidas. A região ainda se recuperava da cheia de setembro de 2023, que vitimou 54 pessoas e ainda conta com quatro desaparecidos. Os

prejuízos ainda são incalculáveis e a comunidade trabalha para reerguer os municípios.

A enchente de 2023 se tornou histórica. Antes disso, a região só tinha vivido algo parecido em 1941, até então, considerado o ano da maior cheia do Taquari.

Sobre a enchente de 41

O que se conhece na história da região é que a cota da enchente de 1941 foi de 29,92 metros e esta foi considerada a maior cheia do Vale até pouco tempo atrás. Um estudo recente publicado por historiadores e especialistas na área, como Sofia Royer Moraes, Walter Collischonn, Franco Turco Buffon e Rafael Rodrigo Eckhardt, ratifica a informação.

O documento “Revisão e consolidação da série histórica dos níveis das cheias do rio Taquari em Lajeado de 1939 a 2023”, mostra que houve um erro na estimativa da posição da régua que existia na época para a mediação do rio. De acordo com os especialistas, caso a cheia de 1941 ocorresse hoje, ela mediria 28,87 metros na régua atual. A medida de 29,92 metros, no entanto, continua sendo utilizada pela comunidade.

Maiores enchentes no Vale do Taquari

1 - 2 de maio de 2024 –33,35m*

2 - Maio de 1941 –29,92m

3 - Setembro de 2023 –29,62m**

4 - Novembro de 2023 –28,94m

5 - Abril de 1956 – 28,86m

6 - 13 de maio de 202427,78m

(ENCHENTE ATUAL)

7 - Janeiro de 1946 – 27,40m

8 - Julho de 2020 – 27,39m

9 - Setembro de 1954 –27,35m

10 - Outubro de 2001 –26,95m

11 - Julho de 2011 –26,85m

12 - Outubro de 2008 –26,65m

*Medição conforme dados do Governo de Lajeado

**Medição conforme dados do Governo de Estrela. Demais dados são do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da engenheira ambiental Sofia Moraes.

thiagomaurique@grupoahora.net.br

THIAGO MAURIQUE

CDL Lajeado produz campanha pelo comércio local

Ao mesmo tempo em que presta ajuda voluntária aos afetados pela enchente, os empresários integrantes da CDL Lajeado se dedicam a estruturar as ações específicas relacionadas ao comércio da cidade. O grupo se reuniu na sede da entidade para debater as principais demandas e soluções para minimizar os prejuízos do setor. Presidente da entidade, Giselda Hahn ressaltou a suspensão da cobrança da mensalidade por três meses, destacou o empenho e a preocupação na busca por novas

alternativas. Uma das frentes de atuação é o incentivo ao comércio local como forma de ajudar direta e indiretamente quem foi afetado. Por meio de campanha, em fase de produção, a entidade quer sensibilizar a população para a importância das compras nas lojas instaladas no município para a retomada das atividades produtivas e a manutenção dos empregos. Também estuda uma forma de dar suporte de gestão para as empresas, analisa parcerias com o Sebrae e já antecipa os preparativos para a campanha de

final de ano, que deve ter maior duração e influenciar na atração dos consumidores.

Outra medida adotada foi o lançamento de circulares informativas da CDL Lajeado, nas quais a entidade, por meio de suas assessorias jurídica e contábil, orienta os associados acerca de medidas tributárias e fiscais específicas para o momento. Todas essas ações se somam ao cancelamento da 22ª Convenção CDL Lajeado, que estava prevista para ocorrer no dia 20 de junho e que será reagendada para 2025.

Florestal Alimentos apresenta novidades na APAS Show 2024

cas. Com equipe reduzida diante

o Rio Grande do Sul, a Florestal

Gestão de crise na área

Pensando em auxiliar profissionais da saúde que tiveram suas clínicas afetadas pela enchente que atinge o Rio Grande do Sul, a startup Clínica Experts promove uma aula gratuita sobre gestão de crise, ministrada pelo seu diretor financeiro e especialista em Gestão Empresarial, Fernando Junges.

A aula será ao vivo e online na terçafeira (14), às 19h, no canal Clínica Experts no YouTube. O especialista explica que o objetivo é orientar os profissionais sobre como retomar o trabalho e sobre os passos necessários para buscar linhas de crédito com foco na reconstrução da clínica.

da saúde

Junges acredita que os efeitos dessa catástrofe natural nos empreendimentos gaúchos são semelhantes aos decorrentes da pandemia de Covid. “É importante que os profissionais saibam como renegociar dívidas, quais documentos precisam e como solicitar as linhas que o governo disponibiliza neste momento.”

FRASE DO DIA

Os impactos decorrentes da catástrofe têm se alastrado pelo Estado, seja pela conexão entre estabelecimentos de uma mesma cadeia produtiva ou pelos problemas nas estradas e pontes, que causam mais de uma centena de interrupções rodoviárias e o fechamento do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, por mais de um mês.”

Alimentos participa do evento com projeção de ampliar os negócios, prospectar novos clientes e fortalecer as relações comerciais já existentes.

A empresa apresenta em São Paulo a nova linha de tabletes de chocolates sob a marca Pop Kiss e o retorno dos drops tradicionais, com novas identidade e fórmula, em cinco sabores: cereja, eucalipto, extra forte, menta e melancia, além do retorno do drops de café Brazilian Coffee. Durante o evento, a Florestal também presta solidariedade a todas as vítimas em um telão que reforça a situação que os gaúchos e moradores enfrentam e a importância do Brasil somar esforços para a reconstrução.

Acordo coletivo – O Sindilojas Vale do Taquari (sindicato patronal) e o Sindicomerciários (sindicato dos trabalhadores), firmaram Convenção Coletiva de Trabalho Enchentes. As alternativas apresentadas no documento protocolado junto ao Ministério do Trabalho visam oferecer alternativas para minimizar os prejuízos e superar os momentos mais adversos. As cláusulas permitem a alteração do regime presencial para teletrabalho ou remoto por 30 dias, a antecipação das férias individuais e a concessão de férias coletivas. As empresas também poderão adotar o banco de horas negativo pelo prazo de 30 dias, expediente além de duas horas extras, limitadas a quatro horas diárias e o trabalho nos dias de descanso remunerado, desde que haja o pagamento conforme valores determinados na convenção coletiva da categoria vigente.

Prazo para o Simples – A Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS) solicitou ao Comitê Gestor do Simples Nacional a ampliação do prazo de prorrogação do vencimento das parcelas cobradas de empresas da categoria. No início da semana passada, o comitê anunciou que o pagamento seria prorrogado por 30 dias para as organizações gaúchas, com o vencimento de maio estendido para junho e o de junho para julho. Dado o atual cenário de crise gerado pelas enchentes e a perspectiva de uma demorada normalização das atividades, a entidade considera necessário mais tempo sem a cobrança do tributo.

LUIZ

Começou ontem, em São Paulo, a APAS Show 2024 – maior feira de alimentos e bebida das Améri-

da tragédia climática que assola

EDUCAÇÃO

Aulas nas escolas municipais de Lajeado devem retornar amanhã

Enchente afeta funcionamento em instituições das redes pública e privada no Vale do Taquari

Devido a nova elevação do nível do rio Taquari na tarde de domingo, 12, as aulas das escolas municipais de Lajeado estão suspensas até esta terça-feira, 14, em Lajeado. A rede estadual segue sem atividades por tempo indeterminado.

Nas instituições particulares de Lajeado, Colégio Evangélico Alberto Torres e Colégio Madre Bárbara têm previsão de reiniciar as atividades na quarta-feira, dia 15.

O Colégio Sinodal Gustavo

Adolfo, Sinodal de Conventos e Colégio João Batista de Mello estão com as atividades normalizadas.

A Univates está com aulas presenciais suspensas até 18 de maio para cursos de graduação (presenciais e a distância), técnicos e de pós-graduação Lato Sensu (especializações e MBAs) e Stricto Sensu (mestrados e doutorados), assim como cursos livres. A previsão atual de retorno, com possibilidade de adaptações do formato das aulas, é para o dia 20 de maio, segunda-feira.

O curso de Medicina terá aulas do 8º semestre em diante. As práticas vão acontecer nos grupos disponíveis conforme orientações da Secretaria Acadêmica, nos locais de estágio disponíveis. Em caso de dúvidas, contate medicina@univates.br.

Univates mantém aulas presenciais suspensas até 18 de maio.

Pelas cidades do Vale do Taquari

ARROIO DO MEIO

Emefs e Eceis mantêm atividades suspensas.

COLINAS

EMEI Pequeno Mundo retorna às atividades nesta terça-feira, 14. Emef Ipiranga retorna o turno integral até o 4º ano nesta terça-feira. Demais, voltam às aulas na quartafeira, 15, com transporte escolar.

CRUZEIRO DO SUL

Aulas da rede municipal (Emeis e Emefs) seguem suspensas.

ENCANTADO

Rede municipal seue suspensa e nova data está sob avaliação. Escolas estaduais: aulas suspensas.

ESTRELA

Rede municipal: segue suspensa. Retorno está sob avaliação.

Escolas estaduais: aulas suspensas.

Emefs Leo Joas e Cônego Sereno Hugo Wolkmer: sem previsão.

Emeis Arroio do Ouro, Pingo de Gente, Criança Feliz, Raio de Sol e Cantinho do Lar: sem previsão.

Colégio Martin Luther: atividades retomam nesta terça-feira, 14. Aula regular, atendimento do turno extracurricular e escolinhas.

IMIGRANTE

Aulas suspensas.

LAJEADO

Rede municipal: previsão de retomar as aulas na quarta-feira, 15. Escolas estaduais: aulas suspensas. Ceat: previsão de reiniciar as atividades na quarta-feira, dia 15. Madre Bárbara: previsão de reiniciar as atividades na quarta-feira, dia 15. Univates: atividades presenciais suspensas até 18 de maio.

Previsão de retomar dia 20.]

Gustavo Adolfo: aulas normalizadas. Sinodal Conventos: aulas normalizadas.

Colégio João Batista de Mello: aulas normalizadas.

MARQUES DE SOUZA

Rede municipal: retorno 27 de maio. Escolas estaduais: aulas suspensas.

MATO LEITÃO

Rede municipal: aulas normais. Rede estadual: aulas normais.

MUÇUM

Não há previsão de retorno das aulas.

ROCA SALES

Rede municipal: aulas suspensas até 19 de maio.

CEAT Região Alta: aulas suspensas por tempo indeterminado. Escolas estaduais: aulas suspensas. ECEIs Sonho Infantil, Pingo de Gente e Arco-íris: suspensas até segundafeira. Nova definição nesta terça-feira.

TAQUARI

Rede municipal: previsão de retorno para quarta-feira, 15. Município teve duas escolas atingidas pela enchente, a EMEF Timótheo Junqueira dos Santos, no Rincão, e a EMEI Paulo Freire, no Praia.

O bairro Navegantes de Arroio do Meio foi um dos mais afetados. A Emei Construindo o Saber cou cheia de entulho

CONDIÇÕES DAS RODOVIAS NA REGIÃO

ERS-322 LIBERADA ENTRE ENCANTADO E DOUTOR RICARDO. SOMENTE VEÍCULOS LEVES. Soledade

ACESSOS ENTRE MARQUES DE SOUZA E TRAVESSEIRO, E ENTRE LAJEADO E ARROIO DO MEIO SEGUEM INVIÁVEIS POR CONTA DA QUEDA DE PONTES.

NA ERS-129, ENTRE MUÇUM E VESPASIANO CORRÊA, QUEDA DE PARTE DA PISTA BLOQUEIA PASSAGEM.

LAJEADO/ ESTRELA. PONTE SOBRE O RIO TAQUARI COM DUAS FAIXAS LIBERADAS.

ACESSO ALTERNATIVO ENTRE LAJEADO E ARROIO DO MEIO ESTÁ BLOQUEADO. TRECHO DE COLINAS INUNDADO E ESTRADA COM AVARIAS.

Boqueirão do Leão

COM O BLOQUEIO DA BR-386 ENTRE MARQUES DE SOUZA E POUSO NOVO, ALTERNATIVA PARA O NORTE DO RS É PELA RSC-153, DE VERA CRUZ A SOLEDADE.

PONTE DA 287 EM MARIANTE LIBERADA. CONTUDO, HÁ BLOQUEIOS ENTRE VENÂNCIO AIRES E TAQUARI POR DANOS NA PISTA.

RSC-453

ROTA DO SOL LIBERADA EM BOA VISTA DO SUL, MAS TRECHOS QUE REQUEREM ATENÇÃO PELA QUEDA DE BARREIRAS.

São José do Herval Fontoura Xavier

Santa Cruz do Sul

Venâncio Aires

Passo do Sobrado

Vera Cruz

Estrela

Garibaldi

Vale do Taquari contabiliza 40 mortos e 54 desaparecidos pela enchente

Dados registrados na região divergem dos apurados pela Defesa

Civil do estado que indicam 34 óbitos

Aenchente histórica que atingiu 33,35m no dia 2 de maio, deixou 34 mortos e 54 desaparecidos até essa segundafeira, 13, no Vale do Taquari. Os dados são da Defesa Civil do estado, e apresentam algumas divergências do que é divulgado pelos municípios.

Em Lajeado, por exemplo, enquanto a cidade contabiliza cinco óbitos, o estado divulga um, além de 11 desaparecidos. A Defesa Civil ainda contabiliza quatro desaparecidos e nenhuma morte em Marques de Souza, enquanto a região já confirmou o falecimento de duas vítimas de deslizamento no distrito de Tamanduá.

Ao todo, os dados coletados pela reportagem na região contabilizam 40 mortes e 54 desaparecidos. Desde o início da enchente neste mês de maio, já passaram 31 corpos pelo DML de Lajeado e dois deles ainda aguardam identificação. Outros corpos são encaminhados ao DML de Passo Fundo.

Médico legista do departamento em Lajeado, Bruno Lieske diz que para facilitar a identificação das vítimas, a instituição pede às famílias que possuem algum parente desaparecido que

preencham um formulário. De acordo com ele, os dados auxiliam na triagem dos corpos.

Lieske explica que o trabalho de identificar as vítimas é feito por coleta de digital e DNA, que é posteriormente comparado com materiais genéticos dos familiares que procuram o departamento.

“No momento em que a digital tiver sido confrontada e der positivo, os corpos vão ser liberados e o DNA vai ser guardado para que se possa comparar com os familiares desaparecidos, sabemos que muitas famílias sumiram inteiras”, destaca.

O médico ressalta que as listas de óbitos e desaparecidos que vêm sendo divulgadas devem ser avaliadas com critério, já que os dados podem divergir. “Com o tempo essas informações serão unificadas”, garante.

Lieske ainda destaca a importância do registro de desaparecimento que deve ser feito na Polícia Civil. A identificação de um corpo leva, em média, dois dias.

Auxílio às famílias

As famílias que vão ao DML para preencher o cadastro são recebidas por psicólogos que auxiliam as equipes do departamento e iniciam o processo de acolhimento. Entre os voluntários, está Suzana Schwertner.

A psicóloga destaca que os familiares chegam ansiosos e

Desde o início da enchente neste mês de maio, já passaram 31 corpos pelo DML de Lajeado e dois deles ainda aguardam identificação.

angustiados. “Temos acolhido eles para dar esse momento de escuta”, reforça. Suzana diz que o trabalho também foi feito na cheia de setembro de 2023, quando a região contabilizou 54 mortos. “É muito difícil, um trabalho que exige bastante cuidado, atenção e experiência”, afirma.

O Departamento Médico Legal de Lajeado fica localizado na Travessa da Paz, esquina com Benjamin Constant, próximo à rodoviária.

Vítima em Tamanduá

Entre as últimas mortes confirmadas em decorrência dos temporais, está Maria Olinda Lazzaron, 82. Ela foi vítima de soterramento no Distrito de Tamanduá, em Marques de Souza e encaminhada ao Hospital Bruno Born (HBB). Maria Olinda não resistiu aos ferimentos e morreu no sábado, 11.

Na quinta-feira, 9, outro morador da localidade, identificado como Juarez Kerber, foi confirmado como morto devido ao soterramento. Ele também foi socorrido e levado ao hospital.

No estado

Segundo boletim da Defesa Civil do governo do RS, em todo o estado, as cheias deixam 147

Óbitos (34)*

Atualizados pela Defesa Civil em 13 de maio às 12h

Cruzeiro Do Sul (9)

Helga Susana Hein

Helio Hein

Ilo Antonio Maria

João Arlindo Gregory

Julio Antonio Maria

Lothar Schmitt

Lúcia Ramos Christillino

Valeria Maria Gregory

1 Não Identificado

Capitão (2)

Julia Izé

Priscilo Ribeiro

Encantado (1)

Josiane Machado

Forquetinha (2)

Atanácio Walmor Fuchs

Celi Fuchs

Lajeado (1)

Marco Antonio Petter

Paverama (2)

Delmar Waldomiro Sander

Nelson Schaffer

Putinga (1)

Mário José Forti

Roca Sales (10)

Ariel Soares De Oliveira

Silvane Soares

8 Não Identificados

Venâncio Aires (4)

Cleci Bergenthal

Delso Bergenthal

Jarves Da Silva

Valson Tende

Travesseiro (1)

1 Não Identificado

Taquari (1)

1 Não Identificado

*Dados divergem dos apurados pelas autoridades locais

mortos e 127 desaparecidos. São 447 municípios afetados e 76.470 pessoas resgatadas. Além disso, há 79.540 pessoas em abrigos e 538.241 desalojadas. Ao todo, foram 76.470 pessoas resgatadas. A notificação de pessoas desaparecidas pode ser feita no site da Polícia Civil. A Defesa Civil do Estado orienta as pessoas a verificarem se seus nomes constam na lista de desaparecidos. Se constar, a orientação é procurar a Delegacia mais próxima para verificação e regularização dos dados.

Desaparecidos (54)

Arroio Do Meio (6)

Alessandro Luan Trindade

Alexandre Luis Essig

Allan Vinicius Matos Mendes

Célio José Guarnieri

Christian Kohl

Thais Ariane Fluck

Cruzeiro Do Sul (9)

Adriana Maria Da Silva

Darli De Freitas

Diana Alves Meirelles

Fabricio Adriano Wendt

Flavio Antonio De Souza

João Alexandre Gonçalves De Moraes

Jorge Lauri Rodrigues

Manuella Da Boit Wendt

Valdelirio Farias Do Amaral

Encantado (4)

Bernardete Marques Da Silva

César Gilmar Das Chagas

Lincoln Bastos

Maicon Rodrigues Da Silva

Lajeado (11)

Bertilde Mentges Maurante

João Luiz Maurante

Joecí Da Silva Souza

Lorenzo Ponciano Souza

Marcio Rodrigo Da Silva Souza

Maria Graciela Zounar Ponciano

Eva Elisabete Vargas Dos Santos Lazzaron

Orlando Da Silva

Gladis Elisabeth Da Silva

Josiani Carolini Da Silva

Alexânder Júnior Da Silva

Marques De Souza (4)

José Alvaro Devitte

Kevin Orlando Pavan Gonzalez

Renato Paulo Daví

Clair Teresinha Bergmann

Poço Das Antas (1)

Vanderlei Da Rosa

Relvado (2)

Heloisa Maria Da Rocha

Leandro Da Rocha

Roca Sales (12)

Ana Therezinha Giora

Dorly Brino

Elirio Brino

Erica Brino

Gabriela Brino

Janice Brino

Marcelo Giora

Maria Eduarda Brino

Mario Da Costa Silva

Fernando Giora

Makeli De Couto Pavi

Adão Jair Rosa Da Silva

Teutônia (3)

Danilo Ferreira

Joni De Quadros

Ondina Sirlei Ferreira

Travesseiro (2)

Darci Marckmann

Maria Rosa De Mari

ECONOMIA

Cooperativas pedem inclusão em pacote do Pronampe

Apenas Caixa e Banco do Brasil foram incluídos em medida provisória que subsidia crédito às empresas afetadas pelas enchentes

Excluídas das medidas de socorro à empresas anunciadas pelo Governo Federal, as cooperativas de crédito pedem a reedição da Medida Provisória que determinou o pacote de socorro aos atingidos. O Sistema das Organizações das Cooperativas Brasileiras (OCB) emitiu nota técnica pedindo a inclusão do sistema cooperativo na ação que subvenciona juros, via Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).

O Governo Federal aplicará R$ 1 bilhão na subvenção de juros por meio do Pronampe, mas apenas a Caixa e Banco do Brasil foram incluídos na medida. O valor será para desconto no juro das operações de crédito a partir de maio, com financiamento de até 72 meses com 24 meses de carência e taxa nominal de 4% ao ano.

Conforme a OCB, a medida é meritória, a exclusão das cooperativas de crédito reduz a capilaridade da subvenção. De acordo com a entidade, as cooperativas de crédito estão presentes em 98% dos municípios do Rio Grande do Sul, sendo

As cooperativas de crédito são responsáveis por uma carteira de Pronampe no valor total de R$1,1 bilhão com de mais de 31 mil contratos firmados.

a única instituição financeira fisicamente presente em 141 deles, o que representa 28% do total.

Segundo o documento, as cooperativas de crédito são responsáveis por uma carteira de Pronampe no valor total de R$1,1 bilhão, com de mais de 31 mil contratos firmados. Para o Sistema OCB, a restrição dificulta o acesso a esses recursos por pequenos empresários do estado, que precisarão buscar outra instituição para solicitar os recursos, além de provocar assimetria entre os agentes financeiros.

O Banco do Estado do Rio

Grande do Sul (Banrisul), outra instituição com grande capilaridade entre os municípios gaúchos, também foi excluído da medida. O banco público gaúcho está presente em 346 cidades do RS.

Em entrevista ao programa Negócios em Pauta, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social do Brasil, Paulo Pimenta, afirma que tanto o Banrisul quanto as cooperativas de crédito serão incluídas na medida. Porém, não deu prazo para a efetividade das alterações.

Ações individuais

Enquanto ainda estão de fora das subvenções da União as cooperativas de crédito e o Banrisul anunciam medidas de auxílios aos clientes e associados atingidos. O Sistema Sicredi anunciou a postergação do vencimento das parcelas dos empréstimos e dos financiamentos e o bloqueio dos protestos e negativações automáticas de títulos.

No segmento de seguros, a

instituição financeira adiou o vencimento de parcelas e vigência dos contratos de seguros patrimoniais. Também flexibilizou as condições de resgate para produtos de investimentos e previdência, assim como isentou o pagamento de multas e juros por atraso em consórcios.

Como medida prioritária, o Sistema Sicredi intensificou ações para acelerar a emissão de segunda via de cartões, sem custos adicionais, e a substituição de “maquininhas de cartão” danificadas. Em 49 municípios afetados no Estado, o Sicredi é a única instituição bancária disponível.

O Sicoob anunciou linha de crédito específica para os atingidos pessoa física, no valor de R$10 mil, prazo de 24 meses, carência de 6 meses e taxas subsidiadas. Também anunciou a prorrogação do pagamento das parcelas de crédito rural por um período de 180 dias, a suspensão da cobrança de créditos vencidos, o parcelamento sem juros das faturas dos cartões de crédito, além da isenção de aluguel e taxas de desconto nas máquinas de cartões.

Subvenção às empresas

Entre as medidas anunciadas pelo Banrisul, está a disponibilização de R$ 7 bilhões para capital de giro, com prazo de cinco anos para pagamento.

A medida tem prazo de 60 meses, com renovação semestral automática, com taxa pré-fixada a partir de 1,39% ao mês e pósfixada a partir de 0,29% ao mês + CDI.

A linha de crédito estará disponível para todas as empresas – MEI, micro, pequenas, médias e grandes empresas –, com isenção de tarifa de abertura de

Medidas anunciadas pelo Banrisul

CLIENTES PESSOA FÍSICA

* Isenção de tarifa de abertura de cadastro para contratação de empréstimo

* 12 meses de isenção nos pacotes de tarifas de novos clientes, podendo chegar a 60 meses

* Isenção de tarifas para novos clientes com abertura de conta via aplicativo

* Isenção de anuidade no cartão de crédito Libre

* Isenção de mensalidade de pacotes de tarifas e redução na taxa de juros do cheque especial para clientes com aplicações financeiras

CLIENTES EMPRESARIAIS

* Isenção da cobrança de tarifa de emissão de contrato para linhas de capital de giro

* Isenção de seis meses no pacote de tarifas para empresas que abrirem conta corrente

* Isenção de 12 meses no pacote de tarifas para empresas que abrirem conta corrente com credenciamento Vero

* Isenção de cobrança na emissão/registro de boleto bancário para novos credenciados, incluindo tarifa reduzida a partir de R$ 0,30 na liquidação

* Isenção de mensalidade de pacotes de tarifas e redução na taxa de juros do cheque especial para clientes com aplicações financeiras

crédito da Conta Única por 180 dias. O Banco do Estado também anunciou uma série de medidas em apoio aos clientes pessoa física.

Sistema OCB emitiu nota técnica pedindo a inclusão das cooperativas de crédito na ação que subvenciona juros via Pronampe

HABITAÇÃO

Cerca de 40% da população de Cruzeiro do Sul está desalojada

Na tarde de ontem foi apresentado um projeto para reestruturar a cidade por meio do “Movimento Reconstruir Cruzeiro do Sul”

AAssociação Comercial e Industrial de Cruzeiro do Sul (ACICS), junto a empresários do município e comunidade de Cruzeiro do Sul se unem pelo “Movimento Reconstruir Cruzeiro do Sul”. Conforme os empresários Caio Haenssgen, da Chocolate Haenssgen e Géferson Locatelli, da Locatelli Mármores e Granitos Ltda, a iniciativa busca organizar, captar recursos e garantir que as pessoas desalojadas tenham um lar em um local seguro, para que possam reconstruir suas vidas após mais um desastre natural que assolou o Vale do Taquari no começo ddo mês de maio.

Haenssgen destaca que o projeto foi criado após os inúmeros prejuízos causados pelas cheias das últimas semana na cidade, em que,

pelo menos, 42% da população está desalojada. “São pelo menos três bairros praticamente eliminados de Cruzeiro do Sul. O Centro, por exemplo, foi bastante prejudicado. Podemos dizer que em torno de 40% do comércio do município está pensando se vai ou não reabrir.”

Ana Carolina Weber, vicepresidente da Associação Comercial e Industrial reforça

o papel da ACICS em apoiar e ajudar os comerciantes do município para que obtenham recursos necessários para a retomada das atividades.

Na semana passada, o prefeito João Dullius divulgou a aquisição de uma área de três hectares de terra, inalagável, próximo a ERS130, no bairro Cascata, onde deve alojar pelo menos 50 residências.

Na tarde de ontem, no restaurante do Greu, foi apresentado um projeto para reestruturar a cidade. “Nos colocamos como apoiadores do projeto. Precisamos fazer uma nova cidade e planejada que tenha escolas, urbanização, energia elétrica, saneamento básico, unidades de saúde, que seja completa”.

São pelo menos três bairros praticamente eliminados de Cruzeiro do Sul. O Centro, por exemplo, foi bastante prejudicado.”

Como ajudar

PIX- 05.992.335/0001-57, da Associação Comercial e Industrial Cruzeiro

Arroio do Meio: R$ 20 milhões para casas emergenciais

Projeto de R$ 20 milhões para construção de casas emergências será encaminhado à câmera nesta quarta-feira, 15, para votação dos vereadores. Informação foi compartilhada pelo prefeito de Arroio do Meio, Danilo Bruxel (PP) em entrevista ao Grupo A Hora, nesta segunda-feira, 13. O projeto, idealizado pelo poder Legislativo e Executivo, será executado por meio da Caixa Econômica Federal, com uma linha de crédito que possui juros amenos. Conforme Bruxel, será usado o valor necessário para a recuperação da cidade e que se precisar de acréscimo, será conversado novamente com os vereadores.

Além desse planejamento, há o financiamento de R$ 8 milhões aprovado no ano passado pela câmara para a compra de lotes sociais. Entretanto, o gestor municipal afirma que até o momento o dinheiro não chegou aos cofres públicos e por essa

razão, não foi possível comprar áreas de terra. O terceiro projeto, é em relação à reconstrução da Ponte de Ferro, estrutura que liga Arroio do Meio a Estrela. A proposta do governo municipal é isentar o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISQN), para a empresa que ganhar a licitação e realizar a obra. “Se for faturado pelo município, Arroio do Meio estará contribuindo para viabilizar a edificação, o que também diminui o custo”, ressalta Bruxel. Para finalizar, ele menciona que também há a intenção de aumentar o número de aluguéis sociais, passando para 300 casas.

do Sul

ALDO LOPES

Sérgio Diefenbach propõe construir RECONSTRUÇÃO

“uma nova Cruzeiro do Sul”

Promotor de Justiça afirma que é necessário unir esforços para restabelecer bairros destruídos em outro local. Julgamentos e fake news devem ser desconsiderados

Os estragos causados pela cheia do início do mês não se limitam ao Vale do Taquari. De forma rápida, alcançou o estado e afetou 447 municípios gaúchos.

“Municípios e Estado se preparavam muito mal para enfrentar uma cheia semelhante à de setembro. Nessa precária situação, veio uma completamente maior”, descreve o promotor de Justiça Sérgio Diefenbach.

Esforço coletivo deve ser mobilizado para moradores de áreas de arraste não retornarem a estas regiões. “Se for necessário, que se reconstrua uma nova Cruzeiro do Sul. Porém, em espaço seguro, adequado e distante da zona de passagem da cheia, onde tem arraste e destruição.”

Para resolver com urgência essa demanda da construção de novas moradias em áreas seguras, o projeto “Uma Casa por Dia” visa a construção de lares dignos

VENÂNCIO AIRES

para famílias que perderam tudo durante as cheias. A iniciativa envolve a Agil (Agência de Inovação Local), Pro_Move Lajeado, Univates, empresários, Promotoria Regional Ambiental do MP, Gira e Observatório de Marcas. Em relação aos deslizamentos em diversas cidades do Vale, ele

ressalta que o Ministério Público concentra esforços em identificar e aprimorar as análises geológicas, para assegurar a segurança das famílias. “Isso ainda é novidade para nós. Está todo mundo assustado. O perigo não é anunciado. Ele é real”, menciona o promotor. Ele explica que devido à pro-

porção que as inundações têm tomado, estudos são executados para construção de novos planos diretores. Sugere-se novas áreas habitáveis, além de que no momento não estão sendo expedidas autorizações para aterramentos e construções em terrenos, sem criteriosa avaliação.

Está todo mundo assustado. O perigo não é anunciado. Ele é real. Neste momento de tragédia temos que dar as mãos e fazer todo o possível para ajudar, porque estamos testando os limites de todas as pessoas e serviços.”

Para finalizar, ele ressalta que neste momento julgamentos e compartilhamento de fake news não contribuem em nada na resolução das demandas. “Neste momento de tragédia temos que dar as mãos e fazer todo o possível para ajudar, porque estamos testando os limites de todas as pessoas e serviços.”

Chuvas obrigam evacuação de milhares de pessoas

Venâncio Aires vive um novo drama com as inundações que atingiram a região neste domingo,12. O prefeito Jarbas da Rosa calcula que pelo menos nove mil pessoas de oito bairros precisam sair novamente de suas casas. As equipes da Defesa Civil estão trabalhando desde as 8h da manhã deste domingo, para convencer os moradores a deixarem as habitações, mas muitos estão resistindo. “Grande parte da pessoas já comprou novos móveis e estava reconstruindo suas vidas. Sobreveio um novo caos. Precisamos retirá-las antes da noite”, enfatiza o prefeito.

Outra frente de preocupação é em Vila Mariante e Picada Mariante que são as áreas mais afetadas pelas cheias. Em Picada Mariante, o prefeito, determinou a evacuação completa da localida-

de. “Algumas famílias voltaram à revelia e já estão ilhadas. Não temos mais acesso”, declara. Vila Mariante está com mais de 50% de suas casas devastadas.

A Defesa Civil alerta para a possibilidade de uma nova enchente, semelhante à que ocorreu em setembro do ano passado. A prefeitura tenta evacuar moradores que residem nas cotas 29 e 30. No momento, 280 pessoas estão abrigadas em três pontos da cidade.

As estradas entre Venâncio Aires e Lajeado têm acesso normalizado, contudo, em Picada Mariante, houve colapso total do asfalto, que deve ser totalmente reconstruído. O prefeito Jarbas definiu como uma “obra faraônica”, que deveria começar nesta segunda e vai ser adiada por causa da inundação.

SÉRGIO DIEFENBACH PROMOTOR DE JUSTIÇA

ENTIDADES REGIONAIS

Sindilojas VT e Sindicomerciários assinam convenção coletiva aos afetados pela enchente

Entre as cláusulas estão a alteração do regime presencial para teletrabalho ou remoto, a antecipação das férias individuais e a concessão de férias coletivas

Ocomércio varejista do Vale do Taquari sofre com as consequências da catastrófica enchente da última semana. E por isso, o Sindilojas Vale do Taquari (sindicato patronal) e o Sindicomerciários (sindicato dos trabalhadores), firmaram na sextafeira, 10, a Convenção Coletiva de Trabalho Enchentes, assinada pelos respectivos presidentes, Giraldo Sandri e Daniel Rockenbach. As alternativas apresentadas no documento protocolado junto ao Ministério do Trabalho visam oferecer alternativas para minimizar os prejuízos e superar os momentos mais adversos. Com incontáveis empresas afetadas, algumas enfrentam o desafio de nem ter condições de retornar para o mesmo endereço.

As cláusulas permitem a alteração do regime presencial para teletrabalho ou remoto por 30 dias (podendo ser renovado por mais 30), a antecipação das férias individuais e a concessão

de férias coletivas. As empresas também poderão adotar o banco de horas negativo pelo prazo de 30 dias e prorrogável por mais 30 dias; o expediente além de duas horas extras, limitadas a quatro horas diárias; e o trabalho nos dias de descanso remunerado, desde que haja o pagamento conforme valores determinados na convenção coletiva da categoria vigente.

“Trata-se de uma convenção especial para ajudar empresas e trabalhadores atingidos por essa enchente sem precedentes”, declara o diretor convidado de Relações do Trabalho, Sílvio Fröhlich. Ele explica que as regras são semelhantes às do período da pandemia e

flexibilizam algumas relações de trabalho, porém adverte que elas são válidas apenas para as empresas cujas atividades foram total ou parcialmente afetadas pela calamidade pública, ou os trabalhadores nesta condição. De acordo com Rockenbach, a intenção é evitar demissões neste momento de crise e logo adiante a empresa ter que contratar e treinar as pessoas. A convenção dá prazo, por exemplo, para pagar o abono de férias, permite banco de horas negativo, entre outras medidas. “As empresas vão ter tempo para pagar estes benefícios tão logo estejam recuperadas e garantirão a manutenção dos empregos.”

Convenção é válida às empresas total ou parcialmente afetadas pela calamidade pública ou os trabalhadores nesta condição

Abrangência

A convenção abrange os municípios de Arroio do Meio, Boqueirão do Leão, Cruzeiro do Sul, Estrela, Lajeado, Muçum, Pouso Novo e Progresso. A entidade também buscará ampliar a convenção para outras cidades também impactadas pelo atual desastre climático. Para poder

Cacis Estrela e CDL Lajeado prorrogam campanhas

Decisão das entidades visa auxiliar os lojistas a recuperar perdas provocadas pelas enchentes

A Câmara de Comércio, Indústria, Serviços e Agronegócios de Estrela (Cacis) anunciou a prorrogação da tradicional campanha “Dia das Mães Premiado”, em resposta à devastadora enchente que recentemente atingiu a região, considerada a maior da história local. A iniciativa visa não apenas dar mais tempo para que os consumidores participem, mas também apoiar a recuperação do comércio local, severamente impactado pelo desastre natural. Os clientes agora poderão fazer suas compras e concorrer aos prêmios até o dia 20 de maio, com o sorteio dos cinco vales-compras

de R$ 1 mil cada sendo adiado para o dia seguinte, 21 de maio, na própria sede da Cacis, que também foi afetada pela enchente.

A campanha conta com o apoio do Sicredi, da Confiança Joias e do Governo de Estrela. “Neste momento crítico, é essencial que valorizemos e apoiemos nosso comércio local. Estender a campanha é uma maneira de proporcionar um alívio econômico para as famílias e negócios afetados”, explica o diretor executivo da Cacis Paulo Finck.

Além de incentivar as vendas no comércio local, a campanha também se destaca como um elemento de solidariedade e apoio mútuo entre os habitantes da região. A Cacis reitera o convite à população para que aproveite esta oportunidade de ajudar na reconstrução econômica local, enquanto concorre a prêmios.

“Com a economia local

Trata-se de uma convenção especial para ajudar empresas e trabalhadores atingidos por essa enchente sem precedentes.”

As empresas vão ter tempo para pagar estes benefícios tão logo estejam recuperadas e garantirão a manutenção dos empregos.”

DANIEL ROCKENBACH PRESIDENTE DO SINDICOMERCIÁRIOS

aplicar as novas regras, as empresas interessadas deverão informar os sindicatos acordantes pelos e-mails sindilojas@ sindilojas-valedotaquari.com.br, e sec.lajeado@seclajeado.com. br e aguardar o aceite das duas entidades.

do Dia das Mães

Iniciativa visa apoiar a recuperação do comércio, que sofre grandes perdas com as enchentes

tentando se recuperar dos impactos da enchente, iniciativas como a está campanha, são vitais para estimular o fluxo de clientes e a circulação de dinheiro dentro da comunidade, ajudando a manter a vitalidade econômica de Estrela”, conclui Finck.

Lajeado

A CDL Lajeado prorrogará a campanha de Dia das Mães até 27 de maio. Inicialmente prevista para encerrar no fim de semana, a promoção é considerada uma importante alternativa

para incentivar o comércio local. O sorteio da campanha será realizado no dia 28. Para concorrer aos 20 vales de R$ 500,00 cada é necessário efetuar compras de valor igual ou superior a R$ 100,00 nas empresas participantes.

SÍLVIO FRÖHLICH

DIRETOR CONVIDADO DE RELAÇÕES DO TRABALHO DO SINDILOJAS

LUCIANE E. FERREIRA/ARQUIVO

CONSEQUÊNCIAS DAS CHEIAS

Mais de 100 barreiras impedem a circulação de moradores em Roca Sales

A estimativa foi feita pelo Secretário de Desenvolvimento Urbano e Trânsito do município. No momento, a administração trabalha para retomar o acesso à avenida General Daltro Filho

Os deslizamentos e inundações desafiam os acessos à cidade de Roca Sales. Segundo o secretário de Desenvolvimento Urbano e Trânsito de Roca Sales, Cleiton Telocken (Telega), a maior parte dos prejuízos está nas estradas do interior, com estimativa de mais de 100 barreiras caídas em torno de todo

o município. “Há barreiras entre Picão e a comunidade do Pinheirinho que, mesmo com três máquinas hidráulicas, eu acho que leva um mês trabalhando para tirar”, estima Telega. “Temos problemas no interior da cidade que não sabemos como vamos fazer o acesso. O que aconteceu no interior, a gente fica sem palavras”.

Apesar dos esforços incansáveis das equipes para restabelecer os principais acessos da cidade, a cheia do último final de semana frustrou esses avanços. A exemplo da avenida Daltro Filho, onde as obras de recuperação, iniciadas na semana anterior, foram comprometidas pelo desmoronamento e rompimento da estrutura provisória. O acesso facilitava a passagem de veículos

de Encantado e Roca Sales para Colinas e Estrela.

“Não há previsão dos veículos passarem nessa rota”, explica Telega. Segundo ele, antes do rio voltar a subir, o maquinário estava na Linha Júlio de Castilhos para desobstruir as barreiras do interior do município.

“Estávamos tentando ajeitar para as pessoas conseguirem vir do interior para a cidade. Então , temos todo maquinário lá, o que está dificultando o começo das obras aqui”.

As reparações no local foram retomadas, mas sem previsão para conclusão. Nesta terçafeira, 14, a entrada de Roca Sales será bloqueada, a fim de evitar o trânsito de curiosos e prejudicar o trabalho realizado pela prefeitura. Na quarta-feira, parte do trecho será liberado.

Nova cheia danifica estruturas e bloqueia acessos em Forquetinha

Com o aumento do nível das águas do Arroio Forquetinha, os acessos pela ponte baixa em Vila Haas, na várzea, imediações do campo do Nacional FC e na Vila Strock, foram novamente bloqueados. As estruturas apresentaram danificações decorrentes da força das águas. Em Vila Hass, as cabeceiras das pontes foram destruídas. O município já havia refeito as estruturas após a primeira cheia de maio, que também foram levadas pela água. De acordo com a prefeitura, assim que o nível baixar, as máquinas da Secretaria Municipal de Obras, Desenvolvimento Urbano e Rural iniciam o trabalho de retirada dos entulhos

e desobstrução das vias. Por enquanto, o acesso a Forquetinha pelo pórtico, pela BR

Acessos

obstruídos impedem restabelecimento de energia

Vias obstruídas devido às fortes chuvas impedem acessos das equipes da Certel. Nesta segunda-feira, 13, pelo menos dois mil associados seguem sem energia elétrica.

Conforme o presidente da Certel, Erineo Hennemann, as chuvas intensas do fim de semana prejudicaram os serviços.

“Algumas situações agravam com novos deslizamentos e os acessos à comunidades”.

Nesta segunda, municípios como Pouso Novo ainda seguem sem energia e em algumas regiões, há resgistro de novas quedas de barreiras, deslizamentos e, consequentemente, falta de acessos. Assim como Marques de Souza, Travesseiro, Capitão, Boqueirão do Leão com pequenas localidades onde as redes caíram, que já haviam sido restruturadas, ontem, novos deslizamentos e redes derrubadas.

A Certel segue com os trabalhos, são mais 60 equipes e mais de 400 pessoas atuando. “Esta-

mos contando com a paciência da comunidade e prefeituras auxiliando na desobstrução, mas a maior dificuldade encontrada, são os acessos obstruídos”. E finaliza, “não vamos nos render até levarmos energia ao último associado, custe o que custar. Mesmo com exaustão física, nossas equipes seguem os trabalhos”.

386 está bloqueado. A passagem liberada é pelo bairro Conventos, de Lajeado.

Não vamos nos render até levarmos energia ao último associado, custe o que custar. Mesmo com exaustão física, nossas equipes seguem os trabalhos”.

ERINEO HENNEMANN

TREM DOS VALES

Deslizamento nos trilhos ameaça passeios

Equipe avalia estragos e recuperação deve impactar na atração turística, programada para iniciar em julho

Uma das principais atrações turísticas da região, o Trem dos Vales, foi impactado pelas fortes chuvas. Deslizamento de terra compromete a estrutura da Ferrovia do Trigo. Conforme o coordenador dos passeios, Rafael Fontana, os danos são levantados por equipe especializada da Rumo Logística, responsável pela concessão do modal. Devido aos impactos, a conclusão deve demorar.

Em entrevista à Rádio A Hora nesta segunda-feira, 13, Rafael Fontana disse que após avaliação engenheiros e técnicos vão determinar o tempo necessário e o investimento exigido para a recuperação completa do trajeto do trem. Atualmente, a ferrovia não tem condições adequadas para o trânsito de carga, tanto de Guaporé a Muçum quanto de Muçum a Canoas, devido a desmoronamentos nos trilhos e erosão causada pela água. “Além das rodovias e pontes nas cidades, a ferrovia foi bastante prejudicada. Houve desmoronamento nos trilhos, e em outros a água passou por

baixo e levou a terra. Teve uma série de impactos. Todos são solucionáveis, mas demandam um trabalho de recuperação”, disse o coordenador.

Os administradores do passeio turístico levantam prejuízos para elaborar um orçamento e iniciar as obras de restauração e retornar as operações do trem. No entanto, eles aguardam o laudo oficial da empresa responsável para determinar a extensão dos danos e o cronograma de reparo, sem uma

LAJEADO/ARROIO DO MEIO

estimativa para a conclusão. Devido aos problemas estruturais, a temporada de 2024, que estava programada para iniciar em julho, está comprometida. Fontana ressaltou que uma decisão oficial sobre os passeios será comunicada assim que estiver disponível, mas reconheceu que ainda é cedo para discutir a retomada das operações. “Esperamos que essa situação climática dê uma trégua, para que juntos e unidos, nos restabelecemos”, diz otimista.

Travessia no Rio Forqueta é feita com botes do Exército

Rio voltou a subir nessa madrugada e apresenta correnteza. Passagem está autorizada para público em geral

Com o volume de chuvas e o aumento do nível do Rio Forqueta, a travessia entre Lajeado e Arroio do Meio passa a ser feita com botes do Exército. Desde que a ponte da ERS 130 sobre o afluente e a Ponte de Ferro caíram, a ligação entre os dois municípios é feita por meio de barcos. Uma balsa também chegou à região mas, devido à correnteza, não pode operar. Os botes do Exército já trabalham na travessia desde o fim de semana, quando o tempo

apresentou instabilidade. Com um motor mais potente, o bote se torna mais seguro para navegar nas águas do Forqueta nestas condições. Até o momento, além de transportar mantimentos e itens básicos, a travessia também está aberta ao público em geral.

A equipe do Exército oferece coletes salva-vidas para a segurança da comunidade. Assim que as águas do Forqueta estabilizarem, os barcos comandados pela Defesa Civil e voluntários, e a balsa podem voltar a operar na travessia.

Terça-feira, 14 maio 2024

Fechamento da edição: 19h