Documento A Hora - 03 e 04/09/2022

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SETEMBRO /2022 TODOS OS ÂNGULOS DO DEBATE COMASSUMIDOSCOMPROMISSOSAREGIÃO OS MOMENTOS DE TENSÃO ENTRE OS CANDIDATOS OLHAR SOBRELÍDERESDOSLOCAISOEVENTO Publicação detalha como foi, bloco a bloco, o encontro que reuniu sete concorrentes ao governo do Rio Grande do Sul no Teatro Univates. Participantes do debate res ponderam a perguntas com assuntos previamente defi nidos e também tiveram enfrentamentos com temática livre. Além disso, foram questionados e apresentaram propostas e soluções aos gargalos que travam o desen volvimento dos vales do Taquari e Rio Pardo. Represen tantes de entidades avaliam momento como histórico para a região.

Sete candidatos a governador, diferen tes visões sobre o Estado e o compro misso assumido com as demandas dos vales do Taquari e Rio Pardo.

O evento com os concorrentes ao Palácio Pira tini em Lajeado foi fruto de uma parceria inédita entre dois dos principais veículos de comunica ção da região dos Vales. O Grupo A Hora uniu forças com o Grupo Folha do Mate, de Venâncio Aires, para trazer a região a discussão sobre o fu turo do Rio Grande do Sul. A Fundação Univates também foi parceira na organização.

DEBATE DA HISTÓRIA DOS VALES

Diretor de conteúdo do Grupo A Hora, Rodri go Martini destaca que o consórcio entre os dois veículos de comunicação surgiu da necessidade de rádios e jornais reafirmarem sua importân

Para aproximar a comunidade dos candidatos, o debate foi aberto ao público, sem a necessidade de inscrição prévia. Na plateia do teatro, estavam empresários, líderes de entidades e associações regionais, prefeitos, vereadores, estudantes da universidade, apoiadores e militantes de parti dosQuempolíticos.não conseguiu comparecer presencial mente, pode acompanhar o evento em áudio, com transmissão das rádios A Hora e Terra, ou em vídeo, nas redes sociais do Grupo A Hora, Jornal Nova Geração e Folha do Mate.

PARCERIA PROMOVE MAIOR 2 TEXTOS Filipe MateusFaleiroSouza Caco Marin Grafica Uma/ junto à Zero Hora

EXPEDIENTE FOTOS

Estruturação e regras Mediado pelos jornalistas Fabiano Conte, do Grupo A Hora, e Letícia Wacholz, da Folha do Mate, o debate foi dividido em cinco blocos. No primeiro, os postulantes ao governo gaúcho responderam a uma pergunta previamente ela borada pela organização. Todos tiveram o mes mo tempo.Nos dois blocos seguintes, houve o enfrentamento direto entre os candidatos. En quanto no segundo bloco as perguntas tinham assuntos específicos, como saúde, agronegócio e infraestrutura, o terceiro possibilitou a temáti ca livre. Foi ali que o clima esquentou, com dis cursos mais críticos e respostas mais incisivas

O debate ocorrido nessa quinta-feira, 1º, no Tea tro Univates, entrou para a história da política regional. De alto nível, o encontro privilegiou a discussão de propostas e ideias sobre dife rentes áreas e setores.

em alguns embates. O quarto bloco foi o momento em que os can didatos responderam a per guntas elaboradas por entidades regionais. Por fim, houve espaço para as considerações finais. Em todos os casos, um sorteio prévio definiu a or dem dos discursos. Nos intervalos, eles tinham acesso a dois assessores. Uma comissão formada pela organização ficou responsável por avaliar eventuais solici tações de direitos de resposta provenientes dos participantes do debate. “Do ponto de vista da parte jurídica não tivemos nenhum incidente. Foi melhor do que o imaginado”, comenta o advogado Fábio Gisch, especialista de direito eleitoral e integrante do grupo. Convidados Para definição dos candidatos que participa ram do debate, o consórcio entre os grupos A Hora e Folha do Mate optou por chamar os pos tulantes filiados a partidos que possuem repre sentatividade no Congresso Nacional. Esta é uma regra seguida por boa parte dos veículos de comunicação no país em eventos semelhantes. Dos oito convidados, apenas Onyx Lorenzo ni (PL) não compareceu ao evento. Carlos Mes salla (PCB) e Rejane de Oliveira (PSTU) não se enquadraram nos critérios pré-estabelecidos pelo consórcio, assim como Paulo Roberto (PCO), que renunciou à candidatura nessa se mana, após ter o pedido de registro indeferido pela Justiça Eleitoral. cia dentro do contexto social das comunidades. A presença de praticamente todo o alto escalão da política estadual em Lajeado deu um peso maior ao evento. “Um momento como esse dificilmente ocor reria se não houvesse a presença dos grupos de comunicação por detrás da organização. Isso comprova e reforça a credibilidade da imprensa regional e, acima de tudo, demonstra a impor tância da imprensa para a manutenção de uma democracia cada vez mais saudável e plural”, afirma. Já o diretor de conteúdo da Folha do Mate, Sérgio Klafke, ressalta a importância do evento às vésperas do aniversário de 50 anos do grupo. “Defendo sempre a ideia de que não po demos ficar só no noticiário. Temos que partici par. E o debate é um exemplo muito claro disso, pois daqui pode sair o próximo governador”, comenta.

EDITORIAL

DOIS GRUPOS UNEM ESFORÇOS PARA GARANTIR ENCONTRO COM SETE CONCORRENTES AO PIRATINI.

PRODUÇÃO IMPRESSÃO ARTE DIAGRAMAÇÃOE LautenirJuniorAzevedo Rodrigo Martini Alexandre Miorim Filipe Faleiro COORDENAÇÃO

Credibilidade

POR MAIS DE DUAS HORAS, POLÍTICOS APRESENTARAM POR QUE MERECEM O VOTO DO ELEITOR

3 [...]EM JANEIRO DESTE ANO CHEGUEI AQUI PARA ACOMPANHAR A ANGÚSTIA DOS NOSSOS AGRICULTORES [...] ME DE PAREI COM UMA SITUAÇÃO [...] O PÉSSIMO SERVIÇO PRESTADO PELA CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA. [...] ACIONAMOS O MINISTÉRIO PÚBLICO E MARCAMOS UMA REUNIÃO [...] ALI, COM A COMITIVA DESTA REGIÃO, NÓS FIZEMOS COM QUE A CONCESSIONÁRIA ASSUMISSE O COMPROMISSO [...] NOS PRÓXIMOS CINCO ANOS VAI INVESTIR R$ 430 MILHÕES [...].” EDEGAR PRETTO, PT PERGUNTA GERAL PARA OS CANDIDATOS DOSSOBRECONHECIMENTODEMONSTRAMCANDIDATOSDEMANDASVALES O Debate A Hora e Folha do Mate fez uma pergunta geral para os sete candidatos. Cada um tinha dois minutos para falar. Questionamento pensado para servir como um documento futuro, após o resultado do pleito. Pelas respostas, podese medir o grau de engajamento, conhecimento e interesse dos políticos frente à realidade dos vales do Rio Pardo e Taquari. A ordem das participações foi estabelecida em sorteio prévio, diante das equipes de cada concorrente. Confira detalhes: SE ELEITO, QUE ATENÇÃO SEU GOVERNO DARÁ ÀS DEMANDAS E DESAFIOS DAS REGIÕES DOS VALES DO TAQUARI E RIO PARDO? [...] O QUE ESTA REGIÃO PRECISA É PENSAR NO FUTURO, E RAPIDAMENTE. NÓS TEMOS QUE DUPLICAR A ERS-130, DE VENÂNCIO AIRES A ENCANTADO, PORQUE A PRODUÇÃO AUMENTA A CADA DIA. AS COOPERATIVAS AUMENTAM, AS EMPRESAS AUMENTAM, PRECISAMOS TER ESCOAMENTO DA PRODUÇÃO. E PARA MANTER ESTA PRODUÇÃO, GERANDO MAIS EMPREGOS, TEMOS QUE DUPLICAR ESTA RODOVIA, PORQUE AI VAI ESTIMULAR O DESENVOLVIMENTO.” ROBERTO ARGENTA, PSC QUERO DIZER DA MINHA PROFUNDA ADMIRAÇÃO PELOS VALES DO TAQUARI E DO RIO PARDO, EMPREENDEDORISMOPELO QUE A GENTE VÊ NESTA REGIÃO. [...] NÓS OLHAMOS AOS VALES, VERIFICAMOS SUA CAPACIDADE EMPREENDEDORA A PARTIR DO COOPERATIVISMO E DO ASSOCIATIVISMO. [...] A GENTE VÊ TAMBÉM A CAPACIDADE DE INOVAÇÃO [...] ENTÃO A GENTE VAI CONTINUAR TRABALHANDO AQUI MUITO PRÓXIMOS [...].” EDUARDO LEITE, PSDB PRESTADOS,[...] À FUMICULTURA, CONVENÇÃO QUADRO. E AQUI NO VALE DO TAQUARI É MUITO FORTE O LEITE, O SUÍNOS, O FRANGO. [...] AQUI EM LAJEADO, HÁ UM ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO. ESSE É MODELO QUE QUEREMOS IMPLEMENTAR EM TODO O ESTADO. [...] AGORA, DURANTE A PANDEMIA, AJUDAMOS O VALE DO TAQUARI COM MAIS DE R$ 1,2 BILHÕES E O VALE DO RIO PARDO COM R$ 1,3 BILHÕES. RECURSO DO GOVERNO FEDERAL [...]”. TEMOS PAUTAS IMPORTANTES PARA A REGIÃO. PRIMEIRA DIZ RESPEITO A CONCESSÕES ESTADUAIS. A GENTE TEM DE REDISCUTIR. [...] ATÉ POR QUE AS CONCESSÕES [...] FORAM FEITAS SEM NENHUM DIÁLOGO. ISSO É UM PROBLEMA MUITO SÉRIO. QUEM TEM QUE DIZER DETALHES, DE COMO DEVE SER, É A REGIÃO PRODUTIVA. [...] TAMBÉM TEMOS OUTRAS PAUTAS, COMO CONCLUIR A PAVIMENTAÇÃO DA ERS-129 ATÉ DAR ACESSO AO CRISTO PROTETOR. [...]” RICARDO JOBIM, NOVO UM PROJETO DE FUTURO [...] TODAVIA, DEPOIS DISSO, QUERO ME ANTECIPAR DIZENDO ALGUNS PONTOS QUE VEJO COMO ESTRATÉGICOS [...] O PRIMEIRO EIXO É INVESTIMENTO AMBIENTAL. SANEAMENTO BÁSICO, CONTROLE E TRATAMENTO DE DEJETOS [...] O OUTRO EIXO É SOBRE O DESENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA DE ALIMENTOS. QUE É A GRANDE VOCAÇÃO DESTA REGIÃO. [...].” EMPREENDEDORES QUE SÃO MOTIVO DE ORGULHO [...] SE EU TIVER A HONRA DE SER GOVERNADOR, PODEM TER CERTEZA QUE OS GARGALOS QUE IMPEDEM O CRESCIMENTO DESSA REGIÃO SERÃO RESOLVIDOS: [...] NO MEU GOVERNO, O ESTADO SERÁ PARCEIRO PARA QUE CONTINUEM IMPULSIONANDO O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO NOSSO RIO GRANDE.”

ROBERTO ARGENTA | EDUARDO

E está aqui o nosso Cristo, que é um orgulho para todos os gaúchos. Uma obra feita aqui nesta região, e que já está consolidada e que vai trazer muitos frutos à região dos Vales. Esse é um exemplo concreto de como podemos crescer investindo no turismo.

A água é dos municípios, a concessão é dos municípios.

PERGUNTA PERGUNTA PERGUNTA

EDEGAR PRETTO

4 PERGUNTAS TEMASCANDIDATOSENTRECOMSORTEADOS

Se tivermos uma atuação eficiente do Estado, ao lado dos empreendedores, temos tudo para transformar o nosso Rio Grande do Sul, e não apenas as localidades mais conhecidas e estruturadas, mas outras, como por exemplo essas que sediam o nosso debate, os nossos vales do Taquari e Rio Pardo, em pontos também de grandes desenvolvimento em função da indústria do turismo, que nos sabemos que gera riquezas, gera oportunidade de trabalho, gera renda.

RESPOSTA Essa é uma região onde temos feito um volume grande de investimentos em infraestrutura. Importante lembrar que precisamos fazer reformas muito profundas, que vem de um ciclo de oito anos, desde o governo Sartori. Tenho do meu lado como vice o Gabriel Souza e temos trabalhado nessa agenda para que o Estado recupere capacidade de investimento. Agora temos. Então, aqui nesta região, o Estado tem R$ 160 milhões de investimentos em acessos asfálticos. Como as ligações em Sério, Boqueirão do Leão, Coqueiro Baixo, Nova Bréscia, Capitão, Cachoeira do Sul, Rio Pardo. Uma obra importante no Vale do Rio Pardo. E tem uma obra importante em parceria com os municípios que é a Rota do Pão e do Vinho, que já começa a se tornar realidade. Ligando o Vale do Taquari ao Vale dos Vinhedos. O Estado já disponibilizou os primeiros R$ 10 milhões, para que essas obras aconteçam nos municípios de Muçum, Roca Sales e Santa Tereza. Fazendo alavancar essa vocação turística da região. Então, são obras de infraestrutra importantes para que a gente qualifique a vida e o desenvolvimento desta região. LEITE

RESPOSTA |

Então é preciso acertar entre municípios e Estado um desenho viável onde não tenha problema para a iniciativa privada entrar. Tem que entrar. E isso vai funcionar no nosso governo se chegarmos lá. Para que a iniciativa privada possa trabalhar junto com a Corsan.

E 30 SEGUNDOS PARA A RESPOSTA. DEPOIS UM MINUTO PARA A RÉPLICA E OUTROS 30 SEGUNDOS À TRÉPLICA. A EDIÇÃO IMPRESSA CONSIDEROU PERGUNTAS E RESPOSTAS DEVIDO AO ESPAÇO

SANEAMENTO

A infraestrutura turbina os investimentos. Seja em portos, em rodovias. O Estado precisa melhorar se quisermos desenvolvimento e geração de muito emprego. Sendo assim, o que precisamos fazer nesta questão da infraestrutura? Não podemos esperar 30 anos para que as obras aconteçam no Rio Grande do Sul.

VIEIRA DA CUNHA A ORDEM SEGUIU SORTEIO DOS NOMES. PELA REGRA, ERAM 30 SEGUNDOS PARA A PERGUNTA E 1 MINUTO NA PÁGINA. INFRAESTRUTURA

RICARDO JOBIM | LUIZ CARLOS HEINZE

Sabemos por dados da Organização Mundial de Saúde, que para cada R$ 1 investido em saneamento básico, são R$ 9 economizados em saúde. Esse é um dado de 2017. Me diga uma coisa, com 90% dos habitantes da região na área de atuação da Corsan, não tendo acesso a saneamento, o senhor defende a privatização ou a manutenção da Corsan pública?

Para que se tenha noção, no Rio Grande do Sul o saneamento é péssimo. O abastecimento de água é quase universalizado, mas o saneamento é péssimo. Nos temos de fazer um trabalho na Corsan. O modelo da venda, a forma da privatização, é péssimo. Hoje, vemos na Região Metropolitana um modelo de parceria com a iniciativa privada para poder fazer investimento. No Litoral o problema é sério. Seguramente nesta região da mesma forma. Em uma lei que já votamos, estamos fazendo um formato que possibilita que a iniciativa privada assuma. Só em Porto Alegre, com o prefeito Melo, são R$ 30 bilhões para sanear pontos críticos. E garantir saneamento básico por toda a cidade. Então é importante que a gente tenha a Corsan, pois no modelo de venda hoje, é péssimo negócio. O Governo do Estado dando de graça um patrimônio que é dos gaúchos.

TURISMO O turismo na pandemia foi um dos setores mais atingidos. Um dos primeiros a parar e o último que retornou. E mesmo em um tempo tão curto já está conseguindo dar resultados positivos. É um importante setor, que além de fortalecer a nossa economia, gera empregos e oportunidade. Eu gostaria de saber as suas propostas como candidato ao governo do RESPOSTA | O turismo, especialmente em um estado como o nosso, e eu sempre digo, não queremos ser mais ou melhor do que ninguém, mas que o nosso estado é diferenciado, isso não tem dúvidas. E, um dos aspectos que nos diferencia, é exatamente o potencial que temos nessa área. Aí, vemos que há regiões tradicionais, que já estão no calendário turismo nacional e internacional, como é o caso da nossa Serra. Mas há outras regiões, que tem um enorme potencial.

LUIZ CARLOS HEINZE |

AGRONEGÓCIO

SAÚDE

É uma questão de administração, de eficiência, e digo para vocês o seguinte, isso eu sei fazer, pois durante 47 anos, quem começou em um barracão de madeira coberto de zinco na beira de um rio, hoje somos a maior empresa de calçados do Brasil e das Américas. É uma questão de administração, de racionalidade. Por que eu digo isso? Pois o dinheiro público tem de ser muito bem aplicado. E se aplicarmos muito bem, desperdício zero, vamos conseguir fazer sim. Por que, hoje, vejam bem. Palácio das Hortênsias, em Canela. Não sei se todos sabem, mas existe um palácio para o governador em Canela. Vale uma fortuna. Todo mês gerando despesa. Por que não se vende e se aplica na saúde? BOGO ARGENTA

Hoje já temos mais de 15 mil propriedades agrícolas abandonadas pelo Rio Grande, pois ali não conseguiram fazer renda suficiente para subsistir e ter uma vida boa.

EDUCAÇÃO

EDUARDO LEITE | RICARDO JOBIM PERGUNTA PERGUNTA PERGUNTA PERGUNTA

Devolvendo a gentileza da escolha. Esse tema, eu diria que me envergonha como gaúcho. De ver o Rio Grande, como o 4º pior estado do país em evasão do Ensino Médio. Isso é ou não uma vergonha? E o que fazer para que possamos retomar o orgulho que sempre tivemos na qualidade da educação do Rio Grande do Sul? RESPOSTA | Não tem milagre. Para ter mais educação é preciso mais orçamento. Infelizmente o governo, de um governador que renunciou, está executando o mínimo constitucional, não respeitando nem a constituição do nosso estado. Nos vamos de imediato, em três meses, decretar ao secretário ou a secretária de Educação, se eu tiver a honra de ser o governador, que faça um levantamento completo da infraestrutura das escolas. Não vamos permitir que aconteça como no colégio Castelinho, uma das escolas referência desta região, que está com o telhado deteriorado. Vamos começar fazendo o básico, determinando um pesado investimento na infraestrutura, nos telhados, banheiros e na fiação elétrica. Sabemos que 83% das escolas não têm um pátio adequado às crianças. Outros 14% das escolas deste governo que prega um Estado maravilhoso, não tem banheiro, ou não está funcionando. Professores e professoras trabalhando com baixa estima. No nosso governo, a Educação, não no discurso, não nas planilhas, mas na vida real das pessoas, será uma prioridade, e nos vamos ter as nossas crianças e nossos jovens preparados para a vida e para ingressar em uma universidade.

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Temos de cadastrar hospitais regionais que atendam as diversas necessidades da saúde daquela região e junto com os municípios, dar agilidade na área da saúde. A doença não espera. O doente precisa ser atendido imediatamente. E para isso, criar regiões, diminuindo a “ambulância terapia”.

RESPOSTA | Bem, precisamos considerar que o Estado precisa ser eficiente. E para isso, tem de ter uma secretaria da saúde que realmente tenha agilidade e que funcione.

| ROBERTO

VIEIRA DA CUNHA PRETTO

RESPOSTA | Conheço bem esse tema, da agricultura, das cooperativas, pois eu trabalhei na constituinte sobre isso, para inclusive garantir que nossa agricultura pudesse participar do planejamento agrícola nacional, na defesa da construção das cooperativas. Agora, o que temos de fazer para frente, para apoiar nossas agricultura, aqui que é uma região de agroindústrias, produção de frango, suínos, leite, o fumo, 50% está nesses vales. A erva mate, e outros.

Um dos temas são as estiagens, as secas. Sempre afetam nossa agricultura. Então precisamos atuar nisto. Outro, é que precisamos investir em tecnologia para agregar mais valor. Notadamente, essas duas regiões são de agricultura familiar. Se a gente não agregar mais valor, não fizer mais renda. Cada vez mais, o agricultor vai abandonar o campo.

FUNCIONALISMO

Estamos em uma região que tem o melhor sistema cooperativo do Rio Grande. Aqui, Teutônia, tem cooperativas de água, de crédito, de alimentos, de eletrificação, enfim. O agronegócio precisa de ajuda do governo. O que podemos fazer? Qual a sua ideia para nós impulsionarmos ainda mais o setor que já é forte no Vale do Rio Pardo e também no Taquari?

RESPOSTA | Acredito que todo o trabalhador, que se esforça no ofício, merece reconhecimento. Só que existe uma forma que a gente precisa ter, que é a sustentabilidade em longo prazo. Infelizmente, quadro que se desenha para o Rio Grande do Sul é assustador. Eu me pergunto, se eu fosse inativo, e temos mais inativos do que ativos hoje, o que eu sentiria se soubesse que o Rio Grande do Sul para daqui dez, ou 15 anos é uma bomba relógio.Temos a mais baixa taxa de natalidade, somos um dos estados mais longevos do país. Temos 700 mil gaúchos que abandonaram o Rio Grande do Sul para morar em outros estados. Esses são dados do próprio Departamento de Economia e Estatística. É mais do que a cidade de Caxias inteira. População economicamente ativa fugindo a ponto de nós estarmos em 26º em potencial no Ranking do CLP. É penúltimo. E ao mesmo tempo, uma curva etária assustadora. Eu tenho medo Eduardo, sabe de quê? A gente pode até resolver o problema para esse ano, para o próximo. Tranquilo. Até para o próximo mandato quem sabe? Mas se a gente for ver a curva etária, ou a gente tem um ajuste fiscal imediato, ou não vai ter dinheiro para pagar nem inativo e nem ativo em dez anos.

Fizemos reformas estruturantes, na previdência, nas carreiras. Mas o RS conseguiu voltar a pagar o salário dos servidores em dia e agora paga o piso nacional do magistério, até 10% acima do valor para os professores graduados contratados pelo Estado. Gostaria de saber a sua visão sobre o funcionalismo e a atuação do Estado sobre esse tema?

VICENTE

Participei da constituinte, como deputado federal. Criamos diversas proteções sociais, uma delas é para a saúde. É o SUS. Então pergunto ao senhor, como vê hoje o tema da saúde no Rio Grande do Sul com a fila de espera para consultas e exames?

Temos, portanto, de fazer o fortalecimento também da assistência técnica. E eu quero, além de outras coisas, apostar no fortalecimento da nossa Emater.

EDEGAR

VICENTE BOGO

6 Idade: Cidade51natal: Tenente Portela Partido: Formação:PTGestão Pública Coligação Frente da Esperança: Federação Brasil da Esperança PT/PCdoB/PV/Federação CandidatoPSOL/Redea vice: Pedro Ruas Trajetória política: Deputado estadual em terceiro mandato, sendo o mais votado do partido nas três ocasiões. Foi presidente da Assembleia Legislativa em 2017.

Idade: Cidade62natal: Cachoeira do Sul Partido: Formação:PDTDireito, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul Coligação: PDT/Avante Candidata a vice: Professora Regina Trajetória política: Foi vereador em Porto Alegre e candidato a prefeito da capital gaúcha em duas ocasiões. Deputado estadual por três mandatos, presidiu a Assembleia Legislativa em 2004. Exerceu dois mandatos de deputado federal. Concorreu a governador em 2014.

Idade: Cidade37natal: Pelotas Partido: Formação:PSDBDireito, pela Universidade Federal de Pelotas Coligação Um Só Rio Grande: Federação PSDB-Cidadania/União Brasil/PSD/MDB/ CandidatoPodemos a vice: Gabriel Souza Trajetória política: Foi vereador em Pelotas, secretário municipal e prefeito da mesma cidade entre 2013 e 2016. Governador eleito no Rio Grande do Sul em 2018. EDUARDO LEITE Idade: Cidade47natal: Santa Partido: Santaeletivo.TrajetóriaCandidatoSemLuteranaFormação:NovoDireito,doBrasilpartidocoligadoavice:política:FoicandidatoMaria,em RICARDO

PERFIL DOS CANDIDATOS A

VIEIRA DA CUNHA

EDEGAR PRETTO

Acesse o QR Code para assistir ao debate na íntegra

A GOVERNADOR

7 Idade: Cidade65natal: Rio do Oeste (SC) Partido: Formação:PSBProfessor de Ciências, Matemática, Filosofia e Psicologia, pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras Dom Bosco Sem partido coligado Candidata a vice: Josi Paz Trajetória política: Deputado federal constituinte, foi vereador e vice-prefeito de Santa Rosa. Exerceu o cargo de vicegovernador do Rio Grande do Sul, entre 1995 e 1998.

Idade: 70 Cidade natal: Gramado Partido: PSC Formação: Ciências Contábeis, pela Universidade Federal do Rio Grande do ColigaçãoSul Frente Humanista Cristã: PSC/ Solidariedade/Agir Candidata a vice: Nivea Rosa Trajetória política: Foi prefeito de Igrejinha, entre 1989 e 1992, e vereador no mesmo município. Também foi deputado federal por um mandato. ROBERTO ARGENTA

NÃOONYXPARTICIPOULORENZONI

VICENTE BOGO Santa Maria Direito, pela Universidade BrasilcoligadoRafael Dresch política: Nunca exerceu cargo candidato a vice-prefeito de 2004.

Idade: 67 anos Cidade natal: Porto Alegre Partido: Formação:PLMedicina Veterinária, pela Universidade Federal de Santa Maria. Coligação Para defender e transformar o Rio Grande: dodaMinistériofederalfoiTrajetóriaCandidataPL/Republicanos/Patriota/PROS/avice:CláudiaJardimpolítica:PeloRioGrandedoSul,deputadoestadualduasvezesedeputadocincovezes.ChefiouaCasaCivil,odaCidadania,aSecretariaGeralPresidênciadaRepúblicaeoMinistérioTrabalhoePrevidência.

JOBIM Idade: 71 Cidade natal: Candelária Partido: PP Formação: Engenharia Agronômica, pela Universidade Federal de Santa Maria. Coligação Trabalho e Progresso: PP/PTB/ PRTB Candidata a vice: Tanise Sabino Trajetória política: Foi prefeito de São Borja entre 1993 e 1996 e deputado federal por cinco mandatos consecutivos, sendo o mais votado em 2014 no Estado. Em 2018, foi eleito Senador pelo Rio Grande do Sul. LUIS CARLOS HEINZE

PERGUNTA | O nosso Rio Grande do Sul conviveu por 15 anos com um modelo de pedágios que foi ruim. Aqui, na 386, por exemplo. O pedágio foi o mais caro do país sem que as obras acontecessem. Agora há uma proposta do governo do Estado de colocar 22 praças de pedágio sem diálogo com a sociedade. Gostaria de saber, as suas opiniões sobre o assunto pedágios?

RESPOSTA | Não tenha dúvida que o emprego é fundamental.

VICENTE BOGO

PERGUNTA | Os vales precisam de infraestrutura.[...] Temos aqui a ERS-453, estadual pedagiada. E está em péssimas condições. Então, qual a sua ideia sobre a questão dos pedágios e da infraestrutura da região? RESPOSTA | A questão é a seguinte. Temos de ter. Não precisa da EGR. É mais uma empresa estatal, para nomear diretores, conselho, fiscal, administrativo, para colocar os amigos do Rei. Isso é despesa, desperdício do dinheiro público. Nós somos contra isso. Existe o Daer, é mais uma empresa, qual a diferença do Daer para a EGR? Fazem a mesma coisa. [...] Precisamos de mais consciência pública, de que o dinheiro público não pode ser desperdiçado.

O 3º bloco teve episódios de mais cobranças sobre o candidato do governo. E foi justo o ex-governador o primeiro a ser chamado para responder. Talvez o ataque mais incisivo tenha vindo do progressista Heinze. O senador chamou o ex-governador de “ingrato”. Mais uma vez, a edição optou por priorizar pergunta e resposta, sem réplica e tréplica.

Dá dignidade, pois, tivemos agora a pouco um debate, do sindicato de processamento de dados. Há cinco mil vagas abertas para essa gurizada. Na área de TI [...]. E não conseguimos mão de obra. Que está lá a vaga do emprego a disposição. Sabe por quê ? A nossa educação está sucateada. É uma vergonha eu como gaúcho dizer isso. Um governo incompetente, um governo omisso. [...]”

RESPOSTA | Filiação partidária diz respeito a decisão da pessoa, eu não tenho nenhum controle sobre isso. O senhor já foi filiado ao PSDB, meu partido, foi candidato a viceprefeito em Santa Maria pelo PSDB. O senhor já trabalhou na assembleia legislativa assessorando um deputado do PT. E decisão sua, não tira sua qualidade técnica e não tira a qualidade técnica do ex-reitor da Universidade Federal de Pelotas, [...] para ajudar nas decisões sobre a pandemia.”

VIEIRA DA CUNHA | RICARDO JOBIM

EDUARDO LEITE |

ROBERTO ARGENTA |

PERGUNTA | Tenho andado por todo o estado. E percebemos que onde há pleno emprego, a saúde é melhor, a educação é melhor, a segurança é menor, inclusive o feminicípio é menor. Se o marido e mulher trabalham, vai dar menos briga em casa. Sendo muito objetivo, o emprego é a solução para o desenvolvimento do estado do Rio Grande do Sul?

LUIZ CARLOS HEINZE

EDUARDO LEITE PERGUNTA Sobre saúde. Aqui nesta região, estamos com investimentos muito fortes na assistência hospitalar [...]. O Hospital Bruno Born, recebe R$ 10 milhões para UTI pediátrica já instalada, também para unidade de cardiologia. Gostaria de ouvir do senhor suas propostas para a área da saúde?

Eu acho que não. Como vê a situação das finanças públicas e do regime de recuperação fiscal?

MOMENTO ENFRENTAMENTODE PERGUNTAS LIVRES.

PERGUNTA | Quero falar de finanças públicas, recuperação fiscal, regime de recuperação. Vamos lá gente, qual aqui de nós não quer fazer estrada, melhorar escola, investir mais em saúde. Todos querem. Mas pensamos que o cofre está cheio.

Continuaria contando com ele?

RESPOSTA | Ajudamos ao Rio Grande do Sul, com o governo Bolsonaro, em mais de R$ 7 bilhões. [...] Importante essa situação. O que queremos fazer, é zerar as filas. Mais de 200 mil gaúchos ou gaúchas estão na fila de espera por alta e média complexidade. Vamos fazer um trabalho com os hospitais regionais [...]para zerar as filas. [...] queremos implementar, com um sistema de inovação entre os hospitais, para que os prontuários eletrônicos possam ser implementados em qualquer canto do Estado.

EDEGAR PRETTO |

LUIZ CARLOS HEINZE | ROBERTO ARGENTA

PERGUNTA Tratamos aqui de temas importantes, de infraestrutura, turismo, saúde, educação. Mas há um tema ainda não abordamos, que é a segurança. [...] É assustador o número de feminicidios no Rio Grande do Sul. De janeiro a julho, morreram 68 mullheres assassinadas. Qual sua proposta para essa área?

RESPOSTA | O tema pedágio, certamente está aí e vai continuar. Eu sou favorável ao pedágio. Mas não da modelagem que tem sido feita. Penso que temos de revisar profundamente. Em primeiro lugar é preciso dialogar com as comunidades atingidas. Se pegarmos mesmo, essa rodovia, RSC-287. [...] Foi feita uma audiência pública, em Santa Maria, em um café da manhã, em um hotel. Então a população teve mínima participação, ou nenhuma, na discussão.

RESPOSTA | Eu fico estarrecido. [...] Agora, o problema é o seguinte. Vamos ser realistas, não vamos conseguir colocar um policial para evitar a violência doméstica. Para evitar o feminicío. Nós precisamos é de conscientização. Ela nasce desde cedo. Desde o Ensino Básico, o fundamental, [...] Quando vemos esses dados, a gente pergunta. O que foi que deu errado? [...] Imagino que a solução para isso é bem complexa e precisa tratar desde a primeira infância.

RESPOSTA | Já nos manifestamos [...] de maneira contrária aadesão ao regime de recuperação fiscal. Essa proposta é um péssimo negócio. Ela congela o orçamento por dez anos. Se quisermos fazer um investimetno em um setor importante, [...] tem que pedir autorização para um conselho nacional de três pessoas que fica em Brasília. Acho que é desonesto, um governo cujo seu governador renunciou ao mandato, tentar impor para dez anos o programa que ele constituiu [...].”

RICARDO JOBIM

VICENTE BOGO | EDEGAR PRETTO

PERGUNTA Algumas decisões [...] do horário do comércio como forma de deter a aglomeração. O que vi foi o contrário.

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VIEIRA DA CUNHA

[...] No seu comitê científico, tinha a liderança de Pedro Hallal, que recentemente se filiou ao Partido dos Trabalhadores. Hoje, o senhor nomearia Pedro Hallal como secretário de Saúde.

VIEIRA DA CUNHA (PDT) Existe potencial de hidrovias inexplorável nos dois Vales. Como seu governo pretende destravar este modal de transporte e conectar com demais regiões portuárias? Ela é muito importante. Sou de Cachoeira do Sul, cidade portuá ria. Nós temos um imenso potencial, aqui no Porto de Estrela, a ser explorado. E estamos muito dependentes do transporte rodoviário com todas as mazelas e consequências disso. Tanto no custo da pro dução quanto na segurança, na conservação das nossas estradas. Temos que investir em outros modais, mas de maneira planejada e inteligente. Temos o Pelt (Plano de Logística e Transportes). Tem de ser um plano de Estado para que possamos fazer essas obras, que são obras que durem anos, serem não de um perío do de governo e sim de Estado. Ou seja, vem governo e sai governo, e elas tem continuidade. E que sejam fruto de um estudo técnico e profundo. Por isso, que no nosso programa de go verno, tem a transformação do Pelt em plano de Estado para que possamos aproveitar esse imenso potencial dos modais de transporte do RS, notadamente no hidroviário.

EDUARDO LEITE (PSDB)

Qual espaço os Coredes terão no seu governo e como pretende estabelecer diálogo permanente com as regiões para tomada de decisões?

ROBERTO ARGENTA (PSC) O turismo se ergue como fonte de renda e geração de empregos nos dois Vales. Como seu governo vai trabalhar para consolidar os vales do Rio Pardo e Taquari como destinos turísticos? Sem dúvida nenhuma, o turismo é altamente gerador de empre gos. Temos Gramado e Canela, também a região de Bento Gonçalves, temos também hoje o Recanto Maestro, as Termas Romanas da qual sou o grande investidor, onde o turismo gera milhares de empregos. Temos turistas do Uruguai, da Argentina, de todo o estado do Rio Grande. A gente sabe da realidade, do quanto o turismo é gerador de empregos, é botar mão na massa e trabalhar. Isso que devemos fazer aqui com os novos pontos turísticos que se criam, com o Cristo Protetor, e em outras regiões. Vamos trabalhar muito sim, na questão do turismo. Mas temos que pensar no emprego, [...] É através do turismo, da indústria, do pequeno agricultor, da pequena fábrica de perfumes. Emprego é autoestima, dá dignidade às pessoas. Jamais podemos pensar em não gerar empregos. E que me estranha muito, qual candidato tem prioridade na geração de empregos, a não ser eu?

Uma marca do nosso governo sempre foi o diálogo, nós senta mos, chamamos, conversamos com as regiões, dialogamos com os prefeitos, com setores econômicos para identificação de questões de burocracia que precisariam ser resolvidas, [...]. E também com os Coredes nós avançamos na direção de liquidar os passivos que ha viam de governos anteriores na consulta popular, e alteramos a con sulta popular para que ela ficasse com os recursos integralmente disponíveis para projetos de desenvolvimento regional, sem mais disputar com aquilo que é obrigação do governo, de investimentos na segurança, por exemplo. Antes você tinha a disputa nos projetos da con sulta popular, entre investir no hospital, na viatura para a brigada militar, isso é obrigação de governo, [...] Na consulta popular ficam os projetos de desenvolvimento regional, aqueles que a região se mobiliza, que vão interferir diretamente na economia local. [...].

AS PREOCUPAÇÕES DE REPRESENTANTES DAS REGIÕES FORAM O CENTRO DO PENÚLTIMO BLOCO DO DEBATE

VICENTE BOGO (PSB) A máquina pública do Estado é pesada. Qual sua proposta para tornar o Estado mais eficiente e eficaz, com menos impostos? Na verdade, o que pesa mais ao Estado é o custo com inativos. Te mos mais servidores inativos que ativos. Precisaríamos contratar mais gente e não é possível, até mesmo agora pelo Regime de Recuperação Fiscal que não permite, a não ser para substituição. Há algum espaço para racionalização da máquina pública, mas para o Estado sobrar di nheiro tem que fazer duas coisas: conter a despesa e aumentar a recei ta. Aumentar a receita não significa aumentar impostos, sempre que vai por ali, ou a gente espera inflação para fazer arrecadação, não é uma solução boa, até por que a inflação faz o quê? É um ganho que o Estado tem sobre o empobrecimento da população.

Primeiro, eu defendo com as concessões. Um modelo que ajuda mos, especificamente na 386, que hoje está concessionada e já ini ciou o investimento. Com isso, nós vamos diminuir as demandas das estradas estaduais, do restante das estradas. Vai ficar ainda o início de um processo que começou com o Brito, que o Bogo era vice-governador, em 95, 98. Nós devemos fechar ainda o ano que vem, mais de 20 municípios sem acesso asfáltico. Começou em 95, 96 esse assunto. Vamos zerar isso. Temos que dar atenção. Não podemos admitir isso. Já falei, Venâncio Aires a Lajeado, a estrada está como está e é pedagiada. Temos que acertar as estradas que não são pedagiadas, a Via Láctea que é um problema [...]. As empresas de leite que tem ali em Teutonia. Temos que acertar as estradas estaduais, as concessões vão continuar num modelo democrático, não pode ser imposto, onde a sociedade vai discutir conosco o modelo, como foi feito na 386. Dessa forma, as estradas estaduais que não estão pedagiadas terão muito nossa atenção, muitas estão abandonadas hoje no Rio Grande.

LUIS CARLOS HEINZE (PP) Como garantir melhores condições às rodovias estaduais não pedagiadas?

PERGUNTAS DAS ENTIDADES

RICARDO JOBIM (NOVO) Considerando os desafios e gargalos das rodovias do Taquari e Rio Pardo, que modelo de pedágio seu governo pretende implantar? A pergunta é excelente, e sem perceber, na resposta da primeira per gunta, eu já respondi. Nós vamos ouvir. É um modelo que a socieda de local quiser, que o setor produtivo quiser, que as pessoas que vão frequentar essa rodovia quiser. Em matéria de rodovia, dá para fazer muita coisa. Uma concessão mais cara, visando uma duplicação mais cara, ou visando a manutenção, ou as vezes nem concessão. Depende muito de diálogo com o setor local. Eu sei que o modelo proposto aqui não atende aos anseios da região. [...] Querendo ou não, temos uma coisa que foi criada lá atrás, no governo do PT, e continuou, não sei porque, chamada Empresa Gaúcha de Rodo vias. Por que a gente defende um Estado menor? Porque a gente já aprendeu que no Brasil não dá para dar poder demais a político. Não é a toa que o presidente da EGR desse governo foi preso junto com outro diretor, porque estava fazendo esquema. Todos os jornais estampam essa verdade. Corrupção no governo Leite. E alguém está batendo com a força devida? Bom, me apresento, sou Ricardo Jobim e estou aqui para falar algumas verdades. [...].

9

EDEGAR PRETTO (PT) O agro é a mola propulsora do desenvolvimento da região dos Va les. Como o senhor pretende fortalecer o setor, especialmente a agri cultura familiar e indústria da transformação? É a segunda região que mais produz. Se produz muito aqui, apesar de tantas dificuldades, nós vamos melhorar e potencializar. Precisa mos de um novo programa, como foi feito lá atrás no governo Lula, do Luz para Todos, agora para fortalecer a energia, levar energia de qualidade e possibilitar que a internet chegue no campo, digitalizar nosso campo gaúcho, nosso agro e agricultura familiar. O Estado tem que voltar a ser um cliente do consumo de alimentos. Nós temos que organizar pro dução e garantir que aonde o Estado for comprar, como a merenda escolar, que eu tenho compromisso já firmado, que aonde tiver necessidade, as crianças vão chegar na escola e vai ter café da manhã. As que precisarem, em regiões vulneráveis, vão voltar para casa já com a refeição feita porque ninguém aprende de barriga vazia. Eu quero garantir aos nossos agri cultores do Vale: Podem se organizar, podem produzir. [...].

Então temos que fazer desenvolvimento econômico, fazer crescer a economia, ampliar a base de geração de riqueza e de renda porque melhora qualidade de vida das pessoas e ao mesmo tempo gera, sobre a base de tributos já existente, maior arrecadação. A médio e longo prazo, poder fazer também a redução dessa carga tributária. [...].

MAIS.OÉESPAÇOPODEMOSOPREPARADONOTANTOVIDA[...]VERDADEIROSIMBOLIZARDESEREMDOISPRESIDENTE.PRÓXIMOAQUICONVIDEIPROFESSORESPARAMEUSCOMPANHEIROSCHAPAMAJORITÁRIA,PARAOCOMPROMISSOCOMAEDUCAÇÃO.TENHOMAISDE40ANOSDEPÚBLICA,EXPERIÊNCIAPARLAMENTARQUANTOEXECUTIVO,MESINTOPARALEVANTARNOSSORIOGRANDE.NÃOCONTINUARPERDENDOCOMOVEMOCORRENDO.HORADEVIRAROJOGO.NOSSORIOGRANDEPODE[...]” MINHA CANDIDATA A VICE, VAMOS SIM FAZER UM TRABALHO QUE VALORIZA O SERVIDOR PÚBLICO, QUE DIALOGUE COM A COMUNIDADE, QUE FAÇA PARCERIAS, QUE RESPEITE O TRABALHO DOS COREDES, COM AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO COMUNITÁRIAS,SUPERIORFAZENDO UNIÃO PARA QUE POSSAMOS SUPERAR AS DIFICULDADES TÃO ANTIGAS QUE EXISTEM NESSE ESTADO. [...].” VICENTE BOGO, PSB AGRADECER AO GRUPO A HORA, FOLHA DO MATE, É UMA HONRA ESTAR AQUI. [...] TENHO QUE DIZER QUE REPRESENTO UMA PROPOSTA DIFERENTE. QUANDO DIGO QUE NÃO USO FUNDO PARTIDÁRIO E ELEITORAL, É PORQUE A GENTE TEM VERGONHA. TEM 200 MIL PESSOAS NA FILA DO SUS. TEM GENTE ESPERANDO CIRURGIA DE CÂNCER E ESTAMOS PAGANDO R$ 2,5 MILHÕES PARA CAMPANHA DE DEPUTADO FEDERAL. É SÉRIO ISSO? CADE A HUMANIDADE DESSAS PESSOAS? ISSO É CERTO? ISSO É ERRADO. EU SOU A ÚNICA PROPOSTA PARTIDÁRIA QUE REPRESENTA O PARTIDO NOVO DO ROMEU ZEMA, DO FELIPE D’ÁVILA, DO MARCEL VAN HATTEM, DO FÁBIO OSTERMANN, DO GIUSEPPE RIESGO, DO DOUGLAS SANDRI, E DO RICARDO JOBIM, PARA DIZER QUE ISSO É ERRADO [...].” RICARDO JOBIM, NOVO [...] DESPERDÍCIO ZERO NO GOVERNO DO ESTADO. MINAS GERAIS, QUE É CONSIDERADO O MELHOR ESTADO DO BRASIL, TEM DOZE SECRETARIAS. SABE QUANTO NÓS TEMOS? 25. PARA QUÊ? TEM QUE CORTAR 40% DOS CARGOS DE CC. NÃO PRECISA DE TUDO ISSO. ESSE DINHEIRO TEM QUE IR PARA A SAÚDE, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA, INFRAESTRUTURA. TEMOS QUE PARAR DE GASTAR À TOA. CRIAR SECRETARIA ESPECIAL DA IRRIGAÇÃO, PARA QUE O PEQUENO AGRICULTOR SEJA ATENDIDO. TEMOS QUE ABRIR POÇOS QUERESERVATÓRIOSARTESIANOS,DEÁGUA,PARANUMAPRÓXIMASECA,NÃO

SE PERCA TODA A SAFRA. ALÉM DISSO, LEVAR EMPREGO PARA TODOS OS CANTOS E RECANTOS [...]. E MEU SALÁRIO DE GOVERNADOR SERÁ DOADO ÀS ENTIDADES SOCIAIS.” ROBERTO ARGENTA, PSC

VIEIRA DA CUNHA, PDT AGRADEÇO OS PROMOTORES DESTE DEBATE [...]. AGRADEÇO A COMPANHIA DO MEU AMIGO GIOVANE WICKERT, EX-PREFEITO DE VENÂNCIO E CANDIDATO A DEPUTADO ESTADUAL PELO PSB, O RODRIGO CONTE, QUE TAMBÉM ME ACOMPANHA, QUE É CANDIDATO A ESTADUAL. DIZER QUE EU, COM A JOSI PAZ,

10 AGRADECER A OPORTUNIDADE, DIZER QUE PROGRESSISTAS,HEINZE,TANISE DO PTB, SÃO OS ÉREGIÃO[...]AEROPORTOMESMADATRABALHANDOREUNIÃOAQUIPARAESCREVAM,LAGOATAMBÉMJACUÍ,AQUIREPÚBLICA.CANDIDATOECOMANDANTECANDIDATOS,NÁDIAAOSENADOBOLSONAROÉONOSSOAPRESIDENTEDAFALEIUMPOUCOSOBREASHIDROVIASDOETAMBÉMDOTAQUARI,EVAMOSTRABALHARNAMIRIM.VAIVIRCIMENTO,VINDODOURUGUAIMONTENEGRO.[...]CONVOCOOSVALESPARANÓSFAZERCOMARUMO,ESTAMOSNARENOVAÇÃOCONCESSÃO[...]HIDROVIASDAFORMA,PORTOSEUMREGIONAL.ESTRELA,VAMOSTRABALHARPARAESSATERUMAEROPORTO.ESSEONOSSOCOMPROMISSO.” LUIS CARLOS HEINZE, PP AGRADECER AOS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO, E ESPECIALMENTE A UNIVATES, ESTADOGASTANDOANTERIORES,DECISÃONOSDECISÃOSERVIDORES,DENÃOHÁDE[...].PARAUNIVERSIDADESESTARMAISVAMOSCOMNOSSOCOMUNITÁRIAUNIVERSIDADEQUETEMOMAIORRESPEITO,EQUEMCERTAMENTEESTABELECERAINDAPARCERIAS[...].QUEREMOSMUITOPRÓXIMOSDASCOMUNITÁRIASOFERTARENSINOTÉCNICOAGORATEMOSCAPACIDADERECURSOS,VAMOSLEMBRAR,QUATROANOSOESTADOCONSEGUIANEMCONDIÇÃOPAGAROSSALÁRIOSDOSENEMFOIPELADOGOVERNOQUEANTECEDEU,FOIPELATOMADAEMGOVERNOSQUEACABARAMMAISDOQUEOARRECADAVA[...].” EDUARDO LEITE, PSDB MEU CANDIDATO A PRESIDENTE DA REPÚBLICA SE CHAMA CIRO GOMES, PRESTEM ATENÇÃO NELE, ELE, SEM DÚVIDAS, É O CANDIDATO MAIS PREPARADO PARA SER O

CONSIDERAÇÕES FINAIS

FOI UMA HONRA PARTICIPAR DESSE DEBATE, AFIRMAR DE NOVO OS MEUS COMPROMISSOS COM A REGIÃO DOS VALES. A NATUREZA FOI TÃO GENEROSA COM VOCÊS, EM CADA MUNICÍPIO DESSAS REGIÕES TEM OPORTUNIDADES, E É ISSO QUE NOSSO POVO QUER. NINGUÉM QUER ESMOLA, NINGUÉM QUER FAVOR, NINGUÉM QUER BENEVOLÊNCIA, AS PESSOAS QUEREM UMA OPORTUNIDADE. SE EU TIVER HONRA DE SER GOVERNADOR, AO LADO DO PRESIDENTE LULA, VAMOS SER OS GOVERNOS DAS OPORTUNIDADES. NÃO VIVEMOS SÓ DO PASSADO, MAS JÁ GOVERNAMOS ESSE ESTADO E PAÍS. QUANDO GOVERNAMOS O RIO GRANDE, PAGÁVAMOS A DÍVIDA COM A UNIÃO, NÓS TÍNHAMOS PESADOS INVESTIMENTOS EM SETORES PRODUTIVOS [...].” EDEGAR PRETTO, PT

ESPERO QUE SIM, JUSTO POR TER SIDO UM DEBATE IMPORTANTE E MUITO MADURO.

LÍDERES AVALIAM O PÓSDEBATE. REPRESENTANTES DE DO SELECIONADOS NA ORGANIZAÇÃO SUGESTÃO DE QUESTIONAMENTOS PARA OS CANDIDATOS, SÃO UNÂNIMES EM AFIRMAR QUE O NÍVEL DO DEBATE FOI ELEVADO Turismo, infraestrutura rodoviária, energia elétrica rural, necessidade de racionalização no uso do dinhei ro público, prioridade na educação, na saúde e o meios de destravar modais de transporte, como portos e hidrovia. Esses são alguns dos destaques presentes entre as abordagem de cada um dos sete can didatos ao governo do Estado presentes na manhã dessa quinta-feira, no Teatro da Uni vates. Para líderes regionais, as quase três horas de discussão foram uma oportunidade

NEY DAMANTENEDORAFUVATES,PRESIDENTELAZZARI,DAUNIVATES

O VALE FOI O EPICENTRO DA DISCUSSÃO POLÍTICA NO ESTADO. ME SURPREENDEU O PREPARO DOS CANDIDATOS E O ALTO NÍVEL DO DEBATE. ELES SABEM QUEM NÓS SOMOS. VIERAM AQUI, NA NOSSA CASA. SE CONSTRUIU UMA PONTE MUITO IMPORTANTE PARA MANTERMOS O DIÁLOGO E O ACESSO AO PIRATINI.”

O VALE PRECISA MUITO DE UM OLHAR PÚBLICO NÃO SÓ NO TURISMO, MAS PRINCIPALMENTE NA MOBILIDADE E INFRAESTRUTURA.NANÃO BASTA CHEGAR NA 386 DUPLICADA, BONITA E COMPLICAR A VISITA NAS OUTRAS ESTRADAS.” DAAMTURVALESPRESIDENTEARENHART,LEANDRODAUNIVATES EU ENTREI LÁ PENSANDO UMA COISA DOS CANDIDATOS E SAI PENSANDO OUTRA. TALVEZ ME DECEPCIONANDO COM ALGUNS E ME IMPRESSIONANDO COM A QUALIFICAÇÃO E O CONHECIMENTO EM TERMOS DE FUNCIONAMENTO DO ESTADO, DO NÍVEL DE ADMINISTRAÇÃO E DE GESTÃO.” DAVICE-PRESIDENTEMORESCO,VANDERLEICIC-VT NESTE PÓS-DEBATE, O QUE FICA É O ALTO NÍVEL DO ENCONTRO. FOI MUITO POSITIVO. PUDEMOS VER A QUALIFICAÇÃO DOS NOSSOS CANDIDATOS. NÃO ME ARRISCO A DIZER QUEM GANHOU E QUEM PERDEU. DE FATO, OS MAIORES BENEFICIADOS FORAM AQUELES QUE PARTICIPARAM.” DAPRESIDENTEHERRMANN,SANDROAMVAT

EVENTO COMPLETO, DIZ CIC-VT

TURISMO EM EVIDÊNCIA

OS CANDIDATOS FALARAM DE QUESTÕES PONTUAIS E DESTACO AS CONCESSÕES DOS PEDÁGIOS.” para eleitores e ao fortalecimento político das regiões dos vales do Rio Pardo e Taquari. Ex-reitor da Univates e presidente da man tenedora (Fuvates), o professor e economis ta Ney Lazarri, considera que o debate tem um significado muito profundo. “O evento colocou o Vale do Taquari no mapa político do estado. Fomos o epicentro das discus sões, com sete candidatos aqui. São poucas regiões gaúchas que tem uma oportunidade como essa.” Na avaliação dele, ter esse momento de proximidade e de conversa com os postu lantes também representa ter o comprome timento. “Eles sabem quem nós somos. Vie ram aqui, na nossa casa. Se construiu uma ponte muito importante para mantermos o diálogo e o acesso ao Piratini.” Opinião semelhante tem o presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Ta quari (Codevat), Luciano Moresco. “Foi um momento extremamente positivo. Os vales conseguiram atrair atenção dos principais postulantes ao cargo de governador. Só fal tou o Onyx (Lorenzoni, nome do PL no RS).” Tanto Lazzari quanto Moresco afirmaram terem se surpreendido com o grau de conhe cimento sobre as pautas regionais. “Sem dú vida se prepararam. Fizeram dever de casa”, diz o presidente do Codevat.

DEBATE OPORTUNIDADE O ELEITOR

INSTITUIÇÕES

11 REPRESENTANTES DE ENTIDADES, PREFEITOS, EMPRESÁRIOS, ESTUDANTES E MILITANTES FORMARAM PLATEIA DO EVENTO NO TEATRO

POLARIZAÇÃO NO PAÍS.

MATURIDADE NO RS Para o presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) e prefeito de Colinas, Sandro Herrmann, o debate serve de reflexão quanto ao momento político no país. No Rio Grande do Sul há mais espaço para a troca de ideias e discussões de propostas. “Mesmo antes da campanha, já víamos muitas pessoas defendendo A ou B para presidente. Isso não abre espaço à construção do raciocínio. Se vota por que se é contra um. Para o Piratini, há mais espaço para analisar os planos de governo. A política dessa forma é mais consciente. É a melhor política.Nós discutimos programas, projetos. Isso é muito melhor do que ficar atacando o outro. Percebo que o debate contribui para o amadurecimento da política na região.”

PARA

Presidente da Associação dos Municípios de Turismo da Região dos Vales (Amturvales) Leandro Arenhart destaca os compromissos assumidos pelos candidatos. “Gostei desde o início. Fui para ouvir de turismo, e vi que todos tinha ideia do que estamos fazendo aqui.” Para ele, a região precisa de um olhar público não só neste setor, mas principalmente em mobilidade e infraestrutura. “Não basta chegar na 386 duplicada, bonita e complicar a visita nas outras estradas. Os investimentos em estradas estaduais, em acessos asfaltados para nossos municípios são fundamentais para o fortalecimento do Vale como destino dos turistas”, avalia Arenhart.

VALE,

E

VAI RESULTAR EM UM VOTO CONSCIENTE DO ELEITOR.

Vice-presidente da Câmara da Indústria e Comércio da região (CICVT), Vanderlei Moresco, considera o encontro dessa quinta-feira, 1º de setembro, histórico. “Sempre reclamamos que o Vale não tem representantes na assembleia. Agora, tivemos sete candidatos ao Piratini. Eles puderam sentir nossos anseios e nossas dificuldades. Puderam assumir algo de concreto para se comprometer com o Vale.” Na avaliação dele, a participação dos políticos, a organização e planejamento dos envolvidos na programação e a maturidade política da plateia foram diferenciais. “O evento foi completo. De tudo que foi debatido, vimos pautas que estão no dia a dia dos nossos empresários.”

POR TEREM CONTRIBUÍDO

LIMPO, DE RESPEITO MÚTUO E DE

MATEUS SOUZA, JORNALISTA

sidade da região melhorar sua represen tatividade nas diferentes esferas do poder. Por isso, penso que sediar um debate de peso como esse pode representar um primeiro passo para retomarmos o tão desejado protagonismo. Os holofotes se voltaram ao Vale do Ta quari e nós precisamos aproveitar. Ponto para a região.

SEM QUERER FICAR EM CIMA DO MURO, O GRANDE VENCEDOR FOI O VALE DO TAQUARI. OS SETE DEMANDASSOBRECONHECIMENTOMOSTRARAMCANDIDATOSASLOCAIS.” POR SER UM EVENTO MAIS LOCALIZADO, É EVIDENTE QUE OS UMAESTAVATODOSCONHECIMENTOREGIONAIS.ESTUDARIAMCANDIDATOSOSTEMASSÓQUEODESOBREOVALEMUITOALÉMDEMERA“DECOREBA.” QUEM GANHOU O DEBATE?

Essa pergunta está sempre presente após cada programação entre can didatos, seja ao governo federal, ou mesmo estadual. Essas duas esferas da política e administração pública inclusive são as que mobilizam a maior atenção dos eleitores quando se tem algum debate. Trata-se de um evento que povoa o imaginário das pessoas e da própria história da jovem democracia brasileira. Por vezes, embates tensos. Dedos em riste e agressões verbais. Esse tipo de abor dagem causa efeitos diversos. As bases de determinado nome vão aplaudir. Apoia dores mais engajados usarão os trechos como narrativa inclusive frente de discurso para quem pensa diferente. Para outros, se torna vazio. Em tempo, no primeiro debate eleitoral para presidente da República, na Bandeirantes, no dia 28 de agosto, ficou essa impressão. Pouca proposta e muitos ataques.Precisamos entender que, justo aquele eleitor, desapaixonado, por vezes distante da política, ou mesmo calcado na razão antes da escolha, tem o grande peso no resultado do pleito. Os rumos da democra cia estão no eleitor médio. Recorte temporal e de contextualização feito, agora vamos falar dos episódios com sete candidatos ao Piratini no Teatro da Univates. Quem ganhou o debate? Ques tionamento que inclusive fiz para muitos dos presentes no pós-evento. Sem querer ficar em cima do muro, o grande vencedor foi o Vale do Taquari. Os sete candidatos mostraram conhecimento sobre as demandas locais. Associaram possíveis programas para implementar na região. Trataram sobre infraestrutura viá ria, agricultura, energia elétrica, educação, saúde, segurança pública. A maior parte FILIPE FALEIRO, JORNALISTA Confira vídeo sobre a reportagem por meio do QR Code dos assuntos com relação direta sobre problemas e anseios locais. Na média, o desempenho foi muito sa tisfatório. Frente ao momento da política nacional, em que para o Planalto o cenário é de polarização, no Estado tem-se, de verdade, o exercício de raciocínio antes da escolha do candidato. Ganha a democra cia, ganha o eleitor e que vença o melhor. Receber, num mesmo evento, sete no mes que almejam o Palácio Piratini não é para qualquer um. O Teatro Univates, com todo o seu charme e imponência, parecia o local adequado para que os concorren tes ao governo do Estado apresentassem ideias e confrontassem propostas de temas relacionados aos anseios dos vales do Ta quari e Rio Pardo. Engrandeceu o debate. Chamou atenção – minha e de outras pessoas com quem conversei – a postura dos candidatos ali presentes. Indepen dente de partidos e visões ideológicas, todos se mostraram propositivos. Cada um ao seu modo. Respeitosos, cordiais e, em alguns momentos, com falas mais ríspidas, defendiam seus pontos de vista para tentar convencer o eleitorado regio nal. Com argumentos e embasamento nasOutroposições.ponto importante a ser destaca do foi o preparo. Por ser um evento mais localizado, é evidente que os candidatos estudariam os temas regionais. Só que o conhecimento de todos sobre o Vale do Ta quari estava muito além de uma mera “de coreba”. Não ficaram presos aos papéis e materiais preparados pelos marqueteiros e coordenadores de campanha. Os concorrentes ao governo gaú cho mostraram interesse e assumiram compromissos em resolver os gargalos que travam o nosso desenvolvimento. A infraestrutura dominou a maior parte dos discursos, e o momento – com a discussão sobre as rodovias estaduais em evidência –era propício. Felizmente, outras áreas im portantes como o agronegócio, a educação e o turismo não foram esquecidas. Se vão cumprir com o que prometeram, é outra história. Mas é um alento. Há algum tempo falamos sobre a neces

PALAVRA12 DO

PALAVRA DO ESTUDO E LIÇÃO DE CASA

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