Documento - 26/11/2022

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O VALE EM TRANSFORMAÇÃO: R$ 2,5 BI DE INVESTIMENTOS

A região atravessa um dos melhores momentos da sua história em termos econômicos. As obras iniciadas e projetos para começar em breve somam mais de R$ 2,5 bilhões, sem contar as iniciativas do setor público. Levantamento detalha as maiores apostas anunciadas por empresas e cooperativas do Vale do Taquari.

NOVEMBRO /2022

VALE ATRAVESSA UM DOS MELHORES MOMENTOS DA HISTÓRIA

SE NAS

DÉCADAS

DE 60 E 70 A REGIÃO

RECEBEU OS

MAIORES INVESTIMENTOS EM INFRAESTRUTURA COM RECURSOS PÚBLICOS, O INÍCIO DESTA DÉCADA É MARCADO POR UM NOVO MOMENTO, LIDERADO PELA INICIATIVA PRIVADA. AS OBRAS EM ANDAMENTO E PROJETADAS SUPERAM R$ 2,5 BILHÕES

OVale do Taquari vive um novo ciclo virtuoso na economia. Levan tamento junto aos mu nicípios e Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico indi ca mais de R$ 2,5 bilhões em inves timentos da iniciativa privada nos próximos cinco anos. Com a imple mentação de empreendimentos, a expectativa é gerar mais de 3,5 mil postos de trabalho.

As obras em diferentes segmen tos ocorrem cinco décadas após significativos aportes em infraes trutura, tanto com a construção

da BR-386, quanto a ferrovia, hi drovia, pontes e Barragem Eclusa que recebiam recursos públicos. Agora, o novo momento é liderado por empresas e cooperativas.

A construção de hidrelétrica, instalação de fábrica de bebidas e complexo turístico. Esses são alguns dos empreendimentos confirmados e que movimentam cifras milionárias.

Em paralelo, também ocorre a duplicação de mais um trecho da BR-386 e ampliação de capaci dade da estrutura entre Lajeado e Estrela. Só nesta etapa, são mais

LAJEADO

de R$ 300 milhões aplicados. Esse incremento na infraestrutura ain da permite tornar a região mais

competitiva e preparada para receber os novos projetos para o crescimento econômico regional.

O avanço também ocorre a par tir de novas matrizes econômicas em consolidação, como é o caso do turismo. Os atrativos, a exem plo do Cristo Protetor e Trem dos Vales, são importantes elementos e impulsionam várias outras ini ciativas. O Boulevard Encantado é um deles.

Em outra esteira de crescimento, o setor da saúde se fortalece com o avanço tecnológico. Empresas, como a Medical San, criam e de senvolvem soluções combinadas com o que há de mais moderno no mercado e se tornam referência.

Junto aos projetos para ampliação e modernização de empresas, surge o desafio de preencher os postos de trabalho e qualificar os profissio nais. Em recente estudo divulgado pelo Grupo A Hora, o projeto Rumo revelou essa lacuna.

Indústria da transformação R$ 992,5 milhões Infraestrutura R$ 804,5 milhões Construção civil R$ 341,8 milhões Agronegócio R$ 128,6 milhões Turismo R$ 126 milhões Outros segmentos R$ 161,4 milhões

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TEXTOS Felipe Neitzke felipeneitzke@grupoahora.net.br Rodrigo Martini e Alexandre Miorim Grafica Uma/ junto à Zero Hora PRODUÇÃO EXPEDIENTE COORDENAÇÃO EDITORIAL IMPRESSÃO ARTE E DIAGRAMAÇÃO Lautenir Azevedo Junior TREVO DE DURANTE A CONSTRUÇÃO DA BR-386 NA DÉCADA DE 70 OBRAS DA BARRAGEM ECLUSA EM BOM RETIRO DO SUL INICIARAM EM 1958 E FORAM CONCLUÍDAS EM 1976
INVESTIMENTOS POR SETOR DIVULGAÇÃO/ACERVO FAMÍLIA JUNQUEIRA
DIVULGAÇÃO

CCR VIASUL CRIA NOVA CULTURA SOBRE RITMO DE OBRAS NO VALE

ALÉM DE BENEFICIAR AS CIDADES LINDEIRAS, A DUPLICAÇÃO DA BR-386 REVELA NOVO CONCEITO SOBRE O ANDAMENTO DE OBRAS NA REGIÃO.

INVESTIMENTO NA RODOVIA CONCEDIDA AO SETOR PRIVADO SOMA MAIS DE R$ 400 MILHÕES

Oprincipal corredor logístico do Vale do Taquari passa por transformação. A nova etapa de duplicação deve ficar pronta até julho de 2023. São 20,3 quilômetros entre Laje ado e Marques de Souza. A obra recebe investimentos de R$ 300 milhões com pelo menos 600 postos de trabalho.

Outra importante qualificação logística ocorre no trecho urbano de Lajeado e Estrela. A constru ção de 10,2 quilômetros de faixas adicionais, ampliação de viadutos e novo trevo recebem aporte de R$ 100 milhões e geram 300 empre gos. Nessa etapa a conclusão está prevista para fevereiro de 2024.

A rodovia que passou para con

cessão da CCR ViaSul amplia a capacidade logística da região e melhora a competitividade. De acordo com a diretora de enge nharia da CCR Rodovias, Thaís Caroline Borges, o Vale vive um momento de transformação para sustentar o crescimento dos últi mos anos.

“O empresário quando olha para o Vale com fluidez só pode esperar mais desenvolvimento”, pontua Thaís. Segundo ela, o Gru po CCR, em 2022, tem seus maio res investimentos voltados ao RS. São mais de R$ 520 milhões des tinados às rodovias gaúchas, entre elas, as da região.

Outra importante obra é a pri meira usina de asfalto quente pró pria da CCR no Brasil. A estrutura

em construção em Estrela repre senta a aplicação de R$ 20 milhões e projeção de 60 empregos. A uni dade será inaugurada ainda este ano e processará 160 toneladas por hora.

Conforme Thais, foi algo ensaia do há muito tempo e traduz tam

bém o compromisso social ao rea proveitar material para produzir o usinado quente. “É uma estrutura pioneira no país. Vai apoiar toda a nossa expansão ao longo da BR e traz uma grande expectativa de resultados no desenvolvimento da infraestrutura.”

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AMPLIAÇÃO DE FAIXAS E MELHORIAS NOS VIADUTOS INTEGRAM PROGRAMA DE INVESTIMENTOS NA BR-386 EM LAJEADO
OBRAS NA BR-386 DUPLICAÇÃO 600 20,3 quilômetros entre
R$
milhões Empregos: FAIXAS ADICIONAIS 10,2 quilômetros
R$
300
INFRAESTRUTURA DIRETORA DE ENGENHARIA DA CCR RODOVIAS, THAÍS BORGES, DESTACA PERÍODO DE TRANSFORMAÇÃO DO VALE LUÍSA HUBER ALDO LOPES
Marques de Souza e Lajeado Prazo: até julho/23 Investimento:
300
em ambos os sentidos entre Lajeado e Estrela Prazo: até fevereiro/24 Investimento:
100 milhões
Empregos: USINA DE ASFALTO implantada em Estrela Prazo: início de operação ainda para 2022 Investimento: R$ 20 milhões 60 Empregos:

NEITZKE

FELIPE

INFRAESTRUTURA

INICIATIVAS PARA GERAR ENERGIA E QUALIFICAR A DISTRIBUIÇÃO SOMAM MAIS DE R$ 300 MILHÕES. ENTRE OS PRINCIPAIS INVESTIMENTOS, ESTÃO A CONSTRUÇÃO

DA HIDRELÉTRICA DA CERTEL NA BARRAGEM ECLUSA E A SUBESTAÇÃO DA RGE EM ARVOREZINHA

80 mil

famílias associadas 854 funcionários e terceirizados 48 municípios atendidos

estrutura, deve atrair outros negó cios para atender demandas do co tidiano desses trabalhadores.

Natural de Bom Retiro do Sul, o secretário estadual de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo, Mauro Hauschild, destaca opor tunidades e potenciais. “A cidade precisa desse investimento e traz sonhos para mudar a realidade das

Para assegurar o crescimento da demanda e o nível de exigência do associado, mais investimentos fo

niciativas para gerar ener gia e qualificar a distribui ção somam mais de R$ 300 milhões. Entre os principais investimentos, a construção da hi drelétrica no Rio Taquari e subes tação na região alta do Vale De uma pequena barragem em Teutônia a uma cooperativa com presença em 48 cidades e que dis tribui energia para mais de 75 mil associados. Essa foi a transforma ção da Certel com a força de traba lho e o aproveitamento do poten cial da região.ram anunciados. Entre eles estão a hidrelétrica no Rio Taquari com projeto de R$ 250 milhões e a Pe quena Central Hidrelétrica (PCH), no Rio Forqueta, estimada em R$ 60 milhões.

famílias.”

Hauschild acompanhou por anos o trabalho do pai em área pró xima da barragem e agora preten de empreender com uma pequena vinícola e hotel. Ele acredita que esse também será o sentimento de outras pessoas em oferecer opções para a permanência dos jovens no município.

5 subestações 74 mil postes de concreto 4 hidrelétricas (PCHs)

Cruzeiro do Sul, onde será ins talada a hidrelétrica, há expec tativa por royalties para outras três cidades na área alagada pela barragem. De acordo com o prefeito de Bom Retiro do Sul, Edmilson Busatto, todos esses detalhes ainda serão verificados e por isso não há uma projeção

“Nesse primeiro momento o maior ganho para o município será a geração de emprego e renda”, avalia Busatto. Segundo o chefe do Executivo, o retorno da ope ração da barragem é baixo e não impacta no orçamento municipal, mas o cenário pode mudar a partir

35

lojas

Investimento

“Para os próximos anos, o foco está na geração de energia sem descuidar da distribuição e das indústrias. Vamos cada vez mais precisar de energia para manter o crescimento do Vale”, observa o presidente da Certel, Erineo Hen nemann. Segundo ele, no caso da hidrelétrica na Barragem Eclusa em Bom Retiro do Sul, a geração deve abastecer cerca de 100 mil pessoas.

Rio Taquari 16km da sede municipal

Complexo hidrelétrico

PRESIDENTE DA CERTEL, ERINEO HENNEMANN, DETALHA INVESTIMENTO DE R$ 250 MILHÕES PARA CONSTRUÇÃO DA HIDRELÉTRICA NA BARRAGEM

Na percepção do prefeito, João Dullius, essa é uma conquista da região diante do engajamento de vários líderes e da força do coopera tivismo. “Assim como o Cristo é do Vale, a hidrelétrica também será.” Além da receita gerada para

obras previstas para iniciarem nos próximos meses, serão criados cerca de 500 postos de trabalho.

“Vamos agregar à barragem uma hidrelétrica sem qualquer impacto ambiental.”

Hennemann também reforça

EXPANSÃO DO SISTEMA ELÉTRICO

Avança para a etapa final a cons trução da subestação da RGE, em Arvorezinha. O investimento total alcança R$ 69,5 milhões e deve be neficiar mais de 10,6 mil clientes na microrregião alta do Vale. Os trabalhos também proporcionam 107 vagas de emprego.

A nova unidade, localizada às margens da ERS-332, representa redução nos riscos de interrupção do fornecimento e maior velocida de em restabelecer o serviço. Além disso, possibilita a expansão do sistema elétrico.

PROJETO DA HIDRELÉTRICA

Com previsão de conclusão para dezembro, o empreendimento também deve contribuir no desen volvimento econômico e social. A partir do reforço e segurança na rede elétrica são esperados inves timentos da indústria, do comér cio e do agronegócio.

A HORA | 7 Quinta-feira, 25 agosto 2021
números
Cooperativa em
FERNANDO DIAS/DIVULGAÇÃO
Barragem Eclusa - Bom Retiro do Sul
São Miguel, interior de Cruzeiro do Sul da Certel R$ 250 milhões de investimento 30 megawatts de geração estimada 100 mil pessoas atendidas 448 m³/s de vazão do Rio Taquari
(área de captação, turbinas, sala de máquinas e central de distribuição)
FELIPE NEITZKE 4
Ele considera também uma con quista para o Vale por conta de dé cadas de impasse até uma solução efetiva que deve destravar a obra. “A estrutura contribui no aspecto do turismo de contemplação e po demos avançar nesse sentido.”
MAIS ENERGIA PARA SUSTENTAR CRESCIMENTO
ENTRE BOM RETIRO DO SUL E CRUZEIRO DO SUL PARA OS PRÓXIMOS ANOS, O FOCO ESTÁ NA GERAÇÃO DE ENERGIA SEM DESCUIDAR DA DISTRIBUIÇÃO E DAS INDÚSTRIAS. VAMOS CADA VEZ MAIS PRECISAR DE ENERGIA PARA MANTER O CRESCIMENTO DO VALE DO TAQUARI”
ERINEO HENNEMANN PRESIDENTE
I O investimento compreende a hidrelétrica do lado de Cruzeiro do Sul e linha de transmissão en tre Estrela e Venâncio Aires. Com
ser um sonho de mais de 40 anos. Segundo ele, além de gerar ener gia, a estrutura vai incrementar a economia regional e fortalecer o desenvolvimento na área do turis mo, ao se tornar um novo atrativo para o Vale.

ARROJO E OUSADIA ELEVAM PATAMAR DOS INVESTIMENTOS

DE R$ 340 MILHÕES

Prédios imponentes e pro jetos ousados. O setor da construção civil investe cada vez mais em quali ficação e tecnologia para elevar o nível dos empreendimentos na região. As empresas também aproveitam o momento de expan são econômica impulsionado por diferentes setores para consolidar seus negócios.

Em levantamento junto das maiores cidades da região, o valor dos novos investimentos na área supera R$ 340 milhões. Somen te em Lajeado estão previstos R$ 250 milhões na construção de uni dades residenciais, comerciais e condomínios fechados.

Um destes empreendimentos anunciados este ano é o Diamond Time. O prédio que será construí do no bairro Florestal, em Lajea do, terá duas torres residenciais, cerca de 20 lojas térreas e 3 mil m² de condomínio.

Considerado o maior investi

mento da construtora, o imóvel fica no terreno que era de proprie dade do advogado e professor Ney Santos Arruda. Localizado entre as ruas Olavo Bilac, Dona Theresa Christina e 25 de Julho, o empre endimento terá três frentes.

De acordo com o diretor comer cial da Diamond, Gustavo Schmi dt, outros projetos estão previstos

para 2023, um deles na área cen tral e outro em Conventos. Em Es trela, a construtora é responsável por condomínio com quase 300 lotes no bairro Pinheiro. “A expec tativa da construção civil é muito boa, pois vivemos em uma região próspera e com demanda latente em habitação.”

Ainda de acordo com Schmidt, o desenvolvimento econômico em curso no Vale proporciona valoriza ção e liquidez dos imóveis. “A região se torna referência e alcança reco nhecimento em nível de estado.”

Ao mesmo tempo, o ramo da construção civil também convive

com a escassez na mão de obra. Mesmo assim, as perspectivas são promissoras ao tempo em que outras áreas, como o turismo, se consolidam e formam uma nova matriz econômica ao Vale.

TRANSFORMAÇÃO

EM LAJEADO

Outro projeto arrojado prome te transformar a avenida Alberto Müller. Com design ousado e iné dito na região, a Lyall Construtora e Incorporadora lançou o Lajeado Trade Center. O prédio terá duas torres, uma delas em modelo mi xed-use (formato de escada).

A empresa projeta investir R$ 100 milhões na obra. O formato arquitetônico foi definido para estar em harmonia com a natu reza, a universidade e o bairro. A partir do início das obras, ainda

no primeiro semestre de 2023, a expectativa é concluir a estrutura em 50 meses.

5 CONSTRUÇÃO CIVIL
A EXPECTATIVA DA CONSTRUÇÃO CIVIL É MUITO BOA, POIS VIVEMOS EM UMA REGIÃO PRÓSPERA E COM DEMANDA LATENTE EM HABITAÇÃO. GUSTAVO SCHMIDT DIRETOR COMERCIAL DA DIAMOND
DA CONSTRUÇÃO CIVIL PROJETA INVESTIMENTOS DE R$ 250 MILHÕES PARA LAJEADO DIAMOND TIME É UM DOS EMPREENDIMENTOS COM OBRAS PREVISTAS PARA INICIAR EM 2023. PRÉDIO TERÁ DUAS TORRES E 3 MIL M² DE CONDOMÍNIO
SETOR
DA
GUSTAVO
DIRETOR COMERCIAL
DIAMOND,
SCHMIDT
REPRODUÇÃO
ALDO LOPES
DEIVID TIRP

ANTA GORDA

R$ 10 milhões

Frare Artefatos de Cimento Instalação de fábrica de artefatos de concreto

ARVOREZINHA

R$ 69,5 milhões

RGE

Subestação de energia para a microrregião alta do Vale. Projeção de 107 empregos

TAQUARI

R$ 300 milhões

Adama

Fábrica de fungicida. Expec tativa de 200 empregos

8 milhões

Sollar Sul Sede e centro logístico

POUSO NOVO

R$ 60 milhões

Certel Instalação de Pequena Central Hidrelética (PCH) no Vale do Leite

CRUZEIRO DO SUL

R$ 250 milhões

Certel

Construção de hidrelétrica na barragem. Expectativa de 500 empregos

R$ 6,1 milhões

Haenssgen

Expansão da indústria de madeira, celulose e móveis

R$ 8 milhões

Arla Construção do centro logístico

R$ 3,1 milhões

Próspera Agrícola Dobrar capacidade de montagem para ter espaço de produção própria

ESTRELA

R$ 20 milhões

CCR ViaSul

Construção da primeira usina de asfalto própria da CCR no Brasil. Expectativa de 30 empregos

R$ 18 milhões

Metanox

Ampliação da estrutura em mais 4 mil m². Projeção de 80 empregos

R$ 15 milhões

Nutritec

Ampliação das operações. Expectativa de 20 empregos

R$ 2 milhões

Brasilvale

Ampliação da estrutura para frota. Expectativa de 20 empregos

R$ 41,8 milhões

Construção civil Unidades comerciais e resi denciais

R$ 50 milhões

Languiru

Investimento do segmento de grãos no Porto e centro comercial na Polar

R$ 10 milhões

Nimec

Instalação da sede em área na Linha Santa Rita. Expecta tiva de 20 empregos

R$ 12 milhões

TransWerle

Construção de unidade às margens da BR-386

R$ 50 milhões

Monumento à Bíblia Atrativo turístico

R$ 20 milhões

Medical San

Implantação da nova sede no 386 Business Park . Projeção de 120 empregos

R$ 20

BOM RETIRO DO SUL

milhões

Ferros Castro

Fábrica em área de 57 mil m² às margens da BR-386. Expectativa de 20 empregos

R$ 5 milhões

RGE

Melhorias na rede de distribuição

R$ 14 milhões

JBS

Ampliação da unidade fabril

R$ 1,3 milhão

Nutrisul Ampliação da unidade

R$ 7 milhões

Sistemilk Ampliação da estrutura

FAZENDA VILANOVA

R$ 35 milhões

Sunday Village Care Condomínio residencial

DOUTOR RICARDO

R$ 15 milhões

Arla

Unidade de grãos e loja

ARROIO DO MEIO

R$ 5 milhões

Setor industrial Instalação de fábricas

IMIGRANTE

R$ 30 milhões

Hassmann S.A Modernização da fábrica

R$ 2,5 PARA

R$ 11 milhões

R$

Neugebauer

Ampliação Cronograma com

Girando Sol Modernização da unidade e desenvolvi mento de produtos

Dália Ampliação de leite de frangos

R$

R$ R$ 6,8 milhões Minuano Modernização

6
R$
INICIATIVA PRIVADA PROJETA AMPLIAÇÃO E MODERNIZAÇÃO. CINCO ANOS. LEVANTAMENTO MUNICÍPIOS
Cristo Protetor Conclução das obras

2,5 BILHÕES

PARA O VALE

PROJETA

LAJEADO

R$ 100 milhões

CCR ViaSul

Ampliação da capacidade de fluxo na BR-386 no trecho entre Lajeado e Estrela

R$ 30 milhões

Docile

Ampliação da estrutura e equipamentos

R$ 2,8 milhões

R$ 20 milhões

Refricomp Ampliação da fábrica

R$ 10 milhões

Hotel Vallér

Construção de complexo hoteleiro

R$ 3,5 milhões

Sicredi Integração RS/MG Agência de negócios no bairro Bom Pastor

R$ 10 milhões

CEAT

Reforma do prédio histórico

R$ 6 milhões

Nativa Sede própria e ampliação da capacidade produtiva

R$ 3 milhões

A Mobília Construção de centro de distribuição

ENCANTADO

R$

50 milhões

5 milhões

8,9 milhões Construção de granjas Estruturas no setor avícola

Gráfica Cometa Ampliação e modernização da unidade. Expectativa de 15 empregos

R$ 4 milhões

Maxiclip

Ampliação de estrutura no Distrito Industrial

R$ 50 milhões

Florestal

Ampliação, reconstrução e modernização de estrutura

PROGRESSO

R$ 250 milhões

Construção civil Construção de prédios residenciais e comerciais e condomínios fechados

POÇO DAS ANTAS

ROCA SALES

R$ 15,5 milhões

Setor primário Nove aviários e dois chiqueirões

milhões

22 milhões Construção civil Novos empeendimentos comerciais e residenciais

R$ 20 milhões

Languiru

15 milhões obras do monumento e entorno

200 milhões

Ampliação da fábrica. Cronograma até 2032 150 empregos

20 milhões

Dália Ampliação nas unidades leite UHT e frigorífico frangos

2,5 milhões

R$ 50 milhões

BRF

Ampliação e modernização da fábrica de rações

4,1 milhões

MATO LEITÃO

R$ 6 milhões

Balcão de Eletros Implantação do complexo comercial e centro logístico

R$ 5,7 milhões

Biscobom Reconstrução da fábrica. Projeção de 55 empregos

R$ 1,8 milhão

PSG Ind. e Com. de Vidros Ampliação da unidade. Expectativa de 5 empregos

4,1 milhões

PAVERAMA

R$ 153 milhões

Fruki

Nova fábrica de água mineral e refrigerante

Modernização do frigorífico de suínos a ampliação da área de inspeção federal

MARQUES DE SOUZA

R$ 1 milhão

Solupack

Ampliação da indústria gráfica. Expectativa de 10 empregos

R$ 4,1 milhões

Serraria Madepalmas

Ampliação da indústria. Ex pectativa de 7 empregos

TEUTÔNIA

R$ 38,5 milhões

Languiru Fábrica de queijos e ampliação do frigorífico de bovinos

R$ 300 milhões

CCR ViaSul

Duplicação da BR-386 no trecho entre Lajeado e Marques de Souza. Mais de 600 empregos

Madeireira Travessão

Ampliação da capacidade de beneficiamento de madeira

R$ 2,8 milhões WESTFÁLIA

R$ 32,5 milhões

Languiru

7
Ampliação da sala de cortes do frigorífico de aves e lojas PELO MENOS R$ 2,5 BILHÕES EM NOVAS ESTRUTURAS, MODERNIZAÇÃO. RECURSOS DEVEM SER APLICADOS NOS PRÓXIMOS LEVANTAMENTO CONSIDERA EMPREENDIMENTOS DIVULGADOS AOS MUNICÍPIOS E GOVERNO DO ESTADO
Neugebauer
R$
Centralsul Modernização e ampliação. Expectativa de 55 empregos
R$
Free Tintas Ampliação e modernização. Expectativa de 29 empregos
Minuano Modernização da indústria
Boulevard Encantado Complexo turístico próximo ao Cristo Protetor
R$
Setor hoteleiro Novos empreendimentos e ampliação de leitos
R$
R$
R$
Fontana S/A Ampliação da unidade

SETOR PRIMÁRIO

PRODUÇÃO DE CARNES E GRÃOS LIDERAM PROJETOS NO AGRO

A R$ 190 MILHÕES

Aprodução integrada e as agroindústrias de alimentos fortalecem o agronegócio na região. O setor é um dos esteios da eco nomia e, além de gerar renda às famílias nas propriedades, tam bém cria empregos e proporciona desenvolvimento social.

Para contemplar as diversas oportunidades, empresas pro movem investimentos e ampliam a capacidade. Já para suprir os elevados custos de produção nas indústrias de carnes, o setor aposta no incremento das áreas de grãos. A soja, o milho e o trigo, além do valor de mercado, são os principais componentes da nu trição animal.

Com o desafio de tornar o produto final mais competitivo, a Languiru anunciou R$ 40 mil hões para a compra de unidade na área portuária de Estrela. O

complexo de armazenamento e secagem de grãos tem capacidade total estimada em 60 mil tonela das. As operações devem iniciar ainda em dezembro.

Conforme o presidente da Lan guiru, Dirceu Bayer, essa estrutu ra deve complementar a demanda na fábrica de rações e aproveitar o potencial logístico. “Estamos ao lado da BR-386 e já existe uma infraestrutura de ferrovia que in gressa na área, e o porto, tudo isso muito nos interessa.”

Outra cooperativa a promover investimentos é a Arla. O volume total previsto para o próximo ano alcança R$ 35 milhões. A maior parte dos recursos será para uni dades de grãos, entre elas uma em Doutor Ricardo. A estrutura para atender a microrregião alta do Vale ainda contempla loja ag ropecuária.

Conforme o presidente da Arla, Orlando Stein, os valores já foram aprovados pelo conselho e há uma expectativa muito forte para o

agronegócio. “Nossa preocupa ção é que o governo interfira nas relações de mercado. Se deixar da forma como está, teremos muitas oportunidades em fornecer ali mentos ao mundo.”

Esse otimismo pela valoriza ção dos grãos também incentiva o aumento de área por parte dos produtores. Dados da Emater/ RS-Ascar indicam o cultivo em 58,1 mil hectares, o incremento em relação à safra passada chega a quase 3%.

AMPLIAR ESCALA E DIVERSIDADE DE PRODUTOS

Duplicar a capacidade de arma zenamento de grãos também é a estratégia da Dália. A cooperativa assinou em setembro contrato de financiamento com o Banco Re gional de Desenvolvimento do Ex tremo Sul (BRDE) no valor de R$ 20 milhões.

Outra parte do valor será desti nado para o depósito de leite UHT e melhorias no frigorífico de fran go. Essas mudanças contribuem para qualificar o fluxo operacional e aumentar a escala de produção.

Ao mesmo tempo, a cooperativa aposta na diversidade de produ tos. O crescimento da Dália a

partir do segmento de suínos tam bém é registrado com aves, leite e ração. Para os próximos anos a estratégia é investir em automa ção e rentabilidade para promover melhor distribuição de resultados.

8 ESTAMOS
BAYER PRESIDENTE DA LANGUIRU
NA
R$ 40
AO LADO DA BR-386 E JÁ EXISTE UMA INFRAESTRUTURA DE FERROVIA QUE INGRESSA NA ÁREA, E O PORTO, TUDO ISSO MUITO NOS INTERESSA” DIRCEU
LANGUIRU AMPLIA ATUAÇÃO
ÁREA DE GRÃOS COM A COMPRA DE ESTRUTURA NO PORTO DE ESTRELA, AO VALOR DE
MILHÕES
REGIONAL CHEGAM
ALDO LOPES
E SEGMENTO DE GRÃOS
DÁLIA
PREPARA INVESTIMENTO DE R$ 20 MILHÕES PARA AMPLIAÇÃO DA UNIDADE DE LEITE UHT, FRIGORÍFICO DE FRANGOS

TURISMO SE CONSOLIDA COMO NOVA MATRIZ ECONÔMICA

COMPLEXO MULTIEXPERIÊNCIA E MONUMENTO À BÍBLIA DEVEM GERAR CERCA DE R$ 100 MILHÕES EM INVESTIMENTOS. OBRAS COMPLEMENTAM ESTRUTURA DE TURISMO DO VALE DO TAQUARI

Oturismo representa um novo marco para a região. Ao consolidar atrativos como o Trem dos Vales e o Cristo Protetor, cada vez mais empreendimentos surgem para reforçar o potencial econômico. Entre os projetos em desenvolvimento estão o Boule vard, em Encantado, e o monu mento à Bíblia, em Estrela. Cada um é estimado em R$ 50 milhões.

De acordo com o CEO do Bou levard Encantado, Fábio Vitória, o complexo proporciona multi experiências e leva em conside ração as melhores tendências do mercado com serviços, comércio e hospedagem em um mesmo local. “Nossa ideia é oferecer apoio ao Cristo Protetor e ser mais um atrativo para o turismo da região.”

Localizado no alto do morro, próximo à Lagoa da Garibaldi e ao parque do Cristo Protetor, o

Boulevard Encantado foi projeta do para ser um ponto de encon tro dos visitantes com diferentes experiências. Entre as principais áreas contempladas estão o tur ismo religioso, cultural, rural, de natureza e de gastronomia.

Ainda conforme Vitória, o setor se desenvolve de forma rá pida e o Vale precisa aproveitar essa oportunidade. “O Cristo Protetor ganhou visibilidade in ternacional e atrai, mesmo em obras, mais de 15 mil visitan tes por mês.” Além do principal atrativo em Encantado há vários outros que fortalecem o poten cial da região e geram oportuni dades de negócios.

A construção do complexo ini ciou em setembro e deve ficar pronta até outubro do próximo ano. Uma segunda etapa inclui a obra do Hotel Laghetto. O em preendimento deve gerar pelo menos 400 postos de trabalho.

DETALHES DO BOULEVARD

• Área total: 16,2 mil m²;

• Área construída: 7,9 mil m²;

• Multiverso Experience;

• Solarium gastronômico;

• Praça de alimentação ao ar livre;

• Áreas de lazer;

• Mirantes;

• 21 lojas que variam de 48m² a 416,65m²

em diversos segmentos: gastronomia, moda, saúde, beleza, serviço, hotelaria, lazer e entretenimento;

• Rooftop para eventos com vista panorâmica do Cristo Protetor, Lagoa da Garibaldi e vale;

• Amplo estacionamento e bicicletário.

Um dos principais atrativos da região segue em obras e já atrai milhares de visitantes por mês.

Iniciado em 2019, o Cristo Pro tetor, em Encantado, representa investimento de mais de R$ 15 milhões da iniciativa privada.

Desse total, R$ 4,3 milhões são o valor da estátua. Ainda restam

R$ 11 MILHÕES NO CRISTO PROTETOR MONUMENTO À BÍBLIA

cerca de R$ 11 milhões para con cluir o monumento e a infraestru tura no entorno. Esse recurso é obtido por meio de doações e colaborações dos visitantes. De acordo com o gestor da Associa ção Amigos de Cristo, Fabrício Medeiros, nenhum recurso pú blico foi utilizado na obra.

A maior estrutura do mundo em formato de Bíblia deve ser construída em Estrela. A inicia tiva é da Comunidade Cristo Vive, com projeção de investir R$ 50 milhões. Os recursos serão da ini ciativa privada.

O monumento terá 12 andares, com espaços interativos, que con tam a história do cristianismo em cada pavimento. Serão 40 metros de altura, largura de 12 metros e comprimento de 48 metros.

Haverá uma esplanada de 120 metros de diâmetro com fonte de água dançante.

Um pórtico já foi adquirido pela igreja e a pedra fundamen tal inaugurada. A intenção é atrair visitantes, em especial ao turismo religioso. O projeto aproveita o crescimento turístico na região, com a obra do Cristo Protetor.

PROJETO DO MAIOR MONUMENTO À BÍBLIA FOI APRESENTADO À COMUNIDADE E AVANÇA EM BUSCA DE RECURSOS. OBRA É ORÇADA EM R$ 50 MILHÕES 9
APOSTA REGIONAL
JHON TEDESCHI FELIPE NEITZKE
PARA O DESENVOLVIMENTO
DA REGIÃO DIVULGAÇÃO
CEO DO BOULEVARD, FÁBIO VITÓRIA, DESTACA O TURISMO COMO POTENCIAL
ECONÔMICO E SOCIAL

OBRAS CRIAM OPORTUNIDADES E EXPÕEM LACUNA PROFISSIONAL

“A REGIÃO VAI CRESCER CADA VEZ MAIS”

Quais foram as contribuições das obras de infraestrutura nas décadas de 60 e 70 para o desenvolvimento econômico e social do Vale?

Cintia Agostini – Tendo infraestrutura energética, de rodovias e de telecomunicações, os outros negócios conseguem pensar a alavancagem e se beneficiar a partir destas perspectivas. Tivemos no Brasil e no mundo investimentos robustos do setor público. Naquela época várias obras estavam vinculadas ao governo que, com o passar dos anos, repassou as estruturas ao setor privado por meio de concessões.

– O que impulsiona esse novo ciclo de obras e quais os impactos?

CONTRIBUEM NA DINÂMICA DA ECONOMIA E FORTALECEM A COMPETITIVIDADE PRODUTIVA. COM A EXPANSÃO DOS NEGÓCIOS, MAIS DE 3,5 MIL EMPREGOS SERÃO GERADOS

Aforça do agro, o poten cial do turismo e a lo calização estratégica atraem cada vez mais investidores ao Vale. Ao viabilizar os empreendimentos, há benefí cios diretos e momentâneos com a implementação das estruturas. Nesse caso, a contratação de tra balhadores e serviços locais re troalimenta a economia.

Já a partir do momento que fo rem consolidados, os empreen dimentos passam a beneficiar a região com a dinâmica e resultado dos negócios. Além disso, atraem mais pessoas, ampliam resultados e mostram a dinâmica da prospe ridade do Vale. Essa é a avaliação da economista Cintia Agostini, que alerta para a necessidade da qualificação profissional.

Ainda de acordo com Cintia, muitas dessas conquistas são re sultados dos expressivos projetos de infraestrutura nas décadas de

60 e 70. O diferencial agora é a ori gem das iniciativas, que passam a ser do setor privado.

Ao aproveitar as características do Vale, muitos dos empreendi mentos surgem às margens da BR-386, que se consolida como corredor para o desenvolvimento regional. Um destes exemplos é o 386 Business Park. De acordo com o CEO do Richter Gruppe, José Paulo Richter, o Vale vive um novo momento.

“Temos uma região diversifica da, com 36 municípios pujantes e suas particularidades. Com mais uma etapa de duplicação da BR386, a rodovia se consolida como passarela para nossos negócios”, avalia Richter.

Dessa forma também define o 386 Business Park como vitrine. O complexo comercial e turístico oferece cerca de 100 terrenos e es timativa de atrair mais de R$ 200 milhões em investimentos, além

TEMOS UMA REGIÃO DIVERSIFICADA, COM 36 MUNICÍPIOS PUJANTES E SUAS PARTICULARIDADES. COM MAIS UMA ETAPA DE DUPLICAÇÃO DA BR-386 A RODOVIA SE CONSOLIDA COMO PASSARELA PARA NOSSOS NEGÓCIOS”

de gerar 500 postos de trabalho. Nessa primeira etapa, a empresa Medical San conclui a instalação da nova sede. Também está em obras no local uma praça intera tiva que destaca os atrativos das cidades do Vale.

Cintia – Os limites de capacidade, seja na energia, logística ou comunicação, proporcionam oportunidades. Quando consolidados, a dinâmica da economia é beneficiada e seus resultados geram mais negócios. Isso tende a atrair pessoas, e mostra que é uma região próspera repleta de atrativos para outros investidores.

O que o Vale pode esperar a partir dos investimentos da iniciativa privada para os próximos anos?

Cintia - Todos os investimentos

conquistados vão promover um novo ciclo de desenvolvimento na região. Isso favorece e propicia mais dinamicidade, competitividade e produtividade. Ao mesmo tempo há retorno direto com a contratação da mão de obra, consumo no comércio local e retorno de impostos.

Quais são os desafios diante desse novo momento?

Cintia – São diversos. Tanto na perspectiva de impulsionar os negócios quanto na visão empreendedora de viabilizar os investimentos. Outra situação é a mão de obra, não somente em quantidade, mas pela qualidade que os empreendimentos requerem. Nesse sentido há o desafio de manter as pessoas com conhecimento e atrair outras para a região.

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
INVESTIMENTOS
PRODUTOS
R$ 300 MILHÕES NA FÁBRICA EM TAQUARI PRIMEIRO EMPREENDIMENTO NO 386 BUSINESS PARK SERÁ INAUGURADO EM DEZEMBRO
EMPRESA DE
AGRÍCOLA, ADAMA, INVESTE
DIVULGAÇÃO

“O VALE TEM INDÚSTRIAS DE REFERÊNCIA PARA O RS”

Os frequentes investi mentos e oportunida des para o empreen dedorismo fazem a região assumir posição de desta que frente ao estado. Parte desse protagonismo tem como pilar o agronegócio. Outros setores como a indústria de alimentos e bebidas, de metalmecânica, quí micos e construção civil também despontam.

Pela análise do secretário es tadual de Desenvolvimento Eco nômico, Joel Maraschin, é uma região muito produtiva e diver sificada. “O Vale tem indústrias de referência ao RS. Além de um povo trabalhador, há importantes investimentos em tecnologia que elevam a competitividade.”

Entre os exemplos de sucesso, Maraschin indica a Fruki Bebidas que confirmou a construção de fá

brica em Paverama. “A empresa tem o guaraná líder de mercado no RS. Agora serão investidos mais de R$ 153 milhões para am pliar a capacidade produtiva.” Outra indústria que se destaca é a Neugebauer, com sede em Ar roio do Meio. Em setembro a em presa assinou protocolo de inten ções para investir R$ 200 milhões até 2032. A primeira etapa de R$ 80 milhões contempla ampliação

da fábrica para novos produtos. Com esse aporte, a intenção é ge rar 150 empregos.

O titular da secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico ainda reforça os ajustes feitos no Estado para reduzir a burocracia e incentivar o empreendedorismo. “Algumas reformas foram até im populares, mas necessárias para ajustar o caixa do governo e colo car a casa em ordem. Agora será possível avançar ainda mais em parcerias e fortalecer o setor pri vado”, reitera Maraschin.

Como facilidades aos empresá rios, deixa o exemplo do Tudo Fácil Empresas. Maraschin considera uma iniciativa pioneira no país onde é possível registrar uma em presa em 10 minutos e sem cobran ça de taxas. Além disso, observa a importância do Fundo Operação Empresa do Estado do Rio Grande do Sul (Fundopem), que neste ano autorizou 13 projetos que somam R$ 73,2 milhões com expectativa de gerar 169 empregos.

Pela avaliação do secretário, o Fundopem reflete a retomada eco nômica. “Vivemos um novo mo

mento. Projetos que antes demora vam um ano até a aprovação, agora são liberados em até 30 dias. Isso fez com que tivéssemos o maior volume de recursos autorizados em dez anos”, frisa Maraschin.

Ele ainda considera que indife rente da situação política, da se quência ou não no governo, traz como legado os ajustes responsá veis por incentivar o empreende dorismo. Também pontua a neces sidade de políticas para resolver problemas da irrigação e capaci tação nos municípios voltados ao

11 PROJETOS DO
NO VALE REPRESENTATIVIDADE
FUNDOPEM
setor
13 R$ 73,2 milhões empresas de investimentos autorizados em 2022 169 empregos previstos PROTOCOLOS DE INTENÇÕES R$ 153 milhões Fruki Bebidas R$ 200 milhões Neugebauer FRUKI BEBIDAS INICIA CONSTRUÇÃO DA FÁBRICA EM PAVERAMA. INVESTIMENTO SUPERA R$ 153 MILHÕES NEUGEBAUER PROJETA INVESTIR R$ 200 MILHÕES EM DEZ ANOS NA UNIDADE EM ARROIO DO MEIO. PRIMEIRA ETAPA COMPREENDE DUPLICAÇÃO DA CAPACIDADE PRODUTIVA SECRETÁRIO ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, JOEL MARASCHIN SECRETÁRIO ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, JOEL MARASCHIN, AVALIA ATUAL MOMENTO DA REGIÃO E DESTACA POTENCIAL A PARTIR DA PRODUÇÃO DIVERSIFICADA E INVESTIMENTOS EM TECNOLOGIA QUE ELEVAM COMPETITIVIDADE
privado.

VISÃO: ONDE QUEREMOS CHEGAR? ARTIGOARTIGO

Investir significa aplicar recur sos, tempo e esforço com o obje tivo de conquistar alguma coisa. Em uma empresa, pode ser algo como aplicar, no presente, um valor em terrenos, prédios e equipamentos e ver uma matéria-prima ser trans formada em produtos e serviços. A expectativa é que estes, depois de vendidos, gerem ao investidor, no futuro, mais dinheiro do que ele aplicou. Ou seja, o investidor paga para ver. E confia que sua aposta se realizará.

Para que isso seja possível, o em preendedor precisa enxergar antes o que o mercado quer. O problema é que a maior parte dos empreende dores não tem certeza sobre o que, exatamente, o mercado quer. Quem tem essa resposta? O mercado? Os consumidores? Como saber?

A resposta está na visão do empre sário. Ele enxerga antes e acredita piamente que sua ideia se realizará. Mobiliza recursos financeiros que vão resultar em produtos e serviços que serão ofertados e vendidos aos consumidores para obter mais dinhei ro. E haverá demanda para toda nova oferta? Quem garante?

Ninguém garante. Apenas o empre endedor, em sua visão, acredita nesta garantia. É ele que correrá o risco de investir para depois saber se haverá retorno. É o passar do tempo que permitirá descobrir o resultado dos esforços empreendidos. A matemáti ca nem sempre é precisa nestas ava liações. Moedas mudam, indicadores de inflação desaparecem, projetos são descontinuados ou adaptados. Mas a visão do dono, lá atrás, antevê este fu turo incerto com otimismo. Sem esta visão, não haveria investimento.

Em visitas a empresas, uma parte da cultura organizacional costuma se revelar em frases ou quadros espalha dos em salas e corredores que tratam destes princípios da empresa:

INVESTIR SIGNIFICA

APLICAR RECURSOS, TEMPO E ESFORÇO COM O OBJETIVO DE CONQUISTAR ALGUMA COISA. EM UMA EMPRESA, PODE SER ALGO COMO APLICAR, NO PRESENTE, UM VALOR EM TERRENOS, PRÉDIOS (...)”

• Missão (o que, como, para quem?);

• Visão (onde queremos chegar?); e

• Valores (no que acreditamos?).

Em um momento em que o Vale do Taquari celebra tantos investimentos, é im portante lembrar que, por trás deste volume fantástico de recursos, estão empreendedo res de diferentes segmentos investindo mi lhões e milhões de reais, gerando centenas de empregos e, sobretudo, apostando para ver. Eles estão concretizando projetos que conduzirão à visão que têm do futuro.

Estes homens e mulheres acreditam que o nosso Vale dará retorno positivo para estes investimentos. E esta confian ça, sempre essencial para os negócios, é fundamental para moldar nosso destino como região. Antever este futuro só é pos sível com visão. E, se visão é saber onde se quer chegar, podemos comemorar: neste momento, as apostas se mostram altamen te otimistas.

O VALE DA DIVERSIDADE

Aindústria de trans formação, o setor primário, a constru ção civil e o turismo. Esses são apenas alguns dos tantos segmentos em que a região se especializou. Essa evolução é comprovada pelo volume de investimentos anunciados e revela o quanto de oportunidades temos na região.

As cifras milionárias que constam neste “Documen to A Hora” são apenas uma parte. Aqui destacamos o setor privado, não fazem parte do levantamento as obras públi cas. Essas se somam a tantas outras iniciativas de empresá rios e produtores de diferentes portes que corroboram com um momento de transforma ção do Vale.

Tudo isso ocorre em meio a um cenário econômico ainda impactado pela pandemia e um período de insegurança política no pós-eleições. Mes mo assim, a força e o otimis mo pairam, afinal, o desenvol vimento não pode parar.

Se em cinco décadas, desde as maiores obras de infraes trutura na região, consegui mos chegar onde estamos, como serão os próximos 50 anos? Tenho a percepção que iniciamos um novo ciclo virtu oso. Os investimentos revelam a diversidade econômica e a determinação de pessoas empreendedoras.

Aliado ao perfil de associa

SE EM CINCO DÉCADAS, DESDE AS MAIORES OBRAS DE INFRAESTRUTURA NA REGIÃO, CONSEGUIMOS CHEGAR ONDE ESTAMOS, COMO SERÃO OS PRÓXIMOS

tivismo e cooperação, temos o privilégio de um corredor logístico como a BR-386, as belezas naturais e um setor produtivo dedicado. A combi nação desses fatores já reflete na representatividade frente a outras regiões.

Para seguir com os avanços, o trabalho é o caminho. Ape nas torcer não será suficiente, é importante “jogar” junto. Ainda que um dos desafios seja a mão de obra e a qualifi cação profissional, há várias oportunidades a se explorar.

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Confira o vídeo sobre a reportagem por meio do QR Code PALAVRA DO FELIPE NEITZKE, JORNALISTA
50 ANOS?”
FERNANDO RÖHSIG, CONSELHEIRO DE ADMINISTRAÇÃO (CCA - IBGC)

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