Destaque nas pistas do Vale Classificada para PáginasBoston20e21Páginas 3 a 7 Eu AtlEtA ins Pir Ação PADEl E BEAch tEnnis despontam na região nAs ArEiAs E nAs quADrAs Crescimento no número de atletas, competições e empreendimentos voltados aos esportes evidenciam a ascensão das raquetes no Vale do Taquari campeão em três Páginasmodalidades16a18Páginas8a14rumoAotoPo cassiana stringhiniMárcia Bonaldo Jardel martins 7ª EDição











JUlHo/2022
Diretor e xecutivo: Adair Weiss Diretor D e Merca D o e e stratégia: Fernando Weiss Diretor D e conteú D o e D itorial: Rodrigo Martini De M ais Pro D utos e s erviços D o g ru P o a Hora Jornal A Hora Jornal Nova Geração Rádio A Hora 102.9 Eficiência Logística Núcleo de PublicaçõesPesquisaAHora A Hora Eventos Tudo na Hora grupo a Hora: avenida Benjamin constant, 1034, centro, lajeado/rs Fone: 51s3710-4200.ite www.grupoahora.net.br e M ails comercial@grupoahora.net.brrecepcao@grupoahora.net.brredacao@grupoahora.net.br t extos Ezequiel CaetanoNeitzkePretto F otos Ezequiel ArquivoCaetanoNeitzkePrettopessoalDivulgação arte e D iagra M aç Ã o Fábio LeonardoCostaDullius
As modalidades da vez
A expressão popular diz que o Brasil é o país do futebol. É o esporte mais jogado, o mais famoso, o mais consumi do e comentado. A Seleção Brasileira é a maior campeã do mundo, com cinco títulos. Milhões de crianças sonham em ser jogar como Neymar, Vinícius Jr, Casemiro, Marcelo e afins. Mas será sempre assim? Talvez não. O futebol inclusive já foi mais forte, mais jogado e mais consumi do do que hoje. A globalização e o fácil acesso aos esportes de todos os cantos do mundo fizeram com que novas modalidades chegassem ao Brasil. No Vale do Taquari, duas têm se destacado e estão em plena ascensão: o padel e o beach tennis. O crescimento destes esportes é o tema principal da sétima edição da Revista Desafio. Eles chegaram ao Vale em 1995, quando dois irmãos construíram uma quadra de padel na Marina do Vale, em La jeado. Na época, imaginavam que o esporte atrairía um bom número de praticantes. Estavam certos. Em 27 anos, as raquetes passaram a ser comuns na região. Alguns anos após o padel, foi a vez do beach tennis chegar por aqui. Hoje, os dois esportes unem milhares de atletas. Empreendimentos e negócios surgem por causa deles. Atletas do Vale inclusive defendem as cores da Seleção Brasileira nas modalidades. O futebol ainda é o esporte mais praticado, mas ganhou dois grandes concorrentes. A Revista Desafio não conta apenas a história de ascensão deles. Nela, são contadas também as histórias de Márcia Bonaldo, Jardel Martins e Cassiana Stringhini, destaques em seus esportes. Seja nos campos de futebol, nas quadras de beach tennis, nas pistas de kart, nos tatames de jiu-jitsu ou nas corridas de rua, a região está muito bem representada por atletas de excelência. editorial


É pouco comum mulheres competi rem com os homens nas principais ca tegorias do automobilismo. Na Fórmula 1, não há mulheres como piloto desde 1992, quando Giovanna Amati pilotou o carro da Brabham, por três provas. Ape sar de todo esse cenário voltado para o masculino, a advogada lajeadense Már cia Elisa Bonaldo, 58, rompe barreiras e participa de provas de kart no Vale.
Dona das pistas
JULHO/2022 Histórias de atletas que superaram desafios para chegar ao topo InspI raçãO
Elisa Bonaldo advogada Se
Apaixonada por velocidade, a advogada Márcia Elisa Bonaldo, 58, divide o tempo livre entre os passeios de moto e as corridas de kart.
desistirbrincadeiraparticiparquetambém.perder,ótimo.ganhar,seótimoOvaleédaejamais”


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Márcia comenta que não se prepara para as corridas e sim para a vida. “Tenho como ideia morrer jovem o mais velha possível”, brinca. Por isso, cuida da alimentação, faz caminhadas, anda de bicicleta e frequenta academia. “As corridas de kart fazem parte da preparação”, destaca. Para participar das corridas, comenta que tenta ter disposição, concentração e maquia gem em dia. “Se ganhar, ótimo, se perder ótimo também. O que vale é participar da brincadeira e desistir jamais.” conhecer lugares e fazer amigos. Após isso foi criado um grupo de motoci clismo, que até hoje de uma forma ou outra permanece na estrada. Hoje, Márcia prefere viajar sozinha. “Ainda causa espanto mulher em uma moto com mais cilindradas. É nesse momento que vejo que o mundo ainda precisa mudar, mas sei que não serei eu que vou mudá-lo.” Cita também que é gratificante as pessoas a admirar pelo estilo de vida que tem. Hoje ela compartilha a paixão de motociclismo com o neto. “Segui mos com os desafios e superações nos limites de cada um.”
A advogada é um dos principais desta ques nas provas do KartShow, emdoArroioMeio
Cita que perdeu as contas de quantas corridas participou desde 2018. No Kart Show são encontros semanais. Para ela, foram duas corridas especiais. Uma delas quando competiu com o irmão. “Me senti no ápice da felicidade.” A outra foi em um campeonato no próprio KartShow, em março de 2021, quando largou em último e terminou em segundo lugar. “Meu esforço para tentar ultrapassar o piloto que estava em primeiro lugar e o narrador da corrida descrevendo aqueles momentos, foi emocionante demais. Foi sensacional.”
Ela corre como forma de diversão e de bem estar. No entanto, a cada cor rida tenta se aperfeiçoar, diminuir os erros e o tempo, além de buscar estar no Top 10 do KartShow – lista com os melhores tempo da pista. “Com muito orgulho e esforço o meu nome consta na lista.” Para isso, recebe muitas dicas do irmão, que foi atleta profissional, e dos adversários de pista.
PreparaçãoProfissionalização
O kart entrou na vida de Márcia através do irmão Mauro, que participava de com petições. Torcedora número um conheceu vários kartódromos do país. Ao procurar opções para se divertir, decidiu se arriscar na modalidade. “Sempre gostei de acelerar, pois a adrenalina faz com que eu mantenha meu corpo e mente saudáveis.”Disputou a primeira corrida em 2018, quando um grupo de amigos a convidaram para correr no Velopark. A partir de 2021, com a criação do KartShow, em Arroio do Meio, Márcia virou frequentadora assídua das pistas. “Conheci o local e foi paixão a primeira vista.”
Com habilidade e coragem para profissionalizar-se, Márcia não deu o passo a mais por dois motivos. O pri meiro que não tinha muito espaço para mulheres praticarem o esporte, além do custo alto para participar da moda lidade. “Eram outras épocas, a vida era outra. Hoje, mesmo que quisesse me profissionalizar o tempo para isso já passou. Por questões físicas, idade, e até categorias dentre as modalidades.”
A paixão pela velocidade iniciou aos 14 anos quando aprendeu a an dar de moto. Aos 16, contrariada pelo pai, ganhou a primeira motocicleta e partiu para o motocross. “Na época não tínhamos equipamentos, nem pistas, era tudo no improviso, mas era muito divertido”, lembra. A moto ainda fez parte de outros momentos marcantes. No casamento saiu da igreja com ela, andou de moto quando estava grávida, e até com a filha pequena. “Era tudo muito lindo, e para mim, normal. Para os outros não sei, afinal, na época éramos criadas para casarPassados(risos)”.alguns anos, a vida de Márcia mudou. O sonho por aventuras e adrenalinas seguiu. Em setembro de 2008, concretizou o sonho de comprar uma Honda Shadow 750. Como não tinha parceria para andar, procurou por pessoas com motos estra deiras, que tinham vontade de passear, Encontro no kart


Sobre preconceito, Márcia destaca que não percebe pois não deixa que isso interfira no dia a dia. Ela pensa que uma mulher que faz escolhas por situa ções onde predomina o sexo masculino tem que saber onde e como pisa. “Desde que o mundo é mundo, mulheres e ho mens possuem suas diferenças. Muitas pessoas se anulam por deixar se levar pelo que os outros pensam.”
Quando se trata de mulher pilotar o assunto é complexo, pois não é uma situação comum no cotidiano das pes soas. Mesmo assim, Márcia destaca que o kart é para todos os gêneros e idades. Para atrair mais mulheres ao esporte, cita que falta elas perderem o medo de acelerar. “Ouço muito sobre o medo. Esse talvez seja o maior problema, mas sempre digo para ir com medo mesmo. O que não pode é deixar de fazer certas coisas por preconceito, por medo, ou seja lá o que for.”
Para ela, a convivência com o irmão e o pai ajudaram muito sobre como lidar com os preconceitos e adversidades. “A vida é uma só e vivo a minha, não a dos outros, com ou sem preconceito. Simples assim.”
Ouço muito sobre o medo. Esse talvez seja o sempreproblema,maiormasdigopara ir com medo mesmo” Cita que dentro das pistas ocorrem diversas brincadeiras, principalmen te quando ganha dos homens, e que muitos já reconhecem as habilidades e a admiram por ser mulher. “Sempre rende muitas risadas, pois a cada cor rida é uma zoação uns com os outros. Uma vez se perde, outra se ganha.” Paixão pelo kart foi herdada do irmão
Ser mulher no esporte
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Antes do kart estava sempre disposta a aproveitar as oportunidades que a vida oferecia para conviver melhor com família e amigos. Depois do kart, com uma oportuni dade a mais de fazer o que gosto, com mais amigos, com momentos mais fortalecidos, com mais vontade de se preparar, de se superar, enfim, mais realizada ainda.
“Enquanto aguentar fisicamente irei pilotar”
Por quanto tempo pretende pilotar pelas pistas do estado?
Enquanto aguentar fisicamente irei pi lotar, pois requer um bom preparo físico. Enquanto houver parcerias e enquanto a fase durar. Quando se fala a palavra kart, o que vem na sua cabeça?
Existe Márcia sem kart e kart sem Márcia?
Tudo são fases. No momento, me divirto muito com o kart. O amanhã não se sabe. Desde que o mundo é
outrospelodeixarseMuitassuashomensmulheresmundo,epossuemdiferenças.pessoasanulamporselevarqueospensam”
Um largo sorriso, uma grande sa tisfação de fazer parte da minha vida. Lembra adrenalina, desafios, superação, uma das formas que achei de melho rar minha saúde física e mental. Uma “válvula de escape” onde a gente pode deixar todo estresse do dia a dia, conhe cer amigos. Enfim, descontrair fazendo aquilo que se gosta.
Como era a Márcia antes do Kart e como é hoje?

Sensação no Vale, padel e beach tennis ganham adeptos e se tornam realidade o ano todo
Q uem pensa que o Vale do Taquari vive apenas do futebol e de outras moda lidades tradicionais está muito enganado. Desde a pandemia, os esportes de raquete, beach tennis e padel, cresceram e ganharam mais adpetos. Hoje são a sensação e dois dos esportes mais praticados na região. O padel entrou no Vale em 1995, com os irmãos Ademar e Norberto Ferri. Após visitar amigos em Rosário viram o surgimento da modalidade esportiva. Depois de conversar com alguns atletas e empresários decidi ram trazer o esporte para Lajeado, pois havia a possibilidade da moda lidade despontar no Rio Grande do Sul. Foi o que aconteceu. Depois de Lajeado, cidades da Serra e Região Metropolitana começaram a investir.
Irmãos Ferri são os responsáveis pela primeira quadra de padel da região, na Marina do Vale, em Lajeado
O pavilhão de 1.2 mil metros quadrados com três quadras está lo calizado na Marina do Vale, próximo ao Rio Taquari. O projeto da quadra segue à risca as que estavam instala das em Rosário. “Não conhecíamos
Ascensão dAs raQuetes


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Com restrições da pandemia, padel se popularizou por ser um esporte de pouco contato nada, sabíamos jogar ping-pong ape nas. Compramos raquetes, bolinhas, e começamos a jogar. Deu certo. Hoje não temos mais horário vago”, salienta Norberto Ferri, um dos idealizadores do Depoisespaço.do Padel do Vale, outros lo cais na região começaram a investir no esporte. Primeiro vieram as quadras na Soges, em Estrela, e no Sete de Setem bro, em Lajeado. Mais tarde o Senhor Padel, em Lajeado, e o VP+, em Estrela. Para Ferri, o crescimento da mo dalidade é positivo pois atrai mais atletas e faz com que o padel se desen volva ainda mais. Ele destaca que o mais importante para se iniciar na modalidade é ter aulas para adquirir conhecimento de como bater na bola e posicionamento. “Quando iniciamos não sabíamos nada e tivemos dificul dades”, lembra.


Frederico Leke Professor de padel
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É um esporte que veio para ficar. Ficamos felizes em fazer parte dessa evolução da modalidade” através de familiares que residiam em cidades da fronteira, em 1992. Antes de praticar o padel, dava aula de tênis, porém decidiu migrar de esporte. Ainda em 92 ajudou a fundar a Federa ção Gaúcha, que foi a primeira confederação da modalidade no Brasil. Destaca que entre 1992 e 1996 ocorreram muitos intercâmbios de atletas para Argentina e Uruguai para desenvolver ainda mais a modalidade. Por compromissos particulares e profissio nais, Leke deu uma pausa na modalidade no início do século e retornou em 2016, quando Frederico Leke dá aula de padel para cerca de 60 alunos passou a morar em Estrela e se associou na Soges. “Ficaram sabendo que jogava e dava aula no passado e me convidaram a retomar, foi quando voltei para o esporte.” Junto com a esposa, dão aulas nos clubes Sete de Setembro e Soges. Hoje atendem cerca de 60 alunos de diversas faixas etárias. Os atletas aprendem a parte técnica e tática, além das regras e posicionamento em quadra. “Es tamos vendo uma evolução no esporte com os atletas tendo bons resultados em competições nacionais e internacionais”, avalia. Cita o caso da família Diedrich, onde Ricardo, Karine e Maria Clara começaram a se aprimorar com aulas e estão sendo convocados para a Seleção Brasileira de Padel. Indagado se é difícil aprender a jogar, Leke destaca que quem nunca pegou em uma raque te consegue se divertir quando tem a primeira experiência, porém se quiser ter destaque em torneios é necessário treinar. Outro fato que ajuda no desenvolvimento da modalidade é que os torneios dão espaço para categorias menores, fazendo com que as crianças sejam estimuladas a participar das competições.
Leke destaca que conheceu a modalidade
Escolinha para despertar talentos
A história do padel no Vale do Taquari está atrelada com a vinda do casal Frederico e Eliane Leke para a região. Em 1995, quando residia em Porto Alegre, ele foi convidado por Lisandre Berwig, a “Neki”, para fazer o jogo de exibição na inauguração do Padel do Vale. Porém, perto do evento rompeu os ligamentos do tornozelo e não conseguiu jogar. A esposa o substituiu. “É um esporte que veio para ficar. Ficamos felizes em fazer parte dessa evolução da modalidade”, comenta.


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Do futebol
O padel proporcionoume novos desafios, é maisdescontraído e consigo jogar com a família” decisão, ou seja, existe uma parte tática coletiva em ambas as modalidades.” Hoje o padel é o segundo esporte de Kenji, que o pratica duas vezes por semana. “É um momento de lazer, prazeroso, relaxante e desa fiador”,Alémavalia.dopadel, Kenji se arrisca no beach tennis e logo no primeiro torneio foi campeão, após isso nunca mais jogou. “Assim como o padel, o beach é outro esporte bastante fácil de aprender.”
Ex-atleta profissional com passagem por clubes como Vasco da Gama na base e Inter-SM no profissional, Kenji Fuke conheceu o padel na pandemia. Com as competições de futebol suspensas ganhou o convite de amigos para ex perimentar a modalidade e gostou. “Ainda gosto muito do futebol, porém não estava mais sendo prazeroso. Eu me cobrava muito por desempe nho, estavam ocorrendo muitas lesões, rusgas com adversários, entre outras coisas.” A primeira experiência no padel ocorreu em julho de 2021. Mesmo sem nunca ter praticado esportes com raquetes, Kenji não teve dificuldades. Segundo ele, o padel é um esporte fácil de aprender. O maior problema foi a utilização das paredes. “O padel me proporcionou novos desafios, é mais descontraído e consigo jogar com a família.” Ele cita que apesar de diferentes, os esportes são similares, pois são bem táticos e é necessário conseguir ler os adversários. “O jogador sempre tem que olhar onde está o par ceiro, onde está a bola, depende da movimen tação dos outros para fazer suas tomadas de para o padel e beach tennis
Kenji Fuke Atleta


Beach tennis está em ascensão na região e faz com que surjamempreendimentosnovosparaatrair o público. É o caso do Pahu Complex, em Encantado, Arena 08 e Arena Esportes, em Lajeado Diferente do padel, o beach tennis teve uma ascensão no meio desta década. No Vale do Taquari, Lajeado e Encantado se destacam com quadras e praticantes. Entre eles está Francelle Sangalli, que entrou na modalidade através da esposa e da irmã que jogavam no Clube Comer cial e no Pahu Complex, ambos em Encantado. Apaixonado por esportes, praticou várias modalidades antes de chegar ao beach tennis. “Dentro de um nível iniciante, qualquer um A popularização da modalidade faz com que sejam criadas novas quadras no Vale do Taquari. Em 2020, junto com a pandemia sur giu o Pahu Complex, em Encantado. Segundo Jeferson Tasca, um dos proprietários, no início do empreendimento não se tinha uma certeza se daria certo, mesmo assim decidi
Beach tennis - Quadra em casa Esporte como negócio Em Lajeado, o Clube Tiro e Caça apostou na modalidade em 2021 com a criação de duas quadras. Além deles, a Arena 08, Senhor Padel e a Arena Esportes também investiram em Lajeado. Hoje o número de praticantes da modalidade no Vale do Taquari gira em torno de 500 pessoas. Francelle Sangalli (3º esq.) construiu uma quadra de beach tennis em casa, em Encantado começa a jogar, pois diferente do tênis, não se exige muita técnica”, avalia. Atrelado ao crescimento, Sangalli cons truiu na sua residência uma quadra, onde um professor de Encantado e outro de Porto Alegre vem uma vez por semana dar aulas. “É um esporte viciante”, considera. Cita que no Clube Comercial são cerca de 150 atletas que praticam a modalidade e que neste ano foi feito um Ranking de Beach Ten nis. Serão quase mil jogos em cinco categorias masculinas e femininas. “É um esporte que tem muito a crescer ainda”, diz. Desde que iniciou na modalidade, teve vitórias expressivas tanto no individual, quanto no misto. Destaca que a modalidade cresce principalmente em Encantado, onde vê muitos jovens de 12 a 15 anos praticando. “Ne nhuma cidade tem uma base tão forte como estamos tendo aqui.” ram construir quatro quadras. Hoje em média 400 pessoas frequentam por mês o complexo esportivo, que além do beach tennis oferece quadra de vôlei de praia e futevôlei. “É um es porte que gera integração e companheirismo entre os atletas, além de conceder oportuni dade para que todos possam jogar”, destaca.


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CTC
RegionalCampeonato de Beach
Idealizado por Ricardo Silberschlag e Jean Tadeu, o Ranking de Beach Tennis do Vale surgiu para fortalecer o esporte na região. Segundo Jean, a ideia é promover até seis etapas no ano nas cidades de Encantado, Lajeado, Venâncio Aires, Santa Cruz do Sul e Santa Maria. O primeiro evento ocorreu em Venâncio Aires e reuniu cerca de 200 atletas. A segunda etapa será na Arena 08, em Lajeado, em agosto. “Queremos com essa iniciativa integrar e fortalecer o beach tennis no interior”, projeta. A ideia do ranking é equalizar as categorias e incentivar que mais pesso as participem da competição. A meta até o fim de 2022 é ter cerca de 400 participantes. “É uma maneira de fazer turismo com o esporte.” O Clube Tiro e Caça criou nos últimos anos um depar tamento voltado apenas para o beach tennis. Coordenado pelo diretor Luis Alberto de Souza Coutinho, o setor é responsável por organizar torneios internos e abertos para o público. “O esporte tem uma característica de inclusão, pois permite que joguem jun tas pessoas das mais variadas idades e gêneros”, diz. Coutinho destaca que o bea ch tennis tem o papel de atrair as pessoas para o esporte. “É uma modalidade bem descon traída, você vê pessoas jogando e se diverte junto com elas.” No CTC é praticado faz três anos. O clube dispõe de três quadras. Tennis aposta no beach



O padel originou-se por volta de 1890, quando passageiros de navios ingleses tenta ram adaptar a prática de tênis ao espaço dos navios. Esse tênis de alto mar, como ficou co nhecido no início, era praticado numa quadra de dimensões menores e protegida por telas. Somente em 1924, o padel passou a ser pratica do em terra, quando o norte americano Frank Beal improvisou algumas quadras nos parques municipais de Nova Iorque. O jogo é disputa do sempre em duplas. A bola é semelhante à de tênis, com alguma alteração de peso. Uma quadra de padel tem 20m de comprimento por 10m de largura, com paredes nos fundos e parte das laterais, sendo coberta de tela no res tante. No Brasil, as primeiras quadras de padel foram construídas na Sociedade Harmonia Jaguarão na cidade gaúcha de Jaguarão, e outra em Livramento, em 1991.
O beach tennis foi criado em meados de 1987 na província de Ravennana, na Itália. Em 1996 o esporte começou a se profissionalizar. Atualmente, este esporte tem uma mistura do tênis tradicional, vôlei de praia e badminton e suas regras e práticas vêm se modificando ao longo dos anos. A modalidade chegou ao Brasil em 2008 no estado do Rio de Janeiro. Desde então, o beach tennis vem crescendo rapidamente para outras cidades litorâneas e não litorâneas brasileiras.
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Onde praticar padel e beach no ValeSaiba mais


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S er destaque em um esporte, seja coletivo ou individual, é muito difícil. Exige horas de dedica ção diária. Uma rotina regrada, abrir mão de excessos. O foco deve ser 100% a prática esportiva. Mesmo assim, há quem fique pelo caminho, tamanha a dificuldade em ser um atleta de elite. Ao mesmo tempo, alguns atletas conseguem se destacar tanto ao ponto de se tornarem referência em mais de um esporte. É o caso do estrelense Jardel Martins Silva. Atual campeão brasileiro de jiu-jitsu, ele ainda acumula carreira de Jardel Martins Silva pode se orgulhar ao dizer que é campeão em três modalidades esportivas diferentes sucesso na canoagem e na natação.
Policial da Brigada Militar, conquistou o maior título da categoria no mês de maio, em competição realizada em São Paulo. Após quatro lutas, ficou com o ouro no evento que reuniu os melhores atletas do país e de toda a América do Sul.
O atleta competiu na categoria leve, até 76 quilos, venceu duas lutas por finalização e duas por pontos. “Esperava conquistar o título, pois levo muito a sério meus treinos e sigo à risca os objetivos traçados pelo meu professor”, diz. Foram cinco meses de trabalhos duros até chegar
Multiatleta chega ao auge no jiu-jitsu
O Miguel Anka me levou duas vezes para o lugar mais alto do pódio, em nacionais,competiçõese em duas modalidades.”
A rotina dos atletas que aspiram a elite do esporte


o dia do Campeonato Brasileiro. Para participar em maio, iniciou a prepara ção em janeiro. Vocação para o esporte O atleta, além do jiu-jitsu, treina natação, corrida e academia. Policial Militar com atuação em Porto Alegre, busca em academias de amigos espaço para treinar com outros atletas. “Isso me ajuda a evoluir”, considera. Apaixonado por artes marciais, ingressou no jiu-jitsu com o professor Miguel Anka, que na ocasião também era treinador de canoagem velocidade na AECA, junto de vários amigos que treinavam a modalidade.
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Com ambição de disputar o título mundial no jiu-jitsu, Jardel Martins Silva acumula carreira de sucesso também na canoagem e na natação
Antes de se aprimorar nas artes marciais, Silva foi campeão Brasi leiro de canoagem em 2003, 2004 e 2005. “O Miguel me levou duas vezes para o lugar mais alto do pódio, em




doSonhoMundial
Em 2022, Silva participou de duas etapas do Campeonato Gaúcho e foi campeão em ambas, além do Brasileiro. Agora tem como foco disputar outras etapas do Estadual e mais para o fim do ano buscar outra competição a nível nacional. O sonho, no entanto, é che gar ao Campeonato Mundial. “Acredito que tenho capacidade para isso.” Antes de se tornar campeão no jiu-jitsu, o Policial Militar conquistou títulos na canoagem
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competições nacionais, e em duas modalidades.”Alémdisso,como é militar viu a necessidade de treinar algum tipo de arte marcial para ajudar na profissão. “Hoje o jiu-jitsu é a arte marcial mais praticada entre os policiais, inclusi ve sou instrutor de defesa pessoal na corporação.”
Ele também atua como voluntário na Brigada Militar de Arroio do Meio, onde dá aulas da modalidade para colegas. “Fico muito feliz em saber que mais de um colega já conseguiu resol ver situações e até mesmo salvar vidas por causa dos treinos”, comenta.



“Minha história com a corrida começa em 2013 quando meu marido sugeriu que nos ins crevêssemos em uma prova. Corremos os 5 qui lômetros. Na época, parecia um super desafio já que a corrida não fazia parte da minha vida. Concluí a prova bastante desgastada, mas em um tempo bem melhor do que o esperado para alguém que não era desse mundo. Atribuo isso à energia que essas provas costumam emanar. Até hoje eu me arrepio e me emociono a cada corrida que participo. Dali em diante, de pouco em pouco, partici pávamos de provas e assim o amor pela corrida começou a surgir. Quem já correu uma prova sabe o que é a emoção de ver tantas pessoas com histórias, idades e biotipos diferentes. Todas em busca de um mesmo propósito: se desafiar. Salvo os atletas de elite, ou aqueles que competem de forma amadora, as outras pessoas estão ali para curtir, para se superar e para encorajar os outros a darem o seu melhor. Foi isso que fez o “bichinho da corrida” me picar e me fazer entrar num caminho sem volta.
EU
Continuei treinando mesmo um pouco desmotivada. O que realmente mudou a minha história na corrida foi uma prova que acabaram cancelando em função de fortes chuvas. Nesse dia, decepcionada, estava em casa e pensei: “vai ser agora que vou correr uma maratona!”. Sem pre tive o sonho de correr uma prova de 42km, mas tendo em mente a dificuldade dos treinos, a entrega necessária, a ab dicação de muitas coisas, sempre acabei postergando esse momento. Mas nesse dia eu disse: “vai ser agora!”.
cirurgiã-dentista Cassiana Hauschild Stringhini iniciou nas corridas por incentivo do marido. Do início despreten sioso, logo se apaixonou pelo esporte. Correu 5, 10, 21km, até decidir que iria para a maratona. Na primeira prova de 42km, conquistou o índice para a Maratona de Boston, a mais famosa prova de corridas do mundo.
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ATLETANo início, o baque da pandemia
Continuei correndo “de brincadeira” e, em dezembro de 2019, consegui pegar pódio como 4° lugar geral feminino na Rústica de Lajeado. Foi então que percebi que eu, realmente, tinha potencial para o esporte. Decidi então que começaria a me dedicar de fato. Mas aí veio a pandemia e aquela empol gação diminuiu um pouco. Apesar disso, cheguei a fazer o que muitos viram como loucura: corri 10km dentro da minha garagem e pátio no momento em que a orientação era ficar em casa.
Do sonho à realidade da Maratona de Boston


JULHO/2022
O Mateus Souza, aí do Grupo A Hora, me contatou para fazer uma matéria a respeito da Rústica. Foi uma conversa bem descontraída, e no meio dela, falei que a mi nha meta do momento era concluir minha primeira maratona, que seria a Maratona Internacional de Porto Alegre de 2022. Citei o meu sonho de conseguir o índice para a tão almejada Maratona de Boston. A prova é conhecida como a “Rainha das Maratonas”, uma vez que para conseguir se inscrever é preciso alcançar um índice que varia con forme o gênero e faixa etária. Abri o Jornal A Hora no outro dia e o título da matéria era: “Quero conseguir índice para a Maratona de Boston”. Brinquei com o Mateus que ali o desafio realmente se tornou real. Foram muitos meses acordando às 5h30 da manhã intercalando treinos de corrida e de reforço muscular. Muita dedicação, dis ciplina, foco, uma dieta bem equilibrada e também abdicação de alguns encontros com amigos. Mas a vida é isso, é uma questão de prioridades. E no momento, a minha era completar minha primeira maratona conse guindo o índice para a Maratona de Boston. Hoje posso dizer que tudo valeu a pena. Índice para a Maratona de Boston
Com relação à família, aí está outra questão que tem sido muito prazerosa. Tenho levado minha mãe para participar de algumas provas comigo e também tive a alegria de conseguir subir ao pódio alcançando o 5º lugar geral no quarteto misto da TTT 2022 ao lado do meu marido e de grandes amigos. paraBenefíciosodia a dia Sou cirurgiã-dentista e no que diz respeito ao meu bem estar físico a corrida com certeza colabora para eu não sofrer com dores no meu dia a dia de trabalho. Na relação à parte psicológica o impacto da corrida ainda é maior. Costumo dizer que iniciar o dia correndo ou praticando atividade de musculação torna tudo muito mais leve e produtivo. É claro que não acordo serelepe e saltitante todos os dias às 5h30 da manhã, mas a endorfina liberada torna qualquer imprevisto do dia muito mais tranquilo. Além disso, penso sempre em uma frase que diz mais ou menos o seguinte: “se você quer ter algo que poucos têm, você precisa fazer coisas que poucos fazem.”
O dasonhomaratona Eu já havia corrido 21km (com bastante desgaste e sofrimento), então tinha noção do desafio que seria encarar os 42,195m de uma maratona. Mesmo assim, na mesma hora, pedi para uma amiga que foi minha inspiração para começar a correr a indica ção de um treinador, uma nutricionista e dicas de treinos de musculação. O preparo para a maratona exige um bom suporte em todos esses quesitos. Em novembro de 2021 comecei a ser assessorada por uma equipe e o resultado disso foi o 1º lugar geral fe minino nos 10km da Rústica de Lajeado de dezembro de 2021.
Junto do marido e de amigos, Cassiana alcançou o 5º lugar geral na categoria quarteto misto na TTT 2022 Entre as novas metas da atleta estão correr uma mara tona abaixo das 3 horas e completar as “Six Majors” físico e da sua resiliência mental, é também um esporte de equipe que envolve parceria, colegas de assessoria, e também amigos e família, indispensáveis ao suporte emocional.
Agora estou em um momento de treinos de transição, mas o objetivo é focar nos treinos para conseguir fazer um bom tempo na Maratona de Boston. Espero que esse seja o start para completar as “Six Majors” que englobam as Maratonas de Boston, Nova York, Chicago, Londres, Berlim e Tóquio. Sendo um pouco mais ousada, quem sabe um pouco mais adiante alcançar mais um sonho de grande parte dos maratonistas: realizar uma prova de 42km abaixo de 3 horas. Hoje não me imagino mais sem a corrida. Pratico alguma atividade física praticamente todos os dias da semana e nos dias que não o faço, sinto uma falta danada.”
O que senti no dia 12 de junho de 2022 quando terminei minha primeira maratona com uma marca de 3h15min20s (15 minutos de folga para o índice de Boston) e atingin do o 35º lugar geral feminino e 4º lugar na categoria 30-34 anos vai ficar para sempre na minha memória e no meu coração. Foram muitos quilômetros de corrida (mais de 1000!), algumas dores, muitos par ceiros de treino, muita gente me inspirando e uns tantos outros me incentivando e me vendo como inspiração. No fundo, apesar da corrida ser um esporte individual onde o resultado só depende do seu preparo


Profissional da Educação Física, especialista em fisiologia e nutrição esportiva.
• Faça mais do que te faz feliz.
• Caminhe em direção ao seu propósito.
JULHO/2022
• O exercício é um cansaço bom! Embora, inicialmente, possa ser difícil, quanto mais exercícios você faz, menos você estará cansado.
• Aumento das paredes do ventrículo esquerdo e tamanho do calibre.
• Diminuição da frequência cardíaca (FC) em repouso e durante o exercício.
• Aumento da flexibilidade das paredes dos ventrículos.
• Tire um tempo para você todos os dias.
• Descanse.
“Hoje, estou aqui para falar um pouquinho sobre musculação e, principalmente, motivá-los. Sou apaixonado por essa modalidade, onde consigo proporcionar muitos resultados aos meus queridos clientes. A musculação pode mudar vidas. Fico muito feliz em poder dividir um pou co dessa experiência com todos. Todos os dias surgem dúvidas que muitas vezes se tornam mitos nessa área. Aqui vou desmistificar e simplificar a vida das pessoas através da prática e sempre com embasamento cientifico.”
• Se alimente de forma saudável.
• Viva a vida! Cuide de você, para você poder cuidar de quem ama! Psicologia, Esporte e Atividade Física
• Planejamento: Coloque a atividade física como essencial na sua vida.
• Não pare com as primeiras dores de um dia seguinte aos exer cícios. Uma prática regular lhe trará a forma, o bem-estar e um sono melhor.
Com o treino de força temos muitos benefícios:
• Invista em você.
Pontos importantes que você deve saber para que tenha evolução na musculação:
• Acredite em você: O ponto mais importante é você acredi tar em si mesmo. A confiança deixará você focado.
“Tenho problemas cardíacos e não posso fazer musculação.
• Viva de acordo com seus valores.
Crístofer EmpreendedorNegri,na@ifpersonalstudio
• Não tenha medo de tirar dúvidas: Tenha acompanha mento de um profissional da Educação Física, para não “perder tempo”.
• Regulação da pressão arterial (PA).
• Faça terapia e exercícios físicos.
As pessoas nos procuram para fazer uma atividade física e relatam ter pouco tempo para isso e cansaço no dia a dia.
• Fique econômico para o dia a dia. Exemplo: no exercício levantamento terra, você ganha força nos músculos que pre cisa para recolher qualquer objeto dentro ou fora da sua casa no seu cotidiano.
É mito, pois temos que ter uma alimentação balan ceada sempre. Uma boa saúde depende de uma boa alimentação. Quer ter uma melhor qualidade de vida?
“Quando eu iniciar a musculação preciso cuidar da alimentação”.

Então, o que comer após o treino? Depen de muito do objetivo de cada indivíduo, da Morgana Saueressig A importância da qualidade alimentar após a prática do exercício físico idade, gênero e composição corporal. De uma maneira geral deve-se combinar o consumo de carboidratos e proteínas. Os carboidratos após o treino tem a finalidade de “reabastecer” nossas fontes de energia, acelerando assim a recuperação pós treino. São bons exemplos de carboidratos a batata doce, aipim, aveia, arroz integral e batata. As proteínas encontradas nas carnes, ovos, leite, peixes, iogurtes e frango con tribuem para reparar as o tecido muscular. Algumas fontes de gorduras também são importantes neste momento como azeite de oliva, oleaginosas e abacate por exemplo.
E existe algum alimento que deve ser evita do no pós treino? Sim, as bebidas alcoólicas e excesso de gorduras ruins como frituras, além do excesso de sal, podem prejudicar a recuperação muscular.
Vale ressaltar que o profissional habilitado, o nutricionista, pode auxiliar na indicação da melhor forma de suprir estas necessidades através da alimentação e hidratação para otimizar resultados.
JULHO/2022
O pós treino é uma fundamentaletapa para a conquista de bons resultados, seja emagrecimentodesempenho, ou hipertrofia.”
O consumo alimentar após o treino tem o obje tivo de evitar perda de massa muscular, acelerar a recuperação do corpo, repor os nutrientes perdi dos durante o treinamento e auxiliar no ganho de massa magra para aqueles que têm este objetivo.
O pós treino é uma etapa fundamental para a conquista de bons resultados, seja desem penho, emagrecimento ou hipertrofia. O que você consome na refeição pós treino vai contri buir para alcançar seus objetivos.


