Quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
1325 ANDERSON LOPES
Encenação conta com representantes de CTGs e grupos culturais da cidade. Linguagem tradicionalista surpreende participantes
Natal Gaúcho reconta história bíblica Peça sobre o nascimento do Piazinho Jesus ocorre hoje no Centro Administrativo Teutônia
O
cenário é um grande galpão cênico, típico dos rincões. A história se passa na “Querência de Belém”. O espetáculo Natal Gaúcho – O Nascimento do Piazinho Jesus ocorre hoje, às 20h30min, no Centro Administrativo, e traz reflexões sobre a sociedade atual. Segundo o diretor, o sociólogo Antônio Lopes, o espetáculo aborda a essência do teatro social. “É um repensar do nosso
posicionamento humano na sociedade a partir de temas pontuais.” A exploração humana e o egoísmo são alguns. De acordo com o diretor, cenas em que José e Maria procuram ajuda expõem uma sociedade doente que não consegue apoiar o próximo. “Quando Maria chega na zona urbana, em meio à multidão todos estão preocupados com seus interesses próprios.” O espetáculo conta ainda com a participação do Grupo de Danças da Melhor Idade e Centro
Cultural 25 de Julho, sob coordenação de Sônia Gomes. O dançarino com necessidades especiais, Jones Sebastião Nunes de Moraes, também integra o espetáculo. Segundo o secretário de Cultura Ariberto Magedanz, a iniciativa é para integrar as comunidades. “Nunca se viu na região algo semelhante. Será o primeiro de muitos.” O espetáculo ocorre no pavilhão de eventos e encerra com show da Banda Luz e Candieiro. Haverá erva-mate à disposição do público.
Os três “patrões” magos Patrões dos CTGs da cidade representarão os reis magos. Na encenação, declamam versos e poemas ao menino Jesus. Para o patrão do CTG Rincão das Coxilhas, Leodi Pavi, foi uma ideia inovadora. “É uma forma de integração de cada entidade.” O patrão do CTG Porteira dos Pampas, Manuel Castro, afirma que o engajamento dos jovens e a maneira como a história bíbli-
ca é contada surpreende. “Mensagem que fica é que devemos estender a mão e ajudar. Entrará para a história.” José Hélio da Silva, o patrão “Tio Hélio”, como é conhecido no Centro Cultural Tradicionalista Querência Amada, se diz realizado. “Sempre quis trazer o teatro para dentro do CCT. É um sonho que estamos realizando com o teatro social.”