LUISE TOMBINI/DIVULGAÇÃO
Imigrante
Rock and roll para todas as idades 1471
Terça-feira, 19 de julho de 2016
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Show de patinação reúne 800 pessoas Recorde de público consolida festival como um dos mais importantes do estado FOTOS EDUARDO AMARAL
Lajeado
C
om a participação de 150 atletas, o 4º Festival de Patinação teve recorde de público. Enquanto em 2015 cerca de 600 pessoas prestigiaram as apresentações, a edição deste ano contou com 800 espectadores no ginásio do Clube Sete de Setembro. Além dos patinadores da região, atletas da Serra Gaúcha se apresentaram. O ponto alto foi o show solo da medalhista pan-americana de patinação, Thalita Hass. No mesmo dia em que outros três eventos de patinação ocorriam no estado, o Festival conseguiu atrair um grande número de atletas e espectadores. Na avaliação da professora e técnica de patinação, Andrea Leonhardt Esperon, o evento já é uma referência no estado. De acordo com Andrea, o objetivo agora é colocar o Festival no calendário nacional da modalidade. “Conseguirmos realizar o evento pelo quarto ano consecutivo, cada ano com mais atletas. Esperamos que cada vez mais tenhamos mais atletas e mais público.” Professora de crianças, Andrea lembra da dificuldade de romper a barreira do esporte com o público masculino. “Ainda existe um tabu e preconceito muito grande em relação à participação dos meninos na patinação”, destaca. Para ela, a vinda de uma atleta do porte de Thalita é fundamental para divulgar a modalidade e ampliar a participação. “A vinda dela é essencial porque ela inspira muitos atletas iniciantes a ter a patinação como seu esporte favorito.” Além da apresentação de Thalita, os shows proporcionados pelas crianças e adolescentes também foram muito bem recebidos pelo público. No reper-
Cerca de 150 patinadores participaram do evento. Apresentações ocorreram nesse sábado, no ginásio do Clube 7 de Setembro, no bairro Moinhos
Sem temer ser referência, Thalita se mostrou feliz em servir de inspiração para as crianças. “É muito importante participar de shows para as meninas terem uma referência.” Ao contrário das novas patinadoras que têm em Thalita uma referência, ela não teve ninguém
nesse papel quando iniciou. “Eu nunca fui muito ligada em ter um ídolo dentro da patinação.”A falta de referências ocorreu pela convivência direta com as competidoras internacionais. “Quando eu era pequena tinha sempre gente indo pro mundial, então eu treinava com elas.”
Dificuldades em se manter como atleta Espectadores fizeram fila para fotografar com a medalhista Thalita Hass
É muito importante participar de shows para as meninas terem uma referência Thalita Hass Patinadora
tório musical, desde canções de artistas pop como Madona, Justin Bieber e Michel Jackson, até clássicos do tango de Astor Piazola e Carlos Gardel. Em meio a isso, apresentações de musicais inspirados em filmes da Disney e musicais do teatro norte-americano.
Atleta assediada Após se apresentar e ser aplaudida de pé, Thalita atendeu ao público e aos patinadores iniciantes. Solícita com todos, posou para fotos, autografou patins e conversou com os atletas.
Praticante da patinação desde os 7 anos, Thalita conquistou projeção internacional cedo. “Não tem como a gente ganhar dinheiro com esse esporte no Brasil.” Mesmo com o sucesso, a esportista optou por mudar os rumos da carreira. “Eu parei de competir no individual no ano passado e agora estou competindo em quartetos.” Os primeiros resultados da mudança já foram alcançados, com a equipe conquistando o segundo lugar no pan-americano de patinação realizado neste mês em São Leopoldo. O grupo também garantiu a participação no mundial da Itália, em outubro. Na avaliação de Thalita, mesmo com as dificuldades, os esportistas brasileiros têm conseguido destaque internacional. “A patinação é muito forte no Brasil, apesar de não ter muito apoio, a gente consegue ir longe”, ressalta ao lembrar de Marcel Stürmer e de atletas femininas.