A Hora – 13 e 14/12/2025

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ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR Fim de semana, 13 e 14 dezembro 2025 | Ano 23 - Nº 3995 | R$ 5,00 (dia útil) R$ 9,00 (fim de semana)

REGIONAL ASLIVATA

Os primeiros 90 minutos Taquariense e Poço das Antas fazem neste domingo, o primeiro jogo da grande final.

ESPORTES

N E S TA E D I Ç Ã O

OPINIÃO | VINI BILHAR

OPINIÃO | RODRIGO MARTINI

OPINIÃO | HENRIQUE PEDERSINI

Diamond prepara lançamento

Outro olhar ao Rio Taquari

Em busca do equilíbrio

Compra de terreno em frente ao CTC permitirá projeto de alto padrão em 2026.

Para além da navegação comercial, um atrativo turístico, de esporte e lazer.

É possível manter a pujança dos bares e pubs sem interferir no sossego da população.

HABITAÇÃO NO VALE

À espera pela casa Região concentra quase 19% das moradias do RS, mas ritmo das obras não acompanha urgência das famílias MATHEUS LASTE

CPI EM LAJEADO

Perícia aponta pagamento em dobro por obras Análise técnica revela prejuízo de aproximadamente 50% entre o valor pago e o executado. PÁ G I N A | 12 NATAL NO CORAÇÃO

Vitor Kley se apresenta neste sábado Show nacional gratuito inicia às 20h, no Parque Ney Santos ArruPÁ G I N A | 16 da, em Lajeado.

Com R$ 979 milhões em investimentos federais, o Vale representa 18,8% de todos os recursos destinados à reconstrução habitacional no RS. São 4.896 moradias aprovadas em 27 municípios, entre obras do Minha Casa Minha

Vida e aquisições via Compra Assistida. Quanto ao governo do Estado, há 798 unidades prometidas. Apesar do volume expressivo de recursos, entraves técnicos, burocráticos e operacionais deixam famílias apreensivas.

PÁ G I N A S | 6 e 7

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E D I TO R I A L

A B R E A S PA S

O tempo da obra e o da vida Mais de um ano e meio após as inundações que devastaram o Vale do Taquari, os números da reconstrução habitacional mostram avanço. São mais de 5 mil moradias aprovadas nas esferas governamentais e da iniciativa privada.

Quase 1,5 mil iniciadas e um aporte federal que se aproxima de R$ 1 bilhão na região. Em termos de escala, trata-se de uma das maiores operações habitacionais já executadas no país.

Reconhecer esse esforço é necessário. O Compra Assistida, em especial, representou uma ruptura positiva com modelos tradicionais, permitindo que milhares de famílias tivessem acesso imediato à moradia sem aguardar o ciclo

A política pública pode seguir ritos burocráticos, mas o prejuízo social, emocional, psíquico, este fica. E quanto mais empecilho houver, mais dor às famílias” longo de projetos, licitações e obras. Foi uma resposta compatível com a urgência social e com a dimensão da tragédia.

Mas a leitura institucional exige ir além da soma de investimentos e unidades. A reconstrução precisa ser vista para além do ritmo dos contratos. Precisa entrar o fator humano, difícil medir o tempo de quem perdeu tudo, pela rotina suspensa, pela vida reorganizada em aluguel social, casas de parentes ou soluções provisórias. O organograma da engenharia não coincide com o tempo do sofrimento.

Entender essa diferença é fundamental. A política pública pode seguir ritos burocráticos, mas o prejuízo social, emocional, psíquico, este fica. E quanto mais empecilho houver, mais dor às famílias.

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Impressão Zero Hora Gráfica

Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor Editorial e de Produtos: Fernando Weiss

“Existe uma felicidade genuína quando ouço: ‘Meu Deus, nunca me senti tão linda.’”

Há quatro anos, a profissional da beleza e administradora Laura Bomm, 23 anos, decidiu deixar para trás o ritmo engessado do mercado corporativo para investir naquilo que realmente despertava sua essência: elevar a autoestima de mulheres através da maquiagem. O que antes era uma rotina limitada e sem perspectivas, entre atendimentos personalizados e consultorias, ela finalmente encontrou oportunidade de crescer, inspirar e se reinventar.

Paulo Cardoso

centraldejornalismo@grupoahora.net.br

Como foi o processo de trocar o mercado corporativo pela área da beleza?

Foi desafiador. Sair da zona de conforto, deixar um emprego estável e abrir mão de uma rotina pré-planejada para apostar em um trabalho que depende inteiramente de você exige muita coragem. É necessário desenvolver um forte equilíbrio emocional e racional para enfrentar esse processo. porque, no início, o medo pode te paralisar e impedir que você viva aquilo que tanto deseja. Empreender é tentar dar certo todos os dias, até que, enfim, dá.

Qual é a sensação que você deseja proporcionar a cliente?

Meu propósito é fazer com que cada mulher que se senta na minha cadeira se reconheça em sua melhor versão.

Quero que ela enxergue uma beleza extraordinária, sinta-se autoconfiante

e, acima de tudo, permaneça fiel a quem ela é, apenas agora, maquiada. Existe uma felicidade genuína no instante em que entrego o espelho e ouço: ‘Meu Deus, nunca me senti tão linda.’

O que te mantém apaixonada pela maquiagem, mesmo diante da rotina intensa?

Maquiagem é arte. Sou apaixonada por esse universo porque, dentro do meu estúdio, posso exercitar minha criatividade, posso criar beleza e compartilhar minha técnica com outras pessoas, e, ao mesmo tempo, aprender com quem também carrega essa paixão por transformar. Encontrei um lugar onde realmente gosto do que faço todos os dias, onde há sempre algo novo a descobrir. É isso que me mantém tão envolvida, querendo dar o meu melhor mesmo quando os dias se tornam mais intensos.

Você acredita que a maquiagem, hoje, é mais uma forma de expressão pessoal do que de correção estética?

Querendo ou não, a maquiagem, além de ser uma forma de expressão, ainda pode auxiliar em algumas correções estéticas. No entanto, a tendência mundial das maquiagens mais ‘clean’ evidencia uma mudança importante: a maquiagem deixou de ser uma máscara. Hoje, ela atua como uma aliada no dia a dia, potencializando a beleza natural.

Existe algum princípio do mercado corporativo que você ainda mantém como guia na sua carreira atual?

Existem alguns princípios que sigo, sim.

Por mais que muitos ainda pensem que é ‘apenas maquiar’, o maquiador é, na prática, uma empresa como qualquer outra. Temos impostos para pagar, metas a cumprir, gerenciamento de estoque, fluxo de caixa… Há toda uma parte administrativa e burocrática por trás do atendimento que precisa ser tratada com seriedade. Essa bagagem do mercado corporativo, somada à minha formação em administração, me deu a base necessária para gerir meu próprio negócio com organização e visão estratégica.

A HORA | 3

Fim de semana, 13 e 14 dezembro 2025

rodrigomartini@grupoahora.net.br

RODRIGO MARTINI TURISMO, ESPORTE E LAZER

Um “novo” olhar ao Rio Taquari

A

navegação no Rio Taquari está longe de ser uma novidade. Pelo contrário.

O surgimento do Vale do Taquari passa pelo modal hidroviário. Entretanto, e isso também é um fato, a navegação esportiva e recreativa ainda é uma novidade para muitos moradores – e gestores – de algumas cidades margeadas pelo Taquari. Em muitos pontos da região, o modal ainda parece

ser algo inexplorado, especialmente quando falamos e tratamos de novos atrativos e produtos para o turismo, o esporte e o lazer nestes municípios. Avaliando o cenário atual, reforço, a impressão é que as secretarias municipais de turismo precisam se aproximar muito mais de quem vive diariamente o Rio Taquari. É preciso conversar mais para entender o potencial, atender algumas demandas mais

Greicy agraciada Chefe da 3ª Coordenadoria Regional de Educação, Greicy Weschenfelder completou um ano à frente da função. E com louros.

Nesta semana, a câmara de Taquari aprovou por unanimidade os “Votos de Congratulações” pelo trabalho dela em viabilizar o Curso Técnico de Enfermagem

E o Funrigs?

O Diário Oficial do Estado divulgou, na quarta-feira, três boas notícias ao Vale do Taquari. Todas via Funrigs.

Além dos R$ 5,5 milhões para a nova sede da Brigada Militar no bairro Boa União, em Estrela, também foram oficializados R$ 14,3 milhões para os acessos à futura ponte entre Lajeado e Arroio do Meio (ponto da extinta “Ponte do Exército”) e R$ 1,5 milhão para “elevador do tipo maca” e “adequação da estrutura física do heliponto” do Hospital Bruno Born (HBB).

junto ao Instituto Estadual de Educação Pereira Coruja, em parceria com o Hospital São José.

E ela merece. Além do case de Taquari, ela foi essencial à reabertura do Castelo Branco, em Lajeado, e na conquista do melhor índice de frequência escolar entre todas as coordenadorias regionais.

Glaucia na Amvat, Álvaro na Amat Prefeita de Lajeado, Gláucia Schumacher (PP) é a primeira mulher na história a assumir a presidência da Amvat, entidade que completará 65 anos em 2026. E ela recebe o bastão de Moisés de Freitas (MDB), o prefeito de Sério, que mesmo representando um município com pouquíssimos eleitores conquistou importantes avanços durante a gestão.

Já na região alta o prefeito de Doutor Ricardo, Álvaro Giacobbo (MDB), será o novo presidente da Amat, assumindo a vaga ocupada hoje pelo jovem e competente prefeito de Muçum, Mateus Trojan (MDB), pré-candidato à assembleia. Em tempo, é fundamental uma aproximação entre Gláucia e Giacobbo.

simples (como iluminação na orla, por exemplo), e assim atrair mais investidores e negócios às cidades.

O mesmo vale para os agentes e voluntários da nossa Amturvales, que inclusive já avaliam a criação de “trilhas aquáticas”, mas ainda precisam se aproximar mais dos rios e suas belezas. A navegação não é uma novidade aqui no Vale, eu reitero. Mas ainda está pra lá de inexplorada!

Mão de obra de… Canoas A situação é preocupante. Se por um lado é preciso celebrar (e muito) a chegada de novos investidores e investimentos, o Vale do Taquari precisa abrir cada vez mais os dois olhos para o risco de apagão da mão de obra. Na manhã dessa quinta-feira, durante o discurso de inauguração do Via Atacadista em Lajeado, o CEO do Grupo Passarela, Alexandre Simioni, alertou para a dificuldade de encontrar funcionários para preencher cerca de 150 vagas de emprego. “Tivemos que trazer funcionários de Canoas.

Eles vieram de ônibus”, salientou o empresário catarinense. É grave. Muitas empresas e indústrias ainda possuem condições de arcar com esses custos adicionais. Mas já é possível imaginar quantas outras ainda não surgiram ou deixaram de crescer em função disto.

TIRO - O governo de Lajeado ainda não recebeu a confirmação dos recursos do Funrigs para a reformulação do Parque do Imigrante. O governo do estado solicitou novas documentações e ainda não há previsão para a assinatura do convênio que pode garantir mais de R$ 10 milhões à obra.

- Da mesma forma, o governo de Lajeado ainda não está de posse do projeto aprovado na câmara de vereadores, e que prevê multa de R$ 500 para quem usar ou portar drogas ilícitas em espaços públicos. E, por ora, não há consenso no Executivo acerca da constitucionalidade da matéria.

- Prefeita de Estrela, Carine Schwingel (União Brasil) realiza coletiva de imprensa na quarta-feira pela manhã para apresentar balanços do primeiro ano. E na sexta-feira ela palestrou em evento da Granpal, em Porto Alegre.

- Nessa sexta-feira, o deputado estadual Airton Artus (PDT) reuniu imprensa e líderes regionais em um almoço no Restaurante Coutinho, em Venâncio Aires. Além de prestar contas do mandato, ele confirmou a pré-candidatura à assembleia para 2026.

- Não percam a conta: desde o içamento do busto até o presente momento, o Complexo do Cristo Protetor em Encantado já recebeu 563 mil visitantes de 62 países.

Novidades no “Antigo Florestal” Além do Via Atacadista, o espaço do antigo estádio do Lajeadense vai receber um prédio comercial de oito andares (dois para estacionamentos) no local onde hoje se encontra o ginásio do bairro Florestal. E a nova agência da Sicredi Integração

RS/MG, cujo projeto arquitetônico será contratado nos próximos dias, vai ficar no mesmo local da já extinta Galeteria Alvi-Azul, na esquina entre a Av. dos Quinze e a rua General Flores da Cunha. E haverá espaço para mais empreendimentos.

CPI retorna às manchetes As dez primeiras perícias entregues à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre as denúncias de obras irregulares em Lajeado são muito danosas para a administração municipal. E ga-

rantem ainda mais credibilidade aos questionamentos e apontamentos levados ao público pelo vereador Ederson Spohr (MDB).

E justificam, inclusive, a inclusão de novas denúncias no processo.

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Fim de semana, 13 e 14 dezembro 2025

vinibilhar@grupoahora.net.br

VINI BILHAR

Diamond compra terreno para novo projeto de alto padrão em 2026

A

construtora lajeadense, confirmou a compra de um novo terreno na área central de Lajeado.

Em entrevista à coluna, o diretor da Construtora Diamond, Gustavo Schmidt, adiantou à coluna que a área possui 2 mil m² e fica de frente para a entrada do Clube Tiro e Caça.

O terreno de esquina, localizado nas ruas Saldanha Marinho e Lothar Felipe Christ, será destinado a um novo projeto de altíssimo padrão.

Segundo Schmidt, o empreendimento seguirá a linha disruptiva que a marca tem apresentado na cidade, com estrutura completa de condomínio e padrão Diamond de modernidade. O local é considerado estratégico e contará com soluções arquitetônicas e tecnológicas de última geração.

A construtora já possui, na esquina ao lado, o Club House, um de seus empreendimentos de referência. Com a nova aquisição, a Diamond mantém aquecido o mercado de alto padrão em Lajeado e reforça o papel da

DIVULGAÇÃO

ENTREVISTA “Em 2026, queremos crescer 30% em volume de participantes, ampliando nossa presença nos 36 municípios” Diretor Dale Carnegie Vale do Taquari, Gabriel Garcia A empresa amplia horizontes e forma líderes por meio de uma metodologia consagrada há mais de um século. Presente em Lajeado há mais de uma década, a instituição, sob liderança de Gabriel Garcia, mantém a missão de ensinar, desenvolver e aperfeiçoar competências de liderança, preservando o legado deixado por seu fundador.

Como as empresas do Vale estão mudando seus estilos de liderança e quais competências serão indispensáveis?

Gabriel Garcia - As empresas do Vale estão migrando de um modelo hierárquico para um modelo de liderança mais prático, próximo e orientado a pessoas. O líder que entrega resultado hoje é aquele que sabe comunicar com clareza, ajustar rota rápido e desenvolver sua equipe no dia a dia. Competências essenciais são uma visão sistêmica, influência, gestão de indicadores, escuta ativa e capacidade de conduzir conversas difíceis.

cidade como polo de investimentos imobiliários.

A marca tem expandido sua atuação e conquistado espaço

também na Serra Gaúcha e em Balneário Camboriú. O lançamento do novo projeto está previsto para o final de 2026.

Indicadores Dólar: R$ 5,41 Ibovespa: 160.622,64 SELIC: 15%

Quais as maiores dores das empresas e o que tem funcionado para reter equipes?

Garcia - A maior dor hoje é a rotatividade provocada por falta de alinhamento entre líder e equipe e mão de obra. Não é só salário: é clareza, reconhecimento e perspectiva de crescimento. O que funciona são metas claras, frequentes, feedback simples e direto, ambiente saudável e trilhas de desenvolvimento bem estruturadas. Times querem saber para onde estão indo.

Quais principais diferenças da geração Z e como engajá-los?

Garcia - A geração Z não aceita comando sem coerência. Eles querem propósito, aprendizado rápido e líderes humanos. Para

engajar o líder precisa ter clareza, dar contexto, estabelecer acordos, oferecer desafios reais e entregar feedback imediato. Eles performam muito quando se sentem parte de algo relevante.

Qual sua visão sobre o ecossistema empresarial regional e oportunidades de evolução?

Garcia - Temos um ecossistema forte, empreendedor e com boa capacidade de adaptação. Mas ainda há espaço para evoluir em cultura, governança e formação de líderes. A maior oportunidade está em profissionalizar a gestão sem perder a identidade das empresas familiares. Quem alinhar cultura com execução vai liderar o próximo ciclo de crescimento.

O que esperar de 2026?

Garcia - 2026 será um ano de competitividade alta. A disputa por bons profissionais vai aumentar. O diferencial estará em empresas que entregam claridade de expectativas, desenvolvimento contínuo, liderança madura, e proposta de valor real para o colaborador. Quem tratar pessoas como ativo estratégico vai crescer, mesmo em um cenário desafiador. Para a Dale Carnegie, será o maior ciclo de formação de líderes da história com mais de 500 profissionais formados.

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ESPERA POR MORADIAS

Região concentra quase 19% das casas do RS e 1,3 mil obras iniciadas

Compra Assistida Criado para dar agilidade no atendimento às famílias atingidas pela catástrofe climática, o Compra Assistida virou exemplo para o país. No Vale do Taquari, o programa viabilizou 1.561 moradias entre contratos assinados e unidades entregues, conforme dados da Secretaria Nacional da Reconstrução.

Esse volume representa 31,9% do déficit habitacional atendido pelo programa federal na região, considerando o total de unidades aprovadas pelo governo federal no pós-inundações.

Conforme o secretário Maneco Hassen, em termos práticos, uma em cada três soluções habitacionais federais no Vale ocorreu por meio do Compra Assistida. “Esse foi o principal instrumento de resposta para famílias que não podiam aguardar o tempo de obras.”

Pelo Vale

Em 27 cidades atingidas pelas inundações, governo federal garante aporte de R$ 979 milhões, com 4,8 mil unidades aprovadas. Pelo Estado, A Casa é Sua projeta 798 moradias Filipe Faleiro

filipe@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

“P

erdemos tudo.

Primeiro os móveis na inundação de setembro. Em maio do ano passado, a casa ficou em ruínas.

Agora, estou na lista para receber uma nova moradia”. As palavras de Bruna da Rocha Rodrigues, 29, de Cruzeiro do Sul, resumem a expectativa de quase 5 mil famílias que aguardam novas casas no Vale do Taquari.

Mãe de um menino autista e de uma menina de 9 anos, conseguiu o aluguel social no centro da cidade. “Fui aprovada para o Compra Assistida. Mas está difícil arrumar um imóvel

em Cruzeiro. Todo o tratamento do meu filho é aqui. Então, ou consigo para outra cidade, ou aguardo a entrega do que está sendo construído.”

Neste período, relembra as dificuldades. “Tem sido um momento bastante complicado. Enfrentando muita coisa praticamente sozinha.

Recebemos algumas doações de móveis, isso ajudou, mas ainda há muito para fazer.”

Essa história de Bruna mostra como o Vale do Taquari se tornou o epicentro da maior tragédia natural do país. De todas as iniciativas para recuperar as comunidades, a mais complexa é garantir moradias para quem perdeu tudo.

A maior parte são atendidas pelo governo federal. Com base em dados da Secretaria Nacional da Reconstrução, o governo federal aprovou 4.896 moradias no Vale do Taquari, entre construções e aquisições pelo Compra Assistida.

Conforme o secretário Nacional da Reconstrução, Maneco Hassen, cidades tiveram áreas comprometidas, isso dificultou a confirmação dos projetos.

“Foi preciso fazer projetos de urbanização, estruturar loteamentos. Isso é demorado,

Construtora Artem é a responsável pelas obras em Lajeado. Bairro Conventos é o que está mais avançado.

Entrega está marcada para janeiro de 2027

tanto para o setor privado quanto para o público.”

Essas etapas, aos poucos, vão sendo superadas. “Temos obras em andamento na região.

Encantado, Estrela, Arroio do Meio, Lajeado, Colinas e outras. Nosso objetivo é suprir a demanda que o Compra Assistida não atendeu.”

Organizações civis, de setores produtivos, voluntários e os governos nas três esferas estruturaram diferentes frentes de trabalho para mitigar o sofrimento das famílias. Ao todo, 27 cidades contabilizaram prejuízos habitacionais. Somando todas as iniciativas (Minha Casa Minha Vida, Compra Assistida, A Casa é Sua, moradias temporárias e da iniciativa privada), são 5,9 mil unidades.

Cinco municípios concentram a maior parte das ações habitacionais federais no Vale do Taquari. Juntas, essas cidades somam 3.567 moradias aprovadas, o equivalente a 72,9% de todas as 4.896.

O volume reflete tanto a intensidade dos danos quanto a capacidade de estruturar projetos, apresentar áreas viáveis e cumprir exigências técnicas para contratação das obras. Estrela lidera o ranking, com 1.264 unidades aprovadas, seguida por Cruzeiro do Sul, com 994. Na sequência aparecem Roca Sales (521), Encantado (403) e Lajeado (385).

A concentração também ajuda a explicar por que esses municípios enfrentam desafios mais complexos, como grandes loteamentos, múltiplos canteiros simultâneos, entraves fundiários e impactos diretos quando há desistência de empresas ou atraso em etapas administrativas.

canteiros de obras habitacionais do Vale, com projetos federais, estaduais e parcerias privadas em execução simultânea. Pelo governo do Estado, 97 casas estão em construção no bairro 15 de Novembro, com investimento de R$ 7,4 milhões.

Já pelo programa federal, o Loteamento Telesil prevê 500 unidades habitacionais, em um empreendimento estimado em R$ 100 milhões, com terraplenagem

Desistência e perda de R$ 10 milhões Cruzeiro do Sul teve um revés devido a desistência da empresa vencedora da licitação. A LCM Engenharia, de Minas Gerais, apresentou a carta de que não assumiria o Loteamento Nova Esperança.

Houve a tentativa de chamar a segunda colocada, mas o prazo da portaria para obra encerrou.

Com isso, 50 moradias foram canceladas. Conforme o prefeito Cesar Leandro Marmitt, o Dingola, a situação obrigou o município a reiniciar tratativas junto ao Ministério das Cidades.

Apesar do entrave, Cruzeiro do Sul mantém um dos maiores

MANECO HASSEN SECRETÁRIO NACIONAL DA RECONSTRUÇÃO

Foi preciso fazer projetos de urbanização, estruturar loteamentos. Isso é demorado, tanto para o setor privado quanto para o público.”

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Fim de semana, 13 e 14 dezembro 2025 MATHEUS LASTE

Iniciativa privada

209 moradias

Em Encantado, casas do programa estadual A Casa É Sua, estão avançadas, com entrega prevista para o próximo ano

Principais ações:

Muçum (63): Front + União BR Arroio do Meio (71): HUB,

Dunga, Front

Programas

Lajeado (16): Uma Casa por

Governo Federal (pós-inundações)

Cruzeiro do Sul (31):

4.896 unidades habitacionais aprovadas

Locais: Arroio do Meio, Cruzeiro

Dia / Uma Família de Cada Vez

Módulos Temporários (Estado) 134 unidades instaladas

do Sul, Canudos do Vale, Coqueiro Baixo, Nova Bréscia e Travesseiro

1.561 compras assistidas 2.515 obras contratadas

Total do RS Dados da Secretaria Nacional da Reconstrução

1.365 obras iniciadas

Aporte: R$ 5,2 bilhões

R$ 979,2 milhões

Unidades aprovadas: 26.016

investidos

(R$ 200 mil por unidade)

Famílias habilitadas: 14.682

Programa Estadual (A Casa é Sua)

Compra Assistida: 8.191 Construções contratadas: 13.383

798 moradias distribuídas entre em andamento após a autorização da Caixa.

Outro projeto estruturante é o Novo Bairro Passo de Estrela, que entra em fase decisiva. A licitação para implantação da infraestrutura completa, orçada em R$ 53 milhões, será aberta em 16 de dezembro. O anteprojeto prevê 325 lotes residenciais e 35 comerciais, com diretrizes voltadas à resiliência urbana.

BRUNA ARNHOLDT DIRETORA DA CONSTRUTORA

O projeto não é nucleado. Ele é fracionado em vários loteamentos, em bairros diferentes. Isso torna a operação muito mais complexa.”

Seis canteiros em Lajeado A construtora Artem assumiu os projetos de habitação. São 226 unidades habitacionais em obras, distribuídas em seis loteamentos.

Pelo contrato, a entrega está prevista para janeiro de 2027.

Para viabilizar o cronograma, a empresa executa todos os canteiros de forma simultânea.

“O projeto não é nucleado.

Ele é fracionado em vários loteamentos, em bairros diferentes. Isso torna a operação muito mais complexa”, destaca Bruna Arnholdt, diretora da construtora.

A construtora emprega um método de concretagem com formas reutilizáveis, que permite ciclos rápidos de execução estrutural. “Em condições normais, conseguimos concretar uma casa por dia. No dia seguinte, a forma é retirada e segue para a próxima.”

Segundo Bruna, o período mais intenso de movimentação em cada bairro dura entre 40 e 60 dias, concentrando máquinas, caminhões e equipes. O cronograma é acompanhado mensalmente pela Caixa Econômica Federal, que condiciona os repasses financeiros ao cumprimento das metas físicas. “Somos auditados

todo mês. Se a evolução não atinge o que foi pactuado, não há liberação de pagamento. Isso exige planejamento e execução rigorosa”, frisa.

Etapas pelos bairros Os empreendimentos estão organizados em dois grandes conjuntos. O Vida Nova, nos bairros Conventos, Jardim do Cedro, Morro 25 e Conservas, é o mais adiantado. Em Conventos, das 28 casas previstas, 27 já estão concretadas, com cobertura instalada na maioria das unidades e pavimentação concluída. “Foi o primeiro loteamento que iniciamos.

Hoje ele já está praticamente pronto na parte estrutural”, detalha Carlos Arnholdt.

No Jardim do Cedro, 33 das 34 casas estão com a estrutura em conclusão. No Morro 25, o sistema de drenagem e o arruamento estão finalizados. O segundo eixo, o Novo Horizonte, contempla os bairros Santo Antônio e Igrejinha, com 124 unidades. No Santo Antônio, cerca de 20 casas estão erguidas e no Igrejinha, o avanço foi mais lento devido à necessidade de intervenção no solo. “Ali tivemos detonações. Enquanto isso, aceleramos outros loteamentos para manter o cronograma geral”, relata Carlos.

Obras iniciadas: 4.935

10 municípios

Peso regional

Destaques

Aporte: 18,8%

Cruzeiro do Sul (173)

Unidades aprovadas: 18,8%

Estrela (108)

Encantado (100)

Compra Assistida: 19,1%

Muçum (80)

Obras iniciadas: 27,7%

Os cinco municípios com mais moradias federais aprovadas Encantado

403

521 325

Lajeado Estrela

Esses cinco concentram

3.567 4.896 72,9% das

ou seja:

Roca Sales

Cruzeiro do Sul

994 UH, de todas as moradias aprovadas na região.

1.264

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EMERGÊNCIA CLIMÁTICA

Eventos extremos podem ser mais recorrentes e destrutivos KARINE PINHEIRO

Histórico de enchentes na região demonstra tendência de aumento do volume de chuva anual, bem como da precipitação de temporais e ondas de calor Karine Pinheiro

karine@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

O

histórico de impactos e recorrências de eventos climáticos extremos registrados no Vale contribui para projetar os desdobramentos das mudanças climáticas na região. Um panorama das principais causas e o avanço das intempéries foi apresentado nesta semana em Lajeado, durante encontro promovido pelo Conselho de Meio Ambiente de (Condemas). O entendimento é que os fenômenos climatológicos devem ser agravar.

Os dados foram detalhados pelo

Mais de 60 cidades gaúchas estão com classificação de risco alto ou muito alto

doutor em Mudanças Climáticas, Marcos Leandro Kazmierczak. Segundo o especialista, o aumento da emissão de Gases de Efeito Estufa, dentre diversos outros fatores, é a principal causa do aquecimento da

superfície terrestre, o que ocasiona maior frequência e intensidade de eventos climáticos extremos.

Ele também frisa que o RS é o segundo lugar no mundo mais propenso a vendavais e ciclones.

“Como alerta, o cenário indica aumento do volume de chuva anual, bem como da precipitação

de temporais e ondas de calor.

Os eventos climáticos extremos devem ser cada vez mais frequentes”, explica.

Uma análise feita com base em ocorrências como inundações, estiagens e movimentos de massas, mostra que a emissão de decretos de emergência em função do clima aumentaram de forma significativa nos últimos dez anos. Mais de 60 municípios no RS estão com classificação de risco alto ou muito alto, afirma Kazmierczak.

“Pode ser ano que vem ou daqui dez anos. A única certeza é que vai acontecer de novo”, comenta.

Medidas para tonar as cidades resilientes e elaboração de plano de contingência, na avaliação dele, é a maneira mais eficaz de proteger a população dos impactos.

Ações de melhorias Diante do desastre registrado em âmbito estadual em maio de 2024, os planos de contingências dos municípios passam por uma estruturação. Segundo Kaz-

mierczak, menos de 70 cidades possuíam estratégia de enfrentamento a desastres. Após os eventos climáticos, o número subiu para mais de 400 planejamentos.

Como forma de qualificar as propostas, a Defesa Civil estadual trabalha na análise de dezenas de critérios que classificam os planos, desde conteúdo limitado até excelente. Além da gestão e da resiliência, o doutor defende a implantação de ações inovadoras, com propostas de sustentabilidade, para enfrentamento às cheias.

“Lajeado possui um plano que atende as principais diretrizes de prevenção e resposta em momentos de crise. É fundamental que as cidades estejam preparadas e que fortaleçam a Defesa Civil. Cada área da gestão tem um papel a desempenhar e é importante que os atores e a comunidade conheçam a estratégia”, reforça o especialista.

A presidente do Condemas, Karen Beatris Fink, destaca a atuação do conselho na formatação das medidas de atuação em caso de eventos extremos. “Temos câmaras internas para tratar sobre o tema e colaboramos de forma direta com a Secretaria de Meio Ambiente, sobretudo pela questão da sustentabilidade e também social”, diz.

Com cenários de estabilização ou aumento de emissão de Gases de Efeito Estufa, a tendência é de aumento de chuva na Bacia do Taquari-Antas. Ambas situações apontam maior precipitação anual.

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FUNRIGS

Estado autoriza novos financiamentos a obras de reconstrução e resiliência Para a reconstrução da RSC-287, serão liberados R$ 110,9 milhões. Há recursos também garantidos para o Hospital Bruno Born e a oficialização de verbas para pavimentações em Lajeado e Arroio do Meio, além da nova sede da BM em Estrela Mateus Souza

mateus@grupoahora.net.br

ESTADO

O

Comitê Gestor do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs) aprovou, por meio de resolução publicada nessa quinta-feira, 11, nova rodada de financiamentos para projetos de reconstrução, adaptação climática e preparação estrutural no Rio Grande do Sul. As iniciativas integram diferentes eixos do Plano Rio Grande, criado após as enchentes históricas de 2024.

ARQUIVO A HORA

Entre os destaques está o aporte de R$ 110,9 milhões para o reequilíbrio contratual da concessão da RSC-287, operada pela Rota de Santa Maria. O recurso permitirá a execução de obras de reconstrução e ações de resiliência ao longo dos 204,5 quilômetros concedidos, entre Tabaí e Santa Maria. A rodovia cruza outras cidades do Vale, como Taquari e Bom Retiro do Sul. Outro investimento confirmado é para o Hospital Bruno Born (HBB), de Lajeado. O Estado destinará R$ 1,55 milhão para a compra de um elevador tipo maca e para adequações no heliponto. As medidas garantem infraestrutura mais segura para atendimentos emergenciais.

Ao todo, os projetos somam mais de R$ 153 milhões e reforçam as frentes de reconstrução e preparação do Estado para eventos climáticos extremos.

Outros investimentos

Mobilidade e segurança

Trecho de Tabaí é um dos que passam por obras de duplicação

Também foram confirmados recursos anunciados recentemente pelo Estado. Entre eles, os R$ 14,3 milhões para pavimentação e recapeamento das vias de acesso à ponte do Exército, estrutura que funcionou até maio como única ligação para

veículos pesados entre Lajeado e Arroio do Meio enquanto a ponte da ERS-130 era reconstruída.

Em Lajeado, serão feitos serviços na rua Romeu Júlio Scherer. Em Arroio do Meio, haverá melhorias na AM-464 e na Estrada Geral de

Forqueta Baixa. Foi autorizada, ainda, a construção da nova sede da Brigada Militar de Estrela, orçada em R$ 5,54 milhões. O antigo prédio foi inviabilizado pelas enchentes. A obra integra ações de reestruturação das forças de segurança.

Na área de tecnologia aplicada à gestão territorial, o governo liberou R$ 3,83 milhões para serviços de fiscalização relacionados ao mapeamento topográfico do Estado.

O trabalho envolve a análise de produtos de aerolevantamento com tecnologia LiDAR. Outro projeto aprovado prevê R$ 7,88 milhões para a recuperação e readaptação de prédios da Secretaria da Fazenda do RS, incluindo reformas no prédio histórico do Casarão, no Decam e no Semat.

Por fim, o Tribunal de Contas do Estado também receberá recursos.

Serão R$ 8,98 milhões para ressarcimento de despesas emergenciais e investimentos em infraestrutura física e tecnológica voltada à resiliência climática.

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CPI DAS OBRAS

Comissão aponta superfaturamento nas dez primeiras obras periciadas Análise técnica revela prejuízo de aproximadamente 50% entre o valor pago e o valor executado.

Apuração faz parte de um conjunto de 50 apontamentos envolvendo possíveis fraudes ou erros de construção atribuídos à empresa PDS

3 – Pintura na Ponte do Saraquá e meio-fio na Rua Parobé (2025) Valor denunciado: R$ 1.100 Valor do empenho: R$ 1.650 Valor executado: R$ 533 Diferença: R$ 1.116 7 – Calçada de concreto na rua Erny José Bruismann (2025) Valor denunciado: R$ 6.407 Valor do empenho: R$ 26.875 Valor executado: R$ 11.805 Diferença: R$ 15.069 8 – Calçada de concreto na rua Reinoldo Alberto Hexsel (2025) Valor denunciado: R$ 8.084 Valor do empenho: R$ 32.250 Valor executado: R$ 15.955 Diferença: R$ 16.294 13 – Calçada de concreto e meio-fio na rua Bento Gonçalves (2025) A conclusão é de que não foram executadas as calçadas que constam no empenho.

Valor do empenho: R$ 13.760 14 – Calçada de concreto na rua Érico Weber (2024) Valor denunciado: R$ 7.224 Valor do empenho: R$ 15.480 Valor executado: R$ 7.823 Diferença: R$ 7.656

Karine Pinheiro

karine@grupoahora.net.br

LAJEADO

Entre as obras avaliadas, está a pintura no meio-fio da ponte do Saraquá

trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Vereadores de Lajeado, criada para apurar supostas irregularidades em obras públicas de Lajeado, avança com a análise técnica das obras denunciadas. Os parlamentares designados para investigar 50 intervenções públicas receberam os laudos das dez primeiras construções avaliadas por perícia técnica contratada. Os documentos indicam superfaturamento e erros de execução.

De acordo com o laudo, detalhado pelos parlamentares integrantes da comissão, houve diferença de aproximadamente 50% entre o valor pago, de R$ 171,2 mil, e o que efetivamente foi executado, estimado em R$ 85,3 mil. Outras 40 obras ainda devem passar pela perícia, com

devolutiva à comissão prevista para janeiro.

Os detalhes foram revelados pelo presidente Mozart Pereira Lopes (PP), relator Ramatis de Oliveira (PL) e o secretário Eder Spohr (MDB). Das dez obras analisadas, nove foram contratas pelo atual governo. O grupo pretende ouvir os demais envolvidos – como a empresa PDS Obras, fiscais e secretários que passaram pela Secretaria de Obras – após a conclusão da perícia.

De forma geral, os primeiros apontamentos estão relacionados a desvios de serviços prestados e faturamento superior ao executado. Em entrevista ao programa Conexão Regional, da Rádio A Hora, o presidente ressaltou que existem incongruências entre editais, empenhos, notas e contratações.

“Tivemos uma decepção com

O

Obras detalhadas por laudo:

os valores apontados no laudo técnico”, disse.

O relator observa que por meio do andamento da CPI é possível observar uma possível fraude sistemática. “Todas as obras apresentaram prejuízos. A impressão causada pelo laudo das dez primeiras denúncias mostra isso. São situações semelhantes, como falta de armadura e metragens diferentes em calçadas.

Todas têm conformidade”, sugere Ramatis.

A comissão deve manter os trabalhos durante o período de recesso da câmara, informa Spohr. Dez obras devem ter o laudo concluído ainda em dezembro. Outras 30 intervenções devem ser detalhadas durante o mês de janeiro. A perícia é considerada fundamental para reduzir o embate político que marca a CPI.

16 – Calçada de concreto na Avenida Beira Rio (2025) Valor denunciado: R$ 20.502 Valor do empenho: R$ 42.002 Valor executado: R$ 15.040 Diferença: R$ 26.961 25 – Calçada de concreto na rua Pedro Theobaldo Breidenbach (2025) Valor denunciado: R$ 2.459 Valor do empenho: R$ 4.472 Valor executado: R$ 3.288 Diferença: R$ 1.183 27 – Piso tátil na avenida Décio Martins Costa (2025) Valor denunciado: R$ 908 Valor do empenho: R$ 5.240 Valor executado: R$ 4.323 Diferença: R$ 916 30 – Calçadas em paradas de ônibus na rua da Divisa (2025) Valor denunciado: R$ 4.254 Valor do empenho: R$ 2.009 Valor executado: R$ 1.467 Diferença: R$ 542 31 – Calçada de concreto e meio-fio na rua Bento Gonçalves (2025) Valor denunciado: R$ 7.740 Valor executado: R$ 4.603 Diferença: R$ 3.136

NOTA OFICIAL DA PREFEITURA

Éder Spohr, Mozart Lopes e Ramatis de Oliveira detalharam laudos em entrevista ao Conexão Regional

A Prefeitura de Lajeado informa que acompanha o trabalho da CPI conduzida pela Câmara de Vereadores e aguarda o relatório final para realizar uma análise completa dos apontamentos.

Paralelo a isso, a sindicância conduzida por servidores concursados da Prefeitura avançou e a fase de oitivas foi concluída. Ao todo, foram 12 relatos de representantes da empresa prestadora dos serviços, fiscais da prefeitura, secretários e ex-secretários. Ao final da investigação interna, prevista para ser encerrada no fim de dezembro, será apresentado um relatório de

todas as apurações e evidências levantadas.

Reiteramos que, desde setembro, os serviços prestados pela empresa investigada estão suspensos e os pagamentos foram retidos.

O município aguardará a conclusão da apuração interna e da perícia conduzida pela CPI para adotar todas as medidas cabíveis, cobrando a restituição de eventuais valores e a responsabilização dos envolvidos.

A Prefeitura de Lajeado reforça o compromisso com a transparência, o rigor na aplicação dos recursos públicos e o esforço permanente para a correção de falhas que possam ser identificadas.

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Prefeita de Lajeado é a primeira mulher a comandar entidade.

Trabalho terá foco na articulação entre municípios, fortalecimento institucional e manutenção do protagonismo da região

MATEUS SOUZA

GLÁUCIA SCHUMACHER NOVA PRESIDENTE DA AMVAT

Os prefeitos gostam quando Lajeado ajuda a puxar debates. É um município que apoia e também aprende. Essa troca é sempre positiva.”

Mateus Souza

mateus@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

P

ela primeira vez em 64 anos, a Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) será comandada por uma mulher.

A prefeita de Lajeado, Gláucia Schumacher, foi eleita por aclamação na assembleia realizada na noite de quinta-feira, 11, na Casa do Peixe, em Arroio do Meio.

A escolha confirma o consenso entre os gestores regionais e preserva a tradição da entidade de alternância entre os partidos que concentram o maior número de prefeituras no Vale. Se no primeiro ano a presidência ficou com o MDB, desta vez a indicação coube ao PP. Gláucia assume em um período marcado pela reconstrução da região e pela necessidade de posicionamento diante de temas estratégicos, como infraestrutura, mobilidade e concessões rodoviárias. Com a nova gestão, a Amvat busca aprofundar a cooperação entre os municípios e fortalecer a capacidade de atuação coletiva em pautas de interesse comum.

Região mais protagonista Ao projetar seu mandato,

Nova diretoria foi eleita por aclamação na noite dessa quinta-feira. Solenidade ocorreu na Casa do Peixe

Gláucia projeta mandato de união regional Gláucia destaca a atuação conjunta como principal diretriz.

Para ela, o Vale precisa manter a voz unificada que ganhou força após os eventos climáticos extremos. “Somos fortes quando estamos unidos. O Vale sofreu, mas aprendeu a se valorizar”, afirmou.

A prefeita considera que o fortalecimento da identidade regional será um ponto central em 2026. As discussões sobre concessões de rodovias, reconstrução de pontes e políticas de prevenção a desastres estarão no foco, assim como a presença coordenada dos municípios em agendas estaduais e federais.

Gláucia também ressalta o papel de Lajeado na articulação regional. Sendo o maior município do Vale, afirma que a cidade exerce liderança colaborativa e nunca isolada. “Os prefeitos gostam quando Lajeado ajuda a puxar debates. É um município que apoia e também aprende.

Essa troca é sempre positiva.”

Ela reconhece o simbolismo da conquista de ser a primeira mulher presidente em uma região historicamente de baixa representatividade feminina. A chegada ao comando da entidade é visto por ela como forma de estimular novas lideranças. “É importante que meninas e jovens

“Presente para o Vale” A região vai receber um monumento de um dos símbolos de resistência na enchente histórica que atingiu o Rio Grande do Sul em 2024. O anúncio foi feito por Freitas. Ele revelou que o escultor pernambucano Ranilson Viana, de Petrolina, doará ao Vale a escultura de quatro metros do Cavalo Caramelo.

A intenção, segundo Freitas, é de que o monumento seja instalado próximo à futura sede da Amvat. Segundo ele, o artista

MOISÉS DE FREITAS

PRESIDENTE DA AMVAT

procurou a entidade após conversas feitas nos últimos meses e expressou o desejo de presentear a região com uma peça que representasse a força, a resistência e a união dos municípios gaúchos afetados pelas enchentes.

O Cavalo Caramelo tornou-se conhecido em todo o país após permanecer por dias sobre o telhado de uma casa alagada, em Canoas, à espera de resgate durante a maior tragédia climática da história do RS. A

imagem do animal, amplamente difundida na imprensa nacional, internacional e nas redes sociais, transformou-se em símbolo de resiliência.

“Quando conversamos, ele me disse: ‘Prefeito, eu quero doar algo para o Vale do Taquari. Uma escultura do Cavalo Caramelo, de quatro metros, para ficar perto da futura sede da Amvat’. Ele insistiu que fosse anunciado aos prefeitos nesta reunião porque seria um presente ao Vale”, relatou.

vejam exemplos em todos os setores, inclusive na política.”

Balanço e legado O presidente que deixa o cargo, Moisés de Freitas, prefeito de Sério, classificou o ano à frente da entidade como “extremamente positivo e desafiador”. Entre os avanços, citou o debate sobre concessões, a mobilização pela Ponte dos Vales e a articulação junto às associações regionais.

Ele também destacou o avanço na proposta da sede própria da Amvat, que já conta com pro-

EX-PRESIDENTE DA AMVAT

Vamos buscar a concretização de um sonho [sede própria da Amvat] para essa entidade com mais de 60 anos de história.”

jeto definido e tratativas com Estrela para viabilização à obra, projetada para o 386 Business Park. Para Freitas, essa será uma entrega estruturante para as próximas gestões. “Vamos buscar a concretização de um sonho para essa entidade com mais de 60 anos de história”, frisa.

NOVA DIRETORIA DA AMVAT Presidente: Gláucia Schumacher (PP) – Lajeado Vice-presidentes: Fábio Mertz (PP) – Marques de Souza; Jarbas da Rosa (PDT) – Venâncio Aires; Carine Schwingel (União Brasil) – Estrela; Moisés de Freitas (MDB) – Sério Tesoureiro titular: Paulo Schmitt (PP) – Progresso Tesoureiro suplente: Vianei Noll (PP) – Forquetinha

Conselho Fiscal – Membros Efetivos César Marmitt (PP) – Cruzeiro do Sul; Sidnei Eckert (MDB) – Arroio do Meio; Germano Stevens (MDB) – Imigrante Conselho Fiscal – Suplentes Iti Bonacina (PRD) – Pouso Novo; Maico Berghahn (PSB) – Canudos do Vale; Michele Vargas (MDB) – Paverama

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Fim de semana, 13 e 14 dezembro 2025 APRESENTADO POR:

Residencial Copenhague abre portas para experiência imersiva em Estrela Visitação ocorre mediante agendamento e mostra a proposta de conforto, privacidade e requinte do edifício Jéssica R. Mallmann

jessica@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

O

Residencial Copenhague, empreendimento de alto padrão em Estrela, abre as portas do seu apartamento decorado nos dias 12 e 13 para uma ação imersiva voltada a clientes e imobiliárias parceiras. Localizado na rua Fernando Abott, nº 561, no Centro, o edifício foi concebido para atender quem busca viver com conforto, privacidade e praticidade em um dos endereços mais valorizados da cidade.

O evento será realizado no 9º andar, a partir das 8h, mediante agendamento. Imobiliárias da região levarão seus clientes para conhecer de perto os ambientes que traduzem a proposta do

Os dias 12 e 13 antecedem comemorações com vínculo familiar, e é isso que os amplos apartamentos do Copenhague querem proporcionar: um ambiente acolhedor para a construção de belas memórias” CARLOS GUSTAVO LENZ GESTOR DO EMPREENDIMENTO

Copenhague: espaços amplos, design contemporâneo e soluções que combinam requinte e funcionalidade.

No total, o residencial conta com 28 apartamentos, quatro por andar, restando poucas unidades disponíveis.

Para o investidor, responsável técnico e gestor do projeto, Carlos Gustavo Lenz, o momento escolhido para a ação reforça a essência do residencial. “Os dias 12 e 13 antecedem comemorações com vínculo familiar, e é isso que os amplos apartamentos do Copenhague querem proporcionar: um ambiente acolhedor para a construção de belas memórias”, afirma.

TRANQUILIDADE E BEM-ESTAR

Com plantas de 2 e 3 dormitórios, o projeto aposta em diferenciais que reforçam o padrão de excelência da Construtora. Isolamento acústico, materiais certificados, vagas de garagem amplas e a opção de segundo box integram a lista de atributos do empreendimento, pensado para oferecer tranquilidade e bem-estar no centro da cidade.

A localização também é um dos pontos fortes do Copenhague, com vista para o Rio Taquari, para o Parque Princesa do Vale e proximidade com a prefeitura, hospital e outros serviços essenciais. O empreendimento conta ainda com financiamento pela Caixa e fácil acesso à BR-386, o que amplia a praticidade do dia a dia.

O residencial foi projetado para oferecer a sensação de um refúgio particular em meio ao movimento urbano. Cada detalhe, dos acabamentos às escolhas de revestimentos, reforça a proposta de um residencial que combina sofisticação e praticidade em equilíbrio perfeito.

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LOCALIZAÇÃO: RUA FERNANDO ABOTT Nº 5 6 1 , CENTRO

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SUÍTE

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Fim de semana, 13 e 14 dezembro 2025

SHOW NACIONAL

Vitor Kley sobe ao palco do Natal no Coração

FÁBIO KUHN/365 VEZES NO VALE

Lajeado Brilha e Cortejo de Natal O Cortejo de Natal da CDL Lajeado segue iluminando o comércio da cidade, espalhando música, encanto e o sentimento especial que só esta época do ano proporciona.

Enquanto circula pelas ruas, o grupo formado pelo Papai Noel, Mamãe Noel, os duendes Tum Tum e Jingle e dois trovadores transforma cada parada em um momento de alegria para consumidores e lojistas.

Com interações divertidas, fotos, canções e a distribuição de doces e kits da Florestal Alimentos, o Cortejo reforça a magia do Natal e ajuda a criar uma atmosfera acolhedora que inspira emoções, aproxima as pessoas e aquece as vendas no comércio local.

O grupo iniciou suas aparições no dia 4 de dezembro e já esteve em diversos bairros. Os roteiros seguem até o dia 23, caminhando pelas principais ruas e prestigiando empresas participantes do Lajeado Brilha 2025.

O projeto Cortejos de Natal

conta com o estímulo da Lei Federal de Incentivo à Cultura. É uma realização da CDL Lajeado e do Ministério da Cultura - Governo do Brasil - Ao lado do povo brasileiro.

O patrocínio é de Atlas Brasil Calçados e de Valecross Brenner, com o apoio da Florestal e da Câmara de Vereadores de Lajeado.

O Cortejo de Natal é uma das atrações do Lajeado Brilha 2025, que conta com o patrocínio de CarHouse Hyundai, Centro de Educação Básica Gustavo Adolfo, Grupo Brenner / Valecross, Sicredi e Atlas Brasil Calçados, com o apoio da Prefeitura de Lajeado

Programação Carreata do Lajeado Brilha Sábado: das 10h às 12h - Centro, Americano, São Cristóvão e Florestal Cortejo de Natal Sábado: das 15h às 17h, no Shopping Lajeado

Parque Ney Santos Arruda está com estrutura pronta para receber o show nacional

Cantor se apresenta neste sábado, às 20h, no Parque Ney Santos, com acesso gratuito Luciane Eschberger Ferreira luciane@grupoahora.net.br

LAJEADO

A

programação deste sábado do Natal do Coração terá show nacional com o cantor Vitor Kley. Ele sobe ao palco, no Parque Ney Santos Arruda, às 20h. Antes disso, às 17h, a banda local Dedo de Moça apresenta o Tributo a Elis Regina. O acesso aos shows e demais programações é gratuito.

Conforme o secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo, Carlos Rodrigo Reckziegel, a atração nacional soma-se aos talentos regionais e locais que compõem a

programação do Natal no Coração. “A turnê de Vitor Kley - As pequenas grandes coisas - faz uma conexão com a sua infância. O que é mais importante na infância do que o Natal? Então é uma turnê para toda família.” O secretário acrescenta que o Parque Ney Arruda é frequentado por famílias.

“Estes são os motivos para o cantor estar aqui conosco no sábado. É um evento para as famílias.”

Reckziegel ainda destaca que será uma oportunidade para os artistas locais e a comunidade terem contato com um cantor reconhecido nacionalmente.

“Muitas vezes, as pessoas só conhecem pela televisão ou redes sociais. Será a chance dos nossos artistas daqui conhecerem e interagirem o cantor.”

A expectativa para o show é grande. Segundo o secretário, logo que foi divulgado já recebeu um a boa aceitação. “Certamente, vamos ter um público muito bom.”

PROGRAMAÇÃO NATAL NO CORAÇÃO

Cantor apresenta a turnê “As pequenas grandes coisas”

O cantor Vitor Kley, 31 anos, é gaúcho de nascimento, mas viveu em Balneário Camboriú, Santa Catarina, até pouco tempo, quando construiu uma casa no interior de São Paulo, perto da natureza.

A carreira começou em 2009, quando lançou seu álbum de estreia, Eclipse Solar. Ganhou notoriedade nacional após o lançamen-

SÁBADO, DIA 13 14h às 17h – Oficinas de vivência circense e espetáculo de circo – Casa Arte Sesc Lajeado 17h – Show Tributo à Elis Regina com Banda Dedo de Moça 20h – Show Vitor Kley DOMINGO, DIA 14 14h às 17h – Oficinas de vivência circense e espetáculo de circo – Casa Arte Sesc Lajeado 17h – Orquestra Jovem de Lajeado 18h30 – Orquestra do Colégio Sinodal Conventos 20h – Orquestra Sesi Local: Parque Nei Santos Arruda

to da canção "O Sol", em 2017, que lhe rendeu uma certificação de disco de diamante duplo no Brasil

e disco de platina em Portugal, se tornando uma das canções mais ouvidas do país.

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ENCONTRO DA ADI MULTIMÍDIA

Saúde e infraestrutura concentram esforços do governo após enchentes MAURÍCIO TONETTO/DIVULGAÇÃO

Leite e Souza detalharam planos aos diretores dos veículos de imprensa do interior gaúcho Fabiano Lautenschläger

centraldejornalismo@grupoahora.net.br

ESTADO

E

m encontro com diretores dos grupos de comunicação associados à ADI Multimídia, o governador Eduardo Leite e o vice-governador Gabriel Souza detalharam ações em andamento, prioridades para os próximos meses e os principais desafios enfrentados pelo poder público gaúcho diante dos impactos causados por eventos climáticos extremos dos anos de 2023 e 2024.

Na área da infraestrutura, o governo afirma estar executando a maior carteira de obras já registrada no Estado. Segundo Leite, os investimentos envolvem concessões rodoviárias, programas próprios e recursos federais, permitindo acelerar projetos que estavam represados há décadas.

Entre as prioridades estão a reconstrução de pontes, contenções de encostas, recuperação de acessos municipais, rodovias estaduais e sistemas de abastecimento de água, especialmente em regiões fortemente atingidas pelas cheias.

Gabriel Souza destaca que parte significativa dos recursos já possui destinação definida, o que garante maior previsibilidade aos municípios. A estratégia do governo é concentrar esforços em obras estruturantes, capazes de reduzir a vulnerabilidade das cidades diante de novos episódios climáticos. “Não se trata apenas de reconstruir o que foi

Governador e vice se reuniram com diretores dos grupos de comunicação do interior do RS para detalhar ações e prioridades em 2026

perdido, mas de fazer diferente, com mais segurança e planejamento”, afirma.

Pressão sobre a saúde pública Na saúde, os impactos das enchentes ainda refletem diretamente na rotina de hospitais e unidades de atendimento. O governador reconhece dificuldades pontuais no fluxo de pagamentos, atribuídas ao contexto da calamidade, mas afirmou que o Estado trabalha para regularizar a situação. Segundo Leite, nos últimos dois anos foram realizados pagamentos considerados recordes, e a orientação é não deixar nenhum prestador desassistido.

As dificuldades se refletem em números, as filas de cirur-

GABRIEL SOUZA VICE-GOVERNADOR

EDUARDO LEITE GOVERNADOR

Não se trata apenas de reconstruir o que foi perdido, mas de fazer diferente, com mais segurança e planejamento.”

A reconstrução não é apenas física. Ela envolve garantir atendimento, mobilidade e segurança para a população.”

gias eletivas e procedimentos de média e alta complexidade. Os dados preocupam, cerca de 670 mil pessoas aguardando consultas com especialistas. As áreas mais críticas são oftalmologia, ortopedia, reabilitação, cirurgia geral e otorrinolaringologia, com esperas que podem chegar a sete anos, e há também 167 mil

pedidos de exames.

O governador destaca ainda que o programa SUS Gaúcho permitiu avanços importantes antes das enchentes, com a realização de mutirões e repasses extras para reduzir a demanda reprimida. No entanto, a tragédia climática provocou interrupções, tanto pela sobrecarga

do sistema quanto pelos danos físicos em hospitais.

A retomada dos mutirões é tratada como prioridade. “Houve uma paralisação forçada, mas a retomada será ainda mais intensa”, afirmou Leite, reforçando que o objetivo é normalizar o atendimento o mais rápido possível. Gabriel Souza acrescentou que o Rio Grande do Sul foi um dos primeiros estados a criar uma política própria de regulação, mas que a integração entre regiões ainda precisa avançar.

Segundo o vice-governador, a enchente impactou estruturas inteiras de hospitais, exigindo reformas emergenciais e reorganização de fluxos de atendimento. Ele defendeu a ampliação da contratualização com prestadores e o fortalecimento da regulação regional como formas de garantir acesso mais rápido aos serviços de saúde.

Planejamento de longo prazo Tanto Leite quanto Gabriel reforçaram que as ações em saúde e infraestrutura não se limitam ao curto prazo. O governo trabalha com a perspectiva de que eventos climáticos extremos tendem a se repetir, o que exige planejamento contínuo e investimentos permanentes. A ideia, segundo o Executivo estadual, é transformar a resposta à crise em uma política de Estado, que ultrapasse gestões e ciclos eleitorais.

Para o governador, a reconstrução do Rio Grande do Sul passa necessariamente pela capacidade de manter investimentos, reorganizar serviços essenciais e garantir que áreas como saúde e infraestrutura estejam preparadas para novos desafios. “A reconstrução não é apenas física.

Ela envolve garantir atendimento, mobilidade e segurança para a população”, afirma.

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CONSEQUÊNCIAS DO CICLONE

Caos aéreo em SP impede retorno de gaúchos ao Vale Diante de voos cancelados e sensação de insegurança, Thaís Christ e Gustavo Debiasi optaram por seguir de ônibus para chegar ao Rio Grande do Sul

PAULO PINTO/AGÊNCIA BRASIL

Paulo Cardoso

centraldejornalismo@grupoahora.net.br

SÃO PAULO

M

ais de 400 voos foram cancelados nos aeroportos de São Paulo após o vendaval que atingiu o estado na quarta-feira, 10. Entre o episódio e a manhã desta sexta, 12, Congonhas registrou 312 operações afetadas; em Guarulhos, foram 117.

Ao todo, 429 viagens sofreram interrupções ou atrasos significa-

Ao todo, 429 viagens sofreram interrupções ou atrasos significativos

tivos, ampliando filas, remarcações e incertezas para passageiros que tentavam retornar ao RS. Entre eles estavam a advogada Thaís Christ, que havia desembarcado de uma viagem internacional na manhã de quarta, às 6h, em

Guarulhos. O voo que a levaria a Porto Alegre estava previsto para as 9h, mas foi cancelado. “Após o desembarque, aguardamos cerca de duas horas em uma fila de 12 pessoas para remarcar o voo. Fomos realocados para uma

partida em Congonhas às 17h, mas, ao chegar lá, soubemos que o aeroporto havia sido fechado devido a um ciclone”, afirma.

O vendaval teve rajadas superiores a 98,1 km/h, a maior velocidade registrada desde 1963, quando o Inmet iniciou medições desse tipo. Segundo meteorologistas, a instabilidade foi provocada por um ciclone extratropical que atua no litoral do Rio Grande do Sul. Mesmo distante de São Paulo, o sistema possui grande área de influência, o que explica a intensidade dos ventos na capital.

Com os cancelamentos sucessivos, a orientação recebida por Thaís e o companheiro Gustavo Debiasi foi a de reservar hotel por conta própria e guardar recibos de alimentação e transporte para posterior reembolso. “Nesse período, ainda tivemos mais dois voos cancelados, até sermos remanejados para uma viagem na sexta à noite, com conexão em Belo Horizonte”, relata. Diante

Thaís Christ e Gustavo Debiase estavam desde quarta-feira em SP aguardando o voo

de mais de 48 horas de espera e da insegurança quanto à normalização da malha aérea, ela e o companheiro decidiram seguir até Porto Alegre de ônibus.

A passageira afirma que, além das condições climáticas extremas, a desorganização no atendimento agravou a situação.

“Tentamos de diversas formas resolver o problema, mas nenhum funcionário conseguia fornecer informações precisas. Mesmo na tarde de quinta-feira, quando outras companhias já haviam solucionado grande parte das remarcações, a Latam ainda mantinha centenas de passageiros na fila em Congonhas.” Ela acrescenta que, embora a companhia afirmasse não haver lugares disponíveis para remarcar, continuava comercializando passagens por valores elevados.

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SONHO FRUSTRADO

Mães denunciam treinador por desvio de R$ 41 mil de atletas DIVULGAÇÃO

Após suposto golpe, pais de atletas se organizam com apoio de advogado para reunir provas contra profissional.

Hotel, transporte e participação foram canceladas por falta de pagamento Joilson Pereira

centraldejornalismo@grupoahora.net.br

Ezequiel Neitzke

ezequiel@grupoahora.net.br

TEUTÔNIA

M

eninas das categorias sub-11 e sub-15 do futsal de Teutônia, que treinam desde o início do ano para participar da Copa Mundo do Futsal, em Foz do Iguaçu (PR), de 15 a 20 de dezembro, buscam apoio financeiro para viabilizar a viagem. As famílias descobriram que recursos arrecadados ao longo do ano foram desviados. O valor soma R$ 41,3 mil.

Diante da frustração das atletas, os pais se mobilizam e pedem apoio da comunidade para reunir o dinheiro necessário. Após con-

tato com a organização do evento, a inscrição das meninas foi autorizada. Agora, pais e atletas correm contra o tempo para custear transporte e estadia. Uma chave Pix foi disponibilizada: telefone (51) 99793-3638, em nome de Karina Gois Lessa Maciel Celente, no Banrisul.

Lauren Santana, mãe da atleta Kendrah Lopes de Souza, da categoria sub-11, conta que os pais fizeram diversos questionamentos para os quais o treinador não dava respostas. “Ele mentiu que o site estava com problema, que não conseguia cadastrar as atletas. Então os pais começaram a investigar. Ligaram para o hotel, para a empresa de ônibus e para a organização da Copa Mundo de Futsal. Descobrimos que era tudo mentira. O hotel não havia sido reservado por falta de pagamento, o ônibus havia sido cancelado em novembro e nossa participação na copa também tinha sido cancelada no mesmo período. Agora buscamos ajuda para arcar com os custos de hotel, transporte e alimentação das atletas”, relata.

Distúrbios psiquiátricos Pais afirmam que o profissional alega ter distúrbios psiquiátricos e teria admitido o desvio dos valores. Ele teria manifestado intenção de ressarcir os lesados.

A reportagem apurou o nome do

Famílias buscam recursos para time disputar Copa do Mundo de Futsal, em Foz do Iguaçu, Paraná

Ele mentiu que o site estava com problema, que não conseguia cadastrar as atletas. Então os pais começaram a investigar. Ligaram para o hotel, para a empresa de ônibus e para a organização da Copa Mundo de Futsal” LAUREN SANTANA MÃE DE ATLETA

treinador e tentou diversos contatos até a publicação desta matéria.

Caso ele se manifeste, o texto será atualizado.

Um grupo de pais se organiza com apoio do advogado Isaías Rocha para reunir provas. Nesta sexta-feira, 12, foi formalizada a denúncia em um boletim de ocorrência contra o treinador responsável pelos valores.

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AUTORES DO VALE

Livros contam história de comunidades regionais

Raica Franz Weiss

raica@grupoahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

O

fim de semana no Vale do Taquari terá o lançamento de duas obras literárias, cada uma contando sobre a história de uma comunidade regional. No sábado, 13, o economista, historiador e escritor Eugênio Lagemann, 74, lança seu novo livro, na sede do Esporte Clube Arroio da Seca (Ecas), em Imigrante. O evento inicia às 13h e terá sessão de autógrafos. Intitulado “Memórias e histórias”, o livro conta em textos e fotos o cotidiano da infância de Lagemann na Vila de Arroio da Seca, no período de 1958 a 1963.

A apresentação do livro é assinada pelo economista e professor da Ufrgs, Pedro Silveira Bandeira.

“Os textos do Eugênio são um registro importante para os que se interessam em conhecer melhor a história do cotidiano das pequenas localidades da região colonial alemã no nosso Estado”, avalia.

A segunda obra é de autoria dos escritores e pesquisadores Eluise Hammes e Euclides Scheid, e será lançada no domingo, 14, a partir

ANTONIO PAZ/DIVULGAÇÃO

Em 2010, Eugênio Lagemann entregou um exemplar do livro sobre o Palácio Piratini para a governadora Yeda Crusius

ARQUIVO PESSOAL

Obra de Eugênio Lagemann fala sobre infância do autor em Arroio da Seca, em Imigrante, e será lançada no sábado, 13. Para celebrar o centenário da comunidade católica de Arroio Grande, em Arroio do Meio, os escritores Eluise Hammes e Euclides Scheid lançam livro neste domingo, 14

Eluise e Euclides lançaram primeiro livro em 2023, também sobre a história de Arroio Grande

das 10h, na igreja de Arroio Grande, em Arroio do Meio. O ato terá celebração da missa do centenário da comunidade católica, seguido da apresentação da obra literária.

O livro “Vale do Arroio Grande: arquivos de famílias – 100 anos da Igreja São Felipe e São Tiago” apresenta um relato histórico desde a fundação da comunidade e construção da primeira capela dedicada aos santos padroeiros.

De acordo com Eluise, a publicação é um complemento à obra “Vale do Arroio Grande 150 anos - Escola e imigração alemã”, publicada em outubro de 2023 pelos autores. “Foram 30 anos de pesquisa. Coletamos muito material. É um trabalho constante de bastante tempo”, explica a autora.

O livro é constituído por, aproximadamente, 300 fotografias com ênfase nos primeiros 100 anos da comunidade (1872-1972).

Os autores Eugênio Lagemann nasceu em 1951 em Arroio da Seca, localidade de Imigrante onde morou até 1963. É formado em História e Economia pela Ufrgs, com mestrado em Economia. Fez Doutorado em Economia na Universität Heidelberg, na Alemanha. Lagemann atuou no magistério, no ensino superior, nas Faculdades de Economia da PUC-RS e da Ufrgs.

Além disso, trabalhou na Secretaria da Fazenda do RS, como auditor fiscal. Em 2010, durante o governo de Yeda Crucius, Lagemann publicou o livro que conta a história do Palácio Piratini.

Eluise Hammes é natural de Arroio Grande, Arroio do Meio, onde mora ainda hoje. É graduada em Letras e pós-graduada em Língua e Leitura pela Univates e fez especialização em Gestão Escolar Democrática na UFSM. Foi professora e diretora da Escola Duque de Caxias de 1991 até 2024. Também foi secretária municipal de Educação de Arroio do Meio, vice-prefeita de Arroio do Meio e atualmente é diretora da Escola Municipal Bela Vista, em Arroio do Meio.

Euclides Scheid também é morador de Arroio Grande desde o nascimento. É graduado em Medicina Veterinária pela Ufrgs e Administração pela Univates, onde também foi professor. Fez mestrado em Administração pela Ufrgs e é funcionário aposentado do Banco do Brasil.

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Família Röhsig: ensino amplia Da professora que ensinou a preencher cheques ao neto que apresenta pesquisas em dois idiomas, a família Röhsig traduz em vida o que sempre defendeu em casa e na escola, educação consistente, conhecimento como liberdade e postura ética na sociedade

história da família Röhsig se entrelaça com a do Colégio Evangélico Alberto Torres há quase quatro décadas. Os pais, os professores Erni e Isoldia, ensinaram matemática e o valor de uma educação assertiva, disciplinada e cidadã. Os filhos, Fernando e Carina, absorveram as lições. A família cresceu, agregou a jornalista Francini, também ex-estudante, e fez do CEAT a base escolar de três gerações. Hoje, o neto Frederico vivencia experiências semelhantes às que pais e avós tiveram.

Família Röhsig acredita no poder da educação para impactar a sociedade

Isoldia e a matemática da realidade

Erni e a escola centenária

A professora Isoldia Ahlert Röshig lecionou por 17 anos no CEAT. Ensinar a matemática da vida real era sua marca.

Em vez de ficar apenas no quadro, conduzia os alunos a mercados e viagens de estudo, transformando teoria em prática. Na época dos cheques, motivou os jovens a preenchêlos, controlar débitos e saldos e entender responsabilidade financeira.

Para ela, disciplina sustenta o bom comportamento e a formação cidadã. A escola educa dentro e fora da sala.

A rotina de horários, por exemplo, prepara para o mundo do trabalho. “A formação do CEAT encaminha o aluno para a vida”, resume.

O seu pai Guillebaldo Ahlert, dedicou a vida ao ensino.

Foi o primeiro professor do interior a receber a distinção de educador emérito do RS, na década de 1970 e legou à filha o apreço pela educação.

Erni Röhsig entrou oficialmente no CEAT em 2007, como conselheiro escolar.

Desde então, acompanha debates pedagógicos e administrativos da instituição. Para ele, integrar uma escola com 133 anos de história significa assumir compromisso com a comunidade.

Lajeado se desenvolveu apoiada em instituições de ensino fortes, e o CEAT é uma referência. “A cultura da comunidade tem tudo a ver com a formação que o cidadão recebeu na escola”, afirma.

Com esse entendimento, ele e a esposa escolheram matricular Fernando e Carina no colégio. “Optamos pelo CEAT por ser uma escola centenária, com formação humanizada e valores comunitários. Tenho convicção de que no século 21 o conhecimento gera liberdade e constrói a base do futuro”.

Francini Ledur

Frederico Ledur

Colégio lapidou liderança O administrador Fernando Röhsig chegou ao CEAT em 1983, na sexta série, recémchegado de Roca Sales. A mudança parecia grande demais para um menino de 11 anos. O futebol, o teatro, o vôlei, as gincanas e o pátio facilitaram a adaptação.

“Eu me adaptei tão bem ao colégio que em 1987 assumi como presidente do Grêmio Estudantil”. Ali começava a trajetória de liderança que ele carrega até hoje.

“Dizque”, viveu intensamente as atividades e encontrou no colégio o impulso para a futura carreira. “Entendi a importância de ser administrador por ter frequentado o Alberto Torres e vivido seus valores”.

Repetia para si, e repete até hoje, as lições que leva para a vida profissional, “o certo é o certo, o horário é o horário, o combinado é o combinado”.

O vínculo retornou com força na geração seguinte. Depois de 25 anos em Porto Alegre, voltou com a família a Lajeado.

A decisão passou pela escola e pela chance de Frederico viver o mesmo ambiente de formação. “Como pai, sei que está valendo a pena”.

Das quadras para a arquitetura Carina Röhsig chegou ao CEAT aos 10 anos. No início,

estranhou o tamanho da escola.

Logo encontrou amigas e, principalmente, o esporte.

Corrida, vôlei, basquete, cooper. As quadras se tornaram o território onde nasceu sua confiança. A competitividade saudável a acompanhou até a vida adulta.

“Pratico esportes até hoje, característica que surgiu na escola, assim como a vontade de buscar o melhor e fazer bem feito”. Foi o colégio que a preparou para o primeiro emprego, conquistado em um estágio como arquiteta e urbanista dos Correios do RS. “Ali eu aprendi tudo e segui carreira”. Hoje, também exerce liderança na escola que administra. Para ela, educação transforma sociedades. “O conhecimento torna você uma pessoa melhor. E com isso, o país melhora junto”.

Do jornal da escola ao jornalismo profissional A jornalista Francini Ledur

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Apresentado por

liberdade e conduta ética FOTOS: ANDRÉIA RABAIOLLI

Frederico, a terceira geração Frederico Ledur Röhsig, 16 anos, caminha hoje pelos corredores do CEAT com o olhar voltado ao futuro. Iniciou na primeira série e cresceu envolvido em projetos que estimulam pesquisa, oratória e idiomas. “Eu era inseguro para apresentar trabalhos, mas a escola estimula essa parte com o projeto Aluno Pesquisador”.

O conhecimento em alemão amplia possibilidades de intercâmbio. As provas e apresentações em outro idioma exigem preparo e coragem, competências que ele já considera essenciais.

Ao projetar os próximos anos, reconhece o impacto da escola.

“O CEAT facilita o caminho do futuro. Cobra bastante, mas deixa tudo mais leve lá na frente”, conclui.

descobriu a profissão ainda no CEAT, quando percebeu que as palavras transformam. Entrou na primeira série e saiu apenas ao concluir o Ensino Médio.

Aproveitou música, teatro, ciências e em 1991, foi presidente do grêmio estudantil, o GEAT. Mas foi o jornal “Dizque” que definiu seu caminho. “Me apaixonei pelo jornalismo ao ajudar a escrever o Dizque. Essa experiência foi determinante para minha escolha profissional”.

Passou por grandes grupos de mídia e hoje atua na comunicação pública.

Convive com lideranças formadas no mesmo colégio e reforça o papel da escola na responsabilidade social.

“O líder precisa se enxergar como responsável. A escola estimula isso e prepara para assumir riscos, seja em uma empresa, entidade ou comunidade”. Para ela, estudantes de escolas como o CEAT recebem uma formação integral que cria dever moral.

“Lá na frente, é preciso devolver isso em forma de serviço, ética e participação”.

”

Em 1987, Fernando participou do Geat, onde lapidou a liderança e despertou vocação na área da administração

”

”

Oconhecimento torna você uma pessoa melhor.

E com isso, o país melhora junto.”

O certo é o certo, o horário é o horário, o combinado é o combinado.”

A cultura da comunidade tem tudo a ver com a formação da escola.”

Carina Röhsig

Fernando Röhsig

Erni Röhsig

”

A formação do CEAT encaminha o aluno para a vida.”

Isoldia Ahlert Röhsig

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Festa Campeira movimenta o CTG Querência da Mata DIVULGAÇÃO

Evento começou na sexta-feira e segue até domingo, com homenagem à família Kessler e mais de R$ 25 mil em premiação Ezequiel Neitzke

ezequiel@grupoahora.net.br

MATO LEITÃO

A

18ª Festa Campeira do CTG Querência da Mata, de Mato Leitão, iniciou nessa sexta-feira, 12, e segue até domingo no Parque Municipal das Orquídeas. Organização, clima e incentivo aos jovens marcam os bastidores do evento, que promete movimentar campo, pista e economia regional.

Segundo o patrão do CTG,

Expectativa é reunir mais de 400 laçadores ao longo dos três dias, gerando impacto direto na economia local

Sanir Freytag, o principal desafio é a própria preparação da festa, que envolve desde reforma de mangueira e ajustes de estrutura até definição de premiação,

narradores, julgadores e juízes. “É sempre um desafio preparar tudo, arrumar o que precisa, mobilizar mão de obra e investir dinheiro.

E o que preocupa ainda é o clima,

que é incerto. A gente se prepara o ano inteiro e nunca sabe se vai dar sol, chuva ou vento”, afirma.

A programação deste ano reforça o vínculo com o tradicionalismo. No sábado à tarde haverá música ao vivo com gaita e violão, proposta que, segundo Freytag, traz um sentido maior ao tradicionalismo de rodeio.

Além da parte artística, o CTG mantém ações para preservar a cultura campeira.

O patrão destaca que a prática do laço exige manutenção de animais, indumentária e equipamentos, e que a entidade investe para incentivar os mais jovens. “Se os jovens não forem incentivados, daqui a alguns anos a gente não tem mais rodeio. Ajudamos de várias formas, desde vaquinha parada para treino até apoio financeiro, pagando inscrições e levando cavalos junto com os capatazes”, explica.

Com premiação que ultrapassa R$ 25 mil, a festa também reserva uma homenagem especial à família Kessler, presença histórica no CTG. Eduardo Kessler, vice-patrão por seis anos e hoje capataz de cavalgada, será homenageado na abertura do rodeio e terá uma taça com seu nome. A expectativa é reunir mais de 400 laçadores ao longo dos três dias, gerando impacto direto na economia local.

Escolha estratégica A escolha dos narradores e julgadores também ocorre de forma estratégica, priorizando profissionais já reconhecidos pelo público e parceiros do CTG. Apesar de, por vezes representarem um custo maior, Freytag afirma que a presença deles garante qualidade e atrai mais participantes. O apoio do poder público, segundo ele, é determinante para cobrir custos e ampliar a visibilidade do município, já que o CTG representa Mato Leitão em diversas regiões do estado.

Freytag reforça ainda o acolhimento aos visitantes. “Todos serão bem recebidos e bem atendidos, desde as inscrições até o tiro de laço. Temos cozinha completa com almoço no sábado e domingo, lanches e bebidas. Assim como somos bem atendidos nas casas deles, aqui também serão”, diz.

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OBITUÁRIO

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TELMO INÁCIO HENNEMANN, 82, faleceu na sexta-feira, 12.

O velório ocorre na Capela Diersmann do bairro Boa União, em Estrela. O sepultamento ocorre neste sábado, 13, às 9h30min, no Cemitério Católico do bairro Boa União.

SELGA VON MÜHLEN, 78, faleceu na sexta-feira, 12.

O velório ocorre na Capela Velatória Evangélica de Linha Berlin, em Westfália. O sepultamento ocorre neste sábado, 13, às 9h30min, no Cemitério Evangélico da

mesma comunidade.

MARIA DE FATIMA PAULA ALVES, 58, faleceu na sextafeira, 12. O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal do Florestal, em Lajeado.

Publicações Legais

ARNALDO HANNAUER, 79, faleceu na sexta-feira, 12. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Poço das Antas.

ILMO STÖHR, 53, faleceu na sexta-feira, 12. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico São José, do bairro Conventos, em Lajeado.

(51) 3710-4200

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365 VEZES NO VALE

365vezesnovaledotaquari@gmail.com

FÁBIO KUHN

Recanto Gaudério: parque aquático sensação no veraneio do vale

A

área de banho com rampa e bar integrado do Parque Recanto Gaudério se tornou sensação do veraneio no Vale do Taquari. O destino está localizado na Linha Conceição, interior de Fazenda Vilanova, a apenas um quilômetro da BR 386.

A piscina de concreto começa rasa e chega a profundidade de 1,50 metro, atendendo tanto crianças como adultos. O diferencial é ter em meio as águas um bar que serve drinques, bebidas, lanches e porções.

Nesta temporada, a área de banho foi ampliada com espaço coberto e decks para quem deseja relaxar nas mesas e cadeiras à beira da piscina.

O parque aquático também tem mais de 100 churrasqueiras espalhadas pela natureza. O balneário permite o acesso com bebidas e alimentos nesse espaço, sendo proibido consumir produtos de fora apenas na área da piscina.

Outra opção gastronômica é o restaurante que atende aos sábados e domingos com comida caseira. O bufê conta com uma variedade de saladas, pratos quentes e carne grelhada na hora, além de sobremesa.

Feito de madeira, o espaço rústico onde funciona o restaurante também pode ser alugado para eventos. Tem capacidade para abrigar até 150 pessoas.

O Recanto Gaudério iniciou as atividades em 2020, uma iniciativa do casal Vilson e Erotilda de Souza. Com o passar dos anos foi ganhando frequentadores devido as características únicas. Nos fins de semana, além das piscinas, é popular por ter música ao vivo.

Mais informações sobre o parque podem ser obtidas pelo WhatsApp 51 8173-4770 ou nas páginas oficiais no Facebook e Instagram. Para reservas de almoço, o contato é o 51 9939-3038.

Seja dono de uma cabana O Recanto Gaudério possui cabanas que foram adquiridas por terceiros. Nesta modalidade, a pessoa compra a cabana e paga uma anuidade para ter acesso exclusivo ao parque em qualquer época do ano – passaporte valido

para cinco pessoas.

As acomodações foram se sofisticando com o tempo. Tem opções mais simples com até 49 metros quadrados, com modelos de um ou dois quartos, além de quarto, sala, cozinha, banheiro e deck.

Neste ano, o parque trabalha na primeira construção no estilo A frame, com dois andares e banheira de hidromassagem.

O Recanto Gaudério financia diretamente a construção da cabana com uma entrada e parcelas a serem negociadas. Mais informações podem ser obtidas pelo 51 98464-8987.

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UMAS & OUTRAS

MARCOS FRANK

CARLOS MARTINI

ARTIGO

Administrador

FIRST THINGS FIRST

M

eu “Portuinglês” não é dos melhores, mas o título pode ser traduzido por As Coisas Mais Importantes em Primeiro Lugar, ou tipo assim: Começar Pelo Mais Essencial.

Na minha modesta avaliação e apesar das grandes e lamentáveis perdas a região como um todo desde o início reagiu muito bem às recentes tragédias climáticas e continua avançando positivamente.

Rememorar pequenas, médias e grandes iniciativas pessoais, familiares, comunitárias e institucionais exigiria um sem número de páginas, muito além de um mero tópico e bem acima da capacidade de um simples escrevinhador.

Ainda há muito a fazer, mas muita coisa já foi feita e outras tantas estão sendo encaminhadas com o devido tempo.

Parece incrível que há pouco mais de um ano até um simples caíco prá cruzar um rio, um cantinho seguro prá dormir à noite, uma sacola de água potável e mantimentos básicos, um mínimo de informação e comunicação, e por aí afora eram absolutamente essenciais.

Mas e como sempre tem que ser...vida que segue! Hoje as prioridades são outras, mais avançadas e também necessárias.

TRAVESSIAS Olhando pelo retrovisor não custa lembrar o valor que teve tantas iniciativas voluntárias, comunitárias, governamentais (de todos os níveis), empresariais, institucionais que buscavam pelo menos reduzir as graves dificuldades então geradas pelo colapso em praticamente todos os serviços e

infraestruturas básicos.

A travessia de lá prá cá já foi bem mais dolorosa.

PONTES A PONDERAR Bom saber que o projeto da Ponte dos Vales prossegue em frente.

Travessias confiáveis são absolutamente imprescindíveis, basta lembrar a rápida instalação de uma passagem fluvial pelo Exército, a recuperação da Ponte de Ferro, a agilidade na construção de uma nova ponte sobre o Forqueta na ERS-130, os constantes esforços para reconstruir a travessia com segurança da BR-386 no Taquari na maior brevidade possível (cordão umbilical logístico), sem esquecer as várzeas de Mariante e demais paragens regionais, entre outras louváveis ações.

marca registrada e atração turística daquela localidade.

Os bólidos descem lomba abaixo a mil, levantando poeira, sujeitos a derrapagens e até eventuais capotamentos nas curvas mais acentuadas, quando é preciso ter certo cuidado prá não prejudicar o pinto na bandeira. Vale conerir, é bem legal de assistir.

CINE BRASIL APRESENTA Protagonismos Políticos Togados (duplo com) Credibilidade no Rumo do Brejo.

PESO NAS COSTAS SAIDEIRA Não há como negar que obter uma CNH e mesmo manter um veículo devidamente legalizado acabou virando um baita peso nas costas do contribuinte médio.

Dentre importantes regulamentações criadas, há evidentes exageros que já estavam pedindo para serem excluídos.

Agora estão sendo. Voltaremos ao assunto.

Perguntas incomodas

C

omo presidente do Hospital Bruno Born, muitas vezes me deparo com a incompreensão de como funciona um hospital filantrópico de grande porte.

O HBB funciona ininterruptamente desde julho de 1933 cumprindo a sua nobre missão de salvar vidas.

Nesse quase um século de existência, diferentes diretorias se depararam com o mesmo desafio: oferecer o melhor atendimento à população enquanto lutam para manter a viabilidade econômica do hospital.

Com a atual gestão não tem sido diferente, sendo que a diretoria eleita presta serviço voluntário e não recebe nenhum tipo de remuneração. Semanalmente nos reunimos não só para decidir sobre obras futuras, mas também para decidir onde encontrar recursos para cobrir as despesas crescentes de um hospital com mais de 1.500 funcionários e que se tornou peça fundamental, não só na saúde dos lajeadenses, mas de toda população do Vale do Taquari.

Para que a população possa entender melhor nosso trabalho decidi responder a algumas “perguntas incômodas” que volta e meia aparecem nas redes sociais:

“Onde está a filantropia do HBB? Tudo que interessa ali é dinheiro.”

ATENÇÃO PARA O PINTO! Lá pelas bandas de Pinto Bandeira está se projetando cada vez mais a já tradicional descida de carrinhos de lomba, que esse ano completou sua 7ª edição.

Começou como gozação, mas cada vez com mais criatividade e mais audácia da tchurma de aficionados do esporte anda atraindo muitos espectadores e já virou

Médico Neurocirurgião

Médico de família prá nona: - Vó, o nôno está precisando de um pouco mais de repouso...

- E o que o senhor recomenda?

- Vou receitar esse remedinho prá dormir.

- Ele não vai querer tomar!

- O remedinho é prá senhora...

Hospitais filantrópicos como o HBB não são públicos, são na verdade instituições privadas, sem fins lucrativos, contratados pelos gestores públicos para prestarem serviço ao SUS. No caso do HBB (e todos os hospitais filantrópicos do Brasil) a baixa remuneração praticada pela tabela do SUS que remunera apenas 60% dos custos dos procedimentos gera enormes prejuízos e dificulta a sobrevivência desses hospitais.

Para que se tenha ideia, em 2024 mais de 80% dos atendimentos no HBB foram pelo SUS gerando um prejuízo bruto de aproximadamente 60 milhões de reais. Com as isenções da filantropia e valores recebidos de emendas parlamentares essa valor foi reduzido , mas ainda restou um prejuízo de 20 milhões nos atendimentos pelo SUS. Então quando se fala que no HBB se pensa muito em dinheiro, de certa forma é verdade, pois sem recursos para pagar funcionários e fornecedores seríamos obrigados a fechar as portas. Aproveitando a oportunidade, informo a forma pela qual a população pode ajudar o hospital a melhorar seu resultado financeiro: usuários de planos de saúde ou mesmo pacientes particulares quando optam em realizar procedimentos no hospital estão auxiliando a cobrir o déficit do SUS, da mesma forma à população quando opta em comprar medicamentos na farmácia do HBB, também está auxiliando nesse equilíbrio.

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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS www.coquetel.com.br

CRUZADAS © Revistas COQUETEL Fruto também chamado de "taperebá" Instalação militar ou científica

06/06/1944 (Hist.)

Especialidades do mixologista Paciente que é insulinodependente

Prova reúne cerca de 800 inscritos e abre programação especial de fim de ano no município Ezequiel Neitzke

ezequiel@grupoahora.net.br

A

noite deste sábado, 13, promete brilho e movimento em Westfália.

A partir das 19h, a Vila Temática da Dossland será o ponto de largada da quarta edição da Corrida e Caminhada Iluminada, evento que retorna ao calendário municipal e encerra a temporada esportiva da cidade. Cerca de 800 participantes confirmaram presença, tornando a prova a maior já feita no município fora do Circuito dos Vales.

De acordo com o coordenador de Esportes, Roger Werkhausen, o entusiasmo superou todas as expectativas. “Conseguimos um número maior de 750 inscritos, sendo 400 moradores de Westfália. Abrimos também para participantes de fora, de Lajeado e de

toda a região do Vale do Taquari.

Muito disso vem do engajamento criado pela etapa do Circuito dos Vales que tivemos aqui. A gente dobrou a projeção inicial. O evento vai ser lindíssimo e muito grande”, destacou.

A Corrida e Caminhada Iluminada é a primeira prova organizada pela equipe do Circuito dos Vales fora do calendário oficial, fortalecendo a relação da comunidade com o movimento regional de incentivo ao esporte.

A entrega dos kits ocorre neste sábado, das 14h às 19h, na Rua Leopoldo Fiegenbaum, junto à Vila Temática da Dossland. A programação inicia às 19h15min com a largada kids, seguida da largada da corrida às 20h e da caminhada às 20h05min. Logo depois, acontece a premiação oficial.

O clima festivo se estende para além das ruas iluminadas.

Duas atrações musicais animam o público: Guri’s do Rock, às 18h30min, e Banda Pandora, às 21h30min, esta última viabilizada por meio do Pró-Cultura RS, da Secretaria da Cultura do Estado.

SERVIÇO Sábado, 13 de dezembro Local: Rua Leopoldo Fiegenbaum, junto à Vila Temática da Dossland Entrega de Kits: Vila Dossland, 14h às 19h 18h30min – Show com Guri’s do Rock 19h - Encerramento da entrega de kits 19h15min - Largada kids 20h - Largada de Corrida 20h05min - Largada da caminhada Logo após, início da premiação oficial.

21h30min – Show com Banda Pandora

Cruz em forma de X Costela, em inglês

Descarga da metralhadora Palmeira de fruto rico em caroteno Elizabeth Arden, cosmetóloga canadense (?) rock, estilo musical do The Smiths

Águas (?) de Goiás, município do entorno do DF Aqui está

De + os (?) Costa, político baiano

Designação do "abacaxi" em Portugal Manuel da (?), jesuíta Aloé (Bot.) Dê serventia a Limpar banhando

Presenteia Ana Néri, enfermeira

Demonstrar pouco caso

(?) Hemsworth, ator australiano (?)-se: ser contrário a (algo) Crença antilhana Prega, na pele

Ave corredora de hábitos gregários

Nascida na cidade da Arena Pantanal

Esporte radical Efeito da monotonia

A majoritária do Sri Lanka é a cingalesa

O bebê paciente da UTI neonatal

(?)

Lucinda, atriz e cantora (?) Sy, astro da série "Lupin" (TV) Na (?): sem rodeios (gíria) O monte dos Dez Mandamentos (Bíblia) Balneário do litoral norte gaúcho, entre Torres e Capão da Canoa

BANCO

Beneficiário da retroatividade da lei Cada uma das faces do cubo (Geom.)

O verbo que expressa necessidade Trecho de destaque em óperas

Solução D C P D I A B E T I C O R A J A D A A S PA B R I T I L IN D A S U O Q E A I D S U E I S N O B R E GA E S N O B A R U S E A D A N L I A M C U I A B A N A U C T E O S V O D U O E S R A P E L P R E M A T U R O T L A T A E G R E U O L R I N M D A L S I N A I A R I A A R R O I OD O SA L

WESTFÁLIA PROMOVE CORRIDA E CAMINHADA ILUMINADA

Unidade básica do SUS Título do Rio de Janeiro dado pela Unesco

3/rib. 4/cajá — liam. 5/etnia — indie — modal. 11/arroio do sal. 16/drinques autorais.

ESPORTE E LAZER

"Quebrando o (?)", (?) em si: reconhece documentário brasileiro sobre o os próprios combate às drogas erros

ARQUIVO AHORA

LEÃO: Faça contas, planeje investimentos futuros, pesquise preços e confira dicas dos filhos, irmãos ou de alguém especial.

VIRGEM: Jogue a autoestima para cima e desfaça confusões nas relações. Intuição forte aliada a checagens criteriosas produzirá ótimos resultados.

23/09 - 22/10 23/10 - 21/11 22/11 - 21/12 22/12 - 19/01 20/01 - 18/02

21/06 - 22/07 23/07 - 22/08

CÂNCER: Resgate antigas receitas e dê sabor ao dia com pequenos prazeres gastronômicos.

23/08 - 22/09

Evento terá como ponto de largada a Vila Dossland, um dos principais símbolos do município

GÊMEOS: Conversas sobre o passado trarão cura emocional.

Excesso de demandas pedirá paciência.

19/02 - 20/03

21/03 a 19/04

TOURO: Projetos autorais ganharão forma e arrancarão elogios, jogue a autoconfiança para cima. Limites externos poderão diminuir o ritmo.

21/05 - 20/06

ÁRIES: A semana terminará com sonhos, pensamentos positivos e vontade de viajar, explorar outra cultura ou praticar uma nova filosofia.

20/04 - 20/05

HORÓSCOPO LIBRA: Conte com mais mobilidade, ideias geniais e soluções inteligentes no trabalho e nas reestruturações.

ESCORPIÃO: Um pouco de interiorização ajudará a dar contornos nítidos aos sonhos.

SAGITÁRIO: Aproveite o período da manhã para planejar o futuro e alavancar a carreira com um projeto inovador.

CAPRICÓRNIO: Aposte em uma viagem para relaxar, arejar a cabeça, curtir a natureza e restaurar suas energias.

AQUÁRIO: Recursos compartilhados, reembolsos, royalties ou pendências financeiras pedirão atenção.

PEIXES: Emoções e humor poderão oscilar nesta manhã.

Supere frustrações com uma visão realista dos relacionamentos.

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FUTEBOL AMADOR

POÇO DAS ANTAS OU TAQUARIENSE:

REGIONAL ASLIVATA TERÁ CAMPEÃO INÉDITO ANTHONY CONTE/DIVULGAÇÃO

Partida de ida das finais da Série A ocorre neste domingo. Grupo A Hora prepara programação especial Ezequiel Neitzke

ezequiel@grupoahora.net.br

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Aslivata inicia neste domingo a disputa das finais do Regional – Copa Certel/Sicredi. Em sua 41ª edição, a competição terá um campeão inédito tanto na categoria titular quanto no aspirante: Poço das Antas e Taquariense nunca ergueram a taça principal, assim como Brasil, de Marques de Souza, e Juventude, de Westfália, que duelam no aspirante.

Os jogos de ida serão disputados no estádio do Esporte Clube Poço das Antas, a partir das 14h, marcando um momento histórico para o clube e para a comunidade.

O EC Poço das Antas recebe pela primeira vez uma final do

Poço das Antas chega na final após eliminar o Tiradentes em dois empates e vitória nos pênaltis

Regional. A expectativa é superar o público de três mil pessoas, número maior que a própria população do município, que tem cerca de dois mil habitantes. A cidade será palco de dois confrontos decisivos, o que exige forte mobilização da diretoria anfitriã.

Segundo o diretor de esportes, Maurício Steffen, o momento é especial. “Para nós, receber uma final do Regional é motivo de muito orgulho. É o reconhecimento do trabalho do clube e dos nossos atletas. Queremos proporcionar um grande espetáculo para todos.

Tenho certeza de que todos se sentirão abraçados em nossa praça esportiva”, afirma.

Steffen destaca ainda o esforço coletivo para preparar a estrutura. “Organizar tudo está sendo desafiador, mas muito gratificante. É preciso planejar muita coisa, contar com a união da comunidade e com a dedicação de toda a diretoria”, ressalta.

O dirigente também valoriza

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Fim de semana, 13 e 14 dezembro 2025

o apoio das torcidas organizadas “Borrachos do Poço” e “Gurias do Poço”. “Somos muito felizes por contar com esse suporte. Cada detalhe está sendo pensado para receber bem nossos torcedores e todos os simpatizantes do futebol regional nesta final histórica”, completa.

TAQUARIENSE TENTA REPETIR FEITO RARO Vice-campeão em 2023, o Taquariense chega à segunda final consecutiva, algo alcançado por apenas oito clubes em mais de 40 anos de competição. Destes, Gaúcho, Esperança, Juventude e Estudiantes foram campeões no segundo ano seguido, o que alimenta a esperança do time de Taquari. Para o jogo, o técnico Juninho não terá Guina e Dedé, ambos suspensos. Os substitutos ainda não foram confirmados.

ASPIRANTE No aspirante, o Juventude, de Westfália, volta à final após o vice em 2023. A equipe de Léo Kliks chega embalada por eliminar, desde as oitavas, adversários que lideraram suas chaves: Tiradentes, Imigrante e Sete de Setembro.

O Brasil, de Marques de Souza, retorna à decisão depois de 19 anos.

Em 2006, perdeu o título para o Rui Barbosa após empate em 1 a 1 na ida e derrota por 2 a 1 na volta.

Agora, aposta no melhor ataque da competição, no vice-artilheiro e em uma das defesas menos vazadas.

CAMPANHAS EM NÚMEROS: FINAL TITULARES

FINAL ASPIRANTES

EC Poço das Antas

Taquariense

EC Brasil

Juventude

12 jogos 5 vitórias 5 empates 2 derrotas 20 pontos 56% de aproveitamento 24 gols marcados 16 gols sofridos 8 gols de saldo Artilheiro: Maicon Benini – 8 gols 28 cartões amarelos 3 vermelhos 430 pontos na disciplina

12 jogos 7 vitórias 2 empates 3 derrotas 23 pontos 64% de aproveitamento 22 gols marcados 16 gols sofridos 6 gols de saldo Artilheiro: Andrei Macedo – 6 gols 30 cartões amarelos 2 vermelhos 400 pontos na disciplina

12 jogos 7 vitórias 4 empates 1 derrotas 25 pontos 69% de aproveitamento 21 gols marcados 11 gols sofridos 10 gols de saldo Artilheiro: William dos Reis - 7 gols 43 cartões amarelos 4 vermelhos 630 pontos na disciplina

12 jogos 4 vitórias 6 empates 2 derrotas 18 pontos 50% de aproveitamento 17 gols marcados 11 gols sofridos 6 gols de saldo Artilheiro: Tássio Carpes - 5 gols 34 cartões amarelos 7 vermelhos 790 pontos na disciplina

DIVULGAÇÃO

COBERTURA ESPECIAL A programação começa cedo. Às 10h, Joilson Pereira e Ezequiel Neitzke comandam um pré-jogo com dirigentes do EC Poço das Antas, autoridades, lideranças locais, diretoria da Aslivata e patrocinadores. A transmissão será na página A Hora Esportes, no YouTube. À tarde, a partir das 13h, o Grupo A Hora transmite no YouTube e na rádio 102.9 a final do aspirante, com narração de Luciano Silva,

Diretoria do Poço das Antas trabalha no gramado e no estádio para deixar em dia a estrutura para receber cerca de três mil torcedores

comentários de João Lucas Catto e reportagens de Caetano Pretto, Joilson Pereira e Ezequiel Neitzke.

Na sequência, ocorre o duelo dos titulares entre Poço das Antas e Taquariense. A narração será de Vini Bilhar, com comentários de Luis Ferrarini. As reportagens seguem com Caetano Pretto, Joilson Pereira e Ezequiel Neitzke.

LUÍS FERRARINI/DIVULGAÇÃO

Vice-campeão em 2023, o Taquariense chega à segunda final consecutiva, algo alcançado por apenas oito clubes em mais de 40 anos de competição

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Fim de semana, 13 e 14 dezembro 2025

por Raica Franz Weiss

30 anos do Senac Lajeado

Formatura da primeira turma do curso Técnico Administrativo em 2005.

Etiene é a primeira à esquerda

Inauguração da sede atual, na Av. Pasqualini, em 2005

Três décadas atrás, entidades empresariais e comerciais sentiam a necessidade de um centro de formação voltado ao setor de comércio e serviços. Foi nesse sentido que o Senac Lajeado foi fundado em 15 de dezembro de 1995, há 30 anos.

No início, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) funcionava junto a um prédio na Avenida Sete de Setembro. Mais tarde, se mudou para a rua Júlio de Castilhos, no Centro, onde ficou instalado até a inauguração da estrutura atual. O prédio foi erguido como uma galeria comercial na Avenida Alberto Pasqualini e abriga o Senac desde 2005, com 14 salas de aula e ainda o administrativo.

Foi por volta desse período que a atual diretora da instituição, Etiene Leandro Azambuja, chegou a Lajeado. Natural de Porto Alegre, começou sua trajetória no Senac em 2005, como coordenadora pedagógica dos cursos da unidade de Lajeado. “Naquela época, tínhamos só uma turma de Jovens Aprendizes por turno. Hoje, temos em torno de seis a sete turmas por semestre”, lembra. Naquele tempo, havia muita procura pelo curso e pouca oferta.

Entre as principais mudanças que notou durante os 20 anos que está no Senac foi a questão dos idiomas. “Vinte anos atrás, nos cursos de comércio, falar o dialeto alemão era um diferencial para a área. Hoje, por outro lado, temos cursos de português para estrangeiros”, conta.

A tecnologia é outro ponto que mudou muito. “Lembro que os alunos disputavam os computadores da sala de informática, tínhamos que controlar o tempo que cada um tinha acesso, para todos terem vez”, recorda. Algo que não mudou, no entanto, foi a necessidade de aperfeiçoar competências pessoais. “Seja 2005 ou 2025, a importância das habilidades comportamentais continua sendo uma constante”, reforça.

Nesses 30 anos, mais de 50 mil pessoas passaram pelo Senac, entre elas, mais de cinco mil Jovens Aprendizes, Desde 2003, o Senac de Lajeado oferece também cursos técnicos e, depois, passou a ofertar também graduação e pós na modalidade EaD.

A primeira sede do Senac em Lajeado, quando inaugurou em 1995

Polícia procurava o criminoso Seco no Vale Batalhões de Operações Especiais da Brigada Militar de Porto Alegre, Santa Maria e Passo Fundo chegavam a Lajeado para reforçar o patrulhamento ostensivo. Cerca de 50 homens e dez viaturas se somavam ao efetivo

do Vale do Taquari. Na época, o reforço era em função das festas de fim de ano.

Além disso, outro motivo era a suspeita de presença do foragido número um do RS na época, José Carlos dos Santos, o Seco. Ele es-

taria escondido em Lajeado após o ataque a um caminhão forte em Farroupilha na semana anterior.

Seco era conhecido por ataques e roubos desde 2002, sempre com artilharia pesada, que deixava vítimas. O criminoso foi preso em definitivo em abril de 2006, no Posto Rosinha, em Paverama, após tiroteio com policiais.

Continua ainda hoje na prisão, mas o dinheiro roubado de bancos e carros-forte por ele nunca foi encontrado.

Sábado é

Domingo é

- Dia Nacional do Cego - Dia do Marinheiro - Dia do Ótico - Dia do Engenheiro Avaliador e Perito de Engenharia - Dia do Pedreiro - Dia Nacional do Forró - Dia do Lapidador

- Dia Nacional de Combate à Pobreza - Dia do Engenheiro de Pesca - Dia do Médico Alergista - Dia da Bíblia - Dia Mundial do Macaco

Santo do dia 13: Santa Luzia

Santo do dia 14: São João da Cruz

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Fim de semana, 13 e 14 dezembro 2025

HENRIQUE PEDERSINI

ROGÉRIO WINK

ARTIGO

Jornalista

Entre a economia e o sossego

A

lerta de linha tênue! Os bares, pubs e similares de Lajeado tem acumulado noites de casa cheia. De maneira inquestionável, isso é maravilhoso! O sucesso destes empreendimentos é a artéria principal do turismo na cidade.

Inclusive, com público de toda a região. De quinta a domingo, o fluxo é bem expressivo.

Se há música e acúmulo de pessoas, tem barulho e por aí surge talvez a única possibilidade de apontamento para quem reside próximo destes locais: perturbação ao sossego. O assunto não é novo e tem histórico no Centro, Montanha, Americano e, de forma mais intensa, na avenida Avelino Talini, bairro Universitário.

Parece como procurar “agulha em palheiro” mas é preciso encontrar o equilíbrio para manter ativos e pujantes os estabelecimentos que caíram no gosto não apenas dos lajeadenses, sem interferir no merecido descanso dos moradores vizinhos.

Ações tramitam no Ministério

Mente analógica e IA HENRIQUE PEDERSINI

Público (MP) e o assunto tem o cuidado das autoridades de segurança pública e setores da administração de Lajeado. Importante: estabelecidas e cumpridas as regras com relação a horário,

volume de som e, em especial, a efetiva fiscalização na parte externa destes estabelecimentos para coibir irregularidades, portas abertas e todos bem-vindos à Lajeado. Era isso.

CPI agita a sexta-feira Passava da 14h desta sexta-feira quando a perita Claudia Diehl apresentou aos vereadores os 10 primeiros laudos de obras investigadas pela CPI e atribuídas à empresa PDS. O Grupo A Hora alterou a pauta do programa “Conexão Regional” e esmiuçou,

com exclusividade, cada uma das análises da perícia.

A diferença dos valores pagos e do quantitativo de estrutura entregue se aproxima dos R$ 85 mil (R$ 170 mil pagos e R$ 85 mil de obras executadas) É pior do que apontavam as denúncias.

Os outros 40 apontamentos precisam ser feitos ainda, mas há claros prejuízos aos cofres públicos.

Não precisa ser vidente para imaginar que o assunto é a pauta da sessão do Legislativo da próxima terça-feira.

comissões permanentes e estas reuniões não são transmitidas.

de Lajeado sobre candidatura irregular na eleição de 2024.

Em resumo, caso aconteça nova decisão pela condenação, Antônio Oliveira (Podemos) perde sua vaga na câmara e os votos da sigla são anulados. A denúncia foi feita pelo PSDB, que herda a cadeira no Legislativo.

Rapidinho...

- A análise dos projetos na câmara de Estrela é bastante objetiva. São raras intervenções sobre as propostas oriundas no governo.

O debate mais minucioso fica nas

- Na tarde da segunda-feira, 15, será julgado o caso do Podemos

Empreendedor e comunicador, apresentador do programa “O Meu Negócio”, da Rádio A Hora 102.9

- O MDB do Vale reúne seu grupo no dia 22 de dezembro para um jantar de lançamento do “MDB em Movimento 2026”, no Parque João Batista Marchese, em Encantado.

Oportunidade para abordar as estratégias sobre as candidaturas locais em 2026 e promover encontros de líderes da sigla.

V

ivemos momentos interessantes para quem empreende. A tecnologia avança todos os dias: inteligência artificial, dados, automação, ferramentas de gestão.

Tudo disponível na palma da mão. Mas existe uma pergunta incômoda, que quase ninguém faz: de que adianta tudo isso se a mentalidade continua presa no modelo analógico? Entendo como analógico decidir como sempre decidimos, baseados na experiência vivida, mesmo que o mundo tenha mudado.

Muitos líderes cresceram, venceram e construíram seus negócios com base em certezas formadas lá atrás: escola tradicional, experiência prática, tentativa e erro, repetição do que funcionou. Esse repertório moldou seu jeito de fazer. Criou rotinas, processos, verdades internas. E, durante muito tempo, deu certo. O problema é que o ambiente mudou. E o que foi certeza ontem pode ser justamente aquilo que trava a decisão de amanhã.

Hoje, vemos empresas com softwares modernos, mas decisões antigas. Plataformas digitais convivendo com pensamentos rígidos. Relatórios cheios de dados usados apenas para confirmar o que o gestor já queria decidir. A tecnologia virou maquiagem e não transformação real.

Essa contradição cria um risco silencioso: a rigidez estratégica. O planejamento fica engessado. A empresa continua olhando para o retrovisor enquanto o mercado vira na próxima esquina.

A pergunta é simples: como liderar num mundo digital com uma cabeça moldada na lógica analógica? Talvez o primeiro passo seja desaprender.

Não significa jogar a experiência fora. Ela segue valiosa, mas precisa dividir espaço com a dúvida, a curiosidade e a flexibilidade. Trocar o “eu sei” pelo “vamos testar”.

Mais informação não significa mais clareza. Às vezes, significa mais ruído. Por isso, é preciso filtrar: para que serve esse dado? O que muda na vida do cliente ou no caixa? Isso é sinal ou é barulho? Informação que não vira ação só ocupa espaço.

O tempo dos planos perfeitos acabou. O que funciona é ritmo curto, aprendizados rápidos e correções constantes. Pequenos testes com clientes reais valem mais que grandes apresentações internas.

Mesmo em meio à tecnologia, alguns fundamentos seguem inabaláveis: disciplina, respeito ao cliente, boa execução e responsabilidade com o dinheiro. A diferença é que agora isso convive com adaptação contínua. Começar simples ajuda: reduzir indicadores a cinco números que realmente contam a história do negócio e fazer a pergunta diária: o que mudou lá fora e funciona , que ainda não mudei aqui dentro?

A tecnologia acelera o caminho, mas é a mentalidade que define o Norte. E é por isso que IA gera resultado quando colocada no lugar certo. Antes de investir, vale um diagnóstico honesto: onde há retrabalho, desperdício, tarefas repetitivas e decisões baseadas apenas em palpites? É nesses pontos que a IA entrega ROI — automatizando rotinas, reduzindo erros e liberando a equipe para pensar e executar, criar e atender melhor. IA não substitui liderança, mas potencializa operações quando resolve problemas reais. A questão não é “como usar IA?”, mas “onde ela faz diferença de verdade?”.

Informação que não vira ação só ocupa espaço.

O tempo dos planos perfeitos acabou”

O sábado começa com tempo firme, sol e variação de nuvens.

Fim de semana, 13 e 14 dezembro 2025 Fechamento da edição: 18h

MÍN: 19º | MÁX: 32º

GRUPO A HORA | 13 DEZEMBRO 2025

Saúde íntima sem tabu Desmistificar qualquer área da saúde é sinônimo de vida. Falar, para além dos consultórios, permite diagnósticos precoces e tratamentos cada vez mais precisos

“O maior desafio é a gente conseguir manter um atendimento humanizado” Ginecologista e obstetra de Lajeado, Ana Paula Motta foi a primeira a seguir a área da saúde entre os familiares e já coleciona anos de atuação. Em meio aos avanços tecnológicos, ela cita a atualização e a presença nas redes sociais como desafios da profissão e defende a responsabilidade de não perder o “humano” no ambiente de trabalho

O que te fez escolher a profissão e como foi esse início?

A gente tinha alguma orientação na escola. Tinha uma orientação vocacional. E eu, por algum motivo que eu não sei dizer exatamente qual, pensava em fazer alguma coisa da área da saúde. E naquela época a gente tomava um ônibus com os colegas, se aventurava, ia a Porto Alegre, chegava na universidade e se inscrevia. Eu me inscrevi na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e na PUC. Acabei passando na UFRGS e fui pra lá. Não tinha médicos na família, acho que foi uma intuição pra mim. Achei que ia ser um curso legal, achei que ia ser um desafio, e foi assim que aconteceu.

Quais os maiores desafios da profissão hoje?

Eu acho que para mim um dos desafios tem sido lidar com a questão da rede social, da

exposição, porque tem muito profissional novo chegando no mercado e a gente tem que sempre estar se atualizando e fazendo com que as pessoas saibam disso.

Por outro lado, a gente constrói uma história e as pessoas acabam conhecendo e conhecendo o teu trabalho, Eu vejo que as minhas pacientes confiam muito em mim e isso é uma construção de muito tempo, mas expor isso, o que eu faço, numa rede social, como hoje em dia é bastante comum, para mim é um desafio, é um dilema.

Como você percebe a área hoje e o que nota como evolução daqui pra frente?

Eu acho que os rumos da medicina hoje em dia tem uma influência muito grande exercida pela tecnologia, então a gente vê que as coisas mudaram e mudam com uma rapidez assim que é uma coisa às vezes até

meio assustadora, porque olha o que vem acontecendo com a inteligência artificial. Eu acho que é uma ferramenta que veio para agregar muito, mas que muda a prática médica. Então, é uma situação muito nova, e eu acho que a gente tem que ir se adaptando, tem que ir conhecendo, tem que ir se atualizando. De modo que isso possa trazer benefício para o paciente num diagnóstico mais preciso, num tratamento mais preciso. E, ao mesmo tempo, conseguir manter um tratamento, um acompanhamento humanizado e que ofereça conforto para o paciente. Ainda nessa área da tecnologia, a gente vê toda uma digitalização dos processos de registro, de prontuários, atestados, receitas.

Ainda tem essa questão da telemedicina. Eu não faço consulta online. Mas eu acabei me adaptando a atender, por exemplo, pacientes, dar orientações, pelo telefone, pelo WhatsApp, são tudo questões que mudaram e ainda assim a gente tem que usar essas ferramentas que ajudam muito, mas também oferecem um outro tipo de risco. Às vezes, a gente deixa de examinar um paciente, de conversar uma conversa mais sincera, pessoal, para fazer um atendimento online. Eu acho que daqui para frente, o maior desafio é, apesar da evolução da tecnologia na medicina, a gente conseguir manter um tratamento humanizado e empático.

Lembra de algum momento marcante de algum paciente que passou por você?

Em obstetrícia, a gente acaba acompanhando uma gravidez inteira, acaba conhecendo bem essa paciente, a família, como é toda a dinâmica familiar, então participar do nascimento. Tem pacientes hoje em dia que eu ainda encontro, já são adultos, e aí eles vêm me abordar e dizer doutora, olha só o parto daquele bebezinho, olha como tá agora. É sempre um momento marcante.

EDITORIAL

Precisamos falar sobre isso

Falar de saúde íntima ainda provoca um desconforto curioso, como se estivéssemos espiando pela fresta de uma porta que deveria permanecer fechada.

Mas é justamente essa lógica que, geração após geração, nos empurra para longe de conversas que poderiam resolver dúvidas, prevenir e, sobretudo, ampliar nossa compreensão sobre o próprio corpo.

A saúde íntima não é um território à parte, restrito a consultórios ou a situações de emergência. Ela é parte do conjunto que molda o bem-estar físico, emocional e social. Está no modo como entendemos nossos ciclos, nossos desejos, nossos limites. Está na habilidade de reconhecer sinais, de perguntar sem vergonha, de buscar informação confiável.

A medicina avança, a ciência se renova, mas nós ainda tropeçamos em velhas barreiras culturais. Mas a saúde só é plena quando consegue circular sem segredo. Quando um desconforto não vira assunto proibido.

Quando homens e mulheres

podem nomear o que sentem sem medir palavras. Quando os consultórios deixam de ser o único espaço para esse diálogo.

O silêncio atrasa diagnósticos, gera ansiedade, alimenta mitos.

A informação, ao contrário, liberta. Ao abrir espaço para conversas francas, na família, nas escolas, entre amigos, criamos um ambiente em que cuidar do corpo passa a ser prática cotidiana.

Boa leitura!

A medicina avança, a ciência se renova, mas nós ainda tropeçamos em velhas barreiras culturais.”

EXPEDIENTE Textos e fotos: Paulo Cardoso 2

Textos: Bibiana Faleiro

Diagramação: Lautenir Junior

Coordenação: Felipe Neitzke

Momentos estratégicos de pausa renovam corpo e mente Intervalos dedicados ao cuidado pessoal diminuem a tensão, aprimoram o sono, aumentam a concentração e restauram a vitalidade

A

s dinâmicas de um mundo regido pela lógica da alta performance transformaram o descanso em um verdadeiro refúgio moderno.

Nesse cenário, as férias assumem um papel essencial: mais do que uma pausa na agenda corporativa, representam um rito de cuidado. O afastamento temporário do trabalho favorece a recomposição física, a clareza mental e a desaceleração dos níveis de estresse acumulados ao longo do ano.

Conforme o psicólogo Diego Sotoriva, experiências fora da rotina ampliam esse efeito, pois retiram a pessoa do contexto habitual e facilitam o distanciamento das demandas e do funcionamento em piloto automático.

“Ambientes diferentes, especialmente aqueles com natureza ou estímulos novos, ajudam a interromper padrões e estimulam a neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro de se adaptar, criar novas conexões e responder de maneira diferente às situações”, explica.

Descanso como antiestresse A relação entre descanso, pausas e redução do estresse tem sido cada vez mais estudada, especialmente diante do aumento dos quadros de adoecimento emocional nos últimos anos. Entre eles, a doença ocupacional burnout, se destaca: um esgotamento profissional crônico, consequência de jornadas excessivas e altamente desgastantes.

Os sinais costumam aparecer tanto no corpo quanto no comportamento, como cansaço persistente, alterações no sono, dores ou tensões físicas, irritabilidade, dificuldade de concentração e perda de interesse nas atividades do dia a dia.

“Falamos muito sobre prevenção justamente para que o descanso seja um cuidado antecipado e não algo buscado apenas quando já se chegou ao limite”, comenta Sotoriva.

Nesse contexto, o especialista alerta que deslocamentos a trabalho, mesmo que incluam momentos agradáveis, não promovem o mesmo efeito restaurador do que experiências de lazer, pois a mente permanece conectada às tarefas e responsabilidades.

Maneira contínua A literatura científica confirma que períodos de descanso, férias e pausas regulares reduzem o estresse percebido e elevam o

É fundamental cultivar pequenas atitudes de cuidado ao longo do ano” Diego Sotoriva, psicólogo

bem-estar, especialmente quando a pessoa consegue se desligar das demandas e ajustar seu ritmo de sono e atividades.

“Esses benefícios são mais evidentes quando o descanso acontece de maneira contínua, e não apenas em momentos de exaustão. Por isso, é fundamental cultivar pequenas atitudes de cuidado ao longo do ano e buscar apoio profissional quando necessário. Ele pode e deve fazer parte do cotidiano, prevenindo desgaste e promovendo equilíbrio”, orienta o especialista.

Pequenos gestos Sotoriva ainda ressalta que o novo não precisa ser algo grandioso: pequenos movimentos, como conhecer um lugar diferente ou mudar um percurso habitual, já podem gerar insights importantes. “O essencial é criar momentos em que seja possível se perceber fora do automático e estar mais presente, mesmo que por alguns minutos”, conclui.

FÁBIO KUHN/365 VEZES NO VALE

Contato com a natureza ajuda a interromper padrões e estimulam a neuroplasticidade

3

ALERTA PARA O VERÃO

Saúde íntima sem tabu: novos caminhos para o conforto e o prazer feminino Tecnologias, informação e acolhimento transformam a forma como mulheres enfrentam desconfortos e doenças íntimas pouco debatidas

A

saúde íntima das mulheres tem ganhado espaço em conversas, pesquisas e cuidados cotidianos. A combinação entre novas tecnologias, mudança cultural e maior acesso à informação tem transformado a forma como mulheres vivem e enfrentam o climatério, a menopausa, a dor na relação e o desconforto causado por alterações hormonais ou condições dermatológicas da região genital.

Com mais de três décadas dedicadas à ginecologia e obstetrícia, a médica Mari Stela Zen viu suas pacientes envelhecerem ao seu lado e, com elas, crescerem também as demandas relacionadas às transformações naturais do corpo feminino. Há três anos, aprofundou sua formação em ginecologia estética e regenerativa, área que tem ganhado protagonismo justamente por responder a queixas antes normalizadas ou silenciadas.

Com a queda dos hormônios,

mulheres em torno dos 50 anos começam a enfrentar ressecamento vaginal, dor na relação e incontinência urinária leve. Muitas estão em novos relacionamentos e não querem conviver com desconforto. Hoje, existem caminhos para melhorar essa experiência.

Novas tecnologias Entre os tratamentos mais utilizados no consultório, estão o laser, o ultrassom micro e macrofocado, tecnologias capazes de estimular colágeno, regenerar mucosa vaginal e fortalecer estruturas importantes para o controle urinário. Embora associados ao rejuvenescimento facial, esses aparelhos vêm sendo adaptados com parâmetros específicos para a saúde íntima.

“O laser intravaginal é indolor, rápido e não exige afastamento do trabalho. Para ressecamento e incontinência leve, os resultados costumam ser muito bons”, afirma Mari Stela.

O laser intravaginal é indolor, rápido e não exige afastamento do trabalho. Para ressecamento e incontinência leve, os resultados costumam ser muito bons.”

Mari Stela Zen, médica

A ginecologista reforça que iniciar o tratamento mais cedo, quando a perda hormonal ainda está no começo, amplia significativamente os resultados.

Ela ressalta que não é um cuidado restrito às mulheres mais velhas. Puérperas, pacientes que amamentam por longos períodos ou mulheres que usam anticoncepcionais também podem

As novas tecnologias em ginecologia regenerativa permitem resultados mais naturais, com recuperação rápida e impacto direto no conforto e na vida sexual das pacientes

desenvolver ressecamento.

Além disso, o laser tem se mostrado útil em casos de líquen escleroso, condição que provoca ressecamento intenso, coceira e até fechamento parcial da entrada vaginal. “Se não tratado, pode

evoluir para câncer de vulva.

Muitas confundem com fungo e passam meses usando pomadas sem melhora.”

Da dor ao prazer Mari Stela também atende mulheres que não conseguem manter relação sexual devido ao vaginismo, contração involuntária do períneo. “Elas se machucam, criam medo e contraem ainda mais. Em alguns casos utilizamos toxina botulínica para relaxar a musculatura, sempre com acompanhamento psicológico quando necessário.”

Pacientes que viveram abuso sexual também procuram o consultório em busca de um tratamento que respeite limites, tempo e acolhimento. “Muitas nem sabiam que existiam alternativas.”

Mulheres de todas as idades estão mais informadas e procuram tratamentos que unem funcionalidade, bemestar e qualidade de vida

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PAULO CARDOSO

Quando procurar ajuda?

- Dor na relação sexual não é normal.

- Ressecamento vaginal persistente merece avaliação médica.

- Escapes urinários, mesmo leves, têm tratamento.

- Coceira intensa, manchas esbranquiçadas ou fissuras podem indicar líquen escleroso.

- Desconforto com a aparência da região íntima também é um motivo válido para buscar orientação.

Estética íntima Se a regenerativa cuida da função, a estética atua no bemestar. “Tudo que fazemos no rosto também pode ser feito na região íntima: laser para flacidez, preenchimento, clareamento”, explica a médica.

Apesar da popularização, ela alerta: “É cirurgia, por menor que seja. Precisa de profissional treinado, equipamentos adequados e pós-operatório”. Nas primeiras 48 horas, o cuidado é essencial para evitar hematomas e abertura de pontos.

Para a profissional, ainda há muito a avançar na abordagem da saúde íntima na ginecologia tradicional. Pacientes com câncer de mama, por exemplo, frequentemente sofrem com ressecamento vaginal severo sem que ninguém aborde o tema. Mari Stela defende que a saúde íntima é parte fundamental da saúde da mulher.

Mulheres mais informadas A ginecologista Ritajaína de Freitas também percebe que as mulheres estão se informando mais, procurando ajuda e entendendo que viver com

desconforto não é inevitável.

“A paciente do climatério, a idosa, a mulher que perde urina, todas elas antes se escondiam.

Hoje elas chegam ao consultório buscando solução”, explica a médica. Não se trata mais apenas de estética. A demanda é, sobretudo, por funcionalidade e qualidade de vida.

Há relatos frequentes de mulheres que deixavam de sair de casa por medo de escapes urinários, que evitavam roupas justas pelo incômodo dos lábios vaginais ou que conviviam com dor durante toda a vida sexual.

“Hoje não é preciso sofrer em casa. Existem soluções para praticamente todos os graus de desconforto.

Algumas mais simples, outras mais tecnológicas”, destaca Ritajaína. O cuidado, reforça a médica, é multiprofissional: psicologia, fisioterapia pélvica e acompanhamento clínico ampliam resultados. Além disso, hábitos de vida, como sono, alimentação, atividade física, impactam diretamente a saúde vaginal.

Outro ponto essencial é a orientação: higiene íntima adequada, tipos de sabonete, forma correta de limpar após urinar. “O que é óbvio para nós não é para a paciente”, lembra Ritajaína. Há casos de candidíase recorrente que, na verdade, escondem diagnósticos

Tipos de tratamentos - Laser intravaginal: atua no ressecamento, melhora da mucosa e auxílio na incontinência leve.

- Ultrassom micro e macrofocado: estimula colágeno e fortalece estruturas internas.

- Toxina botulínica no períneo: indicada em casos selecionados de vaginismo.

- Preenchimentos e clareamento: voltados ao bem-estar e à autoestima.

- Fisioterapia pélvica: essencial para fortalecer o assoalho pélvico e melhorar a funcionalidade.

como líquen escleroso, e só uma avaliação cuidadosa permite identificar.

Para a profissional, essa mudança cultural é o maior avanço. “As mulheres estão entendendo que saúde íntima é parte da saúde como um todo.

E que a vida não precisa ser de desconforto. Existe tratamento, e ele funciona.”

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Mais cuidados no verão

Calor, sol e piscinas representam maior risco de queimaduras e problemas de pele em crianças na estação

A

pele das crianças é mais fina, sensível e vulnerável — e o sol, o cloro e os insetos fazem da estação quente um verdadeiro teste de proteção.

Com a chegada do verão, sol

ENVATO

forte, piscina e praia passam a fazer parte da rotina das crianças. Mas, para a pele das crianças, em especial bebês, essa temporada exige uma atenção muito maior do que reaplicar o protetor solar.

A pele infantil é biologicamente diferente, mais vulnerável e imatura do que a pele adulta. E essa combinação aumenta o risco de queimaduras solares, alergias, micoses, entre outros problemas comuns nessa época do ano.

A médica dermatologista

Como proteger a pele das crianças no verão - Bebês até 6 meses: nada de sol direto. Protetor solar não é indicado — invista em roupa com proteção UV, chapéu e sombra constante.

- Protetor solar: para maiores de 6 meses, FPS 30 ou mais, reaplicado a cada 2 horas e após sair da água.

- Na piscina: banho rápido após o mergulho para remover o cloro e hidratante logo depois.

Nos primeiros meses e anos de vida, a baixa produção de melanina e a barreira cutânea imatura tornam os pequenos mais suscetíveis

Samanta Barchinski explica por que os cuidados devem ser intensificados e como decisões simples do dia a dia podem evitar danos que acompanham a criança por toda a vida.

Risco na infância Nos primeiros anos, a pele passa por um processo acelerado de desenvolvimento. A epiderme — camada mais superficial — é mais fina, a derme tem menos colágeno e elastina, e a barreira cutânea ainda não está totalmente formada. Além disso, o sistema imunológico e a produção de melanina amadurecem lentamente. Isso significa que a pele da criança queima mais rápido e de forma muito mais intensa.

“Se um adulto fica cinco minutos no sol e desenvolve uma queimadura leve, a criança terá uma muito pior no mesmo tempo, justamente pela baixa produção de melanina”, explica a dermatologista.

O risco não é apenas imediato.

Uma única queimadura solar com bolhas na infância dobra a probabilidade de câncer de pele, incluindo melanoma, na vida adulta.

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Nos primeiros meses As principais sociedades médicas, como a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Sociedade de Pediatria sugerem que bebês menores de seis meses não devem ser expostos ao sol diretamente.

Isso inclui passeios na praia, mesmo sob guarda-sol. “Cerca de 50% da radiação UV reflete na areia e chega ao bebê”, destaca Samanta.

Nessa fase, o protetor solar não é indicado. A proteção deve ser exclusivamente física, com roupas com fator de proteção UV, chapéu, carrinho com cobertura adequada e ambientes ventilados e sombreados.

Para crianças sem doenças de pele, o contato com o cloro normalmente não gera grandes problemas, desde que sejam seguidos alguns cuidados básicos. Entre eles, banho após sair da piscina para remover o excesso de cloro, hidratante após o banho, para crianças com pele sensível ou com dermatite atópica. Protetor solar sempre que houver exposição ao sol, mesmo dentro da água.

Com o aumento dos casos de dengue, proteger os pequenos de mosquitos também é importante.

- Na praia: mesmo na sombra, até 50% da radiação UV reflete na areia.

- Repelente: usar apenas nas áreas expostas, evitando mãos e rosto; aerossóis não são recomendados.

- Sinais de alerta: vermelhidão intensa, bolhas e coceira persistente exigem avaliação médica.

Se um adulto fica cinco minutos no sol e desenvolve uma queimadura leve, a criança terá uma muito pior no mesmo tempo, justamente pela baixa produção de melanina.”

Samanta Barchinski, médica dermatologista

Copele conscientiza para prevenção ao câncer de pele Alana Kolling Nutricionista, CRN2 11552

Confraternizações sem inchaço

T

odo mundo ama confraternização… até lembrar que, em dezembro, elas vêm em combo: empresa, família, amigos, escola das crianças, vizinhos e até aquele grupo que você nem lembrava mais que existia.

E, de repente, você se vê cercada por mesa farta, sobremesa em dobro e aquela tia insistindo pra você “comer mais um pouquinho”.

E aí bate aquele mini surto interno:

Como é que eu aproveito sem me sentir inchada e estufada depois?

A boa notícia é que dá, sim, pra curtir tudo — a comida, as pessoas, a bebida — sem exagerar e, principalmente, sem virar aquela pessoa que

só come folha e carne ou leva sua própria marmita escondida na bolsa.

Aqui vão três estratégias reais, nada radicais, que te ajudam a aproveitar dezembro com leveza, consciência e prazer: 1. Chegue alimentada: parece estranho, mas é a dica mais poderosa. Não vá pra confraternização de estômago vazio. Quando você passa o dia sem comer “pra economizar calorias”, o resultado é sempre igual.

Você chega no evento faminta, ansiosa, impulsiva… e vira um ímã pras opções mais gordurosas da mesa. Coma algo simples antes. Pode ser um iogurte com chia, ovos mexidos, ou até uma torrada

Equipe distribuiu amostras de protetor solar e lembrou a importância do uso para evitar a doença O Centro Oncológico da Pele – Copele realizou uma ação de contato direto com o púbico na sexta-feira, 12. Aproveitando o Dezembro Laranja, mês de conscientização à prevenção do câncer de pele, a equipe distribuiu amostras de protetor solar e lembrou a importância do uso para evitar a doença. A iniciativa ocorreu na Avenida Benjamin Constant, junto ao prédio Hickmann Selec no Centro de Lajeado, onde situa-se a clínica.

“No Dezembro Laranja, reforçamos nosso trabalho de cuidados e tratamento quando o assunto é câncer de pele. A distribuição das amostras é um gesto simples, mas essencial para proteger vidas e incentivar hábitos de cuidado durante todo o ano”, destacou a administradora da Copele, Vanessa Fratta Dutra.

A Copele iniciou suas atividades em setembro e é referência no tratamento do câncer de pele no Vale do Taquari. Com profissionais experientes e equipamentos de alta tecnologia, a clínica define os tratamentos com base no caso de cada paciente.

Entre os serviços realizados está a Cirurgia Micrográfica de Mohs, que permite a remoção precisa

No Dezembro Laranja, reforçamos nosso trabalho de cuidados e tratamento quando o assunto é câncer de pele. A distribuição das amostras é um gesto simples, mas essencial para proteger vidas e incentivar hábitos de cuidado durante todo o ano” Vanessa Fratta Dutra

do tumor enquanto preserva o máximo de tecido saudável, dermatologista especialista em Câncer de Pele, cirurgiões de cabeça e pescoço e cirurgião plástico que oferecem as melhores técnicas cirúrgicas, preservando o resultado funcional e estético do tratamento, sem comprometer a chance de cura da doença.

com atum.

2. Não coma pelo ambiente — coma pelo prazer: sabe aquele automático que faz você pegar tudo o que vê pela frente? Antes de servir o prato, dê uma olhadinha geral na mesa e escolha o que realmente te dá vontade.

3. A regra de ouro: água entre uma coisa e outra. É simples, é básica, mas muda tudo. Intercale: Drink + água. Prato + água.

Sobremesa + água. Conversa + água. Seu corpo agradece no mesmo dia e no dia seguinte também. Menos inchaço, menos mal-estar, menos ressaca — e muito mais presença no momento.

Um olhar sobre nosso maior patrimônio

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Calistenia cresce como alternativa natural aos treinos convencionais PAULO CARDOSO

Prática que utiliza o próprio peso do corpo para evoluir conquista adeptos que valorizam saúde, consciência corporal e resultados funcionais

Cuidados Evoluir na calistenia exige paciência e respeito pelo próprio corpo. A progressão é gradual: “Não se trata de encarar movimentos pesados e complexos de um dia para o outro”, reforça o educador físico. Cada etapa cumprida com atenção reduz o risco de lesões e valoriza a técnica.

N

a calistenia, halteres e máquinas de musculação deixam de ser protagonistas.

A evolução física acontece de forma orgânica, conduzida por movimentos precisos que usam, como essência, apenas o peso do próprio corpo. É uma prática que valoriza controle, consciência e sutileza na execução, transformando a relação entre força e corpo em eficiência.

Com raízes milenares e tradição em treinamentos militares, a calistenia conquistou espaço no mundo contemporâneo.

Em 2024, foi apontada como a terceira modalidade esportiva de maior interesse global, segundo publicação acadêmica do The American College of Sports Medicine. Em Lajeado, o Centro de Treinamento e Saúde (Cetres), orientado por Aquiles Ely Johann, já reúne cerca de 180 adeptos dessa prática.

É perceptível o aumento da força corporal, a maior estabilidade, melhora na mobilidade, mais foco na execução dos movimentos e maior consciência corporal.

Maitê Caliari, arquiteta e urbanista

Motivos da procura O profissional destaca que a busca por uma modalidade diferente das convencionais encontradas nas academias é um dos principais fatores de interesse. “É possível praticar em qualquer lugar e com poucos equipamentos.

Além disso, há o aspecto social, já que os treinos são realizados em pequenos grupos”, explica.

Entre os outros motivos, ele cita o desenvolvimento de força e massa muscular, assim como a vontade de adotar hábitos mais naturais.

“A calistenia é uma forma orgânica e eficiente de evoluir o corpo”, completa.

Aos 26 anos, a arquiteta e urbanista Maitê Caliari Giongo descobriu há quatro meses uma nova forma de se exercitar. Depois de anos dedicados exclusivamente à musculação, ela sentiu vontade de explorar um exercício diferente, que trabalhasse o controle do corpo, a força funcional e a mobilidade.

Para ela, a junção da musculação com a calistenia tem sido transformadora. “É perceptível o aumento da força corporal, a maior estabilidade, melhora na mobilidade, mais foco na execução dos movimentos e maior

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Em 2024, prática foi apontada como a terceira modalidade esportiva de maior interesse global

consciência corporal. É um treino que exige presença e controle, e isso acaba refletindo também fora da academia, na rotina diária.

Cada pequeno avanço é muito gratificante, e isso mantém a motivação lá em cima”, explica.

Benefícios Com a possibilidade de gastar até 700 calorias por treino, dependendo da intensidade, a prática, segundo Johann, desenvolve um corpo versátil, capaz de desempenhar diversas funções. “Ficamos fortes sem a necessidade de aumentar

muito o peso corporal. Além disso, há melhora na composição corporal e redução da gordura, tornando o corpo mais funcional e saudável”, explica.

A calistenia também traz benefícios para a saúde mental, assim como outras modalidades.

No entanto, o educador físico ressalta que a sensação de desafio e conquista é um dos principais atrativos. “Por ser um treino desafiador, cada avanço, cada exercício concluído gera uma sensação de vitória. Conforme você treina continuamente e vai ficando mais resistente, esses desafios se transformam em conquistas.”

Como lidar com expectativas e cultivar o bem-estar Conforme a especialista momentos de reflexão ajudam a preservar o equilíbrio emocional

Quando a comparação gera sofrimento em vez de movimento, ela perde sua função saudável” Danielle Harth

Com olhar atento à psicologia positiva, Danielle Harth ensina como preservar serenidade, aprimorar a qualidade de vida e celebrar o próprio ritmo em um mundo digital acelerado

C

om a aproximação do fim do ano, intensificamse as avaliações de desempenho. Quando as metas não são alcançadas, a diferença entre o planejado e o vivido pode gerar frustração e ansiedade, afetando o bemestar emocional, especialmente em um cenário dominado pelas redes sociais, que exibem versões cuidadosamente editadas da vida.

Segundo a especialista em psicologia positiva e consultora de felicidade e bem-estar Danielle Harth, comparar-se faz parte da natureza humana e pode ser útil quando inspira. O problema surge quando a comparação deixa de impulsionar e passa a desgastar.

“Quando a comparação gera sofrimento em vez de movimento, ela perde sua função saudável de nos auxiliar no desenvolvimento psicológico e social”, salienta. Entre os sinais de alerta estão a queda da autoestima, a ruminação, a paralisia e o descontentamento ao observar as conquistas de outras pessoas, mesmo daquelas que você gosta.

Respeitar o contexto Expectativas realistas ajudam a equilibrar ambição e realidade.

Conforme Danielle, elas combinam autoconhecimento, contexto e gentileza. “Metas que respeitam quem você é hoje têm muito mais potência do que metas que seguem apenas padrões externos.”

Uma forma prática de aplicá-las é substituir metas de desempenho por metas de processo. “Em vez de definir ‘perder 5 kg’, você pode definir ‘movimentar o corpo três vezes por semana’. Assim, a meta se torna algo que você controla com mais facilidade.”

Também é essencial considerar o contexto atual da vida, que influencia diretamente o que é possível realizar, e reavaliar prioridades. “Muitas metas não cumpridas simplesmente deixaram de fazer sentido, e perceber isso não significa fracasso. Significa maturidade”, afirma Danielle.

A especialista também reforça que a comparação deve ser feita apenas consigo mesma. “A pergunta ‘onde eu estava há doze meses?’ é muito mais justa do que ‘onde os outros estão agora?’”.

Como suavizar Diversas práticas da psicologia positiva e da terapia focada na compaixão ajudam a suavizar o diálogo interno e a cultivar valor próprio, e pequenos gestos diários

podem construir grandes sustentos emocionais.

Entre elas, Danielle destaca o diário de conquistas reais, que reduz o viés de negatividade e fortalece a percepção de progresso, e o self-talk compassivo, que consiste em falar consigo mesma como falaria com alguém que ama.

Limitar conscientemente o uso de redes sociais também ajuda a reduzir a exposição a comparações automáticas.

Frustração transformada A frustração é uma emoção normal e surge justamente quando algo importante para você não acontece como esperado, indicando cuidado e envolvimento, segundo a especialista.

Transformar esse sentimento envolve três movimentos essenciais: ressignificar, perguntando se a meta ainda faz sentido para quem você é hoje e avaliando o que pode ser aprendido a partir do que não aconteceu; redirecionar, substituindo a culpa por curiosidade, investigando o que funcionou, onde houve superestimação de tempo ou energia e o que pode ser ajustado de forma mais gentil; e recomeçar com leveza, planejando o próximo passo com cuidado e acolhimento, sem cobrança.

“Uma meta revisada com compaixão tem muito mais força do que uma construída sob pressão ou vergonha”, conclui.

Um olhar sobre nosso maior patrimônio

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Cuidado e tecnologia transformam a recuperação da mobilidade PAULO CARDOSO

Orthoped Lajeado inaugurou no último sábado, 6, um espaço dedicado a soluções de saúde e bem-estar, oferecendo suporte completo para a reabilitação e o dia a dia dos pacientes

A

parelhos ortopédicos surgem como aliados essenciais na recuperação do corpo, apoiando o tratamento de lesões e o retorno natural da mobilidade. Quando combinados à fisioterapia e aos cuidados clínicos, oferecem estabilidade, aliviam a sobrecarga de músculos e articulações lesionados e permitem que o paciente recupere movimentos com segurança e conforto, promovendo o resgate da qualidade de vida.

Embora indispensáveis, esses dispositivos já enfrentaram preconceito, muitas vezes associado à estética. Hoje, porém, o design contemporâneo prova que cuidado e estilo caminham lado a lado.

Modelos discretos, tecnológicos e confortáveis transformaram a relação do público com esses recursos de saúde.

Evolução dos aparelhos “A indústria evoluiu muito, com aparelhos mais discretos, leves, resistentes, respiráveis e anatômicos, além de modelos ajustáveis, com compressão inteligente e ergonomia aprimorada. Tudo isso aumenta o conforto, a eficácia terapêutica e a adesão do paciente”, explica a fisioterapeuta Glaucea Vrielink, que também lidera a Orthoped Lajeado, cujo espaço na Rua Bento Gonçalves, 701, foi inagurado no último sábado, 6.

Mais do que uma loja, o local se apresenta como um ponto de apoio para quem atravessa processos de reabilitação, deseja autonomia no cuidado diário ou simplesmente busca informações seguras para investir em qualidade de vida.

Benefícios em situações comuns Entre os aparelhos mais utilizados, Glaucea destaca órteses para coluna, estabilizadores

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Aparelhos ortopédicos se tornam aliados fundamentais na reabilitação do corpo

articulares, palmilhas ortopédicas, talas funcionais e faixas de compressão. “Cada um auxilia de forma específica na redução da dor, na melhora do alinhamento e na proteção da área afetada”, acrescenta.

Os benefícios também se estendem a situações comuns, como a de um paciente idoso que nunca praticou atividade física e começa a sentir dor na coluna e dificuldade em manter a postura ereta. “Com o avanço da idade e a ausência de fortalecimento prévio, a reabilitação tende a ser mais lenta — tanto no aspecto muscular quanto articular. Nesses casos, o suporte de aparelhos ortopédicos pode fazer diferença real no cotidiano.”

Ainda assim, um ponto permanece fundamental: a prescrição correta. A fisioterapeuta reforça que cada órtese deve ser indicada por um profissional capacitado, capaz de avaliar a necessidade específica e definir o modelo mais adequado para cada caso. “O uso inadequado, além de ineficaz, pode até agravar o quadro”, conclui.

A indústria evoluiu muito, com aparelhos mais discretos, leves, resistentes, respiráveis e anatômicos, além de modelos ajustáveis, com compressão inteligente e ergonomia aprimorada.”

Glaucea Vrielink, fisioterapeuta

Lente Social Lisi Costa

Leila Franz

Pratas da Casa encerra com R$ 15 mil em prêmios

Ariel e Francine Agnoletto

Eliane Mello Brenner

O projeto Pratas da Casa chegou ao fim da 5ª edição nesta terça-feira, 9, com a premiação dos vencedores no Auditório do Tecnovates, em Lajeado. Neste ano, os artistas foram desafiados a performar com a temática “tributos” e concorreram a R$ 15 mil em prêmios. Ao longo do ano, foram 18 apresentações, divididas entre as categorias Adultos e Kids. Confira quem passou por lá!

Uma noite de música e ballet

Nilsa Susana e Cleides Sachetti

Edson Wiethölter com o maestro Astor Jair Dalferth e Cíntia Agostini

A Orquestra Gustavo Adolfo Univates apresentou seu tradicional espetáculo de Natal nesta quinta-feira, 11, no Teatro Univates, em Lajeado.

O concerto “Um Sonho de Natal” foi inspirado na Suíte O Quebra-Nozes, de Tchaikovsky, e em composições de Leroy Anderson. Com um repertório cheio de clássicos emocionantes, a noite teve ainda a participação especial de uma bailarina durante a apresentação das composições de Tchaikovsky. Veja quem prestigiou o espetáculo.

Luís Felipe Pissaia e Lucas Pedó

Um olhar sobre nosso maior patrimônio

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Conforto e funcionalidade Mari Perin & Finger Móveis Planejados

P

ensado desde o início para oferecer conforto, estética e funcionalidade, este apartamento recebeu um projeto que valoriza a fluidez dos espaços e a praticidade do cotidiano. Assinado pela Mari Perin & Finger Móveis Planejados, o resultado traduz modernidade com delicadeza, criando ambientes integrados que conversam entre si de forma natural.

A cozinha, marcada pela combinação elegante de pedra natural, móveis planejados em tons neutros e iluminação precisa, integra-se suavemente à área social. A bancada funcional conecta o preparo das refeições ao convívio, aproximando a rotina da convivência.

Cada detalhe foi pensado para atender à dinâmica de um lar moderno: iluminação aconchegante, mobiliário planejado e layout que privilegia amplitude e leveza.

O projeto reflete o propósito da Mari Perin: transformar espaços em ambientes harmônicos, funcionais e cheios de personalidade — onde estética e praticidade caminham juntas desde o primeiro traço.