Fim de semana, 8 e 9 de outubro de 2016
1529
Mostra retrata imigração no século XXI Fotografias do “O mundo é minha pátria” estão expostas no Sesc até 26 de novembro FÁBIO KUHN
Lajeado
C
onforme dados do Ministério da Justiça divulgados em agosto de 2015, quase 50 mil haitianos e senegaleses haviam ingressado no país. Esse fenômeno foi acompanhado de perto pelos fotógrafos Diego Vara, Mateus Bruxel e Tadeu Vilani. As imagens registradas pelos profissionais gaúchos viraram mostra fotográfica. Desde essa terça-feira até o dia 26 de novembro, o trabalho intitulado “O mundo é minha pátria” está em exposição no Sesc Lajeado. A visitação pode ser feita de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, e aos sábados, das 8h às 12h, com entrada franca. “A imigração é um tema atual que provoca uma série de reflexões nas pessoas”, enfatiza a profissional do Sesc, Anayla Rizzi. Conforme ela, existe o interesse de trazer os haitianos à sala de exposições e realizar uma roda de conversas com a população.
O mundo é minha pátria A mostra é formada por 40 fotografias coloridas e em preto
Vinte imagens de fotógrafos gaúchos estão expostas no Sesc. Visitação pode ser feita durante a semana e no sábado, até o meio-dia. Entrada é gratuita
e branco. A metade delas está no Sesc Lajeado e outras 20 no Sesc do Vale do Rio Pardo. As imagens produzidas a partir de 2014 retratam desde a chegada dos haitianos e senegaleses no Acre até a vinda e adaptação nas cidades gaúchas. Conforme o Sesc, a exposição “propõe um olhar diferente sobre a imigração e dá espaço para a discussão das políticas migrató-
rias em terras brasileiras.” A imigração haitiana iniciou depois do país sofrer com um terremoto. A vinda de imigrantes senegaleses é mais recente. Em ambos os casos, o objetivo é o mesmo: encontrar um emprego no Brasil e mandar dinheiro para casa.
Sobre os fotógrafos Mateus Bruxel: natural de
Estrela, ele se formou em Jornalismo pela UFRGS e atuou em jornais da capital gaúcha e São Paulo. Bruxel foi finalista do Prêmio Esso e vencedor do 30° Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo. Tadeu Vilani: trabalha faz 20 anos no jornal Zero Hora. Paralelo ao fotojornalismo, desenvolve documentários fotográficos e vídeos. Em 2010, Vilani ganhou o prêmio
Conrado Wessel. Também foi duas vezes finalista do Prêmio Esso. Diego Vara: natural de Pelotas, iniciou a carreira fotografando para agências do centro do Brasil e internacionais. Ao longo dos anos, registrou momentos históricos como os Jogos Pan-Americanos, o Fórum Social Mundial e a posse da presidenta Dilma Rousseff.