THIAGO MAURIQUE
Literatura
Histórias da Tia Chica completa 25 anos Terça-feira, 16 de agosto de 2016
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Domingo dos pais tem exposição na praça Música, culinária e artesanato marcaram mais uma edição do Arte na Praça no Americano EDUARDO AMARAL
Lajeado
A
s temperaturas amenas registradas no dia ensolarado atraíram o público para o Arte na Praça, realizado nesse domingo na Praça João Zart Sobrinho. A população prestigiou atrações musicais, exposições de artesanato e culinária. Entre as barracas, um dos destaques eram os discos de vinil de Arnulfo Bender. O comerciante levou para a praça parte da coleção com mais de três mil discos. A curiosidade e o saudosismo do público são apontados por Bender como atrativos. “Existe uma nostalgia que faz as pessoas voltarem a comprar vinil. Sem contar que começaram a lançar discos lá fora, e a moda chegou ao país”, analisa. Segundo Bender, esse cenário tem despertado a curiosidade dos compradores. “O vinil chama atenção, além de ter muito mais informação do que ouvir em um pen-drive”, ressalta ao manusear os encartes dos discos. O estilo eclético é um dos destaques da coleção de Bender. Entre os títulos, clássicos de bandas internacionais de rock, como Pink Floyd e Queen, convivem com artistas nacionais como Raul Seixas e Kid Abelha. Em meio a isso, ainda há espaço para duplas sertanejas e músicos tradicionalistas. Apesar da grande variedade de gêneros, Bender ressalta que os apreciadores de rock e pop são o público mais fiel. “É o que mais vendo, especialmente os clássicos que são mais procurados.” Colocar parte da coleção particular à venda foi resultado da mudança de estilo musical. “Tem discos que, embora goste, não paro mais para escutar. Então repasso eles para quem tem mais interesse.”
Eduardo (esquerda) herdou do pai Arnufo (direita) a preferência pelos discos de vinil. A coleção do pai e filho ultrapassa os três mil títulos
Gosto passado em família A preferência pelo vinil é passada a cada geração na família Bender. Arnulfo herdou os primeiros LPs do pai e transmitiu o gosto para o filho, Eduardo. A coleção do mais jovem ainda é pequena, com cerca de 300 discos. O hobby começou cinco anos atrás, também com os discos que o pai não escutava mais. Ele destaca a diferença sonora dos discos em relação a outras mídias para optar por eles na hora de escutar suas músicas preferidas. “Eu gosto do som do vinil, acho a qualidade muito melhor do que um pen-drive ou CD”, afirma Eduardo.
Eu gosto do som do vinil, acho a qualidade muito melhor do que um pen drive ou CD
Reunião familiar Em meio à comemoração de Dia dos Pais, muitas famílias, tanto entre espectadores quanto expositores, estiveram na Praça
Eduardo Bender Colecionador de discos de vinil
João Zart. Ohana Majolo Azevedo foi acompanhada do pai e do marido para apresentar o trabalho. Enquanto ela vendia bolos, o pai, Edgar Vieira de Azevedo, expunha quadros feitos com pirografia (desenho na madeira com fogo), e o marido, Ricardo Bohrrer, oferecia cerveja artesanal aos visitantes. Diferente de Edgar, artista que expõe há mais tempo, a produção de cerveja e bolos é recente na vida de Ohana e Ricardo. “Os bolos fizemos para dar de presente na Páscoa para os parentes, eles gostaram e agora estamos vendendo.” Caso semelhante foi a produção de cerveja, iniciada para consumo próprio que agora ganha as ruas. Na avaliação de Ohana, eventos como o Arte na Praça são fundamentais para permitir a apresentação de novos produtos. “A ideia é muito legal, pois
traz as pessoas para a praça e quem faz coisas em pequena escala tem onde apresentar seu trabalho.”
Assinante Solidário Entre expositores e público, a equipe do A Hora divulgou o Projeto Assinante Solidário. Lançado em julho, destinará 8% do valor das assinaturas a instituições beneficentes do Vale do Taquari. Ao todo, devem ser revertidos às entidades R$ 150 mil mensais até novembro de 2017, totalizando cerca de R$ 1,5 milhão. Os valores beneficiarão oito entidades, que atendem cerca de 3,2 mil crianças.