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Nando Reis comanda a festa hoje Quinta-feira, 7 de julho de 2016
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Na melhor idade, regra é se manter ativo Idosos do time de câmbio disputam competição em Tramandaí neste fim de semana MACIEL DELFINO
Poço das Antas
Lair Aloísio Diel, 71, é o mais experiente do time, mas ficará de fora da competição em Tramandaí devido a dores na virilha. Na juventude, costumava jogar futebol e hoje vê o câmbio como a melhor modalidade para a idade. “Gosto de futebol. A cabeça acompanha as jogadas, mas as pernas não respondem na mesma velocidade. O câmbio é legal porque permite que todos participem, sem limitações”.
F
az dois anos que o grupo do Centro de Referência e Assistência Social (Cras) recebeu o convite para implantar novo sistema na cidade e mudar a rotina pacata dos idosos. O jogo de câmbio foi apresentado por grupo de Teutônia, com objetivo de fomentar a prática. No início, apenas cinco pessoas aceitaram a proposta de aprender algo novo. Hoje o grupo conta com 37 pessoas que treinam uma vez por semana e participam de competições. A meta da equipe é comprar o primeiro uniforme. Além disso, a coordenação quer ampliar os grupos para os bairros. Atender a demanda para portadores de necessidades especiais e ofertar treinos para crianças e jovens são outros desafios. Conforme a secretária de Assistência Social, Górdula Kunzler Schmitz, 63, a maioria dos idosos tinha os bailes e jogos de cartas como atividades. O objetivo era colocá-los em movimento, além de tirar da zona de conforto, diz.
Competição no litoral Durante sábado e domingo, o time participa da 3ª Copa de
Sobre o câmbio
Grupo treina uma vez por semana. Participantes realçam aspectos positivos da atividade, como a convivência
Câmbio de Tramandaí, organizada pela Associação Hiperativos de Tramandaí (ASHIT). Apesar do empenho e dedicação para conquistar o primeiro lugar, a equipe se satisfaz em poder viajar, fazer novas amizades e ocupar de forma saudável os dias. Lucrécia Levandoski, 55, começou a praticar o câmbio faz três meses, com indicação da irmã. Antes levava uma vida sedentária, mas o esporte permitiu nova visão sobre a vida. “Me sinto muito melhor. O grupo proporciona distração, ale-
Me sinto muito melhor. O grupo proporciona distração, alegria, amizades e coleguismo.
Lucrécia Levandoski Integrante do grupo
gria, amizades e coleguismo. Antes não fazia nenhum esporte e agora incluí até caminhada na minha rotina”. Marlene Wasen, 58, pratica voleibol desde criança e sempre teve rotina ativa. Faz quase dois anos, decidiu ingressar no câmbio para incentivar a vizinha Márcia Helena Hüpner, 55. Para as duas, os mais velhos da equipe são exemplos de motivação. “Temos senhores de 70 anos que estão muito bem e saber disso é muito bom. Quem inventou o câmbio fez uma coisa muito boa”.
O câmbio é realizado em quadra ou cancha de areia. A disputa é composta por dois times de dois jogadores. Existem categorias mistas, masculinas e femininas. A faixa etária nas competições varia conforme organização. Algumas permitem atletas a partir dos 40 anos. Com uma bola de vôlei, o time arremessa para o outro lado, com objetivo de derrubá-la ao chão. Os participantes podem segurar, passar e caminhar sem limites, mas somente o central pode marcar pontos. Após cada jogada, ocorre a rotação. A fórmula do jogo também varia. Em geral, ocorre por tempo ou número de pontos.