AH - Conexão| 06 de dezembro de 2016

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Terça-feira, 6 de dezembro de 2016

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Espírito local propaga ações voluntárias Atuação comunitária fortalece entidades regionais de amparo e atendimento social ANDERSON LOPES

Vale do Taquari

E

m diferentes esferas da sociedade, a participação voluntária tende a ser cada vez mais imprescindível para o funcionamento das entidades assistenciais. O dia 5 de dezembro foi definido pelas Nações Unidas como Dia Internacional do Voluntariado. Data escolhida para homenagear o espírito cívico daqueles que dedicam parte do tempo para ajudar o próximo. Como maneira de fortalecer essa atividade, a Parceiro Voluntários foi criada no país em 1997. Na região, as primeiras ações com o Centro Nora Oderich, mais conhecido como Lar da Menina. Crianças em vulnerabilidade social recebiam apoio por meio de trabalho voluntário de parceiros discretos. Para a coordenadora da Associação de Menores de Arroio do Meio (Amam), Ingrid Venter Soares, a participação voluntária cresceu na medida em que os colaboradores percebem a gratidão dos menores. “Nós chamamos de amigos do coração.” Nesse sábado, voluntários da Comunicação Visual da Univates realizaram um mutirão para colorir e ajustar jogos de madeira. A matéria-prima fora doada por uma empresa de brinquedos infantis, mas faltava forma e cor. Para Ingrid, essas doações

Para comemorar o Dia do Voluntariado, Clube Esportivo Arroio do Meio abriu as portas da sede campestre para as crianças da Amam

sociais são necessárias. Ontem, 55 crianças das duas unidades da Amam I e Amam III visitaram a sede campestre do Clube Esportivo Arroio do Meio. Conforme a coordenadora, a cada rosto avermelhado do sol, uma expressão de carinho. “A gente encontra humanos de verdade pelo caminho.”

Poucos voluntários psicólogos Depois do estágio com crianças autistas, a psicóloga Rebeca Katz, 28, resolveu ingressar na Sociedade Lajeadense de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Slan). A entidade não tinha psicóloga e Rebeca buscava o voluntariado. “Sei que é difícil conseguir aten-

dimento psicológico gratuito, por isso, quis doar meu tempo.” Segundo a psicóloga, o trabalho na Slan é direcionado à compreensão dos sinais que os menores expressam. Conta que não pode ser invasiva e, portanto, faz com que os estudantes a enxerguem no pátio da escola, nas salas, para que possam vir até ela.

“É mais promissor quando elas chegam de forma espontânea. A criança que não vem também está dizendo alguma coisa.” Para Rebeca, a Slan tem um trabalho diferente da Pasc, de Porto Alegre. “Tem melhores resultados justamente por ter parceiros que se doam. Isso dá sentido à existência humana”, conclui.


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