Fim de semana, 18 e 19 de junho de 2016
1450 MARCELO GOUVÊA
Festival do Livro tem a participação de três livrarias. Mais de 20 mil obras estão à mostra
Feira lembra história de Martinho Lutero Festival do Livro, promovido pelo Colégio Gustavo Adolfo, recebeu Fabrício Carpinejar Lajeado
C
erca de 20 mil pessoas devem circular pelo Centro Comunitário do Centro Evangélico até esta sexta-feira, 24, durante o 14º Festival do Livro do Gustavo Adolfo. Três livrarias ofertam mais de 20 mil obras de diferentes gêneros. Outros destaques da programação são apresentações artísticas e palestras com escritores. Para a coordenadora do evento Aline Pereira, a possibilidade de aproximar escritores e estudantes serve de estímulo, além de ajudar a esclarecer dúvidas e aumentar o entendimentos deles sobre as obras. Enfatiza a importância do evento para o desenvolvimento artístico e o hábito estimulado durante o dia a dia da escola. Dados da biblioteca interna, com cerca de 15 mil exemplares, afirma, demonstram uma busca
crescente de estudantes do 4ºano por livros de literatura. Exemplos do incentivo à leitura, afirma, serão os lançamentos de livros elaborados pelos estudantes. Eles ocorrem durante os saraus literários programados para as 13 turmas. Para Aline, o estímulo ao desenvolvimento intelectual, assim como no Luteranismo, faz parte da rotina dos estudantes. Como resultado, destaca a visão crítica formada sobre livros trabalhados e o interesse no assunto. “Toda leitura em aula gera um debate e é algo que eles valorizam.” Durante todo o evento, nomes como Fabrício Carpinejar, Caio Riter, Flávio Oliveira e Nara Knaack participam de palestras, debates e horas do conto. Neste sábado, 18, está ocorre o lançamento da contagem de 500 dias para os 500 anos da Reforma Luterana.
Contato com o autor Para a estudante Laura da Silva, 14, a edição do ano passado foi marcante pela participação do escritor Luis Fernando Verissi-
Toda leitura em aula gera um debate e é algo que eles valorizam Aline Pereira Coordenadora do Festival
mo. Na edição deste ano, destaca Fabrício Carpinejar. De acordo com ela, o hábito da leitura é importante na qualificação de vocabulário e conhecimento. Laura avalia como positiva a possibilidade de ter esse contato mais próximo com os autores como uma forma de esclarecer dúvidas ou conhecer a visão do escritor sobre o trabalho. Na escolha dos livros, opta pelo suspense. Contabiliza a conclusão de cerca de uma publicação por mês. Segundo ela, as histórias devem prender a atenção do leitor. Alguns como Danielle Ramos, 15, aproveitam o evento para buscar novidades entre o acervo disponível. Amante de autores clássicos como José de Alencar e Machado de Assis, ela destaca o desafio imposto pela linguagem da época como um dos principais estímulos do estilo literário. O gosto, afirma, foi acentuado
desde o ano passado, com a disciplina de Literatura. Ela ressalta o incentivo recebido pela família e escola para manter o hábito da leitura. Entre eles, a reserva de alguns minutos antes do início da aula para se dedicar aos livros. Para Danielle, o aumento do número de publicações voltadas ao público jovem é outro facilitador, apesar da necessidade de valorização de livros com maior profundidade de conteúdo. “Acho que são boas opções para quem não lê ainda, mas muitos acabam ficando só nisso e não dão a atenção devida aos clássicos.” Na opinião do estudante Douglas Kich, 18, livros com temáticas em destaque na cultura popular ajudam na aproximação de novos leitores com segmentos desconhecidos. Por incentivo da escola, começou a buscar mais publicações voltadas ao suspense.