MARCELO GOUVÊA
500 anos de Lutero
Igreja estuda mudanças na sociedade Quinta-feira, 30 de junho de 2016
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Página 5 MARCELO GOUVÊA
Oficina escolar promoveu integração entre jovens e idosos do Lar Aconchego
Estudantes dão exemplo de solidariedade Iniciativa de alunos de Tamanduá teve doação de alimentos e casamento caipira Lajeado
A
visita de 15 estudantes da Escola Estadual Henrique Geiss de Tamanduá, Marques de Souza, alterou a rotina dos internos do Lar Aconchego, no bairro Conventos. Eles levaram, ontem, alimentos arrecadados entre os moradores da localidade e encenaram um casamento caipira para os idosos. Boa parte dos alimentos foi cultivada na própria localidade.
Além de frutas, hortaliças, pães e bolachas, o grupo levou material de higiene. Segundo a professora Marlise Becker, a iniciativa surgiu durante as oficinas organizadas na escola. O projeto foi debatido por cerca de dois meses com alunos do 8º e 9º anos. A escolha pelo lar, afirma, foi uma forma de aproximar os alunos de um contexto ainda distante deles. Segundo ela, com a medida, espera conseguir gerar maior respeito e reconhecimento deles com a população idosa. “É
nossa função como professora mostrar a eles esta realidade e proporcionar este contato.”
O papel da iniciativa também foi ressaltado pela dentista Fernanda Kraemer. Para ela, a me-
dida é uma forma de despertar nos jovens a atenção com a saúde e repeito com os idosos.
Contato de gerações Para Armindo Kich, 76, no lar faz três meses, a atividade serviu para aproximar os amigos do cotidiano externo. Natural de São João, Travesseiro, ele aprovou a iniciativa. “É bom para animar os idosos. Para nós é uma grande coisa.” Entre os estudantes, a experiência serviu para reflexão sobre o envelhecimento e os cuidados com a população idosa. Para Tainá Dias,
14, do 9º ano, foi possível perceber a necessidade de mais paciência e atenção com os idosos. Já para Larissa Appelt, 15, também do 9º ano, a diferença de rotina de vida entre os idosos de Tamanduá e do bairro Conventos chamou mais a atenção. “Tu vê que um dia vamos envelhecer também, mas lá é diferente, a maioria deles ainda consegue viver com as famílias”, resume.