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Rede hoteleira mira expansão

Novo empreendimento inaugura no próximo dia 19, em Lajeado, e qualifica setor, num momento de expansão do turismo. Amturvales projeta mapear quantidade de leitos existentes na região
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OPINIÃO
RODRIGO MARTINI
Qual a melhor ponte sobre o Rio Taquari
MERCADO DE TRABALHO
VESPASIANO CORRÊA


OPINIÃO
FILIPE FALEIRO
Taxação dos EUA e a radicalização perigosa
Depois de pesquisa da Acil mostrar déficit de profissionais em 8 a cada dez empresas, grupo avalia como mitigar dificuldades.
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ASSOCIAÇÕES DA ÁGUA




OPINIÃO
VINI BILHAR
Empresa de Estrela marca presença na Agroleite
Promotores de Justiça participaram de sessão da câmara de vereadores e alertaram para impactos do novo Marco Regulatório do Saneamento às entidades que hoje são responsáveis pelo abastecimento nas comunidades.
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Trabalho e renda: O Vale busca soluções
Adificuldade em contratar, identificada em oito de cada dez empresas do Vale do Taquari, é um desafio estratégico que ultrapassa a esfera corporativa e afeta toda a dinâmica produtiva regional.
Na região, em que pese o reconhecimento estadual sobre a força econômica, existe uma necessidade de pessoas. Até as grandes inundações, talvez um pouco antes, tinha-se em Lajeado uma referência na atração de trabalhadores.
A cidade crescia mil habitantes por ano, um número surpreendente e que colocou Lajeado entre as cinco maiores em crescimento populacional, conforme o IBGE. O que era um grande trunfo, perdeu força.
“A
dificuldade em contratar, identificada em oito de cada dez empresas do Vale do Taquari, é um desafio estratégico [...]”
Informações das agências FGTAS/Sine ajudam a compreender esse fenômeno. Regiões como o sul do Estado e mesmo no Planalto e Norte, tinham sobra de mão de obra. Essas pessoas migraram para o Vale. Tal movimento arrefeceu.
Há três possíveis explicações: houve uma transferência na abertura de vagas para as regiões que antes tinham saídas; um temor das tragédias ambientais sobre o Vale do Taquari e, algo de cunho econômico e de orçamento familiar, o aumento no preço dos aluguéis. Todas, de alguma forma, corretas e, cada qual, com alguma parcela neste desafio. A pergunta que se destaca: quais são as soluções? O começo da resposta está em ter dados sobre a dificuldade. Depois, de maneira coordenada, desenvolver iniciativas pontuais, como: incentivo à formação técnica, requalificação de quem já está no mercado, tornar salários mais atrativos e valorizar o trabalho formal.
Filiado à

Fundado em 1º de julho de 2002
Vale do Taquari - Lajeado - RS
ABRE ASPAS
“O tatuador é um desenhista cuja arte é marcada na pele dos outros”
Matheus Pereira, 23, é natural de Cachoeira do Sulehámaisdequatro anos é tatuador em Encantado. Atendendo tambémemLajeado, Pereira conta sobre como suavocaçãoartísticafoi moldada ainda na infância e os desa os em construir uma carreira em um meio não convencional, assim como a descoberta de umnovoapreçopela pro ssão:adeinstruir jovenstalentos
Matheus Giovanella Laste matheus@grupoahora.net.br
Como você começou na tatuagem?
No início, foi por incentivo de um amigo de Lajeado, que me vendeu uma maquininha antiga dele, assim comecei. Assim que peguei o aparelho, já fui tatuar, também graças a uns amigos que serviram de cobaia. Na época, trabalhava em mercado e fazia tatuagem no tempo livre. Conforme foram surgindo clientes, fui me especializando, fiz alguns cursos, até sair do meu emprego e viver só da tatuagem.
Você tem um estilo de tatuagem favorito?
Sou especializado em Realismo Preto e Cinza, dentre outros estilos que aprecio. Esse é o que mais me chama a atenção e que tenho aptidão. Justamente por sempre desenhar realismo, desde criança já brincava de desenhar nesse formato, só que no papel, então na tatuagem acabei por trazer essa característica.

Quais são os maiores desafios de ser tatuador hoje?
Principalmente quando se é iniciante, acredito que seja conquistar uma clientela. É bem difícil ter clientes que confiem no teu trabalho quando você inicia. Essa é a parte principal, até hoje, exige muita dedicação no atendimento e na entrega. Tem a questão do preconceito também, pode ser um desafio no começo porque é totalmente diferente a visão que a sociedade tem de um tatuador profissional para um tatuador iniciante. E isso pode ser uma baita dificuldade, que acaba fazendo com que muitos desistam.
Como enxerga a tatuagem como forma de expressão artística?
O tatuador é um desenhista cuja arte é marcada na pele dos outros. Essa é uma forma de expressão artística, a maioria de nós sempre desenhou de graça, justamente para se distrair. Então, possibilitar essa arte e tê-la


registrada permanentemente nas pessoas torna todo ofício muito gratificante. E cada tatuagem carrega, sim, uma emoção, então, é arte pura, porque mesmo que o cliente faça uma tatuagem sem significado, talvez justamente por querer fazer, ela sempre vai carregar um sentimento. Talvez de felicidade ou angústia, mas toda tatuagem carrega uma emoção. A conexão com o cliente, que pode ser uma terapia, uma troca de ideia, também é muito massa. E como artista é um privilégio e uma responsabilidade fazer esse tipo de arte.
Você pensa em expandir sua atuação?
Sim, pretendo abrir um estúdio maior futuramente, atender em outras cidades também consta nos planos. E dar cursos é uma das possibilidades que cogito, já ministrei alguns cursos e acho muito massa, pretendo fazer mais. Acho interessante essa forma de expandir a carreira repassando o que já aprendi.
Contatos eletrônicos: Av. Benjamin Constant, 1034, Centro, Lajeado/RS grupoahora.net.br / CEP 95900-104
Editor-chefe da Central de Jornalismo: Felipe Neitzke
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Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Impressão Zero Hora Gráfica
Diretor Executivo: Adair Weiss
Diretor Editorial e de Produtos: Fernando Weiss

Banco de vagas e comunicação para atrair trabalhadores
Após diagnóstico que apontou escassez em 80% das empresas da região, representações dos setores produtivos articulam iniciativas para valorizar o mercado formal
do emprego
Levantamento da Acil, Sinduscom-VT e CDL Lajeado
Dados Gerais
Período: 06 de junho a 30 de junho
400 empresas consultadas, 77 empresas responderam da região Resultados 80% das empresas têm vagas em aberto Setores mais afetados: indústria e comércio
Construção Civil: escassez crítica de pedreiros, serventes e ajudantes
Faixa salarial predominante: R$ 2 mil a R$ 3 mil
Canais de divulgação: redes sociais, bancos internos de currículos e indicação de colaboradores
Desa os
Quali cação técnica e comportamental
Turnos inflexíveis e trabalho aos sábados
Alta rotatividade e desinteresse por vínculos CLT
Baixa atratividade das funções e locais de trabalho
Encaminhamentos
Capacitação técnica e comportamental
Parcerias com SENAI, SENAC, Univates e escolas técnicas
Formação interna com plano de carreira
Flexibilização de jornadas de trabalho
Automação e robotização estratégica
Fortalecimento do EVP (Employer
Value Proposition)

Após diagnóstico sobre empregabilidade e a di culdade em fechar equipes, representantes dos setores produtivos da região elaboram estratégias
Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br
LAJEADO
Odesafio de preencher vagas em aberto afeta oito em cada dez empresas, conforme diagnóstico promovido pela Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), sindicato das construtoras (Sinduscom-VT) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).
Com a evidência de que a falta de mão de obra interfere nas cadeias produtivas, a estratégia agora é em iniciativas práticas para mitigar os problemas de qualificação, alta rotatividade e o desinteresse por vínculos formais de trabalho.
De acordo com o presidente da Acil, Joni Zagonel, um dos desafios é conseguir organizar um banco de oportunidades e melhorar a comunicação com os possíveis candidatos às vagas.
“As empresas isoladamente têm seus levantamentos, desafios e buscas. E nós, como associação, entendemos que reunir todas essas informações é também o nosso papel. A partir disso, buscar soluções”, afirma Zagonel.
De acordo com ele, a ideia é criar uma plataforma regional para centralizar vagas de emprego disponíveis e que permita uma gestão integrada das vagas. Para o presidente da Acil, essa demanda surgiu da dificuldade em conso-

JONI ZAGONEL,
PRESIDENTE DA ACIL
lidar e atualizar informações de forma eficiente.
“Entendemos que poderia ser uma oportunidade de melhorar a comunicação e o diálogo. Precisamos reunir e organizar a informação. Para tanto, teremos de estabelecer um consenso entre as organizações para que se utilize uma plataforma em comum.”
Para o setor produtivo, Zagonel relembra uma das apresentações durante a Jornada da Alimentação. A partir do relato de um expositor, destaca que esse vácuo de profissionais tem interferido na lógica dos investimentos.
“Antes, a conta de uma indústria era feita para saber se uma nova linha de produção se pagaria. Hoje, a pergunta é se a fábrica consegue continuar funcionando sem essa atividade. Não é mais sobre otimizar um setor, é sobre garantir a sobrevivência do negócio.”
Para formulação da pesquisa, foram consultadas mais de 400 empresas. Deste total, 77 responderam. Os setores com mais dificuldades para fechar vagas em aberto são a indústria (incluindo a construção civil) e o comércio.
Ações em conjunto
Diante do cenário de escassez, a vicepresidente de Relações da Acil, Adriana Machado, estabelece como meta criar um “movimento de resgate do valor do trabalho formal”, reconhecendo que se trata de um projeto de longo prazo.
O setor produtivo, por sua vez, já se move para mitigar a lacuna de pessoal com mais investimento em tecnologia e automação. A busca por soluções ganhou impulso com uma reunião que contou com profissionais de Recursos Humanos, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jairo Valandro, e a secretária de Assistência
Social, Eliana Ahlert Heberle. A ideia é articular iniciativas para construir soluções conjuntas. Um dos próximos passos é aprofundar os dados e buscar mais referências em municípios que enfrentaram situações semelhantes.
De acordo com Adriana, a solução, portanto, não é única. As entidades buscam um caminho que equilibre o resgate do valor do trabalho formal, a capacitação de profissionais e a busca por novos talentos em setores da população que, por motivos diversos, ainda não estão no mercado formal.

O Vale precisa decidir qual a melhor ponte sobre o Rio Taquari

Não sejamos ingênuos. O governo estadual não vai atender, neste momento, aos dois pedidos de pontes sobre o Rio Taquari. Eu mesmo já embarquei e escrevi sobre esse desejo. E gostaria de reescrever e acreditar. Mas, e por mais justa que seja a reivindicação, já que o Vale do Taquari foi a região mais destruída pela pior catástrofe natural da história do país – sem falar na catástrofe de setembro de 2023 –, é muito improvável que o governador e sua equipe destinem quase meio bilhão do Funrigs para construção de duas pontes que ficariam poucos quilômetros distantes uma da outra. Diante dessa dura e injusta realidade, precisamos nos atentar à nossa governança regional. Não é saudável, neste momento, que líderes regionais e empresários muito bem-sucedidos e intencio-
nados “briguem” de forma pública e notória pela defesa de diferentes projetos de pontes. Essa “briga” deveria ter sido realizada internamente, nos bastidores, e muito antes de levar o nosso anseio a quem vai definir com a caneta a futura nova travessia sobre o Rio Taquari. “Brigar” dentro do Palácio Piratini atrapalha. O Estado pode estar confuso, ou até mesmo “se fazer” de confuso para não construir ponte alguma no Vale e levar essas dezenas – ou centenas – de milhões para outra região que represente, inclusive, mais votos a quem porventura se aventurará nas eleições gerais de 2026. O Vale precisa se reagrupar e se reorganizar. E a decisão do melhor projeto para uma nova ponte sobre o Rio Taquari é o primeiro passo. Ou vamos aceitar o risco de seguir a vida só com a vulnerável ponte da BR-386 entre Lajeado e Estrela?
Trojan em campanha
O jovem prefeito reeleito de Muçum se destacou como um dos principais líderes regionais durante as trágicas enchentes de 2023 e 2024. Não por menos, o gestor municipal está entre os 20 jovens finalistas do Brasil no prêmio The Outstanding Young Persons (TOYP), promovido pela Junior Chamber International (JCI). Ele concorre na categoria Assuntos Políticos, Legais e/ou Governamentais, e busca uma vaga entre os 10 mais notáveis do país. Para isso, a campanha já iniciou e a votação popular segue aberta até a próxima segunda-feira, e cada curtida na publicação com a foto de Trojan no perfil oficial da JCI Brasil conta como um voto. Sorte ao jovem gestor!



rodrigomartini@grupoahora.net.br
RODRIGO MARTINI
“Câmbio
Verde” em Lajeado
Presidente do Legislativo, Ana da Apama (PP) apresenta projeto de lei para criação do “Câmbio Verde” em Lajeado. A matéria sugere uma ferramenta pública que possibilite “a troca de materiais recicláveis por gêneros alimentícios de origem agrícola”. Tudo por meio de parcerias com cooperativas de reciclagem, associações de catadores e produtores rurais. A autora cita o fortalecimento de “circuitos curtos de comercialização”. O modelo é inspirado na cidade de Curitiba, onde o poder público já implantou tal ferramenta e intermedia a troca de material reciclável por produtos hortifruti da época. Cada quatro quilos de lixo reciclável (papel, papelão, embalagens de vidro, sucata ferrosa e não ferrosa) valem um quilo de frutas e verduras. E também pode ser trocado o óleo vegetal e animal: cada 4 litros de óleo vale 1 kg de alimento.
A vitória, o veto e os músicos
O governo de Lajeado vetou o projeto de lei que sugere a divulgação do valor do couvert artístico na entrada de bares e outros estabelecimentos com “música ao vivo”. A proposta também sugeria a criação do “Selo Bar que Respeita o Músico”. Era uma lei cheia de sugestões, mas sem imposições aos empresários do setor. Pois bem. Na sessão plenária da próxima semana, provavelmente, os mesmos vereadores que aprovaram a matéria em plenário devem apreciar o veto da prefeita. Ou seja, eles podem derrubar o veto e colocar a lei em prática. E alguns músicos devem comparecer à câmara para manifestações por meio de cartazes e, quem sabe, uma roda de violão. Aliás, na sessão desta semana já houve movimentos no plenário, antes da aprovação de uma outra lei que obriga o município a contratar 50% de artistas locais em eventos patrocinados pelo governo municipal.
- Cultura em Lajeado: na próxima semana serão lançados os detalhes da Semana Farroupilha, e no dia 13 de agosto inicia a Feira do Livro.
- A construção, com recursos municipais, de um novo viaduto sobre a BR-386 em Lajeado esfriou nos últimos meses. Além dos gastos pós-enchente, o governo municipal ainda precisa de autorização da CCR, que sequer iniciou a análise do projeto. A proposta é construir a travessia entre os bairros Alto do Parque e Hidráulica.
- No MDB de Lajeado, Waldir Blau e Márcia Scherer postulam a vaga de pré-candidato a deputado (a) federal. Mas nada garante que o partido terá candidato a deputado federal.
- Vereador mais votado da história de Lajeado, Vavá (MDB) sabe que é um nome forte dentro do partido. E ele não esconde: se o Vale não se unir em busca de menos candidaturas em 2026, ele também vai querer um espaço no pleito geral.
- O fim do contrato com o PA+ em Teutônia voltou a repercutir na câmara municipal durante a sessão desta semana. Em resumo, Hélio Brandão (PSDB) quer a presença do proprietário da empresa no plenário da câmara. Mas outros parlamentares não consideram necessária tal visita.
- Em tempo, a câmara de vereadores de Travesseiro encaminhou ofício à câmara de Lajeado para declarar apoio à construção da nova ponte sobre o Rio Taquari entre Lajeado e Estrela.
- O governo de Estrela quer doar ao estado uma área na Rota do Sol para a construção da nova sede da Brigada Militar. O espado fica ao lado da lombada eletrônica, nas proximidades do trevo do bairro Boa União.
- �O governo estadual finaliza na próxima semana o Estudo de Viabilidade Técnica e Ambiental (Evtea) para compreender o melhor ponto para uma nova ponte sobre o Rio Taquari.
Bolsonaristas na Câmara de Lajeado
Dois vereadores do PL se manifestaram de forma mais contundente sobre os desdobramentos do midiático e vingativo processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Mano Pereira e Ramatis Oliveira foram ao plenário com camisetas amarelas da Seleção Brasileira de futebol e criticaram os avanços do ministro do STF, Alexandre de Moraes, com destaque, claro, à prisão domiciliar do principal líder da direita nacional. Além disso, Ramatis cobrou anistia aos manifestantes que parti-
ciparam – ou não – dos atos de vandalismo registrados no fatídico dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília. “tem gente que foi presa por passar um batom em uma estátua, e tem outros que fizeram coisa bem pior e estão soltos nas ruas”, afirmou Pereira. “Em Lajeado, duas pessoas foram injustiçadas. Duas pessoas que não estavam em Brasília naquele dia e foram presos sem direito à defesa, sem direito a um processo legal. Nossa fala é em solidariedade a todos”, finalizou Oliveira.

Novo hotel reforça rede de

“Escolhemos o lugar certo, na hora certa”. A frase, do empresário Jairo Vallér, indica a expectativa com o novo investimento feito em Lajeado. Proprietário de um hotel no bairro Montanha, ele e o irmão se preparam para inaugurar mais um empreendimento do setor, no Alto do Parque, em uma região considerada estratégica.
Batizado de Vallér Parque Hotel, a estrutura reforça a disponibilidade de leitos não apenas na cidade, mas também no Vale do Taquari. O local terá 95 apartamentos, capacidade para até 200 hóspedes e estacionamento para até 100 veículos. A solenidade de inauguração está prevista para o próximo dia 19, às 19h. O projeto do novo hotel se

insere em um momento de crescimento do setor, somado aos investimentos do Poder Público e iniciativa privada em atrações turísticas. “Nós não pensamos só em Lajeado, mas na região inteira. Tem muita coisa sendo feita em turismo. Para onde você vai, tem gente trabalhando com isso”, observa Vallér. O cenário aponta, conforme o empresário, a um “movimento irreversível”. Dá o exemplo de monumentos como o Cristo Protetor de Encantado, já entregue, e outros projetos ainda no papel, como a Arca de Noé em Roca Sales. “Essa parte do turismo que está ocorrendo não tem volta”.
Potencial
e desa os Outro aspecto destacado por Vallér é o turismo de negócios.
São muitos os visitantes que transitam por Lajeado nos dias de semana e que utilizam os hotéis para se hospedarem. “A cidade está indo muito bem, trazendo muita gente para cá, especialmente a trabalho. E o turismo entra bem nos finais de semana, quando os hotéis ficam mais ociosos”.
A importância da hotelaria para o turismo local também é reconhecida pela gestão pública. Para o secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo de Lajeado, Carlos Reckziegel, o setor tem impacto direto na experiência dos visitantes e no fortalecimento da cidade como destino.
“Muitas vezes, o hotel é o primeiro contato físico do turista com o município. Um bom serviço de hospedagem influencia toda a viagem”, destaca. A taxa de ocupação, segundo ele em Lajeado é alta durante a semana, devido à movimentação de negócios, mas ainda baixa nos finais de semana.
Motor regional
O surgimento de novos empreendimentos acompanha a movimentação crescente no setor turístico. De acordo com a secretária executiva da Associação dos Municípios para o Turismo na Região dos Vales (Amturvales), Vanessa Spindler, há uma preocupação em melhor o cenário regional.
“Vamos mapear, município por município, para entender o que temos. Quantos leitos, de que tipo, onde estão. Não é só hotel, tem cabanas, chalés, pousadas.”
Hotel Mariani
Hotel Recanto

Alto padrão


O Hotel Laghetto Encantado, com inauguração prevista para 2027, será uma referência em hospedagem no Vale do Taquari, oferecendo sofisticação, conforto e serviços de alto padrão. Com 90 apartamentos amplos e modernos, o hotel proporcionará vistas privilegiadas para as paisagens
deslumbrantes da região. Entre as comodidades do hotel, destacam-se uma piscina térmica, jacuzzi, academia completa, playground infantil e um exclusivo SPA, que promete momentos de relaxamento e bem-estar. O restaurante panorâmico será um dos destaques da estrutura.
IMPASSE EM LAJEADO
MP cobra solução para futuro das associações de água
Promotores alertam sobre exigências do novo Marco Regulatório do Saneamento e apontam alternativas em debate, como indenizações e a e criação de autarquia municipal. Vereador não descarta judicialização
Gabriel Santos gabriel@grupoahora.net.br
Henrique Pedersini henriquepedersini@grupoahora.net.br
LAJEADO
Onovo Marco Regulatório do Saneamento voltou ao centro das discussões. Em reunião na câmara de vereadores, os promotores de Justiça, Sérgio Diefenbach e João Pedro Togni, alertaram para os impactos da legislação federal nas comunidades que ainda operam com associações próprias de abastecimento. A principal consequência apontada é o fim da atuação dessas entidades, que precisarão se adequar ou encerrar as atividades. A convite do Legislativo, os promotores explicaram os desdobramentos do inquérito civil que investiga a situação local. Segundo Togni, responsável pela condução do processo, a nova legislação estabelece critérios técnicos, operacionais e financeiros para a prestação do serviço de saneamento, incluindo não apenas o fornecimento de água, mas também a coleta e o tratamento de esgoto.

Uma alternativa mencionada na reunião envolve renegociação com a Corsan, com eventuais revisões no contrato rmado com a empresa
“A continuidade das associações não se sustenta juridicamente. Ou elas se adaptam à nova realidade, ou será preciso uma transição para estruturas que cumpram os requisitos legais”, afirmou Togni.
Em junho, moradores de bairros onde há associações de água organizaram um protesto em frente à prefeitura e pediram a manutenção das entidades.
A mobilização gerou reação no Legislativo, que passou a pressionar por alternativas. A partir disso, o MP foi acionado para
intermediar a situação e iniciou uma série de audiências com a Corsan-Aegea, vereadores e lideranças comunitárias.
Indenizações
Uma das propostas em estudo é o pagamento de indenizações às associações e até mesmo a particulares que investiram recursos próprios na construção de redes e poços. Conforme Togni, o município já iniciou os cálculos para identificar valores justos e deve definir também prazos para a desocupação das estruturas.

Estamos buscando construir uma saída que respeite os direitos adquiridos, mas que também garanta segurança jurídica para o futuro.”
O que diz o Marco Regulatório
Lei federal nº 14.026/2020
– Estabelece metas de universalização até 2033:
• 99% da população com acesso à água potável
• 90% com coleta e tratamento de esgoto
• Exige que prestadores tenham capacidade técnica, financeira e jurídica
• Veda a atuação de entidades informais ou sem regulação
autarquia pública de saneamento, nos moldes do Dmae, de Porto Alegre ou do serviço municipal de Caxias do Sul. A medida permitiria a municipalização da operação, desde que respeitados os critérios técnicos previstos no Marco.
Resistência
“Estamos buscando construir uma saída que respeite os direitos adquiridos, mas que também garanta segurança jurídica para o
futuro”, reforçou O debate se amplia à possibilidade de o município criar uma
Apesar da resistência de algumas comunidades onde há organização consolidada, o próprio MP reconhece avanços no diálogo. Em julho, após reuniões conduzidas pelos promotores, a maioria das associações, conforme o promotor, indicou compreensão de que o modelo comunitário, ainda que eficaz em algumas realidades, não se sustenta perante a legislação. Mesmo assim, a oposição não descarta levar o caso à Justiça. “Converso com o pessoal da associação da água do bairro São Bento e não nos damos por vencidos ainda. Lá tem um investimento de R$ 15 milhões em oito poços, gerador. Por que entregar uma coisa que está funcionando?”, questiona Waldir Blau (MDB).

VAREJO
Sebrae e Shopee buscam impulsionar pequenos negócios no e-commerce
Na próxima quartafeira, 13, instituições promovem formação gratuita para empreendedores interessados em ampliar vendas e fortalecer posicionamento na internet
Paulo Cardoso centraldejornalismo@grupoahora.net.br
LAJEADO
OSebrae e a Shopee uniram forças para fortalecer pequenos negócios que desejam ingressar ou se consolidar no comércio eletrônico. A iniciativa chega a Lajeado na próxima quarta-feira, 13, com a realização da palestra “Sebrae e Shopee: parce-

ria para impulsionar pequenos negócios no e-commerce”, marcada para às 19h, na sede do Sebrae, na rua Rua Júlio de Castilhos. O evento é gratuito e voltado a empreendedores interessados em ampliar suas vendas e fortalecer a presença digital de suas marcas. As vagas são limitadas, e as inscrições devem ser feitas antecipadamente pelo telefone (51) 3710-2355.
De acordo com a analista de
Projetos de Inovação e Experiência do Sebrae, Cláudia Kuhn, a ação já percorreu diversos estados brasileiros e chega a Lajeado em razão do destaque da região no setor varejista. “Temos projetos expressivos sendo desenvolvidos aqui, o que justifica a escolha da cidade para sediar esta edição”, destaca.
A palestra será conduzida por Leonardo Silva, head de engajamento com vendedores da
Shopee. Ele atua diretamente no desenvolvimento de projetos voltados ao fortalecimento do empreendedorismo local e na criação de estratégias de crescimento dentro da plataforma. Após a palestra, os participantes terão acesso a uma capacitação prática com orientações sobre como vender no ambiente online, explorar o potencial do e-commerce e adotar estratégias para se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.
Segunda edição
A segunda edição do Food Tech Summit ocorre nos dias 29 e 30 de outubro, em Encantado, com foco na inovação e desenvolvimento da cadeia produtiva de alimentos e bebidas. A primeira edição ocorreu em 2023 e teve grande adesão de público especializado. No dia 29, acontecem as visitas técnicas, seguidas, ao final do dia, por um summit com painéis e networking no Boulevard
Encantado. Enquanto no dia 30, o foco será teórico e reflexivo, com discussões voltadas para três eixos centrais: regulatório, mercado e investimentos.
O evento busca orientar empresas e empreendedores sobre os órgãos reguladores que atuam no setor e os caminhos para regularizar produtos alimentícios e bebidas inovadoras, evitando entraves futuros. “Hoje, muitas food techs ainda têm dúvidas sobre onde direcionar seus produtos para validação e quais exigências precisam atender. O Summit traz luz a esses caminhos”, explica Cláudia.
A expectativa é reunir até 400 participantes, entre empresários, pesquisadores, investidores e representantes de startups e centros de pesquisa. Embora seja um público específico, o evento pretende conectar diferentes atores do ecossistema de inovação alimentar, desde food techs emergentes até grandes indústrias, centros acadêmicos e parques tecnológicos.


ALauner Química, de Estrela, marca presença na Agroleite 2025 com uma aposta firme em tecnologia, inovação e negócios. Para a feira, a Launer antecipou à coluna os lançamentos desenvolvidos e lançados no evento. A novidade mais relevante é a divisão Robô, voltada ao segmento de ordenhadeiras robotizadas, dentro do portfólio de higienização leiteira. Entre os produtos apresentados estão o Alcalan Robô, o Ácido Robô e o Brush Robô — este último, específico para a limpeza das escovas das ordenhadeiras.
A linha se completa com três soluções adicionais: Pré-Robô, Pós-Robô e o Duo Robô, produto híbrido que reúne aplicação para antes e depois da ordenha automatizada. Segundo a empresa, o conjunto de lançamentos responde a uma demanda crescente por eficiência operacional e biossegurança nas propriedades tecnificadas. A Agroleite vai até sexta-feira, em Castro (PR), a Capital Nacio-


vinibilhar@grupoahora.net.br
VINI BILHAR
Launer leva inovação e tecnologia à Agroleite 2025

nal do Leite. A edição que celebra os 25 anos do evento deverá reunir mais de 350 expositores e atrair 160 mil visitantes. O gerente comercial nacional da Launer, Fábio Moreira Melo, destaca que “apesar do cenário incerto, a Agroleite tem grande visibilidade, reforça parcerias e valoriza a atividade”. Para ele, “o evento, extremamente focado em
FRASE DO DIA
tecnologia e negócios, é essencial para o desenvolvimento do setor leiteiro no Brasil”.
O Vale do Taquari se destaca como a terceira maior bacia leiteira do Rio Grande do Sul. No entanto, os impactos das enchentes de 2024 seguem repercutindo: segundo a Emater, cerca de 9,6 milhões de litros deixaram de ser coletados na região.

Eu sempre tive esse sonho, mas eu precisei construir ele com o tempo. Quando eu compartilhei com a Débora, com os nossos sócios, com o Joel, a gente montou o projeto Elite. Que seja um tempo proveitoso, um tempo de receber a semente, um tempo de cuidar da semente e um tempo de lançar ela em terra fértil, para que ela possa crescer.”



Inadimplência recua em Lajeado

Após um ano seguido de crescimento, o índice de inadimplência no comércio de Lajeado apresentou leve recuo em junho, fechando o mês em 31,2%. A queda de 0,4% em relação a maio, quando o indicador atingiu o maior patamar da série histórica, representa um retorno aos níveis registrados em abril.
Segundo a CDL Lajeado, com base em dados da CDL Porto Alegre e da Equifax | Boa Vista, o número de pessoas físicas com alguma restrição em crédito, cheque ou protesto chegou a 21.593 na cidade.
O movimento seguiu a tendência do Rio Grande do Sul, que
também registrou queda de 0,2%, encerrando junho com índice de 34,6%. Em relação ao perfil dos inadimplentes em Lajeado, a maioria é formada por homens (43,6%) com idades entre 30 e 34 anos (14,4%). Já no estado, embora a faixa etária predominante seja a mesma (12,37%), o maior percentual é de mulheres (43,84%).
Imóveis - O valor médio de venda de imóveis residenciais subiu 0,58% em julho, segundo o Índice FipeZAP, superando o IPCA-15 do mês (0,33%) e contrastando com a queda de 0,77% do IGP-M. O avanço foi puxado por unidades com três dormitórios, que tiveram alta de 0,69%. Já imóveis com quatro ou mais quartos subiram 0,36%. Entre as capitais, Vitória liderou com valorização de 2,34%, seguida por Salvador (1,50%) e Maceió (1,40%).

GOLPE FINANCEIRO

Civil. Ação policial cumpriu mandados em Arroio do Meio, Arvorezinha, Lajeado e Estrela
AOperação Suporte da Draco de Passo Fundo desvendou um grupo criminoso dedicado aos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro. As vítimas eram cooperativas de crédito.
A operação incluiu 13 mandados de busca e apreensão em todo o RS, incluindo cidades do Vale do Taquari como Arroio do Meio, Arvorezinha, Estrela e Lajeado. A polícia cumpriu ordens judiciais também em Passo Fundo, Canoas, Nova Santa Rita, Sapucaia do Sul, Cachoeirinha, Porto Alegre e Pelotas.
Em Santa Catarina, as cidades de Joinville e São José foram alvo da operação. Também foi realizada a apreensão de veículos, restrição de imóveis, bloqueios de valores em contas.
A investigação foi coordenada pelo delegado responsável pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Passo Fundo, Venicios Demartini.

Segundo Demartini, a investigação policial iniciou quando uma cooperativa de crédito noticiou uma série de estelionatos contra suas agências. A partir dos registros de ocorrência e das diligências realizadas, apurou-se que um grupo organizado efetuou ataques reiterados contra instituições financeiras, utilizando-se de engenharia social e conhecimento técnico dos mecanismos das empresas, para obtenção de lucro indevido.
Em todos os fatos investigados os criminosos usaram o mesmo modus operandi, o qual se iniciava com um contato telefônico em datas e horários de intenso fluxo
Mandados e apreensões ocorreram em diversas cidades do RS e de SC
das cooperativas/agências. Em seguida, os golpistas apresentavamse como colaboradores da área do TI, utilizavam linguagem técnica e protocolos internos para solicitar depósitos em uma conta específica, justificando que se tratava apenas de um teste para atualização do software do sistema de segurança. “Os funcionários eram ludibriados e assim ocorriam as transições”. Assim que os valores eram creditados rapidamente eram redistribuídos para diversas outras contas, dificultando o rastreamento dos recursos e evidenciando uma estrutura de lavagem de dinheiro plenamente operante.


RECONHECIMENTO ESTADUAL
A Hora conquista prêmio Setcergs de Jornalismo
Reportagem “Custo elevado e escassez de contêineres desafiam logística”, de autoria de Filipe Faleiro, garantiu o primeiro lugar ESTADO
OGrupo A Hora conquistou destaque no Prêmio Setcergs de Jornalismo, em cerimônia que celebra os 66 anos do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga no Rio Grande do Sul. O evento, nessa terça-feira, 5, na sede da entidade em Porto Alegre, reuniu importantes figuras do setor, autoridades e profissionais da imprensa.
A celebração marcou não apenas o aniversário da entidade,


mas também a entrega de três importantes reconhecimentos do setor: o Prêmio Preferência do Transporte e Logística do RS, o
Troféu Mérito do Transporte Gaúcho e o próprio Prêmio Setcergs de Jornalismo. Na categoria jornalismo online,
a reportagem “Custo elevado e escassez de contêineres desafiam logística”, de autoria de Filipe Faleiro, do Grupo A Hora, garantiu o primeiro lugar. A matéria aprofundou-se nos desafios e gargalos enfrentados pelo setor de transporte e logística, evidenciando a relevância do tema.
Ao comentar a conquista, o jornalista Filipe Faleiro enfatiza o caráter colaborativo da produção. Segundo ele, trata-se de um reconhecimento ao trabalho feito pelo Grupo A Hora, em um trabalho de jornalismo coletivo.
“Ainda que a matéria esteja assinada com meu nome, na verdade, é nossa estrutura toda que pensa os assuntos, que propõe as temáticas, que constrói as pautas, e que constrói aquilo que nós entendemos ser relevante para o desenvolvimento da nossa região
e do Rio Grande do Sul como um todo”, afirma Faleiro.
Setor vital
Ao todo, foram reconhecidos trabalhos em seis categorias: TV, rádio, jornal/revista, mídia online, veículo de comunicação (grande mídia e especializada) e a distinção especial Voz do Transporte Gaúcho, entregue a uma personalidade do jornalismo pela atuação destacada na cobertura do setor.
O superintendente de Comu-



A REPORTAGEM
Publicada no dia 6 de agosto de 2024, a reportagem “Custo elevado e escassez de contêineres desafiam logística” mostrou como o aumento no percurso devido às interdições em rodovias, o preço do diesel e a estagnação na tabela de frete desestabilizou transportadoras, ameaçando a capacidade de exportação gaúcha.
nicação e Marketing do Setcergs, Tony Bernardini, destacou o papel da imprensa na conexão entre o setor e a sociedade. “O trabalho de comunicação jornalística oferece à sociedade algo além de notícias: entrega informações relevantes para a tomada de decisão dos empresários do setor de transporte e para a conscientização pública”, afirma.

Caravana leva educação ambiental à Emef Vitus Mörchbächer
Secretária de Educação, Adriana Vettorello acompanhou a atividade durante a manhã desta quarta-feira
Luciane Eschberger Ferreira lucianeferreira@grupoahora.net.br
LAJEADO
AEmef Vitus André Mörchbächer recebeu a caravana do programa Educação Ambiental na Escola (Educame), do Grupo A Hora, na manhã desta quartafeira. A programação envolveu os 120 alunos, professores e funcionários e contou com a presença da secretária municipal de Educação de Lajeado, Adriana Vettorello. Na abertura das atividades, Adriana lembrou da época em que a escola Vitus foi seu local de trabalho. Ela atuou como professora e diretora, de 2014 a 2021, quando deixou a instituição para assumir a Secretaria de Educação. “Quando entro por este portão, me vêm muitas memórias.”
Sobre as atividades do Educame, a secretária destacou a importância da parceria público-privada entre a Administração Municipal e o Grupo A Hora. Por meio dela, a rede municipal pode trabalhar o tema meio ambiente com o livro e a cartilha Educame em sala de aula. E a caravana permite abordar de forma lúdica, com teatro e da música, as questões ambientais. “Agradeço ao jornal A Hora pelo trabalho lindíssimo que é o Educame.” Adriana ainda destacou que o programa Educação Ambiental na Escola se soma às ações e diretrizes do setor da educação e chega logo depois das enchentes. “O Educame nasce quando a gente enfrenta tantas coisas que nos deixaram abalados. Estamos em reconstrução, não só de pontes, de casas, mas também do nosso emocional, porque ficamos abalados quando as coisas acontecem no nosso entorno e com as pessoas que gostamos ou nós mesmos.” A secretária ainda destacou aos alunos a importância do cuidado de si mesmo, do outro e do ambiente.

Personagem “Por Que” animou a turma ao falar de meio ambiente de forma lúdica
Em cena
Logo depois da abertura, o personagem “Por Que” entrou em cena. Com muita animação, falou sobre a água, os resíduos sólidos e a preservação do meio ambiente.
A turma do 5º ano ainda participou da oficina “Repórter Ambiental Mirim”. Os alunos foram convidados a enviar conteúdos sobre meio ambiente para serem publicados no caderno Educame.
Muçum
A caravana Educame estará em Muçum nesta quinta-feira. A programação ocorre na Rua Coberta e contará com a participação de todas as escolas municipais. A intenção é atingir o maior número possível de estudantes dos anos iniciais.



Conjunto de meios de comunicação como as rádios comunitárias
Inserção (de microrganismo) Causar prejuízo
Cruzadas
Proposta de organização de disciplinas Indica o Leste na rosa dos ventos
Objetos da ovniologia
Antigo videogame
Rezar Ismael Silva, sambista
Rasteiro 2 (?): mil folhas de papel
comum de bailes de Carnaval
Residência luxuosa Muro, em francês
Reunião
Intenção consumista Apagar
Deus grego do amor (Mit.)
Antiga guerrilha terrorista irlandesa
Parte traseira de caminhões (pl.)
Chá, em inglês Maestro carioca
Que vende a preço elevado (fem.)
Torcedores (fut.) Livrar (de pecados)
A morada dos mortos (?) Angelico, pintor
Sumo sacerdote de Israel (Bíblia)
Doença de Stephen Hawking (sigla)
Medroso
Índice de aluguéis Emana (odores)
Tarcísio Meira: faleceu em 2021
Símbolo da política de segurança fluminense
Membro emplumado das aves

ÁRIES: Aproveite para resolver conflitos com leveza e diplomacia. Valerá treinar a paciência e acolher diferenças com generosidade.
TOURO: Aproveite para iniciar projetos e assumir novos desafios no trabalho, começar um tratamento médico ou experimentar uma atividade física.
GÊMEOS: Assuntos do coração também entrarão em destaque. Se estiver só, poderá se apaixonar e comecar uma fase mais intensa no amor.
CÂNCER: Aproveite oportunidades para transformar antigos padrões e construir mais segurança para o futuro. Mudanças virão para melhor.
LEÃO: Será um ótimo momento para transformar padrões de relação e realizar um velho sonho. Novo ciclo pela frente!
VIRGEM: Novo empreendimento poderá decolar nesta fase de oportunidades na carreira e nos negócios. Se deseja mudar de trabalho, condições serão favoráveis.
OBITUÁRIO
SUSANA RAQUEL PEREIRA, 50, faleceu ontem, 6. O velório ocorre nas Capelas Mortuárias de Cruzeiro do Sul. O sepultamento ocorre hoje, 7, às 9h30min, no Cemitério
Municipal de Cruzeiro do Sul.
EUGÊNIO WERLE, 101, faleceu ontem, 6. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Estrela.

TERCILA ZANATTA ROSSI, 88, faleceu ontem, 6. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Linha Três Reis, em Coqueiro Baixo.
IÊDA DA COSTA SCHNOREMBERGER, 77, faleceu ontem, 6. O sepultamento ocorreu no Cemitério dos Almeida, em Taquari.
JOÃO NÉLIO WEIZENMANN, 83, faleceu ontem, 6. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Forqueta, em Arroio do Meio.
IZAIAS GIOVANAZ, 99, faleceu ontem, 6. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Linha Macedo, em Venâncio Aires.
Marcador do câncer de próstata (sigla)
Solução


LIBRA: Encare frustrações como aprendizado e inspiração para novos projetos. Carreira em ascensão, amplie conexões profissionais!
ESCORPIÃO: Será bom parar um pouco e reavaliar metas profissionais e prazos. Fazer um curso fora, ou se conectar com pessoas queridas de longe.
SAGITÁRIO: Pequenas ações bem pensadas trarão grandes resultados a médio prazo. Escolhas conscientes trarão mais estabilidade.
CAPRICÓRNIO: Será um período positivo para iniciar um empreendimento ou lançar um projeto inovador e recuperar o poder financeiro.
AQUÁRIO: Será bom momento para avaliar expectativas, ambições e se fortalecer interiormente. Você poderá finalizar um contrato e iniciar outro.
PEIXES: Conversas leves e encontros espontâneos trarão alegria e inspiração, abrindo portas para futuros projetos em parceria.


LORAINI MARIA MALLMANN DA SILVA, 64, faleceu ontem, 6. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Clara do Sul.
ELIZEU KOHLER, 73, faleceu na terça-feira, 5. O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal de Colinas.


MAIS UM ANO
LAJEADENSE DÁ ADEUS AO SONHO DO ACESSO E ARENA FECHA AS PORTAS ATÉ 2026
Eliminação para o Aimoré nas quartas de final faz o Alviazul chegar a dez temporadas longe da primeira divisão
Pelo nono ano seguido o Lajeadense fica pelo caminho na Divisão de Acesso e adia o sonho de voltar à elite do futebol gaúcho. Na noite de terça-feira, o Alviazul foi novamente derrotado pelo Aimoré e encerrou a participação nas quartas de final. Agora, as portas da Arena se fecham e voltam a ser abertas apenas em 2026. Desde o rebaixamento, em 2016, foram oito competições disputadas. Em quatro o clube chegou na semifinal, no chamado “jogo do acesso”. Em outras quatro a eliminação ocorreu nas quartas de final, como neste ano. Em 2020, devido a pandemia, o campeonato realizou apenas três rodadas antes de ser cancelado. Dono da menor folha de pagamento dentre as 15 equipes que jogaram a Divisão de Acesso, o Dense sabia que seria difícil, mas foi honrado. Enfrentou de frente o melhor time do campeonato, mas foi superado em derrotas por 1 a 0 em Lajeado e 2 a 0 em São Leopoldo. Com a decisão de não jogar a Copa FGF, Lajeado volta a ter futebol apenas em 2026.
JOGADORES
ENALTECEM CLUBE E TRABALHO
Quem passa por Lajeado diz que o Lajeadense tem o poder de cativar os atletas. São vários os jogadores que voltam ao Alviazul ou que fincam raízes na cidade. Não foi diferente no elenco deste ano. “Eu tinha parado de jogar.

professor e treinador da Adesva

GINÁSTICA DE TRAMPOLIM
CRESCE NO VALE DO
TAQUARI E GANHA DESTAQUE
INTERNACIONAL
Ae o empenho dos profissionais da área, a ginástica de trampolim no Vale do Taquari segue em pleno crescimento. O futuro da modalidade na região é promissor, com novas gerações já despontando e sonhando alto, assim nossa ginástica mais do que nunca, se tornou um verdadeiro trampolim de conquistas e vitorias dentro e fora do país.
Eliminações do Alviazul
Eliminações do Alviazul
2017 – Avenida (semifinal)
2018 – Ypiranga (quartas)
2019 – Esportivo (quartas)
2020 – Não houve competição
2021 – União Frederiquense (semifinal)
2022 – Esportivo (semifinal)
2023 – Santa Cruz (semifinal)
2024 – Passo Fundo (quartas)
2025 – Aimoré (quartas)
Serginho me deu a oportunidade de voltar, agora pretendo dar continuidade”, diz o atacante Cadinho.
O zagueiro Selson diz que vai levar o Alviazul no coração. “É um clube muito família. É o clube que mais me envolvi emocionalmente. Serginho, Everton, todas as pessoas que estão aqui são especiais. Por todo o contexto, nos superamos e superamos equipes que deveriam ter ido mais longe do que nós.”
Um dos destaques da temporada, o lateral Jhuan agradece a oportunidade de voltar ao time e ter se firmado como titular da equipe. “É o clube que me abriu as portas e eu tenho um carinho enorme. O trabalho foi muito bom, nos classificamos mesmo com a folha abaixo dos demais.”
“O FUTEBOL SEM RECURSOS É DIFÍCIL”
Técnico nas três últimas temporadas e a principal figura do clube nos últimos dez anos, Serginho Almeida não escondia a emoção após a eliminação. Ciente da diferença de investimento entre os dois clubes, ele acreditava ser possível avançar, mas entende o que o poder econômico influencia em um campeonato como a Divisão de Acesso. Serginho enaltece o elenco. “Meus garotos tiveram muita coragem de vir para o clube no tempo difícil em que estamos. Parabenizar a direção que mesmo fazendo uma equipe barata conseguiu formar um time bom”, diz. O técnico lembra a dificuldade em fazer futebol sem ter dinheiro. “Quem conhece o Lajeadense sabe a dificuldade que temos. Para fazer essa equipe que custa menos de R$ 40 mil por mês foi muito difícil. Perdemos para uma equipe que gasta R$ 250 mil em elenco. Temos orçamento que é menor que o do rebaixado, e classificamos. Mas eu não me satisfaço com isso. Sou torcedor do Lajeadense, eu amo esse clube, eu quero muito colocar ele na primeira divisão. Me dói perder, tenho pavor de perder”, diz.
ginástica de trampolim vem ganhando cada vez mais espaço no Vale do Taquari, consolidando-se como uma das modalidades esportivas em maior ascensão na região. O número de praticantes tem aumentado significativamente nos últimos anos, impulsionado pelo trabalho constante de professores, clubes e centros de treinamento que investem em qualidade técnica e formação. Esse crescimento não se limita apenas aos atletas. O número de treinadores capacitados também tem crescido, esses profissionais e ex-atletas da região tem buscado constante atualização por meio de cursos nacionais e internacionais de arbitragem e especializações técnicas. Essa busca por conhecimento reflete diretamente no aprimoramento do trabalho nas bases, resultando em melhores desempenhos nas competições. Desde 2010, o Vale do Taquari tem sido representado em campeonatos nacionais de ginástica de trampolim, sempre retornando com medalhas e desempenhos expressivos. A excelência da modalidade na região ficou ainda mais evidente a partir de 2014, com atletas locais integrando delegações brasileiras em todas as edições de campeonatos mundiais da ginastica de trampolim. A trajetória internacional é marcada por participações em eventos de alto nível: Estados Unidos (2014), Dinamarca (2015), Rio de Janeiro nas Olimpíadas de 2016, Bulgária (2017), Rússia (2018), Japão (2019), Azerbaijão (2021), novamente Bulgária (2022) e Inglaterra (2023). Em todas essas edições, atletas oriundos do Vale mostraram competitividade, dedicação e talento, ajudando a consolidar o Brasil como referência na modalidade. Com o apoio de famílias, entidades esportivas
O FUTURO DA MODALIDADE NA REGIÃO É PROMISSOR, COM NOVAS GERAÇÕES JÁ DESPONTANDO E SONHANDO ALTO”

por Raica Franz Weiss




Encantado inaugurava
Vara do Trabalho
Na presença do presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, Fabiano de Castilhos Bertolucci, o município inaugurava a instalação da Vara do Trabalho

em Encantado. A nova unidade jurídica atenderia outros 12 municípios por meio de consórcio: Encantado, Roca Sales, Muçum, Vespasiano Corrêa, Doutor Ricardo, Anta
Legislativo homenageava
Dom Aloísio Lorscheider

Gorda, Ilópolis, Putinga, Relvado, Coqueiro Baixo, Nova Bréscia e Capitão. Assumia os trabalhos na Vara de Encantado o juiz Ricardo Fiorezi, vindo de Montenegro.



Aos 81 anos, o arcebispo emérito Dom Aloísio Lorscheider recebia uma homenagem da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, no Grande Expediente. Na época, já estava afastado dos deveres sacerdotais e residia na Casa Provincial da Ordem de São Francisco de Assis, em Porto Alegre. Dom Aloísio era natural do Vale do Taquari, nasceu em Linha

Geraldo, no interior de Estrela, em 1924. Sua trajetória na vida religiosa começou no antigo seminário seráfico de Taquari e seguiu para o Convento São Boaventura, em Daltro Filho (hoje município de Imigrante). Foi ordenado sacerdote, sob o nome de Frei Aloísio, em 1948. A nomeação a bispo da diocese de Santo Ângelo chegou em 1962, pelo Papa João XXIII, onde ficou por 11 anos. Em 1974, foi nomeado arcebispo de Fortaleza e, em 1976, o Papa Paulo VI nomeou Dom Aloísio como cardeal. O estrelense participou de dois conclaves em 1978, que elegeram os papas João Paulo I e João Paulo II. Foi o sétimo cardeal brasileiro e o único a receber votos em um conclave para ser eleito papa. Dom Aloísio faleceu em 2007, em Porto Alegre, aos 83 anos. Seus restos mortais estão sepultados em quatro locais do Brasil: no Convento São Boaventura



Dr. Thomaz e Donatila Pereira
celebravam bodas de ouro
Era motivo de celebração, cinquenta anos atrás, o meio século de casamento do Dr. Thomaz Assumpção Pereira e da dona Donatila Silveira Pereira. O casal comemorava seus 50 anos de casados e era notícia na época. Eles eram primos de segundo grau. Thomaz nasceu em Taquari, em 1901, enquanto Donatila nasceu em Livramento, em 1904. Os dois casaram em 1925, em Livramento, e se
mudaram para Taquari, onde nasceu sua primeira filha, Terezinha. Por conta da faculdade de medicina que Thomaz estudava, a família se mudou para Porto Alegre. Quando formado, Dr. Thomaz trouxe a família para Cruzeiro do Sul, onde atuou por décadas. Quando o Dr. Thomaz se aposentou, em 1966, o casal veio morar em Lajeado. Eles eram pais da falecida ex-prefeita de Lajeado, Carmen Regina Pereira Cardoso.

FILIPE FALEIRO
Jornalista colunafaleiro@grupoahora.net.br
Vencer barreiras para reduzir taxação
Dos três motivos para o presidente norte-americano
Donald Trump impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, um é passível de negociar; o segundo se baseia em informação distorcida; e o terceiro extrapola os limites constitucionais.
Por ordem: relação com as Big Techs. As empresas líderes no mundo em tecnologia atuam para além das próprias fronteiras, logo parecem estar alheias aos regramentos do Brasil ou de outro país.
Esse é um dos enroscos sobre esse tópico. Agora, o diálogo está posto. O Ministério do Desenvolvimento Econômico, liderado pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin, se reuniu com as empresas Meta, Google, Visa e outras, e também com o secretário de Comércio do presidente Trump, Howard Lutnick.
Quatro ações foram decididas: 1) elaboração de um ambiente regulatório; 2) avanço em projetos voltados à inovação de serviços; 3) mecanismos para criar oportunidades econômicas; e, 4) segurança jurídica para funcionamento. Essa aproximação cumpre um papel estratégico para encerrar o rumor sobre perseguição às empresas de tecnologia americanas no Brasil. Segundo tópico: a balança comercial americana é deficitária

em relação ao Brasil. Bom, isso não procede. A exportação nacional cresceu no primeiro semestre – algo em torno dos 4,8%. Já a importação de produtos norte-americanos foi ainda mais representativa –passando dos 12%. Essa é uma tendência histórica na relação comercial Brasil e EUA. Em resumo, vendemos menos do que compramos. Então é o contrário. Não há prejuízo aos Estados Unidos.
Por fim: investigação sobre o ex-presidente Bolsonaro e o excesso do judiciário. Essa
Congresso calado
A cena desta semana. Parlamentares não querem ouvir, ver ou falar.
Travam os trabalhos na Câmara. O ato de protesto em defesa do expresidente e pelo impeachment de Alexandre de Moraes.
Esse pedido de anistia se tornou a pauta mais importante do país. Travou todos os projetos, todas as demais decisões. Agora eu pergunto: esse é o assunto mais importante para a população?

ARTIGO

GABRIEL SOUZA
Vice-governador do RS
Não é hora de ideologias, é hora de defender o Rio Grande
Enquanto muitos ainda se dedicam a defender sua ideologia, de esquerda ou de direita, nós temos clareza: nossa defesa é pelo Rio Grande do Sul, pelos empregos e pelas famílias gaúchas.
Com a decisão do governo americano de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, o nosso estado será duramente atingido. Mesmo com exceções anunciadas, 85% dos produtos gaúchos exportados para os Estados Unidos seguem sendo taxados. Setores inteiros estão ameaçados, como calçados, tabaco, carne, móveis, máquinas agrícolas e armamentos.
questão foge da alçada do Planalto. Por mais que haja inimizades entre o líder da direita e o atual executivo nacional, não cabe ao Lula interferir no Supremo.
O fato é que essa barreira nas relações entre os países serviu de estopim para ferver a combalida democracia brasileira. De criar no mesmo balaio a briga política com uma suposta perseguição, como forma de mobilizar a opinião pública e travar qualquer debate. Uma radicalização perigosa em um ano pré-eleitoral.
Impeachment de Moraes

Na mira do bolsonarismo, o ministro Alexandre de Moraes está sob pressão. Os mais de 20 pedidos de impeachment avançam. Ainda que não haja votos suficientes, a adesão aumenta. Na semana passada, eram 24 votos no Congresso. Na tarde de ontem, passou para 38 parlamentares. São necessários 54 votos favoráveis, ou seja, dois terços dos senadores.
Só o polo calçadista tem quase metade das exportações destinadas aos EUA. A Taurus, que emprega 15 mil pessoas direta e indiretamente, envia quase todos os produtos para o país americano. O impacto pode chegar a R$ 1,5 bilhão no nosso PIB, com mais de 140 mil empregos em risco. É mais do que uma tarifa. É, na prática, um embargo comercial. Aqui no estado, o governo já anunciou uma linha emergencial de crédito de R$ 100 milhões, via BRDE, com juros subsidiados e carência de 12 meses, para apoiar as empresas afetadas. Estamos analisando caso a caso, em diálogo com os setores, e avaliando medidas como a antecipação de créditos de ICMS para dar fôlego à indústria.
O impacto pode chegar a R$ 1,5 bilhão no nosso PIB, com mais de 140 mil empregos em risco. É mais do que uma tarifa. É, na prática, um embargo comercial.”
A política externa brasileira precisa estar à altura da gravidade da situação. O governo federal, responsável pelas relações diplomáticas, precisa agir com firmeza, estratégia e urgência. É hora de colocar a diplomacia acima da ideologia, de apresentar ações emergenciais e proteger os brasileiros. O que está em jogo é o sustento de milhares de famílias gaúchas, a sobrevivência das nossas empresas e o futuro do nosso Estado.
O momento exige maturidade institucional. A hora é de pensar nas pessoas, nos empregos, na economia e no futuro. Não se trata de escolher um lado no espectro político, e sim de escolher o lado certo: o do Brasil, o do Rio Grande do Sul, o de quem trabalha e pode perder tudo se nada for feito. No que depender de nós, o Rio Grande seguirá sendo defendido. Sempre.
Quinta-feira, 7 agosto 2025
Fechamento da edição: 18h MÍN: 11º | MÁX: 15º
Instabilidades se deslocam sobre o território gaúcho. Com isso, a nebulosidade predomina e ocorrem pancadas de chuva ao longo do dia.


Associação visa desenvolver o turismo regional
REGIÃO ALTA | |
Quinta-feira, 7 agosto 2025


VESPASIANO CORRÊA
Em um momento
marcado pela união, planejamento e esperança no fortalecimento da economia local, foi oficialmente lançada a Associação dos Empreendedores de Turismo de Vespasiano Corrêa (AETUR). Na presença de empreendedores, prefeitos e líderes regionais, o ato de criação da entidade ocorreu durante assembleia realizada na segundafeira, 4, no auditório da EMEI Tempo de Aprender.
A entidade nasce com o objetivo de organizar, representar e impulsionar o setor turístico do município e da região, reunindo empreendedores de Vespasiano Corrêa e possibilitando a adesão de estabelecimentos de cidades vizinhas. A Aetur pretende atuar como força articuladora para qualificar o turismo e integrá-lo às demais atividades econômicas locais.
A primeira diretoria da associação foi oficialmente empossada durante o evento. A presidência ficou a cargo de Thais Balestro Tomasi, tendo Jaíne Carvalhães como vice-presidente. Completam a diretoria Eliane Jost Blessman (secretária) e Mairi Simoni Bagnara (diretora financeira). O conselho fiscal é formado por Márcia Visnheski, Paulo Blessman e Luís Carlos Nunes, totalizando sete integrantes. A Aetur irá contribuir para o planejamento e gestão de produtos e roteiros turísticos como: hospedagens, alimentação, transporte, condutores locais e guias turísticos. Vai possibilitar que os empreendimentos tenham consultoria técnica, elaboração
Aetur nasce com foco na articulação privada e na superação de entraves que limitam o crescimento turístico

Diretoria da Aetur é composta por 7 integrantes de estudos, programas e projetos, treinamentos e cursos.
O prefeito Tiago Michelon destacou que a criação da entidade representa um passo fundamental para a reestruturação do município após os impactos causados pelas enchentes. “Já que muito foi destruído, aproveitemos esse momento para planejar diversas melhorias que eram muito necessárias. Eu sugeri essa associação com o intuito de fortalecer nossos empreendimentos e ter uma representatividade privada. A burocracia empaca o poder público em conseguir dar agilidade a várias frentes — essa entidade vai enfrentar batalhas que o governo não consegue”, salientou.
Presente no evento, o presidente da Associação dos
Municípios de Turismo da Região dos Vales (Amturvales), Rafael Fontana, reforçou o papel transformador da atividade turística. “O turismo melhora a vida e as condições para o município e seu cidadão, além de acolher e receber o visitante e turista. O caminho de desenvolvimento, para que os desafios diminuam, é por meio desse importante setor, que também complementa as outras atividades econômicas”, enfatizou.
Primeiras ações
A presidente da Aetur, Thais Tomasi, salienta que a entidade foi criada para agregar o fomento ao setor turístico regional. “Esperamos que vários empreendedores de Vespasiano e região possam se juntar a nós, essa é uma proposta diferente onde vamos trabalhar juntos em busca de conquistar nossos objetivos.”


Quem pode se associar?
Pessoa física ou jurídica envolvida com o turismo.
Mensalidade: R$ 20 pessoa física, R$ 30 pessoa jurídica
Ações da Aetur
Divulgação dos equipamentos e apoio ao segmento turísticos
Promoção de encontros dos empreendedores (feiras)
Criar parcerias e ampliar as oportunidades de negócios
A Aetur irá contribuir para o planejamento e gestão de produtos e roteiros turísticos












Inspirações do Vale do Silício brasileiro


diogofedrizzi@grupoahora.net.br
DIOGO FEDRIZZI

Omunicípio de Santa Rita do Sapucaí fica no Sul de Minas Gerais (foto). Tem 43 mil habitantes, 20 mil a mais que Encantado. Conhecida como o Vale do Silício brasileiro, a cidade de poucos prédios sedia o Festival Hacktown.
O movimento tem ganhado visibilidade no Brasil no contexto de inovação, criatividade e transformação social, ao propor um espaço que mistura tecnologia, música, arte, empreendedorismo, comunicação, futurismo e impacto social.
Por lá, a pauta da inovação remete à década de 1960, quando foi fundado o conceituado Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel). Ou seja, longas seis décadas de trabalho para engajar a população e os empreendedores. O prefeito Jonas Calvi foi um dos palestrantes convidados no Hacktown. Ele acompanhou o empresário encantadense

Rodrigo Dalla Vecchia, CEO da startup EVCOMX. Calvi voltou impressionado e entusiasmado com o que presenciou, não só pelos ambientes futuristas do evento, mas também por enxergar características semelhantes entre a nossa realidade e a dos mineiros. Sem dúvida, uma experiência necessária para alinhar as estraté-
Sinais do trem
O sentimento é de otimismo sobre a retomada do Trem dos Vales. Foi o que demonstraram o presidente da Amturvales e os prefeitos de Muçum e Vespasiano Corrêa durante o evento de fundação da Associação dos Empreendedores de Turismo de Vespasiano Corrêa (Aetur) na segunda-feira, 4 (foto). Embora as manifestações de Rafael Fontana, Mateus Trojan e Tiago Michelon não revelaram detalhes sobre o desafiador processo que busca recuperar parte da ferrovia e viabilizar os passeios entre Muçum e o Viaduto 13, nessa primeira etapa, o que o colega jornalista de Grupo A Hora, Matheus Laste, ouviu foi de que, em breve, “boas notícias serão compartilhadas”. Ah, e a histórica ponte Brochado da Rocha, símbolo da reconstrução pós-enchentes em Muçum, deve ser incluída no roteiro.
gias que buscam transformar Encantado em um polo na geração de talentos, a partir da abertura do Centro de Inovação e Tecnologia Conecta Hub, em projetos conjuntos com a área da Educação. Ah, e o robô da foto já foi “convidado” para a inauguração do Conecta Hub no segundo semestre, no bairro São José.

Clássicos italianos
Campeã do último Canto da Lagoa, ex-participante do reality The Voice, a cantora Laura Dalmás retornou a Encantado para o show de encerramento da programação da Settimana Italiana. A turnê "Laura Dalmás Canta Italianas" já faz sucesso na serra gaúcha com repertório de canções conhecidas do público. O pianista e produtor Cristian Sperandir (outro premiado no Canto da Lagoa) é o responsável pelos arranjos. Quem assistiu ao espetáculo na Igreja Matriz, não poupou elogios e até comparou o potencial vocal da Laura gaúcha com a famosa xará italiana, a Pausini.

A câmara e os nomes de ruas
O clima deu uma “esquentadinha” na sessão desta semana na Câmara de Encantado. Tudo porque nos primeiros minutos de reunião, o presidente Cris Costa (PSDB) sugeriu denominar uma rua com o nome de Eldo Orlandini, ex-presidente do legislativo que faleceu recentemente. O líder de governo Daniel Passaia (União Brasil) e o vereador de cinco mandatos, Valdecir Gonzatti (PSDB), cobraram Costa pela atitude e o alertaram de que existe uma
comissão interna que debate a indicação e a nomeação de nomes de ruas.
Depois de algumas desavenças, que incluíram frases como “Enquanto eu for presidente da Casa, ordeno a pauta”, “Essa casa tem presidente, doa a quem doer”, além de comparativos com os procedimentos do STF e com indicações irônicas ao nome do “Zé”, Costa admitiu que não sabia da regra e que agiu na “inocência”. E bola pra frente!
Eu pergunto:
E a nova Escola Estadual Antônio de Conto?
O educandário do Bairro Jacarezinho, em Encantado, foi destruído pelas enchentes. Nesta semana, o governo do estado reabriu o Castelinho, tradicional escola de Lajeado.

. Durante recente reunião técnica entre comerciantes e lideranças da Brigada Militar e Polícia Civil Encantado, o presidente do Consepro, Robison Gonzatti, lamentou a pouca participação da comunidade.
. O projeto do Museu Brasileiro da Suinocultura será lançado no dia 3 de setembro, na Expointer. A iniciativa é uma parceria entre Dália Alimentos e governo de Encantado. A sede do museu cará no Parque João Batista Marchese, próximo à réplica do Museu de Palmas. O acervo com mais de 35 mil peças pertencia a uma família de Cachoeira do Sul e foi trazido para Encantado ainda em 2022. . O governo de Roca Sales confirma a construção de uma nova sede para o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). O município receberá R$ 957 mil para a obra, oriundos do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social. O prefeito Jones Wünsch/ Mazinho (PP) comenta que a nova estrutura do CRAS proporcionará atendimento mais qualificado e humanizado às pessoas.
. A média diária de visitantes ao mirante do Coração do Cristo Protetor superou 300 acessos na primeira semana.
Chula ganha protagonismo no Encontro Farroupilha

Lançamento do 1º Festival Nacional da modalidade ocorreu nesta semana. Acesso ao Parque João Batista Marchese será gratuito
ENCANTADO
Encantado já está no clima do 12º Encontro Farroupilha. O evento ocorre de 12 a 21 de setembro, com acesso gratuito ao Parque João Batista Marchese. A principal novidade é o 1 Festival Nacional de Chula, marcado para os dias 13 e 14. “Vai ser um grande evento. Estamos preparando muitas coisas”, conta Davi Rosa de Lima, 9, revelação estadual da
chula. A família dele está junto na organização do Festival. “Meu sonho é ser campeão do Enart”, revela o pequeno chuleador.
O lançamento da programação ocorreu na terça-feira, 5, na sede do GAN Anita Garibaldi. Conforme o responsável pela organização, Maurício Horn, da Gaita Produtora, 60 piquetes estão confirmados para a festa.
O prefeito Jonas Calvi ressaltou a volta do evento ao Parque João Batista Marchese. “Temos mais espaço, é um local mais atrativo”, argumentou. Para ele, o Encontro Farroupilha e o Festival Nacional de Chula movimentarão a economia da cidade. “Importante fazer esses movimentos para atrair mais visitantes a Encantado. Já temos o Cristo Protetor consolidado”, acrescenta.
Para a coordenadora da 24ª Região Tradicionalista, Luce Carmen Mayer, a programação de

Vai ser um grande evento. Meu sonho é ser campeão do Enart.”
ENTREVISTA
MARCOS NUNES CORRÊA • patrono do Encontro Farroupilha de Encantado
"O gauchismo é o sentimento de um povo que ama sua terra"
Como você encara essa oportunidade de ser o patrono do Encontro Farroupilha 2025?
Encantado tem o hábito de ser uma cidade que realiza grandes eventos do tradicionalismo, rodeios crioulos principalmente. Vivemos um momento especial, porque neste ano agrega-se o Festival Nacional de Chula. Isso faz com que a gente tenha mais responsabilidade, afinal somos o patrono neste ano. Temos a oportunidade de ajudar a comunidade a acreditar que o tradicionalismo, o gauchismo, é um meio especial de se viver em sociedade, cultuando as nossas tradições, usos e costumes. Nossa tradição foi feita principalmente no lombo do

cavalo, que ganhou notoriedade, mas é na gastronomia, na dança, nas expressões culturais como a música, que se consegue reunir o maior número de simpatizantes. Por que você entende que o tradicionalismo sobrevive ao tempo e também se fortalece atualmente?
Porque é simples, é espontâneo, é algo que vem do coração. É um sentimento. Sempre digo que o gauchismo é o sentimento de um povo que ama sua terra. O Rio Grande do Sul, historicamente, peleou durante dez anos e teve a hombridade de chegar ao final de dez anos de uma guerra, lutando por ideais, por melhores condições, e fazer um acordo de paz.

do Encontro
Marcos Nunes Corrêa
a tradição de Encantado na realização de eventos
Encantado já é histórica pelo fato de trazer inovações, como a Chula. A patroa do GAN Anita Garibaldi, Valéria Bertamoni, elogiou o envolvimento das famílias no tradicionalismo. “Elas sustentam o pilar da nossa cultura”, disse. O patrão do CTG Giuseppe Garibaldi, Ramon Mazzarino, destacou a grandiosidade do evento. “Será uma festa grande para viver a nossa cultura”. O presidente da Câmara, Cris Costa, saudou a mobilização das entidades tradicionalistas e do poder público. Na parte gastronômica, as novidades serão o Festival da Feijoada, o Festival de Carnes e o Festival Sabores Gaúchos, com ênfase para o tradicional costelão e para o Braseiro Bratti, com evidência para o peixe pirarucu selvagem de 100 quilos que será assado no tradicional fogo de chão.

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
Roca Sales adere ao programa Cidade Empreendedora e inicia nova fase
Parceria inédita quer transformar a gestão pública e fortalecer micro e pequenas empresas no município
Matheus Giovanella
Em um movimento estratégico voltado à modernização da gestão pública e ao fortalecimento da economia local, o governo municipal oficializou sua adesão ao Programa Cidade Empreendedora, desenvolvido pelo Sebrae-RS. A iniciativa marca o início de uma nova fase para o município, especialmente no contexto de reconstrução após os eventos climáticos extremos de 2024. O ato de lançamento ocorreu na prefeitura na terça-feira, 5. A parceria com o Sebrae-RS será desenvolvida ao longo de dois anos, com foco em quatro eixos prioritários: desburocratização, compras governamentais, educação empreendedora e fortalecimento institucional. O objetivo

central é criar um ambiente mais favorável para as micro e pequenas empresas, que representam a base da economia local, além de promover uma gestão pública mais eficiente e alinhada às demandas da sociedade.
O lançamento do programa contou com a presença do prefeito Jones Wünsch (Mazinho), representantes do governo, da Emater, da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços (CIC), empreendedores locais e técnicos do Sebrae-RS, como a analista de Articulação Territorial em Educação, Bruna Costa da Silva, e o analista e gestor de Políticas Públicas, Alexandre Schmitt.

Transformação com base em dados
O trabalho será estruturado em cinco fases técnicas, com base em um Plano de Gestão que utiliza ferramentas como o IGMA (Índice de Gestão Municipal) — uma plataforma que analisa 71 indicadores nas áreas de eficiência fiscal, saúde, educação, infraestrutura, sustentabilidade e desenvolvimento socioeconômico. A partir desse diagnóstico, o município receberá mentorias, capacitações e oficinas práticas que guiarão a implementação de ações personalizadas e focadas na recuperação econômico-financeira.
“Esse projeto é uma parceria inédita com o Sebrae que vai preparar desde os nossos alunos do ensino fundamental até os empreendedores locais. Vamos melhorar a qualidade da gestão, o atendimento ao público e também garantir que mais recursos públicos fiquem circulando dentro do município”, destacou o prefeito Mazinho.

Representantes do governo, da Emater, da CIC e empreendedores locais estiveram no gabinete do prefeito para tirar dúvidas sobre o programa
Compras públicas como ferramenta de desenvolvimento
Um dos principais gargalos identificados pelo Sebrae-RS desde a criação do programa no estado, em 2019, é a baixa participação das micro e pequenas empresas nos certames públicos. Segundo Schmitt, o Programa Cidade Empreendedora busca reverter esse cenário, desmistificando o processo e mostrando que vender para o governo é um bom negócio.
“A prefeitura é um dos maiores compradores da cidade. Com pequenos ajustes, esse dinheiro pode deixar de sair do município e passar a circular na economia local”, explicou o analista. De acordo com dados do Sebrae-RS, municípios que adotaram boas práticas de compras locais conseguiram mais que dobrar o volume de contratações com pequenas empresas. É o caso de Antônio
Prado, onde os investimentos em empresas locais passaram de R$ 3,6 milhões para R$ 6,6 milhões em dois anos.
Educação empreendedora desde o ensino fundamental
Outro eixo de destaque é o da educação empreendedora, que será trabalhada nas escolas do município em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A proposta é formar jovens com competências empreendedoras, promovendo comportamentos como protagonismo, criatividade, responsabilidade e visão de futuro.
Segundo Bruna, o foco é nos estudantes do 1º ao 9º ano do ensino fundamental, mas a atuação é pensada para possibilitar o envolvimento de toda a rede de ensino municipal e articulações com o sistema estadual. “Queremos que os professores estejam capacitados a desenvolver essas habilidades nos alunos. A educação financeira, por exemplo, muitas vezes é vista como algo distante, mas ela está dentro do currículo e é essencial para a formação cidadã”, destacou a analista do Sebrae.
Política pública
Criado em 2019, o Programa Cidade Empreendedora já foi implantado em mais de 90 municípios gaúchos. Cidades que participaram do ciclo completo relataram avanços importantes, como a redução do tempo para abertura de empresas, ampliação da base de empreendedores formalizados e melhoria na eficiência administrativa.

BRINCADEIRAS COM MATERIAIS NÃO ESTRUTURADOS
Apresentada direto do estúdio da Rádio A Hora, em Encantado, a 24ª edição do quadro O Segredo da Infância promoveu uma reflexão sobre o papel do brincar na educação infantil. Com o tema “A importância do brincar com materiais não estruturados”, o bate-papo reuniu educadoras da Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Santa Clara, localizada no bairro Santa Clara, que atende 74 crianças de três a quatro anos.
A conversa, mediada pela facilitadora de processos de inovação social Ana Fausta Borghetti, contou com a participação da diretora Vanessa Minuz e da professora Miriane Pedarsini, carinhosamente chamada de “profe Miri”.
A diretora Vanessa destacou a relevância do brincar livre com materiais simples, retirados do cotidiano. “É fundamental o brincar no desenvolvimento deles, porque aí desenvolvem a imaginação, a autonomia, diferente do que eles têm de acesso hoje”, afirmou. Para ela, elementos como papelão, cones e folhas se tornam ferramentas de expressão e construção simbólica. “São do nosso meio, vêm da natureza. Eles conseguem fazer construções lindas com a imaginação deles.”
Ao abordar o papel da escola na infância, a professora Miri fez questão de diferenciar a educação infantil de uma simples função assistencial. “Ainda se tem o pensamento de que somos uma creche. E nós não somos uma creche. [...] Somos uma escola que não está mais apenas voltada para o cuidar, mas sim o educar e o cuidar, que são indissociáveis”, explicou.
A educadora compartilhou como a organização do ambiente, inspirada no interesse das próprias crianças, pode se transformar em ferramenta de aprendizagem. “Se estão interessados em dinossauros, por exemplo, trago madeirinhas, folhas, galhos... compondo o mbiente com elementos não estruturados.” Segundo ela, o professor precisa estar atento, presente e aberto à transformação. “Esse brincar precisa

ter um propósito. Ele precisa ter uma intencionalidade, um objetivo em si. E para esse ato de fato acontecer, a gente enquanto professor precisa se desconstruir e se reconstruir”, destacou. “Preciso me permitir estar ali também, de corpo e alma.” Ana Fausta reforçou esse ponto ao elogiar a atuação da professora.
“A Miri tem um olho treinado de presença que consegue captar os momentos de aprendizagem. E ao mesmo tempo saber quando e como intervir, sem interromper o processo da criança”, disse. O processo de aprendizagem, segundo ambas, é investigativo e exige do professor constante reflexão e reinvenção. “A gente age, monta o ambiente, depois reflete sobre isso, para então trazer uma nova ação”, explicou Ana Fausta, referindo-se ao tripé pedagógico ação-reflexão-ação.
A prática do brincar livre também revela a construção de competências fundamentais. Em uma das experiências compartilhadas, a professora Miri relatou um episódio em que as crianças criaram
uma ponte com madeirinhas. “Toda a questão do equilíbrio do corpo foi trabalhada, como uma peça podia encaixar na outra... Elas se desafiaram. Foi lindo ver.” Ana Fausta complementou: “São conceitos matemáticos sendo explorados: altura, profundidade, encaixe. O brincar nunca é um simples brincar.”
A autonomia também foi apontada como uma habilidade essencial desenvolvida nesse processo. A professora Miri contou como instigou uma criança a resolver sozinha o desafio de pendurar o casaco. “Eu disse: ‘O que está faltando para você conseguir? Olha ao teu redor’. Ele viu uma cadeirinha, subiu, pendurou o casaco, e brilhou o olho dele. E o meu também.”
Para Ana Fausta, essa é a essência do educar na infância: “Nunca dê a resposta. A interferência pode acontecer, mas de preferência com uma pergunta. Porque o que se está construindo ali é muito maior: é a percepção de que sou capaz, de que posso resolver sozinho”, salientou.

Patrocínio: Realização:



Descendentes italianos celebram legado dos imigrantes
Famílias foram homenageadas no encerramento da 33ª Settimana Italiana

ENCANTADO
Neto dos primeiros imigrantes italianos que se estabeleceram em Encantado em 1882, Alexandre Bratti, 67, guarda com emoção as histórias contadas pelo avô sobre as dificuldades da época. “O que mais me marcou foi como eles construíram as casas. Tudo à mão, desde cortar o mato, até serrar as árvores para fazer as
tábuas. E não tinha prego, era pino. A primeira casa da família, de madeira, continua preservada, embora meio abandonada. Nossos antepassados tiveram uma vida de muito sacrifício”, conta. O empresário foi um dos descendentes homenageados com o
diploma de Menção Honrosa no evento de encerramento da 33ª Settimana Italiana de Encantado. Além dos Bratti, outras 45 famílias pioneiras, que se estabeleceram no final do século 19 e entre os anos de 1949 e 1954, foram reconhecidas pela contribuição com a formação do território e com o desenvolvimento de Encantado.
“Vivemos um sentimento de gratidão por ser lembrado como uma das primeiras famílias a chegar nesse chão encantado. Todos os descendentes de italianos estão em festa”, acrescentou Bratti em referência às comemorações dos 150 anos da imigração no Rio Grande do Sul.
A programação ocorreu na Igreja Matriz São Pedro na noite de domingo, 3, e contou com apresentação da Orquestra Municipal de Encantado. Uma placa foi descerrada para ser fixada na Casa de Cultura como forma de marcar a homenagem aos antepassados. O município de Farroupilha também foi destaque por ser o berço da imigração italiana, com o distrito de Nova Milano. O prefeito da cidade da serra, Jonas Tomazini, recebeu uma placa do vice de Encantado, Agostinho Orsolin.
Após a solenidade, teve missa solene com apresentação do Coral Vida e Canto e show com Laura Dalmás, com repertório de clássicos italianos.

SÉRGIO
(O pai) veio para trabalhar na construção do frigorífico da cooperativa Dália Alimentos. Ele permaneceu aqui pelo resto da vida”
Primeiras famílias
Com base em pesquisas e livros publicados pelo historiador Gino Ferri (in memoriam) foram identificadas as seguintes famílias de imigrantes: Barzotto, Bergamaschi, Berté, Bertozzi, Bigliardi, Bonfanti, Borghetti, Bratti, Buffon, Castoldi, Dal Monte, Dal Pasquale, Dalla Costa, Dalla Vécchia, De Bortoli, De Conto, De Marco, De Nez, Ferri, Fontana, Frigeri, Fumagalli, Gianesini, Giordani, Loppi, Lorenzi, Lucca, Luzzi, Maiolli, Marini, Mottin, Nardini, Pasini, Peretti, Pierotto, Pretto, Radaelli, Rossetto, Sana, Sangalli, Sartori, Scartezzini, Secchi, Toldo, Zuchetti, Tórmena, Murer, Roco e Seppi.

NEGÓCIOS E CULTURA
Mostra Guaporé marca retomada com expectativa de 30 mil visitantes
Montagem da estrutura que irá abrigar mais de 150 expositores está sendo finalizada
A21ª Mostra Guaporé –Expocultural e Feira da Agricultura Familiar se aproxima do término das preparações no Autódromo Internacional Nelson Luiz Barro. A empresa responsável pela montagem da estrutura acelerou os preparativos para que os cerca de oito mil metros quadrados de área coberta, que irão abrigar mais de 150 expositores, estejam prontos. A feira contará com 210 espaços para joias folheadas, lingeries, moda praia e fitness, móveis, serviços, agroindústria, artesanato, entre outros segmentos, além de área destinada à programação cultural, musical e à gastronomia. A estrutura, conforme o presidente Rodrigo Marin, contará com dois amplos pavilhões comerciais,

Evento contará com cerca de 200 expositores, incluindo 150 estandes comerciais, 25 agroindústrias familiares e 25 espaços na praça de alimentação
destinados aos expositores dos mais diversos setores. “Estamos trabalhando muito para fazer uma
Mostra tão boa quanto a anterior — ou melhor. Queremos uma edição sensacional, que celebre nossa força e a capacidade de recomeçar”, reforça.
Na área externa, mais de 45 estruturas menores — pequenas pirâmides — estão sendo instaladas e distribuídas estrategicamente
nas proximidades dos boxes, da portaria, da área de segurança e da entrada principal, garantindo organização e fluidez ao evento. A maior feira de joias folheadas e lingeries do Sul do Brasil ocorre nos dias 8, 9, 10 e 15, 16, 17 de agosto. “Ver, mais uma vez, a estrutura sendo erguida é um sentimento

Ver, mais uma vez, a estrutura sendo erguida é um sentimento que mistura alegria e responsabilidade. Toda a cidade se envolve, o comércio local se prepara...”
que mistura alegria e responsabilidade. Toda a cidade se envolve, o comércio local se prepara, abre suas portas, recebe visitantes e lucra com isso. É mais do que uma feira: é o abraço de uma comunidade inteira”, disse Marin. Em breve, os expositores estarão com os estandes organizados para comercializar seus produtos, apresentar novidades e receber o público com acolhimento que é uma das marcas registradas da feira.
Filó Italiano de Coqueiro Baixo reúne mais de 2 mil pessoas
COQUEIRO BAIXO
Uma das noites mais esperadas do ano para os 1,3 mil habitantes do pequeno município foi um completo sucesso para aqueles que compareceram ao Centro Esportivo Municipal. Na última sexta-feira, 1, a comunidade de Coqueiro Baixo viveu a 13ª edição do Filó Italiano, evento que movimenta o calendário cultural da cidade e reforça a conexão com as tradições herdadas dos imigrantes italianos. Desde o início do mês, os preparativos tomaram conta da cidade, na quarta-feira, 30, já haviam sido vendidos todos os 1,9 mil ingressos, o que parou
a venda antecipada. Durante o evento também não havia mais disponibilidade de ingresso por ter atingido o público esperado no local. Contando com cerca de 130 pessoas envolvidas na produção do filó, mais de 2 mil pessoas marcaram presença na fetividade.
A grande atração da noite foi a gastronomia típica italiana, composta por mais de 50 pratos, cuidadosamente preparados por moradores e voluntários. Entre massas, carnes, polentas, cucas e salames, a culinária farta e afetiva reúniu famílias, amigos e visitantes de toda a região. Para embalar o público, a dupla Thainá e Thairini foi a responsável
pela trilha sonora desta edição, garantindo a animação e o clima festivo que marcam o evento. O prefeito Luciano Ongaratto subiu ao palco e agradeceu o apoio da comunidade para a produção do filó. “Nos alegra muito ver esse ginásio lotado com visitantes de todo Vale. Toda região passou por muitas dificuldades com as calamidades climáticas, nós cancelamos a edição do ano passado por também estarmos nos reerguendo. Então, estar aqui hoje, comemorando os 150 anos da imigração italiana com todos vocês, só reforça a fibra e persistência de nosso povo e região!”, comemorou.











Amaior vitrine das joias e lingeries do estado está de volta. Nesta sexta-feira, dia 8, inicia a Mostra Guaporé – Expocultural com o tema “Onde o seu brilho, encontra o nosso”. É a oportunidade para quem gosta de compras, boa gastronomia e curtir atrações culturais.
Charme da feira comercial
O Autódromo Internacional
Nelson Luiz Barro terá cerca de 8 mil metros quadrados de área construída especialmente para abrigar os 150 expositores da Mostra Guaporé. O enfoque é nas joias folheadas e na lingerie, entrando na moda praia e fitness. A feira também tem artesanato, artigos gaúchos e segmento de móveis, cama, mesa e banho. O setor primário, com a participação de 25 agroindústrias familiares, evidencia a força das famílias do campo e a diversidade de produtos oferecidos aos visitantes.
Vale a pena visitar Guaporé, pois a própria cidade estará preparada para receber o público. A Avenida Silvio Sanson, principal via da cidade, é praticamente um shopping a céu aberto. Nas margens da ERS 129, fica outro atrativo comercial: o Shopping Belas.
Programação cultural
A Mostra Guaporé terá 21 atrações culturais nos seis dias de evento. Se trata de uma programação diversificada com talentos locais. Dentro das atividades também está a famosa Missa em Homenagem ao Dia dos Pais, celebrada às 9h de domingo (10 de agosto) e o Baile da Terceira Idade às 14h de sexta-feira (15 de agosto).


365vezesnovaledotaquari@gmail.com
Três motivos para prestigiar a Mostra Guaporé - Expocultural 365 VEZES NO VALE


















Sexta (dia 8)
13h30min – Duo Instrumental
14h – Abertura oficial
19h – Anderson e Everton
21h – Banda Mercosul
Sábado (dia 9)
15h30min – A Triade
18h – Deise e Zilo e Banda
20h30min – Banda Máquina do Tempo
Domingo (dia 10)
9h – Missa em homenagem aos Pais
13h30min – Giovani e Ricardo
15h30min – Dog Caramelo Rock Band
17h30min – Leo Oliveira
19h30min – Banda 8 ou 80
Sexta (dia 15)


Gastronomia
A Mostra Guaporé contará com praça de alimentação. As opções vão desde os tradicionais xis e cachorro quente, até sorvetes, vinhos, sanduíches e ala minutas. São oito empreendimentos que irão oferecer lanches, almoços e jantas para o público.

14h – Baile da terceira idade Musical Magia

19h – Thiago Reder e Fabiano Índio
21h – Tchê Barbaridade
Sábado (dia 16)


14h30min – Banda

16h30min – Acústica




18h30min – Banda
20h30min – Banda

Domingo (dia 17)



Mostra Guaporé em números 6 dias de feira
150 expositores
25 agroindústrias familiares
21 atrações musicais
Serviço


13h30min – Dani & Brothers
15h30min -Doug Wils


17h30min – Red Train


19h30min – Show Sertanejo Suelen Giongo
Quando: dias 8, 9, 10 e 15, 16, 17 de agosto
Onde: Autódromo Internacional Nelson Luiz Barro
Horários da feira comercial: das 10h às 20h (sexta), 9h às 20h (sábado) e 9h às 19h (domingo); Horários da praça de alimentação: 10h às 22h30 (todos os dias)
Entrada: R$ 15,00 por pessoa Estacionamento R$ 15,00