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Produção com sustentabilidade. Vale reúne condições para ser um polo nacional na aquicultura. Feira desperta aptidão

















Vale do Taquari reúne clima, recursos e demanda, mas ainda precisa de estrutura para transformar o potencial em cadeia produtiva sólida. Bom Retiro do Sul vira palco para destravar o setor.
Um novo ciclo produtivo começa a tomar forma. O Vale do Taquari convive com uma contradição: é uma das regiões com mais disponibilidade de água do RS, mas ainda não conseguiu transformar esse potencial em vetor econômico.
A piscicultura, atividade que
poderia unir sustentabilidade, diversificação rural e geração de renda, segue como promessa. A 1ª Feira Estadual de Aquicultura (Aquibom), marcada para os dias 7 a 9 de novembro, em Bom Retiro do Sul, nasce com a ambição de romper essa lógica e colocar a região no mapa da produção de peixes.
O evento se apresenta como uma tentativa de reorganizar a cadeia produtiva, unindo produtores, técnicos, universidades, empresas e instituições financeiras. O idealizador, Mauro Hauschild, aposta na feira como ponto de inflexão.
“Temos água, conhecimento e gente disposta. O que falta é organizar a cadeia e acreditar que o peixe pode ser um produto de valor. Acredito que a Aquibom é o início dessa virada.”
O espaço escolhido, o
Recanto Novo Paraíso, simboliza a própria transformação que o setor quer representar. A antiga área de lazer, adaptada para produção, abriga hoje açudes, tanques com geomembrana, sistema de aquecimento solar e, em breve, um frigorífico com inspeção sanitária em fase de regularização. É desse projeto pessoal de Hauschild que nasceu a ideia de criar uma vitrine estadual da aquicultura.

Temos água, conhecimento e gente disposta. Acredito que a Aquibom é o início dessa virada.”
Experiências anteriores no Vale mostraram a necessidade de organização da cadeia produtiva para profissionalizar o setor


























Temos propriedades rurais que poderiam diversificar a renda com facilidade. Mas ainda tratamos a piscicultura como hobby. Falta estrutura, política pública e, principalmente, visão de negócio.”
O desafio regional reflete uma diferença estrutural. O Brasil produz mais de 960 mil toneladas de peixes por ano e movimenta R$ 9 bilhões, conforme estimativas recentes.
A tilápia representa a maior parte da produção nacional e consolidou o Paraná como líder absoluto, com mais de 250 mil toneladas anuais. O estado gaúcho, mesmo com clima, solo e água favoráveis, responde por cerca de 24,4 mil toneladas, número com possibilidade de aumentar. O engenheiro agrônomo Diego de Oliveira, da Emater/ RS-Ascar, resume esse contraste.
“Temos uma das maiores disponibilidades de água do país e propriedades rurais que poderiam diversificar a renda com facilidade. Mas ainda tratamos a piscicultura como hobby. Falta estrutura, política pública e, principalmente, visão de negócio.”
Em termos de país, o consumo médio é de 10,5 quilos de peixe por pessoa ao ano, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). É menos que frango (45 kg) e carne bovina (25 kg), mas a curva de crescimento é contínua. Para o mercado regional, isso representa espaço aberto: há demanda e falta oferta.

A maior parte do peixe que chega aos mercados do Vale vem do Paraná
“O peixe que chega ao supermercado no Vale vem de fora, especialmente a tilápia do Paraná. Isso mostra o tamanho do mercado que estamos deixando escapar”, observa Oliveira.
O obstáculo central vai além de profissionalizar os produtores. É preciso também estruturar a cadeia. Conforme o engenheiro agrônomo da Emater, o estado convive com projetos interrompidos, frigoríficos desativados e programas públicos distantes. Hoje, apenas um frigorífico
5 pisciculturas de reprodução (uma especializada em tilápia)
Principais espécies: carpas, tilápias, jundiá, piava e traíra
Atividade predominante: complementar ou de subsistência
Pico de vendas: Semana Santa
Limitações: falta de abate formal, licenciamento, filé pronto e profissionalização
em Bom Retiro do Sul está prestes a ser regularizado, e uma segunda unidade está em construção. Sem abate, não há padrão de qualidade, assim, falta escala para chegar nos mercados e aproximar os produtores. Conforme Oliveira, sem a profissionalização da cadeia produtiva, abre-se espaço para oportunismos. “Houve produtores prejudicados por pessoas que se aproveitavam, se passavam por intermediários e fechavam compras, mas não pagavam. Então, além de estruturar a cadeia, temos que lidar
com agricultores com essa contrariedade e que não querem nem saber mais de piscicultura.”
No Vale, há cinco propriedades voltadas à reprodução, diz. As principais espécies são carpa, tilápia, jundiá, piava e traíra. Mesmo assim, a piscicultura representa parcela importante da renda para famílias campesinas. “Tem propriedade que faz uma feira do peixe por ano. Aquele negócio, mesmo sem um cuidado específico, rende R$ 10 a 15 mil. Serve para fazer trocar de carro, alguma melhoria ou outro investimento. Os agricultores contam com esse dinheiro.”
Também há muitos que mantêm a atividade para subsistência, seja para alimentação doméstica ou um comércio eventual. Durante o ano, o pico de vendas ocorre na Semana Santa, quando municípios, associações e a própria Emater coordenam feiras descentralizadas.
“É nesse período que a maior parte da produção é vendida. Mas também há eventos pontuais, organizados pelos próprios piscicultores, com venda direta na taipa”, conta Diego.























Uma característica marcante do setor é o cooperativismo local. Associações de produtores ajudam a reduzir custos, compartilhar equipamentos e comprar insumos em conjunto. A articulação tem garantido sobrevida à atividade, mesmo com a ausência de políticas específicas.
Uma delas foi formada neste ano, em Bom Retiro do Sul, a Aspibom. O presidente Dani Petter, destaca o propósito de facilitar os projetos voltados à piscicultura, organizando os produtores, seja para inclusão em políticas públicas quanto para reduzir custos.
No Vale, há propriedades familiares de reprodução e engorda que servem de modelo para a região.
Neste sentido, estão em análise investimentos, como os tanques que operam com sistemas de recirculação de água (RAS), tecnologia que aumenta a produtividade, mas exige um controle mais rigoroso.
Assistente técnico de produção animal da Emater, João Sampaio, destaca que esses sistemas podem ultrapassar 100 kg por metro cúbico. “É uma alternativa viável para quem não dispõe de grandes áreas ou reservatórios, mas exige profi ssionalização e acompanhamento técnico”, ressalta.
Na avaliação dele, a piscicultura é uma fonte consolidada de renda complementar em várias

buscam independência da monocultura.
políticas públicas
O importante é entender que a atividade só se sustenta onde há água disponível, área para tanques e manejo adequado”, explica. Em cima disso, Sampaio realça que a atividade se encaixa no modelo de diversificação rural estimulado pela Emater, voltado às pequenas propriedades que

O propósito é facilitar os projetos voltados à piscicultura, organizando os produtores, seja para inclusão em políticas públicas quanto para reduzir custos.”
A estrutura para esse avanço depende de ação coordenada:
Análise técnica: avançar sobre manejo, sanidade e gestão.
Tecnologia e inovação: sensores, automação, genética e alimentação de precisão.
Bioeconomia: aproveitamento de resíduos para biofertilizantes e biogás.
Cooperativismo: dar escala e estabilidade à comercialização.
Crédito direcionado: garantir investimento e segurança ao produtor.

“A piscicultura é uma das poucas atividades capazes de gerar renda em áreas pequenas e com baixo impacto ambiental. O que falta é conexão: do alevino ao consumidor final”. Além de garantir proteína de qualidade, o peixe é um produto valorizado por quem procura alimentação saudável e sustentável, diz o especialista, com destaque para o ômega-3 e o baixo impacto ambiental da produção.
SAMPAIO, ASSISTENTE TÉCNICO DE PRODUÇÃO ANIMAL DA EMATER Eventos assim aproximam a base produtiva da tecnologia e da comercialização.”

Cada hectare de lâmina-d’água bem manejada gera de R$ 30 mil a R$ 50 mil por ciclo. Ou seja, água nas propriedades pode ser transformada em oportunidade e alimento.
Para os próximos anos, Sampaio enxerga espaço para crescimento, em especial se houver coordenação entre governo, assistência técnica e mercado. “O potencial é grande, mas precisamos profissionalizar.
Na avaliação dele, o produtor tem que enxergar o peixe como negócio e planejar o cultivo com base em dados. “O Vale tem as condições, mas depende de organização e de políticas públicas claras.”
Em cima disso, acredita que a feira Aquibom surge em momento relevante. “Eventos assim aproximam a base produtiva da tecnologia e da comercialização. Mostram que há futuro e despertam o interesse do jovem rural, o que é essencial para manter a atividade viva.”
Com as novas unidades de abate em construção em Bom Retiro do Sul e a formação de grupos de produtores integrados, o Vale começa a esboçar uma estrutura capaz de atender a região.
























DIVULGAÇÃO\TOCANTINS
Fontes: Anuário da Piscicultura Peixe BR (2025), IBGE (Pesquisa da Pecuária Municipal), Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e Embrapa.
AQUÍCOLA (2024):
968,7 mil toneladas. Crescimento de 9,21% em relação a 2023. Este valor coloca o Brasil como o maior produtor das Américas, acima do Chile. Total da produção (2023): 887 mil toneladas.
PRODUZIDAS (2024)
Tilápia: 662,2 mil toneladas, representando 68,3%.
Tambaqui: Anuário da Piscicultura Peixe BR 2025 indica que a produção de peixes nativos, em especial o tambaqui, é o segundo maior segmento da aquicultura nacional.
Consumo per capita: Em 2024, o consumo per capita de pescado no Brasil foi de 10,5 kg por habitante/ ano, ainda abaixo dos 12 kg recomendados pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A tilápia é o peixe de cultivo mais consumido no país, especialmente em águas doces. O consumo de espécies nativas, como tambaqui e pacu, é mais expressivo nas regiões Norte e Centro-Oeste.

Em Tocantins, Fazenda São Pedro produz 450 toneladas de peixes por ano
Crescimento:
Primeiro trimestre de 2024, avanço de 48% em valor em relação ao mesmo período de 2023, e no segundo trimestre, o faturamento aumentou 72%, atingindo US$ 15 milhões.
Principais produtos exportados:
DIVULGAÇÃO\TOCANTINS

DIVULGAÇÃO\LAJEADO

A tilápia (em filé congelado), com destinos como os Estados Unidos e o Canadá. A produção de camarão em cativeiro (carcinicultura) também contribui para o aumento das exportações, com o Ceará à frente neste segmento.
A piscicultura no país é liderada pelo Paraná, São Paulo e Minas Gerais. Juntos representam quase 43% da produção.
O sucesso paranaense é associado ao modelo de produção baseado na união dos produtores em torno de cooperativas, que garantem a compra e a assistência técnica.
O Rio Grande do Sul registrou uma queda de 8,9% na produção de peixes de cultivo em 2024 em comparação com 2023.
O número contrasta com o potencial. O estado é a maior área de viveiros, com mais de 20 mil hectares.
A Feira do Peixe Vivo de Lajeado ocorre mensalmente na segunda sexta-feira do mês, sempre junto à Feira do Produtor Rural, ao lado do Parque Professor Theobaldo Dick Estimativa aponta que a cada hectare de área com água, caso seja bem manejado, pode gerar de R$ 30 mil até R$ 50 mil a cada ciclo de produção



























universo. Nosso foco hoje é o peixe, mas a visão é mais ampla. A ideia é trabalhar a cadeia como um todo e mostrar as várias possibilidades de produção e inovação que vêm junto com o setor.
– Como nasce a Aquibom? Qual é a proposta da feira?

A aquicultura ganha espaço como alternativa econômica e produtiva no Vale do Taquari. O advogado e produtor Mauro Hauschild, de Bom Retiro do Sul, transforma a propriedade em uma referência regional. À frente da organização da 1ª Aquibom, aposta no potencial do setor para gerar renda, inovação e sustentabilidade.
– Como começou essa relação com a aquicultura?
Mauro Hauschild — A história começou quase por acaso. Eu comprei uma propriedade em Bom Retiro. Era um espaço que usávamos só para lazer, nos fins de semana. Ficou uns dois anos sem qualquer atividade produtiva. Aí contratamos um funcionário que tinha experiência com piscicultura, tinha trabalhado na área, e começou a me dizer: “isso aqui pode virar um bom negócio”.
Transformamos o lago principal em seis tanques e iniciamos uma atividade bem amadora, só colocando o peixe na água, sem manejo, sem controle. Foi quando percebemos que, para dar certo, teríamos de profissionalizar.
Buscamos assistência técnica da Emater, contratamos agrônomo, veterinário e uma consultoria especializada. Passamos a entender o que envolvia a piscicultura de forma técnica, da qualidade
É possível empreender no campo com inovação, tecnologia e sustentabilidade.
Acredito que a aquicultura vai crescer muito nos próximos anos. É o futuro.”
peixe nesses ambientes era muito baixo. Há uma lacuna enorme. Isso mostrou que existia uma oportunidade de negócio. Se fosse bem estruturada, a piscicultura poderia gerar emprego e renda.
Hauschild — A feira surgiu dessa necessidade de mostrar a aquicultura como cadeia completa, não apenas a criação de peixes. Quando voltamos a investir no negócio, vimos que era preciso unir as pontas: insumos, genética, ração, assistência técnica, comercialização e consumidor.
A Aquibom foi criada para ser esse ponto de encontro entre quem já atua, quem quer começar e quem pode apoiar. Vai reunir produtores, técnicos, empresas, instituições e gestores públicos. Queremos debater políticas de incentivo, infraestrutura, crédito, inspeção e licenciamento.
A ideia é colocar todos os atores na mesma mesa para fortalecer o setor.
– O que o público vai encontrar?
Hauschild — Teremos expositores de equipamentos e tecnologia, empresas de ração, painéis técnicos, palestras e mostras de inovação. Vamos abordar desde o sistema de tanques escavados até os modelos de cultivo indoor, com energia solar e uso de geomembranas.

Nos dois primeiros anos, chegamos a produzir cerca de 70 toneladas de peixe vivo, vendidos para frigoríficos. Depois, entre 2017 e 2019, o projeto ficou em segundo plano. Quando voltei para Bom Retiro, em 2022, decidimos retomar de forma mais técnica, moderna e estruturada. Agora, com tecnologia de ponta e sustentabilidade.

– Como foi buscar esse conhecimento?
Também teremos debates sobre o papel da alimentação escolar. Hoje, o peixe quase não aparece na merenda, e isso é uma oportunidade enorme, para o produtor e para a saúde das crianças. Vamos mostrar os dados levantados na pesquisa e propor caminhos para inserir o pescado no cardápio das escolas e refeitórios empresariais. Outro ponto importante é atrair investidores e cooperativas que queiram estruturar frigoríficos regionais. Sem abate e sem da água, alimentação, sanidade e manejo.
Hauschild — Fizemos uma parceria com a Univates, por meio da Costumers, uma empresa incubada lá, para pesquisar o mercado consumidor. A pesquisa foi feita em escolas e empresas com refeitórios.
E o resultado foi surpreendente: o consumo de
– Qual é a diferença entre piscicultura e aquicultura?
Hauschild — A piscicultura é um ramo dentro da aquicultura. A aquicultura é o gênero, que envolve tudo que é produzido em ambiente aquático: peixes, moluscos, crustáceos, algas. A piscicultura é uma das espécies dentro desse
processamento, a cadeia não se consolida. A Aquibom quer mostrar que é possível e que o Vale tem condições de se tornar referência estadual.
– A aquicultura pode se tornar uma alternativa real de diversificação para o Vale do Taquari?
Hauschild — Sem dúvida. O Vale tem uma vocação agrícola muito forte, mas também sofre com os impactos das mudanças climáticas. A aquicultura é uma atividade que pode conviver bem com outras culturas, aproveitar áreas de baixa aptidão agrícola e gerar renda o ano inteiro. É uma produção que pode se adaptar para cada produtor e incorporar tecnologia de forma gradativa. Além disso, o consumo de peixe cresce no Brasil e no mundo.
E olhando para o futuro, o que você projeta para os próximos anos?
Hauschild — Estruturar o frigorífico, ampliar o número de produtores e consolidar o Vale como um polo de referência em aquicultura. Não é só uma questão de negócio, mas de desenvolvimento regional. Queremos mostrar que é possível empreender no campo com inovação, tecnologia e sustentabilidade.
Acredito que a aquicultura vai crescer muito nos próximos anos. É o futuro. Mas, para isso, precisamos pensar grande e agir em conjunto: produtores, poder público, universidades e iniciativa privada. O sucesso virá da união de todos esses elos.































Dentro das instituições públicas, desafio é estruturar programas contínuos de estímulo e de crédito para destravar o potencial da piscicultura no Vale do Taquari e no RS
Junto com a organização dos produtores e da cadeia, as expectativas para o setor público são de auxiliar com o planejamento técnico, linhas de crédito direcionado e integração com instituições fi nanceiras. Neste conjunto, estão os eixos para elevar a aquicultura gaúcha.
Mesmo com os recursos hídricos e clima favorável, existe carência em políticas consistentes para o segmento. Segundo o secretário da Agricultura, Edivilson Brum, o primeiro passo está em criar base técnica e territorial para que a expansão ocorra de forma ordenada.
“Nosso objetivo é transformar dados em ação. O Diagnóstico da Piscicultura, feito em parceria com a Emater, mapeou 1,7 mil produtores e mostrou gargalos como abate, beneficiamento e licenciamento. Com esses

EDIVILSON BRUM,
SECRETÁRIO DA AGRICULTURA
O Diagnóstico da Piscicultura, feito em parceria com a Emater, mapeou 1,7 mil produtores e mostrou gargalos como abate, beneficiamento e licenciamento.”

Mesmo com os recursos hídricos e clima favorável, lacunas están na profissionalização e nas políticas consistentes para a aquicultura gaúcha
dados, conseguimos priorizar investimentos e assistência técnica por microrregião”, afirma Brum.
Neste sentido, o próximo passo é o Zoneamento da Piscicultura, conduzido pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA). Esse estudo define as áreas mais aptas para o cultivo, considerando
clima, relevo, uso da água e infraestrutura.
“Com o zoneamento, o investimento será direcionado para onde há mais chance de sucesso. Isso evita desperdício e acelera a profissionalização do setor”, destaca o secretário. Junto com isso, a secretaria elaborou o protocolo de manejo de inverno, referência para estabilizar a produção durante os meses frios. “Nosso objetivo é dar previsibilidade ao produtor. A piscicultura pode ser integrada a outras atividades e ser uma renda estável ao longo do ano”, completa

O BRDE tem uma trajetória consolidada no agronegócio e amplia a presença na aquicultura. Ainda são projetos de menor porte, mas que crescem rapidamente”
A burocracia ainda é um dos entraves. O processo de licenciamento para tanques e viveiros era considerado lento e incerto. Segundo Brum, a Resolução Consema 462/2022 estabeleceu um marco regulatório que padroniza e simplifica os procedimentos.
“O desafio é facilitar sem negligenciar o ambiental. Agora há uma lista com roteiros definidos para cada tipo de empreendimento. Isso dá segurança ao produtor e reduz a subjetividade na análise dos projetos.”
A secretaria também orienta
os produtores sobre os casos em que há dispensa de licenciamento, conforme a Lei Estadual 15.647/2021. “A ideia é educar, não punir. Queremos regularizar o que já existe e facilitar a instalação de novos projetos”, resume o secretário. Outra iniciativa relevante foi o Programa de Açudes, lançado em 2021, que financiou a escavação de 4,5 mil reservatórios em 441 municípios. “Cada açude é um potencial produtivo. São espaços que podem ser usados para criar peixes, armazenar água e irrigar lavouras. É economia circular aplicada no campo.”
Semi-intensivo (aeração e controle)
Intensivo (geomembrana/RAS)
Ambiente controlado, recirculação, energia solar
























Linhas de crédito e programas de apoio
Operador: BRDE/Caixa/BB/ Cooperativas de crédito
Finalidade: tanques, equipamentos e energia
Taxa média: até 8% ao ano Prazo: até 10 anos
BRDE Produção Sustentável
Operador: BRDE
Finalidade: infraestrutura, energia solar e eficiência hídrica
Taxa média: 7% a 9% ao ano Prazo: até 12 anos
BNDES Finem
Agroindústria
Operador: Bancos públicos e privados
Finalidade: frigoríficos, processamento e inovação
Taxa média: 8% ao ano
Prazo: até 15 anos
Moderinfra
Operador: BNDES/BB/Caixa
Finalidade: açudes, irrigação e manejo de água
Taxa média: 7% ao ano
Prazo: até 12 anos
FCO Rural
Operador: Banco do Brasil
Finalidade: cultivos integrados e sistemas RAS
Taxa média: 6,5% ao ano Prazo: até 10 anos
O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) é hoje o principal instrumento de crédito de longo prazo do Estado. De acordo com o presidente Ranolfo Vieira Júnior, a piscicultura começa a se consolidar como um novo vetor produtivo.
“O BRDE tem uma trajetória consolidada no agronegócio e agora amplia a presença na aquicultura. Ainda são projetos de menor porte, mas que crescem rapidamente”. De acordo com ele, o banco financia estruturas produtivas, energia solar, compra de equipamentos e agroindústrias ligadas ao pescado. “Muitos investimentos chegam via cooperativas de crédito que operam com recursos do BRDE, principalmente voltadas à agricultura familiar”, frisa. As linhas de crédito incluem o BNDES Finem Agroindústria; Produção e Consumo Sustentável; Energia Limpa e o Pronaf Investimento, todas adaptáveis a projetos de piscicultura.
“Nosso foco é financiar o investimento de longo prazo. Cada projeto é estruturado conforme o perfil do empreendedor, para garantir carência adequada e taxa competitiva. A feira Aquibom é um exemplo de integração: une pesquisa, crédito e produtores. É isso que o Estado precisa: encurtar o caminho entre a ideia e a execução”, resume Ranolfo.
Para o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, (ABPA), Francisco Turra, o Brasil é
um gigante em proteína animal, mas ainda subestima o potencial do pescado. “Temos clima, água e genética favoráveis. O que faltou até agora foi liderança e política pública. A piscicultura precisa ser tratada como parte do agronegócio estratégico, e não como curiosidade.”
Em cima disso, destaca: “o consumo médio nacional é de 10 quilos por habitante ao ano, enquanto países com menos condições já passam de 15. Isso mostra o espaço que temos para crescer”, acredita.
Turra defende o modelo cooperativo paranaense como referência. “Estados como Paraná e Rondônia entenderam que o produtor precisa de destino certo. As cooperativas organizam a oferta, garantem o abate e vendem o produto final. É um sistema que dá segurança ao agricultor. O Vale do Taquari tem todas as condições para seguir o mesmo caminho”, diz.
Para a médica-veterinária da Embrapa Pesca e Aquicultura, Renata Melon, o principal gargalo é a informalidade. “Cerca de 70% da piscicultura no estado ainda está fora do registro formal. Muitos produtores têm medo da fiscalização ou dos custos adicionais. Mas a formalização é o que abre portas para crédito, assistência técnica e acesso aos mercados que exigem rastreabilidade e qualidade”, realça.
Grandes redes de varejo exigem protocolos de boas práticas e certificação, acrescenta. “Sem isso, o peixe do pequeno produtor não chega às prateleiras. Precisamos tratar o pescado como produto de valor e o piscicultor como empresário rural”, resume.

Critérios para acesso a crédito exigem licenciamento e registro com atividade produtiva à piscicultura




Paraná: 250 mil toneladas. A tilápia domina com 96,8%.
São Paulo: 93,2 mil toneladas (cerca de 90% tilápia), produzida em tanques-rede em grandes reservatórios.
Minas Gerais: 72,8 mil toneladas, com a tilápia sendo cerca de 70%, principalmente no Rio São Francisco.
Santa Catarina: 59,1 mil toneladas de peixes de água doce, como carpa, tilápia e truta, sendo líder na maricultura.
Rondônia: 56,9 mil toneladas (com o tambaqui representando cerca de 90%). É o principal produtor de peixes nativos, abastecendo o Norte e Centro-Oeste.
Maranhão: 54,5 mil toneladas de tambaqui e híbridos.
Mato Grosso: 44,5 mil toneladas, com peixes nativos como pacu, pintado e tambaqui na região Pantaneira.
Mato Grosso do Sul: 40,5 mil toneladas, com a tilápia em torno de 80%, expandindo a produção no Rio Paraná e exportando tilápia processada.
Bahia: 36,4 mil toneladas, com produção diversificada de tilápia, camarão e peixes nativos, com destaque à exportação.
Pernambuco: Cerca de 35 mil toneladas, onde a tilápia representa aproximadamente 90%, cultivada em tanquesrede no Lago de Itaparica.
Do 21º a 27º
Goiás: Mais de 35,7 mil toneladas, com a tilápia como espécie dominante, expandindo sistemas intensivos.
Pará: Cerca de 25 mil toneladas. Tambaqui e pirapitinga para consumo local e mercados do Norte.
Rio Grande do Sul: 24,4 mil toneladas de carpa, tilápia e jundiá, com base em pequenas propriedades.
Piauí: 22,3 mil toneladas de tilápia, expandindo a produção nos reservatórios do Rio Parnaíba.
Amazonas: 15,3 mil toneladas de tambaqui, com piscicultura nativa.
Roraima: 23,1 mil toneladas. Destaque para atuação em áreas indígenas e no cultivo do tambaqui
Espírito Santo: 20,4 mil toneladas de tilápia, voltada para o mercado regional.
Tocantins: Cerca de 18,1 mil toneladas, com tambaqui e híbridos nativos em sistemas intensivos.
Ceará: Cerca de 12,1 mil toneladas, destacando-se na produção de tilápia e camarão (carcinicultura), com produção intensiva no Açude Castanhão.
Alagoas: 10,9 mil toneladas. Maiores produções de tilápia, camarão em cativeiro. Um dos principais centros de produção de alevinos para o Nordeste.

























Expositores do RS e do país apresentam máquinas, nutrição e infraestrutura para dar escala para a produção de peixes
De rações e equipamentos a sistemas de engenharia e manejo de água, a Aquibom cria um ambiente de troca entre produtores, técnicos e fornecedores. A feira também evidencia um movimento que vem se consolidando no Vale do Taquari: transformar a piscicultura em negócio com previsibilidade, efi ciência e baixo impacto ambiental.
O equilíbrio da alimentação é um dos fatores decisivos no desempenho do peixe e na rentabilidade da produção.
Para a Puro Trato Nutrição Animal, o Vale é um polo em crescimento, com perfil voltado à agricultura familiar e predominância de sistemas de policultivo, carpas, jundiás, traíras e tilápias. “O pequeno produtor usa a piscicultura como alternativa de renda dentro da propriedade. Nosso papel é garantir produtos de alta qualidade e resposta nutricional rápida”, explica o zootecnista e coordenador

técnico-comercial da linha Peixes, Everton Luís Zardo. Entre elas, a nova linha de extrusão micro, com rações entre 1 e 2 milímetros. “Essa tecnologia permite rações iniciais estáveis e de alta precisão, melhora a conversão alimentar e reduz o ciclo de produção”, complementa.
Na Supra Alimentos, a visão é semelhante. A empresa aposta em logística aprimorada e tecnologia de formulação como diferenciais.
“Há muito espaço para crescer”, avalia o gerente de vendas, Gustavo Araújo e destaca: “nossa proposta é atender do pequeno ao grande produtor com o padrão técnico e nutricional.”
A Águas Cristalinas, de Cruzeiro do Sul, referência na produção de alevinos há mais de 30 anos, vê na feira uma oportunidade de fortalecer a base da cadeia. “É uma honra participar. Um evento específico para a piscicultura era uma demanda antiga. Ele organiza o setor, aproxima o produtor, o comprador e a indústria”, comenta Iane Reiter.
A RF Equipamentos, especializada em soluções para o setor, compartilha a mesma visão. “A piscicultura no Rio Grande do Sul é formada, em grande parte, por agricultores familiares. A Aquibom conecta todos os elos e cria um ambiente de integração e negócio real”, afirma o gerente comercial, Giovani Vettorello,

A durabilidade das estruturas é outro ponto importante. Segundo o coordenador comercial da Geossintec Engenharia, Piter Laurent, o uso de geomembranas e geossintéticos tornouse um aliado estratégico. “Têm vida útil longa e baixa manutenção. Já são comuns em reservatórios e cisternas e
podem ser adaptadas”, afirma. Laurent explica que os geotêxteis e geocélulas reduzem erosões, reforçam taludes e melhoram o acesso interno das propriedades. “Essas soluções unem engenharia e sustentabilidade. Evitam vazamentos, preservam a qualidade e garantem segurança ambiental.”
Na base técnica, a nutrição de precisão é pilar de inovação. “Cada espécie e fase exigem uma formulação específi ca para reduzir o desperdício e melhora o fator de conversão alimentar”, afi rma o engenheiro agrônomo da Benfi ca Agronomia e Engenharia, Tafarel Sá. Para ele, o futuro da piscicultura passa pela rastreabilidade e pela transparência produtiva. “O produtor que adotar boas práticas, usar menos recursos e gerar menos resíduos será o mais competitivo. É assim que o mercado vai se reorganizar.”
O uso de sistemas de recirculação de água (RAS) exige mais investimento. Por outro lado, garante mais rentabilidade. Esse modelo é pouco difundido na região. “Mesmo em pequenos projetos, já é possível adotar filtragem, desinfecção e
aquecimento simples. O ganho é imediato”, explica Marcelo Schei, da Altamar Aquicultura. Tal sistema reduz perdas e amplia o controle sobre o ambiente produtivo. “Controlar o ambiente é tão importante quanto alimentar bem.”

























Aquibom transforma o legado da formação do Vale em inspiração para um ciclo de oportunidades e desenvolvimento
Para além de um evento técnico, a Aquibom nasce como uma celebração da identidade ribeirinha do Vale do Taquari, um reencontro entre o campo, o rio e a cultura local. Os vilarejos surgiram devido à relação com a água. Esse histórico definiu o modo de vida das comunidades do Vale. Nas margens do Rio Taquari, os primeiros imigrantes encontraram sustento na pesca e na agricultura familiar, e dali construíram tradições. A urbanização interferiu nesta proximidade. Com a feira, busca-se um novo significado a partir da
simbologia entre inovação, sustentabilidade e pertencimento. “A Aquibom representa o resgate da cultura do rio, mas também a projeção dela para o futuro. O peixe, que sempre foi alimento e sustento, passa a ser também conhecimento, geração de renda e expressão cultural”, resume o idealizador do evento, Mauro Hauschild. Durante três dias, o Recanto Novo Paraíso se transforma em palco para grupos folclóricos, corais e artistas regionais. Oficinas culturais, exposições e apresentações artísticas farão da feira um espaço para revisitar os costumes e valorizar a arte.
De Bom Retiro do Sul virá o Grupo de Danças 25 de Julho. De Estrela, o coral Canarinhos, e de Lajeado, a Banda Municipal, entre outras atrações que unem música, religiosidade e expressão popular. Na abertura, o destaque fica por conta do Jantar Baile do Peixe, a partir das 20h30min.
Nos espaços da feira, haverá ainda demonstrações de artesanato com couro de peixe, miniaturas de embarcações e painéis fotográficos com registros históricos da pesca artesanal. É um convite à memória com a atualização. Entre os destaques, o tradicional peixe frito na taipa dá lugar a receitas contemporâneas, e o rancho de pesca se transforma em espaço de experiência e aprendizado.
“A cultura do rio não está apenas na música ou na dança. Está na economia, na culinária e na maneira como o Vale se reconhece. É isso que a Aquibom valoriza”, completa Hauschild.
O peixe é protagonista na praça de alimentação. No elo entre a produção e a mesa, o alimento traduz simplicidade, sabor e criatividade. De pratos tradicionais a experiências inovadoras, o evento vai mostrar como o pescado pode gerar negócios, turismo e saúde. A professora e gastrônoma da Unisc, Luciana Cassaboni, defende que o consumo de peixe precisa ser incorporado à rotina dos gaúchos. “O peixe ainda é visto com certa distância: ou como comida simples ou como prato de restaurante sofisticado. Mas ele pode, e deve, estar no dia a dia. É saudável, versátil e economicamente viável”, realça. Luciana desenvolve ofi cinas de culinária com tilápia e destaca a importância de introduzir o pescado desde cedo nas escolas. “O peixe é leve, rico em ômega 3 e acessível. Ao trabalhar com receitas escolares e

comunitárias, mostramos que é possível criar hábitos alimentares saudáveis e fortalecer a economia local”, diz.
O chef francês Lionel Ortega, radicado no Brasil, vê no peixe brasileiro uma riqueza pouco explorada. “A tilápia é extraordinária. Segura o cozimento e combina com técnicas da alta gastronomia. Já usei pirarucu em receitas francesas e o resultado superou o original”, revela.
Para ele, o segredo não está no preço, mas no preparo: “a sofisticação vem
da técnica, não do custo. Trabalhar com pratos bem executados permite reduzir desperdícios e valorizar o sabor local”, conclui. Entre os destaques da feira estarão o pudim de milho com tilápia caramelizada, criação de Cassaboni premiada em concurso nacional, e o bolinho de tilápia com ervas, sucesso nos eventos preparatórios da feira.



























A Aquibom também valoriza os empreendedores que estão descobrindo no peixe uma nova oportunidade de negócio. São iniciativas com potencial para transformar a relação do consumidor com o alimento e gerar renda dentro do próprio Vale.
O empresário Jonas Junqueira, conhecido por sua linha de salgados à base de carne e frango, decidiu experimentar um novo ingrediente. “Nosso carro-chefe sempre foi o frango, mas o convite do Mauro para participar da feira despertou a ideia de fazer algo diferente. Criamos o bolinho de tilápia e o pastel de peixe especialmente para a Aquibom.”
A recepção superou as expectativas. “Apresentamos os produtos no pré-encontro e o retorno foi ótimo. O público aprovou o sabor, e agora queremos ampliar a linha para outros mercados dentro dos nossos 14 pontos de venda no Vale”, conta.
Para Junqueira, o peixe começa a ser mais opção para
Queremos que cada show represente um momento de celebração para quem vive e visita Bom Retiro do Sul. A feira é técnica, mas também é festa.”
MAURO HAUSCHILD, IDEALIZADOR DA FEIRA


JONAS JUNQUEIRA, EMPRESÁRIO


Com a feira, busca-se um novo significado à relação com o rio a partir da simbologia entre inovação, sustentabilidade e pertencimento
além do período sazonal. “Antes era consumo restrito à Semana Santa. Hoje, o público procura o filé e o pescado fresco o ano todo. O gosto está mudando, e isso abre espaço para novos negócios.”
Quem também aposta na piscicultura como oportunidade é Jarson Kerber, o Bugrinho, proprietário do Bugres Bar e Pesca, em Bom Retiro do Sul. A história começou com lazer e se transformou em empreendimento. “A gente já tinha água na propriedade e começou com dois açudes. Fomos aumentando e, quando vimos, o pessoal vinha para pescar e comer. Aí resolvemos abrir o restaurante. Levou três anos até montar tudo. Hoje funcionamos de quarta a domingo e estamos sempre cheios”, relata.
O convite do Mauro para participar da feira despertou a ideia de fazer algo diferente. Criamos o bolinho de tilápia e o pastel de peixe especialmente para a Aquibom”
O Recanto Novo Paraíso, em Bom Retiro do Sul, se tornará um grande centro de convivência, onde tradição e modernidade se encontram ao som de diferentes estilos musicais. A programação reúne artistas locais e nacionais, passando pelo pagode, sertanejo e pela música regional.
“Queremos que cada show represente um momento de celebração para quem vive e visita Bom Retiro do Sul. A feira é técnica, mas também é festa. É o momento de celebrar o trabalho de quem vive do campo e da água”, diz Hauschild.
Na sexta-feira, 7 de novembro, a abertura é por conta do Tchê Barbaridade, grupo símbolo do tradicionalismo gaúcho, com 37 anos de estrada. O show
A gente já tinha água na propriedade e começou com dois açudes. Fomos aumentando e, quando vimos, o pessoal vinha para pescar e comer. Aí resolvemos abrir o restaurante.
JARSON KERBER, EMPRESÁRIO
Kerber mantém oito açudes com criação de tilápia, carpa e traíra. Parte da produção abastece o próprio restaurante. Na Aquibom, o cardápio incluirá ala minuta de filé de tilápia, massa caseira com molho de camarão e porções servidas no cone. “Queremos mostrar que o peixe é mais versátil do que parece. É sabor, é identidade e é o Vale se mostrando de um jeito novo.”
promete transformar o espaço em um grande fandango ao ar livre.
O sábado, 8, será o dia do grande encontro popular, com Di Propósito, grupo brasiliense de pagode que soma mais de 1,4 bilhão de reprodução em streaming e canções conhecidas do público, como Manda Áudio e Tchau, Amor. A noite ainda terá Grupo Do Bola, Aperte o Play e Lucas & Felipe, dupla sertaneja local com público fiel no Vale do Taquari. O domingo, 9, encerra a programação com o tradicional Show da Família, reunindo Banda Studio, Tchê Guri, Alma Nova, Estação New e DJ Bottezzini. O jovem Ezequiel Dartora, de 9 anos, conhecido como “o gaitero mirim de Cruzeiro do Sul”, será a atração especial do encerramento.

























Aponte a câmera do celular para o QR Code e saiba mais sobre ingressos e programação



Ao chegar na rótula do centro cidade-baixa, em Bom Retiro do Sul, na Avenida Senador Pinheiro Machado, faça conversão à esquerda, em direção à ERS-129.
No entrocamento entre a Linha Pedreira, e o morro do bairro Goiabeira, suba o aclive e siga à esquerda em direção ao bairro

O espaço da feira será dividido em três áreas principais
Pavilhão principal: receberá o 7º
Dia Estadual do Peixe e o 1º Dia Municipal da Aquicultura, com expositores da área de piscicultura.
Pavilhão comercial: com 62 lojas, máquinas e implementos, além de empresas que apresentarão sistemas modernos de produção de peixes e rações.
Praça de alimentação e áreas técnicas: incluindo agroindústrias familiares, auditório para 100 pessoas, salas para reuniões técnicas e startups, além de estandes do governo, Emater e bancos.



Ao passar pelo Ginásio da localidade de Cruz das Almas, siga em frente e permaneça sempre à esquerda.








7 de novembro (sexta-feira)
Dia Estadual do Peixe (8h às 13h30min)
Lançamento do Programa de Agroindustrialização
Jantar do Peixe
Show com Tchê Barbaridade
8 de novembro (sábado)
Show com Di Propósito
Shows com Lucas & Felipe, Grupo do Bola e Aperte o Play
9 de novembro (domingo)
Show da Família
Apresentações de Studio, Tchê Guri, Alma Nova, Estação New e DJ Bottezzini


