Caderno Agro - 17 e 18/09/2022

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FIM DE SEMANA, 17 E 18 SETEMBRO 2022

Especial - Grupo A Hora

Região mantém mesma área de milho do ciclo anterior FOTOS FELIPE NEITZKE

Emater projeta 88,7 mil hectares para a safra de verão no Vale. Maior parte, 63%, é destinada para a produção de silagem

Projeções

Silagem 2021/22

54,6 mil hectares 2022/23

FELIPE NEITZKE felipeneitzke@grupoahora.net.br

54,4 mil hectares Variação

VALE DO TAQUARI

-0,33%

A

s condições do tempo permitiram o avanço no plantio de milho, grão e silagem. Pela estimativa da Emater/RS-Ascar cerca de 20% das lavouras foram implementadas até a primeira quinzena de setembro na região. A tendência para os próximos dias é que esse ritmo seja intensificado. No estado, 35% das áreas cultivadas estão em desenvolvimento. O levantamento da Emater também indica que a área cultivada será mantida em patamares iguais aos da safra passada com pequena variação no caso do milho para grão que teve incremento de 1,59%. Já a ocupação de lavouras para silagem recuou 0,33%. Mesmo assim, o cultivo do milho com a finalidade do trato animal a partir da matéria verde representa 63% da área total. Entre os fatores que corroboram com esse cenário está a preocupação com a escassez hídrica a partir de outubro. Os institutos de meteorologia indicam a permanência do fenômeno La Niña e por consequência impactos no volume de chuva. Para amenizar eventuais perdas a orientação técnica

Expectativa de rendimento 35,6 ton/ha

Grãos 2021/22

33,7 mil hectares 2022/23 Plantio do milho da safra de verão alcança 20% do total de área previsto

requer monitoramento da é de plantio escalonado área plantada e em com intervalo de 14 e 21 caso de alguma dias. situação adversa Além do fator é importante climático, outra comunicar ao situação que pretécnico. ocupa produtores A partir é a presença de dessa análise pragas, a exemdo profissional plo, a cigarrinha poderá ser indo milho. De acorCarlos Lagemann, dicado o uso de do com o gerente gerente adjunto da Emater produtos biológiadjunto da regional cos ou químicos de Lajeado da Emater, Carlos Lagemann, a para atuar no controle das pragas. Em relação ao fator cada safra está mais difícil, climático, Lagemann obserou até mesmo impossível, va não haver unanimidade eliminar alguns invasores. sobre as projeções. “Sabe“Nossa característica mos que vai ter o La Niña climática permite o cultivo mas sem maiores dados quase que durante todo o sobre seus impactos.” ano e isso faz com que a Como forma de reduzir cigarrinha permaneça nas perdas, o gerente adjunto lavouras ou na vegetação da Emater reforça a necessipróxima”, alerta. Lagemann dade de ações preventivas orienta que o momento

por parte dos produtores. Dentre as alternativas estão a reserva de palhada para cobertura do solo e armazenamento de água para sistemas de irrigação.

Valorização dos grãos A entrada de milho de outros estados a partir de safrinha com bons rendimentos influenciou na queda de preço. Enquanto a saca de 60 kg era vendida por R$ 100 no início do ano, agora as cotações indicam o valor médio de R$ 84. Na avaliação do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lajeado, Lauro Baum, a tendência para os próximos meses é de nova alta. “O país aumenta suas negocia-

34,3 mil hectares Variação

1,59% Expectativa de rendimento 5,8 mil/ha Fonte: Emater/RS-Ascar

ções para exportação e ao mesmo tempo a safra nos Estados Unidos sofre com severa estiagem.” Baum acredita que esse cenário internacional vai influenciar no preço interno. Sua preocupação é com um novo aumento nos custos de produção para a nutrição animal. “O milho é um dos principais ingredientes de rações e isso reflete em outras cadeias produtivas”, alerta.


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