A Hora – 26/06/2025

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TENDÊNCIAS E MERCADO

Programação hoje no CTC, em Lajeado, espera mais de 800 participantes. Evento chega à 22ª edição e aborda as novas exigências dos consumidores, liderança de marca e vendas.

REFERÊNCIA EM SAÚDE

entre os 10 melhores do RS no SUS

Hospital Bruno Born completa cinco anos consecutivos no ranking dos melhores do país. Direção apresenta resultados e projetos durante reunião-almoço na Acil. Com centros de oncologia, cardiologia e obstetrícia, instituição é referência para 84 cidades.

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CONCESSÃO DAS RODOVIAS

Prefeitos

Governo de Lajeado vai utilizar recursos federais para melhorar sistema de drenagem pluvial. Chuva dos últimos dias expôs precariedade da via

Alagamentos frequentes movitam intervenção do governo municipal na avenida Décio Martins Costa, a popular “Rua do Valão”. Projeção é investir R$ 10 milhões para melhorias no sistema de drenagem pluvial no local, por onde passa o Arroio do Engenho. Recurso foi assegurado pela União. Atuais galerias apresentam diversos problemas estruturais, como desmoronamentos. Empreendedores da região aguardam por melhorias, mas temem novas enxurradas e inundações.

OPINIÃO | RODRIGO MARTINI Cinco anos de discussões, mas sem um consenso

Assembleia da Amvat marca posição contrária ao modelo revisto do Bloco 2. Gestores cobram ajustes em acessos, trevos e pórticos, além de manter cobrança de ISS por considerar a renúncia ineficaz. PÁGINA | 3

OPINIÃO | FILIPE FALEIRO

A conta da epidemia das bets chega no INSS

BRUNO AZEVEDO FILIPE FALEIRO

Discórdia na reta fi nal da concessão

Odebate sobre a concessão do Bloco 2 de rodovias no Vale do Taquari expõe uma tensão fundamental entre desenvolvimento e equidade. Enquanto o governo estadual avança com o modelo revisado, os municípios demonstram resistência justificada a aspectos que podem comprometer a mobilidade regional e as finanças públicas locais. A divergência sobre a localização dos pórticos de pedágio eletrônico revela um problema de concepção. O sistema free flow, tecnicamente moderno, precisa considerar a dinâmica territorial específica do Vale do Taquari, onde distâncias curtas entre comunidades podem transformar o pedágio em barreira econômica. A manutenção de todos os pontos conforme o projeto atual parece ignorar essa particularidade geográfica.

O momento exige diálogo qualificado, onde argumentos técnicos e interesses regionais encontrem ponto de equilíbrio antes da publicação do edital.”

Acrescenta nisso a redução do ISS. O argumento estadual de diminuir a tarifa em R$ 0,01 por quilômetro contrasta com o impacto real nas receitas municipais e no aumento previsto do tráfego em vias secundárias. Os prefeitos têm razão ao questionar se o benefício marginal para os usuários justifica o custo para os cofres públicos locais. Para uma solução equilibrada, é preciso uma avaliação que passa por três eixos: mais flexibilidade do Estado na revisão de pontos críticos do projeto, reconhecimento claro dos custos adicionais com ajustes em trevos, acessos e rótulas, e mecanismos efetivos para melhoria na infraestrutura viária. O momento exige diálogo qualificado, onde argumentos técnicos e interesses regionais encontrem ponto de equilíbrio antes da publicação do edital.

Fundado em 1º de julho de 2002

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Diretor Executivo: Adair Weiss

Diretor Editorial e de Produtos: Fernando Weiss

“A gente tinha uma vida muito singela, tranquila e afável”

OadvogadojubiladoJosé PedroMattosConceição, 78, visitou Encantado recentemente, cidade onde viveu nos anos de 1950 ao lado da família. Filho do conhecido médico e exdeputadoestadualDarcy SilvaConceição,JoséPedro nasceuemPortoAlegre, onde reside atualmente. Temdois lhos,Tiago, promotordejustiça,e Paula,assessorajurídicado Ministério Público, além doenteadoGabriel,que vivenaAustrália.Éautor de três livros: Estudos do DireitoMunicipal(1976), BrumasdeXangri-Lá(1998) e Aconteceu NumVerão (2005).Tambémpossui umacoletâneaparticular depoesiasescritasem 1981. Por esses trabalhos, integraaGaleriade Escritores Encantadenses

Diogo Daroit Fedrizzi diogo@grupoahora.net.br

Como Encantado surgiu na sua vida?

A minha família chegou em Encantado em 1951. Eu tinha cinco anos. Permanecemos até 1963, quando meu pai, que era médico, transferiu-se para Porto Alegre. O pai também era político. Foi candidato a deputado estadual por duas vezes. Foi suplente e assumiu a assembleia legislativa. Naturalmente, ele ficou vinculado à comunidade encantadense e visitava a cidade com

frequência. Eu o acompanhava muitas vezes. Devo ter mantido uma ligação umbilical com Encantado até meus 19 anos.

O que mais lhe marcou naquela época?

A simplicidade, a vida ao ar livre, a lealdade, a amizade dos guris e gurias de então. A gente tinha uma vida muito singela, tranquila e afável. Eram outros tempos, não havia riscos, insegurança. Encantado era uma comunidade próspera. Guardo lembranças que me marcaram profundamente. É por isso que fico muito emocionado quando volto à cidade e revejo lugares que frequentei no passado.

O que você pode falar de seu pai?

Ele foi um médico muito dedicado aos seus pacientes. Como político, era um homem muito sério, idealista e forte nas suas posições. No plano ideológico, era o que se pode convencionar hoje em dia como pessoa de direita. Moralista e apaixonado por todas as causas que abraçava. A vinculação dele com Encantado surgiu de oportunidade de trabalho como médico. Foi buscado em Arroio dos Ratos. Ele se apegou à cidade e à comunidade, tanto que recebeu o título de

cidadão encantadense. Sem dúvida, foi uma pessoa além do seu tempo.

E qual o sentimento de retornar à cidade após tanto tempo?

Estive recentemente para visitar amigos, rever a cidade, visitar locais de turismo, especialmente, o Cristo Protetor. Estive na Casa de Cultura quando me surpreendi ao não ver mais nenhum livro meu. Fui um dos escolhidos, recebi uma Moção da Câmara de Vereadores para integrar a Galeria dos Escritores Encantadenses. Fui muito bem atendido na Casa de Cultura, e por sorte encontramos uma pasta com várias fotos e numa delas eu apareço, justamente na fundação da Galeria dos Escritores. Preciso fazer um alerta para haver mais zelo com o patrimônio cultural, que é é essencial e se assenta principalmente na memória. A memória é a “pedra de toque” da civilização e do progresso humano. A cidade está bonita, movimentada, com cara de nova, moderna. Gostei de rever. A impressão foi a melhor possível. Só fiquei triste ao observar o abandono de certos locais importantes. Não podemos abandonar a memória da coletividade, da cidade, da região. Isso não pode ser desprezado. Tem que ter muito zelo.

Filiado à

CONCESSÃO DAS RODOVIAS

Prefeitos criticam plano e exigem reunião com o Estado

Em assembleia da Amvat, gestores rechaçam modelo revisto pela Secretaria da Reconstrução, cobram ajustes nos locais de trevos, acessos e dos pórticos de free flow. Sobre a retirada do ISS, decisão é manter tributo devido ao impacto de R$ 0,01 na tarifa

Filipe Faleiro

filipe@grupoahora.net.br

Anova proposta do governo para o Bloco 2 de concessões desagrada os prefeitos da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat). Em assembleia ontem, terça-feira, 25, os gestores regionais reclamaram da falta de respostas efetivas às reivindicações técnicas e prometeram intensificar

a cobrança junto ao Estado. Apesar da escuta promovida pelo governo, as sugestões não foram incorporadas, em especial nas obras de acesso, trevos e a permanência dos 24 pórticos de pedágio eletrônico (free flow) em pontos que dividem bairros e comunidades.

“O Estado se mostra solícito, mas não há avanços concretos. De que adianta dialogar se não acatam as nossas demandas?”, questiona o prefeito de Teutônia, Renato Altmann. “Se não melhorarem a proposta, revisarem os acessos e levar a duplicação até o nosso Centro Administrativo, vamos pedir a retirada da ERS-128 do Bloco 2.” Na mesma rodovia, o prefeito de Fazenda Vilanova, Amarildo da Silva, reforça a crítica: “zero de acréscimo em mobilidade. Vamos pagar pedágio só para manutenção”, resume.

O Bloco 2 abrange 32 municípios gaúchos (17,5% da população), tem um total de 415 quilômetros. É composto por seis estradas: ERSs 128, 129, 130, 135, 24 e 453. A proposta estipula uma concessão de 30 anos. Ao todo, serão 174,5 quilômetros de duplicações e 72,5 quilômetros de terceiras faixas, com mais de 323 quilômetros

como renúncia de receita. “É um processo muito complicado e o prefeito pode ser responsabilizado. O Estado colocou um peso desnecessário sobre os municípios e sobre os gestores”, adverte o prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa.

Ruído com a CIC-VT

A informação de que o relatório sobre o Volume Diário Médio (VDM), que avalia o tráfego nas rodovias do Bloco 2, contratado a partir de parceria entre associações comerciais e dos municípios (Amvat, Amat e Avat), seria apresentado no Fórum Técnico da Federasul, gerou desconforto.

que tenhamos posições mais próximas, pois todos queremos o melhor para a nossa região”. O Grupo A Hora, em reportagem publicada nessa terça-feira, 25 de junho, antecipou que a retirada dos medidores levou mais tempo do que o previsto e a conclusão do VDM atrasou. Deste modo, não haveria tempo hábil de apresentá-lo na Federasul.

Próximos passos

Assembleia ocorreu na manhã de ontem, no auditório do HBB. Principal assunto foi a concessão. Para os prefeitos, Estado desconsiderou solicitações de ajustes dos municípios

de acostamentos, 61,5 quilômetros de marginais e 32 passarelas.

Também estão previstos socorro mecânico e médico 24 horas, monitoramento por câmeras e bases de atendimento aos usuários.

Rejeição à proposta de reduzir o ISS

Entre as alternativas do novo modelo está a redução do Imposto sobre Serviços (ISS) por parte dos municípios, o que baixaria a tarifa de R$ 0,19 para R$ 0,18 por km rodado. A proposta foi rechaçada pela Amvat.

Para o colegiado de prefeitos, o impacto na tarifa seria mínimo frente às perdas na arrecadação municipal e ao aumento na manutenção de estradas vicinais, que tendem a receber maior tráfego em desvios.

Além disso, há um risco de apontamento pelos órgãos reguladores,

“Nós ajudamos a pagar esse estudo e não temos ainda o resultado. Agora vai ser apresentado em Porto Alegre?”, questionou a prefeita de Estrela, Carine Schwingel. No entendimento do grupo, o ideal seria primeiro a entrega para quem financiou o estudo. O presidente da Câmara da Indústria e Comércio (CIC-VT), Angelo Fontana, estava no auditório. De acordo com ele, foi um mal-entendido. “O levantamento não está pronto e não vai ser apresentado na Federasul. Antes de tornar público, vamos mostrar aos prefeitos”, afirma.

Ele se comprometeu em contatar o grupo de trabalho do setor produtivo para evitar “ruídos” nas informações. “Temos de atuar de maneira conjunta. Defendemos

RESUMO DA NOTÍCIA

- Prefeitos rejeitam o modelo revisto pelo governo do Estado para o Bloco 2 de concessões.

- Principais críticas: ausência de melhorias em acessos, trevos e permanência dos 24 pórticos de pedágio eletrônico (free flow).

- Reclamações de que as contribuições técnicas dos municípios não foram incorporadas à proposta nal.

Os prefeitos da Amvat querem agendar uma reunião com o secretário da Reconstrução, Pedro Capeluppi, com o governador, Eduardo Leite ou com o vice, Gabriel Souza.

A prefeita de Lajeado, Gláucia Schumacher, defende uma ação coordenada: “Não podemos cada um puxar para seu lado. Ou nos unimos em um plano único, ou seremos ignorados”. Para ela, quando os arranjos são individuais, existe o risco de o Estado dividir os municípios com promessas isoladas.

Por parte do Estado, a proposta revisada foi protocolada no Tribunal de Contas do Estado (TCE), e o edital segue previsto para julho. O leilão deve ocorrer entre outubro e novembro.

O Executivo aumentou o aporte público no projeto, de R$ 1,3 bilhão para R$ 1,5 bilhão, com recursos do Fundo da Reconstrução (Funrigs).

- Governo Leite propôs redução do ISS para diminuir a tarifa de pedágio de R$ 0,19 para R$ 0,18 por km rodado.

- Amvat rejeitou a sugestão alegando impacto nanceiro irrisório e risco de renúncia de receita.

- Prefeitos querem reunião com o secretário da Reconstrução, o governador Eduardo Leite ou o vice Gabriel Souza.

FILIPE FALEIRO

CONCESSÃO E PEDÁGIO

O Estado ainda tem muito a fazer para agradar o Vale...

Obras, tarifas, impactos urbanos, impostos.

O governador

Eduardo Leite (PSD) e a equipe responsável pelo plano de concessão do bloco 2 trabalham há mais de cinco anos na construção de uma modelagem justa ao Vale do Taquari. E o resultado ainda não agrada aos líderes regionais. Ontem, por exemplo, durante a reunião dos prefeitos ligados à Amvat, preponderaram as queixas dos gestores de Teutônia e Fazenda Vilanova acerca dos investimentos previsos à ERS-128, a popula “Via Láctea”. E, conforme divulgamos na semana passada, Renato Altmann (PSD) e Amarildo da Silva (PDT) repetiram: se o projeto final é esse, podem retirar a Via Láctea. Os demais prefeitos (e prefeitas) também demonstram preocupação com a ausência de obras já discutidas com o Estado e foram unânimes ao rechaçar

a isenção do ISS por parte dos municípios, o que representaria um desconto ínfimo de R$ 0,01 na tarifa teto. Ou seja, e além de ainda enfrentar forte resistência popular – por vezes alimentada por agentes politiqueiros e populistas, é bem verdade –, o governo estadual tem um desafio hercúleo para convencer o Vale do Taqua-

E a Amat? E a CIC? E o Codevat? E a Amsol?

A reunião de ontem entre os prefeitos (as) ligados à Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) definiu pela rejeição (ao menos em partes) do plano de pedágios apresentado pelo Estado. Mas essa é uma decisão de uma parte dos municípios lindeiros às rodovias. Talvez a metade. E qual o posicionamento oficial dos prefeitos (as) ligados à Associação dos Municípios do Alto Taquari (Amat). Eles também rejeitam (em partes) o plano de Eduardo Leite? E qual o posicionamento oficial do

Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), o nosso Corede oficial? E qual o posicionamento da Câmara de Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC/ VT)? Aliás, qual o posicionamento oficial da Associação dos Municípios do Sol Nascente (Amsol)? Boa parte desses posicionamentos já foram noticiados, eu sei. Mas será que o governador do Estado vai entender o que o Vale do Taquari realmente quer e precisa com tantos posicionamentos? Sei não, hein...

rodrigomartini@grupoahora.net.br

RODRIGO MARTINI

ri. Portanto, e se o Estado quer mesmo agradar o Vale, que foi a região mais destruída pela pior tragédia climática já registrada na história em todo o país, seria muito prudente o governador não levar a cabo a intenção de abrir a concorrência pública no mês de julho. É preciso, sim, uma quarta rodada de negociações.

“Governos e feijão só funcionam na pressão”

Não sei bem a origem desse dito popular – vi alguma referência ao Frei Betto. Mas recebi ontem uma mensagem com essa expressão e concordei em gênero, número e grau. Não tem outro jeito. A pressão tira os agentes públicos da cadeira e acelera a solução dos problemas. E digo mais. Isso também precisa valer às concessionárias que prestam serviços públicos, às agências reguladoras desses serviços, à imprensa que não fiscaliza e contextualiza, e, claro, às entidades representativas.

- O Cristo Protetor está consolidado em Encantado, o Complexo do Gaúcho enfrenta resistências em Arroio do Meio, a Bíblia gigante em Estrela não gerou novas manchetes nos últimos meses, e outros projetos de monumentos ainda repousam nos bastidores da região. Sobre esses, a proposta de um grupo de empresários de construir uma réplica Arca de Noé (com as mesmas dimensões descritas na Bíblia) em Roca Sales parece que avançou nas últimas semanas. Aguardemos!

- Colega sempre atento, Henrique Pedersini antecipou na edição de ontem a decisão regional do MDB. Por consenso, o prefeito de Imigrante, Germano Stevens, será o novo coordenador regional – Celso Cervi será o vice. Antes disso, havia um movimento para designar o ex-prefeito de Estrela, Elmar Schneider, para a nobre função regional.

- Prefeita de Lajeado, Gláucia Schumacher (PP) resolveu: vai “enterrar” novos canos na Av. Décio Martins Costa. São mais de R$ 10 milhões em recursos federais para drenagem urbana no popular “Valão”. Um investimento ímpar à resiliência do principal município do Vale. Um exemplo.

- Ontem, o secretário de Meio Ambiente de Lajeado, Luís Benoit, foi confirmado como o novo presidente municipal do PL.

Em tempo…

O grande pilar da ruptura da Amvat – e a consequente criação da Amat –, em 2022, foi o primeiro plano de concessão dos pedágios apresentado pelo governo estadual ao Vale. E um fato curioso: a ERS128 estava no centro do debate. A modelagem previa à “Via Láctea” mais de R$ 30 milhões para duplicação de 11 quilômetros, e outros R$ 21 milhões para construção e/ ou adequação de rótulas e acessos. Ao mesmo tempo, o projeto não

previa cobrança de pedágio nas proximidades, e a proposta era manter as cobranças físicas apenas em Encantado, Cruzeiro do Sul e Boa Vista do Sul. Aliado ao fato da ERS-332 não estar contemplada com obras naquele modelo, a região alta “se rebelou” e os prefeitos resolveram romper com a Amvat. Neste novo modelo, a Via Láctea está menos contemplada, e as cidades lindeiras serão impactadas com cobrança de pedágio.

Rafael e Carine em Estrela

Ex-prefeito de Estrela, Rafael Mallmann (União Brasil) foi convidado pela atual prefeita para assumir a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo. Carine Schwingel (União Brasil) busca oficializar a presença do ex-gestor e ex-secretário estadual junto ao governo municipal, e assim contar com a experiência e a habilidade política do marido. É compreensível, faz todo o sentido, e Mallmann

tende a aceitar o convite nas próximas horas. Mas, e isso precisa ser registrado, o casal também incorre em alguns riscos. E se a parceria não der certo? Quais os riscos para uma eventual tentativa de reeleição de Carine, ou até mesmo de uma futura candidatura de Rafael? Sem dúvidas, e habilidosos que são, eles também avaliam essas perspectivas e desafios.

DÉCIO MARTINS COSTA

Investimento de R$ 10 milhões visa melhorar drenagem pluvial no Valão

Obras de recuperação do sistema, por onde passa o Arroio do Engenho, devem solucionar problema antigo na avenida. Processo de licitação deve ser aberto nos próximos meses e previsão de execução é de pelo menos um ano

Avenida ganhou vida nos últimos anos, mas carece de investimentos em infraestrutura

LAJEADO

Alagamentos frequentes, seja por enxurradas ou inundações, tornam a avenida Décio Martins Costa uma dor de cabeça constante para o município. As chuvas recentes trouxeram à tona a precariedade do atual sistema de drenagem pluvial subterrânea. Por conta disso, o governo projeta recuperar o trecho, com recursos federais.

O investimento projetado, segundo o vice-prefeito Guilherme Cé, chega a R$ 10 milhões, e vai permitir a duplicação das tubulações. Toda a extensão da avenida, desde o cruzamento com a Saldanha Marinho até o entroncamento com as ruas Bento Rosa e Capitão Leopoldo Heineck será contemplada.

Construído entre as décadas de 1980 e 1990, o sistema canaliza o Arroio do Engenho e apresenta diversos problemas estruturais, como desmoronamentos e estrei-

tamento da passagem. Conforme Cé, a situação se agravou com as intervenções feitas pela CCR ViaSul na BR-386, que aumentaram a vazão de água na região.

“Começou a escoar mais água para a parte baixa, onde o arroio é praticamente o Rio Taquari, gerando rápidos transbordamentos”, comenta. Além disso, as enchentes históricas de 2023 e 2024 também interferiram nas condições das galerias.

Mais de um ano

Segundo Cé, o projeto está em fase de finalização. O processo de licitação deve ser aberto nos próximos meses, e a previsão é de que a execução leve mais de um ano. “Não é uma obra simples. Exige a abertura da via e vai gerar transtornos, mas mais do que isso, contempla também a readequação da estrutura urbana

da avenida”, ressalta.

Usada como via alternativa para acesso a diversos bairros e à própria rodovia, a avenida Décio Martins Costa também passará por requalificação do pavimento. A pedido da prefeita Gláucia Schumacher, será utilizado piso intertravado (bloquete), considerado mais ecológico e com maior capacidade de absorção da água da chuva.

Frustração e permanência

Jairo Stampinha é um dos empresários que mais sentem os efeitos dos problemas na Décio Martins Costa. Há seis anos, ele mantém uma lavagem às margens da via e relata que a comunidade já alertava o poder público sobre a necessidade de intervenções pontuais, antes mesmo das inundações históricas e também do anúncio das obras no local.

“Eu mesmo falei com o secretário do Planejamento. Deixei claro

Vai demorar muito para licitar, para iniciar. E nesse tempo, vai seguir chovendo.”

que a prioridade era resolver isso aqui. E disse: o conserto tem que começar pelas duas pontes enterradas e pela bifurcação atrás do estacionamento do supermercado. Só isso já ajudaria muito no escoamento da água”, afirma. Embora a obra anunciada seja necessária, ele se preocupa com o tempo de execução. “Vai demorar muito para licitar, para iniciar. E nesse tempo, vai seguir chovendo. Enquanto isso, daria para tirar as pontes e colocar blocos pré-moldados como fizeram na

Não é uma obra simples. Exige a abertura da via e vai gerar transtornos.”

Ítalo Reali. Era uma solução rápida”.

Apesar da frustração, Stampinha pretende seguir com seu estabelecimento. “A rua precisa de atenção. E enquanto eu estiver por aqui, quero me envolver mais para que essa situação seja resolvida de verdade”.

Vida útil

Integrante da Associação dos Skatistas e Similares de Lajeado, Samuel Zanchettin lembra que as enxurradas não afetam a pista inaugurada ano passado. No entanto, enchentes de pequeno porte – como a de semana passada – inundam a área e, segundo ele, interferem na vida útil do local. “Isso acelera a depreciação do piso, eliminando o polimento do concreto. Por isso, já foi feita a manutenção de limpeza. E estamos organizando com as secretarias a compra de materiais para aplicação no piso”, destaca Zanchettin, que abriu um bar nos fundos da pista, em conjunto com outros três amigos.

O estabelecimento, que recebe grande público aos fins de semana, está fechado desde semana passada. “Entrou quase dois metros de água. Já limpamos tudo, mas com a previsão de mais chuva no próximo fim de semana, ainda não colocamos as coisas de volta”.

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br

Paulo Cardoso paulo@grupoahora.net.br

JAIRO STAMPINHA,

GUILHERME CÉ EMPRESÁRIO

VICE-PREFEITO DE LAJEADO

BRUNO AZEVEDO

CONVENÇÃO CDL

Especialistas debatem vendas e consumo no mercado atual

Busch Uma das maiores referências em vendas e diferenciação da América Latina, com mais de 30 anos de experiência em multinacionais de TI, é reconhecido como Pensador Estratégico nas relações de mercado.

A 22ª edição do evento traz nomes de destaque nacional e projeta as tendências do varejo

Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br

LAJEADO

As novas exigências dos consumidores, liderança de marca e vendas são assuntos debatidos durante a 22ª Convenção CDL Lajeado, o maior evento de gestão e negócios do interior do RS. A iniciativa, que tem programação hoje, 26, espera mais de 800 pessoas no Clube Tiro e Caça (CTC).

O evento inicia às 8h e conta com cinco palestrantes renomados de nível nacional, com falas sobre tendências, estratégias e inovações para se diferenciar no mercado. “Vivemos a era digital, que é marcada pela velocidade com que nos comunicamos e recebemos informação. Por um lado, facilita o processo produtivo, por outro, aumenta as exigências de qualificação e atualização profissional”, destaca a presidente da CDL, Giselda Hahn. Para ela, neste contexto, o conhecimento técnicocientífico também cresce, o que impulsiona as organizações a buscar o novo. “Tudo isso clama a adoção de uma nova postura

Azevedo É administrador de empresas, ex-funcionário de gigantes como Microsoft, SAP e IBM, ele é a personificação do vendedor raiz, com passagens que ilustram tanto os desafios quanto as curiosidades do mundo corporativo

profissional, mais flexível, em que o comportamento, a capacidade de adaptação, a personalidade e os valores pessoais são muito valorizados”, reforça. Foi com esse pensamento que toda a convenção foi planejada. Giselda ainda ressalta que, cada vez mais, o diferencial competitivo das organizações está em possuir profissionais que acompanham a dinâmica do mercado, exploram novos conhecimentos e possuem a capacidade de inovar.

Especialistas no palco

O especialista em Marketing e Vendas e sócio do Gramado Summit, Augusto Rocha, abrirá a atividade com a palestra “Clientes do presente não compram estratégias do passado”, falando sobre as mudanças no varejo e no comportamento do consumidor.

Na sequência, Soraia Schutel, que é autoridade no desenvolvimento de lideranças no país, fala sobre “Liderança e o novo paradigma de capitalismo: gerando riqueza em tempos complexos”, destacando a necessidade de se criar um novo modelo de liderança, centrado em pessoas e na superação de crises. Já na parte da tarde, Carlos Busch, integrante do seleto grupo dos melhores palestrantes de vendas do Brasil, apresenta o tema “Fuja da média: vendas e

Soraia Schutel É autoridade no desenvolvimento de lideranças no país, com atuação nacional e internacional. Tem experiência executiva, empreendedora e acadêmica de mais de 20 anos, é pesquisadora em educação de lideranças para o desenvolvimento sustentável.

Programação

8h – Recepção, networking e boas-vindas com coffee 9h – Abertura

10h – Palestra “Clientes do presente não compram estratégias do passado”, com Augusto Rocha

11h – Palestra “Liderança e o novo paradigma de capitalismo: gerando riqueza em tempos complexos”, com Soraia Schutel 12h – Almoço

14h – Palestra “Fuja da média”, com Carlos Busch

15h – Palestra “Liderança infinita”, com Helena Brochado

16h – Networking e coffee break

16h30min – Palestra “Sua empresa pode vender mais”, com Hélio Azevedo

18h – Encerramento

diferenciação”, debatendo sobre os grandes movimentos que o mercado exige dos empresários e empreendedores para ter mais resultados.

Logo depois, a escritora e consultora em Gestão, RH, Desenvolvimento de Líderes, Equipes e Sucessão em Empresas Familiares, Helena Brochado, sobe ao palco para a palestra “Liderança Infinita”, na qual vai discorrer sobre assuntos como propósito, confiança na equipe,

Helena Brochado Fundadora da Com Propósito, palestrante, escritora e consultora em Gestão, RH, Desenvolvimento de Líderes, Equipes e Sucessão em Empresas Familiares. Já realizou mais de 500 palestras e 450 workshops, impactando 87 mil pessoas.

Serviço

Local: Clube Tiro e Caça (CTC), Lajeado

Data: Quinta-feira, 26 de junho Público estimado: mais de 800 participantes Palestrantes: cinco nomes de destaque nacional

Início: 8h | Encerramento: 18h

Transmissão: A Rádio A Hora faz cobertura do evento direto do local, com transmissão de live pelo canal de Youtube A Hora TV.

Augusto Rocha Especialista em marketing e vendas com mais de 20 anos de experiência, é referência em Marketing na América Latina e VP da Pmweb, que atende grandes marcas como Nike, Shell, Burger King e Chevrolet.

Vivemos a era digital, que é marcada pela velocidade com que nos comunicamos e recebemos informação. Por um lado, facilita o processo produtivo, por outro, aumenta as exigências de quali cação e atualização pro ssional”

GISELDA HAHN

PRESIDENTE DA CDL

flexibilidade cognitiva, coragem para liderar fazendo o que é certo e relações ganha-ganha. Para encerrar, o administrador de empresas Hélio Azevedo destaca o tema “Sua empresa pode vender mais”, unindo música e conteúdo para compartilhar com a plateia estratégias e ações da sua experiência em conteúdo de educação corporativa, proporcionando uma experiência que envolve as pessoas e promove mudança de comportamento.

Aos participantes

A programação ainda inclui almoço, coffee breaks, sobremesa

da Galeteria Vó Duvina e disponibilidade de café do Café Estino e erva-mate Ximango para o chimarrão. Ao final, todos os participantes que responderem a pesquisa de satisfação concorrerão ao sorteio da criação de dois aromas exclusivos da La Mémoire Aromas e um vale-compras no valor de R$ 700 da Anafran. A 22ª Convenção CDL Lajeado é uma realização da CDL Lajeado e tem o patrocínio de Sicredi e CDL Porto Alegre / Equifax, com apoio da Prefeitura de Lajeado.

Carlos

Hélio

HBB amplia serviços e consolida posição entre os melhores do país

Instituição ocupa a 10ª posição no RS em prestação de serviços de saúde, com 80% dos atendimentos pelo SUS. Diretoria apresenta desafios em reuniãoalmoço da Acil

Referência em atendimento, o Hospital Bruno Born (HBB) ocupa pelo 5ª ano seguido posição de destaque entre as melhores instituições do país. O histórico da casa de saúde, de pequeno hospital da cidade, para referência nacional foi o tema da reunião-almoço na Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil). O presidente, Marcos Frank, e o diretor executivo, Cristiano Dickel, apresentaram um panorama institucional e financeiro do hospital. “O Hospital é um símbolo de Lajeado e da região. Nasceu da superação de rivalidades religiosas, transformou uma cidade recém-emancipada em polo regional de atendimento hospitalar”, avalia Frank.

De acordo com ele, o objetivo é tornar o HBB o melhor hospital do interior do Brasil. A meta envolve avanços em tecnologia, protocolos assistenciais e capacitação. A instituição estuda expandir programas de inteligência artificial, robótica cirúrgica e novas metodologias de ensino médico.

“Vamos continuar inovando, mesmo em tempos difíceis. A excelência não é uma meta final, é um processo contínuo. E a comunidade do Vale merece esse compromisso”, diz o presidente. Por parte da Acil, o presidente Joni Zagonel, ressalta a importância de instituições filantrópicas para o município. “Temos a Univates, A FundeF e o HBB. São fundamentais para o atendimento à população, cumprem funções sociais e sofrem com o pouco reconhecimento em termos de políticas públicas para custeio”, avalia.

Entre os 60 melhores do país

O presidente Marcos Frank destacou que 2025 marca o quinto ano consecutivo do HBB no ranking World’s Best Hospitals. Em 2021, ocupava a 95ª posição. Hoje está entre os 60 melhores do país, sendo o único do RS em cidade com menos de 100 mil habitantes.

Referência para as 8ª, 13ª e 16ª Coordenadorias Regionais de Saúde, o hospital atende pacientes de 52 municípios — e ao longo de 2024, recebeu usuários de 84

Na reunião-almoço da Acil, diretores do HBB apresentam investimentos, custos e objetivos para fortalecer a instituição e mantê-la entre as melhores do país

cidades do RS. A estimativa é que 53% do público venha de fora de Lajeado, o que amplia o impacto econômico e urbano.

“São mais de 6 mil pessoas circulando diariamente pelo hospital, movimentando restaurantes, farmácias, estacionamento e hospedagem. O HBB não é só um centro de saúde, é parte estratégica do desenvolvimento regional”, afirma Dickel.

Déficit no custeio

Com receita bruta de R$ 218 milhões em 2024, e uma despesa operacional de R$ 222,7 milhões, o resultado financeiro foi negativo: déficit de R$ 3,7 milhões.

Expansão da estrutura e do atendimento

A instituição atua com atendimentos especializados, entre os quais estão os centros Obstétrico, de Oncologia e Cardiologia.

Centro Obstétrico

Inaugurado com três salas cirúrgicas, três de parto normal e sala de recuperação. Em 2024, foram 1.507 nascimentos — 57% pelo SUS.

Centro de Oncologia

Com atendimento multiprofissional, abrange especialidades como oncologia clínica, hematologia, mastologia, cirurgia torácica e cuidados paliativos. Foram 90,7 mil atendimentos em 2024, dos quais 87% pelo SUS.

Centro de Cardiologia

Entrou em funcionamento em abril de 2025. Com sala de hemodinâmica, centro cirúrgico exclusivo e 19 leitos, o espaço responde ao aumento expressivo de infartos no póspandemia. Em 2024, foram 2.405 cirurgias cardíacas — 55% via SUS.

A defasagem na tabela do SUS é o principal gargalo. Embora represente apenas 39% da receita, o sistema público responde por quase 80% dos atendimentos. “Temos um déficit de R$ 61 milhões com o SUS. Cada dia de UTI custa R$ 2 mil, mas recebemos apenas R$ 600. Isso gera um prejuízo de meio milhão por mês apenas nas UTIs”, explicou o diretor executivo, Cristiano Dickel.

É cada vez mais difícil manter a qualidade, garantir acesso e seguir inovando sem um modelo de nanciamento mais justo.”

“Essa discrepância nos empurra para um déficit operacional. É cada vez mais difícil manter a qualidade, garantir acesso e seguir inovando sem um modelo de financiamento mais justo”, reforça Dickel. Do total de atendimentos, 12,6% vêm da rede particular e 47,5% de convênios municipais ou estaduais.

CRISTIANO DICKEL DIRETOR EXECUTIVO

Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br

Presidente do HBB, Frank destaca necessidade de expandir programas de inovação, como a robótica cirúrgica

VINI BILHAR vinibilhar@grupoahora.net.br

APL projeta nova fase com foco em inovação e conexões estratégicas

Aprimeira plenária de 2025 do Arranjo Produtivo Local (APL) Alimentos e Bebidas do Vale do Taquari sinaliza mais do que um encontro rotineiro. Realizada na Tecnovates, em Lajeado, a reunião presencial marcou o início de um novo ciclo para o grupo que hoje reúne 51 empresas da cadeia de alimentos e bebidas da região. Cerca de 30 participantes — entre empresários, parceiros e voluntários — acompanharam a apresentação do balanço das ações do primeiro semestre e o anúncio das diretrizes para os próximos meses.

Para o segundo semestre, o planejamento inclui uma rodada de negócios, capacitações em Boas Práticas de Fabricação e uma reunião com o governo estadual para tratar do enquadramento formal do APL. A coordenadora Aline E. Bagatini adiantou que o calendário de 2025 também deverá intensificar as visitas técnicas e incluir novos cursos, tanto presenciais quanto online. Destaque à parte foi dado à parceria com a Tecnovates, firmada em junho de 2024 e já responsável por integrar 11 empresas ao ambiente tecnológico da Univates. Atualmente, mais de 174 empre-

FRASE DO DIA

Nosso foco está na busca constante por inovação e sustentabilidade, promovendo experiências práticas que fortaleçam a competitividade das empresas da região”.

sas mantêm vínculo com a Tecnovates, que oferece acesso a laboratórios especializados, espaços de coworking, eventos de networking e suporte institucional.

No conjunto, a plenária do APL não apenas reforçou a articulação entre empresas e instituições, mas evidenciou o papel da cooperação territorial como motor de desenvolvimento industrial. Em um cenário onde a competitividade regional depende cada vez mais da inteligência coletiva e da infraestrutura compartilhada, experiências como essa iluminam caminhos viáveis para a indústria de base local.

A Certaja Energia marcou presença na Semana de Competitividade 2025, realizada entre os dias 9 e 11 de junho, em Brasília (DF). Representada pelo vice-presidente Ederson Madruga, a cooperativa integrou o encontro que reuniu mais de 700 comunicadores do setor cooperativista de todo o país. Promovido pelo Sistema OCB, o evento teve uma proposta estra-

tégica e imersiva, com palestras, trilhas temáticas e laboratórios práticos. Os eixos abordados incluíram planejamento e dados, branding, comunicação institucional e marketing. Especialistas como André Siqueira, Renan Silvestre, Gustavo Caetano e Mônica Magalhães trouxeram insights e soluções para os desafios atuais da comunicação nas cooperativas.

Mais de 50 pessoas participaram do “Café Empresarial” promovido pela Câmara de Comércio, Indústria, Serviços e Agronegócio (Cacis) de Estrela, na última sexta-feira, 20. A edição teve como empresa anfitriã a Medical San, que abriu as portas da sua sede no 386 Business Park. O encontro proporcionou momentos de networking, troca de experiências e uma imersão na trajetória da empresa.

O presidente/CEO Mauro dos

Santos Filho destacou os desafios do empreendedorismo no Brasil, definindo o empresário como um “super-herói sem fantasia”. Após a recepção com café da manhã e apresentação institucional, os participantes realizaram uma visita guiada pelos setores administrativos e fabris, conhecendo de perto os processos e estrutura da indústria. O evento foi considerado produtivo e inspirador pelos presentes.

DIVULGAÇÃO

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SETE VOTOS CONTRÁRIOS

Câmara rejeita cotas raciais

em concursos públicos

Projeto dividiu bancadas com mais de um representante. Rosane Cardoso (PT) diz que resultado não surpreende

Henrique Pedersini henriquepedersini@grupoahora.net.br

LAJEADO

Com grande repercussão nas redes sociais e debates intensos, a câmara barrou a proposta para implementação de cotas raciais em concursos públicos organizados pelo município. A matéria previa a reserva de 20% das vagas nos certames para pessoas negras, pardas, indígenas e quilombolas.

Na expectativa pela votação, representantes de movimentos sociais e pessoas adeptas à inclusão das cotas nos concursos compareceram na sessão com cartazes em defesa da proposta. Mesmo com a pressão, sete vereadores reprovaram a ideia. Ramatis Oliveira (PL) lamentou comentários racistas nas redes sociais a partir

OBITUÁRIO

ANTÔNIO ZAMPEZE, 92, faleceu ontem, 25. O velório ocorre na sala Pérola do Memorial Guaporense, em Guaporé. O sepultamento ocorre hoje, 26, às 10h, no Cemitério Linha 3 de Maio, na Comunidade São Judas Tadeu, em Guaporé.

CARL HEINZ GOSSMANN, 60,

de notícias sobre a tramitação do projeto. “Acredito que aumenta mais aquilo que ele se propõe a combater”.

Eder Spohr (MDB) elogiou a presença dos defensores da causa na sessão e justificou sua posição contrária. “Cometendo uma injustiça social para corrigir outra”.

Rosane Cardoso (PT) entende que o resultado final da votação não surpreende. “Vamos seguir nessa luta que é importante. Não acho que tenha sido uma derrota, todas as máscaras caíram. Se tinham uma ilusão, não há mais. Sabemos com quem estamos lidando. Me sinto frustrada, mas não surpresa”.

Outro defensor da proposta, Lorival Silveira (PP), lamentou a falta de espaço em cargos representativos na sociedade para pessoas negras. “Falo em condições. Muitos de nós falam que as pessoas precisam de apoio e oportunidade. O discurso é bonito, era uma oportunidade para as pessoas que não tem as mesmas condições financeiras de se preparar para um concurso”.

Nas redes sociais

Ao longo da tramitação da proposta nas comissões e em plenário, o assunto repercutiu

faleceu ontem, 25. O sepultamento ocorreu no Cemitério Evangélico do bairro Alesgut, em Teutônia.

OSWALDO CARLOS GOMES, 93, faleceu na terça-feira, 24. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico do Hidráulica, em Lajeado.

inclusive com embate entre Ramatis Oliveira (PL) e o vereador suplente Jones Fiegenbaum (PT), com vídeos publicados em redes sociais. Oliveira chegou a afirmar que acionaria a justiça em função das postagens. Além disso, foram centenas de comentários registrados nos posts das notícias com posicionamentos contrários e favoráveis ao texto.

O debate sobre as cotas raciais é o primeiro com grande repercussão a avançar para votação nesta legislatura. Tramita ainda o texto de Ramatis e Mano Pereira, ambos do PL, sobre uma não anuência a instalação de praças de pedágio nos trechos de rodovias que ficam em Lajeado,

Como votaram os vereadores

Favoráveis: Rosane Cardoso (PT), Lorival Silveira (PP), Cascão (PP), Antônio Oliveira (Podemos), Jones Vavá (MDB) e Paula Thomas (PSDB)

Contrários: Ederson Spohr (MDB), Marquinhos Schefer (MDB), Ramatis de Oliveira (PL), Heitor Hoppe (PP), Lisandra Quinot (PP), Waldir Blau (MDB) e Mano Pereira (PL)

Abstenção: Neco Santos (PL)

MARIA SELMA WERLE, 98, faleceu na terça-feira, 24. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Estrela.

HÉLIO JACI DE SOUZA, 81, faleceu na terça-feira, 24. O sepultamento ocorreu no Cemitério dos Almeida, em Taquari.

RENATA LOHMANN

Proposta teve ampla repercussão na cidade nas últimas semanas e dividiu opiniões nas redes sociais

CULTURA DE PAZ

Mediação é tema de palestra promovida pelo Pacto Lajeado pela Paz

Atividade celebra os seis anos do programa e reforça importância da escuta e do diálogo para resolução de conflitos

Maira Schneider mairaschneider@grupoahora.net.br

LAJEADO

Como transformar conflitos em oportunidades de entendimento, crescimento e restauração de vínculos? Foi com esse enfoque que o Pacto Lajeado pela Paz promoveu, nessa quartafeira, 25, no espaço Labilá, uma palestra com o tema “Mediação: uma forma de transformação de conflitos”. A ação integra as atividades em comemoração aos seis anos do programa e reuniu comunidade, mediadores parceiros e profissionais da área.

A condução do encontro foi feita pela mediadora Regina Célia Zanella, parceira voluntá-

ria do Pacto por meio do Banco de Oportunidades. Ela abordou como a mediação pode ser uma alternativa viável e eficaz para lidar com situações de conflito em diferentes contextos, como escolas, famílias e ambientes de trabalho.

“A mediação propõe o restabelecimento do diálogo que, no início do conflito, geralmente é rompido. A partir da escuta e da responsabilização individual, as partes podem compreender as necessidades mútuas e buscar uma solução conjunta”, explicou Regina.

A coordenadora do eixo da prevenção do Pacto, Tânia Fröhlich Rodrigues, destacou a importância do tema na rotina de todos. “A Regina tem sido uma grande parceira e essa palestra vem ao encontro da proposta do Pacto, que é oferecer alternativas pacíficas para lidar com os desafios do cotidiano. É possível resolver conflitos sem recorrer ao confronto”, afirmou.

Rosália Welter, atua como mediadora judicial e assistente social, também participou da ati-

vidade e ressaltou a relevância da mediação em sua atuação profissional. Segundo ela, cerca de 70% dos casos mediados no Cejusc resultam em acordos. “A escuta ativa é o ponto de partida para que possamos entender o outro e ini-

Mediadora Regina Célia Zanella explica como transformar con itos em oportunidades de entendimento, crescimento e restauração de vínculos

ciar um processo de resolução. A mediação não só resolve conflitos, como muitas vezes restabelece vínculos, especialmente em casos familiares”, relatou.

Tânia reforça que o evento integra uma série de ações que o Pacto realiza ao longo do ano. “Mais do que uma comemoração, esse momento simboliza a continuidade de um trabalho construído com muitas mãos e que segue com o compromisso de estruturar programas que promovam a cultura de paz, incluindo a mediação como ferramenta essencial nos próximos anos.”

Atividade celebra os seis anos do Pacto Lajeado Pela Paz e reforça importância da escuta e do diálogo

FOTOS MAIRA

Educação ambiental de forma lúdica chega à Thomaz Pareira

Escola de Ensino

Fundamental, na Linha Taquari-Mirim, recebe a peça teatral “Educame, por quê?”

VENÂNCIO AIRES

AEscola Municipal de Ensino Fundamental Coronel Thomaz Pereira abriu as portas para as atividades da Caravana Educame. Apresentação teatral e a oficina de jornalismo ambiental espantaram o frio na manhã de ontem. As atividades fazem parte do programa Educação Ambiental na Escola, do Grupo A Hora. O coordenador do programa Gilberto Soares fez a abertura da programação.

Cerca de cem estudantes assistiram à peça “Educa-me, por quê?”. De forma lúdica, o personagem “Por Que” falou sobre as enchentes, a destinação de resíduos sólidos entre outros temas ambientais. Na sequência da apresentação, o “Por Que” entregou a placa de “Embaixada do Meio Ambiente” à vice-diretora Joseane da Cruz. O secretário de Educação, Émerson Eloi Henrique e o coordenador da Defesa Civil, Luciano Teixeira, acompanharam a programação. Conforme Henrique, as duas escolas contempladas com a caravana Educame em Venâncio Aires foram impactadas pelas enchentes de 2023 e 2024. A Emef Odila Scherer, que recebeu a programação em abril, teve vários danos, a água invadiu as instalações e chegou à marca de 1,70m.

A Thomaz Pereira não sofreu impacto direto, mas alguns acessos ficaram interditados por conta de alagamentos. “Porém, ela recebeu muitas famílias do Distrito de

Mariante, muito impactado, e de demais localidades próximas”, lembra Henrique. A escola de Mariante foi totalmente destruída com a enchente do ano passado. E os estudantes foram remanejados para Thomaz Pereira. O secretário destaca a importância de tratar sobre temas ambientais com esta comunidade escolar, a fim de que entendam o que ocorreu e tenham uma consciência ambiental pela preservação.

Coordenador da Defesa Civil do município, Luciano Teixeira conta que diante dos estragos causados pelos efeitos climáticos em 2023 e 2024, o governo municipal decidiu aderir ao programa Educame. “Agora, em junho, tivemos uma prova de que este problema não será sanado facilmente.” Teixeira acredita que o trabalho com as cartilhas e livros do Educame e as caravanas, a educação ambiental será disseminada pelas crianças às suas famílias. “As crianças terão a possibilidade de se tornem adultos mais informados e mais conscientes.”

Oficina

Os alunos do 8º e 9º ano participaram da oficina “Repórter Ambiental Mirim”. A intenção é que os estudantes enviem notícias de atividades escolares para serem publicadas no suplemento impresso do Educame. Para tanto, aprenderam a identificar o que é notícia e receberam noções de como estruturar um texto jornalístico.

CRUZADAS

Medita Documento do eleitor

País desclassificado pela Costa Rica para a Copa do Mundo de 2022 (fut.)

Uma das frutas vermelhas

Girar; rodar Crítica mordaz (fig.)

da gastronomia Função de toalhas Entrada; passagem

Série de filmes com Sylvester Stallone

Estratégia fiscalizadora anterior à prática ou à conclusão do ato administrativo Revide a um ataque Tendência passageira (?) O'Connor atriz (EUA)

Ditou o destino de Édipo (Mit.)

Extirpada

Material de telhas Sul, em espanhol

Perder os sentidos Diz-se do teatro em que se representam óperas

Interjeição que expressa raiva

Utensílio do coveiro Ar, em inglês

Seguidores da corrente literária do "Manifesto Antropofágico" Tipo de poço

HORÓSCOPO

ÁRIES: Comece uma nova fase na vida familiar e repense o modo como você cuida dos seus espaços e das relações próximas.

TOURO: O dia favorece conversas importantes, decisões práticas e reencontros signi cativos. Retome um projeto pessoal ou um texto esquecido.

GÊMEOS: Aproveite esta Lua nova para iniciar um empreendimento, ou administrar seus recursos e patrimônio de uma maneira diferente.

CÂNCER: Aproveite as próximas quatro semanas para fortalecer a autoestima e iniciar um ciclo diferente em sua vida.

LEÃO: Autoconhecimento, sintonia com sua força interior marcarão esta Lua nova que pedirá momentos de relaxamento e reavaliações.

VIRGEM: Aproveite as próximas quatro semanas para fortalecer vínculos de amizade e também para ampliar conexões.

LIBRA: Aproveite as próximas quatro semanas para subir um patamar na carreira e investir num futuro brilhante.

ESCORPIÃO: As próximas quatro semanas trarão encontros signi cativos com estrangeiros, mestres ou autoridades.

SAGITÁRIO: Mudanças profundas poderão acontecer nesta Lua nova que iluminará o processo emocional e caminhos para o futuro.

CAPRICÓRNIO: Aproveite as próximas quatro semanas para explorar outra cultura, aprender um idioma, ampliar relações e praticar uma loso a diferente de vida.

AQUÁRIO: Aproveite as próximas quatro semanas para reformular a rotina, assumir hábitos diferentes, melhorar sua saúde e disposição.

PEIXES: Aproveite as próximas quatro semanas para intensicar o amor e reinventar a vida. Se estiver só, poderá se apaixonar e iniciar uma relação.

FOTOS LUCIANE ESCHBERGER FERREIRA

Teixeira, Henrique, Joseane e Gilberto Soares com a placa de “Embaixada do Meio Ambiente”

Luciane Eschberger Ferreira lucianeferreira@grupoahora.net.br

Personagem “Por Que” abordou a temática ambiental de forma lúdica

JUVENTUS CONQUISTA BOM RESULTADO NA

COPA MINAS SUB-17

Equipe participou de tradicional competição em Belo Horizonte contra potências do vôlei brasileiro

AJuventus Voleibol segue escrevendo sua trajetória com garra, talento e grandes resultados.

Entre os dias 19 e 22 de junho, a equipe disputou a 19ª edição da tradicional Copa Minas de Voleibol Feminino Sub-17, realizada em Belo Horizonte, e conquistou um expressivo 6º lugar entre as 16

equipes participantes.

Consolidada como uma das principais competições de base do país, a Copa Minas Sub-17 contou com jogos de alto nível técnico e reuniu clubes de todas as regiões do Brasil, com representantes de estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Entre os destaques estavam grandes nomes da base nacional, como Minas Tênis Clube, Fluminense, Mackenzie e Tijuca Tênis Clube.

Por ser uma categoria de transição, o grupo da Juventus foi composto por atletas Sub-16 e Sub-19, que encararam quatro dias intensos de jogos. A equipe foi eliminada nas quartas de final pela equipe que viria a ser a vicecampeã, mostrando o alto nível técnico alcançado nesta edição.

AVALIAÇÃO POSITIVA

Para o diretor Augusto Ruhrwiem, a participação reforça o crescimento da equipe. “Essa competição fortalece ainda mais nossa parceria com o Minas e é uma grande oportunidade para o desenvolvimento das atletas ao longo da temporada”, destaca. Já o coordenador e técnico

Pablo Dias Martin destacou o desempenho em quadra. “Tudo ótimo, foi uma baita participação e uma grande apresentação das gurias”.

A participação na Copa Minas é parte fundamental da preparação das equipes de base da Juventus, contribuindo para o amadurecimento técnico e emocional das atletas em competições de alto rendimento.

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MUDANÇAS NAS REGRAS DOS ESPORTES:

AVANÇOS OU RETROCESSOS?

O CASO DO VOLEIBOL

As regras do voleibol vêm passando por diversas transformações ao longo das décadas, o que trouxe avanços significativos para a modalidade. Com estas alterações, o vôlei ficou mais dinâmico, profissional e mais atrativo para praticantes e público que assiste, além de enquadrar-se melhor na programação da TV aberta, gerando retorno de mídia para recrutamento de novos patrocinadores, acessibilidade para novos praticantes, uso de tecnologias inovadoras, entre outros.

Mas cada mudança, como tudo na vida, levanta debates entre treinadores, atletas e torcedores. Afinal, até que ponto algumas dessas mudanças ajudam ou atrapalham o desenvolvimento do esporte?

Na Volleyball Nations League, a VNL, competição que está em curso e que as seleções brasileiras adultas masculina e feminina estão na disputa, algumas novas regras estão sendo testadas e são motivo de reflexões. Principalmente porque o vôlei profissional tem características distintas do voleibol de base, mas as novas regras (se aprovadas) serão muito semelhantes e aplicadas em ambos os contextos.

NUDANÇAS CONSTANTES NAS REGRAS DIFICULTAM O ENTENDIMENTO DO PÚBLICO QUE ASSISTE E DOS NOVOS PRATICANTES”

Outro problema é que mudanças constantes nas regras dificultam o entendimento do público que assiste e dos novos praticantes que ainda não estão familiarizados e estão aprendendo como jogar. A situação piora quando, com a intenção de manter a bola no ar por mais tempo e melhorar o espetáculo, abre-se mão da qualidade técnica e permitem-se qualquer tipo de ação que mantenha a bola no jogo.

Outra questão relevante é que joga-se de acordo com as regras permitidas. Desta forma, mudam-se regras e consequentemente muda-se a forma de jogar. Para jogar de outra forma, treina-se diferente. Então, como uma nova regra impacta na formação técnica dos novos jogadores? Permitir jogar de “qualquer forma” restringe o aperfeiçoamento técnico ou cria premissas para a criatividade, aumento do repertório e criação de novas técnicas para um jogo mais moderno e evoluído?

Enfim… penso que é muito cedo para refutar qualquer uma das alterações sugeridas. Precisamos de mais tempo, mais análises das estatísticas do jogo com os novos modelos e também estudos dos impactos na criação de novas técnicas para a modalidade. O fato é que, para uma modalidade esportiva manter-se interessante hoje em dia, nunca foi tão real aquele máxima: “Expand or disappear”. Quer saber mais sobre o vôlei e o esporte, segue lá no @rodrigorother.

Presidente da Avates e professor de Educação Física na Univates

RODRIGO ROTHER

Equipe de Teutônia encerrou a Copa Minas de Voleibol na 6ª colocação

Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br

por Raica Franz Weiss

Abraço no

Madre Bárbara

Mais de 200 crianças, pais e professores davam um abraço simbólico no prédio do Colégio Madre Bárbara. O objetivo era marcar o aniversário da padroeira da instituição e fundadora da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, Bárbara Maix. A religiosa nasceu em 26 de junho de 1818, na Áustria. Na época, a diretora da escola era Helena Lottermann.

Sobre a fundadora

Maria Bárbara da Santíssima Trindade, nasceu como Bárbara Maix em 1818, em Viena, na Áustria, filha de Joseph Maix e Rosália Mauritz. A família era pobre e muitos irmãos de Bárbara morreram de desnutrição.

Aos 15 anos, ela já era órfã e trabalhava como costureira. Em contato desde cedo com as dificuldades dos mais pobres, teve a ideia de fundar uma congregação religiosa. Em 1943, abriu uma pensão para acolher moças desempregadas.

Alguns anos depois, em 1948, com as crescentes pressões religiosas em Viena, Bárbara e outras 20 moças decidiram deixar a Áustria rumo à América do Norte. No porto, porém, um navio com destino ao Brasil

aportou. Para Bárbara, foi um sinal divino e embarcaram ao Brasil. Chegaram no Rio de Janeiro alguns meses depois e foram acolhidas pelo bispo da cidade. Em 8 de maio de 1949, fundaram oficialmente a Congregação do Imaculado Coração de Maria, com a então Madre Bárbara à frente.

O trabalho da congregação iniciou junto aos colégios e orfanatos. Madre Bárbara e suas irmãs passaram, em especial, por Niterói, Pelotas e Porto Alegre. Madre Bárbara passou seus últimos anos na cidade do Rio de Janeiro, onde faleceu aos 54 anos, em 1873. Seus restos mortais foram trasladados para Porto Alegre em 1957, onde permanecem até hoje

no Santuário São Rafael. Em 2010, Madre Bárbara foi beatificada na capital gaúcha, por conta de um milagre reconhecido pelo papa Bento XVI. O milagre aconteceu no interior do RS, em 1944, quando um menino de quatro anos sofreu queimaduras de terceiro grau e, prestes a falecer no hospital, foi salvo pelas orações de uma irmã da Congregação do Imaculado Coração de Maria, que rezou para Madre Bárbara. O Colégio Madre Bárbara, de Lajeado, foi fundado pelas irmãs da Congregação em 1897 e segue até hoje com os ensinamentos da fundadora.

30 mil visitantes

Realizada pela primeira vez durante dois fins de semana, a Suinofest de 2005 teve recorde de público. Mais de 7,2 mil pessoas participaram da área gastronômica da feira, realizada no Parque João Batista Marchese, em Encantado. Ao todo, a Suinofest 2005 recebeu 30 mil visitantes.

A noite de destaque foi sábado, quando 1,7 mil pessoas passaram pelo pavilhão gastronômico. Uma fila teve que ser formada ao lado do fora

para aguardar a entrada no espaço. Mesmo com ingresso já comprado, alguns esperaram até 40 minutos para entrar.

Foram consumidos mais de 2,2 mil quilos de carne suína e derivados, além de mais de uma tonelada de polenta. Naquele ano, a Suinofest integrava a Semana da Cultura do Vale do Taquari e teve financiamento da Lei de Incentivo à Cultura.

Hoje

Beati cação em 2010, no Gigantinho

FILIPE FALEIRO

Jornalista colunafaleiro@grupoahora.net.br

BETS: epidemia com muito marketing

Eu aposto e repito: todo mundo vai perder. O vício nos cassinos virtuais e nas bets esportivas se torna uma epidemia. Outra coisa, a conta começa a chegar na seguridade social. E, pasmem: ninguém parece muito preocupado com isso. De junho de 2023 a abril de 2025, o número de auxílios-doença concedidos por ludopatia (impulso incontrolável em apostar) cresceu mais de 2.300%. Por ser uma doença de difícil diagnóstico, foram 276 auxílios concedidos no período.

Isso acende o sinal amarelo, pois atinge a capacidade de trabalhar dos adictos por jogos e agora recaí sobre o INSS — aquele mesmo que duvida até de perna quebrada. De fato, a previdência começa a dar conta de um transtorno mental impulsionado por uma indústria bilionária com propaganda até no intervalo do desenho.

O Brasil regulamentou as apostas antes de debater as consequências. É como abrir um cassino no centro da cidade e esquecer de construir o hospital do lado. E aí, quando explode o problema, jogam a culpa na vítima: “faltou controle”, “faltou educação finan-

ceira”. A culpa, claro, nunca é do algoritmo que te empurra propaganda de bet todo santo minuto. E quando a gente olha pra trás, descobre que o Ministério da Saúde foi praticamente ignorado durante toda a elaboração da lei das bets. Enquanto as casas de apostas sentavam 209 vezes com o governo, a Saúde foi chamada duas vezes. DUAS. O que se regulou, então, foi o negócio — não a tragédia.

O “não” unânime dos prefeitos

O governo do Estado achou que tinha uma jogada mestra: propor a retirada do ISS municipal do cálculo do pedágio, reduzindo a tarifa em míseros R$ 0,01 por quilômetro rodado. Uma manobra política para dividir prefeitos e colocar parte da pressão popular no

colo dos municípios. O tiro, como se vê, saiu pela culatra.

Na assembleia da Amvat, o não foi unânime. E a rejeição dos prefeitos ao “presente de grego” do Piratini revela mais do que uma disputa sobre centavos – mostra o abismo entre a retórica do diálogo

ARTIGO

IVANOR DANNEBROCK

Corretor de Imóveis e Professor

Oportunidades

AHoje, a ludopatia já faz parte da rotina de milhares de famílias. Silenciosa, disfarçada de passatempo, legitimada por craques da bola e celebridades que nunca ficam sem grana. Enquanto isso, pessoas viram zumbis em frente das telas, e o Estado assiste passivo. Um buraco cavado com propaganda, omissão e ganância. Mas o alerta da propaganda, vai salvar vidas: jogue com responsabilidade. Balela!

e a realidade das decisões tomadas a portas fechadas.

De um lado, o Estado oferece uma economia irrisória ao usuário que significaria perdas milionárias para os cofres municipais. De outro, prefeitos que enxergam a armadilha: abrir mão de receita certa em troca de um alívio insignificante nas críticas ao pedágio, enquanto herdam os custos de manter vias alternativas congestionadas por quem tentará fugir dos pórticos. Isso sem falar no risco de improbidade administrativa por renúncia de receita.

As queixas vão além do imposto. Os mesmos problemas apontados há meses – localização dos pórticos, acessos mal planejados, trevos que ignoram a dinâmica local – seguem sem solução na proposta revisada.

Enquanto isso, o relógio corre. O edital deve ser publicado em julho, o leilão marcado para outubro ou novembro. O governo insiste no cronograma apertado, os prefeitos pedem mais tempo para ajustes.

s oportunidades estão em todas as partes o tempo todo. A dificuldade está numa grande parcela de pessoas conseguir identificar as mesmas. Nesse contexto podemos pensar no sentido amplo: oportunidades de negócios; de viver melhor; de nos aperfeiçoarmos como pessoas ou como profissionais; não se estressar por motivos torpes; enxergar a dádiva de viver diariamente; verbalizar para as pessoas próximas o quanto elas são importantes para nós… Nas nossas relações vemos seguidamente o quanto as pessoas de um modo geral têm dificuldades em dizer que amam seus filhos, seu cônjuge, dar um abraço, um aperto de mão. O elogio então… como vejo dificuldades nas pessoas em reverenciar alguém, alguns até já ouvi dizer: “Que bobagem elogiar alguém por isso”. O reconhecimento na forma de elogio opera milagres, use-o! Por isso, lidar com o ser humano é uma arte. Nunca sabemos a reação do nosso interlocutor naquele momento. Ele pode não ter tido uma experiência agradável com outrem, minutos antes, e reagir negativamente logo após. As variáveis são tantas, o que explica muitas reações que não entendemos num primeiro momento, ao lidar com pessoas. Por isso, treinamentos, educação e qualificação, sempre são bem-vindos para nos preparar a fim de saber reagir no sentido de controlar o panorama em situações adversas.

As oportunidades estão em todas as partes o tempo todo. A di culdade está numa grande parcela de pessoas conseguir identi car as mesmas.”

A partir da revolução histórica que vivemos com a IA, aí reside uma outra gama de oportunidades incríveis. Gosto da afirmação que nós não seremos substituídos pela IA, mas aqueles que não souberem lidar com a inteligência artificial., esses correm o risco. Sabemos que a internet e a tecnologia democratizam o acesso a recursos e conhecimento, assim, gerando oportunidades.

No empreendedorismo reside outra vasta gama de contexto que pode ser encarado, é a arte de transformar ideias em oportunidades reais, que exige preparo e coragem. Identificar as lacunas e preenchê-las é a grande sacada, porém a resiliência do empreendedor é um ingrediente obrigatório para superar as dificuldades que irão surgir durante o percurso, sendo a falta de mão-de-obra em praticamente todos os setores uma das grandes dificuldades. Tendo mentalidade de crescimento, de superação , de networking e capacidade de superar desafios econômicos, como o atual que mais uma vez temos que experimentar, com a catastrófica realidade no panorama econômico do país, você poderá ser protagonista de cenários positivos na sua caminhada. Até porque, paradoxalmente, crises podem gerar grandes oportunidades.

RODRIGO MARTINI

IMAGEM GERADA POR I.A

Quinta-feira, 26 junho 2025

Fechamento da edição: 18h

MÍN: 9º | MÁX: 16º

Áreas de instabilidades atuam sobre o Estado. No decorrer do dia, ocorrem períodos de maior nebulosidade com pancadas de chuva irregulares.

Educame volta à Capital do Chimarrão

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

municipal Coronel Thomaz

em Venâncio Aires, abriu as portas para as atividades da Caravana Educame. Apresentação teatral e a oficina de jornalismo espantaram o frio na manhã de ontem. Equipe também divulgou concurso ambiental

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Escola

Pereira,

Quinta-feira, 26 junho 2025

Entidades da região alta cobram transparência sobre obras na ERS-332

Associações empresariais denunciam falta de informações e cobram início efetivo das obras

Matheus Giovanella Laste matheus@grupoahora.net.br

REGIÃO ALTA

Entidades representativas do setor produtivo da parte alta do Vale do Taquari encaminharam um ofício ao Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER) solicitando informações atualizadas e detalhadas sobre o processo de reestruturação da ERS-332. O documento é assinado pela ACISAR (Arvorezinha), ACI/CDL de Ilópolis, ACIP de Putinga e CIC Anta Gorda, que juntas representam os interesses empresariais e industriais de seus municípios.

No ofício, as lideranças expressam preocupação com a ausência de transparência em relação ao andamento das obras na rodovia, considerada o principal eixo logístico que liga Encantado a

Soledade e que atravessa diversas cidades da região. As entidades cobram esclarecimentos sobre o estágio atual do processo de reestruturação, o cronograma previsto para o início e a conclusão dos trabalhos, além de medidas emergenciais que estejam sendo executadas enquanto não se iniciam as obras estruturais definitivas.

O presidente da Acisar, Jardel Dall Agnol, encaminhou essa movimentação entre as quatro entidades após a falta de informações acerca do assunto ter se tornado normal. Em janeiro desse ano, ele esteve em Porto Alegre com prefeitos e outros líderes, onde, dentre outros anúncios, o secretário estadual de Transportes e Logística, Juvir Costella, pontuou que cerca de R$ 200 milhões iriam para as melhorias que transformariam a rodovia em “uma nova 332”. Esse valor seria aplicado na reestruturação

ou da secretaria de Transportes e precisamos ter uma resposta porque as pessoas cobram as entidades com frequência. Normalmente eles não respondem, mas é preciso continuar pressionando”, conta Dall Agnol. O ofício foi enviado ao Daer há duas semanas.

Projeto em andamento

Há uma di culdade enorme em conseguir informações do Daer ou da secretaria de Transportes e precisamos ter uma resposta porque as pessoas cobram as entidades com frequência.”

Duas empresas estão responsáveis pelos trabalhos de melhorias que incluem recuperação do pavimento, obras de contenção, reforço e recuperação de cabeceiras e pontes. Diante do aumento expressivo no tráfego de veículos pesados, a estrutura será preparada para suportar cargas de até 45 toneladas.

Estão fazendo o projeto e vão encaminhá-lo ao governo para ser aprovado. Eles não nos passam detalhes enquanto ele não estiver de nido, somente a rmaram que vão nos mostrar assim que ele estiver pronto.”

ÁLVARO GIACOBBO, PREFEITO DE DOUTOR RICARDO

dos quase 100 km do trecho entre Encantado e Soledade.

Aos presentes no evento, Costella disse que por abril os trabalhos na obra iriam iniciar, algo que até o momento não ocorreu.

“Há uma dificuldade enorme em conseguir informações do Daer

A MPX está a cargo do trecho de Encantado até a divisa de Doutor Ricardo e Anta Gorda, enquanto a Traçado pega dali até Soledade. O prefeito de Doutor Ricardo, Álvaro Giacobbo, esteve em audiência com o secretário Costella e representantes do Daer recentemente e reforçou as prioridades demandadas pela região alta. Entretanto, ao ir ao escritório da empresa (já instalada no município) para ter detalhes de como será a obra, o prefeito foi informado de que o projeto ainda não foi finalizado (a previsão inicial era tê-lo pronto também em abril). Mesma situação em Arvorezinha com a Traçado, segundo Dall Agnol.

“Estão fazendo o projeto e vão encaminhá-lo ao governo para ser

aprovado. Eles não nos passam detalhes enquanto ele não estiver definido, somente afirmaram que vão nos mostrar assim que ele estiver pronto. Mas o projeto, depois que está pronto, não muda mais, então é uma situação complexa”, comenta Giacobbo. Até o momento, as ações executadas têm se limitado a operações de tapa-buracos e manutenção superficial, sem um cronograma claro para o início das obras estruturantes.

A cobrança também reflete o sentimento de urgência da população e do setor produtivo, que depende diretamente da infraestrutura da ERS-332 para manter sua competitividade e assegurar o desenvolvimento regional. A previsão é de que as obras sejam concluídas até o final de 2026.

JARDEL DALL AGNOL

Presidente da Acisar de Arvorezinha, Jardel Dall Agnol, na ERS-332

Saudemos a retirada dos arcos!

diogofedrizzi@grupoahora.net.br

DIOGO FEDRIZZI

Uma nova Júlio de Castilhos se vislumbra com a retirada dos antigos arcos. O trabalho realizado pela equipe da Prefeitura nesta semana deu sequência à experiência-teste feita em fevereiro do ano passado, quando apenas duas estruturas foram removidas. No total, são 10 armações. É meta que vem do outro mandato de Jonas Calvi (PSDB): tornar a histórica área central da cidade (e aqui se inclui a Rua Padre Anchieta) mais bonita e organizada para os encantadenses e os visitantes. Uma limpeza necessária que seguirá com a remoção das sobras de fios dos postes, para deixar o vereador Valdedir Gon-

zatti (PSDB) mais contente, uma vez que ele é o autor da proposta que virou lei. Detalhe importante é que a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento, responsável por liderar esse processo, conta agora com dois profissionais arquitetos urbanistas: Gilmar Scaravonatti e Andreia Pires que, aliás, antecipou em entrevista ao colega Mateus Laste na Rádio A Hora nesta semana, que dará uma atenção especial aos espaços verdes. Curioso para ver as imagens do projeto idealizado por eles!

A foto, sem o arco da esquina da Júlio com a Padre Anchieta, já deu uma “boa limpada” no visual. E nem precisou de Photoshop!

É meta que vem do outro mandato de Jonas Calvi (PSDB): tornar a histórica área central da cidade (e aqui se inclui a Rua Padre Anchieta) mais bonita e organizada para os encantadenses e os visitantes.

Amat quer esclarecimentos sobre a ERS-332

A Associação dos Municípios do Alto Taquari (Amat) quer mais detalhes do projeto de recuperação da rodovia 332. O vice-presidente da entidade e prefeito de Doutor Ricardo, Álvaro Giacobbo (MDB) (foto), e o prefeito de Encantado, Jonas Calvi (PSDB), repercutiram o assunto na Rádio A Hora. Uma das preocupações é com as obras que serão realizadas em trechos que atravessam o território de Encantado. Há problemas antigos que impactam no fluxo da rodovia, como os acessos à empresa Baldo, à

cidade de Nova Bréscia e ao bairro São José, um dos caminhos alternativos ao Cristo Protetor, além da estrutura da ponte no bairro Jacarezinho. Os gestores também querem soluções para o perigoso trecho do Morro da Guabiroba. O governo do Estado anunciou investimentos superiores a R$ 200 milhões na recuperação da estrada. “É um valor que tem que deixar essa estrada um brinco”, comentou Giacobbo. E não dá para esquecer que o secretário estadual dos Transportes, Juvir Costella, prometeu uma “Nova 332”.

CPI da Corsan

Caberá ao vereador Cris Costa (PSDB) dar os encaminhamentos ao processo da CPI da Corsan. O parlamentar assume a presidência da Câmara de Encantado na próxima terçafeira, dia 1º de julho. Após ser protocolado o pedido por Daniel Passaia (União Brasil) na sessão de segunda-feira, 23, o documento terá de passar por

análise jurídica para validar a instauração da comissão. Depois serão definidos os três vereadores titulares e os três suplentes que integrarão o grupo de trabalho. Passaia, por ser o proponente, já tem vaga assegurada. Se tudo andar no ritmo normal, a CPI tem previsão de iniciar, de fato, no mês de agosto.

Turismo e Ilópolis fortalecido

O empresário Joel Gaio, diretor da Buena Erva-Mate, assume a presidência do Conselho Municipal de Turismo (Comtur) de Ilópolis. A entidade, criada recentemente, integra um movimento de reestruturação do setor no município. Além de Gaio, a diretoria conta com Ismael

Rosset (vice-presidente), Fábio Dorigon (primeiro secretário), Lucas Tomasini (segundo secretário), Rudinei Rabaiolli (primeiro tesoureiro), Juliano Dalla Rosa (segundo tesoureiro) e os suplentes Rafaela Czermaneski, Jaqueline das Dores Guimarães Baldissareli e Fredi Camargo.

Que resultado prático trará a "CPI da Corsan" na Câmara de Encantado?

Mais votado nas eleições, líder de governo e presidente da Comissão de Constituição e Justiça, o vereador de Encantado, Daniel Passaia (União Brasil), tem intensificado (e profissionalizado) a divulgação do trabalho legislativo nas redes sociais. A jornalista Vanessa Paliosa é a responsável pela organização do conteúdo.

O prefeito de Muçum, Mateus Trojan (MDB), é um dos painelistas convidados da terceira edição do Workshop ESG & Sustentabilidade, reconhecido evento do setor ambiental que ocorre hoje e amanhã, em Pelotas. É a oportunidade para a zona sul conhecer detalhes do trabalho de reconstrução da Princesa das Pontes, após ser devastada pelas enchentes históricas de 2023 e 2024.

Além da retirada dos arcos, o futuro Conselho de Trânsito e Mobilidade também será peça importante na revitalização do centro de Encantado. O projeto de criação desse grupo foi aprovado nesta semana no legislativo.

A comunicação da Prefeitura de Encantado tem emitido os comunicados de alerta sobre inundações em três idiomas: português, francês e espanhol. E o motivo é compreensível: há centenas de imigrantes que residem na cidade (a maioria são haitianos) e também precisam receber informações precisas sobre os volumes de chuva e a elevação do Rio Taquari.

MUDANÇAS NA CIDADE

Remoção de arcos metálicos

marca início da transformação do centro de Encantado

Próxima etapa prevê retirada de fios excedentes dos postes. Arquitetos trabalham na elaboração do projeto

ENCANTADO

Ogoverno de Encantado deu início nesta semana à retirada dos arcos metálicos instalados na Rua Júlio de Castilhos, uma das vias mais movimentadas da área central. A ação atende a uma demanda antiga da comunidade e representa o primeiro passo do projeto de revitalização coordenado pela Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (SMPLDE).

A remoção faz parte de um plano mais amplo que busca reorganizar, modernizar e valorizar o espaço urbano. Além da Júlio de Castilhos, a Rua Padre Anchieta também será contemplada nas próximas etapas.

O prefeito Jonas Calvi destaca o impacto positivo da iniciativa. “Fico muito feliz com o resultado que estamos começando a ver. Essas mudanças deixam a cidade mais bonita para quem nos visita e, principalmente, para quem vive aqui. É uma conquista que nos enche de orgulho e que mostra que Encantado está avançando”, diz. Segundo o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, José Caetano Turatti Ost, o objetivo é tornar o centro mais funcional e agradável.

“Queremos tornar o centro mais bonito, agradável e acessível para os moradores e os turistas. Era uma demanda antiga da comunidade. Já percebemos a melhor visualização dos espaços. Vamos buscar agora organizar a fiação dos postes. Já nos reunimos com as operadoras de telefonia e a RGE para trabalhar nisso. Nossos técnicos já trabalham no projeto de revitalização”, afirma.

A retirada da fiação aérea excedente também está prevista no projeto, conforme determina a Lei Municipal nº 4.877/2022, que busca reduzir a poluição visual causada por cabos inutilizados em vias públicas.

As melhorias planejadas incluem requalificação de calçadas, instalação de novo mobiliário urbano, arborização e criação de espaços de convivência. A proposta está sendo elaborada pela equipe técnica da SMPLDE. “Estamos usando uma metodologia de fazer o levantamento para ver o que temos hoje, as questões críticas, os pontos positivos que podemos explorar. O segundo passo vai ser propor ideias para fazer as intervenções. Vamos fazer os projetos e levar ao prefeito, que certamente apresentará à comunidade”, explica o arquiteto urbanista, Gilmar Scaravonatti. Já a arquiteta Andreia Pires salienta a importância de incorporar espaços verdes à proposta.

JONAS CALVI PREFEITO DE ENCANTADO

Essas mudanças deixam a cidade mais bonita para quem nos visita e, principalmente, para quem vive aqui”

“A ideia é revitalizar os espaços urbanos da área central, pensando sempre nas demandas que são trazidas pela sociedade e na aplicação de espaços verdes. A gente sabe da importância de trazer o espaço verde para dentro da área urbana, promovendo esses ambientes de convivência, junto com padronização de calçadas, revitalização das paradas de ônibus. Pensando não só no turista, mas na nossa população”, explica. “Iniciamos os estudos de diagnósticos para fazer o levantamento das áreas onde a gente pode implementar essas ações. Estamos buscando referências para solucionar da melhor forma possível esses espaços”.

Diogo Daroit Fedrizzi diogo@grupoahora.net.br

Trabalho de retirada dos arcos deve ser concluído nesta quinta-feira, 26

DIOGO FEDRIZZI

Reconstrução de acessos marca visita da comitiva federal na parte alta do Vale

Mobilidade regional é prioridade em novos anúncios de obras

Matheus Giovanella Laste

REGIÃO ALTA

Avisita da comitiva do governo federal na semana passada trouxe anúncios importantes para o Vale do Taquari. Na região alta, o roteiro ficou em Relvado, Putinga e Doutor Ricardo. O grupo era composto pelo secretário Nacional da Defesa Civil, Wolnei Wolff; o deputado federal e ex-ministro, Paulo Pimenta; e o secretário para Apoio à Reconstrução, Maneco Hassen. Na pauta, o anúncio de recursos para obras de reconstrução e restabelecimento da Defesa Civil. Com a situação da estiva ainda inviabilizada pelo volume de água advindo das chuvas, a comitiva precisou passar por Nova Bréscia e Encantado para chegar em Relvado. O trajeto, com parte significativa em estrada de chão, reforçou a importância da retomada de acessos alternativos aos olhos dos representantes do governo. Esse, de fato, foi a natureza do anúncio feito em Relvado, com o comprometimento de R$ 8,9 milhões para a reconstrução da

Dar essa volta toda gera custos, de produção, de pessoal, de tempo para ir até a cidade. O interesse e a disposição em fazer acontecer zeram toda a diferença aqui em Relvado. Demos atenção a vocês, que corresponderam e zeram a sua parte. O governo disponibilizou os recursos e a prefeitura fez a sua parte com os projetos”

Tudo o que passamos em maio deixou muitas marcas em nossa comunidade. Um ano depois, ainda estamos em fase de reconstrução. Queremos agradecer ao secretário Wolnei, ao ex-ministro Paulo Pimenta e ao secretário Maneco pelo empenho em Brasília. Todos os planos de trabalho que encaminhamos foram atendidos”

atualmente os moradores precisam utilizar a estiva localizada na Linha São Rafael (ERS-433) para chegar até o município de Encantado (e vice-versa). Porém, o acesso é rapidamente obstruído e interditado devido às chuvas. Com a recuperação da estrada na Linha Salvação, que é municipal, a comunidade não ficará exclusivamente dependente da estiva, que embora tenha sido construída com recursos próprios do município, pertence ao Estado.

O prefeito Carlos Luiz Fraporti e o vice-prefeito e coordenador da Defesa Civil, Adalberto Dalla Vecchia, destacaram a visita como um momento histórico para a cidade e agradeceram à União, em especial à Defesa Civil Nacional, pelos recursos já disponibilizados desde a catástrofe de 2024.

Estiva alagada entre Encantado e Relvado após as chuvas da semana passada

estrada municipal que liga Linha Salvação à localidade da Barra do Coqueiro, em Encantado. Destruído pela enchente de maio de 2024, o trecho de aproximada-

mente dois quilômetros (1,5 km que será reconstruído) é o único e principal acesso municipal entre as duas cidades. Tal obra é importante porque

“Tudo o que passamos em maio deixou muitas marcas em nossa comunidade. Um ano depois, ainda estamos em fase de reconstrução. Queremos agradecer ao secretário Wolnei, ao ex-ministro Paulo Pimenta e ao secretário Maneco pelo empenho em Brasília. Todos os planos de trabalho que encaminhamos foram atendidos. Destacar, ainda, a dedicação e o empenho de toda a nossa equipe. Todos desempenharam um trabalho ágil para assegurar estes recursos”, disse Fraporti.

Visão da comitiva

Os representantes do governo federal destacaram a continuidade das ações no Vale do Taquari desde a primeira grande enchente em setembro de 2023. Segundo Hassen, as experiências vividas na região serviram de base para a estruturação dos programas nacionais de resposta a desastres. “Nos foi demandado muito mais trabalho. Aqueles programas que testamos aqui no Vale do Taquari em setembro foram utilizados para viabilizar R$ 112 bilhões para todo o Estado — e boa parte desse valor chegou à região”, afirmou.

Pimenta reforçou o volume de investimentos já destinados a Relvado e região, listando frentes de atuação nas áreas social, econômica e de infraestrutura. “Auxílio Reconstrução, 164 famílias receberam o programa em Relvado. Para as empresas, criamos o Pronampe Solidário. O empreendimento pegava R$ 100 mil no banco e saía devendo R$ 60 mil, com carência, com juros mais baixos que a inflação. Trinta e nove empresas daqui receberam esse recurso. Só da Defesa Civil foram R$ 6,6 milhões”, enumerou. Pimenta também citou obras específicas, como a reconstrução de pontes e pavimentos urbanos, e destacou a abrangência das ações.

Um dos locais visitados pela comitiva foi a obra da nova UBS de Relvado, nanciada por recursos da Defesa Civil Nacional

Já o secretário Wolff ressaltou a importância de investimentos em acessos alternativos, como o trecho anunciado em Linha Salvação. Engenheiro civil e exsecretário de Obras, ele destacou que trajetos longos, como o percorrido pela comitiva entre Nova Bréscia e Coqueiro Baixo, representam impactos diretos para a população. “Dar essa volta toda gera custos, de produção, de pessoal, de tempo para ir até a cidade ou ao médico. O empenho, o interesse e a disposição em fazer acontecer fizeram toda a diferença aqui no município. Demos atenção a vocês, que corresponderam e fizeram a sua parte. O governo disponibilizou os recursos e a prefeitura fez a sua parte com os projetos”, afirmou.

O ato contou com a presença de secretários municipais, vereadores, de moradores da comunidade

CARLOS FRAPORTI PREFEITO DE RELVADO,

matheuslaste@grupoahora.net.br

da Linha Salvação, dos prefeitos de Coqueiro Baixo, Doutor Ricardo e Putinga. Por fim, a comitiva visitou duas obras em andamento e executadas com recursos da Defesa Civil Nacional: a nova Unidade Básica de Saúde (UBS) e o muro gabião na Avenida Independência.

Ponte Relvado x Encantado

Semana passada o governo do Estado informou que investirá mais de R$ 171 milhões em um pacote de obras que inclui duas pontes e duas rodovias atingidas pelas enchentes de 2024. Neste

pacote de obras, consta a ponte da ERS-433, sobre o Arroio do Jacaré, entre Relvado e Encantado. A nova estrutura terá 67 metros de extensão e investimento de R$ 7,58 milhões. Segundo o secretário de Obras, Onei Giacomolli, o Estado irá implodir a estrutura atualmente bloqueada e construir a nova ponte no mesmo local. Estivas e acessos

A ligação entre Encantado e Relvado foi interditada duas vezes na última semana devido ao nível de água na estiva que conecta os municípios. No momento, o acesso se encontra liberado. Além disso,

Projetos aprovados

A comitiva do governo federal também passou por Doutor Ricardo, onde confirmou a vinda de recursos para as obras da Defesa Civil Nacional. “São projetos no valor de R$ 8,5 milhões, todos estão aprovados, mas não havíamos recebido ainda o pagamento para dar andamento ao início das obras. São as pontes no nosso interior, a que liga com Relvado e as duas pontes aqui na Barra do Zeferino. Agora, já temos na conta do município, 30% desse valor (R$ 2,5 milhões) e demos ordem de início”, disse o prefeito de Doutor Ricardo, Álvaro Giacobbo. Um aspecto que potencializa um andamento mais ágil dessas pontes a partir do início das obras é que as empresas responsáveis já iniciaram a fabricação das estruturas. “Elas são pré-moldadas e as vigas já estão bem encaminhadas. Não é um trabalho rápido, mas acredito que num ano e meio teremos todas as nossas pontes refeitas”, salientou Giacobbo. As três pontes são grandes, com mais de 65 metros. Ainda, conforme o prefeito, para reconstruir Doutor Ricardo, incluindo todos os setores, seria preciso R$ 32 milhões.

Reconstrução em Relvado

R$ 8,9 milhões - anunciados para reconstrução da estrada entre Linha Salvação (Relvado) e Barra do Coqueiro (Encantado)

164 famílias - beneficiadas com o Auxílio Reconstrução (R$ 5,1 mil por núcleo familiar)

39 empresas locaisreceberam recursos do Pronampe Solidário, com condições facilitadas:

Empréstimo de R$ 100 mil

Pagamento de apenas R$ 60 mil

Juros abaixo da inflação R$ 6,6 milhões - em investimentos da Defesa Civil para infraestrutura:

Pavimentação da avenida

Independência (acesso a Putinga)

Ponte sobre o Arroio Jacaré

Ponte do Moinho

Ponte da rua da República

Ponte do Poço da Laje

Ponte na Linha Carlos Gomes

a estiva que liga Relvado a Doutor Ricardo, na localidade de Linha Pontão, também sofreu danos. A força do Arroio Putinga danificou parte da estrutura que cedeu cerca de 50 centímetros, comprometendo o tráfego de veículos e pedestres. O acesso com Doutor Ricardo foi liberado na terça-feira, 24. A medida é paliativa, pois parte da estrutura foi levada pela água na semana passada. O acesso é bastante utilizado por moradores de ambos os municípios, que utilizam a estrutura para se deslocar. Em caso de chuva, o aterro provisório pode ser levado novamente. Por isso, não é recomendado transitar pela estiva caso esteja chovendo.

Comitiva do governo federal se reuniu em Relvado junto com moradores e autoridades

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Festival de Quadrilhas do Boulevard distribui R$ 30 mil em prêmios

Evento inédito no Vale do Taquari envolve escolas públicas e privadas e pretende integrar o calendário oficial da região nos próximos anos

ENCANTADO

Atradição junina vai ganhar ainda mais força no Vale do Taquari com o 1º Festival de Quadrilhas, que acontece no sábado, 5 de julho, a partir das 14h, no Multiverso do Boulevard Encantado. Com R$ 30 mil em premiações, o festival é dividido em dois concursos: Melhor Quadrilha Junina e Melhor Torcida. O evento reunirá escolas públicas e privadas dos municípios de Encantado e Roca Sales, entre elas, o Colégio Cenecista Mário Quintana, a Escola Érico Veríssimo, o Colégio Evangélico Alberto Torres (CEAT), o Colégio Scalabriniano São José, a EMEF Porto Quinze e a EMEF Mundo Encantado, que participam do evento a convite da direção do complexo.

Será o primeiro concurso

Com R$ 30 mil em premiações, o festival é dividido em dois concursos interescolar de quadrilhas juninas realizado na região e no Estado. “Queremos marcar esse evento no calendário municipal e regional como uma celebração anual, com potencial de atrair visitantes de toda a região e até de fora. A cada edição, pretendemos ampliar a participação, começando pela

região alta e depois, a partir da terceira edição, estendendo para todo o Vale do Taquari,” destaca o diretor-executivo do Boulevard, Fábio Vitória.

O evento será aberto ao público e terá comidas típicas, brinquedos infláveis, touro mecânico e brincadeiras temáticas ao longo da tarde, além de show de forró a partir das 19h30min.

EDUCAÇÃO INFANTIL

Quadrilhas em destaque

O concurso de quadrilhas tem 14 grupos inscritos e cada um deverá apresentar coreografias, figurinos, cenografia e encenação teatral dentro de um tempo máximo de 10 minutos. A avaliação será feita por jurados especializados, que atribuirão notas aos seguintes

Putinga projeta nova creche com

Ordem de início da obra foi assinada e estrutura terá capacidade para atender até 188 crianças

Diogo Daroit Fedrizzi diogo@grupoahora.net.br

PUTINGA

A comunidade de Putinga vive a expectativa pela construção da nova Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Bem Me Quer. A ordem de início da obra foi assinada na sexta-feira, 20, durante cerimônia realizada na Câmara de Vereadores.

Com cerca de 500 metros quadrados, a nova unidade deverá ampliar o atendimento às famílias do município. Atualmente, a EMEI funciona em prédio cedido pelo Estado e atende 130 crianças

a partir dos quatro meses de idade. A futura estrutura se enquadra no Projeto Creche Pré-Escola Tipo 2 do governo federal e tem capacidade para acolher até 188 crianças

em dois turnos (matutino e vespertino) ou 94 crianças em período integral. O terreno fica no centro, na rua Luis Demari, ao lado da nova Unidade Básica

quesitos: coreografia, figurino, repertório musical, casamento na roça, atuação do marcador (ou marcatriz) e conjunto.

Os prêmios variam de R$ 3 mil a R$ 5 mil, sendo obrigatória a aplicação dos recursos em melhorias na escola, com comprovação por meio de nota fiscal e registro fotográfico. Os primeiros classificados do 1º ao 5º ano, do 6º ao 9º ano e do Ensino Médio recebem R$ 5 mil como premiação, enquanto os segundos colocados das mesmas faixas recebem R$ 3 mil.

Torcida também vale prêmio

Outro diferencial do evento será o concurso A Melhor Torcida, que premiará com R$ 6 mil a torcida escolar mais animada, criativa e respeitosa. Os critérios incluem participação, criatividade, cumprimento das regras e entusiasmo durante as apresentações. As seis torcidas inscritas poderão contar com faixas, cartazes, coreografias e até instrumentos musicais. “Nosso objetivo é valorizar a cultura do São João que é tão rica e incentivar a participação da comunidade escolar em nossas atividades por meio da dança, da música e da mobilização coletiva”, compartilha Fábio.

R$ 2,7 milhões

de Saúde, e ocupa uma área de quase 900 metros quadrados.

A empresa responsável pela construção é a Berlatto Engenharia, de Garibaldi. O prazo de execução é de um ano.

O prefeito Juliano Moretto (PSD) destacou o investimento de aproximadamente R$ 2,7 milhões na obra, oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). “Esse recurso é um investimento no futuro da cidade, no bem-estar das crianças e na qualidade da nossa educação”, afirmou. “A nova estrutura vai absorver a demanda existente, oferecendo um espaço adequado, aconchegante e seguro para nossas crianças”, acrescentou a vice-prefeita Marina de Col Bertuol (PSD). Ela ressaltou que o projeto representa um avanço importante no atendimento à primeira infância.

A cerimônia contou com a pre-

sença do ex-ministro e deputado federal Paulo Pimenta, do Secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, e do Secretário para Apoio à Reconstrução, Maneco Hassen, que destacou o caráter pioneiro da obra. “O primeiro contrato de reconstrução de creche que estamos assinando é esse de Putinga. Parabenizo a equipe da Prefeitura pela agilidade e capacidade de fazer o projeto”, declarou Maneco.

A secretária municipal de Educação, Renata Luiza Slaifer, reforçou a importância do novo espaço. “Estar aqui participando desse momento é mais do que simbólico. É extremamente significativo. É uma honra ver esse antigo sonho coletivo sair do papel”, afirmou. Lideranças regionais, secretários municipais, vereadores e representantes da comunidade também participaram do ato solene.

Assinatura contou com a presença de comitiva do governo

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

RETOMADA PÓS-CHEIAS

Nova fase de reconstrução foca em obras de infraestrutura e prédios públicos

Investimentos somam mais de R$ 2,2 milhões em resposta aos danos causados pelas enchentes

MUÇUM

Omunicípio de Muçum avança com obras de restabelecimento em áreas afetadas por eventos climáticos extremos. Os trabalhos contam com recursos federais destinados à resposta às enchentes dos últimos anos, além de contrapartida do município.

As ações incluem a recuperação de bueiros, estradas, pequenas pontes, iluminação e passeios públicos. O investimento total nessa etapa supera R$ 1,5 milhão, com repasses da Defesa Civil Nacional e verbas do município.

Além da infraestrutura urbana, seguem em andamento obras em prédios públicos como a Casa de Cultura Padre Lucchino Viero, a sede da Prefeitura, o prédio das Damas da Caridade, o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) e o Parque

de Máquinas. Essas reformas somam mais de R$ 700 mil. As intervenções abrangem recuperação estrutural, pintura, revitalização de ambientes e substituição de redes elétricas.

Segundo o prefeito Mateus Trojan (MDB), os projetos não apenas reconstroem estruturas danificadas, mas incorporam melhorias que aumentam a durabilidade e a segurança dos locais atingidos. Para o gestor, os trabalhos representam um marco no processo de reconstrução. “Estamos vivendo um momento importante de desenvolvimento e de melhorias na nossa cidade. Tudo o que está sendo restabelecido e recuperado está sendo melhorado”, destaca.

Tudo o que está sendo restabelecido e recuperado está sendo melhorado.”

Restabelecimento do asfalto do bairro

de passeios públicos e do prédio das Damas de

Nova ponte de galeria na Linha Alegre

MARIELE AGOSTINI/DIVULGAÇÃO

Reconstrução

Caridade

Fátima

365 VEZES NO VALE

Duas semanas atrás abordei nesta coluna a importância do Vale do Taquari se apropriar do inverno para fazer turismo. Pois bem, duas situações relacionadas a isso ocorreram nos dias subsequentes. Ontem, a onda de frio que empurrou as temperaturas para próximo ou abaixo do 0°C branqueou as paisagens regionais. A geada forte atingiu até os municípios mais baixos, criando cenários dignos de filme.

No Instagram do 365 vezes no vale, conclamamos imagens à audiência e fomos agraciados com fotografias charmosas. Pousadas, pontos turísticos e campos que se transformaram com o branco do gelo.

Talvez alguns não percebam ainda, mas esse fenômeno natural só encontrado em território nacional no sul tem potencial de atrair turistas. E muito. A Serra Gaúcha é exemplo e já aproveita o frio com plenitude para potencializar os seus empreendimentos sofisticados.

O segundo fato é a preocupação do trade turístico gaúcho com a forma tímida como as belezas naturais do inverno gaúcho estão sendo divulgadas para o Brasil. Esse temor aumenta após investidas feitas por governadores de estados vizinhos para atrair turistas.

Diante da pressão, o governo estadual apresentará uma ampla campanha intitulada “Viva o Inverno Gaúcho” com projeção de investimentos milionários em ações publicitárias. Se Gramado e Canela foram pioneiros em fazer turismo no frio, hoje não estão mais sozinhos. Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais despertaram para esse mercado milionário. E o Vale do Taquari não pode dormir no ponto.

As temperaturas baixas estão ai e as oportunidades também.

365vezesnovaledotaquari@gmail.com

FÁBIO KUHN

Patrocínio

O charme da geada nos cenários do Vale do Taquari

Até as paisagens da região baixa do Vale do Taquari se transformaram com a geada forte. A imagem ca próximo da divisa entre Paverama e Fazenda Vilanova

VILLAGGIO DEI MONTI/ DIVULGAÇÃO

Em Anta Gorda, o pomar da família Pitol cou ainda mais charmoso com a geada

DIVULGAÇÃO/NOZES PITOL FÁBIO ALEX KUHN

Pousada de Doutor Ricardo, o Villaggio dei Monti amanheceu dessa forma na quarta-feira

O fotógrafo Rafael Bernardon captou a grama branca no interior de Putinga

RAFAEL BERNARDON/DIVULGAÇÃO