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Quinta-feira, 23 outubro 2025 | Ano 23 - Nº 3958 | R$ 5,00 (dia útil) R$ 9,00 ( m de semana)
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Quinta-feira, 23 outubro 2025 | Ano 23 - Nº 3958 | R$ 5,00 (dia útil) R$ 9,00 ( m de semana)
de renda e quer gerar R$ 5 milhões em negócios durante a programação.
PÁGINA | 7 CICLOVIA REGIONAL
RABAIOLLI
Casas, lojas e salas comerciais que ficaram meses vazias voltam a ser alugadas, especialmente na área do centro histórico de Lajeado, entre as cotas 29 a 33. Nesses locais, onde o mercado imobiliário ficou praticamente estagnado, há sinais de recuperação e o desejo de prosperar. PÁGINA | 9
Um dos investimentos mais aguardados pela região, ciclovia entre Estrela e Imigrante ainda não foi finalizada. Trabalhos começaram em 2022, mas entraves administrativos e as enchentes históricas atrapalharam o cumprimento do cronograma original. Trecho de Colinas é o mais adiantado, com 91% de conclusão. Obra contempla 28 quilômetros de faixa exclusiva para ciclistas e Estado liberou R$ 12 milhões para a execução.
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Serviço paralisado há mais de um ano será retomado com objetivo de promover a rotatividade das vagas na área central. Pelo novo formato, haverá tolerância de 10 minutos.
| Região Alta
A hora da piscicultura gaúcha ABRE
A1ª Aquibom, em Bom Retiro do Sul, representa um passo necessário para transformar potencial em economia real. A região tem condições, seja pelos recursos naturais, conhecimento técnico, produtores e tecnologia. Falta organização, política pública e continuidade. Enquanto estados vizinhos estruturam cooperativas, frigoríficos e políticas de incentivo, o RS ainda depende de esforços isolados. O Vale do Taquari, que busca novas alternativas de renda após sucessivas tragédias, encontra na piscicultura uma oportunidade concreta de diversificação produtiva.
A região tem condições, seja pelos recursos naturais, conhecimento técnico, produtores e tecnologia. Falta organização, política pública e continuidade”
Para se ter uma ideia, o Paraná, referência nacional, produz mais de dez vezes o volume gaúcho, com cooperativas integradas, frigoríficos regionais e programas de incentivo coordenados.
A Aquibom alerta para esse atraso e tenta corrigir a rota. A feira nasce com o propósito de aproximar produtores, ciência e mercado. Une o setor público, a iniciativa privada e a pesquisa em torno de um mesmo objetivo: transformar a aquicultura em uma alternativa de renda sólida, com base técnica, sustentabilidade e inserção econômica regional. É uma aposta na diversificação produtiva e no futuro do interior.
O desafio é garantir que o movimento vá além do evento. É preciso integrar cadeias, manter assistência técnica e assegurar crédito contínuo. Neste sentido, a piscicultura pode ocupar um papel importante na reconstrução regional. Depende menos da natureza e mais de gestão e decisão. O momento é de estruturar o setor.
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Fundado em 1º de julho de 2002
Vale do Taquari - Lajeado - RS
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Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Impressão Zero Hora Gráfica
Diretor Executivo: Adair Weiss
Diretor Editorial e de Produtos: Fernando Weiss
“Quero que a Pèrla cresça e chegue a mais mulheres, porque vejo elas realizando sonhos com a marca”
AlajeadenseAmanda BlackFühr,22,semprefoi apaixonadapormodae, hoje,estáàfrentedaPèrla Classics,marcaderoupas femininasqueelamesma criou.Inauguradaem2024, a marca focada em vestidos vendeparatodooBrasil eacumulaquase90mil seguidoresnasplataformas digitais.Naspeçasde roupa, o toque vintage, masatemporal,exprimeo cuidado de Amanda com os detalhes
Raica Franz Weiss raica@grupoahora.inf.br
Como surgiu a ideia da Pèrla?
Trabalhar com moda era um sonho desde que eu era criança, mas não via como algo acessível para mim. Sempre tive o apreço pela costura. Minha avó me ensinou a costurar à mão, ela mandava fazer as roupas dela, então eu sempre brincava com os retalhos e fazia roupinhas para as bonecas.
Quando decidiu criar a empresa?
No final de 2021, comecei a trabalhar com marketing voltado à moda feminina e entrei muito de cabeça no segmento. Isso foi essencial para o meu aprendizado. Entendi o que as clientes gostavam ou não, comecei a entender melhor sobre esse universo. Chegou um momento em que decidi sair do marketing e abrir minha própria empresa, assim nasceu a Pèrla.
Imaginou que iria tomar a proporção que tem hoje?
A Pèrla foi lançada oficialmente em abril de 2024 e cresceu muito. Não imaginava que seria assim tão rápido. Em dois meses, criamos a história da marca, identidade visual, os modelos, definimos as costureiras. Quando lançamos, tínhamos pensado em um faturamento e foi o dobro. Hoje, a marca tem projeção nacional, percebo que a maior parte do meu público não está aqui na região ou no estado, mas sim na região Sudeste do Brasil. Acho que um dos maiores desafios é lidar com a demanda de pedidos, mas sem nunca perder a essência da marca.
Qual a inspiração da Pèrla?
É uma marca de roupas femininas, focada em vestidos, em especial. Gosto de dizer que são vestidos com uma alma antiga, uma essência vintage, inspirada na moda americana e europeia dos anos 1950. Cada coleção é desenvolvida com um propósito e uma história, já tivemos peças inspiradas em Hollywood dos anos 1950, no livro Jardim Secreto. Gosto de dizer que meu lema é ‘vista-se para sempre’.
Como funciona o processo de confecção?
As vendas são na loja online, mas a produção das peças é aqui na região. Todas as costureiras são terceirizadas, temos parcerias em Venâncio Aires e em Lajeado. As peças são por demanda, são cortadas e costuradas especialmente para cada cliente. Isso gera prazo de produção e exclusividade. Podemos até mesmo personalizar algum modelo ou comprimento. Um ponto muito importante é a durabilidade das peças, então optamos sempre por tecidos mais naturais. Os acabamentos são o diferencial, são bem minuciosos. E isso é um desafio, porque exige uma mão de obra muito qualificada.
Quais as projeções de futuro da marca?
Com certeza, está no horizonte a expansão da loja e aprimoramento dos produtos. Quero ter maior estoque à pronta entrega, para datas como black friday. Sonho muito em fotografar as coleções em outros países, como no sul da França, na Itália. Hoje já temos a Pèrla Bridal, pensada para noivas. Penso também na possibilidade de expandir para calçados e acessórios, os clientes pedem. Meu objetivo com a Pèrla sempre foi realizar um sonho e ainda viver uma vida que me permitisse conforto e descanso. Quero, genuinamente, que a Pèrla cresça e chegue a mais mulheres, porque vejo elas realizando sonhos com a marca e isso me realiza demais.
Odia 23 de outubro é simbólico aos aviadores. É nesta data que o Brasil celebra o Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira, uma data emblemática para recordar o histórico voo de Alberto Santos Dumont com o seu 14-Bis, em 1906, na França. Nesse dia, o mundo verificou a primeira aeronave mais pesada que o ar decolar por meios próprios meios, colocando o Brasil na vanguarda da aviação mundial. E, passados quase 220 anos do histórico voo de Dumont, o tráfego aéreo está cada vez mais democratizado. Hoje, o acesso às vantagens do modal aeroviário é muito mais usual entre empresários e trabalhadores dos mais diversos segmentos da nossa economia, sem falar em questões relacionadas à saúde, ao turismo e ao transporte de cargas. Não por menos, líderes regionais estão empenhados
na busca pela pavimentação do Aeródromo Regional do Vale do Taquari, instalado há décadas no bairro São José, em Estrela. Não é capricho. Nem brincadeira de fim de semana. Reforçar e reformular o nosso aeródromo é um movimento crucial para seguirmos atraindo novas empresas, novos investidores e, acima de tudo, para manter e elevar a competitividade de quem já aposta, empreende e vive em nosso Vale. É fato. O modal viário encurta distâncias. E ainda estamos mais distante dos grandes centros se nos compararmos com outras regiões do RS. Por isso, e por muito mais, precisamos buscar recursos para ampliar e pavimentar a pista atual. Ou para construir um novo e mais robusto aeródromo na divisa entre Estrela e Colinas, dentro de um projeto que tramita nos bastidores da prefeitura de Estrela e no gabinete do Senador Luis Carlos Heinze (PP).
rodrigomartini@grupoahora.net.br
RODRIGO MARTINI
Mozart sobe o tom e ataca o “mensageiro”
A sessão plenária desta semana na câmara de Lajeado foi bem mais tranquila se comparado aos ois ou três encontros passados. Mas, e diante da iminência de iniciarmos uma ampla investigação sobre as condutas de determinados servidores, ex-servidores e empresas terceirizadas pelo poder público municipal, era de se esperar alguns posicionamentos mais instigantes por parte dos principais atores desta nova CPI instaurada em solo lajeadense. A começar pelo presidente da comissão parlamentar, o experiente vereador e ex-secretário municipal, Mozart Lopes (PP). Durante a fala, o representante do governo decidiu atacar o principal mensageiro da oposição no caso das supostas obras irregulares. Lopes citou parte do currículo do responsável pelo dossiê com as primeiras denúncias, e ressaltou a possível falta de conhecimento pericial do citado. “Na próxima revisão do nosso regimento, vamos cobrar que as denúncias venham com RT de engenheiro. Tá muito fácil atirar pra cima 50, mais 27 (denúncias) só porque um empreiteiro não ganha mais licitação e revoltado traz os papéis, joga tudo pra cima e nós agora vamos correr atrás de perito”.
O governo sancionou o projeto de lei apresentado pela vereadora Ana da Apama (PP) e aprovado no plenário. Em resumo, a medida autoriza a instituição do programa Câmbio Verde, destinado à troca de materiais recicláveis por gêneros alimentícios de origem agrícola. Para isso, o Executivo
deve firmar parcerias com cooperativas de reciclagem, associação de catadores e produtores rurais, e o programa poderá ser financiado com recursos provenientes do orçamento municipal, convênios com entidades públicas e privadas, entre outras formar. E o propósito, claro, é incentivar a coleta
seletiva e a destinação correta dos resíduos recicláveis; promover a segurança alimentar e nutricional da população em situação de vulnerabilidade; fomentar a conscientização ambiental e a sustentabilidade; e estimular a economia circular e o fortalecimento da agricultura local.
- Cometi uma gafe quase imperdoável na edição de ontem. Escrevi que Valdir Griebeler (MDB) era o vice-prefeito de Teutônia. A bem da verdade, Evandro Biondo (MDB) é o vice-prefeito e Griebeler o secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo. - Ainda em Teutônia, seguem os burburinhos a câmara de vereadores acerca da possível punição do vereador Dirinho (PSD) por parte da mesma Comissão de Ética que puniu a vereadora Neide Schwartz (PSDB) com dois meses de suspensão do mandato e do salário (punição que se encerra no próximo dia 4). Dirinho teria ofendido Neide. E vale lembrar que a punição máxima é de 180 dias.
Free flow sob críticas em SP.
Sob pressão de partidos de oposição (ligados à esquerda, principalmente) mas, também, por alguns representantes de siglas aliadas, o governador de São Paulo suspendeu momentaneamente a instalação de 10 pedágios do modelo free flow (cobrança eletrônica e sem cancelas), a maioria na Rodovia Raposo Tavares, que a capital paulista à região de Sorocaba (SP). Tarcísio de Freitas (Republicanos) cedeu à repercussão negativa e a mobilização de políticos da região, como prefeitos e vereadores, principalmente. E a queixa principal, consentida pela própria Agência de Transporte de
São Paulo, a Artesp, se concentra na divisão de bairros e/ou localidades de um mesmo município. Ou seja, pórticos de pedágio urbanos que acabam dividindo comunidades. Um debate bem conhecido aqui em nossos pagos, também. Especialmente pelos moradores de Encantado, que desde 1998 convivem com uma praça de pedágio tradicional que separa a localidade de Palmas do centro da cidade. Ou seja, e independente do modelo de cobrança, é sempre necessário se atentar aos impactos das possíveis divisões de bairros e, também, entre cidades polo e municípios menores.
Durante encontro, vereadores detalharam dez obras e encontraram inconformidades entre empenhos, projetos e execução. Grupo planeja visitas aos locais, contratação de engenheiro para perícia e contato com PDS Obras
Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br
Henrique Pedersini henrique@grupoahora.net.br
LAJEADO
As ações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), formada na câmara de vereadores para apurar supostas irregularidades em obras públicas de Lajeado, seguem no formato de análise documental e visitas informais às
intervenções citadas nas denúncias. Em reunião nessa quartafeira, 22, os integrantes detalharam dez reformas e apontaram possíveis inconformidades entre empenhos, projetos e execução. Com posicionamentos distintos entre as informações apuradas, a comissão enfatiza a necessidade de uma análise técnica para averiguar as intervenções sob suspeita. A contratação de engenheiro ou perito capacitado para emitir um laudo deve ser encaminhada pela câmara. Para o próximo encontro, os parlamentares pretendem apresentar os detalhes de mais 15 obras.
A comissão entende que é fundamental a verificação por um profissional da área, que será responsável por medições e constatações se serviços como pintura e inclusão de materiais previstos em contratos foram devidamente utilizados nas reformas executadas pela empresa PDS Obras Ltda.
A intenção é solicitar indicações ao Judiciário. “Se vier um aferimento de engenheiro, a gente
compara o projeto ao empenho. Se não, ficamos dando voltas. Tudo o que for além disso, me parece sem importância”, avaliou o secretário da comissão, Eder Spohr (MDB). O relator Ramatis de Oliveira (PL) concorda com a necessidade de um parecer especializado, mas pede uma verificação dos documentos para checar dados apresentados inclusive nas de-
núncias. Na opinião dele, a partir da análise documental, também é possível identificar possíveis irregularidades. “O laudo precisa vir o quanto antes”, reforçou. Para o presidente Mozart Lopes (PP) também é necessário convocar os fiscais da obra para acompanhar os trabalhos. Ele também ressaltou a importância de repassar todos os papéis e, ao mesmo tempo, encaminhar com a presidente da câmara o formato de contratação do estudo técnico. Nesta quinta-feira, 23, o trabalho terá sequência e a intenção é repassar todos os contratos no menor tempo possível e partir para as visitas aos locais.
Obstáculos estão relacionados a desapropriação de áreas, ampliação da faixa de rolamento e readequação de projetos. Trajeto entre Estrela, Colinas e Imigrante possui cerca de 28 quilômetros. Obra foi anunciada em 2022, por meio do Programa Avançar no Turismo
Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br
Andreia Rabaiolli centraldejornalismo@grupoahora.net.br
Umas das obras turísticas mais aguardadas na região segue sem previsão de finalização. A ciclovia intermunicipal, entre os municípios de Estrela, Colinas e Imigrante, possui diversos trechos afetados pelas cheias e enxurradas que atingiram as três cidades. Além disso, entraves administrativos paralisam o avanço da construção em partes do trajeto. Os municípios tentam superar os impasses para garantir a retomada integral dos trabalhos e buscam recursos para concluir a execução em 2026. Desde pista
de rolamento que não comporta o traçado da ciclovia à desapropriação de áreas, projetos para atender essas demandas e complementar recursos são analisados junto ao governo estadual. A obra do trecho em Estrela, ponto inicial do trajeto, possui 69% de execução. Segundo o engenheiro responsável pelas intervenções no município, Rodrigo Skrsypcsak, o traçado entre o acesso à Linha Geraldo e a Emef José Bonifácio, no distrito de Costão, é o principal obstáculo para finalização da ciclovia na cidade. O projeto original, conforme o engenheiro, não prevê a reconstrução do aterro na entrada da localidade. Enquanto o município aguarda o posicionamento da Secretaria de Turismo do RS sobre a incrementação de recursos, ocorre reuniões junto aos moradores do distrito para definir ajustes na
passagem da ciclovia, que incide sobre áreas com calçadas e estacionamentos.
O município de Colinas possui 91% do projeto executado em um trecho de quase seis quilômetros, afirma o prefeito Marcelo Schroer. No entanto, segundo ele, dois pontos ao longo da ERS-129 seguem sem solução. “A pista de rolamento da rodovia não comporta o traçado previsto, e o projeto original não prevê ampliação da faixa”, comenta.
Os entraves citados pelo gestor são referentes a dois locais às margens da rodovia estadual. “Um fica localizado nas proximidades do acesso à Linha Santo Antônio e outro próximo ao antigo Moinho”, explica. A proposta inicial, de via compartilhada, foi considerada insegura para ciclistas. A prefeitura solicitou ao Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) a inclusão de galerias e ampliação da pista durante a recuperação da ERS-129.
Outro ponto de impasse ocorre no limite com Imigrante, onde o trecho em área de mata exige nivelamento do solo. A estimativa é de incremento de R$ 1 milhão para as adequações. Manutenção e limpeza do trecho são feitas pelo município devido à grande utilização do trajeto por ciclistas e moradores locais, ressalta o prefeito.
Os maiores entraves estão concentrados em Imigrante. O prefeito Germano Stevens diz que o projeto precisou ser reajustado após parte da ciclovia construída ser destruída pela força das águas em maio de
Daer e prefeitura não chegam a um consenso sobre responsabilidade de manutenção do trecho
2024. Segundo o gestor, cerca de 50% da obra do trecho no município está concluída.
O prefeito destaca que as atividades devem ser retomadas nos próximos dias. Além das readequações no projeto, o município aguarda recursos aprovados junto à Defesa Civil Nacional para construção de muro de contenção para proteção do trecho destruído anteriormente. A intervenção está projetada junto ao trajeto na rodovia estadual em direção a Daltro Filho.
Com a mudança nos projetos originais e obtenção de novos recursos para andamento da obra, os municípios calculam o valor total investido na ciclovia.
Entre Estrela e Colinas, um poste fixado no meio da ciclovia se tornou símbolo dos problemas de planejamento da obra. O obstáculo, localizado no distrito de Costão, causa indignação entre usuários. O ciclista e coordenador de informática Cristiano Gossmann formalizou denúncia à prefeitura e ao Daer, mas o caso permanece sem solução há mais de um ano.
Em resposta enviada ao morador, a 11ª Superintendência Re-
Após a finalização, esta deve ser umas das maiores ciclovias intermunicipais do país. O ato de assinatura de início das obras ocorreu em 20 de agosto de 2022. No total, a ciclovia terá mais de 28 quilômetros de extensão, com investimentos superiores a R$ 12 milhões, por meio de recursos do programa estadual Avançar no Turismo e contrapartidas dos municípios. Em Estrela, o trajeto inicia nas proximidades da ponte na localidade de São José. A ciclovia se estende até o bairro Daltro Filho, em Imigrante.
gional do Daer informou que não foi consultada sobre o projeto da ciclovia e que o poste já existia antes da execução da obra. O órgão atribuiu à prefeitura a responsabilidade de resolver a situação. A administração municpal, por sua vez, afirma que a remoção depende do Daer, por estar em faixa de domínio do departamento.
Primeira edição da Aquibom, em Bom Retiro do Sul, une técnica, cultura e negócios para colocar o Vale no mapa da aquicultura gaúcha
Filipe Faleiro
filipe@grupoahora.net.br
VALE DO TAQUARI
Aproximar a cadeia produtiva, tecnologia e público, com o propósito de ser um embrião para a virada de chave na aquicultura regional e gaúcha. Neste propósito se concentra o objetivo da 1ª Feira Estadual de Aquicultura de Bom Retiro do Sul (Aquibom).
O evento ocorre de 7 a 9 de novembro, no Recanto Nova Paraíso. “Temos potencial para criar alternativas de renda. Temos água de sobra, conhecimento técnico, nos falta organizar”, destaca o idealizador, diretor do Instituto de Formação e Desenvolvimento Educacional (IFDE), Mauro Hauschild. Com apoio da Emater-Ascar/ RS, governo do Estado e do município, a Aquibom reunirá mais de 80 expositores, instituições de pesquisa, universidades, produtores, cooperativas e investidores.
“O Vale sofreu, mas agora é hora de olhar para frente. A piscicultura é uma alternativa viável, com grande potencial. A feira é um passo para transformar essa força em realidade”, acredita Hauschild.
O engenheiro agrônomo da
Emater, Diego de Oliveira, destaca que a piscicultura é um setor pouco aproveitado no RS. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Estado produz cerca de 14 mil toneladas de peixe. Número modesto na comparação com o Paraná, com mais de 170 mil toneladas. O país produz cerca de 887 mil toneladas por ano, sendo a tilápia responsável por 65% do total. “A piscicultura é uma oportunidade clara de diversificação da renda rural. É uma cadeia curta, sem intermediadores. Caso haja rigor e assistência técnica”, destaca.
De acordo com ele, cada hectare de lâmina d’água pode gerar de R$ 30 mil a R$ 50 mil por ciclo de cultivo. “É uma atividade que pode complementar a renda de
pequenos produtores, especialmente onde o solo é limitado para outras culturas”, diz.
A Aquibom é pensada para ser feita a cada dois anos, consolidando-se como vitrine estadual da aquicultura e um fórum de debate sobre o futuro da produção de proteína animal no RS. Nesta primeira edição, são esperadas cerca de 10 mil pessoas, de mais de 100 municípios, com projeção de alcançar R$ 5 milhões em negócios e prospecções.
A Feira da Aquicultura de Bom Retiro do Sul pretende mostrar na prática como ciência e campo podem caminhar juntos. A programação técnica inclui palestras, oficinas e painéis sobre nutrição, qualidade da água, energia solar na piscicultura, policultivo e estratégias de comercialização.
O evento também contará com a Assinatura de Protocolos de Intenção entre entidades públicas e privadas para financiamento de novos empreendimentos, ampliação de irrigação e melhoria da infraestrutura energética para o setor. Assistente técnico de produção animal da Emater, João Sampaio, acredita que a feira marca um novo ciclo. “É o primeiro grande evento a tratar a aquicultura de forma integrada. Precisamos transformar o peixe em produto de valor e abrir mercado”, resume.
Agenda de shows
Junto com o apelo para organizar a cadeia produtiva, a Aquibom terá uma estrutura completa de lazer e cultura. Shows nacionais e regionais farão parte dos três dias de evento. Entre os destaques está o grupo Di Propósito, de Brasília, no sábado (8). Também estão na agenda nomes como Lucas e Felipe, Grupo do Bola, Aperte o Play e Tchê Barbaridade, que abre o evento na sexta-feira, 7 de novembro. O domingo (9) será dedicado ao tradicionalismo, com apre-
1ª AQUIBOM –
Feira Estadual de Aquicultura
Onde: Recanto Novo Paraíso, Estrada da Sanga Funda, Bom Retiro do Sul
Quando:
7 a 9 de novembro de 2025
Atividades: palestras, oficinas, exposição de tecnologias, gastronomia e shows
Expectativa de negócios: R$ 5 milhões
Público esperado: 10 mil visitantes
Ingressos no sympla.com.br
sentações locais, a presença do jovem gaitero Ezequiel Dartora, de Cruzeiro do Sul, e grupos regionais. Haverá ainda praça de alimentação temática, espaço pet, estacionamento, áreas de convivência e venda de peixes frescos e pratos típicos.
A escolha de Bom Retiro do Sul considera o potencial na aquicultura e os investimentos do setor privado, inclusive com projetos de frigoríficos em andamento e com produtores em fase de expansão. A expectativa é que, nos próximos anos, a cidade se torne referência regional em piscicultura sustentável.
“O objetivo é sair do amadorismo e pensar a cadeia completa. Temos produtores, recursos naturais, conhecimento e mercado. Agora precisamos conectar tudo isso. A Aquibom vem para acelerar essa integração”, reforça Hauschild.
O prefeito, Celso Pazuch, acredita que o setor pode abrir um novo ciclo econômico. “A piscicultura é uma atividade limpa, que gera oportunidades e fixa o homem no campo. Nosso papel é apoiar e ajudar o setor a crescer”, afirma.
vinibilhar@grupoahora.net.br
VINI BILHAR
De uma lavanderia de dois metros quadrados para uma clínica de 110 metros. É assim que começa a história da empresária Evelin Deves, um exemplo de como propósito e disciplina podem transformar um sonho em empreendimento sólido.
Com coragem e paixão pelos animais, Evelin construiu, passo a passo, o que hoje é o Centro Veterinário Bem Estar — referência regional em cuidado e inovação na área veterinária.
À frente de uma equipe multidisciplinar, que reúne fisioterapeuta, cardiologista, especialista em silvestres, pneumologista e clínico geral, ela ampliou o conceito de atendimento, unindo estrutura moderna, tecnologia e acolhimento. O espaço realiza consultas e tratamentos que vão de cães e gatos a espécies exóticas, como ring necks, papagaios e calopsitas, um portfólio que reflete a crescente diversificação e profissionalização do setor pet. Os resultados vieram junto com a expansão. Após consolidar a matriz em Lajeado, aberta em 2024, Evelin levou o modelo a Marques de Souza, em abril deste ano, e, mais recentemente, criou a Deves Assessoria Veterinária, voltada à gestão técnica e estratégica de clínicas. Mais do que um caso de sucesso, o empreendimento simboliza uma mentalidade que ganha força no ecossistema empreendedor do Vale do Taquari: a de quem transforma conhecimento técnico em negócio estruturado, com base em gestão, especialização e visão de longo prazo.
Prestes a completar dois anos, o Centro Veterinário Bem Estar se consolida como um exemplo de crescimento sustentável —
aquele que nasce pequeno, mas com propósito grande. E, como resume Evelin, “desistir nunca foi uma opção”.
Dólar: R$ 5,39 (0,13%)
Ibovespa: 144.843,94 (0,53%)
A Docile espera um crescimento de 20% nas vendas neste Halloween em relação ao ano passado. A data tem se tornado uma das mais importantes para o segmento. A empresa aposta em uma linha temática especial, com oito produtos voltados tanto para a tradicional brincadeira do “doces ou travessuras” quanto para celebrações em família ou no trabalho. Entre os destaques estão os canudinhos Vassoura de Bruxa, as gelatinas Mini Amoras e as Gomas de Abóbora em embalagens menores, além das pastilhas de Halloween, novidade da temporada. Para festas e decorações, o Maxmallow recheado ponta -língua e os Dentes de Vampiro lideram a procura.
Segundo a diretora Comercial e de Trade, Adriana Donelian, a maior demanda é por produtos monodose. “Esse é um período de ouro para o setor, com alta relevância e fortale-
cimento da marca em todo o país”, afirma. As vendas ao consumidor final se concentram nas duas últimas semanas de outubro.
A Black Friday segue como uma das datas mais aguardadas pelos brasileiros, mas também uma das mais desafiadoras para o orçamento. Pesquisa da Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box mostra que 72% dos consumidores afirmam se planejar financeiramente, porém 23% já ultrapassaram o limite do cartão de crédito em edições anteriores e 12% se endividaram ao tentar aproveitar descontos.
Mesmo com maior cautela, 42% garantem que irão comprar, e o preço continua sendo o principal
fator de decisão, citado por 41%. Para o especialista da Serasa, Rodrigo Costa, o evento pode ser vantajoso se houver planejamento. “O ideal é comparar preços, definir um limite e evitar parcelamentos longos”, orienta. Entre os itens mais desejados estão produtos de tecnologia, como celulares, TVs e computadores (41%), seguidos por eletrodomésticos (35%) e pelo pagamento de dívidas (32%), reflexo da busca por equilíbrio financeiro em um cenário econômico ainda desafiador.
Andreia Rabaiolli centraldejornalismo@grupoahora.net.br
Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
LAJEADO
Um ano e meio depois da enchente que devastou o Vale do Taquari, o medo começa a dar lugar à retomada. O mercado imobiliário, que ficou praticamente parado por meses, dá sinais de recuperação, inclusive em áreas que ficaram debaixo d’água em 2024.
A gerente de locação Rosemeri Grasel, da Imobiliária Jacques, explica que o movimento voltou de forma gradual. Muitos imóveis permaneceram fechados por longo tempo, seja por reformas ou pelo receio dos proprietários e inquilinos, mas agora começam a ser novamente ocupados. “O cenário está mudando. Ainda é um processo lento, mas visível”, comenta.
O avanço é mais evidente no setor residencial. Segundo Rosemeri, a imobiliária realizou cerca de 20 novas locações nos últimos meses, a maioria em casas de bairros mais altos. No comércio, a retomada é mais cautelosa, mas já há sinais de reação.
Na cota 29, nas imediações do Genes Centro de Negócios, uma loja de congelados abriu as portas há menos de um mês. Rosemeri acredita que o fator psicológico pesa mais que o econômico. Depois de meses sem cheias, o sentimento de segurança aumentou. “O medo passou. As pessoas estão voltando a investir, a morar e a acreditar na estabilidade da cidade”, resume.
Ela também destaca o crescimento populacional e o movimento de chegada de trabalhadores de outras regiões e países. O setor industrial, especialmente o alimentício, tem atraído mão de obra estrangeira, o que aquece o mercado de aluguel. “As empresas estão contratando, e quem vem de fora precisa morar. Isso mantém o ritmo das locações”, avalia.
Para Rosemeri, o atual momento é de reconstrução e aprendizado. “Os traumas ficam, quem viveu não esquece. Mas a vida precisa seguir. O medo passa, os negócios voltam e a cidade se refaz.”
Casas, lojas e salas comerciais que ficaram meses vazias voltam a ser alugadas, especialmente na região do centro histórico, entre as cotas 29 a 33, onde novos empreendimentos começam a reabrir as portas
Empresário celebra negócio
O empresário Adriano José Fachini, 48 anos, proprietário da Agropecuária Central, decidiu permanecer no centro histórico, mesmo depois da enchente. “Eu estava na cota 30 e agora subi para a cota 33. Acredito que o que aconteceu foi um evento isolado. Aqui nunca tinha alagado antes, então decidi continuar”, explica. Fachini conta que abrir mão da região nunca foi uma opção. Isso porque o lugar é muito próspero.
“A movimentação é excelente, tem escola, prefeitura, bancos e clientes de toda a cidade. É o centro antigo, e ele continua sendo forte.”
Além de reabrir a loja, planeja ampliar o negócio. “Quero transformar parte do espaço em clínica veterinária. A ideia é investir, fazer parcerias e crescer ainda mais.”
Adriano acredita que permanecer é também um gesto de confiança. “Mesmo que aconteça de novo, vale a pena. O movimento é constante e o retorno vem. Aqui a cidade inteira passa.”
A retomada do comércio em áreas afetadas pelas enchentes está entre as principais bandeiras de duas entidades: o Comitê Gestor do Centro Histórico e também da Associação de Moradores do Centro, esta recém-criada. Por conta das inundações, muitos empreendedores deixaram a região, que busca se desenvolver novamente. O movimento se soma a outras iniciativas que buscam uma retomada da área central, como o projeto de requalificação da rua Júlio de Castilhos, principal via comercial de Lajeado, e, ainda, a reestruturação dos parques Ney Santos Arruda, às margens do Rio Taquari, e dos Dick.
Apresentações marcaram a programação no bairro São Cristóvão
Programação na rua Washington Luís reuniu famílias, vizinhos, voluntários e apoiadores em uma noite de apresentações de dança, teatro e filme
Andreia Rabaiolli centraldejornalismo@grupoahora.net.br
LAJEADO
AAssociação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Lajeado comemorou em grande estilo seu aniversário de 54 anos. Na noite de terça-feira, 21, a entidade promoveu o FestApae –Festival na Rua da Apae, evento cultural que valorizou a arte, a inclusão e a diversidade.
A programação ocorreu na rua Washington Luís, no bairro São Cristóvão, ao lado da sede da instituição, e reuniu famílias, vizinhos, voluntários e apoiadores em uma noite de apresentações de dança, teatro e cinema.
Para viabilizar a atividade, a rua foi fechada para o trânsito de veículos, transformando o espaço em um grande palco ao ar livre. O público levou cadeiras e participou em clima de confraternização, celebrando a convivência e a integração.
A diretora da Apae Lajeado, Ana Paula Rech, destacou que a programação da FestApae foi idealizada pelo diretor social Gilberto Soares como uma forma de levar a comemoração para fora dos muros da entidade.
“Celebramos uma trajetória de desafios, crescimento e
conquistas. São 54 anos que só fazem sentido porque a Apae tem um propósito na vida de muitas famílias. Hoje, agradecemos aos parceiros, voluntários, patrocinadores, poder público, profissionais e, principalmente, aos pais que nos confiam o seu bem mais precioso: os filhos”, afirmou. Atualmente, a Apae de Lajeado atende mais de 500 famílias e oferece serviços e projetos voltados à educação, saúde e desenvolvimento social. O festival marcou um momento simbólico de celebração da inclusão e do protagonismo das pessoas com deficiência.
Sobre a entidade
Ao todo, a Apae Lajeado conta com 57 profissionais, que prestam atendimentos a alunos, pacientes e usuários nas áreas de assistência social, educação e saúde. É uma entidade de referência, abrangendo o atendimento de PCDs de 13
Celebramos uma trajetória de desafios, crescimento e conquistas. São 54 anos que só fazem sentido porque a Apae tem um propósito na vida de muitas famílias.”
municípios da região. Além dos atendimentos de serviços de Assistência Social (Suas), a APAE possui a Escola de Educação Especial Bem Me Quer, reconhecida pelo Conselho Estadual de Educação e atendimentos clínicos na área da saúde conveniados através do SUS.
Estudantes receberam o jornal impresso produzido por eles, o “9º Ano D’Hora”
Publicação “9º Ano D’Hora” foi produzida pelos estudantes da Escola Estadual Moisés
Cândido Veloso
Luciane Eschberger Ferreira luciane@grupoahora.net.br
LAJEADO
ODia da Paz será marcado com uma programação especial organizada pela administração municipal por meio do Pacto Lajeado pela Paz. Nesta quinta-feira, 23, às 9h, ocorre a palestra “Você é o seu primeiro líder. Lidere-se!” O comandante do 1º Batalhão de Operações Litorâneas de Fuzileiros Navais, André Luiz Guimarães Silva, conduzirá a atividade, que ocorrerá no Auditório do Sicredi, na rua Piraí, número 97, com entrada gratuita. A programação tem sequência às 18h45, no Teatro Univates. O doutor em Comunicação pela PUCRS Dado Schneider abordará o tema “Conflito de gerações, a gente vai ter que se entender!” A entrada é gratuita.
Os estudantes do 9º ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental Moisés Cândido Veloso, de Lajeado, vão lançar o jornal “9º Ano D’Hora”. Uma parceria entre o programa Somar, do Pacto Lajeado pela Paz, e o Grupo A Hora viabilizou a oficina de jornalismo para a turma que se despede da instituição este ano rumo ao Ensino Médio.
Durante os encontros semanais, os alunos aprenderam técnicas básicas de entrevista, critérios de noticiabilidade e produção textual. Depois, definiram as pautas, entre elas adolescência, racismo e esporte, e foram a campo fazer as entrevistas. O resultado foi um jornal de oito páginas que será lançado hoje. A turma também visitou o Grupo A Hora e pôde conversar com profissionais da área de comunicação do jornal impresso, da rádio e do portal. A visita foi uma experiência interessante para o aluno Arthur da Silva Gebauer. “Gostei de saber como o jornal é feito.”
A aluna Yasmin Sabryna de Freitas escolheu o tema sexualidade. Ela conta que ficou um pouco nervosa no momento da entrevista com o criador da drag queen Shuri The Queen, Anderson Farias, 30. Mas destaca: “Ver a minha matéria no jornal foi muito impactante, não esperava. É muito bom falar com alguém que a gente é fã.”
A pauta escolhida por Rafaela Lang da Chaga foi sobre racismo. Ela entrevistou a professora e vereadora Rosane Cardoso. “Foi uma experiência única. A Rosane esclareceu todas as minhas dúvidas.” A jovem considera o assunto um pouco delicado, mas avalia que a matéria ficou bem completa. “Adorei ver minha matéria no jornal.”
Os alunos Emanuel Domingues Fernandes, Arthur Nascimento da Silva e Pedro Henrique Mallmann fizeram uma estatística para saber quantos estudantes da escola eram colorados e quantos torciam para o Grêmio. Eles também apu-
Mãe de Draco Malfoy nos livros de "Harry Potter" Pálido, em inglês
Diz-se das orações unidas por conjunção aditiva (Gram.)
Documento de Arrecadação do eSocial (sigla)
Muito educada
tes de grupos como os do 8 de janeiro
raram as influências na escolha do time. “Foi uma experiência diferente, algo bom de fazer na escola, além de estudar”, comenta Emanuel. Ele e os colegas gostaram de ver a reportagem no jornal do 9º ano. “Valeu a pena. É inspirador ver as nossas coisas tendo futuro, ver a gente no jornal, tendo o protagonismo que a gente tem que ter”, finaliza Emanuel.
A coordenadora do Pacto Lajeado pela Paz, Tânia Fröhlich Rodrigues, relata que a equipe está ansiosa para o evento com Dado Schneider, que vai abordar um tema relevante para atualidade: conflitos de gerações. “Acreditamos que a troca de experiências e ideias é fundamental para construirmos uma sociedade mais harmoniosa.” A coordenadora destaca que também será uma oportunidade para apresentação dos resultados do Pacto Lajeado pela Paz, que tem como objetivo promover a paz na comunidade. “É um momento especial para refletirmos sobre como podemos trabalhar juntos para superar os desafios e construir um futuro melhor.”
No evento, serão discutidos temas relevantes para todas as gerações, com um público diversificado e engajado. “E, para completar, vamos lançar o jornal do 9º ano da Moisés Cândito Veloso, um projeto incrível que mostra o talento e a criatividade dos nossos jovens. É um evento que promete ser enriquecedor e inspirador para todos.”
Outras informações sobre os dois eventos pelo telefone (51) 3982-1262 ou do e-mail pacto@ lajeado.rs.gov.br
Sítio arqueológico no litoral norte do Peru
O rio que não seca no estio
Mamífero da fauna brasileira (?) 31: a galáxia de Andrômeda (Astr.)
Trombeta indígena Descerrei
Foi infiel Diálogo de Platão
Observa Variante (abrev.)
(?) abaixo: desabar
Multidão (pop.) Espáduas
7/narcisa. 10/sindéticas. 16/ruínas de chanchan.
ÁRIES: Negocie prazos, encerre pendências e escolha um compromisso de alto impacto para cumprir ainda hoje. 21/03 a
TOURO: Alinhe expectativas, exponha necessidades, divida responsabilidades e defina como cada um contribuirá com a logística cotidiana.
GÊMEOS: Um passo importante no trabalho envolverá o uso de ferramentas que agilizarão sua produção.
CÂNCER: Aposte nos planos de expansão e invista no seu desenvolvimento. O dia fortalecerá suas bases afetivas e identidade.
LEÃO: Hoje o movimento começará em casa. Organize espaços, ajuste regras de convivência e encerre a pendência que drenava seu ânimo.
VIRGEM: Uma conversa direta limpará o ar e devolverá o foco. Tome a iniciativa nas interações de hoje, aproxime irmãos e avalie contratos.
LIBRA: Revise gastos, combine prioridades com quem divide a vida e escolha prazeres que caibam no bolso.
ESCORPIÃO: O dia trará reposicionamentos. Alinhe o discurso, atualize perfis e dê o primeiro passo de algo que depende só de você.
SAGITÁRIO: Vá fundo na terapia, medite, faça massagem ou se conecte com as forças da natureza e se fortaleça emocionalmente.
CAPRICÓRNIO: Motive a equipe, encontre amigos, marque presença num evento ou nas redes e se insira num mundo maior.
AQUÁRIO: Os resultados falarão por você. No amor, combinados simples protegerão a agenda do casal. Invista na sua imagem.
PEIXES: Resolva assuntos jurídicos, acerte a documentação e espere por respostas positivas numa disputa e aprovações.
MARIA DA ROSA DUTRA faleceu ontem, 22. O velório ocorre no Memorial Costa, em Taquari. O sepultamento ocorre hoje, 23, às 9h, no Cemitério Municipal de Taquari.
LAIRTON DE SOUZA, ontem, 22. O sepultamento ocorreu no Cemitério da Cruz das Almas, em Bom Retiro do Sul.
Torneio
inicia hoje e movimenta as quadras do Clube Comercial de Encantado. Acesso ao público é gratuito
Encantado se prepara para receber o maior torneio de beach tennis do Vale do Taquari. A 4ª Copa Cron Movimento Rosa inicia hoje, 23, e segue nas quadras do Clube Comercial até domingo, 26. O acesso ao público é gratuito. O evento promete movimentar atletas de todos os níveis e o público da região. Entre 342 beach tenistas confirmados, estão dois nomes de peso no cenário internacional: Fabrício Neis, número 13 do ranking da Federação Internacional (ITF), e Natã Porte, atual 46º colocado. Amanhã, 24, Natã comandará uma clínica especial para atletas interessados em aprimorar suas técnicas. Segundo Bidu Fiel, responsável pelo departamento de beach tennis do Clube Comercial, a expectativa é
alta. “A Copa já é referência no Vale do Taquari. Temos uma estrutura completa e um calendário diversificado para atender todos os níveis”, diz.
Os jogos ocorrem nas categorias Open, B, C, D e Iniciante. Na categoria Open, que será disputada no domingo, os campeões receberão R$ 4 mil. Os vices ganharão R$ 1 mil nas modalidades feminina e masculina.
Bidu destaca a importância do evento para o crescimento do esporte. “Além da competição, queremos fortalecer a comunidade do beach tennis na região, com jogos de alto nível e atividades que envolvam atletas e familiares”, comenta.
Além das partidas, o Clube Comercial oferecerá experiências gastronômicas locais, garantindo
Hoje (23): Iniciante
Masculino e Feminino
Amanhã (24): Categoria D Masculino e Feminino
Sábado (25): Categorias B e
C Masculino e Feminino
Domingo (26): Mista B, C e D, e Open Masculino e Feminino
conforto e lazer aos visitantes durante todo o torneio.
Ao lado do Cron como patrocinador máster, o evento conta com o apoio de Dália, Fachi Quiropraxia, Jay’Luc Cosméticos, Teu Olhar Oftalmologia do Vale, Ciamed, Britek, Sicredi e Baldo.
A Associação Lajeado de Futsal (Alaf) pode encerrar a trajetória no futsal profissional a partir de 2026. O anúncio foi feito pelo presidente Alexandre Heisler, que apontou a falta de recursos financeiros e o esgotamento pessoal como principais motivos para a decisão. Segundo Heisler, o encerramento das atividades profissionais não significa o fim da Alaf. O clube seguirá atuando com as categorias de base, em parceria com a administração de Lajeado e por meio de projetos sociais apoiados pelo Pró-Esporte RS. Atualmente, a entidade mantém trabalhos do sub-7 ao sub-17, além de projetos voltados à inclusão social por meio do esporte.
O dirigente explicou que, apesar da decisão encaminhada, ainda existe uma possibilidade de continuidade, caso surja um grupo disposto a assumir a gestão. “Ainda não é uma decisão final. Se aparecer alguém para assumir o time, temos que deixar seguir, sempre pensando na Alaf”, destacou.
Com mandato até o fim de 2026, Heisler garantiu que permanecerá no cargo até o término do período, independentemente da presença ou não da equipe profissional. “Infelizmente, não temos quem continue esse trabalho. Se ninguém aparecer, em 2026 estaremos sem equipe profissional”, lamentou.
Ao longo da última década, a
Alaf enfrentou um período de grandes dificuldades financeiras. As dívidas chegaram perto de R$ 1 milhão. A gestão de Heisler foi responsável por quitar os débitos e manter o nome do clube limpo, com regularidade fiscal e novos projetos em andamento, além do fortalecimento da base.
A possível saída da Alaf do cenário profissional representa o fim de um ciclo no futsal do Vale, onde o clube se consolidou como um dos principais representantes regionais na modalidade, disputando competições estaduais e nacionais. Neste ano, o time adulto terminou em último lugar no grupo e foi rebaixado para a terceira divisão da Liga Gaúcha.
arbitragem é um dos pilares fundamentais dos esportes competitivos e olímpicos. Muito além de aplicar regras, o árbitro exerce o papel de garantir a justiça, a ética e a integridade nas competições. No entanto, em modalidades de alto rendimento como a ginástica, onde cada detalhe técnico e estético é avaliado, a função do árbitro exige um nível de conhecimento e atualização constante. Estar presente nas competições e nos treinamentos é essencial para compreender o ambiente real do esporte e acompanhar as tendências que surgem a cada ciclo olímpico. A ginástica, por exemplo, está em constante evolução: novos ele-
A ATUALIZAÇÃO CONSTANTE
TRANSFORMA UM ÁRBITRO EM REFERÊNCIA
E ASSEGURA O FUTURO DAS COMPETIÇÕES
CREDIBILIDADE E EXCELÊNCIA”
compreender, vivenciar e evoluir junto com o esporte. A atualização constante é o que transforma um árbitro em referência e assegura o futuro das competições com credibilidade e
por Raica Franz Weiss
“Arroio
Uma exposição no saguão da prefeitura de Arroio do Meio contava um pouco da história do município. Intitulada “Arroio do Meio de estradas e picadas”, a mostra era organizada por Sérgio Nunes Lopes, na época, acadêmico do curso de História da Univates.
A exposição era fruto de um trabalho de pesquisa no arquivo
da prefeitura e contava parte da história do município a partir da evolução tecnológica das máquinas usadas para abrir as primeiras estradas. O trabalho envolvia fotos antigas, documentos e relatos de ex-funcionários responsáveis por manusear essas máquinas ao longo do tempo. Hoje, 20 anos depois, Sérgio é coordenador da Casa do Museu de Arroio do Meio.
Terezinha (e) recebia o prêmio de Maria Cecília, presidente do Lions
O Lions Clube Lajeado Centro entregava o Prêmio Lions Educação a Terezinha Valdameri Balestro. O prêmio era entregue anualmente ao educador que tinha se destacado na área da educação e em prol da comunidade. A láurea tinha sido criada em 1988, pelo então governador distrital do Lions, Ney Santos Arruda. A professora Terezinha era natural de Doutor Ricardo e tinha encerrado suas atividades na Escola Estadual Otília Corrêa de Lima, em Lajeado. Além disso, era catequista há 30 anos e ministra da eucaristia há 15 anos.
O Conselho Estadual da Educação autorizava o funcionamento da Escola Estadual de 2º grau de Encantado por meio de decreto. Comandada pelo diretor Walmir Claudio Griesang, a escola tinha sido criada em 23 de maio de 1975.
Na época, o educandário oferecia três habilitações: magistério, técnico em contabilidade e auxiliar de escritório, além do ensino regular. Naquele tempo, cerca de 772 alunos estavam matriculados. A escola funcionava no antigo prédio do Colégio São Pedro, que pertencia à Sociedade de Educação e Caridade.
Campanhas eram organizadas pela escola para conseguir material didático e móveis para a escola. Hoje, o educandário é conhecido como Instituto Estadual de Educação Monsenhor Scalabrini, em Encantado, e celebrou seus 50 anos em maio.
Jornalista colunafaleiro@grupoahora.net.br
Lajeado enfrenta um debate que, na prática, atravessa o país: como organizar a segurança pública em nível municipal sem ferir a lei e sem perder a eficiência. O caso da Guarda Civil Municipal está agora nas mãos da Justiça, depois que o Ministério Público Estadual contestou a legalidade da transposição dos fiscais de trânsito para a nova carreira. O município sustenta que tudo foi feito dentro das regras, com aprovação na câmara, sanção e publicação. A promotoria-geral do RS, por outro lado, vê vício jurídico: diz que não houve concurso específico, que as funções de trânsito e segurança são distintas e que o ingresso restrito aos fiscais fere a isonomia. A decisão caberá ao Tribunal de Justiça, e, dependendo do desfecho, pode chegar até o Supremo. Enquanto isso, o curso de formação segue, com 840 horas de aulas, com disciplinas jurídicas e técnicas, parte delas já em patrulhamento supervisionado. A estrutura está montada, o investimento feito. Mas o futuro da corporação depende de interpretação constitucional.
Esse impasse de Lajeado encontra eco nacional. Um estudo inédito do Ministério da Justiça mostra que o Brasil tem 1.238
guardas municipais, presentes em apenas 22% das cidades. Metade delas está no Nordeste, a maioria atua desarmada e com efetivos reduzidos. Apenas 5% usam câmeras corporais, e menos de 20% têm programas de saúde mental. Mesmo assim, o governo federal aposta nas guardas como parte essencial da segurança pública. O Programa Municípios Mais Seguros vai destinar R$ 170 milhões para capacitação, compra de equipamentos e fortalecimento institucional.
A discussão é válida e urgente. As guardas municipais assumiram, na prática, funções muito além da proteção do patrimônio público. Estão nas escolas, nos eventos, no apoio à Polícia Militar e até nas patrulhas Maria da Penha.
O problema é que a legislação não acompanhou o ritmo dessa
Relatório apresentado nesta semana pelo Ministério da Justiça
São 1.238 guardas municipais ativas, em 22% dos municípios do país.
Mais de 70% das cidades com GCM têm menos de 500 mil habitantes.
POR REGIÃO
Nordeste: 653 guardas (53%)
Sudeste: 379 (30%)
Sul: 87 (7%)
Norte: 87 (7%)
Centro-Oeste: 32 (3%)
EFETIVO E PERFIL
Homens: 80,1%
Mulheres: 19,9%
Em 40% das corporações, o efetivo é inferior a 100 agentes.
ESTRUTURA
Curso de formação inicial: 78%
Capacitação continuada: 36,7%
Academia ou escola própria: 26,5%
Regulamento disciplinar: 61,6%
Plano de cargos e salários: 47,9%
Código de conduta: 38%
ARMAS E EQUIPAMENTOS:
Guardas desarmadas: 53,8%
expansão. E aí mora o dilema: a necessidade de segurança é imediata, mas o processo legal é lento, cheio de furos.
Lajeado, portanto, é um retrato dessa transição. O município tenta modernizar a estrutura, enquanto o sistema jurídico exige cautela. O Brasil inteiro está nesse mesmo ponto: na busca de equilíbrio entre o ideal de proteger com eficiência e a obrigação de respeitar a lei.
No fim das contas, a pergunta que fica é simples e vale tanto para Lajeado quanto para os outros 1.237 municípios: como garantir segurança sem atropelar o que sustenta o próprio Estado de Direito?
Guardas armadas: 41,1%
Uso de câmeras corporais: 5,1% (concentradas no Sul e Sudeste)
Programas de assistência médica: 9,8%
Proteção de bens e serviços públicos: 83%
Apoio à Polícia Militar e ao Conselho
Tutelar: 79%
Segurança em eventos: 82%
Patrulha escolar: 37,6%
Patrulha Maria da Penha: 29,5%
Rondas Ostensivas Municipais
Urbanas (ROMU): 24,3%
Atuação no trânsito: 24,6%
LIANE CRISTINA BAUER
Professora e Psicopedagoga
Ser professora é carregar um mundo dentro da mochila. Não bastam as aulas dadas, os trabalhos entregues, as provas corrigidas. Sempre há mais uma pilha de atividades esperando por atenção, mais um relatório para entregar, mais um prazo para cumprir. O final do semestre, então, parece nunca acabar.
Ela se esforça, dia após dia, para manter o sorriso diante da turma, mesmo quando a cabeça está cheia e o coração cansado. Ensinar é um ato de entrega, e muitas vezes ela doa o que já nem tem.
Mas a sala de aula termina, e outra começa dentro de casa. O filho precisa de ajuda para passar o trimestre. Entre revisões, explicações e broncas carinhosas, ela tenta transmitir paciência e motivação. Não é apenas sobre notas, é sobre futuro, e ela sabe disso.
Ser mãe não permite pausas. Quando todos descansam, ela ainda está pensando em como tornar mais leve o caminho do filho, mesmo que o dela esteja tão pesado.
E ao lado desse papel, existe o de esposa. Parceira de uma vida, cúmplice de tantas batalhas. O casamento nem sempre é feito de momentos tranquilos, mas há amor na troca de olhares cansados, no abraço que chega sem palavras, na mão estendida quando parece impossível seguir.
No entanto, o coração também pulsa pelo papel de filha. Os pais, agora fragilizados pela saúde, exigem cuidado e atenção. Consultas médicas, idas ao hospital, a preocupação que não deixa dormir. Ver quem sempre foi forte se tornar vulnerável é uma das dores mais difíceis de carregar.
Ser professora é carregar um mundo dentro da mochila. Não bastam as aulas dadas, os trabalhos entregues, as provas corrigidas...”
Assim, ela se divide em mil. Professora, mãe, esposa, filha. Mulher inteira em cada papel, mesmo quando sente que está em pedaços.
Há dias em que a exaustão quase vence, em que ela pensa em desistir de tudo. Mas então acontece algo simples: um “obrigado” de um aluno, um sorriso do filho ao entender uma tarefa, um gesto de carinho do marido, ou até a mão trêmula dos pais segurando a sua.
E nesses pequenos momentos ela encontra forças para continuar. Não porque seja fácil, mas porque o amor sempre pesa mais do que o cansaço. A vida dela é feita de sobrecargas, mas também de sentidos. Entre lágrimas escondidas e vitórias silenciosas, ela segue. Mulher que ensina, cuida, ama e resiste.
Quinta-feira, 23 outubro 2025
Fechamento da edição: 18h
Programação especial com lançamento de jornal escrito por alunos do 9° ano da escola estadual Moisés Cândido Veloso
à noite no Teatro Univates. Atividades integram o Dia da Paz e celebram resultados do movimento em Lajeado
Após mais de um ano de paralisação, o serviço volta com uma mudança tecnológica, sem cobrança física por parte dos colaboradores
ENCANTADO
Encantado voltará a contar com o sistema de Estacionamento Rotativo ainda no mês de novembro. O anúncio foi oficializado na segunda-feira, 20, quando o prefeito Jonas Calvi assinou o termo que garante a retomada do serviço em parceria com a empresa Zona Azul Brasil Serviços Administrativos Ltda. Paralisado há mais de um ano, a ausência do rotativo provocava falta de vagas, confusão e perda de dinamismo na área central. O governo municipal, assim como a Aci-E e o CDL, buscavam uma alternativa que destravasse o contrato de concessão. “Resolvemos o impasse sem gastar um real
público, garantindo um modelo mais transparente, eficiente e com benefícios diretos à comunidade”, destacou o prefeito Jonas Calvi. Uma das principais novidades do modelo é o repasse mensal de 10% do faturamento bruto da concessionária ao Consepro, fortalecendo diretamente as ações de segurança pública no município. A fiscalização ficará a cargo da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (SMPLDE) e do Conselho de Trânsito, que acompanharão as operações e relatórios mensais de receitas e despesas apresentados pela empresa.
Segundo o secretário responsável pela pasta, Caetano Turatti Ost, a maior diferença do novo sistema é a tecnologia empregada no processo, que garante mais praticidade e menos atritos no dia a dia. “Antes, havia discussões com os colaboradores da Área Azul sobre cobranças e tempos de permanência. Agora, isso muda completamente. Um veículo com câmera fará a leitura automática das placas, o que traz mais transparência e segurança para todos”, explica. O secretário detalha que haverá tolerância de até 10 minutos para quem estacionar rapidamente.
“Se a pessoa parar e sair em sequência, não há cobrança. Passou de 10 minutos, o veículo registrará e o motorista será cobrado. O tempo máximo de permanência é de duas horas, garantindo a rotatividade que o comércio de Encantado tanto pediu”, afirma Ost.
Para facilitar o pagamento, além do aplicativo, o sistema permitirá o uso de PIX ou dinheiro, com guichê físico e parcerias com estabelecimentos do centro para receber o valor dos usuários que não possuem celular ou o app. “Queremos que seja um processo simples para todos, inclusive para quem não tem familiaridade com tecnologia”, ressalta o secretário. O veículo de monitoramento circulará continuamente pela área central, levando cerca de dez minutos para completar cada ronda. Assim, quando identificar que um automóvel permanece estacionado além do tempo gratuito, será feita a cobrança. Não haverá colaboradores da empresa nas ruas para registro ou pagamento. Caso o pagamento não seja efetuado, o motorista terá até dois dias para quitar o valor de R$ 5 (aviso). Após esse prazo, poderá pagar R$ 20 em até dez dias. Se ainda assim não houver regularização, o caso passa a seguir o Código de Trânsito Brasileiro, com multa de aproximadamente R$ 200 e pontuação na carteira.
A lei fixou, na implantação, R$ 2,50 por 1 hora e R$ 5 por 2 horas para veículos e motos (em vagas próprias); também definiu a regularização pós-uso em R$ 5 (até
Veículos utilizam câmeras para fazer a leitura das placas e emitir
Queremos que seja um processo simples para todos, inclusive para quem não tem familiaridade com tecnologia.”
48h) e R$ 20 (de 48h a 10 dias e após 10 dias) — com possibilidade de conversão em infração de trânsito conforme o CTB.
Os motoristas terão 10 minutos de tolerância gratuita para embarque e desembarque, antes da obrigatoriedade de ativar o tíquete digital. O pagamento poderá ser feito via aplicativo e pontos de venda credenciados, garantindo praticidade e fiscalização automatizada.
O prazo da concessão passa a ser de 15 anos, podendo ser prorrogado por igual período, contados a partir da assinatura do termo aditivo. O reajuste das tarifas será anual, com base no mesmo índice e data-base dos tributos municipais, garantindo previsibilidade e evitando defasagem de valores.
diogofedrizzi@grupoahora.net.br
DIOGO FEDRIZZI
Foram mais de quatro horas de reunião no Ministério Público que resultaram em uma lista de nove encaminhamentos que deverão ser cumpridos pela Corsan/Aegea em Encantado. Coordenada pelo promotor Heráclito Mota Barreto Neto, a audiência pública do dia 17 oportunizou a moradores relatarem as principais dificuldades. Ao mesmo tempo, o encontro deu espaço aos representantes da empresa para apresentarem o plano de obras. As considerações do MP são as seguintes:
1) Havendo notícia de desabastecimento de água em determinado bairro, caminhões-pipa podem ser acionados pela própria população pelo 0800 e pelo posto local de atendimento. O caminhão deve chegar em aproximadamente três horas;
2) Em relação à cobrança da segunda via quando a primeira
não é entregue ao consumidor, o cliente pode buscar a loja de atendimento e canais digitais e relatar o ocorrido;
3) Em relação a buracos abertos nas vias públicas em razão de obras realizadas pela Corsan/Aegea, o cidadão que verificar algum caso, pode acionar o 0800 ou buscar a loja local de atendimento, que os reparos deverão ser feitos em no máximo 15 dias;
4) Em relação à turbidez da água, a Corsan/Aegea também deve ser acionada e irá até a casa do consumidor no mesmo dia para resolver o problema;
5) Em relação à pressão baixa da água, será feita a instalação de boosters (bombas) no bairro Jardim da Fonte, dentro do prazo de 15 dias, e no bairro Santa Clara em 30 dias;
6) Em relação à pressão alta, serão instaladas válvulas redutoras de pressão, em até seis meses;
7) Em relação à passagem de ar nos canos, serão instaladas ventosas nas redes para retirar o ar. Serão instaladas mais três ventosas em até 30 dias, e também já foram colocadas ventosas nos poços. Verificando a presença de ar na rede, o consumidor deve acionar a Corsan/Aegea;
8) Em relação aos problemas de comunicação com o consumidor, interrupções no abastecimento de água e problema envolvendo a adutora superficial da Linha Pinheirinho, a Corsan deve apresentar plano e cronograma de soluções definitivas no prazo de 30 dias;
9) No final de novembro, dos dias 24 a 28, a Corsan/Aegea irá fazer mutirão presencial de atendimento individualizado nos bairros, para tratar de cobranças indevidas, problemas nas faturas e outras questões individuais dos consumidores.
O suplente de vereador de Encantado, Francis Bampi, surpreendeu nesta semana ao anunciar a saída do União Brasil e a filiação ao PDT. O comunicado ocorreu durante pronunciamento na tribuna na sessão legislativa de segunda-feira, 20, prestigiada pelo presidente da sigla trabalhista, Everaldo Delazeri.
Nas últimas reuniões, Bampi assumiu a titularidade da bancada do União na vaga de Ivanor Daltoé. Professor da rede estadual, ele somou 95 votos nas últimas eleições. O político agradeceu aos antigos colegas pelas oportunidades e afirmou que seguirá trabalhando por Encantado. Com a troca de sigla, Bampi perde o direito de voltar à Câmara nesta legislatura.
O próximo suplente da lista do União é o comerciante Rogério Meira. Ele fez 90 votos no pleito de 2024. Depois aparece o pastor André Lisboa, com 89 votos.
A pauta sobre investimentos em infraestrutura logística regional precisa incluir no olhar das autoridades e das lideranças de entidades o trecho de quase oito quilômetros que liga Coqueiro Baixo à BR 386. O trajeto de chão batido também percorre áreas interioranas de Travesseiro e Pouso Novo. O projeto de pavimentação asfáltica já foi cadastrado pelo governo coqueirense no Fundo Rio Grande (Funrigs), além de outros programas. E está em análise.
Não há como esquecer a importância dessa via nos momentos de caos em razão das históricas enchentes de maio de 2024, quando chegaram a transitar
mais de quatro mil veículos em um só dia. Assim como a 129, entre Roca Sales e Estrela, e a 332, entre Encantado e Arvorezinha, a estrada de Coqueiro Baixo foi fundamental para garantir o acesso de alimentos e combustível, por exemplo. Neste sábado, 25, serão inauguradas as obras de reconstrução e resiliência com recursos da Defesa Civil em parceria com o município. Os investimentos somam cerca de R$ 2 milhões e foram aplicados na construção de muros de gabião, passagens molhadas, galerias e três pontes, entre elas, a estratégica estrutura da Barra do Fão, no caminho da BR 386 .
Você imagina Encantado, no ano de 2050, ultrapassar a marca de 40 mil habitantes?
A projeção apareceu em uma das apresentações das reuniões que debatem o novo plano diretor?
- Durante a audiência pública no Ministério Público, foi sugerido que Encantado seja polo da Corsan/Aegea para a região alta. Hoje, há necessidade de buscar apoio junto às bases regionais de Lajeado e Santa Cruz do Sul.
- Encantado começa a alinhar as atrações do Natal Mais Encantado. E na próxima segunda-feira, 27, lideranças de entidades estão convidadas a debater a organização da segunda edição da Ceia Comunitária de Natal. A reunião inicia às 18h45min no Centro Empresarial ACI-E.
- Em Vespasiano Corrêa, o governo apresenta na segunda-feira, 27, detalhes do evento “Vila Esperança”, além da programação oficial dos 30 anos do município e das promoções da Associação Comercial e Industrial (ACIVEC) para o fim do ano.
- A vereadora Daiane Bergamaschi (PP) tem aproveitado a oportunidade como titular da bancada progressista na Câmara de Encantado para divulgar suas ações, sobretudo, o trabalho em parceria com o deputado federal Ubiratan Sanderson (PL). Foi assim com o repasse de emenda parlamentar de R$ 250 mil para o Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro) utilizar na administração e manutenção do sistema de videomonitoramento da cidade.
Com foco em evidências, escuta sensível e práticas colaborativas, município aposta em uma transformação contínua na cultura pedagógica
ENCANTADO
Encantado protagoniza novos modelos na formação de professores da rede municipal. Nas escolas de Ensino Fundamental (EMEFs), a Secretaria de Educação e Inovação coordena um trabalho focado na metodologia Data Wise, liderado pelo doutor em Educação, Rafael Korman. Já nas escolas de Educação Infantil (EMEIs), a proposta segue os princípios da abordagem de Reggio Emilia, sob a condução da facilitadora de processos de inovação Ana Fausta Borghetti. Em ambas as frentes, o foco está na escuta sensível, na análise de evidências e na responsabilização coletiva pela aprendizagem. A partir de 2022, em contexto pós-pandemia e com o desafio de renovar as práticas educacionais do município, o trabalho nas EMEFs começou com a proposta de criar uma nova cultura: olhar os dados como histórias, não apenas como números. “O objetivo era claro: criar um senso de comprometimento para a melhoria da educação como um todo do município”, explica Korman.
A metodologia Data Wise propõe a análise colaborativa de evidências para orientar decisões pedagógicas. A formação dos professores é contínua e se diferencia de modelos tradicionais. “Não é uma formação pontual, em que se dá uma palestra e vai embora. Mas de uma formação que acontece a cada mês, em que os professores e a equipe da secretaria de Educação também precisam se envolver ao longo do tempo para cultivar novos hábitos de trabalho”, ressalta o professor. Os resultados começaram a
aparecer. Em 2023, Encantado alcançou o melhor resultado no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) em 18 anos e subiu 50 posições no ranking estadual do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). “Ficamos felizes com esses resultados, mas não se atribui a uma coisa só. É o município como um todo se movimentando”, destaca Rafael.
Na prática, escolas como a EMEF Porto Quinze, que atende 106 alunos da Educação Infantil ao 5º ano, vivenciam essa mudança. Para a diretora Márcia
Não é uma formação pontual, em que se dá uma palestra e vai embora"
RAFAEL KORMAN,
DOUTOR EM EDUCAÇÃO
É uma ideia de a gente não só aproximar a família, mas também aguçar nossa escuta e olhar enquanto professor”
ANA
FAUSTA BORGHETTI, FACILITADORA DE PROCESSOS DE INOVAÇÃO
Daldão, os dados agora são ferramentas essenciais. “A gente pode acompanhar, entender aquilo que já está bom, o que pode e deve ser melhorado e quais os próximos passos que a gente deve tomar enquanto escola”, comenta. A coordenadora pedagógica Maristela Cardoso Rizzi enfatiza que a leitura dos dados não se limita a gráficos ou planilhas. “Dentro dessas planilhas a gente vê quais as habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que os alunos precisam ser mais trabalhados. A gente pode sentar com cada professor e construir estratégias”, observa. “O professor consegue ver, ‘ah, o aluno está com dificuldade de fazer uma inferência maior dentro de um texto, de interpretar uma situação problema?’. Então é nisso que temos que trabalhar mais. ‘O aluno está com dificuldade maior na compreensão da letra cursiva?’, então em que momento a gente vai introduzir a letra cursiva no segundo ano”.
Nas EMEIs de Encantado, o trabalho de formação começou em 2024. A proposta é baseada na abordagem de Reggio Emilia, que vê a criança como protagonista e investigadora do próprio conhecimento. O destaque prático foi a elaboração de Cartas às Famílias, entregues no período dos pareceres escolares. Mais do que um relato pedagógico, as cartas narram mini histórias de conquistas individuais das crianças. “É uma ideia de a gente não só aproximar a família, mas também aguçar nossa escuta e olhar enquanto professor. Conseguir perceber o quanto cada criança conquista habilidades”, explica Ana. “É um jeito de a gente se comunicar com as famílias. Uma mini história que relata as conquistas da criança naquele momento”, acrescenta a professora do Pré A2, Edivânia Ribeiro dos Santos. “Tem sido
uma experiência muito bacana. Porque é um momento de troca com as outras professoras”, destaca a professora do Berçário B, Stéfani Barrônio. Para a diretora da EMEI Ciranda Porto Quinze, Cristina Gonzatti, a formação transformou o olhar das educadoras. “É um projeto bem legal, em que as professoras conseguem desenvolver um olhar diferenciado para cada criança. É possível ver a evolução das crianças em pequenas conquistas do dia a dia. O projeto amplia esse conhecimento das professoras”, salienta.
Apesar das abordagens distintas, tanto nas EMEFs quanto nas EMEIs, os profissionais compartilham um mesmo ideal: ver estudantes, professores e escolas evoluírem a partir de suas próprias potências. "Que os alunos sempre possam buscar uma posição melhor, porque eles acreditam que podem ser alguém e podem chegar aonde eles quiserem. Que os professores possam pensar que sempre podem fazer a melhor aula possível", projeta Korman. "A educação tem essa beleza, de proporcionar que cada criança e professor seja cada vez mais quem é, que consiga se desenvolver dentro de suas próprias habilidades e capacidades, e cada vez mais acreditando em si", completa Ana Fausta.
O29º episódio do quadro “Segredos da Infância”, apresentado direto do estúdio da Rádio A Hora em Encantado, trouxe como tema central “A escuta e a fala das crianças como norteadoras do processo de ensino-aprendizagem no Berçário B”. O bate-papo contou com a participação da diretora Karen Letícia Padoan e da professora Érika Maria Camini De Conto, da EMEI Imigrante, do bairro Lambari, com a mediação da facilitadora de processos de inovação, Ana Fausta Borghetti. A diretora Karen reforçou a relevância da educação infantil. “É a base. Desenvolvemos habilidades que as crianças vão carregar para o resto da vida delas”, pontuou. Ao abordar o trabalho no Berçário B, formado por 18 crianças de 1 a 2 anos, ela questionou uma visão ainda comum: “Será que os bebês só brincam? O que eles fazem?”. A resposta veio através das práticas cotidianas compartilhadas pela professora Érika, que mostrou como o brincar pode ser, na verdade, o eixo do aprender. Com um olhar afetuoso e criativo, a profe Érika trouxe exemplos concretos de como a linguagem, a escuta e a imaginação moldam o ensino na primeira infância. A musicalização é uma de suas principais estratégias. Ela adapta músicas do cotidiano e cria novas letras que conversam com as situações da turma. “Criamos a música ‘Carinho sim, mordida não. Quem morde é o cachorrinho, e criança faz carinho’. Depois, o cachorrinho já não mordia mais, ele dava ‘lambeijos’”, contou, ao relatar como a turma passou a compreender o cuidado com o outro por meio da canção. Essa mesma abordagem lúdica apareceu no momento da alimentação. Ao adaptar a música para o momento do lanche — “O que será que tem no café do nenê?” —, Érika instigou os pequenos a nomearem os alimentos. “Eles começaram: ‘vai ter mamão, vai ter banana’. Eles foram falando os alimentos e começaram a conhecer o que comiam”, lembrou.
Outro recurso utilizado por ela é o desenho. Personagens das histórias contadas em sala ganham forma nos azulejos da escola. Para Érika, o papel do educador é criar um ambiente seguro e acolhedor, onde as crianças possam explorar livremente. “O principal é o brincar. Através da brincadeira, a criança desenvolve a linguagem, o movimento, a curiosidade e, principalmente, os vínculos afetivos”, afirmou. “Educar tem que ter o brilho no olho, é como se você fosse dar um show”.
Um exemplo marcante do protagonismo infantil citado no programa surgiu a partir da observação espontânea de uma lagartixa que apareceu na escola. Ao perceber o interesse das crianças, Érika transformou o momento em uma experiência de aprendizado. “Disse que era uma lagartixa estudiosa que foi para a escola. Fizemos música, desenhamos, falamos sobre as características. Eles amaram”, relatou. Situação parecida aconteceu com uma borboleta. As crianças acreditavam que ela estava morta, até que, ao tocá-la, ela voou. O encantamento gerado
virou tema de conversas, atividades e, claro, memória afetiva. Essas experiências, segundo a dretora Karen, mostram o quanto os bebês são ativos no processo de aprender. “Eles são sujeitos ativos e capazes. A gente precisa reconhecer isso. Quando eles estão num espaço onde são reconhecidos como sujeitos capazes, eles se desenvolvem com muito mais confiança e autonomia”, afirmou a diretora.
Ana Fausta fez coro à ideia de que o aprender na infância não é um caminho linear. “Tudo vai se conectando. As coisas não precisam mais estar em caixas. Hoje vamos estudar a borboleta? Talvez não. Talvez a borboleta venha da curiosidade das crianças. Elas conduzem. Isso é uma mudança de consciência sobre quem é a criança”, salientou. Ela ainda ressaltou que a curiosidade natural das crianças pode e deve ser aproveitada como motor de uma educação investigativa. “Se a criança é investigadora, por que não criamos uma educação de observação, de resolução de problemas, de troca?”, provocou.
Diretora Karen, Ana Fausta e professora Érica
Patrocínio: Realização:
Grupo amplia atuação da antiga associação de autistas e inicia levantamento das necessidades das famílias neurodivergentes no município
ENCANTADO
Um novo capítulo se inicia na luta pelo acolhimento e inclusão de pessoas neurodivergentes no município de Encantado. O Instituto Girassóis, recém-criado, é fruto da evolução da antiga associação de autistas e agora expande seu olhar para abranger outras síndromes e transtornos, como TDAH, TOD e a síndrome de Down.
Sob a liderança da presidente Luciana Lima Borba, da vice Melissa Bottin Coser e da secretária Rutineia Bandeira, o Instituto Girassóis já está em funcionamento e dá início à fase mais importante: o matriciamento, que é a escuta ativa das famílias para mapear suas realidades e necessidades.
“Queremos agregar as instituições que já existem em Encantado para proporcionar mais benefícios para as famílias. Estamos fazendo o matriciamento para apurar quantas famílias se enquadram nessa situação”, explica Luciana, destacando a importância de somar forças com outras iniciativas locais.
Melissa reforça que o envolvimento das famílias é essencial nesse momento inicial. “Nossa sede é na Galeria Peretti. Nosso objetivo é acolher essas famílias. Mas, para isso, a gente precisa que elas venham até nós para participar do matriciamento, para saber o que elas buscam de ajuda,
quais dificuldades enfrentam para o instituto conseguir auxiliar”, afirma.
O Instituto Girassóis nasceu para ir além do autismo e abranger o universo da neurodivergência de forma mais ampla. “A nossa missão é acolher todas as famílias atípicas. É um movimento não só pelo autismo, mas pelo acolhimento das demais famílias do município”, acrescenta Melissa.
A ideia surgiu da própria vivência das fundadoras, que sentiam a ausência de suporte para crianças e jovens com outras condições, especialmente quando deixam de ter acesso às estruturas escolares e de saúde infantil. “Nossa associação surgiu com esse intuito, da dificuldade das famílias que não têm mais assistência. A gente pede que todas as famílias com alguma neurodivergência entrem em contato e façam parte do instituto”, relata Rutineia. “Queremos abranger esse espaço das crianças que não têm mais apoio, sejam crianças, adolescentes ou adultos”.
A proposta visa construir uma rede de acolhimento com base no diagnóstico real da situação das famílias encantadenses. “Queremos elencar as demandas e trabalhar por elas. Esse é o nosso intuito, trabalhar pelos nossos neurodivergentes”, diz Luciana.
Instituto Girassóis
Neurodivergentes de Encantado
Rua Júlio de Castilhos, 1235 –Galeria Peretti
WhatsApp: (51) 98929.4009
Instagram: @girassoisencantado
PIX para colaboração (CNPJ): 32.308.540/0001-23
Chaveiro e empreendedora mostram que o trabalho e a fé na cidade são os pilares da reconstrução
Laste matheuslaste@grupoahora.net.br
MUÇUM
Em cada canto de Muçum, há uma história que fala de força, trabalho e recomeço. O som do martelo na oficina do Pinhão (Joel da Conceição, só os mais próximos conhecem) e o ritmo das aulas na Academia Corpo e Forma de Maqueli Fraporti são diferentes somente na forma — porque na essência, ambos ecoam o mesmo sentimento: o de quem escolheu ficar, reconstruir e acreditar.
Entre chaves, chapas, pesos e passos de dança, eles representam a alma de uma cidade que se reergue com as próprias mãos, movida pela solidariedade e pela esperança. O que para muitos seria o fim, em Muçum virou ponto de partida.
Entre chaves, chapas e recomeços
Aos 13 anos, Joel da Conceição deu as primeiras marteladas no ofício que se tornaria a sua vida. Natural de Muçum, começou a trabalhar em uma oficina em Encantado e, desde então, nunca mais largou o gosto pelo conserto e pela criação. “Acabei gostando do serviço e fui o primeiro da família a entrar nesse ramo. Quando cheguei aos 30 anos, comecei a trabalhar por conta”, lembra. Hoje, o homem que todos conhecem como Pinhão é referência na cidade como chaveiro e chapeador, profissões que ele aprendeu sozinho. Mas nenhuma experiência pôde preparar Pinhão e a esposa para o
que aconteceu nas últimas enchentes que devastaram Muçum. A água cobriu a casa, a oficina e levou junto boa parte do que haviam construído em uma vida inteira. “Foi um baque mesmo. A gente esperava que fosse mais uma enchente normal e foi um desastre. Ficamos no telhado, gritando por socorro. O resgate só chegou no outro dia”, relembra. Mesmo diante de tantas perdas, o Pinhão nunca pensou em abandonar de vez o trabalho — nem a cidade. “Pode ter passado pela cabeça ir embora, mas a gente decidiu ficar. Vamos tocar em frente e ver o que acontece”, afirma. A oficina, que fica logo atrás da casa, foi reconstruída com muito esforço. A pintura foi refeita, as ferramentas limpas, e gradualmente os clientes voltaram a bater à porta.
Mais do que o trabalho, foi o apoio coletivo que os auxiliou a seguir em frente. “Em primeiro lugar, agradeço a ajuda da família, que foi muito importante, assim como a dos nossos amigos. E também às pessoas voluntárias que vieram de fora. Sem todas essas pessoas, acho que hoje a gente ainda estaria no meio do barro. Foi uma ajuda grandiosa, que a gente não
Muçum é forte e unida. É uma cidade pequena, todo mundo se ajuda, todo mundo se conhece. Tem muita gente apostando que ela vai voltar a ser o que era antes — e eu acredito muito nisso”
JOEL CONCEIÇÃO
esperava, vamos dever isso para o resto da vida”, conta emocionado.Em meio às dificuldades, o sentimento que prevalece é o de pertencimento. “Muçum é forte e unida. É uma cidade pequena, todo mundo se ajuda, todo mundo se conhece. Tem muita gente apostando que ela vai voltar a ser o que era antes — e eu acredito muito nisso”, reforça, esperançoso.
A história de Maqueli Fraporti com a Academia Corpo e Forma começou de maneira simples: como auxiliar no turno da noite, ajudando alunos na musculação enquanto observava o ritmo das aulas de dança comandadas pela então proprietária, Franciela Pedretti. Quatro anos depois, o destino colocaria Maqueli no centro de um dos capítulos mais marcantes da cidade.
Moradora de Muçum há 15 anos, natural de Relvado, ela vivia uma rotina dividida entre a academia e o trabalho como analista de vendas na Agraz Refrigerações.
A cidade é acolhedora e vale a pena continuar aqui. Não pensei em sair de Muçum em hipótese alguma. Acredito no futuro do município e quero continuar investindo aqui.”
MAQUELI FRAPORTI
Mas, em setembro de 2023, a enchente que transformou o Vale do Taquari também mudou os rumos da sua vida. “A minha casa, em Roca Sales, foi atingida superficialmente, mas a queda da ponte me obrigou a me mudar para Muçum. Para continuar trabalhando e auxiliando na reconstrução, acabei ficando aqui”, conta.
A academia — localizada no centro da cidade — foi fortemente atingida. A água invadiu o prédio e destruiu boa parte dos equipamentos. Mesmo assim, o local acabou se tornando refúgio e esperança em meio ao caos. Cerca de 70 pessoas (vizinhos da academia) e 30 cães subiram no telhado para se salvar. Quando a antiga proprietária decidiu buscar outras atividades, a relvadense viu uma oportunidade de fazer parte da continuidade do espaço. “O que me fez ficar e assumir a academia foi pensar no bem-estar e na saúde das pessoas. Eu via a necessidade delas de voltar a treinar, de cuidar da mente e do corpo depois de tudo aquilo”, explica. No dia 1º de julho de 2024, Maqueli se tornou oficialmente sócia e proprietária da Academia Corpo e Forma. Desde então, vem investindo tempo e recursos para recuperar o espaço — mais de R$ 20 mil em equipamentos e cerca de R$ 700 mensais em reformas e manutenção. “Estou refazendo bancos, trocando madeiras e estofamentos, para os alunos terem equipamentos em boas condições. Quero oferecer qualidade e conforto, porque eles merecem”, diz. O esforço vem sendo recompensado. A procura pela academia aumentou, especialmente entre os idosos, que encontram ali um ponto de convivência e superação. “As pessoas me estimulam muito a continuar. Cada vez mais gente procura a academia por indicação médica, pelo bem-estar, pela saúde. Uma pessoa fala para outra, e isso me motiva todos os dias”.
Para Maqueli, o segredo da força de Muçum está nas pessoas. “A população é menor, mas todo mundo se conhece e se incentiva a continuar. A cidade é acolhedora e vale a pena continuar aqui. Não pensei em sair de Muçum em hipótese alguma. Acredito no futuro do município e quero continuar investindo aqui. Estamos reconstruindo juntos”, enfatiza.
Restauro da construção centenária será sede do futuro Memorial do Leite
Matheus Giovanella Laste mateuslaste@grupoahora.net.br
ANTA GORDA
Ofuturo Memorial do Leite teve um passo importante de sua trajetória definido na última semana. Um atrativo especial para Anta Gorda e região, o espaço será erguido na Casa Martelli, que teve na sexta-feira, 17, a entrega da segunda etapa de seu restauro. A estrutura centenária é considerada um dos principais marcos culturais do município. O evento reuniu autoridades, gestores culturais, patrocinadores e representantes de diferentes cidades da Associação dos Municípios do Alto Taquari (Amat) para celebrar a conclusão da restauração e conhecer o projeto do Memorial do Leite, que propõe novos usos e significados para o espaço. O trabalho de restauro da Casa Martelli envolveu serviços de limpeza, lixamento e escovação das madeiras e antigas aberturas, alinhamento da estrutura e do piso, além de substituição de algumas tábuas e de parte do telhado. A obra reconstruiu o “passadiço”, - espaço que separava a cozinha, sala e quartos; e também devolveu a tonalidade original do casarão rosado de janelas vermelhas.
A primeira etapa foi concluída em 2023, e contou com o Financiamento do Pró-cultura – RS LIC e o patrocínio de Diamaju Agrícola, Agrodalla e Agraz Refrigeração. Já a segunda etapa conta com o estímulo da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O valor investido no projeto já ultrapassa R$ 1 milhão. O arquiteto Marcello Ferraz, do escritório Brasil Arquitetura, responsável pelo projeto, apresentou o Memorial do Leite, que transformará o local em um espaço de memória e aprendizado sobre a história da produção leiteira
em Anta Gorda e região. A Casa Martelli ainda contará com uma terceira etapa, que contemplara o mobiliário e o paisagismo da casa, previsto para acontecer em 2026 e 2027.
A Casa Martelli, construída na década de 1910 pelo casal Alexio Angelo Martelli e Elisabetta Da Ré, integra o Caminho dos Moinhos, rota turística e cultural que conecta municípios do Alto Taquari e celebra o patrimônio da imigração italiana. Com o
restauro entregue, o espaço passa a abrigar atividades culturais, visitas guiadas e ações educativas, reforçando Anta Gorda como destino de memória e identidade.
O presidente da Amat e prefeito de Muçum, Mateus Trojan, aproveitou o momento de fomento ao setor turístico regional para atualizar como anda as tratativas para viabilizar a pavimentação restante da Rota do Pão e Vinho. O orçamento total se aproxima dos R$ 170 milhões e a ideia é
No interior da Casa Martelli se encontram fotografias sobre o valor histórico e afetivo da produção artesanal de queijo no RS
A Rota é o divisor de águas do desenvolvimento da nossa região, interligando os municípios e fortalecendo toda a cadeia econômica e logística”
Dezenas de pessoas compareceram para a inauguração da estrutura de 9,74 metros de altura e 334 m² de área
viabilizar o recurso via Fundo Rio Grande (Funrigs). O prazo para a conclusão da obra é de 24 meses.
A estrada conecta o Vale do Taquari ao Vale dos Vinhedos, na serra gaúcha. A prioridade é asfaltar 38,1 quilômetros do percurso que cruza o interior dos municípios de Anta Gorda, Doutor Ricardo, Encantado, Muçum e Roca Sales e, assim, garantir a ligação com os trechos já pavimentados em Muçum e Santa Tereza, além de parte do território roca-salense.
“A Rota é o divisor de águas do desenvolvimento da nossa
região, interligando os municípios e fortalecendo toda a cadeia econômica e logística”, ressaltou Trojan. Ele explicou que a parte técnica do projeto já foi aprovada pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e que, agora, o foco está na mobilização política e comunitária para garantir a liberação dos recursos. Uma audiência com o governador Eduardo Leite deve ocorrer nas próximas semanas, e a expectativa é que ela aconteça na própria região, reforçando a importância local da pauta.
CTG Giuseppe Garibaldi promove fim de semana de provas campeiras, fé e a estreia da nova temática rumo ao Enart 2025
Ezequiel Neitzke
ezequiel@grupoahora.net.br
REGIAO ALTA
Encantado se prepara para um fim de semana de tradição, emoção e cultura gaúcha. O CTG Giuseppe Garibaldi promove, a partir desta sexta-feira, 25, o Rodeio Crioulo, no Parque João Batista Marchese, evento que reúne competidores, dançarinos e famílias de toda a região. Além das provas campeiras e apresentações culturais, o público pode acompanhar a Pré-estreia da Invernada Adulta, que revela
pela primeira vez o novo tema e as coreografias que o grupo levará ao Enart 2025.
O patrão Ramon Mazzarino destaca que a programação foi pensada para unir fé, tradição e convivência. “O evento começa na sexta já com o laço individual, laço duplo, pai e filho, prenda, patrão, capataz e laço em equipe. No sábado, ao final da tarde, teremos a gineteada e, na sequência, a abertura oficial com a entrada da imagem de Nossa Senhora. Uma menina vai tocar Ave Maria no violino, um momento de bênção e emoção que está todo mundo precisando”, adianta.
Com mais de R$ 25 mil em premiações, o rodeio promete movimentar o parque durante todo o fim de semana, com competições em diversas modalidades e categorias. “É um evento que envolve toda a entidade. Cada setor contribui, desde a patronagem até os pais e os integrantes das invernadas. É um trabalho coletivo que representa o amor pela cultura gaúcha”, completa Mazzarino.
A grande atração de sábado será
a Pré-estreia da Invernada Adulta, marcada para as 20h30min, no ginásio do parque. Será a primeira apresentação pública do novo espetáculo que o grupo apresentará no Enart 2025, considerado o maior festival de arte e tradição do Estado.
“Todo grupo que vai ao Enart faz uma pré-estreia para mostrar à comunidade e às famílias o resultado de meses de ensaio, a nova indumentária, a coreografia de entrada e de saída e o tema central da apresentação. Neste ano, unimos o rodeio e a pré-estreia para que um engrandecesse o outro. Vai ser uma noite de muita emoção”, destaca o patrão.
A expectativa é de casa cheia. Os ingressos estão sendo vendidos exclusivamente pelo Sympla, ao valor de R$ 45 (lote 2), e R$ 20 para crianças de 7 a 12 anos. Crianças com menos de 7 anos têm entrada gratuita. Após a apresentação da Invernada, o público poderá aproveitar show com o Projeto Taureando, às 23h, e baile com o Grupo Tagarrado, à meia-noite. Durante toda a noite
haverá venda de comidas e bebidas típicas, completando o clima festivo e familiar.
O evento reforça o protagonismo do CTG Giuseppe Garibaldi dentro do Movimento Tradicionalista Gaúcho, que há décadas é referência na preservação da cultura e das tradições do Rio Grande do Sul. “Queremos que o público viva um fim de semana de alegria, fé e orgulho da nossa identidade. É disso que o tradicionalismo é feito”, resume Mazzarino.
Rodeio Artístico reuniu mais de 60 grupos no fim de semana anterior
O Parque João Batista Marchese já foi tomado pela tradição no último fim de semana, durante o Rodeio Artístico 2025, também promovido pelo CTG Giuseppe Garibaldi. O evento reuniu mais de 60 grupos de danças tradicionais e cerca de 3 mil pessoas, entre competidores, familiares e
Nos últimos anos, CTG Giuseppe Garibaldi se destacou no
visitantes, consolidando Encantado como referência no circuito cultural do Vale do Taquari. Foram dois dias de apresentações intensas nas categorias Pré-Mirim, Mirim, Veterana, Xirú, Juvenil e Adulta, além das danças de salão, declamações e intérpretes vocais. A avaliação foi conduzida por uma comissão do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), garantindo rigor técnico e valorização das expressões regionais.
“O rodeio foi um sucesso, sem imprevistos. Agradecemos à patronagem, aos pais, aos integrantes e à administração municipal pelo apoio. O departamento artístico foi impecável na condução do evento”, destacou o patrão Ramon Mazzarino, ao avaliar o resultado da edição.
Com o maior monumento de garrafa de cachaça do país, a Destilaria Muçum do Brasil já é um dos principais destinos turísticos da cidade que lhe empresta o nome. Em fins de semana ensolarado, o empório recebe, em média, 200 visitantes que passam pela Linha Santa Lúcia, no caminho até o Viaduto 13.
Inaugurado no fim de 2024, o empreendimento evidenciou a superação de Muçum após a enchente histórica de maio. Os proprietários Diego Zanchet e Ana lia Mazetto seguiram os planos de abrir a destilaria que atualmente atende o público nos fins de semana, feriados ou sob agendamento.
Lá o turista pode degustar as cachaças, licores e espumantes. Para grupos, há opção de mesa com frios, pães, geleias e ante-
pastos que harmonizam com as bebidas. O custo é de apenas R$ 10,00 por pessoa.
Além dos rótulos próprios vendidos no local, o empório comercializa uma variedade de produtos colônias produzidos nos arredores. A logomarca da empresa faz menção a um dos principais símbolos de Muçum: a Ponte Brochado da Rocha.
Os grupos também podem fazer um tour pela produção dos destilados, atualmente realizada em um espaço separado do empório. O projeto dos proprietários é trazer a fábrica numa área abaixo da loja, assim facilitando o deslocamento das pessoas.
Em junho, a destilaria inaugurou o monumento da garrafa
de cachaça. Se trata da maior escultura em pé do gênero em território nacional, com 3 metros e 20 centímetros.
Interessados podem saber mais no @mucumdobrasil ou pelo WhatsApp 54 99976-2793.
Localização: Linha Santa Lúcia, interior de Muçum
Horário de atendimento: das 9h30min às 17h30min de sábados, domingos e feriados; Atividades: degustação de bebidas (sem mesa posta) para turistas é gratuito
Degustação de bebidas com mesa posta para grupos é R$ 10,00 por pessoa.
Em uma noite marcada por emoção, encanto e celebração da cultura local, Eduarda Demari foi coroada Rainha de Imigrante, ao lado das princesas Vanessa Birkheuer e Letícia Lemes. A festa lotou o ginásio municipal e contou
ainda com show de Rogério Margão & Banda e Dj Júlio Corotto. Em seu primeiro discurso como soberana. Eduarda destacou o amor pela cidade e a realização do sonho de representar Imigrante pelos próximos anos.
registro incrível da Cascata Três Quedas, em Vespasiano Corrêa. Na foto, aparece o seguidor Vitor Hugo Medeiros .