A Hora – 22 e 23/11/2025

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Teutônia vira pista de corrida

CIRCUITO DOS VALES

OPINIÃO

RODRIGO MARTINI

Prefeita é provocada a trocar o União Brasil pelo PSD

OPINIÃO

VINI BILHAR

Reconhecimento global coloca Docile em novo patamar no mercado

Última etapa de 2025 reúne dois mil inscritos, apresenta percurso remodelado, entrega troféus gerais da temporada e conecta corredores iniciantes e competitivos em um evento que movimenta esporte, turismo e comunidade no Centro Administrativo.

CONCESSÃO DO BLOCO 2

Investimentos garantem 18 quilômetros de duplicação, dez km de ciclovias, vias paralelas, pórticos e revisão completa de acessos ao longo do trecho.

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Empreendimento da bandeira Laghetto deve ficar pronto em até três anos. Estrutura de quase 6 mil metros quadrados vai contar com 135 apartamentos.

Impasses que precisam terminar

Alicitação da coleta de lixo se tornou um desgaste prolongado para Lajeado. Entre liminares, desclassificações e disputas técnicas, o processo acumula meses de indefinição e mantém o município preso a soluções provisórias. Essa instabilidade tem impacto direto no serviço, na confiança da população e na rotina das equipes que operam na cidade.

Com a decisão do Tribunal de Justiça, há uma correção de falhas que precisavam ser enfrentadas. A constatação de erros estruturais na proposta desclassificada reafirma a necessidade de rigor técnico para escolher a próxima empresa. Licitações desse porte não podem ser tratadas como mera troca de prestador. Elas exigem precisão, transparência e segurança jurídica.

A cidade paga o preço da demora: a indefinição prolongada fragiliza o serviço e impede a consolidação do novo modelo de coleta.”

É inegável que a cidade paga o preço da demora. A transição entre contratos, a dependência de modelos emergenciais e a instabilidade jurídica fragilizam a qualidade do serviço e alimentam críticas que se acumulam desde o encerramento do contrato anterior. O histórico mostra que o planejamento não foi suficiente. Agora, mais do que defender posições, o município precisa garantir que o novo sistema seja implementado com estabilidade. Lajeado tem diante de si a chance de virar a página e consolidar um modelo que amplie o serviço, profissionalize as equipes e dê previsibilidade à coleta. O processo precisa ser concluído com responsabilidade. Não há mais margem para novos impasses.

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Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Impressão Zero Hora Gráfica

Diretor Executivo: Adair Weiss

Diretor Editorial e de Produtos: Fernando Weiss

“Jamais devemos abrir mão de algo que tanto desejamos e que nos faz bem”

Fernanda Neitzke, assistentedemarketing de28anos,acompanhaa carreira de Luan Santana de forma assídua há

16 anos. Durante a passagemdocantor porLajeado,umsorteio lheproporcionoua chance de realizar um sonho cultivado desde a adolescência: conhecer pessoalmenteaquele cujasmúsicasembalaram inúmeros momentos da sua vida.

Paulo Cardoso centraldejornalismo@grupoahora.net.br

Qual é a primeira lembrança que você tem do Luan Santana e por que ela ficou marcada?

Lembro com clareza da primeira vez que ouvi ‘Meteoro’: era 6 de dezembro de 2009 e eu tinha 12 anos. Naquele momento, não achei nada de extraordinário ao vê-lo na TV, mas, ainda assim, fui atrás de mais músicas e quis descobrir quem era Luan Santana. A partir dali, nunca mais parei de escutar. O que mais me marcou foi perceber que, mesmo sem sentir nada de imediato, fui conduzida pela curiosidade e, sem perceber, me tornei fã.

Quantos shows você já acompanhou e qual deles mais marcou a sua trajetória como fã?

Foram 22 shows, o primeiro em 2010. Entre todos, três são particularmente especiais: os dois DVDs que tive a chance de acompanhar — Luan City 2.0, em Belo Horizonte, em 2023, e Registro Histórico, em Curitiba, em outubro deste ano — e, na última semana, o show em Lajeado, quando finalmente tive a oportunidade de

conhecer o Luan pessoalmente e viver a apresentação de uma forma ainda mais especial.

Como aconteceu o processo que possibilitou esse encontro?

A produção dele mantém uma ação exclusiva para fãs, da qual participo há anos, mas até então nunca tinha conseguido ser sorteada. Mesmo assim, nunca desisti, especialmente ao ver amigas conquistarem a oportunidade. Para minha surpresa, fui contemplada na minha própria cidade, tornando tudo ainda mais especial e inesquecível.

Houve algum comportamento que fez você perceber a humanidade dele?

O que mais me chamou atenção foi a atenção dele aos detalhes que eu jamais imaginaria. Achei que o atendimento poderia ser um pouco “frio”, por acontecer de forma rápida, mas ele comentou sobre meu cabelo colorido e, enquanto eu falava, mantinha o olhar atento. Aquilo fez parecer que ele realmente se importava com o que tínhamos a dizer.

Se pudesse escolher uma música dele como trilha sonora desse momento, qual seria e qual trecho melhor representa a experiência?

‘Chuva de Arroz’ é minha música preferida há anos, mas agora ganhou ainda mais significado graças ao trecho “e o que eu sei é que daqui pra frente vai ser nossa cidade”. Fui a única fã de Lajeado a ser sorteada, pra mim tem grande significado isso, é minha casa.

De que forma esse encontro impactou a sua própria trajetória como fã e pessoa?

Ser sorteada, viver o show de perto do palco e conhecer o Luan com tanto carinho e atenção, assim como toda a equipe, me fez reviver a alegria que ser fã proporciona. Foi como um recado para não desistir das experiências que essa paixão oferece: conhecer novas cidades, fazer amizades e viver momentos que só se tornam possíveis por acompanhar o trabalho dele ao longo desses 16 anos. É um lembrete de que nem sempre tudo dá certo, mas jamais devemos abrir mão de algo que tanto desejamos e que nos faz bem.

Filiado à

Carine é provocada a trocar o União Brasil pelo

PSD

Primeira mulher na história a assumir a prefeitura de Estrela, Carine Schwingel trocou o MDB pelo União Brasil em agosto de 2022, junto com o companheiro de vida e hoje secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Rafael Mallmann. Três anos e três meses se passaram e agora ela passa a ser cotada no PSD, o partido do governador Eduardo Leite, que hoje comanda as principais ações e políticas públicas do Executivo estadual e do Funrigs. O convite faz parte de um intenso movimento do PSD para filiar o máximo de prefeitos e prefeitas até o início do período eleitoral. É uma proposta atraente, diga-se

de passagem, e já seduziu outros gestores municipais. Como exemplo, o prefeito de Encantado, Jonas Calvi, que deixou o PSDB em agosto passado. Apesar da graciosidade do convite, a tendência ainda é pela permanência no União Brasil. Pelo novo partido, Carine foi eleita prefeita e sempre manteve muito boa relação com os principais líderes da sigla em âmbito estadual, principalmente, e isso abriu e ainda abre muitas portas à gestora. Mais do que isso. Diante da federação entre o União Brasil e o PP em âmbito federal, e por ser a representante dessas siglas com cargo eletivo no Executivo municipal, ela terá forte poder nas decisões locais.

Enfim uma mulher na presidência da Amvat

O PP do Vale do Taquari acerta ao definir o nome de Gláucia Schumacher para ser a próxima presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat). A decisão tomada nessa segunda-feira já era ventilada nos bastidores – foi uma provocação nossa, inclusive, no início de novembro (foto) – e confirmará um fato histórico: será a primeira presidente mulher em 65 anos de existência da entidade. Antes tarde do que mais tarde, e que assim seja em outras gestões.

rodrigomartini@grupoahora.net.br

Caumo (ainda) precisa explicar os R$ 411 mil...

As entrevistas concedidas por Marcelo Caumo (União Brasil) após a Operação Lamaçal colocar em xeque a idoneidade dos seus atos públicos ainda carecem de mais detalhes e explicações. É isso que resta claro nos comentários das matérias nas redes sociais, nas conversas de Whatsapp ou mesmo nas esquinas democráticas do Vale do Taquari. E o principal ponto da discórdia e da desconfiança de boa parte da população não está necessariamente no centro das suspeitas da Polícia Federal, onde estão os contratos e valores pagos aos profissionais da assistência social. Mas, sim, nos valores em espécie encontrados no consultório de advocacia de familiares. Esses R$ 411 mil mexem com o consciente e o subconsciente da população. E por isso a explicação precisa ser bem mais detalhada.

Univates prepara nova identidade visual da Câmara de Lajeado

A Universidade do Vale do Taquari (Univates) e a câmara de vereadores de Lajeado firmaram parceria para a construção da nova identidade visual do Poder Legislativo municipal. O projeto iniciou no dia 8 de setembro e as cinco propostas criadas por alunos do curso de Design – e também de Arquitetura e Urbanismo – serão apresentadas no dia 8 de dezembro. São estudantes da disciplina de Projeto de Linguagem e Identidade Visual, ministrada pelo professor Rodrigo de Azambuja Brod. A ideia do projeto é contemplar logotipo, paleta de cores, tipografia e aplicações institucionais. Em tempo, a atual identidade visual do Legislativo é de 2015.

TIRO

- A construção de novas sedes para a Brigada Militar está muito bem encaminhada nos municípios de Estrela e Arroio do Meio. Mas ainda é preciso assinar contratos e tudo mais…

- Dois vereadores de Estrela participaram e falaram durante a audiência pública com a Antt, na terça-feira, em Porto Alegre. E nenhum vereador de Lajeado estava presente no evento.

- Prefeita de Estrela, Carine Schwingel viaja outra vez a Brasília nesta segunda-feira. Na agenda, gabinetes de deputados e ministérios. Em pauta, reconstrução do município.

- Em tempo, o Brasil volta a normalizar uma escolha política para o Supremo Tribunal Federal. Mais uma vez, vamos naturalizar uma indicação que sempre parece muito mais uma retribuição por serviços prestados, ou um alinhamento com serviços a serem prestados. É duro de confiar!

Empresa vai sinalizar balsa submersa no Taquari

No fim de outubro o governo de Lajeado encaminhou ofício ao Capitão de Mar e Guerra, Flávio Firmino dos Santos, Capitão dos Portos de Porto Alegre e representante do Comando do 5º Distrito Naval da capital gaúcha. No documento, Gláucia Schumacher (PP) cobrava agilidade e celeridade na remoção da balsa que se chocou com a ponte do Rio Taquari no dia dois de maio de 2024, durante a trágica enchente, e que segue submersa nas proximidades da margem lajeadense e do Porto de Estrela, oferecendo sérios riscos às demais embarcações que utilizam o rio

Custos e CPI

Presidente da Câmara de Lajeado, Ana da Apama (MDB) protocolou na sexta-feira projeto de lei para regular o ressarcimento de valores ao município por “pessoas físicas e jurídicas investigadas por CPIs nos casos em que for comprovada a responsabilidade por atos ilícitos”. A matéria também prevê, por parte do infrator, o custeio de perícias e demais despesas da investigação.

Taquari para navegação comercial e recreativa. Além de solicitar a remoção – e possível notificação – à empresa responsável, o Executivo pediu sinalização náutica provisória no local do obstáculo. E a resposta chegou nesta sexta-feira. Após reunião com representantes da Marinha, Secretaria Estadual de Logística e Transporte e a empresa Lacel (a responsável pela balsa), ficou acordado que a sinalização será realizada até a próxima sextafeira, e a empresa também deve apresentar até dia 20 de dezembro um plano e um cronograma para a efetiva remoção da balsa.

Concurso à Guarda Municipal em 2026?

A Secretaria de Segurança Pública de Lajeado não vai desistir da Guarda Civil Armada. Mas não será com a transformação dos agentes de trânsito. Com a iminente derrota no judiciário – uma

Ação Direta de Inconstitucionalidade movida pelo

MP/RS vai derrubar a lei –, o treinamento dos atuais servidores será engavetado e o Executivo só poderá colocar guardas armados nas ruas via concurso público. E isso pode ocorrer no segundo semestre de 2026. Ao menos é essa a expectativa...

vinibilhar@grupoahora.net.br

Indicadores

Dólar: R$ 5,40

Ibovespa: 154.668,70

“Passamos a fi gurar entre os maiores do mundo, um novo patamar de visibilidade”

Ricardo Heineck assumiu a presidência da Docile em 2025, após processo de reestruturação de governança. Ao lado dos irmãos Alexandre e Fernando, e sob a referência do pai, Nestor, fundaram a empresa, há mais de 3 décadas, hoje referência nacional e internacional no setor de candies. Em um ano de desafios, a empresa aposta na expansão e na abertura de novos mercados. Heineck conversou com a coluna neste sábado.

Qual é o diferencial competitivo da Docile nestes mais de 30 anos?

Ricardo Heineck - A Docile tem a inovação como premissa em seus mais de 30 anos de atuação. Nascida do empreendedorismo familiar, é movida pela delícia de fazer doçuras e descobrir o novo, sem perder sua essência. Seu posicionamento, “Ser doce para criar um mundo mais doce”, reforça o orgulho de espalhar gentilezas por onde passa. Queremos que os consumidores experimentem, compartilhem e distribuam gentilezas, sempre buscando surpreendê-los. Com investimentos constantes em tecnologia, pesquisa e desenvolvimento, a empresa segue consistente na criação de novidades que

Presidente da Docile, Ricardo Heineck

impulsionam resultados no Brasil e no exterior. Somos reconhecidos pelo pioneirismo, como o primeiro marshmallow recheado do País e sabores inéditos como pipoca doce, paçoca e pistache, este último, pioneiro mundial. Em 2025, entramos para o Ranking Global Top 100 Candy Companies, do Candy Industry, consolidando a Docile entre as maiores do mundo e elevando nosso patamar de visibilidade e reconhecimento.

Desafios de câmbio e logística: como a empresa tem reagido ao cenário?

Heineck - Temos mais de 30 anos de história e enfrentamos muitas oscilações ao longo deste

período. Incorporamos esses desafios ao desenho da nossa estratégia. A implantação de um novo CD em Extrema, sul de Minas Gerais, é um exemplo de mudança pensando numa posição mais estratégica para atender região Sudeste e parte da Centro-Oeste –muito relevante para crescermos no mercado interno.

O consumo interno de balas também reflete a realidade do poder de compra das famílias. Como o senhor avalia esse mercado atualmente?

Heineck - No primeiro semestre de 2025, o mercado de balas (gelatina, goma e regaliz) avançou 4,4% em volume, e a Docile teve

um crescimento expressivo de 18,6%, segundo dados Nielsen. Historicamente, temos crescido acima do mercado. Nosso produto é de indulgência, que leva alegria às pessoas, e tem um portfólio bastante variado em relação a preço e volume das embalagens. Percebemos, em razão disso, como um produto menos suscetível a variações no poder de compra.

Há novos mercados em estudo para ampliar a presença global da empresa?

Heineck - Estamos sempre em busca de novos mercados. Em 2024, a Docile teve dois grandes marcos de exportação: a entrada no mercado do México e na China, país com grande possibilidade de escalar em volume. Temos uma agenda intensa de feiras internacionais e viagens de imersão, formas de estar mais próximos dos nossos clientes e potenciais clientes para encantá-los com nossos produtos.

Quais entraves de infraestrutura do Vale do Taquari afetam a competitividade global?

Heineck - Estamos avançando muito em questões logísticas nos últimos tempos, no Vale do Taqua-

ri. Um dos desafios importantes é aproveitar o potencial de ferrovia e hidrovia – que têm estruturas antigas. Em relação à infraestrutura, temos uma questão importante de mão de obra, um dos nossos gargalos. Convivemos com a escassez de trabalhadores, considerando a ampliação da capacidade de produção das indústrias e dos serviços na nossa região. Temos que pensar novas formas de tornar o Vale do Taquari mais atrativo, como disponibilidade de moradias com preços mais acessíveis, para que possamos ter este incremento de mão de obra.

Quais as projeções da empresa para os próximos cinco anos?

Heineck - Analisamos o cenário para 2026 com muita cautela, mas temos boas expectativas. Acreditamos na continuidade do crescimento do mercado e que a Docile será destaque, novamente, no segmento. Fizemos um grande movimento neste final de ano, como doce oficial do Natal Luz de Gramado, para ampliarmos nosso awareness e nos aproximarmos ainda mais dos nossos consumidores; e no ano que vem continuaremos nossa jornada de inovação, com muitas boas surpresas.

Conheça o plano para reformular a ERS-130

Pacote do Estado prevê duplicações, faixas adicionais, pórticos de free flow e obras estruturais entre Lajeado e Encantado. Ainda assim, proposta tem resistência

AERS-130 está no centro do embate sobre os investimentos da nova concessão do Bloco 2. Ainda assim, detalhes do pacote causam preocupação. A rodovia, principal eixo logístico entre Encantado, Arroio do Meio e Lajeado, concentra gargalos históricos, fluxo industrial intenso e engarrafamentos diários.

O trecho opera como corredor obrigatório para empresas metalúrgicas, moveleiras, de doces, componentes industriais, alimentos e transporte de cargas. E é esse peso econômico que alimenta a crítica das entidades.

O diretor de infraestrutura da Associação Comercial e Industrial de Encantado (ACI-E), Luciano Moresco, diz que o Vale defende

a concessão desde 2021, mas não aceita a modelagem apresentada.

Para ele, o Estado rompeu compromissos assumidos no período de construção do edital.

“Desde o início, a posição foi clara: conceder, sim. Mas com justiça tarifária”, resume.

Para além do valor máximo definido pelo Estado em R$ 0,19 o quilômetro rodado, a crítica é reforçada pelo histórico recente: a ERS-130 tem tráfego compatível com rodovias duplicadas, mas permanece como pista simples, com conflito urbano intenso, especialmente entre Arroio do Meio e Lajeado, apesar da cobrança de pedágio por mais de 25 anos.

Outro ponto de desgaste envolve a cobrança. Durante as tratativas do modelo, afirma Moresco, o secretário Pedro Capeluppi havia assegurado que o Bloco 2 iniciaria sem praças físicas.“Foi nos dito textualmente que começaria no sistema free flow. Agora, mudou. Haverá um ano de cobrança nas praças físicas, como em Palmas, e sem isenção para os moradores. Isso é absurdo”, critica.

A praça de Encantado, que hoje divide comunidades e gera congestionamentos no trecho urbano, continuará em operação no primeiro ano da concessão.

O que diz o edital

O Programa de Exploração da Rodovia (PER) lista 28 quilômetros de duplicações e terceiras faixas, cinco pórticos de cobrança eletrônica, ciclovias, passarelas, correções geométricas e novos dispositivos de acesso.

No Vale, os trechos mais esperados são a duplicação entre Encantado a Lajeado, as novas marginais e a modernização de acessos industriais. O leilão está marcado para 13 de março de 2026, às 14h, na B3, em São Paulo.

As propostas deverão ser entregues no dia 9 de março, entre 10h e 12h, também na sede da bolsa. O contrato terá duração de 30 anos, e o vencedor será definido pela menor tarifa de pedágio.

Com 409 quilômetros de extensão, o Bloco 2 tem as ERSs 128, 129, 130, 135, 324 e a RSC453. Nos dez primeiros anos de concessão, a futura administradora deve investir R$ 4,6 bilhões, com prioridade para obras estruturais e serviços operacionais.

A modelagem do projeto foi feita em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Plano de intervenções

Extensão: 28,08 quilômetros

Pórticos

Dois pontos de cobrança eletrônica (free flow) devem ser implantados até o 14º mês do contrato:

P08 (Lajeado) – km 74,730

P09 (Encantado) – km 93,230

Duplicações

Total previsto: 18,19 quilômetros, distribuídos entre os anos 4 e 8.

Trechos

Lajeado

Entre a ponte sobre a BR-386 em direção à Cruzeiro do Sul

Extensão: 3,03 km

Entrega: ano 4

Lajeado a Arroio do Meio

Do Posto do Arco ao trevo de Arroio do Meio

Extensão: 6,32 km

Entrega: ano 4

Arroio do Meio/Encantado

Do trevo até a entrada do Morro

São José

Extensão: 7,32 km

Entrega: ano 8

Encantado (acessos finais)

Palmas até a Santinha

Entrega: ano 8

Encantado (término do trecho)

Do Posto da PRE ao acesso

Extensão: 0,77 km

Entrega: ano 8

Terceiras faixas

Total: 9,89 quilômetros, concluídos até o ano 8.

Serra de Muçum (do km 85 ao 87)

Muçum a Vespasiano Corrêa (do km 87 ao 90)

Vespasiano Corrêa (do 90 ao 93)

Acesso a Vespasiano (do 94 ao 96)

Vias marginais

Total: 5,22 quilômetros

Entrega nos anos 4 e 8.

Passarelas

Seis estruturas para travessia de pedestres, distribuídas entre os anos 4 e 7.

Ciclovias

Total: 10,2 quilômetros, implantadas em dois ciclos de obras (anos 4 e 8).

Interseções, rotatórias e retornos

A ERS-130 terá 17 dispositivos de acesso revisados ou construídos, com entregas previstas nos anos 4 e 8, incluindo retornos, rotatórias alongadas e adaptações para reduzir conflitos em áreas urbanas.

Pontes e viadutos

Serão seis novas estruturas, implantadas em dois blocos (anos 4 e 8).

As pontes existentes também passam por adequações ao padrão TB-45 até o fim da recuperação.

Acessos especiais e secundários

2 acessos especiais –km 71,000 e km 71,600 (ano 4) 20 acessos secundários –anos 3 e 4

Paradas de ônibus

Serão 65 novos pontos, com padronização e plataformas elevadas nos anos 4 e 7.

Obras condicionadas ao volume de tráfego

Se o pórtico de Encantado (P09) atingir 25 mil veículos/dia até o 20º ano, novas duplicações devem ser executadas:

Muçum a Encantado Área Urbana de Encantado

ERS-130
Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br
Em dez anos, futura concessionária terá de duplicar mais de 18 quilômetros da ERS-130, entre Lajeado até Encantado

POLÊMICA DO LIXO

Justiça derruba liminar e Lajeado retoma licitação da coleta

Empresa TSV contestava o resultado do pregão e buscava impedir a contratação da Fênix, chamada para assumir o contrato

Oembate em torno da licitação da coleta de lixo em Lajeado ganhou novo capítulo nesta sexta-feira, 21 de novembro. A 21ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do RS autorizou o imediato prosseguimento da licitação.

A decisão reverte a liminar que mantinha o processo suspenso e atende ao recurso apresentado pela administração municipal, que defendia a legalidade da

desclassificação da Transportes Serviços do Vale (TSV), empresa que havia apresentado o menor preço.

O despacho do relator, desembargador Arminio José Abreu Lima da Rosa, reconhece a existência de “vícios metodológicos e erros estruturais de cálculo” na planilha da empresa que ficou na primeira posição. Essas falhas foram consideradas suficientes para invalidar a proposta, mesmo após a diligência concedida pela administração municipal.

Motivo da disputa

A TSV havia recorrido à Justiça alegando que fora desclassificada por erros decorrentes do modelo de planilha fornecida pela administração. A empresa sustentava ter apresentado a proposta mais vantajosa, com economia superior a R$ 548 mil ao erário, e afirmava não ter recebido chance adequada de correção.

A empresa venceu a concorrência em setembro e se preparava para apresentar a documentação final quando surgiram inconsistências apontadas pela equipe técnica do município. Neste sentido, ingressou na Justiça e, por meio de liminar concedida pela 2ª Vara Cível de Lajeado, paralisou a licitação.

As falhas técnicas

O voto do relator acolhe a análise administrativa feita pelo Executivo e pelo setor de engenharia de custos. Entre os pontos considerados “erros”, constam:

Benefícios e Despesas

Indiretas (BDI) calculado de forma incorreta, sem a fórmula de capitalização exigida pelo edital e por normas do TCU;

Totais incompatíveis com a soma dos componentes, o que compromete a integridade matemática das planilhas;

Erros na depreciação de equipamentos, incluindo omissão do abatimento de itens como pneus;

Cálculo inadequado da remuneração de capital, sem aplicar o método do investimento médio;

Custos operacionais divergentes, como o caso emblemático da Coleta

Comum: a soma das parcelas superava em R$ 9,8 mil o valor informado pela própria empresa.

Decisão: a Justiça ressalta que tais falhas “não são meros vícios formais”, mas elementos que “afetam a substância da proposta”, tornando-a inexequível.

LAJEADO
Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br
A empresa que ingressou na Justiça terá prazo para recursos
FILIPE FALEIRO

Retirada de taxas têm pouco impacto no Vale

Decisão do presidente Trump atinge setor de alimentos e indústria gaúcha espera nova remessa de isenções

Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

Adecisão dos Estados Unidos de suspender parte das sobretaxas sobre produtos agrícolas alivia tensões diplomáticas, mas mantém cenário econômico no RS e, em especial, no Vale do Taquari. Para a indústria gaúcha, a federação das empresas do segmento (Fiergs) destaca que a medida é um avanço político, mas com pouco impacto econômico neste momento. No Vale do Taquari, setores com mais participação nas exportações aos EUA ainda estão com sobretaxa, não mais de 50%, mas de 40%.

O presidente da Fiergs, Claudio Bier, acredita que essa é uma sinalização de Washington de que existe avanço diplomático. Ainda assim, está distante de resolver os prejuízos dos últimos meses.

“A indústria gaúcha ainda não tem ganho concreto. Os produtos industrializados seguem taxados. Precisamos que o processo avance para contemplar setores em que o RS é competitivo”, afirma. A retirada das sobretaxas anunciadas pelo presidente Donald Trum recaí sobre produtos do agro e alimentos.

Os produtos industrializados seguem taxados. Precisamos que o processo avance para contemplar setores em que o RS é competitivo”

No caso gaúcho, o item mais relevante beneficiado foi a carne bovina. Em 2024, o RS exportou US$ 61 milhões do produto aos EUA, cerca de 16% do total nacional.

Cenário regional

Os principais itens vendidos aos EUA pela região (artefatos metálicos, tabaco, peças industriais, candies, sapatos e suplementos para ração animal) não estão entre os produtos liberados pelo governo Trump. Empresas de Imigrante, Cruzeiro do Sul, Lajeado e Venâncio Aires seguem com um cenário de incerteza comercial. A leitura entre industriais e operadores logísticos é que a demanda permanece, e o custo da tarifa será administrado pelos compradores americanos até que

Destaques nas exportações

As vendas do Vale do Taquari aos Estados Unidos representam 15,6% das exportações totais da região. Os cinco municípios que mais dependem do mercado americano são (entre janeiro a agosto):

Cruzeiro do Sul:

US$ 68,4 milhões

Venâncio Aires: US$ 35,9 milhões

Lajeado: US$ 6,5 milhões

Guaporé: US$ 4 milhões

Imigrante: US$ 3,6 milhões

um acordo definitivo seja firmado. O risco, avalia a Fiergs, está na duração da crise. Caso as sobretaxas se prolonguem por mais meses, compradores podem redirecionar parte dos pedidos para países sem restrições. Em cima disso, a federação das indústrias insiste que o governo Lula precisa seguir pressionando para retirar as sobretaxas do setor industrial. “Somos reconhecidos pela inovação e competitividade. Não podemos ser penalizados por um movimento geopolítico”, diz Bier. Do lado diplomático, a avaliação é que o gesto americano responde à inflação interna, e não a uma concessão exclusiva ao Brasil. Produtos como café, açaí, frutas e carne enfrentavam alta de preços nos EUA. Por isso, as isenções foram reavaliadas.

NEGÓCIOS

Girando Sol comemora marca histórica de R$ 1 bi em faturamento

Desempenho é comemorado com duas importantes premiações de Melhor Fornecedor de Produtos de Limpeza no RS e em SC, recebidas essa semana

ARROIO DO MEIO

A Girando Sol, indústria de produtos de limpeza com sede em Arroio do Meio, alcançou em novembro um marco histórico: pela primeira vez, ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão em faturamento anual. O resultado reforça o papel de relevância econômica da empresa para o Vale do Taquari, consolida definitivamente a companhia como referência no setor e evidencia o avanço consistente no varejo supermercadista do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e demais estados de atuação.

A conquista financeira coroa um ciclo de crescimento contínuo, fortalecimento de marca e expansão produtiva que vem sendo construído ao longo de 34 anos. O desempenho é comemorado com duas importantes premiações de Melhor Fornecedor de Produtos de Limpeza no RS e em SC, recebidas essa semana. As distinções são resultado das pesquisas da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) e Associação Catarinense de Supermercados (Acats), que apontaram os melhores de cada categoria do setor na relação com o varejo. Os troféus, 34º no RS e 23º em SC, foram entregues ao diretor Gilmar Borscheid durante cerimônias das entidades em Porto Alegre e Camboriú, respectivamente.

Para o empresário, as conquistas estão totalmente relacionadas e representam o resultado de um trabalho integrado de todos os setores da Girando Sol, fabricação, comercial e logística, com o mercado. “Esse reconhecimento

é muito significativo. Mostra que estamos alinhados com o que o varejo pensa, e ao mesmo tempo, com o consumidor final”, resume Borscheid.

Ampliação

Nos últimos cinco anos, a Girando Sol dobrou sua capacidade fabril e intensificou um processo estratégico de reposicionamento de marca, modernização industrial e ampliação do portfólio que permitiu intensificar sua presença nas gôndolas. Esse conjunto de ações, aliado a uma forte conexão com o varejo e com as necessidades do consumidor, estruturou o caminho para o desempenho inédito de 2025. O resultado é fruto de um planejamento de longo prazo, que mobiliza diferentes áreas da empresa e mantém alinhamento permanente com fornecedores, clientes e consumidores. “Fizemos um rebranding pensando na evolução, no que o consumidor pensa, no que o varejo precisa, e conseguimos alinhar todos esses esforços para atender cada público. Esse trabalho de fortalecimento de marca, de qualidade de produto e de preço justo fez com que o cliente entendesse nossa mensagem e reconhecesse esse movimento”, destaca Borscheid. O diretor ressalta que o marco financeiro vem acompanhado de solidez operacional e maturidade na gestão. “Para nós, não é só chegar a um bilhão. A nossa grande alegria é ter chegado bem, com fluxo de caixa organizado e uma relação consistente com clientes, fornecedores e colaboradores.

CLAUDIO BIER PRESIDENTE DA FIERGS
Principais produtos exportados da região são calçados, artefatos de metal, peças à indústria, tabaco e candies
Diretor Gilmar Borscheid recebeu troféu Carrinho Agas no RS
DIVULGAÇÃO

TURISMO E ECONOMIA

Boulevard completa um ano e anuncia início das

obras do Hotel Laghetto

Estrutura de quase 6 mil metros quadrados vai contar com 135 apartamentos e deve ser concluída em até três anos

OBoulevard Encantado iniciou as celebrações de seu primeiro ano de atividades com um evento especial que reuniu autoridades, imprensa regional, parceiros e representantes das marcas instaladas no complexo. Durante a programação que ocorreu na sexta-feira, 21, foram apresentados os principais resultados obtidos ao longo dos 12 meses de funcionamento, em uma coletiva de imprensa seguida de coquetel exclusivo para convidados. Foi confirmado a criação de um espetáculo fixo no Multiverso Encantado, chamado Cristo Protetor 360º, com tecnologia imersiva e narrativa inspirada na história de Encantado. Cineastas da região estarão envolvidos no desenvolvimento do projeto.

Inaugurado em novembro de 2024, o Boulevard nasceu com a proposta de integrar gastronomia, cultura, lazer e experiências imersivas em um único ambiente. Em um ano, consolidou-se como

Investimento direto em atrações ultrapassou R$ 800 mil

um dos principais destinos turísticos do Vale do Taquari, movimentando a economia local e atraindo visitantes de diversas regiões do país, além de grupos internacionais.

O primeiro ano de gerou mais

de R$ 12,5 milhões em negócios, envolvendo diretamente 60 empregos e mais de 50 empresas e prestadores de serviço ligados às operações internas e aos eventos realizados.

Para o Diretor do Complexo,

Novidades e projetos para 2026

Durante o evento desta sexta-feira, a direção anuncia novidades para o segundo ano: Criação de um espetáculo fixo no Multiverso Encantado, com tecnologia imersiva e narrativa inspirada na história de Encantado;

Confirmação do cronograma para início das obras do Hotel Laghetto Encantado, estrutura de 5,8 mil metros quadrados, com 135 apartamentos, que incluirá restaurante e rooftop com vista para o Cristo Protetor. A construção inicia em dezembro deste ano e deve ser concluída em até três anos.

Fábio Vitória, o momento é de celebrar e prospectar o futuro.

“Ao completar um ano, o Boulevard Encantado reforça seu propósito de unir pessoas, inspirar novas experiências e impulsionar o desenvolvimento socioeconômico de Encantado e do Vale do Taquari, consolidandose como um dos principais complexos culturais e turísticos do sul do país”, compartilhou.

Impacto turístico

Mais de 160 mil visitantes passaram pelo complexo. Boa parte deles chegou por meio de excursões. Houve aumento no tempo médio de permanência dos turistas em Encantado, além disso, cresceu o gasto médio por visitante e a ocupação hoteleira, especialmente em períodos de grandes eventos.

Ao completar um ano, o Boulevard Encantado reforça seu propósito de unir pessoas, inspirar novas experiências e impulsionar o desenvolvimento socioeconômico de Encantado e do Vale.”

Programação de aniversário

A comemoração de 1 ano também oferece atrações abertas ao público ao longo da semana:

Sábado (22), 19h — Banda Swing da Cor Quinta-feira (27), 19h — Talks and Company

Sábado (29), 11h30 — Músico Érico Fanfa

O Boulevard Encantado se firmou como polo cultural da região. Foram mais de 400 eventos no primeiro ano, sendo 300 apenas nos últimos dez meses, entre: 50 ações culturais; 90 atividades voltadas a famílias e crianças. Destaque também para programações nos espaços Multiverso Encantado, Espaço Baldo e demais áreas do complexo.

Matheus Giovanella Laste matheus@grupoahora.net.br
FÁBIO VITÓRIA DIRETOR DO COMPLEXO
MATHEUS GIOVANELLA LASTE

PROJEÇÃO DA CIDADE

Proposta de plano diretor gera divergências no zoneamento

Iniciativa é desenvolvida pela Univates em parceria com o governo estadual. Revisão propõe diminuição da zona industrial e também mudanças no parcelamento de solo. Projeto foi apresentado para comunidade e passa por avaliação

Aelaboração dos planos diretores para municípios atingidos pelas enchentes avança em construção com as comunidades. No entanto, ainda em fase de discussão pública, a proposta apresentada para Arroio do Meio gera divergências entre o zoneamento projetado e preocupação da administração municipal.

A proposta foi apresentado pela Univates durante audiência pública na sede da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Arroio do Meio (Acisam). A reunião reuniu representantes da esfera pública, empresários do setor imobiliário, da construção civil, da indústria e moradores. As principais divergências surgiram em torno das mudanças previstas para zonas industriais.

A equipe técnica detalhou propostas iniciais de zoneamento,

delimitação de áreas de risco e regras para parcelamento do solo. Um dos pontos que motivam maior contestação é a proposta de redução da área industrial. Hoje, esse setor ocupa cerca de 19% do território urbano.

Pelo novo desenho, a projeção cairia para aproximadamente 5% da área urbana projetada. Para a Acisam, a mudança compromete a capacidade de desenvolvimento e a atração de empreendimentos. Moradores também registraram sugestões e questionamentos, que devem passar por análise para possíveis ajustes nas próximas etapas.

Além das manifestações do setor econômico, a audiência também serviu como espaço para que a comunidade apresentasse sugestões e questionamentos.

De acordo com a equipe da Univates, as contribuições registradas durante o encontro serão analisadas e poderão servir de base para ajustes nas próximas etapas do processo de revisão.

Andamento das propostas

Ocupação do território

A segunda etapa de elaboração de planos diretores em cidades atingidas pelas cheias segue para a fase final de audiências. Após entrega dos zoneamentos de risco e diretrizes de ocupação, temas como urbanização e projetos setoriais são debatidos junto às comunidades.

Os mapeamentos são feitos com o propósito de identificar áreas de risco e projetar crescimento. O contrato entre a Univates e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur) abrange Encantado, Arroio do Meio, Muçum, Colinas, Roca Sales, Estrela e Cruzeiro do Sul, com investimento de R$ 3,1 milhões.

O diagnóstico completo deve apresentar a realidade econômica e social das cidades, definição de perímetros urbano e rural, índices construtivos e diretrizes para novas ocupações. A expectativa da Univates é concluir os planos até dezembro enviar aos Legislativos municipais. As cidades de Estrela e Arroio do Meio ainda devem se reunir para debater publicamente as propostas.

Acisam divulga nota

A Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Arroio do Meio (Acisam) divulgou uma nota de preocupação com o processo de revisão do novo Plano Diretor do município. O documento foi publicado após uma reunião interna da entidade e é assinado pelo presidente, o empresário Adelar Stefler.

Segundo a Acisam, o material apresentado até o momento, bem como as sinalizações feitas na audiência pública, não representa a maioria da população e não dialoga com as demandas estruturais do setor produtivo.

Em nota, a entidade afirma que, embora reconheça a importância de medidas de mitigação e preservação ambiental, essas políticas precisam avançar de forma equilibrada, garantindo também condições adequadas para o crescimento econômico.

ARROIO DO MEIO
Audiência pública gerou preocupação em representantes do Poder Pública e do setor empresarial
Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br
GABRIEL SANTOS

CONTAGEM REGRESSIVA

Pelo Vale, Natal simboliza recomeço e une comunidades

Programações natalinas se estendem ao longo de dezembro por diversas cidades da região. Municípios buscam reaproximar população das atividades junto ao Rio Taquari. Evento de abertura em Lajeado foi marcado pela chegada do Papai Noel nessa sexta-feira

Acendimento das luzes, montagem de cenários e chegada de atrações especiais. As programações de Natal começam a ganhar forma no Vale do Taquari e, assim, se inicia a contagem regressiva para a celebração da data. O voluntariado, a reconstrução e a reaproximação das comunidades com o Rio Taquari marcam as festividades na região. A decoração natalina começou a tomar conta das vias dos municípios ainda

no início de novembro. As ações de ornamentação precedem a abertura oficial de cada programação, que contam com atrações musicais, passeios turísticos e aquáticos, campanhas de incentivo ao comércio e atividades culturais. Pelo menos três cidades projetam ações com passagens pelas proximidades do Rio Taquari. Lajeado, Estrela e Bom Retiro do Sul buscam fortalecer a relação da população com o manancial. Desde o passeio de barco até estruturas à margem do manancial, a expectativa é fazer com que a comunidade volte a utilizar as áreas em reconstrução.

Em Lajeado, o Natal no Coração

Uma das atrações mais aguardadas da programação natalina, a chegada do Papai Noel ocorreu nessa sexta-feira, 21, em Lajeado. A aparição do “Bom Velinho” no barco Seival marcou a abertura da Aldeia do Noel. A programação se estende até o dia 23 de dezembro, no Parque Ney Santos Arruda. Mais de 40 atrações musicais fazem parte da festividade.

O tradicional evento natalino tem como tema “Laços que conectam todos nós”. Entre os destaques da programação estão a visitação na Casa do Noel, as oficinas culturais para estudantes, uma árvore decorada com mais de 23 metros de altura, a ação “Adote uma Árvore de Natal”, espaços de artesanatos, o 1º Encontro de Mascotes e Personagens do Vale do Taquari Entre as atrações culturais, show

nacional de Vitor Kley, no dia 13 de dezembro, e Os Monarcas, na sexta-feira, dia 28 de novembro. Outros espetáculos são o Concerto da Ospa, shows com Rainha Musical, Corpo e Alma, Banda Feitoria, Banda Studio, Samba Bom e Tributo à Amy Winehouse com Kelly Carvalho.

A novidade deste ano é o passeio gratuito do barco Seival pelo Rio Taquari de 22 a 30 de novembro. Os passeios ocorrem de segunda a sexta-feira, às 19h, e nos fins de semana, às 9h, às 10h30, às 14h30, às 16h e às 19h. Serão disponibilizados 23 ingressos gratuitos por horário de passeio. Outra atividade náutica será com os barcos a remo da Associação de Ecologia e Canoagem (AECA) mediante aquisição de ingresso por R$ 20.

Reconstrução em Estrela

Mais uma vez, Estrela aposta na união de instituições e do voluntariado para estruturar a programação de Natal. Com o tema “De Mãos em Mãos, Estrela Renasce”, o evento marca a retomada das celebrações natalinas na cidade. Parte da ornamentação foi montada no barracão instalado no antigo complexo da Cervejaria Polar.

O local, atingido durante as cheias, é reconhecido por guardar parte da história do Natal no município. Com o espaço ainda em recuperação, a prefeitura concentrou a produção nos grupos que mantêm vínculo com o município, como clubes de mães e grupos da melhor

idade, para confecção de peças que incluem árvores, guirlandas e itens feitos com materiais reaproveitados.

A programação reúne atrações como Paulinho Mixaria, Laura Dalmás, Mano Lima, Os Atuais, Tholl, Banda Rosas, Eletro Rádio, Badin e Willian e Juliana, além de grupos locais, o CTG Raça Gaudéria e apresentações das escolas municipais.

A Casa do Papai Noel fica localizada junto ao Memorial de Estrela, um dos espaços mais visitados da programação. A Praça Menna Barreto contará com praça de alimentação, banheiros, cobertura e ambientação completa. O Estrelito, símbolo estrelense, retorna ao circuito.

Natal nas Águas em Bom Retiro

A programação do maior evento cultural de Bom Retiro do Sul foi se estende ao longo de dezembro. O Natal nas Águas 2025 tem como atração principal a dupla sertaneja Bruno & Marrone. O show dos responsáveis pelos sucessos “Dormi na Praça” e “Vida Vazia” ocorre em 20 de dezembro, na Barragem Eclusa. O Natal nas Águas chega à 17ª edição consolidado como uma das maiores celebrações natalinas do Rio Grande do Sul. A programação vai além da cultura e fortalece a economia local. Entre as

novidades do evento, um show de fogos inclusivo. Neste ano, a tradicional programação de fogos de artifício terá baixo impacto sonoro, com objetivo de reduzir o barulho.

A agenda do Natal nas Águas conta com apresentações artísticas, shows regionais, corais, feira de artesanato e atrações voltadas a diferentes públicos. A proposta é manter a tradição e aprimorar ainda mais a estrutura, a diversidade de atrações e a experiência de quem participa.

VALE DO TAQUARI
Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br
DANIÉLY SCHWAMBCH
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JÉSSICA R. MALLMANN

União e envolvimento comunitário em Encantado

A abertura do Natal Mais Encantado será no dia 28 de novembro e marca o início das celebrações no município. O objetivo da programação é fortalecer o envolvimento comunitário e promover a união por meio de ações coletivas. A programação começa às 19h30min, com a Caminhada Luminosa. O evento contará com apresentação do Coral Vida e Canto

e show com Laura Dalmás.

Além da abertura, o Natal Mais Encantado segue com diversas atrações culturais. Em dezembro, estão previstos shows e apresentações, como Alejandro Brittes – Trio, a Truppe do Papai Noel, o Espetáculo Festival Infantil, Máquina do Tempo, Fábrica de Brinquedos, Deise e Zilo, Zé e Elias e Swing da Cor.

Natal no coração de Teutônia

A programação do “Natal em Teutônia”, conta com uma série de eventos gratuitos até dezembro. A abertura, com acendimento das luzes de Natal ocorre neste domingo, 23, a partir das 18h, no Centro Administrativo. A noite inicia com a apresentação do Coral Municipal Infantojuvenil, seguida pelo Festival de Música de Teutônia. Ainda na noite, o Papai Noel fará chegada festiva. O Grande Coral da ACOTE será

a atração principal da tradicional Caminhada das Lanternas, a Laternenfest, que ocorre no dia 13 de dezembro, a partir das 20h, no Bairro Canabarro. O encerramento da programação acontece em 14 de dezembro, a partir das 17h. A última noite conta com apresentações do grupo Cirkou Trupe, da Orquestra de Teutônia, com participação do Coral Municipal de Teutônia, e do renomado Grupo Tholl.

Natal Iluminado leva alegria a Arroio do Meio

A Girando Sol preparou uma noite completa para marcar o Natal Iluminado 2025. O evento ocorreu no pátio da empresa, em Arroio do Meio, no dia 15 de novembro. O evento reuniu espetáculo artístico, visita do Papai Noel, show de fogos e o acendimento das luzes que compõem a decoração temática deste ano.

A empresa montou uma das maiores estruturas já produzidas para a celebração: mais de 260 mil lâmpadas, estrelas de até dois metros, presépio iluminado de cinco metros e um

pinheiro gigante de dez metros, todo em estrutura metálica, com cordões de LED e mangueiras de neon. O pátio se transformou em um grande ponto de encontro da comunidade.

Mais de dez mil pessoas prestigiaram a programação, que abriu a temporada com o espetáculo artístico Cirquin – Romance num Tempo de Paixão e Alegria, do Grupo Atholl, seguido pela tão aguardada chegada do Papai Noel, o acendimento das luzes e um show de fogos de artifício que fechou a noite com brilho no céu e sorriso no rosto do público.

Em Taquari, natal na Lagoa Armênia

O tradicional Natal Açoriano, em Taquari, ocorre de 6 a 13 de dezembro, na Lagoa Armênia. A cidade está em preparação para receber turistas e a abertura terá apresentações exclusivamente de artistas locais. O encerramento terá show aéreo, presépio vivo e fogos de artifício. Para o show nacional, a entrada será solidária: cinco quilos de alimentos em espaço limitado a 5,5 mil pessoas. A programação inclui Domingo na Lagoa, circo de Noel, chegada do Papai Noel de balão, tradição que atrai grande pública, Orquestra de Santa Clara do Sul, shows gospel, parada natalina com participação das escolas, noite tradicionalista, atrações regionais e show nacional de Marcos & Belutti, no sábado.

FÁBIO KUHN
JOILSON PEREIRA

Flores secas viram alternativa de renda

Cultura volta a ganhar espaço com arranjos que preservam forma e cor por mais de um ano

Estevão Heisler

projetoagro@grupoahora.net.br

Aretomada da produção de flores secas, prática comum no Rio Grande do Sul nas décadas passadas, volta a gerar renda para famílias rurais da região. A statice (Limonium sinuatum), espécie conhecida pela durabilidade e pela coloração intensa mesmo após a desidratação, está no centro desse movimento. A cultura exige pouco espaço, manejo simples e baixo investimento, características que têm estimulado novos produtores e reativado o interesse pela atividade.

Em Linha Nova, Cruzeiro do Sul, Márcia Inês Hickmann Burghardt cultiva a flor há quatro anos e relata que a simplicidade do sistema a motivou a ampliar a produção. Produtora de orgânicos, iniciou o interesse após demanda de clientes na feira a qual participava em Porto Alegre e percebeu a cultura como forma de ampliar a rentabilidade da propriedade rural.

Buscou as primeiras sementes junto a fornecedores conhecidos e acabou criando afeição pela statice. Com o tempo se aperfei-

çoou no cultivo e garante que o melhor período para o plantio é entre maio e julho, garantindo os primeiros arranjos para o dia de Finados. “Antigamente era comum as pessoas deixarem flores secas nos cemitérios, pois pareciam colhidas na hora e duravam muito mais tempo.”

Além do período, Márcia orienta fileiras separadas entre cerca de um metro de distância. Entre as mudas, o espaçamento deve ser entre 30 e 40 centímetros, o que possibilita o cultivo em pequenas áreas. A colheita começa no fim de setembro e se estende até outubro ou novembro, período em que a planta segue produzindo novos brotos mesmo após os primeiros cortes. “Ela sempre renova. Tu corta e logo brota de novo, prolongando a produção.”

O processamento também é acessível: as hastes colhidas são amarradas em buquês e penduradas de ponta cabeça por cerca de dez dias em local seco e ventilado. O objetivo é manter a flor firme, evitando que murche ou perca o formato. “Não vai na água. Secando pendurada, permanece retinha. E se passar um fixador de cabelo, a cor fica ainda mais intensa, praticamente igual ao dia da colheita por mais de um ano”, detalha a produtora.

De hobby a comércio

A durabilidade é justamente um dos fatores que impulsionam a procura por arranjos decorativos feitos com statice, usados em inte-

Produtora de orgânicos, Márcia decidiu apostar na cultura após sugestão de clientes e as flores secas se tornaram uma das principais atividades da propriedade

riores, presentes e até lembranças de eventos. Em São Rafael, Cruzeiro do Sul, a produtora Ângela Maria Dullius Diehl teve início semelhante, porém inesperado. Ao encontrar mudas em uma agropecuária durante a pandemia, decidiu plantá-las apenas para ornamentar a própria casa. A rápida multiplicação e o excesso de flores levaram-na a oferecer alguns buquês — e a aceitação

imediata transformou a curiosidade em negócio. “Enfeitei minha casa, das vizinhas, da família e ainda tinha flor sobrando. Quando comecei a vender, saiu tudo, igual pão quente.”

O sucesso estimulou o aumento do plantio. Neste ano, Angela ocupou todo o espaço disponível com cerca de 300 mudas. A rusticidade da statice favoreceu o desempenho: a cultura exige poucos tratos e não tolera excesso de chuva, condição que beneficiou a produção atual. Os buquês são comercializados por R$ 30, principalmente via WhatsApp e pela

venda direta. “Quando saio para entregar, sempre aparece alguém pedindo pra comprar. Mesmo com a divulgação só no boca a boca, não sobrou nada.”

Com baixo custo, demanda crescente e possibilidade de produção em pequenas áreas, as flores secas voltam a se consolidar como alternativa de diversificação no meio rural. Além de garantir renda complementar, a cultura fortalece atividades de pequena escala, gera oportunidades para produtores iniciantes e resgata uma tradição que volta a encontrar espaço no mercado regional.

Encontro estadual debate crise na cadeia leiteira

Evento na próxima semana reunirá especialistas para discutir caminhos e práticas capazes de fortalecer o setor

A crise que pressiona a produção de leite no Rio Grande do Sul — marcada por custos elevados, importações crescentes e baixa remuneração ao produtor — será tema central do 40º Encontro Estadual do Ensino Agrícola. O evento, promovido pela Associação Gaúcha de Professores Técnicos

do Ensino Agrícola (Agptea), ocorre de 26 a 29 de novembro, em Porto Alegre, e reunirá especialistas para discutir caminhos e práticas capazes de fortalecer o setor.

Na sexta-feira, 28, o presidente da Gadolando, Marcos Tang, conduzirá uma palestra no Hotel Embaixador, trazendo a experiência da Granja Tang, de Farroupilha, e uma leitura técnica sobre os fatores que aprofundam a crise. Ele destaca que a oferta elevada de leite, a competição gerada pelas importações e a baixa remuneração por litro têm comprometido a viabilidade das propriedades. Para Tang,

compreender o momento é essencial para novos produtores e para quem busca ampliar a atividade.

O dirigente também apresentará alternativas para enfrentar o cenário adverso, como a avaliação de investimentos em rebanho durante períodos de preços baixos, o planejamento produtivo para aproveitar futuros ciclos de recuperação e o uso das crises anteriores como referência para aprimorar gestão e manejo. Segundo Tang, apesar da gravidade do momento, quem consegue atravessar a instabilidade tende a fortalecer a atividade no longo prazo.

VALE DO TAQUARI
ESTEVÃO HEISSLER
ESTADO
Presidente da Gadolando apresentará alternativas para enfrentar o cenário adverso
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Voluntários do Vale entregam donativos a famílias no Paraná

Ação ocorreu em Rio Bonito do Iguaçu durante o feriado. Grupo percorreu bairros mais destruídos

Os voluntários do Vale do Taquari concluíram, na noite de quinta-feira, 20, a entrega de sete toneladas de donativos para moradores de Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná.

A ação solidária marcou o feriado da Consciência Negra e levou auxílio direto às famílias mais afetadas pelos recentes fenômenos climáticos no município paranaense.

O grupo partiu de Lajeado ainda na noite de quarta-feira, 19,

em dois caminhões carregados com alimentos, cestas básicas, materiais de construção e produtos de higiene. Após quase um dia de viagem, os voluntários chegaram ao destino na tarde de quinta-feira e, poucas horas depois, iniciaram o roteiro de distribuição pelos

bairros mais atingidos.

A entrega ocorreu de forma direta às famílias, com visitas casa a casa, em um percurso previamente organizado pela Defesa Civil local e pelos próprios moradores.

Segundo um dos voluntários, Ivan Ajardo de Lajeado, o objetivo foi garantir que o auxílio chegasse

a quem mais necessita, sem intermediários e com atenção às áreas que registraram maiores perdas.

Os integrantes do grupo permaneceram alojados em uma unidade cedida pela Caixa Econômica Federal e em casas cedidas pelos moradores onde passaram a noite após a conclusão da distribuição.

Os donativos foram arrecadados ao longo da última semana em campanhas realizadas em Cruzeiro do Sul, Estrela e Lajeado.

Sobre o tornado

Um tornado de grande intensidade atingiu o Paraná na sextafeira, 7, deixando cinco mortos e mais de 430 feridos, segundo a Defesa Civil. As mortes ocorreram em Rio Bonito do Iguaçu (4) e Guarapuava (1). O fenômeno é considerado o mais trágico da história recente do país.

Em Rio Bonito do Iguaçu, cidade com cerca de 14 mil habitantes, a devastação foi generalizada. A Defesa Civil estima que 80% do município foi destruído, com casas destelhadas, postes caídos e construções em colapso. Moradores relataram a passagem do tornado acompanhada por ventos muito fortes, chuva intensa e granizo.

As autoridades montaram um hospital de campanha para atender os feridos e equipes de resgate seguem em busca de vítimas sob escombros. De acordo com o Simepar, o tornado se formou dentro de uma supercélula de tempestade e foi classificado preliminarmente como F2, com ventos entre 180 km/h e 250 km/h. Técnicos avaliam se algumas áreas registraram rajadas acima de 250 km/h, o que elevaria a classificação para F3.

Gabriel Santos gabriel@grupoahora.net.br
Grupo chegou na cidade paranaense na noite de quinta-feira, 20. Equipes de segurança auxiliaram na entrega às famílias atingidas
GABRIEL SANTOS

Empresa conclui sondagens para projeto de nova ponte

Trabalhos desta semana detalham profundidade do solo e avançam etapa técnica exigida pela Defesa Civil Nacional

Aempresa Fronteira Geologia e Meio Ambiente de Taquari executou nesta semana a fase final do serviço de sondagens no trecho ao lado da Estrada Marechal Floriano Peixoto, próximo ao rio Forqueta e à Ponte de Ferro, em Arroio do Meio.

Os trabalhos integram o estudo geotécnico contratado pela prefeitura de Lajeado, responsável pela execução do projeto de uma nova ponte entre os dois municípios, estrutura que será financiada com

recursos do governo federal, por meio da Defesa Civil Nacional. O valor atualizado do projeto chega a cerca de R$ 25 milhões. A estrutura da travessia está ava-

liada em R$ 13,5 milhões, mais as cabeceiras no lado de Lajeado R$ 3,5 milhões e de Arroio do Meio, R$ 8,1 milhões. Neste primeiro momento, as son-

Trabalhos integram o estudo geotécnico contratado pela prefeitura de Lajeado

dagens identificam as características do subsolo. O procedimento

consiste na perfuração vertical do terreno com equipamentos específicos que retiram amostras em diferentes profundidades. Esses dados indicam a composição das camadas, o nível de resistência do solo e o ponto de contato com a rocha.

Nesta terça-feira, 19, houve a conclusão da primeira das duas perfurações previstas no lado de Arroio do Meio. A análise revelou profundidade entre 16 e 18 metros até o encontro com a rocha e solo mais firme. A segunda sondagem deve ser finalizada amanhã, 20.

Atualização do projeto

O projeto da ponte ganhou nova dimensão ainda neste ano, quando a prefeitura de Lajeado solicitou ao Governo Federal um aporte adicional de R$ 13 milhões. O objetivo é ampliar a extensão da estrutura e incluir melhorias nos acessos.

Um primeiro repasse, no valor de R$ 10,6 milhões, foi confirmado em junho de 2024, logo após a enchente e do colapso parcial da ponte de ferro.

O município agora aguarda o prosseguimento das tratativas para assegurar o total dos investimentos. A estrutura, em concreto, terá duas pistas, 120 metros de extensão, 9,3 metros de largura e será três metros mais alta que a ponte atual.

Gabriel Santos gabriel@grupoahora.net.br

CÂMARA DE VEREADORES

Proposta estabelece que condenados por CPIs paguem custos e devolvam valores

Projeto prevê ressarcimento ao município em casos de desvios comprovados

ACâmara de Vereadores de Lajeado passou a analisar nesta semana um Projeto de Lei (PL), de autoria da vereadora Ana da Apama (PP), que autoriza o ressarcimento aos cofres públicos por parte de pessoas físicas ou jurídicas investigadas por Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), caso seja comprovada a responsabilidade por atos ilícitos. A iniciativa surge em um momento de gastos elevados com a atual CPI em andamento, mas não terá efeito sobre ela, pois o processo já está em curso. Chamado de “danos ao erário”,

o mecanismo prevê que, ao final de uma CPI, e somente após decisão judicial transitada em julgado, o município irá ter o poder de exigir o reembolso das despesas ordinárias e extraordinárias realizadas para apuração dos fatos.

Entre esses custos estão honorários de peritos e consultores, análises laboratoriais e contábeis, diligências externas, deslocamentos e demais despesas diretamente vinculadas à investigação.

O texto estabelece ainda que o valor a ser restituído deve ser proporcional ao grau de responsabilidade do investigado. A cobrança só poderá ocorrer se o relatório final da CPI apontar prática de ilícito e se a Justiça confirmar a irregularidade de forma definitiva.

Motivação para o projeto

Segundo a justificativa, o objetivo do projeto é proteger o interesse dos munícipes de Lajeado e reduzir o impacto financeiro que

investigações complexas trazem aos cofres municipais.

A câmara argumenta que CPIs frequentemente demandam perícias técnicas e deslocamentos que elevam significativamente os gastos do Legislativo, recursos pagos integralmente pelos contribuintes, independentemente do resultado

das apurações.

A proposta busca equilibrar o processo, direcionando a responsabilidade financeira a quem eventualmente causar prejuízo ao patrimônio público. O texto também cita a necessidade de preservar o devido processo legal, garantindo ampla defesa e evitan-

do punições indevidas.

Caso seja aprovado pelos vereadores, o projeto passa a valer imediatamente após a promulgação e poderá ser aplicado à CPI atual.

A matéria do projeto de lei segue para análise das comissões internas antes de ser submetida ao plenário.

HENRIQUE PEDERSINI
Proposta é de autoria da presidente do Legislativo, vereadora Ana da Apama (PP)
Fabiano Lautenschläger
fabiano@grupoahora.net.br

Programação ocorre na manhã da próxima segunda-feira, 24, em espaço do Parque Ney Arruda com cerca de 25 estudantes do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco

LAJEADO

AAssociação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), através da Unidade Parceiros Voluntários (UPV) Lajeado, realiza, na manhã da próxima segunda-feira, 24, uma programação especial que marca o início das ações de preparação para o lançamento da Escola das Águas VT. A atividade será realizada a partir das 9h com cerca de 30 estudantes do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco no Recanto Viva o Taquari-Antas Vivo, localizado no Parque Ney Santos Arruda. Acompanhados de educadores sociais da Escola das Águas, os alunos vão assistir a palestra “Atuação da Capitania de Porto Alegre para a Segurança da Navegação”, ministrada pelo Capitão de Mar e Guerra Flávio Firmino dos Santos. Embora não represente o lançamento oficial,

Acil inicia ações na Escola das Águas com palestra da Marinha

a programação integra uma série de ações de aquecimento para o futuro início das atividades da Escola das Águas VT. A iniciativa será um espaço inovador de educação, conscientização e realização de atividades com temas relacionados ao meio ambiente e a preservação dos recursos hídricos. As programações realizadas no local serão ministradas por voluntários que atuarão como educadores sociais com estudantes de escolas públicas e privadas de Lajeado e região. Sensibilizado pela iniciativa da Acil e pelo impacto social provocado pelas ações realizadas pela UPV Lajeado, Firmino escolheu Lajeado para realizar uma de suas últimas agendas oficiais no Rio Grande do Sul. A atividade vai reforçar o vínculo institucional entre a Marinha do Brasil e as programações da ação Viva o Taquari-Antas Vivo, relação que vem sendo fortalecida e que é fundamental para ampliar o reconhecimento e o alcance do projeto realizado na região.

especial ocorre na segunda-feira, 24, a partir das 9h para cerca de 30 estudantes

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Atividade

TRADICIONALISMO

Rodeio do CTG 22 de Novembro promete público recorde e novidades

Evento ocorre em Lajeado e deve reunir cerca de 500 competidores e mais de 1,5 mil visitantes

Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

PROGRESSO

OCTG 22 de Novembro, de Progresso, promove neste fim de semana mais uma edição do rodeio, com expectativa de reunir cerca de 500 competidores e superar os 1,5 mil visitantes registrados no ano passado. A atividade, sediada novamente em Lajeado devido à ausência de um parque próprio em Progresso, chega reforçada por novidades nas modalidades, ajustes técnicos destinados a melhorar o desempenho dos laçadores e uma premiação total de R$ 25 mil, distribuída entre todas as categorias. A preparação começou ainda no início do ano. Segundo o patrão Lisandro Theves, a entidade intensificou as trocas de visitas e buscou manter presença em eventos parceiros. A estratégia visa não apenas fortalecer vínculos entre CTGs, mas também ampliar o alcance da competição. “Tentamos cumprir ao máximo nossos compromissos e visitamos novas entidades. Temos um grande grupo trabalhando lado a lado para que tudo ocorra da melhor maneira”, afirma.

A projeção é de que aproxima-

damente 100 quartetos estejam na cancha, além de competidores de todas as idades inscritos nas modalidades individuais e familiares. A diversidade de participantes, explica Theves, deve ajudar a atrair novamente um grande público. Laçadores ligados ao CTG residem em diferentes municípios, entre eles Progresso, Lajeado, Arroio do Meio, Garibaldi, Porto Alegre e Boqueirão do Leão. “E os familiares costumam acompanhar. Isso movimenta o parque e dá vida ao evento”, observa.

Para o público, a estrutura contará com praça de alimentação, brinquedos e arquibancadas. Aos domingos, o movimento costuma ser ainda mais intenso, com visi-

tantes que vão ao parque exclusivamente para acompanhar as finais. “Ano passado a arquibancada ficou cheia. Ficamos orgulhosos de ver tanta gente prestigiando”, destaca o patrão. No campo competitivo, a programação mantém a laçada de quartetos como prova central, reforçando a tradição da troca de visitas entre entidades. Também seguem as modalidades familiares, que reúnem crianças, irmãos, pais e filhos, momentos que, segundo Theves, representam a essência emocional do rodeio. “É onde a gente vê a cultura sendo passada de geração em geração.”

Entre as novidades desta edição está a laçada de quarentões,

Theves além de patrão do CTG é competidor. Evento neste ano vai distribuir mais de R$ 25 mil em prêmios

exclusiva para participantes com 40 anos ou mais. Outra nova prova será a laçada municipal, destinada a moradores de Progresso ou associados a CTGs da cidade. Há ainda ajustes técnicos: na força C e nas categorias superiores, o encurtamento de raia ocorrerá apenas após a décima volta, medida que deve favorecer o rendimento dos laçadores em disputas prolongadas.

Um dos destaques do evento é o Duelo de Prendas, que possui força crescente na região. Com divisão em quatro forças e boa premiação,

a modalidade reúne entre 60 e 70 competidoras nas últimas edições. “É uma prova que valoriza muito as mulheres no laço e movimenta bastante o público”, aponta Theves. A decisão de manter o evento em Lajeado foi motivada pela falta de um parque municipal adequado em Progresso. O local que era utilizado não pôde ser alugado este ano devido aos impactos das enchentes. Diante do impasse, o CTG buscou alternativas e novamente encontrou acolhimento no Parque de Eventos Rogero Henz. “Fomos muito bem recebidos. A estrutura do parque contribuiu para fazermos, no ano passado, a maior festa campeira da história do CTG”, recorda o patrão. Ele reforça que organizar um rodeio sem parque confirmado gera grande preocupação, desde logística às condições de pista. Para além da competição, Theves ressalta o papel cultural e social das festas campeiras. “Elas mantêm viva a cultura gaúcha, seja nas provas, na indumentária ou nos valores que passam para as crianças. É um ambiente onde surgem amizades, onde se aprende convivência, respeito e responsabilidade com os animais.”

A dimensão econômica também pesa: eventos de três dias movimentam o comércio local e ajudam a divulgar os municípios-sede para visitantes de diferentes cidades. “Quanto melhor o povo é recebido, maior a chance de voltar. E a gente nunca esquece onde nossa família foi feliz e bem acolhida”, resume.

DIVULGAÇÃO

CULTURA GAÚCHA

Vozes, versos e sapateios que levam a 24ª RT ao Enart

Da trova à dança, talentos da região representarão a 24ª Região Tradicionalista na final do Enart 2025, levando histórias de dedicação, emoção e amor pela tradição

Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

Entre versos, sapateios e acordes, a 24ª Região Tradicionalista confirmou presença na final do Enart 2025 com representantes em quase todas as modalidades. São vozes jovens e experientes que levam o nome de Venâncio Aires, Lajeado, Encantado, Teutônia e Arroio do Meio à maior vitrine da cultura gaúcha. Aos 73 anos, Aventino Rosa, do GAN Anita Garibaldi, de Encantado, chega ao Enart 2025 como um símbolo de resistência e paixão pela cultura gaúcha. Ele está classificado em cinco categorias: Trova Estilo Gildo de Freitas, Trova de Martelo, Trova Campeira, Violão e Gaita de Boca. “É um privilégio. A gente se sente feliz,

CTG Giuseppe

de Encantado, busca repetir o feito do ano passado em que ficou na terceira colocação do Força A

com a idade que tem, poder disputar com essa gurizada. Chegar lá não é fácil, depende de muitos fatores: jurados, rendimento no dia”, afirma.

Com mais de 50 anos de experiência no violão, Aventino destaca que essa foi justamente a categoria mais desafiadora. “Achei que não ia me classificar, mas fui bem na preparatória. Sempre tem concorrentes muito bons.” O encantadense acumula cinco troféus do Enart e cerca de

178 premiações em regionais, além de já ter gravado um CD. Mesmo com a trajetória consagrada, ele lamenta o enfraquecimento da trova no Estado. “Hoje dá pra contar nos dedos quantos trovadores temos. Em regiões colonizadas por alemães e italianos é mais difícil de encontrar”, comenta. Ainda assim, mantém o entusiasmo: “Só estar lá já é um privilégio. É a força da tradição. Mesmo que eu não ganhe, fico feliz pela nossa cultura.” Confiante, Aventino acredita ter boas chances em 2025: “Principalmente na gaitinha de boca. É nela que boto mais fé.”

Elo de tradição e responsabilidade

Para Edison Aquino, do GF Tradição de Venâncio Aires, a experiência de dividir o Enart com o filho Nicolas é uma síntese do que entende por tradição: continuidade, pertencimento e família. Ele descreve como um orgulho muito grande estar ao lado do filho em um dos maiores festivais de arte do Estado, especialmente porque, para ele, tudo o que sempre fez dentro do movimento tradicionalista teve como foco a juventude e a preservação cultural. Mesmo que, neste ano, a esposa Rosânge-

la, presença constante nas finais, não esteja na finalíssima, Edison e Nicolas mantêm viva a tradição familiar de chegar juntos ao principal palco do tradicionalismo gaúcho.

A relação entre os dois tem raízes profundas. Edison recorda que sempre foi influenciado pelo próprio pai, apreciador da cultura, da música, dos versos xucros e das danças, que lhe transmitiu valores como respeito e honradez, princípios que ele buscou repassar dentro de casa. Essa herança, segundo ele, moldou naturalmente o caminho de Nicolas, que cresceu imerso no ambiente do CTG e no

SANTA CRUZ DO SUL
Garibaldi,
FOTOS: DIVULGAÇÃO

convívio com a arte gaúcha.

A rotina até chegar ao Enart é intensa e compartilhada. Edison trabalha durante todo o ano com oficinas de declamação, enquanto Nicolas dedica-se à chula e à dança de salão. A família atua como referência para os mais novos da entidade. “A consequência disso é estar preparado para participar, e desta vez chegar como finalista do Enart 2025”, afirma o pai. Antes de cada apresentação, o conselho é sempre o mesmo: humildade, entrega e respeito aos adversários, além disso reconhecem que cada competidor carrega o mesmo objetivo e um esforço que já representa uma grande vitória.

As lembranças acumuladas ao longo dos anos também reforçam essa ligação. Eles citam rodeios marcantes, como Vacaria, o primeiro Enart que viveram juntos e vitórias em grandes rodeios nacionais. A galeria de troféus da família guarda histórias que, segundo Edison, cada uma tem uma beleza própria para contar. E agora, com Nicolas finalista em duas modalidades, o pai admite: “É impossível mensurar tamanha satisfação e orgulho.”

Para Nicolas, os sentimentos são igualmente profundos. Competir no Enart ao lado do pai, mesmo em categorias distintas, é um motivo enorme de orgulho. Ele destaca que a parceria permanece em todas as etapas e que dividir esse momento com alguém que admira torna tudo ainda mais especial. Dentro do CTG, afirma que o maior aprendizado recebido do pai é o senso de pertencimento e coletividade, enxergar o trabalho pela entidade como algo maior do que o próprio desempenho individual.

Sobre o peso de dividir o mesmo evento com o pai, Nicolas afirma sentir principalmente responsabilidade. Não a responsabilidade que oprime, mas a que motiva. “É uma competição grandiosa, e estar ali ao lado dele aumenta o compromisso”, diz. Ainda assim, mantém a serenidade: aproveita cada experiência e busca dar o melhor em cada apresentação.

Grupos de Encantado no Força A

O coordenador artístico do CTG

Giuseppe Garibaldi, de Encantado, Ismael Girardi, afirma que os últimos dois anos marcaram uma ascensão significativa da entidade no Enart. “Nossa entidade se destacou artística e coreograficamente e trouxe visibilidade para Encantado. Depois desse histórico, iniciamos a temporada com um planejamento ainda mais sólido e focado em evolução contínua”, diz.

Segundo ele, a invernada reorganizou sua preparação priorizando regularidade nos treinos, aprofundamento técnico e atenção aos detalhes. “Nosso foco não está apenas no resultado, mas em demonstrar a evolução do grupo, o comprometimento dos dançarinos e o respeito pela tradição gaúcha”, destaca.

Girardi ressalta três pilares da construção artística deste ano: qualificação técnica, expressão cênica e coerência cultural. Para o Enart, o CTG aposta em elementos que considera diferenciais. “A escolha temática foi construída com muito cuidado; buscamos uma coreografia que valorize a expressão, a musicalidade e a harmonia do conjunto”, afirma. A temática escolhida é a Doma

Em 2024 seguimos ativos em alguns rodeios, mas focamos esforços em outras atividades artísticas inéditas da entidade, como a Confraria das Anitas.”

Índia, pela simbologia de respeito e conexão entre homem e animal. “Mais do que uma proposta cênica, trazemos uma mensagem de liberdade. Toda relação construída com carinho, paciência e confiança gera caminhos abertos. Esperamos que essa simbologia toque o público e mostre que a verdadeira força da tradição está na delicadeza dos gestos e na beleza dos vínculos criados com sentimento.”

Já a patroa do GAN Anita Garibaldi, Valéria Maria Bertamon Belotti, destaca que o grupo retorna ao Enart após sua última participação em 2023, em um processo marcado por reconstrução e engajamento coletivo. “Em 2024 seguimos ativos em alguns rodeios, mas focamos esforços em outras atividades artísticas inéditas da entidade, como a Confraria das Anitas”, afirma. Segundo ela, o trabalho de retomada envolveu reaproximar antigos dançarinos, buscar novos integrantes e reestruturar a coordenação, agora formada também por pais. “Foram muitas noites de visitas e convites até consolidarmos esse projeto para 2025”, diz.

Com o grupo montado, veio a apresentação da temática, das pilchas e da equipe técnica. Além do instrutor fixo, Daniel Dalmolin, o Anita reforçou sua preparação com Thaís Quinteiro, Rafael Garcia e a novidade da temporada, Anderson Santos. “Queremos qualificar ainda mais as 19 danças tradicionais exigidas nas etapas classificatórias”, explica Valéria. Pela primeira vez, o grupo também contratou um profissional exclusivo para aperfeiçoar a interpretação.

A patroa ressalta que o Anita mantém a tradição de inovar nas temáticas. “Sempre buscamos explorar aspectos diferenciados da cultura gaúcha”, afirma. Em anos recentes, o grupo levou ao Enart o Carnaval de Veneza e a história de Pedro Raimundo. Neste ano, a temática inédita aborda a origem do nome do município. “Essa inovação tem fortalecido o grupo e motivado elogios da comunidade, dando evidência à história da cidade que representamos”, diz.

Quatro grupos do Vale do Taquari vão participar do Concurso das danças tradicionais
VALÉRIA MARIA BELOTTI
PATROA DO GAN ANITA GARIBALDI
“IDEIA

DE LOUCO”

Publicações Legais

Gardenalfest prepara 6ª edição com expectativa de recorde em Lajeado

Criado em 2019, evento reúne jipeiros e amantes de carros antigos em uma tarde de adrenalina, trilha e confraternização no meio rural

LAJEADO

Oque começou como uma ideia “de louco”, como define o próprio criador, tornou-se um dos eventos mais aguardados por jipeiros e admiradores de carros antigos no Vale do Taquari.

Em 2019, Giovani Donati decidiu transformar sua propriedade rural no bairro Bom Pastor, as margens da BR-386 de Lajeado, em ponto de encontro para amantes da aventura. Nascia ali o Gardenalfest, um encontro que mescla adrenalina, simplicidade e o clima descontraído do meio rural.

O nome curioso tem explicação direta: “Gardenal” é uma referência bem-humorada aos “loucos”, à ousadia de quem encara trilhas, desafios e estradas rústicas como forma de diversão. A proposta sempre foi clara: proporcionar uma tarde diferente, onde cada participante pudesse aproveitar seus veículos em um ambiente acolhedor, rústico e cheio de energia.

Ao longo dos anos, o evento cresceu muito além do esperado. A quinta edição, realizada em 2024, reuniu cerca de 1.300 pessoas de vários estados do Brasil, com forte presença de equipes e grupos de São Paulo, Bahia, Santa Catarina e Paraná.

Em 2025, o Gardenalfest chega à sua sexta edição, marcada para o dia 13 de dezembro. A expectativa é ainda maior, impulsionada pela repercussão positiva dos anos anteriores e pelo clima de confraternização que se tornou marca registrada do evento. Giovanni reforça que a essência continua a mesma, de reunir amigos, famílias e apaixonados por off-road para viver uma tarde intensa no meio rural, onde a trilha, o barro e o ronco dos motores são protagonistas. “É um dia de diversão”.

HENRIQUE PEDERSINI

Jornalista

Avança (mais uma) ligação sobre o Rio Forqueta

Estamos com vários projetos em andamento na logística regional. Além dos robustos debates nas concessões sobre a BR-386 e rodovias estaduais, novas ligações entre municípios geram expectativa. É o caso da “Ponte dos Vales” e ainda da estrutura ao lado da Ponte de Ferro, que nos últimos dias passou por sondagem de solo.

A novidade é que Lajeado recebeu o resultado da análise para a conexão com Arroio do Meio conhecida como “Ponte do Exército”. A recomendação é ampliar o vão para 90m por questões de segurança (inicialmente eram 60m). O valor total é R$ 7,5 milhões. Dois terços sairão do caixa de Lajeado e um terço será pago por Arroio do Meio. A condição básica para o projeto

Univates encaminha planos diretores

sair do papel é a pavimentação da rua Romeu Júlio Scherer, que ficou deteriorada pelo fluxo de veículos pesados nos bairros Olarias e Planalto. Tem ainda a melhoria no acesso pelo lado arroio-meense. O objetivo é que estas vias de acesso sejam incluídas nos investimentos do Funrigs, gerenciado pelo estado. A reunião que debate o assunto ocorre na próxima semana.

A reta final de 2025 é de definições importantes pela equipe que desenvolve os planos diretores de sete cidades do Vale do Taquari, em convênio subsidiado pelo Estado: Encantado, Estrela, Colinas, Roca Sales, Muçum, Arroio do Meio e Cruzeiro do Sul terão novas regras para construções. O objetivo é repensar o território dos municípios com olhar para segurança em relação a enchentes e deslizamentos de terra, entre

Rapidinho…

- O radialista e desportista (treinador do Estudiantes no Campeonato Regional da Aslivata), Franklin Althaus, assumiu o cargo de assessor na secretaria do Meio Ambiente, liderada por Luis Benoitt. Ele atuará na implantação e fiscalização do novo contrato de recolhimento de lixo no município.

- O estado alterou em cerca de um quilômetro no edital de concessão das rodovias o pórtico de pedágio na RSC-453. O ponto de cobrança trocou de cidade, saiu de Estrela e foi para Teutônia. Nos bastidores, ficaram os questionamentos sobre os motivos da mudança e se a análise foi técnica.

outros problemas. As audiências públicas estão na fase final para criação da minuta de lei a ser analisada pelos Legislativos. Como era previsto, houve resistência dos setores técnicos das cidades dos respectivos gestores. Posteriormente, o foco será em produtos como plano de mobilidade, código de obras e plano de habitação. O processo é fundamental para redesenhar as cidades com olhar pós-catástrofes climáticas.

- Em Lajeado, o vereador Ramatis de Oliveira (PL) trouxe uma pauta fundamental: a necessidade de ampliar a competitividade de Lajeado mediante os convites de municípios próximos para empresas transferirem as atividades para estas localidades. Mão de obra, logística e incentivos são alguns dos apontamentos do empresariado.

- A prefeita de Lajeado, Gláucia Schumacher, será a primeira mulher na presidência da Amvat. A indicação é do Progressistas e será oficializada em evento no dia 11 de dezembro na Casa do Peixe, em Arroio do Meio.

Memórias, afetos e vivências

Um projeto pensado para traduzir memórias, afetos e vivências em forma de espaço. Assim foi o trabalho elaborado e executado por Mari Perin & Finger Móveis Planejados em um apartamento.

Segundo a equipe, cada escolha dialoga com lembranças que os moradores desejavam preservar. Assim, objetos e materiais de valor sentimental foram integrados ao layout contemporâneo, garantindo funcionalidade sem abrir mão da emoção. A paleta neutra, combinada ao uso de iluminação estratégica, realça texturas clássicas enquanto valoriza linhas modernas e minimalistas. O mobiliário personalizado traz equilíbrio entre estética e ergonomia, conectando os ambientes de maneira fluida. Elementos naturais, como a madeira, ainda convivem em harmonia com acabamentos sofisticados, criando um cenário que é ao mesmo tempo acolhedor e atual. O resultado é um lar onde o clássico e o moderno não competem, mas conversam. Um espaço que respeita o passado, celebra o presente e se prepara, com beleza e técnica, para receber novas histórias.

Mari Perin
Projeto foi elaborado e executado por Mari Perin & Finger Móveis Planejados

Lente Social

Destaque a empresas regionais

A noite de segunda-feira, 17, marcou o reconhecimento de empresas regionais no prêmio Destaque Gaúcho Empresarial. Entre as agraciadas estão a Indufrio, do ramo da refrigeração, de Lajeado, a Agroindústria Miralac, de Marques de Souza, e a Q10 Alimentos, de Arroio do Meio. O troféu contempla as categorias administrativa,

comercial e industrial, destacando empresas e profissionais que se sobressaem pela excelência e contribuição ao desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul. O evento ocorreu na cidade de Novo Hamburgo, no NH Hall, e foi promovido pela Revista Destaque Gaúcho. Esta foi a 34ª edição e 65 empresas foram agraciadas.

Novidades na gastronomia

O Parrillero 386, idealizado pela família Delazeri, avança no setor gastronômico. Além do tradicional atendimento à noite, com serviços à la carte, estará atendendo ao meio-dia, com Almoço Executivo. Para apresentar a novidade, na quarta-feira, 19, recebeu clientes, parceiros e imprensa para um almoço teste. Os convidados provaram o cardápio que a partir do dia 25 estará aberto ao público a partir das 11h de terça à sexta-feira. O empreendimento se localiza no 386 Business Park, às margens da BR-386, em Estrela.

Lisi Costa Leila Franz
Carol Monteiro, Elaine Delazeri e Franciele Diehl
Nataniel Delazeri, Valdir Federhen e Dornei Delazeri
Daniel da Silva, Márcio Lehnen, Dornei Delazeri e Neri Xavier
Adriana Paludo, Valmir, Roseli e Arthur Graeff da Q10 Alimentos
Fábio Kich e Rejane Meyer Kich da Agroindustria Miralac
Márcio Rohr e Karin Franz da Indufrio

UMAS & OUTRAS

FUMO... E VORTEMO

Com certeza uma das principais alavancas do crescimento socioeconômico regional, senão a principal, é o sistema integrado de fomento/produção/ processamento/comercialização praticado pelas diversas cooperativas instaladas e também por empreendimentos privados.

Baita mão na roda da história e cada vez mais relevante no principal arranjo produtivo regional.

Algumas importantes iniciativas associativas não tiveram um final muito feliz, é verdade, mas enquanto duraram geraram muitos benefícios, abrindo e alargando novos caminhos e deixando como herança muitas estruturas produtivas e conhecimentos acumulados que não se perderam no tempo

e no espaço, hoje bem conduzidas por outros braços e mãos. Não custa também lembrar que os ¨americanos¨ da BAT (British/American Tobacco), via Souza Cruz, já nos idos da década de 40 do agora século passado, introduziram por aqui o sistema de integração. Com o fomento incentivando pequenos produtores rurais, fornecimento de insumos de qualidade, assistência técnica e sanitária, financiamento e garantia de aquisição da produção a preços remuneradores, agregaram um bocado de trabalho e renda no campo e nas cidades.

FARÓIS DE LUZ

Sempre são marcos de referência muito importantes para

ANÚNCIOS DESCLASSIFICADOS

Troco um quilo de filé de tilápias ditas ¨invasoras¨ por outro tanto de importadas. Todo o valor agregado no processo é quase o mesmo, preferem que seja feito por aqui ou nas Cochinchinas?

SERVIÇOS ESSENCIAIS

Em qualquer cidade desse mundão de Deus tem determinados serviços que são essenciais e quando existem falhas graves em qualquer um deles a coisa complica muito.

Tipo assim: abastecimento de água potável e energia, segurança pública, logística de abastecimento de gêneros alimentícios de primeira necessidade e combustíveis, centros de saúde, de ensino e de acolhimento social emergencial, meios seguros de comunicações/ informações e locomoção/mobilidade, entre outros.

Recolhimento, processamento e destinação adequada de descartes urbanos (vulgarmente chamados

de lixo) também não fica atrás dentre essas prioridades e essa depende basicamente das municipalidades, cujos custos são bancados pelo contribuinte via IPTU. Tem que funcionar e não pode ser atendido meio que nas coxas, aí o bicho pega...

Raras as cidades que experimentaram algum crescimento acelerado em décadas recentes que não tenham nos seus históricos alguns locais que já quebraram esse galho por uns tempos e depois foram descartados e quase esquecidos. Mais dias, menos dias, acabaram virando mais um pepinaço pra descascar do que solução sustentável. Vale pesquisar.

as navegações, tanto os físicos quanto os espirituais. Muito poucos navegantes podem prescindir deles sem correr o risco de se perderem nas neblinas e nas ondas dos mares da vida.

Boas ideias nunca faltam, algumas podem ficar na dormência por muito tempo e talvez acabem nunca sendo implementadas, mas existiram e sempre podem ser resgatadas.

Agora mesmo, lá pras bandas do interior do sertão nordestino, em Cratéus no Cariri pra ser mais específico, terra do ¨padinho¨ Cícero, acaba de ser inaugurado o santuário de Fátima, com uma enorme estátua feito um farol de luz pra guiar romeiros em suas caminhadas de fé, esperança, gratidão e caridade.

LIVRE PENSAR

A coruja não costuma piar muito de dia, talvez porque enxerga demais à noite.

(Autoria incerta)

SAIDEIRA

Policial pro nôno, saindo da cancha de bochas:

- Onde o senhor está indo na rua a essa hora da madrugada?

- Sigo pra assistir uma importante palestra sobre os malefícios do excesso de vinho no organismo humano!

- E quem vai ministrar uma conferência dessas às quatro da manhã?

- A nona, quando eu chegar em casa...

ARTIGO

QUEM NOS FARÁ JUSTIÇA?

“A justiça sem a força é impotente; a força sem justiça é tirania” (Blaise Pascal)

Sem justiça, a ordem social se desintegra pois é ela o pilar que previne o caos e a barbárie, oferecendo mecanismos para a resolução pacífica de conflitos e a aplicação de sanções proporcionais a atos ilícitos.

Onde não há justiça é impossível criar um ambiente seguro e previsível, onde a confiança mútua possa florescer e onde todos os indivíduos possam confiar uns nos outros.

No Brasil atual, onde a preocupação com a segurança supera as preocupações econômicas , convém nos perguntarmos se não está no desequilíbrio entre a balança e a espada o nosso maior problema.

Perguntamos a Miguel de Cervantes, celebre escritor espanhol, autor da obra prima Dom Quixote : Qual é a maior dos cuidados que um juiz deve ter? “Se, por vezes, o juiz deixar vergar a vara da justiça, que não seja sob o peso das ofertas, mas sob o da misericórdia.”

Para Sócrates, famoso pensador e filosofo grego, a pergunta foi sobre que características são essenciais para aqueles que julgam. Sua resposta foi didática:

“Há quatro características que um juiz deve possuir: escutar com cortesia, responder sabiamente, ponderar com prudência e decidir imparcialmente.”

Para Mahatama Ghandi, o sábio líder indiano, a questão que foi feita nesse momento em que tanto se julga os procuradores, foi sobre como se deve agir quando ficamos sabendo de injustiças. Sua resposta foi clara, curta e sem deixar margens a duvidas:

“Se ages contra a justiça e eu te deixo agir, então a injustiça é minha.”

Já o sábio grego Platão advertia os juízes desde tempos remotos:

“O juiz não é nomeado para fazer favores com a justiça, mas para julgar segundo as leis.”

O grande presidente norte americano Benjamin Franklin se preocupava com um país onde todos se importassem com a injustiça :

“A justiça nunca será feita até aqueles que não são afetados se indignarem como os que são.”

Para concluir nesses tempos de tribunais instantâneos das redes sociais, perguntamos a Ruy Barbosa, o celebre “águia de Haia”, qual o dever maior de quem acusa?

“A acusação é sempre um infortúnio enquanto não verificada pela prova.”

365 VEZES NO VALE

Cascata de Muçum surpreende com beleza natural e hospedagem em pipa de vinho

Na Linha 28 de Setembro, a cerca de 10 quilômetros de Muçum, uma sequência de quedas de água se popularizou. A principal delas, com cerca de 40 metros, foi salva no Google Maps como “Cascata Bombinha” em meados de 2020.

Foi assim que o destino natural começou a atrair cada vez mais pessoas e se tornou um ponto turístico. Ao ver o interesse dos visitantes, a família Pelegrini (responsável pelo terreno de acesso à cascata), criou um camping na propriedade.

O espaço se tornou um dos principais atrativos no veraneio de Muçum. A trilha até as cascatas possuí aproximadamente um quilômetro ida e volta. A dificuldade é média com pontos bastante íngremes em que a pessoa precisa utilizar cordas na descida.

O esforço vale a pena, afinal a cascata principal encanta com o riacho escorrendo pelas pedras. O banho no poço fica sob responsabilidade do visitante. Outro caminho curto da trilha leva para uma pequena cachoeira formada pelas ruínas de uma antiga hidroelétrica

e ao topo da cascata principal. A área de camping conta com banheiro, churrasqueira e mesas para quem quer passar o dia no lo-

Divino Açaí: o novo

cal. O bar da família também vende lanches e bebidas em geral.

Outro atrativo popular da Cascata Bombinha é a hospedagem em

atrativo no verão de Muçum

Muçum ganhou um novo atrativo gastronômico na rua Barão do Rio Branco, coração da cidade. É o Divino Açaí, com delícias ideais para saborear na época mais quente do ano.

O destaque do empreendimento são as opções diferenciadas no cardápio como a barca, roleta,

marmita e coração, todas com açaí acompanhado de frutas, coberturas e outras guloseimas. Há ainda o tradicional açaí no copo em três tamanhos diferentes e o milk shake delicioso, feito com sorvete de qualidade e diversos sabores. E quem prefere personalizar o seu doce, o buffet da casa conta com 22 tipos de sorvetes e 10 de açaí, além de uma série de guloseimas de acompanhamento. O cliente pode se servir a vontade com pagamento por quilo. O cardápio conta ainda com lanches e bebidas.

O empreendimento é uma iniciativa do casal Airton e Pâmela Varnier. Está aberto na cidade desde setembro. O atendimento ocorre de terça a domingo das 13h30min às 21h com tele-entrega de segunda

de vinho

Cascata Bombinha tem cerca de metros e se tornou um dos principais destinos do verão no vale

duas pipas de vinho. São espaços climatizados e com acesso a TV por assinatura. A pipa tem cozinha, sala e banheiro no primeiro piso. O

quarto fica no andar superior. Mais informações sobre o destino no @cascatabombinha no Instagram.

Destaque do empreendimento são a barca, roleta, marmita e coração feitos com açaí, frutas e guloseimas

a sexta até as 18h. Mais informações pela página @ divinoacaimucum no Instagram ou pelo WhatsApp 51 99222-1365.

Patrocínio
Destino com área de camping e trilhas também conta com hospedagem em pipas
FOTOS FÁBIO ALEX KUHN

AINDA SONHA

GRÊMIO TENTA SEGUIR

NA BRIGA POR LUGAR NA LIBERTADORES

Com permanência garantida na primeira divisão, Tricolor ainda almeja chegar na oitava colocação

Caetano Pretto caetano@jornalahora.net.br

Embalado após boa vitória sobre o Vasco da Gama, o Grêmio tem um outro carioca pela frente na rodada do fim de semana. Neste sábado, enfrenta o Botafogo, no Estádio Nílton Santos, às 19h30min. A Rádio

A Hora transmite o confronto.

A vitória e boa atuação na rodada passada animam o Tricolor, que ainda busca um fim de ano mais positivo. Na 12ª colocação, com 43 pontos, está dois pontos atrás do oitavo colocado, posição que pode valer classificação à Libertadores. Mano Menezes deve promover quatro alterações na equipe. Wagner Leonardo está suspenso e dá lugar a Kannemann. Noriega volta de atuação pela

MAIS ALIVIADO

Com um pouco mais de tranquilidade após a vitória fora de casa sobre o Ceará, o Internacional volta a campo apenas na segunda-feira, 24. A partida contra o Santos ocorre no Estádio Beira-Rio, às 21h, com transmissão da Rádio A Hora.

Para o confronto, Ramón Díaz não pode contar com as presenças de Luis Otávio, Bruno Tabata e Carbonero, suspensos. Thiago Maia volta de suspensão e retoma o lugar no meio-campo ao lado de Alan Rodríguez, enquanto que Gustavo Prado é o mais cotado a atuar na ponta-esquerda.

Seleção Peruana e deve formar a dupla de zaga. No meio, Edenilson volta de suspensão e deve atuar a frente dos volantes, enquanto que Alysson, recuperado de uma virose, deve atuar na ponta-direita.

O time titular deve ter: Tiago Volpi; Marcos Rocha (João Pedro), Noriega, Kannemann e Marlon; Dodi, Arthur e Edenilson; Alysson, Amuzu e Carlos Vinícius.

BOTAFOGO QUER

A LIBERTADORES

Quinto colocado com 55 pontos, o Botafogo quer confirmar a classificação direta para a fase de grupos da Libertadores do próximo ano. A disputa pela vaga direta é com Fluminense (54 pontos) e Bahia (53). O Glorioso tem uma baixa confirmada para enfrentar o Grêmio.

O lateral-esquerdo Alex Telles está suspenso pelo terceiro cartão amarelo e deve dar lugar a Cuiabano entre os titulares.

O provável time titular tem: Léo Linck; Vitinho, David Ricardo, Barboza e Cuiabano; Danilo e Marlon Freitas; Artur, Savarino e Montoro; Arthur Cabral.

AGENDA 35ª RODADA - SÁBADO

Exigência de empresas aos seus funcionários Os (?) do Sucesso: banda de Herbert Vianna

Pãozinho fofo

CRUZADAS

Visão apreciada em mirantes (?) Bastos, escritor paraguaio

Serviço oferecido por "pet shops" O momento de dizer "adeus"

Óleo de (?), produto capilar

Partido socialista

Puro; simples

Compõem o arquipélago (Geol.) Seu patrono é Santos Dumont (abrev.)

Ensejo; motivo Cosmético facial

Carro geralmente alugado em praias Tipo de empresa assistida pelo Sebrae "Better (?)", sucesso do Pearl Jam

Doutrina que afirma a existência de um Deus único

Monograma de "Vívian"

Base do corpo A 3ª nota musical Inimigo do vilão Mamífero marinho

Tomba "O Rei do (?)", novela Puro; sem mancha Que torna legítimo

Iodo (símbolo) Os tempos passados Força de vontade Cervídeo do Alasca

CLASSIFICAÇÃO

Construiu o labirinto do Minotauro (Mit.)

Agente da seleção natural Condição do indivíduo que não se interessa por sexo

Vitamina (?): ácido ascórbico

Letra que marca o tesouro no mapa

Prata (símbolo) Material elétrico

de capoeira

Com 40 pontos, o Inter pode selar a permanência na Série A em caso de vitória e começar a planejar o 2026.

ÁRIES: Estude rotas, atualize vistos ou documentos, marque conversas com chances de abrirem portas e revise estratégias antes do próximo voo.

TOURO: Hora de reorganizar recursos, mudanças e acordos. Renegocie contratos, corte excessos e proteja seu patrimônio.

GÊMEOS: Brinque mais. Estudos, viagens curtas e divulgação do trabalho ampliarão seu alcance.

CÂNCER: Aprender algo prático ou circular por ambientes novos ampliará perspectivas.

LEÃO: Embarque numa dimensão maior do amor, aproxime os filhos, reencontre pessoas queridas, se inspire e reinvente a vida.

VIRGEM: Diálogos francos curarão antigas mágoas e renovarão os sentimentos nas relações familiares ou pessoas próximas.

Se algo sair do script, ajuste a rota e siga em frente. O dia trará bons acordos e chances de crescimento profissional e financeiro.

ESCORPIÃO: Valores e decisões financeiras estarão em destaque. Atualize preços, revise contratos, some forças com a família e se estabilize.

SAGITÁRIO: Um longo ciclo chegará ao fim, deixando um lastro de autoconhecimento e expansão da consciência.

CAPRICÓRNIO: Aproveite para fazer um balanço dos últimos tempos, avaliar ganhos e perdas, desacelerar e aprender a respeitar sua sensibilidade.

AQUÁRIO: Formalize acordos. No amor, autonomia com carinho e planos para o futuro a dois fortalecerá ainda mais o vínculo.

PEIXES: No amor, palavras precisas, ética e gestos consistentes aumentarão a confiança.

Momento emocionante do futebol

CIRCUITO DOS VALES

ENCERRA TEMPORADA COM

ETAPA FESTIVA EM TEUTÔNIA

Evento terá percurso reformulado, surpresas para os participantes e cerca de 2 mil inscritos

Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

OCircuito dos Vales/ Omega Construtora chega à última etapa neste domingo, 23, em Teutônia. O evento, que consolidou 2025 como o melhor e o maior ano da história do circuito, terá largada nos pavilhões multiuso do Centro Administrativo e promete encerrar a temporada com clima de celebração.

De acordo com um dos responsáveis do Circuito dos Vales, Deivid Tirp, a expectativa é alta tanto pelo número de inscritos, cerca de 2 mil, quanto pela estrutura diferenciada preparada para o encerramento. “Pelas pesquisas e retorno das pessoas, a avaliação foi muito positiva. Teremos surpresas na última etapa, tanto no trajeto quanto no kit dos atletas. É uma etapa que vale o troféu de campeão geral e, ao mesmo tempo, é festiva”, destacou.

Além de ativações inéditas

Teutônia é conhecida pelos trajetos desafiadores, mas neste ano conseguimos montar um percurso com menos elevações em todas as distâncias. Pegamos os scouts e confirmamos que não será o mais difícil.

DEIVID TIRP

e novos produtos à venda no local, o percurso também foi reformulado. “Teutônia é conhecida pelos trajetos desafiadores, mas neste ano conseguimos montar um percurso com menos elevações em todas as distâncias. Pegamos os scouts e confirmamos que não será o mais difícil. O trajeto será um pouco diferente, passando pelo Bairro Teutônia pela estrada velha, o que deixará os trechos de três e cinco quilômetros bem planos”, explicou Tirp.

O organizador também destacou o equilíbrio entre

crescimento e responsabilidade. “O evento chega a cerca de quatro mil pessoas no total. Temos uma equipe muito responsável, que nos dá tranquilidade e segurança para fazer o evento acontecer. Sempre pensamos em uma evolução gradual, com os pés no chão”, afirmou.

Com a etapa de Teutônia, o Circuito dos Vales encerra o calendário 2025 e já inicia a conexão com a temporada 2026. “Quando encerramos a etapa, já projetamos o próximo ano. É o fim de um ciclo e o começo de outro”, conclui Tirp.

“HOJE

A CORRIDA É UM ESPORTE ACESSÍVEL”

O Circuito dos Vales tem desempenhado um papel central no avanço da corrida de rua e do atletismo no Vale do Taquari. Para o professor do Projeto de Atletismo do Colégio Teutônia, Iurquen Roese, o evento democratiza o acesso ao esporte e cria um ambiente fértil para surgimento de novos corredores. “O Circuito traz a possibilidade de pessoas iniciarem na corrida sem precisar ir a Porto Alegre ou outras regiões com mais provas. Ele abre portas para quem quer começar pelos 3 km e, aos poucos, evoluir”, afirma. Segundo Roese, o impacto vai além da iniciação. O evento se

O Circuito traz a possibilidade de pessoas iniciarem na corrida sem precisar ir a Porto Alegre ou outras regiões com mais provas. Ele abre portas para quem quer começar pelos 3 km e, aos poucos, evoluir”

IURQUEN ROESE PROFESSOR DO PROJETO DE ATLETISMO DO COLÉGIO TEUTÔNIA

tornou um espaço de visibilidade, motivação e oportunidade de evolução. “Hoje a corrida é um esporte acessível. A pessoa pode participar com baixo custo, buscar um grupo, uma academia, um treinador. E quando elas se apaixonam pela modalidade, querem evoluir. O Circuito oferece isso: acesso e estímulo.”

A equipe competitiva do Colégio Teutônia utiliza as etapas como parte da preparação para campeonatos estaduais e nacionais. “A gente encaixa o Circuito na rotina de treinos como oportunidade para treinos fortes de 5 e 10 km. Mesmo atletas de provas curtas precisam dessa base aeróbica. Os 10 km ensinam a sofrer, fortalecem o psicológico”, explica. Nesta etapa, cerca de dez atletas do projeto estarão na pista. Entre os destaques, Roese cita Laura Brackman Mallmann que participou do Sul-Americano de Cross Country com a Seleção Brasileira. “Pedi para ela correr os 10 km para fazermos um teste. Ela tem 16 anos, 11min15 nos 3 mil metros na pista. Queremos ver como reage nos 10.” Também competem Gustavo Rothmund (5 km), Alexander Boniface (3 km) e Matheus Carvalho (10 km). O professor destaca ainda o potencial do Circuito como espaço de descoberta de talentos. “Sempre surge alguém. Muitas vezes é ali que encontramos atletas com potencial. E o legado vai além da performance: pessoas

Provas do Circuito dos Vales são utilizadas pelos alunos de Teutônia na preparação para as provas nacionais

de 40, 50, 60 anos descobrem que correr é possível, acessível e saudável.”

Para Roese, a evolução técnica do Circuito é prova de um caminho sem volta. “Antes se ganhava prova com tempo alto. Hoje vemos gente correndo 32 minutos nos 10 km. A tendência é crescer. Precisamos de muita gente correndo, mas também melhorar o nível de quem é atleta.”

DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Vanessa Carniel, Secretária de Juventude, Cultura, Esporte e Lazer de Teutônia destaca que sediar novamente a etapa final do Circuito dos Vales é muito significativo para cidade. “Para nós, é uma grande satisfação receber mais de dois mil inscritos de diferentes cidades. Esse movimento traz visibilidade ao município e reforça o quanto estamos preparados para eventos esportivos de grande porte.”

Ela cita que a presença de atletas e visitantes de várias

Durante 2025, Circuito dos Vales teve uma média de 2 mil inscritos por etapa

regiões impacta positivamente a cidade, além disso, comenta que a troca de experiências entre equipes de outros locais inspira ainda mais os atletas de Teutônia. “O esporte tem um papel fundamental no desenvolvimento social. Ele é educativo, motivador e envolve toda a família. Quando a comunidade participa e acompanha esse tipo de evento, fortalecemos valores importantes, como disciplina, respeito e convivência”, enfatiza.

CULTURA EM MOVIMENTO

O Sexteto Tempero Brasil será a atração musical da largada do Circuito dos Vales 2025, no dia 23 de novembro, a partir das 8h45min, no Centro Administrativo de Teutônia. O show gratuito encerra o projeto “Cultura em Movimento”, que ao longo do ano levou diversas apresentações artísticas ao público do circuito.

Formado por trompete, sax-tenor, trombone, guitarra, baixo e bateria, o grupo promete um repertório vibrante, misturando MPB, rock e pop rock. Fundado em 2009, o sexteto tem como marca o incentivo à música instrumental, à improvisação e à

criação autoral — grande parte dos arranjos assinados pelo maestro e trombonista Astor Jair Dalferth. Com passagens por várias regiões do Estado, o Tempero Brasil já realizou projetos como Trenó do Sexteto, Tempero Musical e o espetáculo natalino “Duendes Musicais”. No palco, transita por estilos como Bossa Nova, Samba, Choro, Forró, Blues e Jazz, mesclando clássicos de compositores como Tom Jobim, Hermeto Pascoal e Chick Corea com músicas próprias criadas por Dalferth e Lucas Brolese. O projeto cultural conta com o estímulo da Lei Federal de

Incentivo à Cultura, mais o patrocínio de Girando Sol, Fasa, Goemil, Metanox, Beira Rio e Stock Center. É uma realização do Jornal A Hora e do Ministério da Cultura – Governo Federal – Do lado do povo brasileiro. O projeto valoriza e apoia a música como linguagem e prática artística, e incentiva as manifestações culturais do RS. Os shows têm classificação indicativa livre para todos os públicos e entrada gratuita.

Serviço da prova

Entrega de kits: sexta-feira, 21, e sábado, 22, na Run More, em Lajeado Local da etapa: Pavilhões multiuso do Centro Administrativo de Teutônia

Programação

6h – recepção dos atletas 8h – largada da corrida 8h15min – início da caminhada Apresentação cultural com Sexteto Brasil durante o Cultura e Movimento

Sexteto Tempero Brasil é a atração do Cultura em Movimento
JOILSON PEREIRA
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FUTSAL

ALAF BUSCA TÍTULO GERAL DO SUB-17

Equipe lajeadense recebe a ACBF no jogo de ida da decisão, domingo, às 18h, no Ginásio do Bairro Campestre

Ezequiel Neitzke

ezequiel@grupoahora.net.br

AAlaf inicia neste domingo, às 18h, no Ginásio do Bairro Campestre, em Lajeado, a disputa pelo título geral do Campeonato Gaúcho Sub-17. Após conquistar o título da Conferência Oeste, o time lajeadense enfrenta a tradicional

ACBF, campeã da Conferência Leste após golear a AAPF por 5 a 1. A decisão será realizada em dois jogos, com o duelo de volta marcado para o dia 30, às 17h, em Carlos Barbosa.

O presidente Alexandre Heisler projeta uma partida intensa diante de um dos principais clubes do futsal brasileiro. “A expectativa é de um jogo muito pegado, de muita marcação e movimentação. Vamos enfrentar o maior clube de futsal do país e uma das melhores categorias de base do Estado”, afirma.

Segundo Heisler, a preparação da semana tem sido dividida para ajustar todos os detalhes. “Estamos treinando muito: a parte física com o Ghidini e a parte técnica e tática com o Douglas e a Bella”, detalha. Ele destaca ainda a trajetória que levou a equipe até a decisão. “Foi

A Alaf chega à final embalada por números consistentes construídos ao longo da competição

uma campanha espetacular, que demonstra a qualidade do grupo, da comissão técnica e a importância da Alaf no cenário estadual.”

A Alaf chega à final embalada por números consistentes construídos ao longo da competição. Em 16 jogos, foram 11 vitórias, três empates e apenas duas derrotas, com 72 gols marcados e 44 sofridos.

A torcida lajeadense é esperada em bom número no Campestre para empurrar a equipe no primeiro capítulo da final. A grande decisão será concluída no dia 30, em Carlos Barbosa.

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FUTEBOL AMADOR

REGIONAL ASLIVATA VIVE DOMINGO DECISIVO

Semifinais

movimentam

disputas nas Séries A e B, Aspirante, Veterano e Máster

Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

ORegional Aslivata –Copa Certel/Sicredi entra na reta definitiva. No domingo, 23, começam as partidas de ida da semifinal da Série A, enquanto outras categorias também afunilam as disputas. Em Poço das Antas, o clima é de mobilização total. Pela primeira vez, o clube chega à semifinal da elite.

O EC Poço das Antas é considerado o “intruso” entre os semifinalistas. Os demais, Canabarrense, Taquariense e Tiradentes repetem presença na reta final pelo segundo ano consecutivo. Para o dirigente Maurício Steffens, a classificação representa um marco. “Chegar à semifinal mostra o quanto o trabalho de jogadores, comissão, diretoria e comunidade fez diferença. A torcida abraçou de verdade e vive esse momento como histórico”, afirma.

Steffens relata que a mobilização local se tornou o combustível do elenco. “A mobilização está enorme. O pessoal abraçou de verdade. A comunidade está se organizando para um grande dia, e a presença em peso da torcida é o que nos motiva ainda mais. Todo mundo quer fazer parte desse momento histórico. A diretoria e a torcida estão alinhando os últimos detalhes para garantir que domingo seja uma grande festa dentro e fora de campo”, afirma.

Após passar pelo tricampeão Gaúcho, Tiradentes busca a inédita vaga para final da categoria titular

Segundo ele, o desempenho da equipe não surpreende internamente. “Entramos na competição sabendo da qualidade do grupo. Para nós, não é surpresa. Trabalhamos para isso. Desde o primeiro jogo sabíamos que, se encaixasse, iríamos incomodar muita gente. Agora é manter a pegada e tentar buscar a vaga na final.”

O adversário será o Tiradentes, de Nova Bréscia. A equipe aposta no entrosamento construído ao longo das últimas três temporadas e comemora o retorno do meia Marquinhos Guevedi, recuperado de problema de saúde e novamente à disposição do técnico Naco. Na outra semifinal, o Taquariense tenta voltar à decisão após um ano. O técnico Juninho

mantém dúvida sobre o atacante Andrei Macedo, destaque do elenco e em recuperação de lesão no tornozelo. O confronto diante do Canabarrense ocorre no estádio Marques da Cunha, em Taquari. Atual tricampeão da Taça Intermunicipal e único campeão ainda vivo no Regional, o Canabarrense aposta na manutenção da base do último ano e na mescla entre atletas experientes e jovens da comunidade.

ASPIRANTE TERÁ

CAMPEÃO INÉDITO

Nos aspirantes, a edição de 2025 garantirá um campeão inédito. Líder entre os semifinalistas, o Sete de Setembro quer quebrar um tabu: eliminar o Juventude, de Westfália, algo que os dois times de Nova Bréscia, Tiradentes e Imi-

grante, não conseguiram quando estavam no topo da classificação. O Sete tenta chegar à primeira final, enquanto o Juventude busca retornar após dois anos. Em 2023, perdeu a decisão para o Serrano. Do outro lado da chave, o Brasil, de Marques de Souza, enfrenta o Juventude de Guaporé. Atual campeão entre os titulares, o Juventude busca agora também o título aspirante. O Brasil tenta voltar à final após 19 anos, a última foi em 2006, quando perdeu para o Rui Barbosa.

VETERANO E SÉRIE B TAMBÉM

AFUNILAM

No veterano, o Concórdia, dono da melhor campanha, recebe o Floriano em Roca Sales. O 1 a 1 da ida deixa tudo em aberto, nova

Sábado

Máster

São

Rudibar

Domingo

Série A

Titular

Poço das Antas x Tiradentes

Taquariense x Canabarrense

Aspirante

Sete de Setembro x Juventude Westfália

Juventude Guaporé x Brasil

Veterano

Concórdia x Floriano

Série B

Nova Berlim x Delfinense

igualdade leva a decisão para os pênaltis. Quem avançar encara o Rudibar na final.

Pela Série B, o 11 Amigos, de Poço das Antas, aguarda o vencedor de Nova Berlim x Delfinense, confronto que ocorre em Canudos do Vale. O Delfinense joga pelo empate, enquanto os donos da casa precisam vencer para forçar os pênaltis. No aspirante da B, o Nova Berlim joga pela vantagem; ao visitante, só a vitória interessa. O vencedor enfrenta o CMD Muçum.

MÁSTER DEFINE FINALISTAS NO SÁBADO

O campo do Rudibar, em Bom Retiro do Sul, recebe as semifinais do Máster no sábado. Em jogos únicos, São Luiz enfrenta o União Carneiros, enquanto o Rudibar encara o Flamengo. Empate leva a decisão para os pênaltis.

Luiz x União Carneiros
x Flamengo
ANTONY CONTE/DIVULGAÇÃO

O escritor e historiador Genuíno Antônio Ferri, conhecido como Gino Ferri, inaugurava um novo espaço de preservação da história e cultura de Encantado. O Memorial Gino Ferri reunia fotos, documentos, discursos, artefatos antigos, relatos da história de Encantado, pesquisas, objetos

Gino Ferri inaugurava memorial em Encantado

pessoais e a obra literária de Ferri, em um acervo com mais de oito mil peças. No dia da inauguração, Ferri completava 83 anos e participava da cerimônia. Na ocasião, Gino recebeu homenagens da câmara de vereadores, da Alivat e da administração municipal. O memorial ficava ao lado de sua residência. Na época, havia um espaço junto ao Museu Municipal, no entanto, o local era pequeno para abrigar todos os materiais de Ferri. Assim, em 2004, Gino iniciou a construção de um prédio próprio para abrigar o Memorial. O historiador faleceu aos 93 anos, em 2016.

Lajeado sediava escolha da Senhorita Caixeiral

O 11º concurso da Senhorita Caixeiral era promovido pelo Clube Caixeiral de Lajeado. Ao todo, oito delegações participaram, com 120 pessoas das cidades de Bagé, Carazinho, Itaqui, Jaguarão, Pelotas,

Rio Grande, Santa Maria e Santa Vitória do Palmar.

A programação iniciava já na sexta-feira à noite, nos salões da Acvat, com jantar e depois baile. No sábado ao meio-dia, os dirigentes

dos clubes caixeiral se reuniram na sede campestre do Clube Tiro e Caça, quando foi decidido que a próxima edição do concurso seria realizada em Santa Maria. Na noite de sábado, houve o desfile das candidatas e a escolha da Senhorita Caixeiral, cujo título de 1975 ficou para a candidata de Santa Vitória do Palmar, Maria da Graça Flório Garcia. Como princesas, foram escolhidas as jovens de Bagé, Eunice Terezinha Bittencourt, e de Lajeado, Ângela Bertoglio. Também foi eleita a Senhorita Simpatia, Hétie de Farias Santos.

Sábado é Domingo é

- Dia da Comunidade Libanesa no Brasil - Dia Nacional de Combate à Dengue - Dia do Músico

Santo do dia 22: Santa Cecília

- Dia do Engenheiro Eletricista - Dia Nacional de Combate ao Câncer Infanto-Juvenil

- Dia Internacional do Consultor de Imagem

Santo do dia 23: São Clemente I

ARTIGO

MAURO

LUCIANO HAUSCHILD

advogado e idealizador da Aquibom

Governo Federal na contramão da tilapicultura

Nem uma semana se passou da 1ª AQUIBOM, feira criada para fortalecer e projetar a tilapicultura no Rio Grande do Sul e no Brasil, e já se observam movimentos do governo federal que caminham em sentido oposto ao esforço unificado da cadeia produtiva da tilapicultura.

Enquanto produtores, Emater, cooperativas e empresas de tecnologia ampliam investimentos para desenvolver a produção local, Brasília anuncia a reabertura das importações de tilápia asiática — decisão formalizada pelo Despacho Decisório nº 379/2025 do Ministério da Agricultura e Pecuária.

Na mesma direção, a Conabio avança na inclusão da tilápia na Lista Nacional de Espécies Exóticas Invasoras, criando insegurança regulatória e transmitindo ao mercado uma sinalização ambígua e desalinhada com a realidade do setor.

O contraste é evidente: o Brasil produz mais de 660 mil toneladas anuais de tilápia, representando cerca de 65% de todo o peixe cultivado no país. A espécie é a base da tilapicultura nacional e sustenta milhares de famílias, especialmente na região Sul.

No Rio Grande do Sul, o setor registrou 34,4 mil toneladas de produção em 2024, com crescimento de 8,95%. No Paraná, líder absoluto, o VBP da tilapicultura atingiu R$ 2,29 bilhões. Em Santa Catarina, a tilápia representa 70% da produção aquícola, apoiada por tecnologia genética e estrutura cooperativa.

As normas ambientais brasileiras — incluindo a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/1981), a Lei da Biodiversidade (Lei 13.123/2015) e os decretos que regem a Conabio— determinam que conservação e desenvolvimento produtivo devem caminhar de forma integrada e equilibrada.

No entanto, decisões recentes apontam

para um desalinhamento entre discurso e prática. Mesmo após o Ibama esclarecer que não haverá proibição ao cultivo de tilápia, o ambiente regulatório incerto gera receio, afeta investimentos e compromete a competitividade do setor.

A ausência do governo federal na 1ª Aquibom reforça a percepção de distanciamento.

A feira demonstrou que o Brasil quer produzir peixe com tecnologia, sustentabilidade e geração de emprego regional. Cabe agora ao governo federal corrigir o rumo.

A defesa da biodiversidade é essencial, mas não pode servir como justificativa para enfraquecer a tilapicultura nacional — especialmente no Sul, onde o futuro da tilápia é também o futuro de milhares de famílias, produtores e comunidades que dependem da atividade.

ARTIGO

ROGÉRIO WINK

Empreendedor e comunicador, apresentador do programa “O Meu Negócio”, da Rádio A Hora 102.9

O tempo de cada um

Na Semana do Empreendedor realizada recentemente em Estrela/RS, mediei um painel com a presença de empreendedores locais, Alexandre Dullius da Run More, Marilia Muller Barghouti da Univale e Roberto Lucchese da Lyall. Em determinado momento, diante de uma pergunta da plateia, o empresário Roberto Lucchese trouxe uma frase que merece reflexão: “O tempo é igual para todo mundo. O que você faz com ele é o que te diferencia.”

A frase carrega uma verdade profunda do mundo empreendedor. O tempo não faz distinção. Ele é distribuído de maneira igual a todos. A diferença está em como cada um o utiliza, considerando suas habilidades, sua vocação, seu desejo de realizar e, principalmente, o tamanho do risco que está disposto a assumir. No mundo dos negócios, não existe fórmula que dispense riscos. Empreender é, por definição, lidar com incertezas.

Enquanto produtores, Emater, cooperativas e empresas de tecnologia ampliam investimentos para desenvolver a produção local, Brasília anuncia a reabertura das importações de tilápia asiática.”

Ao observar diferentes empreendedores, fica claro que cada um usa o tempo de uma forma alinhada ao que sabe fazer melhor. Alguns dedicam suas horas à atividade técnica, fortalecendo competências específicas que sustentam a operação. Outros têm mais facilidade com comunicação e se valem disso para vender ideias, criar narrativas, atrair clientes e mobilizar equipes. Há também aqueles que constroem seus negócios a partir do relacionamento: investem tempo em conexões, visitas, conversas e contatos que, somados, se transformam em estratégia. E, claro, existem empreendedores que se destacam na gestão, organizando processos, planejando, definindo metas e mantendo a operação em ordem.

No mundo dos negócios, não existe fórmula que dispense riscos. Empreender é, por definição, lidar com incertezas.”

A provocação de Lucchese reforça algo essencial: sempre existe uma habilidade que fala mais alto em cada empreendedor. Não é possível — nem necessário — ter todas as competências ao mesmo tempo. O importante é reconhecer qual característica é mais forte, aquela que naturalmente diferencia o profissional, e dedicar tempo para desenvolvê-la ainda mais.

Para todas as outras áreas, igualmente relevantes, contamos com pessoas que nos complementam. É aí que entra a força das equipes, dos parceiros e de todos que nos ajudam a transformar o que, individualmente, não conseguiríamos entregar com a mesma qualidade. Ninguém cresce sozinho — cresce quem sabe usar bem o próprio tempo e respeitar o tempo e a habilidade do outro.

Quem esteve no evento em Estrela pôde perceber isso na prática. A troca de experiências, as histórias compartilhadas, os erros confessados e os acertos celebrados mostraram que sempre existe algo aplicável ao nosso próprio negócio. Cada fala abriu uma janela de possibilidades: uma ideia para ajustar processos, uma postura inspiradora para aplicar na equipe, uma percepção nova sobre gestão, comunicação ou relacionamentos. Eventos assim não entregam fórmulas prontas, mas oferecem repertório — e é do repertório que nascem as melhores decisões.

O fato é que o tempo está disponível para todos. A reflexão deixada no evento nos conduz a uma pergunta: De que maneira estamos aproveitando o tempo que temos?

Fim de semana, 22 e 23 novembro 2025

Fechamento da edição: 18h MÍN: 16º | MÁX: 23º Uma frente fria se desloca pelo Estado. Com isso, o céu fica encoberto na Região e ocorrem pancadas de chuva e temporais isolados.

O valor da prevenção

Entre mudanças culturais e riscos do diagnóstico tardio, saúde masculina ganha cada vez mais atenção nos consultórios médicos

GRUPO A HORA | 22 NOVEMBRO 2025

“O nosso diferencial será sempre nosso lado humano”

Fernanda G. Ruthner é dermatologista pela Santa Casa de Porto Alegre e tem formação médica em Santa Maria, na Universidade Federal de Santa Maria. Também é integrante da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Atua em Lajeado desde 2003, sendo desde agosto deste ano em novo endereço na Avenida Piraí 300, sala 1009

O que te fez escolher a profissão e como foi esse início?

Escolhi ser dermatologista por ter tido uma professora durante minha formação médica que me incentivou e inspirou, Dra Shirley Matte, a quem sou eternamente grata. O início em Lajeado foi lento, já que venho de uma família com apenas um primo médico cardiologista que reside em Torres. Fui construindo a confiança com meus pacientes ao longo da minha jornada de vida com muito apoio dos familiares e do esposo pneumopediatra, Dr. Rafael MRB Mello.

Quais os maiores desafios da profissão hoje?

Acredito que seja acompanhar a velocidade das informações no nosso dia a dia, sem perder a essência do nosso propósito.

Como você percebe a área hoje e o que nota como evolução daqui pra frente?

A dermatologia cresceu muito comparado a quando iniciei nela no ano 2000, qualificando o atendimento personalizado e individualizado. A evolução é unir a tecnologia a nosso favor, sem nos escravizar a ela. O nosso diferencial será sempre nosso lado humano.

Lembra de algum momento marcante de algum paciente que passou por você? Momentos marcantes que passaram por mim são incontáveis, com muitos abraços de gratidão pelos resultados obtidos e muita troca de aprendizado. Os pacientes desafiadores me fizeram crescer como ser humano e sou grata a todos os pacientes que passaram por mim.

EXPEDIENTE

Textos: Bibiana Faleiro

EDITORIAL

O homem atual carrega ainda carrega uma série de tabus em relação à própria saúde, Ele, por muito tempo, herdou hábitos de como deve se comportar diante do próprio corpo. Ser discreto na dor, resistente no desconforto, prático nos cuidados. E isso cria a falsa impressão de força, mas que, na verdade, pode ser um risco. No fundo, grande parte dos problemas masculinos nasce nasce dessa cultura. Hoje, enquanto se fala tanto sobre performance, no trabalho, no esporte, pouco se discute sobre a vulnerabilidade masculina, que se expressa não apenas em doenças, mas em cansaços acumulados, dificuldades emocionais escondidas na produtividade

Não é sobre força física, mas sobre prevenção.”

e um estilo de vida que tenta ser autossuficiente, mesmo quando ultrapassou todos os limites. Cuidar da saúde, para muitos homens, ainda soa como admitir falha. É preciso reconstruir a ideia do que significa ser saudável. Não é sobre abdicar de prazeres, mas aprender a reconhecer esses limites. Não é sobre força física, mas sobre prevenção. É entender que exames não são ameaças, mas ferramentas.

Imagens: Paulo Cardoso Diagramação: Lautenir Junior Coordenação: Felipe Neitzke

DIVULGAÇÃO

Hospitais enfrentam desafios financeiros enquanto investem em cuidado

Com valores da tabela SUS defasados, instituições precisam equilibrar finanças, humanização e inovação para manter serviços essenciais à população

Asustentabilidade financeira de hospitais que atendem pelo Sistema Único de Saúde  segue como um desafio urgente. Com valores da tabela SUS abaixo dos custos reais, gestores precisam equilibrar finanças sem comprometer a qualidade do cuidado, buscando inovação, estratégia e humanização para manter serviços essenciais à população.

Mesmo figurando entre os oito melhores hospitais do Estado, segundo a revista norte-americana Newsweek e da empresa alemã Statista, o Hospital Bruno Born, em Lajeado, ainda enfrenta desafios para sustentar todas as demandas de saúde. O diretor-executivo, Cristiano Dickel, alerta que, apesar do reconhecimento, a instituição sente os efeitos da pressão sobre o sistema, especialmente na gestão de recursos.

“O atendimento assistencial ao paciente é imprescindível, sobretudo em situações de urgência e emergência. Cuidar da pessoa nesses momentos é inegociável. No entanto, do ponto de vista financeiro,

a realidade é difícil: mesmo atendendo pacientes de convênios, o hospital enfrenta um déficit superior a R$ 300 mil por mês”, comenta.

Diretor executivo do Hospital Ouro Branco em Teutônia, Gilson Silvera, reconhece a dificuldade e menciona que tem um desafio enorme em  manter a estrutura funcionando sem fechar as portas para ninguém, 24 horas por dia, 7 dias por semana. ”Vivemos sob pressão constante.”

Valores fixos, custos reais

A tabela SUS, instrumento do Sistema Único de Saúde, define quanto hospitais e clínicas recebem por cada atendimento, exame ou medicamento. Cada procedimento possui um valor

fixo, muitas vezes distante do custo real do tratamento.

“Para cada paciente internado, o hospital recebe R$ 398 por dia, considerando uma média de seis dias de internação. Recentemente, um paciente gerou um gasto de R$ 87 mil apenas com antibióticos, enquanto o valor que conseguimos cobrar foi de somente R$ 1,2 mil. Se fosse outra empresa, provavelmente já teria fechado. O reconhecimento e a credibilidade são facilitados por ser um hospital”, explica Dickel. “Nossa realidade é muito complexa. É preciso dialogar com todas as áreas, quase como reunir 12 ou 13 empresas dentro de uma só. Os hospitais só ficam atrás dos aeroportos em termos de complexidade. Para nós, é realmente um

desafio que se intensifica a cada dia”, acrescenta Márcio Sotana, diretor executivo do Hospital Santa Teresinha de Encantado.

Cuidado integrado e governança clínica

Nos hospitais entrevistados, a segurança do paciente não é apenas um protocolo, é prioridade máxima. Os três diretores executivos comparam a rotina hospitalar à complexidade da aviação: “Trabalhamos com processos rigorosos, protocolos detalhados e atenção constante aos riscos humanos. Mesmo com

tecnologia de ponta, a execução depende das pessoas, e qualquer falha nos leva a reinventar procedimentos para evitar problemas futuros”, afirmam. Para eles, o esforço vai além da técnica: envolve decisões multidisciplinares que colocam o paciente no coração do cuidado, garantindo excelência e segurança. Essa dedicação rendeu ao HBB o reconhecimento do Planetree, metodologia internacional de cuidado centrada na pessoa. Com foco na experiência do paciente, a abordagem combina humanização, processos aprimorados e uma cultura organizacional voltada para proximidade e empatia.

Mesmo figurando entre os oito melhores hospitais do Estado HBB, em Lajeado, ainda enfrenta desafios para sustentar todas as demandas de saúde
DIVULGAÇÃO
Cristiano Dickel, diretor do HBB
Gilson Silvera, diretor do Hospital Ouro Branco
Márcio Sotana, diretor do Hospital Santa Terezinha
Hospital Ouro Branco busca recursos para UTI e qualificar estrutura regional

Baixa prevenção aumenta

Entre tabus, medos e velhos hábitos, especialistas explicam como a prevenção ainda enfrenta barreiras culturais, e o que pode mudar esse cenário

NSaúde masculina em dados

- 7 anos é a diferença de expectativa de vida entre homens e mulheres no Brasil, segundo o IBGE 2023.

- De acordo com o Ministério da Saúde, homens têm maior mortalidade por causas preveníveis, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes e câncer.

- Homens representam cerca de 77% das mortes por causas externas no país, segundo o Atlas da Violência 2023

- Câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre homens brasileiros. O INCA estima aproximadamente 72 mil novos casos anuais.

Os homens vivem, em média, sete anos a menos que as mulheres. ”

Juliano Moreira médico da família

o mês dedicado à conscientização sobre a saúde do homem, Novembro Azul, especialistas reforçam que os desafios vão muito além do câncer de próstata. Dados do IBGE mostram que os homens vivem, em média, 6,6 anos a menos que as mulheres, diferença marcada por menor adesão à prevenção, maior exposição a riscos e diagnósticos tardios. Segundo o Ministério da Saúde, eles também morrem mais por doenças evitáveis, como infarto e diabetes, além de representarem 77% das mortes por causas externas no país. Apesar da ampliação dos debates, a busca por atendimento ainda esbarra em tabus, medo do diagnóstico e a ideia de que cuidar da saúde é sinal de fragilidade Apesar de avanços importantes na discussão

- O INCA e o Ministério da Saúde recomendam conversa individualizada com o médico para avaliar risco e necessidade de exames, principalmente entre 55 e 69 anos, ou a partir dos 45 anos para quem tem fatores de risco, como histórico familiar.

- Segundo a OMS, homens representam cerca de 75% das mortes por suicídio no Brasil.

sobre saúde masculina, a distância entre os homens e os serviços de saúde ainda é grande, afirma o médico da família Juliano Moreira. O especialista diz haver uma dificuldade histórica em reconhecer quando um homem precisa de ajuda. “Existe uma obrigação implícita de ser sempre autossuficiente e seguro. Isso dificulta admitir medos, cansaço, sofrimento e até sintomas físicos”, explica. O

Acompanhamento psicológico e nutricional contínuo é essencial para evitar recaídas e consolidar novos hábitos após a cirurgia

medo do diagnóstico também é uma barreira: “Ir ao médico não é vaidade, não é egoísmo. É manutenção de saúde. Mas muitos ainda confundem”. De acordo com o profissional, essa postura aparece tanto nos riscos que assumem, como maior exposição a acidentes, consumo de álcool e tabaco, quanto na forma de lidar com o sofrimento mental. “Os homens falam menos sobre o que sentem. As mulheres são mais sociáveis, trocam experiências. Eles guardam e silenciam”, diz. Não é incomum que consultas por dores musculares ou insônia revelem quadros de

ansiedade não reconhecidos.

Tabus

O público masculiuno, muitas vezes, também tem receio de falar sobre a vida sexual. Moreira conta que muitos pacientes chegam sem coragem de verbalizar dificuldades, com vergonha ou medo de julgamento. “Quando percebem que há acolhimento e escuta sem preconceito, falam. E é libertador”, diz. O médico observa que muitos homens só percebem a importância da própria saúde quando se tornam pais. “O nascimento de um filho muda a perspectiva: não é mais só sobre mim. Tem alguém que precisa de mim.”

riscos e atrasa diagnósticos

Desafio em rastrear

No consultório do urologista Diego Gergen, quando o homem busca atendimento médico, é por sintomas relacionados à sexualidade, à próstata ou ao trato urinário. “Quando chega para o urologista, é bem mais focado”, resume ele. “Às vezes, isso até é o ponto de entrada para outros tratamentos de saúde.”

Embora reconheça que os homens jovens de hoje já procuram mais atendimento, Gergen lembra que, historicamente, o público masculino não costuma fazer consultas de rotina, e isso pode resultar em diagnósticos tardios e maior dificuldade de tratamentos.

Segundo Gergen, o maior desafio está em rastrear o câncer de próstata. O médico explica que, entre as patologias da próstata, as benignas causam muito

mais sintomas que o câncer. “O câncer costuma ser assintomático. A maior parte dos casos não tem sintoma nenhum”, reforça.

Por isso, o rastreamento é tão enfatizado. Ainda assim, parte dos homens evita o toque retal e posterga a ida ao consultório. “Quem tem receio do toque não vai ao consultório. Quem chega já está tranquilo com isso”, comenta.

O médico também detalha o papel e as limitações do PSA, exame de sangue usado para investigação prostática desde os anos 1980. “É muito sensível, mas pouco específico. Muita coisa aumenta o PSA: crescimento benigno, infecções, até ejaculação nas 48 horas anteriores ao exame.” Já o toque retal funciona de modo inverso. Quando alterado, é muito preciso; quando normal, não exclui totalmente a doença.

O que muda com a idade

Outra demanda crescente no consultório é a queixa relacionada aos hormônios masculinos. Gergen explica que a chamada “andropausa” não ocorre como a menopausa feminina. A queda hormonal no homem é lenta e gradual. “O difícil é diferenciar o que é fisiológico, esperado com o envelhecimento, do que é patológico”, comenta.

Os sintomas associados à deficiência de testosterona incluem perda de massa muscular, aumento de peso, redução de libido, alterações de humor e diminuição de pelos. “O homem vai se acostumando com a queda, porque ela não acontece de uma hora para outra.”

A avaliação hormonal, que se tornou mais acessível nos últimos anos, permite diagnósticos mais precisos e tratamentos mais ajustados. Mesmo assim, o urologista reforça que reposição não resolve tudo, especialmente quando há condições como a obesidade. “O tecido adiposo consome testosterona. Se o paciente não perder peso, adianta pouco repor. É um ciclo. A obesidade reduz o hormônio, o hormônio baixo reduz energia e disposição, e

Aos poucos, mudanças geracionais, maior acesso à informação e novas formas de diálogo estão abrindo caminho para uma relação

mais saudável dos homens o corpo e a mente. Procurar ajuda e fazer check-ups podem quebrar ciclos e mudar o cenário atual.

Por isso o rastreamento é tão importante.”
Diego Gergen urologista
PAULO CARDOSO

Viroses fora de época e UTIs lotadas alertam profissionais da saúde

Mudança no padrão dos vírus respiratórios, bronquiolite persistente, surtos de meningite e atraso vacinal compõem um cenário desafiador

Oque tradicionalmente era um período mais tranquilo para os consultórios pediátricos, o fim do ano virou sinônimo de alta demanda. Ao invés das consultas de rotina

para acompanhar crescimento e desenvolvimento infantil, o que tem lotado as agendas dos pediatras são bebês e crianças pequenas com quadros virais, pneumonias complicadas e até bronquiolite causada por Covid-19.

A mudança no comportamento dos vírus, intensificada após a pandemia, somada ao atraso vacinal e à exposição precoce em creches, desenha um cenário de preocupação para especialistas. “Nunca vimos tantos quadros graves persistirem tão tarde no ano”, afirma o pediatra João Paulo Weiand. Segundo ele, viroses respiratórias que já deveriam ter reduzido sua presença seguem intensas, entre elas, também a influenza, ainda muito presente entre crianças não vacinadas. “A gripe deveria praticamente desaparecer nessa época, mas a baixa cobertura vacinal permite que o vírus continue circulando”, explica.

Covid-19 ainda impacta bebês

Entre as surpresas do ano, está o número de casos de Covid-19 em crianças pequenas e até em bebês internados em UTI com bronquiolite causada pelo vírus. Os quadros mais leves, segundo Weiand, provavelmente passam despercebidos e são classificados apenas como “viroses comuns”.

A bronquiolite segue como um dos principais desafios do período. Antes concentrada entre março e agosto, ela agora persiste além do previsto. “Continuamos vendo bebês pequenos, inclusive abaixo de um mês de vida, chegando com bronquiolite. As UTIs seguem lotadas”, relata. Outro fenômeno observado são pneumonias complicadas, com derrame e destruição de partes do pulmão, aparecendo

Bebês e crianças pequenas lotam consultórios e UTIs. Baixa vacinação e exposição precoce em creches ajudam a manter vírus em circulação

meses depois do habitual. “Normalmente esse pico ocorre junto com as bronquiolites. Mas neste ano ele veio mais tarde, mantendo a ocupação da UTI sempre alta.”

Nas creches

Para o pediatra, o intenso fluxo de vírus tem relação direta com a rotina moderna das famílias. “As escolinhas não fecham mais como antigamente. As crianças ficam o ano todo, e a creche é o ambiente onde os vírus mais circulam”, afirma.

Ele destaca que os bebês, especialmente aqueles que entram muito cedo, enfrentam uma carga viral elevada em um período em que o sistema imunológico ainda é imaturo. O resultado são quadros sucessivos: febre a cada duas semanas, infecções de repetição e mais risco de complicações como otites.

Ainda, o Rio Grande do Sul registrou em 2025 um aumento de casos de meningite meningocócica, com surtos de meningococo B na Serra e meningococo Y no Sul do estado. O número de casos

desaparecer nessa época, mas a baixa cobertura vacinal permite que o vírus continue circulando”

João Paulo Weiand pediatra

superou os anos anteriores. A constatação levou o Ministério da Saúde a ajustar o calendário: a vacina ACWY passa a ser aplicada aos 12 meses como reforço, além de seguir indicada aos 11 anos para reduzir a circulação entre adolescentes.

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Michele Fleck

Nutricionista especialista e Obesidade e Cirurgia Bariátrica

CRN² 8042

Cirurgia bariátrica e gestação

No mundo, 80% das cirurgias bariátricas são feitas em mulheres, muitas em idade fértil, o que pode melhorar a fertilidade por regulação hormonal e ciclo reprodutivo, estando esse fenômeno associado à redução da resistência à insulina.

De acordo com a nutricionista Michele Fleck, uma gestação deve ser programada e planejada, respeitando o período de pós-operatório de 12 a 18 meses (estabilização ponderal do peso), ideal após 24 meses.

Pensando na saúde do binômio mãe-filho, é importante identificar possíveis deficiências nutricionais e tratá-las adequadamente, pelo menos 6 meses antes da concepção e, após, monitorar a cada trimestre gestacional.

A nutricionista afirma que as principais deficiências são: ferro, cálcio, ácido fólico, vitamina B12, vitamina D e proteínas. Estas estão relacionadas a problemas como:

- Restrição de crescimento;

- Prematuridade;

- Pequeno para idade gestacional (PIG);

- Hipocalcemia neonatal ou raquitismo;

- Osteomalácia materna;

- Retardo mental fetal;

- Defeito no tubo neural.

A cirurgia bariátrica é uma ferramenta no tratamento da doença obesidade e auxilia diversas mulheres que sofrem com infertilidade e sonham com a maternidade.

Empada proteica

Ingredientes

Massa:

- 2 ovos de galinha

- 1 xícara de leite desnatado ou bebida vegetal

- 3 colheres de sopa de azeite de oliva

- ½ xícara de farelo de aveia (40 gramas)

- 1 xícara de farinha de aveia ou de arroz (80 gramas)

- 30 gramas de whey protein neutro isolado OU concentrado

- 1 colher de chá rasa de sal

- 1 colher de chá cheia de fermento em pó

Recheio:

- 250 gramas de proteína – 1 colher de sopa de carne por empada

- Frango desfiado ou carne moída ou atum

- 1 colher de sopa por empada

- Vale adicionar vegetais a gosto.

Modo de preparo

Misturar todos os ingredientes, deixando somente por último o fermento. Após adicioná-lo, mexer delicadamente. O recheio já pode estar pronto previamente e temperado a gosto.

Pré aqueça a airfryer por 5 minutos a 180 graus. Em forminhas de cupcakes de silicone, distribua um pouco da massa, adicione uma colher de sopa de proteína e cubra com mais massa. Pode adicionar sementes por cima da empada, como gergelim, abóbora e girassol. Asse por aproximadamente 15 a 20 minutos, dependendo da potência do equipamento. Faça o teste da faca para verificar se a empada está assada.

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Embrapa fará pesquisa sobre cultivo de canabis

A Anvisa concedeu uma autorização excepcional que permitirá à Embrapa iniciar pesquisas com cultivo de cannabis no Brasil. O aval, limitado exclusivamente a fins científicos, não permite comercialização de plantas, insumos ou derivados. A decisão ocorre no momento em que a instituição recebeu mais de R$ 13 milhões da Finep para ampliar estudos relacionados ao canabidiol (CBD), um dos principais compostos da planta. O avanço representa um passo importante para que o país desenvolva conhecimento próprio sobre a cultura, hoje fortemente dependente de insumos importados. Em nota, a Embrapa destacou que a medida ajudará a embasar futuras decisões regulatórias, ampliar autonomia tecnológica e fortalecer a pesquisa nacional em um setor que cresce no mundo em áreas como saúde, indústria e agricultura. Antes de iniciar o cultivo

experimental, a Embrapa deverá passar por inspeção presencial da Anvisa, que avaliará a estrutura, a segurança das instalações e os sistemas de monitoramento. Todo o ciclo de pesquisa será acompanhado pela agência, que poderá exigir ajustes para garantir o cumprimento das regras. O material vegetal produzido e que não tenha potencial de propagação poderá ser destinado apenas a outras instituições habilitadas.

A decisão segue entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que em 2024 reconheceu a possibilidade de empresas obterem autorização para importação de sementes e cultivo de cannabis com finalidade medicinal, farmacêutica ou industrial. Enquanto o governo ainda define normas específicas, a autorização pontual à Embrapa reforça o movimento de avanço regulatório no tema.

Laboratório Univates oferece teste de paternidade não invasivo

Nova tecnologia permite confirmar a paternidade já no início da gestação, com alta precisão e sem riscos para mãe e bebê

OLaboratório Univates amplia seu portfólio de serviços e oferece uma nova tecnologia em exames genéticos: o teste de paternidade não invasivo prénatal. O exame, que pode ser realizado a partir da 7ª semana de gestação, permite identificar a paternidade de forma segura, precisa e sem riscos para a mãe ou para o bebê.

O teste é realizado a partir de uma coleta de sangue da gestante e uma coleta de sangue do suposto pai. No sangue materno, é possível encontrar fragmentos de DNA fetal que circulam naturalmente durante a gravidez. Esses fragmentos

são isolados e comparados ao DNA paterno, analisandose centenas a milhares de marcadores genéticos.

Com essa tecnologia, o exame alcança precisão superior a 99,9%, eliminando a necessidade de procedimentos invasivos, como a amniocentese ou a biópsia de vilo corial, métodos que envolvem a inserção de agulhas no útero e apresentam pequeno risco de complicações.

O exame é indicado para gestantes a partir da 7ª semana de gravidez, desde que a gestação não seja múltipla (com mais de dois fetos) e que a paciente não apresente doenças neoplásicas, pré-eclâmpsia ou doenças imunológicas congênitas.

Conheça o Laboratório

O Laboratório Univates

conta com estrutura moderna, equipamentos de última geração e equipe altamente qualificada, garantindo um atendimento rápido, humanizado e acolhedor.

O laboratório está localizado no térreo do Hospital Bruno Born (HBB), com entrada pela avenida Benjamin Constant, 935. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 6h30min às 16h, e aos sábados, das 7h às 12h. Já a unidade localizada na Univates atende de segunda a sexta-feira, das 6h30min às 12h30min.

Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3714-7081, pelo WhatsApp (51) 99629-8952 ou pelo e-mail laboratoriounivates@univates. br. São oferecidos diversos exames de análises clínicas, de biologia molecular e de patologia e citopatologia.

Coleta de sangue da gestante e do suposto pai permite análise genética detalhada, garantindo resultado seguro e não invasivo

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