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ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR
Quarta-feira, 19 novembro 2025 | Ano 23 - Nº 3977 |
FAUNA DO VALE
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ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR
Quarta-feira, 19 novembro 2025 | Ano 23 - Nº 3977 |
FAUNA DO VALE

Projeto envolve estudantes da escola Bela Vista, de Arroio do Meio, e busca identificar os mamíferos que habitam a área de 466 hectares no Parque Apícola Emílio Schenk, em Taquari.
















NESTA EDIÇÃO


















Esse dinheiro não tem relação nenhuma com o caso da investigação. Eu dei esse cofre para o meu pai. ”
MARCELO CAUMO, EX-PREFEITO DE LAJEADO
PÁGINA | 5
COLETA DE RESÍDUOS
Empresa de Progresso obteve liminar para impedir contratação da coletora de Brasília. Trâmite do governo de Lajeado ficará suspenso até análise do mandado de segurança.
PÁGINA | 9
Proposta integra Estado, município e Hospital São José; amplia formação profissional e busca suprir déficit regional. REDE ESTADUAL
Taquari prepara curso técnico de enfermagem
PÁGINA | 11






Modelagem de parceria público-privada de Lajeado deve ser finalizada em 18 meses
PÁGINA | 3

ABRE ASPAS
A audiência pública da ANTT deixou claro que o Vale do Taquari enfrenta um dilema conhecido. Como viabilizar obras urgentes na BR-386 sem impor ao usuário um aumento tarifário pesado e imediato? A projeção de acréscimo de R$ 0,84 reacendeu a defesa regional por alternativas que diluam esse impacto, como a extensão do prazo de concessão, proposta apresentada por Codevat e Amvat.
Há investimentos que não podem mais esperar. O trevo de Marques de Souza, os acessos de Fontoura Xavier, o retorno em desnível em Estrela e a área de escape em Pouso Novo são demandas importantes, muitas delas antigas, e impactam diretamente a segurança e a fluidez da
A projeção de acréscimo de R$ 0,84 reacendeu a defesa regional por alternativas que diluam esse impacto”
rodovia. Essas obras justificam revisão e prioridade.
Por outro lado, a inclusão de itens como conectividade 4G, radiocomunicação, viaturas e estruturas policiais evidencia um problema recorrente: repassar ao pedágio custos que deveriam ser cobertos pela União. Não cabe ao usuário bancar políticas públicas federais sob o rótulo de revisão contratual.
O Vale demonstrou maturidade ao cobrar equilíbrio, transparência e foco no essencial. A revisão quinquenal deve ajustar rumos, garantir que cada real investido tenha retorno claro e impedir que o pedágio suba antes das melhorias aparecerem. É esse alinhamento que a região espera (e precisa) para que a BR-386 possa se fortalecer cada vez mais como a “rodovia da produção”.

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Diretor Executivo: Adair Weiss
Diretor Editorial e de Produtos: Fernando Weiss
“Tive a coragem e a força de transformar meus sonhos em livros”
Paulista radicada em Lajeadohácincoanose comorigensfamiliaresem NovaBrésciaeMarques de Souza, Pietra Laste, 25,lançourecentemente os livros“Luna e Soli – A Sabedoria da Noite”e“Clara eoJardimqueSussurra”. Segundoela,aescrita sempre esteve presente em suavida,masganhounovo sentidoapóssetornarmãe “emtempointegral”
Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
Quando surgiu teu interesse pela literatura infantil? Sempre gostou da leitura e escrita?
A escrita faz parte de mim desde a infância, ando sempre com um caderno para anotar todas as ideias, pensamentos e imagens que surgem em minha mente, inclusive, às vezes desperto com memórias dos meus sonhos de textos em construção. Mas foi quando me tornei mãe que tudo ganhou um novo sentido. Decidi me dedicar inteiramente ao meu filho e nesse tempo de presença, cuidado e aproximação de Jesus, tive a coragem e a força de transformar meus sonhos em livros.
Sobre o que tratam os livros?
“Luna e Soli - A Sabedoria da Noite” é um conto delicado sobre paciência, fé e o tempo perfeito para florescer. Luna, uma menina sonhadora que está na casa da vovó e passa a refletir sobre a forte emoção de tristeza que sentiu pelo que aconteceu naquela manhã. Olhando a lua e durante essa reflexão ela se lembra da história de Soli, uma


pequena semente que plantou com a vovó. Luna e Soli aprendem que cada desafio traz um ensinamento e que, assim como na natureza, tudo floresce no seu tempo.
E “Clara e o Jardim que Sussurra” mostra que a natureza fala com quem sabe escutar de coração aberto. Uma jornada de autoconhecimento, propósito e luz interior. O livro narra a história de Clara após encontrar um portão azul no quintal da casa da avó. Nessa obra, inseri vários versículos bíblicos de forma leve e contextualizada, trazendo mais significado e conexão espiritual para os pequenos leitores.
Como tem sido a receptividade dos leitores à obra?
Recebi muitos feedbacks positivos, de
pais, crianças, pastores, professores e da psicóloga Maria Júlia Lohmann Wagner Lenz, que o considerou um livro maravilhoso, comparando-o ao Pequeno Príncipe, pois a cada vez que o leitor lê a obra, capta uma nova mensagem de alto valor.
Pretende lançar mais livros voltados à literatura infantil?
Sim, pretendo. Continuo desenhando e escrevendo bastante, pequenos textos, frases soltas, até o momento que sinto que tenho uma história. Depois disso, releio minhas anotações, elaboro uma junção dos materiais e faço os ajustes para publicação. Futuramente tenho planos de publicar no meu Instagram @laste_design, pequenos trechos do próximo livro.

Modelagem foi detalhada por representantes da gestão municipal, Caixa Econômica Federal e Consultoria Houer. Processo terá quatro etapas, desde o diagnóstico até a publicação do edital. Expectativa é implantar novo modelo no prazo de 18 meses


piloto se deu pela experiência da instituição financeira na formatação de propostas de PPP. O líder José Carlos Medaglia ressalta que a entidade possui equipe treinada para formatar soluções de modernização aos municípios.
Segundo Medaglia, atualmente a Caixa é responsável por mais de 100 projetos em todos o país, a maioria na área de iluminação pública. Na avaliação dele, há um grande leque de empresas da área consolidadas e que atuam em território nacional, o que fortalece a elaboração do projeto e traz boas perspectivas ao município.
O líder de projeto da Consultoria Houer, Kennedy da Silva Brandão, também destaca que após a contratação da concessionária, a transição da gestão e implantação dos serviços digitais devem ocorrer no período de um ano. Além disso, o novo sistema irá contar com métodos de alerta difusão de informações.

– Operação e manutenção do parque de IP
– Eficientização e modernização do parque de IP
– Gestão inteligente e telegestão
– Expansão do parque de IP
– Iluminação de destaque
– Faixa de pedestre, ciclovia e ciclofaixa
– Poda de árvores
LAJEADO
Uma nova proposta voltada à modelagem de parceria público-privada (PPP) para iluminação pública e implantação de serviços digitais começa a ganhar forma em Lajeado. O processo, desta vez conduzido pela Caixa Econômica Federal, prevê a implantação do projeto em 18 meses. O plano foi detalhado nessa terça-feira, 18, junto à Consultoria Houer, durante reunião no Labilá. O projeto-piloto deve passar por quatro etapas de estruturação. A primeira fase consiste no diagnóstico e fornecimento de dados e informações por parte da gestão municipal para embasar o estágio de estudos. Após a validação das análises ambiental, jurídica e de engenharia junto aos órgãos competentes, a proposta será debatida em audiência pública.
Segundo o vice-prefeito de Lajeado, Guilherme Cé, o modelo deve ser elaborado para execução em período de 15 a 20 anos, com possibilidade de investimentos superiores a R$ 100 milhões. “O objetivo da parceria é trazer agilidade para o serviço público.
A modelagem do projeto permite que o edital seja apresentado de forma sólida e atrativa”, frisa.
A formatação da nova proposta não gera ônus aos cofres públicos, afirma o vice-prefeito. Na parceria estabelecida junto à Caixa, o investimento é absorvido pela instituição financeira e posteriormente repassado à concessionária vencedora. Entre os benefícios do novo modelo, estão previstos redução do consumo de energia e planejamento urbano orientado por dados.
As etapas de estruturação do
projeto-piloto são lideradas por representas da prefeitura, da Caixa e da Houer. Líder pela gestão municipal, Patrícia Scheibel diz que o grupo já se reuniu duas vezes. Na avaliação dela, o repasse de dados para o escopo do projeto está avançado, o que permite o início da etapa de diagnósticos.
O cronograma estabelecido prevê reunião semanal para acompanhamento do plano. Antes da estruturação do contrato, o projeto ainda deve passar pela validação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), debate público e, então, pela elaboração do certame. O vice-prefeito ressalta que além da modernização, a proposta traz soluções voltadas ao conceito de cidades inteligentes.
A escolha da administração municipal pela Caixa Econômica Federal para elaborar o projeto-
“Iniciativas que já existem no município e constarem no projeto não devem ser perdidas, mas sim integralizadas. Isso significa que gestão será repassada à empresa vencedora”, esclarece.
A Consultoria Houer possui ampla experiência no estado, com implantação de projetos em Porto Alegre, Caxias do Sul, Tramandaí, Santa Maria e Sapiranga.
Nova tentativa
O processo para modernizar o sistema de iluminação pública foi iniciado ainda em 2021. O processo é retomado após a primeira licitação, aberta em agosto de 2024, não contar com empresas interessadas na concessão. “Teve entraves junto ao TCE, e quando aprovada, a proposta deixou de ser atrativa”, comenta Cé.
Na avaliação dele, hoje o município possui um grau de maturidade maior em relação a elaboração de PPP. A formatação deve contar com representantes das secretarias da Fazenda, Serviços Urbanos e Planejamento, além da Procuradoria-Geral do município e do gabinete.
– Sistemas e redes de acesso público à internet
– Sistemas de câmeras de monitoramento e de reconhecimento facial e veicular
– Sistemas integrados de controle de tráfego urbano e semafórico em tempo real
– Sistema de alertas e difusão de informações
– Operação e manutenção do parque de SD
– Redução no consumo energia
– Elevação de níveis de segurança viária
– Planejamento urbano orientado por dados
– Otimização de manutenção
– Gestão integrada e eficiência operacional
– Conectividade e infraestrutura digital
– Sustentabilidade e inovação urbana
– Segurança pública e monitoramento urbano

Ex-prefeito de Lajeado e ex-secretário estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Marcelo Caumo (União Brasil) fez questão de ir ao estúdio da Rádio A Hora no início da manhã de ontem para conceder nova entrevista sobre a Operação Lamaçal, deflagrada pela Polícia Federal na semana passada para investigar suposto desvio de recursos na contratação de profissionais para serviços de assistência social pós-enchente. Ele já havia conversado com a imprensa na quinta-feira, mas ainda sem ter conhecimento dos autos do processo e antes mesmo de prestar depoimento ao delegado da PF. Desta vez, Caumo tratou com mais conhecimento sobre os indícios e suspeitas dos policiais federais, respondeu a delicadas questões financeiras de cunho particular, e pareceu um tanto mais lúcido com relação ao futuro da investigação e ao destino dele na vida pública. Sem titubear, e isso ainda precisa
ser devidamente apurado pelos agentes federais, é claro, ele foi enfático ao garantir publicamente que a quantia de dinheiro em espécie – os R$ 411 mil encontrados em um cofre no escritório de advocacia do pai – não tem ligação com o objeto da investigação e será explicada ao longo do processo, que ainda tramita em segredo de justiça. A entrevista presencial de 40 minutos também serviu para ele se comunicar diretamente com o eleitor lajeadense, que por duas vezes o elegeu chefe do Executivo municipal, e merece todas as explicações. Doa a quem doer. Por fim, ele aproveitou para agradecer mensagens de apoio, enaltecer a força da família e deixar um recado ao eleitor do Vale sobre a falta de representantes regionais nos parlamentos gaúcho e federal. “Não desistam dessa bandeira”, salientou. Caumo não citou a agora combalida pré-candidatura. Mas deixou subliminar a vontade de seguir na luta.
Prefeito reeleito de Muçum aos 31 anos de idade, Mateus Trojan (MDB) se destacou nos últimos anos como um dos mais promissores e jovens líderes do Vale do Taquari. Principalmente durante os períodos mais conturbados das trágicas enchentes de 2023 e 2024, que devastaram por duas vezes uma boa parte do pequeno município localizado às margens do Rio Taquari. Não por menos, o nome dele passou a ser cotado para outras funções públicas e, recentemente, ele assumiu a presidência da Associação dos Municípios do Alto Taquari (Amat). E ele também é pré-candidato a deputado estadual e sonha com uma vaga na Assembleia Legislativa. Para isso, porém, ele precisa contar com apoio do MDB regional. E isso demanda muitas visitas e contatos. Além disso,


rodrigomartini@grupoahora.net.br
RODRIGO MARTINI
Presidente do Sine/FGTAS, o ex-prefeito de Arvorezinha José Scorsatto (PDT) já contava com a possibilidade de assumir a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur) antes mesmo da queda de Marcelo Caumo (União Brasil), exonerado na semana passada em meio às repercussões da Operação Lamaçal. Isso porque a tendência era Caumo permanecer até abril do próximo ano na função, a data limite para a exoneração de quem vai concorrer nas eleições gerais de 2026. E Scorsatto estava muito bem cotado para assumir a Sedur a partir de abril. Entretanto, e diante da saída abrupta de Caumo, Scorsatto sonha com a antecipação deste movimento.
Pão e Vinho: e hora de consolidar a luta de 30 anos

o emedebista se debruça sobre cálculos. Hoje o MDB possui seis cadeiras. Dessas, ao menos duas serão renovadas, pois os deputados estaduais Juvir Costela e Vilmar Zanchin vão concorrer ao congresso. E o partido quer conquistar oito cadeiras em 2026. ou seja, seriam ao menos quatro novos deputados emedebistas. E há quem aposte que bastariam 30 mil votos a Trojan.
Hoje ocorre a audiência pública regional para debater os necessários investimentos na conclusão da Rota Pão e Vinho, para enfim conectar cenários turísticos do Vale do Taquari e da Serra Gaúcha. É uma luta de três décadas. E não se preocupem. Não é um caminho para nosso turista “fugir” à Serra. Isso é o que ocorreu ao longo das últimas décadas. O momento agora é de compartilhar e ganhar mais. Precisamos dos turistas da Serra, e a Serra precisa do Vale para potencializar o próprio trade turístico. O investimento inicial para pavimentar 13 km entre Roca Sales e Santa Tereza é próximo à R$ 60 milhões. Empresários e agentes públicos cobram do Estado o uso do Funrigs, já que o trecho estadual foi duramente impactado pela enchente e precisa servir como rota resiliente à logística “normal” e “emergencial”. Em tempo, a audiência inicia às 14h, no belíssimo auditório da Sicredi Região dos Vales, em Encantado. E deve contar com líderes regionais da Serra, também.
- A prefeita de Estrela, Carine Schwingel (União Brasil), e o prefeito de Teutônia, Renato Altmann (PSD), precisam sentar e conversar o mais rápido possível sobre o imbróglio envolvendo a projeção de um pórtico de free flow, que recentemente foi transferido para o território teutoniense, e gerou um melindroso mal-estar público e notório entre os gestores.
- A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do RS voltou a adiar, ontem, a votação do projeto que extingue a taxa anual de emissão do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV). A sessão foi encerrada por falta de quórum: apenas seis dos 24 parlamentares que integram a comissão — entre titulares e suplentes — estavam presentes.
- E o polêmico edital do lixo em Lajeado foi suspenso ontem pela justiça. Quem diria…
O advogado Henrique Marchini foi eleito presidente do Clube Tiro e Caça para o biênio 2026/2027. Ele assume o lugar de Guilherme Kuhn, que havia sucedido Fernando Röhsig. Além de Marchini, a nova diretoria do clube de Lajeado terá Márcio Klein como vice-presidente Administrativo; Fernando Bergesch na vice-presidência de Patrimônio; Samuel Luís Maria da Silva como vice-presidente de Esportes e Lazer; além do 1º Tesoureiro Cassiano Roveda e a 2ª Tesoureira Joana Peixoto Vier.

A audiência sobre a concessão e os (novos) custos da BR-386

A concorrida e aguardada audiência pública para debater a revisão quinquenal do contrato de concessão da BR-386 lotou o auditório do prédio 50 da PUC/ RS, em Porto Alegre. E os nossos líderes e representantes regionais trataram de defender as obras prioritárias ao Vale do Taquari, além de garantir a realização do estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental de uma nova ponte entre Estrela e Lajeado. Paralelo a isso, aumenta a preocupação com a execução do contrato original, com destaque
às obras de duplicação do trecho entre Marques de Souza e Fontoura Xavier. A concessionária Viasul quer prorrogar o início da obra de 2027 para 2031. E isso pode estar atrelado a um possível aumento significativo no orçamento original, principalmente após as vulnerabilidades e riscos desnudados pelas catástrofes climáticas. Sobre isso, há quem aposte que a ampliação do referido trecho da rodovia federal possa custar mais de duas vezes o valor original. Ou seja, ultrapassar a cifra de R$ 1,2 bilhão.
Em entrevista à rádio, exprefeito explicou origem de dinheiro encontrado no escritório de advocacia da família e diz que contratos com a Plati e Arki seguiram o rito legal
LAJEADO
Um dia após prestar depoimento à Polícia Federal, o ex-prefeito e ex-secretário estadual, Marcelo Caumo, concedeu ontem entrevista à Rádio A Hora 102.9 e voltou a se defender sobre as acusações impostas pela Operação Lamaçal, deflagrada semana passada.
Caumo disse que só teve acesso aos autos da investigação no sábado. Segundo ele, isso dificultou a resposta inicial. Segundo ele,
houve distorção sobre a origem de R$ 120 milhões, citado como referência na investigação. O contrato emergencial firmado durante a enchente tem proporção bem menor.
“Essa investigação inicia através de uma averiguação da Controladoria-Geral da União. Um contrato feito em 2024, por dispensa de licitação, no meio do período da enchente. Precisávamos agilizar os cadastros das famílias para recebimento de R$ 5,1 mil, análise do aluguel social, laudo de quem perdeu as casas. Eram mais de 1,3 mil desabrigadas, nos abrigos da prefeitura”, frisa.
A contratação previa assistentes sociais, psicólogos e motoristas. Caumo afirma que o valor executado não se aproxima da cifra divulgada na imprensa nacional.
“Eu vou chutar porque não tenho o valor exato, mas não foi gasto mais de R$ 1,2 milhão para atendimento no pós-enchente.”
Pela investigação, uma das
suspeitas foi o sobrepreço dos serviços da Plati. Antes da contratação, havia ocorrido um processo de tomada de preços. Com novos orçamentos coletados, a contratação foi firmada por R$ 110 a hora. “Fiz consulta no Conselho Estadual de Assistência Social. Para 2025, o valor é R$ 190 a hora de assistente social. Me parece que o preço contratado está de acordo.”
A partir da leitura dos autos, Caumo afirma que o valor de R$ 120 milhões apareceu na operação porque a Polícia Federal reuniu, na mesma linha investigativa, dois contratos distintos: o emergencial da enchente, firmado em 2024, e o contrato de maior porte da Arki, empresa que presta serviços gerais ao município desde gestões anteriores.
O ex-prefeito lembra que o contrato da Arki é anterior, envolve

serviços de limpeza, merendeiras, zeladoria e apoio às escolas, e foi mantido por diferentes administrações. Ao comentar sua vinculação pessoal, Caumo confirma que prestou serviço quando atuava como advogado e encerrou a atuação antes de assumir a prefeitura.
A operação localizou R$ 411 mil no escritório da família Caumo, episódio que ampliou o julgamento público sobre o caso. O ex-prefeito afirma que o valor é particular. Segundo ele, a origem será apresentada pela contabilidade do escritório. Também detalhou que parte da suspeita
cita uma transferência de R$ 270 mil para sua conta pessoal. Ele afirma que foi empréstimo familiar para pagar o financiamento da casa. “Procurei meu pai e pedi dinheiro emprestado, porque o pai sempre ajuda.” A cena da abertura do cofre, que ganhou força nas redes sociais, também foi explicada. “Meu pai não estava em Lajeado. Quem foi no escritório foi meu irmão. E quem passou a senha foi a Aline (esposa). Ela chutou a senha e acertou.” Caumo contou que o cofre era seu, comprado originalmente para uso doméstico e depois repassado ao pai. A senha, segundo ele, não era conhecida por todos. “Eu dei esse cofre para o meu pai. O pai sabia a senha, eu sabia a senha.”

Debate sobre adições ao plano de investimentos da concessão na BR-386 prioriza 12 projetos, com aporte estimado em R$ 600 milhões

Falamos de Pouso Novo, Fontoura Xavier, Estrela, da segunda ponte. São todos fundamentais, ninguém tem dúvidas. Agora, os R$ 0,84 impactam em 15% a tarifa. Vai sair muito caro para as comunidades.”


Líderes defendem medidas urgentes para ampliar segurança no trecho entre Marques de Souza e Pouso Novo, com previsão de ser duplicado somente a partir de 2031

prioridades o trevo de Marques de Souza, o retorno em Estrela (entre os bairros Pinheiros e Imigrantes), a área de escape da Serra de Pouso Novo e o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) para uma nova ponte sobre o Rio Taquari.
Aaudiência pública da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) ampliou a mobilização regional em torno da revisão do contrato da CCR
ViaSul. A etapa técnica apresentou 103 propostas de obras, das quais 12 foram pré-selecionadas como prioritárias. O pacote concentra R$ 605 milhões, com impacto tarifário estimado de R$ 0,84, valor ainda sujeito à validação das áreas técnicas da agência.
Do Vale do Taquari vieram os
movimentos mais articulados. O Conselho de Desenvolvimento (Codevat) e a Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) reiteraram a defesa de prorrogação do prazo contratual como alternativa ao aumento imediato da tarifa.
Também reforçaram como


Audiência da ANTT, ontem, ampliou a mobilização regional em torno da revisão do contrato da CCR ViaSul
A presidente do Codevat, Cintia Agostini, chamou atenção para os itens que, na avaliação do Conselho, exigem maior precisão orçamentária. “É preciso um detalhamento com relação aos valores dos investimentos. Está muito alto este preço e tudo vai para a tarifa.”
Em cima disso, reforça que todas as intervenções previstas como prioridades são fundamentais. Porém, não podem interferir tanto no custo sobre os motoristas. “Falamos de Pouso Novo, Fontoura Xavier, Estrela, da segunda ponte. São todos fundamentais, ninguém tem dúvidas. Agora, os R$ 0,84 impactam em 15% a tarifa. Vai sair muito caro para as comunidades. Vamos trabalhar na
ideia de prorrogar a concessão, e não aumentar o preço.”
Outro aspecto é sobre a inclusão de itens de apoio à Polícia Rodoviária Federal. “Equipamentos, viaturas e radiocomunicação. Por que isso tem que estar no preço da tarifa? Por que nós temos que pagar por equipamentos públicos?”
Depois da audiência, novas propostas e correções terão mais 15 dias para oficialização. Após as manifestações, a Diretoria Colegiada da ANTT decide a versão final. Só na fase dos projetos executivos é que os valores serão auditados e o impacto tarifário validado. É possível que seja reduzido,


ampliado ou redistribuído.
Preços estimados
O diretor-presidente da CCR ViaSul, Fernando De Marchi, explica que o orçamento prévio é formulado como uma referência para a audiência pública. “Recebemos os pedidos e fazemos o projeto funcional. A partir disso, a concessionária elabora os estudos e o projeto executivo. Só no executivo é que se definem movimentação, materiais, equipamentos, insumos. Ali é que aparece o valor real da obra.”
Segundo ele, a ANTT usa tabelas de preços baseadas no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Se um item não estiver previsto, são exigidos três orçamentos de mercado antes da validação. “Não é a concessionária que define o que vai cobrar. Os valores apresentados agora não são os finais.”
Ligação urbana em Estrela e olhar para Pouso Novo
Representando a Amvat, a prefeita de Estrela, Carine Schwingel, agradeceu a inclusão da passagem em desnível entre os bairros Pinheiros e Imigrantes pela altura do km 352. “É uma obra extremamente importante. O fechamento do acesso causou

FERNANDO DE MARCHI
DIRETOR-PRESIDENTE DA VIASUL
Recebemos os pedidos e fazemos o projeto funcional. A partir disso, a concessionária elabora os estudos e o projeto executivo. Só no executivo é que se definem movimentação, materiais, insumos...”
problemas diários no trânsito de Estrela. A prioridade vai desafogar o único acesso da cidade.”
O prefeito de Pouso Novo, Iti Bonacina, frisou a necessidade de aumentar a segurança no trecho que passa pelo município. De acordo com ele, é preciso intervenções urgentes. “É todos os dias ouvimos na rádio. Acidentes, vítimas e mortes. Aquele trecho é muito perigoso e algo tem que ser feito o mais rápido possível.
O que está no pacote da 386
R$ 137 MILHÕES
Obras e intervenções viárias
Retorno em desnível km 352, Estrela – impacto de R$ 0,25
R$ 99,4 MILHÕES
Interconexão (trevo) –km 326, Marques de Souza impacto de R$ 0,18
R$ 77,7 MILHÕES
Dois trevos – Fontoura Xavier impacto de R$ 0,14
R$ 95,8 MILHÕES
Área de escape Serra de Pouso Novo impacto de R$ 0,07
R$ 46,1 MILHÕES
Tecnologia e serviços
Conectividade 4G impacto R$ 0,04
R$ 18,1 MILHÕES
Radiocomunicação PRF impacto R$ 0,02
R$ 31,6 MILHÕES
Viaturas da PRF impacto R$ 0,02
R$ 65,6 MILHÕES
Infraestrutura policial (PPD) impacto R$ 0,07
R$ 16,7 MILHÕES
Estudos (EVTEA)
Proteção dos pilares do Vão Móvel — impacto R$ 0,03
R$ 16,7 MILHÕES
Nova ponte sobre o Rio Taquari impacto R$ 0,03
TOTAL ESTIMADO:
R$ 605 milhões e R$ 0,84 de acréscimo — ainda pendente de validação técnica.


vinibilhar@grupoahora.net.br
VINI BILHAR
Atrajetória da Girando Sol foi tema da 7ª edição do Experiência Profissional, promovida pela Sicredi Região dos Vales semana passada. Diante de mais de 700 pessoas, o fundador e diretor Gilmar Borscheid contou a história da empresa, que completa 34 anos, e destacou como a origem humilde e o trabalho desde jovem moldaram sua visão empreendedora. Ao abrir o evento, o presidente da Sicredi, Ricardo Cé, ressaltou o propósito da iniciativa de compartilhar vivências e inspirar lideranças.
Borscheid relatou desafios superados até a criação da Girando Sol, em 1991, o crescimento acelerado e a decisão de construir sede própria, inaugurada em 2016 e hoje em expansão para

mais de 40 mil m². O empresário comemorou o desempenho recente, com vendas que mais que dobraram em cinco anos e faturamento anual de R$ 1 bilhão em 2025.
Ele enfatizou a evolução tecnológica, a cultura organizacional e o papel dos cerca de 700 colaboradores, além do trabalho contínuo de atualização das 15 linhas de produtos.

A Cervejaria Salva está terminando 2025 com 111 medalhas conquistadas em competições nacionais e internacionais, e
assim, consolida-se entre as mais premiadas do mundo.
No Brussels Beer Challenge, na Bélgica, foi a brasileira mais
reconhecida, com quatro medalhas, incluindo ouro para a Cow Me Baby. Em Londres, no World Beer Awards, sua American Pale Ale recebeu o título de Melhor APA do mundo.
No Brasil, a Salva obteve 22 medalhas no Brasil Beer Cup e o prêmio de Melhor Cervejaria de Grande Porte, além de novos destaques na Copa Sul-Americana, no Brazilian Beer Awards e no Concurso Brasileiro de Cervejas.
O desempenho reforça Bom Retiro do Sul no mapa cervejeiro nacional. Para o CEO João Luís Giovanella, o reconhecimento internacional é “combustível para continuar desafiando padrões”.



Sicredi entrega novo espaço do projeto “Desenhos que Transformam”

A Sicredi Integração RS/MG entregou, sexta-feira, 14, a revitalização da Sala dos Professores da EMEI Criança Feliz, em Lajeado, dentro da ação “Desenhos que Transformam”, que contempla seis escolas das regiões de atuação da cooperativa. O projeto, assinado pelo arquiteto Lucas Pedó, emocionou a diretora Caroline Barkert, que destacou o engajamento da comunidade e o im-
pacto do novo ambiente no trabalho pedagógico. Para ela, o espaço renovado traz aconchego, afeto e melhora o atendimento às crianças. A iniciativa integra as celebrações dos 120 anos da cooperativa e reforça a conexão entre educação, impacto social e cooperativismo. Segundo o diretor executivo Fabrício Closs, o projeto busca fortalecer profissionais e comunidades.
Sindilojas apresenta Reload 2026
O Sindilojas Vale do Taquari lança hoje o Reload 2026, em parceria com Sesc e Senac de Lajeado, fortalecendo as ações do Tri Juntos do Sistema Fecomércio RS. O evento ocorre às 19h, no Sesc, reunindo empresários, convidados e imprensa para apresentar atrações e a proposta da edição, marcada para 16 de abril
Dólar: R$ 5,31
Ibovespa: 156.840,19
de 2026, no Clube Tiro e Caça. O encontro detalha os destaques do projeto, que terá como mote “O Reload 2026 tá on”, e abre espaço para conexões entre marcas e empresas. Também serão apresentados serviços e programas do sistema Fecomércio -RS voltados ao desenvolvimento corporativo.
15%


Empresa de Progresso obteve liminar para impedir assinatura de contrato entre governo e coletora de Brasília, que havia sido declarada vencedora do certame
LAJEADO
Oprocesso licitatório para definição da nova empresa responsável pela coleta de lixo está suspenso por decisão judicial. A medida foi determinada após a Transportes e Serviços do Vale Ltda ingressar com mandado de segurança contra o município, alegando ter sido desclassificada indevidamente do certame, mesmo apresentando a proposta mais barata, com economia superior a R$ 548 mil
A empresa de Progresso sustenta que erros apontados em sua planilha de custos – e que resultaram na sua desclassificação da
concorrência – ocorreram porque o modelo disponibilizado para preenchimento estava apenas em PDF não editável, o que teria levado a equívocos técnicos. Mesmo após correções, afirma não ter recebido nova oportunidade de ajuste. O recurso foi negado, e a Fênix Infraestrutura e Serviços de Limpeza Urbana, de Brasília, acabou declarada vencedora. O processo, no entanto, passou a ser questionado. Ao analisar o mandado de segurança, a juíza Carmen Luiza Constante entendeu haver “plausibilidade nas alegações e risco de prejuízo ao erário, já que a impetrante ofereceu valor menor”. Com isso, deferiu liminar suspendendo todos os atos da licitação: adjudicação, assinatura de contrato e quaisquer avanços na contratação.

A assessora jurídica Elisangela Hoss, explica que a suspensão não determina o retorno da empresa desclassificada ao certame, mas apenas paralisa o processo até o julgamento do mérito. “Recebemos a intimação e o contrato não pode ser assinado. O município agora tem dez dias para apresentar manifestação”, afirma. Segundo ela, após essa etapa, a juíza avaliará os argumentos apresentados pelas partes e decidirá se mantém ou revoga a liminar. O município também analisa se cabe
a interposição de agravo de instrumento no Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJ-RS).
A licitação, estimada em mais de R$ 40 milhões, prevê uma série de mudanças no sistema de coleta, como expansão de equipes, instalação de contêineres em pontos estratégicos, criação de ecopontos e ampliação da coleta seletiva — medidas consideradas essenciais pela administração para modernizar o serviço.
Licitação prevê uma série de mudanças no sistema de coleta, como a expansão das equipes
O processo licitatório foi elaborado com base em estudo técnico desenvolvido pela empresa Azimute Saneamento e Meio Ambiente, de Santa Catarina, contratada pelo município a partir de indicação do Fórum das Entidades. O diagnóstico levou em conta dados de geração de resíduos, rotas de coleta, volume recolhido e demandas locais.

Marca que nasceu em Marques de Souza amplia unidades, reorganiza produção e mira novos horizontes com base em estrutura moderna, no bairro Conventos

Marlon e Keli participaram do programa “O Meu Negócio” dessa segunda-feira, 17
Oaroma do pão que sai do forno ao amanhecer, a cuca que atrai olhares e o café que aquece o dia compõem uma cena familiar para quem frequenta a Biscoito Café. O que muitos talvez não imaginem é que esses sabores nasceram de uma produção familiar em Marques de Souza e, aos poucos, se transformaram em uma operação sólida, com estrutura industrial e crescente presença na região. Hoje, a Biscoito Café mantém na cidade de origem sua primeira loja e parte da produção, enquanto avança para uma nova etapa com a instalação do escritório e da área industrial em Conventos, bairro de Lajeado escolhido pela localização estratégica e pelo potencial de crescimento. O espaço reorganiza o fluxo de trabalho e sustenta o abastecimento das unidades de Lajeado, Marques de Souza e Santa Clara do Sul. Para atender a demanda de todas as lojas, a organização por turnos continua sendo
fundamental: em dias de maior demanda, as equipes de produção iniciam o trabalho às 2h, o que garante que cucas, pães e outros produtos estejam disponíveis ainda nas primeiras horas do dia.
De acordo com Keli Busata e Marlon Hepp, proprietários da padaria, a cuca é um dos produtos mais representativos da Biscoito Café. São cerca de 30 variedades de recheio. Junto a elas o destaque vai para os pães preparados diariamente.
A abertura de cada unidade ocorreu de forma gradual, sempre pautada pelas sugestões dos próprios clientes, fato que reforça o conceito de conexão que acompanha a marca. Junto a isso a equipe também cresceu.
Recentemente, a Biscoito Café iniciou um processo de consultoria para desenvolver um modelo de operação replicável, pensando em uma expansão futura. A estrutura de Conventos, por exemplo, foi projetada para comportar esses próximos passos, sendo uma unidade modelo.
ENTREVISTA
KELI
“Para achar o nome, passamos dois meses escrevendo e olhando ideias”
Wink - Kelly, tu és formada em arquitetura?
Kelly - Sou natural de Boqueirão do Leão e vim para Lajeado há 15 anos. Vim para estudar arquitetura e me formei em 2016. Por um tempo trabalhei em uma construtora e depois abri o meu próprio escritório. Fazia projetos residenciais e arquitetônicos, e gostava bastante.
Como foi migrar da arquitetura para virar empreendedora?
Kelly - O Marlon já tinha o próprio negócio, em Marques de Souza, quando eu entrei. A gente se conheceu em 2020 e quando vi o empreendimento gostei muito. Ele queria crescer e comecei a incentivá-lo. Como consumidora eu via potencial. Inclusive, quando ele abriu a primeira loja em Lajeado, eu estava junto e fiz o projeto. Na verdade, as primeiras lojas eu que fiz o layout, mas agora, como a gente queria inovar e modificar, o desenho foi feito por outros profissionais para trazer uma visão de fora e incrementar a marca.
por Esdanio N. Pereira
Este livro descreve o método GCS - Gestão do Crescimento Sustentável e ensina o empresário, diretor, executivo ou gestor de área, a como manter-se na direção das estratégias que definirão o modelo de negócio da empresa e, portanto, definirão os fundamentos de “como ganhar dinheiro”.

Marlon, tu és natural de Marques?
Marlon - Sim, sou natural de Marques de Souza. Cursei administração e não concluí o curso, mas sempre quis empreender. Desde a infância tive vivências com o ramo de alimentação, trabalhei mais ou menos 12 anos no ramo antes de sair e voltar. Trabalhei com padaria, fruteira, indústria… tive experiência desde o chão de fábricas até às vendas. Com 14 anos comecei na indústria, no chão de fábrica. Conforme fui aprendendo passei por todos os setores. A indústria era de biscoitos e bolachas. Já na loja a gente lidava, de fato, com a padaria e a fruteira.
Como começou a história da Biscoito Café?
Marlon - A gente começou em 2019, na cozinha de casa. Eu estava trabalhando com o pai na agricultura, mas queria me desafiar mais. A empresa só tem seis anos, mas a bagagem e a experiência que eu e a mãe passamos vem de tempo. Ela é a idealizadora dos produtos. Começamos fazendo bolachas e pão de milho. Tínhamos um espaço na garagem de casa, em Marques. O primeiro ponto comercial também foi lá. A clientela era local, mas pre-

cisava expandir. Então, fui buscar em Lajeado, nos bairros Centenário e Olarias - que hoje são rota das primeiras lojas. Comecei ali pois era onde moravam as minhas tias, que indicavam o produto. Eu pegava a produção feita em Marques, colocava dentro do golzinho e saía para vender. Isso nas sextas-feiras, pois durante a semana produzíamos.
O que tu aprendeste e ficou até hoje desse contato de porta em porta?
Marlon - A gente faz muitas amizades e conhece muitas pessoas desse contato. Foi por meio disso que surgiu a oportunidade de abrir a loja no Olarias.
Kelly - Nós começamos pelo lado onde mais conhecíamos pessoas. Era o local onde a gente já vendia e tinha certa clientela.
Mesmo não tendo concluído a faculdade de administração, o que a universidade te auxiliou na vida de empreendedor?
Marlon - Me deu muita base e ideias de como deve ser a empresa. As amizades da época também foram importantes. Meus colegas da época, muitos hoje têm empresas e essa troca de experiências é fundamental. Foi muito importante essa troca.
Como surgiu o nome Biscoito Café?
Marlon - É um ponto de partida difícil quando tu não tem a loja ainda e precisa vender os pacotes. Para achar o nome, passei dois meses escrevendo e olhando ideias até que resolvi pegar um produto que eu produzo - o biscoito - e tentei uni-lo com outros, como pão e cuca. Mas a combinação que melhor soou foi “Biscoito Café”.


Proposta integra Estado, município e Hospital São José, amplia formação profissional e busca suprir déficit regional
Fabiano Lautenschläger centraldejornalismo@grupoahora.net.br
TAQUARI
Apartir de 2026, Taquari terá seu primeiro curso público de Técnico em Enfermagem, ofertado no Instituto Estadual de Educação Pereira Coruja, em parceria entre Estado, Hospital São José e a administração municipal. O anúncio foi feito na tarde de segunda-feira, 17, pela titular da 3ª Coordenadoria Regional de Educação (3ª CRE), Greicy Weschenfelder.
Segundo Greicy, a aceitação do curso representa apenas o início de um processo complexo que envolve diversas etapas formais. Agora, o projeto entra na fase de credenciamento, conduzido pela Superintendência de Educação Profissional (Suepro), ligada à Secretaria Estadual de Educação e, posteriormente, seguirá para análise e aprovação do Conselho Estadual de Educação.
“Esse primeiro passo é muito importante, mas há todo um caminho técnico a ser percorrido. Não se abre um curso dessa magnitude sem estrutura, sem planejamento e sem garantia de continuidade”, afirma.
A ideia do curso nasceu da necessidade conjunta de qualificar jovens e adultos para o mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, suprir a falta crescente de técnicos de enfermagem na rede de saúde local e regional.
Em diálogo com o município
e hospital, a 3ª CRE identificou a possibilidade de construir uma parceria que atendesse tanto ao setor produtivo quanto às demandas da comunidade. “O hospital carece de profissionais e a região precisava de um curso gratuito. O Pereira Coruja reúne todas as premissas necessárias e o hospital se mostrou um parceiro fundamental”, destaca a coordenadora.
Pela proposta, as aulas teóricas e a formação pedagógica acontecerão no próprio Instituto Pereira Coruja. Já as atividades práticas serão desenvolvidas em laboratório no Hospital São José, que também disponibilizará profissionais de enfermagem para atuar como docentes em determinadas etapas da formação.
A administração municipal participará garantindo a bibliografia obrigatória e estrutura complementar aos estudantes. Para a coordenadora da 3ª CRE, o modelo favorece uma formação alinhada com a realidade da rede de saúde. “O hospital está feliz com a parceria e já visualiza a contratação futura desses profissionais que ajudarão a suprir
suas necessidades.”
A estimativa é que o curso comece no segundo semestre de 2026. O prazo se deve às etapas burocráticas, à necessidade de estruturar laboratórios, organizar o corpo docente e assegurar que o projeto tenha viabilidade de longo prazo.
Para o prefeito André Brito, a implantação consolida um passo importante na qualificação profissional da juventude. “É uma conquista que amplia oportunidades e fortalece a saúde do município”, afirmou na oportunidade.
Para Brito, a expectativa é que o curso tenha impacto direto na atração de estudantes de cidades vizinhas a Taquari e na diminuição da evasão de mão de obra qualificada para centros urbanos maiores.
“Com ensino técnico gratuito, os jovens poderão se especializar sem sair de Taquari, enquanto a rede pública e o setor hospitalar ganham profissionais preparados conforme as necessidades reais da comunidade”, detalha.

Como se disfarçam os black blocks
Tropa de elite do exército nazista
Duvidar da sinceridade Padrão de cartão de memória (Inform.) Nativo de país nórdico fronteiriço com a Rússia
Presente, em inglês
Relação vital na avaliação de textos
Dispositivo opcional ao HD (Inform.)
Planta cuja casca é cicatrizante
Rio da Galícia, na Espanha
Relativo ao trabalho industrial
Flutuei (na água) Anfíbio anuro
Gênero de Píndaro Anjo, em inglês
O humano, por sua postura corporal Índice que mede a inflação (sigla)
Associação Nacional de Restaurantes
A da caixapreta de aviões é laranja (?) Chi Minh: a antiga Saigon
Seguidores de Igreja cristã oriental (?) e salvos, livres do perigo O lago com pouco risco de afogamento

ÁRIES: O dia trará oportunidade de colocar uma ideia em movimento. Revise cada detalhe primeiro, depois acelere.
TOURO: Decisões da vida íntima, casamento e associações pedirão um olhar mais profundo. Vários planetas retrógrados sugerirão reavaliações.
GÊMEOS: Cuide da beleza, do bem-estar e se prepare para subir um patamar na profissão e nas finanças. Formalize uma parceria.
CÂNCER: O desafio estará nas tarefas que cobrarão visão de detalhes e mais organização. Planeje uma viagem. Cuide da saúde.
LEÃO: Realize um velho sonho, una a família ou invista em conforto e deixe a casa mais bonita. O dia trará lindas lembranças das suas origens.
VIRGEM: Conversas carinhosas e instigantes criarão um clima intenso nos encontros e interações de hoje, alguém falará alto ao coração.
LIBRA: O dia trará boas notícias na área financeira e a promessa de maior estabilidade.
ESCORPIÃO: Seu magnetismo, poder e elegância serão marcantes nos encontros e interações de hoje.
SAGITÁRIO: Feche ciclos, organize emoções e pensamentos, desacelere e troque confidências com a família.
CAPRICÓRNIO: Encontros encantadores colorirão o dia que será gostoso para rever amigos, por a conversa em dia e ouvir histórias significativas.
AQUÁRIO: Renove sua imagem e brilhe publicamente. O dia trará popularidade, prestígio e sucesso profissional.
PEIXES: Construa relações de confiança, conexões de hoje motivarão projetos em parceria e estudos.







Grêmio recebe o Vasco com a chance de voltar a vencer após três jogos e garantir permanência na primeira divisão
Caetano Pretto caetano@jornalahora.net.br
Com dez dias para se preparar, o Grêmio entra em campo na noite de hoje em um jogo que pode ser divisor de águas. Diante do Vasco da Gama, o Tricolor tenta voltar a vencer após três partidas. Resultado positivo praticamente sacramenta a permanência na Séria A, e ainda coloca o time na briga por uma vaga na Libertadores. A partida ocorre às 21h30min, na Arena, com transmissão da Rádio A Hora. Sem jogar desde o dia 9, quando empatou com o Fortaleza, o Grêmio entra na rodada ocupando a 14ª colocação, com

40 pontos. Vitória leva o time aos 43, atual número apontado como suficiente para permanecer na primeira divisão. Caso isso aconteça, o time entra também na briga pelo oitavo lugar, que depende das finais da Copa do Brasil para valer vaga à Libertadores. Por outro lado, caso seja
derrotado, o Grêmio pode se ver ainda em apuros no Brasileirão. A distância para o primeiro time na zona de rebaixamento é de apenas cinco pontos no início da rodada. Depois de jogar contra o Vasco, o Tricolor tem pela frente no campeonato Botafogo (fora), Palmeiras (casa), Fluminense (casa) e
Sport (fora).
Mano Menezes prepara mudanças na defesa e no meio-campo para enfrentar o Vasco. Noriega esteve na Data Fifa com a Seleção Peruana e é ausência. Gustavo Martins deve atuar ao lado de Wagner Leonardo, com Kannemann sendo opção no banco de reservas. Na lateral, o destaque é a volta de Marcos Rocha, recuperado de lesão.
Por outro lado, Edenilson está suspenso pelo terceiro amarelo e não fica à disposição. Quem deve começar como o meia articular é Cristaldo. Monsalve era a outra opção, mas apresentou problemas durante a semana e não participou de todas os treinamentos.
O time titular para encarar o Vasco deve ter: Tiago Volpi; Marcos Rocha, Gustavo Martins, Wagner Leonardo e Marlon; Dodi, Arthur, Pavón, Cristaldo e Amuzu; Carlos Vinícius.

por Raica Franz Weiss


Um caminhão carregado de componentes eletrônicos e diversas substâncias tóxicas, como ácido sulfúrico, pegava fogo em Marques de Souza. O caminhoneiro recém tinha passado do pedágio quando parou para o procedimento de checagem das rodas, sentiu um cheiro estranho e a carga pegou fogo numa explosão.
O Corpo de Bombeiros de Lajeado
Um grupo de mulheres se reunia nas dependências do Hospital Bruno Born de Lajeado para discutir a criação da Liga de Combate ao Câncer do município. Na ocasião, foi escolhida a diretoria, com Maria Antonieta Lenz como presidente. No princípio, o grupo faria ações de conscientização, orientação e prevenção no hospital e junto à Secretaria de Saúde.
foi acionado, assim como a Fundação Estadual de Proteção Ambiental e o 2º Batalhão de Polícia Ambiental. A carga do caminhão foi totalmente incendiada, mas o perigo mesmo era a contaminação dos córregos próximos ao local do acidente. Para apagar o fogo, bombeiros usaram muita água, que escorreu para fora da estrada e teve que ser neutralizada.

Roubo de obras de arte – Ladrões roubavam dois quadros dos artistas Jackson Pollock e Andy Warhol, avaliados em mais de US$ 11 milhões, de um museu na Pensilvânia, nos Estados Unidos. A obra de Pollock, intitulada Springs Winter, de 1949, sozinha, era avaliada em US$ 11,6 milhões e a de Warhol, Le Gran Passion, em US$ 15 mil. Até hoje, a obra de Pollock não foi recuperada e consta nos arquivos de arte roubada do FBI.


- Dia Internacional do Homem
- Dia do Empreendedorismo Feminino
- Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
- Dia da Bandeira
- Dia dos Sistemas de Informação Geográfica
Santo do dia: São Roque González
O Grêmio Estudantil Centenário e o Círculo de Pais e Mestres (CPM) da Escola Estadual de 2º Grau de Encantado promoviam
o baile de escolha da Rainha dos Estudantes. Em 1975, a eleita foi Vera Lúcia Lahude. Ela competiu com Roseli Chaves, Gelsa Calvi,

Jornalista


JANGUIÊ DINIZ
Diretor-presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

Avida escolar oferece inúmeras possibilidades e aprendizagens, desde o partilhar a merenda, passando pelas amizades até o despertar para uma profissão. As feiras do conhecimento são um rico espaço para
descobertas. Além da pesquisa sobre temas diversos, estimula a trabalhar em equipe e testar a desenvoltura no momento de explicar o trabalho para os visitantes. Na última sextafeira, estive na Emef Campestre e circulei pelo ginásio para olhar os 57


trabalhados expostos pelos alunos do pré-escolar ao 9º ano.
A feira foi dividida em quatro áreas: ciências, sustentabilidade e meio ambiente; cultura, história e tradição; saúde, tecnologia e sociedade; e diversidade e esportes.
A turma do 9º ano se despede da escola em dezembro rumo ao Ensino Médio, mas deixa um legado. Os alunos Djeison Renan Mai Vieira, 15, Luiz Antonio Ledur Py, 14, Pedro Murilo Penz, 15, e Pedro Eduardo Flores Kammer, 15, pensaram em um projeto que, se executado, melhoraria a vida das próximas gerações. Com materiais recicláveis, eles construíram a maquete de uma cidade sustentável. “É nos pequenos que estamos pensando.”
Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, é um marco para refletirmos sobre as desigualdades estruturais que ainda persistem no Brasil. Trata-se de uma data de memória e resistência, mas também de reflexão e compromisso com dois princípios inegociáveis dos direitos humanos: a justiça social e a equidade racial.
Embora nas últimas décadas o país tenha avançado em políticas afirmativas, os dados mais recentes de órgãos como o IBGE e o Inep mostram que a distância entre brancos e negros permanece expressiva nas esferas econômica, social e educacional.
De acordo com o Censo 2022, 55,7% dos brasileiros são negros (pretos ou pardos), mas eles representam 66,3% das pessoas em situação de pobreza. O analfabetismo atinge 6,9% da população negra, mais que o dobro da taxa observada entre os brancos (3,1%). Esses números são uma pequena amostra do quanto a herança escravocrata e o racismo estrutural continuam a limitar o potencial de milhões de brasileiros.
A superação desse quadro passa, fundamentalmente, pela educação É preciso garantir igualdade de oportunidades para todo e qualquer cidadão, independentemente de aspectos como etnia, raça e gênero. A cor da pele não pode continuar sendo justificativa para que brasileiros brancos com idades entre 18 e 29 anos estudem, em média, 12,5 anos, enquanto os negros frequentem os bancos escolares por 11,5 anos.
Quando o recorte analisado é o da educação superior, apenas 20,6% dos jovens negros de 18 a 24 anos frequentam uma graduação. Entre os brancos, o percentual sobe para 37,4%.
A administração municipal de Estrela, por meio da Sala Verde, promove o Dia D Descarte, neste sábado, das 9h às 11h30min, na
Os gêmeos Valentim e Joaquim Dutra Preissler, 6, do pré-escolar, fizeram um estudo sobre as minhocas. Para a feira, levaram um terrário para mostrar aos visitantes algumas curiosidades sobre este bichinho. “Elas tem seis corações, se movimentam porque o corpo é formado anéis, elas adubam a terra com o cocozinho.”
A professora Raquel Guilardi Breitenbach conta que a pesquisa “conhecendo as minhocas, surgiu porque o pai dos meninos, Gabriel Preissler, tem uma composteira em casa e utiliza as minhocas como isca quando vai pescar.
Praça Menna Barreto. Podem ser descartados pilhas e baterias, eletrônicos, lâmpadas, óleo de cozinha usado e vidros.

Essa é uma realidade construída desde a conclusão do ensino médio: segundo o Inep, em 2024, 43% dos concluintes brancos ingressaram na educação superior, contra 24% dos pretos e 26% dos pardos.
É preciso garantir igualdade de oportunidades para todo e qualquer cidadão”
Essas desigualdades revelam a persistência de uma sociedade que ainda associa o lugar da população negra a posições subalternas e com menor acesso a redes de apoio. A escola e a universidade são, portanto, espaços estratégicos de reconstrução dessa narrativa. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir que o direito à educação seja acompanhado de condições reais de ingresso, permanência e sucesso acadêmico.
Esse panorama revela que, embora programas como Fies e ProUni sejam fundamentais para a democratização do acesso, ainda há uma segmentação do tipo de curso a que a população negra consegue chegar, reflexo sobretudo das desigualdades de renda, de base educacional e de heranças sociais acumuladas.
Nesse sentido, é importante destacar o papel das instituições privadas de educação superior, que abrigam a maior parte dos estudantes do país e têm ampliado iniciativas de inclusão e responsabilidade social voltadas à diversidade. A permanência de estudantes negros na universidade ainda depende, muitas vezes, de bolsas, auxílios e políticas institucionais de acolhimento, como as que vêm sendo estimuladas por entidades representativas do ensino superior.
Celebrar o Dia da Consciência Negra, portanto, é reafirmar a urgência de um país mais justo, onde o talento, a inteligência e a criatividade da população negra encontrem as mesmas oportunidades de florescer. É também reconhecer que a educação é o instrumento mais poderoso para romper com o ciclo histórico de desigualdade e racismo. A cada dado, a cada percentual, há uma vida que pode ser transformada se tiver as mesmas condições de partida.
Quarta-feira, 19 novembro 2025
Fechamento da edição: 18h MÍN: 14º | MÁX: 30º
O ar mais seco predomina no Vale e confere um dia ensolarado na Região, mas nas primeiras horas do dia pode ocorrer a formação de nevoeiro.


Audiência pública ocorre hoje, 19, em Encantado. Debate busca reforçar argumentos para convencer governo do Estado a aprovar recursos do Funrigs. O projeto prevê investimento próximo a R$ 170 milhões para pavimentar os 38 quilômetros que conectam o interior de cinco cidades



Quarta-feira, 19 novembro 2025
Audiência pública ocorre hoje, 19, em Encantado. Debate busca reforçar argumentos para convencer governo do Estado a aprovar recursos do Funrigs
ENCANTADO
AAssociação dos Municípios do Alto Taquari (Amat) realiza hoje, às 14h, na sede do Sicredi Região dos Vales, em Encantado, a audiência pública em defesa da Rota do Pão e Vinho. O encontro reúne lideranças do Vale do Taquari, da Serra Gaúcha e representantes do Governo do Estado para reforçar a inclusão da obra de pavimentação no orçamento do Fundo Rio Grande (Funrigs). O projeto prevê investimento próximo a R$ 170 milhões para pavimentar os 38 quilômetros que conectam o interior dos municípios de Anta Gorda, Doutor Ricardo, Encantado, Muçum e Roca Sales. O presidente da Amat e prefeito de Muçum, Mateus Trojan, afirma que a mobilização busca destravar um sonho de décadas. Segundo ele, a pavimentação representa


(A Rota do Pão e Vinho) Talvez seja o grande divisor de águas que nos falta”
MATHEUS TROJAN
PRESIDENTE DA AMAT
muito mais do que infraestrutura. “Tem a questão da religiosidade, o aspecto cultural da imigração italiana e a conexão do Vale com a serra”, destacou, lembrando também o valor cultural, arquitetônico e patrimonial da rota. Trojan reforça que o trecho prioritário hoje é o 13 quilômetros no território de Roca Sales, estimado em cerca de R$ 60 milhões, enquanto os demais municípios aguardam
recursos para completar a ligação. Ele aponta que os requisitos do Funrigs, especialmente os relacionados à resiliência climática, já estão atendidos e que o projeto foi atualizado, incluindo contenções, encostas e adaptações de pontes.
O gestor defende que a obra é estratégica para a economia, para o turismo e para a logística das indústrias das duas regiões. “Talvez seja o grande divisor de águas que nos falta”, afirmou. Trojan ressalta que a audiência pública tem o objetivo de consolidar, em documento formal, a união das entidades da região e comprovar a força e a relevância do projeto.
A pavimentação da estrada de Santa Tereza já foi concluída. A prefeita Gisele Caumo lembra que a obra iniciou em 2021 e, após as enchentes de 2023, o trabalho precisou ser refeito em áreas destruídas. “Ainda temos contenções cadastradas no Funrigs”, afirma. “Embora tenhamos o nosso trecho concluído, queremos que essa pavimentação seja realizada até Muçum. Nesse primeiro momento, precisamos pensar na conexão Vale e Serra e pavimentar esse trecho de Roca Sales”.
O projeto da Rota do Pão e Vinho encaminhado pela Amat ao Comitê Gestor do Funrigs detalha as características de cada município. A maior extensão é na região de Roca Sales e a menor nos limites de Encantado. O único trecho (já asfaltado) que cruza uma rodovia estadual, a ERS 129, é o que liga a comunidade da Barra do Guaporé, em Encantado, ao trevo de acesso a Muçum.
Anta Gorda
Extensão: 10,3 km
Orçamento: R$ 42,4 milhões
Comunidades: Borghetto, Linha Segunda, Linha Terceira Giusti, Linha Quarta e Linha Quinta
Doutor Ricardo
Extensão: 10,4 km
Orçamento: R$ 51,4 milhões
Comunidades: Barra do Zeferino e Linha Santo Antônio
Impacto regional
O presidente da Câmara da Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC-VT), Angelo Fontana, afirma que o Vale vive um ciclo de conquistas importantes em infraestrutura. Ele cita os recursos para a Ponte dos Vales, a recuperação da ERS-332, a pavimentação da ERS-129 e a reforma da ferrovia
Encantado
Extensão: 4,3 km
Orçamento: R$ 21,5 milhões
Comunidade: Barra do Guaporé
Muçum (já pavimentado)
Extensão: 1,3 km
Recuperação do trevo de acesso à cidade em direção à ponte Brochado da Rocha/divisa com Roca Sales
Roca Sales
Extensão: 13 km
Orçamento: R$ 53,9 milhões
Trecho já pavimentado: 1,6 km
(Campinhos)
Em obras: 2,8km (Etapa 2/Moriggi)
Comunidades: Pinheirinho, Moriggi, Santo André, Violanda e Campinhos
Santa Tereza (já pavimentado)
Extensão: 3,2 km
Trecho até a divisa com Roca Sales
entre Muçum e o Viaduto 13. Para Fontana, avançar agora na pavimentação entre Santa Tereza, Roca Sales e Muçum consolidaria a região na rota turística mais valiosa do Estado. Fontana avalia que a obra ampliará a circulação de visitantes que hoje se concentram em Gramado, Canela e no Vale dos Vinhedos.


diogofedrizzi@grupoahora.net.br
DIOGO FEDRIZZI

OMDB de Encantado promoveu um jantar na sexta-feira, 14, no Salão Paroquial. Entre os participantes, alguns pré-candidatos já anunciados para os próximos pleitos, como o secretário estadual de Transportes e Logística, Juvir Costella, postulante ao cargo de deputado federal; o prefeito de Muçum, Mateus Trojan, de olho na cadeira da Assembleia Legislativa; e o presidente da União dos Vereadores do Brasil (UVB),
Gilson Conzatti, disposto a seguir os caminhos do pai Adroaldo na prefeitura encantadense em 2028. Outros emedebistas da região também compareceram, como o ex-candidato a prefeito de Lajeado, Carlos Ranzi, que fez questão de postar uma foto ao lado de Trojan e de Costella. Curioso pra saber quem vai apoiar quem em 2026!

Modalidades esportivas diversas têm ganhado adeptos de todas as idades em Encantado. É o caso do beach tênis. Recentemente, o torneio promovido pelo Clube Comercial, com patrocínio máster do Cron, atraiu centenas de atletas da região e de outras cidades, entre eles, nomes do ranking mundial. E o mais interessante, parte do resultado do evento (R$ 3 mil) foi repassada para a Liga Feminina de Combate ao Câncer. A ação dos organizadores correspondeu a uma das propostas da competição denominada Movimento Rosa, em alusão à prevenção ao câncer de mama. Excelente iniciativa!

O Boulevard Encantado comemora na sexta-feira, 21, aniversário de um ano de operação. E uma aguardada entrevista coletiva está marcada para as 10h30min no complexo. Além de avaliações sobre o trabalho, os eventos e as conquistas nesse período por parte dos diretores, há grande expectativa para novidades sobre o início das obras de construção do Hotel Laghetto Encantado.
O governo de Encantado divulgou nesta semana que está à procura de coordenador (a) para o Centro de Inovação e Tecnologia. A nota publicada nas redes sociais aponta que o perfil do profissional deve ser alguém "cheio de energia, ideias e vontade de fazer o ecossistema criativo e inovador de Encantado pulsar ainda mais!". Os candidatos à vaga devem se inscrever até 30 de novembro. Mais informações em @encantahub.

A EVECOMX, primeira e única startup de Encantado, como brincou o CEO da empresa, Rodrigo Dalla Vecchia, em recente entrevista à Rádio A Hora, conquista mais um prêmio nacional. Está entre as sete maiores startups do Brasil em inteligência artificial no Ranking 100 Open Startups. A premiação foi entregue na segunda-feira, 17, no Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Ano passado, a EVECOMX ficou em 9º lugar. Sem dúvida, notícia animadora, ainda mais por ser uma semana após a inauguração do Encanta Hub, o Centro de Inovação e Tecnologia de Encantado.

Será que o governo do Estado mandará representante do alto escalão na audiência pública da Rota do Pão e Vinho? A reunião promovida pela Amat ocorre hoje, às 14h, em Encantado, e busca fortalecer os argumentos para conseguir recursos do Funrgis para asfaltar a estrada entre Anta Gorda, Doutor Ricardo, Encantado, Muçum e Roca Sales.

. Filhos de imigrantes, principalmente haitianos, já são maioria em algumas turmas da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Navegantes, em Encantado. A confirmação veio das próprias professoras, durante o programa Segredo da Infância, da Rádio A Hora.
. O trabalho de pintura dos meios-fios na cor azul, para marcar as vagas do estacionamento rotativo no centro de Encantado, já iniciou. Suspensa desde maio do ano passado, a operação está programada para recomeçar na sexta-feira do próximo dia 28.
. Em Anta Gorda, o prefeito Xico Frighetto anunciou nesta semana a pavimentação de mais um trecho da Rota do Pão e Vinho, na extensão entre as comunidades de Borghetto e Linha Quarta. Os recursos são oriundos de emenda do senador Hamilton Mourão. No governo Frighetto já são 3,2 quilômetros pavimentados no traçado da Pão e Vinho.
. O advogado Jonas Caron, palestrante na abertura da Semana da Câmara de Encantado, revelou que o sociólogo Renato Zanella foi um dos maiores incentivadores para ele escrever o livro Direito Municipal, lançado recentemente. Caron tem trabalho reconhecido na região, sobretudo, em assessorias jurídicas de prefeituras, câmaras de vereadores e agentes públicos.
. Durante a última reunião temática sobre o novo plano diretor de Encantado, o arquiteto e urbanista, Gilmar Scaravonatti, confirmou que as intervenções do projeto de revitalização do centro da cidade priorizarão os pedestres.
. Aliás, sobre o plano diretor, o governo pretende encaminhar a minuta do projeto de lei à Câmara de Vereadores no primeiro semestre de 2026. Até lá, tem muito trabalho pela frente.

Empreendedores que enfrentaram múltiplas enchentes transformam perdas em força coletiva e mostram que a reconstrução da cidade passa pelas pessoas que permanecem
MUÇUM
Acidade conhecida como Princesa das Pontes, com uma história marcada por sua identidade forte e resiliente, viveu nos últimos anos alguns dos capítulos mais dramáticos de sua história. As enchentes de setembro e novembro de 2023 e maio de 2024 devastaram lares, comércios, memórias e rotinas — e redefiniram o cotidiano de milhares de moradores. Mas, entre a destruição causada pela água e mesmo com as dúvidas que permeavam a nova realidade, novas vozes surgiram e ressaltaram a escolha de permanecer. Histórias de gente que decidiu não apenas reabrir as portas, mas ajudar a reconstruir o espírito da cidade.
São relatos que dão vida à campanha “Muçum+Forte! – Do abalo à transformação”, movimento que busca resgatar o orgulho da comunidade e projetar um futuro possível e sustentável. Dois empreendimentos tradicionais na cidade contam suas trajetórias e o que os fazer seguir crendo no futuro do município.
Mairi: 23 anos resistindo ao rio
Fundado em 2001 por Vilmar Zilio e sua esposa, Mairi Angela Gracioli, o Bazar e Papelaria Mairi faz parte da paisagem e da memória afetiva do centro da cidade. Em pouco mais de duas décadas, o comércio enfrentou oito enchentes — a primeira apenas três meses após a inauguração.
“Desde que abrimos, já enfrentamos a fúria do rio oito vezes. As últimas foram as mais difíceis. Em maio, perdemos mercadoria e tivemos água até no segundo piso, onde moramos”, relembra Vilmar.
A tragédia não atingiu apenas a estrutura do negócio. O impacto emocional também foi profundo. Ele recorda a madrugada em que, presos no andar superior, assistiram à água subir sem controle enquanto outras pessoas na cidade perderam a vida.
Mesmo assim, Vilmar e Mairi nunca pensaram em ir embora.“Somos muçunenses. Nasci aqui, criei minha família aqui. Já tive convites para sair, mas nunca quis. Só vamos embora se o rio nos expulsar”, afirma convicto. O comércio, além de sustento, é também ponto de encontro da


Temos contato diário com muita gente. Isso nos fortalece. A cidade sofreu, muitos foram embora, mas quem ficou está lutando. Acreditamos que Muçum vai se reerguer”,
VILMAR ZILIO
comunidade. A ligação com os clientes, com o interior e com as famílias da região é um dos motivos que os mantém firmes.
“Temos contato diário com muita gente. Isso nos fortalece. A cidade sofreu, muitos foram embora, mas quem ficou está lutando. Acreditamos que Muçum vai se reerguer”. Para Vilmar, porém, o
As pessoas entram aqui e dizem que sentem uma energia boa. Isso me inspira. Quero que a farmácia passe acolhimento, leveza, esperança”
FÁTIMA IZABEL LUCCA
desafio do futuro passa pela saída de moradores e empreendedores. Muitas lojas fechadas no centro revelam um momento de transição difícil.
“Quem pagava aluguel praticamente não voltou. Ficaram os proprietários. Mas a gente conversa, se ajuda, segue junto. É a força da comunidade que faz a gente continuar.”
Farmácia Lucca: cuidado e acolhimento em meio ao caos
A história da Farmácia Lucca começa em 1987, quando os irmãos Fátima Izabel e Fábio Lucca receberam o primeiro empreendimento da família. Quase quatro décadas depois, a farmácia se tornou referência no município, tanto pela tradição quanto pela relação de confiança construída ao longo dos anos.
Antes das enchentes, a família mantinha duas unidades. Porém, a devastação fez com que optassem por manter apenas uma.“No primeiro momento, dá vontade de desistir. Mas depois a gente se reorganiza, volta a acreditar. Nunca pensamos realmente em sair”, conta Fátima, que também perdeu a casa na tragédia.
Apesar das dificuldades financeiras e emocionais, ela segue investindo no espaço físico da farmácia, cuidando da estética, dos detalhes e da experiência de quem entra no estabelecimento. “As pessoas entram aqui e dizem que sentem uma energia boa. Isso me inspira. Quero que a farmácia passe acolhimento, leveza, esperança”, diz.
Durante o período mais crítico, Fátima e o irmão contaram com a ajuda de amigos, familiares e da própria comunidade, que colaborou de diferentes formas para a retomada. Hoje, ela vê os empreendedores locais divididos entre a confiança e o medo. “Alguns acreditam muito nesse recomeço, outros ainda estão em dúvida, principalmente pela parte econômica. Muita gente não conseguiu voltar”. Mesmo assim, a mensagem dela é direta: “acreditem. Lutem. Recomecem. Depois que a gente inicia, as coisas começam a acontecer”, salienta.
As histórias de Vilmar e Fátima representam centenas de outras que, longe dos holofotes, fizeram escolhas corajosas: reabrir lojas, limpar estoques, reconstruir paredes, reorganizar sonhos, abraçar vizinhos, consolar amigos. São pessoas que — mesmo diante da maior tragédia da história local — apostaram novamente em Muçum. É preciso pontuar que a reconstrução do município passa necessariamente pela reconstrução da imagem, do orgulho e do sentimento de comunidade.
Evento mobiliza
estudantes, famílias e professores em torno da leitura e do protagonismo estudantil
Matheus Giovanella Laste matheuslaste@grupoahora.net.br
ENCANTADO
Aatmosfera literária tomou conta da EMEF Mundo Encantado, em Encantado, com o início da VII Semana Cultural. O evento iniciou na segunda-feira, 17, e segue até quarta-feira, 19, período em que a escola se transforma em um ambiente dedicado à leitura e ao fortalecimento dos laços entre estudantes, professores e comunidade.
Da biblioteca decorada com uma grande árvore literária às salas transformadas em ambientes temáticos, cada detalhe convida os estudantes a enxergar os livros como parte essencial de suas vidas. A proposta envolve oratória, contação de histórias, produção do “Livro da Vida” e diversas atividades que ressaltam o papel da literatura no cotidiano escolar — uma construção que ganha ainda mais força com a participação ativa das famílias, responsáveis por ajudar a dar vida ao espaço.
Nesta edição, os alunos do 3º ano assumem o papel de oficineiros, conduzindo colegas de outras turmas por atividades que revelam suas próprias vivências literárias. A dinâmica segue a lógica de “alunos ensinando alunos”, reforçando o protagonismo estudantil e o compromisso da escola em formar novos leitores.
A biblioteca, totalmente ornamentada em parceria com as famílias, deixa de ser apenas um local de empréstimo de livros para se tornar cenário de experiências, encantamento e descobertas. A árvore literária, criada com galhos reais, simboliza o crescimento dos estudantes através da leitura.
A diretora Kaise Radaelli destaca
que a programação reúne uma variedade de oficinas e atividades pensadas para inspirar os estudan tes. “Com grande expectativa e en tusiasmo, fizemos a abertura oficial da sétima Semana Cultural ‘Vozes, versos e vivências: a leitura que ins pira e dá voz a cada um’. Tudo que acontece aqui parte da leitura, que nos inspira e orienta os trabalhos expostos pelos alunos, construídos ao longo do ano”, revela. Nesta sétima edição, a Emef teve a final do primeiro concurso de leitura, oficinas de música, in teligência artificial, laboratório de ciências, esportes e até uma vivên cia de jiu-jitsu. No centro de tudo, está a Feira do Livro, evento ainda mais tradicional da instituição. “Também entregamos o Livro da Vida, produzido desde o início do ano, no qual cada aluno escreve sua própria história e valoriza as raízes da sua família. O encerramento ocorre hoje, e esperamos que a comunidade participe e aproveite”, reforça a diretora. O evento, já consolidado, envolve todas as turmas, do pré ao nono ano, e os estudantes maiores também preparam oficinas para os menores, assumindo seu protagonismo. A própria solenidade de abertura foi ministrada pelos estudantes Luiza Helena Bertol Miqueluzzi e Augusto Kunz Ra daelli, ambos do 8º ano A.

Primeiro Concurso de Leitura
KAISE RADAELLI
DIRETORA DA EMEF MUNDO ENCANTADO
Tudo que acontece aqui parte da leitura, que nos inspira e orienta os trabalhos expostos pelos alunos, construídos ao longo do ano”




PROTAGONISMO LOCAL
Projeto reconhecido na categoria Reserva Logística desenvolve ações em parceria com hospitais da região

Empresário Cesar Lorenzon agradeceu o empenho dos colaboradores e a parceria com os hospitais
ENCANTADO
ALorenzon Plásticos, de Encantado, foi reconhecida no 6º Prêmio Plástico Sul 2025 - Inovação & Sustentabilidade, com o troféu bronze na categoria Reserva Logística. A distinção foi entregue no dia 13 de novembro, na sede da CIC Caxias do Sul. A iniciativa é promovida pela Revista Plástico Sul, publicação com 25 anos de atuação voltada à indústria do plástico nacional e internacional.
A premiação destaca empresas do Brasil que desenvolvem ações inovadoras e sustentáveis na cadeia produtiva do plástico. Entre as categorias, a de Reserva Logística premia iniciativas dedicadas à recuperação e reciclagem de materiais plásticos pós-uso. O comitê avaliador foi formado por oito profissionais do setor.
A Lorenzon foi agraciada pelo projeto Recicla Saúde. A ação estrutura a segregação, pesagem, rastreamento e coleta de recicláveis em três hospitais do Vale do Taquari: Bruno Born (Lajeado), Ouro Branco (Teutônia) e
Santa Terezinha (Encantado). O material recolhido retorna às instituições na forma de sacos de lixo, fechando o ciclo da economia circular. O programa já movimentou mais de 40 toneladas de resíduos neste ano.
Além da logística reversa, o projeto inclui treinamentos de qualificação para os profissionais dos hospitais. As capacitações orientam sobre o descarte correto de resíduos e mostram quais materiais podem ser reaproveitados nos processos industriais. Segundo Cesar Lorenzon, essa etapa educativa amplia a consciência ambiental e gera economia para as instituições, reforçando o impacto positivo da iniciativa.
Para o diretor Cesar Lorenzon, o reconhecimento coroa duas décadas de trabalho. “Desenvolvemos vários projetos ao longo de 20 anos. Desafiamos a equipe a participar e, no primeiro ano, já fomos agraciados”, comemora. Ele agradeceu aos colaboradores, citando o responsável técnico Julio César Ferreira da Silva, que conduz as iniciativas. “É uma premiação conceituada no Brasil. Envolve grandes empresas. Estou muito orgulhoso do meu time”, destaca. Lorenzon adianta que uma réplica do troféu será entregue aos hospitais parceiros como forma de reconhecimento.
Apresentado no estúdio da Rádio A Hora, em Encantado, o 31º episódio de O Segredo da Infância abriu espaço para um tema importante nas escolas da região: a diversidade cultural trazida pelo grande número de famílias migrantes, especialmente haitianas. “É importante falar sobre isso, porque senão parece que é todo mundo igual, do mesmo jeito, da mesma cultura. Quem trabalha com educação sabe que não é assim”, observa a facilitadora de processos de inovação, Ana Fausta Borghetti, mediadora da entrevista.
O bate-papo reuniu integrantes da EMEI Navegantes, de Encantado: a diretora Daniela Silva, as professoras Andreza Rank (Berçário A) e Luana Pagliarini (Maternal A), além da estagiária haitiana Dinaica Petit, que auxilia na conexão entre a escola e as famílias.
“A nossa escola atende 94 crianças. Todos eles são muito importantes para nós e um grande desafio para compreendê-los”, afirma Daniela. Esse desafio aparece com força no berçário, onde a maioria dos bebês é filho de famílias haitianas. Andreza ressalta que o primeiro passo é o acolhimento. “Eles chegam para nós com quatro meses. Primeiro fizemos o acolhimento até os bebês se acostumarem e se sentirem seguros”, explica.
A alimentação é uma das diferenças mais marcantes. “É um pequeno impasse, porque às vezes eles não aceitam a comida da escola”, comenta. Muitas crianças já chegam alimentadas, uma vez que as famílias haitianas têm o hábito de preparar comida pela manhã. Assim, a rotina do berçário exige diálogo constante e respeito às orientações das famílias. Nesse processo, a presença de Dinaica se tornou essencial. “Foi um grande feito para a escola”, diz Andreza. “Ter alguém que consegue entender o que eles falam para fazer o meio entre a gente e os pais”.
A própria Dinaica traz exemplos concretos dessas diferen-
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ças, explicando que, pela manhã, o costume dos haitianos é tomar “café com pão, chocolate, leite e ovo frito com pão, com banana”. Ana Fausta reforça que a escola precisa equilibrar os processos, a fim de que os hábitos deles também estejam dentro da escola. Quando chegam ao Maternal A, a linguagem passa a ser o centro das mediações. A professora Luana lembra que crianças de 2 a 3 anos estão em pleno desenvolvimento emocional, cognitivo e motor. Para ampliar as possibilidades de comunicação, a turma trabalha com histórias, canções e imagens. “As músicas têm se mostrado uma ferramenta poderosa. No refrão saem as primeiras palavras que no dia a dia às vezes não consegue se tirar deles”, diz Luana.
A convivência entre as crianças reforça que a diversidade é, antes de tudo, encontro. “As crianças são tão maravilhosas que nessa diversidade recebem os colegas e
se tratam todos iguais”, ressalta Andreza. “Ninguém faz uma diferença”. Entre as famílias, a presença de Dinaica também tem grande impacto. Daniela relata a reação emocionada de um pai haitiano. “Ele disse ‘que bom ver uma haitiana aqui na escola, eu nunca tinha visto’.” Para a diretora, esse reconhecimento mostra o quanto as famílias e as crianças acabam se sentindo amparadas. No cotidiano, situações inesperadas revelam como as diferentes culturas exigem cuidado e flexibilidade. Andreza contou o caso de um bebê de quatro meses. Ao perguntar se ele comia algo além de leite, ouviu do pai: “Sim, sobremesa.” A sobremesa era “bombom amassado com água”. “Para mim foi estranho”, conta a professora. “Mas em casa eles têm uma condição diferente”. O papel da escola, nesse contexto, não é “bater de frente”, mas compreender, orientar e adaptar-se, se for necessário.


Realização:

Encontro marcou o encerramento das atividades de 2025 e valorizou o protagonismo juvenil na região
REGIÃO ALTA
OEvento Anual do Projeto Liderança Jovem, promovido pelo Sicredi Região dos Vales com assessoria pedagógica da Univates, movimentou a sede da cooperativa em Encantado na terça-feira, 18. A ação marcou o encerramento das atividades de 2025 do programa, que busca desenvolver habilidades de liderança corajosa, curiosa e inovadora entre jovens do Ensino Fundamental, estimulando protagonismo, responsabilidade e cooperação. A programação iniciou às 9h e se estendeu até de tarde, reunindo cerca de 520 alunos, líderes de turma do 5º ao 9º ano, vindos de 60 escolas dos municípios de Anta Gorda, Arroio do Meio, Capitão, Dois Lajeados, Doutor Ricardo, Encan-

tado, Guaporé, Ilópolis, Muçum, Putinga, Relvado, Roca Sales, São Valentim do Sul, União da Serra, Vespasiano Corrêa e Vista Alegre do Prata. Professores, secretários de Educação e prefeitos também acompanharam as atividades. Um dos destaques da manhã foi a apresentação cultural realizada

pelos estudantes, que representaram suas cidades por meio de música, teatro, declamações e performances. As encenações conectaram elementos culturais de cada município aos valores debatidos ao longo do ano a partir do livro “Coragem para Liderar”, de Brené Brown, referência do conteúdo trabalhado pelo projeto. O presidente do Sicredi Região dos Vales, Ricardo Cé, enalteceu o trabalho realizado e a importância da iniciativa para a região. “O Liderança Jovem tem um significado muito grande para nós. Poder estimular nesses alunos o espírito de cooperação, a vontade de participar da sociedade e entender como funcionam as lideranças. Em um mundo em que muitos se escondem, esse programa os incentiva a dar bons exemplos. É um dia de celebrar todo esse trabalho e comemorar essa união entre os jovens”, reforçou.

É um projeto que já tem uma caminhada de 11 anos, e é sempre uma alegria participar. É fundamental trabalhar esses valores para a nossa sociedade.”

Poder estimular nesses alunos o espírito de cooperação, a vontade de participar da sociedade e entender como funcionam as lideranças.”
A diretora dos cursos técnicos e representante da Univates, Grasiela Bublitz, também ressaltou o momento. “É um projeto que já tem uma caminhada de 11 anos, e é sempre uma alegria participar porque podemos acompanhar as atividades que os alunos fizeram e o envolvimento das assessoras da Univates, nessa parceria com o Sicredi, para desenvolver essas lideranças para estarem na nossa região e com essa postura de líder, comprometido e coerente. É fundamental trabalhar esses valores para a nossa sociedade”, disse.


Títulos de Cidadão e de Honra ao Mérito serão entregues a dez pessoas em sessão solene na noite de hoje
ENCANTADO
Asessão solene de entrega de títulos de Cidadão Honorário, Cidadão Benemérito, Cidadão Emérito e Honra ao Mérito ocorre hoje, às 19h, na Câmara de Vereadores de Encantado. O evento encerra a programação da 28ª Semana da Câmara, tradicional programação do legislativo encantadense realizada no mês de novembro. As honrarias serão entregues a Marlene Lucia Sarquis Berté, Ana Delsa Tronco Civardi, Sérgio Goldoni, Odete da Rosa Dutra (Mãe Odete), Rodrigo Dalla Vecchia, Dario Hollmann, Arlindo Pretto, Neuto Capitanio, Antonio Lorenzi e Fabrício Dutra. As indicações foram feitas pelos vereadores (veja em destaque). Ontem, 18, ocorreu a sessão especial Vereador por Um Dia, com a participação de 11 alunos do Instituto Educacional Monsenhor Scalabrini. Os estudantes que viveram a experiência de ocupar as cadeiras do legislativo foram Yuan da Rosa de Mello, Lucas Sturmer, Dionathan Alves da Silva, Ernesto Zanetti Perigo, Gabriela Pederiva Guizzo, Yasmin Henika
CIDADÃ HONORÁRIA
Marlene Lucia Sarquis Berté, professora (indicação de Diego Pretto) Ana Delsa Tronco Civardi, engenheira civil (indicação de Joanete Cardoso)
CIDADÃO BENEMÉRITO DE ENCANTADO Sérgio Goldoni, médico (indicação de Marino Deves)
CIDADÃO EMÉRITO DE ENCANTADO
Rodrigo Dalla Vecchia, CEO da startup EVECOMX (indicação de Ivanor Daltoé)
Odete da Rosa Dutra, conhecida como “Mãe Odete” (indicação de Daniel Passaia)
HONRA AO MÉRITO EMPRESARIAL
Dario Hollmann, da Clip Tabacaria Encantado (indicação de Samuel da Silva)
Arlindo Pretto, da concessionária Pretto Veículos (indicação de Cris Costa)
Neuto Capitanio, da indústria de sorvetes Sorvellatto (indicação de Valdecir Gonzatti)
HONRA AO MÉRITO POLÍTICO
Antonio Lorenzi, ex-prefeito e ex-deputado (indicação de Leonardo Lorenzi)
HONRA AO MÉRITO DO VOLUNTARIADO
Fabrício Dutra, pintor (indicação de Valdecir Cardoso)
Capitanio, Luiza Porto Bellotti, Cathrina Alexandre, Gabriela Horst Dahlke, Joana Gabrielli


Cidadão Honorário: É a homenagem mais comum. Concede a pessoa que não nasceu no município o “título simbólico de cidadania”, em reconhecimento por serviços prestados ou vínculos significativos com a comunidade.
Cidadão Emérito: Oferecido a quem já é cidadão da cidade (por nascimento ou residência) e se destacou ao longo da vida em atividades de interesse público: cultura, educação, política, voluntariado ou outras áreas de relevância social.
A abertura oficial na segundafeira, 17, contou com a palestra do advogado Jonas Caron, profissional com atuação em assessoria jurídica de prefeituras e câmaras de vereadores, autor do livro “Direito Municipal: o mínimo que você precisa saber”, lançado no mês passado.
“É o momento de celebrar
a democracia, a participação popular e o papel fundamental do legislativo no desenvolvimento de Encantado”, disse o presidente Cris Costa (PSDB). O prefeito Jonas Calvi (PSD) e o vice Agostinho Orsolin (MDB) acompanharam a primeira noite.
“Sem esta Casa, o administrativo não funciona. Os vereadores nos ajudam com a correção e sugestões aos projetos”, afirmou Orsolin.
Cidadão Benemérito: Destinado a pessoas que se notabilizaram por atos de grande beneficência, filantropia ou contribuições excepcionais ao bemestar da população, muitas vezes com impacto direto em causas sociais.
Honra ao Mérito: É uma homenagem mais ampla e flexível. Pode ser concedida a cidadãos, instituições ou grupos que tenham realizado ações relevantes, projetos inovadores ou serviços que beneficiaram o município, mesmo que não configurem cidadania honorária.



365vezesnovaledotaquari@gmail.com
FÁBIO KUHN

Na pacata Linha São Luiz, comunidade interiorana de Capitão, um sítio se transformou em refúgio perfeito para quem busca conforto e descanso. O Recanto da Felicidade oferece hospedagem em casa ampla, espaços ao ar livre e conexão com a natureza. Os quatro quartos da propriedade acomodam bem oito adultos. É possível ainda improvisar um quinto quarto numa das salas, sendo a capacidade máxima 10 adultos e mais crianças. A residência tem dois banheiros, além de sala e área gourmet integradas com toda a louça, utensílios, e eletrodomésticos necessários.
A área externa surpreende com bons espaços de convivência. Destaque para o deck no lago com mesa, cadeiras e poltronas. Um



cantinho especial para relaxar e aproveitar o sossego do interior. No lago, é permitida a pesca e inclusive consumir os peixes no local. A piscina fica ao lado. Outro ambiente popular é o quiosque equipado com rede e churrasqueira. A propriedade tem ainda cadeiras espalhadas na sombra das árvores, fogo de chão e uma trilha curta até um mirante de onde é possível enxergar a igreja e morros que cercam São Luiz. Embora tenha todo o sossego característico do interior, a propriedade está bem localizada a apenas 15 quilômetros do centro de Arroio do Meio e 23 quilôme-
tros de Lajeado. Também fica em uma das rotas do Cristo Protetor, a menos de 20 quilômetros do famoso ponto turístico de Encantado. A diária fica por R$ 650,00 para grupos com até oito pessoas. Para grupos maiores, o custo é de R$ 750,00. Necessário reservar ao menos dois pernoites. Mais informações na página oficial @sitio_ recanto_felicidade no Instagram ou pelos telefones 51 99733-4008 (com Ane) e 51 99573-7872 (com Bernardo).
A transformação do Sítio Recanto da Felicidade numa hospedagem ocorreu de maneira natural, conta a proprietária Anelise Gerhardt. Ocorreu devido ao interesse de amigos que buscavam um local isolado para se encontrar na pandemia de Covid-19.
Anelise colocou a propriedade no Airbnb e passou a receber hóspedes de todo o estado.
Além da tranquilidade, um dos diferenciais da casa é estar totalmente equipada, afirma Anelise. O hóspede praticamente precisa trazer apenas a roupa e a comida para passar os dias no local.
Antes de ser hospedagem, a propriedade era lar da família de Anelise. O pai dela, Romualdo Rohr, foi uma liderança política de Capitão, sendo vereador e integrante do grupo responsável pela emancipação da cidade.

Casa tem quatro quartos privativos e bem decorados. Tem capacidade para abrigar até 10 adultos
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Imigrante se consolida cada vez mais como a terra do rock and roll no Vale do Taquari. No fim de semana, mais de 10 mil pessoas passaram pela Praça Henrique Brückner na 11ª edição do Dia Mundial do Rock. Os três dias de evento contaram com 17 bandas. Entre os shows, destaque para Cachorro Grande, Maria do Relento e Anjos do Hanngar.

O sucesso faz a administração municipal já projetar a edição 2026 com novidade. Conforme o prefeito Germano Steffens, o evento será levado para o novo Parque Poliesportivo.
“Estamos conseguindo fazer eventos melhores todos os anos. E vai ser um desafio, mas queremos ano que vem fazer o melhor evento de todos os tempos”, finalizou.

A Vanessa Sauter registrou o charme da pinguela da Igreja Mãe de Deus, localizada no interior de Poço das Antas. A estrutura arrancada na enchente histórica de 2024 foi reconstruída para felicidade dos turistas que passam por lá.
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