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ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR
Quarta-feira,
FUTURA PONTE
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Quarta-feira,
FUTURA PONTE
Escolha de ligação sobre o Rio Taquari depende de prazos e licenças
O governador Eduardo Leite apresenta hoje os resultados dos estudos de viabilidade para construção de pontes sobre o Rio Taquari. Foram analisados locais propostos pela CIC-VT e do Grupo Front. Pelo en-
OPINIÃO | RODRIGO MARTINI
Momento especial
A quarta-feira será um dia para ficar na história do Vale do Taquari.
tendimento do Executivo gaúcho, inundação de maio comprovou que a dependência da passagem pela BR386 fragiliza a logística regional. Tempo da construção é um dos motivos de preocupação.
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OPINIÃO | VINI BILHAR
Em rede nacional
Empresa do Vale terá deck exposto em reality show de emissora de TV.
Das 4.060 inscrições, comissão julgadora selecionou 25 trabalhos, dos quais 14 serão premiados com valor em dinheiro e troféu e onze receberão menção honrosa.
NESTA EDIÇÃO
TERCEIRA FAIXA DA 386
Após pouco mais de três anos em obras, pista ampliada entre Lajeado e Estrela deve ser entregue até o fim desta semana. Serão 10,2 quilômetros de nova faixa para deslocamento de veículos. Trabalhos ainda seguem na conclusão do novo trevo de acesso à ERS-129 e no passeio para pedestres junto às pontes do Rio Taquari e Arroio Boa Vista.
Trabalhadores intensi cam ações para garantir que a rodovia, en m, tenha o trecho ampliado entregue
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou um novo estudo para detalhar os impactos das inundações nas comunidades gaúchas. À priori, é um passo necessário para fundamentar o planejamento e fazer com que prejuízos humanos e materiais sejam mitigados ou zerados. De fato, há de convir que, sem dados precisos e validados pela ciência, qualquer política pública de longo prazo navega na escuridão. Os números estimados para o relatório são relevantes. Serão consultados moradores de 133 municípios, em uma amostragem de 30 mil residências.
Com esse universo, é possível se ter uma base sólida para respostas válidas e importantes, pois se sustenta no relato de quem viveu a maior tragédia natural da história do país. Neste conjunto, o Vale do Taquari, epicentro das inundações, está contemplado com cerca de 1,8 mil entrevistados em 26 cidades.
A pesquisa chega mais de um ano depois da grande inundação de maio de 2024. Há uma série de programas em andamento e uma demanda latente por resultados práticos. Agora, falta é a conversão da teoria em ação.”
Reconhecer o mérito não impede expor preocupações. A pesquisa chega mais de um ano depois da grande inundação de maio de 2024. Há uma série de programas em andamento e uma demanda latente por resultados práticos. Agora, falta é a conversão da teoria em ação. Justo por isso, a pesquisa pode cair em descrédito. Se os resultados, previstos para 2026, forem apenas mais um conjunto de números e sugestões que nunca saem do papel, ela se tornará um esforço em vão. O que se espera, e o que a sociedade merece, é que este levantamento seja usado para jamais repetir os mesmos erros em momentos de crise.
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“Minha ideia sempre foi sair do padrão, envolver o público”
Conhecido como“Rei do Show”, o radialista Everson Medeiros, é considerado um dos principais“announcers” no universo das lutas no Brasil. Mais uma vez, ele seráoapresentadordo Teuto ght,quechegaasua sétimaediçãoem2025.O evento ocorre no dia 11 de outubro,naAssociaçãoPró DesenvolvimentoLanguiru.
Como começou a sua relação com o universo das lutas e como surgiu a oportunidade de ser announcer?
Minha relação com o universo das lutas começou em 2013, quando meu amigo e irmão de mais de 30 anos, hoje meu mestre, Alexandre Carneiro, me convidou para ser announcer no primeiro Campeonato Gaúcho de Muay Thai da FGMM. Eu já atuava como locutor, aceitei o desafio e ali nasceu uma paixão: primeiro pela locução dentro do cage, depois pela própria arte marcial, que passei a praticar. A partir desse dia, meu mestre me indicou para diversos promotores e abriu as portas que mudaram minha trajetória.
Você já tinha a ideia de criar esse estilo diferenciado desde o começo ou isso foi sendo moldado ao longo da carreira?
Sim. Desde o começo eu sabia que não queria ser só mais um announcer. Sempre fui bem-humorado, gosto de inovar e nunca faço mais do mesmo.
Como venho de uma veia artística, da dança e da irreverência, eu queria transformar a simples apresentação em espetáculo. Minha ideia sempre foi sair do padrão, envolver o público e fazer com que todos não apenas assistissem, mas vivessem o show junto comigo.
Você é chamado de “Rei do Show” justamente pelo jeito único de se apresentar. De onde veio a inspiração das suas apresentações?
Minha inspiração vem de grandes nomes. No octógono, Bruce Buffer é referência pela força e teatralidade; no palco, Michael Jackson me inspira pela irreverência e movimento; e na comunicação, Silvio Santos pela inteligência e carisma. Mas o que me move é transformar tudo isso em algo único, do meu jeito, para que cada apresentação seja lembrada não só pela luta, mas pelo show que a envolve. É isso que me tornou o “Rei do Show”
Como você enxerga o papel do announcer dentro de um evento de lutas? É apenas anunciar ou também criar uma atmosfera para o público?
O papel do announcer vai muito além de simplesmente anunciar nomes. Ele é
a voz que conecta o atleta ao público, que traduz em palavras e emoção tudo aquilo que um amigo ou parente gostaria de dizer antes da luta. É responsabilidade dele criar a atmosfera, transformar a expectativa em energia e fazer com que cada entrada no octógono seja única. O announcer não é apenas parte do evento, ele ajuda a transformar o evento em espetáculo. Os atletas são as estrelas principais, mas todos — árbitros, staff, DJ, corners, patrocinadores, público e promotor — fazem parte do show.
Como foi dividir palco com nomes lendários do mundo das lutas?
Dividir o palco com lendas como Wanderley Silva, Rogério Minotouro, Rodrigo Minotauro e Acelino “Popó” Freitas foi simplesmente indescritível. Mais do que um privilégio, foi um momento único, de aprendizado e reconhecimento. Estar ao lado de ídolos que marcaram a história das lutas, poder conversar, trocar experiências e sentir a energia deles de perto é algo que não tem preço. Descobri que, além de guerreiros lendários, são pessoas incríveis, humildes e de uma qualidade humana gigantesca. Só tenho gratidão por essas oportunidades que marcaram minha trajetória e a minha vida.
Ferramenta digital permite que moradores verifiquem, em tempo real, zonas de risco e a possibilidade de enchentes
Paulo Cardoso paulo@grupoahora.net.br
LAJEADO
OInstituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em colaboração com o curso de Engenharia Civil da Universidade do Vale do Taquari, apresenta nesta quinta-feira, 18, os Mapas de Alerta de Inundação de Lajeado. O evento, aberto ao público
interessado, ocorre das 13h30 às 17h30 no auditório do Prédio 9 da universidade e tem como objetivo oferecer à comunidade e aos gestores públicos uma ferramenta estratégica para
prevenção, planejamento urbano e contingência, especialmente diante das cheias do Rio Taquari. Os mapas foram desenvolvidos como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) pelo engenheiro
hídrico Lohan Parma, formado pela UFRGS, sob orientação do professor Walter Collischonn, do IPH/UFRGS, e coorientação da professora Sofia Royer Moraes, da Univates. Em breve, os materiais disponibilizados através de links, estarão disponíveis no site do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e integrarão os boletins emitidos durante episódios de cheia do rio.
O interesse em criar a ferramenta surgiu após Parma observar o impacto das cheias de setembro e novembro de 2023, intensificado com a inundação de maio de 2024. “O evento climático reforçou meu desejo de contribuir com a região e destacou a importância da aplicação prática da ciência nos municípios”, afirma.
Os mapas foram elaborados a partir dos dados do posto fluviométrico Estrela (código ANA 86879300), operado pelo SGB. Eles mostram, de forma visual, a extensão das áreas inundáveis em Lajeado para diferentes cotas do rio, que variam entre 19 e 36 metros. Segundo o engenheiro, cada nível medido na régua da estação de monitoramento corresponde a uma projeção de inundação. Isso permite que moradores, autoridades e equipes da Defesa Civil visualizem, metro a metro, quais regiões da cidade podem ser afetadas em caso de enchente,
Con ra os mapas apresentados
possibilitando antecipar cenários e adotar medidas de segurança. A professora Carolina Franzosi, da área de engenharias, destaca a praticidade do sistema. “Quando um alerta indica, por exemplo, uma cota de 26 metros, o usuário pode acessar o link e verificar se sua residência ou área de interesse será afetada”. Collischonn reforça a importância da ferramenta para quem não tem experiência com enchentes. “Ter informações precisas sobre a cota de inundação é fundamental para prevenção e tomada de decisões rápidas em situações críticas, especialmente em eventos de maior magnitude”. O professor também alerta que o sistema atual, baseado em uma cota única, é insuficiente para áreas com diferentes níveis de risco. “Há diferenças de mais de cinco metros entre bairros. O plano diretor precisará evoluir, estabelecendo cotas específicas por região”, explica.
rodrigomartini@grupoahora.net.br
RODRIGO MARTINI
Anova visita de Eduardo Leite ao Vale do Taquari já é tratada como um dos momentos mais importantes à região nas últimas décadas. O governador deve chegar aos ambientes da Univates por volta das 14h desta quarta-feira. E todos aguardam pelo anúncio de uma nova ponte sobre o Rio Taquari, criando um cinturão logístico alternativo à BR-386 e uma eventual rota
de escape em caso de novos colapsos gerados pelos fenômenos climáticos na rodovia federal. O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (Evtea) contratado pelo governo estadual vai apontar o melhor ponto para a nova travessia, e o aguardado resultado será apresentado hoje, reforço, no auditório do prédio 7 da nossa universidade. A expectativa é contagiante na região. É uma
Um Trabalho de Conclusão do curso de Engenharia Hídrica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) oferece aos moradores de Lajeado uma ferramenta crucial à prevenção às enchentes. O estudante Lohan Henrique Parma, orientado pelos profissionais e professores Walter Collishon e Sofia Moraes, criou um dispositivo virtual que apresenta os diferentes mapas de inundação para cada nível medido na régua do Rio Taquari. Em resumo, é uma plataforma que utiliza o Google Maps para mostrar, rua por rua, esquina por esquina e endereço por endereço, quem será atingido por cheias que variam entre as cotas de 19m e 36m – a enchente de 2024 atingiu 33,66 metros. Ou seja, você consegue visualizar quando a sua casa, comércio ou rota de fuga vai ser atingida dentro desses níveis de inundação. E assim pode se proteger sozinho, inclusive. Aliás, é
uma ferramenta necessária a todos os municípios atingidos pelas enchentes no Vale do Taquari e no Estado e a apresentação oficial será amanhã, a partir das 13h30min, no auditório do prédio 9 da Univates.
- A câmara de vereadores de Encantado realiza sessão extraordinária na tarde de hoje para votação do veto às emendas aglutinadas dos vereadores para o Plano Plurianual 2026-2029. O encontro inicia às 18h.
- A sessão da câmara de Estrela ficou marcada pelo pronunciamento do vereador de oposição Eder Follmann (PP). Ele reclamou das condições de algumas salas do posto de saúde do bairro Boa União e apresentou fotos de paredes com mofo. “Fiquei 30 minutos e já saí com rinite do local”. O governo municipal reconhece o problema antigo e promete agir.
- O Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE) iniciou na segunda-feira um levantamento com mais de 30 mil domicílios atingidos pelas enchentes. Em síntese, a Pesquisa Especial sobre as Enchentes de 2024 no Rio Grande do Sul (PEERS) busca compreender como as pessoas foram afetadas e como vivem um ano após a tragédia.
- Em tempo, a concessionária ViaSul não desistiu do reajuste da tarifa de pedágio na BR-386. Além dos reequilíbrios financeiros, a gigante do setor invoca os prejuízos com a enchente de 2024.
luta de décadas. Uma demanda que já se fazia necessária antes mesmo das catastróficas enchentes, e se tornou ainda mais imprescindível após as tragédias desnudarem as nossas vulnerabilidades logísticas. É um dia para ficar na história do Vale. E também para marcar a história política e pessoal do governador, da equipe de secretários, e, claro, do vice-governador Gabriel Souza (MDB).
Secretária de Governança na administração municipal de Encantado, Clarissa da Rosa Pretto Scattola deixou a função nesta semana. Dentista de formação, ela pediu para sair e, por ora, a função será acumulada pelo Secretário da Fazenda e ex-prefeito de Arroio do Meio, Klaus Schnack. Além da saída dela, o governo confirma o desligamento de Roberto Pretto (PT) da função de Coordenador de Defesa Civil. Loivo Castoldi será o substituto.
- Com o iminente anúncio da ponte entre Estrela e Cruzeiro do Sul, o Vale do Taquari precisa se reagrupar para garantir outras travessias sobre o Rio Taquari e o Rio Forqueta, especialmente. E o melhor de tudo: os bons projetos já estão à mesa.
Pitbulls (outra vez) em debate
O recente ataque de um pitbull contra um cão de menor porte – que morreu – no bairro São Cristóvão, em Lajeado, reacendeu um debate antigo sobre a necessidade de um rigor maior na regulação e/ou treinamento dessas raças mais propícias a este tipo de ocorrência. Em Estrela, por exemplo, o vereador Felipe Diehl (PL) quer seguir
o mesmo caminho da câmara de Teutônia que, em novembro de 2024, aprovou projeto de lei – sancionada pelo Executivo – para proibir a criação e comercialização de cães da raça pitbull no município, além de obrigar o uso de focinheira nos animais em espaços públicos e criar regras para responsabilizar os tutores em casos de ataques.
A Universidade do Vale do Taquari (Univates), por meio do curso de Direito, promove palestra sobre o papel e as atribuições do Superior Tribunal Militar (STM) e da Justiça Militar, com participação do ministro do STM, Almirante de Esquadra Leonardo Puntel. O evento ocorre no dia 22 de setembro, às 19h10min, no auditório do Prédio 7, e contará com a mediação dos professores André Prediger, promotor de justiça, e Márcio de
Abreu Moreno, delegado da PC. Além de debater sobre as prerrogativas e diferenças da justiça militar, os estudantes também poderão entender um pouco mais sobre o futuro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Condenado a 27 anos de prisão pelo STF, ele terá o pedido de perda de patente julgado em breve pelo STM. E provavelmente será julgado, também, pelos dois novos ministros que serão indicados neste ano pelo presidente Lula.
EXPECTATIVA NA BR-386
Trecho entre Lajeado e Estrela deve ser entregue nos próximos dias, com 10,2 quilômetros de pista adicional. Travessias junto às pontes e trevo da ERS129 seguem em obras
Terceira faixa na BR-386, no trecho de 5,1 quilômetros entre Lajeado e Estrela, totalizando 10,2 quilômetros de novas pistas;
Alargamento das pontes sobre o Rio Taquari e Arroio Boa Vista, com novos passeios;
Reformulação dos viadutos nos acessos à avenida Alberto Pasqualini, Bento Rosa e ao Porto de Estrela;
Duas novas passarelas em Lajeado, no acesso ao Shopping e nas proximidades da Fruki;
Readequações nas ligações com a ERS-130, avenida Pasqualini e Bento Rosa, e com o Porto e a RSC-453 (em Estrela);
Construção do novo viaduto e trevo de acesso à ERS-129.
As obras de ampliação da BR-386 entre Lajeado e Estrela entram na reta final com a liberação completa da terceira faixa prevista para ocorrer até o fim desta semana. De acordo com a ViaSul, concessionária responsável pela rodovia, motoristas poderão utilizar a pista nova desde o entroncamento com a ERS-130 até a ligação com a RSC-453. Segundo a empresa, restam apenas ajustes de sinalização e instalação de dispositivos de segurança. Uma parte da pista ampliada, nas imediações do Lajeado Shopping, já havia sido liberada para uso dos motoristas
em agosto. Nos últimos dias, a obra tem avançado também em direção a Estrela, após períodos de bloqueios de faixa e congestionamentos.
Além da terceira faixa – que totaliza 10,2 quilômetros de novas pistas – o pacote de investimentos da CCR para o trecho Lajeado-Estrela contempla também o alargamento das pontes, a reformulação de viadutos, novas passarelas, readequações de acessos e a construção de uma nova interseção.
“A terceira faixa vai facilitar muito, porque vai ter um corredor para os caminhões circularem normalmente, e essas entradas e saídas dos trecho urbanos vão ser facilitadas”, salienta o empresário do ramo logístico, Diego Tomasi.
Intervenções seguem na 386 para liberação de nitiva do trecho até sexta
Em paralelo à liberação das pistas, a ViaSul segue com a execução da obra nos passeios da ponte sobre o Rio Taquari, que garantirão travessia segura para pedestres e ciclistas. A intervenção, uma das principais reivindicações da comunidade, deve ser concluída até a primeira quinzena de dezembro.
Até lá, a concessionária assegura que haverá um caminho provisório de travessia no local. Atualmente, cerca de 35 trabalhadores atuam na limpeza, concretagem, instalação de guarda-corpo e sina-
A BR-386 registrou 16 acidentes com mortes em nove meses de 2025, conforme levantamento no sistema Datatran da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os dados levam em conta ocorrências até o dia 13 de setembro e revelam que apenas nos últimos três meses dez pessoas perderam a vida no trecho regional, que vai desde Fazenda Vilanova até Pouso Novo.
O caso mais recente ocorreu na sexta-feira, 12, em Estrela, quando por volta das 21h40min, no km 352 da rodovia, um motociclista de 22 anos, morador de Lajeado, morreu após sair da pista e colidir contra a defensa metálica. No período analisado, a PRF registrou 102 acidentes. As ocorrências incluem colisões com danos materiais, atropelamentos, saídas de pista e acidentes com lesões.
Segundo o chefe da 4ª Delegacia da PRF de Lajeado, Marcos Cesar Barboza Silva, a Serra de Pouso Novo segue sendo um dos pontos mais críticos da BR-386 em relação à acidentalidade. No local, a atenção precisa ser redobrada.
“O traçado é bastante sinuoso em razão do relevo da região, situação agravada pelas frequentes ocorrências de cerração e pelas obras atualmente em execução na via. Diante disso, recomendamos que os motoristas trafeguem com velocidade reduzida, atenção redobrada e respeito integral às normas de trânsito”, observa.
lização. Após a conclusão do lado Sul (sentido Capital), as equipes avançam para a pista Norte. Entre as intervenções previstas no pacote de obras, está o novo trevo de acesso à ERS-129, em Estrela, sob a ponte do Taquari. A expectativa da concessionária é liberar a interseção até o fim do mês.
Governador estará em Lajeado para detalhar ligações sobre o Rio Taquari. Secretário Juvir Costella afirma que melhor alternativa será construída com participação regional VALE DO TAQUARI
Os estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) sobre as propostas de novas pontes sobre o Rio Taquari estão prontos e o governador Eduardo Leite apresenta hoje os resultados. O encontro ocorre às 14h30min no auditório do prédio 7
da Univates. Pelo entendimento do governo, a inundação de maio do ano passado comprovou que é preciso reduzir a dependência da atual travessia pela BR-386, hoje marcada por congestionamentos e vulnerável a interrupções em enchentes ou acidentes.
“Se trata de uma obra necessária e que o governador Eduardo Leite já confirmou que o Estado pretende
fazer o investimento. Não vamos antecipar os resultados. Isso será apresentado amanhã (hoje)”, frisa o secretário dos Transportes, Juvir Costella.
De acordo com ele, o estudo do Daer contempla dois traçados distintos. Um deles prevê ligação entre Estrela (Transantarita) e Cruzeiro do Sul. A obra é defendida pela Câmara da Indústria e Comércio (CIC-VT) por conectar eixos das
ERSs 129, RS-130 e BR-386.
A segunda proposta é do Grupo Front. Prevê acessos pelas ERSs130 e 129, ligando os bairros Carneiros, em Lajeado, e a região do aeródromo, em Estrela. Orçada em R$ 92 milhões, poderia ser concluída em um ano.
O empresário Roberto Lucchese defende o impacto imediato na mobilidade: “Gostaríamos que as duas fossem contempladas. Nossa defesa é por uma obra mais ágil, que resultaria em um impacto direto na vida das pessoas”, disse no mês passado durante debate na Câmara de Lajeado.
A expectativa regional é que o governador apresente a análise comparativa com dados sobre custo, prazos, impactos ambientais e benefícios logísticos das duas opções. A decisão dependerá de fontes de financiamento – entre elas, o Fundo de Reconstrução (Funrigs), que concentra R$ 13 bilhões para obras de resiliência climática.
Conforme o Costella, os estudos verificaram impactos ambientais, tempo de construção, necessidade de investimentos, entre outros critérios. “A escolha será debatida
com a região.”
Sobre prazos, a lei do Fundo da Reconstrução (Funrigs) estabelece que até novembro de 2027 as obras com recursos da dívida com a União precisam estar prontas. Como forma de agilizar os trâmites, o Estado pretende fazer uma licitação pelo regime integrado (a mesma empresa faz o projeto executivo e a obra).
O modelo é semelhante ao feito na reconstrução da ponte sobre o Rio Forqueta, na ERS-130. Com isso, a concorrência ingressa em urgência, sem prazo para recorrer à Justiça. Outra preocupação é quanto às licenças ambientais, que precisam ser antecipadas para cumprir o prazo.
A única ponte sobre a BR-386 concentra todo o fluxo entre Lajeado e Estrela. Após a enchente histórica de maio de 2024, a vulnerabilidade da estrutura ganhou centralidade no debate regional. Além das duas propostas em estudo pelo governo estadual, há ainda um projeto na esfera federal: uma nova ponte na própria BR386, avaliada em R$ 143 milhões, a ser executada pela concessionária CCR ViaSul mediante prorrogação contratual. Essa alternativa dobraria a capacidade de pistas no local.
Entrevista para o estudo será feita por telefone a 1,8 mil moradores da região. Ligações do número (21) 2142-0123
Filipe Faleiro
filipe@grupoahora.net.br
OInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou a Pesquisa Especial sobre as Enchentes de 2024 no RS (PEERS), com o intuito de traçar um retrato dos efeitos da maior tragédia climática da história do país, avaliando desde perdas materiais
até impactos sociais e de saúde. Serão mais de 30 mil domicílios entrevistados em 133 cidades gaúchas até 19 de dezembro. Nos vales do Taquari e Rio Pardo, as ligações estão marcadas para ocorrer entre 20 a 31 de outubro. De acordo com o coordenador do IBGE em Lajeado, Paulo Hamester, a amostra local será destinada para cerca de 1,8 mil domicílios distribuídos em 36 municípios das duas regiões.
Na região, dos 36 municípios dentro do Conselho Regional de Desenvolvimento (Codevat), 26 farão parte do diagnóstico. “É uma amostra razoável aqui para a região. A metodologia prevê situações para garantir que os dados reflitam a realidade”, destaca Hamester. O levantamento seguirá os padrões nacionais do IBGE. As entrevistas serão feitas por cem agentes do Centro de Entrevista Telefônica Assistida por Computador
(CETAC), do Rio de Janeiro. O contato é feito sempre do número (21) 2142-0123. Caso o morador tenha dúvidas, pode confirmar a identidade do entrevistador pelo 0800 721 8181 ou pelo e-mail peers@ibge.gov.br.
Também é possível agendar dia e horário da ligação.
Apenas pessoas com 14 anos ou mais e que residiam nas cidades durante as enchentes poderão responder. O resultado da pesquisa será divulgado no primeiro semestre de 2026.
Segundo o diretor-adjunto de Pesquisas do IBGE, Vladimir Miranda, o propósito da PEERS é oferecer informações detalhadas que sirvam como base para ações dos governos em médio e longo prazo.
“A pesquisa fornecerá dados relevantes para o planejamento de políticas públicas estruturais e subsidiará planos de prevenção e resposta rápida a novos desastres climáticos”, destaca.
Em cima disso, a secretária da Fazenda do RS, Priscilla Maria Santana, destaca a importância da participação das comunidades. “Essa coleta de dados é o que vai embasar as soluções para o futuro, por isso queria pedir ao gaúcho e à gaúcha que respondam bem ao IBGE.”
O que será perguntado
A pesquisa abordará desde a destruição de residências até impactos na saúde mental. Confira os principais temas:
Impactos diretos nos domicílios: perdas de móveis, eletrodomésticos, veículos, documentos e condições estruturais da casa.
Infraestrutura e serviços: ruas alagadas, rodovias destruídas, pontes quebradas, fornecimento de água, energia elétrica, internet, transporte público e coleta de lixo.
Vida social e saúde: resgates, acesso a socorro, atendimento médico, ajuda emergencial, deslocamento para escola e trabalho, além de efeitos sobre a saúde física e mental.
Situação atual: qualidade de vida após a tragédia, nível de renda, escolaridade, acesso a serviços e eventual mudança de residência.
Prevenção e reconstrução: percepção da população sobre as medidas adotadas até agora e sugestões para novos mecanismos de resposta.
Com nova variante do vírus em circulação, Secretaria Estadual de Saúde emitiu alerta sobre a possibilidade de aumentos de casos no RS. Medidas de prevenção estão associadas a vacinação e testagem. Vale do Taquari registrou um óbito pela doença em 2025
Apesar da estabilidade de casos de Covid-19 no Vale do Taquari, a região enfrenta a baixa cobertura vacinal contra o vírus. De acordo com dados da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), foram registradas 208 ocorrências, 20 hospitalizações e um óbito em 2025. Por conta da circulação de uma nova variante no estado, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) reforça a necessidade dos cuidados relacionados ao coronavírus.
Os municípios fortalecem as estratégias de vacinação com objetivo de atingir os grupos prioritários. Conforme dados do painel de cobertura vacinal do Ministério da Saúde, o baixo índice de aplicação de doses é percebido na faixa etária de crianças de seis meses a 11 anos. No entanto, a maioria dos casos confirmados está na faixa de 20 a 39 anos.
A 16ª CRS também aponta a sazonalidade da circulação do vírus, que apesar de ainda não estar estabelecida no Rio Grande do Sul, está associada ao aumento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sobretudo no mês de agosto. As campanhas de vacinação têm como público-alvo crianças, idosos e gestantes, bem como imunocomprometidos.
A cobertura vacinal geral com duas doses está em cerca de 87% na região. Já a aplicação da quarta dose não chega a 20%. A média segue abaixo da meta da SES, que é de 90% entre os grupos prioritários.
Após óbito, estratégia reforçada
O óbito registrado por covid-19
208 casos
20 hospitalizações
1 óbito (em Estrela)
87% de cobertura vacinal (com 2 doses)
no Vale do Taquari aconteceu no mês de abril em Estrela. O secretário da Saúde, Silas Alves, diz que a vítima tinha mais de 80 anos e diversas comorbidades.
Na avaliação dele, o quadro do paciente contribuiu para o agravamento da doença. No entanto, o gestor alerta que a cobertura vacinal no município segue baixa.
Estrela tem registro de 28 casos e quatro hospitalizações em decorrência da doença.
“Detectamos o aumento do número de ocorrências antes do início do inverno. Com o alerta, pedimos para que a população mantenha as doses da vacina em dia”, adverte Alves. A cobertura vacinal com duas doses está em 87,57%, o que segundo ele, fica abaixo do esperado para a proteção eficaz.
O secretário esclarece que a vacinação de rotina fica disponível para crianças de seis meses a cinco anos, idosos e gestantes. Para os grupos especiais, há dose anual, direcionada a pessoas em instituições de longa permanência, indígenas, puérperas, trabalhadores da saúde e pessoas em situação de rua. O imunizante também segue à disposição da população em geral.
A taxa de aplicação do imunizante em Lajeado também revela um cenário preocupante. A cobertura vacinal com duas doses é de aproximadamente 77,6%. A coordenadora da Vigilância em Saúde, Juliana Demarchi, diz que a pasta segue em monitoramento. “Observamos o comportamento da doença no município, mas ainda não identificamos alterações nos padrões de circulação”, comenta. Em 2025, o município registrou 68 confirmações da doença e nove hospitalizações. Com recomendação para imunização dos grupos de risco, a Secretaria da Saúde aguarda reposição do estoque da vacina por parte do Estado.
A Secretaria da Saúde (SES) emitiu alerta aos municípios com recomendação para reforço das medidas de prevenção, com base na observação de casos em atendimentos ambulatoriais e pela recente identificação de uma nova variante do coronavírus no estado. As medidas estão relacionadas à vacinação de todos os grupos elegíveis, conforme o Calendário Nacional de Vacinação, e à testagem de pessoas com sintomas respiratórios, especialmente aquelas que podem se beneficiar do tratamento com o antiviral disponibilizado pelo SUS. A nova variante foi identificada pela pasta em agosto.
vinibilhar@grupoahora.net.br
VINI BILHAR
A empresa está na maior feira da construção civil de Santa Catarina, realizada no Expocentro de Balneário Camboriú. A marca leva ao evento produtos como decks, lambris, brises, ripados, rodapés, batentes e guarnições, reconhecidos pela durabilidade, qualidade e compromisso ambiental. Além das linhas tradicionais, a Ecovale apresenta novidades que reforçam sua proposta de unir design, funcionalidade e sustentabilidade. Nos bastidores, a empresa celebra também uma conquista de alcance nacional: a Rede Globo escolheu o Deck em SuperWPC da marca para compor o cenário de um reality musical que estreia ainda neste semestre. Mais do que presença na feira, a Ecovale reafirma o papel de empresas do Vale do Taquari que transformam inovação e qualidade em reconhecimento no mercado nacional.
Fechando as malas em Cape Town, África do Sul, o diretor comercial de Mercado Externo da Docile, Cristian Ahlert, conversou com a gente na semana passada. O executivo avaliou positivamente o desempenho da empresa na primeira metade de 2025. Segundo ele, a marca de Lajeado segue crescendo no mercado interno, ampliando participação nos PDVs, enquanto enfrenta desafios no setor externo, sobretudo nos Estados Unidos.
Ainda assim, a empresa registra avanços consistentes em diversos países. Ahlert destaca a consolidação da China como destino relevante, com embarques mensais desde o início do ano, além de progressos no Chile, Argentina e Peru. A Docile também fortalece sua presença na Europa, com produtos já em redes da Alemanha, Holanda e Espanha.
Com investimentos de R$ 100 milhões na planta industrial em 2025 e celebrando o mês de aniversário, a expectativa é acelerar ainda mais até o fim do ano, consolidando crescimento no Brasil e no exterior.
DÓLAR: R$ 5,29 (- 0,43)
IBOVESPA: 144.165,70 (+ 0,43%)
INPC: - 0,21%
TR: + 0,17%
A escassez de mão de obra qualificada segue como desafio no Rio Grande do Sul, em meio a baixas taxas de desemprego. No norte do estado, o índice é de apenas 1,8%, abaixo até do Japão, que registrou 2,6% em 2024. Para enfrentar a situação, empresas locais têm desenvolvido iniciativas próprias.
A Tomasi Logística lançou a Escolinha de Motoristas, destinada à formação de caminhoneiros, parte essencial de sua operação.
Segundo André Camilotti,
gestor de RH, motoristas habilitados e selecionados pela empresa na categoria E, recebem treinamento prático de três meses e iniciam vínculo formal já na contratação. Os profissionais começam com viagens curtas até estarem aptos a percorrer trajetos mais longos. Durante a formação aprendem também rotinas relacionadas à profissão. A iniciativa reflete uma tendência crescente: organizações formando suas próprias equipes para contornar a escassez de profissionais no mercado.
O Setembro Amarelo reforça a importância da saúde mental, mas os custos ainda são um desafio. Pesquisa da Serasa com a Opinion Box mostra que 38% dos gastos vão para medicamentos, 21% para terapia, 17% para planos de saúde e 16% para psiquiatras. Em 2024, os remédios representavam 24% das despesas, alta de 14 pontos percentuais em um ano.
Hoje, apenas 18% gastam até R$100 por mês, enquanto 33% aplicam entre R$101 e R$300. A maioria considera aceitável comprometer até 10% da renda (44%), mas 26% dizem ter dificuldades financeiras constantes com esses custos. Entre os que investem pouco, os motivos são priorização de outras áreas (20%), falta de recursos (18%) e acúmulo de responsabilidades (11%).
Daniel Becker participou do programa “O Meu Negócio” dessa segunda-feira, 15
Imobiliária Morro Santo
Imóveis se consolidou como referência na venda de imóveis na área rural
Jessica R. Mallmann jessicamallmann@grupoahora.net.br
Fundada em 2013, a Morro Santo Imóveis consolidou-se como referência na compra e venda de imóveis rurais e urbanos. Pioneira em atuar de forma estruturada na área rural, a empresa carrega no nome uma história marcada pela cultura gaúcha e pela vivência no campo de seu proprietário, Daniel Becker.
O nome surgiu de maneira inusitada, durante uma cavalgada, em 2006. Na época, a família construía a casa onde mora até hoje, localizada em um morro no Alto Conventos. Em meio à conversa com o primo Rafael sobre cavalos crioulos, surgiu a ideia de registrar o local como Cabanha Morro Santo. “Na época, a região não era tão movimentada. Mas agora tem 57 chácaras”, destaca Daniel.
Anos depois, a mesma identidade batizou a imobiliária, reforçando a ligação entre negócio e tradição. O empreendimento logo se destacou com as vendas e desenvolvimento de áreas rurais. Em Conventos, onde abriu as portas, a empresa acompanhou o crescimento da região.
“Quando começamos, em
2013, o cenário já era promissor. Tinha o Minha Casa, Minha Vida, que fez com que muitos projetos viessem para o bairro”, conta Daniel. “Mas o que aconteceu com o passar dos anos é que o padrão dos imóveis foi se alterando. Lá no início era basicamente só MCMV e agora há imóveis que passam de R$ 1 milhão, fora dos condomínios”.
A evolução do mercado acompanhou a mudança do perfil dos clientes. Durante a pandemia, Daniel lembra que a procura por áreas de terra cresceu 30%, com famílias da Região Metropolitana em busca de mais espaço e tranquilidade. Hoje, a clientela é composta, em grande parte, por aposentados que retornam às origens rurais. Há ainda investidores interessados em áreas para chiqueirões.
Já no segmento urbano, as famílias buscam imóveis em Conventos pelo desenvolvimento do bairro e qualidade de vida proporcionada no local.
Flexibilidade e experiência em negociações
Com uma equipe de sete corretores — quatro especializados em imóveis urbanos e três em áreas rurais — a Morro Santo Imóveis lida com perfis e negociações distintos. Enquanto os imóveis urba-
Adivinhe! Haroldo de Souza: A memória do narrador dos gaúchospor Haroldo de Souza
Neste livro, estão reunidas algumas das grandes façanhas da carreira de Haroldo de Souza, o narrador dos gaúchos, em seus cinquenta anos de rádio no Rio Grande do Sul. A obra traz a participação de grandes nomes, relatos históricos do futebol nacional e internacional e um valioso acervo de fotos, reportagens, imagens e materiais de trabalho do comunicador.
nos costumam envolver financiamentos, no campo prevalecem os acordos diretos, que exigem flexibilidade e experiência.
ENTREVISTA
“Os primeiros negócios foram muito bons, o que me fizeram largar rapidinho a informática”
Wink - De onde vem a tua ligação com o tradicionalismo?
Daniel - Eu não me criei no tradicionalismo, mas acabei me encantando com o tempo. Em 2008, eu e a Neusa Maria decidimos morar em um sítio, que fica no Alto Conventos. Compramos um cavalo e começamos a lida e a cavalgar. Foram os primeiros passos. Em 2014, me envolvi na organização do rodeio de Forquetinha, onde ficamos durante três anos. Já em 2017 criamos o piquete Morro Santo e fizemos nosso primeiro rodeio, que foi um “estouro de tropa”. Para se ter uma ideia, um primeiro rodeio “normal” tem em torno de 65 equipes. O nosso primeiro teve 123 equipes e foi realizado no Parque de Eventos. Ao ver o sucesso do encontro, o então prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, me convidou para organizar o acampamento Farroupilha do município.
O movimento gaúcho, além de ser uma tradição cultural, é um grande negócio. Ele mexe com a economia local?
Economicamente, existem estudos que mostram um movimento de R$ 4,7 bilhões por ano nos negócios, em função da tradição gaúcha. Isso porque abrange lojas de pilcha, lida com o cavalo, equipes, trabalhos com o couro, comércio, artistas… é uma cadeia que envolve muito valor.
O que são piquetes e o que é necessário para fazer parte do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG)?
Hoje, o MTG é composto por 30 regiões. A primeira coisa é criar uma entidade -um CNPJ sem fins lucrativos - e encaminhar o requerimento ao MTG, na região que tu participa. No nosso caso, somos a 24ª região. Tu encaminhas a documentação, aguarda a aprovação e fica um ano em observação. A partir deste um ano pode-se fazer os eventos.
Existem determinados regramentos de estrutura e comportamentos?
Sim, existe uma carta de princípios que deve ser fielmente respeitada. A exemplo, a reunião de patrões - que ocorre uma vez por mês - envolve 72 entidades na nossa região. Para participar dela, não pode sentar à mesa quem não estiver pilchado.
Você é filho do Dinizar Becker e da dona Cléria, figuras conhecidas. Qual a importância do ambiente familiar?
Nasci em 14 de setembro, mesmo dia de aniversário do meu avô paterno. Sou o mais velho de três irmãos: sou eu, Davi e Damião. Convivi muito com o pai na época em que tinha 12 anos, quando ele saiu para fazer o doutorado na Unicamp, em SP. O pai não é da geração da informática, então eu sentava ao lado dele na mesa. Ele ia escrevendo a mão, me passava as folhas e eu colocava para dentro do Word. Passei um ano e meio com muitos dos meus horários dedicados ao pai, em função do doutorado dele. A defesa teve 740 páginas. Então passava sábado de tarde dentro da Fates, dentro do prédio 1. Só existia esse prédio na época e lembro que tinham dois computadores. Eu estava com 12 ou 13 anos sentado em um deles digitando o trabalho do pai.
NELMA AHLERT ENGSTER, 83, faleceu ontem, 16. O velório ocorre na Capela Mortuária de Arroio da Seca,em Imigrante. O sepultamento ocorre hoje, 17, às 10h, no Cemitério Sociedade Arroio da Seca.
ELI INVERNIZZI, 68, faleceu ontem, 16. O velório ocorre na Capela Velatória Paz, em Teutônia. O sepultamento ocorre hoje, 17, às 9h, no Cemitério Católico de Westfália.
ADÃO IVANILDO LOPES DIAS, 66, faleceu ontem, 16. O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal de Palmas, em Encantado.
JOÃO VARGAS VILANOVA, 79, faleceu ontem, 16. O sepultamento ocorreu no Cemitério do Morro Bonito, em Paverama.
LONI BRACKMANN BEIER, 86, faleceu na segunda-feira, 15. O sepultamento ocorreu no cemitério da Comunidade Salén de Pontes Filhos, em Teutônia.
Ato de posse ocorreu no salão paroquial, com público expressivo. Evento reuniu cerca de 300 pessoas e marcou o início de um novo ciclo político no município
SANTA CLARA DO SUL
Márcio Haas (PP) assumiu o cargo de prefeito e Claudir Bald, de vice, na manhã dessa terça-feira, 31, no salão paroquial da Igreja Matriz São Francisco Xavier. O evento reuniu cerca de 300 pessoas e marcou o início de um novo ciclo político no município.
Animal como o escorpião Tipo de cerâmica de indígenas amazônicos
(?) mundial de computadores: Web Fôlego Conterrâneo de Strauss
(?) Morales, político Produto da granja
No Legislativo, Rosani Richter (PP) foi empossada e eleita presidente da Câmara de Vereadores. Além dela, também tomaram posse os vereadores Leila Immich (MDB), Helena Herrmann (MDB), Alair Bourscheidt (MDB), Airton Telöken (PP), Leandro Braun (Republicanos), Esequiel Selge (Republicanos), Valdir do Nascimento (PDT) e
Posse do prefeito Márcio Haas, vice e vereadores reuniu cerca de 300 pessoas no salão paroquial
Paulo Mallmann (PL).
(?) da Viola, bloco carnavalesco que homenageia Paulinho da Viola (RJ)
Rosani Richter é eleita presidente da câmara
As iscas da Amevat foram feitas com garrafa plástica de dois litros revestida por plástico preto
Mesmo após grandes cheias de 2023 e 2024, que destruíram casas e arrastaram veículos, o enxame resistiu. Explicação está em seu sistema de defesa. Abelhas selam a entrada da colmeia com uma cera impermeável, impedindo a entrada de água
A explicação está em seu sistema de defesa: as abelhas selam a entrada da colmeia com uma cera impermeável, impedindo a entrada de água. “A jataí tem um sistema de proteção muito seguro, ela fecha a colmeia com cera, em momentos de chuva, e assim conseguiu sobreviver”, explica o biólogo Paulo Conrad, presidente da Amevat.
O evento contou com a presença do atual prefeito, Paulo Kohlrausch, acompanhado da primeira-dama, Iara Kohlrausch. Também participaram as futuras primeiras e segundas-damas, Ana Paula Bald e Márcia Bald.
Segundo ele, a praça será moradia provisória das abelhas.
As iscas vão atrair enxames e, em seis meses, a Amevat volta à praça para transferir as colmeias para meliponários, escolas e outros locais adequados, onde as abelhas poderão viver de forma permanente.
LAJEADO
APraça da Matriz, em Lajeado, ganhará novas moradoras com as iscas para abelhas sem ferrão, instaladas nessa terça-feira, 16. Preservacionistas da Associação de Meliponicultores do Vale do Taquari (Amevat) colocaram garrafas pets nas árvores, para atrair enxames.
O ato marca uma história emblemática: um fenômeno que intriga os criadores há pelo menos 15 anos. Uma colmeia de jataí vive na base do Monumento à Independência, no coração da praça. Mesmo após as grandes enchentes de 2023 e 2024, que destruíram casas e arrastaram veículos, o enxame resistiu.
As iscas da Amevat foram feitas com garrafa plástica de dois litros revestida por plástico preto. Dentro dela, uma mistura de própolis e cera de abelha. Na saída, uma rolha com um pequeno canal permite o entra e sai dos insetos. Foram colocadas em árvores perto de flores.
Além de atrair mais abelhas, a colocação de iscas é uma forma de mostrar a importância delas. “As abelhas são os seres vivos mais importantes do planeta”, pois promovem a polinização, salienta o criador e fundador da Amevat, Hugo Schmidt.
Paulo Conrad cultiva abelhas
Com voto da oposição, Rosani Richter (PP) foi eleita presidente da câmara em Santa Clara do Sul. A vitória foi conquistada em cima de Helena Herrmann (MDB).
Para sair vitoriosa, Rosani contou com um voto do Republicanos, partido que compôs a coligação com o MDB na última eleição, de Esequiel
HUGO SCHMIDT FUNDADOR DA AMEVAT
O ato de posse ocorreu no salão paroquial com público expressivo. Rosani comemorou a vitória e disse que irá trabalhar em conjunto com o Executivo e vai ouvir as demandas da população.
As abelhas são os seres vivos mais importantes do planeta”
Sistema de autofinanciamento para compra de carro
ÁRIES: Você poderá assumir posição de maior destaque ou aumentar os rendimentos com um empreendimento inovador. 21/03 a 19/04
TOURO: Inove, compartilhe conteúdos surpreendentes e brilhe publicamente. Você fechará o ciclo com projeção e poder de influência.
GÊMEOS: Concentre suas energias nos planos de expansão profissional e de estudos, some forças com pessoas queridas.
sem ferrão há mais de 40 anos e lembra que o futuro da humanidade depende das abelhas. “Sem elas, em quatro anos o planeta enfrentaria fome mundial”, destaca. Estudiosos reforçam: sem polinização, não haveria produção suficiente de frutas, legumes e grãos, comprometendo a alimentação humana. As abelhas são responsáveis por cerca de 90% da polinização das plantas nativas no Brasil e produzem mel com alto valor nutricional e medicinal.
CÂNCER: Aprofunde vínculos verdadeiros e crie novos. Evite riscos por impulso e invista em um futuro brilhante e estável.
LEÃO: Foque nas metas de implementar uma rotina agradável, fortalecer a saúde, ampliar relações e dar nova direção à carreira!
VIRGEM: Arrume a casa, será ótimo se desapegar de coisas sem uso e abrir espaço para o novo. Isso vale também para as emoções, deixe os ressentimentos.
LIBRA: Valerá fazer uma listinha de intenções para o próximo ano e começar a por em prática hoje mesmo.
ESCORPIÃO: Planos para o futuro incluirão equilíbrio entre as obrigações e o prazer, planeje mudanças e dê leveza à vida.
SAGITÁRIO: Caminhos do coração estão abertos. Surpresas gostosas e novidades virão de onde você menos espera!
CAPRICÓRNIO: Aproveite o último dia do ano para determinar planos de longo prazo e apostar em novos começos.
AQUÁRIO: Aumente a sintonia com a espiritualidade e com sua força interior, finalize um longo ciclo com um saldo de autoconhecimento.
PEIXES: Eleve os sentimentos, confie no futuro e determine metas mais altas na carreira. Mudanças acontecerão de dentro para fora.
Mais de 130 estudantes vão participar da caravana do Programa Educação Ambiental na Escola
Luciane Eschberger Ferreira lucianeferreira@grupoahora.net.br
ENCANTADO
Acaravana do programa Educação Ambiental na Escola (Educame) estará na Emef Mundo Encantado, na manhã desta quarta-feira. A programação, na instituição localizada no bairro Lambari, em Encantado, contará com apresentação da peça teatral “Educa-me, por quê?”. Em seguida, as turmas de 4º e 5º anos participam da oficina “Repórter Ambiental Mirim”.
A Mundo Encantado atende 385 alunos. Do total, mais de 130 do turno da manhã vão participar da programação.
Conforme a diretora Kaise Radaelli, a temática ambiental é trabalhada de forma transversal nas diversas disciplinas. “É uma abordagem que vai além do conteúdo previsto, buscando criar uma consciência ambiental que permeie toda a vivência escolar”, explica a diretora. O tema é um ponto de partida para discussões, projetos e atividades que conectam diferentes áreas do conhecimento, buscando mostrar aos alunos que a questão ambiental está presente em todos os aspectos da nossa vida, destaca Kaise. Neste sentido, a escola
O lúdico é uma possibilidade de conectar o conhecimento à ação, garantindo que a educação seja leve, inspiradora e, acima de tudo, eficaz”
apoia projetos e iniciativas entre eles e mantém ponto de coleta de tampinhas e de lixo reciclável.
A instituição conta com uma composteira, o que garante o reaproveitamento e o destino adequado do lixo orgânico.
A diretora ressalta que trabalhar a temática ambiental de forma lúdica é a possibilidade de transformar o aprendizado de um tema, por vezes complexo, em algo atraente e divertido, pois mobiliza por meio da curiosidade e interação. “O
lúdico é uma possibilidade de conectar o conhecimento à ação, garantindo que a educação seja leve, inspiradora e, acima de tudo, eficaz.” Para Kaise, receber a Caravana é fortalecer o trabalho que vem sendo realizado voltado ao tema ‘educação ambiental’, por meio da arte, música e interação.
Logo depois da apresentação teatral, as turmas do 4º e 5º ano vão participar da oficina “Repórter Ambiental Mirim”. A intenção é estimular os estudantes a produzirem notícias sobre meio ambiente a partir de atividades
realizadas na escola. Por meio de um guia de perguntas e respostas, as crianças podem gerar os conteúdos e enviar para a redação do programa Educame. O material poderá ser publicado no caderno mensal do programa.
FUTEBOL FEMININO
Colecionador de taças na base colorada, David da Silva conquistou o Gauchão Sub-20 Feminino nesse domingo
Pretto caetano@grupoahora.net.br
Multicampeão nas categorias de base feminina do Internacional e um dos principais nomes no desenvolvimento do futebol feminino no estado, o treinador natural de Estrela, David da Silva, 35, comemora mais um título com a conquista do Gauchão Sub-20 diante do Grêmio.
A conquista na categoria mais importante da base coroa uma sequência de títulos por todas as categorias que trabalhou no Inter. É a primeira vez que ocorre o Gauchão na categoria Sub-20. Antes disso, David foi campeão gaúcho na Sub-14, Sub-16, Sub17, Sub-18, além de ter conquistado o Sub-15 com a AEF, de Estrela, em campanha que o levou
até o Colorado. O jogo do título ocorreu no último domingo, 14, em empate por 1 a 1 na Morada dos Quero-Queros. No jogo de ida, o Inter venceu por 2 a 1, o que lhe conferiu a vantagem na volta. “Em cerca de 20 dias disputamos cinco grenais pelo Gauchão e pelo Brasileiro Sub-20, vencemos os quatro primeiros, então o importante era trabalhar também o psicológico das atletas para elas conseguirem manter o foco e não cairmos numa armadilha de que as coisas iriam sair ao natural, e conseguimos”, destaca após o título.
Profissional referendado na base e com uma breve passagem pelo profissional feminino do Inter, comemora mais essa conquista. “Muito bom voltar a ser campeão estadual, para a gente é muito importante, conseguimos vencer o único título a nível estadual que faltava, mesmo sendo a primeira edição do Gaúcho Sub-20 Feminino, esse era um dos objetivos da direção neste ano.”
O Gre-Nal que começou a decidir o título teve vitória do Inter por 2 a 1. Joana e Myka marcaram para o Inter. O Grêmio diminuiu com Maria. A taça foi confirmada após um empate por 1 a 1 na Morada dos Quero-Queros, em Alvorada. Joana foi novamente o nome do Inter. A camisa 10 marcou, de pênalti, o gol que empatou a partida e deu o título às coloradas. O Grêmio havia saído em vantagem no primeiro tempo com Luana Falconeri.
Em um campeonato de tiro curto, o Inter foi campeão de forma invicta. Em cinco partidas, foram quatro vitórias e um empate. O Colorado marcou 23 gols e sofreu apenas 5.
Uma reunião entre o prefeito de Lajeado, Alípio Hüffner, o presidente da Câmara Júnior de Lajeado (JCI), Constantino Chiarelli, e o presidente da Apae Lajeado, Ruben Neitzke, determinava a nomeação de uma rua da cidade. A chamada rua 41 do bairro Florestal seria oficialmente nomeada Carlos Jacob Kieling. O homenageado foi presidente da Câmara Júnior e líder comunitário, mas faleceu tragicamente em 1972. Kieling voltava de Minas Gerais, após participar do Congresso Nacional de Câmaras Júniors, quando sofreu um acidente de carro. Desde então, o prêmio máximo da JCI Lajeado foi nomeado Prêmio Carlos Jacob Kieling de Liderança Comunitária, que existe até hoje, assim como a rua que leva seu nome.
O taquariense Edson Machado dos Reis, de 31 anos, foi o único cuteleiro gaúcho a ter trabalhos fotografados para um livro internacional de cutelaria. A obra “Arte em Lâminas – Cuteleiros Brasileiros Contemporâneos”, de Alexandre Tostes, falava sobre o
por Raica Franz Weiss
processo de fabricação de facas, espadas, canivetes e lâminas e era totalmente em inglês. Na época, Reis foi inserido no livro porque já tinha mais de uma centena de peças espalhadas por pelo menos nove países: Estados Unidos, Alemanha, Portugal, Espanha,
A “Ron-
Quadro de Rembrandt era vandalizado –da Noturna”, obra mais famosa do artista neerlandês Rembrandt era danificada com facadas no Museu Rijksmuseum, em Amsterdã. O ataque foi feito por um ex-professor de 38 anos durante um surto psicótico, em que apunhalou o quadro 12 vezes. Após o ataque, a “Ronda Noturna” foi restaurada e voltou a ser exposta no mesmo museu. A obra é conhecida por seus tons claros e escuros, feita com óleo sobre tela, e foi pintada em 1642. Com 363 cm de altura e 437 cm de largura, o quadro mostra a Guarda Cívica de Amsterdã sob comando do capitão Frans Banning Cocq.
Japão, Venezuela, Chile, Uruguai e Guatemala.
O interesse pela cutelaria surgiu quando ele tinha 12 anos e participava do grupo de escoteiros da cidade, mesma época em que foi lançado o filme Rambo. No filme, o personagem tinha uma faca com diversas utilidades e Reis e a turma de amigos queriam uma igual. À reportagem da época, contou que não tinha parado até conseguir fazer uma parecida. Depois de pronta, o resultado ficou tão bom que alguns conhecidos começaram
a pedir peças. Por muitos anos, levou a atividade apenas como hobby, mas em 1997 decidiu se dedicar à cutelaria como profissão. A peça mais cara que ele já tinha produzido era um um canivete de US$ 1,8 mil. Ele era feito com diamante, casca de tartaruga albina, aço damasco com banho de ouro e espátula de marfim. Esse tipo de canivete era usado por médicos antigos de família e, 20 anos atrás, era interesse de colecionadores.
Hoje é
Dia da Compreensão Mundial
Dia Nacional do
Transportador Rodoviário de Carga
Dia Mundial da Segurança do Paciente
Dia Internacional da Música Country
Santo do dia
São Roberto Belarmino
Jornalista
Era maio de 2024 e este jornalista olhava embasbacado a rua João Abott, no Centro de Lajeado, engolida pela enchente. Quem nunca passou pelo local, duvidaria da existência de um parque por baixo daquela imensidão de água. Pois ele permanece por lá e mais estruturado. O acampamento farroupilha espaçoso, de fácil acesso e com ampla possibilidade para estacionamento, entre outras virtudes, comprova que esta área tem uma grande utilidade ao município. Claro, com a necessidade de reconhecer o risco da inundação.
Os festejos natalinos e competições esportivas também fazem do Parque dos Dick um local com muita aceitação por públicos de diferentes faixas etárias e inclusive, classes sociais. Ocorreram ali investimentos em iluminação e monitoramento. Significa que foi extinta a insegurança deste espaço? Não! Mas auxilia. Pois o parque ficará ainda maior. O município conclui permutas de áreas no entorno do bairro Moinhos (parte dos fundos do ginásio Claudião). Outra iniciativa é integrar estruturas do outro lado da Rua João Abott, como a Feira do Produtor e, em especial, o prédio da antiga Delegacia de Polícia.
O olhar ao Parque dos Dick precisa ocorrer de forma permanente. É um dos cartões-postais da cidade. Quem sabe uma grande concessão, caso existam interessado. Ou diversas concessões divididas por áreas como esporte, alimentação e turismo.
Em Estrela, o Legislativo retorna ao seu tradicional espaço no próximo dia 29 de setembro. Foram dois anos desde a enchente de 2023 com sessões fora da estrutura adequada, na Ceiteq. O prédio situado da Rua Doutor Tostes ganhou novo piso, portas, estrutura elétrica e móveis mais resilientes caso ocorram novas inundações. Além do aspecto estrutural, é importante um remanejamento de perfil no Legislativo de uma das maiores cidades do Vale quanto aos temas debatidos. Aliás, sequer há muito debate atualmente. Ocorrem algumas discordâncias do que apontam os dois únicos oposicionistas: Zancanaro e Eder Follmann, ambos do PP. Percebe-se discursos dos representantes da base de governo muito atrelados ao que define o Executivo. Até mesmo na análise dos projetos rotineiros que tramitam na casa. A câmara tem sua autonomia e responsabilidades e precisa assumir discursos neste sentido.
Encantado é uma cidade turística e recebe a cada final de semana muitos visitantes. Quem acessa o perímetro urbano da cidade a partir da ERS-129, junto ao pórtico principal, se depara com a antiga sede do curtume. O prédio foi arrematado por meio de leilão em março deste ano pelo valor de R$ 2,5 milhões. O problema é que os trâmites para o investidor se apropriar da estrutura travaram em aspectos ambientais. Há um passivo pela antiga atividade que funcionava na área. Inclusive, o vereador Daniel Passaia (União Brasil) tenta desenrolar o impasse com a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). É preciso destravar este processo e encerrar o ciclo que, por muitos anos, rendeu cheiro desagradável aos moradores, visitantes e empresários. Além de representar um cartão de visitas feio para a entrada da cidade.
- Amanhã, dia 18, as empresas interessadas em assumir o serviço de recolhimento do lixo em Lajeado farão suas propostas dentro do processo de licitação. Fechado o dia, serão necessários mais alguns dias para a vencedora entregar a documentação pertinente.
- Trânsito e Mobilidade Urbana. São as demandas bases da nova associação de moradores do bairro Hidráulica, liderada por Isabel Braga Martins. O acesso para BR-386 pela Rua 17 de Dezembro e o entorno da Décio Martins Costa (Rua do Valão) são indicações para melhorias.
- Mais um final de semana com imagens tristes de praças esportivas do Vale. Brigas generalizadas e agora agressões contra pessoas que estão no local para trabalhar. No caso, árbitros em partida na cidade de Encantado. Não é para isso que o campeonato regional de futebol demanda envolve inclusive recursos públicos. Que a punição seja severa, de novo.
- Sobre as pontes e o evento marcado para hoje, na Univates: é provável que sejam anunciados investimentos em uma das estruturas demandadas pela região. E no comprometimento do estado com uma ligação ou outra precisamos sair mais conectados e não divididos.
NLUCAS SCAPINI
O que o processo de sucessão da Armani nos ensina sobre profi
ssionalizar a gestão das empresas
os últimos dias, muito se falou sobre a morte de Giorgio Armani e o impacto que isso teria sobre a continuidade da grife que leva seu nome. Mais do que a perda de um dos maiores nomes da moda mundial, esse momento trouxe à tona uma discussão essencial para qualquer negócio, em qualquer setor: como preparar a empresa para continuar viva e forte além da figura do fundador?
O caso da Armani chama atenção porque Giorgio não tinha herdeiros diretos. Ainda assim, ele não deixou o futuro da sua obra ao acaso. Ao longo dos últimos anos, preparou cuidadosamente um processo sucessório que envolveu executivos de confiança, regras claras de governança e até uma carta, que será aberta publicamente, com suas diretrizes para o futuro. Seu objetivo foi garantir que a essência da marca fosse preservada, mas que a empresa tivesse também condições de se adaptar e continuar crescendo.
Esse é um ponto que merece destaque: sucessão não é apenas uma questão de “quem vai assumir”. É um processo que precisa pensar em continuidade, em valores, em cultura, mas também em competitividade, inovação e gestão profissionalizada.
No Brasil, especialmente entre empresas familiares, ainda vemos muitos casos em que a sucessão é tratada como tabu. Deixar para depois, evitar conversas ou confiar apenas na boa vontade dos herdeiros pode colocar em risco anos ou até décadas de construção. O mercado não espera. Os clientes não esperam. E a falta de clareza abre espaço para conflitos internos, perda de competitividade e até para a ruptura de negócios que poderiam atravessar gerações. Profissionalizar a gestão é um dos caminhos mais seguros para evitar esse cenário. Isso não significa abrir mão da identidade da família ou da história construída, mas sim estruturar a empresa com governança clara, processos bem definidos e lideranças preparadas, sejam elas da família ou de fora dela. Empresas que se antecipam nesse movimento criam resiliência, atravessam crises com mais firmeza e conseguem se manter relevantes diante das transformações do mercado. Falo disso não apenas como empresário, mas também como alguém que vive essa realidade. Atualmente entendo e percebo que, para ter longevidade empresarial e sustentabilidade, precisamos investir em profissionalização, inovação e preparo constante de lideranças. Não basta ter um legado, é preciso trabalhar todos os dias para que ele continue vivo. A história de Giorgio Armani é inspiradora porque mostra que a sucessão pode ser encarada de forma estratégica, responsável e transparente. Mais do que herdeiros, ele deixou uma estrutura para que sua marca continue sendo referência. É essa visão de longo prazo que todos nós, empreendedores, precisamos cultivar.
No Brasil, especialmente entre empresas familiares, ainda vemos muitos casos em que a sucessão é tratada como tabu”
Quarta-feira, 17 setembro 2025
Fechamento da edição: 18h