A Hora – 14/08/25

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ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR

Quinta-feira, 14 agosto 2025 | Ano 23 - Nº 3908 | R$ 5,00 (dia

COLETA DE LIXO

Lajeado espera lançar novo edital em até 20 dias

terá novo estudo como base. Material foi apresentado ao TCE

Antes de abrir concorrência para definição de nova empresa responsável pelo serviço de recolhimento de resíduos, o governo municipal apresentou nessa terça-feira o documento ao Tribunal de Con-

tas do Estado. Objetivo é reduzir riscos de possíveis questionamentos jurídicos ao processo licitatório. Contrato emergencial com a Coleturb, em vigor desde abril, entra nos meses finais.

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OPINIÃO RODRIGO MARTINI

Símbolo reocupado na Feira do Livro Praça da Matriz ganha vida com evento, mas precisa de uma “adoção” saudável e permanente.

OPINIÃO

VINI BILHAR

Aproximação com novos fornecedores

Grupo Imec promove quarta edição da Rodada de Negócios e busca ampliar parcerias.

RELAÇÃO BRASIL E

EUA

Plano reduz perdas, mas não resolve impasse

Medidas do governo federal foram apresentadas ontem. Estratégia inclui crédito de R$ 30 bilhões, suspensão

de impostos e isenção de cobrança na compra de insumos. Para empresários, pacote tem efeito paliativo.

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Palco para 68 escritores e 10 livrarias

Praça da Matriz de Lajeado segue até domingo como espaço para lançar e vender obras, em um caldeirão literário que celebra palavras e histórias.

Programação leva diferentes públicos à praça, sobretudo crianças e adolescentes. Livreiros projetam boas vendas e escritores locais aproveitam vitrine do evento para lançar obras autorais

Na falha da diplomacia, medidas governamentais

Aentrada em vigor das tarifas de 50% impostas pelo governo norte-americano sobre produtos do país coloca a economia em um cenário conturbado, em especial no RS. Com a mesa de negociação interditada, o governo federal apresenta medidas para os setores mais afetados. Embora o Plano Brasil Soberano, com crédito de R$ 30 bilhões, suspensão de impostos e outras isenções, mitiguem os impactos, a incerteza sobre o futuro persiste. A forma como as tratativas se desenrolaram, passando da esfera comercial para a política, é o ponto de preocupação.

O cenário atual, que fragiliza a indústria, exige uma ação coordenada e assertiva, colocando os interesses da economia acima de questões políticas e ideológicas”.

A falta de uma solução diplomática de longo prazo agrava o problema, levando as empresas a buscarem alternativas para compensar os prejuízos. A situação é desafiadora para setores como o calçadista, que já vinham de um período de queda nas exportações e tiveram a expectativa de recuperação para 2025 interrompida.

É imperativo que os setores produtivos, em conjunto com as lideranças políticas, reforcem a pressão para resolver o impasse. As medidas de socorro são relevantes, mas o propósito maior é garantir a competitividade das empresas e a manutenção dos empregos no longo prazo.

O cenário atual, que fragiliza a indústria, exige uma ação coordenada e assertiva, colocando os interesses da economia acima de questões políticas e ideológicas.

à

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Diretor Executivo: Adair Weiss

Diretor Editorial e de Produtos: Fernando Weiss

“Você precisa entender o gosto de cada pessoa para entregar o melhor drink”

Abuscaporumarenda extra fez GabrielVoos da Silva, 25, conhecer a pro ssãodebartender. Apósuminíciogeradopela necessidade,pegougosto e buscou conhecimento paraampliarotrabalho. Natural de Cruzeiro do Sul, vênacriaçãodedrinks autorais o diferencial de um bom bartender e acumula experiênciaspelaregião.

Como foram as suas primeiras experiências na área?

Minha introdução ao mundo da coquetelaria começou como uma fonte de renda extra enquanto ainda trabalhava em uma empresa. Minha trajetória começou com bares de eventos, fazendo formaturas, casamentos, aniversários, aberturas de lojas e até chá de revelação. Fiquei dois anos trabalhando nessa área como renda extra e me motivei tanto a continuar a trabalhar com bar que resolvi tornar minha profissão principal. Passei por alguns bares em Lajeado, procurei conhecimentos e networking em São Paulo na maior convenção de bares e restaurantes do Brasil, chamado BCB Bar Convent. Aprendi realmente minhas técnicas em Porto Alegre, onde estudei em uma escola especializada em formar bartenders com um professor que está há bastante tempo no ramo.

O que é preciso para ser um bom bartender?

Para se tornar um bartender você precisa ter uma boa hospitalidade, prestar atenção aos detalhes, saber

usar os utensílios corretamente, entender um pouco sobre cada fruta que vai ser utilizada. A coquetelaria é bem similar à gastronomia. Para se destacar na área você precisa estudar os drinks clássicos que já existem há anos nos bares. Ao entender como esses clássicos harmonizam, você consegue criar drinks autorais muito bons, e é nessa hora que você consegue se destacar. Além disso você precisa entender o gosto de cada pessoa para entregar o melhor drink. Se ela gosta de drinks mais doces ou se gosta de drinks mais cítricos, para poder entregar algo que o paladar dela goste.

A profissão está muito ligada às noites e festas. Como é a rotina de trabalhar nestes horários alternativos?

Como todo trabalho, é cansativo, mas geralmente em bares e restaurantes trabalhamos em duplas onde um trabalha no turno do meio dia e outro trabalha no turno da noite. Então as tarefas são divididas e acaba não sobrecarregando. Na questão de eventos temos um dia mais pesado e corrido, mas onde o retorno financeiro também é maior. Quando você é reconhecido na rua ou por algum convidado que foi bem atendido, se torna gratificante aquelas horas trabalhadas.

Nota alguma mudança de padrão nos drinks mais pedidos nos últimos anos?

Aqui no Sul em primeiro lugar sem dúvidas temos as caipirinhas, tanto a tradicional de limão com cachaça, tanto as frutadas com o tipo de fruta de sua preferência. Logo depois temos o famoso Mojito com sua pegada mais refrescante que agrada a quase todo o público. Temos o queridinho Aperol Spritz que foi muito bem aceito na parte mais feminina do público, e por final acredito que o Moscow Mule está tendo seu destaque entre as pessoas pelo fato dele ser diferente, levemente doce com toque apimentado do gengibre. Os padrões de drinks mudam conforme passa o tempo, anos atrás a Gin Tônica era muito consumida e vejo que hoje em dia ela está sendo menos aceita. Temos outros drinks com gin que são ótimos e agora os drinks com whisky estão entrando bastante no paladar das pessoas.

Se pudesse indicar um drink, qual seria?

Hoje vejo muitas pessoas tentando experimentar o famoso Negroni. Então o drink que eu indicaria seria uma variação dele, o Boulevardie, pois ele fica mais agradável para se tomar. Um ótimo drink que mistura whisky, vermute rosso e Campari.

ABRE
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COMÉRCIO BRASIL E EUA

Plano tem efeito

paliativo, dizem empresários

Governo federal apresenta medidas voltadas para exportadores prejudicados por tarifação do presidente norte-americano, Donald Trump. Apesar da retirada de quase 700 itens, negócios do RS serão os mais impactados

Filipe Faleiro

filipe@grupoahora.net.br

Crédito de R$ 30 bilhões, suspensão de impostos por dois meses e aumento de prazo do regime de Drawback (medida que beneficia compra de insumos para produtos destinados à exportação).

Neste tripé se sustenta a ajuda do governo federal para empresas do país prejudicadas pela taxação norte-americana. Os 50% de cobrança adicional sobre qualquer compra dos EUA para produtos de origem brasileira entrou em vigor na semana passada, em 6 de agosto.

Em pronunciamento na manhã de ontem, 13 de agosto, o presidente Lula apresentou o Plano Brasil Soberano. A estratégia faz parte da Medida Provisória, com vigência imediata por 120 dias. Depois disso, precisa passar pelo Congresso para seguir em execução.

No decreto de Donald Trump, quase 700 itens brasileiros foram

retirados da tarifa adicional. Setores como de derivados de petróleo, café, suco de laranja, móveis, estão isentos. A maior parte, de empresas do centro do país.

Com isso, o RS se tornou o estado mais afetado. “As medidas ajudam, em especial a isenção de impostos e no regime Drawback. Mas são soluções paliativas”, avalia o empresário Marco Antônio Isse, diretor da Four Importação e Exportação.

O presidente da CIC-VT e conselheiro da Federação das Indústrias do RS (Fiergs), Angelo Fontana, acredita que o Brasil tem mais a perder com a forma que as tratativas tomaram. Para ele, o diálogo “aberto e franco” seria a melhor forma de trabalhar a tarifação, mas o tema “passou da diplomacia comercial para a esfera política”.

Um dos setores mais atingidos, o de calçados, a associação do setor (Abicalçados), se posicionou de maneira positiva, pois considera que as medidas emergenciais são importantes para a preserva-

Setor calçadista gaúcho é um dos mais prejudicados pela taxação norte-americana. Associação do setor avalia de maneira positiva medidas, mas sugere aperfeiçoamentos para garantir empregabilidade

ção das empresas.

HAROLDO FERREIRA PRESIDENTE DA ABICALÇADOS

O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, avalia que o pacote contemplou, em parte, as solicitações da indústria. Segundo ele, o setor reconhece a ampliação do Reintegra para 3% para todos os exportadores (para os pequenos a alíquota passa a ser de 6%), a suspensão, por um ano, do pagamento de tributos previstos no regime de drawback, e o crédito de R$ 30 bilhões para empresas exportadoras.

“Tratando-se de um setor intensivo em mão de obra, seguimos na expectativa de novas medidas voltadas à manutenção dos empregos na indústria calçadista”, pontua.

Menos pressão

Para Marco Antônio Isse, a

Eixo 1

Setor produtivo

Linha de crédito de R$ 30 bilhões O governo diz que terão taxas de juros abaixo do praticado no mercado.

Fundos garantidores

Destinado para pequenas e médias empresas.

Aportes de R$ 1,5 bi no Fundo Garantidor do Comércio Exterior (FGCE).

R$ 2 bi no Garantidor para Investimentos (FGI).

R$ 1 bilhão no Garantia de Operações (FGO).

Sistema de exportação Proteção aos exportadores contra riscos como inadimplência ou cancelamento de contratos. Também haverá dispositivo de compartilhamento de risco entre governo e setor privado.

Tributos federais

Empresas afetadas poderão adiar o pagamento de impostos por dois meses.

Reintegra

Grandes e médias empresas passam a contar com até 3,1% de ressarcimento, e as micro e pequenas, com até 6%. As condições valerão até dezembro de 2026 e terão impacto de até R$ 5 bilhões.

Regime de Drawback

Empresas que compram insumos para produtos exportados aos EUA terão mais um ano de desoneração sobre matérias-prima.

Compras governamentais

União, estados e municípios poderão, por 180 dias, fazer compras para programas de alimentação (merenda escolar ou hospitais, por exemplo). A medida vale apenas para produtos afetados pelas sobretaxas unilaterais.

redução dos itens sobretaxados por Trump interferiu também na pressão dos setores produtivos no governo federal. “Antes, a ameaça era para todos. Agora, quem ficou de fora, vai continuar vendendo aos EUA, indiferente daqueles que foram prejudicados. O que o governo faz é garantir um socor-

Eixo 2

Proteção de trabalhadores

Contrapartida

O acesso às linhas de crédito está condicionado aos empregos.

Câmara de Acompanhamento

Organização governamental com objetivo de monitorar o nível de emprego nas empresas e cadeias produtivas para cumprimento dos contratos.

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Diplomacia comercial e multilateralismo

Busca de novos mercados e a continuidade das negociações com o governo dos EUA.

OMC

Equipe também terá a responsabilidade de manter a posição do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC).

ro, mas sem entrar na solução. É algo para ganhar tempo”.

A empresa em que Marco Antônio Isse atua, vende ovos e carne de frango para o exterior, em especial para o Oriente Médio, África e EUA. “Desde o dia 6 (agosto), os negócios para os Estados Unidos diminuíram. Tem um pouco a ver com a sazonalidade, por ser verão, e ter menos consumo, mas também pelo preço.” Ainda assim, acredita que haverá mudanças. “Em dois meses chega o inverno nos Estados Unidos e na Europa. Vão entrar com estoque zero de ovos de mesa. Talvez, seja uma oportunidade para o nosso país.”

Eixo
ESTADO
MARCO ANTÔNIO ISSE EMPRESÁRIO

Por uma ocupação permanente e saudável à Praça da Matriz

rodrigomartini@grupoahora.net.br

APraça Marechal Floriano Peixoto, a popular “Praça da Matriz”, é um dos símbolos da principal cidade do Vale do Taquari. Encravada no coração do centro antigo de Lajeado, entre a Casa de Cultura e o icônico Colégio Estadual Castelo Branco, o Castelinho, a centenária área de lazer estará muito bem ocupada até o próximo domingo. Com a realização da 19ª Feira do Livro no local, crianças, jovens, adultos e idosos de todas

as crenças, raças e classes sociais podem transitar com muito mais tranquilidade pelo mesmo espaço que, em outros momentos, se torna ermo e melindroso para a maior fatia da nossa população. É um fato e as verdades precisam ser expostas. A Praça da Matriz, ao longo das últimas décadas, foi usurpada por usuários de álcool, drogas e, também, por delinquentes que enxergam naquele espaço um refúgio para importunar a comunidade lajeadense. E isso precisa acabar.

Segue imbróglio

sobre área em Cruzeiro do Sul…

O governo municipal e a empresa Minuano Alimentos ainda não chegaram a um acordo sobre a utilização de uma área nobre e próxima à ERS-130. O terreno de 23,9 hectares foi doado pelo município à empresa na década de 70. Meio século depois, o Executivo de Cruzeiro do Sul busca reaver o espaço sob alegação de descumprimento das obrigações assumidas na época da cedência. Mas o processo está parado na justiça. As conversas não avançam. E, conforme um dos principais interlocutores da negociação, a demora para firmar um acordo amigável decorre, também, do excesso de “palpiteiros”. Vale lembrar que existem planos para instalação de um distrito industrial naquela área. E também à reativação do antigo aeródromo que funcionava no mesmo espaço.

Reocupação em Estrela

O governo de Estrela estuda formas de incentivas a reocupação das áreas centrais atingidas pela maior enchente da nossa história. E não é simples. De um lado, críticos à reocupação de uma área que só passou a ser classificada como “alagável” após a tragédia de maio de 2024 – um problema registrado em praticamente todo o Rio Grande do Sul. Do outro lado, contribuintes e empresários cobrando a reocupação de imóveis e afins, principalmente na rua Coronel Müssnich. Sobre isso, a prefeita Carine Schwingel foi enfática na campanha. “Não podemos esquecer a cidade que existe”.

Para tal, cabe ao poder público fomentar ações para a boa ocupação. A concessão de espaços para instalação de cafeterias e afins é uma boa estratégia. Da mesma forma, o setor privado – assim como já o faz em outras áreas de lazer – precisa participar desse processo de adoção da nossa Praça da Matriz. Por fim, e não menos importante, a população precisa retomar o hábito de aproveitar o espaço e auxiliar na conservação. A nossa história merece!

Onyx Lorenzoni

visita o Vale

TIRO

- A justiça julgou improcedente a ação de suposto abuso de poder e compra de votos (e o pedido de impugnação de mandato) contra o prefeito de Progresso, Paulo Schmitt (PP). Em tempo, a defesa do prefeito foi coordenada pelo advogado Fábio Gisch.

- O governo de Lajeado realiza no dia 28 de agosto a sessão pública para contratação da empresa que será responsável pela construção da nova EMEI do Bairro Sâo Cristóvão.

- O Tribunal Superior do Trabalho (TST) vai alugar um espaço no aeroporto da capital federal construir uma “sala VIP” de uso exclusivo a 27 magistrados em Brasília. Aliás, e juntos, TST, STF e STJ gastam cerca de R$ 1,6 milhão por ano com salas VIP. Se levar a lupa ao Congresso, ao Senado, às assembleias e afins, a conta será ainda mais indigesta. E ainda tem brasileiro lutando e bravejando por mais e mais impostos.

R$ 200 milhões ao Vale com o

“Compra Assistida”

Os números são impressionantes e demonstram o acerto do governo federal com a criação do “Compra Assistida”. Em resumo, o programa destina até R$ 200 mil para quem perdeu a residência nas trágicas enchentes. Com o recurso, o beneficiário precisa comprar uma nova casa. Só em Lajeado já foram assinados 100 contratos de compra, com uma média de R$ 190 mil para cada

habitação. Ou seja, são R$ 19 milhões injetados diretamente na economia local, beneficiando quem perdeu tudo nas catástrofes climáticas e, também, toda a cadeia envolvida no setor imobiliário – além de futuros gastos indiretos. Em todo o Vale do Taquari, já passamos de mil casas adquiridas por meio do Compra Assistida. O que equivale a quase R$ 200 milhões.

Ex-ministro, ex-deputado e candidato a governador em 2022, Onyx Lorenzoni (PP) visita líderes em Lajeado e Estrela amanhã. Pela manhã, o político se encontra com representantes da Acil e com a prefeita Gláucia Schumacher (PP). À tarde, conversa com integrantes da Cacis e, também, com a prefeita Carine Schwingel (União Brasil). Em pauta, um projeto para os próximos 20 anos do Rio Grande do Sul. E quem auxiliou na construção da agenda foi o vereador estrelense, Felipe Diehl (PL), ex-assessor de Lorenzoni.

Pista da Univates em debate

A Univates acertou em cheio ao liberar, ao público geral, a pista atlética destinada à prática de corridas e caminhadas. Alguns até não gostaram, é bem verdade, pois não estão acostumados a dividir. Mas isso é o de menos e a reitoria acertou em cheio (outra vez) ao não dar importância às poucas críticas. Pois bem, e

passado o momento inicial, o uso do espaço voltou a ser alvo de debates entre os novos – e os velhos – esportistas. E eu explico. Recentemente, a Univates limitou o horário e passou a não abrir a pista antes das 6h. Com justificativas. Sem segurança disponível antes das 6h, a reitoria recebeu

relatos de pessoas que utilizavam a pista antes das 6h mas estavam se sentindo inseguras. Mulheres, principalmente. Diante disso, a instituição mudou as regras. Mas não se preocupem. A tendência é rever os horários com o fim do inverno e a proximidade com o verão. Tudo para garantir uma boa experiência a todos.

COLETA DE RESÍDUOS

Empresa finaliza estudo do lixo

Proposta é apresentada ao Tribunal de Contas e deve passar por ajustes finais. Município espera lançar edital em até 20 dias. Contrato emergencial com a Coleturb avança para a reta final

LAJEADO

Oestudo que define o novo modelo de coleta e destinação do lixo no município está pronto e entra na fase final de ajustes. A proposta foi apresentada na manhã de terça-feira, 12, ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) em um encontro preventivo, com objetivo de reduzir riscos de possíveis questionamentos jurídicos

durante a licitação.

A reunião na capital gaúcha teve a presença do procurador jurídico de Lajeado, Natanael Zanatta, da chefe de gabinete Elisângela Hoss, do secretário municipal de Meio Ambiente, Luis Benoitt, e de representantes da Azimute San, empresa responsável pelo estudo.

“Foi uma agenda para discutir detalhes técnicos com os auditores da nossa regional. Falamos sobre cálculos de tonelada/mês, dimensionamento de equipe e aspectos operacionais. Queremos validar tudo para evitar impugnações”, comenta Zanatta. Segundo o procurador, a projeção do governo municipal é de lançar o edital para contratação da nova empresa em até 20 dias.

Agora, município e empresa entram na fase de “refino” dos documentos, como a conclusão de projetos, definição de rotas, elaboração de planilhas e demais exigências do processo. “Não te-

mos uma data fixa, mas a missão é colocar o edital na rua o mais rápido possível, de forma segura e regular. O importante é acertar de saída, e não remendar depois”.

Serviço questionado

Por conta do fim do contrato com a antiga responsável, o município foi obrigado a abrir uma licitação emergencial em março. A Coleturb, sediada na região metropolitana, foi a vencedora do certame e iniciou os trabalhos em abril na coleta dos resíduos urbanos.

Com dificuldades de fechar equipe, a empresa enfrentou problemas no começo da operação

e o acúmulo de lixo nas ruas gerou críticas, inclusive de aliados da gestão municipal. Mesmo com esse gargalo solucionado, o serviço atual segue alvo de questionamentos, sobretudo na câmara de vereadores.

O contrato emergencial avança para a reta final e a intenção do governo de Lajeado é não prorrogá-lo. “Esse é um processo prioritário para o município”, garante Zanatta.

Saiba mais

Entre as propostas abordadas no estudo, estão a elaboração de um projeto piloto para adoção de 500 contêineres na área central, que poderá ser expandido conforme adaptação da comunidade e crescimento dos bairros,

A missão é colocar o edital na rua o mais rápido possível, de forma segura e regular. O importante é acertar de saída, e não remendar depois”

e pagamento de valores aos trabalhadores 20% acima do piso da categoria, de forma a atrair e reter mão de obra.

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
NATANAEL ZANATTA PROCURADOR JURÍDICO
Serviço atual é alvo de críticas no município. Tema repercute semanalmente na câmara de vereadores

CONHECIMENTO

Feira transforma praça em palco para 68 escritores e dez livrarias

Escritores e editoras usam a Praça da Matriz até domingo como palco para lançar e vender obras, em um caldeirão literário que celebra palavras e histórias

LAJEADO

Ao unir cinema e literatura, a 19ª Feira do Livro de Lajeado fortalece a produção regional e reúne 68 lançamentos de autores locais. O Vale se confirma como um celeiro fértil de ideias com a presença de dez livrarias gaúchas. As tendas abarrotadas de livros ocupam a Praça da Matriz e atraem leitores de todas as idades. A estratégia é simples: expor e esperar. Em poucos minutos, já se forma um grupo de crianças folheando os títulos. Adultos também.

Rodrigo Quevedo, 22 anos, é o mais jovem livreiro desta edição. Para ele, as feiras acrescentam um componente mágico, capaz de atrair leitores e dobrar o movimento. “O contato com o livro numa feira é muito mais mágico do que numa livraria”, afirma. A limitação de tempo impulsiona as vendas. “O leitor sabe que no mês que vem não haverá feira na praça.”

Quevedo abriu a Amo Livros Livraria durante a pandemia, em Viamão, após sonhar que trabalhava em uma. “Em 6 de agosto de 2020, sonhei que estava em uma livraria. Acordei e pensei: em vez de trabalhar em uma, por que não abrir a minha?” Hoje, ele e o sócio participam de eventos há cinco anos. Apaixonado por Harry Potter, Rodrigo relembra que, na infância, retirava exemplares em bibliotecas e defende a presença de livros nas escolas. Para ele, a leitura transforma. “Abre os olhos, expande horizontes, deixa a mente aberta. Quem lê desenvolve mais visão sobre tudo, melhora a vida profissional, a dicção e o vocabulário. A compreensão também cresce. A leitura salva.” Rodrigo lembra que seu primeiro contato com os livros foi em feiras literárias. “Comecei indo à Feira do Livro de Porto Alegre. É por isso que eventos assim têm tanto valor para mim. Eles formam leitores.”

Vitrine

A feira serve de palco para escritores apresentarem e divulgarem suas obras. Com cerca de 300 autores ativos, o Vale do Taquari mantém vivo o gosto pela escrita e pela palavra. Quem confirma é o coordenador do espaço dos escritores locais, Deoli Gräff. Até domingo, 68 autores farão lançamentos distribuídos em seis sessões de autógrafos. “A feira é uma vitrine e demonstra nossa capacidade de produção literária”, afirma. Para o jornalista e escritor, a região oferece diversidade de estilos: há poetas, romancistas, cronistas e autores de contos, revelando um traço local de literatura plural.

300 páginas

300 páginas

O escritor Paulo Rogério

Farias Medeiros, que lançou sua obra em 2024 em Estrela. A Feira em Lajeado é a janela para o Vale do Taquari. A obra, intitulada Os Modelos Atuais das Polícias do Brasil e da Argentina e suas Atribuições Legais no Marco da Democracia”, tem mais de 300 páginas e é fruto de seu doutorado na Argentina.

Ainda ontem, ele vendeu exemplares na praça e acredita que a feira estimula a leitura e o diálogo. “O livro busca promover o debate sobre o papel da polícia na sociedade democrática e a construção de uma polícia mais cidadã. A ideia é divulgar a obra para todas as academias de polícia do Brasil, e as feiras ajudam nisso”, diz.

Programação de hoje

8h30min – Teatro De Lá Mancha, com grupo Rococó 8h30min – Bate-papo com o patrono Carlos Gerbase

10h – Encontro com a escritora Nikelen Witter, na Casa de Cultura

10h – Curta-metragem do Colégio Madre Bárbara

O livro busca promover o debate sobre o papel da polícia na sociedade democrática e a construção de uma polícia mais cidadã.

PAULO ROGÉRIO FARIAS MEDEIROS

13h – Intervenção musical de alunos na praça

14h – Teatro De Lá Mancha, com grupo Rococó

14h – Encontro com a escritora Nikelen Witter, na Casa de Cultura

14h – Clube de Leitura

15h – Bate-papo com o patrono Carlos Gerbase

15h30min – Sessão de curtametragem com alunos do Gustavo Adolfo

16h – Sessão de curtametragem com alunos do CEAT

17h – Apresentação do grupo Vivandeiros da Alegria

17h30min – Exibição do documentário Submersos

FOTOS ANDREIA RABAIOLLI

Ponte à humanidade

O patrono desta edição, o cineasta Carlos Gerbase visitou as tendas de livros, ainda antes da abertura oficial do evento. Conversou com escritores e percebeu a presença marcante de pequenos alunos. Entusiasmou-se com o movimento. “Qualquer livro é um modo de ampliar a consciência sobre o mundo. Ache um livro que você goste e ele vai ajudar a ser uma pessoa melhor”.

À tarde, Gerbase participou de um bate-papo com a atriz homenageada, Gabriela Munhoz. Ele falou a ouvidos atentos. Pela manhã, ainda deixou registrada outra reflexão: “A escrita continua sendo uma ponte entre homens e mulheres do mundo”.

A escrita continua sendo uma ponte entre homens e mulheres do mundo”.

De bebês aos avós

As livrarias locais apostam na literatura infantil para engajar a multidão da praça. Patrícia Andreia Hollmann abriu a livraria Kadernu’s em Arroio do Meio há dez anos. Há seis, participa da Feira do Livro de Lajeado. “As vendas alavancam a cada ano”. Para garantir a presença do público, ela diversifica os títulos e os preços. No seu estande, o primeiro da esquina, perto da Casa de Cultura, há livros de R$ 5 a R$ 100 reais. “Tem para todos os gostos e bolsos, desde berçário até para os vovôs”, brinca ela.

spaço Leia destaca Nara, a capivara leitora

Entre os espaços que mais chamam atenção, está a tenda azul estampada com a imagem da Nara, a capivara leitora. O estande do Programa Leia, do Grupo A Hora, atrai jovens leitores que permanecem para desenhar ou deixar sua assinatura no mural gigante. Ontem, o local recebeu a hora do conto com a pedagoga Bruna Mendel e o publicitário e ilustrador Gilberto Soares. Enquanto Bruna narrava a história, Gilberto criava ilustrações ao vivo, em uma ação que ressaltou o poder das narrativas infantis. Nesta quinta-feira, às 10h, será apresentada a peça teatral do Programa Leia e, às 13h30, haverá encontro com jovens do Interact.

CARLOS GERBASE CINEASTA

vinibilhar@grupoahora.net.br

Grupo Imec realiza hoje Rodada de Negócios

OGrupo Imec promove hoje, a quarta edição da Rodada de Negócios — encontro criado para aproximar a equipe comercial da rede de novos fornecedores. O evento ocorre das 14h às 18h, no salão principal do Clube Tiro e Caça, em Lajeado.

A proposta evoluiu desde as primeiras edições, quando o público-alvo se restringia a empresas do Rio Grande do Sul e do Vale do Taquari. Agora, o acesso é nacional, aberto a todos os segmentos e portes, permitindo negociações que vão do fornecimento para uma loja até contratos para toda a rede.

De acordo com o CEO, Fabiano Pivotto, a iniciativa busca atualizar o sortimento, acompanhar mudanças nos hábitos de consumo e ampliar oportunidades comerciais. Após análise prévia dos cadastros, os selecionados terão espaço para apresentar seus produtos diretamente aos decisores da empresa.

Até ontem, em torno de 100 fornecedores haviam confirmado presença. Mais que ampliar a vitrine de parceiros, o encontro reforça a estra-

tégia da rede de diversificar o portfólio e estreitar relações comerciais em um cenário cada vez mais competitivo.

Indicadores

Dólar: R$ 5,40 (+0,27%)

Ibovespa: 136.687,31 (-0,89%)

Para hoje

Vendas do varejo (anual) : Prévia 0,3%

Vendas do varejo (mensal) : Prévia -0,1%

FRASE DO DIA

Nós tiramos o pé, para ficarmos de pé”

Instituto Mix, 14 anos: qualificação e oportunidades Fascino Del Valle

O Instituto Mix Polo de Lajeado chega, nesta quinta-feira, à marca de 14 anos de atuação. A data será celebrada com coquetel aberto a clientes, alunos e comunidade a partir das 14h. No pacote festivo, uma promoção pontual: 14% de desconto em qualquer curso e parcelamento em até 14 vezes — válida apenas até hoje.

Segundo o gestor do polo, Paulo Alceu Ruppenthal, a instituição oferece mais de 200 cursos e cerca de 100 opções de graduação em diferentes áreas, conectando qualificação à empregabilidade. “Estamos muito felizes de chegar a esta jornada, trabalhando forte com qualificação profissional e trazendo novidades que ainda não podem ser divulgadas oficialmente”, afirma.

Além da celebração, a data reforça o posicionamento estratégico do Instituto Mix: manter-se como vetor de transformação econômica e social, formando profissionais para um mercado cada vez mais competitivo. Ruppenthal destaca que esse é o compromisso do instituto e se manterá assim nos próximos anos.

será lançado hoje, em Encantado

A DR Construtora e Incorporadora lança, nesta noite, em Encantado, o Fascino Del Valle, um projeto residencial exclusivo que une conforto, sofisticação e inovação.

Com arquitetura contemporânea, o empreendimento oferece uma experiência completa de moradia, pensada para atender às demandas da vida moderna, com ambientes amplos e versáteis, adaptáveis às necessidades de cada família.

A área social foi cuidadosamente planejada para elevar a qualidade

de vida dos moradores, reunindo lazer, atividades físicas, diversão e segurança. O projeto contempla 39 apartamentos: 36 unidades com metragem de 190 a 230 metros quadrados e três duplex de 360 a 420 metros quadrados. A construção totaliza 9.621,62 metros quadrados distribuídos em 13 pavimentos, incluindo duplex, dois subsolos com garagens e térreo com áreas sociais.

O lançamento ocorre hoje a noite no Boulevard, em Encantado.

FOTOS DIVULGAÇÃO

CUIDADOS COM A CIDADE

Vereadores aprovam regras para adoção de espaços públicos

Iniciativa inclui praças, parques, passarelas, monumentos, paradas de ônibus, áreas verdes, canteiros, parklets, academias ao ar livre e de calistenia, rotatórias, ciclovias e chafarizes

Henrique Pedersini henriquepedersini@grupoahora.net.br

LAJEADO

Entre as sete matérias que receberam o aval do Legislativo na sessão dessa terça-feira, 12, na câmara de vereadores, está o conjunto de normativas para pessoas, empresas, entidades e associações assumirem a responsabilidade por logradouros públicos. O objetivo é garantir a conservação destas áreas.

Conforme o texto encaminhado pelo governo, a adoção inclui praças, parques, passarelas, monumentos, paradas de ônibus, áreas verdes, canteiros, parklets, academias ao ar livre e de calistenia, rotatórias, ciclovias e chafarizes.

“Desde a limpeza e jardinagem até a instalação de equipamentos como bancos e iluminação. Fortalece o sentimento de pertencimento e responsabilidade coletiva”, define a justificativa da proposta.

Os interessados na adoção de espaços públicos deverão protocolar a solicitação para a Coordenadoria de

Relações Comunitárias e Institucionais, que será responsável pela organização do processo.

Veto acatado

Com 10 votos favoráveis e cinco contrários, a câmara acatou o veto imposto pelo Executivo ao projeto criado por Neco Santos (PL) e aprovado na casa. A negativa do governo aponta que o projeto invade a competência pertencente apenas pela União, cria indevidas obrigações contratuais e não oferece segurança jurídica.

A proposta previa a divulgação em bares, restaurantes e similares do valor de couvert artístico pagos aos artistas que se apresentam nos estabelecimentos. Além disso, seria criado o selo “Bar que respeita o músico”.

Avanço de propostas

Os vereadores deram sinal positivo para repassar áreas ao município de Progresso. Os terrenos que na prática estão no território de Progresso, mas em aspectos legais permaneciam no espaço lajeadense mesmo depois da emancipação da localidade.

Avançou ainda o texto da presidente Ana da Apama (PP) que Institui o Dia do Desapego Consciente. A ideia consiste em receber doações de materiais reutilizáveis, promovendo a correta destinação final. Consideram-se objetos brin-

quedos, calçados, roupas, equipamentos de informática, móveis, livros, eletrodomésticos, geladeiras, fogões, máquinas de lavar, colchões, material de higiene e limpeza, utensílios domésticos, e sobras de materiais de construção em condições de reutilização, desde que possam ser recolhidos.

Críticas e defesa

A bancada de oposição concentrou as críticas em contrato firmado pelo município com a empresa Critério Comunicação Ltda para assessoria de comunicação e marketing. O valor total do serviço é de R$ 250,8 mil. O questionamento é se o investimento está entre as prioridades da gestão em comparação com serviços básicos como saúde e educação.

“Este contrato vai recolher o lixo? Vai colocar água nas torneiras? Vai melhorar a infraestrutura das creches?”, indagou Antônio Oliveira (Podemos). Waldir Blau (MDB) foi mais incisivo e cobrou explicações da prefeita Gláucia Schumacher pelo valor aplicado na consultoria. “Para fazer propaganda enganosa tem dinheiro. Agora, para prestar um serviço de excelência não tem”, criticou.

O líder de governo, Lorival Silveira (PP), saiu em defesa de Gláucia e lembrou que o contrato de publicidade seguiu os ritos necessários para ser considerado válido. “Arrumem outras críticas. Certeza que a prefeita vai fazer muita obra, tenho muita confiança nela”, resumiu.

MAIRA SCHNEIDER

SAÚDE 60+ RS

HBB inicia atendimento especializado em setembro

O Hospital Bruno Born (HBB) se prepara para dar início aos atendimentos, nas próximas semanas, do programa Saúde 60+ RS, do governo do Estado. O objetivo é ofertar atendimento ambulatorial especializado e regionalizado, para pessoas com 60 anos ou mais, classificadas como “frágeis” na Atenção Primária à Saúde (APS) e/ou com diagnóstico de demência.

A ideia é que até o final da primeira quinzena de setembro o serviço esteja em vigor em Lajeado. O ambulatório não funcionará como uma clínica de simples atendimento, com acesso livre: o paciente será triado pela Secretaria de Saúde através de uma Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa. Caberá à 16ª Coordenadoria Regional de Saúde encaminhar os idosos que poderão ser atendidos.

Conforme Janaína Schwingel, gerente do serviço no HBB, serão envolvidos profissionais de diversas áreas no atendimento – nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e técnicos de

enfermagem, médicos geriatras, fisioterapeutas e neurologistas, administrativos e recepcionistas. Serão disponibilizadas 320 consultas médicas e 1,2 mil consultas multiprofissionais por mês, além de 930 exames: exames de laboratório – 800; eletrocardiogramas – 80; tomografias computadorizadas – 20; densitometrias ósseas –25; ultrassonografias abdominais – 5. O Estado repassará até R$ 130 mil por mês à iniciativa.

Permuta

Os atendimentos serão centralizados no antigo prédio do INSS, na avenida Benjamin Constant esquina com Rua Saldanha Marinho. O imóvel, repassado ao hospital por meio de uma permuta que envolveu o município e a União, passa por um processo de adaptação, que visa a melhoria nos atendimentos.

“É mais um dia feliz ao HBB. Esse prédio nós tentamos, durante 12 anos, a permuta, e agora temos esse serviço sendo revertido aos idosos. É um programa sensacional que vem para dar suporte em várias especialidades”, destaca o diretor executivo do hospital, Cristiano Dickel.

GERAÇÃO DE ENERGIA

Município formaliza pedido de área para avanço do projeto de hidrelétrica

Comitiva local levou ofício à Portos do RS.

Objetivo é destravar proposta de construção do empreendimento idealizado pela Certel, onde hoje está a Barragem Eclusa

CRUZEIRO DO SUL

Aadministração de Cruzeiro do Sul deu mais um passo para que seja viabilizada a construção da usina hidrelétrica da Certel, na divisa com Bom Retiro do Sul. Em reunião com representantes da Portos RS, o governo solicitou de forma oficial a doação da área atualmente sob posse da estatal para o município.

O ofício com o pedido foi assinado pelo prefeito César Leandro Marmitt, o Dingola, que estava em Brasília em agenda para acelerar a entrega de moradias do governo federal às famílias atin-

CÉSAR LEANDRO

MARMITT

PREFEITO DE CRUZEIRO DO SUL Essa usina representa muito mais do que energia. É independência, progresso e novas oportunidades”

gidas pelas cheias. O documento formaliza a solicitação de doação da área, considerada estratégica para a instalação da hidrelétrica, devido à proximidade com a Barragem Eclusa.

A obra tem potencial de transformar a matriz energética local, com geração de energia limpa e renovável, impulsionando o desenvolvimento econômico, criando empregos e melhorando a qualidade de vida da população do Vale do Taquari. “Essa usina representa muito mais do que energia. É independência, progresso e novas oportunidades”, afirma Dingola.

O encontro contou com a presença do diretor-presidente da Portos RS, Cristiano Pinto Klinger, do vice-prefeito Carlos Spiekermann, da secretária municipal de Administração e Finanças, Camila Scheibel, da engenheira ambiental Tanara Schmidt e do secretário executivo de Articula-

Barragem está instalada na divisa entre Cruzeiro do Sul e Bom Retiro do Sul

ção aos Municípios e Prefeitos do RS, Salmo Dias.

Ideia antiga

O projeto da hidrelétrica não é recente. Desde 1999, a proposta de construção existe, mas agora, com a Certel tomando a frente, o processo está sendo acelerado. Segundo Dingola, a recepção da população tem sido bastante positiva. A obra também trará benefícios diretos a Cruzeiro do Sul, como um incremento na arrecadação municipal, além da geração de empregos e renda. Em 2022, a Certel anunciou que irá transformar a Barragem Eclusa, localizada no Rio Taquari, em uma usina hidrelétrica. Na ocasião, a previsão era de que as obras da hidrelétrica começassem dentro de um ano.

VALE DO TAQUARI
Lajeado será referência para dezenas de cidades da região dos Vales
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Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
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AVALIAÇÃO DO GOVERNO

Pesquisa aponta saúde como ponto forte. Segurança e empregos desafiam gestão

Estudo feito pelo

Instituto Index revelou a percepção dos moradores sobre serviços públicos nos primeiros seis meses de mandato

MELHOR AVALIAÇÃO

Uma pesquisa de avaliação feita pelo governo de Arroio do Meio em parceria com o Instituto Index revelou a percepção dos moradores sobre os serviços públicos. Os resultados foram apresentados em reunião com secretários, vereadores e a imprensa nessa terça-feira, 12, e destacaram a saúde como o ponto mais bem avaliado pela população, enquanto segurança pública e a oferta de empregos surgem como as principais necessidades. O levantamento, que entrevistou 400 pessoas em 14 localidades nos dias 2 e 3 de julho, possui uma margem de erro de 4,9 pontos percentuais. Entre os dados mais positivos, o atendimento nos postos de saúde obteve a maior aprovação, com mais de 70% dos entrevistados classificando o serviço como bom ou ótimo. A limpeza das ruas também foi bem avaliada, com 70% da população

Ótimo - 2,8%

Bom - 72,3%

Regular - 21%

Ruim - 0,5%

Não sabe - 3,3%

Sem resposta - 0,3%

PIOR AVALIAÇÃO

Transporte escolar?

Ótimo - 0,5%

Bom - 42,8%

Regular - 28,8%

Ruim - 3%

Péssimo - 0,3%

Não sabe - 20,5%

Sem resposta - 4,3%

considerando-a boa ou ótima. No outro extremo, os serviços com pior avaliação foram o transporte e a merenda escolar. Apenas 42% dos entrevistados consideraram o transporte escolar bom, Atendimento nos postos de saúde?

Carro romano de 2 rodas Espalhar

PERFIL DA PESQUISA

Entrevistados: 400

Localidades visitadas: 14

Período: 2 e 3 de julho

Instituto: Index de Porto Alegre Margem de erro: 4,9 pontos percentuais

enquanto 28% o classificaram como regular. A merenda escolar também registrou índices mais baixos, com 50% dos entrevistados a consideram boa e 20% regular. A pesquisa também buscou identificar as maiores necessidades da população. Segurança pública e a oferta de empregos foram apontadas como as principais demandas. A vice-prefeita, Andréa Barth, destaca a importância dos números para direcionar as políticas públicas. “Os resultados apontam para questões importantes para a nossa cidade, nos orientando sobre onde precisamos focar nossos esforços para melhorar a qualidade de vida da população”, afirma.

"Affaire" amoroso Ivan Lins, cantor

CRUZADAS

Proteção para a pele na praia Lúcio Costa, arquiteto

Janete (?), novelista Sucesso de AC/DC Tipo de armário

de massa de átomos e moléculas A vitamina chamada ácido fólico

Violam (lei)

Combate o trabalho infantil Nota do Redator (abrev.)

Fatos investigados pela polícia

Aveia, em inglês

Repete (número musical)

Calculei Certo ônibus articulado

Joan (?), piloto campeão da MotoGP A 1ª fase da dialética

O popular geladinho ou chupchup

Rede de internet Deusa celta

"American (?)", franquia de filmes

(Filos.) (?) X: o Papa da Eucaristia (Catol.)

HORÓSCOPO

ÁRIES: Novas amizades serão transformadoras. Aproveite para ampliar conexões num ambiente diferente e conquistar novos espaços.

TOURO: Hoje você enxergará novas formas de expandir seus horizontes. Uma notícia ou convite pode impulsionar um sonho antigo.

GÊMEOS: Força e poder pessoal não faltarão neste momento, aproveite para aquecer os negócios. Conversas profundas e decisões certeiras abrirão caminho.

CÂNCER: A harmonia virá quando você se abrir para ouvir e também para expressar seus desejos com clareza.

LEÃO: A força virá do equilíbrio entre ação e estratégia. Sua autocon ança poderá inspirar outras pessoas e abrir oportunidades inesperadas.

VIRGEM: Descubra novas motivações e atraia oportunidades alinhadas com seu jeito de ser e de viver. Inovações no trabalho abrirão portas na carreira.

LIBRA: Ao falar com sinceridade e ouvir com o coração, você dissolverá mal-entendidos e fortalecerá os vínculos.

ESCORPIÃO: Ideias se conectarão com clareza e uidez, você conseguirá expressar sua visão de forma envolvente.

SAGITÁRIO: O momento será ideal para organizar a rotina e cuidar do seu bem-estar enquanto avança no trabalho.

CAPRICÓRNIO: Será um bom momento para revisar projetos autorais, cortar excessos e adotar um padrão de consumo mais consciente.

AQUÁRIO: O dia poderá surpreender com uma proposta de trabalho ou de crescimento nanceiro que virá na direção dos sonhos.

PEIXES: O dia favorecerá contatos sociais e a construção de novas redes de apoio. Trocas leves e encontros casuais poderão render oportunidades sólidas.

ARROIO DO MEIO
Gabriel Santos gabriel@grupoahora.net.br

OBITUÁRIO

HELGA REDECKER ALTEVOGT 76, faleceu ontem, 13. O velório ocorre na Capela Velatória Evangélica de Linha Berlin, em Westfália. O sepultamento ocorre hoje, 14, às 9h, no cemitério evangélico da mesma localidade.

THEREZINHA DA SILVA GRAVINA, 78, faleceu ontem, 13. O velório ocorre no Memorial Costa, em Taquari. O sepultamento ocorre hoje, 14, às 11h, no Cemitério Municipal de Taquari.

ILARIA GOSSMANN RIBEIRO, 76, faleceu ontem, 13. O velório ocorre no Memorial Costa, em Taquari. O sepultamento ocorre hoje, 14, às 14h, no Cemitério dos Almeida, em Taquari.

MOACIR DE VIEGA, 74, faleceu ontem, 13. O sepultamento ocorreu no Cemitério dos Almeidas, em Taquari.

ADÃO DE SOUZA, 73, faleceu ontem, 13. O sepultamento ocorreu no Cemitério Faxinal dos Pachecos, em Taquari.

GILMAR FEISTEL, 51, faleceu na terçafeira, 12. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Estrela.

JOSE VALDIR LIESSEN, 69, faleceu na terça-feira, 12. O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal do Florestal, em Lajeado.

RENÊ SCHERER DA SILVA, 53, faleceu na terça-feira, 12. O sepultamento ocorreu no Cemitério dos Almeida, em Taquari.

DELMA TEREZ, 80, faleceu na terçafeira, 12. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Forqueta Alta, em Pouso Novo.

SONHO REALIZADO

GOLEIRO DE ESTRELA CHEGA AO PROFISSIONAL NO JUVENTUDE

Joaquim Horn, de 18 anos, foi relacionado para a partida contra o Corinthians, pelo Brasileirão

Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br

Natural de Estrela, o goleiro Joaquim Horn, de apenas 18 anos, viveu um momento muito especial nessa segundafeira, 11, ao ser relacionado para a partida entre Juventude e Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro. Destaque da base jaconera, o atleta se destaca na categoria e começa a aparecer também

no elenco principal do clube de Caxias do Sul.

O goleiro aqueceu junto ao elenco principal e mostrou o seu talento no gramado do estádio Alfredo Jaconi. Além disso, deu sorte ao Juventude, que venceu o Corinthians por 2 a 1 e ganhou um pouco de respiro na tabela de classificação do Brasileirão. Joaquim descreve o momento e o que ele representa para o futuro da carreira. “Estou muito feliz do momento que estou vivendo, sei que nem todos tem essa oportunidade que tive, foi uma sensação incrível entrar no estádio, sentir o clima de um jogo profissional, e cada vez mais estar realizando meu sonho passo a passo”, diz.

O goleiro tem a carreira agenciada pelas empresas Lenz Sport e Squadra Sports. “Estamos muito

Atleta esteve no gramado do Alfredo Jaconi no aquecimento de Juventude x Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro

felizes com a evolução do Joaquim dentro do clube. O trabalho diário e a vontade de vencer são características marcantes nele. É uma joia sendo lapidada”, destaca o empresário Luca Lenz Nascido em 2007, “Quim”, como é chamado no Juventude, assinou contrato profissional com o clube em agosto de 2024. Neste ano, alterna entre elencos Sub-20 e profissional. Na base, disputou partidas do Campeonato Gaúcho e do Brasileirão Sub-20.

O GRANDE PRESENTE DE DIA DOS PAIS

Uma das datas mais marcantes do calendário passou por nós no último final de semana. Tanto para o comércio quanto para as relações familiares, o dia dos pais é uma data importante e que provoca homenagens e reflexões na sociedade.

Com ou sem a presença física, o papel e a importância de um pai na vida de um indivíduo é inquestionável.

A herança que passa para a geração seguinte é de um valor incalculável. Ao ler essas palavras o mais comum é relacionarmos com bens materiais e financeiros, mas desconsideremos essa parte. O legado que um pai tem a possibilidade de passar à diante, mesmo sem ser medido por cifras, é rico em valores éticos e morais que possivelmente perdurarão por toda a vida do filho.

O pai escolhe todos os dias o tipo de exemplo que dará e, ao mesmo tempo, qual será a sua presença na lembrança dos seus filhos. Nem tão simples quanto falar sobre elas, mas atitudes como largar o celular e sentar no chão para brincar, abandonar a sensação de conforto para brincar no parque, pausar a série para ensinar a andar de bicicleta e desligar o notebook para brincar de esconde-esconde, por exemplo, podem determinar muitas escolhas no futuro dessa criança.

A presença dos pais (e das mães) transforma momentos simples em lembranças afetivas repletas de sentimentos e emoções. Quando integradas com movimento e esporte, essas memórias podem influenciar a forma com que esse ser humano em construção irá se relacionar com atividades físicas na vida adulta.

QUANTO MAIOR A DISPOSIÇÃO DO PAI, MELHOR SERÁ A QUALIDADE DAS MEMÓRIAS E LEMBRANÇAS DOS FILHOS!”

Logicamente nem sempre é fácil encaixar tudo isso em uma rotina. Sabidamente é necessário uma boa dose de energia e disposição para tais momentos e isso também exige preparação. Quanto maior a disposição do pai, melhor será a qualidade das memórias e lembranças dos filhos!

O melhor presente de dia dos pais, me perdoem os vendedores, é o pai presente!

Em um mundo com cada vez mais opções e possibilidades, existe uma coisa que não pode ser substituída: a presença! E isso não é apenas estar no mesmo espaço, mas contribuir com o momento atenta e ativamente. Brincadeiras, passeios, viagens, risadas, abraços, colos e carinhos não são feitos e nem substituídos por redes sociais e inteligências artificiais. Sempre foram e sempre serão produtos de relações humanas!

Sobre o papel do pai: é mais importante SER presente do que DAR presente. O tempo passa rápido e não volta atrás!

Um fraterno abraço aos pais, e em especial ao meu que fez e faz muita falta!

Personal Trainer e Coordenador do Circuito dos Vales
MIGUEL LUCIAN
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Leão do Vale voltava aos gramados

O Esporte Clube Encantado fazia seu retorno ao futebol profissional em um jogo contra o Estrela F.C., no Estádio das Cabriúvas. O time estrelense também recém tinha voltado aos gramados e as duas equipes se encontravam para o confronto. Fundado oficialmente em 1942, o E.C. Encantado ficou conhecido como Leão do Vale por conta do mascote da equipe, um leão. A história do clube, no entanto, é um pouco mais antiga: iniciou em 1914, quando João Theobaldo Moesch e um grupo de desportistas fundaram o Encantado Foot-Ball Club, com as cores azul e branco. Em 1932, transformaram em Encantado Futebol Clube, com as cores vermelho e branco, que permanecem ainda hoje. O primeiro título de campeão regional foi em 1934 e, poucos anos depois, o clube parou as atividades. Retornou em 1942, como Esporte Clube Encantado, oficialmente filiado à Federação

Gaúcha de Futebol.

O professor Airto Gomes (in memorian) era um dos grandes fãs do time. Ele ocupou a presidência em oito momentos: 1972, 1973, 1984, 1985, 1986, 1987, 1988 e 1992. Gomes contou a história do clube no livro de sua autoria “Dentro & Fora das 4 Linhas”, lançado em 1999.

O Leão do Vale também fez história ao ter a primeira mulher presidente de um clube de futebol profissional no Brasil. Em 1971, a diretoria era inteiramente formada por 12 mulheres e Jurema Bagatini estava à frente do clube.

A liderança feminina (inusitada para a época) fez tanto sucesso que Jurema prestou diversas entrevistas para veículos de imprensa. Os recursos angariados com a fama foram convertidos em fundos para a reforma do Estádio das Cabriúvas. O E.C. Encantado está ativo ainda hoje, mas não mais na categoria profissional.

Martins e Cia

Jogadores do E.C. Encantado na década de 1920

Jurema Bagatini, primeira presidente mulher do clube

Assinatura da compra da Irmãos Martins em Lajeado, onde tem sua sede na Avenida dos Quinze desde 1980.

Há 50 anos, a Expresso Azul de Transportes S.A. comprava a maior parte das ações da antiga empresa de transportes “A. Martins Irmãos e Cia. Ltda”. Com isso, a Azul ampliava sua operação para o Vale do Rio Pardo, onde faria a ligação de Lajeado com Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires.

A família Martins foi pioneira nas viagens do Vale à capital gaúcha (naquele tempo feitas por meio do Porto de Mariante, em Venâncio). A empresa foi inicia-

da por Antônio Martins, que já transportava passageiros desde 1925. Seus filhos, mais tarde, continuaram como motoristas nos transportes da Irmãos Martins.

Já a Expresso Azul foi fundada em 1950 e também tem origens familiares, criada por Willy Glufke, Hedwig Simoni, Hellmut Glufke, Walter Hinnah e Manfred Stobäus. Por conta da cor azul da pintura dos ônibus, a empresa escolheu o nome de Expresso Azul. A companhia existe ainda hoje

é

- Dia do Cardiologista

- Dia da Unidade Humana

- Dia do Controle da Poluição Industrial

Santo do dia: São Maximiliano

Hoje
O time de Encantado foi campeão da Copa Cícero Soares em 1975
Antigo ônibus da Irmãos Martins

FILIPE

FALEIRO

Adultização de crianças e adultos infantilizados

Lançamento de um sucesso da Disney no cinema. Na espera pela primeira sessão, estão adultos dos 25 aos 30 anos. Eles vestem pijamas azuis do simpático personagem Stitch. Com capuz imitando as orelhas do bichinho, registram o momento nas câmeras dos celulares. Compartilham vídeos e fazem publicações nas redes. Pulam felizes enquanto passam pela praça de alimentação.

Na saída de uma escola, pré-adolescentes, entre 10 a 12 anos, conectam o celular em uma caixa de som e rebolam ao som desses novos funks com linguagens sugestivas obscenas. Extrapolam e se vulgarizam na frente de todos. A infância é tão breve, mas eles abrem mão.

Para os adultos, todos gostaríamos de viver um pouco mais naqueles anos sem boletos. Brincar por mais tempo na rua, jogar bola sem se preocupar com a entrega do texto, do relatório, da produção. O tempo passa para todos e a vida é uma só.

Décadas atrás, isso já acontecia. Sempre existiu pessoas imaturas e menores querendo ser adultos. A questão agora é o fator tecnologia que multiplica a repercussão. É neste ponto que os dois cenários se conectam com a discussão da semana.

A exploração e adultização de crianças, um crime virou isca para engajamento e lucro. Como Felca

mostrou, isso não é um acidente de percurso, mas resultado direto de algoritmos projetados para nos manter conectados o maior tempo possível. Até que ponto escolhemos? Como nossa experiência na rede é moldada? Será que tenho tanta liberdade quanto penso ter?

Anistias na história

A discussão sobre anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro é um desses momentos em que nos força a olhar para o passado. A história brasileira, rica em conflitos e acordos políticos, nos oferece um repertório de lições. Sabia que desde a Independência do Brasil foram 48 anistias? Neste conjunto, destaco duas. A mais recente, de 1979, marcou

o fim da ditadura militar. Vista como um ato de pacificação, surgiu de um movimento popular que permitiu o retorno de exilados e a reabilitação de perseguidos políticos, abrindo caminho para a redemocratização.

Vinte anos antes, em 1959, houve o perdão de Juscelino Kubitschek aos militares revoltosos de Aragarças. O desfecho foi de-

sastroso. Aquilo que era para ser um gesto de apaziguamento, criou uma escalada de tensão. O cume foi o golpe de 1964, que depôs João Goulart. O irônico nisso foi a humilhação sobre o ex-presidente Juscelino. Aquele que perdoou teve os direitos políticos cassados. E hoje, qual seria o impacto de uma anistia? Seria como em 1979, ou como 1959?

Em Cruzeiro do Sul

Costumamos ouvir que a educação é a base de tudo. Para os alunos e professores da Escola João de Deus, de Cruzeiro do Sul, essa frase ganha mais significado.

Depois de conviverem com dificuldades devido às inundações, com parte do prédio interditado por problemas na rede elétrica, a reforma está pronta.

Na próxima semana, 19 de agosto, a escola vai ser reinaugurada. É a celebração da comunidade que não desistiu, do esforço coletivo que fez a diferença.

ARTIGO

ROGÉRIO WINK

Empreendedor e comunicador, apresentador do programa “O Meu Negócio”, da Rádio A Hora 102.9

Produtividade o combustível que falta

Por que a economia brasileira cresce tão devagar? Muitos pensam que o problema está só nos impostos ou na burocracia, mas a verdade é que há algo ainda mais profundo travando o nosso desenvolvimento: a produtividade dos trabalhadores e o nível de investimento das empresas.

Nos últimos anos, a produtividade ficou praticamente parada no tempo. Só a agricultura escapou desse marasmo. Pior: de 2021 para cá, a produtividade até caiu, em média, 0,6% ao ano. O investimento, que deveria ajudar a destravar o crescimento, também ficou abaixo do necessário.

Isso é perigoso. Sem produtividade, não há crescimento duradouro. E, sem crescimento sustentado pela produtividade, o que acontece é inflação — ou seja, tudo fica mais caro, e quem ganha menos perde ainda mais poder de compra. Hoje, é justamente isso que muitos brasileiros estão sentindo no bolso.

Ganhos de produtividade são o combustível para um futuro estável do Brasil, onde a economia cresça de forma consistente, sem o fantasma da in ação.”

Para aumentar a produtividade, dois pontos são fundamentais: investimentos de qualidade (em máquinas, tecnologia, inovação) e mão de obra qualificada. E é na qualificação do trabalhador que enfrentamos nossos maiores desafios. O agravante é que três em cada dez brasileiros adultos são analfabetos funcionais, um patamar que estagnou desde 2009, conforme dados do INAF. Mesmo entre aqueles que ingressaram no ensino superior, uma parcela significativa apresenta dificuldades em habilidades básicas como interpretação de textos e resolução de problemas matemáticos simples. Atualmente, falta gente capacitada em praticamente todos os setores da economia. Essa escassez não é só de quem tem diploma, mas também de profissionais para funções técnicas e operacionais, com ou sem especialização. O mais preocupante é que escolas técnicas não conseguem preencher suas vagas, porque faltam jovens com interesse ou a base necessária para acompanhar os cursos.

A solução não aparece do dia para a noite, mas começa pelo básico: garantir que os jovens aprendam bem matemática, leitura e raciocínio lógico. Esses conhecimentos são essenciais para que eles possam se adaptar ao mercado de trabalho, buscar cursos técnicos, evoluir nas carreiras e até empreender. Sem uma boa educação desde cedo, o esforço para qualificar depois se torna mais difícil. As empresas também precisam assumir seu papel nesse processo. Investir na formação dos colaboradores, desde a base, será cada vez mais necessário para que as empresas consigam inovar, usar novas tecnologias e obter ganhos de competitividade ao longo do tempo. Sem gente preparada, nenhuma estratégia empresarial avança. Enquanto isso, discute-se a redução da jornada de trabalho sem avanços claros na produtividade — um caminho que, como mostrou a experiência da França, pode levar à estagnação econômica e ao enfraquecimento da competitividade.”

Ganhos de produtividade são o combustível para um futuro estável do Brasil, onde a economia cresça de forma consistente, sem o fantasma da inflação.

Quinta-feira, 14 agosto 2025

Fechamento da edição: 18h MÍN: 9º | MÁX: 16º O dia começa com nebulosidade variada e o sol até aparece por alguns momentos. Mas o predomínio é de céu encoberto ao longo do período.

APAE Encantado lança projeto esportivo com foco na inclusão

Iniciativa usa o esporte para promover o desenvolvimento humano e fortalecimento de vínculos entre alunos

ENCANTADO

AAssociação de Pais e Amigos dos Excepcionais realizou o lançamento oficial do projeto “APAE Encantado Está no Jogo”, iniciativa que promove a inclusão social por meio do esporte, com foco no tênis adaptado. O evento reuniu na segunda-feira, 11, a diretoria da instituição, a secretária municipal de Educação e Inovação, Stéfanie Casagrande, representantes da empresa Fazedoria de Lajeado — responsável pela elaboração e captação de recursos —, alunos, patrocinadores e imprensa local. Realizado com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte, do Ministério do Esporte – Governo Federal, o projeto representa um avanço nas atividades esportivas adaptadas no município. As aulas de tênis serão semanais, com a participação de pessoas com deficiência atendidas pela Escola Especial Recanto Encantado.

FLORACI

A expectativa é que, ao longo da execução, o tênis se consolide como ferramenta de transformação social e desenvolvimento integral dos participantes”

Além do desenvolvimento de habilidades motoras, o objetivo é promover convivência, socialização e fortalecimento de vínculos, ampliando oportunidades de integração e bem-estar.

Segundo a diretora da escola, Floraci Baseggio, o apoio das

empresas Baldo S.A., Lojas Benoit e Diamaju foi essencial para viabilizar a ação. “O patrocínio permitiu a contratação de profissionais qualificados, com formação e experiência em educação física adaptada, garantindo acompanhamento técnico seguro e adequado. Também investimos em materiais esportivos específicos e uniformes, promovendo mais conforto, segurança e identidade ao grupo”, destacou. Presente no lançamento, a idealizadora e ex-tenista profissional Claudia Chabalgoity reforçou o caráter educacional e integrativo da proposta, inspirada em sua trajetória. “Depois de ter sido atleta profissional, olímpica e campeã pan-americana, considero que o melhor momento da minha carreira é estar com esses alunos, colaborando e não competindo. É uma inovação que convido outros atletas e ex-atletas a fazerem: parar de competir e começar a colaborar por meio do esporte que amam”, afirmou.

Claudia explica que o projeto é pensado em três momentos e voltado ao desenvolvimento integral dos participantes.

“Não olhamos apenas para a técnica do tênis, mas para o desenvolvimento humano, com

autoconhecimento, práticas integrativas e conhecimento corporal, para que os alunos tenham uma vida melhor”, disse. A entrega de uniformes e materiais marcou o início das atividades, em um evento de clima festivo. “Reafirmamos nosso compromisso com a inclusão, o respeito à diversidade e a valorização da pessoa com deficiência. A expectativa é que, ao longo da execução, o tênis se consolide como ferramenta de transformação social e desenvolvimento integral dos participantes”, completou Floraci.

É uma inovação que convido outros atletas e ex-atletas a fazerem: parar de competir e começar a colaborar por meio do esporte que amam”

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Quinta-feira, 14 agosto 2025
Matheus Giovanella Laste matheus@grupoahora.net.br
A ex-tenista pro ssional e idealizadora do projeto, Claudia Chabalgoity, agradeceu os presentes por acreditarem no programa

Por mais atrativos

turísticos

diogofedrizzi@grupoahora.net.br

Com o Cristo Protetor e o Boulevard Encantado consolidados, e a certeza da circulação permanente de pessoas na cidade e região, é natural olharmos com mais atenção para outros espaços e ambientes com potencial para atrair os turistas. Claro, sempre com o estratégico interesse de ampliar a oferta de roteiros mais convidativos, a fim de “segurar” esse turista por mais de um dia, pelo menos. É o nosso maior desafio, sem dúvida. Em Encantado, o poder público já lidera importantes iniciativas: concessão da Lagoa da Garibaldi, construção do Jardim do Acolhimento, projeto da Vila Italiana no Parque João Batista Marchese, construção da Rua Coberta, recuperação da Casa de Cultura, revitalização das ruas do centro, instalação do Centro de Inovação e Tecnologia, para citar algumas.

Empreendedores também se movimentam, e não apenas com pousadas e espaços de gastronomia. Já temos a Divine, a Cia do Jardim, o Belvedere, as agroindústrias. Ao mesmo tempo, projetos como o Museu da Suinocultura Brasileira, idealizado pela cooperativa Dália Alimentos em parceria com o governo municipal, o Memorial do ex-prefeito Adroaldo Conzatti, o Memorial do Cristo Protetor e o Memorial do Santo Sudário/foto (há planos para se construir um moderno ambiente no pátio da Igreja Matriz) elevarão Encantado de patamar. Acredito que existam outras brilhantes ideias no papel ou arquivadas. Nem sempre é preciso construir algo novo, grandioso, imponente. Às vezes, basta aprimorar estratégias, revitalizar estruturas ou qualificar serviços daquilo que já existe. Se alguém souber, pode nos contar!

Depois do jacaré, o pirarucu

A empresária Vânia Bratti, do Bratti Supermercado, está empolgada com o negócio de carnes, não só as de corte tradicional, mas também os pescados e as exóticas. Depois da experiência de assar um jacaré inteiro, chegou a vez de colocar sobre a brasa um pirarucu de 100 quilos, peixe selvagem, típico da Amazônia.

O assado, que promete ser um “verdadeiro espetáculo visual e sensorial”, será feito no dia 17 de setembro, a partir do meio-dia, no Parque João Batista Marchese, e faz parte da programação do Encontro Farroupilha de Encantado. E o mais interessante é que esse movimento gastronômico idealizado pela Vânia já se transformou em um novo produto para Encantado e região: o Braseiro Bratti. Eita!

Memórias da Itália

Colega jornalista de Encantado, Sérgio Seppi, é filho de imigrante italiano. O pai dele veio ao Brasil depois da guerra para trabalhar na construção do frigorífico da cooperativa Dália Alimentos. Aqui permaneceu e constituiu família. Conversamos todas as semanas, e ele sempre tem uma história para contar sobre suas experiências na comunicação, na política, no futebol e, lógico, sobre as coisas da Itália.

Esses dias, em razão da Settimana Italiana e da homenagem feita às famílias dos pioneiros, comentamos sobre os interesses do "País da Bota" para

incentivar a emigração. Resposta do Seppi: "Esses imigrantes solucionaram três problemas para a Itália na época. Primeiro, resolveu o problema dos que saíram, porque não tinham mais nada para fazer na Itália. Depois, dos que ficaram, pois diminuiu a pressão social. E a terceira situação, que não é muito difundida (...), até o ministro italiano das Finanças da época dizia que era um "Ruscello d'oro", o riacho de ouro, em razão do dinheiro que esses imigrantes mandavam para suas famílias na Itália". Um curioso segredo: o Seppi é gremista fanático, mas torce pra Inter, a de Milão, claro!

Orsolin de olho na Assembleia

Constatino Orsolin, ex-prefeito de Canela em três mandatos, é pré-candidato a deputado estadual pelo MDB. Ele fará dobradinha com Alceu Moreira, já confirmado como postulante à reeleição para a Câmara Federal. Constantino é irmão do atual vice-

prefeito de Encantado, Agostinho "Baixinho" Orsolin. Até pelas relações familiares que mantém com a cidade, será normal vê-lo com mais frequência pelas bandas de cá nos próximos meses. E, com certeza, não será só para visitar a família ou o Cristo Protetor.

Você tem separado o lixo de casa?

. Proibir o repasse de recursos públicos para os eventos de Encantado que descumprirem a lei que impede a queima de fogos de artifício ruidosos é a proposta do vereador Daniel Passaia (União Brasil). A matéria está com pedido de vistas de Claudinho (MDB).

. Os recentes pareceres jurídicos emitidos pelos técnicos da empresa Instituto Gamma de Assessoria Jurídica (IGAM) a projetos analisados na Câmara de Encantado receberam críticas de vereadores.

. Aliás, sobre pareceres jurídicos, o vereador Valdecir Cardoso (PP) afirmou que não vota favorável a projetos que recebam apontamentos de inconstitucionalidade, independentemente se as análises forem do IGAM ou da assessoria da Câmara. E mesmo que esses pareceres tenham caráter orientador e opinativo, como argumentam outros parlamentares.

. A ACI-E comemora 86 anos no dia 2 de setembro com almoço empresarial na sede do Sicredi Região dos Vales, em Encantado. O palestrante convidado é Vanicir Stefanoski, presidente do Grupo Empreenda-se, autor de cinco livros e referência em vendas, liderança e alta performance.

Relvado inaugura ponte e autoriza obras de duas escolas municipais

Investimentos somam mais de R$ 12 milhões e incluem também a recuperação de cabeceiras da ponte que leva a Putinga

RELVADO

Acomunidade de Relvado viveu um momento de celebração com a inauguração oficial da ponte da Linha Poço da Laje, ligação estratégica entre o município e Doutor Ricardo. A estrutura, próxima à empresa Dallace, foi destruída na enchente de novembro de 2023 e é a primeira de cinco pontes a ser concluída no município, com recursos da Defesa Civil Nacional. A etapa final, a construção das cabeceiras, foi executada pela Secretaria Municipal de Obras.

Durante o ato na terçafeira, 12, autoridades locais e estaduais também anunciaram outros investimentos. O secretário de Apoio à Reconstrução, Maneco Hassen, assinou a autorização de mais de R$ 12 milhões para a construção de duas novas escolas municipais, além de R$ 500 mil para o início das obras de reconstrução das cabeceiras da ponte da Avenida Independência, acesso ao município de Putinga. As escolas tem prazo de conclusão de até 24 meses após o início das obras.

Quem comemora é toda comunidade, uma ponte é uma ligação. Essa aqui nos conecta com nosso município vizinho Doutor Ricardo, é um momento de agradecer por essa e todas as outras obras que serão concluídas em breve”

As novas escolas – uma de Educação Infantil e outra de Ensino Fundamental – serão erguidas no antigo Campo Municipal, em área segura e fora da zona de risco. Atualmente, as instituições EMEI

Amiguinhos da Natureza e EMEF Santo Antônio funcionam em locais atingidos pelas cheias de maio de 2024. A obra é financiada com recursos da Defesa Civil Nacional e visa garantir mais segurança para alunos e profissionais.

O vice-prefeito e coordenador da Defesa Civil, Adalberto Dalla Vechia destacou o significado da inauguração. “Quem comemora é

toda comunidade, uma ponte é uma ligação. Essa aqui nos conecta com nosso município vizinho Doutor Ricardo, é um momento de agradecer por essa e todas as outras obras que serão concluídas em breve”, celebrou.

O prefeito Carlos Fraporti relembrou o esforço conjunto para viabilizar o projeto. “Nossa equipe trabalhou incansavelmente desde o primeiro dia da tragédia, todos fizemos nossa parte em fazer os projetos e encaminhar ao governo federal. Essa obra está sendo inaugurada hoje devido ao trabalho de todos, e sem o aporte de recursos do governo federal, ela nem teria

iniciado ainda, então só podemos agradecer”, comemorou. Hassen reforçou o compromisso do governo federal com a reconstrução do Estado. “Mais de 12 milhões para duas escolas, e mais 500 mil para a ordem de início das cabeceiras da ponte da Avenida Independência, e eu podia ir longe aqui, com todos os recursos que o governo disponibilizou para a região. Estamos conseguindo cumprir com o compromisso que o presidente Lula assumiu com todo o RS, que era proporcionar os recursos para reconstruir tudo que a enchente levou do nosso Estado”, salientou.

Além da ponte e das obras escolares, o município já prepara a pavimentação do trecho que liga a estrutura em Linha Poço da Laje à cidade, numa extensão de aproximadamente um quilômetro.

Mais de 12 milhões para duas escolas, e mais 500 mil para a ordem de início das cabeceiras da ponte da Avenida Independência, e eu podia ir longe aqui, com todos os recursos que o governo disponibilizou para a região”

Crianças das escolas municipais participaram do momento inaugural
Estrutura da ponte em Poço da Laje
MATHEUS GIOVANELLA LASTE

Empresários locais transformam perdas em novos começos e fortalecem a energia que move a cidade APRESENTADO

Empreendedores mantêm viva a força de Muçum

Por quase duas décadas, a Agropecuária Marcolin foi ponto de referência para produtores rurais de Muçum. Criada em 2005, a empresa familiar é comandada hoje por Jonas Marcolin, 30, natural da cidade, que cresceu acompanhando de perto o trabalho da família no balcão e no atendimento ao campo.

“Tínhamos tanto a loja física como os secadores lá no interior, com isso conseguimos agregar os produtores com a venda de insumos, fertilizantes e defensivos, como é perto, era um acesso fácil também, o produtor estava sempre presente”, revela Marcolin.

A Das Borja Cervejaria, por sua vez, é mais recente, mas trouxe à terra natal de seu proprietário, Eduardo Rizzi Pin, 43, um toque artesanal e diferenciado. Fundada por ele, a marca se instalou no bairro Fátima e rapidamente conquistou espaço no cenário de eventos e na produção local de cerveja.

“A cervejaria nasceu na cidade de São Borja, que originou o nosso nome. Isso foi em 2015, em 2022

nos estabelecemos em Muçum. E a ideia sempre foi proporcionar às pessoas uma cerveja diferenciada. Levar ao público algo novo, que tenha uma essência local”, afirma o proprietário.

A rotina e os planos dos dois empreendimentos corria dentro do esperado — até setembro de 2023.

A água que levou quase tudo

A primeira enchente atingiu os dois negócios de formas distintas,

Muita gente sofreu, todo mundo teve que retomar. Sempre quis ficar. O principal é todo mundo manter a fé no futuro e seguir acreditando que dias melhores virão”

mas igualmente devastadoras. Na agropecuária, a loja foi tomada pela água, mesmo com o estoque colocado no segundo piso, 2,5 metros acima do chão. “Foi uma surpresa, a água chegou onde nunca tinha chegado antes. Perdemos tudo: mercadorias, sistema, computadores. Não sobrou nada”, lembra Marcolin. Na Das Borja, a destruição foi total. “Perdemos absolutamente tudo que possuíamos”, relata Pin. Até então, a cervejaria contava com diversos colaboradores diretos e indiretos, atuando também em eventos. Em poucos dias, todo o trabalho de mais de uma década foi interrompido. O bairro Fátima, onde estava sediada, se tornou o cenário que ilustrou o desastre em grande parte dos veículos de comunicação.

Em maio de 2024, veio o segundo golpe

A agropecuária, já em processo de reorganização, conseguiu retirar parte do estoque da loja, mas viu a estrutura de secagem no interior ser soterrada por um deslizamento de terra. “Acabou destruindo tudo, perda total. Essa

Retomada e novas perspectivas

Acreditar, fazer o básico bem feito e aprender com as dificuldades — é esse aprendizado que vai nos levar a superar e crescer”.

foi uma baita perda estrutural”, relembra Marcolin.

Para o proprietário da Das Borja, o novo desastre apenas reforçou a urgência de recomeçar — e de permanecer. O espaço seguirá destruído, restava agora planejar os próximos passos dessa jornada.

Decisões que mantêm raízes

Nenhum dos dois empresários cogitou, de fato, abandonar Muçum. A agropecuária foi beneficiada por um incentivo municipal: um terreno na área alta da cidade, próximo ao asfalto.

A estratégia agora é pensar no futuro, com a possibilidade de transferir parte das operações para lá, protegendo o estoque de futuras cheias.

A Das Borja recebeu propostas para se instalar em outros municípios, mas Pin recusou todas. “Eu sou natural de Muçum, sempre acreditei no potencial daqui. Muita gente sofreu, todo mundo teve que retomar. Sempre quis ficar. O principal é todo mundo manter a fé no futuro e seguir acreditando que dias melhores virão”, reforça.

Hoje, a agropecuária opera com cinco pessoas — quatro delas da família. As vendas já se normalizaram e o retorno da ponte melhorou o fluxo de clientes. “O desafio ainda é o capital de giro, mas se não vier mais desastre, podemos focar na construção do novo espaço.”, projeta Marcolin.

A Das Borja já tem endereço para a nova fase: Avenida Santa Lúcia, no sentido do Viaduto 13. Agora só Eduardo mantém o trabalho na cervejaria, mas a meta é ampliar gradualmente. O plano inclui retomar a produção, criar um espaço para atendimento ao público, locação de eventos e consolidar a marca. “Queremos que até o fim do ano a estrutura esteja pronta para receber o público”, conta. Ambos concordam que as tragédias deixaram marcas profundas — e aprendizados duradouros.

Para Marcolin, é necessário “acreditar, fazer o básico bem feito e aprender com as dificuldades — é esse aprendizado que vai nos levar a superar e crescer”. Para Eduardo, o segredo está na união: “Depende das pessoas. Todo mundo tem que acreditar e se abraçar. Quanto mais gente investindo, mais próximo da solução”.

Em uma cidade que ainda se reconstrói, a Agropecuária Marcolin e a Das Borja Cervejaria mostram que resistência e esperança podem ser tão fortes quanto as correntezas que um dia tentaram levá-las.

JONAS MARCOLIN PROPRIETÁRIO DA AGROPECUÁRIA MARCOLIN
Matheus Giovanella Laste matheuslaste@grupoahora.net.br
EDUARDO RIZZI PIN, PROPRIETÁRIO DA DAS BORJA
O proprietário da Das Borja, Eduardo Rizzi Pin, reconstrói sua marca e reforça a força da cidade com inovação e persistência
O jovem empresário Jonas Marcolin mantém viva a tradição da família e a conexão com os produtores locais

Projeto une memória das enchentes e educação fiscal em Roca Sales

“Sementes da Reconstrução” mobilizou alunos e a comunidade. Ações foram marcadas por palestras e homenagens às vítimas das tragédias de 2023 e 2024.

Oprojeto “Educação Fiscal: Sementes da Reconstrução” mobilizou a comunidade escolar, autoridades e representantes religiosos em uma programação com foco na valorização da cidadania fiscal e no registro das consequências das enchentes ocorridas em 2023 e 2024, que resultaram em 30 óbitos no município.

Um dos momentos mais emocionantes ocorreu na sexta-feira, 8, na Praça Júlio Lengler e no Mirante do Parque Náutico, com um momento de reflexão e homenagem às vítimas das tragédias climáticas. O ato teve soltura de balões brancos, inauguração de uma placa com os nomes dos 30 falecidos e o lançamento simbólico de sementes de girassol às margens do Rio Taquari. O projeto também envolveu os estudantes do 9.º ano das escolas municipais Dom Pedro I, Sagrada Família e Perpétuo Socorro. As atividades ocorreram na Biblioteca Municipal Rui Barbosa e incluíram uma palestra com Camila Stieven Hunning, responsável pela fiscalização municipal e integrante do Grupo de Educação Fiscal. A apresentação abordou o papel dos tributos, a estrutura da arrecadação municipal e a aplicação dos recursos públicos no contexto da reconstrução da cidade após os eventos climáticos extremos. A psicóloga Tatiane Andréa Wilsmann realizou uma roda de conversa sobre os impactos psicológicos causados por desastres naturais.

A atividade foi organizada para promover escuta, orientação e prevenção no ambiente escolar, considerando o contexto recente da comunidade.

Os estudantes ainda participaram de um roteiro guiado por áreas atingidas pelas enchentes e locais onde estão sendo executadas obras de recuperação com recursos públicos. O trajeto foi conduzido pelo secretário de Obras, Cléber Scottá, que apresentou dados técnicos e operacionais sobre as intervenções

realizadas no município.

O projeto Sementes da Reconstrução foi elaborado pelo Grupo de Educação Fiscal Municipal, composto por Camila Stieven Hunning, Iara Beatriz Klein e Lucilene Konrad Pedroso. A ação buscou fortalecer a compreensão dos estudantes sobre o funcionamento da gestão pública e os mecanismos de retorno dos tributos arrecadados, promovendo a formação de cidadãos informados e participativos.

ENTREVISTA

TATIANE WILSMANN • psicóloga

"Precisamos conversar sobre as enchentes"

Por que é importante falar sobre as consequências emocionais das enchentes, mesmo que isso ainda cause dor em muitas pessoas?

Lembrar de tudo isso dói, mas precisamos conversar sobre as enchentes. A gente vem percebendo muitos casos, que agora estão aparecendo, que têm relação com as catástrofes de 2023 e 2024. As pessoas não conseguem muitas vezes identificar esse sentimento. Ouço muito, nos atendimentos, os gatilhos, quando o tempo está nublado, quando tem previsão de chuva, tanto em crianças, adolescentes ou adultos. Se a pessoa não consegue identificar, ou está sentindo alguma coisa ruim, pode procurar a equipe de apoio, pois estamos dispostos a acolher e também fazer novos projetos, como rodas de conversa, com esse público que foi atingido.

O município também conta com uma equipe de saúde mental.

De que forma visitar locais em reconstrução contribui para a recuperação emocional das pessoas afetadas pelas enchentes?

É muito importante. Como tem esses episódios traumáticos, a pessoa se apega muito a isso, vem esses registros ruins na memória das pessoas. Começar aos poucos ver o que está sendo feito, o quanto aqueles locais que antes estavam destruídos agora estão tendo vida novamente, é muito importante. Porque eles acabam registrando isso e aí conseguem também dar conta quando vem aquele pensamento ruim, aquelas memórias tristes. Eles conseguem se conectar a essas coisas boas que vêm acontecendo agora com essa reconstrução do município.

ROCA SALES
Diogo Daroit Fedrizzi diogo@grupoahora.net.br
Balões com os nomes das 30 vítimas foram soltos no Parque Náutico
Conversa relembrou momentos tensos e marcantes das enchentes
Secretário Cléber Scottá conduziu passeio em locais reconstruídos
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A infância que se constrói com autonomia

A25ª edição do quadro O Segredo da Infância, da Rádio A Hora, debateu um dos pilares da educação infantil: a autonomia. O programa transmitido do estúdio em Encantado teve como convidadas a diretora Cristina Moura e a professora Kelli Rizzi, da Escola Municipal Menino Trabalhador, que atende crianças de quatro meses a cinco anos. A mediação foi da facilitadora de processos de inovação, Ana Fausta Borghetti.

“É um dos temas mais importantes a ser abordado quando a gente fala em desenvolvimento infantil”, afirmou Ana Fausta. Para ela, permitir que a criança explore e se desenvolva com liberdade é fundamental. “A construção do adulto inicia nessa primeira infância. Um dos grandes passos, das grandes conquistas, é a autonomia”.

Cristina explicou como esse processo começa já no Berçário A. O desenvolvimento passa pelo olhar, pelo toque, pela escuta. “A gente vai desenvolver o olhar, vai estimular a coordenação motora, o cognitivo. O bebê vai procurar as profes no olhar, ele vai estar entendendo o ambiente acolhedor em que ele está inserido.” Cada pequena conquista já é sinal de crescimento.

A alimentação é uma das práticas que reforçam a autonomia. A diretora explicou que, desde

os seis meses, os bebês começam a usar a colher. “É muito bonito de ver porque eles começam a abrir a boquinha”, contou. Com o tempo, passam a ajudar a recolher brinquedos, guardar objetos e até deitar sozinhos nas caminhas. “Tudo com muita ludicidade e alegria.”

No Berçário B, a professora Kelli dá sequência ao trabalho iniciado.

“Esperamos eles com um ambiente acolhedor, seguro e inclusivo, para que todos participem”, disse. A música, as brincadeiras e a fala são ferramentas usadas diariamente.

“Eles fazem o movimento de pegar a colher. No começo eles se sujaram mais, agora não se sujam mais tanto”, contou.

A vivência coletiva também ensina. Kelli relembrou um caso marcante: “Temos uma aluna haitiana que não comia quando a gente oferecia o alimento, mas agora, ao ver os coleguinhas, ela come junto”, disse. Para Ana Fausta, esse processo deve contar com o

Patrocínio: Realização:

apoio das famílias. “Para que isso aconteça, a gente precisa confiar que a criança é capaz de fazer”, reforçou. Cristina explicou que a equipe escolar teve uma conversa prévia com os pais sobre o uso do refeitório. “Os pais mandaram mais roupas na mochila, os babeiros. Eles não tiveram a preocupação da roupa suja. Porque eles entenderam a importância que é.” A escola envia fotos e vídeos para mostrar os avanços. Assim, a família acompanha e reforça o que é feito em sala. O desfralde também é parte da construção da autonomia. “Tem crianças que esse processo demora um pouco mais, mas tem outras que já não querem mais usar fraldinha”, comentou Kelli. Nesse sentido, Ana Fausta reforçou: “Quando as profes conseguem perceber, ‘o fulaninho já está dando sinais de que ele quer ir para o banheiro sozinho’, permitir que ele faça isso, é uma escuta muito profunda da gente em relação a essa criança que muitas vezes não vai conseguir verbalizar isso. E, ao mesmo tempo, uma confiança de que ela é capaz e essa criança realmente está se construindo nesse sentido, porque ela está ficando cada vez mais confiante no seu próprio processo”, observou Ana Fausta. “A gente pode falar de autonomia de movimentos, comer, andar, mas a gente também fala de autonomia de pensamento. De daqui a pouco eles estarem acreditando tanto em si, que eles conseguem expor suas ideias, criar novas ideias, criar a partir da brincadeira e não ter medo de dizer. Porque eles estão se construindo.”

Pedágio Solidário mobiliza mais de 400 pessoas

Mobilização contou com o engajamento de escolas, comunidade e apoiadores de fora da cidade

Material arrecadado foi destinado à Casa de Passagem da Mulher

VESPASIANO CORRÊA

Na terça-feira, 12, a Avenida Professor Sérgio Beninho Gheno, nas proximidades da prefeitura, foi palco de um ato de solidariedade e conscientização. O Pedágio Solidário Agosto Lilás, promovido pela Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social em parceria com a Brigada Militar, reuniu mais de 400 pessoas, entre moradores, estudantes e visitantes de outras localidades.

A ação teve como objetivo arrecadar agasalhos femininos, itens de higiene pessoal e outros produtos de necessidade básica,

destinados à Casa de Passagem da Mulher, instituição que acolhe e apoia vítimas de violência no município e região.

A mobilização contou com o engajamento de escolas, comunidade local e apoiadores de fora da cidade, reforçando a importância da união no combate à violência contra a mulher. “Foi um sucesso. A participação da comunidade superou as expectativas e mostrou que, juntos, podemos fazer a diferença na vida de quem mais precisa”, destacou a secretária do Desenvolvimento Social, Ana Paula Gavineski.

O Pedágio Solidário Agosto Lilás integra as ações da campanha nacional de enfrentamento à violência contra a mulher, que busca dar visibilidade ao tema, estimular denúncias e fortalecer redes de proteção.

Pedágio Solidário Agosto Lilás integra as ações da campanha nacional de enfrentamento à violência contra a mulher

Professora Kelli, Ana Fausta e diretora Cristina
DIOGO DAROIT FEDRIZZI
FOTOS DIVULGAÇÃO

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Projeto da Rota do Pão e Vinho é entregue ao Daer

Assembleia da Amat

também discutiu os atrasos nas obras da ERS129 e 332 e um projeto turístico da Amturvales

Matheus Giovanella Laste matheuslaste@grupoahora.net.br

REGIÃO ALTA

AAssociação dos Municípios do Alto Taquari (Amat) realizou uma

Assembleia Geral em Guaporé, reunindo prefeitos e lideranças da região para tratar de pautas prioritárias ao desenvolvimento do Vale do Taquari. O encontro ocorreu antes da abertura da Mostra Guaporé, 8, cujo primeiro final de semana reuniu

mais de 15 mil participantes. Uma das pautas centrais foi o avanço no projeto da Rota Turística Pelos Caminhos do Pão e Vinho, que conecta o Vale do Taquari aos Vinhedos da Serra Gaúcha. A proposta foi recentemente atualizada, com as devidas adequações técnicas solicitadas pelo governo do Estado, e já foi oficialmente entregue ao Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer)

Os prefeitos cobraram que o órgão dê celeridade à análise, para que o projeto seja encaminhado ao Fundo Plano Rio Grande (Funrigs) e receba os recursos necessários para sua continuidade. “Precisamos que os gestores pressionem o Daer para que eles tratem essa pauta com seriedade. É fundamental que possamos votar esse projeto no Funrigs o

quanto antes”, salientou Mateus Trojan, presidente da Amat. A entidade também prepara uma agenda com o governador Eduardo Leite para entregar formalmente o projeto da Rota do Pão e Vinho e, paralelamente, reforçar a necessidade de aceleração das obras nas rodovias ERS-332 e ERS-129. Segundo os prefeitos, os atrasos nessas frentes têm causado insegurança e preocupação nas comunidades locais. O grupo aposta no interesse pessoal do governador pelo projeto da rota para ampliar a pressão e destravar outros pontos pendentes da malha rodoviária regional.

Apesar disso, os prefeitos seguem acompanhando o andamento do processo e aguardam o encerramento das adequações do edital, previsto para esse mês.

Encontro ocorreu no Clube União Guaporense e contou com representantes de 17 municípios da parte alta do Vale

Prefeitos e entidade

Ao final da reunião, o presidente da Amturvales, Rafael Fontana, apresentou aos prefeitos uma proposta de projeto turístico voltado à comunicação e promoção do setor. A ideia é construir uma estratégia integrada para divulgar os atrativos da região, fortalecer a imagem do território e consolidar o turismo como vetor de desenvolvimento.

Os prefeitos também foram informados sobre a análise técnica contratada pela entidade junto da Amvat, Avat e CiC sobre o projeto de concessão do Bloco 2 de rodovias, que abrange trechos estratégicos da região.

“O estudo sobre o VDM (Volume Diário Médio), ficou muito próximo dos números apresentados pelo Estado. No mínimo, serviu para termos certeza de que os cálculos estavam corretos, mas infelizmente não serve para argumentarmos por uma tarifa menor”, resumiu o presidente Mateus Trojan.

Ontem, na prefeitura de Muçum, os prefeitos da Amat também debateram o assunto

365 VEZES NO VALE

A cascata mais bela do estado também é radical

Que tal se aventurar num dos cenários mais deslumbrantes do Rio Grande do Sul? É isso que o Cânion Perau do Facão oferece. Além da cascata eleita a mais bela do estado, o destino de Arvorezinha conta com práticas de skybike e tirolesa.

As atividades radicais foram inauguradas em outubro de 2024. No caso da tirolesa, são duas descidas com cerca de 600 metros ao total. Já no skybike (bicicleta pendurada nas alturas) o trajeto é de 200 metros.

Em ambos os casos, os cabos de aço atravessam o vale e o aventureiro passa de frente a cachoeira

Novidades

De Mato Leitão, o Vale da Magia trabalha para se tornar o “mundo dos hobbits”. O parque já conta com pousada em toca e um restaurante temático com fantasias dos personagens da obra de Tolkien. Nessa sema-

na, anunciou a construção de mais espaços para pernoite e uma reestruturação da área da piscina inspirada em Valfenda (refúgio dos elfos). As melhorias devem ser implantadas em dois anos.

Skybike (foto) e tirolesa são atividades radicais oferecidas no Cânion Perau do Facão

Cascata de 70 metros, localizada em Barro Preto, Arvorezinha, já foi eleita duas vezes a mais bela do RS

Centenas de pessoas passaram pelo Boulevard Encantado durante a programação especial do Dia dos Pais, realizada domingo. O destaque da tarde foram as brincadeiras de touro mecânico e chute a gol, ambas com premiações aos melhores competidores. Vale a pena acompanhar a agenda do complexo encantadense, pois sempre há atrativos que surpreendem. A página oficial é @ boulevardencantado.

Veja como foi o Dia dos Pais no Boulevard Encantado

que se popularizou por ter dois saltos e um poço no meio.

O parque que se formou no Perau do Facão se diferencia pela estruturação e cuidado exemplar com a segurança. Uma passarela foi construída no topo do cânion com mirantes de frente à queda de água. É acessível até para cadeirantes.

ches no almoço e estrutura com banheiros, inclusive equipados com chuveiros. Para o pernoite, é possível alugar decks para acampamento e passar a noite em meio à natureza.

Mais informações podem ser obtidas na página @peraudofacao no Instagram.

Também conta com trilha até os pés da cascata. O caminho é limpo e totalmente sinalizado. Ainda é possível conhecer outras duas cachoeiras: a Grutinha e Corticeira –trajeto total de aproximadamente três quilômetros ida e volta.

O visitante pode passar o dia no destino. Há opção de lan-

FOTOS FÁBIO ALEX KUHN
Parque já conta com toca hobbit alugada para pernoite

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A Hora – 14/08/25 by Jornal A Hora - Issuu