ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR
Quarta-feira, 11 junho 2025 | Ano 22 - Nº 3864 | R$ 5,00 (dia útil) R$ 9,00 ( m de semana)
MODELAGEM HIDRODINÂMICA
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ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR
Quarta-feira, 11 junho 2025 | Ano 22 - Nº 3864 | R$ 5,00 (dia útil) R$ 9,00 ( m de semana)
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Ministério Público cobra detalhes sobre atuação e planejamento de longo prazo
Alunas de escola estadual em Westfália desenvolvem pesquisa com base no monitoramento da qualidade da água do rio Taquari, iniciativa do Grupo A Hora, por meio do Educame. O trabalho das estudantes será apresentado na mostra científica do município. A expectativa é chegar às fases regional e estadual.
Nos próximos dias, representantes da empresa vencedora do certame para implementação do novo sistema de modelagem hidrodinâmica virão ao Vale do Taquari para conhecer a realidade local. Ideia é definir os pontos que receberão as estações de monitoramento. Em todo o Estado, serão instalados 130 destes equipamentos. Sistema será capaz de indicar a quantidade de chuva em tempo real e qualificar trabalho da Defesa Civil regional e das coordenadorias municipais.
OPINIÃO | RODRIGO MARTINI
Anel viário ganha destaque Proposta regional agora faz parte do novo Plano Nacional de Logística.
OPINIÃO | VINI BILHAR
Microcervejaria em alta Salva é eleita a 2ª melhor cervejaria sul-americana e evidencia ascensão.
Redução na tarifa junto com obras mais rápidas. Nesta base, o Estado tenta convencer de que o melhor modelo de concessão está posto. Em dez anos, 174,5 km de duplicações e 72,5 km de terceiras faixas.
Junto com isso, a garantia de todos os serviços de socorro mecânico, atendimento médico, monitoramento por vídeo estarão disponíveis em tempo integral. Mas o Vale do Taquari, que acumula 27 anos de pedágios com poucos benefícios concretos, tem motivos para manter cautela.
A redução da tarifa para R$ 0,18 ou R$ 0,19 por km (dependendo do tratamento do ISS municipal) atende em parte às reivindicações regionais, embora permaneça acima dos R$ 0,14 defendidos pelo grupo de trabalho da CIC-VT.
A pressa de fazer a concessão antes do ano eleitoral é do governo. Para a região, o importante é ter certeza de que vai dar certo.”
O mecanismo de leilão que premiará a menor tarifa é acerto que pode beneficiar os usuários, claro, isso depende do apetite do setor privado. O Vale enfrenta um dilema histórico: como garantir que desta vez os contratos se traduzam em asfalto. A resposta exigirá um contrato que supra as necessidades locais, pois será preciso uma fiscalização rigorosa, com participação ativa dos municípios no monitoramento e clareza sobre os reais custos de manutenção.
Para o governador Eduardo Leite, a concessão do Bloco 2 é uma prioridade. Faz parte de uma promessa ainda do primeiro mandato, de encerrar com a EGR, e de uma crença de que essa é a forma principal para fazer melhorias na infraestrutura viária. A pressa de fazer a concessão antes do ano eleitoral é do governo. Para a região, o importante é ter certeza de que vai dar certo.
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Vale do Taquari - Lajeado - RS
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Diretor Executivo: Adair Weiss
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“É um grupo muito especial, que tenho prazer e orgulho em participar”
Há 10 anos, a estrelense
MarionHilgemann integraogrupoHarpas Guaranis doVale do Taquari,formadoporseis musicistas.Incentivadapela irmã mais velha ainda na infância,Mariondescobriu apaixãopeloinstrumento e,hoje,sededicaaensaios eapresentações.Aolongo datrajetória,ogrupojáse apresentouemmaisde130 cidades,dentroeforado RS.Agora,prepara-separa umanovaapresentaçãoem NovaVeneza, SC, durante umfestivaldegastronomia italiana.
Eloisa Silva* eloisasilva@grupoahora.net.br
*Estagiária sob a supervisão de Mateus Souza
Como e quando você teve o primeiro contato com a harpa?
Na infância. Minha irmã mais velha, Carla Hilgemann, fazia aulas e depois passou a me ensinar. Ali, naquele momento, aprendi muito do que sei hoje. Posso dizer então que a harpa me escolheu e minha irmã foi a inspiração. Depois de um tempo, meu instrumento desgastou e fiquei sem tocar por um bom período, mas a vontade de tocar sempre permaneceu. Foi difícil encontrar um local para estudar ou comprar um novo.
Como surgiu a oportunidade de fazer parte do grupo Harpas Guaranis?
Há 10 anos, entrei em contato com a Maria Inês Lermen, professora da
minha irmã na infância, pois fiquei sabendo do grupo que tinha em Lajeado. Ela me chamou para uma conversa e me emprestou uma harpa. No início, só saíam pequenos acordes e pedacinhos de músicas que ainda lembrava. Aos poucos e também com as aulas que então iniciei, a memória musical foi retornando, e agora são 10 anos que faço parte deste grupo maravilhoso. Também em 2015 consegui comprar minha primeira harpa (diatônica) e em 2022 adquiri a segunda.
Como é a rotina de ensaios e apresentações de vocês?
Temos ensaios semanais individuais e/ ou em grupo. Tudo depende da agenda de apresentações. Em poucos dias teremos uma apresentação na 19ª Festa da Gastronomia Típica Italiana em Nova Veneza, SC, com a participação especial da cantora Stella Maris Reckziegel.
Nessa trajetória, existem muitos momentos marcantes. Um grande feito foi aprender a tocar o Hino Rio Grandense na Harpa, com a primeira apresentação num encontro de corais em Arroio do Meio, em 2022. Outro momento especial foi no ano passado, quan-
do lançamos um vídeo no YouTube da música “Mate Amargo”, com o grupo de dança circular, em forma de agradecimento a todos os voluntários. E, às vezes, simplesmente decidimos pegar o carro, as harpas e sair por aí e tocar onde “der na telha”. Em resumo, é um grupo muito especial do qual tenho prazer e orgulho em participar.
Como o grupo é composto atualmente?
Somos seis mulheres. Já nos apresentamos em mais de 130 cidades diferentes, principalmente no RS, mas também em outros estados. Temos um canal no YouTube e páginas no Facebook e Instagram, o Harpas Guaranis do Vale do Taquari. Lá tem os nossos materiais de divulgação.
O grupo está com vagas abertas para novos integrantes. Interessados em tocar harpa devem ter, preferencialmente, cerca de dois anos de estudo no instrumento. Percussionistas também são bem-vindos. Além disso, há oportunidades para músicos que tocam instrumentos de cordas, assim como flauta transversal. Entrar em contato por uma de nossas redes sociais.
Entidade municipalista considera “insuficiente” valor destinado pelo governo gaúcho para combater crise nos hospitais e unidades de atendimento. Atenção primária no Vale será contemplada com R$ 660 mil
Oanúncio de R$ 112,6 milhões por parte do governo estadual para combater a crise na saúde é considerado insuficiente por autoridades do setor e gestores públicos para fazer frente à demanda de municípios e hospitais. O aporte atende, em parte, um pedido feito pela Federação das Associações dos Municípios do RS (Famurs). A liberação dos recursos deve ocorrer em julho.
A entidade municipalista apontou, em ofício entregue ao secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, a necessidade de um investimento de R$ 771,6 milhões para as casas de saúde. A verba seria utilizada em situações como ampliação de leitos, serviços especializados e atenção básica e reestruturação dos municípios para atendimentos em saúde.
No levantamento da Famurs,
é apontada que a região dos Vales - que congrega os Vales do Taquari e Rio Pardo - está entre as que mais demandam recursos para a saúde, com cerca de R$ 214 milhões necessários para fazer frente à crise. São 62 municípios abrangidos, conforme o diagnóstico da entidade. Segundo a presidente da Famurs e prefeita de Nonoai, Adriane Perin de Oliveira, os valores seriam repassados mediante apresentação de projetos e pactuação em nível macrorregional. O investimento, conforme ela, busca não apenas a recuperação da estrutura física e tecnológica dos serviços, mas também o fortalecimento da resiliência dos sistemas de saúde locais e regionais.
O investimento anunciado pelo governo do RS prevê R$ 100 milhões para a rede hospitalar, sendo R$ 40 milhões destinados à abertura de 400 novos leitos clínicos de suporte
– Centro-Oeste (44 municípios) – R$ 52,46 milhões
– Metropolitana (90 municípios) – R$ 282,17 milhões
– Missioneira (78 municípios) – R$ 50,01 milhões
– Norte (147 municípios) – R$ 56,77 milhões
– Serra (49 municípios) – R$ 59,51 milhões
– Sul (27 municípios) – R$ 56,31 milhões
– Vales (62 municípios) – R$ 214,42 milhões
• Lajeado
R$ 60 mil
• Arroio do Meio, Arvorezinha, Bom Retiro do Sul, Cruzeiro do Sul, Encantado, Estrela, Roca Sales, Taquari e Teutônia
Surto de gripe no RS motiva pedido para mais recursos à saúde gaúcha
R$ 30 mil
Anta Gorda, Boqueirão do Leão, Paverama, Progresso e Santa Clara do Sul
R$ 20 mil
ventilatório e de UTI para casos de síndrome respiratória aguda grave, e R$ 60 milhões para custeio de materiais e medicamentos hospitalares. Os hospitais ainda aguardam liberação através de portaria. Outros R$ 12,6 milhões serão destinados aos municípios para a ampliação da atenção primária e inclui a extensão de horários nas unidades básicas de saúde e reforço nas estratégias de vacinação. Os valores se somam aos R$ 20 milhões já anunciados em maio para a Operação Inverno Gaúcho e já estão liberados. No Vale do Taquari, com base nos dados divulgados pelo Estado, serão destinados R$ 660 mil para o reforço na atenção primária. Os recursos serão liberados de acordo com a população de
cada cidade. Lajeado, por exemplo, receberá R$ 60 mil.
“Municípios sufocados”
Embora reconheça a importância do recurso, Adriane considera o valor anunciado como “insuficiente” para suprir a demanda atual. “Os municípios estão sufocados em seus orçamentos com o investimento em saúde, e as pessoas estão sofrendo nas filas. Hoje o anúncio foi importante, foi inédito, mas foi insuficiente diante do que nós solicitamos”, afirma.
A gestora municipal salienta que muitas administrações municipais “chegam até a in-
• Canudos do Vale, Capitão, Colinas, Coqueiro Baixo, Dois Lajeados, Doutor Ricardo, Fazenda Vilanova, Forquetinha, Ilópolis, Imigrante, Marques de Souza, Mato Leitão, Muçum, Nova Bréscia, Poço das Antas, Pouso Novo, Putinga, Relvado, Sério, Tabaí, Travesseiro, Vespasiano Corrêa, Westfália R$ 10 mil
TOTAL: R$ 660 mil
Os municípios estão sufocados em seus orçamentos com o investimento em saúde, e as pessoas estão sofrendo nas filas.”
vestir 40% do orçamento com a saúde e, por isso, continuaremos demandando e cobrando para a mudança desse cenário a níveis estadual e federal.
Oprojeto de construção de um novo anel viário no Vale do Taquari agora faz parte do Plano Nacional de Logística (PNL) 2050, um instrumento de planejamento de longo prazo capitaneado pela subsecretaria de Fomento e Planejamento do Ministério dos Transportes, e que deve balizar as obras de infraestrutura viária e de mobilidade nos próximos 25 anos. A inclusão da proposta do Vale no plano nacional foi confirmada nessa segunda-feira, durante o 10º encontro regional do PNL, realizado em Porto Alegre pelo governo federal em parceria com a Confederação Nacional do Transporte (CNT) e a Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas do Rio Grande do Sul (Fetransul). Empresário do setor e diretor da Fetransul, Diego Tomasi atuou no processo de inclusão do projeto de construção. “Os projetos federais precisam partir desse PNL”, resume ele. Ou seja, a pauta regional ganha ainda mais força e parece cada vez mais próxima.
Ainda sobre o 10º encontro regional do PNL –cujo documento final deve ser consolidado só em dezembro, e após outros eventos regionais – cabe destacar os números apresentados pelo Diretor de Infraestrutura da Fetransul, Paulo Ziegler. Segundo ele, 88% das cargas são movimentadas por estradas no Estado, e a evolução da frota rodoviária deve aumentar em 15% até 2025, chegando ao número de 8,7 milhões de veículos no RS. São números que reforçam ainda mais e necessidade do Estado e os municípios olharem com muito mais atenção para as obras viárias e de mobilida-
O novo prefeito de Santa Clara do Sul possui uma personalidade bem diferente se comparado ao ex-administrador municipal. O atual gestor Márcio Hass (PP) tem utilizado as plataformas digitais para se comunicar de forma bem-humorada com os eleitores (e não eleitores). Já o antecessor, Paulo Kohlrausch (MDB) sempre foi muito mais discreto nas redes sociais.
rodrigomartini@grupoahora.net.br
RODRIGO MARTINI
de urbana. Ou seja, é preciso investir cada vez em infraestrutura rodoviária, ferroviária, hidroviária e aeroviária – modais bem conhecidos no Vale do Taquari. Aliás, e sobre investimentos rodoviários, o PNL já prevê algo na ordem de R$ 30 bilhões para os próximos 25 anos em todo o país, com a duplicação de mais 1,8 mil quilômetros de rodovias.
A manhã dessa terça-feira foi movimentada na sede do jornal Nova Geração, no centro histórico de Estrela. Além da presença do maratonista e opinador Miguel Lucian, no quadro Entre Aspas, o programa Frente e Verso recebeu no estúdio estrelense da Rádio A Hora a prefeita, Carine Schwingel (União Brasil), e o presidente da câmara de vereadores, Ernani de Castro (MDB). Eles não compartilharam os microfones. Cada um teve um horário próprio para as respectivas entrevistas. Mas tudo indica que, em um próximo encontro casual nas sedes do Grupo A Hora, Carine e Ernani poderão compartilhar o mesmo horário de entrevista. Afinal, o vereador está muito bem cotado para assumir a Secretaria de Agricultura.
- Atenção, atenção. O alto número de votos pode influenciar na conduta de quem não está preparado para lidar com a fama repentina. E a ingratidão é um árduo caminho dentro da política.
- O Lions Clube em Bom Retiro do Sul será oficialmente criado nesta sextafeira, dia 13, às 19h30min, no Salão Vitória, durante a Assembleia Festiva de fundação do clube que será apadrinhado pelo Lions Clube de Estrela.
- Os interessados na 22ª Convenção CDL Lajeado que não garantiram ingresso precisam correr. O evento, considerado o maior de gestão e negócios do interior do RS, está no terceiro e último lote de inscrições. A atividade ocorre no dia 26 de junho, no Clube Tiro e Caça, e o valor do investimento é de R$ 469,00 para associados CDL Lajeado e R$ 529,00 para os demais.
- O governo estadual parece ter recuado suavemente no que diz respeito ao repasse de R$ 280 milhões do Funrigs para construção da nova ponte sobre o Rio Taquari, entre Estrela e Cruzeiro do Sul. Ele solicitou um estudo de viabilidade técnica e ambiental, e, até a conclusão do estudo, há quem aposte que o governador possa analisar, também, outros pontos de travessias sobre o Taquari.
As cartas na manga para reduzir a tarifa de pedágio
O governo estadual possui as próprias cartas, assim como os municípios e as entidades associativistas. Há quem defenda redução de obras para reduzir tarifa, há quem defenda isenção de impostos, e há quem questione e busque a atualização de alguns números apresentados pela modelagem de pedágio construída pelo Estado e/ou BNDES. E é sobre essa última “carta na manga” que eu deposito mais confiança e esperança. Recalcular o chamado VDM (o Volume Diário Médio de veículos que transitam em determinado trecho rodoviário) me
parece ser um movimento crucial para chegarmos aos números mais atuais. Afinal, a contagem original, que balizou os iniciais R$ 0,23 por km rodado e mais recentemente os R$ 0,18 (com isenção de ISS) e R$ 0,19 (sem a isenção de ISS), foi realizada em um período anterior ao boom do turismo regional –especialmente no trecho entre Lajeado e Encantado –, e ainda teria sofrido alguns impactos da pandemia, que deixou muita gente boa em casa. Ou seja, o jogo está em aberto. E o Vale (ainda) tem boas cartas.
O poder Legislativo de Lajeado pretende destinar R$ 1 milhão do duodécimo da câmara de vereadores para a realização de exames e cirurgias eletivas para os pacientes que se
encontram em fila de espera. A movimentação financeira partiu de um requerimento ordinário por parta da Mesa Diretora, encaminhada para aprovação em plenário.
Expectativa é de que sejam definidos pontos de instalação dos equipamentos. Ministério Público quer ampliar diálogo e reforça necessidade de planejamento de longo prazo
Contratada pelo governo gaúcho para executar o novo projeto de modelagem hidrodinâmica, a empresa MKS, de Santa Catarina, deve vir a região nos próximos dias para conhecer, de perto, a realidade local. A expectativa é que sejam definidos os pontos onde serão instaladas as estações de monitoramento hidrológico.
Representantes da empresa estiveram reunidos ontem à tarde com o promotor Sérgio Diefenbach e deram detalhes de como será a atuação no Vale. O encontro, virtual, teve duração de pouco mais de uma hora e marcou o início de uma fase de aproximação da promotoria com a equipe técnica.
“Essa visita é um passo importante. Até agora, os locais estão apenas projetados. A partir desse levantamento in loco, será possível definir com mais precisão onde cada equipamento será posicionado”, afirma o promotor. Em todo o RS, serão instaladas 130 estações de monitoramento.
Um dos pontos debatidos na reunião foi a necessidade de comunicação clara com os
municípios e a população. O Ministério Público defende uma reunião mais ampla da empresa com prefeitos, lideranças locais e representantes da Defesa Civil, para que a comunidade compreenda o que exatamente será feito e qual o papel da MKS. “É essencial deixar claro que esse contrato tem como objetivo o monitoramento, ou seja, a leitura em tempo real da chuva e do nível dos rios. Não se trata de um sistema de previsão do tempo. Isso precisa ser bem explicado para não gerar uma expectativa equivocada nas pessoas”, alerta Diefenbach.
O plano de trabalho da MKS ainda aguarda aprovação final por parte da Defesa Civil estadual. Assim que for autorizado, a empresa terá até seis meses para instalar as estações e colocá-las em operação. O
contrato com o Estado tem vigência de dois anos e prevê a entrega de um sistema tecnicamente robusto, com equipamentos e tecnologia de ponta. “É um trabalho que está apenas começando, mas que precisa ter continuidade. O contrato é importante, mas não podemos pensar só nos próximos meses. Precisamos discutir o que vai acontecer depois, quando terminar o financiamento do Funrigs”, reforça o promotor.
Além da MKS, o Estado está em fase de contratação de uma segunda empresa, que poderá atuar com prognósticos e estudos técnicos mais aprofundados. “Estamos vendo peças de um quebra-cabeça começarem a se encaixar. A MKS coleta os dados. Esta segunda empresa poderá transformá-los em análises que
É um trabalho que está apenas começando, mas que precisa ter continuidade. O contrato é importante, mas não podemos pensar só nos próximos meses. Precisamos discutir o que vai acontecer depois”
ajudem no planejamento e na prevenção”, avalia o promotor. Apesar dos avanços, Diefenbach entende que o Vale do Taquari está atrasado na articulação de ações estruturais em relação a outras regiões. A percepção foi reforçada em uma reunião na segunda-feira, 9, em Porto Alegre.
“Enquanto em alguns locais contrataram estudos com recursos do fundo federal, o Vale ainda está apenas cogitando. Nossa principal necessidade é o afastamento urbano das margens do rio, algo que precisa ser planejado agora para os próximos cinco anos”.
Para o Ministério Público, é urgente que o Estado e os municípios alinhem suas prioridades. “Ainda não vejo movimentos concretos nesse sentido. Essa articulação precisa acontecer”.
– O Sistema de Monitoramento e Alerta abrange a implantação e consolidação de uma rede de sensores e de sistemas de monitoramento e previsão;
– Integra radares meteorológicos, estações pluviométricas e fluviométricas, entre outros sensores já implantados e em vias de implantação, modelos numéricos;
– A consolidação de todas as informações através de uma modelagem especí ca, permite trabalhar com a previsão de eventos hidrológicos críticos, além de identi car e classi car áreas suscetíveis a risco, estabelecendo seus liminares e elaborando as respectivas manchas de inundação.
Nova proposta retira trecho da BR-470, revisa duplicações e cria gatilhos para inclusão de melhorias em caso de aumento do fluxo. Na região, empresa contratada por grupo de trabalho inicia análise de movimento em seis pontos do Bloco 2
Filipe Faleiro
filipefaleiro@grupoahora.net.br
VALE DO TAQUARI
Das quase 400 solicitações de mudanças feitas para o governo do Estado, a única rejeitada foi a redução no número de pórticos de free flow. Com base no novo plano de concessão para rodovias do Bloco 2, o Executivo gaúcho almeja apresentar à iniciativa privada o desafio de concluir as obras de maior impacto até o décimo ano do contrato.
“Tenho convicção de que a nova
proposta está mais perto do que a região esperava. Ouvimos todas as opiniões, tratamos os pontos sugeridos, primeiro para reduzir a tarifa, mas também com o senso de urgência em relação às obras”, destaca o secretário da Reconstrução, Pedro Capeluppi. Interlocutor do Piratini com as regiões, destaca a importância da construção coletiva, em especial do grupo de trabalho formado pela Câmara da Indústria e Comércio (CIC-VT), Conselho de Desenvolvimento (Codevat) e pelas associações dos municípios (Amvat e Amat). “Esse contato nos ajudou muito. O grupo garantiu subsídios de informações técnicas, para que conseguísse-
mos fazer uma modelagem com um volume robusto de investimentos logo nos primeiros anos de contrato.”
O Bloco 2 abrange 32 municípios gaúchos (17,5% da população), tem um total de 415 quilômetros. É composto por seis estradas: ERSs 128, 129, 130, 135, 24 e 453. A proposta estipula uma concessão de 30 anos. Ao todo, serão 174,5 quilômetros de duplicações e 72,5 quilômetros de terceiras faixas, com mais de 323 quilômetros de acostamentos, 61,5 quilômetros de marginais e 32 passarelas. Também estão previstos socorro mecânico e médico 24 horas, monitoramento por câmeras e bases de atendimento aos usuários.
Os próximos passos começam com apreciação técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Em julho, o Estado pretende publicar o edital para concorrência. Cumprido esses trâmites, o leilão seria entre outubro e novembro, na B3, em São Paulo.
Pela nova revisão, foi alterado o critério de seleção da proposta. O vencedor será a concessionária que oferecer o menor valor da tarifa. O Estado pretende captar até R$ 4,3 bilhões de investimento, sendo R$ 2,8 bi do setor privado e R$ 1,5 bilhão por meio do Fundo da Reconstrução (Funrigs).
Estudo paralelo sobre movimento
Começou ontem a análise sobre o Volume Diário de Movimento (VDM) contratado pelo grupo de trabalho da região. Foram investidos R$ 37 mil, a partir de rateio das associações comerciais, dos municípios (Amat e Amvat) e dos vereadores (Avat).
A contagem será em seis pontos estratégicos durante uma semana, 24 horas por dia. “Existe uma percepção de que o fluxo está subestimado. Mas precisamos comprovar isso. É o que vamos fazer”, diz o diretor de Infraestru-
Primeiro trecho duplicado será entre Lajeado e Arroio do Meio, na ERS-130. Já a Rota do Sol (453) desponta como principal trecho em termos de carga de investimentos
tura da Associação Comercial de Lajeado (Acil), Nilto Scapin.
Devido ao tempo previsto do cronograma para o leilão, diz o secretário Pedro Capeluppi, acrescentar um novo VDM poderia atrasar o término do edital. Mesmo assim, considera o estudo paralelo uma oportunidade.
“Difícil acrescentar na modelagem, mas, pode ser usado de argumento para o setor privado. Se ficar provado que o cálculo do fluxo é maior do que está no edital, é uma forma de acirrar a competição. O que pode trazer benefícios com uma maior redução na tarifa base”, destaca Capeluppi.
Para o vice-presidente da CIC-VT, coordenador do grupo de trabalho sobre pedágios, Adelar Steffler, o levantamento do governo usou dados dos anos de 2021 e 2022, marcados por queda na circulação. Segundo ele, isso pode ter influenciado na projeção de receita e, por consequência, na tarifa estimada.
Duas possibilidades para estabelecer o preço por quilômetro rodado: uma com tarifa de R$ 0,19, em que parte da arrecadação será do Imposto sobre Serviços (ISS) para os municípios, ou com o deságio do tributo e um preço médio por quilômetro rodado de R$ 0,18. Nos próximos dias, conforme a Secretaria da Reconstrução, serão agendadas reuniões com os prefeitos para definir qual será a decisão dos gestores públicos. Inclusive esse debate será levado para a Federação das Associações de Municípios (Famurs).
Conforme a prefeita de Estrela, Carine Schwingel, é preciso mais informações, tanto sobre o impacto na arrecadação dos municípios, quanto na rota de engenharia das obras adicionais, como passarelas, rotatórias e acessos. “Tivemos acesso a um esqueleto. A concessão trouxe avanços, mas não sabemos o que vai acontecer em cada um dos municípios. Precisamos desse detalhamento.”
Pior ponto da concessão
Um dos aspectos preocupantes é o bairro Boa União, em Estrela. “É considerado o pior problema da concessão. Na reunião de ontem (segunda-feira à noite), não havia solução para resolver o problema. O que estava posto, é que a futura empresa fará um estudo, um projeto para aquele local, mas não o investimento na obra”, diz a prefeita Carine. Pela manhã, o secretário chefe da Casa Civil do governo Leite, Artur Lemos, ligou à prefeita. “Ele me informou que o governador orientou para incluir a previsão da obra no Boa União. Importante destacar que o Estado vem sim, dialogando com os municípios e percebeu a necessidade desta obra.”
De acordo com Carine, além do estudo técnico para uma solução de engenharia, também será incluído no edital o investimento dentro da concessão.
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VINI BILHAR
Na fronteira entre ousadia e tradição, a Salva Craft Beer, de Bom Retiro do Sul (RS), encontrou um caminho próprio para crescer, inovar e seguir colecionando prêmios — sem perder o sabor de casa. A microcervejaria, reconhecida como a maior do estado segundo a Receita Estadual, acaba de alcançar mais um marco: foi eleita a 2ª melhor cervejaria sul-americana no Concurso promovido pela Revista da Cerveja, que reuniu mil rótulos de diversos países avaliados por 42 jurados especializados.
Mas o que mais chama atenção na trajetória recente da Salva não está apenas no pódio. Desde dezembro de 2024, todas as suas cervejas passaram a ser produzidas sem glúten — decisão tomada sem alarde e que agora vem a público com resultados sólidos e impacto direto na experiência do consumidor.
A ideia nasceu como tantas outras boas ideias: de uma conversa entre amigos. Provocado por um amigo celíaco a criar uma versão da premiada Session IPA, o fundador João Giovanella respondeu com pragmatismo e empatia: E assim foi feito.
Sem grandes investimentos em
equipamentos, a solução veio do conhecimento técnico. Uma enzima adicionada ao processo garante a quebra do glúten, sem interferir no perfil sensorial da bebida. Ao contrário: além de manter as características originais, a mudança elevou o drinkability e reduziu a sensação de estufamento.
Durante meses, a produção seguiu em silêncio. Testes rigorosos foram conduzidos para
garantir repetibilidade, segurança e qualidade.
A produção média atual é de 400 mil litros por mês e a marca já soma 89 prêmios acumulados desde 2016. E as conquistas não param por aí. As cervejas seguem disponíveis no Salva Pub, ponto de encontro em Bom Retiro do Sul onde a cultura cervejeira é celebrada com simplicidade, excelência e propósito.
Estão abertas as inscrições para o terceiro e último lote da 22ª Convenção CDL Lajeado, maior evento de gestão e negócios do interior do RS. A atividade ocorre no dia 26 de junho, a partir das 8h, no Clube Tiro e Caça. O investimento é de R$ 469
para associados da CDL e R$ 529 para o público geral.
A programação inclui cinco palestras com nomes como Augusto Rocha, Soraia Schutel, Carlos Busch, Helena Brochado e Hélio Azevedo. O evento é aberto a todos os setores, não apenas ao va-
rejo. A inscrição garante acesso às palestras, almoço e coffee breaks. Informações e inscrições pelo site www.convencaocdllajeado.com. A realização é da CDL Lajeado, com patrocínio de Sicredi e CDL Porto Alegre / Equifax, e apoio da Prefeitura de Lajeado.
Crédito do Trabalhador significa que as pessoas terão menos renda disponível, o que pode agravar o endividamento dos cidadãos.”
Girando Sol promove Semana do Meio Ambiente com foco em sustentabilidade
A Girando Sol realizou, de 2 a 6 de junho, a Semana do Meio Ambiente com o tema “Juntos para um futuro + sustentável”, voltada ao público interno. A ação impactou mais de 650 colaboradores com atividades como desafios, oficinas e palestra. Entre os destaques, o Desafio Sustentável “Quem separa, coopera” incentivou a separação correta de resíduos e o uso do Eco
Ponto, que recolhe embalagens e tampinhas para reaproveitamento e fins sociais. No Dia Mundial do Meio Ambiente (5), a especialista Maria Caravagio ministrou a palestra “Meio Ambiente: Educar, inspirar e transformar”. Também foram promovidas oficina de compostagem, quiz sobre água e efluentes e pintura da Árvore da Sustentabilidade.
Período de frio faz diminuir doações. Maior demanda é por “O negativo”, “O positivo” e “A negativo”
Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br
OCentro Hemoterápico do Vale do Taquari (Hemovale) pede a doação urgente de sangue tipos “O negativo”, “O positivo” e “A negativo”. Frio pode ter afastado doadores nas últimas semanas. Diminuição implica em cenário crítico nos estoques.
Enfermeira responsável pelo centro, localizado no Hospital Bruno Born (HBB), em Lajeado, Marina Vieira afirma que todo o início de inverno apresenta uma diminuição de doações. “As pessoas acabam não saindo de casa pelo frio, e isso impacta nos nossos estoques. A demanda não diminui, ao contrário, só aumenta”, alerta Marina. O Hemovale abastece, hoje, 22 hospitais das regiões dos Vales do Taquari, Rio Pardo, Vale do Caí e Região Central. São coletadas até
MARINA VIEIRA ENFERMEIRA RESPONSÁVEL PELO HEMOVALE
As pessoas acabam não saindo de casa pelo frio, e isso impacta nos nossos estoques. A
demanda não diminui, ao contrário, só aumenta”
800 bolsas de sangue por mês no centro, e a demanda, por vezes, pode chegar a mil bolsas mensais.
Outro desafio é a variação nos tipos sanguíneos disponíveis. “Às vezes temos um bom estoque de ‘A positivo’, mas apenas uma ou duas bolsas de ‘A negativo’. E o sangue ‘O negativo’ é ainda mais crítico, porque é o único que pode ser usado em emergências, antes da tipagem sanguínea do paciente”, explica Marina.
Requisitos para doação de sangue
- Estar em boas condições de saúde;
- Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos;
- Pesar no mínimo 50 kg;
- Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas);
- Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação);
• Apresentar documento original com foto emitido por órgão o cial .
• Homens - 60 dias (máximo de quatro doações nos últimos 12 meses).
• Mulheres - 90 dias (máximo de três doações nos últimos 12 meses).
- Quatro é o número de vidas que podem ser salvas com cada doação de sangue;
- O sangue representa cerca de 7% do peso corporal de um indivíduo adulto;
- A doação de sangue não oferece ao doador nenhum risco de contrair doenças infecciosas.;
- Todo o processo de doação de sangue dura cerca de uma hora;
- O sangue doado é testado para seis doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue: Hepatite B, Hepatite C, HIV, HTLV, Sífilis e doença de Chagas;
- A média é que a cada 10 candidatos à doação de sangue que comparecem aos bancos de sangue, oito estão aptos para doar e dois estão temporariamente ou de nitivamente inaptos para doar;
- Anemia é uma das principais causas de inaptidão à doação de sangue.
- Centro atende 22 hospitais das regiões dos Vales do Taquari, Rio Pardo, Vale do Caí e Região Central;
- Até 800 doadores passam pelo Hemovale por mês;
- Demanda mensal pode chegar a mil bolsas de sangue;
- Atendimento para doações é das 7h30min às 13h, de segunda a sexta, e até às 11h no sábado, com agendamento.
Casos graves, como acidentes de trânsito, por exemplo, podem esgotar o estoque de “O negativo”. “Se chega uma emergência, precisamos ter ‘O negativo’ para estabilizar o paciente até conseguir fazer a tipagem correta. Ele é o sangue universal para doação, mas quem tem esse tipo só pode receber dele mesmo.”
Marina reforça que a responsabilidade do Hemovale vai além do HBB. “Além de Lajeado, damos suporte para hospitais de cidades como Estrela, Teutônia e Encantado, que têm estruturas como UTIs e, por isso, uma demanda significativa.”
A enfermeira reforça o apelo para que a população mantenha as doações ao longo do inverno. “Essa mínima melhora que tivemos com as campanhas não é suficiente. Precisamos aumentar o número de doações.”
Em casos de urgência e com estoque zerado, o Hemovale recebe apoio do Hemocentro do Estado do Rio Grande do Sul, localizado em Porto Alegre. Além das emergências, a maior demanda por bolsas de sangue são para transfusões na área oncológica dos hospitais, em especial, para pacientes hematológicos.
Em geral, qualquer pessoa saudável, entre 16 e 69 anos, pode ser um doador de sangue.
A pessoa ainda deve ter mais de 50 kg e respeitar os intervalos entre uma doação e outra. Alguns impeditivos podem incluir
doenças, medicações, entre outras intervenções.
No Hemovale, as doações ocorrem de segunda a sexta-feira, das 7h30min às 13h, e no sábado, até às 11h, com horário agendado. O agendamento também pode ser feito durante a semana, mas é opcional.
Atividades especiais marcam o mês de junho em comemoração ao aniversário da iniciativa
Jéssica R. Mallmann jessicamallmann@grupoahora.net.br
LAJEADO
Apaz é um compromisso diário, construído com ações conscientes e justas. Em Lajeado, esse compromisso ganhou força há seis anos com a criação do Pacto Lajeado Pela Paz — uma iniciativa que já beneficiou mais de 20 mil pessoas e transforma realidades por meio da educação socioemocional e do fortalecimento de vínculos familiares. Além de contribuir para a redução da violência, o programa segue mobilizando a comunidade. A exemplo, até abril deste ano, mais de 1.150 pessoas foram alcançadas pela iniciativa . O Pacto Lajeado pela Paz é
um movimento multissetorial promovido pela administração de Lajeado e visa a redução da violência. Ele envolve entidades e agentes policiais e fiscalizadores, e está alicerçado em dois eixos: da prevenção e da aplicação da lei.
“Em todos esses anos, trabalhamos incansavelmente para construir uma cidade mais pacífica. Por meio de diversas práticas, atuamos em escolas, empresas, hospitais, no presídio, na universidade e em comunidades”, explica a assistente social e coordenadora do Pacto Lajeado pela Paz, Tânia Fröhlich Rodrigues.
Neste eixo são desenvolvidos os projetos Justiça Restaurativa, Família na Roda, Conte Comigo, Seja, Cada Jovem Conta, SOMAR e Banco de Oportunidades. Já na “aplicação da lei”, ocorrem ações integradas de fiscalização e policiamento que buscam melhorar a sensação de segurança no município e reduzir a perturbação do sossego.
Segundo o secretário de segurança pública, Paulo Locatelli, o eixo da aplicação da lei tem um papel essencial: garantir que as
17/06 - PALESTRA
9h às 11h - Labilá Construindo Cidades
Mais Seguras: Estratégias Baseadas em Evidências
PALESTRANTE: Alberto Kopittke
25/06 - PALESTRA
9H ÀS 11H - Labilá Mediação: uma forma de transformação de conflitos PALESTRANTE: Regina Célia Zanella
26/06 - PALESTRA
19H - Labilá
Está na Hora de Dormir: Desenvolvimento Infantil e Fortalecimento de Vínculo
PALESTRANTES: Bruna Butzke e Jenifer Ledur
normas sejam cumpridas de forma eficaz, transparente e respeitosa. “Quando a lei é aplicada com responsabilidade, fortalecemos a confiança da comunidade nas instituições e mostramos que a justiça é um caminho seguro para resolver conflitos e proteger vidas”, ressalta.
A comunidade será presenteada com atividades durante todo o mês de junho. A abertura da programação festiva ocorreu nessa terça-feira, com um curso online de fortalecimento do facilitador, formação do programa Família na Roda, diálogos na comunidade e um encontro de círculo para servidores de todas as secretarias.
Jeferson Rabaiolli transformou a antiga venda da família em uma clínica odontológica completa, que alia acolhimento e tecnologia de ponta
Daniély Schwambach* centraldejornalismo@grupoahora.net.br
* Estagiária sob a supervisão de Mateus Souza
“Tu és um só, mas por essa porta vão entrar muitos, todos diferentes. Aprende a te adaptar a cada um.” O ensinamento do pai, Luis Rabaiolli, acompanha Jeferson desde a infância, quando ajudava atrás do balcão do armazém da família, em Encantado. A mesma esquina que um dia vendeu secos e molhados é, hoje, endereço do Rabaiolli Centro Integrado de Odontologia, uma clínica que preserva a escuta e o cuidado com cada paciente, sem abrir mão da inovação.
Filho de Luis e Célia Fleck Rabaiolli, Jeferson nasceu em 1969, em Encantado. Estudou sempre em escolas públicas, integrando a primeira turma da atual Escola Monsenhor Scalabrini. Depois, cursou o Érico Veríssimo. A vida acadêmica, porém, exigiu novos rumos: partiu para Porto Alegre, onde tentou ingressar na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Sem sucesso imediato, iniciou Engenharia Civil na PUCRS. “Parecia natural. Sempre desenhei bem, gostava de construir. Mas percebi que aquilo me distanciava de quem eu era. Era muito cálculo, muito raciocínio lógico. Me frustrei.” No fim do terceiro semestre,
voltou para casa e comunicou à família que deixaria a PUC para tentar a federal. “Meu pai ficou frustrado, mas me apoiou. Queria me ver feliz.”
A decisão pela Odontologia surgiu por acaso, após uma experiência negativa ao buscar atendimento com um dentista. “Fui até lá, toquei a campainha, ninguém me atendeu. Depois ele apareceu e disse que não tinha tempo. Nem perguntou se podia me encaixar em outro momento. Aquilo me marcou. Vi ali o tipo de comportamento que eu jamais queria reproduzir.”
Formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul entre 1989 e 1992, Jeferson iniciou a carreira em Putinga. Trabalhou junto ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais, conciliando com o internato universitário na área de cirurgia. “Na faculdade, atendíamos no máximo três pacientes por turno. De repente, eram oito por turno, 16 por dia. Um choque.”
Se sobrava tempo, podia usar a estrutura para atender a comunidade de forma privada. Essa vivência durou até 1995, e ajudou a fidelizar os primeiros pacientes da carreira. De volta a Encantado, pensou em abrir a primeira clínica no cen-
ENTREVISTA
JEFERSON RABAIOLI • Rabaioli Odontologia
“Quando se trabalha com pessoas, tudo pode acontecer”
Wink – Como foi a experiência de ajudar teus pais no armazém?
Jeferson – O balcão sempre foi algo muito natural pra mim. O armazém era no mesmo prédio da nossa casa. Por uma porta se entrava no armazém, por outra na cozinha. Passei minha infância e adolescência ali, no convívio com meus pais. Era um ponto de ônibus, tinha até placa vermelha. Também era ponto de táxi. Meu pai, às vezes, levava a comunidade até outros lugares. Esse envolvimento sempre foi muito comunitário.
Wink – Quais marcas da tua infância te acompanham até hoje?
Jeferson – O mais marcante foi a capacidade de conviver com os mais diversos perfis. O pai dizia: tu és um só, mas por essa porta vão entrar muitos diferentes. E tu precisa te adaptar a todos eles.
A (r)evolução do branding por Ana Couto
Ana Couto é precursora da disciplina do branding no Brasil e acredita que, se as marcas nacionais fizerem uma gestão rigorosa do intangível com foco em criação de valor, terão plenas condições de se manterem firmes e fortes no mercado, além de competir em pé de igualdade com gigantes globais. Por isso, no livro, A (r)evolução do branding, ela mostra que as empresas devem estar prontas para criar uma marca forte, entender o momento certo de um rebranding, adotar metodologias que integram marca, negócio e comunicação, gerir valor no dia a dia com foco em produto, pessoas e propósito, manter coerência entre discurso e prática, e aprender com exemplos reais do mercado.
tro da cidade. Mas o conselho do pai mudou tudo. “Se tu trabalhar bem, as pessoas vêm até ti.”
Com isso, aceitou transformar o antigo armazém da família no primeiro consultório. Aos poucos, o espaço foi ganhando novos ambientes, equipamentos, laboratório e até sala exclusiva para cirurgias.
Atualmente, o Rabaiolli Centro Integrado de Odontologia conta com cinco consultórios. Um deles é reservado a procedimentos cirúrgicos, garantindo segurança, biossegurança e privacidade. Os demais atendem a diferentes finalidades, com espaços pensados para proporcionar acolhimento e individualidade.
A clínica também possui laboratório próprio para a confecção de próteses imediatas, ajustes e reparos. “Prezamos por estrutura completa. Essa independência nos permite dar respostas mais rápidas, com mais controle sobre o que entregamos.”
Há 11 anos, a aposta é na odontologia digital. Moldes desconfortáveis e massas já não fazem parte da rotina. “Substituímos tudo isso por imagens escaneadas. Utilizamos escâneres intraorais que geram imagens em 3D, enviadas para
Acho que isso moldou minha personalidade, esse olhar de aceitar as diferenças.
Wink – De que maneira esse ensinamento do teu pai reflete na clínica?
Jeferson – Eu exercito isso em cada paciente. O primeiro passo é compreender quem está à nossa frente. O segundo é adaptar o atendimento. Serviços não devem ser em série, precisam ser customizados. Atendimento humanizado não é luxo, é obrigação.
softwares que projetam a peça. Depois, o equipamento confecciona ali mesmo. Em muitos casos, iniciamos e finalizamos na mesma sessão, sem provisórios.” Esse processo traz mais precisão, agilidade e conforto para o paciente.
Apesar de toda a tecnologia, Jeferson reforça que o essencial continua sendo o relacionamento. “Não acredito em atendimento em série. Cada paciente é único. A primeira tarefa é compreender quem está à nossa frente. A segunda, adaptar-se a ele.”
Segundo ele, esse cuidado vem da vivência no comércio. “Ter atendimento humanizado deveria ser obrigatório. E não falo só em ser gentil. É sobre olhar para o outro de verdade.”
Casado com Carla, pai de Cecília e Isabella, Jeferson enxerga no próprio negócio a chance de aplicar os valores que herdou em casa. “Tudo começou ali na esquina, no armazém. A vida me trouxe de volta para onde tudo começou.”
Método contraceptivo hormonal colante (pl.)
Opositores dos republicanos, nos EUA
Celso Portiolli, apresentador do SBT
O Estado baseado em doutrina religiosa
Cada um dos livros de Homero
"Natural", em GNV
Texto estudado pelo criminalista
Senhor (síncope)
Despachos (Rel.)
Serviço dos Correios para guarda e entrega de documentos extraviados Membro ausente em anuros
Ter em seu poder Torta, em inglês
Significa "Sinfônica" na sigla OSB
Programa humorístico com Rafael e Fabiano Cambota Tamanho de roupas
ressecado
Recibo para autônomos (sigla)
(?)-teima: tecnologia usada no futebol desde 1986
(?) Costa, político Manteiga clarificada
Marcas de alto (?), lista do INPI
Prender através de cordas A sexta corda do violão
Deus egípcio com aparência de carneiro
Enfeita; adorna
Documento oficial de identificação
Traje de lutadores Interjeição de espanto
Trama; enreda "(?) Of Time", canção de Beyoncé Pão de (?), bolo leve, sem manteiga
Planta cuja essência é utilizada em incensos
ÁRIES: Pensamentos obsessivos poderão tirar o foco do que realmente importa. Praticar esporte ou planejar uma viagem será revigorante.
TOURO: Pode ser o momento ideal para renegociar dívidas, avaliar investimentos ou até comprar algo durável com ótimo custo-benefício.
GÊMEOS: Canalize a energia em algo prático, como escrever, desenhar ou resolver pendências. O céu de hoje favorece os relacionamentos.
CÂNCER: Se puder, reorganize o quarto, o espaço de trabalho ou estude um novo assunto que estimule sua criatividade e determine objetivos pessoais.
LEÃO: Aproveite para retomar um hobbie, treinar ou se aproximar de quem faz você rir. Amores, filhos e amizades estarão em foco.
VIRGEM: Resolver assuntos familiares exigirá tato e empatia. Conversas delicadas podem trazer entendimento, desde que você não espere demais das pessoas.
LIBRA: Respostas estarão na ponta da língua, esbanje charme e inteligência! Excelente momento para entrevistas e reuniões.
ESCORPIÃO: O dia será produtivo para organizar as finanças, vender algo que não usa mais ou renegociar valores.
SAGITÁRIO: Sonhos ganharão contornos nítidos. Aproveite o dia para se cuidar com carinho e resolver assuntos do coração.
CAPRICÓRNIO: Você estará mais introspectivo e seletivo. Reserve momentos de silêncio para reorganizar ideias ou rever pendências pessoais.
AQUÁRIO: Conversar com amigos, participar de discussões ou dar uma volta na cidade trará insights valiosos. Se pintar uma ideia de projeto, anote.
PEIXES: Foque nas metas profissionais e nos assuntos práticos. O dia será produtivo para investir na sua imagem e ganhar popularidade.
Lajeadense recebe o Santa Cruz em busca de vitória para voltar às primeiras posições
Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br
Invicto há quatro jogos na competição, o Lajeadense encara na noite de hoje o Santa Cruz no “Clássico dos Vales”. Vitória sobre o adversário na sexta rodada pode colocar o Alviazul na liderança da competição. A partida ocorre às 20h, na Arena Alviazul, com transmissão da Rádio A Hora.
A partida é especial ao Lajeadense, que não perde em casa há mais de dois anos. A última derrota? Justamente para o adversário de hoje. No dia 4 de junho de 2023, o Santa Cruz venceu em Lajeado por 1 a 0. Desde então, são 15 jogos na Arena e nenhuma derrota do Dense.
Para o confronto, o técnico Serginho Almeida deve manter a mesma base da escalação do fim de semana, quando empatou em 0 a 0 com o União Frederiquense, fora de casa. Serginho convoca a torcida para o duelo. “Clássico é mais que um jogo, é uma rivalidade, uma partida que pode mudar o destino de
uma equipe. Esperamos que o torcedor possa se fazer presente na Arena e nos ajudar a vencer mais este confronto”, diz. O provável time titular para o confronto tem: Igor Pavan; Jhuan, Selson, Josias e Juan Mello; Julio César, Marco e Nathan; Luca Giovanella, Cadinho e Matheus Mazia.
A liação ao CBC já era um objetivo da Juventus e foi antecipada neste ano devido à exigência para a participação na Superliga C
Com velhos conhecidos do torcedor alviazul, o Santa Cruz não faz um bom início de Divisão de Acesso. Passadas cinco rodadas, o clube do Vale do Rio Pardo está fora da zona de classificação. Com 5 pontos, entra na rodada ocupando a 10ª posição. O time titular deve ter: Igor Cas-
VÔLEI
tro; Jean Carlo, Lucas Pezão, Bernardo Santos e Magal; Ben-Hur, Cristian e Jorginho; Marquinhos, Robinho e Patrikão
Os ingressos para o clássicos são vendidos a R$ 20 a arquibancada geral, R$ 35 a social e R$ 55
a cadeira. A meia entrada sai por R$ 17,50. Os bilhetes podem ser adquiridos de forma presencial nas lojas DMF Esportes do Centro e Lajeado Shopping ou através do site eleventickets.com.
A Juventus Voleibol passou a integrar oficialmente o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), uma das principais entidades responsáveis por fomentar e dar suporte ao esporte brasileiro.
A adesão foi confirmada nesta semana e representa mais um passo importante na trajetória de crescimento do clube.
A filiação ao CBC já era um objetivo da Juventus e foi antecipada neste ano devido à
exigência para a participação na Superliga C, competição nacional da qual a equipe fará parte novamente em 2025, como já ocorreu em 2024.
Com a integração ao Comitê, a Juventus passa a ter acesso aos Campeonatos Brasileiros Interclubes (CBIs), principais competições entre clubes do país. Além disso, o clube poderá contar com diversos benefícios oferecidos pelo CBC, como suporte técnico,
participação em eventos, capacitações e incentivos ao desenvolvimento esportivo.
Ano após ano, a Juventus Voleibol consolida seu nome no cenário estadual e nacional, com um projeto sólido, focado na formação de atletas e na participação em competições de alto nível. A integração ao CBC reforça esse compromisso e projeta ainda mais o nome da Juventus Voleibol no esporte brasileiro.
por Raica Franz Weiss
O atual município de Progresso, há 50 anos, era distrito de Lajeado e, conforme um levantamento da época, era a localidade com o maior número de analfabetos no município. Naquele tempo, a comunidade tinha um total de 288 pessoas que não podiam ler e nem escrever.
Entre os maiores de 45 anos, 116 pessoas eram analfabetas. De 26 a 45 anos, eram 96. Já entre 15 e 35 anos, havia 86 pessoas analfabetas.
Na época, o levantamento do município listou as principais causas desse resultado: conforme o estudo, 75% das pessoas
eram analfabetas por “má vontade de aprender”; outros 11% tinham deficiência física e mental; e 14% do analfabetismo era relacionado à falta de escolas nessas comunidades.
Esse panorama, de acordo com os jornais da época, seria modificado com a instalação dos Postos de Alfabetização do Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização).
Conforme dados do Censo do IBGE de 2010, em Progresso, a taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade era de 99%, um cenário bem diferente de 50 anos atrás.
As negociações com os proprietários de terras tinham encerrado e, depois de meses, iniciava a construção da estrada e dos aterros até a ponte sobre o Rio Forqueta, que ligaria Travesseiro a Marques de Souza.
O aterro teria nove metros de altura e exigiria a colocação de 71 mil metros cúbicos de terra, num valor de R$ 500 mil. A estrutura e a pista da ponte estavam prontas desde 2003 e a obra estava abandonada desde então em função das desapropriações necessárias para fazer o acesso. A ponte era essencial para o escoamento da produção de Travesseiro que, sem a ligação, tinha que adicionar 30 quilômetros à rota para chegar até a BR-386.
A ponte foi inaugurada oficialmente em 2006 e, nas enchentes de maio de 2024, acabou sendo levada pelas águas do Rio Forqueta.
Mais de 550 professores de 16 municípios da região participavam do Seminário de Educação O Espaço da Vida, promovido pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Arroio do Meio. Na época, o prefeito de Arroio do Meio era também presidente da Amvat, Danilo Bruxel. O encontro ocorreu no Cine Teatro Real. Entre os palestrantes estava o escritor Pedro Bandeira, a pedagoga Madalena Freire e a antropóloga Martha Flores Vieira. Pais e comunidade também podiam participar do momento.
Há 50 anos, o governo de Lajeado dava continuidade ao calçamento das ruas da cidade, por meio dos trabalhos da Secretaria de Obras. Na época, um trecho da rua Germano Berner recebia calçamento, nos metros entre a Av. Benjamin Constant e a rua Duque de Caxias. Ainda hoje, esse mesmo trecho continua com paralelepípedos.
A Avenida Benjamin Constant também estava em obras e ainda recebia a calçada de passeio, assim como a Avenida Alberto Pasqualini, em frente ao Senai e à Escola Érico Veríssimo. A rua Alberto Torres também seria contemplada. Hoje, a rua tem trechos asfaltados e outros ainda em paralelepípedo.
Jornalista
Opedido vem da população e até de alguns dos próprios integrantes da câmara de Lajeado. Há um entendimento de que o Legislativo do maior município do Vale precisa ser mais protagonista nos temas estruturantes, como fez recentemente na audiência pública sobre os pedágios. Na sessão de ontem, 10, o incômodo com a postura de alguns vereadores desagradou até experientes nomes da casa. Lorival Silveira (PP) cobrou respeito e diálogo entre os colegas. Paula Thomas (PSDB) utilizou quase todo os sete minutos para cobrar colegas em relação a termos considerados ofensivos. A crítica foi para Waldir Blau (MDB) que utilizou o termo “mãezona” para se referir a prefeita Gláucia
Schumacher. O clima tenso envolveu também a polêmica entre a presidente Ana da Apama (PP) e a Polícia Civil (PC). Há um descontentamento com os termos mais “chulos” utilizados durante as sessões e ainda uma mistura de assuntos particulares com a rotina do Legislativo. A necessidade de não envolver a casa em bandeiras pessoais foi
O ex-prefeito de Lajeado e agora secretário estadual, Marcelo Caumo, já decidiu: Quer disputar uma vaga no congresso, em Brasília. E seria fundamental para o Vale do Taquari ter um “filho seu” na câmara dos deputados. No mundo perfeito, o objetivo seria alcançado com uma mobilização dentro da região. Na prática, a política partidária torna o caminho mais tortuoso. Candidaturas sérias para representar o Vale são bem-vindas em qualquer instância. Seja o ex-prefeito de Lajeado ou qualquer outro líder local. Porém, o caminho até o plenário da Assembleia Legislativa parece mais acessível. No meio político, há quem indique para Caumo um recálculo da rota para disputar um dos 55 gabinetes destinados aos eleitos para o legislativo gaúcho.
Agora no União Brasil, Marcelo assumiu a secretaria estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano e, claro, isso permeia acordos com a sigla para 2026. Há ainda a federação eminente do partido que Caumo representa com o Progressistas, antiga sigla dele.
reforçada por Neco Santos (PL), vice-presidente. O cenário não colabora em nada com o papel fundamental dos vereadores e merece uma intervenção para as sessões serem mais produtivas. Fundamental ainda uma redução na pressão perceptível no plenário e reforçada nos bastidores. O clima na câmara anda pesado e nem é ano de eleição municipal.
- Lajeado e a Corsan/Aegea precisam resolver o impasse sobre a recuperação de vias após intervenções para manutenção na rede de água. Buracos ficam abertos em avenidas ou ruas por um longo tempo. Nesta semana, a secretaria de Obras tratou de fechar crateras, inclusive no Centro. Ao que consta, a responsabilidade é da concessionária.
- A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do RS aprovou o parecer favorável ao projeto de autoria do deputado Luiz Marenco (PDT), que reconhece o monumento Cristo Protetor de Encantado como de relevante interesse religioso, cultural e turístico. É mais uma conquista do indutor do turismo regional.
- Nesta quarta-feira, 11, uma comitiva de Lajeado vai até Porto Alegre reivindicar mais uma vez a instalação de um batalhão dos bombeiros no município. Agilizar as liberações de alvarás para empreendimentos é um dos benefícios com a estrutura, além de fortalecer a guarnição local.
- Nem todos os Progressistas estão confortáveis em Encantado diante da federação com o União Brasil em âmbito nacional. No município, o PP é oposição ao atual governo. O futuro parceiro de sigla é da base aliada de Jonas Calvi.
MAURO FALCÃO
advogado e escritor
No entrelaçar de olhares, há mais do que desejo. Existe a possibilidade de um encontro ontológico — não apenas de corpos, mas de existências inteiras. No Dia dos Namorados, entre flores, jantares e promessas, poucos percebem que o amor genuíno não é aquilo que nos falta, mas aquilo que nos desperta. Desde Platão, aprendemos a idealizar o amor como a busca pela metade perdida. No “Banquete”, o filósofo fala do ser humano como um fragmento partido ao meio, ansioso por reencontrar sua completude. Mas e se o amor não fosse reencontro, e sim criação? Não a procura por uma parte ausente, mas a ousadia de tornar-se inteiro?
O verdadeiro afeto é olhar para o outro e, ao invés de ver uma função ou uma projeção do próprio desejo, ver um mistério que não se esgota em nossa compreensão. É, portanto, um ato de reconhecimento: “o outro é alguém com um universo próprio - um abismo que nos desafia e nos chama a mergulhar”. É a angústia de sair de si e se colocar em risco diante do outro, sem a ilusão do controle. O amor não se resume a fusão — essa ideia romântica de “dois tornarem-se um” talvez seja a mais destrutiva. Quando dois se fundem, um deles inevitavelmente desaparece. O afeto verdadeiro não anula, potencializa.
A relação amorosa deve ser uma dança, não uma prisão. Um lugar onde o “eu” e o “tu” não se apagam, mas se reinventam em diálogo.
O amor não é a linha de chegada, mas o processo.”
Nem sempre amamos o que nos faz bem. Às vezes, amamos o que nos desafia , o que nos desconstrói, o que nos obriga a mudar. Isso assusta. Por isso tantos fogem do amor profundo, preferindo vínculos de conveniência, laços previsíveis e domesticados. Contudo, onde não há risco, tampouco há transcendência.
Talvez devêssemos nos perguntar: “Esse amor está me revelando a mim mesmo?”, “Estamos evoluindo juntos?”, “Existe liberdade entre nós?”
Porque amar, de fato, é mergulhar profundamente em si, tendo o outro como espelho, provocação e companheiro(a) de jornada.
O amor não é a linha de chegada, mas o processo. O encontro não é conclusão, é início. O outro não é resposta, é pergunta. E é nesse terreno fértil da dúvida, da impermanência e da entrega que o amor verdadeiro floresce — não como algo que nos completa, mas como algo que nos desperta. Que ele nos toque onde mais precisamos ser transformados — na alma.
Iniciativa criada em Lajeado há seis anos transforma realidades por meio da educação socioemocional e do fortalecimento de vínculos familiares. Projeto envolve alunos e comunidade com profissionais multidisciplinares e facilitadores
‘‘ ‘‘
Os municípios estão sufocados em seus orçamentos com o investimento em saúde, e as pessoas estão sofrendo nas filas.”
Adriane Perin de Oliveira, presidente da Famurs acerca da crise em hospitais e unidades de atendimento no RS
Existe uma percepção de que o fluxo está subestimado. Mas precisamos comprovar isso. É o que vamos fazer.”
Nilto Scapin, diretor de Infraestrutura da Acil sobre o estudo de fluxo para contrapor cálculo do Estado no plano de concessão das rodovias
CADERNO ESPECIAL JUNHO 2025
Dez escolas e mais de 2 mil alunos participam de ação
PÁGINA 15
EMPREGOS VERDES
INSCRIÇÕES ABERTAS
Premiação do concurso Educame chega a R$ 25 mil
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Adolescentes mostram interesse por profissões voltadas ao meio ambiente. Entretanto, ofertas de formação e vagas de trabalho ainda não permitem o protagonismo de uma geração preocupada com as mudanças climáticas e seus reflexos. Segundo especialista, faltam políticas educacionais e de empregabilidade que estimulem a formação em setores verdes.
PÁGINA 8 E 9
Alunas da Escola Estadual de Ensino Médio Westfália desenvolvem pesquisa com base nos resultados do monitoramento da qualidade da água do rio Taquari. Os índices são apontados por meio de análises contratadas pelo A Hora e executadas pelo Laboratório Unianálises. A divulgação dos dados está em todas as plataformas do grupo. O trabalho das estudantes será apresentado na mostra científica do município. A expectativa é chegar às fases regional e estadual. Pág. 4
A convite do Governo do Estado, o programa Educame participou da 2ª Reunião do Sistema Estadual de Proteção Ambiental, em Porto Alegre. No nosso espaço, passaram pessoas de todos os cantos do RS, a exemplo de Caxias do Sul, Camaquã, São Gabriel e Nova Petrópolis.
Durante o encontro, a cartilha, o livro e o caderno Educame foram entregues aos participantes e apresentados oficialmente ao governador Eduardo Leite, que conheceu de perto os objetivos do programa. A iniciativa do Grupo A Hora tem como foco levar a educação ambiental às escolas da região, promovendo o engajamento de crianças e adolescentes nas causas ecológicas.
A 2ª Reunião do Sistema Estadual de Proteção Ambiental reuniu 500 participantes, entre técnicos, prefeitos, assessores, representantes de diferentes municípios e público em geral.
No dia 19 de junho, Lajeado receberá a 1ª Conferência Municipal das Cidades, que tem por objetivo debater o futuro dos municípios. Neste processo será construída coletivamente a Política
Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU), a fim de trilhar caminhos para cidades inclusivas, democráticas, sustentáveis e com justiça social.
De acordo com a organizadora do evento, Sophia Maia, toda a comunidade
pode participar do encontro. “Cada um de nós, por meio de suas experiências particulares, vive a cidade no dia a dia.
Para que a construção de políticas públicas seja de fato coletiva, precisamos da contribuição de todos”, afirma.
A programação começa às 8h e contará com palestras, grupos de trabalho, plenária e eleição dos delegados para as próximas etapas. A atividade será no CTG Raízes do Sul.
Alunas do Ensino Médio elaboram estudo a partir do monitoramento da qualidade da água de rios e arroios da região
“Qualidade da água do Rio Taquari: uma revisão de dados e sua relação com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.” Este é o tema do projeto desenvolvido por três estudantes da Escola Estadual de Ensino Médio Westfália. Thabata Horst, Natália Schmidt e Clarisse Schmidt, do 1º ano, são orientadas pela professora de química, biologia e física, Luana Vitória Haas, e contam com o apoio da docente de química, matemática e física, Marli Radavelli Griebeler.
Conforme a professora Luana, a ideia de abordar o tema “qualidade da água” surgiu quando a equipe tomou conhecimento das análises encomendadas pelo Grupo A Hora ao
Laboratório Unianálises, da Univates.
Os resultados vêm sendo publicados desde 2022, quando começou o monitoramento semestral em mais de 23 pontos dos rios Taquari e Forqueta e arroios da região.
“Decidimos trabalhar o assunto depois ler as reportagens publicadas no jornal A Hora,” destaca a professora. O material apresenta
os resultados das análises de água. “É justamente o que propõem as mostras científicas. Estimulam trabalhar temas relacionados a problemas locais que os alunos identificam”, complementa. Luana.
A professora conta que as estudantes ficaram impressionadas com a qualidade da água do rio Taquari, quando leram as reportagens. As análises apontam para qualidade “ruim” e “péssima”, as duas piores em uma escala que ainda tem regular, boa e ótima. “A partir destes resultados, a equipe passou a pesquisar as possíveis causas e impactos. E vamos ressaltar a importância do Plano de Bacia Taquari-Antas para melhorarmos a qualidade.”
As alunas vão participar da mostra na escola. Depois concorrem na fase regional e, se forem aprovadas, vão para a estadual. A Mostra Científica promovida pela Secretaria de Educação e Cultura do RS tem como tema este ano “Criando caminhos para a sustentabilidade - Rumo à COP 2030.”
- Investigar a qualidade da água do Rio Taquari por meio de indicadores como IQA e concentração de coliformes termotolerantes, apontados no monitoramento feito pelo Grupo A Hora.
- Sensibilizar a comunidade escolar e local sobre a importância da preservação dos recursos hídricos, além de estimular o protagonismo juvenil e o pensamento científico na formulação de propostas sustentáveis.
- Analisar de que maneira a proteção dos recursos hídricos se insere nas metas da Agenda 2030 e relacionar com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
Estudantes Thabata, Natália e Clarisse são orientadas pela professora Luana
A Mostra Científica RS 2025 é um espaço para estudantes das escolas estaduais do Rio Grande do Sul criarem e apresentarem projetos científicos e artísticocientíficos, refletindo sobre temas como sustentabilidade, meio ambiente, tecnologia e inovação. A intenção é que surjam soluções para problemas reais que possam fazer a diferença, além de possibilitar que os estudantes aprendam com a pesquisa e possam apresentar suas ideias para a comunidade escolar. Em 2025, o Brasil será o país-sede da COP 30, um dos maiores eventos do mundo sobre mudanças climáticas. A Mostra Científica conectase à discussão global com o tema: “Rumo à COP 30: Criando Caminhos para a Sustentabilidade”.
• Recursos Naturais, Saúde e Sustentabilidade Ambiental
• Desenvolvimento Social e Educacional
• Arte, Cultura e Comunicação
• Ciência, Tecnologia e Inovação
Você sabia que são necessários 2,7 mil litros de água para fazer uma camiseta? E cerca de 3,4 mil litros para produzir uma calça jeans? Além de consumir grande quantidade de recursos naturais, a indústria da moda é considerada uma das mais poluidoras por conta dos processos de fabricação, entre eles, o tingimento dos tecidos. Outro fator relacionado ao meio ambiente é o lixo têxtil. A maioria das peças descartadas vão para os aterros sanitários, porque é complexo reciclar.
A coordenadora do curso técnico de
Iniciativas como brechós e marcas upcycling são incríveis, porque fazem a roda girar, especialmente para moda infantil, que não tem tantas tendências como a de adulto.”
Júlia Rosa, coordenadora do curso técnico de Modelagem e Vestuário da Univates
Modelagem e Vestuário da Univates, Júlia Rosa, explica que cada peça é produzida com vários tipos de materiais. Uma jaqueta, por exemplo: o tecido pode ser jeans, a linha de poliéster, o zíper de metal, os botões de plástico. “Para reciclar é necessário que a peça seja desmanchada e cada tipo de material separado, o que torna o processo muito caro. Normalmente, o destino de peças sem condições de uso ou mesmo em bom estado descartadas é o aterro sanitário.”
Júlia destaca que é muito difícil falar de moda sem falar sobre sustentabilidade ou a necessidade desta prática. “Vivemos num mundo que consome.” As tendências de moda mudam rapidamente. “Um estilo de roupa, calçado, acessório que está na moda hoje, daqui a pouco não está mais.” O modelo de negócio "fast fashion” colabora ainda mais, porque são peças baratas que logo são descartadas.
No curso que coordena, Júlia considera importante despertar nos alunos um olhar diferente, um pouco mais “carinhoso” para atemporalidade.
“Ter essa consciência de que a moda é mais do que um look, que uma foto. A moda é toda uma cultura, um estudo.” E defende correntes que buscam a reutilização em vez do descarte. “Iniciativas como brechós e marcas upcycling são incríveis, porque fazem a roda girar, especialmente para moda infantil, que não tem tantas tendências como a adulto”, compara.
DESFILE PARA IMPRESSIONAR
São necessários cerca de 3,4 mil litros de água para produzir uma calça jeans
Ela observa que as crianças em geral têm tamanhos padrões. “Fica mais fácil de fazer ciclos. A criança cresce muito rápido e usa pouco a roupa a ponto de não chegar a estragá-la. Iniciativas de brechós de trocas são importantíssimas.” Entre as vantagens estão o custo mais baixo, além de evitar o descarte. Júlia ainda cita os brechós “garimpos”, que aplicam o conceito da moda circular. “Não serve mais, leva lá, faz uma curadoria, um upcycling.” É uma forma de dar nova vida à peça.
O curso Técnico de Modelagem e Vestuário preparou um desfile para o Simpósio Internacional Diálogos na Contemporaneidade, em abril deste ano, na Univates. As peças foram elaboradas em alusão ao Fashion Revolution, um movimento mundial que acontece há mais de 10 anos e surgiu após o desabamento de uma fábrica em Bangladesh, onde as condições de trabalho eram desumanas. “Visa chamar a atenção para as práticas da indústria da moda quanto à questão do trabalho escravo e ao desperdício de recursos.
Os alunos da Univates criaram looks conceituais, utilizaram restos de material têxtil doados por uma fábrica da região e sobras e retalhos de tecidos de ateliês de moda chique. “A ideia era não usar nada novo e chamar a atenção para o exagero. Como havia muito material à disposição, foi possível criar looks tão grandes.”
As peças ficaram em exposição no hall de entrada da Univates durante o evento, que tinha foco para sustentabilidade.
Peças foram elaboradas a partir de retalhos em alusão ao Fashion Revolution
PEÇAS QUE SERIAM DESCARTADAS
VIRAM ROUPINHAS PARA CÃES
Todos os projetos desenvolvidos no curso de Modelagem e Vestuário da Univates são com reaproveitamento de materiais, com olhar ambiental, social e econômico. Ano passado, depois da enchente, foram confeccionadas roupinhas pet. Entre os materiais utilizados estavam cobertores e roupas doadas pela população que iriam para descarte por estarem rasgadas, sem condições de uso humano. “Doamos mais de 200 roupinhas e cobertinhas para uma ong de proteção animal de Arroio do Meio”, lembra Júlia Rosa.
Conforme dados divulgados pela Agência Brasil, anualmente, os brasileiros descartam cerca de 4 milhões de toneladas de resíduos têxteis. Somente em 2023, cada família brasileira jogou fora, em média, 44 kg de roupas e calçados. Isso alimenta uma crise ambiental silenciosa no setor têxtil, impulsionada pelo modelo linear de consumo, onde a produção excessiva e o descarte desenfreado impactam drasticamente o meio ambiente.
Estima-se que o setor têxtil seja responsável por entre 2% e 8% das emissões de gases de efeito estufa em todo o mundo e consuma cerca de 215 trilhões de litros de água de por ano, o que equivale a cerca de 86 milhões de piscinas olímpicas.
Os tecidos de fibras naturais como algodão, linho e seda se decompõem mais rápido do que poliéster, náilon e acrílico.
COURO DE CACTO
Desenvolvido pela startup mexicana Desserto®, o couro de cacto é uma alternativa para minimizar os impactos ambientais. Produzido a partir do cacto nopal, seu cultivo não requer sistemas de irrigação artificial, utilizando apenas a água da chuva, o que gera uma economia de até 80% de água em comparação com culturas agrícolas comuns. Após a colheita, as folhas de cacto são secas naturalmente ao sol por três dias, sem a necessidade de energia adicional. O material orgânico é então processado sem o uso de produtos químicos tóxicos, ou seja, livre de pesticidas ou fertilizantes artificiais, resultando em um couro flexível, durável e parcialmente biodegradável. As sobras do processo vão para compostagem.
No Brasil são produzidas a cada ano cerca de 400 milhões de peças esportivas originais, entre vestuário, calçados e acessórios. Os uniformes oficiais dos times de futebol estão nesta conta. Boa parte das camisetas, entretanto, tem uma “vida” de apenas 10 meses, quando novo modelo é lançado.
FIBRAS DE ABACAXI E COCO
Outros biomateriais que estão emergindo como alternativas viáveis na moda são o Piñatex®, produzido a partir das fibras de abacaxi e o Malai, feito de celulose bacteriana cultivada em resíduos de coco. Esses materiais não apenas substituem o couro, mas também promovem o reaproveitamento de resíduos agrícolas, contribuindo para a economia circular.
Todos os anos, o deserto do Atacama, no Chile, recebe cerca de 40 mil toneladas de roupas das chamadas marcas de fast fashion, principalmente dos Estados Unidos e da Europa. Para reverter o descarte, foi lançada a campanha Atacama RE-commerce, que busca dar uma segunda chance às peças descartadas e abandonadas no deserto.
Por meio de uma ação conjunta de empresas e organizações, incluindo a ONG Desierto Vestido, as peças em bom estado são e “vendidas” por meio de uma loja de comércio eletrônico. As roupas não têm preço, o usuário paga apenas o valor do frete.
Upcycling
É o processo de transformar roupas antigas, desgastadas ou fora de moda em novas peças que são únicas e estilosas. Reaproveita-se alguns materiais e inclui-se outros para dar um novo visual à peça.
Fast Fashion
"Fast Fashion" é um termo que descreve um modelo de produção e consumo no setor da moda que prioriza a rapidez, baixo custo e grande volume. O objetivo é colocar nas lojas, o mais rápido possível, as últimas tendências das passarelas ou das redes sociais, incentivando os consumidores a comprar sempre mais e com mais frequência. Em outras palavras: É a moda rápida, descartável, feita para ser barata, bonita, mas não durar.
Pesquisa aponta interesse por empregos verdes, que contribuam com a proteção ambiental
Maria Eduarda da Silva Parlato, 16, é estudante do 2º ano da Escola Estadual de Ensino Médio Estrela. Ela já escolheu a profissão a seguir: “Pretendo ser bióloga marinha. Sempre tive uma paixão pelos animais marinhos, então escolhi esta profissão para saber mais sobre cada um deles e para poder ajudar.” Duda, como é chamada, está entre os 61% dos jovens brasileiros interessados em seguir uma carreira verde, conforme estudo elaborado pelo Capgemini Research Institute em colaboração com a Unicef/
Generation Unlimited.
A estudante acredita que os jovens podem fazer a diferença de várias formas quando se trata de meio ambiente. “A área ambiental é interdisciplinar, e isso é uma grande vantagem, ou seja, precisa de pessoas com formações diversas.” Entretanto, ela alerta: “A formação ajuda muito, mas isso não garante que será fácil trabalhar na área ambiental, especialmente em temas ligados às mudanças climáticas.”
O estudo Capgemini/Unicef apontou que jovens do mundo todo estão engajados na luta contra as mudanças climáticas, mas falta preparo para transformar ambição em ação. A urgência por capacitação, a frustração com governos e empresas e o desejo de protagonismo formam o cenário de uma geração pronta para agir, mas que ainda precisa de apoio para liderar a transição verde, diz o estudo.
Guilherme Thomé Lenz, 19, estudante do 3º ano do Ensino Médio, em Estrela, considera as profissões verdes importantes. “Tenho bastante afinidade com
A área ambiental é interdisciplinar, e isso é uma grande vantagem, ou seja, precisa de pessoas com formações diversas.”
Maria Eduarda da Silva Parlato, estudante
Acredito que falta indignação, perceber que não está tudo bem e bater no peito e fazer a mudança.”
Guilherme Thomé Lenz, estudante
biologia. Possivelmente seguirei nesta área.” Entretanto, Lenz acredita que as chances de reverter a situação atual do meio ambiente são desfavoráveis. “É uma corrida contra o tempo, não é tão simples como muitos imaginam. Acredito que o governo não está muito preocupado em ajudar, em promover a mudança.”
Na opinião Lenz, os jovens não têm muitas escolhas senão agir. “Trata-se do nosso lar, das nossas futuras famílias. Temos que fazer a diferença. Temos acesso a qualquer informação na palma das nossas mãos, cabe a nós entender e fazer o bom uso desta tecnologia.” Ele ainda acrescenta: “Acredito que falta indignação, perceber que não está tudo bem e bater no peito e fazer a mudança, ela parte de nós, desde as pequenas ações do dia a dia.”
A maior parte dos jovens ouvidos no levantamento acredita que as "green skills" – habilidades técnicas e comportamentais voltadas para a sustentabilidade, como gestão de resíduos,
agricultura regenerativa, energia limpa e análise de dados ambientais – são essenciais para o futuro. No entanto, há um descompasso entre o interesse e a preparação efetiva.
O relatório "Youth Perspectives on Climate: Preparing for a Sustainable Future" ouviu 5,1 mil jovens em 21 países, entre eles o Brasil.
O levantamento mostra que globalmente, 67% dos jovens se dizem preocupados com os efeitos das mudanças climáticas sobre o futuro. Ainda assim, 72% dos jovens acreditam que ainda há tempo para reverter os danos causados ao planeta. A maior parte dos entrevistados também quer se engajar ativamente – seja influenciando políticas públicas ambientais (71%) ou buscando empregos verdes (53%).
A desilusão com a resposta institucional também é evidente. Mais de 70% dos jovens acreditam que governos e empresas estão fazendo pouco para enfrentar a crise climática. Entre os brasileiros, 74% dizem que os líderes políticos precisam agir mais.
DOS JOVENS BRASILEIROS OUVIDOS NA PESQUISA
afirmam estar preocupados com os efeitos da mudança climática em seu futuro.
acreditam que ainda há tempo para remediar os problemas causados pelas mudanças climáticas.
estão interessados em seguir uma carreira verde. Brasileiros querem empregos que contribuem diretamente para a proteção do meio ambiente.
acreditam que desenvolver habilidades verdes abrirá novas oportunidades de carreira.
dizem já possuir as habilidades verdes necessárias para o sucesso na força de trabalho atual.
ENTREVISTA | Simone Schneider - Mestre
“Grande parte do ensino básico ainda trata a sustentabilidade como um tema complementar e não como uma competência essencial deste século.”
A pesquisa aponta que a maior parte dos jovens acredita que as “green skills” são essenciais para o futuro. No entanto, há um descompasso entre o interesse e a preparação efetiva. Você concorda que existe este descompasso?
Simone: Sim, o descompasso entre o interesse dos jovens pelas chamadas green skills e sua preparação efetiva é real e preocupante e ele não decorre da falta de interesse da juventude, mas sobretudo de barreiras estruturais e institucionais. Embora muitos jovens queiram atuar na transição verde, a oferta de formação técnica e profissionalizante em áreas ligadas à sustentabilidade ainda é limitada, especialmente nas regiões mais vulneráveis. Programas de capacitação gratuitos ou subsidiados são escassos e a informação sobre as oportunidades disponíveis nem sempre chega de forma acessível.Grande parte do ensino básico ainda trata a sustentabilidade como um tema complementar e não como uma competência essencial deste século.
O que falta para mudar este cenário?
Simone - Faltam políticas educacionais e de empregabilidade que estimulem a formação em setores verdes, com investimentos em infraestrutura educacional, formação de professores, parcerias com o setor produtivo e incentivos para estágios e projetos de inovação ambiental.
Mesmo em contextos onde há alguma oferta de qualificação, o mercado ainda não absorve plenamente jovens com esse perfil, seja por falta de reconhecimento das competências, seja por ausência de políticas de transição justa que liguem juventude, emprego e clima. Portanto, o descompasso não está na juventude, mas em uma lacuna entre potencial e oportunidade. A juventude está pronta — mas o sistema educacional e as políticas públicas ainda não estão. Para resolver isso, é preciso reformar currículos, ampliar o acesso à formação técnica e construir pontes reais entre educação, inovação e empregabilidade verde.
Segundo a pesquisa, 61% dos jovens brasileiros estão interessados em seguir uma carreira verde. O mercado de trabalho está aberto para estes jovens? Em quais carreiras?
Simone - Sim, o mercado de trabalho brasileiro está receptivo aos jovens interessados em
carreiras verdes. Com a crescente demanda por práticas sustentáveis e a transição para uma economia de baixo carbono, diversas áreas estão em expansão, oferecendo oportunidades promissoras. Podemos citar o mercado de energia renovável, agroecologia ou agricultura sustentável, reciclagem entre tantos outros.
Na enchente de 2024, o Vale do Taquari pode sentir os efeitos das mudanças climáticas. Na sua opinião, este evento contribuiu para despertar a consciência ambiental ao ponto de provocar uma mudança de comportamento nas pessoas?
Simone - Sim, a enchente de 2024 no Vale do Taquari foi um marco traumático — mas também um ponto de inflexão. Eventos extremos como esse têm o poder de romper o cotidiano, escancarando as consequências reais da crise climática e, inevitavelmente, despertando reflexões profundas sobre nosso modo de vida, nosso modelo de ocupação territorial e a urgência de agir.
O que mais o desastre de maio de 2024 revelou?
Simone - O desastre provocou uma reação imediata de solidariedade e engajamento comunitário, o que é típico em situações de calamidade. Mas, mais do que isso, ele expôs com força o vínculo entre degradação ambiental, ocupação urbana desordenada e vulnerabilidade social. Isso tem, sim, impulsionado uma consciência ambiental mais crítica, especialmente entre os mais jovens. Ele não só despertou consciência, como teve o potencial para redirecionar trajetórias, especialmente da juventude. Mas para que esse impulso não se perca, ele precisa ser nutrido com políticas públicas, investimento em educação ambiental e oportunidades reais de formação e inserção profissional.
A escola é um dos ambientes mais propícios para iniciar a prática e a conscientização ecológica.
Com ações simples e acessíveis, é possível abordar temas fundamentais como gestão de resíduos, reciclagem, uso consciente da água e alimentação saudável.
Nesta edição, confira sete sugestões de práticas sustentáveis que podem ser adotadas no dia a dia escolar e ajudar a construir uma cultura de respeito ao meio ambiente.
Criar e manter uma horta na escola é uma atividade multidisciplinar rica em possibilidades. A prática estimula produções textuais, amplia o conhecimento sobre vegetação, relevo, vida no solo e nutrição, além de desenvolver noções de responsabilidade, trabalho em equipe e sustentabilidade.
Entre livros e uniformes, cadernos e canetinhas, incentivar os estudantes a cuidarem de seus materiais e a praticarem a doação é um estímulo para ações sociais e para o meio ambiente.
Estimule o descarte correto de resíduos no dia a dia escolar, tanto na sala de aula quanto nos espaços comuns. Instale lixeiras de coleta seletiva em locais estratégicos e promova ações educativas que envolvam os alunos, como sistemas de pontuação com recompensas ao final do período. Essa iniciativa, além de reforçar o aprendizado de forma prática, ajuda a criar uma cultura de responsabilidade ambiental que pode se estender para além da escola, impactando também os hábitos em casa.
Tanto do ponto de vista ecológico, quanto econômico, o programa de caronas é uma excelente alternativa para pais, alunos e professores. Além de reduzir o número de veículos nas proximidades da escola, contribuir para a diminuição do trânsito e da emissão de poluentes, a carona fortalece vínculos entre as famílias.
A escola também pode incentivar a prática de trajetos a pé ou de bicicleta. Ao oferecer uma estrutura segura para quem opta por esses meios, estimula ainda a prática de hábitos saudáveis e proporciona mais autonomia para os alunos.
Inscrições estão abertas para as quatro categorias dos ensinos Fundamental
Pensar sobre o meio ambiente, colocar as ideias no papel e participar ativamente de ações que ajudam a mudar o mundo. Este é o convite que o programa Educame – Educação Ambiental na Escola faz para os estudantes do Vale do Taquari. O concurso cultural, promovido pelo Grupo A Hora, por meio do Educame, é uma possibilidade para os estudantes olharem para o meio ambiente e expressarem suas ideias quanto à preservação – ou falta dela. O tema central do concurso é a “água”. O desafio ao Ensino Médio é a fotografia. O objetivo é despertar o olhar crítico e a consciência pela preservação e uso adequado dos recursos hídricos. Para os estudantes do 8º e 9º ano,
a proposta é criar uma maquete, utilizando materiais recicláveis e elementos da natureza. A intenção é estimular o trabalho coletivo, já que o regulamento prevê equipes com quatro componentes. Um cartaz que traduza a importância da água para a vida e para o futuro é o que prevê o concurso Educame para os estudantes do 5º, 6º e 7º ano. A tarefa deve ser cumprida em dupla. Para as crianças do 1º ao 4º, o trabalho será mais lúdico, porque concorrerão com um desenho. Entretanto, terão a missão de representar o tema “Meu planeta, meu lar”. A ideia é que, com a ajuda dos professores, reflitam sobre o mundo como lar para todos os seres vivos. Esta é a 3ª edição do Concurso Educame. Em 2023, os estudantes
Categoria anos iniciais é novidade para este ano. Pequenos concorrem com desenhos
criaram projetos sustentáveis. Ano passado, o Ensino Fundamental participou com redações, e 474 alunos se inscreveram. O Ensino Médio concorreu com produção de vídeos.
Inscrições abertas até 15 de agosto para todas as categorias Quem concorrer com maquetes deverá enviar um vídeo e uma foto no ato da inscrição. A comissão julgadora fará uma pré-seleção. Os selecionados
ENSINO MÉDIO
Individual - Fotografia “Água: uso consciente para um mundo sustentável”
ENSINO FUNDAMENTAL, 8º e 9º anos
Grupo de 4 alunos - Maquete “Os caminhos da água.”.
ENSINO FUNDAMENTAL, 5º, 6º. 7º anos
Dupla de alunos - Cartaz “Água, essência da vida e do futuro”
ENSINO FUNDAMENTAL, do 1º ao 4º ano
Individual - Desenho “Meu planeta, meu lar”.
PREMIAÇÃO:
R$ 25 mil no total.
REGULAMENTO: disponível no site www.grupoahora.net.br aba EDUCAME
para segunda fase deverão levar as maquetes até um dos pontos de entrega para julgamento final.
Estudantes do Ensino Médio, prestem atenção para regulamento onde diz: “A imagem deve ser enviada sem tratamento: sem filtros, sem uso de IA e sem aplicação de elementos gráficos.
Mais de 2 mil estudantes de 10 escolas já foram impactados com a programação que estimula a conscientização ambiental de forma lúdica e divertida. Ação começou em 2 de abril e já esteve em oito municípios
28 de maio
Emefs Afonso Thomé e Léo Joas, bairro Imigrantes, Estrela
14 de maio
Emef Leopoldo Kepkler, em Teutônia
As escolas de Ensino Fundamental Odilo Afonso Thomé e Léo Joas receberam a 9ª edição da Caravana Educame – Educação Ambiental na Escola, programa do Grupo A Hora. A atividade, no dia 28 de maio, reuniu 360 crianças dos anos iniciais, no ginásio da Odilo. A instituição, no bairro Imigrantes, tornou-se sede para as duas escolas, porque a Léo Joas teve o prédio interditado depois da enchente de 2024.
11/06 • Emef Vida Nova, Lajeado
18/06 • Emef Carlos Gomes, Marques de Souza
25/06 • Emef Cel. Thomaz Pereira, Venâncio Aires
02/07
• Emef Lauro M. Müller, Lajeado
09/07
• Emef Professor Alfredo Schneider, Teutônia
16/07
• Emef Cônego Sereno Hugo Wolkmer, Estrela
Depois das férias de inverno tem mais!
O pátio da Escola Municipal de Ensino Fundamental Leopoldo Kepkler, em Teutônia, se transformou em um grande teatro ao ar livre. Cadeiras alinhadas e olhares atentos aguardavam o início da programação da Caravana Educame, do programa Educação Ambiental na Escola, do Grupo A Hora, no dia 21 de maio. O personagem “Por Que” entrou em cena e logo despertou a curiosidade e prendeu a atenção dos 260 alunos do turno da manhã. A peça “Educa-me, por quê?” aborda as questões ambientais, como o uso da água, as enchentes e o descarte correto dos resíduos.
04 de junho
Emef Thimóteo Junqueira dos Santos, bairro Rincão São José, Taquari
A Emef Thimóteo Junqueira dos Santos, em Taquari, reuniu mais de 150 estudantes. Além dos alunos da instituição, foram convidados representantes de turmas de outros colégios da cidade. A intenção foi oportunizar a um maior número de jovens o acesso ao programa Educame – Educação Ambiental na Escola lançado no município de Taquari. Autoridades do Executivo e Legislativo acompanharam a programação.