A Hora – 04 e 05/10/2025

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CARTÃO-POSTAL FUTURO DE UM

LAGOAS DA GARIBALDI

OPINIÃO | HENRIQUE PEDERSINI

Cotados a integrar a CPI

Três maiores bancadas na câmara de Lajeado alinham integrantes de comissão.

Encantado lança edital para concessão de área turística no caminho do Cristo Protetor. Contrato será por 20 anos com investimentos mínimos de R$ 5 milhões. Entre as implantações previstas, estão um restaurante/cafeteria, pedalinhos, decks e local de eventos

OPINIÃO | RODRIGO MARTINI

Qual o verdadeiro propósito?

A CPI será para devolver recursos supostamente surrupiado ou desgastar adeversários?

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OPINIÃO | VINI BILHAR Crescimento e superação na Dália

Em meio a desafios das cheias e mercado externo, cooperativa traça metas de crescimento.

Três maiores bancadas, formadas pelo PP, MDB e PL, indicam três vereadores para integrar comissão. Prazo para apuração dos fatos é de 30 dias.

GABRIEL SANTOS

Recuperar

o espaço perdido

Falta um ano para a próxima eleição geral, e o Vale do Taquari tem diante de si uma nova oportunidade de recuperar o espaço político perdido. Com quase 300 mil eleitores, a região não consegue eleger um deputado genuinamente local há três pleitos. Desde 2014, quando conquistou sua última cadeira, o protagonismo político regional foi cedido a representantes de outras áreas do Estado, que aqui fazem expressivas votações, mas naturalmente priorizam suas bases de origem.

Superar

esse cenário exige mais que discursos. Depende de consciência coletiva

e estratégia”

O diagnóstico é conhecido. A pulverização de candidaturas locais — foram 21 nomes na disputa de 2022 — dilui forças e inviabiliza projetos competitivos. Soma-se a isso o apoio de agentes políticos a parlamentares de fora, amarrados a emendas parlamentares, e o resultado é a ausência de vozes regionais nos parlamentos estadual e federal. A consequência é direta: menos influência política, menor capacidade de articulação e menos atenção às pautas que movem o Vale. Superar esse cenário exige mais que discursos. Depende de consciência coletiva e estratégia. É fundamental reduzir vaidades e construir candidaturas sólidas, com identidade regional. Não se trata de negar a atuação de quem vem de fora, mas de compreender que a defesa dos interesses locais ganha força quando feita por quem vive e conhece a realidade da região. A eleição de 2026 representará um teste de maturidade política para o Vale. Se a região quiser retomar espaço e fortalecer sua voz precisará agir de forma coordenada. O tamanho do eleitorado permite sonhar alto. O desafio está em transformar esse potencial em representatividade efetiva.

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“Um dos papéis do professor é formar cidadãos críticos, colaborativos e engajados”

emEcologiaeEducação Ambiental, mestre em Ciências e doutor em

Biologia.Lecionaemtrês escolaspúblicaseteve cinco trabalhos de seus alunos aceitos na Feira de Ciências da Univates.

Luciane Eschberger Ferreira luciane@grupoahora.net.br

O que mais te entusiasma no magistério?

O que mais me motiva e entusiasma no magistério é a possibilidade de interagir com os alunos e com o ambiente escolar, promovendo trocas de experiências que enriquecem tanto o ensino quanto a aprendizagem. Sinto satisfação em motivar os estudantes para o conhecimento, mostrando a importância da ciência em diferentes situações do cotidiano. Além disso, considero muito gratificante desenvolver pesquisas investigativas junto com eles.

Quais as razões que te levam a incentivar a pesquisa científica desde o Ensino Fundamental?

Acredito na importância de incentivar a pesquisa científica desde o ensino fundamental, pois ela desperta a curiosidade, motiva os estudantes que estão envolvidos e complementa o ensino com atividades práticas e investigativas. Esse processo contribui para o desenvolvimento do senso crítico, da autonomia e do interesse pelo conhecimento científico, da teoria a prática. Por isso, organizo grupos de pesquisa na escola e, de forma voluntária, em turno inverso, realizamos atividades voltadas a temas

como zoologia, ecologia, educação ambiental e áreas afins. Além disso, os resultados são voltados principalmente à apresentação dos trabalhos em eventos internos da escola e em feiras de ciências, proporcionando aos alunos a oportunidade de compartilhar suas descobertas e desenvolver habilidades de comunicação e protagonismo.

O que representa ter cinco trabalhos aceitos para Feira de Ciências da Univates?

Representa uma conquista muito significativa. Os alunos participaram de todas as etapas da pesquisa científica, passando pela definição do problema, formulação de hipóteses, coleta de dados, aplicação de procedimentos metodológicos e análise dos resultados. Essa experiência consolida o conhecimento adquirido e permite que os estudantes repassem o que aprenderam, compartilhando saberes e ampliando o aprendizado. E esse também é um dos

papéis do professor: não apenas transmitir conteúdos, mas formar cidadãos críticos, colaborativos e engajados, além de proporcionar possibilidades para que cada aluno desenvolva seu potencial e reconheça o valor da ciência em sua vida.

Quais são estes trabalhos, de qual escola e qual série são as integrantes dos grupos?

EMEF Bela Vista (8º ano) O desfile das aves nectarívoras: quais flores são as mais visitadas?; (9º ano) Levantamento da mastofauna no Parque Apícola Emílio Schenk, em Taquari/RS, Brasil; e (7º ano) Aposematismo em foco: um estudo prático sobre coloração de serpentes e predação.

EMEF São Caetano, (9º ano) Ácaros associados em ninhos de aves no Vale do Taquari, Sul do Brasil. E EMEF Professor Arlindo Back, (6º ano) O papel das vitaminas no organismo humano: uma revisão sobre alimentos e carências.

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Todos assinam a CPI. Mas qual é o propósito?

Já escrevi sobre o objeto da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na câmara de Lajeado. É amplo, subjetivo e irrestrito. “Apurar as irregularidades na execução e fiscalização de obras públicas e serviços contratados por terceiros no âmbito do Município de Lajeado, bem como a legalidade dos pagamentos realizados”. Ou seja, e eu reforço, nada impede que outras empresas, outras secretarias municipais e outros prefeitos também sejam investigados e expostos no plenário do Legislativo lajeadense por

supostas obras e/ou serviços irregulares. Isso parece bom para alguns, mas o excesso pode levar a lugar algum. Além disso, é preciso prezar por objetivos nobres. Afinal, o propósito é moralizar e devolver aos cofres do município o recurso supostamente surrupiado do contribuinte? Ou o objetivo é desgastar agentes políticos adversários e fazer despontar novos líderes? Talvez, ou muito provavelmente, vamos assistir a uma mescla destes comportamentos durante as próximas semanas – ou meses – de CPI. E caberá ao eleitor diferenciar tais interesses.

Ex-prefeito de Lajeado e atual Secretário Estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Marcelo Caumo trocou no ano passado o PP pelo União Brasil e muito provavelmente trocará outra vez de partido em março de 2026. E, nos bastidores, duas siglas predominam como possíveis destinos do ex-gestor municipal: o MDB e o PSD. A escolha pelo MDB ficou mais distante com as recentes denúncias compartilhadas pelos vereadores do MDB em Lajeado, referentes às

supostas obras irregulares que teriam sido pagas durante a atual administração municipal e, também, durante o segundo mandato de Caumo à frente da prefeitura lajeadense. Paralelo ao futuro partidário, Caumo também reavalia a intenção de concorrer a deputado federal. A certeza de outrora deu espaço às dúvidas e hoje o ex-prefeito de Lajeado passou a estudar com muito mais concentração e estratégia a possibilidade de uma pré-candidatura a deputado estadual. Aguardemos!

• Moradores da divisa entre os bairros São Cristóvão e Alto do Parque, em Lajeado, reclamam da qualidade na iluminação pública. E dos riscos gerados pela escuridão, é claro.

• No próximo dia 23, uma quinta-feira, o Teatro da Univates vai sediar mais um evento do programa Lajeado Pacto Pela Paz, com a palestra de Dado Schneider. O tema é “Conflito de gerações, a gente vai ter que se entender”. O evento é gratuito e inicia às 18h30min.

• O Ministério Publico de Encantado convoca a sociedade para uma audiência pública no dia 17 de outubro, às 14h, no Fórum da cidade, para tratar da instrução de um procedimento para “apuração de falhas na prestação do serviço de água pela Corsan/Aegea”. Por lá, o governo renovou recentemente com a concessionária.

O governo de Encantado publicou a abertura de licitação na modalidade concorrência eletrônica, do tipo maior lance, para enfim realizar a concessão onerosa do espaço público nas Lagoas da Garibaldi. A sessão pública do edital está marcada para o dia 22 de dezembro, antevéspera

do Natal. O contrato será de 20 anos e prevê investimento mínimo de R$ 5 milhões. É um movimento que pode inspirar outros gestores e gestoras públicas, que ainda não definiram o destino de diversas e atraentes áreas públicas e culturais em suas respectivas cidades.

A Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal) já atraiu dois municípios do Vale do Taquari. Além da nossa cidade-mãe, Taquari – o prefeito André Brito (PDT) inclusive é o presidente da entidade –, o governo de Estrela também confirmou na semana passada o ingresso na Granpal. E a forte e representativa associação não para por aí. Além de buscar outras cidades da nossa região, os integrantes também iniciaram contatos com prefeitos e prefeitas de outras microrregiões do Estado. Em tempo, algo leva a crer que existe uma certa insatisfação por parte dos gestores públicos com relação à proximidade da Famurs com o governo estadual.

Faltam detalhes para o início das obras de recuperação do trecho ferroviário entre Muçum e Vespasiano Corrêa. O governo estadual, por meio da Secretaria de Turismo, vai disponibilizar R$ 6 milhões para as obras que serão conduzidas pela Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF) em um trecho a ser cedido pelo Rumo Logística. É uma costura política e financeira complexa. Mas cuja negociação anda bem e o retorno do Trem dos Vales –ao menos no trecho citado – é só uma questão de meses. Provavelmente no segundo semestre de 2026.

Nos bastidores, a expectativa é pelo lançamento do processo de concessão das rodovias do Bloco 2 ainda no mês de outubro. É só uma projeção, reforço. Mas uma indicação positiva acerca disso foi divulgada ontem pelo Secretário de Parcerias e Concessões, Pedro Capeluppi. Segundo o representante do governo estadual, o TCE finalizou a análise do edital do Bloco 2 com “parecer não impeditivo e sequência no processo de concessão das rodovias localizadas no Vale do Taquari”.

A cada cinco anos a Antt, o Dnit, a concessionária ViaSul e os integrantes da chamada Comissão Tripartite se reúnem para repactuar detalhes do contrato de concessão da BR-386. Tem sido assim durante o ano de 2025, quando completamos os primeiros cinco anos do acordo, e será assim em 2030. E, entre as muito prováveis alterações na próxima repactuação, a inevitável e já tardia chegada do já conhecido Free Flow – a cobrança automática e sem cancelas – na rodovia federal.

Acreditem se puder. Mas o governo de Taquari também recebeu uma proposta para construção de um monumento no formato de uma Bíblia. Movimento semelhante já ocorre em Estrela, mas é 100% privado. No caso da proposta encaminhada ao prefeito taquariense, André Brito (PDT), havia solicitação de apoio do setor público. E a ideia é construir uma “Bíblia gigante” com 60 metros de largura e 30 metros de

altura. Inicialmente, a proposta não agradou tanto assim o gestor municipal.

vinibilhar@grupoahora.net.br

Dália em ano de superação

“O grande propósito é assegurar que todos os associados cresçam juntos para fortalecer a grande família Dália.”

Gilberto Antônio Piccinini, Presidente do Conselho de Administração da Cooperativa Dália Alimentos

Fundada em 1947, em Encantado, a então Cosuel nasceu da união de 387 produtores liderados por João Batista Marchese. Desde 1996 sob a presidência de Gilberto Antônio Piccinini, adotou em 2019 o nome Cooperativa Dália Alimentos Ltda., tornando-se referência regional. Aos 78 anos, simboliza a força do cooperativismo e da produção rural no Vale do Taquari.

Como avalia a economia brasileira e os impactos no agronegócio?

Gilberto Antônio Piccinini - O Brasil vive um paradoxo: o desemprego está em níveis baixos, mas grande parte da população segue na informalidade ou depende de programas sociais. A carga tributária elevada e os juros altos também dificultam investimentos produtivos. Nesse cenário, o setor de alimentos mantém posição diferenciada por ser essencial e permanente. Empresas e cooperativas do segmento conseguem operar com relativa normalidade, mesmo com margens reduzidas. O cooperativismo que agrega valor às commodities segue relevante para a economia.

O mercado opera com pressões de custos no setor de alimentos. Qual a estratégia da Dália?

Piccinini - É inegável que o setor de alimentos enfrenta forte

pressão de custos e volatilidade de preços. Para mitigar esses efeitos, a Cooperativa Dália Alimentos tem priorizado a produção de alimentos com maior valor agregado e buscando oportunidades no mercado externo. Em especial, temos atuado fortemente nas exportações, como para as Filipinas, onde encontramos preços mais estáveis, volumes consistentes e oportunidades de crescimento.

Onde a Dália mira os futuros investimentos?

Piccinini - O crescimento é sempre um horizonte almejado pela Dália. Nos últimos anos, realizamos investimentos expressivos em nosso parque industrial, estruturando uma base sólida para expandirmos. É verdade que enfrentamos dificuldades, como a crise das proteínas e os impactos das enchentes, que exigiram ajustes e nos fizeram perder um pouco do “timing” em alguns projetos. Retomamos com prudência e pés no chão, voltando a crescer e a recuperar a dinâmica de expansão. O grande desafio é alinhar nossa capacidade instalada com a produção de nossos associados, garantindo matéria-prima suficiente para manter a plena utilização da estrutura existente e

avançar de forma sustentável.

Em um ano de reconstrução, o que deveria ser prioridade no Vale do Taquari?

Piccinini - O ano de 2025 tem sido marcado por resiliência e retomada. Para o Vale do Taquari, é fundamental priorizar investimentos que assegurem o fortalecimento da economia regional. Isso significa direcionar recursos para infraestrutura, inovação, agregação de valor às cadeias produtivas e iniciativas que consolidem o cooperativismo como motor de desenvolvimento.

Quais as oportunidades e os desafios dos próximos dez anos: Piccinini - O envelhecimento da população brasileira já reduz a oferta de mão de obra, afetando campo e cidades. Para enfrentar o desafio, será preciso estimular escala, eficiência e excelência produtiva. As oportunidades estão na presença em mercados estratégicos, com produtos de qualidade diferenciada e preços competitivos. O objetivo é garantir o crescimento conjunto dos associados, fortalecendo a família Dália. A cooperativa aposta na inovação, qualidade e sustentabilidade para construir um futuro promissor.

Lojas Dullius lança coleção

As Lojas Dullius apresentam amanhã a nova coleção Primavera-Verão 2026. Entre os destaques está a estreia da linha exclusiva da Reisen, marca própria do grupo. Além das novidades no vestuário da Reisen, a empresa aposta

em fortes ações de marketing. Para isso, firmou parceria com quatro influenciadoras que irão representar a marca: Gabriela Markus, Miss Brasil 2012; Júlia Guerra, Miss RS 2025/26; Anna Ferreira e Fernanda Staats.

Diersmann Teutônia

A Unidade Diersmann de Teutônia passa a funcionar na Rua Fernando Ferrari, 394, Bairro Languiru, próximo ao Hospital Ouro Branco, a partir de 10 de outubro. O espaço contará com atendimento funerário 24 horas e duas salas velatórias, ampliando o acolhimento às famílias. O Grupo Diersmann atua no município desde 2000. Com a mudança, todas as atividades serão centralizadas no novo endereço. A inauguração será aberta à comunidade no dia 10, a partir das 9h, com visitação às instalações.

Indicadores

Dólar: R$ 5,33

Ibovespa: 144.200,66

PRODUÇÃO INDUSTRIAL: + 0,8%

COLETA DE LIXO

Prefeitura renova contrato com Coleturb por mais 60 dias

Desde abril, empresa presta serviço de recolhimento de lixo e foi contratada de forma emergencial. Vencimento estava previsto para essa sexta-feira, 3. Aditamento ocorre em meio ao processo de contratação de uma nova coletora em Lajeado

Atual empresa responsável pelo recolhimento de resíduos em Lajeado, a Coleturb Soluções Ambientais segue com a prestação de serviços por mais dois meses. O contrato, com vencimento previsto para essa sexta-feira, 3, foi renovado em meio ao andamento do processo licitatório que deve definir a nova coletora de lixo em Lajeado.

Inicialmente, o contrato emergencial previa atuação de seis meses. Com o aditamento, o prazo final passa a ser 3 de dezembro. A renovação foi feita pelo valor de R$ 831,6 mil, o que resulta em cerca de R$ 3,3 milhões para quase 250 dias de prestação de serviço. O procurador-geral do município, Natanael Zanatta, explica que caso a contratação da nova empresa ocorra nos próximos dias, o ajuste com a Coleturb é rescindido.

O procurador destaca o motivo do aditamento. “Renovar o contrato emergencial foi necessário pois a coleta de lixo é serviço essencial, não podendo

ser interrompida”, diz Zanatta. A empresa, que iniciou o serviço de recolhimentos de resíduos em Lajeado em abril, foi alvo de reclamações. Posteriormente, o município viabilizou um estudo para elaborar o novo processo de licitação.

Empresa passa por avaliação

Empresa de Santa Catarina, a EcoGarden Coletas e Transportes Ltda apresentou a documentação solicitada no processo licitatório e passar por análise da capacidade financeira de prestar o serviço de recolhimento. A avaliação será concluída na segunda-feira, 6. A empresa sediada em Bom Jardim da Serra, foi convocada após a desclassificação da primeira colocada.

A EcoGarden presta serviços de coleta de resíduos orgânicos, seletivos e volumosos, limpeza urbana, paisagismo e transporte de veículos, com atendimentos aos setores público e privado. O valor apresentado pela coletora foi de R$ 31,6 milhões para contrato com duração de 48 meses. A diferença de proposta é relação a primeira colocada é de R$ 52 mil.

OBRAS EM INVESTIGAÇÃO

Composição da CPI deve ser definida até terça-feira

Três maiores bancadas, formadas pelo PP, MDB e PL, indicam três vereadores para integrar comissão formada por presidente, relator e secretário. Prazo para apuração dos fatos é de 30 dias, com possibilidade de renovação

reforçando a transparência e o diálogo entre o Legislativo e os munícipes”. A composição da CPI segue o critério proporcionalidade para definir os integrantes. As três maiores bancadas, formadas pelos partidos PP, MDB e PL, devem indicar os integrantes até terça-feira, 7.

Após a definição dos nomes, os parlamentares escolhidos serão designados para ocupar os cargos de presidente, secretário e relato da comissão. As funções devem ser definidas por consenso entre os vereadores. Caso não haja concordância, o processo de escolha avança para votação em ato interno.

De acordo com o comunicado, o prazo para apuração dos fatos é de 30 dias, com possibilidade de renovação por igual período.

LAJEADO

Com assinatura dos 15 vereadores, a câmara de Lajeado instaurou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias de supostas irregularidades de obras públicas no município. A decisão foi oficializada pela Mesa Diretora, formada pelos parlamentares Ana da Apama (PP), Neco Santos (PL) e Aquiles Mallmann (PP), na noite de quinta-feira, 2. O comunicado feito pela câmara reforçou as ações “para estar mais próxima da população,

O Legislativo também a aponta a possibilidade de contratação de serviços externos para integrar a investigação, caso seja considerado necessário.

Impasse na abertura

O processo de abertura da CPI gerou debates no plenário.

A última sessão foi marcada por suspensões no andamento dos trabalhos e oposição à votação do requerimento, assinado por seis vereadores. Posteriormente, foi constatado que não há necessidade de aprovar o pedido junto aos parlamentares.

Uma alteração na Constitui -

• Abertura da CPI foi confirmada com assinatura dos vereadores

• Comissão, com indicações das maiores bancadas, deve ser formada até terça

• Após nomeação, comissão deve ser instalada no prazo de sete dias

• Prazo inicial da apuração é de 30 dias, com possibilidade de renovar por igual período

ção Federal, de 2016, determina que apenas o requerimento, assinado por um terço dos vereadores, é suficiente para dar andamento na instauração. O regramento também é definido pela Lei Orgânica do município e pelo Regimento Interno da câmara. No entanto, foi solicitado adequações ao documento. Após as modificações, os 15 parlamentares concordaram com o andamento da investigação.

Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br
Cargos da comissão devem ser definidos por consenso entre os parlamentares
LAJEADO
Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br
Análise de documentação de empresa Santa Catarina deve ser finalizada na segunda-feira
ARQUIVO

APRESENTADO POR:

COMUNICAÇÃO SEM FRONTEIRAS

Inovação gaúcha promete autonomia de comunicação aos órgãos civis

Empresa de Guaporé apresentou a BlueStation à Defesa Civil estadual e à Anatel. Entidades estudam utilizar a tecnologia como aliada em situações de crise e para facilitar o contato com locais isolados.

Uma tecnologia criada em Guaporé pode transformar a comunicação em locais isolados e em situações de crise. Batizada de BlueStation, a Unidade Autônoma de Comunicação (UAC) foi apresentada à Defesa Civil estadual e à Gerência Regional da Anatel no Rio Grande do Sul, no fim de setembro, e recebeu elogios das entidades, que agora estudam incorporá-la à rotina.

A apresentação da BlueStation, desenvolvida pela Waytec, ocorreu no Cais Mauá, em Porto Alegre. Espaço simbólico para o estado pela conexão com os impactos de 2024 e pelo caráter inovador que representa. “A ida até Porto Alegre representa, para nós, um reconhecimento muito importante do trabalho que estamos desenvolvendo. Ficamos muito contentes em ver que o produto foi bem avaliado, tanto pela Defesa Civil quanto pela Anatel, o que reforça que estamos no caminho certo”, destaca o CEO da Waytec, Luciano Frizon. O protótipo apresentado, que pesa duas toneladas, tem 1,90m de altura e 3,80m

de comprimento. Ele foi transportado de Guaporé a Porto Alegre por via terrestre e montado em apenas 20 minutos, demonstrando sua agilidade de operação. A UAC funciona com baterias de lítio recarregadas por energia solar e oferece até 300 recargas de celulares, cobertura Wi-Fi em um raio de 300 metros, telefone VoIP para chamadas de emergência, além de proteção antivandalismo e resistência à água. A comunicação é garantida pela rede via satélite Starlink, o que assegura a conectividade mesmo em áreas remotas. Outra característica marcante do equipamento são as câmeras de monitoramento, sinalização em LED e estrutura reforçada para suportar ventos fortes. “Seguimos avançando com melhorias e novas tecnologias, porque entendemos que o enfrentamento e a resiliência exigem ferramentas cada vez mais robustas e confiáveis”, afirma Frizon.

ADAPTADA PARA QUALQUER CENÁRIO

Além do modelo principal, a Waytec desenvolveu protótipos menores da BlueStation, com funcionalidades específicas, adaptados a diferentes demandas e áreas de atuação. Sua adaptabilidade

permite que a UAC possa ser destinada a regiões remotas, como aldeias indígenas e localidades isoladas sem acesso à energia elétrica ou comunicação, o que oferece recursos essenciais de forma totalmente

autônoma. “Nosso compromisso é continuar evoluindo para oferecer soluções que realmente façam a diferença tanto em situações de crise como na possibilidade de ampliar os serviços públicos ao cidadão”.

A CRIAÇÃO DA BLUESTATION

O protótipo da BlueStation nasceu depois que representantes da empresa estiveram em Muçum no auge da cheia e presenciaram, em tempo real, as dificuldades de comunicação enfrentadas pela população e pelos socorristas.

A falta de informação agravou o pânico e o isolamento, mas também despertou em Frizon e no sócio Flaviano Moroni o desejo de fazer a diferença na vida das pessoas.

Jéssica R, Mallmann jessica@grupoahora.net.br
Apresentação para Anatel ocorreu no Cais Mauá
UAC oferece até 300 recargas de celulares e cobertura Wi-Fi em raio de 300 metros
Defesa Civil Estadual estuda incorporar a tecnologia à rotina de trabalho

ELEIÇÕES 2026

Em um ano, nova chance para

o Vale retomar protagonismo

No dia 4 de outubro de 2026, eleitores irão às urnas para escolher seus novos representantes. Na corrida aos parlamentos, primeiros nomes locais começam a se articular. Região não elege um deputado desde 2014. No passado, chegou a ter seis parlamentares de forma simultânea

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br

COLABORAÇÃO

Gabriel Santos gabriel@grupoahora.net.br

Henrique Pedersini henrique@grupoahora.net.br

Em um ano, no dia 4 de outubro, eleitores de todo o país vão às urnas para mais uma eleição geral. Serão seis votos para definir quem serão os representantes nos Executivos federal e estaduais, além dos parlamentares que irão compor as bancadas do Congresso Nacional e nas assembleias legislativas. Para o Vale do Taquari, uma nova oportunidade para melhorar sua representatividade. Mesmo com quase 300 mil eleitores aptos, a região não consegue emplacar deputados genuinamente locais há três eleições. Enio Bacci, em 2014, foi o último a se eleger tendo domicílio eleitoral no Vale. O excesso de nomes locais nos pleitos passados, com a pulverização dos votos, bem como a força de políticos de fora com mandato vigente minaram as chances. Em 2022, por exemplo, a região teve 21 candidatos locais, sendo 16 para a Assembleia Legislativa e cinco para a Câmara dos Deputados. Ainda assim, foi uma das quatro regiões gaúchas a passar em branco, de acordo com levantamento feito a partir da divisão territorial dos conselhos regionais de desenvolvimento (Coredes).

Candidatos forasteiros

As últimas eleições tornaram o Vale um local fértil para candidatos de fora. Na eleição para deputado federal de 2022, por exemplo, apenas 30 mil eleitores votaram em postulantes locais. Na corrida à Assembleia, onde haviam mais opções, foram quase

110 mil. Ainda assim, um número que representa menos da metade do total de eleitores.

A economista e presidente do Codevat, Cintia Agostini, lembra que todos os eleitos tanto para a Câmara quanto para a AL fizeram votos na região nos últimos pleitos. Embora esses deputados criem vínculos com o Vale e contem com cabos eleitorais importantes nos municípios, é necessário trabalhar a identidade regional para conseguir emplacar nomes locais.

“Nós temos pessoas comprometidas com a região, que trabalham por nós, mas a prioridade sempre vai ser as regiões de origem desses deputados. E está tudo certo, é algo legítimo. Por isso precisamos também dessa representatividade aqui, de pessoas que compreendam o que é o Vale do Taquari. As pautas que nos movem demonstram essa necessidade”, salienta.

Ex-deputado estadual, Hélio Musskopf é contemporâneo a um período “de ouro” do Vale nos parlamentos. Ele lembra que, de forma simultânea, a região chegou a ter seis deputados estaduais, número expressivo. “Hoje, não temos nenhum titular. Precisamos retomar o protagonismo. São mais de 280 mil eleitores. Mas isso exige consciência coletiva. Todos precisam entender a importância de votar nos candidatos locais.

Musskopf também avalia que a pulverização é um dos principais entraves. “Só em Estrela, mais de 500 candidatos receberam votos na última eleição”.

Além disso, o comprometimento de vereadores e prefeitos com deputados de fora, por conta das emendas parlamentares dificulta a construção de candidaturas regionais competitivas.

Ambiente jurídico

Especialista em Direito Eleitoral, o advogado Fábio Gisch

Alguns dizem que ingenuamente não veremos uma polarização aqui, mas o histórico eleitoral gaúcho mostra o contrário: eleições acirradas, com campos bem definidos. É como um Gre-Nal”

destaca que as eleições de 2026 não terão mudanças significativas nas regras. A exceção se dá com a Lei da Ficha Limpa, cuja aplicação passa a ser feita após o prazo de inelegibilidade do candidato a partir da sentença.

“Na prática, isso antecipa a volta de alguns nomes que estavam impedidos de concorrer e reduz o tempo de afastamento de políticos condenados”, observa Gisch, que

também lamenta o insucesso do Vale nos pleitos anteriores.

Urnas eletrônicas

Os preparativos para uma eleição começam muito antes do dia da votação. Nos cartórios, a atuação é permanente. Nessa sextafeira, 3, por exemplo, servidores do cartório da 29ª Zona Eleitoral de Lajeado concluíram os testes e simulações das urnas eletrônicas. O processo é acompanhado em âmbito nacional pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com o técnico judiciário do cartório eleitoral, Júlio César Cirolini, a atividade integra uma ação nacional do TSE e consiste em uma simulação de votação em que cada participante registra dez votos em cada aparelho. Em Lajeado, 20 urnas foram testadas.

“O objetivo é avaliar o funcionamento dos componentes, verificar os sistemas que estão sendo desenvolvidos para a próxima eleição e identificar possíveis ajustes. Eventuais problemas são reportados ao TSE, que adota as correções necessárias para garantir o pleno funcionamento nas eleições de 2026”, explica.

OS DESAFIOS DO VALE EM

ELEGER REPRESENTANTES

Influência nacional

O cenário político do RS começa a se desenhar em meio a um ambiente marcado pela polarização e pela indefinição de lideranças. Na avaliação o diretor do Instituto Methodus, José Carlos Sauer, os principais “players” nacionais, o atual presidente Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro seguem tendo forte influência.

Nas últimas três eleições, apenas em 2014 um deputado com domicílio no Vale do Taquari foi eleito: Enio Bacci, para a Assembleia Legislativa. Em 2018, o representante mais próximo foi Edson

Brum, que tem casa em Encantado, mas sua base eleitoral ficava no Vale do Rio Pardo. Em 2022, Maneco Hassen teve o melhor desempenho entre os nomes locais, mas bateu na trave.

“Eles vão orientar o jogo no Estado. Alguns dizem que ingenuamente não veremos uma polarização aqui, mas o histórico eleitoral gaúcho mostra o contrário: eleições acirradas, com campos bem definidos. É como um Gre-Nal: quando os dois times entram em campo, se posicionam em torno deles”, compara. No campo da esquerda, Sauer destaca que Edegar Pretto (PT) aparece fortalecido pela ligação com Lula. Já na direita, Luciano Zucco (PL) surge com o capital político do bolsonarismo, embora encontre resistência em parte do eleitorado frustrado com a

inelegibilidade e condenação do ex-presidente — sentimento semelhante no período da prisão de Lula, em 2018.

O cenário ainda inclui nomes como Juliana Brizola (PDT), que tem se destacado em pesquisas e com bom trânsito à esquerda e na centro-direita, e Gabriel Souza (MDB), vice-governador e eventual herdeiro político de Eduardo Leite, mas que até agora não conseguiu decolar.

Sauer observa que há uma fragmentação no campo da direita, com testes de nomes como Paula Mascarenhas (PSDB) e Covatti Filho (PP), que tem força nas

Preparativos para 2026: urnas eletrônicas passam por testes e simulação

PRIMEIROS NOMES ESPECULADOS

Os partidos já começam a se movimentar em torno das précandidaturas de olho no pleito de 2026. Confira:

– No MDB, o prefeito de Muçum, Mateus Trojan, é pré-candidato declarado à Assembleia. Para a Câmara, o vereador lajeadense Waldir Blau se colocou a disposição. Não se pode descartar, ainda, os nomes de Márcia Scherer, ex-suplente de deputada, Elmar Schneider, ex-deputado e ex-prefeito de Estrela, e Carlos Ranzi, ex-vereador e candidato a prefeito de Lajeado em 2024;

– Pelo PP, dois ex-vereadores aparecem entre os nomes especulados: João Braun, que já concorreu em 2022 e também disputou o pleito municipal de Estrela em 2024, e Isidoro Fornari, que já concorreu a deputado em 2010 e é um dos principais nomes do partido em Lajeado, além de ter sido vereador entre 2021 e 2024;

– No PL, o atual secretário de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade de Lajeado, Luis Benoitt, foi lançado pelo comando regional da sigla como pré-candidato a deputado estadual. Ele foi eleito vereador em 2024 na cidade;

– O PDT pode lançar novamente José Scorsatto à Assembleia Legislativa. Atual diretor-presidente da FGTAS, ele ficou como terceiro suplente do partido em 2022. Contudo, uma ala da sigla na região pretende apoiar a reeleição de Airton Artus, da vizinha Venâncio Aires;

– Definhando no estado, o PSDB tem dois pré-candidatos na região: Cris Costa, vereador de Encantado, e Carlos Bohn, exprefeito de Mato Leitão. Os dois, no entanto, podem seguir os passos do governador Eduardo Leite e trocar de partido;

pequenas cidades, mas enfrenta dificuldades nas cidades maiores. O desempenho de Juliana e Zucco, segundo ele, pode sofrer impacto direto caso Gabriel cresça com a máquina na mão, numa eventual renúncia de Leite. “Enquanto ele não entra no jogo, os outros permanecem embolados”, diz.

– O PT aposta mais uma vez em Maneco Hassen, ex-prefeito de Taquari e atual secretário para Apoio à Reconstrução do RS. Ele foi o candidato do Vale mais votado em 2022, com 34 mil votos, mas ficou como terceiro suplente da Federação PT/PCdoB/PV.

– Em federação com o PP, o União Brasil filiou o exprefeito de Lajeado, Marcelo Caumo no começo do ano. Mas o atual secretário de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, de olho em 2026, não descarta trocar de sigla mais uma vez. Apesar de priorizar uma disputa à Câmara, ele pode concorrer a estadual. Daniel Passaia, vereador de Encantado, é outro possível nome.

GABRIEL SANTOS

VIAS RURAIS

Obras em estradas vicinais iniciam dos distritos de Costão e Delfina

karine@grupoahora.net.br

Daniély

Município foi contemplado com R$ 350 mil pela Secretaria de Agricultura. Valor será aplicado em horas-máquina para recuperação de ruas atingidas pelas cheias e excesso de chuvas no interior

Achegada de recursos para manutenção de estradas vicinais em Estrela garante

recuperação de importantes vias para as atividades no interior.

A administração municipal confirmou mais de R$ 350 mil em recursos, destisnados pela Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), para melhorias na drenagem da área rural.

O valor será aplicado na recuperação e limpeza do sistema de drenagem, principalmente em valetas. O investimento engloba cerca de 1,3 mil horas-máquina de retroescavadeiras e 120 horas de patrola, com distribuição em duas frentes de trabalho. As atividades serão dividias entre as capatazias dos distritos de Costão e de Delfina.

O vice-prefeito de Estrela, Márcio Mallmann, diz que atualmente o serviço de máquinas é a maior necessidade da Secretaria de Agricultura. “Com a assinatura do convênio, temos certeza da entrada do recurso e da execução do plano de trabalho. Não adianta arrumar estrada e a chuva estragar. As valetas são necessárias

para a chuva não levar o que foi feito”, afirma Mallmann.

Com ampla experiência na área rural, o vice-prefeito destaca que os trabalhos devem começar a partir da melhora das condições climáticas. “É necessário que o solo enxugue um pouco”, diz. O plano de trabalho, segundo ele, foi montado de forma estratégica. Além de recuperar as estradas, a medida previne alagamentos, protege a produção agrícola e garante qualidade de vida.

Busca por mais recursos

O vice-prefeito diz que apesar de necessários, os recursos não são suficientes para atendimentos ao setor rural. “Temos uma máquina de funcionamento precário, enquanto precisamos de mais ferramentas de trabalho. Seguimos apresentando projetos e buscando formas de investimentos para que possamos ter um maquinário condizente com a demanda”, ressalta.

Para ampliar os resultados, a administração municipal deve somar os recursos estaduais ao britador municipal e às patrulhas locais, que seguem em funcionamento para manutenção de estradas. Ainda assim, Mallmann afirma que a “agricultura está sendo vista”. As operações devem iniciar na próxima semana.

Karine Pinheiro
Schwambach daniely@grupoahora.net.br
Operações devem iniciar na próxima semana por Costão e Delfina
ESTRELA
DANIÉLY SCHWAMBACH

CONCESSÃO DO ATRATIVO

Nova fase para a Lagoa da Garibaldi

Contrato será de 20 anos, com possibilidade de prorrogação, e exige investimentos mínimos de R$ 5 milhões em infraestrutura, turismo e preservação ambiental

PRINCIPAIS PONTOS DO PROJETO

ÁREA E FINALIDADE

DA CONCESSÃO

O projeto autoriza a concessão não onerosa de 220.750 m² da área pública das Lagoas da Garibaldi para uso comercial e turístico, com foco em serviços como restaurantes, bares, lojas, quadras esportivas e atividades de lazer.

CRITÉRIO DE SELEÇÃO

A concessão será realizada via licitação pública, com critério de maior investimento, a partir de R$ 5 milhões. É permitida a captação de recursos por programas de incentivo à cultura e turismo.

PRAZO DA CONCESSÃO

O contrato terá validade de 20 anos, podendo ser renovado uma única vez por igual período, mediante justificativa e aprovação legislativa.

OBRIGAÇÕES DA CONCESSIONÁRIA

A empresa vencedora deverá arcar com todas as despesas das obras, manutenções e adequações, além de seguir normas de preservação ambiental, patrimonial e de acessibilidade.

PRESERVAÇÃO E ACESSIBILIDADE

É obrigatório manter 20% da área útil (sem lâmina d’água) para contemplação pública, garantir livre acesso à Lagoa Norte, à Estátua do Cristo Protetor e ao Jardim do Acolhimento, além de preservar a galeria hidráulica como patrimônio histórico.

RESTRIÇÕES DE USO

Não será permitida a cobrança de ingresso para acesso geral ao parque, exceto em eventos específicos. Também fica proibido o uso de esportes náuticos motorizados na Lagoa Sul.

FISCALIZAÇÃO E RESPONSABILIDADE

O município terá poder de fiscalização contínua e poderá intervir na concessão a qualquer momento. A concessionária responderá por danos a terceiros e será obrigada a manter padrões técnicos e sanitários.

INVESTIMENTOS

OBRIGATÓRIOS

A concessionária terá até 6 anos (72 meses) para executar os investimentos previstos, com marcos de 20% em 24 meses, 10% na Lagoa Norte em 36 meses e possibilidade de prorrogação mediante justificativas.

EXTINÇÃO E REVERSÃO

O contrato poderá ser rescindido por inadimplência, descumprimento contratual ou interesse público, com reversão de todas as benfeitorias ao patrimônio municipal sem direito a indenizações.

VEDAÇÕES E PERMISSÕES

É proibida a cessão da concessão a terceiros, embora seja permitida a locação de espaços dentro da área para atividades compatíveis com o projeto, sob responsabilidade da concessionária.

ENCANTADO

Ogoverno municipal publicou o edital para concessão onerosa das duas lagoas localizadas na Linha Garibaldi. O processo será realizado na modalidade de concorrência eletrônica, com critério de julgamento pelo maior lance ofertado. O prazo de vigência do contrato será de 20 anos, prorrogável por igual período.

A licitação prevê que empresas interessadas apresentem propostas e documentação até as 8h do dia 22 de dezembro, exclusivo pelo Portal Bolsa de Licitações do Brasil (www.bll.org.br). A sessão pública ocorrerá no mesmo dia, às 9h, também on-line.

A área total a ser concedida à iniciativa privada para exploração comercial compreende 220,7 mil metros quadrados. São duas lagoas: a conhecida Lagoa da Garibaldi, já tradicional ponto turístico do Vale do Taquari, e a Lagoa Norte, ou “Lagoa de Cima” como é chamada pelos encantadenses, porém hoje sem estrutura adequada para receber visitantes.

A concessão exige investimentos mínimos de R$ 5 milhões, a serem aplicados diretamente na área das lagoas, sem repasse financeiro ao município. O objetivo é transformar o local em ponto

de referência turística, gastronômica, cultural e ambiental, com estrutura para receber eventos públicos e privados.

A iniciativa está amparada na Lei Municipal nº 5.219/2025 e é conduzida pela Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte. O modelo adotado é de contratação integrada, incluindo elaboração de projetos, execução de obras, manutenção e operação dos serviços.

A empresa concessionária deverá explorar atividades obrigatórias, como restaurante, gestão de espaços e manutenção contínua da área. Também poderá propor usos complementares, como eventos e ações turísticas, desde que aprovados pela Prefeitura (veja em destaque) . Entre os critérios, a proposta vencedora será aquela que apresentar maior oferta de investimentos no plano de concessão, que ao final do contrato serão incorporados ao patrimônio público, sem custo adicional para o município.

“A nossa expectativa é que a concessão eleve o patamar da lagoa enquanto atrativo turístico, organize sua gestão e atraia investimentos privados que o município não teria recurso para fazer sozinho. Além de transformar a lagoa num ativo mais relevante para o turismo regional e local”, comenta a secretária Karina Mezzomo.

O QUE SERÁ IMPLANTADO

NO LOCAL

Restaurante/cafeteria

Trilhas ecológicas com QR codes educativos

Pedalinhos, bicicletas e espaço esportivo

Reformas de banheiros, calçadas e mobiliário urbano

Áreas de playground, pet friendly e contemplação

Sistema de esgoto e coleta de resíduos

Decks, passarela e estrutura para eventos

SAIBA MAIS

Prazo da concessão: 20 anos (prorrogáveis)

Valor mínimo de investimento: R$ 5 milhões

Onde participar: www.bll.org.br

Período para envio de propostas: 01/10/2025 até 22/12/2025 (8h)

Sessão pública: 22/12/2025,às 9h

Critério de escolha: Maior lance (maior investimento)

Entre as obras mais recentes do governo de Encantado na lagoa, estão a construção da calçada e a instalação da iluminação no entorno

LAGOAS PARA GERAR ENERGIA

A história da Lagoa da Garibaldi tem início na década de 1930, quando moradores das comunidades de Linha Garibaldi, Lambari e Santo Antão uniram esforços para construir, de forma artesanal, duas lagoas artificiais. O objetivo era gerar energia elétrica para suprir as necessidades das localidades vizinhas. A primeira dessas lagoas foi

implantada a aproximadamente 200 metros acima da que hoje é conhecida como Lagoa da Garibaldi. Com a instalação dos equipamentos, a produção de energia seguiu até 1958, quando um rompimento na barragem da lagoa superior causou uma enchente que atingiu áreas como Linha Anita, Jacarezinho e parte do Bairro São José. Após o ocorrido, a geração local foi encerrada, passando a ser substituída pelo fornecimento da hidrelétrica de Putinga.

Lagoa principal fica localizada próxima a atrativos como o Boulevard Encantado e o Cristo Protetor
Diogo Fedrizzi diogofedrizzi@grupoahora.net.br

PAÍS

Foi aprovada no Senado Federal a Medida Provisória que garante gratuidade total da conta de luz para cerca de 4,5 milhões de famílias de baixa renda. A medida é encarada como um avanço social, porém ainda levanta dúvidas sobre como será financiada, quais impactos pode gerar para outros consumidores que não serão beneficiados pela nova lei e como as fontes renováveis podem ser incluídas nessa conta.

Enquanto a MP foi aprovada em 17 de setembro, paralelamente, tramita no Congresso outra, a de número 1.304/2025, que deve ser votada até 7 de novembro. É nesse texto que se concentram as maiores divergências entre quem irá realmente financiar a chamada energia gratuita. Ele prevê mudanças nas regras da geração distribuída, com possibilidade de retirada de subsídios para quem investiu em sistemas fotovoltaicos. Deste modo, deixando incerteza em milhares de famílias, investidores e empresas, com destaque para o Vale do Taquari, onde em uma década os sistemas cresceram com enormes porcentagens.

O ponto mais sensível está na autorização para que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) crie novas tarifas fixas além da cobrança proporcional ao consumo, as chamadas tarifas binômias. Para quem gera a própria energia, este novo adendo pode significar imprevisibilidade de custos e insegurança jurídica, já que compromete o retorno dos investimentos realizados sob as regras estabelecidas pela lei de 2022, o marco da geração distribuída.

Evolução na última década

A energia fotovoltaica deu um salto no Vale do Taquari entre 2015 e 2025, com aumentos que chegam a ultrapassar 100 mil por cento no número de instalações. Em Lajeado, por exemplo, eram apenas sete sistemas registrados em 2015, dez anos depois, já são 4.777, um crescimento de mais de 68 mil por cento. Estrela, que tinha apenas duas unidades, hoje contabiliza 2.486, avanço de 124 mil por cento. Em Teutônia, a expansão foi de 2 para 1.576 sistemas, um salto superior a 78 mil por cento.

Os municípios de porte médio também seguem essa tendência. Arroio do Meio saiu de três para 1.405 instalações em apenas uma década, aumento de quase 47 mil por cento, enquanto Cruzeiro do Sul saltou de duas para 1.737, o que representa crescimento de 86 mil por cento.

Energia gratuita gera temor de taxas na fotovoltaica

Geração limpa pode sofrer mudanças tarifárias a partir de Medida Provisória que concede benefícios a consumidores de baixa renda

Os números revelam a velocidade com que a geração distribuída por energia solar se consolidou na região, transformando um setor praticamente inexistente em

2015 em uma das principais fontes alternativas de eletricidade para consumidores residenciais e empresas do Vale do Taquari. Segundo o painel da geração

em 21,2 mil instalações, que atendem a 26,5 mil unidades consumidoras.

Para o empresário Guederson Maciel, da Energia Própria, um dos motivos desse salto é a modernização do sistema, atualmente a maior procura se dá em razão do armazenamento de energia, “A gente está vivendo hoje no mercado de energia solar. O mercado está migrando muito para os sistemas de armazenamento, por vários fatores. A gente sofreu sim com as enchentes, que faltava luz, então a gente já integrou os sistemas com bateria junto à energia solar para que tivesse a possibilidade de ter energia quando falta luz.” Gustavo Scheibler proprietário da empresa Premium Solar de Cruzeiro do Sul, o fato de a medida ter sido separada, é uma vitória para a área de produção de energias limpas, pois momentaneamente não irão ocorrer mudanças drásticas em que investe ou investiu em painéis solares, nem afetar diretamente a procura pelo tipo de energia alternativa, porém ressalta que é importante o setor prestar atenção no congresso e em como será tratado o texto da 1.304/2025.

Dúvidas para quem apostou no solar

Lajeado lidera no Vale em número de usinas fotovoltaicas. São mais de 4,7 mil sistemas ativos

ALGUMAS CIDADES SE DESTACAM NESSE CENÁRIO

Lajeado lidera com 37,9 mil kW em 4.777 instalações.

Estrela aparece em seguida, com 21,8 mil kW e 2.486 sistemas

Teutônia soma 16,8 mil kW em 1.576 instalações.

Encantado e Arroio do Meio registram, respectivamente, 13,6 mil kW (1.405 instalações) e 13,4 mil kW (1.737 instalações).

distribuída da Aneel, a região é uma das que mais apostaram na energia solar nos últimos anos a região soma 205,2 mil kW de potência instalada, distribuídos

Na prática, o benefício da conta gratuita para famílias de baixa renda pode acabar transferindo custos para outros consumidores. Ao mesmo tempo, investidores e usuários de energia fotovoltaica do Vale do Taquari, que transformaram a região em referência no setor, temem que a criação de tarifas adicionais desestimule novos projetos e reduza a atratividade da matriz limpa.

Scheibler explica que ainda não está claro de onde virão os subsídios, mas que poderá haver um impacto em quem utiliza fontes de energias renováveis, “as famílias do CadÚnico também deixarão de contribuir para uma conta de desenvolvimento energético chamada CDE. Ela é responsável pelo custeio de vários subsídios que a gente tem dentro do contexto geral, a nível nacional. Então, essa conta da CDE, esses subsídios ajudam a estimular fontes renováveis, a questão de irrigação, onde tem uma tarifa com valores menores, é um desses exemplos.”

O desafio para o Congresso será equilibrar a política social com a preservação da segurança regulatória. Enquanto a gratuidade da luz alivia a vida de milhões de famílias em vulnerabilidade, consumidores do Vale do Taquari aguardam com expectativa a decisão sobre o futuro das regras da geração distribuída, que pode redefinir o cenário da energia solar no estado.

FOTOS DIVULGAÇÃO

Sobrevivente de acidente encara longa recuperação

Colisão na ERS-130, em junho, resultou na morte de Hugo Novaes, de 23 anos. Quatro meses depois, a namorada Caroline Ritter, 23, ainda se recupera das múltiplas fraturas

Avida de Caroline Inês Ritter, 23 anos, segue em recuperação após o grave acidente de trânsito ocorrido em 6 de junho, no quilômetro 80 da ERS-130, em Arroio do Meio. Na ocasião,

Caroline (d) com a mãe Andrea: jovem faz quatro sessões de fisioterapia por semana

ela estava na carona da motocicleta conduzida pelo namorado, Hugo Júnior Novaes, que morreu no local ao ser atingido por um

Toyota Yaris.

Caroline sofreu múltiplas fraturas, no fêmur, braço esquerdo, mão esquerda e punho direito e

precisou ser levada às pressas pelo Samu ao Hospital Bruno Born, em Lajeado, onde passou por cirurgia e ficou internada na UTI. Posteriormente, foi transferida ao Hospital de Estrela, e permaneceu em recuperação por mais de 20 dias.

A jovem recebeu alta em 2 de julho, quando voltou para casa, no bairro São Caetano, acompanhada dos pais, Andrea e Vilmar Ritter, que estiveram ao lado dela durante toda a recuperação. “Foi um momento muito difícil para nós, fomos pegos de surpresa com a notícia durante a noite de sextafeira”, relata a mãe.

No retorno para casa, Caroline enfrentou grandes desafios, necessitando de ajuda para tarefas básicas do dia a dia. Hoje, segue em recuperação com apoio de sessões de fisioterapia quatro vezes por semana, sendo duas em casa e duas em clínicas especializadas. “Agora cada pequena conquista

na recuperação é uma vitória”, descreve Caroline.

A investigação

Logo após deixar o hospital, Caroline prestou depoimento à Polícia Civil, e auxiliou na apuração do acidente. O inquérito, concluído não último dia 24, foi remetido ao Ministério Público e está sob análise da promotora Carla Rêgo Flores Soares, que avalia a denúncia a ser oferecida à Justiça.

De acordo com o delegado do caso, Marcelo Hartz, a investigação identificou fraude processual. O motorista do Toyota Yaris, de 36 anos, deixou o local sem prestar socorro e, posteriormente, o pai se apresentou falsamente como condutor do veículo. Imagens de câmeras de segurança da rodovia confirmaram a troca.

Com base nas provas, dois homens foram indiciados, o motorista do carro responderá por homicídio culposo de trânsito, com agravante por omissão de socorro, além de lesão corporal culposa, fuga do local e fraude processual. O pai foi indiciado por fraude processual e falsa autoincriminação.

O delegado também representou pela prisão preventiva do condutor, com parecer favorável do Ministério Público, mas o pedido foi negado pela Justiça.

GABRIEL SANTOS
ARROIO DO MEIO

Entre aulas, instrumentos e escolhas,

A família aprendeu empatia, disciplina e resiliência no colégio e usou isso para escolher a profissão e conquistar o intercâmbio. Pai e filho abriram oportunidades: o primeiro, nos anos 1980, e o segundo, agora

ai e filho buscaram na educação os valores que definiram seu comportamento na sociedade. Da empatia ao comprometimento, a sala de aula serviu como palco para lições profundas. Primeiro, César, nos anos 1980, descobriu o talento para a odontologia em uma aula de orientação educacional. Décadas depois, o filho, Vicente, ampliou os horizontes com o intercâmbio que realizou na Alemanha, no ano passado. A oportunidade também nasceu dentro do colégio.

Da sala de aula para o consultório de odontologia

O cirurgião-dentista César Augusto Valkimil, 54 anos, entrou no Colégio Evangélico Alberto Torres (CEAT), na década de 1980, quando ainda morava em Arroio do Meio. Na época, fazia parte de um grupo de cerca de 60 alunos que se deslocavam diariamente até Lajeado para

estudar. Foi ali que começou a entender as primeiras lições de resiliência.

A mãe, Elânia Jaehn Valkimil, professora de inglês, decidiu que o filho estudaria no colégio particular em que ela atuou por um breve período. A escolha de Elânia foi por confiar na base sólida que a escola poderia oferecer ao filho. Ela estava certa. “O CEAT sempre foi um colégio de princípios e respeito. Honestidade,

educação, solidariedade e resiliência foram valores fundamentais que aprendi ali. Depois, decidi que meu filho também precisava assimilar tudo isso”, salienta César. A escolha pela odontologia surgiu nos anos finais do Ensino Médio, quando, ao ter o suporte da orientação educacional, tomou o passo decisivo para seu futuro. “O teste de aptidão me instigou a buscar odontologia. Foi um desafio, porque minha família

sempre teve professores, e eu segui para a área da saúde.”

Assim, César prestou vestibular para a Ulbra, na época bastante concorrido, sendo logo aprovado. Estudou por seis anos, conciliando trabalho e estudos. “Já no quarto semestre consegui um emprego”, lembra. Desde então, trabalha em Lajeado. Já são 28 anos de profissão.

O tempo passou, mas o vínculo com os colegas de colégio permanece. O grupo de WhatsApp da turma continua ativo e reúne cerca de 90 pessoas. “A gente ainda mantém contato e nos encontramos.”

Durante o ensino médio, César participou das olimpíadas escolares, como corredor nas provas de 100 e 400 metros e nos revezamentos. As competições ajudaram a

Vicente integra conjunto instrumental do CEAT

desenvolver o espírito de luta, que carrega até hoje. “Os princípios que aprendi no CEAT servem para a vida. Uma educação sólida fornece empatia, espírito crítico e cidadania. A educação é a base de tudo.”

Com essa certeza, a escolha de matricular o filho Vicente no CEAT veio sem dúvidas. “Por tudo que vivi ali, soube que seria a melhor educação para ele. Isso me deixa muito orgulhoso.”

Os sobrinhos Júlia e César também estudaram na escola. Já formados, passaram pelo mesmo processo educativo que fortaleceu os laços da família com a instituição.

Aos 15, violino, intercâmbio e perspectivas

Vicente Valkimil, 15 anos, cresceu entre salas de aula, corredores e partituras. Ainda nas séries iniciais, começou as aulas de violino. Com o tempo, integrou o conjunto instrumental da escola, do qual faz parte até hoje.

Nas viagens com o grupo,

FOTOS: ANDRÉIA RABAIOLLI
Pai e filho dividem mais do que o sobrenome. Compartilham vivências no CEAT e os mesmos valores que atravessam geraçõe

os Valkimil encontraram o caminho

O colégio inclui na nossa formação valores como respeito e empatia, que notei no intercâmbio.”

Honestidade, educação, solidariedade e resiliência são valores fundamentais que aprendi no CEAT.”

conheceu colegas de outras cidades e viu de perto a força de uma educação que vai além da teoria. Também foi nas aulas de línguas que encontrou outro ponto de afinidade: com inglês e alemão fluentes, Vicente tratou de “cavar” oportunidades. Em 2024, foi selecionado para um intercâmbio internacional. Passou três semanas na cidade de Lenggries, na Alemanha, onde frequentou a escola local e morou

com uma família anfitriã. A experiência internacional o enriqueceu como pessoa e ele entende que a educação sólida aprimora habilidades. “O colégio inclui na nossa formação valores como respeito e empatia. Isso, observei durante o intercâmbio, convivendo com a família alemã”, conta. Vicente também tem afinidade com a matemática e com o raciocínio lógico. Ainda faltam dois anos de estudos intensos no CEAT, e ele avalia as possibilidades para o futuro. “Continuo incerto quanto à profissão, mas sei que a base que tenho vai me ajudar a escolher o caminho certo”, salienta. Avalia que seguir carreira na área da tecnologia seria uma possibilidade, em função da sua facilidade com Exatas. Vicente quer decidir com responsabilidade, que sempre pautou sua vida escolar. Ao olhar para trás, para o garoto de 3 anos que ingressou no colégio, ele diria: “Que bom que você aproveitou as oportunidades e se dedicou, porque isso está trazendo resultados e vai abrir ainda mais portas no futuro.” Na oitava série, Vicente escreveu o seu Livro da Vida. Contou a história dos pais e a própria trajetória. “Ele traz nossas memórias.” Para ele, o projeto da Língua Portuguesa proporciona o diálogo entre gerações, aproxima filhos de pais e netos de avós. Uma lembrança eterna que ficará guardada na memória.

Valkimil cresceu entre salas de aula, corredores e partituras

O que é o Livro da Vida,

“cavar” oportunidades

Quatro valores que os Valkimil levaram da sala para a vida

Respeito

Empatia

Comprometimento

Resiliência , ensinada pela música, reforçada no esporte, vivida no dia a dia.

Nas aulas de línguas encontrou outro ponto de afinidade: com inglês e alemão fluentes, Vicente tratou de

PREJUÍZO À COMUNIDADE

Furtos em cemitérios se tornam rotina e deixam rastro de destruição

Centenas de sepulturas foram danificadas no bairro Hidráulica durante a última ação. Câmeras e iluminação estão entre medidas anunciadas

Maira Schneider mairaschneider@grupoahora.net.br

LAJEADO

Uma sequência de furtos em cemitérios da cidade tem gerado revolta e prejuízos à comunidade. O caso mais recente foi registrado nesta semana, no Cemitério Católico do bairro Hidráulica, onde estima-se um prejuízo de aproximadamente R$ 40 mil. Há cerca de 20 dias, moradores relatam estragos e o desaparecimento de objetos em túmulos. Na última ação criminosa, a maioria das cerca de duas mil sepulturas do local foi alvo de vandalismo e furto.

Os criminosos levaram crucifixos metálicos, letras, molduras e até fotografias de diversas sepulturas. O aposentado Pedro Pozzebon, que já teve prejuízos anteriores, relatou a frustração diante da situação. “Uma vez roubaram só o crucifixo. Colocamos outro e depois levaram de novo. Agora só restou uma foto. O jeito é substituir por materiais

Maioria dos túmulos teve prejuízos. Alguns ficaram sem qualquer identificação

sem valor comercial, como o acrílico”, afirmou. Pozzebon também expressou o sentimento de impotência compartilhado por muitos moradores. “A gente se sente impotente, porque tu não pode fazer nada. Tu faz alguma coisa com esse pessoal e no fim é crucificado. Eles pegam e não acontece nada, porque perante a Justiça isso não tem valor. E a gente que fica com o prejuízo dobrado, triplicado”, desabafou.

Medidas de segurança

Diante da recorrência dos crimes, a Sociedade Cemitérios

União Católica anunciou medidas para coibir novas ações. Estão previstas a instalação de postes de iluminação e câmeras de videomonitoramento. “Infelizmente, não temos condições de manter vigilância 24 horas, mas já estamos providenciando melhorias. Os postes já foram comprados e vamos instalar em breve, junto com câmeras, para garantir um local mais seguro e iluminado”, informou a entidade responsável. Já a comunidade evangélica, ligada à Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), também relatou episódios de vandalismo em seus cemitérios. A administração informou que trabalha com ações de iluminação, vigilância constante e estuda medidas adicionais de segurança. “Estamos providenciando um monitoramento mais eficaz do que o atual.”

Investigação

O caso foi registrado na 19ª Delegacia de Polícia Regional do Interior (DPRI) e a polícia investiga a ação. Um homem foi recentemente detido após ser flagrado em posse de mais de 30 quilos de materiais oriundos de cemitérios. Ele foi encaminhado à delegacia, ouvido e liberado. Os itens foram apreendidos. Enquanto aguardam respostas das autoridades e a implementação de melhorias na segurança, famílias seguem lidando com o luto e o desrespeito à memória de seus entes queridos.

Sepulturas de familiares do aposentado já foram furtados e danificados por diversas vezes. Desta vez, levaram tudo
FOTOS MAIRA

Enchente levou capela do bairro Carneiros, mas não apagou a devoção

Com nova diretoria da associação de moradores, aumenta a expectativa pela reconstrução de uma capela, agora em área central, próxima ao cemitério

Um novo olhar sobre os bairros

LAJEADO

Obairro Carneiros vive uma nova fase após a eleição da Associação de Moradores e a perspectiva de erguer novamente a Capela Nossa Senhora dos Navegantes. A comunidade foi duramente atingida pelas enchentes e perdeu um de seus maiores símbolos: a capela, orgulho dos fiéis e ponto alto das procissões. A destruição deixou marcas profundas. Mesmo sem templo, os moradores improvisaram um altar a céu aberto. A imagem da santa permanece ali, cercada de velas e terços, e recebe visitas constantes. Um dos que não deixa de rezar no local é o presidente da associação, Ademir Becker, nascido e criado em Carneiros. Nesta sextafeira, ele se aproximou da santa, fez silêncio e refletiu sobre a reconstrução. “Isso tudo vai virar lavoura, não há como construir

ADEMIR BECKER

PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO CARNEIROS

Fiz minha primeira comunhão aqui. Essa capela foi erguida no braço pelas famílias”

aqui”, disse, apontando para o espaço inundado.

A nova proposta é erguer a capela em um ponto mais seguro, próximo ao cemitério. A definição da área deve ser tratada em reunião já na próxima semana, com possibilidade de permuta de terreno. A meta é começar as obras em 2027. O investimento pode chegar a R$ 1 milhão, valor que a comunidade espera viabilizar com apoio de construtoras, entidades e doações.

Primeira comunhão

Para Ademir, a ligação com a capela é pessoal e afetiva. “Fiz minha primeira comunhão aqui. Aprendi com meus pais que é preciso ter espiritualidade. Essa capela era linda e foi erguida pelas famílias do bairro, que puxavam areia e tijolos com carroças e bois. Não houve ajuda de município ou entidades, foi tudo no braço e com doações”, recorda. Sem a estrutura física, permanece a fé. “A fé é o que move o ser humano e não podemos perder a esperança”, afirma o presidente. Ele lembra que em 1941, durante outra enchente histórica, moradores se abrigaram no alto da capela. Hoje, a reconstrução no mesmo lugar é considerada inviável. Ainda assim, o espaço segue como

ponto de oração. Todos os dias, pessoas visitam o altar improvisado, sentam em silêncio e buscam forças com a santa para enfrentar a vida.

Perda

dolorida

O Bairro Carneiros, em Lajeado, foi um dos mais afetados pela enchente histórica de maio de 2024, quando o Rio Taquari atingiu níveis sem precedentes. O rio destruiu casas, sítios e fazendas na região. Mas a perda mais dolorida para a comunidade foi a Capela Nossa Senhora dos Navegantes.

Hoje, a falta de infraestrutura dificulta o restabelecimento da vida no bairro. O que não falta, porém, é fé. Os moradores mantiveram a santa em um altar ao ar livre, onde seguem visitando e rezando. Atualmente, as celebrações ocorrem no ginásio da localidade.

A luta pela reconstrução da capela histórica, que sempre abrigou as procissões em honra a Nossa Senhora dos Navegantes, continua a mobilizar a comunidade.

Casas abandonadas no bairro estão a vista para os poucos que passam pela estrada de chão

NOVA DIRETORIA DA ASSOCIAÇÃO DE MORADORES

PRESIDENTE: Ademir Becker

VICE-PRESIDENTE: Edith Maria Pontin Gerhardt

SECRETÁRIO: Gustavo Schneider

2º SECRETÁRIO: André (Deco) Kielling

TESOUREIRO: Rosângela Pereira Hofmeister

2ª TESOUREIRA: Elaine Becker Tomazi

CONSELHO FISCAL

TITULARES:

1 – Luiz Machado

2 – Ticiane de Vargas

3 – Moisés de Almeida

SUPLENTES:

1 – Rômulo Gerhardt

2 – Arno da Rocha Castro

3 – Renan Tomazi

Andreia Rabaiolli centraldejornalismo@grupoahora.net.br
Na antiga capela destruída pela enchente, moradores rezam a céu aberto, entre eles, o presidente recém-eleito da associação, Ademir Becker
FOTOS: ANDREIA RABAIOLLI

NASA SPACE APPS CHALLENGE

Lajeado estreia no maior hackathon do mundo e pode levar soluções à Nasa

Evento durante este fim semana ocorre simultaneamente em mais de 150 países e reúne participantes de diferentes áreas para desenvolver soluções em 48 horas. Expectativa é conquistar espaço no cenário internacional

LAJEADO

Pela primeira vez, Lajeado será palco do Nasa Space Apps Challenge, o maior hackathon de inovação do planeta, promovido pela Divisão de Ciências da Nasa. O evento ocorre neste fim de semana, dias 4 e 5, no Tecnovates, a partir das 9h, reunindo participantes que terão apenas 48 horas para criar soluções para problemas ligados à Terra e ao espaço.

A iniciativa acontece de forma simultânea em mais de 150 países e é marcada pela intensidade: grupos devem desenvolver protótipos inovadores com base em dados reais da Nasa e de parceiros da agência. Os desafios envolvem temas como astrofísica, exploração espacial, agricultura, desenvolvimento de software e narrativa científica.

O estudante de Engenharia de Software da Univates, Jeferson Scheibler, é o coordenador local da edição. Para ele, o diferencial do evento vai além da disputa. “Queremos que os participantes aprendam novas habilidades, se conectem com mentores de referência e sintam o impacto de trabalhar com dados reais da Nasa para propor soluções que importam para o planeta e para o futuro da exploração espacial”, afirma.

Equipes estruturadas

Até o momento, 15 equipes já estão estruturadas, mas a organização espera atingir ao menos 21 grupos. Com esse número, Lajeado poderá submeter até três projetos à fase internacional como

Estrutura começou a ser montada na sexta-feira, 3. Pelo menos 15 equipes já estão estruturadas, mas a organização espera atingir ao menos 21 grupos durante a programação.

Se a nossa equipe conseguir chegar à etapa global, estaremos justificando os investimentos em educação”

Como vai funcionar o Nasa Space Apps em Lajeado

• Onde e quando: dias 4 e 5 de outubro, no Tecnovates, em Lajeado.

• Formato: maratona de 48 horas com foco em inovação e colaboração.

• Equipes: já são 15 grupos confirmados; meta é chegar a 21 para submeter até 3 projetos à etapa global.

• Simultaneidade: acontece em mais de 150 países ao mesmo tempo.

• Desafios: envolvem astrofísica, exploração espacial, agricultura, desenvolvimento de software e narrativa científica, usando dados reais da Nasa.

ESTRUTURA DO HACKATHON

Global Nominees, ampliando as chances de destaque mundial.

Scheibler acredita que a diversidade dos participantes é a chave para resultados promissores. “Temos programadores, designers, cientistas, comunicadores, especialistas em negócios, além de pessoas de áreas como biologia e direito. Essa multidisciplinaridade é exatamente o que buscamos. As soluções mais inovadoras surgem do encontro entre diferentes visões”, projeta.

Potencial da região

Entre os participantes do Nasa Space Apps em Lajeado está o

DIA 1 (SÁBADO, 4 DE OUTUBRO)

• 9h – Cerimônia de abertura e definição final das equipes

• Oficinas de capacitação: GitHub, IA para Ideação e Pitch

• Início oficial da maratona (Go for Launch!)

DIA 2 (DOMINGO, 5 DE OUTUBRO)

• Desenvolvimento intensivo dos projetos

• Pré-pitches de ensaio

• Submissão final na plataforma da Nasa

• Cerimônia de premiação local

estudante Guilherme Dall Acqua, do 2º semestre de Engenharia de Software. Ele vê no evento uma oportunidade única de mostrar o potencial da região no cenário da inovação.

“Se a nossa equipe conseguir chegar à etapa global, estaremos justificando os investimentos em

educação, provando o potencial empreendedor do Vale do Taquari e desmistificando a ideia de que as inovações nascem apenas nas grandes cidades”, projeta.

A programação conta com apoio do Pro_Move Lajeado, Sebrae VTRP, Sicredi (Fundo Social) e do Grupo A Hora.

• Atividades: oficinas de GitHub, IA para Ideação e Pitch, além de mentorias especializadas.

• Premiação: projetos locais podem ser indicados como Global Nominees; mundialmente, os melhores recebem 10 prêmios concedidos pela Nasa e parceiros internacionais.

As soluções mais inovadoras surgem do encontro entre diferentes visões”

Eloisa Silva eloisasilva@grupoahora.net.br
FOTOS: DIVULGAÇÃO

Festival de Danças Gaúchas movimenta CTG Raízes do Sul em Lajeado

Primeira edição do evento busca preservar a tradição, valorizar artistas locais e projetar talentos em nível estadual

Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

OCTG Raízes do Sul, de Lajeado, abre as portas neste sábado para a primeira edição do Festival de Danças Gaúchas de Salão, um evento que busca unir tradição, competitividade e valorização cultural. Serão 32 duplas de dançarinos em um palco que se tornará espaço de celebração da cultura popular. O evento inicia às 9h com apresentação das duplas prémirim. Elas seguem com Mirim, Juvenil, Veterana, Xiru e Adulta. A diretora artística da entidade, Marieli Luiza Zarth, reforça que o festival simboliza um sonho antigo. “Para nós, é motivo de imenso orgulho e alegria. Este evento valoriza as danças gaúchas de salão e fortalece nossa identidade cultural tradicionalista. É um marco que abre espaço para novas gerações de dançarinos e apreciadores da tradição”, ressalta. O festival reúne duplas de diferentes idades, divididas em categorias Pré-Mirim, Mirim,

Juvenil, Adulta, Veterana e Xirú, com regulamento inspirado no Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) e no Enart. As apresentações seguem regras específicas para cada faixa etária, sempre com ênfase na autenticidade dos passos, na postura dos pares e na indumentária. Para o público, a entrada custa R$ 15, e os melhores de cada categoria receberão troféus como forma de reconhecimento e incentivo.

A adesão superou as expectativas. Mais de 20 entidades tradicio-

EVENTO ESPECIAL

nalistas confirmaram presença. Elas representam não só a região do Vale do Taquari, mas também cidades como Santa Maria, Passo Fundo e Farroupilha. Para Marieli, isso mostra a força e o alcance da dança de salão no Estado. “A ideia do evento surgiu da propagação dessa modalidade no Rio Grande do Sul, especialmente em nossa região. Observamos outros festivais e nos inspiramos neles, mas buscamos dar ao nosso encontro uma identidade própria. Queremos exaltar a dança e também

Projeto “Cultura que Renova:

pré-Fenachim”

proove Mateada Cultural neste domingo

Evento gratuito ocorre no Parque Municipal do Chimarrão, com show de Renato Borguetti

VENÂNCIO AIRES

O projeto “Cultura que Renova: pré-Fenachim” promove neste domingo, 5, a partir das 13h,

uma Mateada Cultural no Parque Municipal do Chimarrão, em Venâncio Aires. A programação gratuita e aberta a toda a comunidade terá intervenções artísticas da Cia Espícula.

Às 14h, o público poderá prestigiar o espetáculo teatral

“Histórias do Vô Venâncio”, uma apresentação carregada de humor e memórias que resgatam a identidade local. Às 15h10, as candidatas à corte de soberanas participam da Prova do Chimar-

rão, para demonstrar os conhecimentos sobre o maior símbolo da cultura gaúcha.

Para encerrar a tarde em grande estilo, às 16h, sobe ao palco Renato Borghetti & Trio. Com mais de 40 anos de carreira na música, o instrumentista gaúcho leva à comunidade composições próprias e interpretações inspiradas no folclore do Rio Grande do Sul.

O espetáculo “Histórias do Vô Venâncio” e a abertura do show de Renato Borghetti & Trio contam

Serão 32 duplas de dançarinos em um palco que se tornará espaço de celebração da cultura popular

oferecer uma estrutura acolhedora para o público”, explica. Entre os ritmos que vão tomar conta do salão estão chote, milonga, bugio, polca, chamamé, rancheira, valsa e mazurca. Cada coreografia resgata memórias dos antigos bailes e “balares”, símbolos da vida social gaúcha. Para a

diretora, mais do que espetáculo, o festival é uma ferramenta de preservação. “A dança e a música são linguagens vivas da nossa cultura. Quando um casal sobe ao palco, ele não apresenta apenas passos ensaiados, mas revive histórias, costumes e valores que mantêm acesa a chama do tradicionalismo. É um momento em que a emoção e a memória coletiva se encontram”, afirma. A avaliação dos pares será feita por uma comissão formada por jurados oficiais do MTG, para garantir a seriedade da competição. O critério segue o regulamento artístico estadual. “Os destaques da primeira edição ficam por conta da qualidade dos competidores, da diversidade cultural presente e, principalmente, do envolvimento da comunidade. Não temos dúvida de que será um marco em nossa história”, reforça Marieli. A intenção da organização é transformar o encontro em um evento anual e consolidar o festival como referência no calendário cultural da região para atrair cada vez mais participantes. Para a diretora, o sentimento que marca essa estreia vai além da satisfação. “É um misto de orgulho, gratidão e emoção. Orgulho pela coragem de idealizar e concretizar o projeto, gratidão às entidades e casais que acreditaram na proposta e emoção em ver que a tradição continua viva e pulsante. Este festival é a prova de que o amor pelo Rio Grande se expressa também pela dança”, resume.

Com mais de 40 anos de carreira na música, o instrumentista gaúcho leva à comunidade composições próprias e interpretações inspiradas no folclore do Rio Grande do Sul

com uma intérprete de Libras. Esta é a segunda atividade de uma série de programações que integram o processo de escolha das soberanas e preparam o caminho para a 18ª Festa Nacional do Chimarrão (Fenachim).

O projeto “Cultura que Renova: pré-Fenachim” é uma realização da AFenachim, com apoio da Prefeitura Municipal de Venâncio Aires, patrocínio da Philip Morris Brasil, gestão cultural da d.marin e financiamento do Pró-Cultura RS e do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

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SEIS DÉCADAS

Sociedade mantém o debut como espaço de valor feminino

A sociedade se transforma, mas o baile de debutantes resiste e une famílias que preservam o rito de passagem para a vida adulta. O Clube Tiro e Caça celebra a tradição há seis décadas

Os bailes de debutantes sempre marcaram a vida social no Vale do Taquari. Neste sábado, o Clube Tiro e Caça celebra 60 anos dessa tradição e reúne famílias que preservam o ritual, agora com um olhar mais moderno.

O evento de gala expõe o fascínio de um rito social que a região faz questão de celebrar e perpetuar. Hoje, os bailes mantêm a intensidade, mas com um significado renovado, a celebração das conquistas de jovens mulheres que ingressam na vida adulta.

No salão social, o Clube apresentará neste sábado, 22 meninas vão rodar em vestidos de renda, tule e organza. Dançarão a valsa, sem conter a ansiedade pelo futuro. Os momentos serão registrados e vão compor a experiência que levarão para a vida.

História remonta à década

de 1960

Os bailes de debutantes fazem parte da memória social do Vale do Taquari desde os anos 1960. O primeiro baile aconteceu em 1957. Foi nessa década que o então Clube Recreativo, hoje Clube Tiro e Caça, abriu as portas para a primeira edição do Debut, inspirado em costumes europeus e adaptado ao modo de viver das famílias da região.

De lá para cá, o clube construiu eventos históricos, cruzando gerações. As festas, símbolo de elegância e convivência social, marcavam a passagem da adolescência para a vida adulta.

O debu nasceu na Europa e a palavra vem do francês début, que significa início. Era o rito de entrada da jovem na sociedade. Em Lajeado, o CTC adaptou essa tradição aos costumes locais e fez do rito, um sucesso de público.

Hoje, os bailes celebram a maturidade das garotas. O glamour continua, mas o olhar é outro. A festa deixou de ser vitrine para se tornar espaço de valorização de conquistas e sonhos.

“É uma forma de as meninas perceberem suas potências e aptidões. Marca uma nova fase, mais madura”, afirma Joana Peixoto Vier, que debutou em 1996 e hoje é empresária do ramo da moda. Para ela, os bailes ainda representam um rito que fortalece autoestima, abre espaço para amizades e cria laços que acompanham a vida adulta.

Primeira debutante

Era outubro de 1957 quando a primeira debutante subiu ao palco do então Clube Recreativo. Miriam Schabbach Muller, hoje com 83 anos, lembra que ensaiava a valsa com o pai, Roberto Schabbach, em um espaço improvisado em casa. Ao chegar à tão sonhada noite, não conseguiu conter o nervosismo. Mas o carinho do público, que lotou o salão, deu ânimo e transformou o momento em uma memória inesquecível. Miriam faz parte do grupo das primeiras debutantes do Clube. “Nós éramos cinco naquela noite. Só eu ainda moro em Lajeado”, conta. O formato era simples e muito diferente do atual. Os pais faziam a inscrição e as meninas só se encontravam no dia do baile. Não havia ensaios, nem preparativos. “A gente estava muito emocionada. Foi nosso primeiro baile. Me senti muito feliz, muito importante.”

Clube insere novidades a cada ano

A essência da festa permanece, mas as atividades em torno do debut se renovam. O circuito de preparação das meninas é hoje um dos pontos altos da experiência. Durante semanas, elas participam de encontros sociais, culturais e de integração.

Neste ano, a grande novidade foi o Dormidão na Serra, uma edição especial da tradicional noite do pijama. O CTC proporcionou essa experiência às garotas, na Serra Gaúcha. Vibraram, com os dias diferentes e os laços de amizades. Elas também aprenderam sobre

É uma ocasião importante para as meninas e famílias, reencontros. Abre possibilidades, desperta aptidões e fortalece a confiança”

etiqueta, automaquiagem e defesa pessoal. Essas ações oferecidas elas, são uma forma de preparar para desafios que vão além da pista de dança.

Três gerações de história

Entre tantas famílias que já passaram pelo salão do CTC, a família Peixoto é uma das mais

emblemáticas. A história começou em 1972, quando a jornalista Laura Peixoto debutou no então Clube Recreativo. Duas décadas depois, em 1996, foi a vez da filha, Joana Peixoto Vier, que entrou no salão aos 15 anos. Joana lembra da expectativa. Foram 23 meninas naquela edição, em uma época em que os bailes estavam em alta, com todo um circuito social. A estreia no Tiro e Caça era o primeiro passo, seguida por apresentações em clubes de Estrela, Encantado e, por fim, no Clube Sete de Setembro, em Lajeado. “Cada baile tinha a sua importância”, recorda. Joana entrou acompanhada do pai, Gilberto Vier e seu par foi o irmão mais velho, João Gilberto. O vestido já usado por uma outra debutante vinte anos antes, foi personalizado rebordado por Rosa Christ e a saia nova de organza para suavizar o colorido do top. “Ficou lindíssimo. Foi um marco na minha vida”. Joana explica que, naquele tempo, as meninas aguardavam o baile para poder sair. A partir dali se abria o leque de amizades, que depois se transformava em vínculos sociais e profissionais, uma rede de contatos que acompanhava a vida adulta. Hoje, em 2025, a tradição chega à terceira geração. Isabel, filha de Joana, completou 15 anos em julho e estreia neste sábado. O vestido off-white foi criado por um Atelier de costura de Nova Brescia, em seda italiana bordada, reforçando o cuidado e a simbolo-

CTC celebra 60 anos dessa tradição e reúne famílias que preservam o ritual, agora com um olhar mais moderno

gia da ocasião. “É uma ocasião importante para as meninas e famílias, reencontros. Abre possibilidades, desperta aptidões e fortalece a confiança”, acredita Joana. Para Isabel, a espera de dois anos pela estreia aumenta a expectativa. “Ela está muito feliz por viver esse momento”, resume a mãe.

O que os bailes representam hoje

Nos bailes de debutantes atuais, a principal mudança está na forma de vivê-los. O que antes era um ritual formal de “apresentação” das jovens à sociedade transformou-se em um evento

LAJEADO
JOANA PEIXOTO VIER
EX-DEBUTANTE COM A FILHA ISABEL
Em 1996, Joana Peixoto Vier fez sua estreia, acompanhada da mãe Laura e do pai, Gilberto
Neste ano, Isabel vai seguir a tradição
Laura Peixoto debutou em 1972
Andréia Rabaiolli centraldejornalismo@grupoahora.net.br

moderno, que simboliza a transição para a vida adulta.

O calendário também se ampliou. Além da noite de gala, as jo-

vens participam de um pré-debut que inclui oficinas, atividades culturais e encontros de integração. Ao todo, o CTC promoveu mais

Conheça as protagonistas do Debut 2025 do CTC

Alessandra Isadora Giovanella, Alice dos Santos Zanoello, Alícia Teixeira Luciano Rosa, Ana Clara Wallerius Reisdörfer, Ana Laura Bozetti Simonetti, Bianca Pereira Flores, Brenda Müller Johann, Carolina Schumacher Alessio, Catharina Feil Schott, Geovana Mendes Ghisleni, Isabel Vier Giovanella, Isabela Gheno Yépez, Isadora Moraes Weiand, Lara Lagemann Pereira da Silva, Laura Dahmer Werner, Manuela Bussmann, Manuela Dallé Costantin, Maria Clara de los Santos Reali, Maria Clara Giovanella Manica, Marina Chiamulera Jacques, Rafaela Allgayer Weiand, Sabrina Weirich Venturini e Yasmin Rempel Al Alam.

de 24 momentos preparatórios que fortalecem vínculos entre as debutantes e constroem memórias para toda a vida.

O primeiro debu documentado nas redes sociais foi em 2015, no Clube Tiro e Caça

RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS

Quatro cidades ficam

fora e Mapa revê lista

Capitão, Fazenda

Vilanova, Itapuca e Westfália integram grupo de 94 municípios excluídos no RS

Estevão Heisler

projetoagro@grupoahora.net.br

PAÍS

OMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou nesta semana portaria com a lista de 1.363 municípios brasileiros elegíveis à linha de crédito para renegociação de dívidas rurais via BNDES. A medida provisória contará com R$ 12 bilhões para produtores

afetados por adversidades climáticas desde 2020.

O Rio Grande do Sul tem o maior número de municípios inclusos. São 403, mas 94 ficaram de fora. Entre estes quatro da região: Capitão, Fazenda Vilanova, Itapuca e Westfália. Isto porque o critério para elegibilidade exige que os produtores de cada cidade tivessem registrado pelo menos duas perdas acima de 20% em duas das três principais culturas entre 2020 e 2024, além de os governos locais terem decretado calamidade pública ou estado de emergência reconhecido pelo governo federal. A linha não contempla perdas na pecuária. No entanto, lideranças questionam a listagem justificando que diversos municípios se enquadrariam nas regras. O senador

Luis Carlos Heinze (PP-RS) tem articulado junto ao governo federal a ampliação do número de beneficiados. Segundo ele, mais da metade que ficou de fora deve entrar no processo. “Ajustamos com os ministérios para que possa sair uma correção daquela lista. Conseguimos ampliar e vamos seguir trabalhando para que ninguém fique de fora.”

A Farsul enviou ofício ao ministro Carlos Fávaro sugerindo ajustes na resolução que definiu os critérios. A entidade propõe excluir safras de inverno, culturas irrigadas e aquelas não financiadas pelo crédito rural, como o tabaco, do cálculo das perdas. “A adoção de critérios mais realistas permitirá que os recursos alcancem os produtores efetivamente atingidos pelas sucessivas crises climáticas,

evitando distorções”, afirma o presidente Gedeão Pereira.

O Ministério da Agricultura já reconheceu a necessidade de recalibrar os critérios. Segundo o secretário Guilherme Campos, “se depender de nossa atuação, os critérios serão ajustados para contemplar os municípios que ficaram de fora”.

Cenário nacional

Em Mato Grosso do Sul, apenas Naviraí e Deodápolis foram incluídos, apesar de perdas registradas

em outras regiões. No Paraná, apenas 50 municípios foram contemplados, número contestado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faep), que defendia 129 cidades elegíveis. Em Santa Catarina serão 108 municípios, Minas Gerais 123, Pernambuco 101, Paraíba 150, Rio Grande do Norte 89, Ceará 55, Piauí 82, Pará 8, Tocantins 1, Maranhão 10, Amazonas 17, Rondônia 5, Roraima 1, Alagoas 45, Sergipe 7, Bahia 82, Espírito Santo 8, Rio de Janeiro 9, São Paulo 5 e Goiás 2.

Lideranças questionam critérios adotados pelo ministério
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Lente Social

Debut 2025

A família Weiand recebeu as 22 debutantes e seus familiares, nessa quinta-feira, 2, para uma carreata pelo centro da cidade de Lajeado. O evento seguiu com um coquetel de integração na concessionária Toyota, localizada na ERS-130. O Debut 2025 do CTC está na edição de número 60. A partir das 21h deste sábado, 4, as 22 meninas serão apresentadas aos mais de mil convidados e familiares em uma noite que promete ficar na memória de todas.

Noite de espetáculo

A noite de quinta-feira, 2, foi marcada pelo talento da atriz Gabriela Munhoz e da cantora e compositora Paola Kirst com o espetáculo “Idade é um sentimento”. O evento ocorreu no Auditório Hugo Schmidt, na nova central da Construtora Diamond. A peça refletiu sobre a

passagem do tempo e as infinitas possibilidades de fazer escolhas e modificar rumos enquanto estamos vivos. O espetáculo foi um sucesso de público com duas sessões esgotadas. A realização foi da Construtora Diamond e o apoio cultural de Arruda Advogados. Nas fotos registro de algumas presenças.

Lisi Costa Leila Franz
A debutante Isadora com a tia Cláudia, os avós
Jacó e Ester e os pais Gustavo e Letícia Weiand
Cristiane Vettorazzi, Denise Muller Arruda, Ney Arruda Filho, Maria Luiza Pimentel, Carolina Taffarel e Janaína Sauer
Giovana Munhoz e Francéli Ferreira
Gabriela entre os pais Angélica e Marcelo Munhoz
Protagonistas do Debut CTC 2025. Baile ocorre neste sábado, 4

Aline Mignoni

Arquiteta e urbanista

Formada pela Univates em 2024/B

Orientador: Augusto Alves

Unindo formação técnica, apoio psicossocial e atividades de contraturno escolar, com base em princípios sustentáveis e responsabilidade social, a arquiteta e urbanista Aline Mignoni criou o Instituto Ello. O projeto foi feito para o Trabalho de Conclusão do Curso (TCC), orientado pelo professor Augusto Alves.

Segundo Aline, o instituto leva o nome “Ello”, em homenagem ao avô, Senhor Deonello Lazzaretti. “Ele foi fonte de amor, inspiração e conexão ao longo da minha vida. O termo "ello" representa não apenas o laço afetivo entre nós (avô e neta), mas o propósito do projeto: criar vínculos duradouros entre o ser

humano e o meio ambiente, entre o indivíduo e a coletividade.”

O espaço, em Lajeado, ainda nasce da inquietação frente aos impactos ambientais da construção civil e à realidade das comunidades em situação de vulnerabilidade. “A sustentabilidade na construção civil é um desafio a ser debatido e enfrentado. A falta de mão de obra qualificada e de sistemas inovadores, a falta de incentivo dos órgãos públicos e a necessidade de conscientização se

Instituto Ello

fazem necessárias.“

Além de promover ensino profissionalizante nas práticas de construção civil sustentável, o instituto também conta com um contraturno escolar comunitário, beneficiando os estudantes e suas famílias, envolvendo os estudantes com atividades que geram responsabilidade social.

O contraturno conta ainda com complemento educacional e empreendedorismo, estimulando o desenvolvimento de atividades como o esporte, arte, e música.

Estrutura

O projeto foi desenvolvido no bairro Conservas, onde está inserido o ginásio de esportes, próximo a uma via coletora, facilitando o acesso entre bairros. De acordo com Aline, o projeto arquitetônico tem como referência a Escola Estadual Telêmanco Megles, com a proposta dos muros de divisa que participam da volumetria do conjunto, espaço aberto ao público e a escola, possibilitando uma relação harmoniosa entre si.

O espaço, em Lajeado, ainda nasce da inquietação frente aos impactos ambientais da construção civil e à realidade das comunidades em situação de vulnerabilidade

O Instituto Ello é composto por três pavimentos. O pavimento térreo conta com salas de matrículas para as aulas de ensino profissionalizante e também de contraturno escolar, além de um pátio coberto. Os banheiros ficam centralizados, atendendo os dois lados. O térreo conta com uma ampla cozinha, espaço para

armazenamento de materiais e salão de mesas. O segundo pavimento é demarcado pelo tamanho das salas de aula e o tamanho das salas de apoio, contando com um amplo corredor centralizado. E, no terceiro pavimento, encontram-se as salas de direção, dos professores, e também um espaço para a brinquedoteca, com o propósito das mães deixarem seus filhos enquanto estão assistindo às aulas. O pavimento também conta com um laboratório destinado a estudos do sol, vento, e alguns testes de forças simples, assim como estudos da parte elétrica e hidráulica, transformando assim em salas de ensino prático. O ginásio do bairro também foi mantido, reformado e requalificado.

365 VEZES

365vezesnovaledotaquari@gmail.com

Paraíso às margens do rio abre temporada em outubro

Paisagens charmosas à beira do rio, contato com a natureza, acampamentos, hospedagem em cabanas, boa gastronomia. Todos esses atrativos são encontrados no Camping Paraíso Santo Antônio, um dos espaços de veraneio mais completos e sofisticados do Vale do Taquari.

Localizado em local privilegiado as margens do manancial, em Colinas, o ponto turístico inicia oficialmente a temporada 2025/2026 neste sábado, dia 4 de outubro. Um dos diferenciais do Paraíso Santo Antônio são os espaços cuidadosamente ajardinados. Destaque para o deck imponente com vista panorâmica ao rio. Cartão-postal do destino. Uma escadaria e trilhas levam até as margens do manancial, onde é possível a contemplação e pescaria. O banho no local fica sob responsabilidade do visitante, pois os poços têm profundidade incerta e o destino não conta com salva-vidas.

Para quem quer preparar um almoço diferente, mais de 50 mesas e churrasqueiras estão instaladas na sombra das árvores. A área de acampamento conta com bons espaços para instalação de barracas, duas cozinhas compartilhadas e banheiros com chuveiros quentes. O empreendimento ainda tem ponto de apoio para motorhomes. Outra opção de pernoite são as cabanas climatizadas e até quartos improvisados em silos metálicos (para duas pessoas). Há também o quiosque com um belo cenário de frente ao rio. O espaço foi reformado e, além do espaço para passar a noite, pode ser alugado para eventos.

O restaurante do camping atende com tábuas, lanches em geral, picolés e bebidas em geral.

O camping está localizado na Linha Santo Antônio, com cerca de 500 metros de estrada de chão. O atendimento será de terças a domingos das 8h às 19h30min.

O custo da entrada será de R$ 15,00 adulto. Valores de acampamento e das hospedagens podem ser conferidos pelo WhatsApp 51 99551-4676 ou pelo Instagram @ campingparaisosantoantonio.

FÁBIO KUHN

EM DESTAQUE

Atrativos consolidam polo gastronômico em Lajeado

De armazém histórico a referência em refeições, Marreta oferece experiências únicas que agradam gerações

Paulo Cardoso centraldejornalismo@grupoahora.net.br

LAJEADO

Reconhecida como a capital do Vale do Taquari pelo número de habitantes, pela economia diversificada e pelo orçamento robusto, Lajeado se consolida cada vez mais como um polo turístico de negócios e gastronomia. A cidade combina estrutura, hospedagem, restaurantes de excelência e experiências que conectam moradores e visitantes, reforçando seu papel

de protagonismo regional.

Segundo o presidente da Amturvales, Rafael Fontana, aquilo que já atrai os moradores também desperta o interesse dos turistas. “Nosso diferencial é a proximidade: tudo está interligado e ao alcance. O que faz sentido para quem vive aqui também atrai o visitante, fortalecendo a operação turística e dando protagonismo à região”, destaca.

Hoje, o Vale do Taquari recebe cerca de 35 mil visitantes por mês, mas, segundo Fontana, com a infraestrutura existente, é possível atender até 100 mil turistas. Ele observa que grande parte dos visitantes se dirigem ao Cristo Protetor, mas reforça que oferecer mais opções e informações pode ampliar significativamente esses números.

Nesse cenário de fortalecimento do turismo, empreendimentos locais como o Marreta se tornam estratégicos. Espaços que unem cultura, gastronomia e hospitalidade ajudam a transformar a

cidade em referência não apenas para lazer, mas também para negócios.

Marreta

Em 1963, nascia na Avenida Senador Alberto Pasqualini, em Lajeado, o Marreta. O que começou como um simples armazém se transformou, ao longo das décadas, em referência na cidade. Hoje, na Avenida Acvat, abriga duas unidades, o Marreta e o Marreta Sal y Brasa, que se destacam pelo equilíbrio entre tradição, gastronomia e experiências sociais memoráveis.

Após 25 anos de recesso, foi em 2015 que os irmãos e sócios-diretores Rodrigo e Wagner Kober, ao retornarem a Lajeado após um período na Bahia, perceberam a ausência de um espaço capaz de reunir pessoas de forma acolhedora e agradável. “Na época, havia muitas lancherias ou restaurantes tão claros que pareciam hospitais. Sentimos falta de um ambiente

gastronômico voltado para a galera, e foi aí que começamos a desenvolver esse conceito”, recordam.

Rodrigo também destaca o crescimento das cervejas artesanais como fator influente. “Naquele período, essa cultura ganhava força, e sempre tivemos essa tradição cervejeira. Foi então que estruturamos o pub dentro dessa proposta. Com nove torneiras de cerveja, apresentamos à região algo totalmente inédito para aquele momento”.

Sal y Brasa

O Marreta Sal y Brasa surgiu do interesse dos irmãos e do amigo

Sócios-diretores participaram do programa Frente e Verso dessa Sexta-feira, 3

Willian Roncaglio, que ainda em 2021 começaram a idealizar o projeto. Mas foi somente em 2023, com o conceito mais consolidado, que o negócio tomou forma. “Passamos um ano planejando cada detalhe, do fluxo do espaço ao conceito gastronômico”, conta Roncaglio. “Além de fãs de cerveja, somos apaixonados por churrasco. Queríamos que esse conceito trouxesse atratividade ao projeto, especialmente porque aqui no Sul o churrasco tem uma tradição muito forte, mas a parrilla ainda não é tão popular”.

www.coquetel.com.br

Série de filmes com Paulo Gustavo

A geração de pessoas nascidas entre 1981 e 1995

CRUZADAS

Grito de entusiasmo no flamenco Cosmético usado como realçador de cílios

"Triticum", em relação ao trigo (?) Santana, cantor de "Escreve Aí"

Muito (apócope) Queijo de soja

Início de poemas

Quark up (símbolo)

Unidade molecular Neurologista (red.)

Componentes do ecossistema (Biol.)

"Máximo", em MDC Indicado como útil "Você", em chats Enfeita; adorna

(?)-bumbá, encenação folclórica

São oferecidas no bufê

Tribunal de Contas da União (sigla) "(?) Viva", sucesso de Chico Buarque

Partido de Lacerda Artigo indefinido (pl.)

"(?) Teológica", obra de Tomás de Aquino

Mascote dos Jogos Olímpicos de 2020

Gênero musical de Amália Rodrigues

Peça que mata vampiros (Lit.)

Produto da cevada usado na cerveja

BANCO

Posição de Beyoncé, para a música

Utensílio para modelar biscoitos (Cul.)

Observatório Nacional (sigla)

(?) free: grátis (ing.)

Ate; aperte

Capital peruana Título (abrev.)

Império que conquistou Constantinopla Saco de couro para líquidos

(?)-pronóbis, planta comestível

Taxa acrescida à poupança (sigla)

Cobertura rústica de casas

Unidade de venda da pipoca

O paciente da cirurgiã bariátrica

HORÓSCOPO

ÁRIES: Intensifique atividades de grupo, proponha colaboração rápida e crie um canal de atualizações curtas.

TOURO: Hora de reposicionar sua autoridade. Faça um relatório das entregas, agende reunião com um mentor e atualize seu material de apresentação.

GÊMEOS: Será um ótimo momento para estruturar um mini-curso, publicar um guia prático ou lançar uma mentoria relâmpago.

CÂNCER: Troque confidências com a família, compartilhe sonhos e planeje as mudanças desejadas no lifestyle e no ambiente social.

LEÃO: Novas amizades chegarão por acaso, espere por surpresas gostosas e clima mágico nos encontros e interações de hoje.

VIRGEM: No amor, amadureça a relação e tente não idealizar demais, companheirismo e comprometimento darão segurança.

Mastro de bandeiras Obras distribuídas pelo PNLD (BR)

Pacto Pela Paz forma 66 agentes comunitários de saúde QUALIFICAÇÃO

Game (?): fim de jogo, em inglês

Solução

Principal curso fluvial da Itália

Capacitação abordou justiça restaurativa, escuta ativa e autocuidado dos profissionais da linha de frente

Maira Schneider mairaschneider@grupoahora.net.br

LAJEADO

Entre abril e setembro, 66 agentes comunitários de saúde de Lajeado participaram de uma formação promovida pelo Pacto Lajeado pela Paz. A capacitação abordou metodologias como justiça restaurativa, círculos de construção de paz, educação parental e segurança psicológica no trabalho.

A ação teve como objetivo quali-

OBITUÁRIO

ADELMA KOEFENDER MESSER, 94, faleceu na sexta-feira, 3. O sepultamento ocorreu no Cemitério Evangélico do bairro Alesgut, em Teutônia.

ficar os profissionais que atuam diretamente nas comunidades e ampliar sua capacidade de escuta, empatia e mediação de conflitos.

“É muito importante essa conexão com as metodologias do pacto, pois os agentes são nosso elo com a comunidade. Eles levam conhecimento e criam espaços de escuta”, afirma Tânia Rodrigues, coordenadora do programa.

A secretária de Saúde, Giovanna Athayde, destaca a valorização dos profissionais. “Os agentes são a primeira escuta nas casas. Essa formação qualifica seu trabalho e reforça o reconhecimento da administração.”

Ao longo de cinco meses, 66 agentes comunitários de saúde participaram da formação promovida pelo Pacto Lajeado pela Paz

Experiência a mais de uma década

“Precisávamos muito disso. Antes de tudo, precisamos estar bem para poder repassar algo de valor. Tive muito aprendizado e saio renovada, cheia de esperança para aplicar tudo que aprendi”, comenta Roseli dos Santos, agente comunitária de saúde nos bairros Planalto e Igrejinha.

ANILLA DICKEL ALLEBRANDT, 90, faleceu na sexta-feira, 3. O velório ocorre na Capela Mortuária Follmer, em Paverama. O sepultamento ocorre neste sábado, 4, às 9h, no cemitério do Centro de Paverama.

ACELLA NEUMANN, 95, faleceu na sexta-feira, 3. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Bela Vista, em Arroio do Meio.

DIRCE FACHINI GRACIOLA, 80, faleceu na sexta-feira, 3. O sepultamento ocorreu no Cemitério de Jacarezinho, em Encantado.

LIBRA: No amor, um programa inspirador reacenderá o encantamento. Descubra novos prazeres e reinvente a vida!

ESCORPIÃO: Saúde mais frágil pedirá hábitos disciplinados, evite exagerar na dose em tudo que fizer.

SAGITÁRIO: Conversas de hoje despertarão empatia e poderão dissolver mágoas, vá direto ao ponto, sem idealizações

CAPRICÓRNIO: No amor, apoio mútuo virará combustível, você sentirá mais confiança para determinar planos de longo prazo a dois.

AQUÁRIO: O desafio será conciliar a vida íntima e familiar com a profissional. Aprove um projeto ou participe de um evento.

PEIXES: A vida íntima ficará mais gostosa com fantasias românticas e prazeres diferentes.

WALDOMIRO LEOPOLDINO DA COSTA, 84, faleceu na sexta-feira, 3. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Sério.

MARIA CIVA MACEDO, 68, faleceu na sexta-feira, 3. O sepultamento ocorreu no cemitério de Linha Segredo, em Arvorezinha.

ALCIDES GANASINI, 89, faleceu na sexta-feira, 3. Os atos fúnebres ocorreram no Crematório Kist, em Venâncio Aires.

NELSON GOLDMEYER, 74, faleceu na quinta-feira, 2. O sepultamento ocorreu no cemitério de Linha Franck, em Westfália.

IGNACIO MAGALSKI FILHO 78, faleceu na quinta-feira, 2. O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal de Canabarro, em Teutônia.

JOSÉ ORLANDO MALLMANN, 83, faleceu na quinta-feira, 2. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Linha Sítio, em Cruzeiro do Sul.

DIVULGAÇÃO

UMAS & OUTRAS

LA PARILLA

Sou do tempo em que pra curtir uma ¨pecuária¨ caprichada feita na Parilla tinha que ir pro Uruguai, ou Argentina, em Rivera, Montevideo, e até Puerto Madero em Buenos Aires.

Atualmente não precisa mais ir pra tão longe assim. Ahora hay cosas mui buenas também por aqui. Vale conferir, ótimas opções já existem.

Aquicultura

Voltando ao assunto: Aquicultura é um conceito bem mais amplo do que a tradicional e importante Piscicultura.

Em águas doces ou salgadas diferentes culturas podem ser desenvolvidas, inclusive em pequenas propriedades familiares.

Circulando por aí já vi cultivos de algas, camarões (inclusive os

PULSO FIRME

Administrar fartos lucros e fartura de recursos não exige muita prática e nem habilidade, aí é só vento a favor e todo o santo ajuda. Se acertar uma decisão em cada três, errar outra e empatar na terceira já fica de bom tamanho. O problema é administrar a escassez, que exige muito mais prudência e habilidade pra evitar em primeiro lugar que a vaca não vá definitivamente pro brejo.

Aí é tipo timoneiro em mar revolto: foco prioritário na defensiva, a ofensiva fica pra depois.

CINE BRASIL APRESENTA

Festival de Benesses (duplo com)

Eleições à vista!

de água doce), ostras, salmões, e até de esturjões e caviar lá pelas bandas castelhanas.

Nem só de respeitáveis carpas e tilápias vive o homem. A coisa vai bem mais longe e não custa ficar antenado.

Novos campus

Interessante observar que em outros rincões até aqui pela Província de São Pedro estão sendo criados ou sendo ampliados campus de universidades públicas federais focados em determinadas cursos, principalmente de saúde, inclusive em áreas abrangentes das chamadas Comunitárias.

No geral são formações acadêmicas de elevados custos e absolutamente necessárias, que talvez possam pintar de forma subsidiada também por aqui.

As paredes têm ouvidos

E ainda mais nos chamados ¨corredores do poder¨. Elas costumam falar mais cedo ou mais tarde, inicialmente de forma muito sutil, mas seus alertas sempre chegam antes a orelhas atentas, de um jeito ou de outro.

Esqueminhas e esquemões públicos ou privados não costumam brotar da noite para o dia, primeiro precisam germinar e ser devidamente incubados, feito ovo virar pinto e depois galo.

Manter a coisa em Banho Maria, tipo assim ¨deixa como está pra ver como é que fica¨, é sempre uma opção. E afinal tanta coisa com o tempo costuma passar em brancas nuvens e acabar ¨morrendo na casca¨, como diria o meu Cumpádi Belarmino.

Nem sempre.

DE LARANJAS E BERGAMOTAS

Independente do tipo de cítricos que se planeja produzir, ou de qualquer outra planta perene, é sempre importante saber de antemão qual é o ¨cavalo¨ onde foi implantado o

enxerto e que o vai sustentar. Em Agronomia o ¨cavalo¨ é tipo um alicerce de uma casa ou prédio. Se a base é firme e forte a coisa pode crescer.

ANÚNCIOS DESCLASSIFICADOS

Troco whisky paraguaio por metanol brasileiro na base de cinco por um, o fígado até agradece.

SAIDEIRA

Neto pro nôno:

- Vô, de novo tu trouxe duas garrafas de vinho em vez dos dois litros de leite como a vó pediu!

- Pois é, não dá mais, vou ter que consultar um oftalmologista.

ARTIGO

Médico Neurocirurgião

Do nascer ao pôr do sol

“A cultura é o melhor conforto para a velhice” Aristóteles

Jung comparava a vida humana com a jornada do sol: do nascer do sol até o meio dia seria comparável com o nascimento, a infância e adolescência, a reprodução e os filhos. Esse é justamente o período em que o sol ganha força e potência e a vida humana necessariamente se expande para o exterior de si mesma. Depois paulatinamente o sol vai perdendo força aos poucos, até o pôr do sol que corresponderia a morte. O avançar constante do sol após seu pico do meio dia, não significa mais aumento e sim diminuição de força. Por isso ele defendia que entendimento da psicologia do jovem difere da psicologia das pessoas maduras: “O que a juventude encontrou e precisa encontrar fora, o homem no entardecer da vida tem que encontrar dentro de si.”(...) “É enorme o engano de supor que o sentido da vida esteja esgotado depois da fase juvenil de expansão, que uma mulher esteja ‘liquidada’ ao entrar na menopausa. O entardecer da vida humana é tão cheio de significação quanto o período da manhã.”

Portanto, no que se refere aos jovens basta afastar todos os obstáculos que dificultam sua expansão e ascensão. Quanto aos idosos, temos que incentivar tudo quanto sustente sua descida. Um jovem inexperiente pode pensar que os velhos podem ser abandonados, que ja não prestam para nada, uma vez que sua vida ficou para trás e só servem como marcas petrificadas do passado.

Na verdade o entardecer da vida humana é tão cheio de significação quanto o período da manhã. Só diferem quanto ao sentido e intenção. O homem tem dois tipos de objetivos na vida: o primeiro é o objetivo natural, a procriação à proteção da prole e para tanto é necessário ganhar dinheiro e posição social.

Alcançado esse objetivo, começa a outra fase, a do objetivo cultural. Para atingir o primeiro objetivo, a natureza ajuda e, além dela, a educação.

Para o segundo objetivo, contamos com pouca ou nenhuma ajuda. No mundo de hoje reina uma falsa ilusão que nos faz acreditar que o velho tem que ser como o jovem ou, pelo menos, fingir que o é, apesar de no íntimo não estar convencido disso. Essa é a fantasia incentivada pelas redes sociais da juventude eterna como único valor que vale a pena.

É por isso que a passagem da fase natural para a fase cultural é tão tremendamente dificil e amarga para tanta gente já que alguns agarram-se às mesmas ilusões dos jovens ou a seus filhos para assim salvar um resquício de juventude.

Ocorre que aquilo que a juventude encontrou e precisa encontrar fora, o homem no entardecer da vida tem que encontrar dentro de si.

FUTEBOL AMADOR

RODADA CHEIA E DE DEFINIÇÕES NO REGIONAL ASLIVATA

Jogos de domingo podem marcar a primeira eliminação da competição

Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

ORegional Aslivata –Copa Certel/Sicredi entra na reta decisiva. Restando apenas duas rodadas para o fim da fase classificatória, os primeiros clubes podem se despedir já neste domingo.

O CAN, de Encantado, que retornou ao torneio nesta temporada, corre sério risco de eliminação. Com apenas três pontos, a equipe deixa a competição em caso de derrota ou empate contra o EC Poço das Antas, fora de casa. Atual campeão, o Juventude, de Guaporé, também vive situação delicada. Lanterna com dois pontos, precisa vencer o Boavistense para seguir sonhando. Qualquer outro resultado obrigará a equipe a derrotar o Ser Gaúcho, de Teutônia, na última rodada.

Outro duelo direto contra a parte de baixo ocorre em Alta Picada Serra, Progresso, onde o Gaúcho recebe o Juventude, de Westfália.

A rodada ainda reserva confrontos importantes na briga pela classificação: Nacional (Forquetinha) x Minuano (Canudos do Vale), Imigrante (Nova Bréscia) x Gaúcho (Teutônia) e Taquariense (Taquari) x Estudiantes (Lajeado).

DISPUTA PELA

LIDERANÇA

Na parte de cima, Canabarrense (Teutônia) e Brasil (Marques de Souza) dividem a liderança com 12 pontos e seguem invictos. O Brasil folga na rodada e torce por tropeço do rival para permanecer isolado no topo. O Canabarrense, por sua vez, só volta a campo na última rodada.

Serrano (Encantado) e Tiradentes (Nova Bréscia), ambos com 10 pontos, ainda sonham com a ponta. O Serrano visita o Sete de Setembro (Arroio do Meio), enquanto o Tiradentes recebe o Ecas (Imigrante).

AGENDA

SÉRIE A

Arroio do Meio Sete de Setembro x Serrano

Progresso Gaúcho x JuventudeWestfália

Poço das Antas Poço das Antas x CAN

Forquetinha Nacional x Minuano

Nova Bréscia Imigrante x Gaúcho Teutônia

Nova Bréscia Tiradentes x Ecas

Taquari Taquariense x Estudiantes

Guaporé Juventude x Boavistense

SÉRIE B

Estrela Delfinense x 11 Amigos

Lajeado Guarani x CMD

VETERANO

Bom Retiro do Sul Floriano x São Luiz

Encantado Serrano x Assespe

Roca Sales Concórdia x Penharol

Bom Retiro do Sul Rudibar x Flamengo

No meio da tabela, equipes como Taquariense (Taquari), Poço das Antas e Imigrante (Nova Bréscia) buscam consolidar posição no G-8.

ASPIRANTES

No aspirante, a disputa também promete equilíbrio. O Estudiantes lidera com 10 pontos e tenta manter a ponta diante do Taquariense, que luta contra a parte de baixo da tabela. Logo atrás, Serrano e Canabarrense, com 9 pontos,

Depois de vencer o Gaúcho na rodada passada, Taquariense busca surpreender o líder Estudiantes na categoria aspirante

seguem na cola. O Serrano encara o Sete de Setembro fora de casa, enquanto o Canabarrense folga na rodada.

Outro confronto de peso envolve o Imigrante, quarto colocado com 8 pontos, frente ao Gaúcho de Teutônia, que soma apenas 3 e joga pela sobrevivência. Também com 8 pontos, o Rudibar busca firmar posição contra o Juventude de Guaporé, que ainda sonha com vaga no G-8.

Na parte de baixo, a pressão é grande para o Ecas, lanterna com

apenas 1 ponto, que enfrenta o Tiradentes, adversário que briga para encostar no grupo de cima. Gaúcho de Progresso e Boavistense também jogam pressionados.

TRANSMISSÃO

O Grupo A Hora transmite o jogo da categoria titular entre Taquariense e Estudiantes, direto de Taquari, a partir das 14h30min com o Concentração.

A Jornada Esportiva abre às 15h10min.

LUIS FERRARINI/DIVULGAÇÃO

CORRIDA DE RUA

BOM RETIRO DO SUL RECEBE CORRIDA

INCLUSIVA NESTE DOMINGO

Rústica terá participação de atletas com deficiência e modalidades para todas as idades

Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

Oesporte pode ser usado como ferramenta de inclusão social e ele ganha destaque em Bom Retiro do Sul neste domingo, 5, com a promoção da Corrida da Superação. O evento, promovido pela Santiago Running, terá concentração e largada no Parque Pôr do Sol, a partir das 7h30min, reunindo atletas, famílias e comunidade em um ambiente de integração e incentivo ao movimento.

A rústica inova ao abrir espaço para diferentes modalidades, incluindo provas com handbikes e a participação de deficientes visuais acompanhados por guias,

Corrida com deficientes visuais é um dos destaques do evento neste fim de semana

ressaltando a proposta inclusiva da competição. Além disso, os inscritos escolheram percursos de três, cinco e dez quilômetros, enquanto os adeptos de um ritmo mais leve terão opções de caminhada nas distâncias de três e cinco quilômetros. Para estimular o esporte entre as novas gerações,

também haverá a prova kids, com trajetos que variam entre 200 e 1.200 metros.

De acordo com a organização, a expectativa é reunir um grande público, tanto de participantes quanto de espectadores. Eles citam que quem estiver presente em Bom Retiro do Sul terá a oportunidade de assistir de perto histórias de superação que inspiram e mostram a força do esporte.

EM MEIO À NATUREZA

CICLISTAS

SE AVENTURAM

NAS TRILHAS DE TAQUARI

Cerca de 100 ciclistas são esperados no 2º MTB Taquari no Pedal, evento que ocorre neste domingo, 5, no município. A concentração e largada ocorre na Cabanha Duas Figueiras, às 8h.

Com trajetos de 30km, 55km e

kids, o evento passará por estradas e trilhas do interior e ainda proporciona aos ciclistas café da manhã e a opção de almoço no local. A Cabanha Duas Figueiras permite também um espaço aconchegante aos acompanhantes que não pre-

tendem se aventurar nas trilhas.

“Esperamos ciclistas do Vale do Taquari e regiões próximas. É um trajeto muito bonito e seguro e que contará ainda com outras surpresas”, comenta o organizar Diones Azevedo.

SANTIAGO / DIVULGAÇÃO
Prova é organizada pelo grupo Taquari no Pedal e tem concentração na Cabanha Duas Figueiras
DIVULGAÇÃO

PIOR CAMPANHA DO RETURNO

INTER AMPLIA PROMOÇÕES E CONVOCA O TORCEDOR

AO BEIRA-RIO

AGENDA

27ªRODADA - SÁBADO

GRÊMIO TENTA MANTER BOA FASE

Colorado recebe o Botafogo com a necessidade de vitória para se distanciar da zona de rebaixamento

Caetano Pretto caetano@jornalahora.net.br

Sem vencer há quatro jogos e com a pior campanha do segundo turno do Brasileirão, o Internacional recebe o Botafogo neste sábado em busca da reabilitação. Com mais tempo de treino, a expectativa é por evolução da equipe que empatou os dois primeiros jogos com Ramón Díaz. A partida ocorre no Beira-Rio, às 18h30min, com transmissão da Rádio A Hora.

Com uma vitória, um empate e quatro derrotas, o Inter tem 23,5% de aproveitamento no segundo turno, o que lhe confere campanha pior do que a de todos os times dentro da zona de rebaixamento. A fase acende o alerta e exige urgência de vitória. Restando 12 rodadas, são apenas quatro pontos de vantagem para o Z4.

Ramón Díaz chegou a abrir o treino dessa quinta-feira, 2, e mostrou as possibilidades de time que pode ter em campo. São duas opções. Na formação 4-3-1-2, o time manteria a mesma base de escalação, com as entradas de Mercado no lugar de Juninho e Thiago Maia no lugar de Romero. A outra opção, no 3-5-2, teria três zagueiros e um meio-campo formado por Luís Otávio, Thiago Maia e Alan Patrick junto dos alas Aguirre e Bernabei. Assim, o time titular do Inter para enfrentar o Botafogo tem: Anthoni; Vitão, Mercado e Juninho; Aguirre, Luís Otávio, Thiago Maia, Alan Patrick e Bernabei; Carbonero e Borré.

PROMOÇÃO

PARA OS SÓCIOS

O Inter criou uma força-tarefa para que o Beira-Rio receba um bom público na partida. O clube ampliou a promoção para os sócios e reduziu o valor para os demais torcedores, que poderão comprar entradas a partir de R$ 20. Os sócios das categorias Campeão do Mundo e Nada Vai Nos Separar terão entrada gra-

18h30min Fluminense x Atlético-MG

18h30min Bragantino x Grêmio

18h30min Internacional x Botafogo

21h Corinthians x Mirassol DOMINGO

16h Vasco x Vitória

16h São Paulo x Palmeiras

18h30min Bahia x Flamengo

18h30min Juventude x Fortaleza

20h30min Cruzeiro x Sport

20h30min Ceará x Santos

tuita nas áreas livres do estádio, enquanto os sócios da categoria Carteira Vermelha poderão levar um acompanhante de graça. Além disso, o clube definiu uma promoção específica para as mulheres. As sócias de todas as modalidades poderão levar dois acompanhantes de graça.

BOTAFOGO

DESFALCADO

O Botafogo venceu o Bahia na última rodada, entrou no G4 do Brasileirão e diminuiu as críticas sobre o trabalho do técnico Davide Ancelotti. O treinador não poderá contar com vários titulares. O time titular deve ter: Léo Linck; Vitinho, Kaio, Barboza e Marçal (Alex Telles); Marlon Freitas e Newton; Santi Rodríguez, Savarino e Artur; Arthur Cabral.

O Grêmio segue o roteiro pelo interior paulista e neste sábado enfrenta o Bragantino fora de casa. A intenção é manter a boa fase e subir na tabela para permanecer sonhando com classificação à Libertadores. A partida ocorre no Estádio Cícero de Souza Marques, às 18h30min, com transmissão da Rádio A Hora. Com oito pontos conquistados nos últimos 12 disputados, o Grêmio saltou da briga contra o

CLASSIFICAÇÃO

rebaixamento e agora se permite sonhar com a classificação à Libertadores. Na décima colocação, com 33 pontos, está sete atrás do sexto colocado. Caso as vagas se ampliem, o que é muito provável, a busca por classificação fica ainda mais real. Para o confronto, Mano Menezes não poderá contar com Alysson, suspenso. Amuzu é o principal cotado a titularidade. Na defesa, o time pode ter o retorno de Kannemann e Marcos Rocha, poupados por desgaste na partida anterior.

O provável time titular tem: Gabriel Grando; Marcos Rocha, Noriega, Kannemann e Marlon; Dodi, Arthur e Edenilson; Pavón, Amuzu e André Henrique.

UMA VITÓRIA

EM 15 JOGOS

O Bragantino enfrenta um momento de turbulência, especialmente se comparado ao início de Campeonato Brasileiro. Nos últimos 15 jogos, o time paulista tem apenas uma vitória. O time titular deve ter: Cleiton; Hurtado, Pedro Henrique, Guzman e Vanderlan; Gabriel, Eric Ramires e Gustavinho; Lucas Barbosa, Thiago Borbas e Henry Mosquera.

FORA DE CASA
LUCAS UEBEL/DIVULGAÇÃO
Mudança de fase do Internacional passa por uma melhora também de Alan Patrick
RICARDO DUARTE /DIVULGAÇÃO
Com a suspensão de Alysson, Amuzu é cotado a titularidade no Grêmio

NOVO DESTINO

GOLEIRO DE ENCANTADO ASSINA COM O ASA DE ARAPIRACA

Goleiro natural de Encantado terá calendário cheio no próximo ano

Experiente Paulo

Gianezini chega com status de titular em ano desafiador para equipe de Alagoas

Caetano Pretto caetano@jornalahora.net.br

Ogoleiro Paulo Gianezini, 34, tem novo clube para a temporada 2026. Natural de Encantado, ele assinou com o ASA de Arapiraca e chega com status de titular e a missão de ser uma das referências no clube que terá calendário cheio.

Com passagens por Confiança, Criciúma, Botafogo-PB e Ypiranga-RS, Gianezini atuou em 2025 pelo Retrô-PE, onde disputou apenas uma partida oficial, contra o Londrina pela Série C. Antes, havia defendido o São Luiz no Campeonato Gaúcho, com quatro jogos, e o Cascavel, em 2024. O ponto alto da carreira recente do goleiro foi no Confiança, em 2022 e 2023, quando viveu grande fase e se consolidou na equipe sergipana.

Canhoto e com 1,87m de altura, Gianezini é visto como peça-chave para suprir a saída de Matheus Vinicius, destaque do ASA em 2025 e que seguiu para o Manauara. O reforço atende a um pedido direto da comissão

técnica, que considera o setor defensivo prioridade para o projeto da próxima temporada.

“Tem goleiro na área! Mais um reforço para 2026. Seja bem-vindo, Paulo!”, anunciou o ASA em suas redes sociais, celebrando a chegada do atleta.

Com experiência em diferentes clubes das Séries B e C do Campeonato Brasileiro, o goleiro chega motivado para vestir a camisa e disputar os principais objetivos da equipe no próximo ano. Em 2026, o ASA terá um calendário recheado de competições. Além do Campeonato Alagoano, o clube já confirmou sua presença na Copa do Nordeste, na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro da Série D.

DIVULGAÇÃO

Alivat era fundada em 2005

Há exatos 20 anos, em 4 de outubro de 2005, a Academia Literária do Vale do Taquari (Alivat) era fundada por escritores da região. A assembleia foi realizada nas dependências da Univates, quando foi aprovado o estatuto e eleita a primeira diretoria. Na presidência, estava a escritora Ana Cecília Togni, conhecida também como Tia Chica. Os primeiros movimentos para a criação da academia iniciaram ainda em 2004, quando um grupo de escritores começou a se encontrar para conversar sobre literatura. Todo mês, a reunião era em uma cidade diferente, lembra Ana Cecília. A partir disso, foi pensada a criação da Alivat, uma entidade que formalizaria esse movimento e atuaria como apoio aos escritores, além de promover a discussão da literatura, em especial, do Vale do Taquari. Em 2011, foi atualizado o novo estatuto, que determinou a criação das cadeiras da academia. No total, são 40,

assim como o modelo da Academia Brasileira de Letras. O número das cadeiras seguiu a ordem da primeira diretoria e Ana Cecília ficou com a de número um. Cada acadêmico poderia escolher seu patrono e ela optou por Atos Prinz Falkenbach, por sua relação com a área infantil. O patrono da cadeira sempre se mantém e todos os escolhidos têm ligação com a literatura e o Vale do Taquari.

A atual presidente da Alivat, Ivete Kist, ocupa a cadeira de número 15, com o patrono Décio Freitas. À frente da entidade no biênio 2025/26, Ivete cita a importância da Alivat para preservar os bens imateriais da cultura e da língua na comunidade, e assim valorizar a literatura e suas expressões.

Ao longo desses 20 anos da Alivat, foram realizados nove concursos literários, além da publicação de livros. O mais recente, Um Olhar Literário sobre o Vale do Taquari, foi lançado no ano passado.

Caminhão vazava gasolina

Um acidente com caminhão bitrem carregado com combustível causava prejuízos em Estrela. A queda ocorreu na BR-386 e gerou congestionamento de aproximadamente dois quilômetros. Dos cerca de 40 mil litros transportados, mais de 20 mil ficou espalhado pelo solo, com impactos aos moradores locais.

Além do bloqueio entre os quilômetros 353 e 355 da rodovia federal, a possibilidade de contaminação do Arroio Estrela

também preocupava as autoridades. A operação para retirada do veículo às margens da BR-386, atendimento às famílias e análises preliminares da qualidade da água duraram cerca de 28 horas.

Uma família foi evacuada e teve o terreno atingido em mais de 2,5 hectares. O arroio, com vazão para o Rio Taquari, também foi afetado, mas não foi constatada contaminação na água. Já os prejuízos ao solo seguiram pelos meses seguintes.

A primeira diretoria, da esquerda para a direita, sentados, Jorge, Ana Cecília, José Alfredo e Deolí. Em pé, Nara, Vaní, Osmar e Juliano

A primeira diretoria

Presidente - Ana Cecília Togni Vice-presidente – Jorge Moreira Secretário – Deoli Gräff Tesoureiro – José Alfredo Schierholt Conselho Fiscal – Genuíno Antônio Ferri, Osmar Agostini, Nara Terezinha Knaack, Voní Loposinski e Juliano Stapenhorst Schwarz

Seminário Contábil

Mais de 300 pessoas participavam do 7º Seminário de Contabilidade do Vale do Taquari, na sede do Sincovat. Os temas abordados destacavam estratégias de marketing, qualidade de vida e impactos do fator humano no resultado das empresas. O presidente Glicério Bergesch afirmava que o evento contou com um alto nível de palestras, apontando a importância da iniciativa.

O bom-retirense José Arnildo Schuh ganhava a distinção de Contabilista Emérito Sincovat. O destaque foi um reconhecimento ao profissional que atuava com escritório de contabilidade desde 1968.

Sábado é

- Dia dos Animais

- Dia da Natureza

- Dia do Cachorro

- Dia do Agente Comunitário de Saúde

- Dia do Barman

- Dia do Médico do Trabalho

- Dia Nacional dos Agentes de Combate às Endemias

Domingo é

- Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa

- Dia Mundial dos Professores

- Dia da Promulgação da Constituição de 1988

- Dia da Ave

(INTERINA)
Santo do dia: São Francisco de Assis
Santo do dia: Santa Maria
Faustina Kowalska
Ana Cecília durante sua posse, em 2005

HENRIQUE PEDERSINI

Jornalista

Os indicados do PP, MDB e PL na CPI

Consolidada a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), sem a necessidade de votação em plenário, o próximo passo é o alinhamento sobre como funcionará o trabalho de apuração sobre a irregularidades em obras públicas. Isso inclui datas e horários das reuniões, quem será acionado para dar explicações e, em especial, quais vereadores coordenarão a CPI. A câmara confirmou a regra de que as três maiores bancadas estarem representadas. São elas: PP (cinco cadeiras), MDB (quatro)

O Ministério Público (MP) de Encantado formalizou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com psicólogo de Anta Gorda que armazenava arquivos pornográficos no computador da Unidade Básica de Saúde, onde atuava. O TAC, assinado pelo Promotor de Justiça Heráclito Mota Barreto Neto, baseia-se em investigação

e PL (três). Pelo Progressistas, o mais cotado é Cascão Mallmann. Entre os três nomes do PL, Ramatis de Oliveira tem tudo para ser o escolhido. No MDB, Éder Spohr é consenso, por ter sido o vereador e tornar público o assunto na casa e liderar as fiscalizações das obras com suspeita de irregularidades. É um misto de informações com o sentimento de jornalista que circula pelos bastidores da câmara que o trio citado no parágrafo anterior terá a responsabilidade de conduzir as ações da CPI. Será fundamental convocar servidores

Pasmem!

promovida pelo MP, a qual revelou que o psicólogo fazia o download de arquivos em que ele mesmo aparecia em cenas de nudez e sexo explícito e, após, salvava esses arquivos no computador funcional da UBS. O fato foi descoberto quando outros servidores da unidade, que usavam o mesmo computador, acidentalmente acessaram os arquivos.

envolvidos na fiscalização e, em especial, representantes da empresa para dar explicações. Em paralelo, o fato da CPI ser assinada pelos 15 vereadores atenua a relação interna entre partidos da base de governo que, por óbvio, ficaria um tanto confusa caso os vereadores fossem o “fiel da balança” em uma possível votação que no final das contas nem foi necessária. O resultado final da CPI pode ser bem mais oportuno em mudanças de procedimentos internos do governo,fim de vícios e sistematizações e inclusive troca de nomes.

O psicólogo deverá pagar indenização a título de danos morais coletivos, por violação aos princípios da Administração Pública, e não poderá mais utilizar quaisquer equipamentos e bens públicos para fins particulares. São estes casos que comprometem o conceito do servidor público em âmbito geral. Que situação!

ARTIGO

Empreendedor e comunicador, apresentador do programa “O Meu

Planejar é necessidade, não luxo

Obrasileiro está vivendo cada vez mais. Isso é uma ótima notícia, mas traz um enorme desafio: como sustentar tantos anos a mais de vida quando a previdência pública, como já sabemos, não se sustenta sozinha? O modelo atual já dá sinais de esgotamento, e confiar apenas nele é fechar os olhos para a realidade. Não à toa, surgem constantemente propostas de mudança no sistema, já que a quantidade de pessoas na ativa se torna insuficiente para bancar as aposentadorias. Além disso, o regime previdenciário sofre com anomalias de gestão, pois, ao longo de décadas, os recursos foram desviados para outros fins.

Por isso, é preciso coragem para encarar o tema e assumir o controle do próprio futuro. Não adianta esperar que o governo resolva tudo.

Quem deseja viver com tranquilidade na aposentadoria precisa ter um plano de investimento — e isso começa cedo. Cada contribuição feita hoje é uma semente que, com o tempo, se transforma em segurança e liberdade.

O problema é cultural. Falta educação financeira desde a escola, falta hábito de pensar no amanhã”

- Após debate, adaptações e um tempo de espera maior que o necessário, Encantado avança na concessão da Lagoa da Garibaldi. O complexo é como um pórtico de

acesso ao Cristo Protetor. Livre de enchentes, o espaço permite uma infinidade de ações para lucratividade da iniciativa privada, mesmo sem a permissão para cobrança de ingresso prevista no futuro contrato.

- No PT gaúcho os bastidores fervilham. O senador Paulo Paim (PT) estará em Porto Alegre na próxima

semana para alinhar estratégias de olho em 2026. Uma das pautas é a disputa ao governo estadual onde os cotados são: Edegar Pretto e Paulo Pimenta. A relação com a pré-candidata Juliana Brizola (PDT) também será analisada.

- Mais uma associação de moradores de Lajeado tem novidades em sua composição. O presidente Ademir Becker assumiu o comando do núcleo no bairro Carneiros. A vice será Edith Gerhardt. A comunidade foi muito afetada pelas enchentes e tem debates importantes pela frente.

- Nem todos os prefeitos do Vale do Taquari estão satisfeitos com o posicionamento dos presidentes recentes da Famurs. O alinhamento quase automático com o governo estadual é visto como um limitador no interesse dos direitos dos municípios em âmbito estadual.

O problema é cultural. Falta educação financeira desde a escola, falta hábito de pensar no amanhã. Muitos só despertam para a importância da previdência quando estão prestes a deixar o mercado de trabalho — e aí o tempo já virou inimigo. Quem começa cedo poupa menos e colhe muito mais, graças ao poder dos juros compostos. Essa é a matemática da previdência: o tempo é o maior aliado. Minha opinião é simples: cada pessoa precisa desenhar seu próprio plano. Isso pode se dar por meio da previdência privada, fundos de pensão ou até investimentos de longo prazo em imóveis para renda. Cada pessoa deve separar recursos , de acordo com sua realidade, para o seu melhor futuro. O essencial é ter disciplina e acompanhamento. O sistema público pode ser um suporte, mas não deve ser o único pilar.

O futuro não se improvisa. Se quisermos envelhecer com dignidade, precisamos construir hoje a renda que utilizaremos amanhã. Adiar essa decisão é um risco enorme. Investir é, antes de tudo, um ato de responsabilidade com a própria vida e com a família.

Planejar a aposentadoria não é luxo. É necessidade. E quanto antes começarmos, menor o esforço e maior a recompensa. O tempo passa rápido, mas ele pode ser nosso aliado se soubermos aproveitá-lo. Afinal, ninguém quer chegar ao fim da vida dependendo apenas da sorte ou da boa vontade do governo. O futuro começa agora.

ROGÉRIO WINK
Negócio”, da Rádio A Hora 102.9

Fim de semana, 4 e 5 outubro 2025

Fechamento da edição: 18h MÍN: 16º | MÁX: 30º O tempo no sábado ainda não fica totalmente firme. Em função disso, o dia começa com abundante nebulosidade e pancadas de chuva.

Acolhimento no trabalho

Programas de saúde mental ganham força e mostram impacto na qualidade de vida dos trabalhadores

PÁGINAS 4 e 5

UMA PUBLICAÇÃO DO FIM DE SEMANA 4 E 5 OUTUBRO 2025

“Quando

a gente se ama, a gente vai querer se cuidar”

Apaixonada por cuidar de pessoas, a médica Maria Goretti, 55, construiu uma trajetória que une tradição e inovação na área da saúde. Formada em Medicina pela Universidade de Passo Fundo, ela se especializou em Ginecologia e Obstetrícia, mas, ao longo da carreira, buscou novos caminhos de cuidado, aprofundando-se em acupuntura e longevidade saudável. Hoje, alia conhecimento científico e práticas integrativas para orientar pacientes na construção de uma vida mais equilibrada, com foco na prevenção e no autoconhecimento.

O que te fez escolher a profissão e como foi esse início?

Sempre quis trabalhar com pessoas e resolvi fazer medicina porque queria ajudar pessoas. Eu fiz Faculdade de Medicina em Passo Fundo, fiz Residência de Ginecologia Obstetrícia, depois eu mudei para Concultura e fiz PósGraduação em Longevidade Saudável e Horta Molecular. Então, especialista, eu sou em Ginecologia e Concultura e tenho Pós-Graduação em Horta Molecular e Longevidade Saudável.

Quais os maiores desafios que você percebe na profissão hoje?

Na minha área atual, que é acupuntura, o maior desafio é as pessoas entenderem que a prevenção é a chave para ter qualidade de vida e que para isso elas precisam participar ativamente da construção da sua saúde.

Como você percebe a área hoje e o que nota como evolução daqui pra frente?

Eu percebo que cada vez mais as pessoas estão criando a conscientização de que precisam fazer poupança de saúde para que elas tenham uma longevidade saudável e não adoeçam ao longo da vida. E daqui para frente, eu acho que cada vez mais as pessoas vão entender que a gente tem que construir a saúde, a gente tem que usar a tecnologia para aprender, mas a gente também precisa entender que é no dia a dia, a rotina, a qualidade de sono, a

EXPEDIENTE

atividade física, a alimentação de qualidade, que vai formar toda a nossa estrutura corporal, que a gente vai construir essa saúde. E, se for necessário, suplementar, usar vitaminas, fazer tratamentos que também melhorem isso. Então, o autoconhecimento e o conhecimento sobre saúde são coisas que estão evoluindo.

Lembra de algum momento marcante de algum paciente que passou por você?

Momentos marcantes eu tenho todos os dias. Cada pessoa é diferente da outra. Claro, as histórias se repetem, as causas de problemas se repetem, mas todo dia tem uma surpresa boa, paciente que vem fazer acupuntura por conta

Textos: Bibiana Faleiro

EDITORIAL

Saúde das empresas e dos profissionais

de uma dor, melhora da dor e continua fazendo porque ela quer ter qualidade de vida. Tem pessoas que não acreditavam no tratamento e que a técnica poderia mudar tanto a vida. Pessoas que melhoram sua autoestima quando elas entendem que a mudança de estilo de vida tem muito a ver com a construção do destino, porque quando a gente se ama, a gente vai querer se cuidar. O fato de eu ter muitas pacientes que seguem aquilo que eu oriento, é uma das coisas que mais me deixa feliz. Tem um lado muito bom de trabalhar com saúde, que é a gente ver pessoas cada vez mais felizes, mudando, evoluindo, fazendo essa construção. Então é isso aí que marca muito na especialidade em geral.

Diagramação: Lautenir Junior

Por muito tempo, a saúde mental no trabalho foi deixada de lado, sendo quase um detalhe entre as metas de produção e do lucro. Mas a contemporaneidade, apesar de acelerar ainda mais esse processo, também faz o cenário mudar e cada vez mais empresas entendem que cuidar do bem-estar psicológico dos colaboradores não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas de sustentabilidade do próprio negócio. Ambientes que priorizam escuta, autonomia e equilíbrio apresentam menos afastamentos, maior engajamento e, sobretudo, equipes mais criativas e produtivas.

A boa notícia é que já não falamos apenas de iniciativas isoladas, mas de políticas consistentes. Programas de apoio psicológico, flexibilização da jornada, canais de acolhimento e treinamentos voltados a líderes para identificar sinais de sofrimento são práticas que começam a se consolidar.

Cuidar do bemestar psicológico dos colaboradores é uma questão de sustentabilidade do próprio negócio.”

O discurso de que saúde mental é “um tema de cada um” perde espaço para uma visão mais madura. O adoecimento não se explica apenas por fragilidades individuais, mas também pelo modo como o trabalho é organizado. Reconhecer isso é o primeiro movimento para transformar a cultura das empresas. Isso não quer dizer suavizar pressões inevitáveis, mas criar condições para que o trabalho seja exigente sem ser destrutivo. Nesse sentido, investir em saúde mental não é marketing. É um compromisso com a vida das pessoas e com a saúde das organizações. Boa leitura!

Coordenação: Felipe Neitzke

Lajeado recebe debate inédito sobre reprodução humana

Organizado pelas embriologistas Dalana Faleiro e Bruna Gomes, o evento reúne especialistas para discutir avanços científicos, interdisciplinaridade e cuidado humanizado na área da fertilidade

Nos últimos anos, a reprodução humana deixou de ser um tema restrito às clínicas especializadas para se tornar pauta da saúde, da ciência e da sociedade. O avanço da medicina reprodutiva, aliado às mudanças no perfil das famílias e ao adiamento da maternidade, ampliou a procura por tratamentos no Brasil. Nesse cenário, especialistas destacam a importância de trazer o assunto ao debate público. Foi com esse objetivo que nasceu o (Re)Produzindo Saberes, programado para o dia 18 de outubro, das 8h às 12h30, no Auditório Hugo Schmidt, em Lajeado. Já em sua estreia, o encontro chega com a missão de se tornar um marco regional, promovendo diálogo interdisciplinar e atualização científica voltados a profissionais da saúde. O evento também é aberto ao público em geral, que tem demonstrado crescente interesse pelo tema. Dalana explica que a proposta surgiu da inquietação em criar um ambiente de trocas entre

Programação - 8h às 12h30min

Credenciamento + Welcome Coffee

Palestra 1 – Dra. Caroline Leal (ginecologista, obstetra e especialista em Medicina Fetal): “Da menarca ao planejamento reprodutivo: a importância do cuidado contínuo”.

Palestra 2 – Dr. Marcos Höher (ginecologista, especialista em Reprodução Assistida e diretor do Centro de Reprodução Humana do Hospital Bruno Born): “Medicina Reprodutiva: o que todo profissional da saúde precisa saber”.

Coffee Break

Mesa Redonda – Dr. André Anjos (médico geneticista, pós-doutor em Genética pela UFRGS), Mcs Letícia Arruda (embriologista sênior, diretora e responsável técnica do Vida Fértil – Banco de Sêmen) e Mcs Suelen Miglioransa (psicóloga, especialista em Atenção Materno-Infantil e Obstetrícia): “Entre genes, emoções e escolhas: desafios contemporâneos da fertilidade”.

São profissionais que admiramos e que têm atuação reconhecida. Ficamos felizes de todos estarem disponíveis para somar nesta primeira edição”

Dalana Faleiro embriologista

Serviço

Evento:

ReproduzindoSaberes

Data: 18 de outubro, das 8h às 12h30min

Local: Auditório Hugo Schmidt, da Construtora Diamond, em Lajeado

Mais informações pelo Instagram:

Bruna Gomes biomédica

diferentes áreas. “Queremos oferecer um espaço de atualização qualificada, onde cada profissional compreenda a importância do seu papel diante das pessoas que atendem. Informação e orientação fazem a diferença no planejamento reprodutivo e na tomada de decisão dos pacientes. Em se tratando da reprodução humana assistida, o tempo certo, com a informação correta, é determinante.”

As idealizadoras perceberam a ausência de iniciativas com esse enfoque no Vale do Taquari e se surpreenderam com a repercussão. “Recebemos

colaborações que ajudaram a profissionalizar a proposta e transformaram o evento em algo maior do que imaginávamos”, acrescenta Dalana.

Além da programação científica, o encontro contará com coffee break e momentos de interação pensados para favorecer o networking. “Estamos cuidando de cada detalhe, desde os crachás até o espaço de convivência. Queremos que os participantes saiam com conhecimento, mas também com novas conexões”, completa. Ao final, será entregue certificado de participação.

Avanço da medicina reprodutiva ampliou a procura por tratamentos

ENVATO/DIVULGAÇÃO

Saúde mental no trabalho: desafio às empresas e aos trabalhadores

Casos de ansiedade, depressão e burnout avançam no ambiente corporativo, enquanto iniciativas de acolhimento e prevenção ganham força nas organizações

Adiscussão sobre saúde mental no trabalho, hoje ocupa um espaço importante dentro das organizações. Mas ainda existe o desafio de transformar a preocupação em práticas concretas, e em dados que possam ser compreendidos e utilizados pelas empresas.

O Brasil já é conhecido como o país mais ansioso do mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Esse cenário não se restringe ao ambiente corporativo, mas impacta diretamente a forma como os trabalhadores vivem e produzem. “O Brasil é o quinto país em afastamentos por depressão no mundo. Esse dado é muito preocupante”, reforça a administradora e empreendedora Diana Heck, fundadora da Lumiar.

A empreendedora destaca que, até poucos anos atrás, as empresas evitavam falar sobre saúde mental. Ela conta que a Lumiar foi criada em 2020, inspirada nas histórias

empresa é uma forma de cuidar das pessoas. Quando não há clareza sobre papéis, metas e entregas, isso gera instabilidade e aumenta o risco de adoecimento.”

que ouvia em consultório e que revelavam sofrimentos relacionados ao ambiente corporativo. Hoje, a startup desenvolve programas tecnológicos de mapeamento e cuidado em saúde mental, atuando em parceria com organizações de diferentes portes.

Cultura, liderança e processos

Segundo Diana, líderes moldam seus comportamentos de acordo com o ambiente. Se a cultura é, por vezes,

pessoas não buscam psicoterapia porque não conseguem organizar uma planilha. Elas buscam porque têm problemas relacionais. E isso impacta diretamente a produtividade...”

tóxica, a liderança tende a reproduzir essas práticas. Por isso, um dos pilares de avaliação é justamente o olhar sobre as relações hierárquicas. Além disso, ela lembra que aspectos administrativos também têm impacto direto na saúde mental. “Ter processos claros dentro de uma empresa é uma forma de cuidar das pessoas. Quando não há clareza sobre papéis, metas e entregas, isso gera instabilidade e aumenta o risco de adoecimento”. Com base tecnológica, a Lumiar aposta em soluções digitais para aumentar o engajamento dos trabalhadores. Questionários são aplicados via WhatsApp, e os resultados são organizados em dashboards acessíveis aos gestores.

já é conhecido como o país mais ansioso do

“Ela não substitui o psicólogo, mas funciona como suporte em momentos pontuais, como antes de uma reunião importante”, detalha Diana.

Ambiente

Entre as inovações, está a IA Dani, desenvolvida em parceria com a Universidade Federal de Goiás. O avatar atua como apoio em situações de ansiedade de baixa e média complexidade, oferecendo técnicas baseadas em Terapia CognitivoComportamental (TCC).

Em 2024, foram 470 mil afastamentos por transtornos mentais e comportamentais relacionados ao trabalho no Brasil. E, diante desse cenário, a psicóloga Michelle Engers Taube reforça a necessidade de entender que adoecimentos como burnout ou ansiedade não surgem do nada. Eles se instalam a partir da sobrecarga, da pressão constante e das relações desgastadas no ambiente profissional. “Geralmente, as pessoas não buscam psicoterapia porque não conseguem organizar uma planilha. Elas buscam porque têm problemas relacionais. E isso impacta diretamente a produtividade e a concentração”, afirma.

Na visão dela, a chave está em transformar o ambiente de trabalho, e não apenas oferecer recursos individuais. “Sempre convido as organizações a olharem primeiro para o ambiente. O que pode ser alterado para que o trabalhador não precise gastar todos os seus recursos até adoecer?”, questiona.

empresas

Dionatan Terres lembra que a preocupação com a saúde do trabalhador percorreu diferentes fases ao longo da história. “Logo após a Revolução Industrial, os principais problemas eram os acidentes traumáticos, como cortes, amputações e eletrocussão. Depois, passamos para uma fase em que os fatores ergonômicos estavam em evidência, com casos de tendinite, lesões no ombro, joelho e coluna”, explica. discussão chegou a uma nova etapa: a era dos problemas de saúde mental. O tema ganhou força especialmente após a atualização da NR-1, que passa a vigorar em maio

FOTOS:
Daiana Heck fundadora da Lumiar
Brasil
mundo, segundo dados da OMS
Michelle Engers Taube psicóloga

de 2026. A regra exige que as empresas reconheçam e monitorem fatores psicossociais que podem contribuir para o adoecimento mental, como sobrecarga de trabalho, estresse, assédio, monotonia e demandas excessivas. Os números reforçam a urgência da medida. Dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho

(SmartLab/INSS) mostram que os afastamentos relacionados à saúde mental mais que dobraram em dois anos: de 200 mil benefícios em 2022 para 470 mil em 2024.

Outro marco importante ocorreu em 2024, quando o burnout entrou oficialmente na lista de doenças relacionadas ao trabalho do Ministério da Saúde.

Números que preocupam

30% dos afastamentos por auxílio-doença no Brasil estão relacionados a transtornos mentais e comportamentais, segundo dados do Ministério da Previdência;

62% dos trabalhadores brasileiros relatam sintomas de ansiedade relacionados ao trabalho, conforme a Associação Brasileira de Medicina do Trabalho;

Segundo a OMS, 18,6 milhões de pessoas convivem com transtornos de ansiedade no país, a maior taxa da América Latina.

Por que o debate?

Produtividade: colaboradores saudáveis mentalmente têm até 31% mais produtividade;

Prevenção: programas de apoio psicológico podem reduzir em 40% os índices de absenteísmo;

Cultura organizacional: empresas que investem em saúde mental fortalecem engajamento, retenção de talentos e clima organizacional positivo.

Em 2024, foram 470 mil afastamentos por transtornos mentais e comportamentais

Dionatan Terres consultor de negócios

Logo após a Revolução Industrial, os principais problemas eram os acidentes traumáticos, como cortes, amputações e eletrocussão.”

Expectativa, culpa e a importância da rede de apoio

ENVATO/DIVULGAÇÃO

Especialistas alertam que romantização da maternidade, pressão social e falta de suporte adequado podem comprometer o bemestar psicológico das mães

EEntre a idealização e a realidade, estão os desafios da maternidade.

O nascimento de um bebê transforma a rotina, exige reorganização familiar e emocional e pode desencadear sobrecarga mental na mãe, que muitas vezes se vê sozinha em meio a tantas cobranças.

A ginecologista e obstetra Luísa Sfair destaca que falar sobre os desafios da maternidade é essencial para prevenir quadros de sofrimento psíquico que, em alguns casos, podem evoluir para o adoecimento.

“Nasce uma mãe e nasce uma culpa”, resume a médica.

A frase traduz o peso da responsabilidade que muitas mulheres carregam, seja pela

Um olhar às mães

Conecte-se com outras mães: Participe de grupos de apoio para compartilhar experiências e sentir-se menos isolada.

Peça e aceite ajuda: Não tenha medo de delegar responsabilidades e pedir ajuda a amigos, familiares e parceiros.

Converse: Compartilhe suas preocupações e medos com pessoas de confiança, o que pode ser terapêutico.

via de parto escolhida ou pela dificuldade na amamentação, apontada como um dos momentos mais desafiadores.

“Muitas se frustram quando não conseguem amamentar, porque se culpam achando que o bebê vai passar fome e que elas são responsáveis por

Apoio familiar e acompanhamento psicológico são fundamentais para proteger a saúde mental materna

Muitas se frustram quando não conseguem amamentar, porque se culpam achando que o bebê vai passar fome e que elas são responsáveis por isso.”

Luísa Sfair ginecologista e obstetra

isso”, explica. Segundo Luísa, um dos principais problemas enfrentados no puerpério é a falta de uma rede de apoio estruturada. “A mulher tende a voltar todo o olhar para o bebê e esquece de si mesma. Muitas vezes ela não pede ajuda, nem percebe que precisa. Por isso, é fundamental que a família esteja atenta e se lembre de que a mãe também precisa se alimentar, descansar e cuidar de si”, afirma.

Esse apoio, no entanto, vai além do prático. Também envolve um olhar atento para sinais de esgotamento emocional. Sintomas como choro frequente, sensação de fracasso, irritabilidade e cansaço extremo podem indicar o chamado baby blues, um quadro comum nas primeiras semanas, mas que não deve ser banalizado, já que pode evoluir para uma depressão pós-parto.

Pressão das redes sociais

Se antes a comparação era feita com vizinhas e conhecidas, hoje as redes sociais ampliaram ainda mais esse impacto. “Na internet, ninguém posta o lado ruim.

A mãe que não conseguiu amamentar, que perdeu um bebê ou que está exausta dificilmente expõe isso. O que vemos é só a parte bonita. Isso gera ainda mais frustração e faz muitas mulheres acreditarem que estão falhando”, comenta Luísa.

A médica lembra que cada gestação é única e que comparações entre mães, ou até entre experiências da mesma mulher em diferentes gestações, só aumentam a pressão. “Não existe um roteiro.

O que funcionou com um filho pode não funcionar com outro.

O importante é que cada mãe saiba que erros e dificuldades

Pesquisas indicam que até 20% das gestantes apresentam algum agravo em saúde mental durante o chamado ciclo gravídico-puerperal.”

Suelen Miglioransa psicóloga

fazem parte do processo”, diz. Outro ponto levantado por Luísa é a transformação da maternidade diante das mudanças sociais. Hoje, muitas mulheres adiam a gravidez em nome da carreira, do planejamento financeiro ou da busca por experiências pessoais.

Diálogo como prevenção

Se a maternidade transforma a rotina, também redefine a identidade feminina. Para a psicóloga Suelen Miglioransa, esse processo é tão intenso que pode ser considerado um dos momentos de maior vulnerabilidade psíquica da vida da mulher.

Segundo a especialista, pesquisas indicam que até 20% das gestantes apresentam algum agravo em saúde mental durante o chamado ciclo gravídico-puerperal.

Alimentos que cuidam do seu cérebro

Você já pensou que a sua memória, concentração e até o bom humor podem estar ligados ao que você coloca no prato todos os dias? Segundo a nutricionista Roberta Soares Gonçalves, o cérebro é um dos órgãos que mais consome energia no nosso corpo e, para funcionar bem, precisa de nutrientes específicos.

A boa notícia é que existem alimentos simples e saborosos que ajudam a manter a mente protegida e ativa em todas as fases da vida.

Os peixes de água fria, como salmão, sardinha e atum, por exemplo, são ricos em ômega-3, gordura boa que melhora a comunicação entre os neurônios e protege contra o declínio cognitivo. Ainda, frutas vermelhas, como morango, amora e mirtilo, oferecem antioxidantes que combatem os radicais livres e retardam o envelhecimento das células cerebrais.

As oleaginosas, como nozes, castanhas e amêndoas, além das sementes de chia e linhaça, são fontes

de gorduras saudáveis e minerais que favorecem a memória e a clareza mental. Já os vegetais de folhas verde-escuras, como couve, espinafre e brócolis, fornecem vitaminas do complexo B, indispensáveis para o equilíbrio do sistema nervoso. Outro aliado é o

azeite de oliva, símbolo da dieta mediterrânea, que ajuda a reduzir processos inflamatórios no cérebro. “E não podemos esquecer do cacau e do café, que quando consumidos com moderação, estimulam a concentração e melhoram o estado de alerta.”

RECEITA

Salada de Atum

Ingredientes

(serve 2 porções):

2 postas de atum em azeite de oliva extra virgem

2 xícaras de folhas verdes variadas (rúcula, alface, espinafre)

½ xícara de repolho roxo fatiado finamente

1 cenoura pequena ralada

½ pepino fatiado em rodelas finas

6 tomates grape cortados ao meio

¼ de xícara de castanhas picadas grosseiramente

Para finalizar, adicionar morangos e croutons de pão integral.

Molho especial

3 colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem

Suco de ½ limão

1 colher de chá de mel ou mostarda (opcional)

Sal moderado e pimenta-doreino a gosto

Modo de preparo

Em uma tigela grande, disponha as folhas verdes como base. Acrescente o repolho roxo, a cenoura, o pepino e os tomates grape. Adicione os morangos fatiados para frescor e equilíbrio de sabores. Coloque o atum em lascas sobre a salada. Finalize com as castanhas e os croutons de pão integral. Misture os ingredientes do molho e regue sobre a salada antes de servir.

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