Após os 60, risco de fratura no quadril cresce até 4 vezes
Dor persistente, rigidez e dificuldade para caminhar são sinais de alerta para problemas de quadril. Diagnóstico precoce e fortalecimento muscular auxiliam na prevenção.
NESTA EDIÇÃO
RELAÇÃO BRASIL E EUA
Tarifa americana atinge setor produtivo local
Manufatura regional ficou de fora das isenções a 700 itens brasileiros. Indústrias locais exportaram aos EUA mais de US$ 119 milhões no primeiro semestre. Especialista adverte que custo dos negócios
inviabiliza continuidade dos contratos. Empresas renegociam com clientes para mitigar custo das exportações. Quanto mais demorar a crise diplomática, mais efeitos sobre a economia serão sentidos.
PÁGINAS | 6, 7 e 8
INTERVENÇÕES NA 386 Estrela reivindica inclusão de obra na concessão
Projeto de construção de elevada entre os bairros Imigrantes e Pinheiros deve ser incluída na revisão quinquenal do contrato. PÁGINA 14
CASTELINHO retorna às origens
FEIRA EM LAJEADO Nara convida para festival de cosplay
Personagens saem dos livros para encontro especial durante a Feira do Livro de Lajeado. Programação será no dia 18 de agosto.
NESTA EDIÇÃO
Com reforma concluída, escola reabre após quase dois anos. Comunidade celebra momento e reforça laços com
Quando a política atrapalha os negócios
Adecisão norte-americana de impor tarifa de 50% sobre produtos brasileiros entra em vigor na próxima semana. Ainda que desidratada quanto a ideia original, representa um ataque direto à economia.
O Rio Grande do Sul e, em consequência, o Vale do Taquari, estão entre os mais prejudicados. Na região, a sobretarifa atinge em cheio a manufatura regional. Reduz competitividade, compromete empregos e o planejamento dos negócios.
Dados do primeiro semestre deste ano revelam que os EUA compraram mais de US$ 119 milhões. Setores de doces, tabaco, insumos para ração animal, artefatos de metal, estão entre os mais prejudicados.
Essas alíquotas adicionais estão inseridas em um contexto de tensão diplomática motivada por desavenças políticas e ideológicas. Sem qualquer relação com problemas de qualidade dos produtos brasileiros, do RS ou do Vale. Neste enrosco, as empresas e a própria população vão pagar por algo que não se tem ingerência.
Mesmo com todas as dificuldades para o setor produtivo nacional, de juros altos, instabilidade nos preços, custos de operação elevados pela carga tributária, soma-se um fator externo.
Essas alíquotas adicionais estão inseridas em um contexto de tensão diplomática motivada por desavenças políticas e ideológicas.”
Por isso, é fundamental que haja uma atuação pragmática de diplomacia, em que os interesses estejam voltados à mitigar impactos na geração de riquezas e renda. Do contrário, há um risco eminente na sustentabilidade econômica do país.
Filiado à
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Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Impressão Zero Hora Gráfica
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Diretor Editorial e de Produtos: Fernando Weiss
ABRE ASPAS
“Não tem
como fazer
cosplay sem ler livros”
IronForgeéocosplayer maisconhecidodaregião. NascidoemMontenegro e radicado há sete anos emEstrela,eleparticipa decompetiçõesnacionais ecriacapacetes,escudos, espadasearmaduras completasparaeventos nacionais.Tudo é feito sob encomenda,respeitando as referências de cada personagem
Qual seu nome real e há quanto tempo você é cosplayer profissional?
Meu nome é Luiz Carlos, eu sou cosplayer profissional há quatro anos. Moro em Estrela e como artista plástico, produzo armaduras de cosplay pra competidores do mundo inteiro, mas principalmente para o Brasil. Minha demanda é alta.
Como você se inseriu nesse universo?
Eu sempre gostei de desenhar, desde a infância. Trabalhei como garçom em churrascarias durante 20 anos. A churrascaria fechou na pandemia e, assistindo a um filme dos Vingadores com minha filha, ela disse que queria uma peça do Homem de Ferro. Tentei comprar, me impressionei com o valor e resolvi fazer eu mesmo. Usei um vídeo da internet como referência, postei o resultado e o pessoal enlouqueceu, todo mundo queria comprar. Percebi que ali havia uma oportunidade de trabalho.
O que é um cosplay e por que isso fascina?
É quando você vê um personagem, seja de cinema, livro ou jogo, e decide se transformar nele. Você se veste
como ele, interpreta, atua. É uma forma de trazer para a vida real aquela fantasia que encanta tanto crianças quanto adultos. Quem nunca quis ser o Super-Homem? Todo adulto ou criança quer ser “super” de alguma forma.
Acredita que isso estimula a leitura?
Demais, porque não tem como tu fazer um cosplay sem ler um livro, sem assistir a um filme, sem jogar o jogo, sem conhecer a história. E para conhecer, é preciso o ato da leitura.
O que você aprendeu no mundo do cosplay?
Aprendi que o ser humano tem a capacidade de fazer o bem de uma forma gigante. Tenho colegas que visitam hospitais de câncer, participam de eventos
em comunidades e levam alegria para crianças e adultos. Tenho clientes que são advogados, médicos, que cresceram vendo desenhos e sonhavam em ter aquela roupa. E hoje eles podem.
Quando vamos ter um encontro de cosplay no Vale do Taquari?
Durante a 19ª Feira do Livro de Lajeado. Se tudo der certo, vamos ver por aqui SuperHomem, Mulher Maravilha, talvez Capitão América e algo do Batman. Convidei uma amiga que faz a Arlequina, incrível, um cosplay fantástico. Eu estarei com meus trajes inspirados em Warcraft, que é um dos jogos mais conhecidos do mundo. Participei recentemente de um campeonato em São Paulo e voltei de lá com o troféu de terceiro lugar. Foi uma experiência marcante, com competidores de altíssimo nível.
Andreia Rabaiolli andreia@grupoahora.net.br
ACERVO PESSOAL
HENRIQUE PEDERSINI
henrique@grupoahora.net.br (interino)
O exponencial crescimento de Teutônia
Asegunda maior força econômica do Vale comprova em números o momento positivo que atravessa, em especial, na iniciativa privada. Teutônia contabiliza 890 novas empresas entre maio de 2024 e o mesmo mês deste ano. Destas, quase 700 são de Microempreendedores Individuais (MEI).
Há ainda investimentos de grande porte como a planta industrial da Fontana S.A. no bairro Alesgut e a fábrica de calçados de segurança Atlas, que adquiriu a antiga estrutura da Paquetá em um investimento de R$ 6,3 milhões. O Grupo Passarella também se instalou na cidade com um centro de distribuição para hortifruti. Sem áreas alagáveis e um posicionamento estratégico, fácil acesso a BR-386, Via Láctea e a
Rota do Sol, o município também ostenta boas condições logísticas e pleiteia parte das obras previstas na concessão das rodovias estaduais para melhorar o fluxo de insumos e destinação do que é produzido pela indústria.
Ao governo de Renato Altmann cabe atender serviços básicos em saúde, vagas em creche, habitação e assistência social. A CIC Teutônia debate a carência da mão de obra e formas de entender os setores que demandam profissionais. O aumento considerável nos preços de imóveis para venda e locação é um desafio para atrair trabalhadores, mas representa um efeito colateral do crescimento.
O potencial de Teutônia e seu desenvolvimento acentuado pós-enchente criam uma alternativa importante para investimentos de organizações que procuram
TIRO
- Aos 66 anos, Ênio Bacci (União Brasil) não descarta concorrer em 2026. Com seis mandatos como deputado estadual ou federal, o atual presidente do Conselho Estadual de Trânsito (Cetran/RS) cita “ir para o sacrifício” caso o partido demande. Em 2022, ele somou 17.867 na disputa a uma cadeira no congresso.
- Na terça-feira, 5, após a sessão ordinária da câmara de Lajeado, os promotores Sérgio Diefenbach e João Pedro Togni explanaram sobre os desdobramentos legais do marco regulatório do saneamento básico. Assunto importante dentro do impasse sobre o aditivo no contrato vigente com a Corsan/Aegea.
- No dia 2 de outubro a CCR Via Sul discute com prefeitos e líderes regionais a revisão do contrato de concessão da BR-386. Entre três obras incluídas no cronograma está uma elevada em Estrela para ligação dos bairros Pinheiros e Imigrantes. Os outros projetos são em Fontoura Xavier e Marques de Souza. A contrapartida será um reajuste no valor da tarifa de pedágio.
- Nas próximas semanas o Tecnovates apresenta um Hub de tecnologia em inovação na área de saúde. O investimento captado com recursos federais chega aos R$ 14 milhões e inclui um hospital simulado, entre outros equipamentos.
- O trânsito urbano de Estrela está no radar da prefeita Carine Schwingel. Um estudo será contratado para atualizar o plano de mobilidade. Entre as prioridades estão modificações no fluxo que favoreçam o comércio, criação do estacionamento rotativo e remoção de alguns semáforos.
- Após alguns dias responsável por este espaço de opinião, bastidores e algumas projeções, “devolvo” a coluna ao titular Rodrigo Martini. Nos encontramos todos os dias das 15h às 17h na Rádio A Hora e nas edições de quarta-feira e fim de semana do Jornal A Hora.
Um Alckmin mais ativo!
O potencial de Teutônia e seu desenvolvimento acentuado pósenchente criam uma alternativa importante para investimentos de organizações que procuram a região para aporte nanceiro”
a região para aporte financeiro. A conexão com o restante do Vale depende das tais pontes, no plural, sobre o Rio Taquari. E este debate precisa evoluir rápido.
Geraldo Alckmin é muito mais que o vice-presidente da república ou ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O maior nome do PSB no país é uma espécie de interlocutor entre o setor privado e um governo liderado por Lula, que não possui entre suas características uma proximidade com o empresariado.
Em uma semana de turbulência no cenário macroeconômico, o vice-presidente apareceu na mídia em um café em rede nacional com Ana Maria Braga. Além disso, atuou nos bastidores para contornar algumas
polêmicas e articulou com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad um socorro para as categorias de negócios mais impactadas. O perfil centrado de quem governou São Paulo e manifestações sem teor populista ou fanfarrona, o credencia a ser um agente mais ativo no governo federal, inclusive para retomar relações com países importantes e garantir medidas até o próximo ano que, ao menos, não atrapalhem a classe empresarial. Que Alckmin tenha mais vez e voz no projeto do governo Lula, inclusive nos holofotes.
vinibilhar@grupoahora.net.br
VINI BILHAR
Florestal e a ousadia de adoçar o futuro
Em um cenário onde inovação costuma ser associada a tecnologia de ponta ou processos disruptivos, a Florestal Alimentos mostra que também é possível inovar com criatividade, afeto e uma boa dose de doçura.
A empresa foi reconhecida entre as 100 mais inovadoras da região Sul na 21ª edição do ranking Campeãs da Inovação, promovido pelo Grupo Amanhã com apoio técnico do IXL Center, de Cambridge (EUA).
O destaque ficou por conta do case Fofs Vamp, um marshmallow recheado com calda extra de morango — lançamento de outubro de 2024 — que conquistou não apenas os consumidores, mas também especialistas em gestão da inovação.
O Fofs Vamp vai além do paladar: a embalagem preta, ilustrada com o mascote vampiro da marca e elementos visuais inspirados no Halloween, transforma o produto em um convite à imaginação.
O diferencial do sachê de calda incluso reforça o conceito de interação e personalização — tendências cada vez mais valorizadas em um mercado ávido por novidades. Criada em 2009, a linha Fofs
soma hoje 29 produtos, com variações que brincam com texturas, cores e formatos. Entre elas, o Fofs Bruxolito, que pinta a língua de azul, e o Fofs Malloween, com embalagem que simula um olho, são provas de que a inovação pode (e deve) dialogar com o lúdico — especialmente em segmentos
FRASE DO DIA
que dependem da emoção para conquistar o cliente.
O reconhecimento da Florestal em um ranking tradicionalmente ocupado por empresas de base tecnológica revela uma mudança de perspectiva: inovar é, antes de tudo, entender o tempo presente e entregar valor de forma criativa.
Produzimos aço diretamente nos Estados Unidos e, em tese, não seríamos afetados pela tarifa. Em território americano, operamos como se fôssemos uma empresa americana. Reduzir investimentos no Brasil é uma decisão que já tomamos.”
O presidente da Sicredi Ouro Branco RS/MG, Neori Ernani Abel, tomou posse como conselheiro da Central Sicredi Sul/Sudeste em junho, em cerimônia realizada em Porto Alegre. Ele foi eleito pelos presidentes das cooperativas que integram o sistema nas regiões Sul e Sudeste, e passa a compor o conselho responsável por decisões estratégicas para o ciclo 2025-2029. Durante o evento, que reuniu lideranças do cooperativismo e
representantes da instituição, Abel destacou o valor da atuação conjunta.
A Central Sicredi Sul/Sudeste atua no suporte às cooperativas filiadas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e Espírito Santo. Com papel fundamental no alinhamento de diretrizes, a unidade regional fortalece o cooperativismo como modelo de desenvolvimento sustentável.
Energia - Empresas como Microsoft e Amazon têm investido em usinas nucleares antigas dos EUA para garantir energia aos centros de dados de inteligência artificial. Mesmo com tecnologia obsoleta, esses reatores oferecem fornecimento estável e livre de carbono, como o de Three Mile Island, que voltou ao radar após décadas.
Indústria - A produção industrial brasileira registrou alta de 0,1% em junho frente a maio, segundo o IBGE. No ano, o setor acumula crescimento de 1,2%, e de 2,4% em 12 meses. Já na comparação com junho de 2024, houve queda de 1,3%. O destaque positivo foi o setor de veículos, com alta de 2,4%.
Indústrias do Vale calculam riscos com tarifa Trump
Apesar do decreto mais brando do que o esperado, setor de doces, insumos para rações, tabaco e artefatos de metal seguem na lista com alíquota de 50%. Dos municípios da região (mais Venâncio Aires), 11 têm empresas com vendas para os Estados Unidos
VALE DO TAQUARI
Contatos com clientes, negociação para dividir custos e esperança por reaproximação diplomática. Nestes três movimentos, empresas exportadoras do Vale do Taquari tentam manter vendas aos clientes norte-americanos e mitigar prejuízos. As principais estão em Cruzeiro do Sul, Venâncio Aires, Lajeado, Guaporé e Imigrante.
Os itens são insumos para ração animal, tabaco, doces, máquinas, bijuterias e artigos de metal à indústria. Conforme estudo da Federação das Indústrias do RS (Fiergs), apesar de quase 700 produtos brasileiros terem sido retirados da sobretarifa de importação americana, 85% dos negócios mantidos por empresas gaúchas serão atingidos.
O decreto do presidente Donald Trump foi publicado na quarta-feira, 30 de julho. Começa a valer em 6 de agosto. “É uma tarifa que inviabiliza os negócios. Empresas que entraram no mercado norte-americano, não conseguem uma margem de lucro possível para cobrir essa despesa”, alerta o consultor empresarial, Valmor Kappler. Na análise dele, ainda é cedo para contabilizar o impacto das tarifas na economia
gaúcha e do Vale. “A região exporta produtos manufaturados, facilmente substituíveis por outros fornecedores. Pelo que temos visto, as empresas americanas vão continuar comprando. Mas, caso não se resolva essa questão de maneira rápida, vão buscar outros players com tarifas mais baixas.”
A partir de informações da plataforma Comex Stats, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o Vale exportou mais de US$ 763,5 milhões de janeiro a julho. Deste total, US$ 119 milhões foram para os EUA (15,6% das vendas).
Se não reduzir, teremos de encerrar a operação nos Estados Unidos. O que faria nós paralisarmos linhas de produção, inclusive com fechamento de postos de trabalho.”
Prejuízos por até 90 dias
Cerca de 70% do que produz a Metalúrgica Hassmann, de Imigrante, vai para os EUA, diz o gerente administrativo, Augusto Hassmann. Seja na venda direta ou para indústrias brasileiras que usam fixadores de metal na manufatura. “Mais de 15% de todo o nosso faturamento é com a exportação às empresas norte-americanas.”
A indústria começou a ser tarifada em março, com uma alíquota de 25%. “Negociamos com os clientes, e eles
Essa taxação é uma lástima e muito surpreendente, pois se trata de algo que não depende da gente. Não estamos perdendo por termos errado, mas por questões políticas e ideológicas.”
aceitaram assumir esse custo”. Para a indústria, a sobretaxa de 50% já começou. “Estamos pagando esse percentual desde 1º de julho.”
Devido ao aumento no preço com a primeira elevação de imposto, a empresa não repassou a nova taxa. “Não temos como refazer os contratos depois de pouco tempo. Os clientes não aceitariam um novo aumento. Então, assumimos metade da despesa.”
Com a decisão, diz Augusto Hassmann, a empresa passou a não ter mais retorno com a venda aos EUA. “Não há mais faturamento e, aos poucos, começa a dar prejuízo. No entanto, mantemos o mercado aberto. Isso é muito importante. Mas há um tempo que podemos suportar.”
Esse prazo é de no máximo 90 dias. “Se não reduzir, teremos de encerrar a operação nos Estados Unidos. O que faria nós paralisarmos linhas de produção, inclusive com fechamento de postos de trabalho”, antecipa.
A Metalúrgica Hassmann emprega cerca de 700 pessoas. “Já observamos impactos no mercado doméstico. Empresas daqui que compram de nós estão com vendas em queda”, diz o gerente. De acordo com ele, neste ano, foram vendidas 600 toneladas de artefatos de metal para os Estados Unidos, o que equivale a cerca de US$ 3,5 milhões.
“Essa taxação é uma lástima”
Ao todo, 35% do faturamento da da Docile, de Lajeado, provém das exportações. Deste total, o principal mercado são os Estados Unidos. “Cerca de 10% do que vendemos no ano é para os EUA”, diz o presidente, Ricardo Heineck.
“São anos trabalhando para conquistar o mercado mundial e nos consolidarmos. Para conseguir isso, precisamos mostrar capacidade, ter bom preço e qualidade. É um esforço árduo. Essa taxação é uma lástima e muito surpreendente, pois se trata de algo que não depende da gente. Não estamos perdendo por termos errado, mas por questões políticas e ideológicas.”
Neste momento, o caminho tem sido a busca por manter os acordos. “Negociamos com os clientes americanos para eles assumirem uma parte e nós a outra. É o maior mercado do mundo para gulosei-
Filipe Faleiro
Doces, tabaco e artigos de metal. Setores que lideram exportações
mas e precisamos estar lá.”
A Docile tem mais de 1,7 mil funcionários e, conforme Heineck, alguns clientes cancelaram pedidos. “Desejamos que os governos ampliem as negociações, com mais setores sem taxas. Essa é uma discussão que precisa ser no âmbito econômico, e não político.”
Na análise do presidente da Docile, essa sobretaxa reduz a competitividade. “Estamos disputando com grandes empresas do México e da Europa. No
México, não há taxas. E a Europa ficou com 15%. Para nós, tem esses 50% mais a tarifa normal, de 5,6. Como competir em um mercado com esse nível de tarifa?”, explica Heineck e complementa: “para nós, a situação é terrível. Nosso planejamento era de ampliar as vendas aos EUA. Agora estamos vivendo um período de muita insegurança, inclusive revendo investimentos.”
Continua >>
“Não
tem margem de 50% para absorver imposto”
Valmor Kappler Contador e consultor empresarial
A Hora – Qual o impacto sobre produtos brasileiros?
Valmor Kappler – A gente já viveu isso, com algumas diferenças. No caso do sapato, por exemplo, o Brasil tentou proteger a indústria contra a China com uma tarifa interna. Segurou por um tempo. Mas quando os calçados chineses entraram no mercado americano, dominaram as vendas devido aos preços mais baixos. Resultado: nossas grandes fábricas que exportavam quebraram. É o mesmo agora. O consumidor americano vai comprar de quem entrega mais barato. Simples assim.
– No Vale do Taquari, há impacto direto?
Kappler – O Vale exporta muito produto manufaturado. Temos balas, carne de frango, material para indústrias. São produtos substituíveis. Se ficar caro, compram de outro. Não tem margem de 50% para absorver imposto. Alguém vai pagar essa conta: ou o vendedor, ou o consumidor. Nenhum dos dois aguenta por muito tempo.
– O que pode acontecer a médio prazo?
Kappler – Vão haver mudanças no arranjo comercial. Uma das possibilidades é que países sem tarifas aumentem a venda aos EUA e precisem de produtos brasileiros para o mercado interno. Por exemplo, a Argentina assumir a exportação de couro e comprar da gente. Multinacionais que estão aqui e que têm operação em outros países, vão reorganizar a expedição por nações que não foram atingidas pela tarifa. Agora, empresas brasileiras vão sofrer, vão encolher e precisarão demitir. Hoje, temos um cenário de pleno emprego. Daqui a 90 ou 120 dias, teremos gente sobrando no mercado.
do Vale estão na lista de sobretaxa do presidente norte-americano, Donald Trump
RS é o mais atingido
A mudança de cenário sobre a taxação aliviou as vendas para os estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso. Mais de 700 itens foram retirados da política norte-americana. No entanto, as empresas gaúchas não foram poupadas. Segundo a Fiergs, 85% dos produtos gaúchos vendidos aos EUA serão sobretaxados. O que trará impactos sobre a geração de riquezas e de postos de trabalho. O
recuo no Produto Interno Bruto (PIB) do RS, pode alcançar R$ 1,5 bilhão, com um fechamento de 20 mil postos de trabalho. “Precisaremos de medidas semelhantes ao que houve na época da enchente”, antecipa o presidente da federação, Claudio Bier. Em âmbito estadual, a Fiergs solicita a liberação de créditos de ICMS de maneira emergencial para negócios prejudicados pela taxação.
Ao governo federal, a lista de reivindicações vai de suspensão dos contratos de trabalho até linha de crédito com juros subsidiados.
Após seis meses, CCR libera retorno em viaduto do Superporto
Trecho estava com a passagem interrompida desde o começo do ano e passa por reformulação
Foi liberado de forma parcial o acesso e o retorno pelo viaduto do Superporto, no bairro das Indústrias. O dispositivo, localizado no quilômetro 351 da BR-386, estava bloqueado há mais de seis meses e integra o conjunto de obras da terceira faixa entre Lajeado e Estrela. Com a mudança, motoristas que trafegam no sentido capital–interior já podem acessar o bairro das Indústrias e utilizar o retorno no sentido contrário (Estrela–Lajeado) pela faixa Norte. Equipes seguem com os ajustes finais no local, como pintura da pista, instalação de sinalização e melhorias na drenagem.
A liberação parcial é mais uma etapa prevista dentro do prazo de conclusão total das obras na rodovia, prevista para este mês de agosto. Com mais de 90% dos trabalhos executados, a CCR ViaSul projeta a entrega do novo traçado de 5,1 quilômetros com terceira faixa entre os dois municípios.
O pacote de obras inclui ainda
dispositivos como o novo trevo de acesso à ERS-129, principal ligação com Colinas e bairros de Estrela.
Iniciadas em 2022, as obras enfrentaram contratempos que atrasaram o cronograma, como a rescisão contratual com a antiga terceirizada e as enchentes de setembro de 2023 e maio de 2024. Houve necessidade de reconstrução de trechos danificados e, ainda, um reforço estrutural na ponte sobre o Rio Taquari.
O que integra o pacote da faixa adicional
– Terceira faixa na BR-386, no trecho de 5,1 quilômetros entre Lajeado e Estrela, totalizando 10,2 quilômetros de novas pistas; – Alargamento das pontes sobre o Rio Taquari e Arroio Boa Vista;
– Reformulação dos viadutos nos acessos à avenida Alberto Pasqualini, Bento Rosa e no acesso ao Porto de Estrela; – Duas novas passarelas em Lajeado, no acesso ao Shopping e nas proximidades da Fruki; – Readequações nas ligações com a ERS-130, avenida Pasqualini e Bento Rosa, e nas ligações com o Porto e com a RSC-453 (em Estrela); – Construção do novo viaduto e trevo de acesso à ERS-129
EGR publica edital à obra da rampa de escape
Estrutura será implementada na ERS-129, em trecho entre os municípios de Muçum e Vespasiano Corrêa, e é voltada especialmente a veículos pesados
VALE DO TAQUARI
O edital para a construção da primeira rampa de escape no Rio Grande do Sul foi publicado nessa sexta-feira, 1º, no Diário Oficial do Estado. A Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) anunciou no início do mês de julho a obra inédita nas rodovias gaúchas.
A estrutura será implantada no quilômetro 88 da ERS-129, entre os municípios de Muçum e Vespasiano Corrêa, em um segmento que foi completamente
reconstruído pela EGR após os deslizamentos causados pelas chuvas históricas de maio de 2024. A rampa de escape será implantada no sentido da rodovia entre Vespasiano Corrêa e Muçum, com 700 metros de extensão. A estrutura tem como objetivo ampliar a segurança dos motoristas que trafegam diariamente pelo trecho. Para viabilizar a obra, será necessária a remoção da terceira faixa no ponto onde o dispositivo será instalado.
Voltada especialmente para veículos pesados, como caminhões, a rampa de escape é um equipamento de segurança projetado para situações em que o motorista perde o controle do veículo. A estrutura conta com uma faixa lateral em declive preenchida com material de alta resistência — como cascalho ou areia — que atua para reduzir gradualmente a velocidade e imobilizar o veículo de forma segura.
Para o diretor-presidente da EGR, Luís Fernando Vanacôr, a obra marca um avanço significativo na modernização da malha rodoviária do Rio Grande do Sul. “A implantação da primeira rampa de escape do estado é um importante passo na ampliação da segurança viária”, destaca.
Rampa de escape será implantada no sentido da rodovia entre Vespasiano Corrêa e Muçum
DIVULGAÇÃO
ESTRELA
Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
Trecho tem grande movimento e volta a ter passagem de veículos
GABRIEL SANTOS
ACESSO EM ESTRELA
Construção de elevada será incluída na revisão de contrato da BR-386
Acesso entre os bairros Pinheiros e Imigrantes foi fechado em 2021 e ainda causa impactos no fluxo de veículos dentro do município. Prefeitura busca junto à CCR ViaSul e ANTT aprovação da proposta durante audiência pública. Mais duas obras na região devem ser avaliadas
Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br
Com a proximidade da revisão quinquenal do contrato de concessão da BR-386, a região vive a expectativa dos pedidos de obras incluídas na avaliação. A audiência pública está marcada para o dia 2 de outubro, em Porto Alegre. Três novas intervenções podem ser incluídas no acordo, além do projeto para uma nova ponte entre Estrela e Lajeado.
Entre os principais pedidos, uma ligação entre os bairros Imigrantes e Pinheiros, em Estrela. O fechamento do acesso pela rodovia federal, em 2021, ainda causa transtornos no fluxo de veículos dentro do município. A prefeita Carine Schwingel destaca a articulação feita junto à concessionária e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para que a construção de uma elevada fosse incluída na revisão.
Segundo a prefeita, o projeto deve ser apresentado durante a audiência pública. Embora a execução ainda não esteja confirmada, a proposta está garantida no processo de análise conduzido
pela autarquia. “Conseguimos sensibilizar CCR e ANTT sobre a priorização dessa obra, devido a tudo o que estamos passando no trânsito. Desde o início do ano discutimos a importância desta intervenção”, afirma.
Na avaliação da gestora municipal, a elevada é uma solução de médio prazo para o tráfego intenso de veículos que se acumula na entrada principal da cidade. “Quase todos os bairros têm acesso pelo trevo da antiga rodoviária. Antes, era possível fazer esse cruzamento entre Pinheiros e Imigrantes. Sabemos que a reabertura da ligação gera riscos, portanto, temos que projetar alternativas mais seguras”, comenta Carine.
As demandas a serem incluídas na revisão também envolvem intervenções nos municípios de Marques de Souza (trevo) e Fontoura Xavier. Além disso, um novo projeto para ponte entre Estrela e Lajeado deve ser detalhado. “Essas obras devem gerar curto nas tarifas de pedágio. O valor ainda não pode ser definido, mas será mudanças de centavos”, afirma a prefeita. As informações foram confirmadas durante entrevista ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, nessa sexta-feira, 1º.
Município busca construção de elevada entre Pinheiros e Imigrantes. Obra é incluída na revisão de contrato
A curto prazo
Além das propostas de médio prazo, uma solução emergencial também está em andamento. A prefeitura de Estrela planeja executar ainda neste segundo semestre um desvio de tráfego para ligar a alça de retorno da rodovia federal, no bairro das Indústrias, à Rua João Lino Braun, no bairro Boa União.
A nova conexão tem como objetivo desafogar a Avenida Rio Branco e depende apenas de aprovação da ANTT. Segundo a administração municipal, por ser de competência local, a obra poderá ser iniciada em setembro. Com a implantação da proposta, condutores que se deslocam à Serra ou a Colinas podem circular entre o bairro das Indústrias e a rua João Lino Braun sem enfrentar o congestionamento. De acordo com o projeto, o município deve assumir todos os custos da execução. Reuniões com empresas localizadas nas proximidades também estão previstas para ampliar o diálogo sobre o tema.
ESTRELA
ARQUIVO
Marinha habilita para embarcações
Curso foi destinado a 35 profissionais de defesas civis da região para atuarem em situações de resgate
Gabriel Santos gabrielsantos@grupoahora.net.br
Servidores públicos das áreas de segurança, meio ambiente e defesa civil finalizaram o Curso Especial para Tripulação de Embarcações de Estado no Serviço Público (ETSP), promovido pela Marinha do Brasil, por meio da Capitania Fluvial de Porto Alegre. A formação ocorreu em Lajeado com aulas teóricas e práticas.
Segundo o secretário de Segurança Pública, Paulo Locatelli, a formação é considerada estratégica. “Ter equipes preparadas para operar embarcações é fundamental para
o combate a crimes ambientais, reforço da presença do poder público nas áreas ribeirinhas e em ações de busca e salvamento”, afirma. O curso somou 40 horas e minis-
trado para 35 alunos de Lajeado, Estrela, Arroio do Meio e Montenegro entre bombeiros, policiais civis e militares, servidores da Secretaria de Segurança Pública (SESP)
e do Meio Ambiente, Saneamento, Sustentabilidade e Bem-Estar Animal (SEMA) de Lajeado.
O coordenador da Defesa Civil de Lajeado, Luís Marcelo Gon-
çalves Maya explica que todos os profissionais que atuam em resgates ou demais operações embarcadas, não possuem habilitação. “Por isso fizemos o curso junto com a Marinha. O objetivo é capacitar os agentes para conduzir embarcações de até 8 metros de comprimento em águas interiores, ampliando a atuação das instituições públicas em ações de fiscalização, patrulhamento, defesa ambiental e resposta a desastres”.
Saiba mais
Todas as aulas teóricas e práticas seguiram as diretrizes da Marinha do Brasil, utilizando embarcações dos próprios órgãos participantes. O conteúdo programático do curso é composto por matérias de navegação, meteorologia, legislação, estabilidade, nomenclatura de embarcação, manobras, primeiros socorros, comunicações, motor propulsor, segurança e sobrevivência pessoal, prova teórica, aulas práticas de manobras com embarcações e moto aquática.
VALE DO TAQUARI
Aulas práticas com embarcações ocorreram em Estrela no atracadouro e no Rio Taquari
GABRIEL SANTOS
POLÍCIAS E LOJISTAS
Segurança no comércio é tema de encontro
BM e Polícia Civil reforçam diálogo com o comércio e destacam ações na área central e entorno turístico
Matheus Giovanella Laste matheuslaste@grupoahora.net.br
ENCANTADO
Asede da Associação Comercial de Encantado (Aci-e) foi palco de uma reunião das forças de segurança com os gestores dos estabelecimentos comerciais do município. O capitão Guilherme Caneppele da Brigada Militar conduziu o primeiro momento enquanto a delegada da Policia Civil, Dieli Caumo Stobbe, finalizou o encontro. O ato ocorreu na sexta-feira, 1.
Entre as pautas apresentadas na reunião estavam: índices criminais em estabelecimentos comerciais, dicas e boas práticas de seguran-
ça, orientações na confecção de boletins de ocorrência e network e compartilhamento de informações. Nas ocorrências registradas em 2025, os arrombamentos seguidos por furto e furtos por descuido (meliante aproveita a distração da vítima e faz o roubo) foram os mais numerosos.
O capitão também utilizou vídeos para demonstrar o modus operandi dos infratores. A maioria dos presentes contribuiu com a discussão e debate, com indagações referentes ao tema. Exemplos: se havia possibilidade de proibição de entrar no estabelecimento com capacete, quando os usuários de drogas adentram o comércio e realizam pequenos furtos, como proceder e etc.
“A instrução foi basicamente sobre prevenção em relação aos crimes patrimoniais que eventualmente acontecem aqui em Encantado. Procuramos expor por parte da Brigada Militar o que foi feito e o que pode ser feito para que esses crimes sigam caindo. Pudemos comparti-
lhar boas práticas e a comunidade participou, todos contribuíram com exemplos práticos do que percebem diariamente no comércio”, salientou o capitão Caneppele.
Os comerciantes aproveitaram para reforçar que a maioria dos furtos são praticados por homens (99% dos registros segundo a BM), usuários de drogas e em alguns estabelecimentos, menores de idade. O sistema de videomonitoramento do município (cerca de 100 câmeras) foi apontado como um dos fatores essenciais para o reconhecimento rápido dos suspeitos e eventual prisões.
“Enfatizamos principalmente a importância do registro da ocorrência, muitas vezes o autor já é reconhecido e a partir disso conseguimos seguir com outras medidas. Abordamos também o estelionato, um dos principais crimes que ocorre aqui, tanto com as pessoas quanto com o comércio, então foi um momento bem importante”, reiterou a delegada.
Nasa abre inscrições para evento inédito em Lajeado
Programação, que ocorre nos dias 4 e 5 de outubro, é gratuita e ocorre no Tecnovates
LAJEADO
Nos dias 4 e 5 de outubro, Lajeado será palco do Nasa Space Apps Challenge, o maior hackathon de inovação do mundo, promovido pela Divisão de Ciências da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana). O evento, inédito no município, será no Parque Científico e Tecnológico do Vale do Taquari – Tecnovates. Coordenado localmente por Jeferson Scheibler, estudante de Engenharia de Software da Univates, o evento reúne pessoas do mundo inteiro para desenvolver soluções criativas para desafios reais propostos por especialistas da própria Nasa. Scheibler participa da competição desde 2019, de forma online, e sempre teve o desejo de levar uma edição presencial para a cidade. “Devido à logística, não conseguia comparecer aos eventos presenciais no Estado. Então, apresentei a proposta ao Pro_Move Lajeado e recebi sinal positivo para submeter a candidatura”, explica. Com apoio do município, ele enviou a solicitação oficial à Nasa. “Recebemos a confirmação por e-mail diretamente da equipe nos
Estados Unidos, autorizando a continuidade do processo, que inclui treinamentos e outras etapas preparatórias”, relata.
O Nasa Space Apps Challenge é aberto a pessoas de todas as áreas — não apenas da tecnologia — e tem como objetivo encontrar soluções inovadoras para problemas relacionados à Terra e ao espaço. Os desafios envolvem temas como astrofísica, exploração espacial, agricultura, desenvolvimento de software e narrativa científica. Durante o hackathon, os participantes poderão usar dados reais da Nasa e de parceiros da agência para desenvolver os projetos. As atividades incluem palestras, workshops e mentoria especializada, com foco em inovação, criatividade e colaboração.
Como participar
• Criar uma conta no site spaceappschallenge.org.
• Escolher o evento presencial em Lajeado.
• Inscrever-se individualmente (a formação de equipes será realizada posteriormente).
MATHEUS LASTE
Ato ocorreu na Aci-E e reuniu comerciantes de diversos segmentos
Gincanas e esportes estruturam trajetória
Família de gincaneiros, os Ferrari fizeram da competição estudantil um motor para suas carreiras. Todos lideraram equipes.
Um verdadeiro rito de passagem que fortaleceu vínculos, ensinou a lidar com desafios e os “treinou” para as exigências do mundo adulto
radição mais visível do CEAT, a gincana marcou o rito de passagem de Joni, Andréia, Isabella e Affonso. A família Ferrari constrói, desde os anos 1980, uma trajetória marcada pelo espírito esportivo, pela liderança e por um vínculo afetivo com os desafios escolares. Os quatro fizeram da escola um espaço de treino forte e eficaz — um ponto de partida para voos maiores.
O pai das pistas de corrida
Tudo começou com Joni Ferrari, o pai, que ingressou no colégio no ano de 1980 e se destacou na pista de atletismo. Hoje, aos 52 anos, ele relembra a importância dos treinos: “O CEAT é um dos pilares da minha vida. A formação escolar influenciou diretamente quem eu sou hoje”, afirma.
Para o corretor de imóveis, a gincana foi essencial para desenvolver ética, liderança e habilidades em grupo. Na família Ferrari, a competição é levada a sério: todos os integrantes já lideraram equipes.
“Tanto eu quanto a Andréia, o Affonso e a Isabella fomos líderes. Quando estudantes, participamos da comissão organizadora. Depois, como pais, seguimos envolvidos intensamente”, conta.
Este ano marcou o fim de um ciclo. Os gêmeos se formam e encerram sua participação na gincana. “Nossa carreira terminou. Affonso e Isabella estão saindo da escola”, comenta Joni, em tom de despedida.
Em julho, ele voltou à pista de atletismo onde fez história como desportista:
comportamento. Agora, vê os filhos prontos para seguir adiante.
“Aquela pista é um capítulo à parte. Participei de muitas competições, em todos os níveis. A ONASE foi o ápice. Em Ijuí , fui campeão nos 100 metros e no revezamento 4x100”, lembra.
A conexão com o esporte permanece viva. Joni acredita no poder transformador da prática esportiva. Para ele, a atividade molda comportamentos, impõe disciplina e exige foco. “Na minha época, eu treinava sozinho. Era muito focado.” Essa disciplina foi decisiva tanto no esporte quanto na carreira. Ele leva consigo os ensinamentos do professor Ladair, adquiridos nos anos 1980.
Ao refletir sobre o papel da educação, Joni é direto:
“A educação é o que mantém a régua alta da sociedade, em todos os sentidos.”
Seja na família, na rua, na escola ou no trabalho, ele acredita que a formação eleva o nível de intelecto, ética e
“Eles estão saindo do CEAT com uma base sólida. A escola e a família deram os alicerces. Estaremos sempre por perto, mas sei que vão voar. Fui criado dentro do CEAT, assim como eles — e essa base foi essencial.”
Escola inspirou ambição saudável
Andréia Cecília Dall’Oglio, 50 anos, carrega um traço que considera determinante em sua trajetória: a competitividade. E não tem dúvidas de que ela nasceu nos corredores do colégio. Foi ali que aprendeu a transformar desafios em impulso para o futuro.
Tênis da Sorte: Joni ganhou o tênis um amigo do seu pai, que o trouxe de São Paulo, modelo exclusivo para o atleta
Participação nas gincanas iniciaram com Joni, que foi atleta do colégio
Ela chegou ao CEAT na quinta série e logo se sentiu acolhida: “Fui muito bem recebida. Me adaptei rápido, porque havia outros colegas chegando de escolas diferentes também”, recorda.
Mais tarde, passou no vestibular da Unisinos, formouse em Direito e iniciou uma
carreira sólida no serviço público. Hoje, é servidora da Justiça Federal. “O CEAT me lapidou para chegar onde estou hoje. Faz parte da minha vida”, afirma. Além da formação acadêmica, a escola lhe deu algo que resiste ao tempo:
amizades que nasceram na quinta série e permanecem até hoje. “Nos encontramos com frequência. Estamos na fase de celebrar os 50 anos. Passamos por perdas e alegrias. Esses são laços poderosos, que nos
Família Ferrari transforma gincana escolar em jornada de liderança
trajetória profissional da família Ferrari
mantêm vivos”, diz.
Andréia também reconhece que as habilidades construídas na escola fortaleceram talentos naturais, como a oratória. A desenvoltura que aprendeu a replicar no Direito começou nas apresentações em sala de aula e se espalhou para o ginásio, já que gostava de vários esportes.
“Gostava muito de vôlei. Tive algumas vitórias como parte da equipe. Essa vivência em grupo reforçou ainda mais meu lado competitivo — algo que carrego até hoje no trabalho. É uma ambição saudável.”
Para ela, a escola é o principal espaço de formação de pessoas:
“O ser humano não vive só de comida e água. A educação alimenta uma vida digna”, salienta.
A leitura como um mundo novo
Isabella Dall’Oglio Ferrari, 17 anos, cresceu cercada por livros — e o repertório se reflete na comunicação clara e no vocabulário amplo. É um reflexo direto da relação que construiu com a leitura ao longo da vida escolar.
“Este é meu último ano no CEAT. Tenho vontade de sair, não porque a escola não me marcou, mas porque ela me impulsiona a alcançar algo além”, diz.
Isabella ingressou no colégio com o irmão gêmeo, Affonso. Para os dois, 2025 representa uma virada de chave: o fim de um ciclo e o início de escolhas mais definitivas. A leitura, conta Isabella, foi sua grande companheira nesse percurso: “O livro que mais me marcou no início foi Ímpar, que lemos na sétima série. A partir dali, segui lendo tanto as obras obrigatórias quanto as que escolhia por conta própria.”
No CEAT, o incentivo à leitura sempre esteve presente — assim como o amor pela gincana, que lhe deu noções de liderança. Isabella acredita que a formação escolar foi determinante para desenvolver um pensamento mais crítico.
A estudante deve seguir os rumos do Direito ou da Engenharia de Produção. A certeza é que um novo mundo está se abrindo, cheio de possibilidades:
“Quero viver descobertas fora do CEAT e estou empolgada com este novo universo”, sorri, entusiasmada.
Liderança compartilhada
O irmão gêmeo, Affonso Dall’Oglio Ferrari, também se despede da escola neste ano. Ele experimentou o sabor da liderança de equipe: “Desde pequenos, sempre estivemos juntos nas mesmas equipes. Este ano, lideramos juntos”, conta.
O pai, Joni, atuou como motorista da equipe, e a mãe, Andréia, deu apoio nos bastidores — a atividade aproximou ainda mais a família. Para Affonso, o CEAT ensina o senso de liderança ao estimular a função de “líder de turma” e o Grêmio Estudantil, momentos em que se aprende a lidar com pessoas.
A mãe sempre reforçou a ele que a habilidade de liderança social está entre as mais difíceis — e, ao mesmo tempo, mais exigidas no mercado de trabalho.
A oratória é outra característica estimulada em aula. Na sexta série, por exemplo, os irmãos tiveram
A gincana ensinou a família a lidar com desafios e os treinou para as exigências do mundo adulto
que falar por cinco minutos sobre um filme sorteado em sala:
“Assistimos a três filmes, treinamos, contamos o tempo. E, no final, narramos um. Deu
Conseguir a capacidade para identificar o que é real e o que não é, é essencial”
Affonso Dall’Oglio Ferrari
O CEAT me lapidou para chegar onde estou hoje”
Andréia Cecília Dall’Oglio
certo.”
Para ele, a educação desenvolve o senso crítico — algo essencial no cenário interconectado do planeta: “Vivemos num mundo
conectado, onde não dá para acreditar em tudo que se vê. Conseguir identificar o que é real e o que não é é algo essencial — e só a educação pode oferecer isso”, conclui.
A formação escolar influenciou diretamente quem eu sou hoje”
Joni Ferrari
Quero viver descobertas fora do CEAT e estou empolgada com este novo universo”
Isabella Dall’Oglio Ferrari
Apresentado por
Papeleiros oficializam associação em assembleia na próxima quarta
Grupo terá um espaço próprio no bairro Santo Antônio para organizar atividades e melhores condições de trabalhos
Primeira diretoria e conselho fiscal serão eleitos na reunião
LAJEADO
Um grupo de 20 pessoas dará início às atividades da Associação dos Papeleiros do Santo Antônio na próxima quarta-feira, 6. Todos são moradores da vila instalada nas proximidades da aldeia indígena há quase sete anos. Eles buscam uma maior organização, melhores condições de trabalho. A assembleia geral dos coletores de materiais recicláveis está marcada para ocorrer na futura sede da entidade, um galpão cedido pela administração municipal, na rua Roque Ibiassu. A primeira chamada ocorre às 8h30min e
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
a segunda, às 9h, com qualquer número de presentes. Desde o começo do ano, os papeleiros se mobilizavam para a criação da entidade. O movimento ganhou corpo após receber o apoio do governo municipal. O vereador Mano Pereira (PL) também atuou na articulação, que agora ganha o reforço do Serviço
REFORÇO NA IMUNIZAÇÃO
“Os trabalhadores reocuparam o galpão que já havia sido doado pelo município, e agora estamos finalizando os trâmites legais para fundar oficialmente a associação”, destaca o parlamentar. A presença do Sebrae, segundo ele, também tem sido fundamental.
Coordenador de Relações Institucionais da administração de Lajeado, Deolí Gräff também tem acompanhado o processo desde
o início. Segundo ele, a iniciativa partiu dos próprios papeleiros, que buscaram orientação sobre a melhor forma de organização.
“Foram eles que nos procuraram para pedir ajuda, pois queriam criar uma entidade, mas não sabiam se seria cooperativa, associação ou outro modelo. Pedi apoio ao Sebrae e fomos juntos a uma reunião com os papeleiros. Mostramos que o mais adequado, naquele momento, era uma associação”, destaca.
EDITAL
O edital de fundação da Associação dos Papeleiros convida todos os coletores interessados a participarem do encontro. Aqueles que desejarem integrar a diretoria ou o conselho fiscal devem apresentar suas chapas no dia da assembleia.
Após essa definição, a equipe técnica da município auxiliou na elaboração do estatuto e do edital de convocação. Uma nova reunião ocorreu nesta semana para explicar os documentos e os próximos passos.
Origens
No fim da década de 1990 começou a surgir uma pequena vila às margens da ERS-130, entre os bairros Moinhos e Montanha, onde a comunidade passou a crescer com a coleta e reciclagem de lixo. Algumas moradias irregulares foram montadas no local. Em janeiro de 2019, as famílias foram removidas para uma área na divisa dos bairros Jardim do Cedro e Santo Antônio, após um trabalho conjunto do Ministério Público e do governo de Lajeado.
Posto de Saúde do Centro abre para atendimento neste sábado
Equipes estarão no local das 8h às 14h, sem fechar ao meiodia. Município busca melhorar índices de cobertura vacinal contra a Influenza
LAJEADO
A Secretaria da Saúde promove atendimento especial para vacinação com foco na vacina contra a Influenza (gripe) neste sábado, 2. O Posto de Saúde do Centro, localizado na rua Júlio May, abrirá das 8h às 14h, sem fechar ao meio-dia, para as imunizações. As doses de vacina contra a gripe estão liberadas para toda a popu-
lação. Além da imunização contra a gripe, estão disponíveis todas as vacinas do calendário nacional de vacinação para toda a população. A meta da campanha é vacinar 90% do público-alvo, que são idosos (52,13% já vacinados), gestantes (60% já vacinadas) e crianças (apenas 37,12% já vacinadas). Com isso, apenas 47,93% do público-alvo foi imunizado. Durante a semana, as doses estão disponíveis nas Unidades de Saúde de Lajeado. Para se vacinar, é obrigatório a apresentação de um documento constando o CPF do interessado, e crianças devem apresentar a caderneta de vacinação.
Sábados com atendimento
O posto do Centro atende em um sábado por mês para facilitar o acesso da população à imunização. A medida fica em vigor até o fim do ano, sendo que o próximo sábado previsto para atendimento é no dia 6 de setembro. A abertura também ocorrerá nos dias 4 de outubro, 8 de novembro e 6 de dezembro.
Apenas 47,93% do público-alvo foi imunizado
Última reunião de niu detalhes para a assembleia de fundação
Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br Um novo olhar sobre os bairros
Construtora e Incorporador
DIVULGAÇÃO
RETORNO PARA CASA
Castelinho reabre e retoma uma história de 60 anos
Alunos celebram o reencontro com o prédio histórico e o início de um novo capítulo nas aulas presenciais. Foram quase dois anos com aulas na Univates. Investimento do governo estadual foi de R$ 2,5 milhões
Andreia Rabaiolli andreia@grupoahora.net.br
LAJEADO
Apartir desta segunda-feira, 4, o Colégio Estadual Presidente Castelo Branco reabre as portas para 800 alunos e um grupo de professores ansiosos por retornar ao lar. A reabertura do maior colégio estadual do Vale do Taquari marca o início do segundo semestre e o reencontro com uma trajetória de 60 anos dedicados ao ensino público.
A reforma de R$ 2,5 milhões permitiu a troca do piso, a recuperação do telhado e melhorias em toda a estrutura. Agora, os alunos terão acesso a salas pintadas, equipadas com projetores e mobiliário novo. E, principalmente, voltarão a ocupar um espaço que carrega história.
Entre os professores que aguardam o retorno às aulas, está
GREICY
WESCHENFELDER, COORDENADORA
O Castelinho é um patrimônio da rede pública. Esse recomeço foi um trabalho de várias mãos, principalmente da diretora, que se esforça. Ela é simplesmente excepcional”
Gilson dos Anjos, que leciona História, Filosofia e Projeto Integrador. Ele conhece bem os corredores do Castelinho. Começou a dar aulas na escola em 2006, retornou em 2013 e novamente em 2018. Agora, vai reencontrar cerca de 300 alunos. Ele lecionará os três turnos, de forma revezada. Ele tem certeza de que o retorno ao prédio traz ganhos práticos. A estrutura nova traz praticidade, acolhimento e identidade. “Agora, os alunos terão a biblioteca perto deles, a quadra de esportes e teremos o nosso refeitório. Antes, as marmitas eram levadas até a sala de aula”, conta Gilson.
Obras começaram no m do ano e teve acompanhamento constante da 3ª CRE
O professor garante que durante os dois anos que o Castelinho operou na Univates, o colégio foi bem acolhido. No entanto, o “retorno para casa” é a possibilidade de desenvolver uma educação de mais qualidade.” Os estudantes vão conseguir criar um vínculo e um pertencimento à escola. Seremos a comunidade Castelinho”, enfatiza E esse vínculo vai além da sala de aula. Gilson conta que entre os planos do colégio, está a criação de atividades culturais, gincana, interséries e show de talentos.
O grêmio estudantil já está em processo de reestruturação. “Tudo isso nos dá um ânimo novo e a possibilidade de acreditar que novos tempos estão florescendo.”
Referência regional
A coordenadora da 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Greicy Weschenfelder,
destaca que o Castelinho é um patrimônio da educação no Vale. As aulas no prédio histórico foram interrompidas após a enchente de setembro de 2023. Em novembro, um convênio com a Univates garantiu a continuidade do ano letivo. Depois, novas inundações em 2024 agravaram os danos. A reforma começou apenas em dezembro do ano passado.
A diretora Evenize Pires celebra o recomeço. “Estamos muito gratos e com uma expectativa enorme sobre o retorno. Será uma cerimônia linda. Agradecemos sempre à coordenadora Greicy”, conta. Ela também atua na rede municipal e foi destacada pela coordenadora da 3ª CRE durante entrevista ao Frente e Verso, do Grupo A Hora.
“A diretora é apaixonada pela escola. O Castelinho é um patrimônio da rede pública. Esse recomeço foi um trabalho
Colaboração: Daniély Schwambach, Mateus Souza e Raica Franz Weiss
O professor Gilson dos Anjos aguarda os alunos para as aulas de História e Filoso a
REGIONAL DE EDUCAÇÃO
LETÍCIA GERHARDT
EXALUNA
de várias mãos, principalmente da diretora, que se esforça. Ela é simplesmente excepcional”, afirma Greicy.
Raízes profundas
O Colégio Estadual Presidente Castelo Branco iniciou suas atividades em 26 de abril de 1965, com 70 alunos e oito professores, funcionando nas dependências da Escola Estadual Fernandes Vieira, na Rua João Abott. Em 1969, mudou-se definitivamente para o prédio do antigo Colégio São José, ao lado da Igreja Matriz, onde passou a receber 2,5 mil estudantes. A instituição foi rebatizada como Colégio Estadual Presidente Castelo Branco. Foi dentro do Castelinho que nasceu, ainda na década de 1960, o curso de Letras da então FATES, que originou a Univates.
“Sempre no meu coração”
A dentista Letícia Gerhardt, 50 anos, tinha 12 quando ingressou no Castelinho, em 1987, e permaneceu na escola até 1991. Fez a formação em Análises Químicas, considerada uma das mais exigentes da época. Salienta que o ensino era “de altíssima qualidade, com professores muito dedicados e humanos”.
Letícia lembra das aulas de matemática e química com entusiasmo e diz que a escola a preparou para a vida. Hoje, é especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial. A reabertura do colégio toca sua memória afetiva: “É uma escola que sempre estará no meu coração.”
Reabertura será nesta segunda-feira, com a presença do governador
O Castelinho se mudou para o prédio atual em 1969. Na foto, ao lado aparece a antiga Igreja Matriz, destruída em um incêndio em 1953
RELEMBRE
O prédio do Castelinho está interditado desde setembro de 2023. Com isso, os alunos foram transferidos para salas da Univates, em Lajeado, por meio de um convênio firmado entre o Estado e a instituição.
Em novembro do mesmo ano, uma nova cheia agravou os danos. O convênio foi prorrogado para 2024. No fim do ano letivo, a Univates solicitou as salas de volta. Sem acordo, o Ministério Público passou a mediar as negociações. A promotoria cobrou do governo estadual uma definição sobre o destino da maior escola pública da região.
Nas reuniões, o governo chegou a apresentar a proposta de desativar o Castelinho e transferir a escola para outro endereço.
A possibilidade gerou forte reação da comunidade escolar e da administração de Lajeado, que se colocou à disposição para assumir o prédio histórico, caso o Estado desistisse do imóvel.
Pressionado, o governo recuou e, com apoio da Univates e intermediação do Ministério Público, firmou compromisso para garantir o retorno ao prédio original ainda em 2025.
60 anos de história
O icônico prédio que abriga o Colégio Estadual Presidente Castelo Branco (Castelinho) na rua Bento Gonçalves foi construído, inicialmente, para o antigo Colégio São José, dos Irmãos Maristas, que funcionava em Lajeado desde 1908. O Castelinho em si iniciou suas atividades em 1965, há 60 anos, com 70 alunos e oito professores.
Na época, era chamado de Ginásio Estadual de Lajeado e funcionava nas dependências da Escola Estadual Fernandes Vieira, na rua João Abott. Logo depois da sua criação, em 1968, foi transformado em Ginásio Orientado para o Trabalho, com cursos pro ssionalizantes.
Nesse período, já contava com 600 alunos e o espaço na Fernandes Vieira cou pequeno. Assim, em 1969, a escola se mudou em de nitivo para o prédio atual, ao lado da Igreja Matriz, e passou a receber 2,5 mil alunos.
Foi nesse ano também que o Castelinho passou a se chamar Colégio Estadual Presidente Castelo Branco, em homenagem ao primeiro presidente do Regime Militar, Humberto de Alencar Castelo Branco. Ele tinha morrido em 1967 em um acidente de avião. O apelido “Castelinho” surgiu depois, a partir do logotipo da escola, que representa um castelo.
GILSON DOS ANJOS PROFESSOR
Agora, os alunos terão a biblioteca perto deles, a quadra de esportes e teremos o nosso refeitório. Antes, as marmitas eram levadas até a sala de aula”
FELIPE NEITZKE
UMAS & OUTRAS
CARLOS MARTINI Administrador
BONITO DE VER
Circulando por aí, acabei passando essa semana pela boa terra de Teutônia, na sede e interior. Fazia um tempinho que não andava com calma por lá e confesso que fiquei muito bem impressionado com a dinâmica, o crescimento e a constante evolução observados. E imagino que esse processo desenvolvimentista vai longe, preservando uma saudável qualidade de vida. Falando nisso, também me impressiona muito positivamente o histórico de organização social. Já foi inovadora na geração própria de energia e iluminação pública, de sistema próprio de telefonia/
comunicações, administração autônoma de abastecimento de água e saneamento urbano, respeitáveis centros de educação e saúde, sem esquecer a pujante participação do sistema cooperativo e também da produção rural, que olhando de cima no aprazível recanto da Lagoa da Harmonia mais parece um belo tabuleiro de xadrez, recheado de pequenas propriedades muito bem cuidadas e produtivas.
O assunto, é claro, não se esgota aqui e tem gente por lá muito mais competente do que eu pra falar sobre isso, mas realmente dá gosto de ver!
GUERRA E PAZ
O comércio pode até ser usado como uma arma de guerra, mas ao longo da história sempre foi um promotor da paz. Conflitos não são muito compatíveis com as relações comerciais, negociações confiáveis sim.
Os antigos fenícios sabiam muito bem disso, por isso
ANÚNCIOS DESCLASSIFICADOS
Troco uma tonelada de bravatas politiqueiras e trololós ideológicos por um quilo de negociações comerciais objetivas. Pago a diferença.
CINE BRASIL
Toga Alvoroçada! (duplo com) Pendurada no Pincel?
mesmo se tornaram um porto seguro pras transações comerciais de então, inclusive entre o oriente e o ocidente.
Na minha modesta avaliação o comércio já fez muito mais pela paz e a estabilidade mundial do que qualquer entrevero movido à pólvora e muito menos por ideologia.
SENTA A MARRETA
Circulando por aí, em diferentes locais de região, causa até surpresa a qualidade e a qualificação já alcançados pela gastronomia no Vale. Nos vários segmentos não fica nada a dever para centros maiores, inclusive turísticos estaduais. Quem procura acha, e vem mais e melhor pela frente!
SAIDEIRA
No almoço, a nona recomenda ao nôno:
- Coma umas verduras, não só polenta, massa e galeto!
- Pra que?
- A cenoura, por exemplo, melhora a visão...
- Mas o vinho duplica!
CUCUMBER CASTLE
Esse foi o título escolhido para um álbum do saudoso grupo musical Bee Gee, quando estava já se esfacelando por divisões internas.
De acordo com o tradutor juramentado Cumpádi Belarmino, pode significar castelo empepinado, ou um castelo de pepinos pra descascar, entre outras variantes.
Pode acontecer com um conjunto musical quando cada um decide seguir caminhos próprios, com uma administração procrastinadora em relação à questões relevantes, e também no ambiente político-institucional se conduzido só na base do ¨jeitinho¨, empurrando com a barriga e deixando como está pra ver como é que fica.
MARCOS FRANK ARTIGO
Médico
Neurocirurgião
DEUS VAI TE REDUZIR A PÓ
“God’s Gonna Cut You Down” é uma canção folclórica tradicional americana com uma longa história, muito anterior à versão de Johnny Cash. É conhecido por vários títulos, incluindo “Run On” e “Sermon”, e foi gravado por vários artistas de diferentes gêneros, mas o autor da letra é desconhecido.
A música é um hino religioso cuja mensagem principal da música é um aviso aos malfeitores: eles não tem como escapar do julgamento de Deus. Mas de qual Deus s música fala?
O Deus do Antigo Testamento nos é apresentado de maneira complexa, não apenas como uma entidade amorosa e misericordiosa, mas também como um ser justo e, por vezes, severo. Ele é visto como o criador e sustentador do universo, um juiz que pune o pecado, um Deus que manda enforcar, saquear, fazer sacrifícios e também o líder que guia seu povo. Já o Deus do Novo Testamento, é apresentado como um ser amoroso, misericordioso e justo, que enviou seu Filho, Jesus Cristo, para salvar a humanidade do pecado. Ele é visto como o Pai, o Rei do Reino de Deus, e a fonte de toda a vida e salvação. Ou como disse Santo Agostinho: alguém que “Odeia o pecado, mas ama o pecador.” As melhores versões desse “hino” foram feitas por Johnny Cash (mais grave e severa) e por Marilyn Manson ( mais aterrorizante).
O Deus do Antigo Testamento nos é apresentado de maneira complexa, não apenas como uma entidade amorosa e misericordiosa, mas também como um ser justo e, por vezes, severo.”
A letra segue atual... “Você pode correr por um longo tempo mas cedo ou tarde Deus irá te reduzir a pó. Vá contar isso para aquele grande mentiroso, Vá contar isso para o tarado. Conte para o andarilho, para o apostador e para o fofoqueiro. Conte para eles que Deus vai reduzi-los a pó.” Bem, meu Deus gracioso, deixe-me te contar as novidades. Minha cabeça está molhada com o orvalho da meia-noite. Eu fiquei de joelhos. Conversando com o homem da Galiléia. E Ele falou comigo com uma voz tão doce. Que eu pensei ter ouvido o sopro dos pés de um anjo. Ele chamou meu nome e meu coração parou. Quando ele disse: “John, vá fazer a minha vontade!” Bem, você pode jogar a pedra e esconder a mão. Trabalhando nas sombras contra seu irmão. Mas tão certo quanto Deus fez o preto e o branco. O que está no escuro será trazido a luz.
ENCONTRO DE LIDERANÇAS
Lajeado sedia a 1ª Reunião do Gabinete
Distrital do Lions Clube
Encontro ocorre neste sábado, 2, e visa fortalecer o companheirismo, alinhar metas e motivar os associados para os desafios do novo Ano Leonístico 2025/2026
Jessica R. Mallmann jessicamallmann@grupoahora.net.br
Com foco na união, no planejamento e na motivação para servir, a 1ª Reunião do Gabinete Distrital (RGD) do Distrito LD-2 do Lions Clube promete fortalecer os laços entre os 45 clubes que integram o grupo. O encontro reúne lideranças e associados para alinhar metas, compartilhar experiências e renovar o espírito de voluntariado que move a organização. A atividade, tradicional no início de cada Ano Leonístico, será realizada neste sábado, 2 de agosto, no auditório do prédio 7, da Univates.
A escolha pelo município se deve ao fato de que o casal governador do distrito deste ano, formado por José Ademir Dick e Solange Ritter, são integrantes do Lions Clube Lajeado Florestal. Para eles, o encontro também é
Temos orgulho de fazer parte deste estado que foi muito bem acolhido pela comunidade internacional nos momentos em que mais necessitou. É uma forma de expressar nossa gratidão enquanto Lions Clube”
uma oportunidade de apresentar a cidade, e ressaltar o lema do casal governador para este ano: “servir, conectar e incluir”. “Temos orgulho de fazer parte deste estado que foi muito bem acolhido pela comunidade internacional nos momentos em que mais necessitou. É uma forma de expressar nossa gratidão enquanto Lions Clube”, destaca Solange.
Lions Clube promete fortalecer os laços entre os 45 clubes que integram o grupo
Programação
As atividades iniciam às 7h15min com coffee e apresentação do Conjunto Instrumental da SLAN. Às 8h15min, iniciará a reunião. “Teremos falas dos dirigentes do Distrito e dos mais diversos cargos e frentes de serviços, atividade de pinturas e falas com assessores em sala paralela”, revela Solange.
O ponto auge do encontro será a palestra motivacional com Jardel Beck, que falará sobre marketing e fará mágica para o público. “ Também serão pontuadas as metas a cumprir no ano, como a campanha do meio ambiente, do combate à fome e da visão - que auxilia pessoas a adquirirem óculos de grau”, afirma a presidente do Lions Clube Lajeado Florestal, Bruna Moesch.
A programação é exclusiva para companheiros Lions, LEOs e convidados.
VALE DO TAQUARI
Lente Social
Pedó inaugurou nova sede
Quem também está de sede nova é a Pedó Imóveis. Na segunda-feira, 28, Mateus Pedó, Luciana Carvalho e Amanda Rhod Rocha apresentaram a clientes, amigos, fornecedores e parceiros o novo espaço na rua Pedro Albino Müller, nº 440, no bairro Americano. Com 11 anos de atuação no mercado imobiliário, a nova estrutura conta com 600 metros quadrados de salas exclusivas para locação e compra de imóveis, trazendo mais conforto e comodidade aos clientes.
La
Mémoire em novo endereço
A empresária Micheline Rempel recebeu amigos, clientes e parceiros na sexta-feira, 25, para a reinauguração da La Mémoire em novo endereço, na Avenida Benjamin Constant, nº 3.200, sala 02A, no bairro Montanha. Fundada há 6 anos, a empresa é fruto da paixão por aromas. Na noite, os convidados circularam pela indústria e também pelo novo espaço da loja em meio a aromas exclusivos, velas aromáticas, blends, chás, sabonetes e hidratantes corporais.
Lisi Costa Leila Franz
Amanda, Mateus e Luciana
Roberto Jachetti e Gilmar Giongo
Evandro Muliterno de Quadros, Neusa e Jairo Eckhardt e Alison de Oliveira
Bernardo Quadros, Fabiano Oliveira, Evandro Muliterno de Quadros e Matheus Rachke
Ana Júlia Ferreira, Micheline e Matteus Amaral
Fabiana Fritz e Vaniana Cerutti
Os sócios Douglas Ferreira e Micheline Rempel com os amigos Gilmar e Marli Borscheid
365vezesnovaledotaquari@gmail.com
Fui para o Paraná e voltei convicto. O Vale precisa do trem 365 VEZES NO VALE
Nova cabana em cascata
Anos atrás, o Marlon Ilg, da ABPF, havia me dito que o passeio de trem no Vale do Taquari é mais bonito que o famoso passeio de Curitiba a Morretes. Fiz os dois, e concordo com ele
O Sítio Campiol, em Progresso, inaugurou oficialmente a cabana de frente a Cascata do Moinho. Essa queda de água com 98 metros é uma das mais populares do Vale do Taquari. A nova hospedagem tem dois quartos – destaque para o dormitório com banheira de hidromassagem e sacada. As reservas podem ser feitas pelo (51) 99381-3315.
Éexemplar a forma como Curitiba promove o fascínio pelos trilhos. Tudo pensado, de forma estratégica, para vender o passeio de trem até a simpática Morretes, cidade banhada pelo rio Nhundiaquara, com cadeias montanhosas ao fundo e lotada de empreendimentos gastronômicos.
No coração da capital paranaense, um centro comercial foi construído a partir do ponto de embarque e desembarque de passageiros. O shopping, oportunamente chamado “Estação”, tem um museu sobre o desenvolvimento histórico das primeiras locomotivas e ferrovias.
Outro espaço com réplica de trem apresenta, de forma imersi-
va e moderna, como foi a construção do trecho férreo na Serra da Graciosa. Ambas as experiências são gratuitas.
Nos restaurantes e hotel, a maioria dos profissionais questionam quando o visitante fará a popular viagem de trem. Todas as guias turísticas com quem conversei perguntaram o mesmo.
Fui a Curitiba sem as passagens compradas. Mas é difícil resistir a tantos estímulos.
Com cerca de 65 quilômetros, o passeio férreo realmente é charmoso. Mas não é o mais bonito do Brasil, como apresenta a sua propaganda.
Aqui peço desculpas aos amigos do Paraná. Mas o Viaduto do Carvalho, cartão-postal da viagem paranaense, não fica no top três paisagens mais belas do Trem dos Vales – aquele passeio que tínhamos aqui na região, entre Guaporé e Muçum.
Não que falte beleza de Curitiba a Morretes. Porém a Ferrovia do Trigo é imbatível. Nada se compara aos cenários no topo do Viaduto 13, nos vazados Pesse-
guinho e Mula Preta, o Túnel das Janelas, os trilhos circundando o rio Guaporé...
O mérito dos paranaenses é promover o seu trem turístico há décadas, estruturá-lo melhor, vendê-lo de forma eficiente. Nós, gaúchos do Vale, despertamos tarde, apenas em 2018, para esse precioso atrativo turístico. Infelizmente, ainda hoje, aqui nessas terras banhadas pelo Taquari, há quem ache o Trem dos Vales dispensável. Defendem que não é necessário recuperar a ferrovia para o turismo – nem para o transporte de carga. Não percebem o impacto social, econômico e motivacional que a volta das locomotivas trará a região. Pois eu estou convicto. Se tinha alguma dúvida, ela ficou na estação de Curitiba. O Trem dos Vales é o passeio mais bonito do Brasil. É singular. É nosso e precisa voltar com força, estrutura e o mesmo orgulho que os paranaenses têm do trem deles.
Peregrinação em Taquari
Começou na semana passada a peregrinação da imagem de Nossa Senhora de Assunção pelas capelas e igrejas de Tabaí e Taquari. A primeira celebração ocorreu na Capela do Hospital São José (imagem do evento do amigo e jornalista André Liziardi). O ápice ocorre no dia 17 de agosto com a 35ª Romaria de Assunção, quando a imagem é levada até o santuário de Taquari, onde há relatos de visões de Nossa Senhora.
Patrocínio
A lente que permite fotografar pequenos seres ou objetos em tamanho natural
A
Cidade do interior paulista
Acirrar os ânimos
Dança rural (bras.)
(?) de rícino: é usado como purgante
(?) ao público: que pode ser visitado
Fernanda (?): a Ana Fonseca de "A Vida da Gente"
Parque carioca onde se situa o Museu Nacional
Traje de formandos Armadilha
Sem nenhum ferimento
Rixas; querelas Enxofre (símbolo)
Raro, em inglês Canto em grupo
Relação Anual de Informações Sociais (sigla)
A Beatriz de "A Dona do Pedaço" (TV)
Materiais usados na argamassa
Sucesso de Anitta de 2015
Sigla da "Nasa" brasileira
Sufixo de "maravilhoso"
Leste, em francês "Igual", em "isótopo"
Moeda de Itália, França e Alemanha
1.101, em algarismos romanos
Divisão de uma escola de samba
de Cristo (abrev.)
Iguala o placar do jogo
Queijo de casca embolorada
Celebração de casamento
Irmãos (?), cineastas dos EUA O "eu" racional (Psican.)
Agatha Christie: a Dama do Crime
Programação das
Paróquias
Sicredi Ouro Branco RS/MG disponibiliza R$ 482 milhões de recursos a produtores rurais
Paróquia Santo Antônio
Sexta-feira, dia 26:
15h30min: Missa na Vovolândia
19h30min: Reunião de Ministros na Matriz
Cooperativa fez encontros com produtores rurais dos municípios da área de atuação para compartilhar as principais novidades do ano-safra
Sábado, dia 27:
15h: Missa na Comunidade São João batista
15h30min: Missa na Comunidade Sagrada Família, Porongos
17h: Matrimônio na Matriz de Jeferson Augusto Schneider e Thais Carolina Fleck Franz
VALE DO TAQUARI
Relativo aos bens de família
Fruto típico da caatinga (bras.)
Canção da banda goiana Boogarins
Juntei; adicionei
Personagem de Renato Aragão Rabo Corrige detalhes da ma-
(?) loco: no mesmo lugar (latim)
Fitzgerald, cantora de jazz
Lúcio Costa: projetou Brasília
17h: Missa na Capela do Hospital)
quiagem
Sinal com os dedos que indica vitória
Uma das cores da Bandeira
(?) a corda: desistir
Adjetivo usado em cartas e bilhetes
Gás dos aerossóis Caranguejo, em inglês
102, em romanos Nome da letra "N Gelo, em inglês Setor hospitalar adjunto à maternidade
Espécie de batata originária dos Andes
Fármaco contraindicado na dengue
(?) Dourado, autor de "Ópera dos Mortos"
Amelia Earhart, aviadora dos EUA
(?) quente: impulsiona o balão Alvo da atenção do ornitólogo
Apelido de Jennifer Lopez Não deixar ir adiante
Aqui, em francês Tocantins (sigla)
Lev Tolstoi, escritor de "Guerra e Paz"
Que se acha importante (pop.)
3/juá. 4/brie — rare. 6/autran.
"Deus", em "teologia"
HORÓSCOPO
ÁRIES: As nanças estão protegidas, mas o dinheiro depende diretamente do seu esforço, tá? A paquera ganha impulso e ca mais animada do que esperava.
TOURO: A dois, você vai cobrir o par de carinho e viver momentos super românticos, especialmente em casa!
GÊMEOS: A conquista conta com excelentes energias e você tem tudo pra arrasar. Se tem compromisso, reforce os laços com o par.
CÂNCER: O astral segue perfeito na vida amorosa. Invista em uma conversa sincera para esclarecer um mal–entendido e melhorar ainda mais o romance.
LEÃO: Você e o mozão podem fazer planos para o futuro e até melhorar as contas do casal, mas invista também no romantismo.
VIRGEM: Um astral descontraído ajuda a sgar alguém interessante. Você e o love também estarão mais a nados e buscando segurança.
LIBRA: A química com o love tem tudo para crescer. Agir de maneira mais descontraída deixa os momentos a dois muito melhores.
ESCORPIÃO: Mantenha a paz com o mozão e aproveite para fazer algo mais animado junto com os amigos do casal.
SAGITÁRIO: Mostre mais dedicação ao relacionamento e faça a sua parte para manter o astral leve.
CAPRICÓRNIO: Uma dose extra de animação no romance ajuda a afastar a rotina. Com bom humor e descontração, você vai colecionar novos admiradores se está só.
AQUÁRIO: No trabalho, talvez tenha que ser mais exível para se adaptar a alguns imprevistos.
PEIXES: Um lance recente pode se rmar, mas se ainda não tem alguém em vista, isso tem tudo para mudar rapidinho.
O Sicredi disponibilizará R$ 68 bilhões aos produtores rurais no Plano Safra 2025/2026. Nesse mesmo sentido, a Cooperativa Sicredi Ouro Branco RS/MG reafirma o papel como parceira estratégica do produtor rural, disponibilizando aos associados R$ 482 milhões de recursos –um aumento de 30% em relação ao ano-safra anterior – quando liberou R$ 371 milhões em 3.282 contratos.
18h30min: Missa na Matriz transmissão pelo facebook - página
Santuário Santo Antônio
19h: Missa na Comunidade
São Tiago Apostolo e Baile de Kerb – São Jacó Domingo, dia 28:
8:30min: Missa na Matriz
10h: Missa na Comunidade São Francisco Xavier-Glória
10h: Missa na Comunidade São Pedro Apostolo-Delfina
19h: Missa na Matriz
Os números voltados ao primeiro setor evidenciam a parceria do Sicredi com o produtor rural, unindo os potenciais de negócio para a propriedade ao modelo de relacionamento já constituído na instituição. É nessa linha que, ao longo do mês de julho, a Sicredi Ouro Branco RS/MG realizou encontros com produtores rurais dos municípios da área de atuação para compartilhar as principais novidades do ano-safra.
Segunda-feira, dia 29: 15h: Terço das mulheres na Matriz
18h: Terço das mulheres na Capela do Hospital
Terça-feira, dia 30:
18h30min: Missa na Matriz
OBITUÁRIO
Quarta-feira, dia 30: 18h30min: Terço dos homens
18h30min: Missa na capela do Hospital
GENÉSIO KLEIN, 76, faleceu na sexta-feira, 1º. O sepultamento ocorreu no Cemitério Evangélico Luterano Morro Vermelho, em Arroio do Meio.
19h30min: Reunião de catequistas da Eucaristia e Crisma
HEIDI WEYAND RÖHSLER, 65, faleceu na quinta-feira, 31. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico do Hidráulica, em Lajeado.
Paróquia São Cristóvão Sexta-feira, dia 26: 19h30min: Peregrinação de São Cristóvão com missa na Nossa Senhora de Guadalupe
REGIS TOMAZI, 34, faleceu na quinta-feira, 31. O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal de Dois Lajeados.
Sábado, dia 27: 19h: Peregrinação de São Cristóvão com missa na Nossa Senhora Aparecida, bairro das Indústrias
CARLOS MALLMANN, 65, faleceu na quinta-feira, 31. O sepultamento ocorreu no Cemitério da Cruz das Almas, em Bom Retiro do Sul.
Domingo, dia 28:
8h: Concentração Parque Princesa do Vale
NELSI HENTGES, 81, faleceu na quinta-feira, 31. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico do Florestal, em Lajeado.
8h30min: Procissão Motorizada até a Igreja São Cristóvão
9h: Benção dos motoristas e veículos
CEZIRA VERÍSSIMO LOURENZI, 90, faleceu na quinta-feira, 31. O sepultamento ocorreu no Cemitério Nossa Senhora Aparecida, em Muçum.
10h: Missa em Honra à São Cristóvão
Sicredi promoveu encontros com associados para detalhar plano
DIVULGAÇÃO
DE FRENTE COM O ÍDOLO
GRÊMIO REENCONTRA RENATO PORTALUPPI
Tricolor gaúcho encara o Fluminense neste sábado, no primeiro duelo contra o ex-técnico em quatro anos
Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br
Em busca de um melhor destino no Campeonato Brasileiro e da segunda vitória consecutiva, o
EM MEIO AO MATA-MATA
Grêmio terá pela frente um jogo especial neste sábado, 2. Às 21h, quando entrar no gramado do Maracanã para enfrentar o Fluminense, o Tricolor Gaúcho terá como oponente o seu maior ídolo,
Renato Portaluppi. A partida tem transmissão da Rádio A Hora.
O jogo é o primeiro encontro do Grêmio com Renato desde que ele deixou a equipe, em dezembro do ano passado. Curiosamente, ele assumiu o comando do Fluminense após a queda de Mano Menezes, hoje técnico do clube gaúcho. A partida também é a primeira do Tricolor contra o ídolo desde 2021, quando Renato treinava o Flamengo.
Para vencer a segunda partida seguida, Mano Menezes terá de fazer alterações na equipe. São três desfalques e uma possível preservação. Gustavo Martins teve diagnosticada lesão muscular grau 2 na coxa e para por um mês. Marlon e Cristian Olivera estão suspensos pelo terceiro cartão amarelo. Já Villasanti deve ser preservado devido a problemas crônicos no púbis.
Com isso, o Grêmio deve ter Camilo improvisado na lateraldireira. O volante tem treinado na posição e, mesmo com a possibilidade de uso de João Lucas, deve ser titular. Na lateral-esquerda Lucas Esteves é o substituto natural. No meio-campo, Alex Santana deve formar dupla de volantes com Dodi, enquanto que Pavón é o cotado no ataque.
O provável Grêmio tem: Tiago Volpi; Camilo, Kannemann, Wagner Leonardo e Lucas Esteves; Dodi, Alex Santana e Riquelme; Alysson, Pavón e Braithwaite.
SEM ESQUECER A COPA DO BRASIL, INTER TENTA VOLTAR A VENCER NO BEIRA-RIO
O Internacional encerra a sequência de três jogos em casa ainda procurando a primeira vitória. Depois de empatar com o Vasco da Gama e perder para o Fluminense, o Colorado recebe o São Paulo neste domingo, 3, pelo Brasileirão. O jogo ocorre às 20h30min, no Beira-Rio, com transmissão da Rádio A Hora. As vitórias sobre Vitória, Ceará e Santos deixaram a torcida colorada esperançosa. Os três jogos seguintes no Beira-Rio apontavam a chance de 100% de aproveitamento na sequência antes de enfrentar o Flu no Maracanã pela volta da Copa do Brasil. As atuações e resultados nas duas últimas
partidas acenderam o alerta. Como joga a volta das oitavas de final na próxima quarta-feira, o Inter deve ter uma escalação bastante modificada por Roger Machado diante do Tricolor Paulista. Vitão, suspenso, é ausência certa, mas dificilmente atletas como Thiago Maia, Bruno Henrique, Alan Patrick, Carbonero e Borré iniciem o confronto.
O provável Inter que tenta voltar a vencer diante de sua torcida tem: Rochet; Aguirre (Alan Benítez), Clayton Sampaio (Mercado), Victor Gabriel (Juninho) e Bernabei; Richard, Ronaldo e Bruno Tabata; Wesley, Vitinho e Valencia (Borré).
SÃO PAULO VAI BEM
Assim como o Inter, o São Paulo jogou no meio de semana pela Copa do Brasil. Na quintafeira, venceu o Athletico por 2 a 1 jogando em casa. O time trocou de técnico durante a pausa da Copa do Mundo de Clube. Hernán Crespo assumiu o comando após a demissão de Zubeldía. Desde então o time melhorou e chega a Porto Alegre em sequência de quatro vitórias.
Mercado pode voltar aos gramados dez meses depois de lesão no joelho
Camilo deve ser improvisado na lateraldireita no duelo no Maracanã
LUCAS UEBEL
RICARDO DUARTE
COMUNICAÇÃO, SAÚDE E NEGÓCIOS
MIGUEL LUCIAN SE SOMA AO GRUPO A HORA
Profissional traz bagagem de inovação, comunicação estratégica e resultados comprovados no setor
Zique Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br
Profissional com ampla experiência no desenvolvimento de projetos ligados à saúde e qualidade de vida, Miguel Lucian se soma ao Grupo A Hora a partir do mês de agosto. Com inúmeras funções relacionadas à área da Educação física no currículo, como a coorganização do Circuito dos Vales, maior circuito de corridas de rua do interior do estado, Lucian assume o desafio de potencializar iniciativas da empresa com foco em esporte, bem-estar e conexão com a comunidade.
“É um prazer muito grande ser contratado e ser recebido numa empresa desse porte, que aposta no meu trabalho, na minha pessoa e no meu profissional”, afirma Lucian. Ele destaca o entusiasmo em iniciar uma nova fase. “Chego com brilho nos olhos, motivado, pronto para entregar o meu melhor.”
A contratação do profissional de educação física vem em um momento estratégico. A corrida de rua, mercado no qual Lucian atua há mais de uma década, cresce de forma significativa. Ele esteve presente em todos os momentos
Tem muita gente na internet com falas bonitas, mas poucos conseguem se conectar de verdade. Meu desa o é criar conteúdo de qualidade com linguagem simples, com metáforas e bom humor”
MIGUEL LUCIAN COORDENADOR DO CIRCUITO DOS VALES
do Circuito dos Vales, desde o início com poucos inscritos, do desafio da pandemia e uma das peças importante no crescimento do evento que passou de 115 participantes em 2015 para mais de duas mil pessoas em 2025. A nova função tem como foco tornar o projeto ainda mais relevante com novos eventos e ideias.
“Nosso desafio é manter a qualidade do evento, ampliar a experiência do atleta e criar novos projetos e produtos com base no que já oferecemos” explicou. Ele cita que é necessário unir boa gestão, criatividade e comunicação acessível para democratizar o esporte e torná-lo sustentável. Conhecido pelo estilo direto e acessível, Lucian tem como uma das missões transformar conteúdos técnicos em mensagens que dialoguem com o público em geral. “Tem muita gente na internet com
Pro ssional participa da organização do Circuito dos Vales desde a criação do evento
falas bonitas, mas poucos conseguem se conectar de verdade. Meu desafio é criar conteúdo de qualidade com linguagem simples, com metáforas e bom humor”, afirma. A habilidade de comunicação foi moldada ao longo do tempo. Desde a timidez nas primeiras apresentações acadêmicas até o protagonismo como colunista, comentarista e idealizador de projetos com impacto regional. “Por incrível que pareça, já tive dificuldade de apresentar trabalhos para grupos de 15 ou 20 pessoas, hoje interajo à frente de grandes grupos e com meu ingresso no Grupo A Hora, tenho a possibilidade de me comunicar com milhares”, comemora.
O PROPÓSITO
Projetos como o “Vamo pro Corre!!” e o “método Vamo!!” hoje impactam diretamente a vida de pessoas, além de empresas e instituições. “Meu propósito de vida é melhorar a vida das pessoas, das famílias e das empresas a partir do exercício físico”, resume. Sobre os próximos passos, Miguel enfatiza que quer seguir em constante crescimento e aprendizado, na busca por entregar sempre o seu melhor “No fim das contas, se eu não me orgulhar do meu desempenho, não estarei realizado”, finaliza.
ARQUIVO PESSOAL
DOMINGO DE ESTREIAS NO REGIONAL ASLIVATA
Caso clima permitir, jogos das séries A e B ocorrem em dez cidades
Zique Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br
Com a previsão de tempo instável, a rodada de abertura do Campeonato Regional – Copa Certel/Sicredi 2025, promovido pela Aslivata, está novamente sob risco de adiamento. Após o adiamento dos jogos do último fim de semana, a expectativa é que neste domingo, 3, a bola finalmente role em dez cidades das regiões do
Vale do Taquari e da Serra.
O principal destaque da primeira rodada da Série A é o duelo entre o atual campeão Juventude, de Guaporé, e o Boavistense, campeão regional de 2019. A partida ocorre em Guaporé e será transmitida ao vivo pelo Grupo A Hora, a partir das 14h30min, na página do A Hora Esportes no Youtube. Com mudanças no elenco em relação à campanha do título do ano passado, o Juventude não contará mais com nomes importantes como Marquinhos Guevedi, Gedoz, Vini Parise e Josué. Alguns jogadores, como o goleiro Nacib e o volante Boca, foram inscritos apenas na categoria aspirante. Para manter a competitividade, o
clube investiu em reforços como Yan Petter, revelado pelo Internacional, Vinícius Santos, campeão da Divisão de Acesso com o Santa Cruz em 2023, além de Bruno Bortollini e Patrick Dalbosco. Do outro lado, o Boavistense apostou em um elenco experiente e identificado com o clube. Estão de volta atletas históricos como Wagner, Dodô e Maiquinho, além de reforços vindos de clubes vizinhos, como Rodrigo e Maiquel Kalkmann, ex-Juventude-West, e Samuel Senna e Otacir Pires, com passagens por Ecas e Riograndense, de Imigrante. O elenco ainda conta com o ex-profissional Paulinho Dias, que atuou por Cruzeiro, Athletico-PR e Bahia.
Agenda
Série A
Guaporé –
Juventude x Boavistense
Arroio do Meio –Sete de Setembro x Serrano
Progresso –Gaúcho x Juventude-West
Poço das Antas –EC Poço das Antas x CAN
Forquetinha –
Nacional x Minuano
Nova Bréscia – Imigrante x Gaúcho
Teutônia
Nova Bréscia – Tiradentes x Ecas
Taquari –
Taquariense x Estudiantes
Marques de Souza –Brasil x Rudibar
Série B
Muçum – CMD x 11 Amigos
Canudos do Vale –
Nova Berlim x Delfinense
CLÁSSICO DAS DIVISAS
Outro confronto de destaque nesta primeira rodada é o clássico entre Nacional, de Forquetinha, e
Rodada terá 22 jogos válidos pelas séries A e B e atrairá torcedores em dez praças de esportes
Minuano, de Canudos do Vale. O Nacional retorna à elite do futebol amador regional após alguns anos afastado e chega com um elenco recheado de nomes conhecidos. Entre os principais atletas estão o lateral-esquerdo Bruno Collaço, com passagem pelo Grêmio, e o meia Escobar, ex-Cuiabá. Já o Minuano aposta na continuidade do bom momento vivido em 2025. O clube conquistou o título do Campeonato Municipal neste ano ao vencer o Canarinho na final, e reformulou o grupo visando uma campanha sólida na Série A do Regional.
SÉRIE B COMEÇA COM DOIS CONFRONTOS
A Série B também tem início neste domingo, com duas partidas programadas. Em Muçum, o CMD recebe o 11 Amigos, de Poço das Antas. Já em Canudos do Vale, o Nova Berlim enfrenta o Delfinense.
Caso o tempo colabore, a expectativa é de jogos disputados e arquibancadas cheias para acompanhar a abertura oficial da competição, que reúne dezenas de clubes e movimenta centenas de atletas, dirigentes e torcedores em toda a região.
ARQUIVO A HORA
DIVISÃO DE ACESSO
90 MINUTOS PARA MUDAR A HISTÓRIA
Lajeadense vai a São Leopoldo em desvantagem, mas confiante pela classificação
Em desvantagem com a derrota por 1 a 0 em casa, o Lajeadense tem 90 minutos para reverter o cenário adverso e chegar à semifinal da Divisão de Acesso. Neste domingo, o Alviazul joga pelo futuro na competição e o sonho de voltar para a primeira divisão. O confronto contra o Aimoré ocorre no Estádio Cristo Rei, em São Leopoldo, às 15h. A Rádio A Hora transmite a partida. Por mais que tenha perdido por 1 a 0, o cálculo no matamata é simples. Se vencer por um gol a partida vai para os pênaltis. Vitória por dois gols de diferença classifica o Dense de forma direta. Já o Aimoré joga por qualquer vitória ou empate para avançar.
O jogo na região metropolitana ocorre três dias depois da partida em Lajeado, marcada por erros de arbitragem e confusão. “Falar de arbitragem é difícil. Chega no mata-mata e colocam um árbitro que ninguém conhece e esculhamba a partida. É sempre a mesma coisa. Temos que ir no jogo da volta e tentar reverter o placar. Tem muito jogo ainda. A gente tentou jogar em casa, fizemos um bom jogo, perdemos no gol de bola parada. Com certeza dá para reverter”, diz o meia Luca Giovanella.
O sentimento de que é possível classificar é enfatizado por outros jogadores. “Com certeza dá para reverter. Estamos com sangue no olho e vamos em busca da classificação”, diz o goleiro Igor Pavan.
SERGINHO MANTÉM OTIMISMO
O técnico Serginho Almeida mantém otimismo pela classificação, mas sem esquecer o quanto o jogo de ida foi condicionado pela arbitragem ruim. “O Aimoré conseguiu fazer um gol a partir de uma falta que não existiu. O jogo foi todo condicionado pela arbitragem que marcou quando não foi para eles. Que não marcou quando foi para nós. Temos o jogo de volta e vamos se preparar para isso. É um confronto de dois tempos. 90 mais 90 minutos. O primeiro tempo perdemos, mas temos o segundo
tempo agora. A diferença é de só um gol e está tudo aberto.”
O Lajeadense precisa de um para levar para os pênaltis e dois para passar no tempo normal. Com pouco tempo para recuperar atletas, Serginho mostra preocupação com o elenco. “Tenho que recuperar atletas, acompanhar como estarão no sábado e no domingo. O Caio Lino tomou um soco na barriga e tivemos que tirá-lo do jogo. Outros também estão com defasagem física. Não posso confirmar se vou alterar estratégia, mas precisamos atacar o adversário.”
Muito identificado com o clube, e peça-chave do acesso em 2010, o
Agenda
Quartas de nal Volta Domingo, 15h
Aimoré x Lajeadense (ida 1 a 0)
Inter-SM x Bagé (ida 0 a 0)
Passo Fundo x Veranópolis (ida 1 a 2)
Novo Hamburgo x Gramadense (ida 0 a 0)
Derrota em casa encerrou sequência de mais de dois anos de invencibilidade do Lajeadense na Arena Alviazul
técnico acredita na virada e futura caminhada rumo à primeira divisão. “Confio nos meus atletas, estamos a três jogos do acesso e vamos fazer tudo que é possível pela classificação”, diz.
“NÃO TORÇO CONTRA O LAJEADENSE”
Para avançar à semifinal, o Lajeadense terá de reverter o
placar contra o melhor time da competição. Dono da melhor campanha, o Aimoré só perdeu um jogo. Ex-Lajeadense e autor do gol da partida da ida, o zagueiro Micael sabe que a vantagem é boa, mas que exige atenção. “A vantagem é pequena se não repetirmos a atuação em casa. É um jogo difícil, respeitamos demais o Lajeadense. Temos a vantagem mas ainda não acabou. Mata-mata é dois jogos e temos que estar focados até o final”, comenta o zagueiro. Um dos principais zagueiros da história do Alviazul, Micael fala sobre o confronto contra o time. “Eu não torço contra o Lajeadense, respeito demais essa instituição. Fico feliz por fazer o gol, triste por só um time poder avançar, mas tenho que jogar por mim e pelo Aimoré.”
Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br
WILBER PHOTO
Turma do Madre Bárbara se reunia 40 anos depois
As formandas da primeira turma do Curso Normal com Estágio Supervisionado do Colégio Madre Bárbara se reunia depois de 40 anos da formatura, ocorrida em 1965. Além das ex-alunas, participou do encontro também a professora de educação física da época, Ayra Baierle, de 79 anos. Em 2005, o encontro foi organizado pelas ex-alunas Nara Silveira e Zuleica Kieling.
Altomed divulgava projeto do Centro Médico de Lajeado
A Cooperativa de Prestação de Serviços Médico-Hospitalares do Alto Taquari, a Altomed (hoje Unimed VTRP) estava prestes a iniciar a construção do Centro Médico de Lajeado. Conforme os jornais da época, a estrutura seria uma novidade arquitetônica na cidade, já que teria 25 consultórios, além de lojas comerciais, sala de conferências e para convenção. O local também abrigaria a sede da Altomed. A cooperativa tinha sido fundada no fim de 1971 em Lajeado e, em julho de 1972, passou a prestar assistência médica no ambulatório da cidade. A sede, na época, funcionava na rua Júlio de Castilhos. O novo Centro Médico da Altomed só foi inaugurado no início dos anos 1980, na Avenida Benjamin Constant, quando já funcionava pelo nome de Unimed, desde 1977. Em 2015, a Unimed VTRP deixou seu endereço histórico na Benjamin e se mudou para a Avenida Piraí, no São Cristóvão.
por Raica Franz Weiss
Isolda Zagonel era a Vovó do Ano
O tradicional Chá da Vovó da Paróquia Santo Inácio era realizado no Salão Centenário, ao lado da Igreja Matriz, em Lajeado. O evento era organizado pelo Apostolado da Oração e reunia mais de 1,3 mil senhoras. Como de costume, a renda do evento seria revertida para melhorias da paróquia.
Houve sorteios e feira de artesanato ao longo da tarde. Um dos momentos mais esperados era a escolha da Vovó do Ano, que homenageava uma senhora pelos serviços prestados à comunidade. Em 2005, a escolhida foi Isolda Zagonel, de 69 anos, que recebeu a faixa da Vovó de 2004, Isolina Heineck.
Enquanto isso…
Barril de petróleo alcançava alta histórica – A morte do rei da Arábia Saudita, Fahd, aos 82 anos, provocava disparada no preço do barril de petróleo, que chegou ao maior valor na história até então: US$ 61,67. Na época, analistas explicavam que a transição de poder no maior produtor de petróleo do mundo trazia incertezas ao mercado e elevava os preços. Fahd estava no trono desde 1982 e tinha sido internado por pneumonia em maio de 2005. Seu sucessor era Abdullah bin Abdul Aziz Al-Saud, de 81 anos. Alguns anos depois, o preço do barril de petróleo alcançou seu recorde: em julho de 2008, quando o valor do barril tipo Brent chegou a US$ 147,50, devido às tensões geopolíticas no Irã, na Nigéria e no Paquistão.
Sábado é
Santo do dia 2
São Pedro Julião Eymard
Santo
dia: Santa Lídia
Centenário, foi
Domingo é
Dia do Capoeirista
Dia do Tintureiro
Dia do Fim da Censura no Brasil
do
ARTIGO
LUCAS
SCAPINI
CEO do Grupo Scapini
A polarização na política
brasileira e seus reflexos na economia e na sociedade
Nos últimos anos, venho observando que a política brasileira tem se tornado cada vez mais marcada pela polarização. Na minha visão, o debate público vem sendo reduzido a uma disputa simplista entre “certo e errado” ou “bem e mal”, o que diminui o espaço para diálogos construtivos e soluções coletivas. Essa divisão não se limita ao campo político e atravessa a sociedade que, de forma preocupante, tem gerado impactos diretos na economia e no dia a dia de todos nós.
Entendo que esse cenário traz riscos relevantes porque medidas e políticas públicas são, muitas vezes, tomadas de forma unilateral, sem a construção de consensos mínimos. O resultado disso é a geração de instabilidade e a quebra de confiança, dois fatores que pesam diretamente no crescimento econômico e social. A cada novo impasse político, sinto que a sensação de imprevisibilidade aumenta, dificultando a tomada de decisão por parte de empresários, investidores e trabalhadores.
Do ponto de vista do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC), setor em que atuo diariamente, os reflexos são ainda mais evidentes. Sei, na prática, o quanto é desafiador manter uma empresa competitiva em um ambiente onde a polarização trava decisões estratégicas e desestimula investimentos. No setor, qualquer alteração abrupta na condução política e econômica pode gerar crises imediatas, e isso me preocupa, porque estamos falando de um setor que movimenta a maior parte de tudo o que o Brasil produz.
Acredito também que essa divisão desloca o foco da gestão pública para a defesa de interesses particulares ou de grupos específicos, em vez de priorizar o interesse coletivo. Economicamente, isso se traduz em retração do investimento no país, aumento da percepção de risco, alta nos juros e perda de competitividade de produtos nacionais. O efeito cascata atinge desde grandes indústrias até pequenos produtores, comprometendo cadeias produtivas inteiras.
Na minha experiência como empresário, vejo ainda outro ponto preocupante: a pressão social sobre as empresas. Em um ambiente polarizado, é comum que organizações sejam cobradas para adotar posicionamentos políticos que se alinhem a determinados grupos, sob o risco de enfrentar boicotes, ataques de imagem ou perda de credibilidade institucional. Entendo que isso gera divisões internas, afasta talentos e prejudica o ambiente de negócios. Para mim, empresas devem ser espaços de
construção coletiva e não de confronto ideológico.
Por isso, acredito que o caminho para superar esse cenário passa pelo fortalecimento do diálogo e da escuta ativa. Precisamos estar dispostos a ouvir opiniões divergentes, buscar pontos de convergência e construir soluções conjuntas. Entendo que o objetivo deve ser comum: o crescimento econômico sustentável do Brasil e a redução das desigualdades sociais.
Na minha visão, vivemos um tempo em que discursos superficiais ganham espaço, mas não entregam resultados concretos. A polarização ampliou esse fenômeno, tornando mais importante agradar a grupos restritos do que pensar no coletivo. Isso, infelizmente, penaliza ainda mais as pessoas que enfrentam realidades socioeconômicas mais difíceis e que dependem de políticas públicas consistentes e de um ambiente de negócios saudável para terem oportunidades reais.
Por fim, acredito que a divisão política, quando extrapola os limites do debate democrático, compromete a economia, afeta as empresas e aumenta a desigualdade. Entendo que o Brasil precisa de lideranças que valorizem o diálogo, preservem os princípios e busquem aproximação com diferentes setores da sociedade. Empresas bem posicionadas não se deixam levar pelo extremismo, mas se mantêm firmes em sua missão de gerar empregos, promover desenvolvimento e trabalhar pela construção de um país mais justo, forte e competitivo.
ARTIGO
ROGÉRIO WINK
Clima tóxico ou saudável?
Nos bastidores das organizações, ambientes tóxicos são uma realidade difícil de ignorar — estejam em empresas familiares, multinacionais, ou mesmo aquele pequeno negócio local. Toda empresa tem seus códigos, seus círculos fechados, quem é chamado para o happy hour e quem é deixado de fora. Muita gente já presenciou essa exclusão silenciosa, onde a convivência se restringe ao que é estritamente operacional. Em alguns lugares, esse clima frio é visto até como estratégia para “manter o foco no que importa”. Mas será que o resultado basta quando as pessoas convivem só no limite da obrigação?
Alguns exemplos emblemáticos desse dilema. Uma organização, muito respeitada pelo seu desempenho financeiro, é conhecida também pelo clima pesado: reuniões frias, ausência de feedback, erros punidos com isolamento e uma divisão clara entre chefia e time operacional. Quem chega novo ao grupo, demora para se integrar. Resultado: índices altos de rotatividade, profissionais talentosos que pedem para sair. Em outro caso, uma profissional recém-contratada era sempre deixada de fora dos convites para reuniões informais. Após um ano, pediu demissão e levou consigo conhecimentos importantes da operação.
do clima e promovem o diálogo aberto preservam talentos, mantêm o engajamento, enquanto ambientes tóxicos criam rotatividade e bloqueiam. Ignorar o clima da equipe não é uma opção em tempos de escassez de profissionais capacitados. Criar espaços seguros para a troca, investir em respeito mútuo e permitir que todo mundo se sinta parte, não é só questão de gentileza, é estratégia para bons resultados. E não se trata de transformar o ambiente de trabalho num clube de amigos, mas de reconhecer que vínculos de confiança potencializam o desempenho e diminuem custos silenciosos. No cenário atual, principalmente com a chegada das novas gerações ao mercado de trabalho, refletir sobre o ambiente organizacional tornou-se ainda mais urgente. Talvez repensar a cultura interna ( do jeito que faz) seja não apenas uma necessidade de bem-estar, mas uma poderosa estratégia de atração e retenção dos talentos do presente e do futuro. Melhor é debater o tema antes de alguma ruptura.
A cada novo impasse político, sinto que a sensação de imprevisibilidade aumenta, di cultando a tomada de decisão por parte de empresários, investidores e trabalhadores”
Há, porém, modelos que fazem diferente. Uma de tecnologia apostou em rodas de conversa abertas, momentos de interação entre todos os cargos e políticas de integração. O resultado foi positivo, mesmo em cenários adversos, a retenção aumentou consideravelmente. Noutra, a liderança percebeu a formação de “panelinhas” e agiu promovendo encontros transparentes e criando um sistema de apadrinhamento para integrar novos colegas. Pouco tempo depois, o clima ficou saudável as ausências caíram e a produtividade cresceu.
É preciso reconhecer, no entanto, que nem todo gestor acredita nesse caminho. Muitos veem o excesso de intimidade como ameaça à performance: “amizade é fora do expediente, aqui é só trabalho”.
Mas o que dizem os fatos?
Empresas que cuidam ativamente
Criar espaços seguros para a troca, investir em respeito mútuo e permitir que todo mundo se sinta parte, não é só questão de gentileza, é estratégia para bons resultados”
Fim de semana, 2 e 3 agosto 2025
Fechamento da edição: 18h
MÍN: 16º | MÁX: 27º
Instabilidades atuam sobre parte do estado. Com isso, muitas nuvens cobrem a região e ocorrem pancadas de chuva isoladas.
Para garantir longevidade
Dor persistente, rigidez e dificuldade para caminhar são sinais de alerta para problemas de quadril. Diagnóstico precoce e fortalecimento muscular auxiliam na prevenção Páginas 4 e 5
EDITORIAL
Cuidar do quadril
Muitas vezes deixado em segundo plano, ou com sintomas não identificados, o quadril é uma articulação que desempenha um papel central na nossa mobilidade e qualidade de vida. Caminhar, sentar, levantar, subir escadas, são ações simples, que passam pelo quadril. E, quando ele falha, a rotina inteira é impactada.
O caderno deste fim de semana dá atenção ao tema. Um problema que não atinge apenas os mais velhos. Atletas jovens também têm sofrido com lesões que, se não tratadas, podem levar à limitação funcional e até à necessidade de cirurgia.
Mas a maior atenção ainda continua sendo para a terceira idade. Estima-se que o risco de fraturas quadruplicam após os 60 anos, com impactos muitas vezes irreversíveis. Mas não se trata apenas de evitar quedas. Manter o peso adequado, praticar exercícios de fortalecimento e estar atento aos primeiros sintomas são atitudes importantes para a prevenção.
E, se por um lado, fica alerta ao cuidado, por outro, se comemoram os avanços. A medicina e a fisioterapia, por exemplo, vêm avançando em técnicas de tratamento mais eficazes e menos invasivas. No fim das contas, dor no quadril não é “coisa da idade”. É um sinal do corpo pedindo atenção. E, quanto mais cedo essa atenção for dada, menores as chances de que a dor se transforme em limitação. Cuidar do quadril é, acima de tudo, preservar a nossa mobilidade, em todas as fases da vida. Boa leitura!
AGENDA
Cultura, esporte e diversão no Vale do Taquari
19ª Feira do Livro de Lajeado
A maior festa literária de Lajeado celebra este ano o tema “Cinema e Literatura”, em homenagem aos 130 anos da sétima arte. Com atividades como bate-papos com escritores e cineastas, lançamentos de livros, sessão de autógrafos, colóquios, apresentações teatrais e o 1º
Encontro de Cosplay do Vale do Taquari, a feira representa uma imersão cultural gratuita para todas as idades. O evento ocorre de 13 a 17 de agosto, na Praça da Matriz, em Lajeado
Diego Besou no palco da Univates
No dia 29 de agosto, o jornalista Diego Besou sobe ao palco do Teatro Univates para contar histórias e reflexões sobre os plantões hospitalares no país, mesclando relatos reais com humor e conscientização. O show de stand-up “Nem que eu surte no plantão”, é uma experiência instigante e informativa voltada ao público geral.
Vitrine Literária no Sesc Lajeado
Atletas jovens também têm sofrido com lesões que, se não tratadas, podem levar à limitação funcional e até à necessidade de cirurgia.”
Até dia 8 de agosto, a Biblioteca do Sesc Lajeado, recebe o projeto literário que destaca autores brasileiros por meio de um Kit Literário Surpresa e empréstimos gratuitos na biblioteca. A iniciativa busca fomentar a leitura e valorizar vozes nacionais entre leitores de todas as idades.
EXPEDIENTE
Textos: Bibiana Faleiro
Teutofrangofest 2025
Com foco na produção avícola local, a Teutofrangofest retorna à sua quinta edição após três anos de interrupção. O evento reúne gastronomia à base de frango, apresentações culturais e opções
Tributo a Amy Winehouse
Uma experiência imersiva sensorial que combina música, ambientação temática e degustação de vinhos. Kelly Carvalho e banda apresentam os clássicos de Amy Winehouse no dia 23 de agosto, às 19h, no Multiverso Experience, no Boulevard Encantado. Há opção de ingresso com degustação exclusiva da vinícola Lídio Carraro.
de lazer para a família, reafirmando sua importância turística e regional, entre os dias 15 e 17 de agosto, na Associação dos Funcionários da Cooperativa Languiru, em Teutônia.
Diagramação: Lautenir Junior Coordenação: Felipe Neitzke
Brasil retoma produção de insulina e aposta em novas terapias
Retomada da fabricação de insulina e pesquisas com a inovadora terapia zimislecel representam avanços no tratamento para quem convive com a doença
Após duas décadas de dependência do mercado internacional, o Brasil voltou a produzir insulina. A notícia representa um marco para os milhões de brasileiros que lidam com diabetes, e promete ter um positivo no acesso ao tratamento, especialmente via Sistema Único de Saúde (SUS). Paralelo a isso, novas terapias com células-tronco, como a zimislecel, oferecem uma nova perspectiva para o futuro do controle da doença.
A produção nacional prevê fabricação de três tipos de insulina: Regular, NPH e Glargina. Segundo a endocrinologista Ramona Reckziegel, a retomada da fabricação de insulina é um passo importante rumo à autonomia dos pacientes, já que é um insumo essencial para a vida de quem lida com diabetes.
“Com a produção feita aqui, o risco de desabastecimento
Ramona Reckziegel, endocrinologista
nos postos de saúde diminui, principalmente em momentos de crise internacional”, avalia. Além disso, a produção nacional pode reduzir custos e ampliar o acesso a medicamentos de ponta como a insulina glargina, de longa duração.
“Essa insulina imita melhor o funcionamento do pâncreas, garantindo mais estabilidade na glicemia e menos episódios de hipoglicemia. Ter essa tecnologia produzida no Brasil é um divisor de águas, especialmente para pacientes em situação de vulnerabilidade ou com diabetes de difícil controle”, afirma Ramona.
Avanços na ciência
Aliado a isso, a profissional
Acesso e desafios
Embora ainda esteja em fase experimental, há expectativa de que a terapia zimislecel avance para estágios mais amplos nos próximos anos, com possíveis autorizações em países desenvolvidos. No Brasil, o acesso tende a ser mais lento devido ao alto custo, necessidade de infraestrutura especializada e exigências clínicas complexas. “Num primeiro momento, deve ser oferecida apenas em centros privados. Mas, se os estudos confirmarem a eficácia e a segurança, é possível que o SUS venha a incorporá-la futuramente, como já acontece com transplantes e imunossupressores para outras doenças”, avalia a endocrinologista.
destaca o avanço da ciência na busca de outros tratamentos e soluções que eliminem a necessidade de injeções diárias. Um exemplo é a zimislecel, terapia experimental desenvolvida com células-tronco modificadas para produzirem insulina no organismo.
“A terapia consiste em transformar células-tronco em células produtoras de insulina, que são infundidas no fígado. Lá, elas passam a agir como um pâncreas funcional”, explica Ramona.
A pesquisa já tem resultados promissores. Em um estudo publicado no New England Journal of Medicine, a maioria dos pacientes tratados com zimislecel conseguiu suspender o uso de insulina por mais de um ano.
No entanto, o tratamento ainda exige imunossupressores, medicamentos que reduzem a resposta imunológica para evitar rejeição, o que limita o uso a casos muito específi cos e sob rígido acompanhamento médico. Por enquanto, a terapia é indicada apenas para adultos com diabetes tipo 1 há muitos anos e com dificuldades no controle glicêmico, em especial, em casos de hipoglicemia grave.
DIVULGAÇÃO
Após os 60, risco de fratura no quadril cresce até 4 vezes
A condição também pode afetar jovens, em especial, atletas. Diagnóstico precoce e fortalecimento muscular são aliados na prevenção.
Dor no quadril, há muito, é associada à idade avançada, ou doenças da terceira idade. Mas o problema pode surgir muito antes, causado por sobrecarga, falta de fortalecimento muscular e atividade física.
Mais do que idosos, jovens atletas também sofrem com a condição e, muitas vezes, não percebem os sinais, que podem progredir para problemas mais graves. “O quadril é uma articulação complexa, que sustenta o peso do corpo e está envolvida em praticamente todos os nossos movimentos. Quando algo não vai bem ali, o impacto na qualidade de vida é grande”, afirma o médico ortopedista Márcio Dutra, especialista em quadril.
Segundo o profissional, entre as queixas mais comuns nos consultórios, estão as tendinites, bursites e artroses. Mas o médico explica que nem sempre os sintomas são claros, o que pode dificultar o diagnóstico precoce.
Sintomas
Segundo Dutra, a dor lateral no quadril, especialmente ao
deitar de lado ou caminhar, costuma ser sinal de uma tendinite dos glúteos ou de uma bursite trocantérica. Ambas são condições inflamatórias, que podem ser confundidas com dor muscular ou até com dor lombar irradiada.
“A tendinite geralmente afeta pacientes de meia-idade, especialmente mulheres, e ocorre por sobrecarga nos músculos glúteos. Já a bursite é a inflamação da bursa, uma pequena bolsa que serve de amortecedor entre os tendões e os ossos”, detalha o profissional.
O tratamento costuma ser com repouso, fisioterapia, alongamentos e, quando necessário, infiltrações com medicação anti-inflamatória.
O médico ainda destaca que outra causa importante de dor no quadril é o chamado impacto femoroacetabular. Trata-se de uma alteração no formato do osso do fêmur ou do acetábulo - a cavidade da bacia onde o fêmur se encaixa -, que provoca atrito durante os movimentos. “É como se houvesse um desencaixe. Esse atrito anormal, ao longo do tempo, vai lesando a cartilagem da
Uma fratura de quadril em um idoso pode ser o início de uma piora na saúde geral”
Márcio Dutra, ortopedista
articulação e pode evoluir para uma artrose precoce”, explica. A dor costuma se concentrar na virilha ou irradiar para a parte lateral da coxa, e pode piorar com atividades físicas ou mesmo ao permanecer sentado por muito tempo. Se diagnosticado cedo, o impacto femoroacetabular pode ser tratado com fisioterapia e reforço da musculatura. Em casos mais avançados, pode ser necessária uma artroscopia, cirurgia minimamente invasiva para remodelar os ossos e aliviar o atrito.
Entre os tratamentos, estão repouso, fisioterapia, alongamentos e, quando necessário, infiltrações com medicação anti-inflamatória
Em casos graves
Em estágios mais avançados, lesões no quadril podem evoluir para uma
artrose, caracterizado pelo desgaste da cartilagem que recobre a articulação. Nesses casos, a dor se torna mais constante, acompanhada de rigidez e limitação dos movimentos, como dificuldade para cruzar as pernas ou colocar sapatos.
Outra condição mais grave é a necrose da cabeça do fêmur, quando o osso perde seu suprimento de sangue.. A
necrose pode estar associada ao uso de corticoides, consumo excessivo de álcool ou doenças como lúpus e anemia falciforme.
“Nos casos de artrose e necrose, muitas vezes o único tratamento eficaz é a prótese total do quadril, que substitui a articulação por um implante artificial”, explica o especialista.
Entre os idosos, o maior risco
Além de tratar a dor, é essencial identificar o que está causando o problema”
Glaucea Vrielink, fisioterapeuta
Principais causas de dor no quadril
- Tendinites (glúteos médio e mínimo)
- Bursite trocantérica
- Impacto femoroacetabular
- Artrose
- Necrose da cabeça do fêmur
- Fraturas (especialmente em idosos)
- Sintomas de alerta:
- Dor na virilha ou lateral do quadril
- Dificuldade para caminhar, sentar ou subir escadas
- Estalos, falhas ou limitação de movimento
- Rigidez ou dor que piora com o tempo
Quando a cirurgia é indicada
- Em casos de artrose avançada ou necrose
- Quando o impacto femoroacetabular não melhora com fisioterapia
- Em fraturas de quadril, especialmente em idosos
é de fratura do quadril, por conta da osteoporose. Essas fraturas costumam ocorrer após quedas e exigem cirurgia imediata, com colocação de placas, parafusos ou prótese. “Uma fratura de quadril em um idoso pode ser o início de uma piora na saúde geral”, alerta Dutra.
O ortopedista ressalta que nem toda dor no quadril é normal, e que esperar a dor
passar sozinha pode ser arriscado.
Impactos no dia a dia
A perda de mobilidade para tarefas simples como subir escadas ou usar o vaso sanitário também são sinais de lesão no quadril. A fisioterapeuta Glaucea Vrielink, especialista em reabilitação musculoesquelética, explica que, além dos pacientes com artrose, bursites e tendinites, há ainda uma série de lesões que exigem atenção.
Segundo ela, o fortalecimento muscular e a melhora da mecânica do quadril podem evitar o avanço da lesão e até postergar a necessidade de cirurgia. Já em estágios mais graves, é comum que o fisioterapeuta encaminhe o paciente para avaliação médica mais aprofundada. O consultório também
recebe muitos casos de bursite trocantérica, uma inflamação nas bolsas que protegem os tecidos moles da região. “Essa inflamação geralmente vem da sobrecarga. Se a causa não for tratada, a inflamação volta.
Por isso, além de tratar a dor, é essencial identificar o que está causando o problema”, ressalta.
Prevenção como caminho
Glaucea destaca ainda o número crescente de lesões em atletas recreativos, principalmente corredores, jogadores de futebol, praticantes de padel e tênis. “Muitas vezes, a falta de preparo, a sobrecarga ou mudanças bruscas de treino causam microlesões que se acumulam com o tempo. O que antes era uma dorzinha localizada vira uma limitação funcional importante”, alerta.
Além da dor, sintomas como rigidez, perda de amplitude nos movimentos e incômodo constante mesmo em repouso
são indicativos de que algo não está bem. “Quando a dor persiste mesmo com repouso e uso de analgésicos, é hora de buscar um profissional.”
A fisioterapeuta ressalta que a tecnologia tem oferecido novos recursos para tratamento. Glaucea cita técnicas como o uso de laser de alta intensidade, ondas de choque, radiofrequência e PRP (plasma rico em plaquetas), um método que utiliza o próprio sangue do paciente para promover a regeneração de tecidos.
“A fisioterapia regenerativa vem ganhando espaço. Estamos saindo do modelo puramente analgésico e indo para um cuidado mais profundo e duradouro.”
Mesmo assim, ela reforça que o mais importante ainda é a prevenção: “Se há histórico familiar ou início de dor, não espere agravar. Controlar o peso, fortalecer a musculatura e evitar longos períodos de inatividade já são grandes passos para manter a saúde do quadril.”
Afeto, ambiente e informação para o neurodesenvolvimento
adequado e vínculo afetivo fazem toda a diferença no desenvolvimento infantil
A primeira infância é a fase mais importante para fortalecer habilidades. Hoje, excesso de telas é um dos vilões desse processo
“Nosso maior desejo é que nossos filhos sejam independentes.” A frase de Karina Dullius, presidente da Associação de Suporte e Apoio ao Autismo de Santa Clara do Sul, resume o sentimento de muitas famílias que convivem com os desafios de um
diagnóstico de transtorno do neurodesenvolvimento.
Mãe de um jovem de 20 anos com autismo, Karina relata a busca constante por caminhos que ajudem seu filho a alcançar a autonomia.
O assunto permeia o dia a dia dela, e também ganha destaque em um evento promovido pela associação que ela preside, nos dias 6 e 7 de agosto, em Santa Clara do Sul. O evento, além de reunir especialistas e autoridades estaduais, tem o objetivo de angariar fundos para a construção de um centro terapêutico na cidade, voltado a atender crianças com autismo e outras condições do neurodesenvolvimento.
Os estudos mais atuais reforçam a importância do afeto, da presença e do exemplo nesse processo”
O que a ciência diz
A médica neuropediatra Fernanda Gabriel reforça que os primeiros anos de vida de uma criança são decisivos para o neurodesenvolvimento, e reforça que o que molda o cérebro infantil vai muito além da genética.
“A genética é a base, mas o
Cuidado em todas as idades
- Afeto: olhe nos olhos, sorria, abrace. O contato humano é o maior estímulo que uma criança pode receber.
- Brincar livremente: evite excesso de telas. Estimule brincadeiras ao ar livre, jogos simbólicos e o uso da imaginação.
- Nutrição e sono de qualidade: a alimentação balanceada e o sono adequado são essenciais para o desenvolvimento neurológico.
- Participação ativa da família: envolva-se nas terapias, nas atividades e no dia a dia da criança. Você é parte do processo.
- Diagnóstico não é sentença: com o suporte certo, cada criança pode desenvolver seu potencial. Procure profissionais qualificados e espaços acolhedores.
ambiente é o que molda. Os estudos mais atuais reforçam a importância do afeto, da presença e do exemplo nesse processo”.
A médica cita estudos da epigenética e o conceito dos mil primeiros dias de vida - da gestação até os 2
anos de idade -, considerado um período-chave para o desenvolvimento cerebral. “É como se o cérebro fosse um músculo: quanto mais exercitado com experiências significativas, mais forte e preparado ele fica.”
Segundo Fernanda, cerca de 60% das conexões cerebrais são formadas até os seis anos de idade, e os estímulos certos nessa fase têm impactos duradouros na vida adulta. “Não há tela que substitua a troca humana. Brincar com coisas simples, interagir, conversar, explorar o mundo, tudo isso fortalece o cérebro.”
O impacto das telas
O uso excessivo de telas aparece como um dos maiores inimigos do desenvolvimento infantil. Fernanda relata casos de crianças com atrasos motores e de fala associados ao tempo prolongado de exposição a dispositivos eletrônicos.
“Telas moldam o cérebro. Causam uma liberação constante de dopamina, que vicia. Depois disso, nada mais é suficientemente interessante para a criança.”
A especialista reconhece que os pais de hoje estão sobrecarregados. Com jornadas duplas ou triplas de trabalho, a tentação de recorrer às telas como distração para os filhos é grande. Além disso, observa que muitos pais têm dificuldade em estabelecer limites.
Ambiente acolhedor, estímulo
Fernanda Gabriel neuropediatra
DIVULGAÇÃO
Oliveira - Nutricionista especializada em saúde da mulher - CRN 17316
O papel das sementes na saúde da mulher
Com o passar dos anos, o corpo da mulher passa por mudanças hormonais e metabólicas. A partir dos 35 anos, muitas delas começam a perceber alterações no ciclo menstrual, aumento da fome emocional, constipação, inchaço, acúmulo de gordura abdominal e perda de energia.
Nesses casos, conforme ressalta a nutricionista especializada em saúde da mulher, Taís Oliveira, uma das formas naturais de auxiliar no processo é incluir sementes na alimentação diária. Conforme a nutricionista, as sementes são ricas em fibras, proteínas, ácidos graxos essenciais e compostos bioativos que atuam diretamente na regulação hormonal, controle do apetite, saúde intestinal e equilíbrio do metabolismo.
Ciclo das sementes
O ciclo das sementes, ou seed cycling, é uma estratégia nutricional que utiliza o consumo de sementes específicas em cada fase do ciclo menstrual com o objetivo de equilibrar os hormônios femininos de forma natural. Na fase folicular, do dia 1 ao 14 do ciclo, é indicado o consumo de linhaça e semente de abóbora. Essas sementes ajudam a estimular o estrogênio de forma equilibrada. Já na fase lútea, do dia 15 ao 28 do ciclo, o ideal é consumir sementes de girassol e gergelim, que auxiliam na produção de progesterona, essencial para a saúde hormonal, fertilidade e equilíbrio emocional.
“Essa prática pode ser benéfica para mulheres que sofrem com TPM, ciclos irregulares, sintomas da perimenopausa, acne hormonal e até infertilidade”, reforça Taís.
Mix de sementes antioxidante
Ingredientes
½ xícara de semente de girassol
½ xícara de semente de gergelim
½ xícara de semente de chia
½ xícara de sementes de abóbora
½ xícara de semente de linhaça
2 colheres de sopa de cúrcuma em pó
Modo de preparo
Misture todas as sementes em um pote com tampa e conserve ao abrigo do sol. Se você preferir, pode dar uma tostadinha nas sementes na frigideira com os temperos. Esse mix é excelente para colocar em receitas, saladas e no prato de comida.
Como incluir no dia a dia
As sementes podem ser adicionadas em iogurtes, frutas, saladas, sopas, vitaminas, pães e até como farinha em receitas de bolos e panquecas. A recomendação é de 1 a 2 colheres de sopa por dia, variando entre as opções.
Taís
Óbitos por hepatite C caem
51,8% entre 2019 e 2024
Estado registrou
também uma redução de 30% no número de casos no período
Ocombate às hepatites virais avança no Rio Grande do Sul. Dados divulgados no Boletim Epidemiológico das Hepatites Virais 2025, do Ministério da Saúde, revelam uma queda expressiva no número de mortes por hepatite C: entre 2019 e 2024, o estado registrou uma redução de 51,8% nos óbitos pela doença. No mesmo período, os casos também diminuíram 30%.
As informações foram levantadas pela Secretaria Estadual da Saúde (SES-RS) e incluem também dados sobre os vírus A, B, C, D e E, reunidos a partir dos sistemas oficiais de notificação de doenças e mortalidade. A queda nos indicadores, conforme a secretaria, reflete o esforço integrado do
Sistema Único de Saúde, com foco em diagnóstico precoce, ampliação do acesso a medicamentos e descentralização do tratamento.
A estratégia inclui a oferta de testes rápidos para hepatites B e C em unidades de saúde, agilidade no início da terapia e rastreamento ativo de infecções em populações vulneráveis, como pessoas com mais de 40 anos, usuários de álcool e outras drogas, pacientes em hemodiálise, pessoas com HIV e a população carcerária.
As hepatites virais são infecções que atingem o fígado e, dependendo do tipo, podem ser silenciosas por anos. Quando há sintomas, eles incluem náuseas, fadiga, febre, dor abdominal e icterícia (pele e olhos amarelados). A transmissão varia: hepatite A e E geralmente ocorrem por ingestão de água ou alimentos contaminados; já as hepatites B, C e D estão ligadas ao contato com sangue e fluidos corporais.
Importância da vacinação
O SUS oferece vacinas contra as hepatites A e B. A imunização contra a hepatite A é indicada para crianças entre 15 meses e 4 anos, e também para pessoas com condições clínicas especiais ou que utilizam PrEP (profilaxia para HIV). A vacina contra hepatite B está disponível para todas as faixas etárias, com esquema de três doses para adultos e quatro para crianças.
Embora ainda não exista vacina para hepatite C, o tratamento disponível na rede pública é eficaz, com taxa de cura superior a 95%. O diagnóstico precoce, portanto, é essencial para interromper a cadeia de transmissão e garantir qualidade de vida às pessoas afetadas.
Testagem rápida e gratuita para hepatite C está disponível na rede pública e é essencial para garantir diagnóstico precoce e tratamento eficaz