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Grande Entrevista

Grande Entrevista

Nesta edição d’ O Pilão, entrevistámos a Filipa Silva, aluna do 4º ano do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, que teve a oportunidade de fazer voluntariado numa comunidade Cabo Verdiana com a mãe e com a irmã. Nesta entrevista, podes ler o testemunho da Filipa e perceber como podes participar neste projeto.

Intervenção Cívica e Social: Como é que tiveste conhe-

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cimento deste projeto de voluntariado?

Filipa: Inicialmente, há algum tempo, quando a “Para Onde?” ainda estava na sua génese, um amigo meu contou-me sobre os projetos desta associação sem fins lucrativos. Ao longo dos anos o bichinho foi crescendo e acabei por transmitir esta vontade à minha mãe e irmã que logo alinharam comigo e foi assim que partimos as três nesta aventura que é o voluntariado internacional e tudo o que este acarreta.

ICS: Quando decidiste participar neste projeto já tinhas conhecimento da componente de sustentabilidade ambiental que ele abarcava, neste caso, o projeto de Monitorização e Conservação de Tartarugas Marinhas?

F: Tinha uma ideia, sim. No website da associação os programas explicam de maneira geral o projeto. Contudo, lá a realidade é diferente e uma das coisas que me ficou marcada foi a quantidade de lixo que diariamente chegava à praia. Os voluntários faziam frequentemente limpezas das praias, mas, mesmo assim, muitas tartarugas chegavam às praias durante a noite para a desova com bocados de plástico presos nas pernas ou mesmo no pescoço, o que era muito perigoso.

ICS: Para além deste projeto ambiental também contactaste com algumas crianças. Como descreves o dia a dia de uma criança cabo verdiana na comunidade onde estiveste?

F: O dia a dia de uma criança cabo verdiana começa cedo. Têm muita energia e começávamos logo a ouvi-las na rua a brincar ou a fazerem algum recado às mães. Depois era frequente irem para a escola, mas como, quando lá estive, as crianças estavam em pausa letiva ficavam pela comunidade onde iam de casa em casa brincar até à noite. A maioria das mães fica em casa o que acaba por ser benéfico para as crianças que não eram assim sobrecarregadas com tarefas.

ICS: No final, de que maneira conseguiste dar o teu contributo àquela comunidade?

F: Contribuí para a manutenção da vida das tartarugas e, consequentemente, da vida marinha da Ilha do Maio e sensibilizei a comunidade para a situação aflitiva da caça furtiva de tartarugas e o seu impacto na biodiversidade da ilha. Penso que o contributo que eles me deram foi sem dúvida maior, em especial as crianças, dão-nos sorrisos, amor e uma paz incrível.

ICS: Para quem nos está a ler e ficou curioso em saber mais acerca do projeto quais são os teus conselhos ou dicas?

F: Vão ao website paraonde.org onde encontram uma vasta oferta de voluntariado internacional. Eu fiz um projeto na vertente ambiental para conseguir conjugar com a minha mãe e a minha irmã, que nada têm a ver com saúde, mas existem programas muito adequados aos cursos lecionados na FFUC. O meu melhor conselho é que tenham muita vontade de conhecer e aprender sobre novas realidades e culturas!

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