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Carta ao professor

Caro professor, cara professora,

Folhas Molhadas é uma coletânea de poemas escrita pelo compositor Beto Furquim e que tem como estrela principal a água. Cada poema contempla uma apresentação desse elemento da natureza, seja através da natureza, que podemos visualizar o percurso de um rio e o formato da maré, pela água que nós produzimos ao chorar ou a água que nos banha e nos renova a cada dia.

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O cenário de rios e mares estão presentes em grande parte de seus poemas. Os percursos dos rios estão ligados ao que chamamos de jornada. A água é o elemento que nos traz a vida, que nos renova. A vida não pode parar, tal como os rios e suas correntes não param.

Quando o elemento da água não está em ação em sua poesia, nos deparamos com as metáforas do nosso nascimento. O Amor se mostra em sua poesia como um sentimento que deve ser realmente vivido no momento e não deve ser tratado como uma tarefa sujeito a ser postergado.

Os poemas estão repletos de figuras de linguagem como a metáfora, a sinestesia, a hipérbole, entre outras. É esse recurso estilístico que nos deixa mais próximo da sensação que a obra tenta nos atingir.

Beto Furquim faz uma pequena apresentação no início de sua coletânea falando sobre seus versos aquáticos. Beto já nos prepara para mergulharmos nesse cenário cheio de idas e vindas, de autodescobertas, de desconforto ou de prazer, realizado através do movimento das águas.

Os elementos da natureza se apresentam em sua poesia de forma clara e nos transportam para a sensação de movimento. Ao mesmo tempo, a água consegue nos renovar. Sua apresentação acontece nas mais variadas intensidades, calmas, revoltas, até mesmo estáticas.

O mergulho não precisa ser necessariamente em águas naturais, mas pode ser um mergulho interno, dentro da alma. Cada vez que mergulhamos em nós mesmos, já não somos mais os mesmos, assim como a água que corre pelos rios nunca é a mesma depois de mergulhar pela primeira vez.

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