Voz do Niceia Dezembro 2011

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Nicéia

Jornal Comunitário do Bairro Jardim Nicéia

Bauru

Reciclagem também é fonte de sustento Vitor Moura/Voz do Nicéia

João Paulo Monteiro/Voz do Nicéia

Pavimentação no bairro ainda está longe de acontecer (p.4)

Ano III Edição nº9 Dezembro de 2011

Moradores do Nicéia utilizam a reciclagem para complementar na renda da familia. Saiba como fazer seu lixo virar dinheiro e contribuir para melhorar o meio ambiente na página 03.

Conheça o Operário, time de futebol do Nicéia Divulgação

Saiba tudo sobre as principais conquistas e a história do Operário Futebol Clube. Atualmente na segunda divisão do amador, o time azul e branco representa o bairro há 12 anos. (p.6)

E mais: como cuidar melhor dos seus cães (p.7)


2 Nov/Dez 2011

Voz do Nicéia

Voz do Nicéia

Editorial O final do ano chegou e com ele todo o sentimento de mais uma etapa vencida. Este ano, o “Voz do Nicéia” voltou. Com ele buscamos retratar e melhorar a qualidade de vida dos moradores da comunidade Jardim Nicéia. Sabemos que houveram falhas e que buscamos melhorar mas, acima de tudo, sabemos que estávamos cumprindo o nosso dever com seriedade, responsabilidade e ética. Conviver com a comunidade nos proporcionou enormes contribuições e toda a nossa equipe agrade toda a atenção e carinho que todos os moradores do bairro nos disponibilizaram. Nesta edição, vocês vão encontrar uma matéria sobre o time de futebol do bairro, um especial indicando como cuidar melhor do seu animalzinho de estimação e o UNIP/MAKRO – Horário de saída de Unip/Makro Dia útil 06:12 06:48 07:29 08:11 08:45 09:27 10:02 10:46 11:23 12:09 12:47 13:33 14:10 14:55 15:29 16:11 16:41 17:25 17:58 18:41 19:16 19:48 20:20 20:50 22:03 22:30 23:05 Sábado 05:56 06:20 06:59 07:30 08:04 08:39 09:12 09:48 10:21 11:02 11:42 12:15 12:52 13:26 14:06 14:40 15:54 17:08 18:22 19:36 20:46 21:56 23:06 Domingo/Feriado 06:50 07:58 09:06 10:14 11:22 12:30 13:38 14:46 15:54 17:02 18:10 19:18 20:26 21:34

Mural com ilustrações natalinas das crianças da creche. A matéria sobre reciclagem da dicas de como melhorar a sua economia doméstica e o meio ambiente e a matéria principal traz um informativo sobre a pavimentação das ruas do bairro. Esta edição é a última do ano. Mas não a última do jornal. A equipe do Jornal Comunitário “Voz do Nicéia” mais uma vez agradece e conta com a colaboração do bairro para o debate dos problemas que acontecem e esperamos contar com o apoio de vocês no ano que vem! Feliz Natal e um próspero Ano Novo! Boa Leitura!

Equipe Voz do Nicéia

Câmpus /CTI: Dia útil - Período de aula Horários saída: Campus - CTI 06:20 06:40 07:20 07:40 08:20 08:40 09:02 09:39 10:00 10:30 11:00 11:20 12:16 12:36 12:56 13:16 13:33 13:56 14:26 14:56 15:26 16:20 16:26 17:16 17:36 18:00 18:22 18:36 18:56 19:36 20:00 20:36 21:00 21:26 22:00 22:27 23:05 Sábado Horário saída: Câmpus - CTI 06:25 07:17 07:45 08:10 08:35 09:30 10:20 11:15 12:32 13:00 13:25 14:17 15:10 16:02 18:40 19:33 20:25 21:18 23:03

Jornal comunitário bimestral do bairro Jardim Nicéia, em Bauru-SP Projeto de Extensão Universitária Expedição Jornalista responsável Angelo Sottovia Aranha MTB-12870 Reportagem Adriana Salgado Beatriz Haga Cinthia Quadrado Carolina Seiko Giovani Vieira Henrique Gasparino João Paulo Monteiro Juliana Santos Letícia Mendonça Luis Fernando Araujo Thais Perregil Vitor Moura Vitor Soares Edição Ana Navarrete Luciana Arraes Fotografia Giovani Vieira João Paulo Monteiro Letícia Mendonça Luciana Arraes Diagramação e Edição de Arte João Paulo Monteiro

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Edição Geral Angelo Sottovia Aranha Coordenação do projeto Ana Navarrete

Maria Cristina de Oliveira COMPOTAS DE DOCES Rua 2, 52 Tel: 9795-3422

Marcia Cristina Gonçalves - CONSERTOS DE ROUPAS EM GERAL Rua 4, 118

FAAC - Unesp Bauru Departamento de Comunicação Social

Paulo Henrique e Claudinei Stomi - BICICLETARIA Rua Sério Arcanjo, 52 Tel: 9141-7335

Endereço: Av. Engenheiro Luiz Edmundo Carrijo Coube, 14-01 Vargem Limpa - Bauru/SP CEP: 17033-360 Telefone: 3103-6063 E-mail para contato: jornal.vozdoniceia@gmail.com Tiragem: 1000 exemplares Impresão: Fullgraphics Distribuição Gratuita


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O Lixo que vira renda Pessoas encontram na reciclagem uma forma de complementar a renda familiar O orçamento anda apertado? Tá faltando um dinheirinho extra no final do mês? Trabalhar com reciclagem pode ser uma boa opção! Além de fazer um bem ao meio ambiente, é possível juntar uma grana. Osvaldo Mateus da Silva, auxiliar de pedreiro, nos intervalos entre um serviço e outro, pega seu carrinho e percorre as ruas de Bauru recolhendo lixo, que depois vende. O trajeto é longo e o sol castiga, mas ele acredita que vale a pena; “dá uma ajuda boa”, afirma o morador do Nicéia. A dona de casa Lúcia Alves Pereira, 38 anos, não tem vergonha de mostrar o enorme cesto em frente a sua casa, usado para guardar o lixo que recolhe. “Quando as crianças querem comprar uma bolacha, ou alguma coisa, vendemos o lixo.

Luciana Arraes/Voz do Nicéia

Luiz Fernando Araújo Vitor Moura

Osvaldo percorre as ruas da cidade com seu carrinho recolhendo lixo

Dá uns três reais aí damos um pra cada uma e elas ficam felizes”, explica Lúcia. Também não são raros casos como o de João Biazotto, 61 anos, e sua esposa, Lília Martins, 33 anos. Luciana Arraes/Voz do Nicéia

Os dois começaram recolhendo lixo e hoje são sócios em seu próprio negócio; uma cooperativa nas proximidades do centro de Bauru. É uma pequena casa que recebe todos os dias cerca de 60 kg de lixo que será separado e revendido a indústrias especializadas em reciclagem. Quando começaram, há quase três anos, contavam com uma frota de 20 carrinhos. Hoje já possuem três vans e estão cuidando da compra de um caminhão. “Começamos catando de pouco em pouco. Isso é o que a gente faz, a gente gosta de trabalhar com isso”, conta Lília.

Saúde Existem alguns cuidados necessários ao se trabalhar com o lixo. Por exemplo, é recomendável o uso de luvas e máscara ao manusear o material. Para armazear, recomenda-se que o lixo seja lavado com água corrente, para não atrair ratos e baratas, além de outros animais que possam transmitir doenças. Latas e garrafas devem ser armazenadas de cabeça para baixo, para não acumular em água, evitando a proliferação do mosquito da dengue. Mais informações em: portalsaude.saude.gov.br

Valor de venda dos materiais: PET: R$ 0,50 o quilo Alumínio (lata): R$ 2,70 o quilo Alumínio (panela): R$ 3,00 o quilo Papelão: preço variável (informações obtidas através de pesquisa de preços entre cooperativas e empresas de reciclagem em Bauru, podendo haver variações entre uma ou outra empresa)

Lúcia usa dinheiro do lixo para fazer agrado aos filhos


4 Nov/Dez 2011

Voz do Nicéia

Galerias inacabadas atras Moradores aguardam asfaltamento, mas obras p Giovani Vieira/Voz do Nicéia

Enquanto uma obra não terminar, a outra não começa: tubulações se juntam à paisagem do bairro Beatriz Haga Giovani Vieira

Para entender o caso da pavimentação das ruas do Jardim Nicéia é preciso voltar um pouco no tempo. Há aproximadamente dois anos, a Prefeitura de Bauru, em parceria com a Secretaria de Obras, autorizou a abertura de licitação para a execução de 513 novas quadras de asfalto em 36 bairros divididos

em três lotes de obras. Em seu primeiro ano de mandato, o prefeito Rodrigo Agostinho anunciou o maior plano de pavimentação na cidade das últimas décadas. As obras incluíam a execução de guias e sarjetas, além da asfaltização, totalizando um investimento superior a R$ 16 milhões. O Jardim Nicéia foi um Giovani Vieira/Voz do Nicéia

Nuvens de poeira em dias de sol e lama invadindo residências em dias de chuva. A rotina de problemas faz parte do dia-dia dos moradores do Jardim Nicéia. Enquanto a pavimentação não chega, a paisagem do bairro se mistura aos buracos nas ruas, tubulação exposta de uma obra inacabada e pegadas deixadas no chão de terra pelos moradores. “Caminhão, carro, táxi, nada consegue passar aqui quando chove, não tem condições. Não vêm ambulância, o ônibus não passa, não conseguem chegar aqui”, contesta Sizino Francisco Brandão de 72 anos. O aposentado

também revela que a qualidade de vida no bairro seria melhor se o asfalto acontecesse. “O Nicéia é um lugar muito bom para se morar, mas poderia ser melhor se algumas obras fossem feitas para melhorar a vida das famílias do bairro. São coisas simples, mas que terminam em promessas”, aponta. Adelma Prates de Souza conta que desde que se mudou para o bairro já diziam que ele seria asfaltado e também aponta um problema comum às demais donas de casa: “você precisa limpar a casa várias vezes por dia, tirar a poeira dos móveis. Faz tempo que ouço falar que vão asfaltar as ruas, espero que aconteça logo. Que venha o asfalto!”.

Nem mesmo as ruas por onde passa o ônibus escapam dos buracos


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Nov/Dez 2011

am pavimentação do bairro

aradas desde dezembro do ano passado impedem

Giovani Vieira/Voz do Nicéia

Centro do bairro transformou-se em um canteiro de obras com galerias abertas

continuam paradas” fez um uma construção sem fim no foram feitas sem sucesso. A panorama da situação. A ex- meio do bairro”, aponta Jo- única certeza que os moradoplicação da Prefeitura para o ana Miguel. A Presidente da res podem ter no momento é atraso continua a mesma. O Associação também comen- que, enquanto as galerias não engenheiro da Secretaria de tou que tentativas de acordos ficam prontas, a pavimentaObras, Delmar Baptista dos para a desocupação da área ção está longe de começar. Santos, reafirma que as obras serão retomadas quando houver a desocupação da área, entre as Ruas 4 e 5, onde as galerias passam. “Já nos foi dito que primeiro precisamos resolver o problema do morador que construiu a sua casa no caminho das obras para que elas tenham continuidade. Enquanto isso, nós convivemos com água mal cheirosa parada na obra junto com a poeira e os buracos. Corremos o risco de muitas doenças, sem contar os transtornos de Entulho despejado tenta diminuir o tamanho e os impactos dos buracos

Giovani Vieira/Voz do Nicéia

dos bairros contemplados no Plano de Pavimentação. Segundo Joana Miguel, presidente da Associação de Moradores, foram anunciados R$ 400 mil para os investimentos em infra-estrutura. Para o bairro, estava previsto o asfaltamento de 12 quadras padrão: rua Valdemar Ferreira dos Santos, quadras de 1 a 5, quadra 2 da rua Lucilia Alpino, quadras 1 e 2 da Rua Manoel Hermano, 3 quadras da ligação com a Avenida Antenor de Almeida e 2 quadras da mesma avenida. O início das obras no Nicéia foi barrado pela falta de instalações básicas necessárias da maior parte das ruas de terra. Problemas como a ausência de galerias de águas de chuva, alinhamento das ruas, calçadas invadidas por construções irregulares, postes instalados desordenadamente, desníveis de terreno, entre outros, inverteram o planejamento feito anteriormente pela Prefeitura e Secretaria. Para evitar complicações, a Secretaria de Obras iniciou em 2010, por meio da Divisão de Drenagem, a implantação de galerias. Segundo a Secretaria, foi construída uma caixa de captação na entrada do bairro para escoar a água da chuva para o Córrego da Vargem Limpa. Na edição abril/maio do “Voz do Niceia”, a matéria “Obras


6 Nov/Dez 2011

Voz do Nicéia

Operário Futebol Clube é a bola da vez

O time, que é composto por moradores do Nicéia e arredores, joga pelo amor à camisa

Fundado em 17 de novembro de 1999, o Operário Futebol Clube tem a missão de trazer alegria aos moradores do Jardim Nicéia, por meio do Esporte. Com as cores azul e branco no escudo, o Operário acumula grandes vitórias, sendo a maior delas, a taça da segunda divisão do Campeonato Bauruense de Futebol Amador, em 2000. O fundador, presidente e torcedor fanático da equipe, Vando, disse que o time é mantido

graças aos patrocinadores e parceiros que o Operário conseguiu ao longo dos anos. O time tem uma série de gastos com ônibus, materiais esportivos e, até mesmo, uma taxa semanal para a arbitragem de 125 reais. André, técnico do time há dois anos, ressaltou a importancia dos patrocinadores, mas reforçou a vontade dos jogadores. “Se não fossem os patrocinadores, não daria para o Vando fazer quase nada. Mas vale lembrar que o time do Operário não tem salário, diferente de alguns times de outras comunidades, então quem joga aqui, joga por amor”, disse o técnico. André também informou que os jogadores do Operário que se destacam no Campeonato Bauruense de Futebol Amador chamam a atenção de outros times. “Em time com mais recursos, tem jogador que ganha um troco por partida, um dinheiro por mês, então é complicado para a gente pedir

João Paulo Monteiro/Voz do Nicéia

Henrique Gasparino

Goleiro Bruno, o ex-jogador e hoje técnico André e o atacante Leandrinho

para os nossos jogadores ficarem no Operário. Quem fica, sabe que vai ter as mesmas dificuldades de sempre, mas pelo menos tem muita alegria no nosso time”, conta André. Neste ano, o Operário amargou a eliminação na segunda fase do torneio bauruense. Após empatar a primeira partida em 1x1 contra o Império FC, o Operário foi derrotado no segundo jogo por 3x2. Mas o presidente Vando garante que teve interferência do juíz no resultado. “Nos dois jogos fomos roubados. No segundo foi um absurdo, o juíz anulou um gol legítimo nosso. Teve até invasão de campo da torcida”, afirma Vando, se referindo à invasão que levou o Operário FC a um julgamento no tribunal da Federação Paulista de Futebol. Apesar da eliminação antes do esperado, o Operário se destaca na competição municipal na lista dos artilheiros. O centroavante Leandrinho lidera essa lista com 29 gols. Porém, ao ser questionado sobre sua permanência no Operário para a próxima temporada, Leandrinho fez mistério: “o desejo é de con-

tinuar. Gosto muito de defender esse time (Operário), já até matei serviço para jogar uma vez. Só que a gente tem que ver algumas coisas, outros times já me procuraram, vamos ver o que acontece”, comenta o atacante. Independentemente dos jogadores que vestirem a camisa do Operário em 2012, a história do time vai continuar sendo escrita pelos moradores do Nicéia e arredores. André, que deve continuar no comando técnico do Operário, ainda lembra da partida em que ficou mais surpreso com a força do clube. “O nosso time estava meio brigado, então para o jogo contra o Tibiriça só foi jogador do Nicéia. Estávamos perdendo por 1 a 0, e nosso time estava entregue em campo. Aí a mulecada começou a correr, brigar pela bola e viramos o jogo no último minuto. Dois gols, um seguido do outro. Foi aí que vi a força do nosso time”, relembra o técnico. A temporada 2012 começa apenas em abril, mas, nos primeiros meses do ano, o Operário FC deve fazer uma série de amistosos para entrosar o time e, quem sabe, revelar novos craques.


Voz do Nicéia

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Separar os materiais recicláveis do lixo, como plástico, metal e papel, pode ajudar a gerar dinheiro para as pessoas. Com a venda desses materiais para a reciclagem, é possível lucrar um dinheiro, além de colaborar com o meio ambiente. O Voz do Nicéia foi às ruas do bairro para perguntar para a população o que costumam fazer com o lixo reciclável, e qual a importância de separar o lixo comum do reciclável.

“Você separa o lixo reciclável?”

Juliana Santos Letícia Mendonça

Letícia Mendonça/Voz do Nicéia

Jaqueline Moreira Nice, 32 anos “Eu separo e coleto o lixo reciclável dos meus vizinhos para vender. Separo garrafas pet e latinha. Assim, pago as contas de luz e água. É muito importante pra mim, porque vivo desse dinheiro” Odete Pereira, 55 anos

?

“Eu separo garrafas plásticas, porque tem gente aqui no bairro que pega pra vender. Os demais lixos não separo, jogo tudo junto mesmo. Mas se tivesse alguém que pegasse os outros lixos recicláveis, como latinha, papelão, separaria também” Franciele Ferreira, 18 anos “Separo o lixo. Os que não são recicláveis coloco em uma sacolinha, que o lixeiro pega três vezes por semana. A gente procura deixar tudo em ordem sempre, fazer o melhor pra comunidade. Quando vejo algo perigoso no meio da rua, como um arame, eu recolho”

Letícia Mendonça/Voz do Nicéia

“Não separo o lixo porque não tenho tempo e dá muito trabalho. Se tivesse os baldes recicláveis seria bom. Até eu pegar os sacos de lixo, pra separar uma coisa da outra, fica ruim. Mas acho importante separar, ainda mais caco de vidro. Eu juntava garrafas antes, mas ninguém pegava. Não é o certo, mas é meu jeito”

Sizino Brandão, 73 anos

Tira-dúvida

Carolina Seiko João Paulo Monteiro

Cuide bem do seu animalzinho de estimação!

Uma série de cuidados, como vacinação e vermifugação, são necessários, além, é claro, de muito carinho Animais de estimação são os melhores amigos do homem. Eles fazem companhia, nos alegram e protegem. Porém, é necessário lembrar que os animais precisam de cuidados, como vacinas, banhos, além de muito carinho! Como aqui no bairro Jardim Nicéia existem muitos cães, sejam domésticos ou de rua, a equipe do jornal Voz do Nicéia conversou com a veterinária Maílha Ruiz Vagula, que deu dicas de cuidados para se ter com o nosso animalzinho.

Dra. Maílha: O mais importante é fazer a vermifugação, para o animal não ter vermes, e a vacinação dos cães, a partir de 45 dias de vida. Além disso, a alimentação deve ser à base de ração e, pelo menos uma vez por ano, levar o animal a um veterinário para saber se está tudo bem com ele. Ficar atento também à vacina contra a raiva, que é dada de graça pelo Governo. Algumas outras doenças, além da raiva, também podem ser passadas dos cães para as pessoas, como Voz do Nicéia: Quais os cui- a Leishmaniose, e um modo de dados básicos que precisamos prevenir é usar essência de citer com um cachorro ou de- tronela no cachorro e manter o mais animais de estimação? quintal limpo, sem acúmulo de

lixo nem de fezes. VN: E sobre os cachorros de rua, quais cuidados podem ser tomados? Dra. Maílha: Podemos evitar o contato com esses animais, já que os cachorros de rua não são vacinados nem vermifugados, então, podem transmitir doenças. O mais correto a fazer é entrar em contato com o Centro de Controle de Zoonoses ou com alguma ONG, para que o animal seja recolhido. VN: Como proceder após a morte do animalzinho de estimação? Dra. Maílha: O certo é, assim que morrer, levar o animal morto no Centro de Zoonoses. Se não

for possível, enterrar o animal, mas nunca jogar e deixar o corpo a céu aberto, porque é grande o risco de contaminação. Existem, ainda, aterros sanitários só para animais mortos e também a opção de cremá-los. Secretaria da Saúde de Bauru Endereço: Rua José Aiello, 3-30 – Centro Fone: (14) 3104-1468 Centro de Controle de Zoonoses de Bauru Endereço: R Henrique Hunzicker - Quadra 1 Jd. Bom Samaritano Tel.: (14) 3281-2646


8 Nov/Dez 2011

Voz do Nicéia

Perfil

Teresinha da Silva

Com apenas cinco reais, Dona Teresinha começou a construir a sua casa dentro do Jardim Nicéia, onde é conhecida por todos. Ela comprou o terreno e, com a ajuda de seus filhos e do tempo, conseguiu construir sua casa. Ela se mudou para Bauru por volta de 2000, mas já morou em várias cidades. A primeira de todas foi Cafezinho, em Minas Gerais, agora chamada de Capitão Andrade. “Cresci e fiquei lá vinte anos”, explica Teresinha, “depois me mudei para São Paulo, onde fiquei mais trinta anos”. “Já morei em vários bairros de São Paulo”, conta, mas a sua lembrança mais especial foi do tempo em que morou fora do país, nos Estados Unidos. “Eu já morei em Boston, Nova York.

Fiquei cinco anos nos Estados Unidos, e morei numa cidade chamada Summerville”. “Eu trabalhava como doméstica nos Estados Unidos, com uma mulher de Minas”, conta Dona Teresinha, que também trabalhou na universidade Harvard, “Limpei aquela universidade de cima até embaixo”. Sua lembrança sobre a estadia nos Estados Unidos é ótima, mas a única coisa que ela não sabe é por que decidiu viajar pra tão longe. “Eu acho que foi por Deus”, afirma, “como tudo na minha vida”. Antes dos Estados Unidos, já trabalhava como doméstica em Bauru e em São Paulo, limpando casas. Mas Dona Teresinha sem dúvidas é mais conhecida por causa da sua habilidade na cozinha, para criar pratos excepcionais que até os repórteres do Voz do Nicéia já comeram e aprovaram.

“Eu faço coxinha, risóli, lasanha, vendo refrigerante, faço almoço com frango, pernil, costela. Eu também faço pudim de leite e maria-mole. Doce eu faço por encomenda, mas se eu fizer, eu acabo comendo sozinha e o cliente nem vê a cor. Eu sinto ansiedade para comer um”. Quando perguntada sobre seu prato preferido, Dona Teresinha tem dificuldade para dizer, mas arrisca um palpite: feijoada. “Eu adoro fazer feijoada, mas não tenho preferência. Arroz, salada, qualquer coisa. Só que eu gosto de fazer feijoada para mais de trinta pessoas”. Dona Teresinha nem sempre soube cozinhar: “quando eu era mais nova, não sabia cozinhar, nem mesmo macarrão”, afirma. A arte de cozinhar corre na sua família, e ela aprendeu com sua irmã; “cozinhar é de família, e todos aprenderam sozinhos, que

Luciana Arraes/Voz do Nicéia

Cinthia Quadrado Vitor Soares

nem eu. Nunca fizemos curso nem nada”. E será que tem um segredo para a comida ficar tão gostosa? “Claro que tem, mas é segredo de família”. E do que será que ela não gosta? “O que eu não gosto é de ficar parada, adoro trabalhar e amo cozinhar”, conclui Teresinha.

Nay

os

eira, 5 an

de Oliv ara Sara

Adriana Salgado Thais Perregil

Quetsia

Stefany

S. de A

guiar, 5

anos

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Bárbara Mariano, 5 an

Eidielle da Silva Costa, 5 anos


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