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Histórico
Alguns fatores determinantes da posterior importância de Jundiaí para a Macrometrópole Paulista, podem ser entendidos a partir da interpretação dos fatos históricos que constituíram-na como cidade. Como sua formação e crescimento, sua proximidade com os dois polos, São Paulo e Campinas, sua localização estratégica.
De povoamento do Parnaíba à Vila Formosa de Nossa Senhora do Desterro de Jundiaí
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À princípio, é importante lembrar como ocorreram as primeiras incursões ao sertão paulista, que avançaram além do litoral já explorado pelos portugueses. Dessa forma, foram estabelecidas vilas, que se tornaram o centro da vida política e econômica do Brasil, onde os colonos se estabeleceram na terra (MARQUES, 2008). A primeira dessas vilas foi a Vila de São Paulo de Piratininga, estabelecida pelos padres jesuítas nas margens dos rios Tamanduateí e Anhangabaú. Com sua previsível expansão em direção ao nordeste, iniciou-se o povoamento do sertão de Jundiaí, além do povoado de Parnaíba.
Inicialmente, essa nova população mantinha uma relação de dependência com o povoado de Parnaíba. No entanto, com o rápido crescimento da população, tornou-se necessário construir uma capela que pudesse atender às necessidades religiosas da comunidade, que tinha que percorrer uma grande distância até a capela mais próxima, incluindo a travessia do rio Tietê. Assim, em 1651, com o patrocínio de duas famílias abastadas, foi construída a capela em honra a Nossa Senhora do Desterro, que deu início à formação do povoado. Somente quatro anos depois, em 14 de dezembro de 1655, a localidade foi elevada a vila.
Alguns fatores foram considerados ao estabelecer a localidade, como a proximidade dos cursos d’água, especialmente o rio Jundiaí, afluente do rio Tietê. Além disso, os colonos se estabeleceram ao redor da recém-construída igreja para que ela não ficasse em uma área despovoada. Outra característica importante desse local era a proximidade de ambos os centros.
Campinas
“(...) aliada à situação de estar a uma distância de um dia de marcha entre São Paulo e Campinas e no entroncamento daqueles que rumam para os lados do Tietê ou para a vila de Atibaia, fez de Jundiaí, um ponto de parada natural, ‘um porto seco’.
“ ((JUNDIAÍ, 2002, p. 29) apud: MARQUES Jundiaí
Se entende assim o processo de formação dos municípios que compõem a Região Metropolitana de Jundiaí. Como acontece no século XV, o desmembramento é resultado de políticas que garantem o desenvolvimento e o aumento populacional de regiões periféricas. A exemplo de Jundiaí, que se desmembra de Santana do Parnaíba, que por sua vez se fraciona de São Paulo. Também acontecera no final do século XVI, quando Jundiaí perdeu território com a divisão de Mogi-Mirim. Tal processo continuou a ocorrer até 1965, com a emancipação e desmembramento de Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista.
