Almanaque Cultural 2021

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quando tentei descer a rua ostentando um blazer branco à Don Johnson no Miami Vice, comparado no Euromarché de Telheiras, com resultados desastrosos. Foi o lugar onde os meus pais tiveram esperança de que eu praticasse um desporto que de certeza me iria fazer bem e melhorar a minha auto-estima: judo. Tive apenas uma aula, no lendário Fofó. Desisti depois de um tipo com o dobro do meu tamanho me ter projectado por cima do ombro dele, fazendo-me cair de costas no chão e ficar cinco minutos sem ar, a tentar descolar os pulmões das omoplatas.

na sala a ver o genérico final até ao fim agastar a senhora responsável por fechá-la, perto da meia-noite. Ali estava ela, naquilo que me parecia ser já um roupão, pigarreando, como que a dizer “vá lá, que quero fechar isto e deitar-me”.

Acabei por conseguir mudar-me para o Bairro de Santa Cruz, num desfecho digno da clássica situação “cuidado com o desejas”. Foi nos idos de 2006, para uma moradia acolhedora na Rua do Parque que precisava de obras. Obras foram feitas, mas tudo correu mal: entre incompetência e azar puro e duro, a tão sonhada casa no Bairro que via pela janela, em miúdo, transformou-se numa versão da vida real do filme Um Dia a Casa Vem Abaixo. Entre inundações, infiltrações e reparações constantes, o caos obrigou a que eu e Benfica acabássemos por dar um tempo um ao outro.

Nunca

pensei que alguma vez iria deixar Benfica. E a bem dizer, e apesar de viver desde há uma dúzia de anos na Parede, não deixei. Sempre que vou a Benfica - e vou muitas vezes, já que a minha mãe vive na freguesia vizinha, São Domingos, e, como toda a gente que lá vive, faz parte da sua vida em Benfica - sinto-me sempre em casa como se lá vivesse. Por muito que seja surpreendido pelas coisas que mudam e que se renovam a cada visita, é sempre a minha Benfica.

Benfica é o sítio da primeira casa que os meus pais compraram, no número 65 da Rua da Venezuela. A janela do meu quarto, no quinto andar, dava para o Bairro de Santa Cruz, aquele aglomerado apetecível e acolhedor de moradias onde eu jurava a mim mesmo que um dia haveria de viver. Mas apesar da sua natureza original de bairro social, já nos anos 80 o Bairro de Santa Cruz era considerado um bairro caro. Sabia que tinha muito que palmilhar até conseguir viver numa daquelas casinhas. E fui palmilhando.

Tive uma infância e uma juventude felizes, em Benfica. Mesmo com bullying e desastres pessoais à mistura. Primeiro na Pedro de Santarém, depois uns metros adiante, na José Gomes Ferreira - na altura secamente chamada Escola Secundária de Benfica. Benfica foi o cenário da minha crescente emancipação de andar sozinho pela rua. Foi o cenário de uma das histórias favoritas da minha rubrica Caderneta de Cromos,

Assim que o meu ordenado o permitiu, foi em Benfica que comprei a minha primeira casa. Ainda estava longe de valores dignos do Bairro de Santa Cruz, mas ele continuava à distância de uma tira de alcatrão. Fui para o número 47 da minha boa velha Rua da Venezuela. Era um apartamento à medida do começo de vida e de casado de fresco: pequeno e estreito, mas grande o suficiente para albergar dois humanos e o primeiro animal abandonado a que dei tecto: a cadela que baptizámos como Jamie (e que viveria até perto dos 20 anos).

Estou aqui para Benfica como

Da Rua da Venezuela fomos para casa maior, na Grão Vasco. Saltei por cima do Bairro de Santa Cruz, sempre sem o perder de vista. Foi bom estar perto da mata, o Parque Silva Porto. Lembrava-me da felicidade infantil de ter um jardim daqueles tão perto de casa, nos anos 80 completo com piscina, esplanada e patos. A Grão Vasco deixou-me perto da minha zona favorita da Freguesia: aquele segmento da Estrada de Benfica onde fica a Igreja e que consegue ser cidade e aldeia fundidas numa coisa só: toda a comodidade de uma metrópole, todo o afecto de um bairro onde toda a gente se conhece e se ajuda. E o Turim ainda passava filmes. Lembro-me da última sessão a que assisti: fui lá depois de jantar, para ver uma comédia hilariante com o Ben Stiller, a Jennifer Aniston e o Philip Seymour Hoffman chamada Along Came Polly. Lembro-me de a minha mania de ficar

Não ficou nenhum trauma. Os últimos tempos haviam sido duros, com o fim de uma casa sonhada e de um casamento, mas reconciliei-me praticamente no dia em que me mudei de lá. Benfica só me dá alegrias - seja quando lá vou passear, seja quando, num momento bonito em que se fecha um círculo perfeito, a usei como cenário da minha série televisiva semi-autobiográfica, 1986. A disponibilidade da Junta de Freguesia para ajudar em tudo, o abraço caloroso do Professor Esperança, presidente do conselho directivo da Escola Secundária José Gomes Ferreira, no momento de nos emprestar a escola, no Verão, para andarmos para trás no tempo até à era em que eu fora lá aluno, foram testemunhos comoventes de que ainda é a minha casa. E o meu rosto ter sido um dos escolhidos para integrar a galeria de personalidades de Benfica criada por Tomás Reis e pintada por Edis One e Pariz One no mural da Rua das Garridas, foi e será sempre dos pontos mais altos da minha vida.

Prefácio por

Nuno Markl

ela para mim.
É a terra do meu coração, e isso fica para sempre.

LUNAR

CURIOSIDADES BAIRRO DE BENFICA

Sabia que...

Vasco Santana e Emília das Neves, dois dos maiores atores portugueses do seu tempo nasceram em Benfica?

O edifício das Portas de Benfica foi construído no final do século XIX e servia para fiscalizar a entrada de mercadorias na cidade? Integrava um sistema de controlo alfandegário, havendo outros postos noutros locais de entrada na cidade de Lisboa.

A Igreja de Nossa Senhora do Amparo, inaugurada no início do século XIX, é de estilo neoclássico e o autor do projeto foi o arquiteto João Frederico Ludovice e é dedicada a Nossa Senhora do Amparo, padroeira da nossa freguesia.

No Mural das Garridas, como é conhecido por ser na rua com esse nome, estão homenageadas 15 figuras do desporto e da cultura relacionadas com Benfica e escolhidas pela população: personalidades do desporto como Francisco Lázaro, António Livramento e José Águas, o escritor António Lobo Antunes e o seu irmão João Lobo Antunes, o Padre Álvaro Proença, cantoras como Madalena Iglésias, Lena d’ Água, que é irmã de José Águas, e Ana Bacalhau, o génio da guitarra portuguesa Carlos Paredes, os atores Vasco Santana, Beatriz Costa, Ruy de Carvalho e António Feio e o humorista Nuno Markl.

O Palácio Baldaya tem esse nome por lá ter residido, no século XIX, uma senhora cujo nome era Maria Joanna Baldaya que foi uma figura importante da freguesia de Benfica entre outras coisas pelo seu trabalho com o ensino das crianças pobres.

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SOPA DE LETRAS BAIRRO DE BENFICA BAIRRO BALDAYA BENFICA BOAVISTA CALHARIZ CHAFARIZ CHARQUINHO LISBOA MERCADO ORIGINAL PEDRALVAS S ANTACRUZ

Grandes Figuras da Cultura do Bairro de Benfica

Emília das Neves (1820-1883) Atriz

Nasceu a 5 de agosto de 1820, em Benfica, e morreu a 19 de dezembro de 1883. Atriz, exerceu a sua profissão em Portugal e, também, no Brasil e em Espanha, com muito sucesso, sendo aclamada pelo público e pela crítica, o que fez dela uma estrela de teatro.

Atriz

Estreou-se a 15 de agosto de 1838, tinha acabado de fazer 18 anos, no Teatro da Rua dos Condes, pela mão do conceituado ator e encenador francês Émile Doux, na peça Um Auto de Gil Vicente, de Almeida Garrett, no papel de Beatriz, filha de D. Manuel. Pouco depois actuou também no Teatro Nacional D. Maria II e em diversos outros palcos de Lisboa e Porto, representando em tragédias dramas e comédias, sempre com enorme êxito, o que fez dela uma celebridade no seu tempo.

Além de atriz teve um papel interventivo na defesa de melhores condições de trabalho para os atores, designadamente quanto ao pagamento atempado do salário. Foi casada com D. Luiz da Câmara Leme, ministro da Marinha, no governo liderado por Saldanha. Soares dos Reis eternizou-a num busto em mármore que se encontra no Teatro D. Maria II. Em 1911 a Câmara Municipal de Lisboa atribuiu o seu nome a uma rua na freguesia de Benfica

Vasco Santana (1898-1958) Ator

Nasceu

em Lisboa, em Benfica, a 28 de janeiro de 1898, e morreu em Caneças, a 13 de junho de 1958. Foi ator, autor e empresário teatral. Em 1915 ingressou na Escola de Belas-Artes de Lisboa, em Arquitetura, mas não concluiu o curso. No ano seguinte inscreveu-se na Escola de Arte de Representar, antecessora do Conservatório Nacional, acumulando com os estudos de arquitetura.

Estreou-se como ator a 25 de agosto de 1917, no Teatro Avenida, na revista O Beijo e como profissional a 21 de outubro desse ano, no Éden, na revista Ás de Oiros. Sucederam-se as revistas em que atuou ao lado de grandes nomes do teatro e em companhias como as de Luísa Satanela e Estevão Amarante, e Armando Vasconcelos, com as quais assinou contrato, respetivamente, em 1918 e em 1921.

No cinema iniciou a carreira com enorme êxito, em 1933, no primeiro filme com sonorização feita em Portugal, A sua popularidade aumentou exponencialmente com a participação noutros filmes como O Pai Tirano (1941) e O Pátio das Cantigas (realizado em 1941 e estreado no ano seguinte). De referir, igualmente, a sua participação nos filmes Maria Papoila (1937), ao lado de Mirita Casimiro, Comissário de Polícia (1953) e O Dinheiro dos Pobres (1956), o seu último filme.

Ao longo da sua carreira fez diversas tournées ao Brasil, Angola e Moçambique. A 17 de janeiro de 1946 foi agraciado com a Ordem de Sant’Iago da Espada. Em 1969 a Câmara Municipal de Lisboa atribuiu o seu nome a uma rua do Bairro de Santa Cruz, na freguesia de Benfica.

Maria Valejo (1943) Fadista

em Reguengos de Monsaraz, a 30 de março de 1943. Aos 17 anos veio para Lisboa, onde ingressou no Centro de Preparação de Artistas da Emissora Nacional.

Nasceu

Fadista, dedicou-se como profissional ao fado-canção e ao fado castiço. Ao longo da sua carreira interpretou diversas músicas compostas por Eduardo Damas e Manuel Paião, entre as quais: Como Posso ter Ciúmes, O segredo que Eu Te Disse, Domingo em Lisboa e Estive um Dia Sem Te Ver. Entre os seus êxitos musicais destacam-se, ainda: Bati à Porta da Vida, da autoria do maestro Belo Marques, Pedaços de Vida, com letra de Artur Ribeiro, Rezando Pedi Por Ti, Um Fado Só e Não Me Perguntes.

A sua carreira internacional levou-a ao Brasil, Grécia, Roménia, Japão, Austrália, Itália e Espanha, entre outros países. Atuou em diversas casas de fados, como Timpanas, Painel do Fado, Taverna D’El Rei, de que foi proprietária, e Faia. Marcou a diferença pela indumentária pouco convencional no universo fadista, trocando o xaile tradicional pela minisaia, o que lhe valeu o epíteto de fadista da minisaia.

Em 2007, a Casa da Imprensa distinguiu-a com o Prémio Carreira na categoria de Intérprete. Em maio de 2019 foi homenageada na sua terra natal tendo a Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz atribuído o seu nome a uma rua.

Reside há mais de 50 anos em Benfica “As minhas raízes estão no Alentejo, mas o meu amor e a minha terra é Benfica. Adoro Benfica! É difícil dizer qual o recanto de que mais gosto. Encantam-me as ruas, os jardins. A minha vida tem sido aqui.”

Ruy de Carvalho (1927)

Ator

Nasceu

em Lisboa a 1 de março de 1927. Actor, com o Curso de Teatro/ Formação de Atores do Conservatório Nacional. Estreou-se em 1942, como amador, no Grupo da Mocidade Portuguesa, na peça O Jogo para o Natal de Cristo e, em 1947, como profissional, na Comédia Rapazes de Hoje, no teatro Nacional D. Maria II, com a Companhia Rey Colaço/Robles Monteiro. Em 1961 fundou o Teatro Moderno de Lisboa, no qual apresentou peças inéditas em Portugal. Em 1963 foi diretor artístico do Teatro Experimental do Porto, onde encenou Terra Firme, de Miguel Torga, o seu único trabalho de encenação. Integrou o elenco dos espetáculos de Filipe La Féria Passa Por Mim no Rossio (1992), no Teatro Nacional D. Maria II, Maldita Cocaína (1994) e Casa do Lago (2002), ambos no Politeama. Com uma extensa carreira, obteve no teatro um dos seus primeiros êxitos com a peça Está Lá Fora um Inspetor (1951).

Em televisão são inúmeras as participações em peças de teatro, séries e telenovelas. Salientam-se: o Monólogo do Vaqueiro, a primeira peça exibida pela RTP (1957), A Dama das Camélias (1962), A Rainha do Ferro Velho (1969), A Castro (1970), Angústia Para o Jantar (1975), Alves e Companhia (1976), Os Maias (1979), Retalhos da Vida de Um Médico (1980) Vila Faia, a primeira telenovela portuguesa (1982), Origens (1982) Duarte e Companhia (1988), Major Alvega (1999), Olhos de Água (2001), Filha do Mar (2001), Inspector Max (2004-2005), Equador (2008), Destinos Cruzados (2013), BemVindos

a Beirais (2013-2015), O Sábio (2017) e Nazaré (2019-2020).

No cinema integrou o elenco de diversos filmes, com destaque para Eram 200 Irmãos (1951), Raça (1961), Domingo à Tarde (1965) O Processo do Rei (1990) Non, ou a Vã Glória de Mandar (1990), Vale Abraão (1993), A Caixa (1994), O Judeu (1996), Capitães de Abril (2000), A Selva (2002), O Quinto Império (2004), Corrupção (2007), A Morte de Carlos Gardel (2011), A Canção de Lisboa (2016) e Refrigerantes e Canções de Amor (2016).

Em 1998 comemorou os seus 50 anos de carreira e os 150 anos do Teatro Nacional na peça Rei Lear de Shakespeare, sob direção de Richard Cottrell.

Ao longo da sua carreira recebeu, entre outras, as seguintes distinções: Prémio de Imprensa Teatro (1962, 1981, 1982, 1986), Prémio de Imprensa Cinema (1961, 1962, 1964, 1965, 1981), Medalha de Mérito Cultural (1990), Prémio Carreira (1998), Globo de Ouro Personalidade do Ano (1998), Globo de Ouro de Melhor Actor (1999), Melhor Actor de Ficção e comédia em televisão (2002) e Prémio Sophia (2017). Foi, ainda, agraciado com o grau de Comendador Ordem do Infante D. Henrique (1993), grau de Comendador da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada (1998), Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada (2010), Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (2012) e Grã-Cruz da Ordem de Mérito (2017)

Maria Armanda (1927)

Fadista

Nasceu

em Lisboa, a 4 de outubro de 1942. A sua carreira como fadista teve início em 1968, com a vitória alcançada na Noite de Fados organizada pela Casa da Imprensa, a que se seguiu a gravação do seu primeiro disco. Entre os seus primeiros êxitos contam-se O Meu Soldadinho, Só Porque Desenhaste a Rosa Branca e Mulher de Qualquer Povo da Terra.

Em 1978 estreou-se no teatro Laura Alves, em Lisboa, na peça Meninos Vamos ao Vira, com o tema Bia da Mouraria. Integrou, igualmente, o elenco de diversas revistas levadas à cena no Parque Mayer.

Participou com Carlos do Carmo em espetáculos da Europália, realizados na Bélgica. As suas atuações passaram, também, por casas de fado, uma das quais Malhoa, de que foi proprietária na década de 1980. Tem participado em diversos espetáculos em Portugal e fez diversas digressões pelo estrangeiro, Estados Unidos, Canadá, Venezuela, Brasil, Suíça e França.

Nas últimas duas décadas aceitou novos desafios, integrando o Grupo Entre Vozes (2001) e o projeto Quatro Cantos, de que fazem parte também, Teresa Tapadas, António Pinto Basto e José da Câmara. Ao longo da sua carreira editou os álbuns: Maria Armanda (1971), Vai um Fado ou um Fadinho? (1982), Pão Caseiro (1984), Simplesmente Maria Armanda (1993), Pedrito de Portugal (1995) e O Fado de Maria Armanda (2016), que reúne alguns dos seus maiores êxitos, entre os quais, Mãe Solteira, de Ary dos Santos.

A Casa da Imprensa atribuiu-lhe, em 1981, o Prémio Ary dos Santos pela interpretação de temas deste poeta e, em 2001, o Prémio Carreira.

Reside em Benfica há mais de 30 anos: Gosta particularmente do bairro onde vive. “É muito pacato. Há aqui de tudo e as pessoas acarinham-me muito”

Vitor de Sousa (1946)

Ator

Vítor

Manuel da Silveira e Sousa de Araújo nasceu em Lisboa, a 18 de novembro de 1946. Em 1967 concluiu o curso de Teatro do Conservatório Nacional. Nesse mesmo ano, em Paris, no Olympia, apresentou o espetáculo Olimpíadas do Music-Hall.

Estreou-se como ator em 1965, tendo integrado até ao final da década de 1970 o elenco de diversos grupos teatrais em peças levadas à cena no Teatro Estúdio, na Casa da Comédia, no Teatro Gerifalto e no Teatro Experimental de Cascais. Integrou o Grupo de Ação Teatral, participando em O Processo, sob a direção de Artur Ramos, que o voltou a dirigir em A Mãe, de Witkiewicz, levada à cena no Teatro São Luiz.

Em 1974 fez parte da Companhia de Teatro da RTP, então sediada no Teatro Maria Matos. Foi um dos fundadores da cooperativa artística Repertório, tendo feito parte da direção. Com esta companhia representou O Crime do Padre Amaro e A Tragédia da Rua das Flores, entre outras peças. Em 1972 fez comédia com Laura Alves e, em 1979, participou em espetáculos do género com Nicolau Breyner e Herman José. Ainda no teatro destaca-se a sua participação em A Importância de Ser Amável, no Teatro São Luiz (1997), Partitura Inacabada (2002), no Teatro da Trindade e A Educação de Rita (2005).

Em televisão colaborou em diversas séries, novelas e programas como Sabadabadu (1981), Vila Faia (1982) O Tal Canal (1984), Hermanias (1985), Humor de Perdição (1987), Casino Royal (1989), Os Bonecos da Bola

(1993), A Mulher do Senhor Ministro (19941997), Herman Enciclopédia (1997), Parabéns (1997), Médico de Família (1998-1999), A Senhora Ministra (2000), Cuidado com as Aparências (2000-2001), Os Batanetes (2004), Herman SIC (2004- 2005), Jura (2007), Vingança (2007), A Mãe do Senhor Ministro (2013) e Santa Bárbara (2016).

No cinema participou, entre outros, nos filmes Lerpar (1975) e O Querido Lilás (1986). Trabalhou, igualmente, em diversos programas de rádio e destacou-se, também, na declamação, tendo vários discos gravados. A 3 de Fevereiro de 2006 foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.

“Cresci em Benfica e vi o Bairro crescer. Morei numa Travessa (dos Arneiros), que depois teve direito a ser rua. Na Igreja de Nossa Senhora do Amparo fui sacristão. Cheguei a baptizar (não havia nenhum sacerdote) um bebé de etnia cigana cujos pais temiam que fosse morrer. Soube mais tarde que o bebé se salvou. Emocionei-me! Mas nem tudo são rosas. Vim a descobrir muitos anos mais tarde, que corria o boato que eu era filho do Padre Álvaro Proença, o Prior da Freguesia. Entre orações e mexericos, algumas beatas distraíam-se a inventar histórias. Passaram muitos anos e, agora, qual filho pródigo, voltei ao velho bairro de Benfica, bairro cheio de movimento e com uma grande oferta cultural, graças ao dinamismo do Presidente da Junta. E, já agora, também sou do Benfica!...”

Lena d’Àgua (1956) Cantora

HelenaMaria de Jesus Águas nasceu em Lisboa, a 16 de junho de 1956. Filha de José Águas, avançado do Sport Lisboa e Benfica, e irmã de Rui Águas, também destacado futebolista do SLB, iniciou nos anos 1970 uma carreira como cantora. Pioneira no rock português, foi vocalista dos Beatnicks (1976-1978).

Em 1978 concluiu o Curso do Magistério Primário e ingressou na companhia de teatro independente Oficina de Teatro e Comunicação. Nesse ano saiu o seu primeiro LP destinado ao público infantil, “Qual é Coisa Qual é Ela?”. Em 1980 fundou com Luís Pedro Fonseca e José da Ponte a banda Salada de Frutas, de que foi vocalista. Em 1981 fundou, com Luís Pedro Fonseca, a Banda Atlântida, lançando entre outros os sucessos Vígaro Cá Vígaro Lá (1981), o álbum Perto de Ti (1982) e o álbum Lusitânia, que inclui o tema Sempre Que o Amor Me Quiser (1984). Entre 1984 e 1992 editou vários discos sempre com sucesso. Em 1993 integrou, com Helena Vieira e Rita Guerra, As Canções do Século, espetáculo criado por Pedro Osório, que estreou no Casino Estoril e foi exibido em diversos locais do País até ao final de 1999. Em 2006 comemorou os seus 50 anos num espetáculo produzido por si própria no Cabaret Maxime. A sua vida deu origem, em 2010, ao documentário Bela Adormecida. Em 2011 foi editado o seu livro José Águas, o Meu Pai Herói. Em 2014 gravou o álbum Carrossel, em que revisitou 13 temas seus acompanhada por uma formação de músicos de rock & roll. Em junho de 2019 foi editado um novo e esperado álbum de originais chamado “Desalmadamente” que foi distinguido pela crítica como melhor álbum do ano (Revista Blitz) e recebeu ainda o prémio da crítica e de melhor artista feminina (Prémios Play). Está a preparar a sua autobiografia.

A Benfica ligam-na muitas e boas recordações, que evoca assim: “Nasci em 1956 na Estrada de A da Maia e uma das minhas memórias mais antigas leva-me à Pastelaria Paraíso de Benfica, do senhor Madureira, que ficava mesmo em frente da Igreja de Nossa Senhora do Amparo. Depois da Missa das 11h passávamos sempre por lá e a minha mãe comprava um caracol para mim, uma almofadinha para a minha irmã e um passarinho para o meu irmão. Doces saudades.”

Paulo

Gonzo é o nome artístico de Alberto Ferreira Paulo, nascido em Lisboa, a 1 de novembro de 1956. Cantor, compositor, foi vocalista e co-fundador do Go Gral Blues Band, grupo de blues rock (1975). Em 1984, a par da sua carreira como vocalista desta banda, iniciou um projeto a solo lançando o seu primeiro single, “So Do I”. Dois anos depois, surge o álbum “My Desire”. Os primeiros anos foram marcados pela interpretação de temas em inglês, cujos maiores êxitos foram reunidos em 1993 no álbum “My Best”.

Em 1992 foi editado o seu primeiro álbum em português, “Pedras da Calçada”, que inclui o tema “Jardins Proibidos”. Em 1995 lançou o álbum “Fora d’Horas”. Em 1997 atingiu a sêxtupla platina com “Quase Tudo”, que incluiu uma nova versão de Jardins Proibidos.

A sua discografia mais recente inclui, ainda, “Falamos Depois” (2005), “Sei-te de Cor” (2006), “Paulo Gonzo ao Vivo no Coliseu” (2006), “By Request” (2010), “Só Gestos” (2011), “Duetos” (2013), disco de platina, e “Diz-me” (2017). De salientar, igualmente, a sua interpretação com Raquel Tavares no tema Amor Maior, de Jota Quest, banda sonora da telenovela com o mesmo nome exibida pela SIC (2016-2018). Em 1995 foi distinguido com um Prémio Blitz na categoria de melhor voz masculina e, em 1998, recebeu dois Globos de Ouro, de Melhor Intérprete Individual e de Melhor Canção, com “Jardins Proibidos”.

Da vida em Benfica recorda: “Retenho comigo memórias que não esquecerei. Tardes memoráveis que passei com o meu querido e saudoso amigo “Mestre” Carlos Paredes, em fins de tarde no “Tonga” em amena cavaqueira, ou nos encontros obrigatórios de quintas feiras, com o meu amigo Eusébio, nos “Mandatários”. Foi também um privilégio, ter sido convidado pelos meus amigos António Feio e José Pedro Gomes para musicar a peça “Verdadeiro Oeste” que viria a ser estreada no espaço que é hoje o Auditório Carlos Paredes, onde me orgulho de ter deixado também o meu contributo cultural. Benfica é também uma “marca”. Mas a “marca” maior que eu herdei foi ter percebido que este bairro me ajudou a crescer com sentido comunitário, respeito pelo próximo e altruísmo!”

Paulo Gonzo (1956) Cantor

Ana Bacalhau

(1978)

Cantora

AnaSofia Dias da Costa Bacalhau nasceu em Lisboa, a 5 de novembro de 1978. Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas e pósgraduada em Ciências Documentais, dedicou-se em exclusivo à música em 2006. A música foi sempre a sua paixão, tendo descoberto a sua vocação nas aulas de guitarra recebidas aos 15 anos. Em 2001 integrou a primeira banda, a Lupanar, criada por Gonçalo Tocha e Dídio Pestana, com o objetivo de cantar em português novas sonoridades. Em 2005, com o contrabaixista Zé Pedro Leitão formou o trio de Jazz Tricotismo. Em 2006 integrou o grupo Deolinda, dedicado à música popular portuguesa com inspiração no fado, com o qual editou quatro álbuns distinguidos pela crítica, que conquistaram o público. Em 2013 foi convidada pela ONU para participar numa canção, que reuniu 25 vozes femininas, intitulada One Woman, com o fim de promover a defesa dos direitos das mulheres. Em dezembro desse ano estreouse a solo com o projeto 15 que revelou simbolicamente as canções e os músicos que a influenciaram desde os 15 anos, idade em que se estreou na música. O seu primeiro disco a solo, “Nome Próprio” foi lançado em 2017. Ao longo da sua carreira tem vindo a realizar diversas atuações, em digressão pelo território nacional e, também, por outros países.

A sua vida e Benfica misturam-se desde sempre, pode dizer-se que a Ana partiu do Nosso Bairro para conquistar o mundo com as suas canções?

Sim, Benfica foi e é muito importante para mim, para a forma como estou na música. Foi no nosso bairro que comecei a cantar, que sonhei com ser cantora, andar pelo mundo com a música às costas e muitas vezes, quando tenho dúvidas ou me falham as forças, volto ao meu quarto na Av. Grão Vasco e à miúda de 15 anos que cantava a

plenos pulmões para me restabelecer e seguir caminho.

Viajar é uma das coisas que mais gosta de fazer, inspira-se nas viagens que faz quando escreve as letras das suas canções?

Quando escrevo as coisas que escrevo, elas vêm de um sítio de observação. Não tanto de observação do exterior, mas de observação de mim mesma, da forma como vejo e sinto o mundo, da maneira como estou no mundo e com as pessoas que passam pela minha vida. De certa forma, sim, os sítios por onde passo vão-me ensinando coisas que eventualmente depois cantarei nas minhas canções, mas não é um canal directo, passa sempre tudo aqui pelas minhas entranhas antes de pôr as palavras em canção.

A voz e a canção continuam a ser uma “arma”?

Claro. A força emocional que a música carrega e entrega às pessoas pode levá-las a conseguirem encontrar força para mudar as suas vidas, a sua comunidade e, por consequência, o mundo. Quem nunca foi ajudado, numa hora difícil, por uma canção, um trecho musical, ou mente ou não sente.

P4 - Certamente é uma pergunta feita vezes sem conta, mas como é ser artista e não poder atuar ao vivo?

É como ser pássaro e não poder voar.

Qual o primeiro concerto que vai dar quando nos virmos livres desta pandemia?

Felizmente, tenho podido dar alguns concertos este ano, em que estamos ainda num processo pandémico, mas, ao mesmo tempo, com a vacinação a desenrolar-se a grande velocidade. Espero que no final deste ano tudo esteja mais calmo e claro, que as decisões que nos guiam a vida possam ir no sentido de uma maior normalidade e que os concertos regressem a toda a força. Não posso precisar a data em que isso vai acontecer, por isso, não consigo dizer onde será o concerto, mas o que sei é que estou a contar os dias para poder cantar na minha Benfica.

Nuno Markl (1971) Humorista

Nuno

Frederico Correia da Silva Lobato Markl nasceu em Lisboa a 21 de julho de 1971, é um profissional multifacetado, humorista, escritor, radialista, apresentador de televisão, cartoonista, argumentista e faz dobragens de filmes, entre tantas outras coisas.

Aos dez anos de idade Markl já simulava a realização de programas de rádio em casa e no final da década de 1980 começou a trabalhar numa estação pirata, “A Voz de Benfica”. Com o desejo de entrar no mundo da rádio profissional, ingressou no curso de jornalismo no CENJOR em 1990 vindo posteriormente a trabalhar como jornalista na Correio da Manhã Rádio e na Rádio Comercial. Na rádio, começou a ser conhecido em 1993 pela radionovela humorística «A Saga de Abílio que caiu da cerejeira», tendo alcançado grande sucesso poucos anos depois com a rubrica de notícias bizarras «O Homem que Mordeu o Cão», que deu origem a três livros, um programa de televisão e um espetáculo ao vivo com digressão nacional. Em 1995, foi convidado a entrar na agência criativa Produções Fictícias, onde com

outros colaboradores escreveu sketches para os programas de televisão Herman Zap, Herman Enciclopédia, Herman 98, Herman 99, Herman SIC, Paraíso Filmes, O Programa da Maria, Hora H e Os Contemporâneos, participando ainda como ator neste último.

Igualmente entre as suas criações de maior sucesso está uma rubrica sobre acontecimentos e objetos bizarros da década de 1980, «Caderneta de Cromos», que deu origem a dois livros e a uma adaptação teatral. A sua ligação à rádio, uma das suas paixões, está sempre presente e atualmente é um dos locutores, no Programa da Manhã da Rádio Comercial.

A sua veia literária e criativa é responsável pela edição de 12 livros e de vários prémios: Se7e de Ouro, do jornal Se7e - Revelação Rádio – 1993 / Globo de Ouro - Melhor Programa de Ficção e Comédia - Herman Enciclopédia - 1997 (co-autoria) / Globo de Ouro - Melhor Programa de Ficção e Comédia - Herman Enciclopédia - 1998 (coautoria) / Prémio Autores, da Sociedade Portuguesa de Autores - Melhor Programa de Rádio - Caderneta de Cromos – 2012

Arte Urbana no Bairro de Benfica

As obras de arte urbana têm vindo a dar mais cor a diferentes locais da freguesia de Benfica e a valorizar o nosso património urbano. Escolas, parques de estacionamento, muros, o Palácio Baldaya, campos de jogos, entre outros, são agora verdadeiras telas para estas obras e albergam diferentes conceitos e temas.

Convidamo-lo a passear pelo nosso bairro e a conhecer os cantos e recantos que acolhem estes projetos. Uma visita pelo património do passado, mas também pela arte do futuro.

Deixamos aos artistas um agradecimento pelo seu trabalho, e mostramos-lhe nestas páginas onde pode visitar arte urbana no nosso Bairro de Benfica.

Palácio Baldaya RAF (Rui Ferreira) Mural Buraca / Bom-Pastor Muro Renascença “Cara ou Coroa” Campo de Jogos do Calhariz Edis One e Pariz One Projeto Mur Rua Jorge Barradas Erb Mon Associação de Reformados R. Prof. José Sebastião e Silva Dish (João Prim)

Bairro da Boavista

Rua D. Maria I STYLER

Projeto MUR

Entrada da Escola Básica

2/3 Quinta de Marrocos

Erb Mon

Mural das Personalidades de Benfica

Estrada das Garridas

Tomás Reis, Edis One e Pariz One

Mural Joana

Baldaya

Palácio Baldaya RAF (Rui Ferreira)

Mural Homenagem ao 1º Jogo de uma Seleção Nacional

Rua Emília das Neves (antigo Campo da Feiteira) Edis One e Pariz One

Mural Casa Pia Embaixada do México Sofia Castellanos

circular Instituto Politécnico de Lisboa Panorâmico de Monsanto Vários Escola Quinta de Marrocos Dish (João Prim) com alunos Academia do Saber Mural Calhariz
Edis
One, Pariz One e outros Mural Parques de estacionamento R. Prof. José Sebastião e Silva 2CarryOn Projeto MUR Junto à Escola José Salvado Sampaio Erb Mon Escola Pedro Santarém Dish (João Prim) com alunos AEC Junta de Freguesia de Benfica

Benfica Green Steps

Um circuito pelo património arbóreo de Benfica, para conhecer 20 espécies de árvores diferentes, é a proposta do Benfica Green Steps.

Trata-se de um percurso circular pelo Bairro de Benfica e que passa por vários locais, como o Eucaliptal, a Quinta da Granja, Parque Silva Porto ou o Calhariz Velho, e que irá transformar as caminhadas em momentos de sensibilização ambiental.

Com partida e chegada no Palácio Baldaya, o circuito começa com uma visita a duas árvores classificadas de interesse público (Erythrina cristagalli e a Vitex agnus-castus), passando pelos arruamentos de Plátanos, Melias, Lodãos, Olaias, Tílias, Amoreiras, Tipuanas e Choupos.

Existem, atualmente, cerca de 10000 árvores em Benfica, com inúmeras curiosidades por descobrir, e que vão além da simples sombra que providenciam dos raios solares, ou da absorção do dióxido de carbono.

Estas espécies têm inúmeras particularidades, ao servirem de abrigo a diversas espécies e aumentarem a biodiversidade urbana e a humidade no ar, fixam gases poluentes, diminuindo a temperatura nos espaços abrigados.

O objetivo desta iniciativa é valorizar o património arbóreo e sensibilizar para a importância das árvores no espaço urbano.

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Cortiçeira > Feijoeiro da India

Erythrina crista galli Palacio Baldaya

Árvore de castidade Vitex agnus-castus Palacio Baldaya

Tipuana Tipuana tipu Cemitério de Benfica (Rua João Ortigão Ramos)

Cedro Bastardo

Cupressus sempervirens L. Cemitério de Benfica (Rua João Ortigão Ramos)

5 6 7

Eucalipto Eucalyptus globulus Jardim da estrada dos arneiros (Eucaliptal)

Cortiçeira > Feijoeiro da India Erythrina crista galli Avenida do Uruguai

Bétula ou Vidoeiro Branco Betula pendula Quinta da Granja

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Cipreste do Buçaco Cupressus lusitanica Quinta da Granja

Lodão-Bastardo Celtis australis Rua José dos Santos Pereira

Cercis siliquastrum Rua José dos Santos Pereira

1 2
3 4

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Amargoseira Melia azedarach L. Rua Comandante Augusto Cardoso

12

Plátano Platanus sp. Rua das Garridas

Sobreiro Quecus suber Parque Silva Porto

Olea europaea L. Jardim da Cortiçada (Rua Prof. Jorge da Silva Horta)

Pinheiro Bravo Pinus pinaster Parque Silva Porto

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Amoreira-preta Morus nigra Avenida Grão Vasco

Choupo-hibrido Populus x canadensis Estrada do Calhariz de Benfica

Castanheiro-da-índia Aesculus hippocastanum Rua Perez Fernandez

Aroeira-vermelha ou Aroeira-pimenteira Schinus Terterebinthifolia Jardim Sustentável

Pinheiro Manso Pinus pinea Calhariz Velho (Travessa José Agostinho Macedo) 13
14 15 16

AGENDA CULTURAL BAIRRO DE BENFICA AGO//DEZ

Uma iniciativa, onde o estilo clássico invade os espaços culturais do bairro da música. Interpretados por reconhecidos instrumentistas e grupos de referência do género, percorre-se o repertório clássico em inspiradas e emocionantes tardes de verão.

Calhariz

Charquinho

A Junta de Freguesia de Benfica, em parceria com a UNISBEN, e a sua escola de fados, organizam no Bairro de Calhariz e no Bairro do Charquinho duas Noites de Fado para dar a conhecer os maiores talentos sénior do fado da nossa freguesia! 20 Agosto bairro do Calhariz 28 Bairro do Charquinho

Espectáculo de fado castiço da corrente mauriciana com berço na mouraria levado a cabo por alguns dos mais destacados intérpretes da atualidade desta forma tão peculiar de cantar o fado. As noites quentes de verão convidam a um serão passado a ver cinema na rua! O cinema ao ar livre está de volta a Benfica a praça do Fonte Nova é o espaço escolhido para a projeção dos filmes selecionados.

CLÁSSICO
MAURICIANOS
AO LUAR
concerto
livre Acesso
Entrada
Acesso
M/6 15 Agosto 20 e 28 Agosto 21h 21 Agosto 20h30>>21H30 27 e 28 Agosto 22h AGOSTO
JUNTA-TE AO
Noite de fados CONCERTO
BENFICA
Auditório Carlos Paredes Bairro do
Bairro do
Clube Deportivo Águias Praça Centro Comercial Fonte Nova
concerto concerto Cinema ao ar
gratuito M/6 Acesso gratuito M/6
Livre solidária 2€ M/6
gratuito

Aos sábados 11h30

Conta-me uma história

Jardim Palacio Baldaya Gala de Opera

Para celebrar o dia da inauguração do Palacio Baldaya , propomos uma glamorosa gala de ópera onde serão reproduzidas as áreas mais reconhecidas pelo grande público. Cinco extraordinários cantores acompanhados por um virtuoso pianista, numa hora de puro deleite.

Entrada Livre mediante reserva condicionada à lotação máxima do recinto. Reservas pelo email bilheteiraonline@jf-benfica.pt

M/6

Entrada Livre mediante reserva condicionada à lotação máxima do recinto. Reservas pelo email bilheteiraonline@jf-benfica.pt

M/6

04 a 30 Setembro 2ª a sáb - 9h00 - 22h00 Dom. e Fer. - 9h00 - 18h00

Opera Dream Events “BENFICA DA MINHA JANELA”

Palacio Baldaya Exposição

Exposição fotográfica dos trabalhos submetidos pelos moradores de Benfica, ao concurso de fotografia “Benfica da Minha Janela” lançado pela Junta de Freguesia de Benfica durante o período de confinamento.

Para todos

04 a 05 Setembro 18H00

Comemoração do 4º aniversário baldaya

Jardim Palacio Baldaya concerto

No âmbito das comemorações do 4º aniversário do Palácio Baldaya, trazemos dois concertos com dois grandes nomes da música portuguesa da atualidade: Miguel Araújo e Carolina Deslandes.

Palácio Baldaya - LUDOTECA oficina de leitura para famílias

Todos os sábados às 11h30 vem ouvir uma história e recontá-la num objeto com as cores e as formas da tua imaginação.

Mediante inscrição bibliotecabaldaya@jf-benfica.pt

Famílias

Entrada Livre mediante reserva condicionada à lotação máxima do recinto. Reservas pelo email bilheteiraonline@jf-benfica.pt M/6

Amália Fado e saudade

Auditório Carlos Paredes Teatro Musical

Sem data certa de registo do seu nascimento escolheu 01 de Julho para Zo celebrar. O musical que recorda Amália na data do seu 101º aniversário. Um elenco de luxo e a memória apaixonante da maior diva da música portuguesa.

Bilhetes à venda nos locais habituais M/12

10 Setembro 21h00 16 a 19 Setembro 21h30

Marido em rodagem Grupo teatro amador de benfica

Jardim Palácio Baldaya Teatro

Apresentação da peça, «Marido em Rodagem», pelo Grupo de Teatro Amador de Benfica, com encenação de Benjamim Falcão

Entrada Livre mediante reserva condicionada à lotação máxima do recinto. Reservas pelo email bilheteiraonline@jf-benfica.pt Para todos

01 Setembro 19h00
setembro
a 05 DE setembro 21h00 “A Bisbilhoteira” de Eduardo Schwallbach
A
apresenta
de
04 SETEMBRO>18H00 MIGUEL ARAUJO 05 SETEMBRO>18H00 CAROLINA DESLANDES
02
Auditório Carlos Paredes Teatro
Companhia de Teatro Comunitário “o Baile”, sediada no Palácio Baldaya
a peça “A bisbilhoteira”
Eduardo Schwallbach

17 a 19 Setembro

19 Setembro 11H30

Parque merendas Vila Guiné Concertos

O Monsanto Fest está de volta! A 4ª edição deste festival de música portuguesa realizase de 17 a 19 de setembro, no Parque de Merendas Vila Guiné, e traz ao palco mais verde da cidade, grandes nomes da música nacional da atualidade, como os Black Mamba, Quatro e Meia, Virgem Suta, entre outros.

Acesso Livre, cumprindo com as normas da DGS em vigor à data

M/6

18 Setembro 15HOO

Concerto para Bebés

Palácio Baldaya - Ludoteca Música para bebés

Os bebés começam a ouvir ainda dentro da barriga das mães e, de acordo com os especialistas, a expressão musical ajudamnos a desenvolver o intelecto, estimula a fala e a audição. A Junta de Freguesia de Benfica alia-se à New Music School para um concerto onde sons, ritmos e timbres variados dão o mote para uma tarde onde a música e os bebés reinam.

Entrada Livre mediante inscrição através do email: palaciobaldaya@jf-benfica.pt

6 meses aos 4 anos

Em setembro, os Filminhos à solta estão de regresso ao Auditório Carlos Paredes! As curtas metragens infantis para ver em familia aos domingos de manhã estão de volta a Benfica.

19 Setembro 16H30

Junta-te ao clássico

Quinta da Granja Concerto

Aproveite as tardes de verão para ouvir música clássica nos jardins da freguesia, interpretada por reconhecidos instrumentistas e grupos de referência do género.

Entrada Livre mediante reserva condicionada à lotação máxima do recinto. Reservas pelo email bilheteiraonline@jf-benfica.pt M/6

24 e 25 de Setembro 22H00

JARDIM DO EUCALIPTAL Cinema ar livre

Benfica ao luar Ciclo cinema infantil

As noites quentes de verão convidam a um serão passado a ver cinema na rua! O cinema ao ar livre está de volta a Benfica e o jardim do Palácio Baldaya é o espaço escolhido para a projeção dos filmes selecionados.

Acesso Livre, cumprindo com as normas da DGS em vigor à data M/6

Auditório Carlos Paredes Cinema Infantil Bilhetes à venda nos locais habituais Monsanto Fest - 4ª edição Filminhos à solta pelo País

Aos sábados 11h30 Conta-me uma história

Palácio Baldaya - LUDOTECA oficina de leitura para famílias

Todos os sábados às 11h30 vem ouvir uma história e recontá-la num objeto com as cores e as formas da tua imaginação

Mediante inscrição bibliotecabaldaya@jf-benfica.pt

Famílias

10 Outubro Junta-te ao clássico

Igreja Nossa Senhora do Amparo Concerto

Aproveite as tardes de outono para ouvir música clássica nos espaços culturais da freguesia, interpretada por reconhecidos instrumentistas e grupos de referência do género.

Entrada Livre mediante reserva condicionada à lotação máxima do recinto. Reservas pelo email bilheteiraonline@jf-benfica.pt M/6

23 Outubro 21h30

Banda da Catraia

Auditório Carlos Paredes Concerto

A Banda da Catraia é um quinteto de músicos da região de Leiria que bebem inspiração no fado, nas bandas filarmónicas e nas danças de província, a que somaram uns pozinhos de melodias e harmonias modernas.

Bilhetes à venda em ticketline.pt M/6

23 Outubro 15HOO

Concerto para Bebés

Palácio Baldaya - Ludoteca Música para bebés

Os bebés começam a ouvir ainda dentro da barriga das mães e, de acordo com os especialistas, a expressão musical ajudamnos a desenvolver o intelecto, estimula a fala e a audição. A Junta de Freguesia de Benfica alia-se à New Music School para um concerto onde sons, ritmos e timbres variados dão o mote para uma tarde onde a música e os bebés reinam.

Entrada Livre mediante inscrição através do email: palaciobaldaya@jf-benfica.pt 6 meses aos 4 anos

23 Outubro 21h30

Maria de Fatima Travassos

Bairro da Boavista

Concerto do 80º Aniversário

A menina da boavista regressa para cantar ao bairro que a viu nascer, nas comemorações do 80ª aniversário deste local.

Acesso Livre, cumprindo com as normas da DGS em vigor à data

25 Outubro.

aniversário do bairro da boavista

Bairro da Boavista Exposição

Exposição histórica, integrada na comemoração 80º aniversário do bairro da Boavista.

Acesso Livre, cumprindo com as normas da DGS em vigor à data

OUTUBRO
a 28 Novembro 2ª a sáb - 9h00 > 22h00 dom e feriados > 9h00 > 18h00 80º
PAL CIO BALD AYA BLUES FOLK & FEST CONNECTION JULHO2021 A Frankie Chavez Romeu Bairos Kiko & The Blues Refugees 02 outubro 16H00 21H30 18H30

NOVEMBRO

Aos sábados 11h30

Conta-me uma história

Palácio Baldaya - LUDOTECA

Oficina de leitura para famílias

Todos os sábados às 11h30 vem ouvir uma história e recontá-la num objeto com as cores e as formas da tua imaginação

Mediante inscrição bibliotecabaldaya@jf-benfica.pt

Famílias

11 Novembro 15h00

Magusto Sénior

Jardim Palacio Baldaya Magusto

Como manda a tradição do bairro, comemoramos o Dia de São Martinho no Jardim do Palácio Baldaya, com o já famoso Magusto Sénior! Uma tarde com muita animação musical e distribuição de castanhas assadas e jeropiga para acompanhar.

Entrada Livre mediante inscrição através do email: palaciobaldaya@jf-benfica.pt Para todos

21 Novembro 11H30

Filminhos à solta pelo País

Auditório Carlos Paredes Cinema Infantil

Os Filminhos à solta estão de regresso ao Auditório Carlos Paredes! As curtas metragens infantis para ver em familia aos domingos de manhã estão de volta a Benfica.

Bilhetes à venda nos locais habituais

25 Novembro 21h30

Scott Matthews

Auditório Carlos Paredes Concerto

O cantor e compositor britânico Scott Mathews vai marcar presença em Portugal, para dar a conhecer ao público português o seu mais recente álbum, lançado este ano. Com uma carreira de mais uma década, marcada pelas sonoridades do folk rock, indie folk e blues, Mathews editou o seu disco de estreia “Passing Stranger” em março de 2006. Um concerto a não perder!

Bilhetes à venda em ticketline.pt M/6

27 Novembro 15HOO Concerto para Bebés

Palácio Baldaya - Ludoteca

Música para bebés

Os bebés começam a ouvir ainda dentro da barriga das mães e, de acordo com os especialistas, a expressão musical ajudamnos a desenvolver o intelecto, estimula a fala e a audição. A Junta de Freguesia de Benfica alia-se à New Music School para um concerto onde sons, ritmos e timbres variados dão o mote para uma tarde onde a música e os bebés reinam.

Entrada Livre mediante inscrição através do email: palaciobaldaya@jf-benfica.pt 6 meses aos 4 anos

27 Novembro 21h30

Al Mouraria

Auditório Carlos Paredes Fado

Concerto comemorativo do 10ºaniversário da elevação da nossa canção maior, o Fado, a patrimonio imaterial da humanidade.

Bilhetes à venda em ticketline.pt M/6

02>03>05>09>10 e 12 Dezembro 21h30

CICLONE Grupo Teatro Amador de Benfica

Auditório Carlos Paredes Teatro

Apresentação da peça, “Ciclone”, pelo Grupo de Teatro Amador de Benfica, com encenação de Benjamim Falcão.

Bilhetes à venda em ticketline.pt

10 Dezembro 21h30

London Gospel Choir

Mercado de Natal Concerto

Um dos mais prestigiados coros de gospel do mundo, cujo o elenco integra importantes vozes que acompanharam em digressão alguns dos maiores artistas mundiais, num impressionante concerto de natal.

Acesso Livre, cumprindo com as normas da DGS em vigor à data M/6

18 Dezembro 15HOO

Concerto para Bebés Especial natal

Palácio Baldaya - Ludoteca Música para bebés

Os bebés começam a ouvir ainda dentro da barriga das mães e, de acordo com os especialistas, a expressão musical ajudamnos a desenvolver o intelecto, estimula a fala e a audição. A Junta de Freguesia de Benfica alia-se à New Music School para um concerto onde sons, ritmos e timbres variados dão o mote para uma tarde onde a música e os bebés reinam.

Entrada Livre mediante inscrição através do email: palaciobaldaya@jf-benfica.pt 6 meses aos 4 anos

18 Dezembro 15h00

Espetáculo de Natal

Jardim Palacio Baldaya Teatro Infantil

Teatro infantil com a temática da época festiva natalicia.

19 Dezembro 11H30

Filminhos à solta pelo País

Auditório Carlos Paredes Cinema Infantil

Os Filminhos à solta estão de regresso ao Auditório Carlos Paredes! As curtas metragens infantis para ver em familia aos domingos de manhã estão de volta a Benfica.

Bilhetes à venda nos locais habituais

Aos sábados 11h30

Senta-te é Natal

Palácio Baldaya - LUDOTECA Oficina de leitura para famílias Todos os sábados às 11h30 vem ouvir uma história e recontá-la num objeto com as cores e as formas da tua imaginação Famílias

Entrada Livre mediante inscrição através do email: palaciobaldaya@jf-benfica.pt famílias com crianças

18 Dezembro 21h30

Soul Gospel Project

Auditório Carlos Paredes

Concerto de Natal Gospel

Embaixadores da MdM há cerca de uma década, os Soul Gospel Project prometem uma experiência nova e arrebatadora, com raízes no gospel e uma aposta na fusão de sonoridades que incluem soul, blues, R&B e jazz. Compostos por 10 a 15 vozes, entre sopranos, contraltos, tenores, barítonos e baixos, os Soul Gospel Project, com uma história de cerca de 20 anos, incluem ainda maestro e um pianista.

Bilhetes à venda em ticketline.pt

DEZEMBRO

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