Lisi harrison monster high 01 monster high

Page 306

Frankie estava disposta a continuar fazendo aquilo. A vergonha era uma emoção insuportável. Só que, para essa emoção sobreviver, era necessária a presença de outra pessoa. Alguém que fizesse tsk-tsk enquanto balançava negativamente a cabeça e, depois, desfiasse o rosário de exemplos de como ela havia decepcionado a todos. Sem uma pessoa assim, a vergonha é rebaixada a culpa. E, embora a culpa também possa ser terrivelmente incômoda, é uma sentença mais fácil de cumprir, porque é imposta pelo próprio condenado. E ele mesmo pode, portanto, anulá-la. — Eletrizante? Frankie levantou devagar, nem saber se devia confiar nos próprios ouvidos. Estes, afinal, eram controlado pelo cérebro, que tinha se revelado muito pouco digno de confiança. — Abre a janela, Eletrizante! ― O D.J. voltou!‖ Frankie pensou em se fazer de difícil e deixá-lo pensar que ela já tinha partido para outra. Nos filmes, as garotas faziam isso o tempo todo. Mas estava em prisão domiciliar. Se Frankie já tivesse partido para outra, seria para onde, exatamente? A cozinha? — Psiu! — sibilou Frankie rapidamente cobrindo a repugnante bata de hospital com o robe de cetim preto da Harajuku Lovers. Ela destravou a janelinha. D.J. logo se espremeu para dentro, como um cão adulto que tivesse de passar por uma dessas portinholas para filhotes. Para Frankie, depois do dia tempestuoso que havia tido, ver D.J. era como ver um arco-íris de neon. O que era esquisito, já que, umas doze horas antes, Frankie só queria saber de Brett. Ou talvez ela só quisesse

~ 304 ~


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.