ELA ESTAVA MESMO FAZENDO AQUILO! Melody deu um empurrão para se afastar de Deuce. Em vez de pensar no ―Bate aqui!‖ que ganharia de Haylee e Bekka, no respeito que conquistaria dos colegas, na maravilhosa humilhação que teria causado a Cleo ou, mesmo, no prejuízo que teria provocado si mesma, tudo o que lhe veio à cabeça foi Jackson a necessidade de saber se ele se importava. — UH-UH! — berraram Bekka e Haylee. Era a primeira vez que alguém aclamava Melody desde que havia parado de cantar. — Eu sinto muito — cochichou Melody, de mansinho, para Deuce. — Eu não — respondeu ele, também cochichando com um sorriso de orelha a orelha. — Nada mau. — Cleo bateu palmas lentas, comedida e sarcásticas para aquele improviso. — Da próxima Melorreia, tente não parecer que está com tanta prisão de ventre. — Esforçou-se ao máximo para dar a impressão de que não tinha se abalado. Os olhos úmidos, porém, a denunciavam. Melody não retrucou. Em vez disso, procurou nas mãos de Cleo as flores de cerâmica de Jackson. Mas aqueles punhos cheios de anéis não seguravam nada senão o ódio. Jackson tinha ido embora. — Você está bem? — perguntou Cleo a Deuce, como se ele houvesse sido atacado. Cleo estava com fisionomia tensa. Para manter a calma, lutava com todo o empenho de um peão de rodeio em cima do touro bravo.
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